Upload
mariana-goncalves
View
32
Download
0
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Parasitologia platelmintas
Citation preview
Cestodas e trematodas
PLATELMINTAS
Animais metazorios, com simetria bilateral, no quitinosos,
A superfcie do corpo constituda por tegumento cuja funo de absoro e de trocas metablicas
PLATELMINTAS
O sistema muscular encontra-se por baixo do tegumento e reveste todo o corpo na sua extenso
Apresentam ciclos de vida complexos
Estdios larvares morfolgicamente muito diferentes dos vermes adultos
Desprovidos de sistema esqueltico, circulatrio ou respiratrio e a
maioria so hermafroditas
Corpo achatado dorsoventralmente, sem cavidade corporal
PLATELMINTAS
Duas Classes com importncia mdica
Classe Cestoidea
Classe Trematoda
Maria do Cu Sousa FFUC
Classe Cestoidea
Extremidade anterior, cabea ou esclex, equipada com estruturas de fixao: ventosas, btrias, botrdias, acleos ou ganchos
Corpo em forma de fita, segmentado em aneis (progltis) achatados dorso-ventralmente
Cada anel possui um sistema reprodutor hermafrodita
O conjunto de anis constitui o estrbilo
No possui aparelho digestivo (alimentao trans-tegumentar)
O habitat dos vermes adultos geralmente o intestino do hospedeiro definitivo
Endoparasitas com ciclo heteroxeno:
Hospedeiro definitivo: desenvolve-se o Verme adulto
Hospedeiro intermedirio: desenvolve-se a Larva
Esclex ou cabea (1)
Verme Adulto
Classe Cestoidea
anis jovens (imaturos)
anis maduros (2)
anis grvidos (3)
Estrbilo
Colo (zona de crescimento do estrbilo)
Variam muito de tamanho: desde uns milmetros at >10 metros
Maria do Cu Sousa FFUC
Larvas
Procercide e Plerocercide
Cenuro
Classe Cestoidea
Caracterizam-se por produzirem um ou mais esclex, que sero as
cabeas dos futuros parasitas adultos
Cisticerco
Hidtide/quisto hidtico
Estrobilocerco
Maria do Cu Sousa FFUC
Cisticercide
Famlia Teniidae
Gnero Taenia
Taenia saginata; Taenia solium
Gnero Echinococcus
Echinococcus granulosus; E. multilocularis
Famlia Hymenolepididae
Gnero Hymenolepis
Hymenolepis nana; Hymenolepis diminuta
Classe Cestoidea
Famlia Dilepididae
Gnero Dipylidium
Dipylidium caninum
Ordem Cyclophyllida
- Ovos embrionados no momento da postura - Ovos no operculados
- Esclex com 4 ventosas
Ordem Pseudophyllida
Classe Cestoidea (cont.)
Famlia Diphyllobothriidae
Gnero Diphyllobothrium
Espcie: Diphyllobothrium latum
Gnero Spirometra
Ovos operculados e no embrionados no momento da postura
Esclex com duas largas botrias
Taenia saginata
Taenia solium
Tenase Cisticercose
Taenia saginata
Taenia solium
Gnero Taenia
- Vermes grandes, constitudos por muitos proglotis
- Larva do tipo cisticerco
Cosmopolistas
As tenases so prevalentes em regies onde se ingere carne bovina
ou ovina crua ou mal cozinhada
T. saginata > 10% frica, regio Mediterrnica, Cucaso e sia Central
0,1% -10% Amrica do Sul, Europa, Sul e Sudeste Asitico e no Japo
baixa prevalncia no Canad, Austrlia e pases do Pacfico Ocidental
Epidemiologia
Taenia solium, Taenia saginata
T. solium
maior endemicidade na Amrica Latina, frica, Sudeste Asitico (pases no muulmanos) e alguns focos na Europa
