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ANO XXIX - N9 120 CAPITAL FEDERAL SEÇÃO I SÁBADO, 5 DE OUTU,BRO DE 1974 CÃMARA DOS DEPUTADOS ---------------- SUM Ã RIO 1_ 125. a SESSãO DA 4. a SESSÃO LEGISLATIVA DA 7. a LEGISLATURA EM 4 DE OUTUBRO DE 1971 I - Abertura da Sessão II - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior 1I1 - Leitura do Expediente INDICAÇãO ,Indicação n." lO-A, de 1974 (Do Sr. Lauro Rodrigues) - Sugere Comissão de Constituição e Justiça que se manifeste sobre a conveniência da elaboração de Emenda Constitucional "proibindo o exercício dos cargos de Presidente e Vice-Presi- dente da República e de Governador e Vice-Governador de Estado por maiores de 70 (setenta) anos .de idade;" tendo pa- recer, da Comissão de oonatttuíção e Justiça, pela constitucio- nalidade, [urídtcídade e, no mérito, pela rejeição. PROJETOS APRESENTADOS Projeto de Lei Complementar n.? 68, de 1974 (Do Sr. Fran- cisco Líbardoní) - Reduz o limite de idade para aposentadoria do trabalhador rural, dando nova redação ao art. 4.0 da Lei Complementar n. O 11, de 25 de maio de 1971. Projeto de Lei n,v 2,284, de 1974 (Do Sr. João Linhares) - Jntrodus alterações na Lei n.O 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre os registros públicos e outras provi- dências, Projeto de Lei n.o 2,290, de 1974 (Do Poder Executivo) - Mensagem n.s 485/74 - Dispõe sobre a contratação de seguros sem exigências e restrições previstas na Lei n.? 4.594, de 29 de dezembro de 1964. Projeto de Lei n.? 2.291, de 1974 (Do Sr, Francisco Amaral) - Acrescenta parágrafo ao artigo 450 da Oonsolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n.o 5.452, de 1.° de maio de 1943. Projeto de Lei n.? 2.292, de 1974 (Do Sr. Francisco Amaral) -, Dispõe sobre cancelamento .de débitos das entidades de fins filantrópicos para com o Instituto Nacional da, Previdência Social. Projeto de Lei n.o 2.293, de 1974 (Do Sr.1)iogo Nomura) - Institui o ípê como flor nacional do Brasil e outras provi- dências. Projeto de Lei n.? 2.294, de .1974 (Do Sr. Antônio Florêp.clo) - Altera o Plano Nacional de Viação, aprovado pela Lei nP 5.917, de 10 de setembro de 1973, incluindo a ligação ferroviária que menciona. 'Projeto de Lei n.o 2.295, de 197;4 (Do Sr. Mário Tel1es) - Dispõe sobre condíções de funcionamento de empresas de trans- porte de carga por via terrestre. Projeto de' Lei n.o 2.296, de 1974 (Do Sr. Nogueira de Rezende) - Regula o exercício da profissão de dentísta prático e outras providências. , Projeto de Lei n.o 2.298, de 1974 (Do Sr. Florim Coutinho) - Considera de utilidade pública a Tenda Espírita Caboclo Japu- l"ay e Mãe Oxum, com sede no Estado da Guanabara. Projeto de Lei n. O 2.299, de 1974 (Do er. Florim Coutinho) - Incorpora ao patrimônio da Casa dos Artistas os direitos autorais havidos com o falecimento do cantor Evaldo Braga, e determina outras providências. Projeto de Lei n.o 2.300, de 1974 (Do Sr. João Linhares) - Admite novos abatimentos da renda bruta das pessoas físicas. Projeto de Lei n.O 2.301, de 1974 (Do Sr. Herbert Levy) Ofíclaüza taxa de serviço e outras providências. PROJETOS A IMPRIMIR Projeto de Lei n.O 43-A, de 1971 (Do Sr. Florim Coutinho) Dispõe sobre aposentadorta de motoristas prortssíonaís aos 25 anos de serviço; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela inconstitucionalidade, contra o voto do Sr. Alceu Col1ares; da oomíssão de Ecor:;omia, Indústria c Comércio, emi- tido em audiência, pela rejeição, contra o voto em separado do Sr. Santilli Sobrinho; da Comissão de Trabalho e Legislação Social, pela aprovàção; e, da Comissão de Finanças, pela apro- vação, com emenda. projeto de Lei n.o 1.606-A, de 1973 (Do Senado Federal) - Dispõe sobre o adicional de insalubridade e outras providên- cias; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela eonatitueíonalírtade e juridicidade; da Comissão de Traba- lho e Legislação Social, pela aprovação; e, da Comissão de Finanças, pela aprovação, com emenda. ' Projeto dc Lei n.O 1. 627-B, de 1973 (Do Sr. Luiz Braz) Dispõe sobre a remuneração do empregado investido em man- dato de vereador gratuito nos dias de sessões da Câmara; tendo pareceres: da Comissão. de Constituição e Justiça, pela consti- tucionalidade e juridicidade; e, das Comissões de Trabalho e Legislação Social e de Finanças, pela aprovação. Pareceres à Emenda de Plenário: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constãtucíonalídade e.mo mérito, pela rejeição; da Comissão de Trabalho e Legislação Social, pela rejeição; e, da Comissão de Finanças, pela aprovação. Projeto de Lei n.O 1. 719-A, de 1973 (Da Comissão Especial de Segurança de Veiculas Automotores e de Tráfego) - Altera a redação do artigo 74 do Decreto-lei n.v 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), para fixar a competência das Varas de Trânsito; tendo parecer, da Comissão de Consti- tuição e Justiça, pela constitucionalidade, Iurídícídade e, no mérito, pela aprovação. Projeto de Lei n. o 1. 884-A, de 1974 (Do Sr. Braz Nogueira) - Estabelece subsídios para fertdlízantes aplicados na agropecuá- ria; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça, pela constitucionalidade e juridicidade; da Comissão de Eco- nomia, Indústria e Comércio, pela aprovação.. e, da Comissão de Finanças, pela aprovação, com Substitutivo. Projeto de Lei n,v 1. 885-A, de 1974 (Do Sr. Braz Nogueíra) - Concede incentivos fiscais à implantação de indústrias PrQ- dutoras de fertilizantes; tendo pareceres: da Comissão de 'Cons- tituição e Justiça, pela rejeição, por falta de técnica legisla- tiva; da Comissão de Economia, Indústria e Comércio, pela aprovação, com Substitutivo; e, da Comissão de Finanças, pela aprovação, com adoção do Substitutivo da Comissão de Economia, Indústria e Comércio.

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ANO XXIX - N9 120 CAPITAL FEDERAL

SEÇÃO I

SÁBADO, 5 DE OUTU,BRO DE 1974

CÃMARA DOS DEPUTADOS---------------- S U M Ã R I O

1 _ 125.a SESSãO DA 4.a SESSÃO LEGISLATIVA DA 7.aLEGISLATURA EM 4 DE OUTUBRO DE 1971

I - Abertura da SessãoII - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior

1I1 - Leitura do Expediente

INDICAÇãO

,Indicação n." lO-A, de 1974 (Do Sr. Lauro Rodrigues) ­Sugere 'à Comissão de Constituição e Justiça que se manifestesobre a conveniência da elaboração de Emenda Constitucional"proibindo o exercício dos cargos de Presidente e Vice-Presi­dente da República e de Governador e Vice-Governador deEstado por maiores de 70 (setenta) anos .de idade;" tendo pa­recer, da Comissão de oonatttuíção e Justiça, pela constitucio­nalidade, [urídtcídade e, no mérito, pela rejeição.

PROJETOS APRESENTADOS

Projeto de Lei Complementar n.? 68, de 1974 (Do Sr. Fran­cisco Líbardoní) - Reduz o limite de idade para aposentadoriado trabalhador rural, dando nova redação ao art. 4.0 da LeiComplementar n. O11, de 25 de maio de 1971.

Projeto de Lei n,v 2,284, de 1974 (Do Sr. João Linhares) ­Jntrodus alterações na Lei n.O 6.015, de 31 de dezembro de1973, que dispõe sobre os registros públicos e dá outras provi­dências,

Projeto de Lei n.o 2,290, de 1974 (Do Poder Executivo) ­Mensagem n.s 485/74 - Dispõe sobre a contratação de segurossem exigências e restrições previstas na Lei n.? 4.594, de 29 dedezembro de 1964.

Projeto de Lei n.? 2.291, de 1974 (Do Sr, Francisco Amaral)- Acrescenta parágrafo ao artigo 450 da Oonsolidação das Leisdo Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei n.o 5.452, de 1.° demaio de 1943.

Projeto de Lei n.? 2.292, de 1974 (Do Sr. Francisco Amaral)-, Dispõe sobre cancelamento .de débitos das entidades de finsfilantrópicos para com o Instituto Nacional da, PrevidênciaSocial.

Projeto de Lei n.o 2.293, de 1974 (Do Sr.1)iogo Nomura) ­Institui o ípê como flor nacional do Brasil e dá outras provi­dências.

Projeto de Lei n.? 2.294, de .1974 (Do Sr. Antônio Florêp.clo)- Altera o Plano Nacional de Viação, aprovado pela Lei nP5.917, de 10 de setembro de 1973, incluindo a ligação ferroviáriaque menciona.

'Projeto de Lei n.o 2.295, de 197;4 (Do Sr. Mário Tel1es) ­Dispõe sobre condíções de funcionamento de empresas de trans­porte de carga por via terrestre.

Projeto de' Lei n.o 2.296, de 1974 (Do Sr. Nogueira deRezende) - Regula o exercício da profissão de dentísta práticoe dá outras providências. ,

Projeto de Lei n.o 2.298, de 1974 (Do Sr. Florim Coutinho) ­Considera de utilidade pública a Tenda Espírita Caboclo Japu­l"ay e Mãe Oxum, com sede no Estado da Guanabara.

Projeto de Lei n. O 2.299, de 1974 (Do er. Florim Coutinho)- Incorpora ao patrimônio da Casa dos Artistas os direitosautorais havidos com o falecimento do cantor Evaldo Braga,e determina outras providências.

Projeto de Lei n.o 2.300, de 1974 (Do Sr. João Linhares) ­Admite novos abatimentos da renda bruta das pessoas físicas.

Projeto de Lei n.O 2.301, de 1974 (Do Sr. Herbert Levy)Ofíclaüza taxa de serviço e dá outras providências.

PROJETOS A IMPRIMIR

Projeto de Lei n.O 43-A, de 1971 (Do Sr. Florim Coutinho)Dispõe sobre aposentadorta de motoristas prortssíonaís aos 25anos de serviço; tendo pareceres: da Comissão de Constituiçãoe Justiça, pela inconstitucionalidade, contra o voto do Sr. AlceuCol1ares; da oomíssão de Ecor:;omia, Indústria c Comércio, emi­tido em audiência, pela rejeição, contra o voto em separado doSr. Santilli Sobrinho; da Comissão de Trabalho e LegislaçãoSocial, pela aprovàção; e, da Comissão de Finanças, pela apro­vação, com emenda.

projeto de Lei n.o 1.606-A, de 1973 (Do Senado Federal) ­Dispõe sobre o adicional de insalubridade e dá outras providên­cias; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça,pela eonatitueíonalírtade e juridicidade; da Comissão de Traba­lho e Legislação Social, pela aprovação; e, da Comissão deFinanças, pela aprovação, com emenda. '

Projeto dc Lei n.O 1. 627-B, de 1973 (Do Sr. Luiz Braz)Dispõe sobre a remuneração do empregado investido em man­dato de vereador gratuito nos dias de sessões da Câmara; tendopareceres: da Comissão. de Constituição e Justiça, pela consti­tucionalidade e juridicidade; e, das Comissões de Trabalho eLegislação Social e de Finanças, pela aprovação. Pareceres àEmenda de Plenário: da Comissão de Constituição e Justiça,pela constãtucíonalídade e.mo mérito, pela rejeição; da Comissãode Trabalho e Legislação Social, pela rejeição; e, da Comissão deFinanças, pela aprovação.

Projeto de Lei n.O 1. 719-A, de 1973 (Da Comissão Especialde Segurança de Veiculas Automotores e de Tráfego) - Alteraa redação do artigo 74 do Decreto-lei n.v 3.689, de 3 de outubrode 1941 (Código de Processo Penal), para fixar a competênciadas Varas de Trânsito; tendo parecer, da Comissão de Consti­tuição e Justiça, pela constitucionalidade, Iurídícídade e, nomérito, pela aprovação.

Projeto de Lei n. o 1. 884-A, de 1974 (Do Sr. Braz Nogueira) ­Estabelece subsídios para fertdlízantes aplicados na agropecuá­ria; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade e juridicidade; da Comissão de Eco­nomia, Indústria e Comércio, pela aprovação.. e, da Comissãode Finanças, pela aprovação, com Substitutivo.

Projeto de Lei n,v 1. 885-A, de 1974 (Do Sr. Braz Nogueíra)- Concede incentivos fiscais à implantação de indústrias PrQ­dutoras de fertilizantes; tendo pareceres: da Comissão de 'Cons­tituição e Justiça, pela rejeição, por falta de técnica legisla­tiva; da Comissão de Economia, Indústria e Comércio, pelaaprovação, com Substitutivo; e, da Comissão de Finanças,pela aprovação, com adoção do Substitutivo da Comissão deEconomia, Indústria e Comércio.

7iSO Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974

IV - Pequeno ExpedienteWALTER SILVA - Pagamento de diferença salarial, aos

ferroviários. Plano de Reclassificação de Cargos.LUIZ LOSSO - Assistência aos encarcerados e às viúvas e

filhos de chefes de ramína assassinados.

MARCíLIO LIMA - crédito rural.NOSSER ALMEIDA - Necessidade de tráfego permanente

na rodovia Brasílía-c-Aere,JOAO GUmO - campeonato estadual de futeJ;>oI em trbere­

ba, Minas, Gerais.CÉLIO BORJA - Autorização de funcionamento da Fa­

culdade de Ciências Juridicas de Campo Grande, Guanabara.MAURíCIO TOLEDO - Necessidade de propaganda eleito­

ral em Brasilla. Ampliação do voto em trânsito para todo oterritório nacional.

, JOEL FERREIRA - Modificil.c{)es na legislação eleitoral.

ALCEU COLLARES -- Plano Classificado de Cargos.JOSÊ ALVES -. Eleiçá<l dos Srs. Divaldo Suruagy e Antônio

Gomes de Barros, respectivamente, para Governador e Vice­Governador do Estado de Alagoas.

SIQUEIRA CAMPOS - Salário dos bancários.JUVl!JNCIO DIAS - Visita do Presidente Ernesto Geisel ao

Pará.FARIA LIMA - Situaçá<l da agropecuária no Brasil.

FLORIM COUTINHO - Estado das vias públicas da Guana­. bara,

ANTôNIO UENO - Crédito para adubos e fertilizantes.

V - Grande ExpedienteANTÔNIO UENO - (Retirado para revisão.) Visita do Prí­

melrc-Mlníatro japonês Kak~ei Tanaka ao Brasil.

VI - Ordem do DiaATHI11: COURY - Apresentação de propoeíção,JOSÉ ALVES - Discussá<l do Projeto n.e 2.242-A, de 1974.

MAURíCIO TOLEDO - Discussão do Projeto n.o 2.278-A,de 1974. '

Proj eto de Decreto Legislativo n.o 160-A, de 1974- Aprovado.Projeto de Decreto LegislatiVo n.o 161-A, de 1974 - Aprovado.Projeto de Decreto Legislativo n.o 162-A, de 1974- Aprovado.Projeto de Decreto Legislativo n.O 16B-A, de 1974- Aprovado.Projeto de Decreto Legislativo n.? 166-A, de 1974- Aprovado.Projeto de Decreto Legislativo n.O 167-A, de 1974 - Aprovado.Projeto n,? 2.242-A, de 1974 - Aprovado.Projeto n,o 2.275-A, de 1974 - Aprovado.Projeto n.e 2.278-A, de 1974....,. Aprovado. ~

Projeto n,o 2.288-A, de 1974 - Rejeitada a emenda da co-missão de Trabalho e Legislação Social. Aprovado o projeto.

Projeto n.o 1.496-0, de 1973 - Emendado. Volta à Comissão.Projeto n,o 1.130-A, de 1973 c- ~jeitado.

LAERTE VIEIRA - Oomunteação como Líder sobre tele­grama dirigido pelo Comitê de Imprensa da Câmara dos Depu­tados-ao Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionaisdo Deará, ref.erente a ato do Procurador da Justiça Eleitoral noEstado do Ceará. .

CÉLIO BORJA - Comunicação como Líder sobretelegrarnadirigido pelo Comitê de Imprensa da Câmara dos Deputados aoPresidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Ceará,referente a ato do Procurador da Justiça Eleitoral no Estadodo Ceará.

vrr - Comunicações das Lideranças

VIII - Designação da -Ordem do Dia

IX - Encerramento

2 - MESA (Relação dos membros)3 - LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS <Relaçá<l

dos membros)4 - COMISSõES (Relaçá<l dos membros das Comissões

Permanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito) .

José AlvesARENA.

ATA DA 125.° SESSÃOEM 4 DE OUTUBRO DE 1974

PRE5.IDENCIA DO SR.:MAUR1CIO TOLEDO (art. 76 do R.1.); E

LUIZ LOSSO (art. 76 do R.1,)

I - Às 13,30 horas comparecem 0$ Se­nhores:

João Castelo

Acre

Joaquim Macêdo - ARENA; Nos.ser Al­meida - ARENA.

AmazonasJ"oel Ferreira - MDB; Leopoldo Peres _

ARENA; Raimundo Parente - ARENA;Vinicius câmara-- ARENA.

ParáEdison Bonna - ARENA; ,Túlio Viveiros

_ MDB; Juvêncio Dias - ARENA.

MaranhãoAmérico de Souza - ARENA; Freitas

Diniz - MDB; Henrique i;1e La Rocque ­ARENA; Pires Saboia - ARI!iNA.

PiauíDyrno Pires - ARENA; Milton Brandão

- ARENA; Pinheiro Machado - ARENA;Severo Eulálio -~, MDB.

cearáErnesto Valente - ARENA; Januário Fei­

'tosa - ARENA; .Tonas Carlos --- ARENA;ilosías Gomes - ARENA; Marcelo Línhares_ . ARENA; Ossían Araripe - ARENA; Par­I8ifal. Barroso - ARENA,

Rio Grande do NorteAntônio Florêncio .- ARENA; Grimaldi

Ribeiro - ARENA; Henrique Eduardo Alves- MDB; Pedro Lucena -- MDB., Paraíba

Antônio Mariz .:- ARENA; MarcondesGadelha - MDB.

Pernambuco

Carlos Alberto Oliveira - ARENA; Fer­nando Lyra - MDB; JosiasLeite -- ARE­NA; Lins e Silva - ARENA; MagalhãesMelo - ARENA; Marco Maciel - ARENA.Thales Ramalho --:- MDB.

AlaguasARENA; José Sampaio -

Sel'gipeLuiz ,Garcia - ARENA; PMSOS Pôrto _

ARENA; Raimundo Diniz - ARENA.Bahia

Hannequím.Dantas v-, ARENA; Ivo Braga- ARENA; João Alves - ARENA; JoãoBorges -. MDB; Luiz Braga __ ARENA; Ma­noel Novaes - ARENA; Ruy Bacelar ­ARENA; Tourinho Dantas - ARENA; Va.scoNeto - ARENA.

Espírito SantoParente Frota - ARENA.

Rio de JaneiroDaso Coimbra ._.- ARENA: José da Silva

Barros - ARENA; José Haddad ·-ARENA;Luiz Braz -- ARENA; Rezendo de SOuza­ARENA: Walter Silva - MOB.

GuanabaraAlcir Pimenta - MDB; Bezerra de No­

rões - MOB; Célio Borja - ARENA; Euri-.

pides Cardoso de Menezes - ARENA; Flo­rim Coutinho - MDB; Jair Martins ­MDB; José Bonifácio Neto - MDB; JG deAraújo Jorge - MDB; Lysâneas Maciel ­MDB; Nina Ribeiro - ARENA; OsnellíMartinelli - ARENA.

Minas GeraisAltair Chagas - ARENA; Athos de An­

drade - ARENA; Carlos ,Cotta - MDB;Delson Scarano - ARENA; Fábio Fonsêca- MDB; Fernando Fagundes Netto ­ARENA; Geraldo Freire - ARENA; Gil­berto Almeida -- ARENA; Homero Santos- ARENA; João Guídu .- ARENA; JorgeFerraz -- MDB; Jorge Vargas - ARENA;Murilo Badaró - ARENA; Nogueira de Re­zende - ARENA; Padre Nobre - MDB;Renato Azeredo - MDB; Sílvio de Abreu....,MDB.

São PauloAlfeu Gasparini -- ARENA; Arthur Fon­

sêea - ARENA; Athiê Coury - MDB; Oan­tidio Sampaio - ARENA; Carvalho SObri­nho - ARENA; Chaves Amarante - ARE­NA; Dias Menezes - MPB; Francisco Ama­ral - MDB; Freitas Nobre -MDB; Hen­rique Turner - ARENA; ndéliO Martins- ARENA; ítalo Fittipaidi - ARENA; JoséCamargo - MDB; Mauricio Toledo - ARE­NA; Pacheco Chaves - MDB; Paulo Abreu- ARENA; Paulo Alberto - ARENA;, PUnioSalgad(l - ARENA; Roberto Gebara .....ARENA; Ruydalmeída Barbosa. - ARENA;Sailes Filho - ARENA; Silvio Lopes _ARENA; SUSSUIUÚ Hirata - ARENA; Ulys­ses Guimarães - MDB.

GoiásAry Valadá<l - ARENA; Erasilio Caiado

- ARENA; Fernando Cunha - MDB;, Re­zende Monteir<l - ARENA; Siqueira Cam­pos - ARENA; Wilmar Guimarães _ARENA~

'Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sãbado 5 '1931

Mato GrossoEdyl Ferraz - ARENA; Marcílio Lima. ­

ARENA; Ubaldo Barém - ARENA.

Paraná

Agostinho Rodrigues - ARENA; AlbertoCosta - ARENA; Alipío Carvalho - ARE­NA; Antônio Ueno - ARENA; Arthur San­tos - ARENA; José Carlos Leprevost ­ARENA; Luiz Losso - ARENA (SE); MaiaNetto - ARENA; Mário Stamm - ARENA;Olivir Gabardo - MDB; Roberto Galvani ­ARENA.

Santa Catarina

Abel Avila ,.---ARENA; Adhemar Ghisi ­ARENA; Albino Zeni - ARENA; FranciscoLibardoni - MDB; Laerte Vieira - MDB;Wilmar Dallanhol- ARENA.

Rio Grande dI) Sul

Alberto Hoffmann - ARENA; Alceu Col­lares - MDB; Amaury Müller -'- MDB;Clóvis Stenzel - ARENA; Helbert dos San­tos - ARENA; Jairo Brum - MDB; JoséMandem - MDB; Márfo Mondino ­ARENA; Milton Oassel ~ ARENA; (ME);Nadyr Rossetti - MDB; Vasco Amaro -

,ARENA; Léo Riffel.

RoraimaSilvio Botelho - ARENA.O SR. PRESIDENTE (MauriCio Toledo)

- A Iísta de presença acusa o compareci­mento de 151 Senhores Deputados.

Es'tá aberta a sessão.

Sob a proteção de Deus iniciamos nossostrabalhos, ,

O Sr. Secretário procederá à leitura da:ata da sessão anterior.

II - O SR. WALTER SILVA, servindo"como 2P-Secretário, procede à leitura daata da. sessão antecedente, a. qual é,semebservações, assinada.

O SR, PRESIDENTE (MauríciO Toledo)..- PMl'la-seâ leitura do expediente.

O SR. CARV.ALHO SOBRINHO, Servíndo'Como 1P-Secretário procede à leitura doseguinte

lU - EXPEDIENTE

INDICAÇãO ,N.o 10~A, de 1974

(Do Sr. Rodrigues)

Sugere à Comissão de Constituição «IJustiça que se manifeste sobre a eon­veníêneía da elaboração de EmendaOonstítuotonaí "proibindo o exereíeíodos cargos de Presidente e Vice-Presi.dente da República e de Governador eVice~Governador de Estado· por maioresde 70 (setenta) anos de idade", tendoparecer, da Comissão de Constituição eJustiça, pela constitucionalidade, juri­dicidade e, no mérito, pela rejeição.

(INDICAÇAQ N.o 10, DE 1974, A QUE SÉREFERE O PARECER,)

Nos termos do art. 126 do Regimento In­,terno da Câmara dos Deputados, Inc aOsmíssão de Constituição e Jmtiça que semanifeste sobre a conveniência e oportu­nidade da elaboração de Emenda Constitu­

.eíonal "proibindo o exercício dos cargos dePresidente e Vice-Presidente da República,assim como de Governador e Vice-Governa­dor de Estado por maiores de setenta (70)anos de idade~'... . ,

Justificação

Dois são os aspectos fundamentais a jus-tificar a Indicação ora proposta, a saber;

1.0 - Sendo o Brasil um Pais de popu­lação acentuadamente jovem, chega aconsutuir uma incongruência a posai­bllíuaue de ter os mais importantes cal'.go,s de administração pública nas esfe­ras federal e estadual (Presidente eVíce-Presídente, Governador e více-oo­vernador) ocupados, exercidOI>, por bra­sileiros de idade ultra-avançada, ou 'se­ja, por pessoas que já ultrapassaram acasa dos setenta anos de idade. Naveruade, mais da metade da populaçãobrasnelra, ou cerca de 62,64%, s,egundodanos do censo de 1970, é consntuidapor pessoas com Idade.Inferior a 20 anose nada menos de 42,6% -de peSSOM dafaixa etária entre os 20 e 69 anos, res­tando para 0I:l velhos, ou os acima de60 anos, tão somente 5,30%. Não queesse tato, ou a pretensão aqui contida,represente qualquer especíe de precon­ceito contra as pessoas de idade provec­ta, muitas delas com idêntica ou su­perior condição intelectual ou moral.Nada disso. O que resulta claro dos da­dos apontados é que os velhos represen­tam a diminuta mínoría e, pois, a exce­ção dentro da regra que é o contingentepopulacional mais jovem. Assim, permi­tir que aqueles - os de mais de setentaanos - ocupem tão relevantes cargos,é como que consagrar a possibilidadede um certo desequníbrío ou de um des­nivel - ou mesmo de um choque ­entre o pensamento, idéias e comporta­mento da maioria nacional com aquelesque eventualmente são chamados a diri­gir os seus negócios públicos e os seusdestinos polítíco-sooíaía e econômicos,vale dizer. os interesses nacíonaís, Osmais jovens pcssuemvgeralmente, porforça mesmo do vigor da idade, muitomaior ímpeto entusíaemo e audácia, oque não quer significar, absorutamente,que sejam imprudentes, presunçosos,desequilibrados emocionalmente ou ir­responsáveís. E o que uma nação jovemprecisa é justam~nte, de dü'igentes im­petuosos, audaciosos qualidades queminguam à falta de vigor fÍJi;ico, ou empessoas de idade muito avançada.

2.° - Existe já, consagrada na Consti­tuição Federal (artigo 101, inciso II), afórmula para o afastamento compuísó­rio de todos aqueles servidores excessí­vamente avançados em anos, vale dizer,dos funcionários com mais de setentaanos, ocupem eles os cargos que ocupem.A regra, também chamada da aposen­tadoria compulsóría por limite de ida­de, é motivada pela ímperíosa necessí­dade de renovação. lli verdade que oPresidente da República ou o Governa­dor de um Estado, ou, ainda, seus subs­titutos eventuais (os víces) , são servi­dores especiais. Mas, se a regra é boae justificável até mesmo para, porexemplo, um Ministro do Supremo Tri­bunal Federãl (que, igualmente, só podeser considerado servidor especial), porque não estendê-la, isonomicamente, aosocupantes daqueles cargos referidos?Lembro, a propósito, que a tendênciapara arastar os excessivamente idososé mundial e se revela em todos os seto­res da vida pública ou privada. Até mes­mo a Igrej a, uma das mais tradicionaisinstituições mundiais, vem de adotarsemelhante medida, determinando queseus prelados se aposentem ao cabo decerta idade (75 'anos, se não nos en­ganamos), o que, de resto, foi muítíssí­mo bem recebido por quantos a inte-

gram e respeitam. Aos velhos o descan~

SO, o repouso, a dignidade, enfim.Sala das Bessêes, em 4 de junho de 19'1~.

- Lauro Rodrigues.

PARECER DA COMISSAO, DE. CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA

I - RelatórioO nobre e douto Deputado Lauro Rodri~

gues sugeriu à. Comissão de Constituição eJmtiça através de mdícação que, tomou Qn.o 10, de 1974, se manifestasse a oomíssãosobre a conveniência da elaboração de uma.Emenda Constitucional que incorpore à LeiMaior o princípio da vedação do exercíciodOI> cargos de Presidente e Vice-Presidenteda República, Governador e Více-Gover...nadar aos maiores de setenta (70) anos.

O ponto de vista 'sustentado pelo Depu.tado Lauro Rodrigues se funda, segundo Qseu autor, em dois motivos básicos; 1.0 .....que sendo o BrMil um Pais de populaçãoessencialmente jovem, chega a constttuínuma incongruência a possibilidade de 0011principais postos nacionais serem exercidospor brasíleíros de idadeS ult.ca-avançada;,2.° - que a atual Constituição já consagraa regra do arastamento compulsório de ser­vidores excessivamente avançados em anos.sobretudo atendo-se à imperiosa necessi­dade da renovação dos quadros.

Neste' particular, o autor da Indicaçãocita como exemplo eloqüente o fato de aoIgreja Católica haver recomendado aos seuspastores idosos a renúncia de suas funções.

Este o Relatório.n - Voto do Relator

Nada, legalmente. obsta a que o nobreDeputado Lauro Rodrigues ofereça suges­tão assim; nada, igualmente, se opõe a queo Congresso Nacional, guardadas as exigên­cias do rito próprio, aprove a alteraçãopropostá. A proposição, pois, é constitucionale é juridicamente correta.

Todavia, tenho-a por injusta, discrimina.'tória e írrealístíca. E desde logo adiantoque não posso aceitar que se coloque em umsó e mesmo nível os que exercem funçõessoberanas, em nome do povo, e aqueles quesão runeíonãnos públicos. Uns e outros, porcerto, são servidores do povo, mas as suasorigens não se encontram nas mesmas nas­centes.

Também - ,e muito embora longe aindados limites previstos pelo autor da Indíea­ção - recuso-me a aceitar para os homensde 70 anos a dupla elassírícação de ultra­passados em idade e de excessivamenteavançados em anos, Se Comeille, o Gênio dalíngua francesa afirmou que "aux ãmes biennées la valeur n'attend poínt le nobre desannês'', também é verdade é que nos velhosde espírito cultivado e sadios de corpodemoram a experiência e a cultura em suaforma altamente expressiva.

QUando a Constituição dispõe sobre aaposentadoría compulsória de funcionáriospúblicos, aos 70 anos, o que objetiva não éo simples afastamento de tais servidores,senão que o que pretende é estimular' todos'quantos pertencem aos seus quadros, garan­tindo-lhes os acessos e M promoções que.sem tal preceito, de modo genérico só ocor­reriam em razão da morte dos velhos ti­tulares,

E a prova maior de que assim é, reside emque o próprio Pacto Nacional permite, pordísposítívo expresso, que até mesmo os fun­cionários aposentados por motivo de idade,ou seja, com mais de setenta anos comple­tos, exerçam cargos em comissão. Nem seriaracional que assim não fosse, pois nenhumpa!s. por altamente expressivo em sua eul-

'7932 Sábado;; DIãRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974

tura e muito servido de valores humanos,pode atirar para a vala comum das inutili­dades aqueles que, por todos os títulos, tãoaltos e tantos e relevantes serviços aindalhe pode prestar.

Friso: o aposentado por idade não só podeexercer cargo em comissão como - e aí estáuma exceção ao princípio geral - podeacumular com os proventos do cargo aquelesque recebe como aposentado.

Há mais, ainda, contra a idéia. A sugestãoé, dír-se-ía, quase que pessoal. O nobre au­tor restringiu-se aos primeiros mandatáriosdo Poder Executivo, federal e estadual.

Nega a Proposição, esta é a verdade, que.brasileiros maiores de setenta anos ponhamem execução leis votadas por outros brasi­leiros também maiores de setenta anos.

Como redigida, e sugerida, a idéia permiteque todos os postos eletivos: juiz de paz,vereador, prefeito e vice-prefeito, deputadoestadual, deputado federal e senador - se­jamexercidos por quem quer que mereçaa conrtança do povo. Para esses, o valor, acompetência, a capacidade de trabalho ­tudo, enfim - não cessa' com a ultra-avan­çada idade de 70 anos. Só se torna incapazquem pretender os primeiros postos.

Ninguém tem o direito de negar ao povoa soberania que lhe é inerente, qual aquelade livremente escolher os que hão de gover­ná-lo e de, em seu nome, fazer as leis.

Dentro da História Moderna (pois nãodesejo referir-me à atual) avultam, .ímpe­reeíveís na gratidão da humanidade, Roose­velt, Churchill e De GauHe - setentões quehonram a espécie humana.

Depois, mandato não pode ser condicio­nado à idade do mandatário, senão que sópode ser. deferido àquele que pode, e só elepode, sagrar seu representante ..

8e eu pretendesse esmiuçar nos seus re­folhos a índícação, certamente concluiriaque a proibição proposta atingiria todos oshomens de 65 anos feitos, pelo menos indi­retamente. Sabendo-se que um candidato,ainda menor de 70 anos, completa-los-ia nodecurso do seu mandato, dificilmente ele se­ria o nome escolhido, eis que ninguém de­rendena uma transição pré-conhecida, quedesautorarla ou um ou outro, ou ambos osIndícados.

A tese - ainda que em seu hoje esti­vessem contidos todos os que podem sereleitos, inclusive nós outros, membros doCongresso Nacional, tenho-a por inaceitá­vel.

Assim, guardando silêncio sobre tudo omais que poderia adusír, opino pela suarejeição.

Sala da Comissão, 18 de setembro de 1974._ Lui~ Braz, Relator.

n -- Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em

il'euniãode sua Turma "B", realizada em18-9-74; opinou, unanimemente, pela cons­titucionalidade, [urtdícídads e, no mérito,pela rejeição da Indicação n.o 10/74, nostermos do parecer do Relator.

Estiveram presentes os Senhores .Depu­tadoa: ítalo Fittipaldi - Presidente emexercício (art. 76 do RI) Luiz Braz - Re­lator. Alfeu Gasparíní, Cláudio Leite, Djal­ma Bessa, Ernesto Valente, Hamilton Xa­vier, Manoel Taveira, Pires Sabóia e Ruy­dalmeida Barbosa.

Sala da Comissão, em 18 de setembro de1974. - ítalo Fittipaldi, Presidente emexercício (árt. 76 do RI) - Luiz Braz, Re­lator.

PROJETO DE LEI COMPLEl\mNTARN.o 62, de 1974 .

(Do Sr. Francisco Líbardoní)

Reduz o limite de idade para aposen­tadoria do trabalhador rural, dandonova redação ao Art. 4.° da' Lei Com­plementar n.o 11, de 25 de maio de 1971.

(ANEXE-SE AO PROJETO DE LEI COM-. PLEMENTAR N,o 14, DE 1973, NOS TER­MOS DO ART. 71, DO REGIMENTOINTERNO)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0. Dê-se ao art. 4.0 da Lei Comple­

mentar n.o 11, de 25 de maio de 1971, a se­guinte redação:

"Art. 4.° A aposentadoria por velhicecorresponderá a uma prestação mensalequivalente a cinqüenta por cento dosalário-mínimo de maior valor vigenteno Pais, e será devida ao trabalhadorrural que tiver completado sessentaanos de idade. .

Parágrafo único. Não será devida aaposentadoria a mais de um eompo­nenteda unidade familiar, cabendoapenas o benefício ao respectivo chefeou arrimo."

Art. 2.0 Os encargos financeiros destalei serão atendidos com recursos provenien­tes das receitas de que trata o art. 15 daLei Complementar n.o 11, de 25 de maiode 1971.

Art. 3.0 Entrará esta lei em vigor nadata de sua publicação.

Justificação

Todos sabem as condições adversas emque se desenvolve o trabalho no meio rurale o baixo padrão de vida dos que, no Brasil,dependem das atividades agrícolas.

A vida média, conseqüentemente, do tra­balhador rural é muito menor da dos queatuam nas áreas urbanas que, ainda assim,é reconhecidamente baixa.

Nada justifica, portanto, que o limite deidade para aposentadoria dos trabalhadoresurbanos e rurais seja igual, quando tudo édiferente na cidade e no campo.

Daí o presente projeto que reduz para 60anos a idade exigida para aposentadoriados trabalhadores rurais, tanto mais cabí­vel quando se considera que os recursos paracusteio do Programa de Assistência ao Tra­balhador Rural são plenamente suficientes,eis que a execução orçamentária: do FUN­RURAL vem apresentando sucessivos e ele­vados "superavíts",

Sala das Sessões, - Francisco Líhardoní,

LEGISLAÇJíO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇJíO DAS COMISS6E8

PERMANENTES

LEI COMPLEMENTAR N.o 11DE 25 DE MAIO DE 1971

Institui o Programa de Assistência aoTrabalhador Rural, e dá outras provi­dências.

O Presidente da República, faço saberque o Congresso Nacional decreta e eu san­ciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 4.0 A aposentadoria por velhice cor­responderá a. uma prestação mensal equí-

valente a 50% (Cinqüenta por cento) dosalário-mínimo de maior valor no País eserá devida ao trabalhador rural que tivercompletado 65 (sessenta e cinco) anos deidade.

Parágrafo único. Não será devida a aPO­sentadoría a mais de um componente daunidade familiar, cabendo apenas o bene­fício ao respectivo chefe ou arrimo.

" •• " to 4" to ;. , .

Art. 15. Os recursos para o custeio doPrograma de Assistência ao TrabalhadorRural provirão das seguintes fontes:

I - da contribuição de 2% (dois por cen­to) devida pelo produtor, sobre o valor co­mercial dos produtos rurais, e recolhida:

a) Pelo adquirente, consígnatárío ou co­operativa que ficam sub-rogados, para essefim, em todas as obrigações do produtor;

b) pelo produtor, quando ele própri"o in-dustrializar seus produtos ou vendê-los, novarejo, diretamente ao consumidor.

II - da contribuição de que trata o art.3.0 do Decreto-lei n. O 1.146, de 31 de de­zembro de 1970, a qual fica elevada para2,6% (dois e seis décimos por cento), ca­bendo 2,4% (dois e quatro décimos por cen-to) ao FUNRURAL. .

§ 1.° Entende-se como produto rural to­do aquele que, não tendo sofrido qualquerprocesso de industrialização, provenha deorigem vegetal ou animal, ainda quando ha­ja sido submetido a processo- de benefícta­mento, assim compreendido um processoprimário, tal como desearoçamento, pila­gem, descascamento ou limpeza e outros domesmo teor, destinado à preparação de ma­téria-prima para posterior industrialização.

§ 2.0 O recolhimento da contribuição es­tabelecida no item I deverá ser feito atéo último dia do mês seguinte àquele em quehaja ocorrido a operação de' venda outransformação industrial. -

§ 3.0 A falta de recolhimento, na épocaprópria, da contribuição estabelecida noitem I sujeitará, automaticamente, o con­tribuinte à multa de 10% (dez por cento)por semestre ou fração de .atraso, calculadasobre o montante do débito, a correção mo­netária deste e aos juros moratórios de 1%(um por cento) ao mês sobre o referidomontante.

§ 4.0 A infração de qualquer dispositivodesta Lei. Complementar e de sua regula­mentação, para a qual não haja penalidadeexpressamente cominada, conforme a gravi­dade da i1tfração, sujeitará o infrator àmulta de 1 (um) a 10 (dez) saláríos-míní...mos de maior valor no País, imposta e co­brada na forma a ser definida. no regula­mento.

§ 5.° A arrecadação da contribuição de­vida ao FUNRURAL, na forma do artigoanterior, bem assim das correspondentesmultas impostas e demais cominações le­gais, será realizada, preferencialmente; pe­la rede bancária credenciada para efetuara arrecadação das contribuições devidas aoINPS.

§ 6.0 As contribuições de que tratam .ositens I e II serão devidas a partir de 1.0 dájulho de 1971, sem prejuízo do recolhimentodas contribuições devidas ao FUNRURAL.até o dia imediatamente anterior àqueladata, por força do disposto no Decreto-lein. o 276, de 28 de fevereiro de 1967.

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Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado I) 7933

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.............................................

6. O inciso II revoga os § 2.° do art. 173e também 2.° do art. 177. Rezam esses dis­positivos:

....................................................;

.................................................. .. .;

§ 2.° Observado o disposto o art. 3,0, §2.0

, poderá o Registro Geral ser realiza­do pelo sistema de fichas."

"Art. 177.

"Art. 173.

5. Objetar-se-ia, entretanto, que, nestecaso, dever-se-ia preferir o sistema de fo­lhas soltas, escrituradas também mecani­camente.

Ocorre, porém, que as folhas soltas de­vem ser encadernadas em livros de tre­zentas folhas. Uma vez encadernadas, qual­quer averbação que devesse ser feita teriade ser manuscrita, eis que a folha não po­de ser destacada do livro já encadernadopara ser a averbação datilografada. Alémdesse inconveniente, haveria outro: poderiaocorrer que o espaço existente fosse ínsu­rícíente para conter a averbação. Então, co­mo proceder?

Por isso, o sistema de fichas é mais ra­cional, .mais prático e mais eficiente.

§ 2.° O indicador Pessoal poderá obe­decer ao sistema de fichas, a critério esob exclusiva responsabilidade do ofi­cial. "

_Transcrito· os dispositivos, cuja revoga­çao se pretende, torna-se claro o objetivoda lei.

• :J1: que, já tendo a redação do parágrafounico proposto para o art. 171 estendido atodos os livros do Registro de Imóveis apermissão para que eles sejam escrituradospelo sistema de fichas, os parágrafos refe­ridos se tornaram superfetação, pois é in­troduzida disposição geral, que abrange to­dos os livros. A permanência dos dois pa­rágrafos, além de inútil, afrontaria a. boatécnica legislativa, que não permite repeti­ção da mesma norma na mesma lei

7. Passamos, assim, a justificar a reda­ção proposta para o art. 248. A redacàoatual é a seguinte: .

"Àrt. 248. A averbação da circuns­tância a que se refere o inciso IH, alí­nea e do art. 168, será feita a requeri­mento do interessado, com firma reco­nhecida, instruído com documento com­probatório fornecido pela autoridadecompetente. A alteração do -nome só

. poderá ser averbada quando devida­mente comprovada por certidão do re­gistro civil."

A alteração que se propõe se resume emincluir no art. 248 o disposto na alínea ddo mesmo art. 168.

A referida alínea d do art. 168 diz res­peito "à mudança de nome de logradouros eda numeração dos prédios, da edificação, dareconstrução, da demolição, do desmembra­mento e do loteamento de imóveis".

A lei atualmente em vigor, isto é, o De­creto n.O 4.857, de 1939, prevê expressamen­te a hipótese (art. 285).

Entretanto, a Lei n.? 6.015, que reformu­lou os registros públicos, omitiu a hipóteseo que irá certamente criar problemas para08 oficiais de registro.

Daí, a redação proposta, determinandoque a averbação relativa à mudança de no-

§ 2.° O Indicador Pessoal poderá obe­decer a sistema de fichas, a critério esob exclusiva responsabilidade do ofi­cial."

2. Portanto, o projeto nada mais pre­tendo do que estender sistema já admitidopela Lei.

Por isso, o parágrafo único, que se pre­tende introduzir no art. 171, permite o usode fichas para todos os livros do Registrode Imóveis, desde que obedecido, no quecouber, o disposto no § 2.° do art. 3.0 da Lei,que diz o seguinte

"Art. 3.0

dor Real e Indicador Pessoal, conforme sevê dos seguintes dispositivos:

"Art. 173.

§ 2.° Observado o disposto no art. 3.0 ,

§ 2.°, poderá o Registro Geral ser rea-,,lizado pelo sistema de fichas"."Art. 176.

§ 3.0 Para auxiliar a consulta, os ofr­cíaís que não se utilizarem do indicadorreal pelo sistema de fichas, farão umíndice pelos logradouros e numeraçãopredial quando se tratar de imóveis ur­banos e pelos nomes e situações, qnan­

. do rurais".

"Art. 177.

§ 2.0 Para facilidade do serviço, po­dem os livros ser escriturados mecani­camente, em folhas soltas, obedecidosos modelos aprovados -pela autoridadejudiciária competente."

De- quanto foi dito, se segue que o pro­jeto apenas autoriza. Não obriga.

A dinâmica do mundo moderno, decor­rente do aumento vertiginoso da populaçãoe do número de transações imobiliárias, porum lado, e, por outro, o progresso da tecno­logia, tem exigido a criação de novos pro­cessos que desburocratizem as repartiçõespúblicas e atendam com rapidez e eficiên­cia a milhões de pessoas que necessitam doserviço público.

Dai a mecanização, a computação ele­trônica, a microfilmagem de documentos,que a Lei dos Registros expressamente au­toriza no art. 25, além da utilização "de ou­tros meios de reprodução autorizados emlei".

4. Nem se argumente que o sistema defichas, ou folhas soltas, pOSSa trazer pre­juízos, facilitando o extravio ou, até, o fur­to das mesmas, com lesão de direitos.

Isto. é quase ímpossível ocorrer.

Antes de mais nada, é grave a responsa­bilidade do oficial. A lei é severa e sua res­ponsabilidade está definida em diversos ar­tigos.

Além disso, o serviço está sob a supervi­são e permanente fiscalização da-autorída­de judiciária competente.

Mais ainda: todo adquirente do imóvel, aoefetivar a compra, recebe do vendedor ostítulos anteriores. Do tabelião, que lavroua escritura, recebe o respectivo traslado.Do Registro de Imóveis, que operou a trans­crição, recebe a respectiva certidão.

Assim, mesmo que o Cartório de Registroseja incendiado e se perca todo o seu ar­quivo, o proprietário dispõe de toda a do­cumentação indispensável à completa res­tauração do seu registro, bem como dos an­teriores.

PROJETO DE LEIN. o 2.284, de 1974

(Do Sr. João!,inhares>

Introduz alterações na Lei n.O 6.015,de 31 de dezembro de 1973, que dispõesobre os registros públicos, e dá outrasprovidências.

(A Comissão de Constituicão e Jus-tiça) -

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 São feitas as seguintes alterações

na Lei n.? 6.015, de 31 de dezembro de 1973,que dispõe sobre os registros públicos:

1'- Acrescente-se ao art. 171 o seguin-te parágrafo:

"Art. 171.

Parágrafo único. Observado, no quecouber, o disposto no art. 3.°, § 2.° destaLei, poderão os livros obedecer ao siste­ma de. ríchas, a critério e sob exclusivaresponsabilidade do oficial".U - São revogados o § 2.° do art. 173e o § 2.° do art. '177.

'lU - Dê-se ao art. 248 a seguinte re­dação:"Art. 248 - A averbação das circuns­tâncias a que se refere' o inciso IH, alí­neas D e E do art. 168, será feita a

. requerimento do interessado, com firmadevídamente reconhecida, instruídocom documento comprobatório forneci­do pela autoridade competente.A alteração do nome somente poderáser averbada quando devidamente com­provada por certidão do registro civil".

Art. 2.0 Esta lei entrará em vigor na dataem que passar a víger a Lei n.o 6.015, de 31de dezembro de 1973, revogadas as dispo-sições em contrário. .

Justificação1. Vamos fundamentar separadamente

as três alterações propostas à lei dos regis­tros públicos, (Lei n.o 6.015, de 31 de de­zembro de 1973), que deverá entrar em vigorem 1.0 de julho de 1975, nos termos da Lein.o 6.064, de 28 de junho de 1974, que deunova-redação ao art. 310.

Passemos, pois, ao parágrafo único pro­posto para o Art. 171.

Atualmente, o referido artigo não possuiparágrafos. Especifica ele tão-somente que,no Registro de Imóveis, haverá oito livros(protocolo, registro geral, auxiliar, registrosdiversos, indicador real, indicador pessoal,registro de íncorporações e registro de lo­teamentos) ." O que o projeto pretende é possibilitarque tais livros possam, obedecer ao sistemade fichas, a critério e sob a exclusiva res­ponsabilidade do oficial.

Pelo sistema da Lei n.o 6.015, a escritura­ção dos livros dos registros públicos poderáobedecer a três sistemas:

a) manuscritos;b) de folhas soltas, para serem eserítu­

rados mecanicamente, devendo ser encader­nados cada grupo de trezentas folhas;

c) fichas.A lei n.o 6.015, logo no art. 3.°, .estabelece

a norma geral de que os livros deverão serencadernados (éaput) ou escriturados me­canicamente (§ 2.°).

Entretanto, é a própria Lei que estabe­lece três exceções a essa norma, .va­mente aos livros de Registro Geral, Indica;'

'7984 Sábado I) DIÃRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 19'14

me dos logradouros e da numeração dosprédios, da edificação, da reconstrução, dademoüção, do desmembramento e do lotea­mento de imóveis se faça mediante reque­rimento do interessado, com firma devida­mente. reconhecida, instruido o pedido como documento comprobatório fornecido pelaautoridade'competente.

A proposição não somente sana lacu~a dalei que vai entrar em vigor, como, ainda,estatuí norma de suma importância, visan­do assegurar direitos não só do diretamen­te interessado no assunto, como, sobretudo,de terceiros.

Mais nada será preciso dizer para mos­trar a relevância do assunto.

8. Finalmente, estatui o projeto a datade vigência da proposição: será a mesma emque entrar em vigor a Lei n.o 6.015.

Preferimos esta fórmula, porque a vigên­cia da nova lei das Registros Públicos vemsendo constantemente procrastinada.

Em junho último, foi promulgada a Dein,o 6.064, que modificou o art. 310, adian­do a entrada em vigor para o dia 1.0 de ju­lho de 1975.

Pela 'redação que propomos, se sobrevie­rem novas prorrogações, tal fato em nadainfluirá na vigência do projeto, que se su­bordina, por seu art. 2.0, à vigência da leique se quer alterar.

9. Diremos finalmente, que a matériaora legislada se insere entre aquelas cujacompetência a Constituição atribui à União(art. 8.0 , :XVII, letra e), cabendo ao Con­gresso Nacional dispor sobre o assunto (art.43).

No que se refere ao poder de iniciativa,pertence ele a qualquer membro ou c~mis­são seja da Câmara dos Deputados, seja doSenado Federal (art. 56), eis que a matériaversada não se insere entre aquelas que aLei Maior reservou à iniciativa do PoderExecutivo (arts. 57 e 65).

Por outro lado, não se vislumbra na pro­posição qualquer eivade ínconstítueíonalt- 'dade ou ínjurídícídade, eis que nenhumconflito eXiste entre as regras ora propos­tas e a Constituição ou os princípios geraisde direito que informam o Registro Pú­blico.

No que se refere à técnica legislativa,além dos requisitos de concisão e clarezados dispositivos propostos, foi adotada anorma de se inserirem as modificações pro­postas no texto mesmo da lei a ser modi­ficada, a fim de que ela não perca a s~aunidade e sejam facilitados o seu eonheeí­mente, consulta e aplicação.

10. No que se refere ao mérito, tem aproposição o objetivo claro de adaptar a leidos registros públicos às contíngêncías davida moderna, cada vez mais dinâmica emais mecanizada, a fim de atender compresteza e precisão ao crescente volume denegócios juridicos que caracteriza a épocaem que vivemos.

Esperamos que tais objetivos sejam com­jpreendidos pelos eminentes membros dadouta Comissão de Constituição e Justiça,onde pontificam tantos' luminares da Ciên­cia Jurídica e para cujo saber e experiên­cia apelamos, a fim de que colaborem noaprimoramento do projeto, para que a leiQue dele possa resultar sirva realmente aosinteresses da Justiça e do Povo que repre­sentamos.

Sala das Sessões, 23 de setembro de 1974.- João Línhares,

PROJETO DE LEIN.o 2.290, de 1974

(Do Poder Executivo)

MENSAGEM N,o 485/74Dispõe sobre a contratação de segu­

ros sem exigências e restrições prevís­tas na Lei n.O 4.594, de 29 de dezembrode 1964.

(As Comissões de Constituição e Jus­tiça, de Economia, Indústria e Co­mércio e de Finanças).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O disposto nos arts. 13, 17 e 19,

e seus parágrafos, da Lei n,o 4. 594, de 29de dezembro de 1964, não se aplica à con­tratação de seguros por' pessoas físicas e aoscasos em que o prêmio não exceda à impor­tância correspondente a 5 (cinco) vezes ovalor do maior salário mínimo vigente noPaís.

Parágrafo único. O' limite estabelecido. neste artigo poderá ser alterado pelo Con­

selho Nacional de seguros Privados, emfunção do desempenh? do mercado. no d!l­senvolvimento da polítíca de massíüeaçãodo seguro.

Art. 2.0 Nos seguros classificados comovultosos pelo Instituto de Resseguros doBrasil e por iniciativa do mesmo Instituto,o Conselho Nacional de Seguros Priva~ospoderá fixar comissões de corretagem m­versamente proporcionais ao prêmio, devido.

Art. 3.0 Esta Lei entra em vigor na d~tade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

Brasília, em de de 1974.LEGlSLAÇ1IO CITADA

LEI N,o 4.594DE 29 DE DEZEMBRO DE 1964Regula a profissão de corretor de se­

guros...............................................Art. 13. Só ao corretor de seguros deyi­

damente habilitado nos termos desta _Lel eque houver assinado a proposta, deverao serpagas as corretagens admitidas para cadamodalidade de seguro, pelas ~espectivas ta­rifas inclusive em caso de ajustamentc deprêndios. '

§ 1.0 Nos casos de alterações de prêmíoapor erro de cálculo na proposta ou por aJ~­tamentos negativos, deverá o corretor -restí­tuir a diferença da corretagem.

§ 2 ° Nos seguros efetuados diretamenteentre' o segurador e o segurado, sem inter­veníêncía de corretor, não haverá correta­gem a pagar.. ' .

Art. 17. É vedado aos corretores e aosprepostos:

a) aceitarem ou exercerem empregos .depessoa jurídica de direito público, Inclusivede entidade paraestatal;

b) serem sócios, administradores, procura­dores despachantes ou empregados de em­presa' de seguros. -

Parágrafo único. O impedimento previ~­to neste artigo é extensivo aos SOCIOS e di­retores de empresa de corretagem.

...........................................Art. 19. Nos casos de aceitação de pro­

postas pela forma a que se refere a alínea"b" do artigo anterior, a ímportãncía :t:a- .bitualmente cobrada, a titulo de eormssao,calculada de acordo com a tarifa respec­tiva, reverterá para a criação de escolasprofissionais (Vetado) e criação de um"Fundo de Prevenção contra incêndios".

§ 1.0 As empresas de seguros escritura­rão essa importância em livro devidamenteautenticado pelo Departamento Nacional de

,Seguros Privados e Capitalização.

§ 2.0 A criação e funcionamento dessasinstituições ficarão a cargo do Instituto deResseguros do Brasil, que arrecadará essasimportâncias diretamente das entidades se­guradoras.

............................................MENSAGEM N,o 485, DE 1974

DO PODER EXECUTIVOExcelentíssimos Senhores Membros do

Congresso Nacional:

Nos termos do art. 51 da Constituição,tenho a honra de submeter à elevada dell­beraçâo de Vossas Excelências, acompanhas,do de exposição de motivos do Senhor Mi­nistro de Estado da Indústria e do Oomér-:cio, o anexo projeto de lei que "dispõe so­bre a contratação de seguros sem exigên­cias e restrições previstas na Lei n,o 4.594,de 29 de dezembro de 1964".

Brasília, em 2 de outubro de, 1974. _ ,Ernesto Geisel. .

, .EXPOSIQAO DE MOTIVOS N.o GM/90, DEi

13 DE SETEMBRO DE 1974, DO SENHORMINIBTRO DE ESTADO DA INDÜSTRIA,E DO COMÉRCIO. - -

Excelentissimo Senhor Presidente da Re-"pública:

A Lei n. O 4.594, de 29 de dezembro de1964, alterou a estrutura do processo de eo- "mercialização do seguro, promovendo a'substituição da sociedade seguradora pelo,corretor. Para isso, desestimulou a venda'direta, tornando-a inviável pela eríacão doônus do recolhimento da corretagem res­pectiva a um Fundo de ensino profissionale de prevenção contra incêndio.

