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Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana - 2008

Ary Carvalho de Miranda

Fundação Oswaldo Cruz

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Dualismo natureza X sociedade

Visão Naturalista – Enfoque neo-malthusiano percebe a degradação da natureza como decorrente do crescimento da população;

Visão Tecnocrática – Apologia do processo técnico-científico como solução para os problemas ambientais;

Visão Sociológica – Radicaliza no antropocentrismo.

Abordagem interdisciplinar e pós-normal

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DATE WORLD GDP*

150018201870190019131929195019731992

100290470823

1136154022386693

11664

Source: Maddison 1995:19, 227, apud Mc Neill 2000* GDP figures are given in index relative to A.D. 1500

Evolution of GDP, 1500 - 1992

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Evolução do PIB (Em US$)

ANO

1500

1950

1990

2007

PIB

240 bilhões

5,37 trilhões

28 trilhões

54 trilhões

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Percentagem da população que vive com até US$ 1 ou US$ 2 por dia, no

mundo e por região

Fonte: ILO – World Employment Report 2004-2005

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População Ano I – 500 milhões 1800 – 1 bilhão 2000 - > 6 bilhões

Em 4 milhões de anos – 80 bilhões de hominis nasceram, num total de 2,16 trilhões de anos vividos, sendo 28% após 1750 e 13% após 1950

Séc. XX: 0,00025 de toda história (100 dos 4 milhões de anos) com 1/5 de anos vividos pela humanidade

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União Européia

A. Latina e Caribe

África Sub-saariana

Expectativa de vidaao nascer (anos)

79,4 72,2 46,2

Taxa de mortalidade infantil (por 1000)

4,1 26,5 100,5

Banco Mundial, 2006

Expectativa de vida e mortalidade infantil, por região em 2004

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Produção e Consumo de Energia

Até século XIX 70% energia mecânica proveniente do sistema músculo esquelético, principalmente do trabalho escravo.

Séc. XVIII – Carvão para aquecimento, fábricas e transporte, porém com perda de mais de 90%.

Séc. XIX e XX – Energia fóssil, fazendo o século XX consumir mais energia do que toda história pregressa da humanidade.

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Prodution (millions of metric tons)

Type of Fuel 1800 1900 1990

Biomass 1000 1400 1800

Coal 10 1000 5000 Oil 0 20 3000

Fuel Production, 1800 – 1990

Source: Elaborated from Smill1994:185-7, apud Mc Neill 2000Note: These figures do not reflect yeild of these fuels: a ton of oil gives 5-10 times as much energy as a ton of firewood, and perhaps twice or as much as a ton of coal.

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• 20% da pop. do planeta consome 80% das matérias primas e energia produzidas e são responsáveis por 80% da poluição da Terra.Todos no Hemisfério Norte

• Entre 1990 e 2000: aumento de 12 vezes a emissão de CO²;

• EUA geram 36% de gases aquecedores do planeta;

• Mercado de Carbono.

(Minayo e Miranda, 2002)

PADRÃO DE CONSUMO

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A essência das desigualdades

Produção em função da acumulação privada da riqueza x necessidades

Desqualificação do trabalho Formação da grande indústria Cultuada no fetiche da mercadoria Produção em massa Incorpora grandes quantitativos pop. à produção e nas cidades Homogeneiza grandes contingentes populacionais Padrão de consumo em larga escala Entre 1950-1970 produção de manufaturados quadriplicou e o comércio mundial aumentou 10 vezes 80% do PIB mundial pertence a 1 bilhão de pessoas 20% do PIB mundial pertence a 5 bilhões de pessoas

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Globalização fertilizada na decomposição do mundo do trabalho, projetava a partir da década de 1970:

- Superam-se fronteiras;

- Difusão livre do conhecimento;

- Nações pobres se desenvolverão;

- Socialização da riqueza.

