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CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ VIVIANE GARLA ROUPA “DIVERSIDADE DE BORBOLETAS E PLANTAS VISITADAS EM ÁREA DENSAMENTE URBANIZADA DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO: BAIRRO CERÂMICA– SÃO CAETANO DO SUL/SP” SANTO ANDRÉ 2012

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNDAÇÃO SANTO ANDRÉ

VIVIANE GARLA ROUPA

“DIVERSIDADE DE BORBOLETAS E PLANTAS VISITADAS

EM ÁREA DENSAMENTE URBANIZADA DA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÃO PAULO: BAIRRO CERÂMICA–

SÃO CAETANO DO SUL/SP”

SANTO ANDRÉ

2012

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VIVIANE GARLA ROUPA

“DIVERSIDADE DE BORBOLETAS E PLANTAS VISITADAS

EM ÁREA DENSAMENTE URBANIZADA DA REGIÃO

METROPOLITANA DE SÃO PAULO: BAIRRO CERÂMICA–

SÃO CAETANO DO SUL/SP”

Relatório final apresentado ao Programa

de Incentivo à Iniciação Cientifica da

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras

do Centro Universitário Fundação Santo

André.

Orientador:

Prof. Dra. Dagmar Santos Roveratti

Co- orientador:

Vivian Santana Nascimento

SANTO ANDRÉ

2012

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RESUMO

Borboletas são consideradas bons indicadores biológicos de biodiversidade total e de eventuais perturbações ecológicas em ambientes tropicais. Por serem consideradas de um grupo suscetível à destruição e fragmentação de habitats, fornecem respostas rápidas e diretas sobre distúrbios ambientais. O grupo das borboletas é um grupo de sistemática relativamente bem conhecida se comparada a outros grupos de insetos tropicais; possuem uma grande riqueza e abundância de espécies; são relativamente fáceis de amostrar, avaliar e identificar em campo, além de apresentarem íntimas associações com seu habitat e grande sensibilidade a suas mudanças constituindo-se, portanto, em excelentes indicadoras da qualidade ambiental e integridade de paisagens naturais e urbanas. O Bairro Cerâmica, em São Caetano do Sul – SP, é um bairro que conta com uma relativa vegetação, como demonstrado nos estudos de Armas (2010). Apresenta duas praças: Praça Moraes Sarmento e Praça Ricardo Lovato, e nas suas proximidades o Espaço Verde Chico Mendes, a maior área verde do município. Estas áreas verdes e a vegetação utilizada na arborização das ruas do bairro podem conter espécies vegetais que dão suporte alimentar e que funcionam como plantas hospedeiras para borboletas. Desta forma o projeto visa verificar as espécies de borboletas encontradas na área, associando sua ocorrência á ocorrência da vegetação hospedeira respectiva e outros aspectos ambientais relevantes em estudos deste tipo. Portanto, além do levantamento das espécies de borboletas, também foi identificado o tipo de flora atrativas para as borboletas utilizando como base os dados de outros levantamentos já realizados. Foram registrados até o presente 954 lepidópteros pertencentes a 17 espécies e 5 famílias. Para cada uma das espécies de borboletas foram anotadas as espécies vegetais visitadas tendo sido observada uma clara preferência das borboletas pelas espécies vegetais espontâneas em detrimento das ornamentais quando ambas estão disponíveis. Um estudo desse tipo pode servir de indicador dos impactos ambientais causados pela urbanização mal planejada. Palavras-chave: Espécies de borboletas. Indicadores de qualidade ambiental. Conservação da biodiversidade.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Localização de São Caetano do Sul. 10

Figura 2 – Gráfico quantitativo de espécies observadas. 11

Figura 3 – Planilha de avistamentos de espécies nos meses do ano. 12

Figura 4 – Gráfico quantitativo das famílias encontradas. 12

Figura 5 – Tabela com registro de espécies de borboletas encontradas e plantas

visitadas. 14

Figura 6 - Gráfico quantitativo de avistamentos nos meses de coleta. 15

Figura 7 – Mistura de cana de açucar com banana em tampas de garrafa pet. 16

Figura 8 – Armadilha para captura já colocada em local de teste. 16

Figura 9 – Constatação do aparecimento somente de abelhas nativas nas

armadilhas. 17

Figura 10 – Terreno utilizado para observação, vegetação espontânea. 17

Figura 11 – Terreno após a modificação para tornar-se estacionamento. 18

Figura 12 – Praça Morais Sarmento, no Bairro Cerâmica inicio de obras de

revitalização. 18

Figura 13 – Praça Morais Sarmento, no Bairro Cerâmica após

obras de revitalização. 19

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SUMÁRIO

1. Introdução 05

2. Objetivos 07

3. Atividades desenvolvidas 08

3.1 Levantamento e elaboração do referencial teórico 08

3.2 Padronização de Metodologia 08

3.3 Coleta de Dados 08

3.4 V SAPEX Simpósio de Atividades de Pesquisa e Extensão 09

3.5 X Congresso de Ecologia do Brasil 09

3.6 I SPGABC Simpósio de Pesquisa do Grande ABC 09

4. Método e materiais utilizados 10

5. Resultados obtidos e eventuais problemas enfrentados 11

6. Possíveis alterações no plano de atividades ou nos procedimentos previstos no

projeto de pesquisa 16

7. Discussões 20

8. Considerações finais 22

9. Referências 23

10. Anexos 24

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1 – INTRODUÇÃO

As espécies, ao longo do processo evolutivo, adaptaram-se a determinados

conjuntos de condições ambientais. Quando ocorre uma mudança no ambiente,

afetando essas condições, as espécies ali presentes reagem de diversas maneiras,

desde o desaparecimento total, indiferença ou até mesmo favorecimento. Certos

grupos de organismos são usados em análises ambientais, representando os outros

componentes do ecossistema. Esses organismos são chamados de indicadores

biológicos e podem refletir tanto mudanças no estado abiótico como no estado

biótico de um ambiente. Podem também refletir o impacto das mudanças ambientais

em um habitat, comunidade ou ecossistema, ou podem ser indicativos da

diversidade de um grupo ou taxa, ou da diversidade geral, dentro de uma área

(SILVA, 2008).

Dentre os diversos grupos de invertebrados que são afetados pela

fragmentação florestal, as borboletas podem ser consideradas um ótimo modelo de

estudo. Devido ao seu tamanho relativamente grande, sua aparência colorida,

facilidade de amostragem e taxonomia bem resolvida, as borboletas estão entre os

grupos de insetos mais bem conhecidos, mostrando um grande potencial para

elucidar os padrões de diversidade e para estudos de conservação de insetos e de

seus habitats. Lepidópteros, em especial borboletas, são promissores como grupo

indicador para o monitoramento da riqueza de comunidades e da qualidade

ambiental (NOGUEIRA et al, 2006).

As borboletas estão envolvidas em muitas interações ecológicas dentro das

comunidades as quais pertencem destacando-se a mutualística (polinização) e de

predação (herbivoria), dentre outras. Elas ainda servem como modelo em pesquisas

de ecologia de populações e comportamento (pela facilidade de marcação nas

asas), genética da seleção natural e em processos básicos como alimentação,

parasitismo, competição e predação (identificação de substâncias tóxicas presentes,

camuflagem e mimetismo) (DESSUY & MORAIS, 2007).

Apesar de viverem melhor em ambientes naturais, como florestas e campos,

as borboletas também são encontradas nas cidades. A flora e a fauna urbanas são

condicionadas não só pelos fatores abióticos de cada região, mas principalmente

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pelas ações antrópicas. Embora a fauna urbana seja menos diversificada do que

aquelas encontradas nos ambientes naturais circunvizinhos, vários grupos de

animais estão nela representados. Muitas dessas espécies se mantêm em

populações restritas aos parques e jardins, públicos e privados quer sejam eles

ambientes artificialmente criados, ou fragmentos remanescentes de vegetação

natural. A importância destes últimos ambientes na manutenção de pequenas

populações de invertebrados é bastante relevante (NASCIMENTO, 2010).

As borboletas são insetos que, juntamente com as mariposas, constituem a

Ordem dos Lepidópteros. Estão, assim, na seguinte classificação biológica: Filo

Arthropoda, Classe Insecta, Ordem Lepidóptera (CARDOSO et al, 2005).

As espécies da Ordem Lepidóptera têm recebido uma atenção maior por

parte dos naturalistas e entomologistas do que qualquer outro grupo de insetos

(DALY et al, 1998).