2. Essa substituição da seguradora pelocorretor viria, no entanto, gerar distorçõesno crescimento do mercado. Com o desen­volvimento econômico e social do Pais hou­ve mudança' geral de ordem de grandeza,alterando-se a renda per eapíta, as dimen­sões das empresas e a expressão de todasas espécies de relações econômicas e finan­ceiras. A procura de seguros, em conse­qüência, adquiriu novas características am­pliando-se em todos os níveis. Mas á co­mercialização do setor, ao invés de acom­panhar essa evolução, tendeu cada vez maisa exercitar-se no sentido das operacões demaior volume unitário de receita, isto é, demais alta remuneração do intermediário;Assim, marginalizaram-se gradativamente'os pequenos e até 08 médios seguros, cuj Il.'procura crescente ficou sem a resposta ade>quada de uma oferta compatível e a ali­mentação do Fundo tornou-se eventual eínexpressíva, Hoje, a Fundação Escola Na­cional de Seguros é suprida em maioria porrecursos do Instítuto de Resseguros do Brá­síl, Superintendência de Seguros Privados edas instituições do mercado segurador.

3. O fenômeno tem graves implicaçõesporque exclui do sistema dê previdênciáexatamente os que mais se ressentem comessa marginalização. E também porque emconseqüência, abre imperdoável lacuna' emcapítulo dos mais importantes no elenco dasfunções econômicas e sociais do seguro pri­vado.

4. Essa mutilação da oferta está em ra­dic~l e completo desacordo com a políticamais adequada ao setor, que alinha entreseus ()bjetivos prioritário/i; a massificação doseguro, decerto o único caminho para aviabilização do imperativo de tornar-se ex­pressíva a relação entre a receita de prê­mios e o produto nacional. Ora, consumode massa importa em horizontalizar o pro-

Outubro .de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7935

a) Severo Fagundes Gomes

cesso de comercialização, simplificando ebaixando custos, para assim ajustá-lo àprópria estruturação da procura, cujasclasses de maior freqüência correspondemaos pequenos e médios consumidores.

5. Urge, portanto, corrigir a distorção deoferta hoje existente no mercado segura­dor nacional. Para isso, o mecanismo alvi­trado no anexo anteprojeto de lei é o res­tabelecimento dos canais de venda diretadas seguradoras no segmento inferior domercado, constituído pelos seguros de inte­resse das pessoas físicas e os casos em geralem que os prêmios de tarifa não ultrapas­sem a 5 vezes .0 ma.or salário mínimo vi­gente no País. Esse limite, satisfatório nafase atual, poderá ser revisto pelo Conse­lho Nacional de Seguros Privados, sempreque necessário para seu ajustamento à di­nâmica do processo de transformação daestrutura operacional e empresarial domercado. A proposição, recomendando fór­mula eficaz de restauração da plenitude daoferta, vai também ao encontro de. persis­tente reivindicação da classe seguradora,consubstanciada em expressiva Resoluçãoda 7.& Conferência Brasileira de SegurosPrivados, realizada em 1970 na cidade deRecife.

6. A política de seguros deve inovar, emnumerosos e variados aspectos, a estruturae o desempenho do mercado, procurandoelevá-lo a ordem de grandeza consentâneacom o grau de evolução da economia na­cíonal. Diante de horizontes tão largos, comefeito não se justifica a manutenção deobstáculos como o que o anteprojcto que oratenho a honra de submeter à consideraçãode Vossa Excelência procura remover.

Aproveito a oportunidade para apresen­tar a Vossa Excelência, Senhor Presidente,os protestos' do meu mais profundo res­peito.

PROJETO DE LEIN.o 2.291, de 1974

(Do Sr. Francisco Amaral)Acrescenta parágrafo ao artigo 450 da

Consolidacão das Leis do Trabalho,aprovada 'pelo Decreto-lei 'n,? 5.452, de1.0 de maio de 1943.

(As Comissões de Constituição e Jus­tiça e de Trabalho e Legislação Social)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° O artigo 450 da Consolidação das

Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-l~in.o 5.452, de 1.0 de maio de ,1943, mantidasua atual redação, passa a vigorar acresci­do dos seguintes parágrafos:

"Art. 450 .

§ 1.0 O comissionamento compreende oprovimento de cargos de direção, gerên-

, cía e outros de cofiança imediatà doempregador, com tais declarados emnormas da empresa ou no ato da desig­nação.§ 2.° A substituição ocorrerá nos casosde afastamento temporário do ocupan­te do cargo ou função e terminará coma volta do empregado efetivo ou coma vacância do cargo.

§ 3.° A interinidade compreende o pro­vimento a titulo precário dei um cargoou função e não poderá exceder a dura­ção de 90 (noventa) dias, ciente o de­signado.§ 4.° Quando a empresa tiver quadrode pessoal organizado em carrreíra outabela de cargos escalonados em classes,as vagas abertas serão providas no pra­zo máximo de 90 dias, sob pena de ocontemplado pelo acesso ou promoção

fazer jus a seu salário a partir da dataem que ocorrer a vaga."

Art. 2.° Esta lei entra em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário. .

Justificação

O projeto de lei que tenho a honra desubmeter à consideração do Congresso Na­cional, e que me penitencio nâo tê-lo feitoantes, não é fruto de um anseio de renova­ção de seu modesto autor. É, antes, inspira­do na melhor doutrina [uridico-trabalhtstanacional, integra-se na ."mens legis" daprópria Consolidação das Leis do Trabalho,e é, de certo modo, um projeto de uma leimeramente interpretativa, tanto assim quemuitos dos conceitos que estabelece já sãoconsagrados na doutrina e, timidamente,embora, já têm merecido aceitação juris­prudencial.

De fato, muito se' discute quando se cui­da da técnica legislativa, da conveniênciaou não do uso de definições ou conceitos rí­gidos nas normas' legais. Predomina a tesecontrária às definições, porque elas se apre­sentam sempre perigosas, passiveis ao me­nos de criticas. Entretanto, algumas vezes olegislador precisa traçar rumos certos, poisse é verdade que a jurisprudência constróicom sabedoria, não é menos certo que aconstrução jurisprudencial é excessivamentelenta, e a jurisprudência ao se pacificar,deixa para traz uma série de injustiças ir­remediáveis por força do instituto da coisajulgada.

O Código de Processo Civil em vigor, optoupelos conceitos precisos, objetivos, emboranão de modo generalizado. Fê-lo a nosso ver.na medida do necessário, e teria sido maisfeliz se prevalecesse o Anteprojeto elabora­do pelo professor Buzaid quando este nãointegrava o governo.

De qualquer modo, fixando-nos ao proje­to, acreditamos que sua melhor justificaçãoseja o texto que 1be atribuimos.

É notória a dificuldade de interpretaçãodo art. 450 da Consolidação das Leis do Tra­ba1bo, cujo teor é o seguinte:

"Art. 450 Ao empregado chamado aocupar, em comissão, interinamente ouem substituição eventual ou temporáriacargo diverso do que exercer na empre­sa, serão garantidas a contagem dotempo naquele serviço, bem como a voltaao cargo anterior."

Essa redação, data venla, fica no terrenodo óbvio. Evidentemente; se o empregadopassa a ocupar outro cargo, a qualquer titu­lo, continua como empregado; e assim háde ter o tempo contado para, os efeitos deantigüidade, fonte de tantos direitos. Igual­mente, se o exercício não tem caráter efe­tivo, é 'evidente que, cessada a razão do des­locamento, o empregado terá direito à voltaa seu cargo efetivo.

Os her:íneneutas do Direito do Trabalho,têm interpretado esse artigo como uma in­dicação, quase a contrário-senso, de queo empregador pode aproveitar o empregadoem cargo diverso do seu, seja em substitui­ção a ausentes, seja no exercício de cargosde provimento em comissão, seja mesmo emcaráter interino até que o cargo seja provi­do em forma regulamentar ou segundo asconveniências do empregador.

Mas, dentro desse quadro, a liberdade pa­tronal é infinita, gerando a insegurançapara o trabalhador, hoje exercendo um car­go e amanhã retrocedendo a outro de menorhierarquia, de menor projeção e de menorsalário, com prejuízos econômicos e moraisfacilmente avaliáveis.

O problema da substituição, quando ver­dadeira, não gera dificuldades. Se alguém é '

chamado a substituir um empregado licen­ciado por qualquer motivo, sabe que com avolta do substituído cessa a substituição,sem qualquer "capitis deminutio" para osubstituto que retorna à sua antiga função.

Dificuldades surgem no comissionamentoe na interinidade.

Quanto ao comíssíonamento, no verdadei­ro sentido da palavra.ise traduz no exercíciode função superior, a prazo indeterminado.Poderia confundir-se com a interinidade seesta. também fosse a prazo indeterminado.Ora, a lei não emprega palavras inúteis. Seinterinidade e comissíonamento fossemuma e mesma coisa, não havia razão paraque os dois vocábulos se juntassem no .art,450 da C:.:.

Os comentaristas da Consolidação das Leisdo Trabalho, teoricamente, são acordes nadistinção e na conceituação das espécies:comtssíonamento ocorre quando ° empre­gado é chamado -a exercer 11m cargo dechefia "de provimento em comissão": inte­rinidade quando se abre a vaga e o empre­gador aproveita outro empregado parapreenchê-Ia enquanto procura outro que te­nha títulos para o cargo ou enquanto seprocessam os trâmites para as promoções.Por isso, esses comentaristas e doutrinado­res, notadamente Arnaldo Sussekind e Eva­rísto de Moraes Filho. o primeiro em seus"Comentários à CLT e Legislação Comple­mentar", e o último em brilhante parecer,.insistem na fixação de um prazo curto paraa interinidade, sugerindo mesmo Mestre Sus­sekind que esse prazo seja de, 30 (trinta)dias, por ele preconizado também em acór­dãos do Tribunal Superior do Trabalho,quando a este emprestou o brilho de sua in­teligência. Ainda recentemente o TribunalRegional do Trabalho, da 2.& Região, emacórdão da lavra do talentoso Juiz RobertoMário Rodrigues Martins aceitou a tese, em­bora considerandc escasso o prazo de 30edias, ao examinar o caso de um ocupante dechefia média que se estendera por cerca dedois anos.

Deixar que a jurisprudência "construa" anorma em casos como esse, como reclamam,pelo menos à luz do texto legal, aludidosjuristas, é data venia, perigoso, pois nessaquestão de tempo o Juiz agirá não apenasdiscricionariamente. mas arbítrartamente.A diferença de 30 dias preconizada porArnaldo Sussekind para a de 90 dias suge­rida por outros, e ainda para um ano (expe­rimentaI segundo o § 1.~ do art. 478 da CLT)ou 2 (prescrição aqutsltíva) como queremainda outros, é muito grande. E, possivel­mente, nem em 50 anos a jurisprudência sepacificaria nessa matéria.

Por outro lado. era de mister conceituar­se legalmente o "cargo em comissão", poisdo contrario, fixado o limite de tempo paraa interinidade e, de certa forma, para asubstituição, facil seria ao empregador usaro "comissionamento" como válvula de es­cape.

Foi assim, buscando inspiração na lição demestre, não só dos já mencionados co­mo ainda em Mozart Victor Russomano,Cesar1no Júnior, Délio Maranhão e. muitosoutros, que elaboramos o presente projeto,atendendo ainda a reclamos de sindicalis­tas autênticos, como o Presidente Somaio,do Sindicato dos Ferroviários da Cia. Pau­lista, Francisco Mendes, Presidente do Sin­dicato dos Ferroviários da Zona Mogiana, emuitos outros, que sentem de perto as di­ficuldades surgidas na interpretação do art.450 do diploma consolidade.

O projeto limita-se a apresentar ou me­lhor a acrescentar, quatro parágrafos aoaludido artigo: o primeiro define "comtssío­namento" como o provimento de cargo dedireção, gerência e outros de confiança ime­diata do empregador, como tais declarados

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em normas da empresa ou no ato de desig­nação. Reconhecemos que o conceito de car­go de confiança é também controvertido.Mas, a respeito, a doutrina e a jurisprudên­cia já fixaram limites bem deflnídos e nãocremos que as dificuldades nesse terrenoconstituam barreiras à boa aplicação danorma; D segundo, conceitua singelamentea substituição; o terceiro, define a mtertní­dade,fixando-lhe a duração máxima de 90dias.

O parágrafo quarto, à primeira vista pa­rece extravasar o âmbito do art. 450 e dospróprlcs parágrafos que se pretende acres­centar. Entretanto, há intima correlação,notadamente com a interinidade, pois é jus­tamente nas vagas abertas em empresasque têm quadros de pessoal organizado emcarreira ou têm tabelas fixas de pessoal esalários, que ocorrem em designações inte­rinas. Raramente se cogita de interinidadenas empresas que não têm quadros de pes­soal organizados, isto é, naquelas em que osalário é fixado "pro-homlnern" e não pelocargo.

É esse o projeto que confio ao CongressoNacional, na certeza de que merecerá o -ca­rinho dos senhores Congressistas, inclusivepara seu aperfeícoamerito no que necessário.

Sala das Sessões, de setembro de 1974._ Francisco Amaral.

PROJETO DE LEIN.o 2.292, de 1974

(Do Sr: Francisco Amaral)Dispõe sobre cancelament& de débitos

das entidades de fins filantrópicos paracom o Instituto Nacional da Previdên­cia Social.

(ANEXE-SE AO PROJETO DE LEI NúME­RO 1.050, DE 1972, NOS TERMOS DOART. 71, DO REGIMENTO INTERNO.)

O Congresso Nacional decreta:. Art. 1.0 F i c a m cancelados os débitos

para com o Instituto Nacional da Previ­dência Social - abrangendo multas, jurose correção monetária -, relativos às taxas,. e responsabilidade do empregador a quese refere a Lei n.? 3.577, C:e 4 de 'julho de1959, levantados contra instituições de ca­ráter filantrópico.

Parágrafo único. Serão arquivados osprocessos de cobrança, em qualquer faseem que se encontrem, cujos débitos tenhamsido levantados a partir de 1.0 de janeirode 1969, contra entidade mantenedora eseus respectivos departamentos ou associa­ções subordir.adas.

Art. 2.° As entidades beneficiadas de­verão apresentar, no prazo de seis (G) me­ses a partir da vigência desta Lei, ao setorcompetente da Previdência Boelal, cópia'autenticada de seus estatutos, comprovan­do que os membros de suas diretorias nãopercebem qualquer remuneração. assimcorno protocolos de pedidos de registro noConselho Nacional de Serviço Social, de­claração de utilidade pública federal e cer­tificado de fins filantrópicos.

Art. 3.0 O Poder Executivo regulamenta­rá esta Lei no prazo de sessenta (60) dias.

Art. 4.° Esta Lei entra em vigor na datade, sua publicação.

Art. 5.° Revogam-se as disposições emcontrário. .

Justificação

Há, espalhadas por todo o território na­cional, centenas de entidades filantrópicase de benemerência, que prestam importan­tes serviços de natureza social à comuni­dade, abrigando, educando e instruindocrianças e adolescentes pobres ou abando­riados, bem como excepcionais ou deficien­tes físicos, pessoas idosas ou inválidas.

Em verdade, essa função deveria ser exer·cida pelo Estado que, no entanto, não temdedicado a devida atenção ao setor de as­sistência e promoção social, em parte devidoao fato de existirem centenas de entidadesparticulares que, desinteressadamente, exe­cutam essa elevada missão.

É sabido que um número bastante grandede 'entidades filantrópicas ainda não estáregistrado no Conselho Nacional de Ser­viço Social, não dispondo, igualmente, dedeclaração de utilidade pública e certifica­do de fins filantrópicos.

O fate se deve, fundamentalmente, a queos abnegados dirigentes dessas entidades,que não recebem qualquer remuneração,desconhecem as exigências para obtençãodos. aludidos titulos, estando, não raras ve­zes, em locais distantes e remotos desseimenso País, não tendo acesso à legislaçãoque disciplina a matéria.

Em virtude dessa circunstância, essas en­tidades estão' sendo lançadas às portas dodesespero, ameaçadas de encerrar suas ati­vidades, tendo em vista a. atuação da fis­calização do INPS que, corri rigor inusitadoe muito raramente aplicado em outros se­tores, como a Indústl"ia, tem levantado dé­bitos dessas entidades, aplicando, ainda,pesadas multas, juros e correção monetá­ria.

Temos para nós ser totalmente descabidaessa situação, eis que as entidades em ques­tão têm finalidade essencialmente filan­trópica, não remunerando sócios e dírígcn­tes, agindo exclusivamente em favor dacomunidade e dos menos favorecidos.

Efetivamente, é absurdo que o Poder Pú­blico levante débitos previdenciários e apli­que multas a associações que, desinteressa­damente, estão a executar gratuitamenteuma função que, em verdade, é sua.

Nessa conformidade a nós nos parece quetodos os débitos prevídencíártos dessas en­tidades filantrópicas e de benemerência de­vam ser desde logo cancelados, exigindo-seque estas, em prazo razoável, apresentemcomprovantes de que seus dirigentes nãopercebem remuneração a qualquer título,assim como protocolos de pedidos de re­gistro no Conselho Nacional de Serviço So­cial, de certificado de fins filantrópicos ede declaração de utilidade pública.

Dessa forma, por consubstanciar essasmedidas, submetemos o projetado à consi­deração de nossos nobres pares, esperandoque mereça a indispensável aprovação.

Sala das Sessões, aos 23-9-74. -' Fran­cisco Amaral.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DAS COMISSõES

PERMANENTES

LEI N,o 3.577DE 4 DE JULHO DE 1959Isenta da taxa de contribuição de

previdência dos Institutos e Caixas deAposentadoria e Pensões as entidadesde fins filantrópicos reconhecidas deutilidade pública, cujos membros desuas diretorias não percebam remune­ração.

O Presidente da ~epública:

Faço saber que o Congresso Nacionalmanteve e eu promulgo nos termos do Art.70, § 3.0 , da Constituição Federal, a seguinteLei:

Art. 1.0 Ficam isentas da taxa de con­tribuição de previdência aos Institutos eCaixas de Aposentadoria e Pensões as en­tidades de fins filantrópicos reconhecidascomo de utilidade pública, cujos membrosde suas diretorias não percebam remune­ração.

Art. 2.° As entidades beneficiadas pelaisenção instituída pela presente Lei ficamobrigadas a recolher aos Institutos apenasa parte devida pelos seus empregados, semprejuízo dos direitos aos mesmos conferi­dos pela legislação previdenciária.

Ar, 3.0 Esta Lei 'entrará em vigor nadat... de sua publicação, revogadas as dis-posições em contrário. .

Rio de Janeiro, 4 de julho de 1959; 138.°da Independência e 71.0 da República.. ­JUSCELINO KUBITSCHEK - FernandoNóbrega - S. Paes de Almeida.

DECRETO N.o 1.117DE 1.0 DE JUNHO DE 1962

Regulamenta a Lei n,? 3'.577, de 4 dejulho de-1959, que isenta da taxa decontribuição de Previdência dos Insti­tutos de Aposentadoria e Pensões àsentidades filantrópicas.

O Presidente do Conselho de Ministros,usando das atribuições que lhe confere oart. 18, item UI do Ato Adicional à Cons­tituição Federal, decreta:

Art. 1.0 Compete ao Conselho Nacionaldo Serviço Social, certificar a condição deentidades filantrópicas para servir de provano Instituto de Previdência a que estíversujeita a Instituição beneficiária da ísen-,ção, prevista na Lei n.o 3.577, de4 de julhode 1959.

Parágrafo único. Cabe ao mesmo Con­selho o julgamento dos ti tulos necessários'à declaração de utilidade Pública.

Art. 2.° São entidades filantrópicas;para os efeitos deste decreto, as Institui­ções que:

a) destinarem a totalidade das rendasapuradas ar atendimento gratuito das suasfinalidades;

b) que os diretores, sócios ou irmãos, nãopercebam remuneração e não usufruamvantagens Ou benefícios, sob qualquer título;

c) que estejam registradas no ConselhoNacional do Serviço Sociá1. f

Art. 3.° Fica concedido o prazo de doisanos, para que as Instituições filantrópicasobtenham os Decretos de Utilidade Pública,a que se refere o artigo anterior.

Parágrafo único. Enquanto não foremlavrados os citados Decretos serão válidospara os efeitos do artigo 1.° da Lei número3.577, as "declarações de .Utilidade Públi­ca", já expedidas ou que venham a .erexpedidas pelos Governos e Câmaras Es­taduais e Municipais.

Art. 4.0 O Conselho Nacional do ServiçoSocial expedirá um certificado provisóriode "Entidade de fins Filantrópicos:', válidopor dois anos, às Instituições que se en­contrarem registradas ou que venham' a seregistrar no Conselho.

Parágrafo único. As Instituições filan­trópicas, que mantiverem organizações'hospitalares ou para-hospitalares, registra":das na Divisão de Organização Hospitalar,do Ministério da Saúde, o Conselho forne­cerá o certificado, a que se refere o pre­sente artigo, independente de qualquer ou­tra formalidade ou exigência.

Art. 5.° Este Decreto entra em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dís­posições em contrário.

Brasília, 1.0 de junho de 1962; 141.0 daIndependência e 74.0 da República. ­TANCREDO NEVES - Souto Maior - An-dré Franco Montoro, .

. LEI N.o 1.493DE 13 DE DEZEMBRO DE 1951Dispõe sobre .o pagamento de auxí­

lios e subvenções..~"

·····························A··.···~·····A

Outubro de 1974 DIARJO DO CONGUESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7937

CAPíTULO IH

Das entidades que podem ser beneficiadas

Art. 5.° Somente poderão ser beneficia­das com subvenções, entidades que visemespecificamente aos seguintes fins:

I --ProUlOver a educação e desenvolvere. cultura;

II -- Promover a defesa da saúde e aassistência médico-social;

III - Promover o amparo social da cole­tividade.

Art. 6.° Não se concederá. subvenção:I) A Instituição que:

. a) vise a distribuição de lucros ou divi­dendos a seus participantes;

h) constitua patrãmônío de indivíduo ousociedade sem caráter filantrópico;

c) tenha finalidades precipuamente re­creativas, esportivas ou comerciais;

d) '" (revogado) ~ ..e) não tenha sido fundada até 31 de de­

zembro do ano anterior ao" da. elaboraçãoda lei orçamentária;. f) não esteja regularmente organiza~aátê 31 je dezembro do ano da elaboraçaoda lei orçamentária;

g) não tenha pedido registro no Conse­lho Nacional de Serviço SOcial ou cujo re­gístro tenha sido negado definitivamente.

II) A caixa de aposentadoria e pensão,sociedade de montepio e congêneres.

.- .. ~ .Art. 24. Esta Lei entrará em vigor na

data de sua publicação, revogadas as dis­posições em contrária.

REGISTRO NO CONSELHO NACIONALDE SERVIÇO SOCIAL

. Documentos exigidos:

1. Requerimento, assinado pelo Presi­dente da Instituição, onde conste;

.' a) nome completo da entidade;b) endereço (rua, número, bairro, cidade

e Estado);c) assinatura, nome e função do reque­

rente.

PROJETO DE LEIN.O 2.293, de 1974

(Do Sr. Diogo Nomura)

Institui o Ipê, como flor nacional doBrasil, e dá outras providências.

(As Comissões de Constituição e Jus­tiça, de Agricultura e Política Rural ede Finanças.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O ipê amarelo (tecoma longif~o­

ta) passa a ser considerado como flor naeio­nal do Brasil.

Art. 2.° Fica instituída a Semana Nacio­nal do Ipê, a ser comemorada na segundasemana do mês de setembro de cada ano.

Art. 3.0 Os festejos e comemorações, decaráter cívico, cultural e popular, deverãorealizar-se em todo o território nacional, sobo patrocinio e organização do Ministério daEducação e Cultura.

Art. 4.0 Anualmente, o Ministro· da Edu­cação e Cultura baixará portaria designan­do os membros da Comissão Nacional dosFestejos da Semana do Ipê.

Art. 5.° Esta lei entrará em vigor na da­ta de sua publicação.

Art. 6.° Revogam-se as disposições emcontrário.

.JustificaçãoO ipê, por certo, é a árvore que com mais

propriedade pode representar a flora bra­sileira. eis que se adapta praticamente a to­do o território nacional.

A floracão do ipê atinge o apogeu em finsdo mês de agosto e principio de setembro,colorindo nossos campos de amarelo e deroxo, suas espécies mais freqüentes, e anun­ciando que a primavera está ):'01' cregar.

Dai termos escolhido a segunda semanado mês de setembro, anualmente, para ascomemoracões da Semana Nacional do ipê.Nessa época do ano a árvore apresenta seuaspecto mais atraente, o que serviria demotivação aos festejos nas escolas, nas pra­ças públicas e nos campos de nossa Pátria,sempre no sentido de estimular no espirítodo povo-o amor pela natureza e a preserva-

. ção do mais expressivo exemplar da nossaflora.

Inúmeros países, no mundo inteiro, dedi­cam especial atenção a esse problema. Emalguns deles, a árvore ou a flor participamaté dos símbolos nacionais. Ninguém ignora,por exemplo, que o lírio é o símbolo do po,:ofrancês' as cerejeiras falam pelo proprioJapão; 'as 'tulipas sugerem o povo holandês.Aqui mesmo, entre nós, o café já teve seulugar no próprio pavilhão nacional do Im­pério.

Nos dias que correm, marcados pela du­reza dos tempos modernos, pelo menos umasemana por ano seria dedicada à naturezae à tranqüilidade que ela sugere. Sobretudoàs eríancas dirigiríamos esses festejos; esta­riamos temperando com amor os coraçôesdaqueles que, muito em breve, dirigirão nos­sos destinos.

Sala das Sessões, 23 de setembro de 1974.- Diogo Nomura.

PROJE'fO DE LEIN.O 2.294, de 1974

(Do Sr. Antônio Floréncio)

Altera o Plano Nacional de Viação,aprovado pela Lei ri.? 5.917, de 10 desetembro de 1973, incluindo a ligaçãoferroviária que menciona.

(As Comissões de Constituição e Jus­tiça, de 'I'ransportes e de Finanças.)

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1.0 O Plano Nacional de Viação,aprovado pela Lei n.? 5: 917, de .10 ~e setem­bro de 1973, fica acrescido da ligação ferro­viária entre Mossoró e Fortaleza, passando aintegrar a relação descritiva das ferroviasdo Plano Nacional de Viação, na forma se­guinte:

"3.2.2. Relação Descritiva das Fer-rovias do Plano Nacional de Viação."

LIGAçõES

Mosst)ró - Fortaleza RN-Cl!.

Art. 2.° Esta lei entra em vigor na datada sua publicação.

Art. 3.0 Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

Trata-se de uma via da maior importân­cia para a economia dos Estados do RioGrande do Norte, do Ceará, do Piauí e doMaranhão, ligando os Portos Salineiros de(Macau e Areia Branca) aos portos de (For-.taíeza, Luís Correia e Itaqui.)

A linha férrea pretendida pela proposição. entre Mossoró e Fortaleza, ligando a EF-41O

li. EF-415, completa o anel ferroviário pelo

litoral que vai até o Porto de Itaqui em SãQLuís do Maranhão.

A região salíneíra Macau - Mossoró ­Areia Branca é também a maior reserva decalcáreo existente no Pais. Acaba de seraprovado pelo Governo Federal a implanta­ção de um projeto de barrilha em Macaupara produzir 400.000 toneladas ao ano, como aproveitamento de calcário e de sal exis­tentes no local.

2. Encontram-se em final de elaboraçãodois projetos de cimento a serem implanta­dos nas regiões de Areia Branca e Mossoró,cuja capacidade de produção anual atin­girá 1. 000.000 toneladas de cimento e clin­ker, destinados aos mercados internos o ex­ternos.

3. Considerando lue o Polo Siderúrgico doMaranhão consumirá grande quantidade decalcário, e sendo a região de Macau ­Areia Branca - Mossoró a única com a pos­sibilidade de atender a essas necessidades,torna-se mais evidente a construção dessarodovia.

Por outro lado, sabendo-se outrossim, queFortaleza abastece hoje de combustível àárea de Mossoró - Areia Branca, a qual,sem dúvida alguma, se tornará grande con­sumidora, a partir do momento que nelaterem instaladas essas grandes fábricas decimento, ainda mais agora com o início deoperação do terminal Salineiro.

4. A produção de algodão, de óleos vege­tais, de cisal e de cêra de carnaúba dessaregião do Rio Grande .ío Norte é toda elaexportada pelo Porto de Fortaleza além daprodução de cimento da fábrica já existen­te em Mossoró.

A totalidade desse transporte é feitaatualmente por rodovias, o que não se jus­tifica mais pelo seu elevado custo.

Razões essas que nos levaram a apresen­tar o presente projeto de lei que temos ahonra de submeter aos dignos pares do Con­gresso Nacional.

Sala das Sessões, em de setembro de1974. - Antônio Florêncio.

LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADAPELO AUTOR

LEI N.o 5.917DE 10 DE SETEMBRO DE 1973

Aprova o .Plano Nacional de Viação, edá outras providências.

O Presidente da República

Faço saber que o Congresso Nacional de­creta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1.° Fica aprovado o Plano Nacionalde Viação (PNV) de que trata o artigo 8.°,item XI, da Constituição Federal, represen­tado e descrito complementarmente no do­cumento anexo contendo as seguintes se­ções:

1. Conceituação Geral. Sistema Nacionalde Viação.

2. Sistema Rodoviário Nacional:

2 .1 conceituação;

2.2 nomenclatura e relação descritiva dasrodovias do Sistema Rodoviário Federal, in­tegrantes do Plano Nacional de Viação.

3. Sistema Ferroviário Nacional:

3.1 conceituação;3.2 nomenclatura e relação descritiva i:lall

ferrovias integrantes do Plano Nacional deViação.

7938 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 19?4

4. Sistema Portuário. Nacional:

4.1 conceituação;

. 4.2 relação descritiva dos portos maríti­mos, fluviais e lacustres do Plano Nacionalde Viação.

5. Sistema Hidroviário Nacional:5.1 conceituação;

5.2 relação descritiva das vias navegáveisínteríores do Plano Nacional de Viação.

6.. Sistema Aeroviário Nacional:

3.2.2' - RELAÇÃO DESCRITIVA DAS FERROVIAS DO ~LANO NACIONAL DE VIAÇÃO

EF Pontos de PassagemUnidades da

FederaçãoExten­

são(km)

Superposição *EF km

FERROVIAS DIAGONAIS364 Presidente Vargas-Araraqúara-Cam-

pinas-São Paulo-Santos .366 Panorama-Bauru-Itirapina .369 Ourinhos - Apucarana-Guaira-Porto

Mendes oo. o , .LIGAÇÕES

401 Serrado Navio-Porto Santana ..•...404 . Luís Correia-Entronco c/EF-225 ....•405 Fortaleza-Sobral-Crateús .410 E n t r o n c. c/EF-415-Areia Branca-

Mossoró-Souza .415 Macatl-Natal-Entronc. c/EF-101 .418 Ribeirão (EF-1011-Barreiros .420 Entronco c/EF-101-Maceió (Jaraguá).430 Entronc. c/EF-116-Sáo F r a n c i s c o

(Alagoinhas) .445 Campinho-U b a i t a b a-Jequié-En-

. trancamento c/EF-025 .452 Goiânia-Roncador .455 Diamantina---Governador Valadares ..457 São Pedro UbiáJ-Uberaba .458 Itabira-Entronc. c/EF-262 .459 Capitão Eduardo-Entronc. c/EF-262-

Belo Val.e-Joaquim Murtinho .460 T rês Rios-Governador Portela-Ml­

guel Couto-Duque de Caxias-Rio deJaneiro .

461 Ponte Nova-Miguel Burnier .462 Costa Lacerda---Fazcnda Alegria (Mi-

guel BurnierJ-Fábrica .463 Ipatinga-Capitão Martins-Ponte No­

va-Ubá-Ligação-Furtado Campos-Bicas-Três Rios o .

464 Aureliano Mourão-Antônio Carlos ..•465 Colômbia-Araraqúara .466 Passos-São Sebastião do P a r a í s o-

Evangelina-Ribeirão Preto-PontaL-Entronc. c/EF-465 .

468 Presidente Epitácio-Presidente Pru-dente ' .

469 IndubrasiL-Ponta Porá .470 Três Corações-Sociedade Minas-Cru-

zeíro , .471 Entronc. c/EF-116-Mogi-Mirim .472 Visconde de ItaboraÍ-São Bento .473 Japeri-Terminal Marítimo de Santa

Cruz (Cosígua) c ..474 Honório Gurgcl-Mangaratiba-Angra

dos Reis o o .478 Entronc. c/EF-479 (J u r u b a t u b 0.)-

Evangelista de Souza .479 Jurubatuba-Entronc. c/EF-478-0uro

Fino-Suzano-São Miguel Paulista­Cumbica-Guarulhos-Ba i r r o do Li­mão-Entronco c/EF-364-Jurubatuba

480 Mayrink-Entronc. c/EF-479-Jundia-peba-São Sebastião .

481 Apucarana-Ponta Grossa ..........•.482 Entronc. c/EF-481-'-H a r m o n i a-En­

troncamento c/EF-153 - Entronca-mento c/EF-116 .,: .

'485 Porto União-Mafra-São Francisco doSul ..

486 Ijuí-Palmeira das Missões-Chapecó-Pato Branco-Porto União .

487 Itajaí-Blumenau-Ponte Alta-EF-1l6-Vale do Rio do Peixe .

488 Imbituba-Tubarão-Treviso .••.. , .••489 Lauro Müller-Tubarão .•••••••••••••490 Esplanada-Rio Deserto ; .•••••••••••491 Passo Fundo-Roca Sales .•••••..••.•

SPSP

SP-PR

APPICE

RN-PBRNPEAL

BA

BAGOMGMGMG

MG

RJ-GBMG

MG

MG-RJMGSP

SP

SPMT

MG-.,MG-SPRJ

RJ-GB

GB-RJ

SP

SP

SP

PRo

PR

scRS-SC-PR

SCSCscscRS

824535

683

194310442

320235

5675

317

36422524027336

103

181146

109

412202253

281

104304

170220

48

32

112

33

..

040 14

050 9

107

427

13

Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Se~ão I) Sábado 5 '7939

.* A extensão superposta quando ocorre, consta apenas na ferrovia de maior numeração.

PROJETO DE LEIN.o 2.295, de 1974

(Do Sr. Mário Telles)Dispõe sobre condições de funciona­

mento de empresas de transporte decarga por via terrestre.

(As Comissões de ConstituiçãÓ e Jus­tiça, de Transportes e de Economia,Indústria e oomércío.i

O Congresso Nacional decreta: -Art. 1.0 Somente poderão funcionar no

País as empresas de transporte de cargapor via terrestre que tenham:

I - sede no Brasil;II _ pelo menos 70% (setenta por cento)

do capital social pertencente a brasileiros;lU - direção confiada exclusivamente

a brasileiros.Art. 2.d Esta Lei entrará em vigor na

data de sua publicação..Art. 3.° Revogam-se as disposições em

contrário.Justificação

Há menos de um ano, preocupou-se o Go­verno Federal em baixar Decreto regula­mentando a concessão ou autorização deserviço aéreo de transporte regular de pas­sageiro, carga e mala postal.

O Capítulo lU daquele Decreto - quetomou o n.o 72.898, de 9 de outubro de 1~73_ trata, cuidadosamente, das eondtçõesespeciais que devem preencher as empresasdo ramo interessadas na outorga de con­cessão e' autorização para funcionamentono País.

Ali no artigo 10, ancontramos exigên­cias totalmente válidas e coadunadas CO~l arealidade, quanto à participação do capitalbrasileiro nas empresas que explorem taisserviços, no evidente intuito de proteger aeconomia nacional e zelar pela SegurançaNacional, tendo em vista a desmesu~adaimportância para os interesses do País a.atívídade tratada pelo Decreto.

Ora é fato consumado que a maior partedo tr~nsporte de carga feito no territóriobrasileiro utiliza a via.terrest~e. Nos~ de­senvolvimento rodovíárío ensejou tal SItua­ção e o que vemos são milhares de cami­nhões e carretas cruzando o Brasil emtodos os seus quadrantes.

Então, está claro, às escâncaras, qu~ aatividade de que trata o presente projetode lei deve ter sua regulamentação quantoà participação de r;rasileiro e de capit~lnacional na formaçao das empresas dedi­cadas a esses serviços.

A proposição visa proteger os interessesda Naitão, dada a magnitude que tem atual-

mente o ramo dos transportes de carga porvia terrestre.

Rala das Sessões, - Mál'io Telles.PROJETO DE LEIN.O 2.296, de 1974

(Do Sr. Nogueira de Rezende)Regula o exercício da profissão de

dentista prático, e dá outras providên-cias. .

(ANEXE-SE AO PROJETO DE LEI N.o 484,DE 1971, NOS TERMOS DO ARTIGO 71DO REGIMENTO INTERNO.)O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Os dentistas práticos que exer­

çam, há mais de dois anos, essa profissão,em localidades desprovidas de diplomadospor Faculdades reconhecidas, poderão con­tinuar, a título precário, o exercício desseofício, mediante registro no órgão compe­tente à Fiscalização do Exercício da Pro­fissão.

Art. 2.0 Nas localidades onde o númerode dentistas diplomados por Faculdadésreconhecidas por insuficiente ao atendi­mento da população, poderá ser autorizadoo exercício do prático, também a título pre­cário.

Art. 3.0 O Instituto Nacional da Previ­dência Social admítírá na categoria deautônomos os profissionais práticos aludi­dos nos artigos anteriores.

Art. 4.0 Fica assegurado aos dentistaspráticos enquadrados nesta lei, a matriculana primeira série das Faculdades de Odon­tologia, independente de exames vestibu­lares e prova de conclusão de ensino médio,

Art. 5.0 Revogadas as disposições emcontrário, esta lei entrará em vigor na datade sua publicação.

JustificaçãoOs dentistas práticas do Brasil terão o seu

encontro em Brasília. dias 4;, õ -e 6 de setem­bro.

Nos meus vinte e três anos de vida públi­ca como Deputado Federal por Minas Gerais,e na minha convivência com os dentistaspráticos de meu Estado, tenho a convícçàode que essa numerosa classe precisa de umamparo excepcional do Poder Público, pelosrelevantes serviços que presta às popula­ções do interior do País. São eles, como osfarmacêuticos práticos, aqueles que dão aassistência à zona rural e às populaçõesdas vilas e cidades menores.

Muitos deles obtiveram títulos de Fa­euldades Livres de Odontologia e Farmácia- que o Governo Federal outrora autorizoua funcionar - e não puderam registrarseus diplomas pelas dificuldades posterioresopostas a esse registro e ao exercício da

RS 114RS 181RS 224

RS 302RS 169MA-PA 850

Total 35.944Total semsuperposição 33.806

LEGISLAÇÃO PERTINENTE, ANEXADA

DECRETO-LEI N.o 7.718DE 9 DE JULHO DE 1945

Dispõe sobre a sítuação profissionalde dentistas diplomados por faculdadesque funcionaram com autorização dosgovernos estaduais.

O Presidente da República: usando daatribuição que lhe confere o artigo 180 daConstituição, decreta:

Art. 1.0 Os' portadores de diploma dedentista, expedido até 31 de dezembrode 1944, por faculdade de odontologia quetiver funcionado. com reconhecimento, sub­voncão ou manutencão dos governos esta­duais, poderão inscrever-se no respectivoDepartamento 'Estadual de Saúde, medianteprévia habilitação em prova prático-oral.

Art. 2.0 A prova prático-oral, de quetrata o artigo anterior, será processada pe­rante uma comissão examinadora, eonstí­tuida de dois professores de faculdade deodontologia, federal ou reconhecida, ede um representante do Departamento Na­cional de Saúde, e versará sobre higiene,prótese e clínica odontológica, de acordocom uma relação de pontos organizada poresse mesmo' Departamento.

Parágrafo único. constderar-se-ão apro­vados os candidatos que obtiverem pelomenos dois votos favoráveis da comissãoexaminadora.

Art. 3.0 Os dentistas habilitados, umavez inscrito o seu diploma no DepartamentoEstadual de Saúde, poderão exercer a pro­fissão somente dentro do respectivo terri­tório estadual, e aí desempenhar cargos oufunções públicas estaduais ou municipais.

Art. 4.° Os diplomas de que trata o pre­sente Decreto-lei não poderão ser registra­dos no Departamento Nacional de Educaçãoou no Departamento Nacional de Saúde, enão darão direito ao exercicio de cargosou funções .públícas federais, nem ao de­sempenho de funções privativas dos cirur­giões-dentistas regularmente diplomadospor estabelecimento de ensino superior fe­deral ou reconhecido.

profissão. Nada mais injusto. Muitos outrostem larga experiência do ofício, prestamrelevantes serviços às populações do inte­rior, e exercem a profissão no' maíorcons­trangimento, muitas vezes sob ameaças da.Fiscalização do Exercício da Profissão.

Além disso, tendo o direito de inscrever­se e contribuir para o INPS, como autôno­mos, esse nosso órgão de Previdência, quecaminha para agasalhar todos os brasilei­ros, não funcionários públicos, sob seumanto protetor, vem sendo pressionado porentidade representativa de diplomados queconstituem ainda uma minoria no nossogrande País para excluir da Previdênciaos dentistas práticos.

Faze,ndo>coro com os que fazem justiça aessa· numerosa classe, sem que isso tragaqualquer prejuízo aos diplomados, porqueos dentistas práticos estão onde não hátitulares, apresento hoje um projeto de leiem benefício da classe desses laboriosos enecessários dentistas práticos.

a) Nogueira de Rezende.

Art. 13. Os cirurgiões-dentistas só pode­rão exercer legalmente a odontologia apósO registro de seus diplomas na Diretoria do

"' '

LEI N.o 4.324DE 14 DE ABRIL DE 1964

Institui o Conselho Federal e os Con­selhos Regionais de Odontologia, e dáoutras providências.

..............................................;

2.138

Superposição *EF kln

Exten­são

(km)

Unidades daFederação ~Pontos de Passagem

Caxias do Sul-Bento Gonçalves-En-troncamento c/EF-116 .Santa Rosa-Santo Angelo-Cruz AltaSanto Angelo-Cero Largo-Santiag? .são Borja-Santiago-Dílermando deAguiar .Cacequi-São Sebastião .Baía de São Marcos-c-Carajás .

EF

493494495

492

497

'7940 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 19'M

Ensino Superior do MinistériQ da Educaçãoe Cultura, no Serviço Nacional de Fiscali­zação da: Odontologia do Ministério daSaúde, no Departamento Estadual de Saú­de e de sua inscrição nó Conselho Regio­nal de Odontologia sob cuja jurisdição seachar o local de sua atividade.

Art. 16. Todo aquele que, medianteanúncios, placa, cartões ou outros" meiosquaisquer, se propuser ao exercício da odon­tologia, fica sujeito às penalidades aplicá­veis ao exercício ilegal da profissão, se nãoestiver devidamente registrado.

DECRETO N.o 68.704DE 3 DE JUNHO DE 1971

Regulamenta a Lei n.? 4.324, de 14(le abril de 1964.

CAPíTULO IVDa Insertção no Conselho Regional

Art. 22. Somente estará habilitado aoexercício profissional da Odontologia, oCirurgião-Dentista inscrito no Conselho Re­gional de Odontologia, sob cuja jurisdiçãotiver lugar a sua atividade.

Parágrafo único. O exercício de ativi­dades proríssíonaís privativas do Cirurgião­Dentista obriga à inscrição no respectivoConselho Regional.

Art. 25. Somente poderá ser deferida ainscrição no Conselho Regional, ao profis­sional que apresentar um dos seguintes do­cumentos originais:

a) diploma de Cirurgião-Dentista regls- .. trado nos termos da legislação em vigor;

b) diploma de Cirurgião-Dentista expe­dido por Faculdade estrangeira, revalidadoe devidamente legalizado;

c) diploma de Cirurgião-Dentista expe­dido por Faculdade que funcionou comautorização de governo estadual, desde queo portador se tenha beneficiado do Decre­to-lei n. O 7.718, de 9 de julho de 1945;

d) licença de dentista prático expedidapor órgão sanitário estadual dentro do pra­zo estabelecido no Decreto n.o 23.540, de 4de dezembro de 1933, desde que o licencia­mento tenha sido requerido até 30 de junhode 1934.

§ 1.0 Quando se tratar de profissionalbeneficiado pelo Decreto-lei n.o 7.718, de ,9 de julho de 1945, referido na alínea c<leste artigo, o .Conselho Regional faráconstar da carteira profissional a impossi­bilidade de transferência para outro Estadoe, no caso de dentista prático, referido naalínea d, a autorízação de exercício daOdontologia, somente na localidade para aqual foi licenciado.

§ 2.° A inscrição dos profissionais regis­trados nos órgãce de Saúde Pública até 14de abril de 1964 poderá ser feíta indepen­dentemente .da apresentação dos diplomas,mediante certidão fornecida pelas repar­tições competentes................................................................................. " ..~. -.. , ' ..

PROJETO DE LEIN.o 2.298, de 1974

Considera de utilidade pública aTenda Espírita Caboclo Japuray e MãeOxum, com sede no Estado da Guana­bara.

(A Comissão de Constituição e Jus­tiça)

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 l'1: considerada de utilidade pú­

blica a' Tenda Espírita Caboclo Japuray e

Mãe oxum, com sede na rua Flack n.o 26,no Estado da Guanabara. ""

Art. 2.0 Revogam-se as disposições emcontrário.

Art. 3.° Esta lei entra emvígor na datada sua publicação.

JustificaçãoA Tenda Espírita Caboclo Japuray e Mãe

Oxum é uma sociedade civil devidamenteregistrada e legalizada de acordo com a

. legislação em vigor e que exerce suas ati­vidades em sua sede à rua Flack n,o 26, noEstado da· Guanabara.

Embora suas atividades sejam de natu­reza religiosa, visando à prática, difusão eestudos da Religião Espiritualista, a TendaEspirita Caboclo Japuray e Mãe Oxum exer­ce ainda e de acordo com o estabelecimentoem seus estatutos, as seguintes atividades:prestar assistência não apenas religiosamas também socíal. moral e material aosseus associados e membros e à pessoas es­tranhas e necessitadas de auxílio, devida­mente comprovado, residentes nas áreaspróximas da sua sede.

É assim que, dentro das suas poasíbilída­des e praticando, sem visar a outros objeti­vos que não os da caridade cristã: e da so­lidariedade humana, vem prestando rele­vantes serviços à comunidade carente derecursos das áras adjacentes à sua sede,inclusive assistência médica, inteiramentegratuita.

Isto lhe confere, sem dúvidas, o caráterde uma organização tipicamente de utili­dade pública, pois contribui e coopera den­tro das suas possibilidades e limitações comas autoridades, na difícil tarefa de prestarassistência material à população necessita- •da, auxiliando-as no cumprimento dessepesado e difícil encargo. .

a) Florim Coutinho.. .

LEGISLAÇ,ãO PERTINENTE, ANEXADAPELA COO.RDENAÇJW DAS COMISSõES

PERMANENTES

LEI N.o 91DE 28 DE AGOSTO DE 1935,

Determina regras pelas quais são associedades declaradas de utilidade pú­blica.

O Presidente da República dos EstadosUnidos do Brasil:

Faço saber que o Poder Legislativo de­creta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1.0 As sociedades civis, as associa­ções e as fundações constituídas no Paíscom o fim exclusivo de servir desmteressa­damente à coletividade podem ser declara­das de utilidade pública, provados os se­guintes requisitos:

a) que adquiriram personalidade juri­dica;

b) que estão em efetivo funcionamentoe servem desinteressadamente à coletivi­dade;

c) que os cargos de sua diretoria nãosão remunerados.

Art. 2.0 A declaração de utilidade pú­blica' será feita em decreto do Poder Exe- .cutívo, mediante requerimento processadono Ministério da Justiça e Negócios Inte­riores ou, em casos excepcionais, ex ofricio.

Parágrafo único. O nome e caracterís­ticos da sociedade, associação ou fundaçãodeclarada de utilidade pública serão inscri­tos em livro especial, a esse fim destinado.

Art. 3.0 Nenhum favor do Estado decor­rerá do título de utilidade pública, salvo a

garantia do uso exclusivo, pela sociedade,assocíação ou fundação, de emblemas, flâ.­mulas, bandeiras ou distintivos próprios,devidamente registrados no Ministério da.Justiça e a da menção do título coneedído,

Art. 4.0 As sociedades, associações e fun­dações declaradas de utilidade pública fi­cam obrigadas a apresentar todos os anos,exceto por motivo de ordem superior reco­nhecido a critério do Ministério de Estadoda Justiça e Negócios Interiores, relaçãocircunstanciada dos serviços que houveremprestado à coletividade.

Parágrafo único. Será cassada a deela­ração de utilidade pública, no caso de in­tracção deste dispositivo, ou se, por qualquermotivo, a declaração exigida não for apre­sentada em três anos consecutivos.

Art. 5.0 Será também cassada a' decla­ração de utilidade pública, mediante repre­sentação documentada do órgão do Minis­tério Público, ou- de qualquer interessado, dasede da sociedade. associação ou Fundação,sempre que se provar que ela deixou depreencher qualquer dos requisitos do art. 1.0

Art. 6.° Revogam-se as disposições emcontrário.

Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1935, 114.0da Independência e 47.0 da República.GETúLIO VARGAS - Vicente Báo,

DECRETO N.o 50.517DE 2 DE MAIO DE 1961

Regulamenta a Lei n.O 91, de 28 ·deagosto de 1935, que dispõe sobre a de­claração de utilidade pública.

O Presidente da República, usando da.atrlbuíçâo que lhe confere o artigo .87, itemI, da Constituição, decreta:

Art. 1.0 As sociedades civis, associaçõese fundações, constituídas no PaÍJ:l, que sir­vam desinteressadamente à coletividade,poderão ser declaradas de utilidade públi­ca, a pedido ou ex officio, mediante decretodo Presidente da República.

Art. 2.0 O pedido de declaração de utUi­dade pública será dirigido ao Presidenteda República, por intermédio do Ministérioda Justiça e Negócios Interiores, provadospelo requerente os seguintes requisitos:

a) que se eonstítuíu no País;

b) que tem per.sona-lidade jurídica;c) que esteve em efetivo e contínuo fun­

cionamento, nos três anos imediatamenteanteriores, com a exata observância dosestatutos;

d) que não são remunerados, por qual­quer forma, os cargos de diretoria e quenão distribui lucros, bonificações ou vanta­gens a dirigentes, mantenedores ou associa­dos, sob nenhuma forma ou pretextos;

e) que, comprovadamente, mediante aapresentação de relatórío circunstanciadodos três anos de exercício anteriores à for­mulação do pedido,promove a educação ouexerce atividades de pesquisas científicas,de cultura, inclusive artísticas, ou filantró­picas, estas de caráter geral ou índíseríml­nado, predominantemente;

f) que seus diretores possuem folha cor­rida e moralidade comprovada;

g) que se obriga a publicar, semestral­mente, a demonstração da receita obtida. eda despesa realizada no período anterior.

Parágrafo único. A falta de qualquer dosdocumentos enumerados neste artigo im­portará no arquivamento do processo.

Art. 3.0 Denegado o pedido, não poderáser renovado antes de decorrídos dois anos,

Outubro de 1974 DIARIO DO C.ONGRESSO NACIONAL <Seção I) Sábado 5 "1941

.a contar da data da publicação do despachodenegatório.

Parágrafo único. Do denegatório do pe­ríodo de declaração de utilidade pública ca­berá reconsíderaçâo, dentro do prazo de 120dias, contados da -pubücação.

·Art. 4.0 O nome e características da so­ciedade, associação ou fundação declarada.de utilidade pública serão ínscrttos em li­vro especial, que' se destinará, também, à'averbação da remessa dos relatórios a quese refere o artigo 5.0

Art. 5.0 As entidades declaradas de uti­lidade pública, salvo motivo de força maior,devidamente comprovado, a critério da au­toridade competente, ficam obrigadas aapresentar, até o dia 30 de abril de cadaano, ao Ministério da Justiça e NegóciosInteriores, relatório circunstanciado dosserviços que houverem prestado à coleti­vidade no ano anterior.

Art. 6.0 Será cassada a declaração deutilidade pública da entidade que:

a) deixar de apresentar, durante trêsanos consecutivos, o relatório a que se re­fere o artigo precedente;

b) se negar a prestar serviço compre­endído em seus fins estatutários;

c) retribuir, por qualquer forma, osmembros de sua diretoria, ou conceder lu­cros, bonificações ou vantagens a dirigentes,mantenedores ou associados.

Art. 7.0 A cassação da utilidade públicaserá feita em processo, instaurado ex officio·pelo Ministério da Justiça e Negócios Inte­riores, ou mediante representação do­cumentada.

Parágrafo umco . O pedido de reconsi­deração do decreto que cassar a declaraçãode utilidade pública não terá ereítosuspen­sívo.

Art. 8.° Este decreto entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dispo­

.síções em contrário.

Brasília, em 2 de maio de 1961, 140.° dáIndependência e 73.° da República. - JA­NIO QUADROS - Oscar P.edroso Horta.

DECRETO N.O 60.931DE 4 DE JULHO DE 1967

Modifica o Decreto n,v 50.517, de 2 demarço de 1961, que regulamentou a Lein.O 91, de 28 de agosto de 1935.

O Presidente da República, usando daatribuição que lhe confere o artigo 83, ítem

, lI, da Constituição, decreta:

Art. 1.0 Ficam alterados a alínea g, doartigo 2.0, e o artigo 5.0 , do Decreto n,v ....50.517, de 2 de março de 1961, que passama vigorar com a seguinte redação:

"Art. 2.0 .g) .Que se obriga a publicar, anual­mente, a demonstração da receita edespesa realizadas no período anterior,desde que contemplada com subvençãopor parte da União, neste mesmo pe­ríodo.""Art. 5.0 As entidades declaradas deutilidade pública, salvo por motivo deforça maior devidamente comprovada,a critério da autoridade competente, 1í­eam obrigadas a apresentar, até o' dia30 de abril de cada ano, ao Ministérioda Justiça, relatório circunstanciadodos serviços que houverem prestado àcoletividade no ano anterior, devida­mente acompanhado do demonstrativoda receita e da despesa realizada no pe­ríodo, ainda que não tenham sido sub­vencionadas."

Art. 2.0 Este decreto entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dispo­sições em contrário.

Brasília, 4 de julho de 1967; 146.0 da In­dependência e 79.° da República. - A. COS­TA E SILVA - Luiz Antônio da Gama eSilva.

PROJETO DE LEIN.O 2.299, de 1974

(Do Sr. Florim Coutinho)Incorpora ao patrimônio da Casa dos

Artistas os direitos autorais havidoscom o falecimento do cantor EvaldoBraga, e determina outras p.rovidências.

(Às Comissões de Constituição e Jus­'tiça e de Educação e Cultura).

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° Sáo incorporados ao patrimônio

da Casa dos Artistas com sede na cidade doRio de Janeiro, Estado da Guanabara, todosos direitos autorais e de interpretação dei­xados pelo cantor popular Evaldo Braga.

Art. 2.° Fica a Casa dós Artistas investi­da dos direitos e conseqüentes poderes paraproceder, junto às entidades públicas e par­ticulares, à incorporação dos bens a que serefere o artigo precedente, e autorizada apraticar todos os atos que se fizerem neces­sários à concretização do estabelecido nestalei.

Art. 3.° A presente lei entrará em vigorà data de sua publicação.

.JustificaçãoO Código Civil, no art. 649, com a redação

que lhe imprimiu a Lei n,? 3.447, de 23 deoutubro de 1958, determina:

"Art. 649. Ao Autor de obra literária,cíentífíea ou artística pertence o direi­to exclusivo de reprodual-la,§ 1:° Os herdeiros sucessores do autorgozarão desse direito pelo tempo de ses­senta anos, a contar do .día de seu fa­lecimento.§ 2.0 Se morrer o autor sem herdeirosou sucessores até o 2.° grau, a obra' cai­rá no domínio comum.§ 3.0 No caso de caber a sucessão aosfilhos, aos pais ou ao cônjuge do autor,não prevalecerá o prazo do § 1.0 e o di­reito só se extinguirá com a morte dosucessor."

O cantor popular, Evaldo- Braga, ao fale­cer, deixou como bens, seus direitos autoraise de interpretação.

Mas ao morrer não lhe sobreviveu nemherdeiros, nem sucessores.

Justo, pois, se incorpore ao patrimônio daCasa dos Artistas, a herança jacente de

- quem tanto dela se beneficiou, de quemtanto dela se orgulhou, de quem tanto a dig­nificou em vida.

A Casa dos Artistas, fundada em 19 deagosto de 1918, foi considerada de utilidadepública Pelo Decreto n.o 3.004, de 15 de de­zembro de 1924.

Além de promover o estimulo e concorrerpara o desenvolvimento das atividades ar­tístícas da classeque congregou, a Casa dosArtistas detém finalidades de beneficênciae filantropia.

III no País a entidade máxima a represen­tar a classe dos artistas, levando cultura atodos os lares brasileiros, através de nossosdiversos meios de comunicação.

A Casa dos Artistas, como é público e no­tório, e o confirmam diariamente as esta­ções de Rádio e Televisão brasileiras, em-

preende esforços no sentido de amparar ....como o realmente ampara - a todo e qual­quer artista que lhe bate a porta.