Realidade atual:

- Fronteiras nacionais fortes;

- Monopolização da produção científica:

40% EUA; 40% Europa

- Monopolização tecnológica (patentes)

>70% EUA, Europa e Japão

(Fiori, 2005; Cordeiro 2006)

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Impactos sobre os modos de vida, considerando:

Solo Água Ar Clima

Cidades Trabalho Saúde

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O Solo

Agricultura: busca de produtividade

Séc. XIX – Adição de ac. sulfúrico a cristais de fosfato produziu superfosfato concentrado - 1º fertilizante artificial;

Início séc. XX – Síntese da amônia extraída do ar = fertilizantes

1940 – 4 milhões de toneladas

1965 – 40 milhões de toneladas

1990 – 150 milhões de toneladas

Eutrofização de rios, mares e lagos – alteração do suprimento de micronutrientes

Meados séc. XX - Agrotóxicos

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AGROTÓXICOS

NO MUNDO:

Entre 1983 e 1997 – gastos subiram de 20 para US$ 34 bilhões

3 milhões de casos de intoxicação notificados / ano

Fator de correção: 50

Estimativa do número de casos de intoxicação /ano: 150 milhões

(WHO, 2001)

No BRASIL:

8000 casos de intoxicação notificados / ano

Estimativa do número de casos de intoxicação / ano: 400.000

(SINITOX, 2002)

2,5 bilhões de dólares /ano, sendo o quarto maior consumidor mundial (FAO, 2003)

6,5 bilhões de dólares /ano, sendo o segundo maior consumidor mundial (ANVISA, 2005)

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32% dos agrotóxicos pulverizados ficam retidos nas plantas; 49% vão para o solo; 19% vão pelo ar para outras áreas circunvizinhas da aplicação.

EMBRAPA

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“CHUVA” DE AGROTÓXICOS EM LUCAS DO RIO VERDE, MT/2005

(Pignatti, W., 2006)

29089 hab. com Produção em 2005 por toneladas:

soja: 697.800; milho: 588.000; feijão:837.

arroz: 4.872; algodão: 18.271;

sorgo: 30.000; tomate: 188;

Uso de 3.000 ton. de pesticidas:

61% de herbicidas; 18% de inseticidas;

14% de fungicidas 7% de outros tipos

Aplicações se dão por pulverizações aéreas ou por tratores.

Média de aplicação de 8,5 kg por hectare plantado ou de 102 kg por habitante/ano ou 682 kg/habitante rural/ano.

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EFEITOS OBSERVADOS DOIS DIAS APÓS A APLICAÇÃO:

secagem ou a queima da maioria das plantas de 65 chácaras de hortaliças e legumes (localizadas em vários pontos da periferia da cidade),

Secagem da maioria das folhas das plantas do horto com 180 canteiros de diferentes espécies de plantas medicinais (localizadas quase no centro da cidade);

Queima de milhares de plantas ornamentais das ruas e quintais da periferia e do centro da cidade.

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O solo

Indústria:

Séc. XX - Metalúrgica e química = contaminação. Acumulou 100 x mais metais do que qualquer outro período.

Japão – 10% dos campos de arroz inviáveis por cádmio, em 1980.

Desde 1900 – sintetizados 10.000.000 de substâncias químicas, com 150.000 colocados para uso comercial.

Área degradada atual: 2 bilhões de hectares = território dos EUA e Canadá, juntos.

Diferencial: África foi o único continente com declínio da produção de alimentos per capita, após 1960. Erodiu 9 x mais o solo do que europa.

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O solo

Brasil:

Mais de 700 áreas contaminadas, sendo 95% com população até 1 Km de raio, com:

38,6% população de baixa renda;

30% população de baixa e média renda;

16% população de média renda.

CGVAM/SVS/MS 2007

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Distribuição dos contaminantes segundo área com população exposta à solo contaminado, Brasil 2007.

Contaminantes Freqüência %

Agrotóxicos 353 20Derivados de petróleo 270 16Resíduos industriais 213 12Metais 197 11Resíduos de serviços de saúde 149 9Resíduos urbanos 145 8Outros hidrocarbonetos 97 6Resíduos de petróleo 45 3Solventes em geral 35 2Outros 222 13Total 1736 100

Fonte: Sissolo, CGVAM/SVS/MS 2007,

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A água

Final do séc. XIX – Europa e EUA

Doenças de veiculação hídrica = 10% de todas as mortes

Mortalidade infantil:

Detroit e Washington – 180 por 1000 nascidos vivos;

Birmingham e Liverpool – 160 por 1000 nascidos vivos;

Febre tifóide:

Chicago – 20.000 casos por ano.