Estima-se que mais de 250.000 espécies de lepidópteros habitam a Terra,

das quais cerca de 150.000 já foram descritas. A região Neotropical exibe a maior

diversidade de Lepidópteros, com mais de 35% do número total de espécies

conhecidas (COSTA et al., 2006).

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2 – OBJETIVOS

Avaliar a diversidade de espécies de borboletas presentes no Bairro

Cerâmica- São Caetano do Sul/SP e suas relações com as espécies vegetais

existentes verificando, dessa forma, as espécies de borboletas mais adaptadas ao

ambiente urbano analisado.

Contribuir para o fornecimento de subsídios para a conservação das espécies

ainda presentes nos espaços densamente urbanizados.

Identificar espécies ocorrentes no ambiente estudado visando contribuir para o

conhecimento destas espécies através de informações sobre a variação de suas

atividades ao longo do ano.

Verificar se tais dados podem ser indicativos da qualidade ambiental,

correlacionando-os com aspectos abióticos e bióticos do local.

8

3 - ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

3.1- Levantamento e elaboração do referencial teórico

Este trabalho teve inicio através de consultas a trabalhos científicos e

bibliografias específicas sobre o assunto abordado. A pesquisa inicial teve como

foco principal o conhecimento sobre o modo de vida de diversas espécies de

lepidópteros e suas plantas de preferência. O referencial teórico foi utilizado para a

identificação das espécies de borboletas observadas e de plantas hospedeiras em

todo o período da pesquisa.

3.2-Padronização de Metodologia

A metodologia aplicada inicialmente foi constituída de armadilhas feitas com

garrafas pet do tipo Van Someren-Rydon contendo iscas de banana fermentada com

caldo de cana, com intuito de atrair as espécies do local. Essas armadilhas seriam

distribuídas em dez pontos fixos próximos à locais com maior incidência de

vegetação, porém foi registrado o aparecimento de abelhas nativas nas armadilhas,

além de várias espécies de formigas, não ocorrendo nenhum exemplar de borboleta.

A metodologia foi alterada uma vez que a maioria das espécies encontradas no local

não são frugívoras e sim nectívoras, não sendo atraídas pelas armadilhas com

banana e suco de cana.

Foi introduzida uma metodologia baseada na observação/avistamento e

registro fotográfico, focando pontos específicos situados no bairro. Foram

identificados três locais mais indicados para estas observações, sendo eles uma

praça situada no bairro, um terreno baldio e um quintal de residência.

3.3-Coleta de Dados

A data prevista conforme cronograma do relatório inicial foi alterada devido à

modificação da metodologia; o reconhecimento do local de estudo foi iniciado a partir

desta alteração, devido à mudança dos locais de coleta. As coletas foram iniciadas

no mês de fevereiro de 2011, e não em janeiro de 2011 como havia sido informado

9

no relatório inicial, Sendo assim as coletas tiveram inicio em fevereiro de 2011 e

término em janeiro de 2012.

3.4-V SAPEX Simpósio de Atividades de Pesquisa e Extensão

Participação no V SAPEX Simpósio de Atividades de Pesquisa e Extensão,

realizado no dia vinte e sete de agosto do ano de dois mil e onze, no Campus do

Centro Universitário Fundação Santo André, com apresentação dos resultados

preliminares do projeto em forma de banner. Certificado de participação em anexo.

3.5-X Congresso de Ecologia do Brasil

Participação no X Congresso de Ecologia do Brasil, realizado entre os dias

dezoito e vinte e dois de setembro do ano de dois mil e onze, em São Lourenço MG,

com apresentação dos resultados preliminares do projeto em forma de banner e

resumo publicado. Carta de aceitação e certificado de participação em anexo.

3.6-I SPGABC Simpósio de Pesquisa do Grande ABC

Participação no I SPGABC Simpósio de Pesquisa do Grande ABC, realizado

no dia dez de novembro do ano de dois mil e onze, em São Caetano do Sul, com

apresentação dos resultados preliminares do projeto em forma de banner.

Certificado de participação em anexo.

10

4 – MATERIAIS E MÉTODOS

Estudo desenvolvido no Bairro Cerâmica, da cidade de São Caetano do Sul,

município localizado na região metropolitana de São Paulo, sob a posição

geográfica: latitude 23°37’30” S, longitude 46°31’45” W.

Figura 1 – Localização de São Caetano do Sul

Os registros foram feitos em três pontos fixos, sendo uma residência com

jardim, uma praça constituída predominantemente por vegetação arbórea e gramado

e uma área verde composta basicamente por jardim de espécies ornamentais

arbustivas e algumas espécies arbóreas, circundado por área de vegetação

espontânea. Os dados foram coletados no período de Fevereiro de 2011 a Janeiro

de 2012, entre os horários das 10h00min às 14h00min, totalizando 67 horas de

observação realizadas em 24 dias distintos, dois ao mês. Foram feitas observações

por avistamento e/ou captura com rede entomológica e/ou captura manual. Os

indivíduos capturados foram imediatamente soltos após as observações, realizando-

se, desta forma, um inventário não perturbatório. Os exemplares foram registrados

através de fotografias e posteriormente identificados por comparação com material

bibliográfico especializado ou consulta a especialistas, quando necessário. Também

foram feitos registros das espécies vegetais visitadas por cada espécie de borboleta

observada para posterior identificação e correlação com os aspectos ambientais.

11

5 – RESULTADOS OBTIDOS E EVENTUAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS

O esforço amostral foi de 67 horas de observação e durante este

período foram registrados 954 lepidópteros diurnos (Figura 2 – Gráfico quantitativo

de espécies observadas) pertencentes a 17 espécies (Figura 3 – Planilha de

avistamentos de espécies nos meses do ano).: Methona temisto (Hübner, 1818);

Ascia monuste (Linnaeus, 1764); Urbanus simplicius (Stoll, 1790); Actinote pratensis

(Francini, Freitas & Penz, 2004); Papilio anchisiades (Fabricius, 1793); Papilio

homothoas (Rothschild & Jordan, 1906); Zaretis itys strigosus (Gmelin, 1788);

Phoebis sp (Linnaeus, 1763); Junonia evarete (Cramer, 1779); Hamadryas

amphinome (Linnaeus,1767); Heliconius ethilla narcaea (Godart, 1819); Marpesia

petreus (Cramer, 1776) ; Hemiargus hanno (Stoll, 1790), Agraulis vanillae (Stichel,

1907); Heliconius erato phyllis (Fabricius, 1775); Vanessa braziliensis (Moore, 1883)

e Danaus plexippus (Linnaeus, 1758) distribuídas em 5 famílias(Figura 4 – Gráfico

quantitativo das familias encontradas) Nymphalidae, Pieridae, Papilionidae,

Hesperiidae e Lycaenidae .

Figura 2 – Gráfico quantitativo de espécies observadas.

12

Figura 3 – Planilha de avistamentos de espécies nos meses do ano.

35%

38%

1%1%

25%

Grafico de Famílias

Nymphalidae Pieridae Papilionidae Hesperiidae Lycaenidae

Figura 4 – Gráfico quantitativo das famílias encontradas.

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Observou-se que as espécies vegetais preferencialmente visitadas foram as

espécies espontâneas, quando presentes, sendo freqüentes as visitas à: Bidens

pilosa., Ageratum conyzoides L., Brassica campestris L., Emilia sonchifolia (L.) DC.,

Oxalis latifolia Kunth., Lotus corniculatus L., Melinis minutiflora Beauv., Taraxacum

officinale Weber., Raphanus sativus L., Galinsoga ciliata (Raf.) Blake., Ipomoea

cairica L., Alternanthera ficoidea (L.) Beauv.

Também foram observadas, com menor freqüência, visitas à espécies

ornamentais como: Canna generalis., Hemerocallis x hybrida Hort., Rhododendron

simsii Planch., Spathiphyllum wallisi Regel., Clerodendrum thomsonae Balf.,

Bougainvillea glabra Choisy., Ixora coccinea L., Jasminum nitidum Skan, Strelitzia

reginae Ait., Psidium guayaba L., Lantana camara L., Kalanchoe blossfeldiana

Poelln., Agapanthus africanus L. Demonstração das espécies encontradas nos

locais de observação juntamente com as plantas onde as mesmas foram observadas

(Figura 5 - Tabela com registro de espécies de borboletas encontradas e plantas

visitadas).

14

Figura 5 – Tabela com registro de espécies de borboletas encontradas e plantas visitadas.