Entretanto, para prosseguir na prática.desse verdadeiro sacerdócio a que se traçou,dando guarida a toda à classe artistica e aseus dependentes, inclusive socorrendo aosque, embora não sejam seus assocíados,comprovam necessidade de ajuda, precisa aCasa dos Artistl'S de auxílio do Poder Pú-blico. .

De transformar-se, pois, a presente pro­posição em lei,.a fim de que os direitos au­torais bem como os de intérprete da músicapopular brasileira, adquiridos pelo extintocantor Evaldo Braga, venham .a ser incor­porados ao patrimônio daquela entidade declasse, de reconhecida atividade beneficentee filantrópica. .

De ressaltar-se, para orgulho nosso, que aCasa dos Artistas vem sendo um exemplopara entidade congêneres de todo o mundo,que nela encontram o paradigma para suasaspirações no campo da aasístêneía .e bene­ficência a quantos artistas abrigam.

O saudoso e popular cantor Evaldo Braga,falecido há tempos, foi criado no antigoSAM. Não deixou prole. Nunca se lhe co­nheceu parente algum. Sozinho no mundo,albergou-se no seio acolhedor da Casa dosArtistas, de que .fez seu verdadeiro lar. E osmilhares de artistas - com os quais aliconviveu harmoniosa, fraternal e cristã­mente, transformaram-se em sua grandefamília..

Nada mais procedente, portanto do que sefazer incorporar ao patnmonío. da Casa dosArtistas - da Casa de Evaldo Braga - osbens ímateríaís por ele deixados em firmas,gravadoras, e nas sociedades arrecadadorasde direitos autorais.

Advertido em vida a respeito dessa provi­dência, estamos certos de que Evaldo Braga.teria assinado testamento com tal destina­ção a seus bens.

Presentemente, consoante verificamoscom a sobretranscrição disposta do CódigoCivil, a obra artístíca de Evaldo Braga seencontra no domínio comum, ameaçada deir, aos poucos, com o correr do tempo, 00apagando.

Passando para a Casa dos Artistas, seráadequada e permanentemente exploradacom cuidadas reproduções, mantendo na me­mória e na saudade dos milhares de fãs deEvaldo Braga, a presença viva do pranteadocantor popular.

Alertados nossos eminentes pares para aconveniência da tranaubstancíaeão em leído presente projeto, confiamos venha este areceber os sufrágios necessários para o al­cance desse elevado desiderato; tendo emvista a perpetuação' da obra artístíca dofestejado cantor guanabaríno.

a) Florim Coutinho.PROJETO DE LEIN.o 2.300, de 1974

(Do Sr. João Línhares)

Admite novos abatimentos da rendabruta das pessoas físicas.

(ANEXE~SE AO PROJETO DE LEI N.o 800,DE 1972, NOS TERMOS DO ART. 71 DOREGIMENTO INTERNO.)O Congresso Nacional decreta: .

Art. 1.0 Mantidos os abatimentos da ren­da bruta, previstos na legislação em vigor,as pessoas físíeas poderão abater ainda asseguintes despesas, efetivamente compro­váveis:

I - pagamentos feitos a laboratórios ouhospitais pela realização de análises clíní-

'%942 Sábado li D:rARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outnb:l'o de 1974

eas (exames de laboratório, radiografias eoutros da mesma natureza) ;

II - aquisição de medicamentos;III - pagamentos por transfusões de san­

gue.Art. 2.0 Esta lei entrará em vigor na da­

tI'! .de sua publicação.Art. 8.0 Revogam-se as disposições em

contrário.Bala das Sessões, em - João Linhares.

JustificaçãoA administração do Imposto de Renda e

as autoridades fazendárias nacionais, de ummodo geral, têm posição definida, íntransí­gente, quanto aos abatimentos permitidosda renda bruta das pessoas fisicas, círeuns­erevendo-os a alguns poucos itens, entre osquais as despesas feitas com médicos, den­tístaá e hospitalização, assim mesmo quandonão houver cobertura por apólices de segu-.ros,

Assim, os pretendidos abatimentos rela­cionados com exames clíníeos, aquisição demedicamentos e transfusões de sangue, ja­mais encontraram receptividade junto a taisautoridades que, no entanto, estão agindobaseadas na lei, especialmente nas disposi­cões expressas do Decreto-lei n.O 5.844, de

.23-9-43, Lei n.o 154, de 25-11-47, Lei 4.506,de aO-l1-64 e Decreto 58.400, de 10-5-66.

A conclusão lógica a que se deve chegaré que errada é a lei, que precisa ser urgen­témente modificada, uma vez que não temlógica admitir que um cidadão possa des­contar de sua renda bruta as despesas refe­rentes ao honorário do médico, mas nãopossa fa.zê-lo com relação aos. pagamentospor exames clínícos, compra de remédlos etransfusões de sangue.

Ora, as pessoas não fazem exames clíní­eos por mero diletantismo, senão que porexigência do médico e como um complemen­to necessário da própria consulta. O mesmose diga das compras de medicamentos edas transfusões de sangue.

Tais são as razões do presente proj eto delei, que esjiero ver aprovado, a fim de serevitada uma prevenção que já se vai tor­nando tabu e que não tem o menor supor-te de justiça. .

Sala das Sessões, em 24 de setembro de1974. - loão Linhares.

PROJETO DE LEIN.o 2.301, de 1974

(Do Sr. Herbert Levy)Oficializa taxa de serviço e dá outras'

providências.

(ANEXE-SE AO PROJETO DE LEI N.o •••1.442, DE 1973, NOS,TERMOS DO ARTI­GO 71 DO REGIMENTO INTERNO.)

O Co:l\gresso Naciona.l decreta:Art. 1.° A taxa de serviço, na propor­

ção de dez por cento sobre o valor, é de­Vida nas notas de restaurantes, hotéis e si­milares.

Art. 2.° A receita, dessa forma arrecadadapela empresa, será distribuída ao respecti­vo pessoal na proporção dos ordenados pa­gos, eonsíderando-se remuneração efetivapara todos os efeitos prevídeneíáríos,

Art.3.0 Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

;JustificaçãoA 1nstituiQão da gorje~a deve perder o

leu caráter facultativo, de favor, para eon­'Yerter-ae, até por razões' de consideração

peSSOal, na remuneração efetiva de serviçosprestados, como o é na realidade.

A cobrança da taxa de 'serviço tornou-seprática generalizada. Todavia, a distribui­ção ao pessoal nem sempre ocorre, com be­nefício indevido para a empresa e prejuízoinj usto para o empregado;

Assim, por todas as razões, a prática ge­neralizada deve converter-se em lei, paraassegurar que a receita obtida, vá a quemde direito, aquele que prestou o serviço.I Sala das Sessões, 1.° de outubro de 1974.+- Herhert Levy,

PROJETO DE LEIN.o 43-A, de 19'H

(Do Sr. Florim Coutinho)Dispõe sobre aposentadoria de moto­

ristas profissionais aos 25 anos de ser­viço; tendo pareceres: da Comissão deConstituição e lustiça, pela inconstitu­cionalidade, contra o voto do Sr. AlceuCo11ares; da Comissão de Economia, rn­dústria e Comércio, emitido em audiên­cia, pela rejeição, contra o voto em se­parado do Sr. Santilli Sobrinho; da Co­missão de Trabalho e Legislação Social,pela aprovação; e, da 'Comissão de Fi­nanças, pela aprovação,oom emenda,

(!PROJETO DE LEI N,o 43, DE 1971, A QUESE REFEREM OS PARECERES.) .

O Congresso Nacional decreta:, Art. 1.0 Os motorístaa profissionais com

2j5 (vinte e cinco) anos de efetivo serviçoRoderão se aposentar com as vantagens es­tabeíecídas nas Leis que regem a matériaotu outros que venham a ser promulgadasllí>bre a mesma.

'. § 1.0 Por motoristas profissionais enten­de-se os que dirigem veículos de transportecoleüvo de passageiros, de carga e táxis,pertencentes a empresas ou firmas, assimcomo os que trabalham por conta próprill.(autônomos) .

§ 2.° Por tempo de efetivo serviço enten­de-se o tempo somado nas respectivas car­teiras profissionais, inclusive o tempo de li­cença para tratamento de saúde e outrosprevistos na legislação em vigor.

Art. 2.° Para facilitar a apuração dõtempo de serviço, este deverá ser escritura­do na Carteira Profissional- sempre que omotorista mudar de emprego; os autôno­mos deverão levar as suas Carteiras aos Pos­toa do INPSpara o registro da contagem detempo anualmente.

Art. 3.° Nenhuma vantagem, além dasjá estabelecidas, será adjudicada ao moto­rista por permanecer em serviço além dos25 anos.

Art. 4.° Esta Lei entra em vigor a par­tir de sua publicação, revogadas as dispo­sições em contrário.

Justificação1.0 O motorista profissional é um traba­

lhador que executa uma tarefa árdua, peri­gosa e altamente prejudíelal- à sua saúde,sem falar no risco permanente' que correnas estradas, muitas vezes em mal estadode conservação ou de categoria inferior,como Q são, em geral, as do interior doPaís, bem como o proporcionado pelos aeí­dentes de trânsito decorrentes dos excessosde velocidade, iluminação deficiente ou fal­ta de sinalização adequada, é preciso' aindalevar em conta:

a) O calor do motor, principalmente osveículos que têm o motor na 'parte diantei­ra ou mesmo no interior do veículos, nota­damente nos períodos de calor intenso;

b) a tensão nervosa permanente decor­rente do trânsito difícil, mormente nas ci­dades de grande vulto ou nas estrada~demaior circulação;

o) a preocupação constante com a segu­rança dos passageiros ou das cargas, alémde.outros motivos.

.Tudo isso produz um forte desgaste noestado físico e mental desses profissionais,prejudicando a saúde dos mesmos, a tal pon­to que, após alguns anos de trabalho, nor­malmente estão em estado precário.

2.0 De outro lado, um dispositivo que am­pare os motoristas profissionais, como napresente Lei, visa a proporcionar um trata­mento justo e humano a esses trabalhadoresque, com seu trabalho honesto, duro e deverdadeiros desbravadores, fazem circularo sangue que nutre a vida de um país gran­de e 'que deles muito depende para a ciro-­eulaçâo de suas riquezas, alimentar os gran­des centros populacionais e interligar as di­versas regiões do país desde as grandes ci­dades aos mais longínqüos lugares dos inte­riores remotos.

São, na verdade, os grandes pioneiros donosso sistema de transporte que tem, nosistema rodoviário, a viga mestra do seudesenvolvimento e da sua economia.

Saladas Sessões, 20 de abril de 1971• ....:,.,F!orim Coutinho.

PARECER DA COMISSAODE CONSTlTUIÇAO E JUSTIÇA

I - Relatório.O projeto em apreço, de autoria do nobre

Deputado Florim CoutInho, ma a aposen­tadoria de motoristas profissionais aos vín­.te e cinco anos de serviço.

Define a proposição como sendo motoris­tas profissionais "os que dirigem veiculas .de transporte COletivos de passageiros, decarga e táxis, pertencentes a empresas oufirmas, assim como os que trabalham p<irconta própria (autônomos)".

O ilustre autor do projeto justifica-o de..., '.elarando que "o motorista proríseíonal é umtrabalhador que executa uma tarefa árctu!l,perigosa e altamente prejudicial à sua Sll.Ú- .de, sem falar no risco permanente que corre ::.nas estradas, muitas vezes em mau estado"de conservação ou de categoria inferior,como o são, em geral, as do ínteríor do,Pais, bem como o proporeíonadn pelos aci­dentes de trânsito decorrentes dos exeessosde velocidade, iluminação deficiente oufalta de. sinalização adequada.•."

Sobre o mérito da proposição. a respeito.·.!do qual não cabe ll. esta Comissão maníres- -"tar-se opinaram, contrariamente à sua.",transformação em norma legal, a Federa­ção das Indústrias do Estado de Minas Gil..raís, o Instituto Nacional de PrevidênciiJ.'.'Social, o extínto Departamento Nacional- i

de Previdência Social, o Departamento Na.... ~eíonal de Segurança e Higiene do Trabalhei'.e a Secretaria-Geral do Ministério do Tra...·"balho e Previdência Social. .

:m O relatório.n - Voto do Relator

Estende o proj eto benefício concedi~,pela Previdência Social sem prever a cor'"respondente fonte de custeio total, impe~rativamente exigida pelo parágrafo ünícodO artigo 165 do texto constitucional.

Peca, conseqüentemente, por íneonstãtu-;eíonaüdade flagrante o Projeto de Lei .• ~:

n.O 43, de 1971, a despeito das finalidadllll.louváveis que O inspiraram.

lfl· o voto.Sala da' Comissão 29 de junho de' 1973.

- Amaral de Souza, Relator.

Outubro de 1974 ·DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)· SábadQ 5 7943

;Em que pese o indiscutível interesseeconômico contido nessas proposições, nãoforam elas distribuídas a esta Comissão,nos termos de sua competência regimental.

Aproveito o ensejo para renovar a VossaExcelência meus protestos de alta estimae dístínta consideração. _. Ário Theodoro,nó exercício. da Presidência.

PARECER DA COMISSÃODE ECONOMIA, INDúSTRIA E C?MÉRCIO

(Parecer vencedor)II e 11 - Rclatório c Voto do RelatorO objetivo primordial da proposição em

exame é assegurar aos motoristas profis­sionais aposentadoria aos vinte e cincoanos de serviço.

Atualmente, a certas atividades profis­slonaís é concedida, em determinadas con­dicões aposentadoria aos vinte e cinco,vinte e até mesmo, aos quinze anos deserviço. Trata-se, no entanto, de profissõesque, por sua natureza penosa, insalubre ouPerigosa, acarretam um desgaste acima donorma-l, justificando, pois, a redução detempo de serviço para efeito de aposenta­dona. .

,O Projeto esclarece que "por motoristasprofissionais entende-se os que dirigemveículos de transporte coletivo de passa­geiros, de carga e de táxis •• ."

Aos motorístas de ônibus e de caminhõesde .earga (ocupados em caráter permanen­ter a lei concede aposentadoria aos vinte

.e :4lnco anos de serviço (Quadro n, Anexoao .Regulamento da Prevídêncía Social,'aprovado pelo Decreto n.o 72.771, de 6 desetembro de 1973).

Picam assim excluídos apenas os moto­ristas de táxis, que de modo geral exercem

25 anos

Tempo Mínimo de Trabalho

O Ministério do Trabalho, um ano após,em 7 de junho de 1972, fundado nos pare­eeres do Instituto Nacional de PrevidênciaSocial, do Departamento Nacional de Se­gurança e Higiene do Trabalho, e do ex­tinto Departamento Nacional de Previdên­cia Social- DNPS, pronunciou-se desfa­voravelmente à aprovação do projeto.

Do parecer do INPS, subscrito por JaymeGurwitz, consta, professoralmente:

"O Projeto pretende beneficiar um pe­queno grupo, reduzindo para 25 anoso tempo de serviço dos citados profis­sionais, para fins de aposentadoria,que aos demais beneficiários só é con­cedida aos 35 anos de serviço."

Esse pronunciamento data de 3-6-71.A Comissão de Constituição e Justiça, fi­

nalmente, depois de haver redistríbuído aproposição, opinou - contra o voto de AlceuOollares - pela inconstitucionalidade damesma, baseada no parecer do Relator, queassim se manifestou:

"Estende o projeto benefício concedidopela Previdência Social sem prever aocorrespondente fonte de custeio total,imperativamente exigida pelo parágrafoúnico do artigo 165 do texto constitucio­nal."

É o relatório.

Parecer

Desde 10 de setembro de 1968 víge o De­creto n.o 63.230 (cópia anexa), dispondosobre a aposentadoria especial de que tratao 'art. 31 da Lei n.> 3.a07, de 26-VIII-60,que dispõe sobre a Lei Orgânica da Previ­dência Social.

o Quadro II, anexo ao referido Decreton.o 63.230, com a classificação das atívtda­des profissionais segundo 'os agentes nocivos,estabeleceu:

e caminhões, quando ocupados em caráterpermanente, fazem jus à aposentadoria es­pecial aos 25 anos de tempo de trabalho.

Atividade Profissional

Transporte urbano e rodo­viário.

Motoristas de ônibus e decaminhões de carga (ocupa­dos em caráter permanente.)

2.4.2

Código

Segundo se constata, com a citação su­pra, desde setembro de 1968 os motoristasurbanos e rodoviários, condutores de ônibus

uma atividade autônoma e, assim sendo, te coletivo de passageiros, de carga enão exercem "ocupação em caráter perma- táxas, pertencentes a empresas ou fil'-nente", não estão sujeitos a horário fixo mas, assim como os que trabalham porde trabalho. conta própria (autônomos)."

A proposição, entretanto, ao reduzir o O projeto foi distribuído a esta e às Co-tempo de serviço para aposentadoria dos missões de Constituição e Justiça, de Tra­motoristas profissionais, está, sem nenhu- balho e Legislação Social, e de Finanças.ma razão lógica, transformando em regrageral uma exceção,. esquecendo-se de que Na Comissão de Justiça, à qual não com­devem ser respeitadas as diferentes condi- pete o mérito da proposição, foi requeridações de trabalho dé cada um, embora ínte- pelo Relator a audiência do Ministério dograntes do mesmo grupo profissional. Trabalho e Previdência Social, sobre a pro-

Fosse defensável o ponto de vista do au- posítura, em 24 de maio de 1!)71.tor, ter-se-Ia, forçosamente, que reduzir o Em [unho de 1971 a Federacâo das In-tempo de serviço de inúmeras categorias "profissionais. Lembre-se o caso dos. ferro- dústrlas do Estado de Minas Gerais, dizen­viários, em geral, que, a exemplo dos ma- do-se "no cumprimento de suas atríbuíçõesquinistas de máquinas acionadas a lenha de entidade classista e colaboradora téc­ou carvão, iriam pleitear, também, aposen-. níca do poder público" manifestou-se con­tar aos vinte e cinco anos de serviço. - trária à transubstanciação em lei do pro-

jeto sob nosso exame,' declarando textual-Há que se lembrar, finaÍrnente, que a mente:

pretendida redução de tempo de serviçopara efeito de aposentadoria, além de sub- "Consideramos o projeto díscrfmínató-trair, antes do tempo, um' grande eontín- rio, favorecendo uma categoría profís-gente de mão-de-obra, antecipará uma sional em detrimento de outras."enorme despesa para os cofres públicos,trazendo incontestavelmente, reflexos alta­mente negativos à economia do.País,

Por essas razões, somos pela rejeição dopresente projeto.

É nosso parecer, s.m.j.Sala ias Comissões, em ... de novembro

de 1973. - Chaves Amarante.IH - Parecer da Comissão

A Comissão de Economia, Indústria eComércio, -em Reunião Ordinária, realizadaem 22 de novembro de 1973, aprovou, pormaioria, o Parecer do novo Relator, Depu­tado Chaves Amarante, pela Rejeição doProjeto de Lei n,o 43/71, que "Dispõe sobreaposentadoria de motoristas profissionaisaos 25 anos de serviço". Apresentou Votoem Separado o Senhor Deputado' SaritilliSobrinho.

Compareceram os Senhores DeputadosRubens' Medina, Presidente, Amaury Müller,Vice-Preasidente da Turma "A", ArthurFonseca, Vice-Presidente da Turma "B",Chaves Amarante, Relator, Luiz Losso, JoãoArruda, San-tilli Sobrinho, Amaral Furlan,Josias Gomes, Jonas Carlos, Henrique-Edu­ardo Alve-, Braga Ramos, Ário Theodoro,José Haddad, Wilmar Dallanhol, AlbertoHoffmann e Braz Nogueira.

Sala da Comissão, em 22 de novembro de1973. - Rubern Medina, Presidente ~ Cha­ves Amarante, Relator.

Voto em Separadodo Sr. Santilli Sobrinho

Relatório

Intenta o nobre colega Florim Coutinho,emedebista guanabaríno, estender a apo­sentadoría, com 25 anos de serviço, a todosos motoristas profissionais.

Definindo, redigiu da seguinte forma o§. 1.0 do art. 1.0:

"Por motoristas profissionais entende­sé os que dirigem veículos de transpor-

43/7154/7183/71

105/71123/71157/71186/71225/71236/71

41/7150/7171/71

101/71122/71153/71184/71220/71235/71

m - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em

reunião extraordinária de sua Turma "A",realizada em 29-6-73, opinou, contra o votodo Sr. Alceu CoUares, pela inconstituciona­lidade do Projeto n.? 43/71, nos termos doparecer do Relator.

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados Lauro Leitão - Presideate, Amaralde Souza - Relator, Alceu Oollares, AlfeuGasparini, Djalma Bessa, Ferreira do Ama­ral, Hildebrando Guimarães, Jairo Maga­lhães, José Alves, Luis Braz e Maurício Mon­dino.

Sala da Comissão, 29 de junho .de 1973.- Lauro Leitão, Presidente - Amaral deSouza, Relator.

COMISSÃO DE ECONOMIA

Ofício n. O P-054/71Brasília, 30 de agosto de 1971

A Sua Excelência o SenhorDeputado Ernesto Pereira LopesPresidente da Mesa da Câmara dos Depu-

tadosSenhor Presidente,Em atenção ao interesse demonstrado

pelos Senhores Deputados membros desteórgão técnico, solicito a Vossa Excelênciasej a concedida audiência à Comissão deEconomía, referentemente aos seguintesProjetos de Leis:

11/71 17/7144/71 48/7166/71 69/7188/71 100/71

112/71 113/71137/71 142/71175/71 178/71206/71 213/71230/71 231/71237/71 248/71.

'1944 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974, '

Mencionado Decreto atende; portanto,parcialmente; ao pretendido pelo projeto emestudo,

A Confederacão das Indústrias do Estadode Minas Geraís opinou squívoeamente, poisnão pesquisou sobre a matéria, como lhecumpria.

No Ministério do Trabalho equivocou-se oINPS e até um exinto Departamento falou,na pressa de rejeitarem a iniciativa.

O mérito cabe à Comissão de Trabalho ePrevidência Social. .

No termos do § 5.0 do art. 28 do RegimentoInterno, cumpre-nos apreciar a proposiçãoapenas sob o aspecto econômico. Nos limitesdessa competência nada encontramos no

. projeto contrário à sua tramitação pelos de­mais órgão técnicos a que distribuído.

Concludentemente, nosso parecer é porflua aprovação. '

Sala da Comissão, em 29-10-73. - Santil­li Sobrinho, Relator.

PARECER DA CoMITSSAODE TRABALHO E LEGISLAÇAO SOCIAL

I - RelatórioO Projeto de Lei n. o 43/71, de autoria do

combativo Deputado Florlm Coutinho, tempor objetivo permitir a aposentadoria, aosvinte e cinco anos de serviço, aos motoristasprofissionais, estendendo, assim, a toda umacategoria profissional o direito até aqui as­segurado a uns poucos de seus integrantes,por força do que dispõem o Decreto n,o, ;"63.,230, de 10 de setembro de 1968 e o Decre­to n.? 72, de 6 de setembro de 1973.

Na Comissão de Constituição e Justiça,onde foi relator da matéria o sr. Amaral deSouza, opinou-se ,pela inconstitucionalidadedo projeto, contra o voto de um de seusmembros, o sr, Alceu CoUares.

Na Comissão de Economia, parecer ven­cedor do sr. Chaves- Amarante sobrepôs-seao do relator originariamente designado, demodo que a proposição não logrou melhorsorte, sendo também rejeitada por maioriade votos.

É o relatório.II -r- Voto do Relator

É evidente que o exame do mérito da pre­sente proposição cabe a esta Comissão deTrabalho e Legislação Social.

E, ainda que somente por atendimento aoimpostergável princípio da isonomia, pensoque o projeto não pode deixar de ter aquirecomendada a sua aprovação.

Ora, por uma coincidência - que não énada feliz -r-z- os únicos motoristas profissio­nais não abrangidos pelo benefício - ou pri­vilégio, como querem alguns - da aposen­tadoria especial aos vinte e cinco anos :de·tempo de serviço são os de táxi, eis que osdemais motoristas urbanos e rodoviários,condutores de ônibus e caminhões, ocupadosem caráter permanente nessas atividades,já a têm em razão de estarem íneluídos noQuadro II, anexo ao Decreto n. O 63,230.

Não Se trata, penso, de discriminar, comopretende a Fedéração das Indústrias do Es­tado de Minas Gerais e o próprio Ministériodo Trabalho, que já tiveram oportunidadede 'manifestar-se sobre a proposição em exa­me. Cuida-se, tão-somente, de estender atodos os integrantes de uma classe um be­nefício que já existe para parte dela e que,a continuar sendo coneedído tão-somente aalguns, como nas condições atuais, aí simestará configurada a discriminação que olegislador tem o dever de evitar.

Nestas condições, pedindo vênia para. dts­eordar do ponto de vista do ilustre relatordo projeto na Comissão de Economia, para

quem os motoristas de táxi exercem umaatividade' autônoma e em caráter não per­manente, assim como fazendo minhas aspalavras do voto separado oferecido pelosr. Santilli Sobrinho na mesma Comissão,voto pela aprovação do Projeto de Lei n.?43/71, que tem, a meu ver, grande interessee alcance social.

Sala da Comissão, em

Alcir Pimenta.

m - Parecer da ComissãoA Comissão de Trabalho e Legislação So­

eíal, em sua reunião ordinária, realizada em21 de agosto de 1974, opinou, unanimemente,pela aprovação do Projeto n.o 43/71, nostermos 'do parecer do Relator, Deputado Al­cír Pimenta.

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados: José da Silva Barros - Presidenteem exercício, Alcir Pimenta, Bezerra deNorões, Osmar Leitão, Roberto Galvani,Walter Silva, Fernando Cunha, João Alves,ítalo Conti, Henrique de La Rocque, Fran­cisco Amaral, Argilano Dario e Wilmar Dal-Ianhol. /

Sala da Comissão, em 21 de agosto de1974. -José da Silva Barros, Presidente, emexercício ~ Alcir Pimenta, Relator.

PARECER DA COMISSÃODE FINANÇAS

I - Relatório

Em 20 de abril de 1971, o nobre DeputadoFlorim Coutinho compareceu perante seuspares com a proposição ora em exame, obje­tivando estender aos motoristas profissio­nais a aposentadoria aos vínte e cinco anosde efetivo exercício.

Para precisar Q, alcance da iniciativa no1.0, do art. 1.0:

"Por motoristas' profissionais entende­se os que dirigem veículos de transportecoletivo de passageiros, de carga e táxis,pertencentes a empresas ou firmas, as­sim como Os que trabalham por contaprópria (autônomos)."

Foi o projeto distribuído às Comissões deConstituição e Justiça, de Economia, In­dústria e Comércio, de Trabalho e Legisla­ção Social, e de Finanças.

A Federação das Indústrias do Estado deMinas- Gerais, em junho de 1971, segundoconsta do processo, opinou contrariamenteà elevação do projeto em lei, consignandoexpressamente: '

"Consideramos o projeto discriminató­rio, favorecendo uma categoria profis­síonal em detrimento de outras."

O então Ministério do Trabalho e Previ­dência Social, em junho de 1972, basean­do-se em pronunciamentos categóricos doInstituto Nacional de Previdência Social, doDepartamento Nacional de Segurança e Hi­giene do Trabalho, e do Departamento Na­cional de Previdência Social, e em atendi­mento à solicitação de audiêrieín da Co­missão de Constituição e Justiça,apresen­tou parecer contrário à conversão da propo­situra em lei. Do pronunciamento do INPS,datado de 3 de junho de 1971, consta estaobservação:

"Q projeto pretende beneficiar um pe­queno grupo, reduzindo para 25 anos otempo de serviço dos citados profissio­nais, para fins de aposentadoria, queaos demais benefícios só é concedidaaos 35 anos de servíço ,"

A Comissão de Constituição e Justiça,contra o voto do Deputado Alceu Collares,da representação sul-rio-grandense, votoupela inconstitucionalidade da proposição,acolhendo o parecer do Relator, Deputado

Amaral de Souza, também do Rio Grandedo Sul, que enfatizou:

"Estendê, o projeto beneficio concedidopela Previdência Social sem prever acorrespondente fonte de custeio total,imperativamente exigida pelo parágra­fo único do .art , 165 do texto constitu­cional."

A Comissão de Economia, Indústria e Co­mércio aprovou, por maioria, o parecer doRelator, Deputado Chaves Amarante, pelarejeição do projeto. Em voto em separado,Santilli Sobrinho defendera, convincente ebrilhantemente, a aprovação do projeto donobre Deputado guanabaríno. "-

Chaves Amarante destacou em seu pro-nunciamento:

"A proposição ao reduzir o tempo deserviço para a aposentadoria dos moto­ristas profissionais, está, sem nenhu..ma lógica, transformando em regra ge­ral uma exceção, esquecendo-se de quedevem ser respeitadas as diferentescondições de trabalho, de cada um, em­bora integrantes do mesmo grupo pro­fissional. "

Santilli 'Sobrinho já havia salientado ­após exaustiva pesquisa - que desde lade setembro de 1968, data do Decreto n.o63.230, que dispunha sobre a aposentadoriaespecial, que os motoristas urbanos e rodo­viários, condutores de ônibus e caminhões"quando ocupados em caráter permanente,faziam jus à aposentadoria aos 25 anos de'tempo de trabalho. Evidenciou os equívocosde quantos falaram sobre a proposição semconhecimento do assunto, e concluiu semvoto pela aprovação do projeto. Mas seuvoto, inexplicavelmente foi vencido.

A Comissão de Trabalho e .Legíslaçãc So­cial, a de mérito, opinou, unanimemente, oparecer do Relator, p nobre Deputado pelaGuanabara, Alcir Pimenta, que. enfatizouCom total propriedade:

"Não se trata, penso, de discriminarpretende a Federação das Indústrias deMinas Gerais, e o próprio Ministério doTrabalho, que já tiveram oportunidadede manifestar-se sobre a proposição emexame. Cuida-se, tão-somente, de es­tender a todos os integrantes de umaclasse um beneficio que existe para par­te dela e que, a continuar, corno nascondições atuais, aí, sim, estará confi­gurada a discriminação que o legisla­dor tem o dever de evitar."

É o relatório.

II - Voto do RelatorO Decreto citado pelo Deputado Santilli

Sobrinho foi revogado pelo que hoje rege a.matéría: Decreto n,? 72.771, de 6 de setem­bro de 1973. Referido diploma legal apro­vou o Regulamento do Regime de Previ­dência Social, que prevê no Quadro lI, Có­digo 2.4.2 - Transporte Urbano e Rodo­viário - Motoristas de ônibus e 11e cami­nhões de carga, ocupadas em caráter per­manente: aposentadoria especial com 25anos de tempo mínimo de trabalho.

Como se veriríca, o que" em síntese, vaiconseguir o presente projeto, depois detransubstancíado em lei, é estender aos mo­toristas de taxís, ocupados em caráter per­manente, e com o tempo mínimo, de 25 anosde trabalho, a aposentadoria especial já as­segurada aos colegas motoristas de ôníbus' ede caminhões de cargas. ,<

Esse procedimento relativamente aos mo­torista de táxis, além de oportuno é jus­to, .e garante a permanência da harmoniano seio da vasta e sofrida classe dos m0ti9­rístas profissionais.

Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7945 .

Atendendo, no entanto, à exlgênela des­crita no parágrafo único. do art. 165 daOonstítuíçâc, que impõe o estabelecímento,na lei, da correspondente fonte de custeiototal para o caso de extensão de benefício,oferecemos à proposição em estudo emen­da com essa índícaçâo , Esta resgatará ainsuficiência do projeto apontada pelo Re­lator na comissão de Constituição e Justiça.

Com esse pequeno reparo, eonclamamosnossos eminentes pares a votar pela apro­vação do projeto n.v 43, de 197:!., ato de quetraduzirá justiça para com laboriosa e sa­crificada categoria profissional: a dos mo­torista de táxis.

É o parecer.a) Athiê Jorge Coury, Relator

Emenrla ao Projeto n,v 43, de 1971, que dis­põe sobre a aposentadoria do motoristaprofissional aos 25 anos de serviço.

Renumerando-se o art. 4.0 como 5.°. im-prima-se ao novo art. 4.° a redação se-,guínte:

"Art. 4.0 Os encargos resultantes daaplicação da presente lei correrão àconta das receitas de que trata o Ca­pítulo I, do Título IV, da Lei n.o 3.807,de 26 de agosto de 1960 - Lei Orgânicada Previdência Social."

a) Athiê Jorge Coury, Relator

UI - Parecer da ComissãoA Comissão de Finanças, em sua reunião

ordinária realizada em 2 de outubro de 1974,aprovou, por unanimidade, com uma emen­da, o Projeto 11.° 43/71, do Senhor FlorimCoutinho, nos termos do parecer do Rela­tor, Deputado Athiê Ooury.

Compareceram os, Senhores Arthur San­tos, Presidente; TIdélio Martins e AthiêOoury, Vice-Presidentes; Adhemar de Bar­ros Filho, Homero Santos, Ivo Braga, JorgeVargas, Tourinho' Dantas, Florim Coutinho,Carlos Alberto de Oliveira, Fernando Maga­lhães, Hermes Macedo, João Castelo, Leo­poldo Peres, Ozanan Coelho, Joel Ferreira eJosé Freire.

Sala da Comissão, em 2 de outubro de1974. - Arthur Santos, Presidente; Athiê

. Coury, Relator.Emenda. da Oomíssão

Renumerando-se o art. 4.° como 5.°, im­prima-se ao novo art. 4.° a redação se­guinte:

"Art. 4.0 Os encargos resultantes daaplicação da presente lei correrão àconta das receitas de que trata o Oapí-

. tulo I, do Título IV, da Lei n.O 3.807, de26 de agosto de 1960 - Lei Orgânica daPrevidência Social."

Sala da Comissão, em 2 de outubro de1974. - Arthur Santos, Presidente; AthiêCoury, Relator. .

Ministério do Trabalho ePrevidência Social

SÉCRETARIA-GERALOf./SG/DF/N.o 1.'143

Em 7 de junho de 1972Do: Secretário-Geral do MTPSAo: Sr. Deputado Elias CarmoMD. Primeiro-Secretário da Câmara dosDeputados

Senhor Secretário: I

Em atenção ao Oficio n. o 195, de 9-6-71,no qual é solicitado o pronunciamento des­te Ministério a respeito do Projeto de LeiD.O 43/71, tenho a honra de transmitir-lheo pensamento desta Secretaria de Estado,contrário à proposição em foco.

Visando a fornecer a V. ·Ex.a e aos seusilustres pares, subsídios para o exame damatéria, apraz-me encaminhar-lhe emanexo, cópias, em duas vias, dos pareceresdo Instituto Nacional de Prevídêncía So­cial, do Departamento Nacional de Segu­rança e Higiene do Trabalho e do extintoDepartamento Nacional de PrevidênciaSociaI - DNPS, que serviram de base àtomada de posição pôr parte deste Minis­tério.

Valho-me do ensejo, para apresentar aV. Ex.a os protestos de minha elevada esti­ma e consíderação. - Armando de Brito.Instituto Nacional de Previdência Social

DIREÇAO GERALProjeto de Lei n.o 43171

Deputado Flnrrm Coutfnhn

O Projeto de Lei em r.eferência, do Sr.Deputado Florim Coutinho, dispõe sobre aaposentadoria dos motoristas profissionaisaos 25 anos de serviço,

Não obstante as razões invocadas peloilustre Deputado na Justificativa do Pro­jeto, impossivel se torna deixar de conside­rar que se trata, no caso, de uma novaespécie de aposentadoria especial, que viriajuntar-se ao já numeroso elenco de aposen­tadoria concedidas pela Previdência Social.

O Projeto pretende beneficiar um pe-. queno grupo, reduzindo para 25 anos o

tempo de serviço dos citados profissionais,para fins de aposentadoria, que aos demaisbeneficiários só é concedida aos 35 anos deserviço. Ressalte-se que a redução do tem­po de serviço para fins de aposentadoriadeve-se sempre à necessidade de permitira antecipação do benefício àqueles que exe­cutam suas atividades em condições adver­sas e considerando o desgaste orgânico quea permanência no serviço, nessas condições,pode ocasionar - salvo quanto ac ex~om­

batente, em que a medida tem razões deoutra ordem. Estender tal vantagem a se­gurados que exercem atividades comunsseria dar tratamento igual a situações dife­rentes, o que se caracterizaria, data venia,como uma injustiça social.

Note-se que, não faz muito tempo, foi'feita,uma revisão do rol das categorias pro­fissionais e atividades que, por serem consi­deradas penosas, perigosas ou insalubresobtiveram a redução do tempo de serviçopara a aposentadoria. Assim é que os técni­cos do Ministéri-o do Trabalho e PrevidênciaSocial realizaram uma análise, em profun­didade, de todas as categorias e atividades,não mencionando a de motorista, objeto da'proposição em exame. Parece lícito, pois,concluir não oferecer referida categoria ascondições de penosídade, periculosidade ouinsalubridade que justificassem a reduçãodo tempo de serviço para a aposentadoria.

Cumpre considerar ainda, que, ao contrá­rio do que é afirmado na Justificativa des­te Projeto, em defesa da redução do tempode serviço para aposentadoria dos Moto­ristas , profissionais, o ex-Senador MárioMartins, ao justificar o Projeto de Lei n.?130/68, "assegurando aos Motoristas 'autô­nomos aposentados, que por força de leiforem obrigados a contribuir novamente .para a Previdência Social, a equiparação deproventos aos das aposentadorias concedi­das", assim se pronunciava:

" . .. é sabido que os motoristas profis­sionais, pela própria condição de tra­balhadores independentes, uma vezaposentados não abandonam o exercí­cio da profissão ... "

E naquela ocasião, assim se pronuncioueste Instituto:

"Ocorre, contudo, que a-volta dos apo­sentados por idade e/ou tempo de

serviço, não se verifica somente entreos motoristas profissionais; qualquersegurado tem esse direito, que vem sen­do exercitado em larga escala, comopode ser facilmente comprovado. Desdeo assalariado até os trabalhadores au­tônomos e os empresários, nota-se umatendência de retôrno à atividade, de­pois, de aposentados, aliás, não só comolhes faculta a lei, como também dentrodos mais sadios princípios da geriatria."

Desta forma, o objetivo visado nest-eProjeto estaria inteiramente frustrado.

Para finalizar, cumpre assinalar que, seconvertido em lei, o Projeto em exameviria criar um privilégio, sem apoio na po­litica previdenciária, que se tem caracteri­zado pela eliminação dos regimes de ex­ceção.

Por todo o exposto, manifesta-se o Insti­tuto contrário à aprovação do presenteProjeto de Lei.

Rio de Janeiro, 3 de junho de 1971. _Jayme Gurmitz, Diretor-Geral.DNPS/SA, em 3-6-1971

Tendo em vista o despacho de fls. 5, doChefe da Assessoria Técnica, ao GPC, comproposta de encaminhamento ao D.N.S.H.T.Vicente Stanizio Netto, Chefe do S.A.DNPS, em 4-6-71

Encaminhe-se ao DNSHT, solicitandopronunciamento. - Helio Carneiro Ribeiro,Presidente.

A D.H.T. para se pronunciar S.A. em7~6-71 - José Carlos Barreto de Olíveíra,Chefe da Seção da Administração DNSHT

Senhor Diretor-Geral:O Projeto n.v 43, de 1971, pretende esten­

der a todos. os motoristas profissionais osbenefícios da aposentadoria especial aos 25anos de serviço.

2. O autor do projeto justifica a propo-sição dizendo que:

"um dispositivo que ampare os moto­ristas profissionais, como a presenteLei visa a proporcionar um tratamentojusto e humano a esses trabalhadoresque .eom seu trabalho honesto, duro ede verdadeiros desbravadores, fazemcircular o sangue que nutre a vida deum pais grande e que deles muito de­pende para a circulação de suas ríque­SM, alimenta os grandes centros popu­lacionais e interligar. as diversasregiões do país, desde as grandes cida­des aos mais longínquos lugares dosinteriores remotos. São, na verdade, osgrandes pioneiros do nosso sistema detransporte que tem, no sistema rodo­viário, a viga mestra do seu desenvol­vimento e da SUa economia."

3. O Decreto n.o 63.230, de 10 de setem­bro de 1968, que regulamenta o assunto,arrola em seus Quadros anexos, no código2.4.2, - Transporte Urbano e Rodoviário- as categorias profissionais "Motoristasde ônibus e de caminhões de carga (ocupa­dos em caráter permanente), concedendo­lhes o direito à aposentadoria especial aos25 anos de serviço.

Reconhece, portanto, que os ocupantesdessas categorias profissionais, ao cabo de25 anos de atividade em caráter permanen­te, apresentam redução da capacidadelaborativa, que justifica o direito aos bene­ticios da aposentadoria especial.

4. A extensão de tal vantagem aos de.maís motoristas profissionais, que exercematívídídades comuns, sem as característicasdo desgaste que se veri~ica nas categoriasprofissionais de "Motorístas de ônibus e decaminhões de. carga" não merece acolhida.

'f940 Sábado li DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974

:A situa~ão de todos os motoristas pro­fissionais foi analisada pelos técnicos doMinistério do Trabalho e Previdência So­cial, encarregados da elaboração dos Qua­dros anexos ao Decreto n.o 63.230, de 10de setembro de 1968, que, ao final da análi­se profundo e criteriosa, concluíram queentre os. motoristas profissionais, somenteas atividades dos "Motoristas de ônibus e decaminhões de carga" apresentam condiçõesde penosidade, periculosidade ~u insalubri­dade, que justifiquem a redução do tempode servíço para aposentadoria.

5. Dado o exposto, opino contrariamen­te à aprovação do Projeto n.? 43, de 1971.

DHT, 14 de junho de 1971. - CarlosBarreiros Terra, Diretor.

I - De acordo com o parecer da Divisãode Higiene' do Trabalho deste Departamen­to.

I! - Opino contrariamente à aprovaçãodo Projeto n.O 43/71, que autoria do Depu­tado Florim Coutinho, face as razões expos­tas no item 4 do pronunciamento de fls.9 elO.

!II - Restitua-se ao DNPS, com urgência.Em 16 de junho de 197L - José de Faria

Pereira de Souza, Diretor-Geral.Departamento Nacional da

Previdência SocialCONSELHO DIRETOR

Assesoría TécnicaPARECER N.o 115/71M1'PS - 307.320/71

Assunto:Projeto de Lei n.o 43/71, que dispõe sobre

aposentadoria de motoristas profissionaisaos 25 anos de serviço.

O Projeto de Lei n'.O 43/71, de iniciativado Senhor Deputado Florim Coutinho, deque trata o presente processo, dispõe sobreaposentadoria aos 25 anos de serviço, paraos motoristas profissionais.

2. Justifica. o seu autor que, sendo Qmotorista profissional um trabalhador queexecuta uma tarefa árdua, penosa e alta­mente prejudicial à sua saúde, com o riscopermanente que corre nas estradas, levan­do-se em conta ainda a tensão nervosapermanente .decorrente do trânsito dificile a preocupação constante com a segu­rança dos passageíros o~ de. cargas, alémde outros motivos, um dISpOSItIVO que am­pare tais profissionais como no presenteProjeto de Lei, visa a proporeíonar um tra­tamento justo e humano.

3. Ouvido o INPS, manifestou-se atra­vés a sua Direção Geral de forma contráriaà 'aprovação do Proj eto de Lei, por entenderque, se convertido em lei viria criar umprivilégio, sem apôío' na política previden­ciária, que se tem caracterizado pela elimi­nação dos regimes de exceções.

4. Manifestando-se as fls. 9/10 o ....•.DNBHT, também opinou de forma contrá­ria à aprovação.

5. Jl: de se ressaltar que o Decreto n.o63.2'30/68, que regulamentou a Lei núme­ro 5. 440-A, de 23 de maio de 1968, arrolou.em seus Quadros anexos a aposentadoriaaos 25 anos de serviço, para o motoristaprofissional de ônibus ou de caminhão decarga, ocupados em caráter permanente.

6. Pelo enunciado no § 1.0, do art. 1.0, doProjeto de Lei, o que se pretende não é,senão, estender-se tal vantagem a segura­dos que exercem atividades comuns, semaquelas earacterfstícas de desgaste a queestão sujeitos os profissionais que tiveramli sua situação amparada pedo diploma legalmencionado.

7. Jl: sabido que vários projetos de lei têmsido apresentados, no sentido de estabelecerprivilégio para determinadas categorias desegurados, contrariando, fundamentalmen­te, os princípios básicos da política previ­denciária, sendo certo que tais privilégiospretendidos vêm sendo sistematicamentedesaconselhados.

8. Por tais razões, e em que pesem osargumentos apresentados pelo legislador emsua. justificativa, não menos válidos são asrazões contrárias formuladas pela institui­ção pela não aprovação do Projeto emcausa, o que somos ínteíramente de acordo.

9. A consideração superior.Rio de Janeiro, 22 de junho de 1971. ­

José Rodrigues da Silva, Assessor Técnico.CD-AT, em 23-6-71

De acordo.Ao GPC. - Silvio Romere Moreira, Chefe

da Assessoria Técnica.Assunto:

Projeto de lei. Aposentadoria especial demotoristas prefísslonats.

Remetente: Secretaria Geral do GabineteMinisterial (DF)

Suscitado: COnselho Diretor do DNPSRelator: Conselheiro Roberto Eiras Furquim

Werneck

I - Relatório

O processo respalda-se em projeto de leida Câmara dos Deputados, n.o 43/71 (fls. 4),no qual o ilustre Deputado Federal 81'.Florim Coutinho, propõe a concessão deaposentadoria espeeíal aos motoristas pro­fissionais, ao completarem 25 anos de ser­viço nessa atividade.

Ouvido o INPS a fls. 6/7, mostra a incon­veniência da proposição, pois que desvirtua­ria o critério geral de se conceder aposen­tadoria em condições especiais aos trabalha­dores que tenham exereícío em profissões,consideradas penosas, insalubres ou peri­gosas, e que a lei presume causarem exa­cerbado desgaste orgânico. Lembra que, re­centemente, se fez a revisão dessas cate­gorias profissionais, com exame aprofun­dado de cada uma, sendo certo que a de mo­torista não foi incluída no rol das que me­receriam tratamento especial. A fls. 9/10, aDivisão de Higiene do Trabalho frisa que,pelo Decreto n,O 63.230, de 10-9-68, já estãoamparados com a prestação pretendida osmotoristas de ônibus e caminhões de carga,não sendo razoável equiparar-se a. eles osdemais profissionais ocupados em ativida­des de características diversas.'

A fls. 12/13, manifesta-se a AssessoriaTécnica, encampando os pronunciamentosjá citados e opinando pela rejeição do pro­jeto.

Jl: o relatório.

U - Razões de Voto

A vingarem as sucesslvas proposições que,ultimamente, tem sido apresentadas sobreo tema deste processo, a aposentadoria es­pecial, de norma de exceção, acabará porser a norma gêral,

Raro é o mês em que não vemos pelomenos uma tentativa de se conceder a certaprofissão o benefício do afastamento da ati­vidade, em prazo mais curto, sob a alegaçãode penosídade ou de periculosidade do tra­balho exercido. Trabalho é, por definição,penoso. Desgasta, fatiga, acarreta, aos pou­cos, abolição de capacidade.

Mas, o principio que leva a se concederaposentadoria em geral tem. apoio na veri­ficação da, perda da capacidade para o tra­balho, perda real, efetiva, de tal modo que

não seja possível ao trabalhador grangearsustento mediante a atividade remunerada.É este o fundamento que leva o Estado adestinar recursos para manter a renda dequem já não pode obtê-la trabalhando.

Em principio, pois, somos favorável a quese conceda renda integral ao trabalhadorque, exercendo atividade, reconhecidamentepenosa, insalubre ou perículosa, ao cabo decerto tempo se revele efetivamente incapazpara o trabalho, apurada essa meapacídadecaso por caso, em perícía médica. Nunca,entretanto, deixaremos de profligar a eon­cessão de prestação previdenciária a umtrabalhador, de modo especial, só porqueexerceu determinada atividade durante umperíodo qualquer, valendo esse exercíciocomo presunção juris et de jure da incapa­cidade que determina o afastamento.

Não compreendemos como se pode acolhertal presunção e conceder a aposentadoria,€ admitir-se que o aposentado, após ela,,retorne ao trabalho, sem que a prestaçãoconcedida seja automaticamente cancelada.

O caso aqui estudado é caracteríattco damentalidade que entre nós se estabeleceu,desvirtuando o sentido da proteção socialdo trabalhador. Deseja-se estender a todos

. os motoristas profissionais aquilo que a leiconcede apenas aos integrantes dessa cate­goria profissional, quando .trabalham sobcondições de especial penosídade.

Temos em outros processos que tratam daaposentadoría especial, deixando claro queesse benefícío está desvirtuado, descamban­do para - Aposentadoria por tempo de ser­viço en'curtado - quando a filosofia que agerou é a da - Aposentadoria por invalideza ser concedida com abrandamento dospressupostos,

O vigente procedimento já sc reflete da­nosamente na despesa do INPS, cujo ba­lanço em 1970 registra:Aposentadoria por invalidez 723.797.674,01Aposentadoria por velhice. 274.961.393,41

no total de 998.759.067,42enquanto que as Aposentadorias prêmio,verdadeiro subsídio de uma comunidadepobre como a nossa, a trabalhadores válidos,pois é permitido 'a seu retorno à atividadecom a acumulação da remuneração c1_",,~t.,

com os proventos se expressa pelos seguintesnúmeros:

Aposentadoria por tempo de serviçoOrdinária ....•.....• 1.141.101.826,07Jornalistas :......... 2.341.548,71Aeronautas ......•.•• 22.058,361,47Ex-combatentes..... 35.512.808,23Especiais .....•...•.• 103.813.696,63

no total de 1.304.828.241,11O crescimento dos dois grupos' compara­

dos os valores dos balanços dos exercíciosde 1969 e 1970 é o seguinte:1970 998.759.067,42 1.304.828.241,111969 785.188.576,32 898.480.104,28

213.570.491,10 406.348.136,83crescimento 27,2% 45,2%

Esses números dispensam outros comen­tários e indicam a necessidade imperiosa deuma revisão imediata não só rio elenco debeneficios prevísto na legislação previden­

.eíáría vigente, como também a rerormúla-ção de conceitos que põe em risco a esta­bilidade do sistema,

Por essas razões opinamos contrariamenteà conversão do projeto em lei, e passó aler o projeto de resolução.

Sala das Sessões, em 27 de julho de 1971.- Roberto Eiras Furquim Werneck, Con­selheiro-Relator.

Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO N~CIONAL (Seção I) Sába.do 5 1947'

,J?ROJETO DE LEI N,o 1.606, DE 1973, A..• QUE SE REFEREM OS PARECERES.}.

O COngresso Nacional decreta-:Art. 1.0 Os trabalhadores ocupados em

l\tividades e operações insalubres farão jusa um adicional, correspondente ao grau deinsalubridade, apurado de acordo com a te­·'8islal).ão em vigor.

Parágrafo único. Só serão consideradasInsalubres, para os fins previstos neste at-

PROJETO DE LEIN.O 1.606-A, de 1973-

(Do Senado Federal)

Dispõe sobre o a,di(liooal de insalubrí.'dade e dá outras providências; tendopareceres: da Comissão dll Constituição

. e Justiça, pela constitucionalidade ejuridicidade; da Oemíssão de Trabalhoe Legislação Social, pela aprovação; e,da Comissão de Finanças, pela aprova~ção, com emenda.

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CAPíTULO V~egurança e Higiene do Trabalho

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TíTULO TIDas NOl'mas Gerais de Tutela do

Trabalho

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LEGISLAQ1W PERTINENTES ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DAS COMISS6ES

PERMANENTES

CONSOLIDAÇAO DAS LEIS DOTRABALHO

(Aprovada pelo Decreto-lei n.o 545-A, de1.° de maio de 1943)

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Art. 79. Quando se tratar da fixaçãodo salário mínimo dos trabalhadores ocupa.dos em serviços insalubres, poderão as 00­missões .de Salário Mínimo aumentá-lo atéde metade do salário mínimo normal da.região, zona ou subzona,

A Câmara dos Deputados com Ofício n.o,351, de 18-10-73.N.o351

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CONSDLIDAÇAO DAS LEIS DOTRABALHO

(Aprovada pelo Decreto-lei n'c> 545-A,de 1.0-5-43)

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TíTULO IINormas Ger3is de Tutela do Trabalho

CAPíTULO IIIDo Salário Mínimo

SEÇAO IDo Conceito

Em 18 de outubro de 1973A Sua Excelência o SenhorDeputado Dayl de Almeida.l,o-Secretário daCâmara dos Deputados.

Senhor 1.°~Secretário,

Tenho a honra de encaminhar a Vossa.Excelência, a fim de ser submetido à revi­são da .Oãmara dos Deputados, nos termosdo art. 58, da Oonstituição Federal, o Pro­jeto de Lei do Senado n.e 78, de 1973, cons­tante do autógrafo junto, que" dispõe sobreo adicional de insalubridade e dá outrasprovidências".

Aproveito a oportunidade para renovar aoVossa Excelência os protestos de minha ele­vada estima e mais distinta consideração.- Ruy Santos.

LEGISLAQ1W ANEXADA PELOSENADO FEDERAL

DECRETO-LEI N.o 2.162DE 1.0 DE MAIO DE 1940

Institui o salário mínimo.• ••••••• , ••••••••• , ••••••••••••••• " ••••• -.'1'l

Art. 6,0 Para os trabalhadores ocupadosem operações consideradas insalubres, con­forme se trate dos graus máximo, médio oumínimo, o acréscimo de remuneração, res­peitada a proporcionalidade com o saláriomínimo que vigorar para o trabalhadoradulto local, será de 40%, 20% ou.10%, res­pectivamente.

tígo, as atividades e operações que, por suanatureza, condições ou métodos de traba­lho, enquanto não se verificar haverem si­do delas eliminadas, inteiramente, as cau­sas de insalubridade, e expondo os empre­gados a agentes físicos, químicos ou bíoló­glcos prejudiciais, possam produzir doençase constem dos quadros aprovados pelo ór­gão competente do Ministério do Trabalhoe Previdência Social.

Art. 2.0 os graus de insalubridade, pa­ra efeito do adicional previsto no artigoanterior, são:

3) Grau 1r- insalubridade máxima;b) Grau 2 - insalubridade média;c) Grau 3 - insalubridade mínima.§ 1.C> Conforme se trate de graus máxi­

mo, médio ou mínimo, o adicional, tomandocomo base o salário efetivamente percebido,será de 40, 20 e 10%, respectivamente.

§ 2.° O adicional será reduzido ou eli­minado. quando ocorrer, segundo o caso, aredução ou eliminação da insalubridade,mediante a adoção de medidas de proteçãocoletiva ou recursos de proteção individual.

§ SP No caso de íncídêncía de mais deum fator de ínsalubrídade, será considera­do o de mais elevado grau, vedada a per­cepção cumulativa, inclusive com o adicio­nal de periculosidade.

Art. 3,0 Esta lei entra em vigor na datade sua publicação, revogados os arts. 6.0 doDecreto-lei n.O 2.162, de 1.0 de maio de 1940,e 79 da Consolidação das Leis do Trabalho,e demais disposições em contrário.

Senado Federal, em 18 de outubro de1973. - Paulo Torres/PreSidente do ~ena­do Federal.

SINOPSE

(PROJETO DE LEI DO SENADON.o 78, DE 1973) ...

Dispõe sobre o adicional de insalu-bridade e dá outras providências. .

Apresentado pelo Sr. Seno Paulo,Torres..Lido no expediente da sessão de 27~6-73.

Publicado no DCN de 28-6-73, (Seção II).Distribuido às oomíssões de Constituição eJustiça, Legislação Social e de Saúde.

Em 13-9-73 são lidos os seguintes Pare-'ceres:. Parecer n." 454, de 1973, da oomíssão deConstituição e Justiça, relatado pelo Sr.Senador Nelson Carneiro, pela constitucio­nalidade e jurldicidade do Projeto. (DCNde 14-9-73. (Seção m.

Parecer n.o 455, de 1973, da Comissão deLegislação Social, relatado pelo Sr. ~Sena­dor Franco Monto:ro, pela aprovaçao doprojeto. (DCN de 14-9-73, Seção II).

Parecer -n.o 456, de 1973, da 'Comissão deSaúde, relatado pelo Sr. Senador FaustoCastelo-Branco, oferecendo as Emendas n.vs1, 2 e 3-CS. (DCN de 14-9-73, Seção lI) •

Em 26-9-73, é íncluído em Ordem do Diapara discussão em primeiro turno regimen­tal, quando foi aprovado com as Emendasn.os 1, 2 e 3~CS. (DCN de 27-9-73, SeçãoII). A Oomíssâo de Redação, para redigir,.o vencido para. o segundo turno regimental.

Em 4-10-78, é lido o Parecer 0.0 513, de-1973, da oomtssão de Redação, relatado pe­lo 81'. Senador José Augusto, oferecendo re­dação do vencido. (DCN de 5-10-73, SeçãoII). .