Tratamento sanitário em 1880: esperança de vida aumentou 15 anos em menos de 4 décadas.

Hoje: EUA e Europa tem < de 1% de causa morte por estas doenças, enquanto o mundo em desenvolvimento tem 1,1 bilhão de pessoas sem acesso adequado à água.

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Tipo de abastecimento

Outro tipoRede geral

75,124,932 089 3691999

77,722,332 218 7001998

80,419,631 694 1881997

80,119,931 751 0541996

83,316,731 884 982 1995

85,814,231 991 1821993

87,712,332 016 9441992

Rural

8,191,9127 180 7111999

8,591,5125 170 3001998

9,490,6123 468 4141997

9,490,6121 646 0481996

10,389,7119 452 2851995

11,089,0115 105 4011993

11,788,3112 857 8051992

Urbana

Percentual de moradores

População totalAno

PERCENTUAL DE MORADORES COM ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM RELAÇÃO À POPULAÇÃO TOTAL, POR TIPO DE ABASTECIMENTO E SITUAÇÃO DO DOMICÍLIO

BRASIL – 1992/1999

Fonte: IBGE, 2000

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O Ar

Londres em 1952 – smog matou 4000 pessoas em 7 dias

Melhora na emissão de particulado devido à regulação da indústria:

EUA – desde 1990, menos 42%

Canadá – desde 1998, menos 46%

Paris – desde 1970, menos 66%

Entrada em cena dos veículos automotores no séc. XX:

1910 – 1 milhão;

1930 – 50 milhões

2000 - > de 800 milhões

A partir de 1992 morreram de 300.000 a 700.000 pessoas ano, por ar contaminado (Banco Mundial)

Entre 1950 e 1997, morreram de 20 a 30 milhões de pessoas (OMS)

São Paulo – 20 a 25% atendimento de saúde, com 12% mortes por todas as causas (Geo Brasil)

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O Clima

1900 1995

CO2 295 ppm 360 ppm

METANO 700 ppb 1720 ppb

Aumento da temperatura da terra : 0,3 a 0,6 ºC, entre 1890 e 1990.

Variações que NÃO ocorreram nos últimos 600 anos e RARAMENTE

ocorreram nos últimos 10.000 anos.

Enchentes, secas, queimadas – vetores e doenças de veic. Hídrica.

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As Cidades

Até 1950 30% pop. Mundial vivia nas cidades

Em 2007, pela 1ª vez na história 50% pop. Urbana e rural

América Latina – 77% pop. Urbana

Brasil: Industrialização 1950 leva hoje a > de 80% pop. Urbana

Moradia: > 5 milhões de favelados; defict habitacional total de

6.600.000 unidades;

Violência: 1980 – 59 mortes/100 mil hab. por causas externas;

1997 – 72,5 mortes/100 mil hab. Por causas externas;

No período morreram 126.657 pessoas;

No Trânsito: morreram no mundo, em 2000, 1.260.000 pessoas e o custo chega a 1% do PIB. No Brasil 35.000 mortes/ano.

O que não se afere: o medo

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O Trabalho

Fonte: MPAS 2003

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Registro de Acidente de trabalho

ANO COM CAT SEM CAT TOTAL

2006 512.232 - 512.232

2007 541.414 138.955 680.369

Fonte: MPAS 2008

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a) As médias incluem estimativas para países sobre os quais, para alguns anos, não se têm informações.b) Países indicados nas notas (c), (d) e (e).c) Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Suécia, Suíça e Reino Unido.d) Canadá e EUA.e) Austrália, Japão e Nova Zelândia.Fonte: Rodrigues, LM, 1998. APUD Visser (1991).