Vermes Adultos
Morfologia
Taenia solium, Taenia saginata
Cor geralmente branca
Superfcie geralmente lisa e brilhante
Taenia solium vive cerca de 3 anos, mas pode alcanar 20/25 anos
T. saginata vive cerca de 10 anos, podendo chegar at 30 anos.
Taenia solium
4 ventosas dupla coroa de ganchos
Esclex ou cabea (1- 2 mm de dimetro)
Taenia saginata
4 ventosas
ausncia de ganchos
Esclex ou cabea (1-2 mm de dimetro)
Taenia solium Taenia saginata
Corpo ou estrbilo
Comprimento: 2 - 3 m (9 m)
700 - 900 progltis
Corpo ou Estrbilo
Comprimento: 4 - 12 metros (25 metros)
1000 - 2000 progltis
Ramificaes uterinas pouco numerosas (< 12 de cada lado)
Tipo dendrtico 30 000 - 50 000 ovos
Progltis grvido Progltis grvido
Ramificaes uterinas numerosas (15-20 de cada lado)
Tipo dicotmico 80 000 ovos
Ovos
Membrana interna ou embriforo (espessa e radiada)
Embrio hexacanto ou oncosfera (contm 6 acleos)
Muito resistentes, podem sobreviver durante meses a anos no solo ou vegetao
No permite distinguir as duas espcies
C- 30 a 40 mm
L- 25 a 28 mm
Membrana externa
Taenia solium, Taenia saginata Morfologia
Cisticerco
Taenia solium- Cysticercus cellulosae (com acleos) Msculo estriado (pescoo, lngua e trax), crebro, fgado e rins
Taenia solium, Taenia saginata
Taenia saginata- Cysticercus bovis (sem acleos) Msculo estriado (membros inferiores, lngua e diafragma)
Desenvolvimento durante 60-75 dias
Pode sobreviver vrios anos no hospedeiro
Vescula pequena, ovoide ou esfrica, cheia de lquido, branca ou
semi-transparente contendo um s esclex invaginado
Morfologia
Maria do Cu Sousa FFUC
Taenia solium, Taenia saginata Morfologia
Cisticerco
Mesentrio de um porco
(60-75 dias)
Lngua de bovino Corao de bovino
Cisticercos
Cysticercus bovis
Cysticercus bovis
Cysticercus cellulosae
Ciclo de Vida
Hospedeiro definitivo:
Taenia solium- Homem
(macacos, hamster)
Taenia saginata- Homem
Taenia solium, Taenia saginata
Hospedeiro intermedirio:
Taenia solium- sunos
(homem, macaco, co, gato)
Taenia saginata- bovinos
(bfalo, girafa)
Taenia solium, Taenia saginata
ovos Taenia solium
Cisticercose (tecidos)
Tenase
ou Infeco Intestinal
Ingesto do cisticerco
T. solium e T.saginata
Maria do Cu Sousa FFUC
Clnica
Tenase - Infeo Intestinal
Normalmente assintomtica
Taenia solium, Taenia saginata
Sintomas resultantes da presena do VERME ADULTO no intestino
Irritao do intestino no local de fixao
Dores abdominais
Diarreia
Nuseas e vmitos
Indigesto crnica
Perda de peso
Obstruo intestinal
Apendicite
Maria do Cu Sousa FFUC
Cisticercose Taenia solium
Desenvolvimento da fase larvar no homem
Formam-se cisticercos nos tecidos subcutneos, msculo esqueltico, base da lngua, msculo cardaco, globo ocular e SNC
Vias de transmisso
Refluxo de aneis grvidos
-Auto-infecco interna
Ingesto de ovos de T. solium
-Hetero-infeco (gua e alimentos)
-Auto-infeco externa
Olhos (46%), SNC (41%), tec. subcutneo (6%), msculos (3,5%) e outros (3,5%)
Taenia solium
Cisticercose
Resposta inflamatria local induzida pela presena da larva Leses resultantes da aco mecnica do parasita sobre os tecidos
(obstruo, compresso)
Patogenia
Clnica (cont.)
Localizao do cisticerco Tamanho e nmero
Presena de formas activas (vivas) ou
inactivas (mortas, calcificadas)
Resposta imune
Quadro clnico depende
Maria do Cu Sousa FFUC
CISTICERCOSE OCULAR
O cisticerco desenvolve-se na retina ou no humor vtreo.
Perda parcial ou total da viso
Edema da retina, hemorragia ou vasculite, descolamento
CISTICERCOSE MUSCULAR
maioria assintomticas
miosite com febre e eosinofilia
pseudo-hipertrofia muscular: tumefaco muscular inicial levando atrofia e fibrose (raro)
Com frequncia ocorre a calcificao dos quistos aps a morte dos cisticercos sem induzirem qualquer sintomatologia
A observao por RX das formas musculares (msculo da coxa)- Importncia no estudo de indivduos com convulses no explicadas (neurocisticercose?)