Em 16-10-73, é incluído em segundo tur­no para discussão da redação final, fican­do a mesma aprovada. (DCN de 17-10-73.~eçãQ m,

.ASSUNTO:Projeto de lei, Aposentadoria especial de

motorístas profissionais.Remetente: Secretaria G{lra1 do Gabinete

Ministerial (DF)SWlcitado: Oonse1ho Diretor.do DNPSRelator: COn5{llheiro Roberto Eiras Furquím

Werneck- O Conselho Diretor do Departamento Na­

lliona1 da Previdência Social, por unanimi­dade,

Considerando o projeto de lei em exame;Considerando os pareceres do INPS, da

DHT e da ABsessoria Técnica deste Depar­tamento;

Considerando o constante das razões devoto do Relator;

Resolve opinar contrariamente à con­versão do projeto, em lei, e restàtuír o pro­cesso ao órgão remetente.

a) Roberto Eiras Furqulm WerneckConselheiro-Relator

RESDLUÇAO N.o 344/'71. Sessão de 27-7-71

:6SSUNTO:Projeto de lei. Aposentadoria sspecíal de

motoristas prcríssíonaís,Remetente: Secretaria Gerai do Gabinete

. Miniateria1 (DF)

Suscitado: Conselho Diretor do DNPS~lator: Conselheiro Roberto Eiras Furqutm'''Werneck

O Conselho Diretor do Departamento Na­cional da Previdência Social, por unanimi­dade,

Considerando o projeto de lei em exame;Considerando os pareceres do INPS, da

J)HT e da Asaessorta Técnica deste Depar­,taroentoi,.. .Oonaíderando-o constante das razões dovoto do Relator;

Resolve opinar contrariamente à COnvoca­ção do projeto em lei, e restituir o processo

}1.Ç1 órgão remetente.AWlentes: os Conselheiros Osvaldo Alves

de Andrade e Fábio José Egypto da Silva.

a) RoberloEiras Ful'quím WerneckConselheiro~Relator

a) Hélio Carneiro RibeiroPresidente

'Z948 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL. <Seção I) Outubro de 1974

SEÇAO XIXAtividades insalubres e suhstâneías

PerígnsasArt. 209. Serão consideradas atividades

e operações insalubres, enquanto não se ve­rificar haverem delas sído inteiramente eli­minadas as causas de Insalubrídede, aquelasque, por sua própria natureza, condições oumétodos de trabalho, expondo os emprega­dos a agentes físicos, químicos ou biológicosnocivos, possam produzir doenças e cons­tem dos quadros aprovados pelo Diretor­Geral do Departamento Nacional de Segu­rança e Higiene do Trabalho.

§ 1.0 .A caracterização qualitativa ouquantitativa, quando for o caso, da insalu­bridade e 08 meios de proteção dos empre­gados, sendo levado em conta o tempo deexposição aos efeitos insalubres,. será de­terminada pela repartição competente emmatéria de segurança e higiene do tra­balho,

§ 2.° A eliminação ou redução de insa­lubridade poderá ocorrer, segundo o· caso,pela aplicação de medidas de proteção co­letiva ou recursos de proteção individual.

§ 3.0 Os quadros de atividades e opera­ções insalubres e as normas para a caracte­rizacáó da insalubridade serão revistos detrês· em três anos, pelo Departamento Na­cional de Segurança e Higiene do Traba­lho.

§ 4.° Caberá às Delegacias Regionais doTraballio, comprovada a insalubridade, no­tificar as empresas, estipulando prazo paraa sua eliminação ou redução sempre quepossivel.

Art. 210. Os materiais, substâncias ouprodutos empregados, manipulados outransportados no locais de' trabalho, con­siderados perigosos à saúde devem conter,na etiquetagem, sua composição, recomen­pações de socorro imediato em caso de ací­(lente, bem como o símbolo do perigo cor­respondente, observada a J;ladronizaçâointernacional.

Parágrafo único. Deverão os responsá­veis pelos estabclecimentos afixar avisos oucartazes, alertando os empregados com re­ferência à manipulação das substâncias no­civas, nos respectivos setores de utilização.

Art. 211. Nas operações que produzamaerodispersóides tóxicos, irritantes, alergê­níeos ou Ineêmedos, dm"eriio ser oomaà.illIlmedidas que impeçam 1l>sua abBorçãopeloorganismo, seja .por processos gerais ou pordispositivos de proteção individual.r· " ..t- " " ..

PORTARIA N.o 491DE 16 DE SETEMBRO DE 1965

Dispõe sobre as a.tividades e opera­ções insalubres.

O Ministro de Estado dos Negócios doTrabalho e Previdência Social, usando das

.atribuições que lhe confere o art. 913 daConsolidação das Leis do Trabalho, apro­vada pelo Deereto-Ieí n. O 5.452, de 1.0 demaio de 1943, e tendo em vista o resultadoa que chegou a comissão designada pelaPortaria· n,o 704;, de 13 de agosto de 1864,para. reVIsar e atual1zar os quadros das ati­vidades e operações insalubres, de confor­midade com o que dispõem o art. 1.° doDecreto-lei n,o 2.162, de 1.° de maio de1940, e o art. 187 da referida CLT. (18) .

. Art. tp· São consideradas ativlliades eO);lerações msahibres, enqus:nto·não se verr- .ficar haverem .delas sido inteiramente eli­minadas as causas de insalubridade, aque­las que, por sua própria natureza, condi­ções ou métodos de trabalho, expondo. osempregados ll, agentes físict;>s, químicoll ou

biológic08 nocivos, possam produzir doençasou intoxicações e constem dos quadros ane­xos.

§ 1.0 A caracterização da insalubridadee os meios de proteção do empregado serãodeterminados pela repartição competenteem segurança e higiene do trabalho ou poresta homologados, quando fixados porórgãos credenciados, nos casos de convênios.

§ 2.° Na caracterização da insalubridadeserá levada também em consideração a ve­rificação quantitativa do agente insalubre,quando fôr o caso, obedecendo-se a normasfixadas e revistas anualmente pelo Depar­tamento Nacional de Segurança e Higienedo Trabalho.

§ 3.° Enquanto os órgãos competentesem segurança e higiene do trabalho do Mi­nistério do Trabalho e Previdência Socialnão estiverem devidamente aparelhados, emmaterial e pessoal técnico, para a verifica­ção dos limites de tolerânciá dos agentesnocivos nos ambientes de trabalho, admi­tir-se-á o critério qualitativo apenas.

§ 4.0 Os serviços executados eventual­mente nos setores insalubres só serão con­siderados como tal para efeito de classifi­cação quando,a critério da autoridade téc­nica competente, o agente da insalubridadepossa ser nocivo à saúde durante o tempode exposição do empregado no local detrabalho.

§ 5,0 A qualificação de insalubridadeaplíea-se somente às seções e locais atingi­dos pelas atividades e operações relacío­nadas nos quadros anexos e devidamentecaracterizados de acordo eom o § 1.° do

. presente artígo.Art. 2.0 A etímínaeão da insalubridade

poderá ocorrer, segundo o caso, pela apüca­ção de medidas de proteção coletiva ou re­cursos de proteção individual.

§ 1,0 As medidas de proteção coletivasão, entre outras:

a) substituição do processo, método ouproduto nocivo;

b) isolamento da fase -ou processo capazde causar doença ou intoxicação;

c) limitação do tempo da exposição;d) diluição do produto nocivo por meio

de ventilação artificial;e) remoção 40 produto nocivo por venti-

lação local exaustora, .§ 2.° Os recursos de proteção individual

serão indicados pela autoridade competen­te, quando julgados necessários, após exa­me de cada caso.

Art. 3,0 Os graus de insalubridade, paraefeito de acréscimo de. salário previsto noart. 6,0 do Decreto-lei n,o 2.162, de 1,0 demaio de 1940, são:

ao) grau 1 - grau máximo;b) grau 2 - grau médio;c) grau 3 - grau mínímo.§ 1.0 Conforme se trate dos graus má­

ximo, médio ou minimo,o aumento de sa­lário, tomando como base o salário mínimo

.que vigorar para o trabalhador adulto local,será. de 40%, 20% e 10%, respectivamente.

§ 2,0 Se as condições do Ioeal, e dos mo­dos de operar se modificarem pela proteçãodada e forem de molde que façam desapa­recer as causas de insalubridade, a majo­ração salarial será eliminada.

Art. 4.° No caso de. incidência de maisde um fator de ínsalubrídade, será consi­derado o de mais elevado grau, vedada apercepção cumulativa, Incluída também,neste caso, a taxa de periculosidatle.

Art. 5.° Em cada hora de trabalho efe­tivo com o uso de protetor respiratório oude equipamento completo de asbesto, terá.direito o trabalhador a dez (10) minutos derepouso, não deduzíveís da duração normalde trabalho,

Art. 11,0 As licenças para tratamento desaúde a empregados que exerçam suasfunções em atividades e operações ínsalu­bres obrigam o empregador a comunicar ocaso, dentro de quinze (15) dias, às Dele­gacias Reglonaís do Trabalho, para os finsde pesquisa das respectivas causas e levan­tamento estatistico.

Art. 7.° As Comissões Internas de Pre­venção de Acidentes WIPAs), dentro dosprimeiros sessenta (60) dias de cada ano,encaminharão, ao órgão competente do De­partamento Nacional de Segurança e Higie,.ne do Traballio, um relatório das ocorrên­cias verificadas no ano anterior, nas seçõesclassificadas como Insalubres em seus res­pectivos estabelecimentos.

Art. 8,0 Ficam as Delegacias RegIonaisdo Traballiador autorizadas a firmar convê­nios com repartições estaduais; escolas demedicina, engenharia, farmácia ou químí­ea ou outros órgãos vinculados ao poderpúblico, com o fim de colaboração na ca­racterização de insalubridade, submetendo­se esses atos à homologação do Diretor-Ge­ral do Departamento Nacional de Beguran-.ça eHigIene do Trabalho.

Art. 9,0 Os laudos técnicos periciais,emitidos por autoridades em matéria dehigiene e segurança do trabalho ou porcomissão técnica, serão homologados pelas­autoridades regíonaís competentes do Mi­nistério do Trabalho e Previdência Social,que, nos casos de dúvida, recorrerão ao De­partamento Nacional de Segurança e Higie­ne do Trabalho.

Parágrafo único. Os laudos homologadossó ·poderão sofrer revisão administrativaquando ocorrer comprovada alteração dosmétodos ou processos de trabalho ou quan­do forem adotadas nos estabelecimentoamedidas eficazes de proteção que justifi­quem tal revisão.

Art. 10. Ficam revigoradas. as Portariasn.O 39, de 1.0 de maio de 1950; n.O 1,· de5 de janeiro de 1960, e n,o 49, de 8 de abrilde 1960.

Art. 11. A presente Portaria, assim comoos quadros anexos serão revistos bienal­mente, nos termos do § 2.° do art. 14 doDecreto-lei n. o 399, de 30 de abril de 1938,mediante proposta fundamentada do De­partamento Nacional de Segurança e Hi­giene do Trabalho.

Art. 12. Os' casos omissos serão resolvi­dos pelo Ministro do Traballio e Previdên­cia Social, com audiência do DepartamentoNacional de Segurança e Higiene do Tra­balho.

Art. 13. Esta Portaria entrará em vigorna data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário. - Arnaldo LopesSussekind.

QUADROS DAS ATIVIDADES EOPERAÇõES INSALUBRES A QUE

SE REFERE O ARTIGO 1.0 DAPORTARIA N.o 491, DE 16 DE

SETEMBRO DE 1965QUADRO I - AR8:l!JNICO

Grau 1 - Insalubridade máximaExtração e manipulação de arsênico 6

preparação dos seus compostos.Fabricação e preparação de tinta à bllSe

de arsênico.Fabricação de produtos parasiticidas, in­

seticidas e raticidas contendo eompostos dearsênico. \

Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 '2949

Pintura a pistola com pigmentos de com­postos de arsênico, em recintos limitados oufechados.

Preparação do 'Secret".Grau 2 - Insalubridade média

Bronzeamento em negro e verde- com com­postos de arsênico.

Conservação de peles e plumas; depila­ção de peles à base de compostos de arsê­nico.

Descoloração de vidros e cristais à base decompostos de arsênico.

Emprego de produtos parasítteidas, inse­ticidas e raticidas à base de compostos dearsênico.

Fabricação de cartas de jogar, papéis pin­tados e flores artificiais à base de compos­tos de arsênico.

Metalurgia de minérios arsenícals (ouro,prata, chumbo, zinco, níquel, antimônio, co­balto e ferro).

Operações de galvanotécnica à base .decompostos de arsênico.

Pintura manual (pincel, rolo e escova)com pigmentos de compostos de arsênicoem recintos limitados ou fechados, excetocom pincel capilar.

Grau 3 - Insalubridade mínimaEmpalhamento de animais à base de

compostos de arsênico.Fabricação de taretá "síré",

Pintura de pistola ou manual com pig­mentos de compostos de arsênico ao arlivre.

QUADRO II - CHUMBOGrau 1 .... -Insalubrtdade máxima

Fabricação de compostos de chumbo, Oar­bonato, arseniato, cromado, mínío, litar­gírío e outros.

Fabricação de objetos e artefatos dechumbo.

Fabricação de esmaltes, vernizes, cores,pigmentos, tintas, ungüentos, óleos, pastas,líquidos e pós à base de compostos de chum­bo.

Fabricação e restauração de acumulado­res, pilhas e baterias elétricas contendochumbo ou composto de chumbo.

Fabricação e emprego de chumbo -tetra­etila e chumbo .tetrametila.

.Fundição e laminação de chumbo, zincovelho, cobre e latão.

Limpeza, raspagem e reparação de tan­ques de mistura, armazenamento e demaistrabalhos com gasolina contendo chumbotetraetila.

Metalurgia e refinação de chumbo.Pintura a pistola com pigmentos de com­

postos de chumbo em recinto limitados oufechados.

Vulcanização de borracha pelo litargirioou outros compostos de chumbo.

Grau 2 - Jnsahtbrídade médiaAplícação e emprego de esmaltes, verni­

zes, cores, pigmentos, tintas, ungüentos,óleos, pastas, liquidas e pós à base de com­postos de chumbo.

Desmontagem de latas, latões e botijõesusados, contendo chumbo.

Fabricação de cápsulas metálicas paragarrafas e de papéís'<metálícos com ligascontendo chumbo.

Fabricação de materiais de eletricidadee flores artificiais à base de chumbo.

Fabricação de porcelana com esmaltes decompostos de chumbo.

Pintura de decoração manual (pincel, roloe escova) com pigmentos de compostos dechumbo (exceto pincel capilar), em recin­tos limitados ou fechados.

Polimento e acabamento de metais con­tendo chumbo.

Polimento de espelhos com esmeril dechumbo.Soldagem e dessoldagem à base de chum­bo e aplicação, a quente de ligas de chumbo.

Tinturaria e estamparia com pigmentosà base de compostos de chumbo.

Trabalho nas minas de galena (extração,trituração, tratamento e outras operaçõescom desprendimento de poeira).

Trabalhos de imprensa, composição, líno­típía, manipulação de caracteres e limpezade tipos.

Grau 3 - Insalubridade mínimaFabricação manual de ligas com suportes

de chumbo.Lapidação de diamantes com suporte de

chumbo.Pintura a pistola ou manual com pigmen­

tos de compostos de chumbo ao ar livre.QUADRO III - CROMO

Grau 1-- Insalubridade máximaFabricação de ácido crômíeo, de crema­

tos e bícromatos.Pintura a pistola com pigmentos de com­

postos de cromo, em recintos limitados oufechados.

Grau 2 - Insalubridade médiaCromagem eletrolitica dos metais.FabricaçãD de palitos fosfóricos à base de

compostos de cromo (preparação da pastae trabalho nos secadores).

Manipulação de ácido erômíeo, cromatose bícromatos.

Pintura manual com pigmentos de com­postos de cromo em recintos limitados oufechados (exceto pincel capilar).

Preparação por processos fotomeeânicosde clichês para impressão à base de com-postos de cromo. .

Tanagem a cromo.Grau S - Insalubridade mínima

Pintura a pistola ou manual com pig­mentos de compostos de cromo, ao ar livre.

QUADRO IV - FÓSFOROGrau 1 - Tnsalubrtdade máxima

Extração e preparação do fósforo brancoe seus compostos.

Fabricação de produtos fosforados e orga­nofosforados parasiticidas, inseticidas e ra­ticidas.

Fabricação de projéteis incendiários, 'ex­plosivos e gases asfixiantes à base de fós­foro branco.

Grau 2 - Insalubridade médiaEmprego de inseticidas e pesticidas 01'­

ganorostorados.Fabricação de bronze fosforado..Fabricação de mechas fosforadas paea

lâmpadas de mineiros.QUADRO V - HIDROCARBONETOS EOUTROS COMPOSTOS DE CARBONO

Grau 1 - Insalubridade máxima­Destilação do alcatrão e da nulna,

Destilação do petróleo.

Fabricação e emprego de benzeno (ben-zol) , .

Fabricação do tolueno e xíleno (toluol exílol) ,

Fabricação de fenóís, cresóís, nartóls, ní­troderíva-tos, amtnoderrvados, derivados ha­logenados e outras substâncias tóxicas de­rivadas. de hidrocarbonetos cíclicos.

Operações com ácido cianídrico e seus de­rivados.

Pintura a pistola com esmaltes, tintas,vernizes e solventes contendo hidrocarbo­netos aromáticos. em recintos limitados oufechados. -

Grau 2 - Insalubridade média

Emprego de inseticidas clorados, deriva­dos de hidrocarbonetos: DDT (Diclorodife­nütrtcloretano) , DDD (Diclorodifenildiclo­retano), MetoxiciDro (Dimetoxidifeniltri­cíoretano) , BRC (Hexacloreto de Benzeno)e seus compostos: Isômero (Líridano) , Clor­dano, Heptacloro, Aldrhn, Dieldrim, Isodrim,Endrim, Toxafeno e outros.

Emprego de inseticidas e fungicidas de­rivados do ácido-carbônico: Isolam, Ferban,Ziram, Zineb, Maneb e outros.

Emprego de aminoderivados de hidrocar­bonetos aromáticos (anilina e homólogos).

Emprego de fenol, cresol, nartol, nattale­no e derivador tóxicos.

Emprego de isocianatos ná formação depplluretanas (lacas de desmodur e desmo­fem, lacas de dupla composição, lacas pro­tetores de madeira e metais, adesivos espe­ciais e outros produtos à base de polisocia­natos e políureranas),

Emprego de metil celossolve (éter mono­metilico do glicoletileno).

Emprego de tolueno e xileno (toluol exílolj .

Emprego de produtos contendo hidrocar­bonetos aromáticos como solventes ou emlimpeza de peças.

Fabricação de artigos de borracha, de pro­dutos para impermeabilização e de feeídosimpermeáveis à base de hidrocarbonetos.

Fabricação de linóleos, celulóides, lacas,tintas, esmaltes, vernizes, solventes, colas,artefatos de ebonrte. guta-percha, chapéisde palha e outros à base de hidrocarbone­tos.

Fabricação e emprego de derivados ha­logenados de hidrocarbonetos alifáticos:cloreto d e metila, brometo de metlla, clo­rofórmio, bromorórmío, tetracloreto de car­bono, dicloretano, tetracloretano, trícero­etileno.

Fabricação e emprego de formaldeido(formal) ou de produtos que desprendamrormaldeído.

Limpeza de peças ou motores com óleodiesel aplicado sob pressão (nebulízação) ,

Manipulação de alcatrão, breu, betume,antraceno, negro-de-fumo, óleos minerais,óleo queimado, parafina ou outras substân­cias cancerígenas afins.

Pintura a pincel com esmaltes, tintas evernizes, em solventes contendo hidrocarbo­netos aromáticos, em recintos limitados oufechados.

Grau 3 - Insalubl'idade mínimaPintura a pistola ou manual com esmal­

tes, tintas e vernizes em solventes conten­do hidrocarbonetos aromáticos, ao ar livre.

QUADRO VI - MERCúRIOGrau 1 - Insalubridade máxima

Amalgamação de zinco para fabricaçãoeletródios, pilhas e acumuladores.

'1950 Sábado $ DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de llJ'74

Douração e estanhagem. de espelhos à ba­se de mercúrio.

EmpiJ.1bamento de animais (cloreto demercúrio).

Fabricação e emprego de solda à. base demercúrio.

Fabricação de aparelhos de mercúrio: ba­rômetros, manômetros, termômetros, inter­ruptores, lâmpadas, válvula eletrônicas, am­polas de raio X, aparelhos' frigorificos e ou­tros.

Fabricação de composto de mercúrio, deprodutos químicos, farmacêuticos, tintas àbase de mercúrio ou sais de mercúrio.

Fabricação de fogos de artifícios à basede mercúrio.

Fabricação e trabalhos com fulminato demercúrio (espoletas).

Minas de mercúrio; extração do mer­cúrio do minério.

Secretagem de pelos, crinas e plumas, fel­tragem à base de composto de mercúrio.

Recuperação do mercúrio por destilaçãode resíduos industriais.

Tratamento a quente das amálgamas deoutro e prata para recuperação desses me­tais preciosos.

Grau 2 - InsalubrIdade médiaDescoloração de porcelana à base de mer­

cúrio.Emprego de mercúrio e seus compostos

como agentes catalísádores,Eletrólise com catódio de mercúrio.Manipulação de mercúrio nos laborató­

.rios de química.Pintura com tintas à base de composto

de mercúrio.Recuperação do ácido sulfúrico pelo mer­

cúrio.Tratamento dos minerais auríferos e ar­

gentíferos pelo mercúrio.QUADRO VII - AGENTES BIOLóGICOS

Grau 1 - Insalubridade máximaTrabalho nos hospitais, ambulatórios e

outros estabelecimentos destinados exclusi­vamente ao atendimento de doenças in­fecto-contagiantes sujeitas a isolamento(aplica-se unicamente ao pessoal que tenhacontato com os doentes ou materiais infec­to-cantagtantes, bem como os que manu­seiam habitualmente objetos de uso desses'doentes, não previamente esterilizados).

Grau 2 - Insalubridade médiaIndustrialização do lixo.Operação em que baja contato com car­

nes, vísceras, glândulas, sangue, ossos, cou­ros, pelos, dejeções de animais infectados.(carbúnculo, brucelose, mormo e tuberculo­se).

Trabalho nos hospitais, casas-de-saúde,maternidade, serviços de pronto socorro,ambulatórios de cliníea geral e de especia­lidades médicas .nos laboratórios de análiseclínica e httopatología, nos consultóriosodontológicos (aplica-se unicamente ao pes­soal que tenha contato com os pacientes oumateriais ínfeetc-contagíantes, bem comoaos que manuseiam habitualmente objeto deuso desses pacientes não previamente es­terilizados) .

Trabalho nos hospitais, ambulatórios, pos­tos de vacinação e outros estabelecimentosdestinados ao atendimento e tratamento deanimais (aplica-se unicamente ao pessoalque tenha contato com animais doentes oumateriais íntecto-eontagíantesj ,

Trabalhos nos laboratórios com animaisao preparo de soros, vacinas e outros pro­dutos.

Trabalho nos gabinetes de autópsias, deanatomia e de hístoanatomopatología.

Trabalhos nos cemitérios (enxumação decorpos).

Trabalhos nos estábulos e cavalariças.Trabalhos com resíduos animais deterio­

rados.

QUADRO VIII - RADIAÇõESIONIZANTES

Gran 1 - Insalubridade máximaEmprego de raios X e substâncias radio­

ativas para fins industriais e comerciais(demonstração de aparelho).

Extração de minerais radioativos; trata­mento, purificação, isolamento, preparo pa­ra distribuição.

Fabricação de ampolas de raios X, apare­lhos de raios X e radioterapia (inspeção dequalidade).

Fabricação e aplicação de produtos lumí­nescentes radíreros.

Operações com reatores nucleares, comfontes de neutrons ou de outras radiaçõescorpusculares.

'pesquisa e estudo dos raios X e substân­cias radioativas em laboratórios.

Preparação e emprego de produtos qUÍ­micos e farmacêuticos radíoatívos . (urânio,rádon, mesotórío,' tório X, césio 137 e ou­tros).

Trabalhos com exposição aos raios X esubstâncias radioativas nos hospitais, cli­níeas, dispensários, consultórios médicos,odontológicos, casas-de-saúde, centros anti­cancerosos e outros estabelecimentos..

QUADRO IX - SíLICA E SILICATOS

Grau 1 - Insal~bridade máximaOperações que desprendam poeira de si­

líca ou de sílíeatos em: aplicação de amian­to a pistola.

Decapagem, polimento de metais e fosca­mente de vidros com jato de areia.

Trabalhos permanentes no subsolo, emminas ou túneis (operações de corte, fura­ção, desmonte, carregamento e outras ati­vidades exercidas no local do desmonte, ebritagem no subsolo. ~

Trabalho de extração de minério ou ro­chas amíantíteras (furação, desmonte, tri­turação, peneíramento e- manipulação).

Grau 2 - Insalubridade médiaOperações que desprendam poeira de sílí­

ca ou de silícatos em: alíaçâo e polimentode peças metálicas.

Fabricação de lixas com materiais conten­do sílíea,

Fabricação de mós, sapéleos, pós- e pastaspara limpeza de metais.

Fabricação de material, refratário parafornos, chaminés e cadinhos; recuperaçãode resíduos.

Manipulação de amianto na fabricação deamianto-cimento, de juntas de amianto­borracha, guarnições de fricção e cintas' defreios com amianto; fabricação de cartões epapéis com amianto.

Mistura, cardagem, fiaçam e tecelagem deamianto.

Moagem e manipulação e sílica na indús­tria de vidros, porcelanas e outros produtoscerâmicos. .

Operações de extração, trituração e moa­gem de talco.

Trabalhos em fundições, expondo' a poei­ras e areia, moldagem, desmontagem e re­barbação.

Trabalhos permanentes nas galerias, ram­pas e poços em subsolos, em rochas quart-.zosas,

Grau 3 - Insalubridade minimaOperações que desprendam -poeira de sill­

ca em:Trabalhos em pedreiras: furação, corte,

marroagem, cantaria, brítagem, penetração,classificação, carga e descarga de silos detransportadores de correia.

Trabalho}! de cantaria.Trabalhos de brítagem ao ar livre.

QUADRO X - SULFETO DE CARBONOGrau 1 - Insalubridade máxima

Fabricação de sulfeto de carbono e seusderivados.

Fabricação de earbonílída.Vulcanização a frio da borracha por meio

da dissolução do enxofre no sulfeto de ear-bono, .

Grau 2 - Insalubridade médiaEmprego do sulfeto de carbono como' cUs­

solvente da gutapercha, de resinas, ceras,gorduras, óleos, essências, vernizes, lacas,celulose e outras substâncias.

Fabricação de colas e mastiques dissolvi,.dos em sulfeto de carbono.

Fabricação e emprego de inseticidas comsulfeto de carbono.

Fabricação de seda artificial (víacose) ,

QUADRO XI - OPERAÇOES DIVERSAS

Grau 1 - Insalubridade máximaOperações' com berilo ou glíeínío e seus

compostos: extração, trituração e. trata,.mente: fabricação de suas ligas e eompos­tos na fabricação de tubos fluorescentes, deampolas de raios X, de vidros especiais ede outros produtos.

Operações com cádmio e seus compostos:extração, tratamento, preparação de ligas,fabricação e emprego de seus compostos,solda com cádmio, fabricação de fios eíé­tríeos, utilização em fotografias com luzultravioleta, em fabricação de vidros, comoantioxidante, em revestimentos metálicos,em fabricação de rolamentos e de outrosprodutos.

Operações com manganês e seus compos­tos: extração, tratamento, trituração, trans­porte do minério; fabricação de compostos

.de manganês, fabricação de pilhas secas',fabricação de vidros especiais, indústria dêcerâmica ou ainda outras operações comexposição prolongada à poeira de pírolusítaou de outros compostos de manganês.

Operações em galerias e tanques de es­goto.

Operações sujeitas ao despreendimento demonóxido de carbono (fabricação de gás deiluminação, de gás de água). '

Grau 2 - Insalubridade médiaAplicação a pistola de tintas de alumínio.Fabricação de pós de alumínio (tritura»

ção e moagem).Fabricação de emetina e pulverização de

ípeca,Fabricação e manipulação de ácido acétã­

co glacial, clorídrico, fluorídrico, oxálíco, ui'­tríco e sulfúrico.

outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7951

Metalização a pistola.Operações com o tímbó.

Operações com bagaço de cana nas fasesde grande exposição à poeira.

Operações com exposição à radiação ul­tra-violeta e infravermelha, sem proteçãoadequada.

Operações com exposição a gases e vapo­res tóxicos.

Operações permanentes de solda de me­tais, elétrica e a oxiacetileno.

Operações de galvanoplastia: douração,prateação, niquelagem, cromagem, zinca­gem, cobreagem; anodízação de alumínio;telegrafia e radiotelegrafia; manipulaçãoem aparelhos do tipo Morse e recepção desinais em fones.

Trabalhos com escórias de "I'homas: remo­ção,..trituração, moagem e acondicionamen­to.

Trabalhos de retinida, raspagem a secoe queima de pinturas.

Trabalhos na extração do sal (salinas).

. Trabalho em ambientes alagados ouen­charcados, com umidade excessiva, capazde ser nociva à saúde.

Trabalhos em câmaras frigoríficas -Ó

Trabalhos em locais de calor excessivo(provenientes de fontes artificiais), cujatemperatura efetiva ultrapasse a 28 graus C.

Trabalhos com exposição a calor radianteproveniente de materiais em fusão ou in­candescentes (fundições, estamparias demetal a quente, forjas, alimentação de cal­deiras, fabricação de vidros).

Trabalhos por perfuratrizes e martetotespneumáticos. .

. Trabalhos com equipamentos ou em am­bientes com excesso de pressão: escafan-dros e caixões pneumáticos. .

Trabalhos em ambiente com excesso deruído:

a) Em recintos limitados: nível igualousuperior a 85 decibéis (medida efetuada nacurva "b" do medidor de intensidade desom).

b) Ao ar livre: nível igualou superior a90 decibéis (medida efetuada na curva "c"do medidor de intensidade de som.

Grau 3 - Insalubridade mínima

Fabricação e transporte de cal e cimentonas fases de grande exposição às poeiras.

Fabricação e manipulação de álcalis cáus­ticos.

Trabalhos de carregamento, descarrega­mento ou remoção de enxofre ou suifitosem sacos ou a granel. - Arnaldo Sussekirid,

DECRETO-LEI 1'1".0 389DE. 26 DE DEZEMBRO DE 1968

Dispõe sobre a verificação ·judicial.deinsalubridade e periculosidade e dá ou­tras providências.

O Presidente da República, no uso dasatribuições que lhe confere o § 1.0 do artigo2.0 do Ato Institucional n,v 5, de 13 de de­zembro de 1968, decreta:

Art. 1.0 Arguída em juízo, insalubridadeou periculosidade de atividades ou operaçõesligadas a execução do trabalho, proceder­se-á a perícia técnica para os efeitos dodisposto no artigo 209 da Consolidação dasLeis do Trabalho, aprovada pelo Decreto­lei n. o 5.452, de 1.0 de maio de 1943, e noartigo 2.0 da Lei n.O 2.573, de 15 de agostode 1955.

Art.2.0 A caracterização e a classífícacâo. da periculosidade e da insalubridade, se­gundo as normas e os quadros elaboradospelo Departamento Naclona.l de Segurançae Higiene do Trabalho, serão feitas por mé­dico ou engenheiro devidamente habilitadosem questões de higiene e segurança do tra­balho e designados por autoridades judiciá­ria.

Art. 3° Os efeitos pecuniários, inclusiveadicionais, decorrentes do trabalho nas con­dições da insalubridade ou da periculosida­de atestadas. serão devidos a contar da da­ta do ajuizamento da reclamação.

§ 1.0 Enquanto não se verificar haveremsido eliminadas suas causas, o ex-reícío deatividades ou operações insalubres asseguraa percepção de adicionais respectivamentede 40%, 20% e 10% do salário mínimo daregião, segundo se classifiquem nos grausmáximo, médio e mínimo.

§ 2.0 O adicional para a prestação deserviço. em contato permanente eom infla­máveis em condições de periculosidade é oprevisto na Lei n. O 2.573, de 15 de agostode 1955.

Art. 4.0 Os princípios estatuídos nesteDecreto-lei aplicam-se aos procedimentosjudiciais cujas sentenças ainda não tenhamsido executadas.

Art. 5.0 O disposto neste Decreto-lei nãoobriga à restituição de importâncias queaté a data de Sua promulgação tenham sidopagas a trabalhadores com fundamento emcritérios de verificacão e classificacão di-versos dos ora fíxados. •

Art. 6.° Este Decreto-lei entrará em vi­gor na data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário, especialmente aLei n.> 5.431, de 3 de maio de 1968. (36).

Brasília, 26 de dezembro de 1068; 147.0da Independência e 80.0 da República. ­A. COSTA E SILVA - Jarbas G. Passarinho.

PARECER DA COMISSãODE CONSTITUI9!i-0 E JUSTIÇA

I - Relatório

Quer o presente projeto de lei, de autoriado ilustre Senador Paulo Torres, instituirnova disciplina legal para o denominadoadicional de insalubridade, fazendo com queO· acréscimo salarial incida sobre o salárioefetivamente recebido pelo trabalhador enão sobre o salário mínimo, como vem sen­do entendido .até aqui por falta de expres­sa determinação legal neste sentido.

.2. Intenta ainda a proposição fixar osgraus de insalubridade e percentuais deacréscimo salarial incidentes sobre cada umdeles, além de admitir a redução ou mesmoeliminação do adicional, quando mínímíza­das ou suprimidas as condições de insalu­bridade. O projeto incorpora ao seu textoo disposto no art. 6.°, do Decreto-Lei n. o

2.162, de 1.0 de maio de 1940, e no art. 79,da Consolidação das Leis do Trabalho; daíporque pretende, ainda, a revogação dos dis­positivos opa absorvidos.

3. O proj eto é constitucional, nos ter­mos do art. 8.0 , itern XVII, letra "b", com­binado com o art. 43 da Constituiçáo Fe­deral. Não atenta ele contra a ordem juridi­ca vigente. Sob o aspecto da técnica legis­lativa não cabem restrições ao projeto quepossui mesmo o mérito de fazer com quepassem a ser tratados em diplomas distin­tos o salário mínimo e o adicional. de in­salubridade. Ficariam, então, consolidadosnum único diploma as disposições referen­tes ao adicional.

11 - Voto do RelatorFace ao exposto em nosso relatório, ma­

nHestamo-nos pela aprovação do projeto.

Sala da Comissão, - Jairo Magalhães,Relator.

IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Oonstítuíção e Justiça, em

reunião de sua Turma "A", realizada em21-5-74, opinou, unanimemente, pela cons­titucionalidade e juridicidade do Projeto n."1.606173, nos termos do parecer do Relator,

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados: José Bonifácio - Presidente, JairoMagalhães, Relator, Alfeu Gasparini, Djal­ma Marinho, Jl:lcio Alvares, José BonifácioNeto, Luiz Braz. Manoel Taveira, Osmar Lei­tão, OsneIli Martânellí, Severo Eulálio eTúlio Vargas. - .

Sala da Comissão, 21 de maio de 1974. _José Bonifácio, Presidente - Jairo Mag'a­Ihães, Relator.

PARECER DA COMISSAO DE TRABALHO, E LEGISLAÇAO SOCIAL

I - RelatórioIntenta o presente projeto, de autoria do

ilustre Senador Paulo Torres, fazer com queo adícional insalubridade passe a ser cal­culado sobre o salário efetivamente pagoao trabalhador e não sobre o salário mí­nimo, como vem sendo entendido até aqui.

2. Na Comissão de Legislação Social doSenado Federal, a certa altura do parecer,o relator da matéria assim se expressa:" ...Se é certo que a remuneração de umtrabalhador varia, para mais ou para me­nos. em função da qualidade, antigüidade,respçnsabílídade, ete., dos serviços que pres­ta, como se atribuir ao mais qualificado,ao mais técnico, ao mais responsável. umadicional idêntico ao de outro trabalhadorque não tenha tais qualificações? Jl: o mes­mo que nivelar os desiguais." De fato. "Seo . acréscimo salarial também pode ter ocaráter de compensação pelo maior des­gaste orgânico motivado pelas condíçôesadversas do trabalho executado, nada jus­tifica seja ele calculado apenas sobre o sa­lário mínimo. Determinados trabálhadorespercebem melhores salários em função deum maior preparo profissional. O patrí-,

.mônío pessoal, representado pela mão-de-obra especializada é, portanto, mais valio­so e, conseqüentemente, o desgaste sofridoem razão do ambiente de trabalho deveser compensado com base na receita dooperário, a ser futuramente diminuída pe­los efeitos da exposição aos agentes noci­vos."

Sobre o mérito da matéria, este o enten­dimento correto, entendimento que. adota­mos integralmente.

3. Realidade é a existência de desorien­tação no entendimento do cálculo doadicional insalubridade; prova disto é oantagonismo observado em acórdãos doTribunal Superior do Trabalho e do Su­premo Tribunal Federal a respeito da ma­téria. Efetivamente, a razão das dúvidasestaria na ausência da expressa determi-nação legal. .

4. Esposamos as razões do autor quan­do afirma que o projeto em tudo eliminaráas hesitações, estabelecendo de forma in­duvidosa que o adicional deva ser calculadosobre o salário efetivamente recebido.

5. O projeto desvincula o cálculo doadicional insalubridade do salário mínimoatravés da revogação do art. 6.° do Decre­to-lei n. O 2.162/40 e do art. 79 da Consoli­dação das Leis do Trabalho, passando oscritérios a integrar o § 1.0, do art. 2.0 daproposição. Cuida, ainda, da fixação dos

"5Z Sábado li DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974,

graus de insalubridade com o percentualde acréscimo salarial devido a cada umdeles, admitindo a redução ou corte doadicional se comprovada, a diminuição oueliminação da insalubridade e, por fim, re­gula o pagamento da vantagem quando daocorrência de mais de um fator insalubre.

II _ Voto do Relator

A proposição é atual e oportuna ~ visaa substituir a legtslação vigente, que é máe distanciada da realidade social. Conse­qüentemente, votamos pela conveniência daaprovação do projeto n.v 1.606, de 1973.

Sala da Comissão - Francisco Amaral,Relator.

III - Parecer da Oomíssão

A Comissão de Trabalho e Legislação So­cial, em sua reunião ordinária, realizadaem 27 de junho de 1974, opinou, unanime­mente, pela aprovação do Projeto número'1.606/73, nos termos do parecer do relator,Deputado Francisco Amaral. '

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados Raimundo Parente - Presidente,Carlos Cotta, Bezerra de Norões, Alcír Pi­menta, walter Silva, Fernando Cunha, Joséda Silva Barros, Cid Furtado, Álvaro Gau­dêncío, João Alves, Mauricio Toledo, Hen­rique de La Rocque, Roberto Galvani, Wil­80n Braga, Osmar Leitão, Francisco Amaral,Helbert dos Santos, Célio Marques Fernan­des, Roberto Gebara, Wilmar Dallanhol eArgílanv Dario.

Sala da Comissão, em 27 de junho de1974, - Raimundo Parente, PresidenteFrancisco Amaral, Relator.

PARECER DA COMISSÁODE FINANÇAS

I - Relatório

Teve origem da Câmara Alta - de ini­ciativa do nobre Senador Paulo Torres _.­o projeto de lei ora submetido ao juízodesta Comissão, que dispõe sobre o adicio­nal de insalubridade, e determina 'novasprovidências.

Conforme se observe em graus máximo,médio ou mínimo de insalubridade - to­

.mado como base o salário efetivamentepercebido pelo trabalhador - 0- adicionalserá de 40, 20 e 10%, respectivamente.

Reduzido ou eliminado será o adicional,caso ocorra redução ou extírpaçâo da in­salubridade.

Na hipótese de verificar-se mais de umfator de insalubridade, será considerado odegrau mais elevado, sendo defesa a per­cepção çumulattva de adicional, ainda quese trate de adicional por periculosidade.

Definindo com Amaro Barreto, disse oautor na justificativa da propositura:

"A insalubridade, no Direito do Traba­lho é a condição ou atestado da ativi­dade que, por sua natureza, ou métodode execução, possa produzir doenças,infecções ou intoxicações, afetando aintegridade biológica do trabalhador."

Destacando o ponto alto da proposição,aditou o digno Senador Paulo Torres:

"Ocorre que, instituído por uma lei desalário mínimo - Decreto-lei n.o 399,de 30-4-38 - o adicional de insalubri­dade ligou-se indissoluvelmente a este,impondo aos trabalhadores sérios pre­juizos até hoje não ressarcidos,Com efeito, partindo de interpretaçãoaté certo ponto simplista do, art. 79 daCLT, entenderam juristas e tribunaisdo trabalho que somente faziam jus aoadicional de serviço insalubre os em­pregados cujo salário não fosse supe-

ríor ao mínimo legal. Toda vez que aremuneração excedesse o chamado "sa­lário de sobrevivência", nela estariaincluída a compensação pelo exercíciode atividade com risco de saúde, tor­nando-se assim indevido qualquer novoacréscimo salarial em função desserisco."

Chegado na Câmar-a, foi o projeto dis­tribuído às oomtssões de Constituição eJustiça, de Trabalho e Legislação Social, ede Finanças.

O prímeíro desses órgãos técnicos opinou,unanimemente, pela constitucionalidade ejuridicidade da iniciativa senatorial, aco­lhendo o parecer do Relator, o nobre Depu­tado Jairo Magalhães, da ARENA monta­nhesa.

A Comissão de mérito, a de Trabalho eLegislação Social, também por unanimida­de, aprovou a propositura em estudo, su­fragando o voto do Relator, o operoso par­lamentar bandeirante, Francisco Amaral.

Jã se encontrava o processo em nossopoder, quando ao projeto foram anexadas- por despacho do Presidente Flávio Mar­cilíc, considerações sobre o mesmo desen­volvidas pela Federação dos Trabalhadoresnas Indústrias Gráficas do Estado de SãoPaulo, encerradas nestes termos:

" ... a contribuição desse projeto paraa defesa dos direitos dos trabalhadoresé Inestimável",

Ê o relatório.II - Voto do Relator

Relatando a proposição' Na Comissão deSaúde, enfatizou com conhecimento da ma­téria o Senador-Médico, Fausto CasteloBranco:

"A higiene do trabalho destina-se, comose sabe, a preservar, na medida dopossível, a saúde do trabalhador, aoqual, como a cada homem, incumbe ze­lar por sua saúde, como elementar obri­gação."

E falando como legislador arrematou:"Não mais se justifica que o adicionalde insalubridade seja apenas o própriosalário mínimo que a lei garante aosserviços insalubres. Importa que se ra­tifique através de um texto de lei, comopropõe o projeto, o que diversos acór­dãos [á sabiamente decidiram: o adi­cional de insalubridade incidindo so­bre qualquer salário, por se tratar decompensação ao risco que o emprega­do tem ,que sustentar quando prestaserviços em ambiente nocivo à saúde.Este entendimento deve prevalecer,quer se considere o problema da insa­lubridade predominantemente médico,quer seja ele julgado mais de ordem[urídíca, Somos dos que entendem queeste adicional não é, a rigor, salário,mas uma penalidade imposta ao em­

'pregador por exigir trabalho em am­biente carregado de periculosidade ecapaz de, cientificamente, ser modifi­cado."

Estamos de pleno acordo com o SenadorCastelo Branco.

Edgar Vargas' Serra, membro efetivo daSociedade Internacional de Direito Social,in "Insalubridade e sua! Remuneração",(José Konfino - Editor, Rio, 1962, pág, 21),prelecíona:

"Considerada hodiernamente como pro­blema social de larga repercussão enão menor relevo, conseqüentementeinteressando o Poder Público, a insa­lubridade, sem que isso possa causarsurpresa, vem merecendo, em diversas

ordenações estatais, tratamento espe­cíal."

Tal foi a relevância que assumiu o pro­blema da insalubridade, que a matéria foiacolhida no texto constitucional de inú­meros países. A Ocnstítuíção da Argentina,sancionada em 1949, previu, expressamente:

"O cuidado da saúde fisica e moral dosIndíviduos deve ser uma preocupaçãoprimordial e constante da sociedade"àquem corresponde velar para que o re­gime de trabalho reúna os requisitosadequados de higiene e de segurança,não exceda as possibilidades normais deesforço e possibilite a devida oportu­nidade de recepção pelo repouso."

F. Garcia e J. A. Garcia Martinez,' in "l!;lContrato de 'I'rabajo" <1945, pág, 346), afil),­mam procedentemente:

"Ante a evolução atual das Idéias [u­rídteas, sociais e econômicas, a eqüi­dade e, sobretudo, a justiça social, queé a base da ordem social, impõe-semais escrupulosa tutela pessoal ao tra­balhador; daí a preocupação do legis­lador em eliminar do ambiente de tra.1.balho toda causa que constitua um 1'1J..rígo para a saúde ou integridade físicado empregado ou. trabalhador."

O Código Internacíonal do Trabalho, nosartigos 471, 480 e 484, interdita as mulhe­res e menores o trabalho em operações àbase de chumbo, zinco e seus compostos.

Inúmeras Conferências Internacionais doTrabalho fixaram em convênios recomen­dações pertinentes à, insalubridade. EmWaslling'ton, local escolhido para a Primei­ra Reunião, de 29 de outubro de 1919 a 27de janeiro de 1920, duas recomendaçõesforam propostas e aprovadas, a respeitodesse inalienável direito dos trabalhadores.

O projeto do Senador Paulo Torres en­cerra providências de há muito reclamadanos arraiais do Direito Laboral.

A compensação que fixa, com taxas pro­porcionais aos índices de insalubridade a'serem aprovados por órgãos competentesdo Ministério do Trabalho, além de justa,correspondente ao desgaste físico sofridopelo trabalhador.

Adstritos aos lindes de nossa eomnetêà­eía, inscrita no § 7.° do art. 28, do Regi­mento Interno, nada recolhemos do exameprocedido na proposição que pudesse con­duzir à sua inadmissibilidade.

A p e nas, objetivando dístender-Ihev-aabrangência; apresentamos-Ihe Emenda aoart. 1.0 Aprovada esta, teremos levado, aquantos exercer atividades em meios insa­lubres, seja qual for o regime jurídico sobque trabalhe, os benefícios da lei consee-táría. ,',

Com esse entendimento a respeito doProjeto n.o 1.606173, do Senado Federal,recomendamos aos integrantes desta Co­missão que votem por sua aprovação. como que estarão defendendo, em todo o País,quantos trabalhadores labutam em ambien-tes insalubres. .

É (" nosso voto.

Sala da Comissão, de outubro de 19'14.- Athiê Jorge Coury, Relator,Emenàa ao, Projeto n.o 1.606, de 1973, qíiedispõe sobre o Adicional de Insalubridade' edá outras, providências.

Acrescente-se ao art. 1.0, depois da paJ~­vra ocupados, a seguinte expressão;

"sob qualquer regime jurídíco."

a) Athiê JOl'ge Coury, Relator.

Outubl'o de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçã~ n Sábado 5 795S

nI - Parecer da Comissão

A Comissão de Finanças, em sua reuniãoordinária, realizada em 3 de outubro de;t974, 'opinou, unanimemente, pela aprova­ção do Projeto n,? 1. 606/73, do Senado Fe­deral, nos termos do parecer do Relator,Deputado Athiê Ooury, com uma emenda.

Compareceram os Senhores Arthur San­tos, Presidente, Ildélio Martins e Athiê Cou­ry, Vice-Presidentes, Adhemar de BarrosFilho, Homero Santos, Ivo Braga, JorgeVargas, Tourinho Dantas, Wilmar Guima­rães, Cesar Nascimento, Florim Coutinho,Fernando Magalhães, João Castelo, Leo­poldo Peres, Ozanan Coelho, Joel Ferreirae José Freire.

Sala da Comissão, em 3 de outubro de1974. - Arthur Santos, Presidente - Athiê'(3oury, Relator.

Emenda da Comissão

Acrescente-se ao art. 1.0, depois da pala­vra ocupados, a seguinte expressão:

"sob qualquer regime [urídíeo.". ,Sala da Comissão, em 3' de outubro de

,1,974. - Arthur Santos, Presidente ,- Athiê.,Jorg·e Coury, Relator.

PROJETO DE LEIN.o 1.627-B, de 1973

(Do Sr. Luiz Braz)

Dispõe sobre a remuneração do em­pregado investido em mandato de ve­reador gratuito nos dias de sessões daCâmara; tendo pareceres: da Comissãode Constituiçiio e Justiça, pela consti­tucionalidade c juridieidade; e, das Co­missões de Trabalho e Legislação' 80-

. cial e de Finanças, pela aprovação. Pa­receres à Emenda de Plenário: da Co­missão de Trabalho e Legislação Social,pela rejeição; e, da Comissão de Finan­ças, pelá 'aprovação;

'~PROJETO DE LEI N.O 1. 627-A, DE 1973,EMENDADO EM PLENÁRIO, A QUE SEREFEREM OS PARECERES).

';.'.. , O Congresso Nacional decretaz,' Art. 1.0 O empregado investido em

.mandato gratuito de vereador não perderáa remuneração nos dias em que tiver deausentar-se do serviço da empresa para

,çompar(;'cer às sessões da Câmara.

;·,Art. 2.° Es'ta Lei entrará em vigor na-data de sua publicação.

Art. 3.0 Revogam-se as disposições em"contrário.

J'ustificação,,~

A Lei Complementar n.o 2, de 29 de no-';y'embro de 1;;67, contendo inovação quechegou na crista de uma tendência mar­cadamente moralizadora, consubstancíadaesta no art. 16, § 2.0 , da Constituição de"1967, restringiu a antiga permissibilidade(da qual tanto se abusou neste Pais) deas câmaras municipais estípendíarem seusmembros..: Pelo referido diploma, somente as câma­ras municipais das caprtáís e dos municí­pios com população superior a cem mil ha­bitantes podiam atribuir remuneração aos

!.í!eUS vereadores.Mais tarde um pouco, em 26 de fevereiro

,>,d~ 1969, através do Ato Institucíonal D.O 7,• a;J,rerou-se aquela disposição para estabele­cer que somente vereadores das capitais edos municípios com população acima de

',trezentos mil habitantes podiam continuarrecebendo remuneração.

A Emer,da Constítueíonal n.O 1, d~ 17 deoutubro, de 1969, conquanto preservasse l/.

medida restritiva, cuidou de abrandá-la umpouco para' determinar que, além das ca­pitais, também os municípios com popula­ção superior a duzentos mil habitantes têmpermissão para remunerar seus vereadores(art. 15; § 2.0).

E. se antes da edição de' tais 'leis, eramregistrados freqüentes casos de corrupçãoem ínumerns municípios, com parte subs­tanciais de suas receitas sendo reservadapara pagamentos de importâncias poipu­damente incompatíveis com o volume des­sas rendas e com a dignidade do exercíciode um mandato eletivo, há que ser reco­nhecido, também, que as medidas foramdrásticas demais, a ponto de contribuírempara um gradativo desestimulo à vereança,

Tais .postos eletivos, antes disputadosacirradamente pelas pessoas mais gradas emais bem dotadas moral e intelectualmenteem ncssac comunas, transformaram-se emencargo excessivamente pesado e, pois, de­sinteressante.

Decresceu, assim alarmantemente, a qua­Iídaue das representações populacionais emâmbtto municipal. com reflexos negativosria formação de lideranças para o cenárionacional.

Varios setores da vida pública brasileirareconhecem e proclamam, a partir de então,a necessidade de um estudo bastante apro­fundado em torno da questão, com soluçãoque seja a um só tempo moralista e nãocerceadora da atividade política, que evitea volta ao passado, mas que igualmente,aceite a verdade segundo a qual a todo tra­balho deve corresponder uma contrapres­tação remuneratória, principalmente quan­do esse trabalho é desenvolvido em bene­fício. da coletividade.

!::ntretanto, por mais generosas 'e inte­ligentes que sejam as idéias 'ou sugestões arespeito, há sempre o obstáculo da dispo­sição constitucional em contrário e, bemassírr , o interesse, por mais de uma vezdemonstrado, do Governo Revolucíonárioem não permitir a sua alteração, ao menospor forma que possa sequer ensejar umcomprometimento dos objetivos de mora­lidade pretendidos para a delicada questão.

Não creio que o Governo pretenda imporum sacrifício ou uma espécíe de sacerdócio,permanente e inexorável, aos que se dis­ponham a exercer a vereança em nossas ci­dades que não sejam capitais e que nãodisponham de mais 'de duzentos mil ha­bitantes.

Creio, isto sim, que a matéria esteja sen­do estudada em suas áreas de decisão com­petentes, para que a medida a ser adotadaseja compatível com os interesses revolu­cionários e não autorize qualquer possíbílí­dade de regressão a um passado de desman­dos e corrupção a duras penas abolido docenáríc político nacional.

Enquanto isto, deve o legislador ordiná­rio buscar fórmulas que valorizem e digni­fiquem o exercício do mandato de vereador,apesar das dificuldades apontadas, semarrostar o texto constitucional.

Entre tais fórmulas, uma que me pareceadequada, por justa, e a que vem consigna­da no presente proj eto de lei.

Ela é inspirada no tratamento atualmen­te dispensado ao funcionário público inves­tido em mandato eletivo gratuito,' trata­mento esse que é consubstanciado em al­guns direitos não minimizados nem altera­dos quer durante a vigência da Constituiçãode 1967, quer a partir da Emenda Cons­titucional n.? 1, de 17 de outubro de 1969.

Com efeito, o § 3.° do art. 104, da Consti­tuição Federal estabelece que:

"O funcionário municipal investido emmandato gratuito de vereador fará jus

à percepção de vantagens de seu cargo nOSdias em que comparecer às sessões da Câ­mara."

Ora, se o vereador-funcionário não perdeos saláríoa nos dias em que se ausenta doserviço público para comparecer às sessõesda edilidade, por que não deferir idênticotratamento, . sob o regime da CLT, atri­buindo-se à empresa empregadora o ônusdesse pagamento?

Afinal, é o mesmo o "munus" públicoexercido pelo vereador em proveito da co­letividade, seja ele funcionário ou simplestrabalhador. E a empresa, por integrar-sea essa coletividade, também se beneficiadesse trabalho.

O nosso projeto, aprovado, eliminará umaperspectiva de desvantagem, de prejuízopecuniário, para o trabalhador investido emmandato gratuito de vereador e represen­tará UI!' estímulo a mais para o exercíciodessa, hoje em dia, quase desprezada atíví­dare.

Sala das Sessões, em 23-10-73. - LtlizBraz.

LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇAO DAS COMISSOE8

PERMANENTES

CONSTITUICÃO DA REPÚBLICAF~DERA'Í'IVA DO BRASIL

Emenda Constitucional n,? 1d;, 17 de outubro de 1969

TÍTULO IDa Organização Nacional

............................ ".' ~ -,CAPÍTULO rrr

Dos Estados e Municípios

Art. 15. A autonomia municipal' seráassegurada:

I - pela eleição direta de Prefeito, Vi­ce-prefeito E vereadores realizada simul­taneamente em todo Pais, em data diferen­te das eleições gerais para senadores, depu­tado federais e deputados estaduais;

§ 2.0 Somente farão jus à remuneraçãoos vereadores das Capitais e dos Muni­cípios de população superior a duzentos milhabtantes, dentro dos limites e critériosfixados em lei complementar................, ,

.............................................

PARECER DA COMISSÃO DECONSTITUIÇÃO 11 JUSTIÇA

I e II - Relatório e Voto do RelatorPretende-se por meio do presente Projeto

garantir ao vereador, cujo mandato sejaexercido gratuitamente. remuneração nosdias em que para comparecer às sessões daCâmara, se ausentar dos serviços da empre­sa em que. trabalha.

O Projeto não esbarra em qualquer pre-.eetto constitucional, nem vulnera principiode direito, pelo que, ressa.tvada a competên­eia das Comissões especializadas para oexame do mérito, temo-lo por constitucio­nal e jurídico.

Sala da Comissão, em 21 de novembro de1973. - Hamilton Xavier, Relator.

IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em

reunião de sua Turma "A", realizada emZi-1l-73. opinou, unanimemente. pela cons­trtucíonattdade e jurtdíeídade do Projeto n,"1.627173, nos termos do parecer do Relat-?r.

'1954 Sábado 5 DIARIO DO' CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados:

Ferreira do Amaral - Vice-Presidente nqexercicio da Presidência, Hamilton Xavier-Relator: Alceu CoHares Alfeu Gasparini,Arlindo K~nzler, Cláudio Leite, Élcio Alva­res Hildebrando Guimarães, Jairo Maga­lhães, José Sally, Lisâneas Ma~iel, Luiz BraZ,Osnelli M'S.rtinelli e RuydalmeIda Barbosa.

Sala da Comissão, 21 de novembro de1973. - Ferreira do Amaral, Vice-Presiden­te no Exercício da Presidência. - HamiltonX~vier, Relator.