Foi observado que os ambientes que apresentam vegetação natural

espontânea possuem uma maior diversidade de lepidópteros em relação aos jardins

compostos basicamente por plantas ornamentais. Verificou-se que o número de

espécies e a abundância dos organismos varia de acordo com a temperatura e

umidade relativa do dia, havendo um número menor de borboletas quando a

temperatura ultrapassou 27ºC; quando não havia incidência de luminosidade solar e

quando o dia estava com a umidade relativa do ar abaixo do normal. Nos meses

15

mais frios, tais como Julho e Agosto pode-se observar a diminuição dos

avistamentos,

Durante a coleta de dados, ocorreu a modificação de uma das áreas utilizadas

para observação, onde a vegetação foi retirada e a área foi transformada em um

grande estacionamento,devido à construção de um shopping que ocorreu no mês

de junho. Houve, também, uma modificação de outro local de observação: a

revitalização da praça Morais Sarmento localizada em São Caetano do Sul.

Devido a estas alterações passou-se a utilizar os terrenos anexos à obra do

shopping, que ainda apresentavam vegetação espontânea. Na praça, após a

revitalização, ocorreu a diminuição da quantidade de plantas espontâneas e

algumas espécies de árvores frutíferas. Tendo diminuído a quantidade de

avistamentos na mesma.

0

20

40

60

80

100

120

140

160

180

200

Avistamentos por Mês

Figura 6 - Gráfico quantitativo de avistamentos nos meses de coleta.

Os registros de amostragem identifica o mês de outubro como o mês com maior

número de registros, seguido de setembro e dezembro (Figura 6 - Gráfico

quantitativo de avistamentos nos meses de coleta).

Nos meses de coleta foi identificado que nos dias muito quentes e secos,ou

dias frios, a quantidade de avistamentos foi menor, enquanto isso dias posteriores a

chuvas ou temperatura mais amenas mostrou aumento considerável na quantidade

de exemplares.

16

6 – POSSIVEIS ALTERAÇÕES NO PLANO DE ATIVIDADE OU NOS

PROCEDIMENTOS PREVISTOS NO PROJETO DE PESQUISA

As alterações no plano de atividade ocorreram devido à constatação de

espécies nectívoras em sua grande maioria no local de pesquisa, inicialmente foi

adotado o método Van Someren-Rydon com garrafas pet e uma mistura de banana

e cana de açúcar (Figura 7 - Mistura de cana de açucar com banana em tampas de

garrafa pet, Figura 8 - Armadilha para captura já colocada em local de teste, Figura 9

- Constatação do aparecimento somente de abelhas nativas nas armadilhas).

Figura 7 – Mistura de cana de açucar com banana em tampas de garrafa pet.

Figura 8 – Armadilha para captura já colocada em local de teste.

17

Figura 9 – Constatação do aparecimento somente de abelhas nativas nas armadilhas.

No decorrer da pesquisa também ocorreu à destruição do terreno utilizado para

as observações, devido a esse terreno ser uma propriedade particular onde está

sendo construído um complexo residencial e comercial em São Caetano do Sul

(Figura 10 – Terreno utilizado para observação, vegetação espontânea, Figura 11 –

Terreno após a modificação para tornar-se estacionamento).

Figura 10 – Terreno utilizado para observação, vegetação espontânea.

18

Figura 11 – Terreno após a modificação para tornar-se estacionamento.

Iniciado no mesmo mês, em maio a obra de revitalização da Praça Morais

Sarmento, uma grande parte da praça que era composta por vegetação passou a

ser coberta de calçadas, local também utilizado para execução da pesquisa (Figura

12 – Praça Morais Sarmento, no Bairro Cerâmica inicio de obras de revitalização,

Figura 13 – Praça Morais Sarmento, no Bairro Cerâmica após obras de

revitalização).

Figura 12 – Praça Morais Sarmento, no Bairro Cerâmica inicio de obras de revitalização.

19

Figura 13 – Praça Morais Sarmento, no Bairro Cerâmica após obras de revitalização.

20

7 - DISCUSSÃO

De acordo com Brown e Freitas (1999), apesar do crescente interesse de

pesquisadores pela área de conservação e monitoramento ambiental, o “material

base” do conhecimento para este tipo de trabalho (listas locais e regionais) ainda é

escasso em muitos grupos, inclusive para borboletas, e nos últimos anos um número

pequeno de inventários de borboletas dentro de biomas no domínio atlântico

apareceu na literatura.

Como nunca houve um inventário de espécies de borboletas na área desta

pesquisa, não há como comparar os dados obtidos em diferentes períodos, mas a

quantidade de espécies registradas, 17 espécies, acaba sendo muito inferior quando

comparada com os resultados de levantamentos realizados em áreas fragmentadas

bem preservadas como por exemplo, a Mata de Santa Genebra, uma reserva

municipal de Campinas, São Paulo, com 2518 Km² onde já foram contabilizados

cerca de 702 espécies de borboletas, denotando a importância destes

remanescentes florestais e a importância de corredores ecológicos que permitam a

ligação entre eles (Brown & Freitas, 2000)

As espécies Methona themisto e Ascia monuste, possuem ampla distribuição

geográfica sendo, segundo Silva et al (2007) comuns em ambientes urbanos ou

perturbados, tendo sido encontradas na mata da PUC, em Minas Gerais e também

em Porto Alegre, RS. Ainda segundo Silva et al (2007), M. themisto é considerada

mais tolerante aos distúrbios do habitat pela urbanização do que as outras espécies

o que pode ser constatado também nesta pesquisa.

De acordo com as observações do presente estudo, algumas espécies

preferem vegetação espontânea à plantas ornamentais artificialmente introduzidas.

Neste caso faz-se necessário a conservação de áreas naturais em espaços

densamente urbanizados.

A análise dos dados demonstrou que após a retirada da vegetação espontânea

do terreno estudado as observações tiveram que ser interrompidas no local, pois não

ocorreram mais avistamentos mesmo com a condição de clima favorável.

Referente à Praça Morais Sarmento, após sua revitalização onde foram

removidos alguns exemplares de plantas espontâneas e árvores frutíferas, também

verificou-se uma considerável diminuição de avistamentos.

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Algumas espécies de borboletas são mais avistadas em determinados meses

do ano, dependendo da temperatura e da umidade do ar.

Em dias com muita luminosidade e alto índice de umidade apresentaram mais

registros. Nos dias nublados houve poucas aparições de borboletas.

22

8 - CONSIDERAÇÕES FINAIS

A pequena riqueza de espécies contabilizadas neste estudo demonstra o alto

grau de impacto ambiental na área estudada, Para uma alta riqueza de espécies de

borboletas em áreas urbanas faz-se necessário a manutenção ou introdução de

espécies de plantas espontâneas, além das espécies ornamentais, uma vez que as

primeiras são as espécies de maior atratividade para lepidópteros e, com isso, é

possível haver a conservação das espécies de borboletas existentes na região.

Do ponto de vista da manutenção da diversidade de borboletas, a existência de

áreas naturais nos espaços urbanos é fundamental, tendo em vista a observação de

que os lepidópteros são encontrados em maior número de indivíduos e espécies,

nos locais onde há vegetação natural espontânea e que as visitas são menos

freqüentes às espécies vegetais ornamentais artificialmente introduzidas.

Observou-se uma clara preferência das borboletas pelas espécies vegetais

espontâneas em detrimento das ornamentais quando ambas estão disponíveis. Tal

fato pode explicar, em grande parte, a existência de um menor número de espécies

destes insetos nos espaços urbanos quando comparados com os ambientes

naturais.

23

9 - REFERÊNCIAS

ARMAS, P. B. Diagnóstico de arborização urbana do Bairro Cerâmica, São Caetano do Sul, SP. 2010. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Ciências Biológicas) – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Santo André, Centro Universitário Fundação Santo André, Santo André, 2010.

Brown Jr, K. S. & Freitas, A. V. L. 2000. Diversidade de Lepidóptera em Santa Teresa, Espírito Santo. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão (N. Ser.), 11/12: 71-118. SILVA, G.C. Diversidade de borboletas nymphalidae na mata atlântica do parque municipal da lagoa do Peri, Florianópolis, SC. 2008 Disponível em: <http://www.cienciasbiologicas.ufsc.br/TCC-BIOLOGIAUFSC/TCCGabrielaCorsoda SilvaBioUFSC-08-2.pdf > Acesso em: 13/10/2010.

NOGUEIRA, T.A, CANUTO, J.Z., SANCIO, C.A. Borboletas Frugívoras em um Fragmento Urbano em Santa Teresa. Santa Teresa, Espírito Santo, 2006.