BRASIL: TAXA DE SINDICALIZAÇÃO EM 2001: 26% (IBGE, 2003)

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Carga de doença e o meio ambiente

Medida em DALY (DISABILITY ADJUSTED LIFE YEARS)

24% da carga total de doenças;

23% de todas as mortes;

36% das doenças em crianças de 0-4 anos;

37% das mortes em crianças de 0-4 anos

A. PRÜSS-ÜSTÜN e C. CORVALÁN, 2006

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WHO, 2006

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ANNUAL BURDEN OF DESEASE FROM ENVIRONMENTAL FACTORS, IN TERMS OF DISABILITY ADJUSTED LIFE YEARS (DALYS) __________________________________________________________________________ BURDEN OF DESEASE DISABILITY ADJUSTED LIFE YEARS

DIARRHOEA (58 million; 94% of the diarrhoeal burden of disease)

LOWER RESPIRATORY (37 million; 41% of all cases globally) INFECTIONS

UNINTENTIONAL (21 million; 44 % of all cases globally)INJURIES other than road traffic injuries

MALARIA (19 million; 42% of all cases globally)

ROAD TRAFFIC INJURIES (15 million; 40% of all cases globally)

CHRONIC OBSTRUCTIVE (12 million; 42% of all cases globally)PULMONARY DISEASE

PERINATAL CONDITIONS (11 million; 11% of all cases globally) __________________________________________________________________________ WHO, 2006

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Década de 1970

• 1972 - Conferência de Estocolmo; Criação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA/UNEP);

• 1977 - Conferência Mundial sobre Desertificação (Quênia); • 1977 - Conferência das Nações Unidas sobre Água (Mar

del Plata);

• 1978 - Conferência sobre Cuidados Primários de Saúde OMS-UNICEF (Alma Ata).

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Década de 1980

• 1981-1990 - Decênio Internacional do Abastecimento de Água Potável e do Saneamento;

• 1986 - Carta de Ottawa para a Promoção da Saúde (OMS);

• 1987 - Protocolo de Montreal: controle da emissão de substâncias que destroem a camada de ozônio;

• 1987 - Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (UN/WCED); Nosso Futuro Comum, relatório da UN/WCED;

• 1987 - Iniciativa Cidades Saudáveis (OMS);

• 1988 - Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas;

• 1989 - Convenção de Basel: controle da movimentação de dejetos perigosos;

• 1989 - Conferência de Adelaide sobre Políticas Públicas Saudáveis (OMS).

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Década de 1990

• 1990 - Criação da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da OMS;

• 1991 - Declaração de Sundsval sobre Ambientes Favoráveis à Saúde (OMS);

• 1992 - Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio 92) – Cúpula da Terra. Agenda 21; Criação da Comissão para o Desenvolvimento Sustentável (ONU);

• 1994 - Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD);

• 1994 - Conferência das Nações Unidas sobre População e Desenvolvimento (Cairo);

• 1994 - Conferência Internacional sobre Segurança Química (Estocolmo); • 1995 - Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Social -

Cúpula Social (Copenhague);

• 1995 - Carta Panamericana sobre Saúde e Ambiente no Desenvolvimento Humano Sustentável.

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Décadas de 1990/2000

• 1996 - Conferência das Nações Unidas sobre Assentamentos Humanos (Habitat II) (Istambul);

• 1996 - Cúpula Mundial da Alimentação, FAO (Roma); • 1997 - Protocolo de Kioto: controle da emissão de gases de efeito

estufa;

• 2002 - Reunião conjunta dos Ministros da Saúde e do Meio Ambiente das Américas;

• 2002 - Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável

(Rio+10), de Joanesburgo.

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Se o mundo está globalizado, com a riqueza, conhecimento e tecnologias concentrados;

se as fronteiras se fecham para a defesa dos Estados Nacionais, mas se abrem aos riscos gerados;

se os impactos do modelo de desenvolvimento atingem populações mais vulneráveis, ppt nos países em desenvolvimento;

se a multilateralidade cada vez mais se impõe nas relações entre países,

torna-se fundamental a busca de protagonismo nas relações

internacionais que estabelecem políticas e acordos, assim como a

efetividade na internalização de tais políticas,

o que nos remete ao papel da ciência e aos métodos de decisão das

políticas dos Estados Nacionais no enfrentamento de tais questões.