PARECER DA COMISSãO DETRABALHO E LEGISLAÇãO SOCIAL

I - RelatórioO Projeto de Lei n. O 1.627173, de autoria

do nobre Deputado Luiz Braz, já analisadona Comissão de Constituição e' Justiça, ob­jetiva assegurar aos empregados exerce~t~sde mandatos gratuitos de vereador, o dlret­to à remuneração pelas dias em que tiveremde ausentar-se do serviço para compareceràs sessões das respectivas câmaras.

A atribuição de pagar dita remuneração,O encargo digamos assim, como é óbvio eresulta evidente da proposição, fica cometi­do à empresa .ou empregador.

A opinião da Comissão de Constituição eJustiça, baseada no p.areceJ; d~ ~elator,Deputado Hamilton XaVIer, fOI unamme pe­la constitucionalidade e juridicidade da pro­posição.

É o relatório.II _ Voto do Relator

Em verdade, a remuneração de que tratao projeto em exame nada tem a ver comaquela que vem referida nc § 2.0

, do art. 1:>,da Constituição Federal (Emenda Consti­tucional n.? 1, de 17 de outubro de 1969).

Uma - a do preceito constitucional - éestipêndio, recompensa, honorários (ouqualquer nome que se lhe dê) pelo exercíciodo cargo de vereador, permitida somentenos municípios das capitais e nos que te­nham população superior a duzentos milhabitantes.

A outra - a do projeto - diz respeito,simplesmente, àquela contraprestação sala­rial que o cidadão tem pela sua condição deempregado, ou seja, "pessoa física que nres­ta' serviços de natureza não eventual a em­pregador, sob a dependência deste ... ", noâmbito privado, fora, portanto, do exercíciodo cargo de vereador.

E o que o projeto quer é pois, justamente,determinar que esse cidadão, quando exer­cer simultaneamente mandato de vereador(mandato gratuito), não seja descontadoem sua remuneração mensal pelas faltasque tenha que dar ao serviço em razão deter que comparecer. às sessões da câmaramunicipal.

Daí o fa.to de a Oorníssâo de Constituiçãoe JUBtiça ter conelírío pela constituciona­lidade da proposição.

Em .verdade ainda, creio que o DeputadoLuiz Braz vem de devassar uma verdadeira .lacuna em nossa legislação, acudindo-a, su­prindo-a, com o bem elaborado, oportuno ejusto proj eto ora trazido à Comissão deTrabalho e Legislação Social para examequanto ao mérito.

Com efeito, se o funcionário público in­vestido em mandato gratuito de vereadornão perde a remuneração do serviço público,nem tampouco as vantagens do cargo, nosdias em que falta ao trabalho para com­parecer às sessões da câmara (art. 104, § 3.0,da Constituição), é de toda justiça aue seatribua c mesmo tratamento e direito ao

empregado comum, na forma preeonízadapelo projeto. O encargo que o poder públicotem de pagar ao funcionário-vereador nosreferidos dias de ausência. há de ser o mes­mo suportado pela empresa ou empregadorprivados e constitui colaboração de ambosao exercício do "murrus" público, que é oexercício de mandato eletivo gratúíto, As­sim, a só aplicação do principio da isonomiaé o bastante para justificar a aprovação doprojeto. •

O argumento da valorização e da dignifi­cação do exercício do mandato de vereador,mencionado na justificação ao projeto, e,também, válido e oportuno, complementan­do todo o mais que se poderia dizer em fa­vor da proposição em exame.

Nestas condições, opino favoravelmente àaprovação do Projeto de Lei n. O 1.627173.

Sala da Comissão, em 5 de abril de 1974.- Maurício Toledo.

lU _ Parecer da Comissão

A Comissão de Trabalho e Legislação So­cial, em sua reunião ordinária, realizada em18 de abril de 1974, opinou, unanímente,pela aprovação do Projeto n.>. 1.627/73, nostermos do Parecer do Relator, DeputadoMaurício Toledo.

Estiveram presentes OIS Senhores Depu­dos: Raimundo' Parente - Presidente, Wil­son Braga, Carlos Cotta, Osmar Leitão,Maurício 'I'oledo, Roberto Gebara, ArgilanoDario, Walter Silva, José da Silva Barros,Bussumu Hírata, Francisco Amaral, PeixotoFilho, Alcir Pimenta, Fernando Cunha, Wil­mar nansnnet; Roberto Galvani e João Al­ves.

Sala da Comissão, em 18 de abril de 1974.- Raimundo Parente, Presidente - Mau­rício 'I'oledo, Relator.

PARECER DA COMISSãO DE FINANÇAS

I - RelatórioO nobre Deputado Luiz Braz apresenta

oportuno projeto que "dispõe sobre a remu­neração do empregado investido em man­dato de vereador gratuito nos dias de ses­são da Câmara".

A douta Comissão de Constituição é Jus­tiça opinou pela sua constitucionalidade,reconhecendo, ainda, que o projeto não"vulnera princípio de direito".

A Comissão de Trabalho e Legislação 80- .cíal, através de longo e fundamentado pa­recer de seu ilustre Relator, o DeputadoMauríeío Toledo, manifesta-se, também, fa­vorável à aprovação do projeto em apreço,salientando que o mesmo vem .preencher,uma verdadeira lacuna em nossa legisla­ção.

n - Voto do RelatorNo que conceme à competência da Comis-,

são de Finanças, não encontramos óbicesao Projeto. de Lei n.? 1.627/73, "razão pelaqual somos favorável à sua aprovação.

A ementa do projeto, entretanto, está aexigir reparos menos de técnica legislativado que redacíonal, o que, sem duvida, de­verá ser objeto de estudos do órgão com­petente,

Este, o nosso parecer, salvo melhor juízo.Sala da Comissão, em 10 de maio de 1974.

Adhemar de Bares Fllho, Relator.

TII- 'Parecer da Comissão

A Comissão de Finanças, em sua reuniãoordinária, realizada em 15 de maio de 1974,opinou. unanimemente, pela aprovação doProjeto n.o 1.627/73, nos termos do Pare­cer do Relator, Deputado Adhemar de Bar­ros Filho.

Compareceram os Senhores Arthur San­tos, Presidente, Ildélío Martins e Athiê oou­rs, Vice-Presidentes, Cesar Nascimento,Tourinho Dantas, José Freire, Aldo Lupo,Florim Coutinho, Dias Menezes, Joâo Cas­telo, Ozanan Coelho, Ivo Braga, HomeroSantos, Jorge Vargas, Joel Ferreira, Fer­nando Magalhães, Adhemar de Barros Fi­lho, Oztris Pontes, 'Peixoto Filho, DyrnoPires e Leopoldo Peres,

Sala da Comissão, em 15 de maio de hl74.- Ildélio Martins, Presidente em exercício.- Adhemar de Barros Filho, Relatnr.

Emenda Oferecida em Plenário

Dê-se ao art. 1.0 do Projeto a seguinteredação:

"Art. 1.° O empregado investido emmandato gratuito de vereador não per­derá a remuneração correspondente aoperíodo em que tiver de ausentar-se doserviço para comparecer às sessões daCâmara, realizadas em horário coinci­dente com o de seu trabalho na em­.presa,"

Sala das Sessões, 12 de junho de 197'!l,.

PARECER DA COMISSãODE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇA

I e 11 - Relatório e Voto do RelatorA proposição de que é autor o Senhor

Deputado Luiz Braz, assegurando ao ve­reador a remuneração nos dias em que, pa­ra. o exercício do mandato, se ausentar doserviço de empresa em que trabalhar, eacolhido por este órgão técnico, foi apre­sentada, em plenário, a emenda em apre­clação.

Em linhas gerais, emenda e proposiçãooriginária visam ao mesmo fim, parecen­do-nos, entretanto, deva prevalecer a re­dação original que apenas assegura o pa­gamento nos. dias de sessão, enquanto aemenda se refere "ao _período" em que oedil teve de ausentar-se para compareceràs sssões da Câmara.

Em síntese: a emenda é Qonstitucional,. devendo, porém, ser rejeitada de modo a ser

mantido, em todos os seus termos, o projeto.Sala da Oomíssão, em 25 de junho de

1974. - Hamilton. Xavier, Relator.

III - Parecer da ComissãoA Comissão de oonstítuíção e Justiça, em

reunião de sua Turma "B", realizada em26-6-74, opinou, unanimemente, pela cons­titucionalidade e, no mérito, pela rejeiçãoda Emenda de Plenário ao Projeto n.o1.627-A/73, nos termos do parecer do Re­lator.

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados:

José Bonifácio, Presidente; Hamilton Xa­vier, Relator; Luiz Braz, Ubaldo Barém,Djalma Bessa, Osnellí Martinelli, José Al­ves, Miro Teixeira, José Bonifácio Neto, Fer­reira do Amaral e Ruydalmeida Barbosa.

Sala da Comissão, 26 de junho de 1974.-José Bonifácio, Presidente; HamiltonXavier, Relator.

PARECER DA COMISSãO DE TRABALH:OE LEGISLAÇAO SOCIAL

I - Relatório

O Projeto de Lei n.o 1.627/73, do Depu­tado 'Lulz Braz, já tramitara pelas comís­sões técnicas da Casa às quais fora distri­buído (Oonstttuíção e Justiça, Trabalho eLeígslaçâo Social e Finanças), obtendoaprovação unânime em todas, conforme sevê dos avulsos juntados aos presentes au­tos (fla. 1 a 4).

outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 '7955

Estando o Projeto em Plenário, recebeuemenda modificativa da redação de seu art.1.0, pela qual se pretende que o empregadoinvestido em mandato gratuito de vereadornão perca a remuneração correspondente aoperíodo .em que tenha de ausentar-se do

· serviço para comparecer às sessões da Câ­mara, realizadas em horário coincidente como de seu trabalho na empresa,

Dita emenda faz que o Projeto volte àsmesmas comissões técnicas que anterior­mente haviam opinado 'sobre ele.

li: o relatóríu..

11 - Voto do Relator

A meu ver, a diferença entre o texto ori­ginal do art. 1.° do Projeto e o da Emenda,está em que esta última cuida de minúcias,fazendo inserir o termo "período" em lu­a-ar de "dias" e aditando a expressão "ses­sões da Câmara realizadas em horário coin­cidente 'com o trabalho do empregado naempresa". '

Quero crer que o-Ilustre autor da emendaesteja preocupado com a ocorrência de umadas seguintes situações:

li) se a sessão da Câmara é realizada nohorário noturno e o empregado trabalha nodiurno, ou vice-versa, ele -v- empregado ­não precisará ausentar-se de seu trabalho,'não tendo, portanto, necessidade de ficarabrangido pelo, digamos, benefício da lei(daí a exigência de "sessões em horário -

"coincidente com o do trabalho");b) se a sessão da Câmara durar apenas

il1gumas horas, pela manhã ou à tarde, oempregado não precisará ausentar-se dotrabalho por todo o dia, mas tão-somentepor um período (daí a substituição, do ter-mo "dias" paI' "período") .

Entretanto, penso que o texto original doProjeto, sobre ser mais explícito e, pois; me­nos sujeito a interpretações equivocadas, já

· atende inclusive àquelas minúcias, eis que· é bastante claro ao preceituar que:

"o empregado investido em mandato'gratuito de vereador não perderá a re­muneração nos dias em que tiver de au­sentar-se do serviço da empresa paracomparecer às sessões da Câmara."

Ora, se as sessões da Câmara forem rea­lizadas em horário ou em dias não coinci­dentes com o seu trabalho, ele, obviamente,pão precisará ausentar-se do serviço. Porconseguinte, não terá necessidade de ques­tionar acerca de remuneração.

Sabemos todos, ademais, que a atividadede um vereador operoso e .responsável nãose circunscreve tão-somente ao rígido ho­rárío das sessões. Há estudos a realizar, ex­'pediente a atender, proposições a elaborar,assuntos admínístratívos vários a discutir,coisas que, evidentemente, não cabem den­tro .do mero horário destinado às sessões.Dai por que ser absolutamente justo deixarna 1el uma certa margem de elasticidadeno tocante à ausência do empregado ao ser­viço, quando essa ausência se destine aocumprimento do "munus't vpúbltco da ve­reança.

Nestas condições, acompanhando o pare­cer da Comissão de Constituição e Justiça,mantenho o meu anterior ponto de vísta evoto pela aprovação do Projeto de Lei n. O

1.627/73 na sua redação original e pela re­jeição' da Emenda de Plenário ora emexame.

Sala da Comissão, em 21 de agosto de1974. - Mauricio Toledo.

IH - Parecer da ComissãoA Comissão de Trabalho e Legíslação So­

cial, em sua reunião ordinária, realizada em

18 de setembro de 1974, opinou, unanime­mente, pela rejeição da emenda oferecidaem plenário ao Projeto n. O 1.627-A/73, nostermos do parecer do Relator, DeputadoMauricio Toledo. Foi designado Relator­Substituto o Senhor Deputado Roberto Gal­vaní.

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados: José da Silva Barros, Vice-Presiden­te, no exercício da Presidência; CarlosCotta, Osmar Leitão, João Alves, WalterSilva, Bezerra de Norões, Roberto Galvaní,Italo Conti, Francisco Amaral, Claudio Lei­te, Alcir Pimenta, Henrique de La Rocque,Wilmar Dallanhol, Wilson Braga, Cid Fur­tado, Alvaro Gaudêncio e Roberto Gebara.

Sala da Comissão, em 18 de setembro de1974. - José da Silva Barros, Vice-Presi­dente, no exercício da Presidência; RobertoGalvaní, Relator-Substituto.

PARECER DA COMISSAODE FINANÇASI - Relatório

1. A remuneração de Vereadores é umtema que vem sendo debatido por muitos81'S. Deputados desta Casa, desde que sedecidiu neste País, pela não remuneraçãodos edis nas comunidades em menos de200.000 habitantes.

Quem analisa a história político-brasilei­ra tem oportunidade de constatar a exís­têncía de períodos. em que os governos de­ram maior ou menor atencão à autonomiamunicipaL •

Pode-se dizer que a autonomia municipalnão tem sido levada em conta, destacando­se a persistência do Governo em não remu­nerar os Vereadores nas comunidades infe­riores a 200 mil habitantes.

Trata-se de um tratamento de omissãopara com as comunas dn nosso País.

Ao adotar essa malfadada medida de nãopagar aos Vereadores, o Governo alegou que,anteriormente, estavam ocorrendo abusos eque se pagava exorbitantemente aos legis­ladores. municipais.

Inobstante, tanto tempo decorrido, estaargumentação já não resiste à menor aná­lise, porque o Governo possui técnicos emtodos os seus setores e só mesmo a faltade tempo deve tê-los impedido de solver es­ta situação atéo momento.

Criou-se o paradoxo de um sistema quediz defender a justiça social e que, ao mes­mo tempo, se recusa a pagar ao Vereadorpelos trabalhos que presta à comunidade.

Criou-se o dualismo na classe políticamunicipal, segundo o qual existe um Ve­reador de primeira, que serve em municí­pios com mais de 200 mil habitantes, e ga­nha, e um Vereador de segunda, que serveem municípios com menos de 200 mil habi­tantes, e não ganha, não tem -iroventos, nãorecebe por aquilo que faz, pela legislaçãoque põe em evidência, em defesa de suacomunidade.

Esta casa, através dos seus ilustres mem­bros - e são poucos os que não têm faladoa respeito - tem sido assídua na reivin­dicação do subsídio para os Vereadores enuma política de maior prestigio dos mu­nicípios, muitos dos quais lutam com asmaiores dificuldades, encontram os maio­res percalços para custear suas despesas e,multe vezes, não sobra dínheíro: sequerpara pagar aos servidores da Prefeitura.

2. O objetivo colimáclo por esta Emen­da de Plenário justifica-se plenamente,porquanto, corrige o que seria uma presta­ção de serviço de caráter gratuito e nãoacarretaria ônus para as empresas parti­culares, tendo em vista que seria pagamen-

to de importância tirada do próprio saláriodo empregado.

11 - Voto do RelatorManifestando nossos aplausos ao autor da

Emenda de Plenário, pela feliz e oportunainiciativa, sob o aspecto que nos competeexaminar a proposição, segundo os manda­mentos do § 7.°, do art. 28, do Regimento In­terno, pronunciamo-nos pela conveniênciada aprovação deste Projeto n.o 1.627173.

Sala da Comissão, em 3 de setembro de1974. - Adhemar de Barros Filho, Relator,.]

111 - Parecer da Comissão

A Comissão de Finanças, em sua reuniãoordinária, realizada em 2 de outubro de1974, opinou, unanimemente, pela aprova­ção da Emenda de Plenário oferecida aoProjeto n. O 1. 627-A/73, do Senhor Luiz Braz,nos termos do parecer do Relator, Depu­tado Adhemar de Barros Filho.

Oompareceram os Senhores Arthur San­tos, Presidente; Ildélio Martins e AthiêOoury, Vice-Presidentes; Adhemar de Bar­ros Filho, Homero Santos, Ivo Braga, JorgeVargas, Tourinho Dantas, Florim Coutinho,Carlos Alberto de Oliveira, Fernando Ma­'galhães, Hermes Macedo, João Castelo, Leo­poldo, Peres, Ozanan Coelho, Joel Ferreirae José Freire.

Sala da Oomíssão, em 2 de outubro de.1974. - Arthur Santos, Presidente; Adhe..mar de Barros Filho, Relator.

PROJETO DE LEIN.o 1. 719-A, de 1973

(Da Comissão Especial de Segurançade Veículos Automotores e de Tráfego)

Altera a redação do artigo 74 do De­creto-lei n,v 3.689, de 3 de outubro de1941 (Código de Processo Penal), parafixar a competência das Varas de Trân­sito; tendo parecer, da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitucio­nalidade, juridicidade e, no mérito, pe_la aprovação.

'(PROJETO DE LEI N.o 1.719, DE 1973, AQUE, SE REFEREM OS PARECERES).O Congresso Nacional decreta:

Art. 1.0 O art. 74 do Decreto-lei n.o ...•3.689, de 3 de outubro de 1941, passa a ter aseguinte redação:

"Art. 74. A competência pela naturezada infração será regulada pelas leis deorganização judiciária, salvo a compe­tência privativa do Tribunal do Júri edas Varas de Trânsito para o processoe julgamento das infrações penais eações de indenizações relativas à cir-culação de veículos." '

Art. 2.0 Esta Lei entra em vigor na datadê sua publicação.

Art. ~.o Revogam-se as disposições emcontrário,

JustificaçãoUm dos assuntos ventilados no Simpósio

Nacional de Trânsito, realizado e promovi­do com êxito pela Comissão Especial de Se­gurança de Veículos Automotores e Tráfego,da Câmara dos Deputados, é o da criaçãode Varas privativas de Trânsito, para o pro­cesso e julgamento das infrações penais edas ações indenizatórias relatívas à cir­culação de veículos.

Com ó desenvolvimento da indústria au­tomobílístíea no Brasil, os acidentes rela­cionados com a eírculaeão de veículos têmalcançado cifras de proporções alarmantes.

As estatísticas do IBGE apresentam umtotal de 144.000 acidentes do trânsito em1969, enquanto que em 1966 houve 63.00D

'7956 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)- Outubro de 1974

No ano de 1969, houve 7.570 mortos e 86.800feridos. '

O Brasil é o País que apresenta 'os índicesde acidentes de trânsito maiores do mundo.

O problema dos acidentes de trânsito nãoencontra solução na lei penal, através deuma intimidação punitiva, entretanto, a re­pressão penal rtern o seu valor no elencodas medidas de que deve dispor o Estadopara o corrtrole das infracões ligadas à cir-culação de veículos. -

A par de uma legislação processual penalmais rápida e eficiente, devemos ter emconta a certeza da punição. '

Os infratores da norma penai, ante amorosidade da Justiça, ficam impunes, da­da a ocorrência da prescrição. É a falênciada administração da Justiça.

A solução seria a criação de Varas priva­tivas para o processo e julgamento das in­frações penais e ações indenizatórias de­correntes dar circulação de veículos.

Já o Instituto dos Advogados Brasileiros,em 1966, recomendava a criação de Vara es­pecializadas de trânsito. A mesma recomen­dação veio do Ciclo de Estudos sobre a Cri­minologia dos Acidentes Automobilísticosrealizado em Belo Ho.rizonte no correnteano.

o Grupo de Trabalho criado por iniciativado Juiz Eliezer Rosa, da 8.a Vara Criminal,da Guanabara, em 1964, reclamava a criaçãode tribunais especiais de tráfego, em queas decisões .fossem mais rápidas. :

A criação de Varas Privativas de Trânsitoé matéria pertinente à organização judiciá­ria dos Estados-membros. O assunto foge daalçada da iniciativa do Poder Legislativo.da Guanabara, em 1964, reclamava a criaçãode Varas de Trânsito seria inquinado deinconstitucional por força do disposto noart. 144 da Constituição Federal.

Por outro lado, também estaria vedado àiniciativa do Congresso projeto que criasseVaras de Trânsito para o Distrito Federal,porquanto o assunto é da competência ex­clusiva do Presidente da Repúbllca, nos ter­mos do art. 57, IV, da Carta Magna.

A fim de contornar esse obstáculo de na­tureza constitucional, o presente projeto delei não dispõe sobre a criação de Varas deTrânsito, mas procura alterar o art. 74 doCódigo de ProCBSOO Penal, com o objetivode atribuir às Varas de Trânsito a compe­tência para o processo e julgamento dasinfrações penais e ações de indenização re­lativas à circulação de veículos.

. O problema da competência é matériatipicamente de ordem processual cuja dis­ciplina é da alçada da União (art. 8.0 XVIIletra b, da Constítuição) e do Congre~so Na~eíonal, nos termos do art. 43 da Lei Maior.

FiXa-se no projeto apenas a eompetên­c:ia das Varas Privativas de Trânsito. Essee um assunto de iniciativa do CongressoNacional.

A criação das referidas Varas é encargodos Estados-membros e do Distrito Federalatravés das leis de organização judiciária. '

Sala p.a Comissão, 23 de novembro de1973. - Deputado Vaseo Netto, Presidente.- Deputado Mário Stamm, Relator.

COMISSAO ESPECIAL DE SEGURANCA. DE VEteULOS AUTOl\WTORES •

E TRAFEGO

PROJETO NP 1. 719/73

Parecer da Comissão~ Comissão Especial de Segurança de

Veiculas Automotores e Tráfego, em sua

reunião ordinária de vinte e dois de novem­bro de mil novecentos e setenta e três, pre­sentes os Senhores Deputados Vasco Neto- Presidente, José Mandelli - Vice-Presi­dente; Mário Stamm, Abel Avila, João Gui­do, Rozendo de Souza, Ruy Bacelar AlfeuGasparínl, Adalberto Camargo e Léo Si­mões, aprovou, por unanimidade, o Projeton.o 1. 719/73 que "Altera a redação do Art.74 do Decreto-lei n.o 3.689, de 3 de outubrode 1941 (Código de Processo Penal) ,para fi­xar a competência das Varas de Trânsito"nos termos do parecer favorável do Relator'Deputado Mário Stamm. . , '

Sala da Comissão, em 22 de novembro de1973. - Deputado Vasco Neto, Relator. ­Deputado Mário Stamm, Relator."

LEGISLAÇ,{O PERTINENTE, ANEXADAPELA COORDENAÇAO DAS COMISSõES

PERMANENTES

CONSTITUIÇãO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL

Emenda Constitucional D.O 1, de 1"1 deoutubro de 1969.

TíTULO IDa Organização Nacional

CAPíTULO IIDa União

Art. 8.0 - Compete à União:

XVII - legislar sobre:

b) direito civil, comercial, penal, proces­sual, eleitoral, agrário, marítimo aeronáu-tico, espacial e do trabalho; ,

CAPíTULO VI

Do Poder LegislativoSeção IV

Das Atribuições do Poder Legislativo

Art. 43. Cabe ao Congresso Nacional,com a sanção do Presidente da República,dispor sobre todas as matérias de compe­tência da União.

Seção VDo Processo Legislativo

Art. 57. Ê da competência exclusiva doPresidente da República a iniciativa das leisque;

.. " ..IV - disponham sobre organização 'ad­

ministrativa e judiciária, matéria tributáriae orçamentária, serviços públicos e pessoalda administração do Distrito Federal, bemcomo sobre organização judiciária, admi­nistrativa e matéria tributária dos Terri­tórios;

CAPíTULO VIIIDo Poder Judiciário

Seção VIII

Dos Tribunais e Juízes EstaduaisArt. 144. Os Estados organizarão a sua

justiça, observados 08 artigos 113 e 117 des­ta Constituição e os dispositivos seguintes:

§ 1.° A iei poderá Criar, mediante pro­posta do Tribunal de Justiça:

• a). tribunais inferiores de segunda íns­tância, com alçada em causas de valor li­mitado ou de espécies ou de umas e outras;

b) juízes togados com investidura limi­tada no tempo, os quais terão competênciapara julgamento de causas de pequeno va­lor e poderão substituir juizes vitalícios;

DECRETO 1'1.0 3.689DE 3 DE OUTUBRO DE 1941

Código de Processo Penal

LIVRO IDo Processo em Geral

TíTULO VDa CompetênciaCAPíTULO nr

Da Competência pela Natureza da InfraçãoArt. 74. A competência pela natureza da

infração será regulada pelas leis de orga­nização judiciária, salvo a competência pri­vativa do Tribunal do Júri.

§ 1,0 Compete ao Tribunal do Júri o jul­gamento dos crimes previstos, nos arts. 121,§§ 1.0 e 2.°, 122, parágrafo único, 123, 124125, 126 e 127 do Código Penal, consumadosou tentados.'

§ 2.0 Se, iniciado o processo perante umjuiz, houver desclassificação para infraçãoda competência de outro, a este será reme­tido o processo, salvo se mais graduada fora jurisdição do primeiro, que, em tal caso,terá sua competência prorrogada.

§ 3.° Se o juiz da pronúncia desclassifi­car a infração para outra atribuída à com­petência de juiz singular observar-se-á odisposto no art. 410: mas; se a deselassíff­cação for feita pelo próprio Tribunal doJúri, a seu presidente caberá proferir a sen­tença (art. 492, § 2.°).

DECRETO-LEI N.o 2.848DiE 7 DE DEZEMBRO DE 1940

Código Penal

PARTE ESPECIAL

TíTULO I

Dos Crimes Contra' a Pessoa

CAPíTULO I

Dos crimes contra a vida

Art. 121. Matar alguém:Pena - reclusão, de seis a 20 anos.

§ 1.0 Se ~ agente comete o críme impeli­do por motivo de relevante valor social oumoral, ou sob o domínio de violenta emo­ção, logo em seguida injusta provocação davitima, o juiz pode reduzir a pena de umsexto a um terço.

§ 2.° Se o homicídio ê cometido:

I - mediante paga ou promessa de re­compensa, ou por outro motivo torpe;II - por motivo fútil;UI - com emprego de veneno, fogo, ex­

plosivo, asfixia, tortura ou outro meio 'in­sidioso ou cruel, ou de que possa resultarperigo comum;

IV - à traição, de emboscada, ou me­diante dissimulação ou outro r!lCUrSO quedificulte ou torne impossível a defesa liaofendido; ,

V - para assegurar à execução, a ocul­tação, a impunidade ou vantagem de outrocrime:

Pena .:- reclusão, de 12 a 30 anos.

§ 3.° Se o homicídio é culposo:

Pena - deten9!O, de um a três anos.

Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) SábadO 5 '7951

§ 4.0 No homícídío culposo, a pena é au­mentada de um terço, se o crime resulta deinobservância de regra técnica de profissão,arte ou ofício, ou se O agente deixa de pres­tar imediato SOCOl'ro à vitima, não procura'diminuir as conseqüências do seu ato, oufoge para evitar prisão em flagrante.

Art. 122. Induzir ou instigar alguém asuicidar-se ou prestar-lhe auxílio para queO faça:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, seG .suicídio se consuma; ou reclusão, de uma três anos, se da tentativa de suicídio re­sulta lesão corporal de natureza grave.

. Parágrafo único. A pena é duplicada:I - se o crime é praticado por motivo

egnlstíco:

II - se a vítima é menor ou tem dimi­nuída, por qualquer causa, a capacidade deresistência.

Art. 123. Matar sob a influência do es­tado puerperal o próprio filho, durante oparto ou logo após.

Pena - detenção de dois a seis anos.. Art. 124. Provocar abôrto em si mesma

ou consentir que outrem lho provoque:

Pena - detenção, de um a três anos.Art. 125. Provocar abôrto, sem o con­

sentimento da gestante:

Pena - reclusão, de três a 10 anos.Art. 126. Provocar aborto com o consen­

timento da gestante:Pena - reclusão, de um a quatro anos.Parágrafo único. Aplica-se a pena do

artigo anterior, se a gestante não é maiorde 14 anos, ou é alienada ou débil mental,ou se o consentímento é obtido mediantefraude, grave ameaça ou violência.

Art. 127. As penas cominadas nos doisartigos anteriores são aumentadas de umterço, se, em conseqüência do aborto ou dosmeios empregados para provocá-lo, a ges­tante sofre lesão corporal,de. natureza gra­ve; e são duplícadas.ise por qualquer dessascausas, lhe sobrevém a morte.

Art.'128. Não se pune o abôrto praticadopor médico:

I - se não há outro meio de salvar a vi­da da gestante;

II - se a gravidez resulta de estupro e oaborto é precedido de Consentimento da ges­tante ou, quand9 incapaz, de seu represen­tante legal.

PARECER DA COMISSãODE CONSTITUIÇãO E JUSTIÇA

I - RelatórioOs ilustres Deputados Vasco Neto e Mário

Stmamm, respectivamente Presidente e Re­lator da douta Comissão Especial de Segu­rança de Veiculas Automotores e de Trá­fego, vêm de submeter, na forma regimen­tal, à apreciação desta Oomíssâo, o Proj etode Lei em apreço, segundo o qual objetivamalterar a redação do artigo 74 do Códigode Processo Penal.

2. Consiste a medida em dar às Varas de,Trânsito ti. competência privativa para oprocesso e julgamento das infrações penais

.e ações de indenizações relativas à circu­lação de veículos.

S. Trata-se, conforme informa à justifi­. cativa do Projeto, de "um dos assuntos, ventííados no Simpósio Nacional de Trân­

sito, realízado e promovido com êxito pelaOomíssâo Especial de Segurança de VeículosAutomotores e Tráfego da Câmara dosnE\nl1t.R.dn.'l" ,

4. Em verdade, a matéria vem preo­cupando os estudiosos do Direito Proces­sual Penal, em face da sistemática que alei em vigor adota para as infrações deacidentes de trânsito.

5. Como se sabe, o assunto é-regido pe­las leis de organização judiciária, e o Có­digo de Processo Penal textualmente diz,em seu art. 74, que "a competêncía pelanatureza da infração será regulada pelasleis de organização judiciária, salvo a com­petêncía privativa do Tribunal do Júri".

6. O pro] eto em comentário pretende darnova redação a esse artigo, buscandoso­lução para as infrações de acidente de trân­sito na competência excetuada, que, 00­gundo reza o artigo, só é assegurada aoTribunal de Júri.

7. Encontramos na medida proposta oacerto para a adequação do problema e nãovemos por que a ela não juntarmos o nossoendosso, uma vez que sobejam na legislaçãoatual, como no sistema de nosso processopenal, as insuficiências de tratamento parauma matéria de tanta relevância; como é odelito de trânsito.

8. Admitimos, sntretanto, que, em eon­seqüência da iniciativa, resultará necessa­riamente outra, por via da qual o legisla­dor estadual deverá ocupar-se, a fim de

.tornar exequível tal procedimento.9. Todavia, essa indeclinável medida que

o projeto inteligentemente não disciplinou,como não poderia, sob pena de enferma-Iapor inconstitucionalidade, diz respeito àcriação de varas privativas para o processoe julgamento das infrações penais e açõesindenizatórias decorrentes da circulação deveículos.

10. De outra parte, temos que o ante­projeto de Código de Processo Penal elabo­rado pelo Professor José Frederico Marquese que deverá ser enviado oportunamente aeste Congresso Nacional não prevê a hipó­tese tratada no projeto em estudo, mas nãotira deste os méritos que possui, podendomesmo ser aproveitado naquele como, sub­sídio válido que esta Casa em boa horahouve por bem de apresentar.

11. Do ponto-de-vista constitucional,nada obsta à iniciativa em apreço, já queé da competência leglslatlva da União legis­lar sobre o direito processual (art. 8.0 XVII,b) .e a matéria sobre a qual versa o projetopertence ao Processo Penal.

12. Sob o aspecto da juridicidade não sevislumbra na proposição qualquer ofensarelátlva à sua conformidade com as normasde Direito.

13. Quanto à técnica legislativa, o pro­jeto está isento de qualquer defeito.

II - Voto do Relator

Em face do exposto, a constitucionalidadee [urídtcidade do projeto nos parecem írre­cusáveís, e no mérito, opinamos favoravel­mente à sua aprovação.

Sala da Comissão, em de agastá de1974. - Lauro Leitão, Relator.

UI - Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça, emreunião de sua Turma "A", realizada em5-9-74, opinou, unanimemente, pela consti­tucionalidade, [urídícídade e, no mérito,pela aprovação do Projeto n,? 1.719/73, nostermos do parecer do Relator.

'Estiveram presentes os Senbores Depu­tados: ítalo Fittipaldi - Presidente emexercício (art. 76 do RI), Lauro Leitão ­Relator, Altair Chagas, Luiz Lesse, José Bo­flif>l.p.io Np.to ArlincJo Kunzlar. João Linba-

res, Luiz Braz, Hamilton Xavl-er e Alceu:ooüares.

Sala da Comissão, 5 de setembro de 1974•.- ítalo Fittipaldi, Presidente em exercício(art. 76 do RI) - Lauro Leitão, Relator.

PROJETO DE LEIN.O 1.884, de 1974

(Do Sr. Braz Nogueira)Estabelece subsidies para fertilizantes

aplicados na agropecuária; tendo pa­receres da Comissão de Constituição ~

Justiça, pela constitucionalidade e juri­mcidade; da Comissão de Economia,Indústria e Comércio, pela aprovação;.e, da Comissão de Finanças, pela apro.-vação, com Substitutivo. .

(PROJETO DE LEI N.o 1.884, DE 1974, AQUE SE REFEREM OS PARECERES.)O COngresso Nacional decreta:Art. '1.0 Fica o Poder Exe~utivo autori­

zado a estabelecer subsídios aos fertilizan­tes aplicados na agropecuária.

Parágrafo único. O valor dos subsídiosde que trata este artigo será fixado peloPoder Executivo, através do órgão compe­tente do Ministério da Agricultura, ajus­tando-se squítatívamente as' variações in­cidentes no custo de produção das merca­dorias agropecuárias provocadas pelas al­terações dos preços dos fertilizantes.

Art. 2.° 'Para atender às despesas gera­das pela execução desta lei, fica o- PoderExecutivo autorizado a constituir fundo fi­nanceiro com recursos provenientes de ta­xa de exportação proporcional a 2%, cobra­da sobre todos os oro dutos exportados.

Art. 3.0 Entrará esta lei erro vigor na da­ta de sua publicação.

Justificação

Diante do fato recente e em função daalta de preços do Petróleo, fretes e outrosfatores diretamente incidentes, os fertili­zantes tiveram um aumento no mercadointerno brasileiro superior a 300%, agra­vando-se o problema com a dependênciaque temos de importar 80% aproximada­mente do total de nutrientes atualmenteaplicados. -

Considerando que a necessidade de ex­portarmos o máximo no menor prazo pos­sivel, e objetivando cobrir o deficit poten­cial em nossa balança internacional de pa­gamento, entendemos ser prioritário o au­mento de produtíví-tade de cereais, café,açúcar, carne e outros produtos alimentí­cios, viável a curto prazo, uma vez que,contamos no Brasil, com fatores de produ­ção favoráveis, tais como:

Espaço geográfico cultivável, capacidadetecnológica crescente por parte dos empre­

. sáríos rurais, além da excelente condiçãoecológica, restando poís, r-a ordem de im­portância os fertilizantes.

Resta, data venta, duas opções básicaspara estimular a produção agropecuáriabrasileira:

1.° - aumentar o nível oficial de preçosde garantia dos produtos rurais compatívelcom o custo de produção elevado substan­cialmente com alta dos fertilizantes;

2.0 subsidiar os fertilizantes a ponto decontrolar circunscrevendo, o valor deste in­sumo, de modo que não atinja diretamenteo custo de produção.

Quanto à primeira opção, consideramosperigoso o aumento generalizado dos ali­mentos, tornando-os não somente dificil aopoder aquisitivo do povo brasileiro, mastambém em condições negativas de compe­titividade no mercado ínternacíonal.

'7958 Sábado $ DrARlO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção]) Outubro de 1~'1'

Quanto ao fundQ de recursos proposto, se­ria o aproveitamento, em termos, de idéiaexposta peJo ex~Mi.nistro Dr, otávio <lOu­V~l.a de Bulhões; em conferência proferidar~l:1ntementeem Santos, gerando condiçõespara dar às autorídadea financeirás do Go­verno, razoável eapacídade de manobra, po­dendo .aocorrer eventuais desníveis de pre­ços na economia brasileira, normalmentegerados no setor primário. .

Por uma. questão de coerência, expressominha averJiião genérica, por todo e qual­quersubsidío, abrindo exceção' apenasquando os juJgo inevitáveis, como o propos­to no texto deste projeto.

Sala das Sessões, 21 de março de 1974. ­BrlUl Nogueira.

PARECER ;DA COMISSAO;DE CON8TITUIÇAO E JUSTIÇA

I alI - Relatório e Voto do RelatorO projeto n." 1.884/74, de autoria do ilus­

tre Deputado Braz Nogueira, embora mera­mente autcríaatívo, pode em nosso enten­der, chegar às Comissões de mérito.

No que compete à Comissão de Consti­tuição e Ju.stiça opinar - constitucionali­dade, juridicidade e técnica legislativa -.nada vemos .para opor, pelo que propomosSUa aprovaçao.

Saia da Comissão, 28 de. maio de 1974;. ­Altair Chp.gas,.Relator.

m - Pareeer' da Cnmissã.nA oemíssão de Oonstituição e Ju.stir;a, em

reunião de sua Turma "A", realizada em2~-fi-:74, opinou, ~na.n~memente, pela eons­tituclOna11dade e [urídíeídade do Projetl) n."1.88ll174, nos termos do parecer do Relator.

Estiveram presentes os Senhores Depu­tados: José Bonifácio, Presidente; AltairChagas, Relator; Adhemar Ghísí, Alceu Col­Iares, Antônio Mariz, Djalma Marinho ÉI­cio Alvares, ítalo Fittipaldi, José Alves, 'LuizBra2', Miro Teixeira e Severo Eulália.

Sala da Comis.$ão, 23 de maio de 1974. ­Jnl(iê lJowfáeio, Presidente - AltlÜr Chagas,Relator.

PARECER DA OOMISSAO DE ECONOMIAINDÚSTRIA E COMÉRCIO

I - RelatOril)1. .O nobre Deputado Braz Nogueira, em'

março último, apresentou à apreciação doOongresso Nacional, o Projeto de Lei n.o1.884/74, que "estabelece subsidio para fer­tilizantes aplicados na agropecuária:-'.

2. O projeto estabelece que o Poder Exe·eutívo fica autorizado a instituir subsidioaos fertilizantes aplicados na agropecuáriacujo valor será fixadQ pelo órgão compe~tente do Ministério da Agricultura, aluatan­<lo-se equitativamente às variações inciden­tes no .custo da produção das mercadoriasagropecuárias, provocadas pelas alteraçõesdo.s preços doa fertilil'fantes.

3. Dispõe, ainda, a proposição, que paraatender às despesas geradas pela execuçãodo allprecopizado, o Poder Executivo tam­bém fica autorizado a constituir fundo fi­nanceiro, com recursos provenientes dataxa de exportação, proporcional a 2% co­brado' sobre todos os produtos exportados.

4. Justificando o proposto o ilustreDeputado Braz Nogueira ressaita que, emdecorrência da recente alta nos preços dopetróleo e seus derívados, fretes e outrosfatores diretamente incidentes, os :rertilizan­teB sófreram um aumento superior a 300%no mereado interno brasileiro, agravando-seainda o problema com o fato de que 80%do total dos nutrientes atualmente aplica~do3 são Importados,

5. Aduz o parlamentar que, considerandoa neeessídade de que o Pais tem de exportaro máximo no menor prazo possível, é deordem prioritária o aumento da produtivi~

dade de cereaís, café, açúcar, carne e outrosprodutos, motivo pelo qual os fertilizantesdevem ser subsídíados, a ponto de controlaro valor desse insumo, de modo a que nãoatinje, diretamente o custo da produção.

6. Pronuneíando-se a respeito, a doutaOomissão de Oonstituição e Justiça, em ses­são promovida aos 23 de maio transato, opi­nou, unanimemente, pela constitucionali­dade e juridicidade do Projeto de Lei n.o1.884/74.

7. A seguir, foi a matéria remetida àapreciação desta Comissão de Economia,Indústria e Comércio, que, nos termos dodisposto no art. 28, § 5.0, alínea "a", doRegimento Interno, deverá pronunciar-sesobre o mérito da proposição.

II - Voto dn Relator

Preliminarmente, cumpre ressaltar, comênfase, que a medida alvitrada no projetode lei em exame nos parece de extraordiná­ria atualidade, sendo inequivocamente be­néfica ao desenvolvimento global da econo­mia nacional e, em particular, da. agrope-cuária. ,

Como é amplamente conhecido, os fertili~

zantes efetivamente sofreram substanciaisaumentos decusto nos últimos meses, atin­gindo, como ressalta o ilustre autor da pro­posição, a cifra de 300% (trezentos porcento).

Essa circunstância, evidentemente, refle­te-se no aumento também substancial dospreços dos produtos agropecuários, com dà­nosas repercussões sobre o custo de vida. e oconseqüente aumento dos índices ínrlacío­naríoa,

Pois bem, como ninguém ignora, os ferti­lizantes, no atual contexto agrário, são ab­solutamente fundamentaill para o aumentoda produtividade agropecuária, eonstíuíndo­se, assim, em um insumo indispensável ebásico ao desenvolvimento do Pais. Sua im­portância, aliás, já foi reconhecida pelo le­gislador, podendo Ber mencionada a Lei n.o5.067, de 6 de [ulho de 1966, que díspõesobre a isenção de imposto de importaçãosobre os fertílízantea inseticidas.

Dessa forma, como os fertilizantes sãoessenciais ao aumento da produção agrope­cuária, e tendo em vista os elevados preços.atuaís desse insumo, a medida. ora aventadaviria não apenas em socorro do agricultor, .como também de toda a economia nacional,eis que contribuiria para o barateamentodos produtos agropecuários, beneficiandoigualmente as populações urbanas e os nró-príos exportadores. *

Assim, temos para nós que a oportunamedida prevista na proposíçãoatende ínte­gralrnente ao interesse nacional tendo Cla­mo ~oi ressaltado, importantíssimas réper~eussoea no campo eeonômíco.

Aliás, nesta oportunidade, não nos po­demos furtar a enaltecer o espírito públícodo digno autor do projeto, tanto por seuinteresse objetivo na matéria, como tambémpor sua sinceridade e sobriedade, parti­cularmente quando afirma nutrir aversãopor qualquer espécie de subsídio a não sercomo na hipótese em foco, quando se tratarde easo excepcional e írreeuaavelmente íns­díável.

Nessa conformidade, por consubstanclarmedida de alto alcance econômico e socialimplicando em aumento da produtividade ébarateamento dos preços de produtos agro­pecuários, opinamos favoravehnente à.apro-

var:ão do Projeto de Lei n.O 1.884/74;, deautoria do nobre Deputado Braz Nogueira. "-

l!1 nossa. opinião, s.m.j.Sala da Comissão, aos 18·6-74. - Sl!.ntiUt

Sobrinho.m - Pp.recer da Comissão

A Oorníssão de :Economia~ Indúlltria -4\Oomércio, em reunião ordinaria realizadaem 14 de agosto de 1974, aprovou, à unani..midade, o parecer do Relator, DeputadoSantilli Sobrinho, favorável ao lE'rojeto •.•n.o 1.884174, que "estabelece SUblilídios para:fertilizantes aplicados na agropecuária".lido pelo Senhor Deputado Amaury Müller.

Oompareceram os Senhores DeputadosHarry Bauer, Presidente, Henrique-Eduar".do Alves, Vice-Presidente da Turma "A";Mãrcio Paes, Vice~Presidente da Tmma"B", Léo Simões, João Arruda, José Haddad.Jonas Carlos, Rubem Medina, Arthur Fon'"seca, Braz Nogueira e Dias Menelles.

Sala da Oomissão, em 14 de .agosto de1974. - Harry Sauer, Presidente - Sl!.nt.iUiSobrinho, Relator.

PAREOER DA OOMIl;lSAODE FINaNÇAS

I - EelatórioO Projeto de Lei n.o 1.884/74, de autor12"

do nobre Deputado Braz Nogueira, autor~a:o Poder Executivo a conceder subsídios aosfertilizantes aplicados na agropecuária. "-

O projeto vem amplamente justifica4'o,e recebeu pareceres favoráveis da Comissã(i··de Constituição e Justiça e daOomissã.od~Economia, Indústria e Comércio. "

Não 6bstante, em seu artigo 2.° propõe a.criação de uma- taxa de exportação propor-­cional a 2%, cobrada sobre todos os produ­tos exportados. Parece-me, tendo. em vista.a sensibilldade do mercado externo, que Qmelhor caminho para obtenção de recuMosnão será a imposição de gravames à prodÍ1~ção nacional neil;ooiável. no est1angeiro ­mormente na atualidade - quando o au­mento de preço do petróleo brutQ obriga opaís a uma sangria cambial sem preeeden­tes,

Sugiro, portanto, o seguinte lIubstitutivoao projeto original, alterandosubstanclal­mente o artigo 2.°.

"O Oongresso Nacional decreta.:Art. 1.° Fica o Poder Executivo autori­zado a estabelecer subsidias aos fertili~

zantes aplícadoa na agropecuária.Parágrafo único. O valor doa subsídiasde que trata este artigo será fixado peloPoder Executivo, através do órgão com­petente do. Ministério da Agricultura.aiuatanôc-aaequítatãvamente as varia­ções incidentes no eusto de produçãodas mercadorias agropecuárias provo­cadas pelas alterações dos preços d~ ..fertilizantes. . .Art. 2.° Para atender as despesas ge­radas pela execução de.sta lei. fica oPoder Executivo autorillado a constituir

. fundo fínanceíro com recu.rsos provEi..níentes do aumento das alíquotas ~.importação de supérfluos, determinadlll'pelo Decreto-lei n.o 1.334, de 25/6/7ttr.,Art. 8.0 Entrará esta lei él'll vigor ~data de sua publicação." .

Nos termos.do substit~tivo proposto, Opgpela aprovaçao do Projeto.

Comissão de lI'1nanças, em 25 de setemb;çode 1974. - Letlpoldo Peres, Relator.

m - Parecer àa ComilrsãoA Oomissão de lI'1nanças, em sua reun1ãb:~:

ordinária, reallzacla em 02 de outubro .~ ,i',

Outubro de 19'74 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7959

1974, opinou, unantmsnte, pela aprovaçãodo Projeto n. o 1.884/74, do Senhor BrazNogueira, nos termos do Substitutivo apre­sentado pelo Relator, Deputado LeopoldoPeres.

Compareceram os Senhores Arthur San­tos, Presidente, Ildélio Martins e AthiêCoury, Vice-Presidentes, Adhemar de Bar­l'OS Filho, Homero Santos, Ivo Braga, JorgeVargas" Tourinho Dantas, Florim Coutinho,Carlos Alberto de Oliveira, Fernando Ma­galhães, Hermes Macedo, João Castelo, Leo·,poldo Peres, Ozanan Coelho, Joel Ferreira eJosé Freire.

Sala da Comissão, em 02 de outubro de1974. - Arthur Santos; Presidente - Leo­poldo Peres, Relator.

Substitutivo da Comissão

o Congresso Nacional Decreta:Art. 1.0 Fica o Póder Executivo autori­

zado a estabelecer subsídios aos fertilizantesaplicados na agropeeuáría.

Parágrafo único. O valor dos subsidias deque trata este artigo será fixado pelo' poderExecutivo, através do órgão competente doMinistério da Agricultura, ajustando-seequítatívamente as variações incidentes nocusto de produção das mercadorias agro­pecuárias provocadas pelas alterações dospreços dos fertilizantes.

Art, 2,° Para atender as despesas gera­das pela execução desta lei, fica o PoderExecutivo autorizado a constituir fundo fi­nanceiro com recursos provenientes do au­mento das alíquotas de importação desupérfluos, determinado pelo Decreto-lei n.?l.íl34, de 26/6/74.

Art. 3.° Entrará", esta lei em vigor nadata de 'Sua publicação.

Sala da ComisSão, em 02 de outubro de1S74. - t\rthur Santos, Presidente - Leopol­do Peres, Relator.

PROJETO DE LEIN.o 1.885-A, de 1974

(Do Sr. Braz Nogueira)

Concede incentivos fiscais à implan­tação de indústrias produtoras de ferti­lizantes; tendo pareceres: da Comissãode Constituição e Justiça, pela rejeição,por falta de têeníea legislativa; da Co­missão de Economia, Indústria e Oomér­.cío, pela aprovação, 'com Substitutivo; e,da Comissão de Fírranças; pela aprova­ção, com adoção do Substitutivo da Co­missão de Economia, Indústria e Co-mércio. .

(PROJETO DE LEI N,o 1.885, DE 1974, AQUE SE REFEREM OS PARECERES.)

,O Oongresso Nacional decretaArt. 1.0 São assegurados às indústrias

produtoras de fertilizantes que se instala­rem em qualquer ponto do território nacio­nal, nos dois anos seguintes .ao da promul­gação desta lei, incentivos fiscais idênticosaos previstos na legislação da SUDENE.

Art. 2.0 S6 farão jus aos incentivos fis­cais de que trata o artigo precedente ospro­jetos previamente aprovados pelo órgãocompetente do Ministério da Agricultura,consoante se dispuser em regulamento.

Art. 3.° Entrará esta lei em vigor nadacta de sua publicação.

Justificação'Os fertilizantes' tiveram, recentemente, no

mercado interno brasileiro, seu preço decomercialização extraordinariamente au­mentado, ultrapassando a 300% em funçãodâ alta do preço do petróleo, dos -fretes,além de outros fatores. .

Assim é que informações do Sindicato daIndústria de Adubos e Colas do Estado deSão Paulo e da Anda enunciam aumentodos preços de fosfato natural bruto de US$16,62 por tonelada, em novembro ide 1972,para US$ 57 a US$ 60,00, em dezembro de1973.

Quanto ao volume de consumo desse pro­duto, ínformam-noaás duas entidades, queutilizamos, em 1974, 1,2 milhões de toneladasde rochas tostatadas (33/35% de P2 05),prevendo-se um aumento para 2 milhões detoneladas em 1977.

É sabido que existem várias jazidas derocha fosfatada em diversas regiões estra­tégicas do Brasil, restando para sua utili­zação a implantação de maquinarias.

É sabido, também, que há uma certa in­segurança do retorno de capital aplicadoa longo prazo, uma vez quê, no passado,houve. violentas flutuações de preços che­gando ao ponto de gerar desestímulo porparte de Países produtores.

Na atualidade há um movimento mun-.dial de retorno a atividade, gerando desejosquanto à vantagem de se investir na pro­dução de adubos.

A situação atual de preços altos, por­tanto estimulante no sentido de novos in­vestímentos potenciais, e neutralizada, emparte, pela ameaçado futuro da atividade.

Daí a razão de apresentarmos este pro­jeto, cujo propósito inicial era o de incen­tivar apenas a exploração de rocha fosfa­tada, por' ser este produto, juntamente como calcário, aquele que se apresenta como umdos mais importantes para a obtenção deaumento da produtividade agropeeuáría noscerrados brasileiros, -cuía área total apro­xima-se de 2 milhões de km2.

Reformulamos, no entanto, nosso propó­sito inicial. no sentido de estimular uníca­mente a produção de rocha fosfatada, en­tendo que o projeto deve abranger a pro­dução também de outros nutrientes, umavez que a conjuntura atual, no mundo e noBrasil, é tão dinâmica que dentro de umprazo razoável poderá ser possível haver umencaminhamento de capitais para a pro-dução de outros nutrientes. '

Fortalecendo nossa tese, reproduzimostrecho de informações contidas no jornalDiário do Comércio, publicado no dia 12de março de 1974:

"Uma das evidências emtoino da pro­gramação do governo Geisel é a de queà agricultura será reservado papel fun­damental para a continuidade das altastaxas de crescimento econômico obtidasnos últimos cinco anos. Todavia, a criseinternacional de petróleo, somada aoutros fatores, veio alterar profun­damente o quadro do comércio mun­dial de fertilizantes. Considerando queo Brasil adotou a estratégia de elevarrapidamente 08 índices de eficiênciana agricultura e que um dos instru­mentos-chave para isso é a expansãodo emprego de fertilizantes, técnicos eautoridades ligados ao assunto inicia­ram uma série de estudos visando acontornar os difíceis problemas que es­tão- afetando o setor, o principal delesexpresso numa situação simples: produ­zimos apenas 20% do consumo interno ea oferta internacional de fertilizantesestá sendo afetada por preços altíssí­mos e pela produção insuficiente dealguns produtos, como o nitrogêniocuja expectativa de crescimento da pro­dução mundial frustraram-se inteira­mente.NOSSA PRODUÇAOProduzimos apenas 20% do consumo.Em 1968 o País importava 469.934 mil

toneladas; em 72 importamos í.368!181toneladas; e para este ano está previs­ta a importação de '3 milhões de tone­ladas. Oom relação aos principais nu­trientes, em 72 importamos cerca de80% de nitrogênio, 75% de ácido fos­f6rico e' 100% de cloreto de potássio.Por outro lado o Brasil vem enfrentandodificuldades crescentes no procedimen­to de importação de fertilizantes."

Quanto a eventual possíbêlídade futurade produzirmos fertilizantes a preços gra­vosos em confronto com o mercado inter­nacional, consideremos longínqua essa pos­sibilidade, uma vez que, segundo informa­ções do Sindicato de Indústria de Adubos eColas do Estado de S, Paulo, o frete médiomarítimo por tonelada desse produto, subiude US$ 7,50 em novembro de 1972 para US~;­

30,00 ou US$ 32,00 em dezembro de 1973.A difícil probabilidade da queda do fretemaritímo a curto ou médio prazo, nos fazcrer inviável a hipótese de que nossa pro­dução interna poderá vir a sofrer ameaçade concorrência dos preços de produtos ím- .portados.

Acrescento aos argumentos expostos, ofato primordial de que temos necessidadede elevar o volume de nossas exportaçõesno menor prazo possível, com o objetivo decobrir o deficit potencial de nosso balançode pagamentos, razão pela qual se impõe,prioritariamente, a curto prazo. o aumentoda produção e da produtividade de cereais,café, açúcar, carne e outros produtos ali­mentícios;' pois, para tanto, contamos comvários fatores altamente favoráveis. Defato, dispomos de espaço geográfico culti­vável, de capacidade tecnológica crescentepor parte dos empresários rurais, além' deexcelentes condições ecológicas.

Reside o problema, dessa forma, tun­damentalmente, no setor de fertilizantes,produção que pretendemos induzir atravésdo presente projeto. '

Sala das Sessões, 20 de março de 1974. ­Braz Nogueira.

LEGISLAÇAO PERTINENTE, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DAS COMISSÕES

PERMANENTESDECRETO N.O 47,890

DE 9 DE MARÇO DE 1960Aprova o Regulamento da Lei número

3.692, de 15 de dezembro de 1959, quecriou a Superlntendênela do Desenvol­vimento do Nordeste (SUDENE).

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CAPÍTULO VIIIDos Incentivos Fiscais

Art. 54, A 8UDENE gozará das isençõestributárias deferidas pela legislação vigenteaos órgãos da administração pública.

Parágrafo ún~co. As isenções a que serefere este artigo compreendem todos osônus fiscais, como impostos, taxas, direitosaduaneiros e quaisquer outros ônus.

Art. 55. Fica isenta de quaisquer impos­tos e taxas a importação de equípamentosdestínados ao Nordeste, considerados pre­ferencialmente os das indústrias de base ede alimentação, desde que por proposta daSUDENE ou ouvindo o parecer da mesma,sejam declarados prioritários em decreto doPoder Executivo.

Parágrafo único, A isenção de que trataeste artigo não poderá beneficiar máqui­nas e equipamentos:

a) usados ou recondícíonados;

b) cujos similares no País, com esse cará­ter registrados, tenham produção capaz de

'roGO Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção J) Outubro de 1974

atender na forma adequada e reconhecidapela SÚDENE, às necessidades, da execução

. em tempo conveniente dos projetos de inte­resse para o desenvolvimento do Nordeste.

Art. 56. As isenções de que trata o artigoanterior compreendem quaisquer ônus, in­clusive os cobrados por órgãos de adminis­tração lndireta.