DESSUY, M.B.; MORAIS, A.B.B; Diversidade de borboletas (Lepidoptera, Papilionoideae hesperioidea) em fragmento de Floresta Estacional Decidual em Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbzool/v24n1/14.pdf >Acesso em: 30/09/2010.

NASCIMENTO, V.S. Proposta para o desenvolvimento e implantação de um borboletário no Campus do Centro universitário Fundação Santo André, Santo André. São Paulo. 2009. Trabalho de conclusão de curso (Bacharelado em Ciências Biológicas) – Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Santo André, Centro Universitário Fundação Santo André, Santo André, 2009.

SANTOS, E. Os Insetos. Ed. Itatiaia. Belo Horizonte, Minas Gerais. 1982.

CARDOSO, R.; RINO, M.M.; BARLETTA, F.; VENTURA, J.R.O. Plano de manejo do Borboletário Tropical Conservacionista Laerte Brittes de Oliveira, Diadema. SP, 2005.

DALY, H.V.; DOYEN, J.T.; PURCEL, A.H. Introduction to insect Biology and Diversity. ed. Oxford University Press, Estados Unidos, 1998.

24

10– ANEXO

Anexo A – Certificado de participação do V SAPEX.

25

X Congresso de Ecologia do Brasil "Ecologia e Gestão Ambiental"

18 a 22 de Setembro de 2011

São Lourenço, MG

COMUNICAÇÃO DO RESULTADO DA ANÁLISE DE TRABALHO

Autor(es): Roupa, V.G.; Nascimento, V.S.; Roveratti, D.S.

Título do trabalho:

DIVERSIDADE DE BORBOLETAS E PLANTAS VISITADAS EM ÁREA DENSAMENTE URBANIZADA DA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO: BAIRRO CERÂMICA– SÃO CAETANO DO SUL/SP

Em relação ao trabalho encaminhado pelo(a) prezado(a) congressista para o X

Congresso de Ecologia do Brasil, a comissão científica vem informar-lhe que o

mesmo se adequa às regras definidas na página web do evento e foi considerado

pertinente para participação no evento pelo assessor de área.

Agradecemos sua participação.

Esperamos você em São Lourenço em Setembro!

Edisa Nascimento.

Comissão Organizadora.

Anexo B– Carta de aceitação para participação do X Congresso de Ecologia do Brasil.

26

Anexo C– Certificado de participação do X Congresso de Ecologia do Brasil.

27

Anexo D– Certificado de participação do I SPGABC.

28

Nome Científico: Hemerocallis x hybrida Hort.

Nome Popular: Hemerocale, Hemerocális, lírio-de-um-dia, lírio-de-são-josé, lírio-amarelo, lírio.

Ordem: Asparagales

Familia: Hemerocallidaceae

Gênero: Hemerocallis

Ocorrência: Europa, China, Coréia, Sibéria e Japão

Caracteristicas: Possui folhas longas, estreitas com nervura central bem definida, não suporta clima muito quente. Pode atingir até 60 cm de altura. Possui ciclo de vida perene. A inflorescência surge de um longo escapo floral e contém de duas a cinco flores cada. As flores tem três sépalas e três pétalas e parecem com os lírios verdadeiros. Elas são amarelas na espécie H. flava e alaranjadas na H. fulva. Nos híbridos (H. x hybrida) diversas cores já foram ser produzidas, com excessão do branco puro e do azul. A floração é influenciada pela variedade hortícola.

Informações: É uma das plantas preferidas para cultivo em jardim, pois além de ser muito fácil de cultivar possui a exuberância das plantas mais aristocráticas. Em geral ocorre em climas subtropicais e temperados e durante o ano todo em regiões tropicais. Apresenta grande versatilidade e rusticidade no paisagismo, sendo uma excelente bordadura pelo efeito marcante de suas folhas, da mesma forma destaca-se em maciços ou grupos.

Devem ser cultivados em solos férteis, adubados com matéria orgânica e irrigados periodicamente. Não tolera terrenos encharcados. Algumas variedades apreciam o frio, outras apresentam boa tolerância. Multiplicam-se pela divisão das touceiras, formando mudas com folhas e rizomas bem formados.

29

Nome Científico: Rhododendron simsii Planch.

Nome Popular: Azaléia, azaléia-belga.

Ordem: Ericales

Familia : Ericaceae

Gênero: Rhododendron

Ocorrência: A planta é de origem chinesa, porém pode ser cultivada no brasil, é mais frequente em São Paulo.

Caracteristicas: É um arbusto de flores, a maioria das azáleias têm floradas terminais, uma para cada talo. durante as estações em que florescem formam uma sólida massa colorida que variam entre magenta, vermelho, laranja, cor de rosa, amarelo, lilás e branco.

Informações: As azaléias são arbustos de folhagem verde-escura e floração abundante. Suas flores simples ou dobradas podem ter cores diferentes, como branco, rosa, vermelho ou mescladas. Devem ser cultivadas a pleno sol, em solo composto de terra de jardim e terra vegetal, com regas regulares, azaléias apreciam solos ácidos. As azaléias ainda apreciam o frio e podem ser podadas com cuidado e sempre no final da floração.

30

Nome Científico: Spathiphyllum wallisi Regel.

Nome Popular: Lírio-da-paz, bandeira-branca, espatifilol.

Ordem: Alismatales

Familia: Araceae

Gênero: Spathiphyllum

Ocorrência: Tem origem na Venezuela e Colombia, porém pode ser cultivada em clima tropical.

Caracteristicas: É uma herbácea perene, de 30 a 40 cm de altura, com folhas brilhantes, e flor na cor branca.

Informações: Branca a flor deste lírio. Com o tempo e em ambientes mal iluminados ela pode se tornar esverdeada. Sua folhagem verde escura e brilhante. O lírio-da-paz é de crescimento rápido no verão, e tem um belo volume. Pode ser plantada em vasos decorando interiores ou em maciços e bordaduras protegidas por muros, árvores ou outras coberturas.

Deve ser cultivada sempre à meia sombra, em substrato rico em matéria orgânica, com boa drenagem. Adubações anuais e regas frequentes garantem o visual do lírio-da-paz. Não tolera o frio. Multiplica-se por divisão das touceiras.

31

Nome Científico: Ageratum conyzoides L.

Nome Popular: Agerato, Celestina, Mentrasto, Erva-de-são-joão, Erva-de-santa-lúcia, Mentraço.

Ordem: Asterales

Familia : Asteraceae

Gênero: Ageratum

Ocorrência: Em todo o Brasil, mais comum na região norte e nordeste.

Caracteristicas: O agerato é uma planta herbácea, ereta, ramificada, de florescimento vistoso, porte é pequeno, geralmente entre 20 e 30 centímetros de altura. A folhagem é densa, com folhas ovaladas a cordiformes. As inflorescências surgem na primavera e permanecem até o final do outono. Elas são do tipo capítulo, compostas por numerosas flores felpudas, em diferentes tons de azul e lilás

Informações: Deve ser cultivado sob sol pleno ou meia-sombra, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Não tolera geada ou encharcamento. Em climas quentes, deve ser conduzido sob meia-sombra, ou ao menos protegido do sol forte do meio-dia. Nos climas mais frios ou amenos, o cultivo deve ser sob sol pleno, para um intenso florescimento. A remoção das flores murchas, assim como a fertilização mensal, estimulam florações sucessivas no agerato. Multiplica-se por sementes postas a germinar no inverno, em ambiente protegido do frio intenso ou geadas.

32

Nome Científico: Brassica campestris L.

Nome Popular: Mostarda.

Ordem: Brassicales

Familia : Brassicaceae

Gênero: Brassica

Ocorrência: Originaria do oriente, tendo se expandido pelas américas pelo seu grande cultivo.

Caracteristicas: Planta herbácea anual de caule ereto, folhas longas e estreitas com bordas serrilhadas. A planta atinge em torno de 1,0 m de altura. As flores são pequenas, amarelas, em inflorescência terminal, seguidas de frutos redondos, a mostarda em grão.

33

Nome Científico: Emilia sonchifolia (L.) DC.

Nome Popular: Bela emília, pincel, serralhinha.

Ordem: Asterales

Familia : Asteraceae

Gênero: Emilia

Ocorrência: é nativa das regiões quentes da Ásia, África, Polinésia e Américas. É uma espécie com ampla disseminação em quase todo o território brasileiro, principalmente na região central.

Características: Nasce com maior frequência no período de maio à novembro. De floração anual, e completa seu ciclo de vida sobre noventa dias.