CISTICERCOSE NOS TECIDOS SUB-CUTNEOS
Palpveis e podem assemelhar-se a pequenos lipomas
Remoo cirurgica geralmente para diagnstico
A localizao aleatria dos cisticercos no SNC, provocando compresso, obstruo e reaces inflamatrias, explica a variedade dos quadros clnicos observados
CISTICERCOSE SNC- Neurocisticercose
NEUROCISTICERCOSE (cont.)
Manifestaes Neurolgicas constituem o quadro mais comum
Sinais resultantes do aumento da presso intracraniana
Taenia solium
Cefaleia intensa, vmitos, vertigens e edema da pupila
Crises convulsivas epilpticas (50%)
Pertubaes mentais psicoses anlogas esquizofrenia e mania,
melancolia
delrio
Paralisias
Diminuio da viso e atrofia do nervo ptico
Muitos casos so assintomticos (taxa elevada de neurocisticercose encontrada em autpsias sem corresponder a doena em vida)
Diagnstico da Infeco Intestinal
Pesquisa de ovos nas fezes - diagnstico do gnero
Taenia saginata Taenia solium
Pesquisa de anis grvidos- diagnstico da espcie (o mais indicado)
Pesquisa de ovos pela fita adesiva (tcnica de Graham)- diagnstico do gnero
Diagnstico da Cisticercose
Diagnstico Clnico
Exames radiolgicos
RX Tomografia axial computorizada
Ressonncia magntica nuclear
Diagnstico laboratorial
Exame parasitolgico de fezes - demonstrar a presena do parasita no intestino
Exame parasitolgico do LCR ( o que fornece > n elementos no diagnstico da neurocisticercose)
Testes Imunolgicos (Acs no soro e LCR)
Imunofluorescncia Indirecta
ELISA
Imunoblot
Maria do Cu Sousa FFUC
NEUROCISTICERCOSE
Calcificaes gros de arroz
CISTICERCOSE MUSCULAR
Preveno e Controle da Tenase
Diagnstico e tratamento de portadores
Construo de fossas e redes de esgotos
Inspeco de carnes, fiscalizao da higiene na produo de sunos e bovinos
Medidas de controle da carne
salmoura por 21 dias refrigerao a - 15 C/ 6 dias; - 24 C/24 horas
carne bem cozinhada (50 - 55 C)
orientar a populao para no comer carne de porco ou de vaca mal cozinhada consciencializao da populao rural para no defecar no solo aberto
Educao sanitria
Preveno e Controle da Cisticercose
Preveno, tratamento e controle das tenases
Preveno da auto-infeco e hetero-infeco com ovos de T. solium
Tratamento
Tenase Niclosamida
Praziquantel
Mebendazol
Cisticercose
Taenia solium, Taenia saginata
Quimioterapia cestocida Prazinquantel
Albendazole
Tratamento sintomtico Antiepilticos
Glucocorticides
Cirurgia (quando o n cisticercos baixo e a localizao favorvel)
Monitorizao do tratamento com TAC e RMN
Echinoccocus granulosus
Echinoccocus multilocularis
Hidatidose
Echinococcus granulosus
Echinococcus multilocularis
Gnero Echinococcus
Vermes pequenos, constitudos por poucos proglotis
Larva do tipo Hidtide ou quisto hidtico
Echinococcus granulosus
E. multilocularis
Tenias ans do co
Esclex com 4 ventosas e acleos
Estrbilo com 3 progltis, com poros genitais unilaterais
Larvas desenvolvem-se numa variedade de animais inclundo o homem
Gnero Echinococcus
Echinococcus granulosus
Verme Adulto
4 a 8 mm de comprimento
tnia minscula e tpica
esclex piriforme, com 4 ventosas e dupla coroa de ganchos
Estrbilo com 3 proglotis 1 jovem 1 maduro 1 grvido
Morfologia
anel grvido tem forma alongada, oval, medindo cerca de 1/3 a 1/2 do comprimento do verme, com 500-800 ovos
Echinococcus granulosus Morfologia
Ovos
Morfologia idntica aos ovos de Taenia
Suportam 11 dias dissecao; 4 meses de congelamento a -1C; 1 hora a desinfectantes
Echinococcus granulosus
Numerosas vesculas originadas por brotamento interno e que por sua vez formam os esclex no interior