Art. 57. O Poder Executivo, por propostada 8UDENE declarará, em decreto, a prio­ridade dos proj etos cujos equipamentos de­vam ser importados com as isenções deque trata o artigo 55.

Parágr8.fo único. Antes de submeter aoPresidente da República a solicitação deprioridade, a SUDENE ouvirá os órgãoscompetentes sobre o disposto na alínea bdo parágrafo único do artigo 55, os quais sepronunciarão a respeito dentro de 30 dias,no máximo, da data da apresentação daconsulta. '

Art. 58. As indústrias químicas que apro­veitem matéria-prima local, ou indústriasde outra natureza que também a utilizem,nomeadamente as indústrias de fertilizan­tes, celulose, álcalis, coco, óleos vegetais ede cera de carnaúba, beneficiamento e te­celagem de caroá, agave e fibras nativas,beneficiamento e metalurgia de rutilo, fer­ro, tungstênio, magnésio, cobre, cromo,manganês, chumbo, zinco, llmenita e deoutros minérios cuja extração e industriali­zação sejam declaradas do interesse dodesenvolvímento regional, localizadas noNorte e Nordeste do País, inclusive Sergipee Bahia, ou que vanham a ser instaladasnessas regiões, pagarão com redução de 50%(cinqüenta por cento), o Imposto de Rendae o adicional sobre os lucros em relação aocapital e às reservas, até o exercício de 1968,inclusive {Artigo 19 da Lei TI.o 3.692, de 15de dezembro de 1959).

§ 1.0 As novas indústrias, previstas nesteartigo, que se tenham instalado a partir devigência da Lei n. O 2.973, ou venham a ins­talar-se até 31 de dezembro de 1963, ficarãoisentas do Imposto de Renda e adicional até31 de dezembro de 1968, desde que não exis­ta indústria, na região, que utilize matéria­prima idêntica ou similar e que fabrique omesmo produto em volume superior a trintapor cento (30%) do consumo aparente re­gional, ou desde que as existentes já sebeneficiem dos favores do presente pará­grafQ.

§ 2.0 São dedutíveis, para efeito de Im­posto de Renda, as dispensas atinentes apesquisas minerais realizadas nas regiões doNorte e do Nordeste, inclusive Sergipe eBahia, por concessionários de pesquisa oulavra e por empresas de mineração legal­mente organizadas.

§ 3.0 . A declaracão de tratar-se de miné­rios cuja extração ou industrialização sejado interesse do desenvolvimento regionalfar-se-á em decreto do Poder Executivo,mediante' proposta da SUDENE, no· que sereferir ao Nordeste, inclusive Sergipe eBahia..

Art. 59. As despesas referidas no § 2.°do artigo anterior SÓ serão dedutíveis, paraefeito do Imposto de Renda quando atinen­te a pesquisas regularmente concedidas deacordo com a legislação' de minas, aindaque anteriores ao decreto de autorização.

§ 1.0 A dedução de que trata este artigosó compreenderá as despesas com pesqui­sas de minérios declarados de interesse dodesenvolvímento do Nordeste, nos termosdo § 3.0 do artig'O anterior e justificados pe­rante a SUDENE, que emitirá atestado dasua realização.

§ 2.° A declaração de que trata o pará­grafo anterior constará de decreto do Poder

Executivo, baixado, eID cada caso, por pro­postada SUDENE............. oo ~ 11; ..

... '" ~ ; ~ .PARECEIR DA COMISSAO

DE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇAI e II - Relatório e Voto do RelatorO Projeto n.o 1.885/74, do ílustreDepu­

tado Braz Nogueira,' não obstante apresen­tar matéría relevante, encontra barreira. no§ 2.0 do art. 19 da Constituição, que diz:

"A união, mediante lei complementare atendendo a relevante interesse so­eíal ou econômico nacional, poderáconceder isenções de impostos estaduaise municipais."

Embora deferidos à iniciativa parlamen­tar a instituição e isenção de tributos, noprojeto em exame, não vejo como superar aevidente falta de técnica legíslgtíva, de vezque a lei complementar é o caminho pre­visto para se atingir o objetivo da propo­sição.

Propomos a rejeição, por não atender àboa técnica legislativa.

Sala da Comissão, de maio de 1974. -Altair Chagas, Relator.

DI - Parecer da ComissãoA Comissão de Constituição e Justiça, em

reunião de sua Turma "A", realizada em22-5-74, opínou, unanimemente, pela rejei­ção, por falta de técnica legislativa, do Pro­jeto n.0·1.885174, nos termos do parecer doRelator. .

Estiveram presentes os senhores Depu-tados: '

José Bonifácio - Presidente, Altair Cha­gas - Relator, 151c10 Alvares, Osnelli Mar­tinelli, Túlio Varga;s, José Bonifá~~io Neto,Miro Teixeira, Alceu Collares e LUIZ Braz.

Bala da Comissão, 22 de maio de' 1974. ­;José Bonifácio, Presidente - Altair Cha­gas, Relator.

PARECER DA COMISSAO DEECONOMIA, INDúSTRIA E COMJ1lRCIO

I - RelatórioAssegura a proposição às indústrias pro­

dutoras de fertilizantes que se instalaremem qualquer ponto do território nacion~l,

nos dois anos seguintes ao da' promulgaçãoda lei, incentivos fiscais idênticos aos pre­vistos na legislação da SUDENE, desde queos respectivos projetos tenham sido previa­mente aprovados pelo órgão competente .doMinistério da Agricultura, consoante se dís­puser em regulamento.

Está o projeto, na .rorma regimental, jus­tificado.

Ao examiná-lo a douta Comissão deConstituicão e Ju'stiça, em reunião de suaTurma "Â" realizada a 22 de maio último,opinou, unànimime~te,.pela rejeição, porfalta de técnica legíslatíva, acolhendo votonesse sentido ao nobre relator, DeputadoAltair Chagas, cuja conclusão é a seguinte:

"Embora deferidos à iniciativa parla­mentar a Instítuíeâo e isenção de tri­butos, no projeto'em exame, não .velocomo superar a evidente falta de téení­ca legislativa, de vez que a lei comple­mental' é Q caminho previsto para seatingir o objetivo da proposição.Propomos a rejeição, por não atender àbo.a técnica legislativa."

~ o relatórío,11 - Voto do Relator

A proposição é válida. Seus objetivos in­teressam de perto ao fortalecimento de

nossa produção agrícola e, portanto, aonosso' desenvolvimento econômico.

Nosso voto, tendo em vista' a.s pondera­ções da Comissão de Constituição e Justiçae as altas finalidades da proposição, lhe é

/ coerentemente, favorável, nos termos doSubstitutivo.

Sala da Comissão, em 14 de junho de 1974.- Santilli Sobrinho, Relator.

DI - Parecer da Comissão

A Comissão d~ Economia, Indústria eComércio, em reunião ordinária realizadaem 14 de agosto de 1974, aprovou, à unani­midade, o parecer do Relator, DeputadoSantilli Sobrinho, favorável, com Substitu­tivo, ao Projeto D.o 1. 885/'74, que "concedeincentivos fiscais à implantação de indús­trias produtoras de fertilizantes", lido peloSenhor Deputado Amaury Müller. .

Compareceram os SenhQres DeputadosHarry Sauer - Presidente, Henrique­Eduardo Alves - Vice-Presidente da Turma"A" Márcio Paes - Vice-Presidente daTur'ma ''13'', Léo Simões, João Arruda, ,!o8éHaddad Jonas Carlos, Rubem Medma,Arthur Fonseca, Braz Nogueira e Dias Me­nezes.

Sala da Comissão, em 14 de agosto de1974. - Harry Sauer, Presidente - ,SantilliSobrinho, Relator.

Substitutivo Adot~do pela Comissão"Concede incentivos fiscais a implan­

tação de indústrias produtoras defertilizantes."

Art. 1.0 São assegurados às indústriasprodutoras de fertilizantes que se instala­rem em qualquer ponto do território nacio­nal nos dois anos seguintes ao da promul­gação desta lei, incentivos fiscais idênticosaos previstos na legislação da BUDENE.

Art. 2.° Só fará jus aos incentivos fiscaisde que trata o artigo precedente os projetospreviamente aprovados pelo órgão compe­tente do Ministério da Agricultura, con­soante se dispuser em regulamento.

Art. 3.0 Entrará 'esta lei em vigor nadata de Sua publicação.

Sala da Comissão, .em 14 de junho de1974. - Santilli SoJll'ínho.

PARECER DA COMISSÃODE FINANÇAS

I - RelatórioO ilustre Deputado Braz Nogueira apre­

senta projeto de lei concedendo incentivosfiscais a implantação de índústrías de fer­tilizantes e o [ustãflea alegando que o preçode comercialização desse insumo da produ­ção agrícola aumentou em mais de 300%em função da elevação do preço do petróleoe dos fretes, dentre os fatores.

A Comissão de Constituição e Justiçaacolhendo parecer do Deputado Altair Cha­gas considerou inconstitucional o projeí.?,tendo em vista. o disposto no § 2.0 do artí­go 19 da Constituição Federal.

Somente a lei complementar e nunca aordinária pode conceder isenções de impos­tos estaduais e municipais.

A Comissão de Economia, Indústria e Co­mércio, através de parecer do DeputadoSantílli Sobrinho propôs um substitutivo naforma de projeto de lei complementar, oque supriria a flagrante inconstitucionali­dade, da propositura original de autoria do)jeputá:do Braz Nogueira.

D - Voto do·RelatorOpino pela aprovação do Substitutivo da

Comissão de Economia, Indústria e Comér-

Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sábado 5 7961

Cio, atendidas as extgêneías regimentaispara o trâmite de Lei Complementar.

Sala da Comissão, em 25 de setembro de1974. - Leopoldo Peres, Relator.

UI - Parecer da ComissãoA Comissão de Finanças, em sua reunião

ordinária, realizada em 2 de outubro de1974, opinou, unanimemente, pela aprova­ção do Projeto n,v 1.885/74, do Senhor BrazNogueira, nos termos do Substitutivo apre­sentado pela Comissão de Economia, In­dústria e Comércio, de acordo com o parecerdo Relator, Deputado Leopoldo Peres.

Compareceram os Senhores Arthur San­tos - Presidente, Ildélio Martins e AthiêCoury - více-Presídentes, Adhemar deBanas Filho, Homero Santos, Ivo Braga,.rorge Vargas, Tourinho Dantas, FlorimCoutinho, Carlos Alberto de Oliveira, Fer­nando Magalhães, Hermes' Macedo, JoãoCastelo, Leopoldo Peres, Ozanan Coelho,.1oel Ferreira e .Tosé Freire.

Sala da Comissão, em 2 de outubro, de1974. - Arthur Santos, Presidente - Leo­poldo Peres, Relator.

IV - O SR. PRESIDENTE (Malll7íeio To-Iedo) - Está finda a leitura do expediente.

Passa-se ao Pequeno Expediente:Tem a palavra o Sr. Walter Silva.O SR. WALTER SILVA - (Sem revisão

do orador.) Sr. Presidente, dois assuntos metrazem hoje à tribuna. O primeiro refere-sea uma diferença salarial reclamada pelosferroviários de todo o Brasil e concernenteà reducão de 80% sobre um, aumento no.total dê 110% concedido por lei pelo prí­melro Governo revolucionário. Posterior­mente, por outro decreto-lei, foi reduzidoesse aumento em 30%, o que motivou, porparte da Federação dos Ferroviários do Bra­sil, ação declaratória através de um dissí­dio coletivo de natureza jurídica impetradoperante o Tribunal Superior do Trabalho.Tal dissídio recebeu o n.o 2, de 1966, e suadecisão foi favorável aos ferroviários, porAcórdão publicado regularmente no Diárioda Justiça da União, Acórdão esse até hojenão revogado por. qualquer ação recisóriaposterior proposta pela União.

Assim, esses 80% estão sendo reclama­dos reiteradamente por mim, desta trjbuna,desde que assumi o mandato de Deputado.Nestas condições, o apelo que faço ao novoGOverno, do Gen. Ernesto Geisel, é no sen­tido de que atenda a esta reivindicação, poiso anterior Presidente da República, Gen.Médici, não acatou sequer o memorial apre­sentado por milhares de ferroviários do Bra­sil solicitando esse pagamento.

O outro assunto é relativo ao Plano de Re­classificação de Cargos. Trago à tribuna aangústia, o desespero e o apelo dos funcio­nários dos Oorrelos e Telégrafos do Estadodo Rio de Janeiro, que estão sendo coagidos,ameacados e solícitados manu-ínilitari aassinar um documento que, embora não de­clarando opção pela CLT, é um pré-contra­to em que se exige a prestaçâo de serviçosde oito horas diárias de serviço e a acei­tação de comíssíonamento dos cargos quedesempenham. Esta preopçâo desnatura anatureza jurídica da prestação do serviçopúblico como runcíonáríos e ímpllca, neces­sariamente, numa opção já antecipada peloregime da CLT, que esses funcionários pe­remptoriamente se negam a acatar. Mas,coagidos' e ameaçados por um processo deremanejamento nacional, se vêem na con­tingência de aceitar essa imposição, feitade maneira draconiana, segundo chegou aonosso conhecimento.

Fica, nesta denúncia, o nosso protesto eo pedido de Imediatas providências por par-

te do ,Governo Federal, para se saber exa­tamente como procede a alta direção daEmpresa de Correios e Telégrafos do Brasil.

Era o que tinha a dizer. (Muito bem.)O SR. LUIZ LOSSO - (Pronuncia o se­

guinte dlseurso.) Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, somos de opinião de que, se dê as­sistência natalina não só aos filhos dos en­carcerados, mas muito mais aos filhos ór­fãos e às viúvas, vítimas, na maioria dasvezes, da sanha sanguinária daqueles que,embora nas prisões, alimentam a esperan­ça não só de sua próxima liberdade bem co­mo de dali ainda poderem ver os entes que­ridos e dar-lhes regular ajuda.

Dos órfãos e das viúvas desamparadas esem recursos, muitas vezes em decorrênciado assasslnío do chefe da família, destesninguém se lembra.

Por que esta' disparidade de tratamento?Não seria muito mais humano voltarmos'

os nossos olhares humanitários e fazermosalguma eousa em favor destas pobres víti­mas, relegadas da sociedade?

Apelamos ao mui digno homem de tele­visão, jornalista Flávio Cavalcanti, para quenos seus programas formule apelo em favordo natal dos filhos dos encarcerados, nãoexcluindo as inocentes vitimas, filhos daque­les que deixaram este mundo pela mãocruel dos que não souberam respeitar a vi­da alheia.

Estamos certos de que o nosso pedido aum homem do gabarito de Flávio Cavalcân­ti, pessoa honesta, capaz e voltada para osprincípios mais elevados, mantendo progra­mas de bom nível cultural em favor do po­vo, não ficará em vão.

Somos apreciadores do nobre programade Flávio Cavalcânti, e a ele assistimossempre que podemos, por considerá-lo va­lioso.

Também estamos de acordo com a cam­panha de combate ao fumo e seus deriva­dos, proclamada pelo ilustre homem de te­levisão e radialista Flávio Cavalcântí, en­tendendo que nas carteiras de cigarros de­veriam constar as expressões "prejudicial àsaúde", 'causador de câncer".

Aliás, já por diversas vezes nos pronun­ciamos a respeito do assunto daqui datribuna da Câmara, merecendo um de nos­sos pronunciamentos transcrição e comen­tários em uma das mais conceituadas e tra­dicionais revistas- O Atalaia, do mês deoutubro corrente. Trata-se de -períódícomensal de grande tiragem, editado pelaoasa Publícadora Brasileira de Santo An­dré, Estado de São Paulo, Avenida P. Bar­reto, 42, caixa postal 42, telefone 4445333.

Reiteramos, pois, o entendimento de quese os filhos dos encarcerados devem ter umnatal festivo, muito mais devem receberos filhos das vítimas dos mesmos encarce­rados.

Ainda recentemente, aqui em Brasília, umhonrada trabalhador, chofer de caminhão,foi estupidamente assassinado, .deíxandoviúva e cinco crianças na orfandade. O cri­minoso foi preso - não podia ser dife­rente - e será condenado. Agora se per­gunta: quem cuidará desta família, quesofreu tamanha trauma, sem' recursos para'sua sobrevivência?

Eis por que todos nós temos a obrigação 'de voltar nossos sentimentos em favor destapobre gente, viúvas e filhos órfãos das ví­timas de mãos assassinas.

Por isso é que, na qualidade de advogado,em contato quase que diário com estes dra­mas, para atenuação dos quais sempre es-

tamos dando a nossa contribuição asststen­cíal, nos empenhamos junto à sociedade eespecialmente ao digno Flávio Cavalcântipara dar uma palavra e a contribuição desuas nobres campanhas em favor dos filhose viúvas, vitimas dos encarcerados.

Portanto, que nas campanhas que se fi­zerem em favor dos filhos dos encarcera­dos em qualquer parte não se excluam asvitimas e viúvas dos chefes de família as-'sassínados,

Era o que tinha a dizer.O SR. MARCíLIO LIMA - (Pronuncia o

seguinte discurso.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, venho a esta tribuna para con­gratular-me com o Governo pelas medidasde crédito rural tomadas pelo Conselho Mo­netário Nacional, noticiadas pela imprensa.

A noticia foi divulgada pelo Jornal doBrasil, informando que dentro de poucashoras serão propaladas decisões importan­tes para o setor agrícola do País" com a des­tinação de recursos da ordem de 3' bilhõesde cruzeiros (ou 3 trilhões de cruzeiros an­tigos) para financiamento da lavoura.

Desse montante, 2,8 ~ilhões de cruzeirosse destinam para custeio e investimentosrurais e a outra parcela de 200 milhões decruzeiros é para fazer face aos obstáculosque os agricultores experimentam para li­quidar seus empréstimos.

É uma medida salutar, Sr. Presidente, poissabemos da situação aflitiva em que se en­contra o homem do campo com a falta decrédito e da comercialização de seus produ­tos, principalmente, o nosso gado, desorde­nando assim toda nossa economia, calcada,em grande parte na agropecuária.

Com isso o Governo está atribuindo umpapel preponderante à produção agropecuá­ria na economia brasileira em 1975, estimu­lando uma grande produção de alimentos.Essa produção deverá ser diversificada, ob­viamente, para termos condições de expor­tar quaisquer tipos de alimentos, para ummundo cada dia mais carente de seu sus­tento. Sabemos que só na exportação dasoja e do milho poderemos pagar os 3 bi­lhões de dólares do petróleo importado,

Portanto, é louvável a política de amparoa agricultura e a pecuária proporcionando­lhes crédito farto, com assistência técnicaeficiente, com pesquisa avancada com vis­tas a maior produtívidade e"o menor pre­ço, facilitando a sua comercialização.

Mas, não é só com financiamento sem li­mites à -agrícultura que vamos resolver oproblema; é precíso-.ünancíar diretamentea pecuária, que está passando Dor uma sé­ria crise por falta de crédito e por quedado preço do seu produto comerciável que éo boi. Não há comercialização do gado, dobezerro para recriá-lo e do boi magro paraengorda, pois a matança do boi gordo está.racionada.

Nesta resolução do Conselho MonetárioNacional existe uma boa parcela de 2,8 bi­lhões de cruzeiros para custeio e investi­mentos rurais, através do Banco do Brasil.e dos Bancos particulares, o que aliviará.grandemente a tensão no setor pecuário,

Essas medidas, Sr. Presidente e Srs. Depu­tados, irão influir intensamente em favorda economia do meu Estado. Mato Grosso,c-uja base econômica se estratifica na agrí­cultura e na pecuária, será altamente be­neficiado. Meu Estado é hoje um grandeprodutor de alimentos. Ocupa o 4.° lugarem soja, ° 2.° em carne e está entre o 1,0e 2.0 na produção de arroz, tendo, ainda,produção destacada de milho, algodão, fei ..[ão e amendoim. Seremos dentro de 3 ou4, anos um grande produtor de café, poli;

'7962 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 11174

j"ã caminhamos para os 100 mííhões de ca­feeiros plantados, onde não existe o pro­blema das geadas, e possuímos uma vastaplanície e um solo fértil e, em grande parte,virgem ainda.

Eram estas considerações que queria fa­zer, agradecendo em nome do povo mato­grossense e no meu próprio as medidas acer­tadas do Governo em favor do homem dointerior do Brasil, que produz o alimentonecessário para a vida humana.

Era o que tinha a dizer.O SR. NOSSER ALMEIDA - (Pronun­

cia o seguinte mseursn.) Sr. Presidente, Srs.Deputados, a rodovia Brasilia-Acre, BR-364,com aproximadamente 4 mil quilômetros deextensão, é uma das artérias de funda­mental importârmia para o homem brasíteí-

. ro.Implantada e píçarrada, esta rodovia pou­

co tem de asfaltamento. E ocorre que, coma estação chuvosa, muitos trechos da gran­de estrada tornam-seíntransífáveís, forçan­do a estagnação, na lama, de 400 eamínnôespesados, em média, todos originários do sule quase sempre carregados de gado bovi­no.

Note-se que, de março até esta data, maisde 20 mil cabeças de gado foram transpor­tadas de São.Paulo para os campos do Acre,através da BR-364.

Evidentemente., a Brasília-Acre vem pro­duzindo os melhores estímulos para o de­senvolvimento agropecuário da região. Eexpressivos grupos de investidores prepa­ram-se para aplicar novas sornas de recur­sos no Acre, onde a rentabilidade econô­mica lhes indica mais vantagem.. Alinhadas estas razões, venho dirigir umapelo ao preclaro Ministro dos Transportes,General Dirceu Nogueira, no sentido de queadote medidas urgentes, capazes de 'permi­tir tráfego permanente à rodovia Brasilia­Acre. Para tanto, tais providências teriamde ser adotadas de imediato, de modo a quenão sofra o Acre novos prejuízos com a in­terrupção dessa via de acesso, no próximoperíodo de inverno.

Os investidores do Sul mostram-se viva­mente interessados em instalar um pólo deriquezas no Acre. Esse anseio - é justo men­cionar - ganhou COl'pO com a visita feita,há algum tempo, a São Paulo, pelo Go­vernador -acreano, Wanderley Dantas. Naoportunidade, o Chefe do Executivo de nos­so Estado fez ampla explanação. sobre anova realidade do Acre e as suas perspecti­vas para o futuro.

Esfor<,;o que faz parte da política de in­tegração nacional, o trabalho do Sr. Wan­derley Dantas foi válido e oportuno..

Levados em consideração esses aspectos,nada mais imperioso que o Ministério dosTransportes, através do DNER - nos ter­mos do apelo que acabo de dirigir - man­de, o quanto antes, restabelecer a Brasília­Acre, antes do ciclo das chuvas. O Acre,com' tal providência, dará velocidade ao seudesenvolvimento.

Era o que tinha a dizer.O SR. JOlíO GUIDO - (Pronuncia o se­

guinte dlscurso.) Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, em Uberaba, foi construído um está­dio para a prática do futebol, com a capa­cidade total de 40.000 »essoas. Com .muitoesforço. já .roram concluídos praticamente2/3 de sua capacidade, sendo, portanto, umdos melhores 'estádios do interior, satisfa­zendo plenamente a sua finalidade.. )

Tivemos a honra de começar a Sua Im­plantação, ainda como Prefeito da' cidade;e na Administração que nos sucedeu, foicompletada a parte que está em uso.

Este esforço foi feito exclusivamente comrecursos da municipalidade e contribuiçõesdos esportistas locais. Procuramos dar aoesporte condições de sobrevivência, resol­vendo-lhe o problema.

Atualmente disputa-se, com grande êxitofinanceiro, um campeonato estadual queestá ameaçado de paralisação, pela ma­neira absurda com que os dírígentca mi­neiros estão encarando as competições. In­dicam juízes incapazes e mal orientados,que alteram deliberadamente os, resultados,desalentando a comunidade a cujo grandeesforço se deve a construção do estádio, semauxilio de poderes estaduais ou federais, etambém frustrando os esportistas dedica­dos que se sacrificam em beneficio de bonsespetáculos esportivos.

Dou, por esta tribuna, meu brado de aler­ta aos responsáveis da Federação Mineirade Futebol, para que não plantem vento,pois colherão tempestade, e a época é deunião.

Digo mais ao Sr. Presidente da Federa­ção Mineira: Dberaba, mesmo que S. S."não queira, faz parte de Minas Gerais e nãopode ser tratada como s~ assim não fosse.

Pediria ao ilustre Ministro da Educaçãoque mandasse um observador para acom­panhar estes fatos, pois temos de construiruma mocidade sadia, forjada em disputasesportivas limpas, para que leve este ensi­namento como norma de vida.

Desta tribuna envio minha solidariedadeao Uberaba Sport Club, de tantas glórias esacrifício, orgulho de todos os uberabensese dos bons esportistas mineiros.

Era o que tinha a dizer.O SR. CÉLIO BORJA - (Sem revisão do

orador.) Sr. Presidente, srs, Deputados, ho­je, o Conselho Federal de Educação auto­rizou o funcionamento da Faculdade de Ci­ências Juridicas mantida pela Associação deEnsino de Campo GI·ande, no Estado daGuanabara. l1': de se regístrar que, além deobter aprovação unânime o pedido de apro­vação, pronunciaram-se louvando a inicia­tiva, sobretudo a maneira pela qual foi elaapresentada ao Conselho, os ConselheirosTherezinha saraiva, José Barretto Filho,Vicente Sobrinho Porto e Antônio Paz deCarvalho. .

A entidade mantenedora, portanto, quetomou a iniciativa de acrescentar mais umaescola ao rol das que já mantém naquelalocalidade do Rio de Janeiro. está de pa­rabéns, pois que, além de obter a unani­midade, conseguiu também o voto de louvorde tão ilustres personalidades do ConselhoFederal de Educação.

MaS, Sr. Presidente, permito-me aindaressaltar um aspecto de grande interessepúblico no ato praticado hoje pelo Conse­lho: é que Campo Grande, que me honrode representar "qui no Congresso Nacional,reúne a maior população escolar no Estadoda Guanabara, da cidade de Rio de Janeiro.E. sendo uma cidade da zona oeste línheí­raao Estado do Rio de Janeiro, que se vaifundir ao Estado da Guanabara a partirde 15 de março, deverá exercer uma funçãodiria até mesmo metropolitana em relaçãoàs áreas fluminenses circunvizinhas.

De sorte que, tendo lutado a comunida­de carnpo-grandense, durante longos anos,por ver instalada no território que habitauma escola de ensino superior, ou um con­junto de escolas de nível superior, tem ho­je atendido esse seu velho reclamo e an­seio.

A instituição educacional que se Vai ins­talar, completando o rol de 011tl''''O ~ue jáestão em funcionamento, servire não ape­nas aos cariocas que habitam a zona oeste

da cidade do Rio de Janeiro, como às áreaSfluminenses. Possivelmente se beneficiarãocom o estabelecimento ali de uma unida­de de ensino tão bem orientada, tão bemdotada, os fluminenses que, do outro lado c

da fronteira, aguardam a oportunidade deingressar. no curso superior, no nível uni­versitário.

Creio, portanto, que o ato do Conselho, quequero registrar com louvor, atende não ape­nas ao interesse de uma das mais numero­sas e laboriosas comunidades do Estado daGuanabara, como dos municípios fluminen­

.ses que lhe são vizinhos.Era o que tinha a díaer,

Durante o discurso do Sr. Célio Borjo.o Sr. Maurício ToZedo (art. 76 do R.I.),deixa a cadeira da presiâência, que docupada pelo Sr. Luiz Losso (art. 76do R.I.)

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Tema palavra o Sr. Mauricio Toledo.

O SR. MAURíCIO TOLEDO - (Sem revi­são do orador.) Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, volto a comentar a Lei n.O 6.091, de15 de agosto de 1974, a última norma dalegislação eleitoral.

Sr. Presidente, aproximadamente 200 mileleitores deverão votar em Brasília, no dia15 de novembro. Sabemos que não há pro­paganda eleitoral na Capital Federal. La­-mentavelmente, não temos aqui horáriosgratuitos na televisão e no rádio, não obs­tante os milhares de eleitores que residemnesta cidade e' que, destarte, permanecerãocompletamente desínformados. Sequer to­marão" conhecimento dos nomes dos candi­datos nos quais poderão votar.

Consideramos que é uma lacuna a sanaroportunamente. Ê necessário que haja ho­rários gratuitos na televisão e no rádio deBrasília, destinados à propaganda eleitoral.

O éonhecldo voto em trânsito foi implan­tado somente em Brasília. Sem dúvida éuma abertura. para que, futuramente, a me­dida venha a ser adotada em todo o terri­tório nacional. For ser primeiro passo, mui­tas dificuldades, decorrentes da regula­mentação da lei, estão enfrentando os elei­tores de outros Estados residentes em Bra­sília. Muitos deixaram de inscrever-se pre­viamente - foi quase um novo alistamento..De qualquer modo teremos aqui uma expe­riência que poderá servir, no futuro, paraa ampliação desse dispositivo em todos osEstados do Brasil.

Est.a justamente a tese que defendo atra­vés de projeto que estabelecia o voto emtrânsito para Deputados Fede-ais e Esta­duais. Como sabemos, os Deputados Esta­duais não receberão votos em Brasília. ape­nas os Deputados FEjderais e Senadores.

Temos, Sr. Presidente, Srs. Deputados, deampliar a facilidade do voto. O voto emtrânsito deve ser implantado em todo o ter­ritório nacional, tanto para Deputado Fe­deral' como para Deputado Estadual.- Nãoentendo essa restrição, permitindo-se o vo­to apenas para Deputado Federal e Sena­dor. Os eleitores aqui residentes conhecemmuito bem os representantes das Assem­bléias Legislativas de seus Estados de orí­gem e têm condições de votar também nes­ses candidatos.

Era o que tinha a dizer.O SR. JOEL FERREIRA. - (Sem revisão

do orador.) Sr. presidente, houve falta debom senso do Poder Legislativo, deixando detransferir a data das eleições para outroperíodo. O do recesso seria °mais válido. naminha opinião. Nós, Congressistas. temosde dar atenção às nossas atívídades aqui e,ao mesmo tempo, fazer a campanha eleito-

OlltlIbro de 19'14 DIAÍUO DO CONGUSSO NACIONA:L (Seção I) Sábado I> 7963

ral, em razão d!'\ legiBlação esdrtlxula, datradição e de outras implicações. Assim,nestes últimos meses, .a. freqüência· ao eon­gresso Nacional diminuiu consideravelmen­te, com prejuizo ínelnsíve para os trabà­lhos do Leg1slativo. líJ imenso o sacrifíciodaqueles que deilejam atender ao mesmotempo à campanha e às atividades parla­mentares. De agora em diante, certamente,essa freqüência será menor aínda; porquetodos teremos de desenvolver a carnpanhaeleitoral, sem o que será impossível, noatualsis1lerna, a volta de qualquer um denós às lides parlamentares.

Sr. Presidente, é com grande constrangi­mento que trato de qualquera.ssunto refe­rente iJ. legislação eleitoral, porque ela sím­plesmente envergonha o Pode;r: Legi.'dativo.Pouco se aproveita do códiB"o Eleitora! e dasesparsas leis sobre. a matéria. Fiz várioscomentários a respeito disto. Houve tenta­tivas e esforços - inclusive a nomeação deUma Oomíssâo, cujo Presidente era o Sr.Senador Gustavo Oapanemá - no sentidode uma reformulação geral na Iegislaçâo ,Infelizrnente, ísso vnão aconteceu. Quase<liariamfrnte nOVM regulamentaçõea se [un­tam a legislaf,lão eleitoral, piorando o que jáexistia. Verifica-se, nesta última le1 queautorísou o voto no Distrito :Federal, umaregressão tremenda. Noote País, o voto embrânsíto já foi aplicado com resultados prá­ticos e vantajo.so.s. lloje, mais do que nunca,é ele nece~ário, porque o homem está-semovimentando muito mais. Assim, no diadas eleições, milhões de brasileiros, ');)01' nãose encontrarem nas suas reapectivas sedeseleitorais, não poderão exen:itar o direitode voto.

Os norte-americanos; mesmo em quídquerpaís do mundo, votam nos seus candidatos,na época eleitoral, mas nós/., mesmo estandonum MunicJ:pio vlaínhn, nao podemo$ VO­tar,O voto em trânsito restringiu-se a Bra­silia, mas apenas em relação ao âmbitofederal. O eleitor não pode votar nos Depu­tados Rstaduais. Não sei qual a razão disso;talvez os idealizadores da medida possamresponder-me,

O Código Eleitoral tem artigos como este:"Ninguém pode fazer propaganda, 00­mícío, aglomeração politi.ca a quínhen­tos metros de Igreja, escola, guarniçãomilitar, hospitais, etc."

No interior do Bra.sil<ló 00 faz cornicionas praças dali igrejas, e o Código Eleito­ral conserva esse artigo. Vamos aB"0ra. par­tir para. o Último lance da eampanb.a elei­toral, traballio dificil, árduo, notadamentena minhareglão, a Amazônia, onde nãoconsigo, em um mês, percorrer o númerodE munícípíos que podem ser visitados emtrê,s dias nos Estados do Sul do Brasil, Ain­da assim, tenho de arcar com a responsa­bilidade de comparecer ao Congresso Na­cional para as tarefas que me são atribui­das, :Fui Relator de um dos anexos do Or­çamento Plurianual para o ano de 1975,além de outras a.tividades.

" O Cúngre&'Jo. Nacional precisa melhorara. legislação eleitoràl, para benefício do Pais,do Congresso, dos legisladores, dos que plei­teiam um mandato político nesta Pátriatão extensa. Espero que, na próxima legis­latura, os membros deste Congresso te­nham o bom senso de compreender que re­almente há necessidade premente de se mo­dificar o que não é aproveitável na legisla­çãoeleitoral.

)!Ira o que tiIl1la a dizer.O SR. ALOEU OOLLA.RES - (Sem revI­

lSão do orador.) sr. Presídente, Srl!. Depu­tados, mais urna vell!" ocupo 'a tribuna paratecer algumas consideraçõe$ a respeito doPlano. ClMSificado de Cargos. Acho que o

Parlame:n..to Brasileiro não está acompa­nhando com a devida cautela e zelo a tra­mitação dM mensagens, das proposições eprojetos do Executivo que disciplinam a si:­tuacão de centenas de milhares de funcio­nários públicos espalhados pelo BrasiL

Ainda ontem, votamos aqui o Decreto-lein.o 1.341, que consagra aígnmea aberraçõesque evidentemente,· mais cedo ou maia tar­de, o Executivo terá de alterar, para ade­quar a matéria à sítuacão, à realidade da.vida administrativa deste Pafos. Por exem­pIo: no Art. 9.0 daquele Decreto-lei há ex­pressamente uma exclusão de quase duzen­tos mil funcionáriOS públicos do Plano Olas­sírícado de Cargos, e já. está. tramitandonesta Casa o projeto 2.141, que em seu Art.3.° consagra a filosofia da exclusão, pura esimplesmente, daqueles que, tendo tido suasrepartições transformadas em sociedades deeconomia mista, empresas públicas ou fun­dações, não terão direito a concorrer aoPlano Classificado de Cargos, caso não fa­çam op;;ão para o regime da CLT.

A grita, o clamor foi tão grande que oGoverno, sensibilizado, admitiu uma emen­da, de autoria do eminente e nobre Liderda Maioria, Deputado Célio Borja.

Ainda há POUCOI3 dias, quando ocupamosa tribuna paracriticar a emenda, chama­mos a atenção de S. Ex'" para o que nelase COntém. Vai-se praticar uma grande in­justiça contra quase 200 rnil funcionáriospúbllcos que, por uma ou outra razão, seencontram cedidos às novaaentídades, mascontinuam, para todos os efeitos, como ser­vidores públicos ocupantes de cargos e regi­dos pelo regime estatutário. A emenda deS. Ex.", embora elaborada com a melhordas intenções, vai condenar essa gama deservidores públicos a nunca terem oportu­nidade de conoorrer· ao Plano Classificadode Cargos.

Diz ao emenda que é assegurado o direitode concorrer ao Plano Classificado de Car­gos, na forma da Lcl n.Q 5.645, de 19'10, aosservidores que permanecerem no regime es­tatutário, mas apenas para preenchimentodos claros nas lotações dos Ministérios, ór­gãos integrantes da. Presidência da Rep'(l.­blica e autarqUiM.

Ora, a filosofia do Plano Classj.ficado deCargos é reduzir ao máximo o número decargos de cada lotação para estabelecer alotação ideal de cada um desses órgãos, e éevidente que esses funcionários, provavel­mente, na sua vida funcional futura, nãoterão oportunidade de concorrer ao PlanoOlassificado de Cargoo.

Tenho certeza absoluta de que S. Ex.a,o eminente Líder, não desejou fazer mal aesses servidores, pois a inspiração é doDASP. Já na momento em que debatiamoso Projeto n,> 1.341, no Senado, o Diretordo DASP admitiu a alteração do Art. S.Q doProjeto 2.141, de 19'14, mais ou menos nostermos da emenda que S. Ex.a, DeputadaCélio Borj a, encamínhou ao Relator,. Depu­tado Améríco de SOuza, na Oomíssão deConstituição e Justiça. A emenda transferepara as oportunidades que venham a sur­gir 200.000 servidores públicos, que ficamnão em igualdade de condições com os ou­tros para concorrer ao Plano de Classifi-

. cação de Cargos, mas na regra. três. A me­dida que forem surgindo vagas ou clarosnas lotações dos Ministérios, órgãos inte­grantes da Presidência da Reptlbl1ca. e au­tarquias, eles serão chamados a prestarprovas seletivas, de caráter competitivo,para concorrer ao Plano de Classificação deCargos.

Ora, se S. Ex.a determinar um exame maiBaprofundado da sistemática, da filosofia doPIano de Olassi:ficp,çâo de Cargos, há de ve-

rlfic~ vários dispositivos que determinam,expressa e taxativamente, a redução da lo­tação de cada Ministério. Vejam bem quese vai prat1car uma injustiça contra 200.000servidores.

Tenho certeza absoluta de que o nobreLíder Célio Borja, não atentou para essefa.to no momento da assinatura. da emen­da, porque está sendo assessorado, como énormal, desde que S. Ex.a acumula ateze­res, e não é obrigado a. entender de todasas matérias. MM, realmente, esse instru­mento vai transformar-se -em grande injus­tiça para os servidores públicos brasileiros,que não terão oportunidade de concorrerao Plano de Classificação de Cargos. Ali­menta-se uma esperança, com o aceno da.possibilidade de concorrer ao Plano, masapenas para preenehímento dos claros naslotações dos Ministérios. Quero repetir, paraque S. Ex."', aqui presente, possa ouvir, adimensão da injustiça que se vai cometer,quando se sabe que será reduzido ao máxi­mo possível, o número de cargos de cada.lotàção, eis que essa é a filosofia. Deixo,desta tribuna, Sr. Presidente, um apelo aS. Ex.'" para que reveja os termos da emen­da apresentada ao Proj-eto n.o 2.141, de1974, e peço também a S. Ex." que faça al­guma gestão junto ao Diretor do DASP,para que compareça à oomíssão de ServiçoPúblico, ao fim de prestar os devidos escla­recimentos sobre a-matéria, cuja complexi­dade não permite" ao parlamentar conhe­cer em toda a sua profundidade a filoso­fia que o Governo quer adotar.

E mais, Sr. Presidente, aproveito a opor­tunidade para criticar a COmissão de Ser­Viço Público, órgão permanente e especía­Iízado em matéría de serviço público, queaté hoje não houve por bem convocar oDiretor do DASP para que aqui venha pres­tar 00 esclarecimentos devidos e estão sendoexigidos pela Casa, a fím de que não ve­nhamos a votar no escuro matéria de res­ponsabilidade e gravidade, que diz do direitodo funciúnário público brasíletm.

Era o que tmha a dizer.O SR. JOS}\": ALVES - (Sem revisão do

orador.) Sr. Presidente, srs, Deputados, oBrasil inteiro assístlu ontem, nos termosexpressos da Constituição, à escolha dosGovernadores para mais um período deação administrativa. Coube a missão dedirigir os destinos das AlagoM, a partir de15 de março, durante quatro anos, ao Dr,Divaldo Suruagy, atual Presidente da As­sembléia Legislatiya, S. Ex.a já ocupou car­gos os mais importantes, tendo sido ex­Prefeito de Maceió, Secretário da :Fazenda ePresidente da Assocíação Brasileira de Mu­nicípios. A nova função representa paraaquele [ovem de 37 anos não só uma gran­de honra, mas também .enorme responsabi­lidade. SOu testemunhe de que todo o povoalagoeno deposita um crédito de confiançaao novo Governador e espera que S. Ex.acontinue a obra do Governado}' Luiz Caval­cante, que soube impor a pas política atra­vés de sua administração dinâmica que seseguiu ao GDverno Lamenha :Filho. O novoGDvernador tem ao seu lado um dos gran­des polítIcos daquele Estado, o Dr. AntônioGomes de Barros, ex-Deputado estadual,ex-Secretário da Agricultura, Presidente daAssembléia Legislativa durante várias le­glslaturas, pessoa de larga tradição tambémno campo empresarial de Alagoas, planta­dor de cana e pecuarista.

Sr. Presidente, por tudo Isso se vê quenão haverâ de faltar apoio político aos no­vos dirigentes, que preenchem todos os re­qUisitos para serem ótimos governantes.

Desta tribuna, interpretando o pensa­mento de parcela da opinião pública deAlagoas, quero manifestar minha convicção

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de que aquele roteiro de paz e traba1ho,iniciooo por Lamenha Filho '6 seguido porLuiz Cavalcante, no governo de DivaldoSuruagy certamente terá mais um elo para.a grandeza e a prosperidade dos alag<Janos.

Era o que tinha a dizer.O SR. SIQU;EIRA CAMPOS - (Pronuncia.

o seguinte díseurso.) Sr. Presidente, com aatual orientação governamental deferida aosetor baneárío, com as fusões que freqüen~temente se processam, os bancos se vãotransformando em organizações rínancsírascada vez mais poderosas, regtstrando lucrosastronômicos. '

Apesar da Incontestabílídade dessa afir~

mação, os executores dessa política, os Ian­ça.dores desses lucros, os verdadeiros mani­puladores d,iários dessa transferência devalores para os cofres dos banqueiros, osque trabalham dia e noite para o enrique­cimento de seus patrões não, vêm recebendocompensação compatível com os serviçosque prestam.

Et» face da criminosa estagnação dos sa­lários da classe, cada hora ficam mais po­bres os bancários.

Até o Banco do Brasil, Sr. Presidente,cujos colaboradores até há alguns anoseram considerados os príncipes dos assala­riados do Pais, vem cometendo o grave errode não remunerar suficientemente seusempregados,

A inadequação dos salários dos que tra­balham em 'banco com o que produzem é'\;aI de ordem que, para os concursos aber­tos, hojequasesõ se apresentam moças ejovens que, no estabelecimento bancário,vão exercitar não uma profissão, mas de­fender um "bico", como assina a eonceítua­!lão popular.

Oasa de dinheiro, produtor diuturno deimensos lucros, o banco não pode deixarde pagar convenientemente a seus empre­gados, sem correr o risco de, em futuropróximo, ficar reduzido a seus dirigentes,com a desercâo e debandada de seu qua­dro de colaboradores de hoje.

A paralisação dos bancos representa es­tacionamento na circulação da riqueza doPaís, com reflexos negativos dos mais de­sastrosos na indústria e no comércio, e oconseqüente declínio nos índíces de eleva­ºão do desenvolvimento nacional.

Os banqueiros, para evitar tal situação,terão de rever os cálculos de lucro da horapresente, desapegarem-se um pouco doamor ao dinheiro, e ajustar à realidadeatual os vencimentos dos que para eles tra­balham com tanto desprendimento e des­velo.

Encarecemos desta tribuna do Povo, Sr.Presidente, ao ilustre e dinâmico Ministrodo Trabalho, Deputado Arnaldo Prieto, quedetermine a instituição de Comissão paraapurar as irregularidades existentes no re­lacionamento dos banqueiros com os ban­cários, para, afinal, recomendar as provi­dências capazes de restabelecer a paz noseio da. laboriosa e sofrida classe dos ban­cários. Com esse gesto S. Ex.a estará con­correndo para a tranqüilidade de imensamassa humana e garantindo ritmo de tta­balho .que sobremaneira interessa ao Pais.

Era, Sr. Presidente, o que trazíamos hojepara registro nos Anais da casa.

O SR. JUV:ÊNCIO DIAS - .(Pronuncia oseguinte díseurso.) Sr. Presidente, Sr$.Deputados, trago-lhes, neste 'depoimentoque tem a marca da sinceridade e da emo­çáQ, o testemunho da euforia que repre­sentou para o meu Estado, dia 27 último,a primeira visita do Exmo. Sl.'. Presidenteda República.

Com efeito,de quantas tenham ocorridoneste decênio rovolueionário - inclusive ado saudoso Humberto ~e Alencar CastelloBranco, que plantou o marco de uma novaAmazônia - a presença d9 Presidente Er­nesto Geisel ao Pará aígníríeou, acima detudo, que há um novo sextante direcionadopara aquela área do Pais, olhando, com ospés no chão, todos os seus problemas, paradesenhar, no mural da eternidade, um eon­ceitode desenvolvimento realmente enga­jado às conquistas do mundo moderno.

Já não são mais perspectivas proj etandoo horizonte de uma nova Amazônia. l1J arealidade agressiva, palpável, estuante defé e de confiança no futuro, que planta nosolo da região antes legendária a certezatísica de projetos arrojados, arrancando,das entranhas do indefinido, todo um po­tencial de requízes que o Pais hoje reconhe­ce imprescindíveis à sua cruzada como po­tência de um mundo em que a palavra pazpassou a chamar-se autodeterminação edesenvolvimento.

Tive a satisfação de, na qualidade deparlamentar e de paraense, acompanhar oPresidente Geisel em sua visita ao meuEstado, comprovando, com inusitado con­tentamento, que extrapolamos o ciclo dasprevisões gráficas para ingressar na era da

'verdade histórica, dando os primeiros pas­sos para dominar o que parecera índomá­vel, para abismar as fronteiras do mundocom o redãmensíonamento de uma regiãoadormecida nos séculos.

Temos, agora, sob a ótica nacionalistado eminente Presidente Geisel, uma Ama­zônia que confia nos seus próprios homens,uma região consciente de sua auto-sufi­ciência, sem especulações estranhas, semdedos protetores de interesses vindos defora. Conseguimos, sim, o estimulo e a pre­sença de um Governo que não pretende ser

.patemalísta, pois, cOJ;J.hecédor de nossaspotencialidades, está convencido de que nosdeve fornecer apenas os meios que nos pos­sibilitarão, pelo trabalho de todos e com autilização dos recursos locais, retirar dosilêncio a estátua do futuro.

Faço este registro, Sr. Presidente, com oempenho de minha palavra de que a ama­zônia, e o Pará particularmente, saberãoresponder de pé ao reconhecimento quehoje o País lhe tributa.

Obrigado, Presidente Ernesto Geisel. Va­mos caminhar juntos.

Era o que tinha a dizer.O 8R. FARIA LIMA - (Pronuncia o se~

guinte diseurse.) Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, consideramos inquietante a situaçãoagropecuária do Brasil, nesta véspera donovo ano agrícola do oentro-sui. Além deuma estiagem

jque lembra a de 1963, em

São Paulo, P"Iraná, sul de Mato Grosso,Triângulo Mineiro e outras regiões, a co­mercialização I interna das colheitas de1973/74 processpu-se ou se processa drama~

ticamente. o~eSeqUilíbriO entre os preçosagrícolas, pa s aos produtores, e os dosinsumos acent a-se" e recentes estimativasdo produto br to da agricultura estão sen­do reajustadas] para menos.

O retrospecto do 1.0 semestre da revistaConjuntura E~onômica admitiu o cresci­mento agrope~uárlo, em 1974, de 10%.Antes, o MiniStro da Agricultura esperavacerca ~,J3%. É possível que a previsãodaquela revista já seja, a esta altura, umdado superado.

Do mesmo modo, o "Prognóstico 74/75",elaborado pelo Instituto de Economia Agrí­cola da Secretaria da Agricultura de SãoPaulo, para o Ministério da Fazenda e daAgricultura, corrigiu a estimativa efetuadaantes, pela mesma fonte, sobre o cresci­mento da agropecuária paulista, em traba.~

lho anterior, de julho, com os prognósticosexelusívamente de São Paulo, o IEA admí-

_ tíu elevação real de 7,4%; agora, com baseno último levantamento, estima somente3,11%. Efeitos de tempo nas colheitas e va­riações desfavoráveis de preços foramapontados como causas. Entretanto, mesmoessa conclusão é ilusória: excluindo-se ocafé, que em 1973/74 acusou ano de maiorcolheita, na clássica seqüência de ano-bom,ano-mau de lavoura permanente, a econo­mia agropecuária de São Paulo sofreu que­da (conjunto de 25 produtos vegetais eanimais) de 0,56%. O EStaao que represen­to, a rigor, marcou passo na agriculturaentre 1972/73 e 1973/74. Já em 1974175 nãopoderá contar com boa colheita de café:será o ano mau. E que vai substitui-lo, paraimpedir uma queda do produto bruto daagropecuária; ,

O "Prognóstico" do Centro-Sul apresenta,ainda, outros dados inquietantes: MinasGerais, excluído o café, teve a agropecuáriaacrescida, em valor real, de apenas 2,28%;o Paraná, sem o' café, teria crescido ape­nas 7,71%; Goiás, com café e tudo, teveum declínio de 6,58%. Apesar de resultadosmelhores no Rio Grande do Sul (acréscimode 9,45%), Espírito Santo, Mato Grosso,Santa Catarina e Rio de Ja.neiro, aquelasmás perfomances causam apreensões. "

As dificuldades são tantas que já se faia,no interior de São Paulo e do Paraná, quenão há tomadores para a oferta de créditoagrícola que começou a se verificar. Commercados parados para o. café, o valgodâoe a laranja, e muito difíceis para outros se~

teres, como o da mamona, da cebola; do boie do leite, e à vista da seca reinante, osagricultores e criadores hesitam nas suasprogramações. Já assorbebadcs com proble­mas financeiros antigos, com estoques pa­gando juros e armazenagem, têm receio deassumir novos compromissos. A alta dosinsumos é um espantalho: o "Retrospecto"citado da Conjuntura Econ6miea. dá .a.relação de trocas na agrícultura, para oitoEstados, dois do Nordeste (Ceará e Per­nambuco), três do Sudeste (Minas; Espiriw 'Santo e São Paulo) e os três do Sul CRioGrande do Sul, Santa Catarina e Paraná),e, em todos, acusa relação desfavorável àprodução primária. As defasagens entrepreços recebidos e preços pagos pelos agrí­cultores vão de 7,6% no. Ceará até ~4,8%em São Paulo, segundo a Secretaria daAgrícultura de São Paulo, entre agosto de1973 e agosto de 1974, o preço do sulfato deamõnío subíu 214% e o 'do superfosfato255%. na praça de São Paulo. Para chegarao interior, subiram ainda mais, devido aoencarecimento do transporte.

Falou-se no café, e é bom salientar a suaImportãneía na economia agricola dos Es­tados onde é produzido em escala comer­cial. Ele constitui um dos melhores veículosde distribuição de renda no meio rural e nocomércio ínteríorano, Não leva a dístorsívasconcentrações de receita liquida, como ou­tras atividades. Pois o Brasil, nos primeirossete meses de 1974, reduziu o seu volumefisicode exportações em 25%. O que acon­teceu de agosto para cá só faz prever piora:entramos nos chamados "negócios esp-e­ciais" procurando vender consideravelmen­te abaixo dos artifiCiais preços de registroa determinadas firmas. Especulamos emNova Iorque para proteger cafés de outrospaíses, e saímos com um estoque de produtoestrangeiro de 2 milhões de sacas, que es­tamos distrIbuindo em nossos entrepostos,criados para promover o café genuinamentenacional. Enquanto isso, aqui dentro, o con­fisco funciona unilateralmente contra olavrador, que não tem preço algum demercado e está amarrando mais 'uma safranos bancos. Como resultado prático dessapolítica gerada no governo anterior, e que

Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 '1965

persistimos em manter, segurando o guar-. da-chuva para os outros venderem, há este

dado que o IBC-GERCA acaba de divulgar:apenas 40% dos cafezais do Paraná, 30%dos de Minas Gerais e 3,5% (três e meiopor cento!) do Espírito Santo receberamem 1973/1974 tratamento contra a ferru­gem. E nem sempre satisfatório. Que dizerde 1974/1975, quando é público e notórioque as compras de fungicida caíram per­pendicularmente este ano e que há fábricasde equipamento .exportando pulverízadores,por falta de mercado interno?

O Brasil fechou agosto com o deficit deUS$ 3,5 bilhões na sua balança comercial.Temos de contrair novas dívidas para tapar

.o rombo que esse fato. e' o nosso crônico'.deficit em serviços vão estabelecer na ba-lança de pagamentos de 1974. No entanto,não estamos estimulando, como devíamos,

.as nossas exportações agrícolas, que vêmcaindo, este ano em café, Carne frigorifi-cada, algodão em rama, farelo de soja,_lã,suco de laranja e outros itens. Os EstadosUnidOS acabam de anunciar o belo resul­tado de' seu ano fiscal' de 1973/1974, queacusa a exportação de produtos agropecuá­rios de US$ 2,8 bilhões, ou 65% acima donível de 1972/1973: eles não se envergo­nham de confessar que estão procurandoequílíbrar o balanço de pagamentos e eon-

. trolar a inflação graças às vendas em mas­sa de produtos primários. Enquanto isso, o

'Brasil insiste no artifício de apertar o cinto-de nosso contribuinte, para subsidiar ex--portações de manufaturas de díficíl cír-eulação internacional.

Diz-se que os preços externos caíram. Noentanto, o "Retrospecto" da ConjunturaEconômica diz o contrário: os preços mé­dios, por tonelada, de produtos exportadosPela Brasil, no primeiro semestre de 1974,subiram sobre os de 1973, em igual período,aos seguintes percentuais: açúcar 'cristal,

.'75%; açúcar _demerara, 57%; algodão em.rama, 70%; amendoim, 79%; cacau, 84%;café cru, 16%; carne bovina frlgorífíeada,

,15%; fumo, 25%; lã, 13%~-mílho, 110%;sísal, 178%, de vinte e seis produtos arrola­-dos, de origem agropecuária, a rigor, sócaiu o soja (que se recuperou a partir dejulho), bem como o farelo e a torta deamendoim, de expressão modesta nas ex­portações. A conclusão, portanto, é a se~

guinte: apesar da crise do petróleo, o mer­cado internacional continuou em alta paraos nossos produtos de exportação: nós éque não fomos capazes de vender mais, oupor não termos o que vender, ou por res­tringirmos artíríealmente as vendas, comoé o caso, nunca demais relembrado, dessemaltratado produto de nossa economia, queé o café.

Essa é a verdade nua e crua que temosde enfrentar. O Plano Nacional de Desen­volvimento está preocupado com as dimen­sões sociais do nosso processo de crescimen­to, dando ênfase ao mercado interno e amelhor' distribuição setorial e regional darenda. Pois para tanto, parece-me que arota a ser trilhada é a de estimular, emregime de urgência e prioritário, a produ­ção rural e fazer a indústria voltar-se parao mercado nacional, interessar-se mais pelasorte da nossa agricultura e ajudar a dar aesta condições de se expandir por todos osmercados: assim, a agropecuária levará arenda para o interior e acelerará a íncorpo­ração de milhares de criaturas à chamada."economia de mercado".

Era o que tínhamos a dizer.O SR. FLORIM COUTINHO - (Pronun­

eía o seguinte díscurso.) Sr. Presidente,Srs. Deputados, na última sexta-feira, aComissão COOrdenadora de Obras e Trân­sito do Estado da Guanabara atingiu mar­ear invejável que dificilmente poderá ser

igualada por administrações públicas dealgures ou alhures: autorizou a abertura domilésimo sétimo buraco nas vias públicasdo Rio de Janeiro.

Note-se bem que tal recorde foi alcan­çado no exíguo espaço de 2 anos, períodode vida da referida Comissão. Êl só dartempo, que novas e sensacionais proezasserão alcançadas por aquele órgãos, que,para melhor fazer jus às suas atividades,deveria ter sua denominação trocada para"Buraeobrás",

Ainda diz mais o noticiário da imprensa:que o carioca, todas as segundas, quartas esextas-feiras, corre o rísco de ver aumen­tado o "autêntico queijo suíço" que vírouo Rio de Janeiro (pois é buraco para todolado), pois são os dias em que se reúne aComissão, para autorizar novas "obras". .

No.turalmente, estamos falando dos "pe­queninos", pois o.mcttô, ou melhor, "o su­premo buraco", nao conta em tão modestasestatístícas, Este tem um destino mais ele­vado: sepultar a catastrôríca administraçãodo Sr. Chagas Freitas, que, tendo em vistaas dimensões do "defunto", carece de umacova de quilômetros de extensão.