Observações: Planta de coloração avermellhada,presente nos terrenos vivitados. A presenta resistência a lugares com puca umidade no solo.

Informações: Planta invasora largamente espalhada por todas as regiões agrícolas do país, infestando a maioria das culturas. Ocorre com maior freqüência durante o período de maio a novembro. Durante o período de floração, confere às áreas infestadas coloração vermelha característica.

34

Nome Científico: Oxalis latifolia Kunth.

Nome Popular: Trevo, azedinha

Ordem: Oxalidales

Familia : Oxalidaceae

Gênero: Oxalis

Ocorrência: Encontrada em todo território nacional, mais avistadas em Minas Gerais, São Paulo e Rio grande do Sul.

Caracteristicas: Planta perene com curtas raízes até 2 cm. Pecíolo 15-30 cm; folíolos geralmente muito mais largos que longos. Pedúnculos 20 cm. Pétalas, 10-15 mm, rosa. Sem fruto visto a olho nú.

Observações: Encontrada em solo seco, poucos exemplares em meio a outras plantas.

Informações: Planta invasora medianamente freqüente, infestando gramados, jardins, pomares e cafezais. Devida a sua pequena altura, escapa ao corte pela ceifadeira nos gramados e, com isso, aumenta sua infestação. É uma invasora de muito difícil controle devido ao seu persistente meio de reprodução.Gênero composto por ervas caulescentes ou acaules. Folhas compostas, geralmente trifolioalares. Flores solitárias ou dispostas em umbelas, amarelas, brancas ou róseas. Fruto geralmente capsular, ovóide. Encontradas preferencialmente em lugares úmidos ou frescos, sendo consideradas "pragas" nos jardins. Crianças costumam mastigar as folhas de algumas espécies deste gênero devido ao sabor levemente azedo e agradável decorrente da presença de oxalato de potássio. O oxalato de potássio origina o ácido oxálico, o qual é responsável pela toxidez do gênero.

35

Nome Científico: Clerodendrum thomsonae Balf.

Nome Popular: Lágrima-de-cristo, clerodendro-trepador.

Ordem: Lamiales

Familia : Lamiaceae

Gênero: Clerodendron

Ocorrência: Originária da Africa

Caracteristicas: Trepadeira semi-lenhosa de crescimento lento, apresenta folhas ocaladas de coloração verde escura com nervuras profundas e bem marcadas. As inflorescencâncira são ramificadas e produzem muitas flores vermelhas, envolvidas por um cálice branco, com longos estames. Produz grãos de cor de café. Podendo chegar a 4 metros de altura

Informações: Deve ser conduzida sobre suporte, sendo uma planta bastante adequada para caramanchões e pergolados por produzir bela sombra no verão e permitir a passagem de luz no inverno. É bastante comum observá-la escalando janelas em residências urbanas e rurais. Floresce na primavera e no verão atraindo mamangavas.

Devem ser cultivados em solo fértil sempre a pleno sol, sobre suportes. As podas devem ser evitadas pois podem transmitir doenças que apodrecem as extremidades dos ramos. Sensível às geadas. Multiplica-se por alporquia e estaquia após o florescimento.

36

Nome Científico: Bougainvillea glabra Choisy

Nome Popular: Primavera, três-marias, buganvília, buganvile, sempre-lustrosa, santa-rita, ceboleiro, roseiro, roseta, pataguinha, pau-de-roseira, flor-de-papel.

Ordem: Caryophyllales

Familia : Nyctaginaceae

Gênero: Bougainvillea

Ocorrência: Originária do Sul do Brasil

Caracteristicas: Trepadeira lenhosa, de florescimento abundante, sua folhas são pequenas, lisas, levemente alongadas, as flores são pequenas e projetadas, de coloração amarelo creme, envolvidas por brácteas róseas.

Observações:

Informações: Pode ser conduzida com arbusto, arvoreta, cerca-viva e como trepadeira, enfeitando com majestade pérgolas e caramanchões de estrutura forte.

Devem ser cultivadas em solo fértil, previamente preparado com adubos químicos ou orgânicos, sempre a pleno sol. Oriunda do sul do Brasil, de característica subtropical, ela suporta muito bem o frio e às geadas, vegentando bem em áreas de altitude também. Requer podas de formação e de manutenção anuais, para estimular o florescimento e renovar parte da folhagem. Multiplica-se por sementes, alporquia e estaquia.

37

Nome Científico: Ixora coccinea L.

Nome Popular: Ixora, Ixora-coral

Ordem: Gentianales

Familia : Rubiaceae

Gênero: Ixora

Ocorrência: Originária da Ásia, podendo ser cultivada em todos os locais com clima tropicais e sub-tropicais.

Caracteristicas: Apresenta pequenas folhas com flores em forma de ramo.

Informações: A ixora é um arbusto muito apreciado nas regiões de clima quente. Seu aspecto é compacto e suas folhas têm uma textura de couro. A floração ocorre na primavera e verão, e apresenta inflorescências com numerosas flores de coloração amarela, vermelha, laranja ou cor-de-rosa. Pode ser cultivada isoladamente ou em maciços, sendo ótimas para esconder muros e muretas. Atrai polinizadores.

Deve ser cultivada sempre a pleno sol, e não é muito exigente em fertilidade, sendo bastante rústica. Dispensa maiores manutenções, mas deve ser regada a intervalos regulares. Multiplica-se por estacas e não tolera geadas.

38

Nome Científico: Jasminum nitidum Skan

Nome Popular: Jasmim-asa-de-anjo, Jasmim-estrela, Jasmim.

Ordem: Lamiales

Familia : Oleaceae

Gênero: Jasminum

Ocorrência: Nativos da India, mas podem ser cultivados em cliemas temperados.

Caracteristicas: É uma planta arbustiva, de textura semi-lenhosa, muito apreciada pelo doce perfume de suas flores. Seus ramos são longos, pendentes e ramificados e se tornam lenhosos com o tempo. As folhas são perenes, elípticas, opostas, de cor verde-escura, coriáceas e brilhantes. As inflorescências apresentam botões rosados que se abrem em flores estreladas, brancas e muito perfumadas. Este jasmim pode alcançar 6 metros de altura, mas geralmente não ultrapassa 1,5 metros, devido às podas. A floração ocorre na primavera e verão.

Informações: É uma planta bastante rústica e versátil, podendo ser utilizada como cerca-viva, arbusto informal e até mesmo como trepadeira, recobrindo pórticos e cercas. Sua utilidade dependerá de como será conduzida, em relação ao tutoramento e podas. Para a obtenção de uma cerca viva, por exemplo, podas de formação devem ser realizadas para estimular seu adensamento, dando a planta uma textura mais compacta.

39

Nome Científico: Lotus corniculatus L.

Nome Popular: Cornichão.

Ordem: Fabales

Familia : Fabaceae

Gênero: Lótus

Ocorrência: Originária da Eurásia.

Caracteristicas: Planta perene herbácea, podendo atingir até 20 cm de altura,possui flores de coloração amarela.

Informações: Embora seja de inverno, tem um ciclo mais longo que o azevém, chegando a ter algum crescimento durante o verão quando não houver falta de chuvas. Tem alta qualidade e bom desenvolvimento em diferentes condições de solo e clima e não causa timpanismo. A época de semeadura vai de abril a julho e são usados 8 kg de semente por hectare. Pode ser pastejado a partir do momento em que as plantas atingem 20 cm de altura até quando restarem ainda 7 a 10 cm de altura. É possível obter ressemeadura natural, o que contribui para que a pastagem de cornichão dure um maior número de anos.

40

Nome Científico: Strelitzia reginae Ait.

Nome Popular: Estrelítzia, flor-da-rainha, ave-do-paraíso, estrelitza.

Ordem: Zingiberales

Familia : Strelitziaceae

Gênero: Strelitzia

Ocorrência: Originária da Africa do Sul, porém podendo ser cultivada em clima tropical e sub-tropical.

Caracteristicas: Planta herbácea, perene rizomatosa, com aproximadamente 1,20 m de altura, de folhas duras, grandes e ovoladas com pecíolos bastante compridos, suas flores com aproximadamente 15 cm são de cor laranja e azul.

Informações: A estrelítzia é uma planta herbácea muito popular e tradicional. Seu nome científico é uma homenagem à rainha Sofia Carlota de Mecklenburg-Strelitz, esposa do rei Jorge III, do Reino Unido. Ela é entouceirada, rizomatosa e apresenta folhas rijas e coriáceas, de coloração verde-azulada, muito ornamentais.