Hidtide ou Quisto Hidtico
Cresce 1 cm por ano (durante muitos anos)- podem alcanar 20 cm de dimetro
Os quistos tendem a expandir-se como um balo, acumulando litros de lquido
Echinococcus granulosus
Hidtide ou Quisto Hidtico
Maria do Cu Sousa FFUC
Membrana adventcia
Membrana larvar laminada germinativa
Vesculas prolgeras protoesclex
Areia hidtica vesculas prolgeras + protoesclex livres
Quistos filhos
Lquido hidtico
Echinococcus granulosus
Diagrama de representao de um corte transversal
Hidtide ou Quisto Hidtico
Cpsula prolgera
protoesclex
Membrana germinativa
Membrana adventcia Membrana laminada
Contraste de Fases
Protoesclex
Hidtide ou Quisto Hidtico
Echinococcus granulosus
Ovoides; 160 mm por 120 mm; num dos plos o pednculo de fixao e no outro o orifcio do ponto de invaginao dos acleos e das ventosas
Quistos filhos
Hidtide ou Quisto Hidtico
Echinococcus granulosus
Hospedeiro definitivo - Co (raposa, lobo, coiote e chacal)
Echinococcus granulosus Ciclo de vida
Hospedeiro intermedirio- Ovelhas (bovinos, cavalos, porcos e homem)
Verme adulto no Intestino delgado
Quistos hidticos no fgado, pulmes (rim, SNC, bao, olhos, corao)
Echinococcus granulosus Ciclo de vida
Hospedeiros definitivo
no h patologia associada
Echinococcus granulosus Clnica
Hospedeiro intermedirio
Fgado 75% Pulmes 10% Msculos e tecido conjuntivo 5% Bao 2% Rim 2% Crebro 1,5% outros
patogenia Aces mecnicas (obstruo, compresso)
Aces quimico-txicas (risco de choque anafiltico)
desenvolvimento do Quisto Hidtico
Hidatidose heptica
Congesto, necroses ou fibroses hepticas
Estase biliar e colangites
Compresso do parnquima, vasos e vias biliares
dor na regio do fgado
hepatomegalia
ictercia (pele e branco do olho amarelos)
Compresso do diafragma, rompendo-se na pleura, no pulmo ou nos brnquios
Echinococcus granulosus
Quistos hidticos abdominais (23)
Echinococcus granulosus
Hidatidose pulmonar
Pode ser primitiva ou secundria ruptura de quistos hidticos da superfcie diafragmtica do fgado
Normalmente assintomticos at atingirem um tamanho significativo
Tosse, dispneia, dor torxica
O doente pode expulsar na expectorao esclex e fragmentos de membrana do quisto
Quisto hidtico no crebro
Se o quisto rebentar, expontneamente ou aps trauma (ex: acidente de automvel), o
lquido cheio de antignios do parasita induz uma resposta imune exacerbada
Se o doente sobreviver ruptura, pode curar-se ou os protoesclex formam novos quistos no organismo (hidatidose secundria)
Ruptura do quisto hidtico
Aps ruptura de um quisto grande pode surgir o choque anafiltico com elevado risco de morte.
Aps ruptura de quistos pequenos h prurido e exantema cutneo, febre e tremores
Echinococcus granulosus
Diagnstico da Hidatidose
Diagnstico Clnico
Diagnstico laboratorial
Testes Serolgicos
imunoelectroforese
hemaglutinao indirecta
ELISA
Exames radiolgicos
RX Tomografia axial computorizada (TAC)
Cintilografia
Pesquisa de parasitas
aspirado do quisto
Echinococcus granulosus
Tratamento da hidatidose
Remoo cirrgica do quisto
Quimioterapia cestocida Prazinquantel
Albendazole
Mebendazole
Echinococcus granulosus
Aspirao percutnea dos quistos - APIR -
1 Aspirao percutnea
3 Reaspirao
2 Injeo com soluo salina hipertnica ou outro liqudo esclecida
Aspirao percutnea dos quistos - APIR -
Remoo da membrana do quisto
Remoo cirrgica do quisto
Preveno e Controle
antihelminticos
Educao sanitria Incinerao das carcaas
Echinococcus granulosus
Cisticerco de Taenia Cenuro de Multiceps
Larvas de cestodas
Hidtide de E. granulosus
Hidtide Alveolar de E. multilocularis