A parte pitoresca do noticiário é quetoda a buracama disseminada pela terracarioca tem de estar restaurada até 17 dedezembro do corrente ano.: data fatal de­terminada por aquela zeloza Comissão, ten­do em vista o não empanamento dos fes­tejos natalinos.

Ou será que os "buracocratas" da Gua­nabara temem que o bondoso "Papai Noel"seja tragado pelos "precipícios" prodiga­mente espalhados pelas ruas. cariocas e seveja impedido. de levar a alegria à crian­çada?

Era o que tinha a dizer.O SR. ANTôNIO UENO - (Pronuncia o

seguinte díseurso.) Sr. Presidente, 8rs.Deputados, já não constitui segredo paraninguém a circunstância econômica asfi­xiante por que passa, no momento, a indús­tria nacional de insumos básicos para aagricultura, vale dizer, fertilizantes.

Há menos de um mês, uma comissãoencabeçada pelo Sindicato da Indústria deAdubos do Estado de São Paulo, tendo es­tado em Brasília para entendimentos comautoridades dos Bancos do Brasil e Central,bem como do Ministério da Indústria e doComércio, acabou sendo levada à presençado Ministro das Minas e Energia, Sr.Shigeaki Uekí, a quem fez ampla e circuns­tanciada exposição dos problemas que aflín­gem o setor.

Tal situação - que, se ainda não chegaa caracterizar colapso, tem, todavia, as con­dicionantes para transformar-se em autên­tica crise - é quase toda decorrente doretardamento sistemático e mesmo de cer­tas restrições pertinentes ao crédito oficialdestinado ao setor que, além de ter os seusmontantes acentuadamente desatualizadosem relação aos preços atuais dos custos daprodução, ainda não está sendo facilitadocomo' devia.

Para ser entendida parte da problemá­tica, é bastante que se diga que do ano de1973 para o de 1974 houve um aumento decustos dos insumos da ordem de quatrocen­tos e cinqüenta por cento. A conseqüêncíaimediata, sabendo-se que os estabelecímen­tos creditícios tiveram aumentados os mon­tantes específicos de financiamento emapenas trinta por cento, é que uma agênciabancária, mediante a utilização de Cr$1. 200.000,00, pode financiar cerca de 2.000toneladas, enquanto que no corrente ano,utílízan-to Cr$ 1.560.000,00, somente irápoder financiar 577 toneladas,

No memorial .entregue ao' Sr. Ministrodas Minas e Energia, constam mais as se­guintes ponderações:

- no período de janeiro/maio as entre­'gas à lavoura foram superiores às do anoanterior em cinqüenta por cento;

- as empresas fabricantes de insumosempregaram todos os seus recursos e con­traíram dívidas para 'efetuar suprimentosnecessários à antecipação, confiando emque a agilização do crédito rural viria equí­líbrar seu fluxo de caixa;

- o crédito rural está retardado e prevê­se que corrtínuí assim, tanto no Banco doBrasil como na rede bancária privada, emface da lentidão da comercialização dassafras (preços baixos, etc.) , demora na re­gulamentação dos financiamentos (novainstrução do Banco Central, n.o 226, preçosfixados em fins de julho etc.), contençãodos meios de pagamentos e outros fatores;

- como resultado da antecipação das en:"tregaa, as empresas produtoras de adubostêm cerca de Cr$ 1 bilhão de duplicatas,em carteira, que já deveriam estar em partepagas caso o crédito rural tivesse sidoagilizado em tempo;

- em face da restrição de crédito, nãose conseguem operações financeiras comapoio nas rererídas duplicatas;

- para solucionar seus problemas de cai­xa nos próximos meses, as empresas preci­sam receber (ou fazer dinheiro com rínan­ctamento) pelo menos trinta por cento do­montante dessas duplicatas, representandouma importância global de Cr$ 300 milhões;

- não ocorerndo uma das duas hipóteses;os atrasos de pagamento pelas empresassão inevitáveis, comprometendo todo o es­quema de antecipação das entregas, estede grande vantagem para a safra 74/75;

-sendo' improvável o pagamento prontocom apoio no crédito rural, as firmas plei­teiam financiamento, com garantia de du­plicatas, no montante de trinta por centoda posição da carteira em 30 de junho úl­timo;

- argumentam que seria como que uma.antecipação do crédito rural (compra deadubo), com base em verbas já autorizadas,que dificilmente seriam restringidas dentroa atual orientação do Governo.

Bem sabem os produtores de insumos queexiste um problema a ser contornado, paraque a sua reivindicação sej a atendida. Talproblema refere-se à impossibilidade, pelomenos aparente, de utilização das verbasdestinadas ao crédito rural em operaçõescomerciais, com caução de duplicatas.

De qualquer forma, fica patente que asolução para o problema depende primor­dialmente das autoridades governamentais,particularmente dos Ministérios da Fazenda,da Agricultura e das Minas e Energia, aosquais está afeta a questão.

Fica aqui, pois, o meu apelo às autorí­dades competentes, menos em nome e porconta das empresas produtoras de adubose principalmente em defesa dos interessesda agricultura, para que dêem pronta so­lução ao caso, a fim de que esta, já ordi­nariamente sacrificada por tantas vlscíssí­tudes, não venha a ficar privada, em.futuro próximo, também dos insumos deque tanto necessita.

Era o que tinha a dízer,V .:- O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) _

Passa-se ao Grande Expediente.Tem a palavra o Sr. Antônio treno,

(DISCURSO DO DEPUTADO ANTôNIOUENO, RETIRADO PARA REVISAO,)

Outubro dé 19'14"966 Sábado 5 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

o SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Está(findo o tempo destinado ao Expediente.

Vai-se passar à Ordem do Dia.(lomparecem mais os Srs.:

Flávio MarcílioAderbal JuremaFernando Gama'"Petrônio FigueiredoJosé Carlos FonsecaDib onerem.

AcreRuy Lino - MDB.

Maranhão

Eurico Ribeiro - ARENA.Piauí

Correia Lima - ARENA; ~ Heitor Caval­canti - ARENA.

CearáEdilson Melo Távora - ARENA; Furtado

Leite - ARENA; Manoel RodriguesARENA; Ozírls POntes - MDB; Paes deAndrade - MDR

Rio Grande do Norte. Djalma Marinho - ARENA; Vingt RoSa­do - ARENA.

ParaíbaCláudio Leite - ARENA.

PernambucoEtelvino Lins - ARENA; Geraldo Gue­

des - ARENA; Marc?S Freire - MDRSergipe

Franciseo Rollemberg - ARENA.Bahia

Necy Novaes - ARENA; Odulfo Domin­guea ---' ARENA; Prisco Viana - ARENA;Theódulo de Albuquerque - ARENA.

Espírito Santo

Dirceu Cardoso - MDB; :É1cio Álvares ­ARENA.

Rio de Janeiro

Alair Ferreira - ARENA; Hamilton Xa­vier - MDB; José Bally - ARENA; MárcioPaes - ARENA; Moacir Chíesse - ARENA;Osmar Leitão - ARENA; Peixoto FilhoMOR

Guanabara

Amaral Netto - ARENA; Flexa RibeiroARENA; Fmncisco Studart - MDB; LéoSimões - MDB; Marcelo Medeiros - MDB;Rubem Medina. - MDR

Minas GeraisAureliano Chaves - ARENA; Bento Gon­

çalves - ARENA; Elias Carmo - ARENA;Francelino Pereira - ARENA; José Boni­fácio - ARENA; José Machado - ARENA;Manoel de Almeida - ARENA; NavarroVieira - ARENA; Ozanan Coêlho - ARE­NA; Paulino Cícero - ARENA; Sinval Boa­ventura - ARENA.

São Paulo

Adalberto Camargo - MDB; Adhemarde Barros Filho - ARENA; Baldacci Filho_ ARENA; Bezerra de Mello - ARENA;Cardoso de Almeida - ARENA; Diogo No­mura - ARENA; Herbert Levy - ARENA;Mário Telles - ARENA; Monteiro de Barros_ ARENA; Santilli Sobrinho - MDB; Syl­via Venturolll - ARENA.

GoiásRenrique Fanstone - ARENA; José Frei­

Il"e-,MDB.Mato Grosso

Garcia Netto - ARENA; Lope.s da Costa_ ARENA.

ParanáAlencar Furtado - MDB; Ary de Lima

- ARENA; Arnaldo Busato - ARENA;Flávio Giovine - ARENA; ítalo ContiARENA; João Vargas - ARENA.

Santa CM!!!inaArolc"o Carvalho - ARENA; Pedro Colín

- ARENA.Rio Grande do Sul

Aldo Fagundes - MDB; Amaral de Sousa- ARENA; Célio Marques Fernandes ­ARENA; Cid Furtado - ARENA; HarryBauer - MDB; Lauro Leitão - ARENA;Norberto Schmidt - ARENA; Sinval Guaz­zellí - ARENA.

ORDEM DO DIAO SR. PRESIDENTE (Luíz Losso) - A

lista de presença acusa o comparecimentode 235 Srs. Deputados.

Os Senhores Deputados que tenham pro­posições a apresentar poderão fazê-lo.

O SR. ATHm COURY - Projeto de leique dispõe sobre a eoncesão de bolsas deestudos; através do PEBE, a viúvas deassociados ou empregados das entidadessindicais.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vai­se passar à votação da matéria que está so­bre a Mesa e a constante da Oordem do Di::.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Hásobre a mesa e vou submeter a votos a se-guinte .

Uedação FinalPROmTO DE LEI

N.o 2.140-B/1974

Prorroga, por período indeterminado,o prazo fixado no artigo 51 da Lei n.?4.117, de 27 de agosto de 1962, lJ.ue ins­titui o, Código Brasileiro de Telecomu­nteaçes,

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O prazo fixado no art. 51 da

Lei n.? 4.117, de 27de agosto de 1962, paraarrecadação dos recursos que constituem oFundo Nacional de 'I'eleeomunícaçes, a quese refere o art. 10 da Lei n.o 5.792, de 11de julho de 1972, fica prorrogado por perío­do indeterminado.

Art. 2.° Esta lei entrará em vigor na da­ta de sua publicação, revogadas as dísposí­çes em contrário.

Comisão de Redação, 4 de outubro de1974. - Oarrtídío Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OSSrs. que a aprovam queiram ficar como es­tão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Há

sobre a mesa e vou submeter a votos a se­guinte

Redação Final

PROJETO DE LEIN.o 2.181-B/1974

Autori1:a o Poder Executivo a efetua~

tránsação com o Governo da Grã-Bre­tanha para saldar débitos provenientesde encampação e desapropriação decompanhias estrangeiras.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica o Poder Executivo autoriza­

do a efetuar transação com o Governo daGrã-Bretanha, por intermédio do "Bank ofEngland", para saldar débitos provenientesda eneampação e desapropriação das com­panhias estrangeiras "The Manaos HarbourLtd.", "The São Paulo (Brazil) Railway Co.Ltd." e "The ltabira tron Ore Co.", até o va-

lar equivalente a j; 4.295.672 (quatro mi­lhões, duzentas e noventa e cinco mil, seis­centas e setenta e duas libras esterlinas).

Art. 2.0 Para o atendimento das despesasdecorrentes da transação de que trata o art.1.0, fica o Poder Executivo igualmente auto­rizado a abrir em favor do Ministério daFazenda um crédito especial de até Cr$ ..•71. 000.000,00 (setenta e um milhões de cru­zeiros), utilizando como recurso para a suacobertura o exeeesso de arrecadação do Im­posto sobre a Importação, previsto para ocorrente exercíeío financeiro.

Art. 3.0 Esta lei entrará em vigor na da­ta de sua publicação, revogadas as disposi­ções em contrário.

oomísâo de Redação, 4 de outubro de1974. - Cantídiõ-- Sampaio, Presidente ­Sylvio Botelho, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram rícar como es­tão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Lossol - Há

sobre a mesa e vou submeter a votos a se­guinte

Redação FinalPROmTO DE LEIN.o 2.191-B/1974

Dispõe sobre doação de tererno daUnião à Companhia Brasileira de Ali­mentos - COBAL.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica o Serviço do Patrimônio da

União autorizado a promover a transferên­cia, por doação', para o patrimônio da Com­panhia Brasileira de Alimentos - COBAL ­dos ímóvíes de propriedade da União situa­dos na Rua Mata Machado n.O 127, AvenidaMaracanã n.o 252, Avenida Rodrigues Alvesn.o 853 e Avenida Rodrigues Alves, esquinacom a Rua Rivadávia Correia, no Estado daGuanabara, de acordo com os elementosconstantes do.,urocesso protocolizado no Mi­nistério da Fazenda sob o n,o 0768-64.818,de 1972.

Art. 2.0 Os imóveis. mencionados no art.1.0 se destinam à expansão do Programa deAbastecimento do Governo Federal.

Art. 3.° A desocupação dos imóveis fica acargo do Ministério da Agricultura.

Art. 4,° A doação se efetivará medíantecontrato a ser lavrado em livro próprio doServiço do Patrimônio da União.

Art. 5.° Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

Comissão de Redação, 4 de outubro de1974. '- Cantídío Sampaio, Presidente _Sylvio Botelho, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram ficar como es­tão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Há

sobre a mesa e vou submeter a votos a se­guinte

Redação Jf.inalPROJETO DE LEIN.O 2.193-B/1974

Autoriza0 Poder Executivo a abrir aoMinistério da Justiça, em favor dll Mi­nistério Público da União, o crédito es­pecial de Cr$ 78.500,00, para o fim queespecifica.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica o Poder Executivo autori­

zado a abrir ao Ministério da Justiça, em

Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I} Sábado 5 '796'1

0800 - JUSTIÇA DO TRABALHO080-8 - Tribunal Regional do Trabalho da 7.a Região

Projeto -- 0808.0106.1002.001.474.1.1.0 - Obras Públicas r- ••••••••••••••••••••••••••• ~ ••••••••••••• '" 300.000

20.00 - MINISTÉRIO DA JUSTIÇA20.04 - Ministério Público da União

2004.0104.2062 - Defesa dos Interesses da União em Juizo3.1.4. O - Encargos Diversos :.................. 73.500

favor do Ministério Público da União, o cré­dito especial de Cr$ 73.500,00 (setenta .e oitomil e quinhentos cruzeiros), para atenderencargos com oontrrbuícões de PrevidênciaSociaL

Art. 3.° Est.a lei entrará em vigor na da­ta de sua publícação, revogadas as disposi­ções em contrário.

Comisão de Redação, 4 de outubro de1974. - Cantídio Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator.

O SR: PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram ficar como es­tão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Há

sobre a mesa e vou submeter a votos a se­guinte

Redação FinalPROJETO DE LEIN.o 2.194-B/1974

Autoriza o Poder Executivo a abrirà Justiça do Trabalho, em favor do

Art. 3.° Esta lei entrará em vigor na da­ta de sua publicação, revogadas as dispo­sições em contrário.

Comisão de Redação, 4 de .outubro de1974. -- Cantídio Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram ficar como es­tão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Fede:::al.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Hásobre a mesa e vou submeter a votos a se­guinte

Redação Final

PROJETO DE LEIN.o 2. 243-B/1974

Acrescenta parágrafo ao artigo 43 daLei n,? 4.502, de 30 de novembro de1964, e ao artigo 1.° da Lei n,v 4.557, de10 de dezembro de 1964.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° O Art. 43 da Lei n,v 4.502, de

30 de novembro de 1964, é acrescido do pa­rágrafo.segull1te:

"Art. 43 '00 o.§ 5.0 A indicação da origem dos pro­dutos, .consubstanciada na expressão"IndÚBtria Brasileira", poderá ser dis­pensada em casos especiais, de con­formidade com as normas que a esserespeito forem baixadas pelo ConselhoNacional do .Comércio Exterior, paraatender às exigências do mercado ím­portador estrangeiro."

Art. 2.° O Art. 1.° da Lei n.o 4.557, de10 de dezembro de 1964, é acrescido de pa­rágrafo único, com a seguinte redação:

..Art: 1,0 ••.•.••.•.• '.'_ s.

Art. 2.° OS recursos necessários à exe­cução desta lei decorrerão de anulação par­cial de dotação orçamentária consignada novigente Orçamento ao subanexo 20.00, asaber:

. Cr$ 1,00

Tribunal Regional do Trabalho. da '1.aRegiáo, o crédito especial de Cr$ '"300.000,00 (trezentos mil cruzeiros),para o fim que especifica.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1.° Fica o Poder Executivo autori­zado a abrir à Justica do Trabalho. em fa­vor do Tribunal Regional do Trabalho da7.a Região, o crédito especial de Cr$ ; ..•300. COO,OO (trezentos mil cruzeiros), paraatender despesas com. a aquisição de sedepara a Junta de Conciliação e Julgamen­to em Parriaíba - PI.

Art. 2.° Os' recursos necessários à exe­cução desta, lei decorrerão de anulaçãoparcial de dotação orçamentária consigna­da no vigente Orçamento ao subanexo 0800,a saber:

o-s 1,00

Parágrafo único. A marcação prevís­ta neste artigo poderá ser dispensa­da em casos especiais, no todo ou emparte, ou adaptada de conformidadecom as normas que a esse respeito fo­rem baixadas pelo Conselho Nacionaldo COmércio Exterior, para atender J.Sexigências do mercado importador es­trangeiro e a segurança do produto."

Art. 3.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dispo­sições em contrário.

Comissão de ROl1ação, 4 de outubro de1974 - Oantídío Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OS81'S que aprovam queiram ficar como es­tão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Há

sobre a mesa e vou submeter a votos a se­guinte

Redação Final .

PROJETO DE LEIn» 2.258-B/1974

'Dispõe sobre a transformação doConselho Nacional de Pesquisas emOonsclho Nacional de DesenvolvimentoCientífico e Tecnológico (CNPq), e dáoutras providências. .

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° É instituido, com personalidade

[urídíca de direito privado, sob a rorma .de fundação, vinculada à Secretaria dePlanejamento da Presidência da Repúbli­ca, o Conselho Nacional de Desenvolvimen­to Científico e Tecnológico (CNPq): portransformação do Conselho Nacional dePesquisas,

Art. 2.° O Conselho terã por finalidadêauxiliar (J Ministro de Estado Chefe da Se­cretaria de Planejamento no desempenhodas atribuições que a este foram conferidaspelo Art. 7.°, item UI, da Lei n.o 6.036,de 1.0 de maio de 1974, principalmentequanto à análise de planos e. programassetoriais de ciência e tecnologia e quantoà formulação e atualização da política dedesenvolvimento científico e tecnológico,'estabelecida pelo Governo Federal.

Parágrafo. único. Para atender às suasfinalidades, o CNPq poderá manter os Ins­titutos subordinados ao Conselho Nacio­nal de Pesquisas, bem como criar novosInstitutos ou outros mecanismos.

Art. 3.° O Conselho terá sede e foro noDistrito Federal e reger-se-á por estatu­tos a serem aprovados por decreto, no pra­zo de 90 (noventa) dias, contados da datada publicação desta lei.

Parágrafo único. O Conselho conside­rar-se-á instalado na data da publicação,no Diário Oficial, do ato de nomeação dorespectivo dirigente, na conformidade -íosestatutos. .

Art. 4.° Constituirão patrimônio do Con­selho:

I, - Bens imóveis, móveis e instalaçõesdo Conselho Nacional de Pesquisas que se­jam transferidos para a nova entidade;

II - Dotações consignadas no orçamen-to da Urriâo ;

UI - Receitas operacionais liquidas;

IV - Receitas patrimoniais liquidas;

V - Doações;

VI - Recursos de outras origens.

§ 1.0 Nào se aplica ao Conselho o jls­posto nas alíneas a e b do Art. 2.° do De­creto-lei n.? 900, de 29 de setembro de 1969.

§ 2.° O decreto que aprovaras estatu­tos do Conselho será acompanhado de r.e­lação contendo a discriminação e caracte­rízacâo dos bens imóveis de que tra ta oitem I deste artigo, a qual servirá de ~í­tulo para s transe rícâo destes no respecti­vo registro de imóveis.

Art. 5.° Fica autorizada a tranaterén­cía, para o Conselho, de parcela das dota­ções consignadas ao Conselho Nacional dePesquisas, no orçamento da União para ocorrente exercícío.

Ãrt. 6.° O regime juridico do pessoal doConselho será D da legislação trabalhista.

Art. 7.° O Conselho poderá aproveitarintegrantes do corpo técnico e admínístra­tívo do Conselho Nacional de Pesquisas.

§ 1.0 Será computado, para o gozo dos,direitos da Legislação trabalhista e de pre­vidência social, o tempo de serviço ante­riormente prestado à Administração Públi­ca pelos funcionários que forem aproveita­dos na· forma do disposto neste artigo.

§ 2.° A contagem do tempo de serviçoa que se refere o § 1.0 tar-se-á segundo asnormas pertinentes ao regime estatutário,inclusive computando-se em dobro. paraefeito de aposentadoria; os períodos de li­cença especial não gozado, cujo direito hajasido adquirido sob o .mesmo regime.

S 3.° A .União custeará a parcela deaposentadoria correspondente ao tempo deserviço prestado sob o regime estatutário,mediante inclusão no orçamento, anual­mente, de dotações específica em favor' doINPS.

§ 4.° Os funcionários que não fDremaproveitados nos termos deste artigo, ouque não optarem pelo regime da legislação

'1968 Sábado 5 DrARH) DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro ,de 1\171

trabalhista, integrarão Quadro Suplemén­tar, a ser regulado por ato do Poder EXe-cutivo. ' , ,

Art. 8.° O Poder Executivo adotará asprovidências necessárias à oportuna extin­ção do' Conselho Nacional de Pesquisas.

Art. 9.0 Esta lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dis­posições em contrário.

Comissão de Redação, 4 de outubro de1974. - Cantídío Sampaio, Presidente­8ylvio Botelho, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Os8",°. que a aprovam queiram ficfl.r como es­tão. (Pausa.)

Aprovada.

Vai ao Senado Federal.

Art. 2.0 Para o atendimento dos crédi­tos suplementares que forem abertos con­forme a autorização desta Lei, serão utili­zados recursos provenientes do excesso dearrecadação, previsto na forma do § 3.° doartigo 43 da Lei 1'1.0 4.320, de 17 de marçode 1964.

Art. 3.° Esta Lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dís­

'posições em contrárío .

Comissão de Fiscalizacão Financeira eTomada de Contas, em 3 de outubro de 1974._ Dunteí Faraco,' Presidente - Henl'ÍqueFanstonc, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram ficar como es­tão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) -

Discussão única do Projeto de Decre­to Legislativo n." 160-A, de 1974, queAprova o texto do Acordo sobre Trans­portes Regulares, assinado entre o Bra­sil e a Guiana, em Georgetown, a 10de maio de 1974; tendo pareceres: da

Cr$ 1,00

O SR. PRESIDENTE (Lufz .Losso) - Hásobre a Mesa e vou submeter a votos aseguinte

ACORDO ENTRE O OOVERNO DA REPÜ,.BLICA COOPERATIVA DA GUIANA 'E,ÓGOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATi':'VA DO BRASIL PAR.!' SERVIÇOS AÉ­REOS ENTRE E ATRAVÉS SEUS RES­PECTIVOS TERRITóRIOS.

O Governo da República Cooperativa daGuiana e o Governo da República Fe­derativa do Brasil;

Sendo Partes da Convenção sobre Aviá'­ção Civil Internacional aberta para assína­tura em Chicago, no dia sete de dezemhrode 1944;

Desejando desenvolver e fortalecer suasrelações recíprocas no campo da aviaçãocivil e concluir um Acordo. na conformida­de de que dispõe a citada Convenção, parao propósito de estabelecer os serviços ae­tóríos, nomearam para esse fim seus re;­presentantes 'plenipotenciários, como se -se­reos entre e através seus respectivos terrí­gue:

- pela República Federativa do Brasil,Sua Excelência o Senhor Major-BrigadeiroEdivio Caldas sanctos, Presidente da Co­missão de Estudos Relativos à NavegaçãoAérea Internacional; C,)

- pela República Cooperativa da Guíà,­na, Sua Excelência o Senhor David.·I.Yankana, A.A., Secretário da Guyana StW-te Corporation; , '

" l

Os quais, após terem trocado seus ínstru­mentos de plenos poderes, achados em boll.e devida forma, acordam no seguinte:

ARTIGO IDefinições

(1) Para os fins deste' Acordo, a menosque o texto expresse de outra forma -

la) o termo "a Convenção" significa aConvenção sobre Avíaçào Civil Internacio­nal, aberta para assinatura em Chicago, nodia sete de dezembro de 1944, e inclui qual­quer' Anexo adotado sobre aquela Conven­ção e quaisquer emendas na medida emque esses anexos e emendas entrem em vi­gor ou sej am ratificados pelas Partes Con­tratantes;

(b) o termo "autoridades aeronáutícaa"significa no caso da Guyana o Minist~oresponsável pela Aviação Civil e qualquerpessoa ou órgão autorizado' a exercer' asfunções atualmente exercidas pelo referi­do Ministro ou funções similares, e no casoda República Federativa do Brasil o Mi­nistro da Aeronáutica e qualquer pessoa ouórgão autorizado a exercer as funções re-

.Iatívas a este Acordo;(c) o termo "empresa aérea designada"

significa uma empresa aérea que tiver sidodesignada e autorizada na forma do Arti­go 2 deste Acordo;

(ti) o termo "tarifa" significa os valoresa serem pagos. para o transporte de passa­geiros e carga e as condições sob 'as quaisesses valores são aplicados, mas excluindoremuneração e condições para o transpor­te de mala postal;

(e) o termo "território" em relação acada Parte Contratante significa o, seu ter­ritório e as águas territoriais a ele ad'[aceri­tes sob a soberania daquela Parte Contra­tante; e

(f) os termos "empresa aérea", "serviçoaéreo", "serviço aéreo internacional", e"escala para fins não comerciais" 'têm ossignificados estabelecidos no Artigo 96 daConvenção.

(2) O Anexo e o Quadro de Rotas a esteAcordo formarão parte integrante do ACQr­do e qualquer referência ao "Acordo" seráentendido como referindo-se também ao

7.532.000.000

Comissão de Constituição e Justiça, pe­la constitucionalidade e [urídícidade ; eda Comissão de Transportes, pela apro­vação: (Da Comissão de Relações Ex­teriores - Mensagem n.? 388/74.) Re­latores: Srs. Manoel Taveira, Pires Sa-,bóia e José Maridetlí .

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encer­rada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vou

subTIleter a votos o seguintePROJETO

N.o 160-A, de 1974, O Congresso Nacional decreta:

Art. 1.0 Fica aprovado o texto do Acor­do sobre Transportes Aéreos Regulares, as­sinado entre o Brasil e a Guiana, em Geor­getown, a 10 de maio de 1974.

Art. 2.° Este Decreto Legislativo entraem vigor na data d-e sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que o aprovam queiram ficar como es­tão. (Pausa.)

Aprovado.Vai à Redação Final.

Redação FinalPRO.TETO DE LEI

N.o 2. 289-B174

Autoriza o Poder J~xecutivo a abrircréditos suplementares aos programasconstantes da Lei n.° 5.964, de 10 dedezembro de 1973.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1.° É o Poder Executivo autorizadoa abrir créditos suplementares ao Orça­mento da União, aprovado pela Lei n.? ...5.964, de 10 de dezembro de 1973, até o li­mite de Cr$ 7.532.000.000,00 (sete bilhões,quinhentos e trinta e dois milhões de cru­zeiros), conforme a especificação seguinte:

TOTAL :'"r .

ENCARGOS GERAIS DA UNIAO

Recursos sob a Supervisão da Secretaria, dePlunejamerito da Presidência da RepúblicaFundo de Desenvolvimento de Programaslntegrados.Serviços em Regime de Programação Es-pecial .... ,................................ 500.000.000FInanciamento de projetos e AtividadesPrioritáriosServiços em Regime de Programação Es-pecial 300.000 .000Reserva de Contingência, inclusive novoPlano de Classificação de Cargos,

Reserva de Contingência 4. 7Z,2 .000.000Fundo de Desenvolvimento de Áreas Estra-tégicas.Projetos Especiais para o Desenvolvimentode Áreas Estratégicas. ,serviços em Regime de Programação Es-pecial . . .. .. .. . .. .. . . .. .. . . .. . . . . . .. . . .. . . 1. 900.000 .000Fundo Nacional de Desenvolvimento Cien-tífico e Tecnológico.Apoio a Projetos de Ciência e Tecnologia.

serviços em Regime de Programação Es-pecial . . . . . . • . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • . . • . . . . . 100 .000 .000

4.1.2.0

2800

2802

2804

3.2.6.0

2803

4.1.2.0

4.1.2.0

2804. 0402.1130

4.1.2.0

2802.1800.1054

2803.1800.1042

2802.1800.2029

2802.1800 .1211

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7Mt-

A'nexo e ao Quadro de Rotas, salvo quandoestabelecido de outra forma.

ARTIGO 2

Designação de Empresas Aéreas

(1) Cada parte Contratante terá o díreítode designar por escrito para a outra ParteContratante urna empresa aérea para osfins de operar '1S serviços acordados nasrl?tas especificadas,

'. (':l) Ao receber tal designação, a outraP~i-te Contratante deverá, sem demora, ob­servadas as disposições dos parágrafos (3)e (4) deste Artigo, conceder à empresa aé­,rea designada a autorização de operação.

(3) .As autoridades aeronáuticas de uma.Parte Contratante podem exigir que a em­presa aérea designada pela outra ParteContratante prove que preenche as condi­ções prescritas pelas leis e regulamentosnormal e razoavelmente aplicados às ope­rações de serviços aéreos internacionais portais autoridades, na conformidade. com asdísposíções deste Acordo e da Convenção.

: (4) Cada Parte Contratante terá o direi­<to de recusar, conceder autorização paraoperação referida no parágrafo (2) desteArtigo, ou impor condições tais que pos­sam ser necessárias ao exercício, pela em­pres'!. aérea designada, dos direitos espect­flcados na Seção I deste Acordo; em qual­quer caso quando a Parte Contratante nãoestiver satisfeita de que parte substancial,'da propriedade e o efetivo controle da em­presa aérea pertence à Parte Contratantedesignadora da empresa aérea ou a nacio­nais do Pais dessa Parte Contratante, ouquando as aeronaves em operação não fo­,21em tripuladas por nacionais de outra Par­·te Contratante, exceto nos casos em que,as tripulações estiverem sendo treinadas., (5) Quando uma empresa aérea tiver si­

«lo assim designada e autorizada poderáoperar os serviços acordados para os quaistiver sido designada, desde que a tarifa.estabelecída nos termos da Seção V desteAcordá esteja em vigor no tocánte a essesscrvícos: e desde que a freqüência e o ho-

. rárío dos serviços a serem operados por..cada empresa aérea tenha sido aprovadapelas autoridades aeronáuticas da Parte

1Contratante que concedeu a autorização'Çle operação.

ARTIGO 3Revogação ou Suspensão

da Autorização de Operação(1) Cada Parte Contratante terá o di­

reito de revogar uma autorização de opera­.ção ou de suspender o exercício de qual­1 quer dos direitos especificados na Seção Ideste Acordo concedidos a urna· empresaaérea designada pela outra Parte Contra­tante, ou ·de impor as condiçôes que possajulgar necessárias ao exercício desses di-reitos: '

(a) no caso da emprega aérea delxar decumprir com as leis ou regulamentos daParte Contratante que concedeu esses di­reltos; ou

(b) no caso da empresa aérea de qual­quer modo deixar de operar conforme ascondições prescritas neste Acordo; ou

(c) em qualquer caso em que não for, feita a comprovação de que parte substan­cial de propriedade e o efetivo controle daempresa aérea pertence à Parte Contratan­

.te desígnadora de empresa aérea ou a na­cionais do Pais da referida Parte Contra­tante.

(2) A menos que a imediata revogação,suspensão ou imposição das condiçóesmencionadas no parágrafo (1) deste Artigosejam essenciais para prevenir futuras in-

fringências de leis ou regulamentos, taisdireitos serão exercidos somente após con­sulta com a outra Parte Contratante.

ARTIGO 4

Freqüência e HOl'ário dos ServiçosA freqüência e horário dos serviços a se­

rem operados pela empresa aérea desig­nada de uma Parte Contratante ficarão su­jeitos à aprovação das autoridades aero­náuticas da outra Parte Contratante.

ARTIGO 5

Isenção das Taxas sobre EquipamentosCombustíveis, Suprimento, etc.

O) Aeronaves operadas em serviços aé­reos internacionais por uma empresa aé­rea designada de cada Parte Contratantena entrada, na saída e no sobrevôo doterritório da outra Parte Contratante, emrelação a combustível, lubrificantes: so­bressalentes, equipamento de uso regular esuprimentos de aeronave' a bordo de taisaeronaves; serão isentas de todos os direi­tos aduaneiros', taxas de Inspeção e outrassimilares devidas por ocasião da importa­ção, exportação ou trânsito de artigos, comexceção das taxas devidas por serviço pres­tado. Isto também deve ser aplicado aosacima mencionados artigos a bordo da ae­

.ronave consumidos durante a dita partedo serviço aéreo internacional realizado so­bre o território da última Parte Contratan­te.

(2) Combustível, lubrificantes, supri­mentos de aeronaves, sobressalentes e equi­pamento de uso regular da aeronave, tem­porariamente importados para o territoriode cada Parte Contratante deve ser ime­diatamente ou após o armazenamento íns­talado na aeronave ou de outra forma em­barcado na aeronave de empresa aerea de­signada pela outra Parte Contratante, oudeve ser de qualquer forma exportado no­vamente do território da primeiramentecitada Parte Contratante e será isenta dedireitos aduaneiros, taxas de inspeção e ou­tras taxas similares mencionadas no pa­rágrafo (1) deste Artigo.

(3) Combustivel e lubrificantes levadosa bordo da aeronave de uma empresa- aé­rea designada de qualquer Parte Contra­tante no território da outra Parte Con­tratante e usados em aeronave engajadano serviço aéreo internacional, e usados emvôos destinados a pontos no território des­ta Parte Contratante, até que esse vôo es­tej a terminado ou em vôos partindo depontos no território desta Parte Contra­tante, desde a hora em que esse vôo seinicie, ou em sobrevôos, embora que emtodos esses vôos a aeronave possa realizarpousos intermediários no citado terrttórío,serão isentos de direitos aduaneiros e ou­tras taxas similares mencionados no pa­rágrafo (1) deste Artigo, desde que os re­gulamentos aduaneiros pertínentec sejamcumpridos.

(4) As autoridades aduaneiras de cadaParte Contratante poderão guardar os ar­tigos mencionados nos parágrafos (1) a(3) deste Artigo sob supervísão ou controleaduaneiro.

(5) O equipamento de uso normal daaeronave, bem como os materiais e supri­mentos retidos a bordo da aeronave de ca­da Parte Contratante poderão ser descar­regados em território da outra Parte Con­tratante somente com a aprovação das au­toridades aduaneiras daquele território.Neste cago, eles poderão permanecer sobsupervisão das ditas autoridades o temposuficiente até que sejam reexportadas, oude qualquer forma utllizadas, de acordocom os regulamentos aduaneiros.

ARTIGO GTaxas aeroportuárias e similares

As taxas que uma das Partes Contratan­tes imponha ou permita que sejam impos­tas à empresa aérea designada pela outraParte Contratante para o uso de aeroportose outras facilidades não serão superioresàquelas que seriam pagas pelo uso de taisaeroportos e facilidades por suas aerona­ves da sua bandeira empregadas em servi­ços internacionais semelhantes.

ARTIGO 7Representaçào de Empresa Aérea

A empresa aérea designada por uma Par­te Contratante está autorizada, sujeita àsIeis e regulamentos relativos à imigraçãoe residência de outra Parte Contratante, atrazer e manter no território desta ParteContratante seus próprios representantes·juntamente com o grupo técnico e comer­cial que for necessário para o atendimentodos serviços aéreos.

ARTIGO 8Transferência de Lucros

(1) Cada Parte Contratante de acordocom seus regulamentos de controle de câm­bio aplicáveis, concede à empresa aéreadesignada da outra Parte Contratante odireito de transferir o lucro obtido poraquela empresa aérea no seu território,proveniente do transporte de passageiros,mala postal e carga, Tal transferência de­verá ser feita à taxa de câmbio oficial,quando tal taxa existir. ou de outra forma,a uma taxa equivalente àquela em que areceita for obtida.

(2) Onde o sistema de Oâmbío de moedasestrangeiras for regulado por acordo espe­cial entre as Partes Contratantes, esteacordo especial será aplicado.

ARTIGO 9

Consulta

(1) Com o espíritó de estreita coopera­ção, as autoridades aeronáuticas das Par­tes Contratantes consultar-se-âo periodi­camente com vistas a assegurar a imple­mentação e o cumprimento satisfatório dasdísposíções deste Acordo e consultar-se-áoquando conveniente para introduzir modi­ficações que sé fizerem necessárias.

(2) Cada Parte Contratante poderá soli­citar consulta, a qual poderá ser realizadapessoalmente ou por correspondência e seiniciará dentro de um período de sessenta(60) dias da data do recebimento da soli­citação, a menos que ambas as Partes Con­tratantes concordem com a modificaçãodeste periodo.

ARTIGO 10

Solução de divergências(1) Se qualquer divergência surgir entre

as Partes Contratantes relativamente à in­terpretação ou à aplicação deste Acordo. asPartes Contratantes envídarão em pri­meiro lugar esforços :para solucioná-la me­diante negociação.

(2) Se as Partes Contratantes -nâo obti­verem uma solução mediante negociações,elas poderão concordar em submeter a di­vergência à decisão de uma pessoa ou ór­gão; se eles não concordarem .com essa so­Iuçâo a divergência será submetida, a pe­dido de qualquer das Partes, à decisão deum Tribunal 'de três árbitros: um a sernomeado por cada Parte Contratante e Oterceiro a ser indicado pelos dois árbitrosassim nomeados. Cada uma das PartesContratantes, nomeará um árbitro dentrodo período de 60 dias a contar da data dorecebimento, de qualquer uma das Partes

7970 Sábado 5 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Outubro de 1974

.Contratantes, da notificação através doscanais diplomáticos do pedido de arbitra­mento da divergência por um Tribunal e oterceiro ârbítec será indicado dentro do pe­ríodo posterior de 60 d}as. Se qualquer 4asPartes Contratantes nao nomeia o seu ar­bitro dentro do período estabelecido, ou seo terceiro árbitro não é indicado dentro doperíodo estabelecido, o Presidente do oon-

. selho da Organização de Aviação Civil In­ternacional pode, a pedido de qualquer dasPartes indicar um árbitro, ou árbitros, se­gundo' o caso. Em tal hipótese, o terceiroárbitro será um nacional de um terceiroEstado e funcionará como Presidente doTribunal Arbitral.

(3)' As Partes Contratantes envidaI'ão'seus melhores esforços, den-1ro dos lir~lites

de seus poderes, para pôr em e;,ecuçao adecisão tomada na forma do parágrafo (2)

deste Artigo.

AR.TIGO 11

Aplicação da ConvençãoAs normas da Convenção serão aplica­

das em relação aos serviços aéreos inter­nacionais entre as Partes Contratantes quenão estão reguladas por este Acordo.

ARTIGO 12

. Emendas ao Acordo

1) Se qualquer das Partes Contratantesdesejar modificar as normas deste. Acordo,pode solicitar Consulta, na conformidade doArtigo 9 deste Acordo; a modificação, acor;­dada entre as Partes Cont1'atantes, entraraem vigor depois de confirmada por t~oca

de notas diplomáticas, ~ep?is de eumprídosos procedimentos eonstttucíonaís de ambasas Partes Contratantes.

2) Apesar da norma constante do pará­grafo 1 deste Artigo a modificação do Ane­xo e do Quadro de R.otasacordadas pelasPartes Contratantes entrará em vigor quan­do oonfirmada por troca de notas diplomá­ticas.

ARTIGO 13

Denúncia do AcordoQualquer das Partes Contratantes pode,

em qualquer momento, notificar a outraParte Contratante da sua decisão de denun­ciar este Acordo, essa notificação será co­municada simultaneamente a Organizaçaode Aviacão Civil Internacional. Em tal caso,O Acordô deixará de viger doze meses depoisda data do recebimento da notificação pelaoutra Parte Contratante, a menos que adenúncia seja retirada mediante acordo dasPartes COntratantes antes do término desteperíodo. Na ausência de. conhecimento dorecebimento da notificaçao pela outra Par­te Oontratante presume-se que a notificaçãofoi recebida por essa mesma Parte Contra­tante quatorze dias depois do recebimentoda notificação pela Organização de AviaçãoCivil Internacional.

AR.TIGO 14

Registro do Acordo

O Acordo será registrado na Organizaçãode Aviação Civil Internacional, que foi cria­da pela Convenção.

ARTIGO 15Derrogação do Acordo anterior

Este Acordo, ao ~ntrar em vigor, derrogao Acordo subscrito pelo Reino Unido da Grã-

, Bretanha e Irlanda do Norte e a RepúblicaFederativa do Brasil na medida em que talAcordo se aplica ao Brasil e a Guiana, bemcomo qualquer ato, autorização, privilégioou concessão anteriormente concedidos. 1)01'qualquer razão, por uma das Partes Contra-

tantes em favor das empresas da outraParte Contratante.

ARTIGO 16

Vigência do AcordoEste Acordo será aplicado provisoriamente

a partir da data de sua assinatura no limitedos poderes administrativos das autoridadesaeronáuticas de cada Parte Contratante eentrará em vigor através da troca de notasdiplomáticas, depois de cumpridos os pro­cedimentos constitucionais de cada uma dasPartes Contratantes.

Em testemunho de que os Ple.r:lipotenciá­rios abaixo-assinados firmaram este Acordo..

Feito na cidade de Georgetown, aos dezdias do mês de maio de mil novecentos esetenta e. quatro, em dois exemplares nosidiomas português e inglês, sendo ambos ostextos igualmente autênticos.

Pelo Governo da República Federativa doBrasil: Major Brigadeiro Edivio (1. Santos.

Pelo Governo da República Cooperativa daGuiana: David I. Yankana.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Hásobre a mesa e vou submeter a votos a se­guinte

Redação Final

PROJE'l'O DE DECRETO LEGISLATIVON.o '160-B/1974

Aprova o texto do Acordo sobreTransportes Aéreos Regulares, assinadoentre a República Federativa do Brasile a Guiana, em Georgetown, a 10 demaio de 1974.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o texto do Acordo

sobre Transportes Aéreos Regulares, assi­nado entre a Repúb iica Federativa do Bra­sil e a Guiana, em Georgetown, a 10 demaio de 1974.

Art. 2.0 Este decreto legislativo entraráem vigor na data de sua publicação.

Comissão de R.edação, 4 de outubro de1974. - Cantídio Sampaio, Presidente _Sylvio Botelho, Relator,

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) z: OsSrs. que a aprovam queiram ficar como es­tão. (Pausa.)

Aprovada.

Vai ao Senado Federal ,

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)Discussão única do Projeto de Decre­

to Legíslatívo n.o 161-A, de 1974, queaprova o texto do Acordo de Coopera­ção Técnica e Científica, firmado en­tre o Governo da República Federativado Brasil e o Governo da Repúblíea doChile, em Santiago; a 19 de julho de1974; tendo pareceres: da Comissão deConstituição e Justiça, pela constitu­cionalidade e juridicidade; e, da Co­missão de Ciência e Tecnologia, pelaaprovação. (Da 'Comissão de RelaçôesExteriores - Mensagem n.o 389/74.)Relatores: Srs. Manoel Taveira, Luiz

Braz e Fernando Fag~de8 Neto.O SR. PRESIDENTE (Luiz -Losso) - Não

havendo oradores inscritos, declaro encer­rada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vou

submeter a votos o seguintePROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

N.o 161-A, de 1974

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1.0 Fica aprovado o Texto do Acor­do de Cooperaçã<J Técnica e Científica, fít-

mado entre o Governo da República Fe­derativa do Brasil e o Governo da Repúbli­ca do Chile, em Santiago, a 19 de julhode 1974.

Art. 2.0 Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua publicação.

O SE. PRESIDENTE (Luiz Lesse) - OsSrs. que o aprovam queiram ficar como es­tão. (Pausa.)

Aprovado.

Vai à redação final.

ACORDO BáSICO DE COOPERAÇAO TÉC­NICA E CIENTÍFICA ENTRE O GOVER­NO DA REPúBLICA FEDERATIVA DOBRASIL E O GOVERNO DA REPúBLICADO CHILE.O Governo da República Federativa do

Brasil'e .

O Governo da República do Ohíle,Considerando de interesse comum: promo­

ver e estimular o progresso técníeo-cíeutã­ficoe o desenvolvimento econômico e so­cial de seus respectivos países,

R.econhecendo as vantagens reciprocasque resultariam de uma cooperação téerueae científica mais ampla, em campos" de m­teresse mútuo,

Concordam no seguinte:Artigo 1

1 - As Partes Contratantes comprome­tem-se a elaborar e executar, de comumacordo, programas e projetos de coopera­ção técnicà e científica.

2 - Os programas e projetos de eoope­ração técnica e científica a que faz refe­rência o presente Acordo Básico serão obje­to de ajustes complementares, que especi­ficarão os objetivos de tais programas eprojetos, os cronogramas de trabalho, bemcorno as obrigações, inclusive fínanceíras;de cada uma das Partes Contratantes.

Artigo 2

1 - Para a melhor execução do presenteAcordo, uma Comissão Mista, composta derepresentantes das Partes Contratantes se'reunirá, em princípio uma vez por ano. emBrasilia ou Santiago. Será tarefa da rete­rída Comissão Mista:

a) avaliar e demarcar áreas prioritáriasem que seria viável a realização de proje­tos específicos de cooperação técnica ecientífica;

b) analisar e propor ou aprovar progra­mas de cooperação técnica e científieai..

c) avaliar os resultados da execução deprojetos específicos.

2 - Sem prejuízo do previsto no item 1deste artigo, cada uma das Partes poderásubmeter à outra em qualquer momento,projetos específicos de cooperação técnica ecientífica para seu devido estudo e poste­rior aprovação no âmbito da OomíssãoMista.

Artigo 3

1 - Para os fins do presente Acordo, a.cooperação técnica e científica entre osdois paises poderá assumir as seguintesformas:

a) realização conjunta ou coordenada deprogramas de pesquisa e/ou desenvolvi­mento;

b) elaboração de programas de estágiopara treínnmento profissional;

c) criação e operação de ínstituíções depesquisa, laboratórios ou centros de aper­feíçoamento;

d) organização de seminários e conferên­cias;

Outubro d'e 19'74 DIARIO .DO OONGRESSO NACIONAL <Seção I) Sábado 5 '79'11

Redação FinalPROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

N.o 161-B/19'14Aprova o texto do Acordo de Coope­

ração Técnica e Científica, rírmadoentre o Governo da República Fe­derativa do Brasil e o Governo da Re­pública do Chile, em Santiago, a 19 dejulho de 19'14.

O Oongresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o Texto do Acor­

do de Cooperação Técnica e Cientifica, fir-

e) prestaqão de servíços de consultoria;"f) intercâmbio de informações cientifi­

cas e tecnológicas;g) qualquer outra modalidade conven­

cionada pelas Partes oontcatantes.2 ~ Na execução das díveraaa formas de

cooperação técnica e cientifica poderão serutilizados os seguintes meios:

a) envio de técnicos;b) concessão de bolsas de estudo;c) envio de equipamento indispensável à

realização de projetos específicos;d) qualquer outro meio convencionado

pelas Partes Contratantes.Artigo 4

.Ml Partes Contratantes poderão, sempreque julgarem necessário e conveniente, so­licitar a participação de organismos inter­

. nacionais na implementação e coordenaçãodos programas e projetos realizados noquadro do presente Acordo.

Artigo 5Aplicar-se-ão aos funcionários e peritos

de· cada uma das Partes Contratantes, de­sl.gnados para trabalhar no território daoutra, as normas vigentes no país sobre osprivilégios e isenções dos funcionários e pe­ritos das Nações Unidas.

Artigo 6Aplicar-se-ão aos equipamentos e mate­

riais eventualmente fornecidos, a qualquertítulo, por um Governo a outro, no quadrode projetos de cooperação técnica e eíen­tifica, as normas que· regem a entrada nopais de equipamentos e materiais fornecl­dos pelas Nações Unidas a projetos e pro­gramas de cooperação técnica e cientifica.

Artigo '11 - O presente Acordo terá validade de

três anos, prorrogáveis automaticamentepor iguais períodos, salvo se uma das Par­tes comunicar à outra, com antecedênciaminíma de seis meses, sua decisão em con­trário.2- Cada uma das ?artes Contratantes

notificará a outra da conclusão das formarIidades necessárias à entrada em vigor dopresente Acordo, o qual terá vigência a par­tir da data da última dessas notificações.

3 - Em caso de denúncia do Acordo, osprogramas e projetos em execução não se­rão afetados, salvo quando as Pj\rtes con­vierem diversamente.

O presente Acordo é firmado em quatroexemplares, sendo dois na língua portu­guesa e dois na língua espanhola, fazendotodos os textos igualmente fé.

Feito na cidade de Santiago do Chile aos19'\1ias do mês de julho de 1974.

Pelo Gcvemo da República Federativa doBrasil: Antonio O. Câmara Oanto.

Pelo Governo da República do Chile: P.Carvaja1. .

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) ~ Hásobre a mesa e vou submeter a votos a se­guinte

mado ..entre o Gi:lverno da República Fe­derativa do Brasil e o Governo da Repúbli­ca do Chile, em Santiago, a 19 de julhode 1974.

Art: 2.° Este decreto legislativo entrarãem vigor na data de sua publicação.

Comissão de Redação, 4 de outubro de1974. - Cantídio. Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OS81'S. que a aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) -

Discussão única do Projeto de Decre~

to Legislativo n.o 162-A, de 1974, queaprova o texto do Convênio Constituti­vo do Fundo Financeiro para o De­senvolvimento da Bacia do Prata, fir­mado entre o Gi:lverno da RepúblicaFederativa do Brasil e os Gi:lvernos daArgentina, Bolívia, Paraguai e Uruguai,em Buenos Aires, a 12 de junho de 1974;tendo pareceres: da Comissão de oons­títuíção e Justiça, pela constitucionali­dade e juridicidade; e, da Comissão deFinanças, pela aprovação. (Da Comis­são de Relações Exterior.es - Mensagemn.O 365/74.)· Relatores: Srs. PinheiroMachado, Luiz Braz e lIdélío Martins.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encer­rada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vou

submeter a votos o seguinte

PROJETO DO DECRETO LEGISLATIVON.O 162-A, de 19'14

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o texto do Con­

;vênia Constitutivo do Fundo Financeiro pa­ra o Desenvolvimento da Bacia do Prata,firmado pelo Governo da República Fede­rativa do Brasil, e os Governos da Argenti­na, Bolíví a, Paraguai e Uruguai, em Bue­nos Aires, em 12 de junho de 1974.

Art. 2.0 Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Os81'S. que o aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)

Aprovado.Vai à Redação Final.

CONVi!:NIO CONSTITUTIVO DO FUNDOFINANCEIRO PARA O DESENVOLVIMEN­

TO DA BACIA DO PRATA

Os Governos dos Países Membros do Tra­tado da Bacia do Prata, no cumprimento daRecomendação n.O 4: da Ata de Santa Cruzde Ia síerre; do parágrafo IV a) iii) daAta de Brasília; das Resoluções n.o 5 (IV) e44 (V) das Reuniões de Chanceleres da Ba­cia do prata e, animados pelo firme pro­pósito de impulsionar o cumprimento dosobjetivos de promoção do desenvolvimentoharmônico e a integração fisica da' Baciado Prata e de suas âreas de influência di­reta' e ponderável, resolvem subscrever opresente Convênio de acordo com as se­guintes cláusulas:

CAPíTULO IDa Natureza e Sede

Art. 1.0 O Fundo Financeiro para o De­senvolvimento da Bacia do Prata, doravan­te chamado o Fundo, é uma pessoa jurídi­ca internacional, de duração ilimitada.

Reger-se-á pelas disposições contidas nopresente Convênio e seu Regulamento.

Art. 2.° O Fundo terá a sua sede per­mangnta em um dos Países Membros.

OAPíTULO IIDo Objeto

Art. 3.° O objeto do Fundo será finan­ciar, nos termos do Artigo I do Tratado daBacia . do Prata, a realização de estudos,projetos, programas e obras tendentes aopromover o desenvolvimento harmônico ea integração física da Bacia do Prata, 'des­tinando para tais fins os seus recursos pró­prios e os que gestíone e obtenha de outrasfontes de financiamento, na forma previs­ta nas alíneas b) e c) do Artigo 4.°

CAPíTULO II!Das Funções

Art. 4.0 Serão atribuições do Fundo:a) Conceder empréstimos, fianças e avais;b) Gestionar a obtenção de empréstimos

internos e externos com a responsabilidadesolidária dos Países Membros;

C) Gestionar e obter recursos por solici­tação de um ou mais Países Membros. Es~tes recursos não obrigarão o Fundo, sóobrigando os contratantes dos empréstimosassim obtidos;

11) Apoiar financeiramente a realizaçãode estudos de pré-investimento, com o pro­pósito de identificar oportunldades de ín­vestimento ou projetos de interesse para aBacia, em função do que estabelece a alíneaf) deste Artigo;

e) Apoiar financeiramente a contrataçãode assistência e assessoramento técnicos;

f) Exercer atividades de agente e órgãoassessor do Comitê IntergovernamentalCoordenador dos Países da Bacia do Prata,quando este assim o requerer; e

g) Exercer todas as runções que sejampropícias ao melhor cumprimento de seusobjetivos.

CAPíTULO IVDos Recursos do Fundo

Art. 5.0 Os recursos próprios do Fundomontarão a cem milhões de dólares estadu­nídenses (US$ 100.000.000,00).·

Art. 6.° Dos recursos próprios do Fundo,serão inicialmente realizados vinte milhõesde dólares estadunídenses (US$ ........••20.000.000,00). Estes recursos destinar-se-ãopreferencialmente para financiar estudosde pré-viabilidade, viabilidade e projeto fi­nal.

CAPíTULO VDas Formas de Integralização

Art. 7.° A integralização dos vinte mi­lhões de dólares estadunidenses (US$ ...•;20.000.000,00) referida no Artigo anterior,será realizada da seguinte forma:

Argentina •.•... US$ 6.670.000,00Brasil .•...•.•.. US$ 6.670.000,00Bolívia ....•.•.. US$ 2.220.000,00Paraguai ••••••• US$ 2.220.000,00Uruguai •.•••••. US$ 2.220.000,00

US$ 20.000.000,00Art. 8.° As contribuições serão efetuadas

50% em dólares estadunídenses de livreconversibilidade e 50% nas moedas dos res­pectivos Países Membros, com cláusulas deajustamento às paridades do dólar estadu­nídense,

Art. 9.° As contribuições da Argentina edo Brasil serão efetuadas no prazo de três

'1972 Sábado 5

anos. As da Bolívia, Paraguai e Uruguai noprazo de dez anos. As contribuições efetuar­se-ão em quotas anuais proporcionais.

Art. 10. Os prazos estabelecidos no Ar·tigo anterior serão contados a partir dadata de entrada em vigor do presente Con­vênio.

Art. 11. A integralização dos restantesoitenta milhões de dólares estadunídenses(US$ 80.000.000,00) será efetuada quandoa Assembléia de Governadores do Fundo as­sim resolver, com o voto favorável de to­dos os seus membros.

CAPíTULO VIDo Financiamento de Obras e Estudos

Art. 12. O financiamento de obras seráaprovado para projetos que, além de suavíabíüdade técnica e econômica, interessemao desenvolvimento harmônico e à integra­ção física da Bacia do Prata, de acordocom o Artigo I do Tratado.

Art. 13. Será tomada em conta para aaprovação do financiamento de estudos depré-viabilidade, viabilidade, projeto final eobras, uma distribuição geográfica harmô­nica entre os Países Membros, consideran­do-se preferencialmente a Bolívia, o Para­guai e o Uruguai.

Com os vinte milhões de dólares estadum­denses (US$ 2G.000.000,00l inicialmente in­tegralizados, será atendido preferencialmen­te de estudos de pré-viabilidade, viabilida­de' e projeto final, de. acordo com o dispos­to no ArtIgo 6.°

Art. 14. Para as obras e estudos referi­dos nos Artigos 12 e 13, dar-se-á priorida­de de contratação às firmas consultoras ede engenharia, profissionais e técnicas dosPaíses da Bacia do Prata.

CAPíTULO VII .Da Organização e Administração

Art. 15. O Fundo será administrado poruma Assembléia de Governadores e poruma Diretoria Executiva.

Art. 16. Tanto na Assembléia de Gover­nadores como na Diretoria Executiva, cadaPais Membro terá direito a um voto.

Art. 1'1. Os Governadores, os DiretoresExecutivos e seus Suplentes, serão remune­rados pelos seus respectivos Governos.

TíTULO I

Da Assembléia de GovernadoresArt. 18. A Assembléia de Gúvernadores

estará integrada por cinco Membros. CadaPais nomeará um Titular e um Suplente.