As inflorescências da estrelítzia são formadas durante o ano todo, mas principalmente no verão. A espata é o bico, e serve de bainha para as flores que emergem de coloração laranja, com anteras e estigmas azuis, em forma de flecha. Estas inflorescências são muito duráveis e largamente utilizadas como flor-de-corte. Há ainda uma variedade de flores amarelas, a S. reginae var citrina.

41

Nome Científico: Melinis minutiflora Beauv.

Nome Popular: capim-gordura,capim-meloso,capim-graxa, capim-melado.

Ordem: Poales

Familia : Poaceae

Gênero: Melinis

Ocorrência: Planta nativa da Africa, trazida para o Brasil hoje é considerada invasora no cerrado.

Caracteristicas: As raízes são fibrosas. Folhas com bainhas abertas, envolvendo os entrenós; freqüentemente o comprimento das bainhas excede o do entrenó correspondente. A bainha da última folha é particularmente comprida, podendo chegar a 30 cm, ou seja, 3 vezes o comprimento da respectiva lâmina. Coloração verde e intensa pilosidade. Junto aos nós os pêlos são mais compridos e formam uma coroa que se destaca visualmente. Lâminas com até 15 cm de comprimento, de base arredondada e mais larga, estreitando progressivamente até um ápice agudo;curtos pêlos brancos em ambas as faces porém mais intensos na fase dorsal; margens ciliadas.

Informações: Uma particularidade dessa espécie é que junto da base dos pêlos das folhas ocorrem glândulas que secretam um líquido pegajoso e adocicado, de odor característico. Inflorescência em panículas muito vistosas de coloração roxo-avermelhada, na parte terminal dos colmos. Essas panículas chegam a 15 cm de comprimento. Inicialmente as ramificações se posicionam verticalmente, dando um aspecto compacto e ressaltado à coloração das panículas. Progressivamente, as ramificações nas panículas se abrem e todo o conjunto se apresenta mais frouxo, diminuindo com isso a intensidade da coloração. Dada a grande quantidade de panículas, uma área infestada apresenta um aspecto roxo-avermelhado. Os ramos são muito finos e apresentam espiguetas isoladas, geralmente longo.

42

Nome Científico: Taraxacum officinale Weber

Nome Popular: Taraxaco, salada-de-toupeira, alface-de-cão, amor-dos-homens.

Ordem: Asterales

Familia : Asteraceae

Gênero: Taraxacum

Ocorrência: Nativa das Américas

Caracteristicas: Raíz mestra grossa, com exterior marrom e interior branco leitoso. Caule avermelhado oco e liso, ergue-se no meio de uma roseta de folhas junto ao solo. Folhas verde escuras, bem denteadas nos bordos, triangulares ou ovaladas; as flores são amarelas e se transfromam em pompons com sementes aéreas

Informações: A planta é encontrada e consumida em quase todo mundo (já a utilziavam os europeus, árabes, ingleses, americanos, chineses).Rico em vitaminas e sais minerais, o dente de leão tem propriedades diuréticas; é tônico, digestivo, estimulante do fígado e das glândulas linfáticas. Estimula os rins, ajuda eliminar uréia, colesterol e ácido úrico. Alivia anemia, insuficiência hepática, cistite, reumatismo, gota, etc. Combate gases e prisão de ventre.

43

Nome Científico: Raphanus sativus L.

Nome Popular: Rabanete, Rábano.

Ordem: Brassicales

Familia : Brassicaceae

Gênero: Raphanus

Ocorrência: Originária da região mediterrânea

Caracteristicas: É uma hortaliça anual de raiz, se não for colhido, produzirá pequenas flores brancas ou arroxeadas, masculinas e femininas, que quando polinizadas de forma cruzada (entre plantas diferentes) por abelhas, originarão frutos do tipo síliqua, deiscentes. Os frutos contêm pequenas sementes, de cor marrom, que podem conservar seu poder germinativo por até 10 anos.

Informações: cultivada desde à antigüidade e consumida no mundo todo por seu sabor adocicado, refrescante e picante. Inúmeras variedades de rabanete estão disponíveis, selecionadas principalmente por suas características e por época de plantio. Assim, há variedades próprias para plantar no verão, primavera, inverno ou outono. Da mesma forma, há grande variação no tamanho, na forma e nas cores das raízes, que na maioria das vezes são alongadas ou esféricas e de cor branca ou vermelha, incluindo mesclas. Há também variedades próprias para a produção de sementes, que podem ser utilizadas como tempero ou na extração de óleo.

44

Nome Científico: Galinsoga ciliata (Raf.) Blake

Nome Popular: Picão-branco, botão-de-ouro, brinco-de-princesa, erva-da-moda, fazendeiro, picão-bravo.

Ordem: Asterales

Familia : Asteraceae

Gênero: Galinsoga

Ocorrência: Originou-se no México, porém é encontrada em todo território brasileiro.

Caracteristicas: Pode atingir até 60cm de altura, suas folhas são ovais e dentadas e cobertas de pêlos. Apresenta flor branca.

Informações: Planta invasora de solos cultivados, infestando todas as culturas anuais e perenes, além de pastagens e jardins. Suas sementes germinam do outono à primavera. É um dos principais infestantes do café, sendo menos comum em lavouras anuais de verão. Apresenta ciclo curto de até 50 dias.

45

Nome Científico: Psidium guayaba L.

Nome Popular: Goiaba, goiabeira, guava, araçá-das-almas, araçá-goiaba, goiaba-maça, guaiba, guaiava, araçá-guaçu, araçaíba, araçá-mirim, araçauaçu, goiabeira-branca, goiabeira-vermelha, guaiaba, guiaba, mepera.

Ordem: Myrtales

Familia : Myrtaceae

Gênero: Psidium

Ocorrência: Originária da América Tropical, cultivada em todo território brasileiro, considerada planta invasora nos Estados Unidos.

Caracteristicas: A goiabeira apresenta tronco tortuoso, com casca lisa, que quando envelhece se desprende em finas lâminas de cor castanha. Suas folhas são elípticas, de coloração verde clara, pilosas quando jovens e com nervuras bem marcadas. As flores são axilares, hermafroditas, de coloração branca, com longos e numerosos estames.

Informações: A goiaba é o fruto da goiabeira, arbusto ou árvore de pequeno porte, tipicamente tropical. A floração ocorre na primavera, apenas nos ramos produzidos durante o ano corrente.

As goiabas são frutos do tipo baga, ovóides, de casca fina, lisa e verde, que torna-se amarela quando bem amadurecida. A polpa é delicada, doce e perfumada, e pode ser vermelha ou branca, de acordo com variedade. Suas sementes são pequenas, duras, de cor amarelo claro, em formato de rim. A frutificação da goiabeira se estende desde o verão até o outono, mas pode ser conduzida através de podas para que dure o ano todo.

Deve ser cultivada sob sol pleno, em solos férteis, drenáveis, ricos em matéria orgânica e irrigados periodicamente. Rústica, a goiabeira adapta-se a diversos tipos de solo, além de vegetar em uma ampla faixa climática, desde equatorial até subtropical. Não tolera geada ou climas secos. Multiplica-se por sementes, mas principalmente por enxertia e estaquia.

46

Nome Científico: Lantana camara L.

Nome Popular:Cambará, cambarazinho, lantana-cambará, verbena-arbustiva, cambará-miúdo, cambará-de-cheiro, cambará-verdadeiro.

Ordem: Lamiales

Familia : Verbenaceae

Gênero: Lantana

Ocorrência: Originária da América Central e do Sul

Caracteristicas: Suas folhas são muito pilosas e os seus ramos flexíveis podem ser eretos ou semipendentes. As inflorescências são compostas numerosas flores, formando mini-buquês das mais variadas cores, como laranja, rosa, vermelho, amarelo e branco; sendo comum observar, na mesma inflorescência, flores com colorações diferentes.

Informações: Arbusto florífero de efeito muito ornamental, o cambará é excelente para a formação de maciços e bordaduras. Deve ser cultivado a pleno sol, em solo fértil enriquecido com composto orgânico, com regas periódicas. Tem grande potencial invasivo, tornando-se daninha em determinadas situações. Também é considerada planta tóxica e sua utilização terapêutica deve ter acompanhamento médico. Tolerante ao frio e às podas. Multiplica-se por estacas e sementes.

47

Nome Científico: Kalanchoe blossfeldiana Poelln.

Nome Popular:Calanchoê, Calancoê, Flor-da-fortuna, Calandiva, Kalandiva, Kalanchoê, Flor-do-papai.

Ordem: Saxifragales

Familia : Crassulaceae

Gênero: Kalanchoe

Ocorrência: Originária da Africa

Caracteristicas: Planta suculenta, de folhas com margens rendadas. Suas flores podem ser simples ou dobradas de muitas cores diferentes, com grande durabilidade.

Informações: O calanchoê tem um significado especial, considerada a flor-da-fortuna e da felicidade é muito presenteada entre amigos e parentes. As variedades de flores dobradas são chamadas de Calandivas ou Kalandivas.

Plantadas em vasos têm sua beleza exaltada, porém podem ser plantadas no jardim formando maciços e bordaduras, acrescentando um colorido original. Apesar de perene, deve ser tratada como anual por perder a beleza, salvo em algumas variedades.

Devem ser cultivadas a pleno sol, em solo composto de terra de jardim e terra vegetal, bem drenável, com regas regulares. Tolerante ao frio.

48

Nome Científico: Agapanthus africanus L.

Nome Popular: Agapanto.

Ordem: Asparagales

Familia : Agapanthaceae

Gênero: Agapanthus

Ocorrência: Planta originária da Africa do Sul, porém encontra-se disseminada por todo o mundo.

Caracteristicas: O Agapanto é uma planta perene, florífera, de 30 a 60 cm de altura, com folhas carnosas ornamentais. Suas flores são altas, azuis, e se formam na primavera-verão. Ocorrem variedades de flores azul-claras e brancas, bem como as de inflorescências mais curtas.

Informações: Importante como flor de corte devido à sua alta durabilidade. Tolerante às baixas temperaturas do inverno.

É cultivada em bordaduras, ao longo de muros, muretas, ou paredes, em jardineiras ou como grandes conjuntos, em canteiros a pleno sol ou meia-sombra, com terra bem estercada.

49

Nome Científico: Ipomoea cairica L.

Nome Popular: Ipoméia, jitirana, jetirana, corriola, campainha, corda-de-viola.

Ordem: Solanales

Familia: Convolvulceae

Gênero: Ipomoea

Ocorrência: Nativa do México e América Central, pode ser encontrada no Brasil em maiores quantidades em Minas Gerais e no Nordeste.

Caracteristicas: Trepadeira de rápido crescimento. Possui flores de coloração rosa com o centro arroxeado, tendo outras variedades.

Informações: Deve ser utilizada para cobrir treliças, cercas e muros. Dependendo da variedade, pode perder a beleza com o tempo, não sendo indicada nestes casos para estruturas mais caras e maiores, como pérgolas e caramanchões. É muitas vezes considerada invasora e pode-se observá-la com frequência nas matas e terrenos abandonados.

Devem ser cultivadas a pleno sol, em solo fértil, com regas regulares. É rústica e apresenta rápido crescimento, sendo freqüente sua utilização como trepadeira anual. Tolerante ao frio. Multiplica-se por sementes.

50

Nome Científico: Alternanthera ficoidea (L.) Beauv.

Nome Popular: Carrapichinho, carrapicho branco.

Ordem: Caryophyllales

Familia: Amaranthaceae

Gênero: Alternanthera

Ocorrência: Originária do Brasil, pode ser cultivada em locais secos ou úmidos.

Caracteristicas: É uma planta herbácea bastante compacta. Suas folhas são pequenas, oval-lanceoladas, de coloração avermelhada ou verde-clara, de acordo com a variedade. Possui flores nas cores brancas e amarelas.

Anexo E– Fichas de identificação de espécies de plantas

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Tabela de Espécies

Nome cientifico: Actinote pratensis

Nome Porpular: Pratense

Ordem: Lepidoptera

Família: Nymphalidae

Sub Familia: Heliconiinae

Gênero: Actinote

Ocorrência: São Paulo, Campinas, Rio Claro e Jundiaí e Águas da Prata

Características: Coloração escura com marcas avermelhadas e laranjas.

Hábitos: Alimentação composta por pólen e néctar.

Visitante Floral de: Ipomoea cairica., Bidens pilosa.

52

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Ascia monuste

Nome Porpular: Praga da Couve

Ordem: Lepidoptera

Família: Pieridae

Gênero: Ascia

Ocorrência: Todo Terrotório Brasileiro

Características: Borboleta diurna de colocaração clara, podendo alcançar até

60mm de envergadura.

Hábitos: Nectivoras, alimentação através de néctar de flores. Incluindo Lantana,

Verbana suas larvas alimentam-se de Brassicae.

Visitante Floral de: Bidens pilosa., Ageratum conyzoides., Brassica campestris.,

Emilia sonchofolia., Oxalis latifólia., Ixora coccínea., Lotus corniculatus., Taraxacum

officinale., Raphanus sativus., Galinsoga ciliata., Alternanthera ficoidea.

Particularidades: Alcança até 60 mm de envergadura, muito comum, branca e

pequena. Pode ser observada mesmo nas ruas das cidades grandes. Muito comum

em todo o Brasil. Alimenta-se de couve. Os ovos são de cor amarela, são postos na

superfície das folhas da couve ou de outras crucíferas. O ciclo do ovo até a forma

adulta leva de 35 a 45 dias, ocorrendo várias gerações por ano.

53

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Methona temisto

Nome Porpular: Borboleta do manacá

Ordem: Lepidoptera

Família: Nymphalidae

Genero: Methona

Sub Família: Ithomiidae

Ocorrência: Mata Atlântica Brasileira, porém convive em ambiente urbano por

causa da presença de muitos manacás.

Características: Possui asas de coloração amarelo translucido podendo atingir até

80mm de envergadura.

Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores.

Visitante Floral de: Psidium guayaba., Strelitzia reginae., Spathiphyllum wallisi.

Particularidades: É encontrada em áreas rurais ou urbanas em todo o Brasil. Pode

voar grandes distâncias e agrupa-se a outras populações da espécie. Alimenta-se

das folhas de manacá. O macho permanece próximo ao manacá, atento às jovens

fêmeas. O acasalamento nesta espécie é brutal: durante o vôo, o macho segura a

fêmea até que ela caia ao solo, onde se realiza a cópula. A postura dos ovos é no

manacá. O desenvolvimento do ovo até a última muda da lagarta leva menos de 30

dias. Esta espécie está sendo ameaçada pela poluição das cidades.

54

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Papilio anchisiades

Nome Porpular: Borboleta Rosa de Luto

Ordem: Lepidoptera

Família: Papilonidae

Gênero: Papilio

Ocorrência: Pode ser encontrada em quase todo o Brasil, desde matas até em

ambientes urbanos.

Características: Borboleta de tamanho considerável, podendo atingir até 100 mm

de envergadura.

Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores

Visitante Floral de: Bougainvillea glabra., Clerodendrum thomsonae.

Particularidades: Este papilionídeo é encontrado desde as matas até aos locais

abertos e de vegetação rasteira, onde, nas horas quentes do dia, procura o néctar

de diversas flores de que se alimenta.

55

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Papilio homothoas

Nome Porpular: Caixão de Defunto

Ordem: Lepidoptera

Família: Papilonidae

Gênero: Papilio

Ocorrência: Pode ser encontrada em muitas regiões brasileiras em maior

quantidade no Rio Grande do Norte.

Características: Borboleta de coloração preta e amarela, possui envergadura de até

90mm.

Hábitos: Alimenta-se basicamente de néctar de flores.

Visitante Floral de: Bougainvillea glabra., Clerodendrum thomsonae., Emilia

sanchofolia.

Particularidades: Conhecida popularmente como Borboleta Caixão-de-defunto, está

presente desde as matas até regiões abertas e ensolaradas, onde procura o néctar

de diversas flores, como o cambará, o hibisco e outras espécies que exalam

perfume.

56

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Zaretis itys strigosus

Nome Porpular: Borboleta Folha/ Canoa Rosa

Ordem: Lepidoptera

Família: Nymphalidae

Gênero: Zaretis

Ocorrência: É vasta nas três Américas.

Características: A parte externa das asas apresenta coloração marrom imitando

uma folha seca, na parte interna coloração alaranjada intensa.

Hábitos: Alimenta-se de frutas

Visitante Floral de: Psidium guayaba.

57

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Phoebis sp

Nome Porpular: Gema

Ordem: Lepidoptera

Família: Pieridae

Gênero: Phoebis

Ocorrência: Ocorre em todo território brasileiro.

Características: Coloração amarela com laranja voa rapidamente. Porte pequeno

podendo chegar até 60mm de envergadura.

Hábitos: Alimenta-*se de néctar de flores do gênero Hibiscus, Ixora, Ipatiens.

Visitante Floral de: Ipomoea cairica., Lantana camara., Galinsoga ciliata.,

Raphanus sativus., Taraxacum officinale., Lotus corniculatus., Emilia sonchofolia.,

Bidens pilosa.

Particularidades: Conhecida vulgarmente como "gema", encontrada em parques e

jardins, voando rapidamente sobre as flores de diversas plantas cultivadas dos

gêneros Impatiens, Hibiscus, Ixora, Duranta e Bougainvillea, entre outras.

58

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Junonia evarete

Nome Porpular:

Ordem: Lepidoptera

Família: Nymphalidae

Sub Família: Nymphalinae

Gênero: Junonia

Ocorrência: América Tropical

Características: Pode chegar até 50mm de envergadura, coloração marron com

laranja.

Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores e também absorve minerais do solo.

Visitante Floral de: Muitas vezes no solo., Lotus corniculatus., Emilia sonchofolia.,

Brassica campestris., Alternanthera ficoidea.

Particularidades: É freqüentadora de locais abertos e secos em toda a região da

América tropical, voando baixo e pousando seguidamente com as asas abertas no

chão ou sobre a vegetação herbácea. A borboleta gosta de pequenas flores

silvestres, de onde tira seu sustento, se mostra mais ativa nas horas quentes do dia.

Os ovos isolados são colocados sob folhas da planta alimento das lagartas.

59

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Hamadryas amphinome

Nome Porpular: Estaladeira/ Borboleta assenta pau

Ordem: Lepidoptera

Família: Nymphalidae

Gênero: Hamadryas

Ocorrência: Encontrada da Argentina ao México e na bacia Amazonica e no

sudeste do pais.

Características: Borboleta que pode ter até 90mm de envergadura de coloração

azulada com pontos claros.

Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores e pólen.

Visitante Floral de: Caesalpinia pluviosa.

Particularidades: Vulgarmente denominada “estaladeira”, devido ao ruído que

produz durante o vôo, esta borboleta tem o costume de pousar de cabeça para

baixo, com as asas abertas coladas ao substrato, geralmente um tronco de árvore,

tornando-se então dificilmente difícil pela camuflagem do seu desenho.

60

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Heliconius ethilla narcaea

Nome Porpular: Maria Boaba

Ordem: Lepidoptera

Família: Nymphalidae

Gênero: Heliconius

Ocorrência: Mais comum no centro oeste, nordeste e sudeste do Brasil.

Características: Possui coloração amarela, clara com laranja e preto. Pode chegar

até 50 mm de envergadura.

Hábitos: Alimenta-se de néctar de plantas, procuram sempres as flores mais

avermelhadas.

Visitante Floral de: Kalanchoe blossfeldiana., Hemerocallis xhybrida.

Particularidades: São encontradas nas matas, jardins e parques, onde procuram

flores, principalmente as vermelhas. A subespécie é comum no centro e sudeste do

Brasil, sendo encontrada em vários habitats, voa baixo quando busca alimento.

61

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Marpesia petreus

Nome Porpular:

Ordem: Lepidoptera

Família: Nymphalidae

Gênero: Marpesia

Ocorrência: Em todo território brasileiro.

Características: Possui assas com contorno irregular coloração alaranjada seu vôo

é rápido, sua envergadura pode alcançar até 90mm.

Hábitos: Sugam água e nutrientes do solo.

Observações: Encontrada no solo.

Particularidades: No vôo, que é muito rápido, pode ser confundida com outras

espécies de borboletas vermelhas.Nas horas quentes do dia, os machos costumam

freqüentar a beira dos rios, onde sugam a água e nutrientes do solo. As fêmeas

retiram seu alimento do néctar de diversas flores e colocam seus ovos isolados em

brotos e folhas novas de diversas moráceas como jaqueira e a figueira. O ciclo é

rápido e a borboleta pode ser encontrada durante todo o ano, sobretudo nas regiões

mais quentes e úmidos do pais.

62

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Hemiargus hanno

Nome Porpular:

Ordem: Lepidoptera

Família: Lycaenidae

Gênero: Hemiargus

Ocorrência: Pode ser encontrada em ambientes abertos desde o Sul do Texas até a

Argentina.

Características: Borboleta pequena de coloração externa clara e interna azulada,

possui vôo rápido porém baixo.

Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores.

Visitante Floral de: Oxalis latifólia., Emilia sonchofolia., Brassica campestris.,

Bidens pilosa., Rhododendron simsii., Lotus corniculatus., Melinis minutiflora.,

Taraxacum officinale., Raphanus sativus., Galinsoga ciliata., Alternanthera ficoidea.

63

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Agraulis vanillae

Nome Porpular: Pingo de Prata

Ordem: Lepidoptera

Família: Nymphalidae

Gênero: Agraulis

Ocorrência: Desde Argentina até Estados Unidos

Características: Coloração laranja com pontos prateados na parte externa das

asas. Voa rapidamente e sua envergadura é de até 75mm.

Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores como a zínia.

Visitante Floral de: Lotus corniculatus., Melinis minutiflora., Taraxacum officinale.,

Raphanus sativus., Alternanthera ficoidea., Ipomoea cairica.

Particularidades: Alcança até 75 mm de envergadura. Habita jardins, pomares e

áreas abertas tanto rurais quanto urbanas. Espécie comum no Brasil. Possui vôo

rápido, irregular e baixo, rente à vegetação próxima do solo. Põe os ovos

isoladamente em folhas ou ramos jovens, que servirão de alimento para suas

lagartas.

64

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Heliconius erato phyllis

Nome Porpular: Borboleta do Maracujá

Ordem: Lepidoptera

Família: Nymphalidae

Gênero: Heliconius

Ocorrência: Todo o território brasileiro com destaque no sudeste e centro oeste.

Características: Borboleta com envergadura de até 70mm

Hábitos: Alimentação baseada em néctar de flores e pólen

Visitante Floral de: Rhododendron simsii., Emilia sonchofolia., Ixora coccínea.

Particularidades: Informações complementares: Borboleta tropical com inúmeras

variações e que apresenta cerca de 70 mm de envergadura. Voa durante o dia, e á

noite reúne-se em pequenos grupos, pousando num mesmo galho. Alimenta-se de

néctar e de pólen. Os ovos são colocados nos brotos ou nas gavinhas de diversas

espécies de maracujazeiros. A lagarta, espinhosa, alcança até 40 mm e se alimenta

das folhas do pé de maracujá. Pode ocorrer canibalismo entre lagartas. Está

ameaçada pela destruição do habitat.

65

Tabela de Espécies

Nome cientifico: Vanessa braziliensis

Nome Porpular: Dama Maquiada

Ordem: Lepidoptera

Família: Nymphalidae

Sub Família: Nymphalinae

Ocorrência: São Paulo, Rio Grande do Sul,Espirito Santo, Distrito Federal e

Argentina

Características: Borboleta de tamanho médio de coloração alaranjada com

manchas na cor preta e branca.

Hábitos: Alimentação baseada em néctar e pólen

Visitante Floral de: Bidens pilosa., Emilia sonchofolia.

Particularidades: Ocorre principalmente em locais úmidos, voa pousando de asas

abertas próxima ao solo ou sobre a vegetação que cobre esses ambientes. Prefere

as horas quentes do dia mas pode ser vista em qualquer momento, mesmo com o

tempo encoberto. Caracteriza-se pelos seus voos baixos em locais abertos.

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Tabela de Espécies

Nome cientifico: Danaus plexippus

Nome Porpular: Monarca

Ordem: Lepidoptera

Família: Nymphalidae

Sub Família: Danaíneos

Gênero: Danaus

Ocorrência: Podem ser enccontradas em todas as Américas

Características: Pode alcançar até 70mm de envergadura, possui coloração laranja

com marcas pretas e brancas. É muito resistente podendo permanecer grandes

períodos em jejum.

Hábitos: Alimenta-se de néctar de flores.

Visitante Floral de: Jasminum nitidum., Lotus corniculatus., Taraxacum officinale.,

Agapanthus africanus L.

Particularidades: A borboleta-monarca é uma borboleta da família dos ninfalídeos,

da subfamília dos danaíneos, de ampla distribuição nas Américas. Tais borboletas

têm cerca de 70 mm de envergadura, asas laranjas com listras pretas e marcas

brancas.

Anexo E– Fichas de identificação de espécies de lepidópteros.