Art. 19. Todas as faculdades do Fundoresidirão na Assembléia de Governadores,que poderá delegá-Ias à Diretoria Executi­va, com as seguintes exceções:

a) Aprovar o Regulamento do Fundo;b) Aprovar o orçamento anual do Fimdo;e) Decidir sobre a interpretação do Cem-

vênia Constitutivo do Fundo e de seu Re­gulamento; a modificação do montante derecursos próprios e sua forma de integrali­zação;

d) Propor aos Governos dos Países Mem­bros a modificação do Convênio Constituti­vo do Fundo;

e) Contratar auditores externos .naeío­naís dos Países Membros;

1) Considerar o relatório de auditoria, oRelatório, o Balanço Geral e o estado dePerdas e Lucros do Fundo;

g) Decidir sobre a participação de outrospaíses ou organismos no aumento dos re­cursos próprios do Fundo;

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1)

h) Determinar a política de alocação defundos; e

i) Determinar a forma de liquidação doFundo em caso de dissolução.

Art. 20. As declsões relativas às alíneasa), c) , d), g), h) e 1), do Artigo anterior,serão tomadas por unanimidade. Nos de­mais casos, a Assembléia de Governadorespoderá, por unanimidade, adotar um sis-tema de votação distinto. .

Art. 21. A Assembléia de Governadoresreunir-se-á ordinariamente uma vez porano, na data e lugar onde for celebrada acorrespondente reunião ordinária anual deChanceleres dos Países da Bacia do Prata.

Art. 22. A Assembléia, ao ser constitui­da, designará um Presidente, dentre os seusmembros titulares, que exercerá o cargoaté a reunião ordinária seguinte. A mudan­ça de Presidente será realizada em formarotativa, seguindo a ordem alfabética dospaíses.

Art. 23. . Em caso de impedimento do Pre­sidente em exercícío, será. o mesmo substí­tuído interinamente pelo Governador Titu- .lar do pais que lhe segue em ordem alfa­bética.

Art. 24. A Assembléia poderá se reunirextraordinariamente em lugar e data quea Diretoria Executiva fixar.

TíTULO Ir

Da Diretoria Executiva

Art. 25. A Diretoria Executiva sera In­tegrada por cinco Membros. Cada pais no­meará um Titular e poderá designar umSuplente.

Art. 26. A Presidência da Diretoria Exe­cutiva será exercida por períodos anuais,seguindo a ordem alfabética. dos países,

Art. 27. Em caso de impedimento dePresidente em exercício, será o mesmo subs­tituído interinamente pelo Diretor titulardo pais que lhe segue em ordem alfabética.

Art. 28. A Diretoria será responsável pe­la condução das operações do Fundo e paraisso exercerá as faculdades que lhe são pró­prias e todas as que a Assembléia dos Go­vernadores lhe delegar.

Art. 29. São atribuições da DiretoriaExecutiva:

a) Cumprír e fazer cumprir as decisõesda Assembléia de CWvernadores;

b) Conhecer e decidir sobre a concessãode empréstimos, fianças e avais, dentro doslineamentos da política de alocação de fun­dos estabelecida pela Assembléia de Go­vernadores;

c) Submeter o orçamento anual do Fundoà consideração da Assembléia de Governa­dores;

d) Submeter anualmente à consideraçãoda Assembléia de Governadores, o Relató­rio, o Balanço Geral e o estado de Perdase Lucros;

e) Convocar as reuniões extraordináriasda Assembléia de Governadores com o votode pelo menos três de seus Membros;

f) Propor à Assembléia de CWvernadoresreformas do Regulamento do Fundo; e

g) Contratar pessoal técnico e adminis­trativo.

Art. 30. A Diretoria Executiva reunir-'se-á com a freqüência que as operações doFundo o requerem.

Art. 31. As decisões da Diretoria Exe­cutiva ajustar;..se-ão ao sistema de votaçãoque o Regulamento e a Assembléia de Go­vernadores estabelecerem.

Outubro de 1974

CAPíTULO VIIIDo Exercício Financeiro, Balanço e

ResultadosArt. 32. O exercício financeiro do Fun­

do terá período anuais, cuja data de iní­cio será estabelecida pela Diretoria Executi­va.

Art. 33. O Balanço Geral Anual e o es­tado de Perdas e Lucros serão elaboradosno encerramento do exercício financeíro.

Art. 34. O Fundo contratará os serviçosde auditores externos nacíonaís dos PaísesMembros, que se pronunciarão sobre o Ba­lanço Geral e o estado de Perdas e Lucros.

Art. 35. Os resultados que o Fundo obti­ver no exercício de suas operações serão in­corporados aos recursos do mesmo.

CAPíTULO IX

Da Duração e DissoluçãoArt. 36. O Fundo terá duração ilimitada.Art. 37. Sem prejuízo do disposto no

Artigo anterior, o Fundo poderá ser dissol­vido por decisão unânime dos Países Mem­bros. No caso de se retirarem dois ou maisPaíses Membros, a dissolução dar-se-á depleno direito.

Art. 38. Qualquer País Membro poderáretirar-se do Fundo mediante comunicaçãoescrita à Diretoria Executiva do Fundo. Aretirada efetiva se dará ao cumprir-se- oprazo de um ano da referida comunicação.Mesmo depois do afastamento, o pais con­tinuará sendo responsável por todas asobrigações contraídas com o Fundo na datada entrega da notificação da retirada. Arestituição das contribuições efetuar-se-ádepois de canceladas todas as dívidas como Fundo.

Art. 39. No caso de um país signatáriodeixar de ser Membro do Fundo, não teránenhuma responsabilidade quanto aos em­préstimos, fianças ou avais, verificados pos­teriormente ao depósito da denúncia. _

Os direitos e obrigações do país que deí­xar de ser Membro serão determinados deacordo com o Balanço de Liquidação Espe~

cial que for elaborado, na data da notifica­ção de seu desejo de retirar-se.

CAPíTULO X

Das Imunidades, Isenções e Privilégios

art. 40. Os bens e demais ativos do Fun­do, assim como as operações por ele reali­zadas, em qualquer dos Países Membros emque se encontrem, gozarão das mesmas imu­nidades, isenções e privilégios que os acor­dados entre o COmitê IntergovernamentalCoordenador dos Países da Bacia do Pratae seus Paises Membros.

Art. 41. Os Governadores e Direto~es.

seus Suplentes e os funcionários técnicos eadministrativos do Fundo, que não foremnacionais do pais em CJ.Ue desempenhemsuas funções, gozarão nos -mesmos de idên­ticas imunidades, isenções e privilégios,quanto a pessoas e bens, que as acordadasa funcionários do Comitê Intergovernamen­tal Coordenador dos Países da Bacia doPrata.

CAPíTULO XIDas Disposições Finais

Art. 42. O presente Convênio entraráem vigor trinta dias depois de depositadosos instrumentos de ratificação de todos osPaíses Contratantes. Os instrumentos deratificação serão depositados na sede doComitê, Intergovernamental Coordenadordos Países da Bacia do Prata. .

Art. 43 A assinatura e ratificação dopresente Convênio não poderão ser objetode- reservas.

Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSQ NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7~73

Art. 44 No prazo de trinta dias a' partirda entrada em vigor do presente Convênio,os Países Membros comunícarão à Secreta­riado Comitê Intergovernamental Coorde­nador dos Países da Bacia do Prata os ;no­mes das pessoas designadas como Governa­dores e Diretores Executivos,

Art. 45 No prazn.de trinta dias a partirda data em que tenham sido acreditados osGovernadores e Diretores Executivos dosPaíses Membros, o Comitê Intergoverna­mental Coordenador dos Países da Bacia doPrata convocará a primeira reunião da Di­retoria Executiva, com a finalidade de pre­parar o Regulamento e o Orçamento do

'Fundo, devendo submeter os respectivosprojetos à Assembléia de Governadores,dentro de um prazo de sessenta dias..

Art. 46 A sede permanente do Fundo se­rá estabelecida pelo Comitê Intergoverna­mental Coordenador dos Paises da Bacia. doPrata.

Feito na cidade de Buenos Aires, Capitalda República Argentina, aos doze dias domês de junho do ano de mil novecentos esetenta e quatro, em dois textos autênticosnos idiomas português e~espanhol

Pelo Governo da República da Bolívia,Alberto Guzman Soriano, Ministro de Re­lações Exteriores e culto.

Pelo Governo da República do Paraguai,Raul Sapefía Pastor, Ministro das RelaçõesExteriores.

Pelo Governo dá República Federativa doBrasil, Antônio F. Azeredo da Silveira, Mi­nistro de Estado das Relações Exteriores.. Pelo Governo da República Oriental doUruguai, Juan Carlos Blanco, Ministro dasRelações Exteriores.

Pelo Governo da República Argentina, Al­berto Juan Vignes, Ministro de Relações Ex­teriores e Culto.'

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - HáIIlObre 'a mesa e vou submeter a votos a se­guinte

Redação FinalPROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

N.o 162-B/1974Aprova o texto do Oonvênío Consti­

tutivo do Fundo Financeiro para o De­senvelvimento da Bacia do Prata, fir­mado entre o Governo da República Fe­deratiVa do Brasíle os Governos daArgentina, Bolívia, Paraguaí e Uruguai,em Buenos Aires, a 12 de junho de 1974.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o texto do Convê­

nio Constitutivo do Fundo Financeiro parao Desenvolvimento da Bacia do Prata, fir­mado pelo Governo da República Federativa(lo Brasil e os Governos da Argentina, Bo­lívia, Paraguai e Druguaí, em Buenós Aires,em 12 de [unhd de 1974.

Art. 2.° Este decreto legislativo entraráem vigor na data de sua publicação.

comíssão de Redação, 4 de outubro de1974. - Cantídio Sampaio, Presidente, Syl­ylo Botelho, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram ficar como e.s­tão. (Pausa.)

Aprovada.V·ai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) _

Discussão üníca do Projeto de DecretoLegislativo n.O 163-A, de 1974, que aprova(l texto do Acordo sobre CO-PrOdução Cine­matográfica, firmado entre a República Fe­dert;>tiva do Brasil e a Repúblk:a Federal da

Alemanha, no dia 20 de agosto de 1974, emBrasília; tendo pareceres: da Comissão deOonstttulçâo e Justiça, pela constituciona­lidade e [urídíeídade; e, da Comissão deEconomia, Indústria e Comércio,' pela apro­vação. (Da Comissão d'C Relações Exterio­J:'es- Mensagem n.o 428/74) Relatores: Srs.Manoel Taveira, Luiz Braz e Wilmar Dalla­nhol ,

O SR. :PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encer­rada a discussão.

Vai-se passar .à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vou

submeter a votos o. seguinte

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.o 163-A, de 1974 '

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado ÍJ texto do Acordo

sobre Co-Produção Cinematográfica, firma­do entre a República Federativa do Brasile a República Federal da Alemanha, no dia20 de agosto de 1974, em Brasília.

Art. 2.0 Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que o aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)

Aprovado.Vai à Redação Final.

ACORDO ENTRE O GOVERNO DA REP'O­BLICA FEDERATIVA DO BRASIL E OGOVERNO DA REPÚBLICA FEDERALDA ALEMANHA SOBRE CO-PRODUÇãOCINEMATOGRAFICA.O Governo da República Federativa do

Brasil e o Governo da Repúblicac Federalda Alemanha convieram no seguinte:

Artigo LOAs' Partes Contratantes procederão, com

os filmes realizados em co-produção, deacordo com as legislações vigentes nos doispaíses e segundo os díspósítívos que seguem.

Artigo 2.°(1) De acordo com as legislações dos

dois países e segundo as disposições queseguem, as Partes Contratantes considera­rão como filmes nacionais os filmes reali­zados em co-produção, sujeitos ao presenteAcordo, e concederão- as autoneações ne­cessárias conforme as respectivas legisla­ções vigentes.

(2) O produtor receberá subvenções edemais vantagens financeiras, que são con­cedidas no território de uma das PartesContratantes, conforme a respectiva legís­Iação,

(3) Os filmes realizados em co-produçãopoderão ser explorados sem quaisquer res­trições nos territórios de ambas as PartesContratantes.

Artigo 3.0Um filme de longa metragem realizado

em co-produção germano-brasileira deverásatisfazer as seguintes condições:

1. O contrato de produção deverá de­terminar o produtor responsável pela pro­dução do filme;

2. Ambos os produtores deverão 'contri­buir financeira, artística e tecnicamentepara a co-produção:

ao) o produtor minoritário terá, obriga­toriamente, no custo de produção, a parti­Cipação minima de trinta por cento;

b) as contribuições ártísticas e téP'1icasdeverão corresponder à percentagem daparticipação financeiraj. .

e) os colaboradores técnicos e artísticosdeverão ser, em princípio, de nacionalidadedas Partes Contratantes, pertencer ao seuperímetro cultural ou ter a sua residência.permanente no território das Partes Con­tratantes;

d) deverão ser da nacionalidade da ParteContratante à qual pertencer ° produtorcom a participação financeira minoritária,ou pertencer ao meio cultural desta ParteContratante ou ter sua residência perma­nente no território dessa Parte Contratan­te, no mínimo o diretor ou o assistente ouum dos técnicos participantes, um autor ouadaptador de diálogo, bem como um atorprincipal e um número adequado de ato-res coadjuvantes. .

3. Para filmagens de estúdio, somentepoderão ser utilizados estúdios de um ter­ceiro país se o tema exigir tomadas exte­ríores no mesmo; neste caso, será limitadoa trinta por cento, no máximo, o total dafilmagem.

Será admissível exceder-se esta quota detrinta por cento se a maior parte do filmefor rodada em cenários originais de outrospaíses.

4. As versões definitivas do filme deve­rão ser em idioma alemão e português,salvo trechos do diálogo para os quais oroteiro prescreva uma outra língua.

5. Para cada produtor serão extraídosum negativo ou um contratipo.

6. As cópias destinadas à exploração dofilme deverão ser executadas no territórioda Parte Contratante em cuja língua forfeita a versão.

7. O letreiro de cada cópia e a publícída-,de do filme deverão conter, além do nomee da sede comercial dos produtores, a indi­cação de que se trata de uma co-produçãogermano-braaíleíra, Esta obrigação esten­der-se-á, também, á apresentação do filmeem programações artístícas El culturais, es­pecialmente em festivais cinematográficos.

8. A distribuição das rendas obtidas emregiões de exploração não exclusivas deverácorresponder à participação dos produtoresno custo de produção. Será garantida a li­vre transferência destas rendas.

9. Se um filme resultante de co-produ­ção for exportado a um 'terceiro pais, noqual estiver limitada numericamente a im­portação de filmes, o filme irá, em princi­pio, por conta da quota daquela Parte Con­tratante, em cujo território o produtor, coma participação financeira majoritária, tivel1sua residência ou sua sede. Quando idêntica.a participação financeira, o filme irá porconta da quota da Parte Contratante quefornecer o diretor. Caso uma das PartesContratantes dispuser de possibilidades deimportação livre no país importador, estapossibilidade será aproveitada para co-pro­dução.

Artigo 4.°(1) Será considerado co-produção, no

sentido do presente Acordo, também um fil­me realizado por produtores de ambas asPartes Contratantes com produtores de ter­ceiros países que /concluiram acordo de co­produção com uma das Partes Contratan­tes, na medida, que forem cumpridas ascondições estipuladas no Artigo 3.°; nestecaso, o outro país também será consideradoParte Contratante.

(2) A participação financeira míníma deum produtor numa co-produção, de acordocom o item 1; poderá ser, ao contrário doque estabelece o Artigo 3.°, item 2, a, devinte por cento, se ° total do custo de pro­dução do filme exceder DM 2.000.000,00(dois milhões ue marcos alemães). .

'~74 Sábado 5 DJAnIO DO ~ONGRESSO NACIONAL (S~lio I) Ouiub.l'O de 19'74

Artigo 5.0As Partes Contratantés examinarão a

possibilidade de. conceder as vantagens deco-produ{,lão também aos fUmes de curtametragem.

Artigo·l$~o

Se, em casos excepcionais justiticados, fo­rem contratados colaboradores, com Inob­~rvância do disposto no Artigo 8.°, item 2,B, as autoridades competentes das PartesContratantes consujtar-se-ão mutuamentea respeito. Poder-se-á. dar preferência à.

,c01lt),'ataçâo de um diretor e de um atol.'principal de renome internacional de umterceiro pais, 'sempre que sua colaboraçãoassegurar ao f1lme maiores possibilidadesde venda no mercado internacional.

ArtJgo '/.o

(1) Requerimentos para a concessão 'deuma autorização para a produção do filme,necessária segundo a legislação nacionalrespectiva, deverão ser apresentados à au­toridade competente da Parte Contratante,no mínimo quatro semanas antes do iníciodOÁ! trabalhos de rodagem. O requerente de­verá juntar. ao requerimento os documentosconstsntes do Anexo ao presente Acordo.

(2) Uma segunda via do requerímentoG dos documentos deverá ser remetida àautoridade da outra Parte Contratantecompetente para a concessão de uma auto­rização ou de um certificado, transmitidos,na ocasião, eventuais impedimentos à rea­l1zação do projeto.

Artigo 8.°

(1) As autoridades competentes de am­bas as Partes Oontratantes ínrormar-se-ãoperiodicamente sobre a concessão, recusa,modírícaçâo e revogação das autorizaçõesde eo-produçân.

(2) Antes de recusar um requerimentopara a concessão, de uma autorização, a.autoridade competente consultará a auto­rídade da outra Parte oonteatante,

Artigo 9.°As disposições do presente Acordo serão

aplicadas também após sua expiração aeo-prodnçêes que tiverem sido autorizadasdurante sua vigência.

Artigo 10

Os requerimentos de "visto" e de licençll.de permanência para colaboradores artís­ticos e técnicos numa co-produção serãoexaminados com espírito de tolerância. Asauooridades das Partes Contratantes conce­derão qualquer facilidade possível para aimportação e ·exporta~ão dp material e doequipamento técnico nece,ssário para a pro­dução e exploração de uma co-produção.

Artigo 11(1) Durante a vigência do presente Acor­

do, a pedido de ama Parte Contratante,reunir-se-á uma Comissão Mista na Repú­blica Federal da Alemanha e na RepúblicaFederativa do Brasíl, alternadamente. OChefe da Delegação alemã será um membrodo Ministério Federal da Ecenomia e oOhefe da DelegaçãO brasileira será um re­presentante do Instituto Nacional do Ci-nema. .

Também técnicos poderão pertencer à C.o­missão Mista.

(2) A Comissão Mista terá a tarefa deverificar e elimin.ar dificuldades na execu­r;:íJ.o do presente Acordo e de, eventuaímen­:te, deliberar e propor novas .resoluções.

(3) os filmes que quanto à -rorma e aoelenco divergirem, substancialmente, do ro­teiro aprovado pelas Partes Contratantes,através de seus órgãos competentes, serão

excluídos das vantagens concedidas P01'esteAcordo.

Artigo lZo presente Acordo será válido o "Land"

Berlim, salvo se o Governo da República.Federal da Alemanha se manifestar emsentido contrário junto ao Governo da Re­pública Federativa do Brasfl, dentro de trêsmeses após a entrada em vigor do Acordo.

Artigo 13(1) O presente Acordo entrará em vigor

a partir da data em que os dois Governosnotificarem um ao outro o cumprimento dasrespectivas formalidades legais internas pa­ra a sua vigência.

(2) O Acordo vigorará pelo prazo de umano e será prorrogado por períodos sucessi­vos de um ano, a menos que uma das Par­tes Contratantes o denuncie por escrito pelomenos três meses antes da data de sua ex­piração.

Feito na cidade de Brasília, aos 20 diasdo mês de agosto de 1974, em dois originais,nas línguas portuguesa e alemã cada um,sendo. ambos os textos igualmente autênti­cos.

Pelo Governo da República Federativa doBrasil: Antonio F. Azeredo da Silveira.

Pelo G<lverno da República Federal daAlemanha: Hans-Georg Saehs,

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) _ Hásobre a mesa e vou submeter a votos a se­guinte

Redação Final

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.o 163-B/1974

Aprova o texto do Acordo sobre 00­Pl'Odução Cinematográfica, finnado en­tre a República Fed6l'lrliva do Brasil ea República Federal da Alemanha, nodia 20 de agosto de 1974, em Brasília.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o texto do Acor­

do sobre C<J~Produção Oinematográfica, fir­mado entre a República Federativa do Bra­811 e a Riepública Federal da Alemanha, nodia 20 de agosto de 1974, em BraBília.

Art. 2.0 Este decreto legislativo entraráem vigor na data de sue. publicação.

Comissão de Redação, 4 de outubro de1974. - Cantidio Sampaio, PresídenteçByl­vio Botelho, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) ~ OSsra que a aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) -

Discussão única do Projeto de Decre­to Legislativo n.o 166-A, de 1974, queaprova o texto do Esta.tuto da OomillBáoLatina-Americana de Viação Civil(OLAO), concluído na cidade do México,a 14 de dezembro de 1973; tendo parece­res: da Oomíssão de Constituição e Jus­tiça, pela constitucionalidade e juridi­cidade; e,' da Comissão de Transpor~

tes, pela aprovação. (Da Comissão deRelações Exteriores - Mensagem n.o422/74.) Relatores: Srs. Marcelo Linha­res, Luiz LoS80 e João Guido.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) _ Nãohavendo oradores inscritos, declaro encer­rada a discussão.

Vai-BC passar à VlltaQãoda maté.ria.

o SR. PRESIDENTE (Luilll J.osso) - Vousubmeter a votos o seguinte

l'ROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.o 166-A, DE 1974

O Congresso' Nacional decreta:Art. 1.° Fica aprovado o Texto do Esta~

tuto da comíesão Latino~Americana deAviação Civil (CLAC) , concluído na cidadl'tdo México, a 14 de dezembro de 1973.

Art. 2.° Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua publicação. .

O SR. PRESIDENTE (Luilll Losso) -- OSSrs. que o aprovam queixam ficar como es­tão. (Pausa.)

Aprovado.Vai à Redação Final.

ESTATUTODA COMISSAO LATINO-AMErEUCANA

DE AVIAÇAO CIVILCOLA0)

Capítulo I - ConstJtuiçãoArtigo 1. .As Autoridades de Aviação 01­

vil dos Estados participantes das delibera­cõesua Segunda Conferência Latino-Ame­ricana de Autoridades Aeronáuticas celebil:a­da no México, em dezembro de 1973, esta.­belecem pelo presente instrumento a eJo­mil:J:São Latino-Amepcana de AvíaQão CítVil,a fím de alcançar a maís ampla eolabora­ção para resolver os problemas de aviR!l!ãocivil na área geográfica indicada no Artigo2.

Artigo 2. Poderão integrar a ColUiS~ãoLatino-Americana de AViação Civil, queadiante se denominará índístfntaménte; aComissão ou a CLAC, somente os Estadossituados na América do Sul, América. Cen­tral, incluindo o Panamá, México e os Es­tados do Caribe, área geográfica que parll.os fins do presente instrumento se denQ­minará América Latina.

Artigo 3. A CLAC é um organísmo de ca­ráter consultivo e suas conclusões, reco­mendações e resoluções estarão sujeitas à.aprovação de cada um dos G<lvernos.

Oapítulo D - Objetivos e FunçõesArtigoit. A Comissão tem como objetivo

primordial prover as autoridades de avia.-'ção civil dos Estad08-membros de uma es­trutura adequads, dentro da quallle ];lOSÁiamdiscutir e planejar todas as medidas reque­lidas para a eooperação e coordenação dasatividades de aviação cívil. ,

Artigo 5. Para o cumprimento de seusfins, a Comissão desempenhará todas Mrunções necessárias, e em particular: .

a) Propiciar. e apoiar a coordenação ecooperação entre 08 Estados da Região,para o desenvolvimento ordenado e a me­lhor utilização do tl;'ansporte aéreo dentro.para e desde a América Latinll..

b) Levar a termo estudos econômicos so­bre o transporte aéreo na Região.

c) Promover um maior intercâmbio deinformação estatÚlticaentre os I!'.8tadoa­membros, mediante uma melhor- e oportu­na notificação dos formulárioa da OAC1e o fornecimento de outra informação esta­tística que se decída. compilar em base re­gional.

d) Encorajar a aplicação das normas emétodos recomendados pela OAC:r em ma­téria de facilidades e propor medídas suple­mentares para lograr um desenvolvimentomais acelerado no sentido de facilitar o mo­vimento de passageiros, carga e eorreío den­.ti'D da Região.

e) Propiciar acordo entre os Estados daReiião qUll contribUa para a melhor WUl-

Outubro de 19"14 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 1) 7975

euçâo dos planos regionais da OACI, para oestabelecímento das instalações e serviçosde navegação aérea e a adoção das' espe­cificações da OACI em matéria de aero­navegabilidade, manutenção e operação deaeronaves, licenças do pessoal e ínvestíga-'cão de acidentes de aviação.

f) Propiciar acordos para a instrução dopessoal em todas as especialidades daaviação civil.

g) Propiciar acordos coletivos de cope­ração técnica na América Latina no cam­po da aviação civil, com vistas a obter amelhor. utilização de todos os recursos dís­poníveís, particularmente aqueles providosdentro da estrutura do Programa das Na-'ções Unidas para o Desenvolvímento,

Capítulo III - Relações com a OACI eOutros Organismos Internacionais

Artigo 6. A Comissão manterá relaçõesestreitas com a 01\:CI a fim de -assegurara harmonização e coordenação de suas atí­.vídades com os objetivos e programas daOACr. '

Artigo 7. A Comissão poderá manter re­lações de caráter consultivo com a Organí­zação dos Estados Americanos (OEA) , a

'Comissão Econômica das Nações Unidaspara a América Latina (CEPAL), a Associa­ção Latino-Americana de Livre Comércio(ALALC), a Junta do Acordo de Cartágena(Pacto Andino) , o Mercado Comum Centro­Americano (MCCA), -e a Associação de Li­vre Comércio do Caribe WARIF'I'A), a fimd~ cooperar com estes organismos, prestan­do-lhes assistência no campo da aviaçãocivil. Também poderá estabelecer relaçõescom a Comissão Européia de Aviação CivilWEAC) , a Comissão Africana de AviaçãoCivil WAFAC), e com qualquer outra orga­nização segundo se julgue conveniente ounecessário.Capítuló IV - ()rganização e Dísposíção

de TrabalhoArtigo 8. São órgãos da Comissão, a

Assembléia e o Comitê Executivo.ArtigO 9. A Assembléia, formada pelos

representantes dos Estados-membros, cele­brará reuniões ordinárias pelo menos umaves, cada dois anos.

Artigo 10. A Assembléia celebrará reu­niões extraordinárias por iniciativa do 00­mítê Executivo, ou quando o referido Comi­tê receba solicitação subscrita pela maioriados Estados-membros da Comissão.

Artigo 11. As reuniões ordinárias e extra­ordinárias requerem para arealízação desuas sessões um quorum da maioria dosEstados-membros.

Artigo 12. As conclusõcs,recomendaçõesou resoluções da CLAC serão tomadas pordeliberação da Assembléia, na qual cadaEstado terá díreíto a um voto. Salvo o dis­posto no Artigo 25, as decisões da Assem­bléia serão tomadas por maioria dos Esta-dos representados. '

Artigo 13. Em cada reunião ordinária, aAssembléia:

a) 'Elegerá seu Presidente e três Vice-Pre­sidentes, levando em consideração uma re­presentação geográfica adequada.

b) Estabelecerá o programa de trabalhoa ser executado até o final do ano em quese espera terá lugar a Assembléia Ordiná­ria seguinte.

Artigo 14. A Assembléia determinarásua própria organização interna, disposi­ções e procedimentos de trabalho, podendoconstituir comitês e grupos de trabalho e deperitos para estudar aspectos especírícosdos assuntos de que tratam os Artigos 4 e 5deste Estatuto. Poderá também constituirgrupos de trabalho para estudar e discutir

aqueles dos referidos assuntos que sejamsomente de interesse para um grupo deter­minado de Estaçlos-membros da CLAC.

-Artígo 15. O Oomitê Executivo, formadopelo Presidente e Vice-presidentes, eleitospela Assembléia, administrará, coordenaráe dirigirá o programa de trabalho estabele­cido pela Assembléia, podendo formar co­mitês e grupos de trabalho ou de peritos,sempre que seja necessário.

Artigo 16. Haverá uma Secretaria queserá organizada pelo Comitê Executivo deacordo com as normas e instruções dadaspela Assembléia e as disposições do pre­sente Estattj:to.

Artigo 17. As atuações e decisões dosórgãos da CLAC contemplarão as necessi­dades e aspirações partículares e comunsdas sub-regiões e considerarão as propostase confusões das comissões sub-regionais quese estabelecerem ou funcionarem para tra­tar de suas questões e interesses.

Artigo 18. Os Estados deverão estar re­presentados nas reuniões da CLAC por dele­gados em número, nivel e competênciaapropriados aos problemas que devam .ser ­discutidos. Os chefes de delegação, nasAssembléias, deverão ser normalmente osfuncionários de mais alto nível diretamen­te responsáveis pela administração de avia­ção civil internacional de seus respectivospaíses, e nas outras reuniões funcionáriosde aviação civil de alto nível.

Capífulo V - Questões Financeiras

Artigo 19. Em: cada reunião ordinária, aAssembléia preparará e aprovará um orça­mento aproximado dos gastos diretos desuas atividades, de acordo com o programade trabalho previsto para os anos seguintes,até o final do ano em que se espera quetenha lugar a próxima Assembléia Ordiná­ria.

Artigo 20. O Comitê Executivo da CLACpoderá modificar este orçamento medianteconsulta aos Estados-membros. No caso emque o referido orçamento deva ser aumen­tado, será requerida a aprovação prévia damaioria dos referidos Estados.

Capítulo VI ..... Assinatura, Aprovaçãoe Emenda

Artigo 21. O presente Estatuto estaráaberto à assinatura de todos os Estadosmencionados no ArtigQ 2, a partir de 14 dedezembro de 1973, na Cidade do. México,D.F.

Artigo 22. O presente Estatuto será sub­metido à aprovação dos Estados signatários.As notificações de aprovação serão deposi­tadas junto à Secretaria de Relações Exte­riores dos Estados Unidos Mexícanos.

Artigo 23. O presente Estatuoo entraráem vigor provísoríamente a partir do dia 14de dezembro de 1973 e em forma definitivadepois de haver sido aprovado por 12 Esta­dos dentre os mencionados no Artigo 2.

Artigo 24. Para 'se retirar da Comissão oEstado interessado deverá dirigir a nctítí­cação respectiva à Secretaria de RelaçõesExteriores dos Estados Unidos Mexicanos,que efetuará as comunicações correspon­dentes à Comissão e aos E:;;tados-membros.A retirada produzirá efeito seis meses de­pois de recebida a notificação.

Artigo 25. O presente Estatuoo poderáser emendado por uma maioria de dois ter­ços dos E:;;tados-membros.

Capítulo VII - Disposições Finaise Transitórias

Artigo 26. Os idiomas de trabalho daOomíssâo serão o espanhol, o português e oinglês.

Artigo 27. Sob reserva de aprovaçãodo Conselho da OACr, os servíços de Secre­taria da CLAC, para estudos, reuniões, cor­respondência, manutenção de arquivos equestões semelhantes, serão proporcionadospela Secretaria da OAcr através do Escri­tório Regional Sul-Americano,

Artigo 28, Sob reserva de aprovação doConselho da O,ACr, os '!;a:;;tos indiretos ine­rentes às atividades da CLAC serão custea­dos pela OACI. Os gastos diretos serão co­bertos pelos Estados-membros da Oomíssão,porém a OACI poderá adiantar os fundosnecessários.

Artigo 29. Os gastos diretos custeadospela OACI decorrentes das atividades daCLAC, serão dístríbuídos entre os Estados­membros da Comissão, proporcionalmenteà percentagem de sua contribuição ao orça­mente da OACI para o exercício a que cor­respondam os referidos gastos.

Artigo 30. Os gastos diretos em que hajaincorrido a OACr de conformidade com oprevisto no Artigo anterior, serão 'recobra­dos dos Estados-membros da Comissão sobforma de contribuição complementar à queos Estados-membros da Comissão pagamnormalmente para cobrir os gastos da OACI.

Artigo 31. A CLAC elegerá um Presi­dente e três Vice-Presidentes provisóriosdurante a Conferência de AutoridadesAeronáuticas a que se faz referência noArtigo 1 deste Estatuto, os quais desempe­nharão seu mandato até o encerramento daprimeira Assembléia Ordinária da CLAC.

Artigo 32. A primeira Assembléia Ordi­nária da CLAC se realizará no local e datadeterminados pela Conferência de Autori­dades .Aeronáutícas a que se faz referênciano Artigo 1 deste Estatuto, e na medida dopossível, deverá' realizar-se ao mais tardarno terceiro trimestre de 1974 e antes darealização do 21.° Período de Sessões daAssembléia da OACI.

-Artigo 33. O Comitê Executivo consti­tuído de conformidade com o Artigo 31,preparará um projeto de Regulamento In­terno das reuniões da CLAC que será sub­metido à consideração dos Estados-mem­bros. Com base neste projeto e com asobservações recebidas dos E:;;tados-membros,o Comitê Executivo aprovará o Regulamcrr­to Interno Provísórío das reuniões da CLACque se aplicará durante a realização da pri­meira Assembléia Ordinária, por ocasião daqual se aprovará o Regulamento definitivo.

Artigo 34. O Comitê Executivo constí­tuido de conformidade com o Artigo 31,preparará e submeterá à consíderaçáo daprimeira Assembléia Ordinária da CLAC oprograma de trabalho e o -orçamento degastos diretos correspondentes aos anos de1975 e 1976.

Feito na Cidade do México, Distrito Fe­deral, aos quatorze dias do mês de dezembrode mil novecentos setenta, e três.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Hásobre a mesa e vou submeter a votos a se·,guinte

Redação Final

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON,o 166-B11974

Apl'ova o texto do Estatuto da Co­missão Latino-Americana da AviacãoCivil (CLAC), concluído na cídade "doMéxico, a 14 de dezembro de 1973.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Fica aprovado o texto do Esta,·

tuto da Comissão Latino-Americana deAviação Civil (CLAC), concluído na cídadedo México, a 14 de dezembro de 1973.

'1976 Sábaüo

Art. 2.0 Este decreto legislativo entraráem vigor na data de sua publicação.

Comissão de Redação, 4 de outubro de1974. ~ Cantídio Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Lúiz Losso) - Os8rs. que a aprovam queiram ficar como es­tão, (Pausa.)

Aprovada.

Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)

Discussão única do Proj eto de Decre­to Legislativo n,v 167-A, de 1974, queaprova o texto do Acordo de Intercâm­bio de Jovens Técnicos, firmado entreo Governo da República Federativa doBrasil e o Governo dos Estadüs UnidosMexicanos, em Brasília, a 24 de julhode 1974; tendo pareceres: da Comissãode Constituição e Justiça, pela constitu­cionalidade e [urldíeldade; e da Comis­são de Educação e Cultura, pela aprova­ção. (Da COmissão de Relaçóes Exte­riores - Mensagem n.O 390/74.) Rela­tores: Srs." Henrique Turner, LysâneasMaciel e Mauricio Toledo.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encer­rada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vousubmeter a votos o seguinte .

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON.O 167-A, de 1974

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1.0 Fica aprovado o Acordo de In­tercàmbto de Jovens Técnicos, firmado en­tre o Governo da República Federativa doBrasil e o Governo dos Estados Unidos Me­xícanos, em Brasília, a 24 de julho de 1974.

Art. 2.° Este decreto entrará em vigorna data de sua publicação.

Art. 3.° Revogam-se as disposições emcontrário.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Os8rs. que o aprovam queiram ficar como es­tão. (Pausa.)

Aprovado.

Vai à Redação Filial.

ACORDO ENTRE O GOVERNO DA REPú­BLICA FEDERATIVA DO BRASIL E OGOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS ME­XICANOS 'PARA ESTABELEOER UMPROGRAMA DE INTEROAMBIO DE JO­VENS 'rlllONICOS.

O Governo da República Federativa doBrasil e o Governo dos Estadós Unidos Me­xicanos concordaram, com fundamento noAcordo Básico de Oooperação Técnica eCientifica assinado em 24 de julho de 1974,em estabelecer um programa de intercâm­bio de jovens técnicos brasileiros e mexi­canos, com base no seguinte:

Artigo I

As Partes prepararão um programa deintercâmbio de jovens técnicos brasileirose mexicanos visando a fortalecer e ampliaros programas de formação de recursos hu­manos mediante cooperação mútua.

Artigo II

1. Para fins do presente Acordo, os par­ticipaJ;ltes do programa de intercâmbio de­verão reunir os seguintes requisitos:

a) ser de nacionalidade brasileira ou me­xicana;

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção I)

b) ser formados por escolas tecnológicasde nivel médio, estudantes universitários oudiplomados por Universidade;

c) ter entre dezoito e trinta anos de ida­de;

d) gozar de boa saúde física e mental;e) satisfazer os requisitos específicos da

instituição onde forem realizar seu treina­mento ou especialização.

2. Qualquer caso não previsto nas con­dições gerais acima será considerado deforma especial.

Artigo IIIAs áreas de trabalho, treinamento ou es­

pecialização serão, entre outras que se de­terminarão posteriormente, as seguintes:irrigação, ecologia, bioquímica, petroquímí­ca, pesquisa agrícola, metalurgia, física doestado sólido, eletrônica, oceanografia, apoioà pequena e média empresa, assistência ge­rencial, admínístraçâo de programas detreinamento, assessoria empresarial, bancosde desenvolvimento, normalízação, registroe negociação de transferência de tecnologia,sistemas de propriedade industrial, infor­mação técnica para a indústria e controlede qualidade.

Artigo.IV

O período de treinamento ou especializa­ção variará, em princípio, de quatro a dozemeses para cada partícípante..

Artigo VOs órgãos responsáveis pela organização

e execução do programa de ínterc. .nbío se­rão, por parte do Brasil, o DepartamentoCultural do Ministério das Relações Exte­riores e, por parte do México, o OonselhoNacional de Ciência e Tecnologia em coor­denação com a Secretaría de Relações Ex­teriores. '

Artigo VIAnualmente, os órgãos responsáveis de­

terminarão de comum acordo:

a) o número de participantes do progra­ma;

b) o valor do estipêndio periódico atri­buído aos participantes;

c) o valor e as condições dos seguros devida, médico e contra acidentes, dos parti­cipantes;

d) as formas práticas de operação do pro-grama. .

Artigo VIIA seleção prévia dos participantes será

efetuada pelo órgão responsável pelo pro­grama no país de origem. A lista de candi­datos será remetida à Embaixada da Parteque recebe para que seja encarnínhada aoórgão responsáveL O órgão responsável daParte que recebe será o que dará aprova­ção final e se encarregará da preparaçãoe execução do programa de treinamento ouespecialização.

Artigo VIII

Serão 'de responsabilidade do país de orí-gem: '

a) os gastos de transporte internacionalde ida e volta de seus participantes entreo lugar de procedência e a capital do paísque recebe;

b) os gastos de estada dos purtãcipantes,incluindo hospedagem, alimentação e ou­tros, por meio do pagamento do estipêndioperiódico a que se refere o inciso b) do ar­tigo VI do presente Acordo.

Outubro· de 1974

Artigo IX

Serão de responsabilidade do país que re­cebe:

a) os gastos com a organização e com aexecução dos programas de treinamento eespecialização dos participantes, inclusivetaxas acadêmicas ou de outra natureza;

b) os gastos com transporte interno dosparticipantes, necessários ao cumprimentodo programa aprovado;

c) os gastos com assistência médica, ser­viço dentário de emergência, seg)u'Os devida e contra acidentes. (

Artigo X .

Ambas as Partes facilitarão aos partici­pantes o maior contato possível com mani­festações culturais do país que visitam.

Artigo XI

Os órgãos responsáveis pela execução doprograma de íntercâmbio supervisionarãoperiodicamente o seu desenvolvimento, como objetivo de garantir a obtenção dos me­lhores resultados possíveis.

Artigo XII

Outros pormenores e aspectos práticos doprograma não mencionados no presenteAcordo serã.o resolvidos por consulta entreos órgãos responsáveis pela execução doprograma, por via diplomática.

Artigo XIII

Cada uma das Partes notificará a outrada conclusão das formalidades legais ne­cessárias à vigência deste Acordo, o qualentrará em vigor a partir da data da últi­ma dessas notificações.

Artigo XIV,O presente Aeordovígerá inicialmente por

três anos e poderá ser tacitamente prorro­gado por igual período, salvo denúncia porqualquer uma das Partes mediante nottrr­cação à outra com seis meses de antece­dência.

Artigo XV

o presente Acordo é firmado em quatroexemplares, dois em língua portuguesa edois em língua espanhola,. sendo todos ostextos igualmente autênticos. '

Feito na cidade de Brasília, aos vinte equatro dias do mês de julho de 1974.

Pelo Governo da República Federativa doBrasil: Antônio F. Azeredo da Silveira.

Pelo Governo dos Estados Unidos Mexica,;nos: Emílio O. Babasa,

O SE. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Hásobre a mesa e vou submeter a votos a se­guinte

Redação FinalPROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

N.o 167-B11974

Aprova o texto do Acordo de Inter­câmbio de Jovens Técnicos, firmadoentre o Governo da República Federati­va do Brasil e ·0 G.overno dos EstadosUnidos Mexicanos, em Brasília, a 24 (tejulho de 1974.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1.0 Fica aprovado o Acordo de In­tercâmbio de Jovens Técnicos, firmado en­tre o Güverno da República Federativa doBrasil e o Governo dos Estados Unidos Me­xicanos, em Brasília, a 24 de julho de 1974.

Art. 2.0 Este decreto legislativo entraráem vigor na data de sua publicação.

Comissão de Redação, 4 de outubro de '1974. - Cantídio Sampaio, PresidenteSylvio Botelho, Relator. '

Outubro de 1974 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 "1977

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsSrs. que a aprovam queiram ficar como es­tão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Luiz 1,0550)

Discussão única do Proj eto n.on.o 2, 242-A, de 1974, que ::rltera a LeiOrgânica da Previdência Social no to­cante à contribuição do trabalhador au­tânomotendo pareceres; da Comissãode Constituição e Justiça, pela consti­tucionalidade e jundtcíoade; e, das Co­missões de Trabalho e Legislação Sociale de Finanças, pela aprovação. (Do Po­der Executivo - Mensagem' n. O 431/74.)Relatores: 81'S. Luiz Braz; Roberto Gal- ,vaní e Ildélio Martins.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Tem'a palavra o Sr. José Alves, para discutir oprojeto.

O SR. JOSÉ ALV:BS - (Sem revisão doorador.) Sr. Presidente, Srs. Deputados, oProjeto de Lei ~.o 2.242-A/74 provém doExecutivo que, através de mensagem, soli­cita a providência legislativa a esta Casa.Na verdade, merece apoio a iniciativa do'Governo, constante da Exposição de Moti­vos GM-003/74 do Ministro da PrevidênciaSocial, Sr. Nascimento e Silva,

A alteração proposta corrige a famosaLei n.°(5.890, de 8 de junho de 1973, quealterou vários dispositivos da Lei Orgâni­ca da Previdência Social. Esta Casa aindaestá, certamente bem lembrada de toda acontrovérsia gerada quando da apreciaçãodessa lei. Eu mesmo, por diversas vezes,disse desta tribuna que aquele diploma le­gal era bastante prejudicial ao trabalha­dor. Na verdade, pela análise que fiz à épo-

.ca das alterações sugeridas para a Lei Or­gânica da Previdência SOCial, tinha-se porobjetivo não aperfeiçoar a legislação daPrevidência Social, mas 'atender a finalida­des de ordem contábil, da economia pró­pria do Instituto Nacional de, PrevidênciaSocial. Era, no fundo, uma lei para darrecursos ao INPS, mais do que para trazerqualquer vantagem ou aperfeíçoamento ao

,sistema de previdência social. Ora, Sr. Pre­sidente, ainda hoje, pelo Brasil afora, ossegurados, aqueles que contribuem para aPrevidência Social, não se conformam comdetermínados dispositivos da legislação,que, na verdade, representaram um retro­cesso, ferindo até mesmo direitos adquiri­<los. E, no caso, eram mesmo direitos adqui­ridos, e não aqueles famosos vícios conso­lidados que se atribuem a uma frase doMarechal Castello Branco. Quando se fa­lava em direitos adquiridos, S. Ex.a muitasvezes suspeitava. de que eram vícios. con­solidados, e não direitos adquiridos. Nestecaso eram efetivamente direitos adquiridosque foram violados. Mas, na época, quem'falasse que aquela lei não tinha falhas eramal visto. Dizia-se que a lei era completa,que nada havia a ser corrigido na iniciativado Executivo. Agora vemos o eficiente Mi­nistro da Previdência. e Assistência Socialpropor uma série de providências tendentesa dinamizar o sistema da Previdência So­cial. Há mesmo um farto material que.eomprova a eficiência do novo Ministro:na Ordem do Dia de hoje estamos exami­nando três projetos de lei decorrentes demensagem do Executivo, e os três projetostiveram origem no Ministério da Previdên­cia Social. Os itens '1.0 , 8.° e 10.0 da pautaencerram providências solicitadas pelo no­vo Ministério.

Na exposíçâo de motivos dirigida ao Pre­sídente da República para solicitar deS. Ex.'" envio de projeto de lei a esta Casamodificando a Lei Qrgânica da Prevídên-

eía Social, diz o Sr. Ministro que o atualdispositivo de lei prejudica o servidor au­tônomo, que vem descontando muito maisdo que seria razoável, porque as empresastransferem esse ônus para o empregado.Elas recolhem os 8% a que estão obrigadas:1 depois os cobram dos seus empregadosautônomos. 'Transferem, pois, 1eacprdocom o Ministro, a contribuição previden­ciária da qual nos estamos ocupando ago­ra, que incide sobre a parcela da remune­ração que não seria atingida, se se tratas­se de segurado empregado, o que constituiinjustificada díscrtmrnação. Pode parecerque o ônus recai sobre a empresa, o quede alguma maneira alteraria a situação,mas, na verdade, normalmente a empresao transfere para o trabalhador autônomo,que acaba sendo o maior prejudicado.

Então, S. Ex.a, o Sr. Ministro, pede pro­vidências que irão favorecer os trabalhado­res autônomos, que, de outro modo, teriamde descontar. mais. Com essa providência,suas contribuições não seriam majoradasalém daquilo que seria razoável, fugindo aosistema da Previdência SOcial, que limitaao teto de 20 salários mínimos as contri­buições. S. Ex.a solicita aqui uma providên­cia que vai auxiliar o trabalhador autôno­mo. Dentro da mesma linha de idéias,ocupo a tribuna para aplaudir S. EX,a e pe­dir novas providências que beneficiem otrabalhador brasileiro. '

Para que se constate a falha da legisla­ção, S. Ex." o Sr. Ministro justifica a solí­citação que faz ao Presidente da Repúhlíca,no sentido de que se proponha ao Congres­so essa lei. Diz S. Ex.a o seguinte: '

"Tem pleno sentido a contribuição daempresa com relação também ao autô­nomo que lhe presta serviço, a fim dese evitar a indevida utilização dessamodalidade de trabalho, em detrimentoda admissão regular dc empregados.Mas sabe-se que existe um teto para ocálculo tanto dos benefícios, como dascontribuições e, no caso, a infraçãodessa norma é tão flagrante que pare­ce decorrer de símples lapso."

Então, compreende-se que essa lei é pro­posta para corrigir aquilo que, só pode serentendido como um lapso, como está naexposição de motivos enviada ao Presiden-te da República. '

Por tudo isso faço um apelo ao dinâmicoe eficiente Ministro da Previdência Social,no sentido de que proponha outras medi­das que beneficiem o trabalhador autôno­mo, e não apenas criem ônus, como é ocaso daquela contribuição de 5% daquelesque a recolheram a vida inteira para oINP8. As vezes surge uma legislação novac estabelece um desconto, sem base em ne­nhum documento legal anterior, o queconstitui um ônus para o segurado da Pre­vidência Social.

Ao Sr. Ministro da Previdência Social,que, em tão boa hora, está sugerindo tan­tas providências para dinamizar o sistemada Previdência Social, ou fazer com queele deixe de ser um monstro sagrado, comotem sido, até há pouco, neste País, para setransformar em algo que preste reais be­neficios ao povo brasileiro. Fica dirigido oapelo no sentido de que medidas iguais aessa sejam propostas ao Congresso Nacio­nal, que serão bem recebidas.

Era o que tinha a dizer.

O SR. PRESIDENTE (-Luiz LOS50) - Nãohavendo mais oradores inscritos, declaroencerrada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.

o SR. PRESIDENTE (Luiz. Losso) __ Vousubmeter a votos o seguinte

PROJETON.O 2.242-A, de 1974

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 O § 5.° do art. 69 da Lei n.o

3,807, de 26 de agosto de 1960, na redaçãodada pela Lei n. O 5.890, de 8 de junho de1973, passa a ~ 6.°, acrescentando-se ao ar­tigo o seguinte parágrafo:

"§ 5.° Para os efeitos dos parágrafos2.0 e 3.0, a remuneração total paga emcada mês só será considerada até vintevezes o maior salário' mínimo vigenteno País."

Art. 2.° Esta lei entrará em vigor nadata de sua publicação, revogadas as dís-:posições em contrário.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) .:... OsSrs. que o aprovam queiram ficar Como es­tão. (Pausa.)

Aprovado.Vai à redação final.O SR. PRESIDENTE, (Luiz L05so)

Discussão ú n i c a do Proj eto n,o~ 2, 275-A, de 1974, que inclui o salário­

maternidade entre as prestações daprevidência social; tendo pareceres: daComissão de Constítuíção e Justiça,~pela constitucionalidade e jurídícídade;e das Comissões de Trabalho e Lagtsla­ção ,Social e de Finanças, pela aprova­ção. (Do Poder Executivo - Mensagemn.? 468/74.) Relatores: Srs. José Boni­fácio Neto, Roberto Galvani e IldélioMartins: '

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encer­rada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vou

submeter a votos o seguinte

PROJETON.o 2.275-A, de 1974

O Congresso Nacional decreta:Art. 10. Fica incluído o salárío-mater­

nídade entre as prestações relacionadas noitem 1 do artigo 22 da Lei n. O 3.807, de 26de gosto de 1960, com a redação que lhefoi dada pelo artigo 1.0 da Lei n. O 5.890,'de 8 de junho de 1973.

Art. 2.° O salário-maternidade, que cor­responderá à vantagem ccnsubstanciada noartigos 393 da Consolidação das Leis do Tra­balho, terá sua concessão. e manutençãopautadas pele disposto nos artigos 392, 393

'e 395 da referida Consolidação, cumprindoàs empresas efetuar os respectivos paga­mentos, cujo valor líquido será deduzido domontante que elas mensalmente recolhemao Instituto Nacional de Previdência Social(INPS) a título de contribuições previden­ciárias.

§ 1.0 Não se aplicam ao cálculo do valordo salário-maternidade as restrícões conti­das no § 4.0 do artigo 3.0 da citada Lei n.o5.890 e no inciso IH do seu artigo 5.0

§ 2.° Serão fornecidos pela previdênciaSocial os atestados médicos de que tratamos §§ 1.0 e 2.0 do artigo 392 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho.

Art. 3.° O salárío-rnaternídade continua­rá sujeito ao desconto da contribuição pre­videnciária de 8% (oito por cento) e à inci­dência dos encargos sociais de responsabi­lidade da empresa.

Art. 4.0 O custeio do salário-maternida­de será atendido por uma contribuição dasempresas igual li 0,3% (três décimos por

'1978 Sábado li DUBlO no CONGRESSO NACIONA~ (Seção I) Outubro de 19'14

cento) da folha de salários de contribuição,reduzíndo-se .para 4% (quatro por cento) ataxa de custeio do salário família fixadano § 2.0 do art. 35 da Lei n.o 4.863, cre 29de novembro de 1965.

Art. 5.0 Esta Lei será regulamentada pe­lo Poder Executivo no prazo de 60 (sessen­ta) dias contados da data de sua publica­ção e entrará em vigor no primeiro dia domês seguinte ao do término desse prazo,revogadas as disposições em contrário, es­pecialmente as da Consolidação das Leisdo Trabalho que com ala colidam.

O SR. PRESIDENTE (I.uiz Losso) ­Os Brs. que o aprovam' queiram ficar comoestão. (Pausa.)

Aprovado.Vai à Redação Final.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) -

Discussão única do Projeto n.o2.278-A, de 1974, que dispõe sobre acomposição do Conselho Nacional deDesportos;' tendo pareceres: da Comis­são de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade e juridicidade; edas Comissões de Educação e Oultura,e de Finanças, pela aprovação. (DoSenado ,Federal.) Relatores: Srs. AltairChagas, Eurípides Cardoso de Menezese I1délio Martins.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) ­Tem a palavra o Sr. Mauricio Toledo, paradiscutir o projeto.

O ·SR. MAURíCIO TOLEDO - (Sem re­visão do orador.) si:. Presidente, Srs. Depu­tadcs, o Projeto de Lei n.o 2.278-A, de 1974,originário do Senado Federal, é de autoriado nobre Senador Cattete Pinheiro. Trata-sede proposição que. obteve grande reper­cussão nacional, e que dispõe sopre a com­posição do Conselho Nacional de Desportos,inclusive no atinente ao mandato dos con­selheiros.

A tramitação da matéria foi relattvamen­te rápida no Senado e na Câmara. Agora,em discussão neste Plenário, como metenho sempre manifestado sobre assuntosligados ao esporte em. geral, não poderiadeixar de dar meu integral apoio à inicia­tiva. Desta forma o órgão de cúpula dosdesportos brasileiros terá uma situaçãoregi.lar, vedada. a perpetuidade dos con­selheiros nos seus cargos.

Era o que tinha a dizer.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) ­

Não havendo maís.oradores inscritos, decla­ro encerrada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)

Vou submeter a' votos o seguinte

PROJETON.o 2. 278-A, de 1974

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 o Conselho Nacional de Des­

portos, instituido pelo Decreto-lei .n.~ 3.199,de 14 c'.e abril de 1941, compor-se-a de 9

. (nove) membros nomeados pelo Presidenteda República, com mandato de 6 (seis)anos, dentre pessoas de elevada expressãoCÍvica, e que representem, em seus váriosaspectos, o movimento desportivo nacional.

§ 1.0 Além dos membros mencionadosneste artígo, integrará o Conselho, comomembro nato, o Diretor-Geral do Departa­mento de Educação Física e Desportos doMinistérIo da Educação e Cultura.

I 2.° Na escolha dos membros do Con­selho Nacional de Desportos, o Presidenteda República levará em consideração a ne­cessidade de nele serem devidamente re­presentadas as diversas regiões do Pais.

§ 3.0 Em caso de vaga, a nomeação dosubstituto será. para completar o mandatodo substituído.

Art. 2.0 De dois em dois anos cessará omandato de 1/3 (um terço) dos membrosdo Conselho, permitida a recondução poruma só vez.

Art. 3.° Na primeira designação, para.nova composição do Conselho; 1/3 (um ter­co) de seus membros terá mandato de 2(dois) anos e 1/3 (um terço) de 4 (quatro)anos, ficando extintos, para a execução dodisposto neste artigo, a partir de 30 (trín-

'ta) dias da vigência desta Lei, os atuaismandatos.

Art. 4.° Esta Lei entra em vigor na datade .sua publicação.

Art. 5.° Revogam-se as disposições emcontrário.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)Os Srs. que o aprovam queiram ficar comoestão. (Pausa.)

Aprovado.Vai à Redação Final.O SR. PRESIDENTE' (I.uiz Losso) _

Discussão única do projeto n.o2.288-A, de 1974, que autoriza o PoderExecutivo a constituir a Empresa deProcessamento de Dados da Previdên­cia Social - DATAPREV, e dá outrasprovidências; tendo pareceres: da Co­missão de Constituição e Justiça, pelaconstitucionalidade e juridicidade; daComissão de Trabalho e Legislação So­cial, pela aprovação, com emenda; eda Comissão de Finanças, pela aprova­ção. (Do pooer Executivo - Mensagemn.o 476/74.) Relatores: Srs. Altair Cha­gas, Wilmar Dallanhol e Leopoldo Peres.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) ­Não havendo oradores inscritos, declaroencerrada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)

A COmissão de Trabalho e Legislação Social,ao apreciar o projeto, ofereceu ao mesmo evou submeter a votos a seguinte

EMENDADê-se a seguinte' redação ao Art. ,1.0:

Parágrafo único. A DATAPREV terá se­de e foro em Brasília, DF, ação em todo oterritório nacional e dependências onde forjulgado necessário para o bom desempenhode suas finalidades.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) ­Os Srs. que a aprovam queiram rícar comoestão. (Pausa.)

Rejeitada.O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)

Vou submeter a votos o seguinte

PROJETON.o 2.288-A, de. 1974

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° Fica o Poder Executivo autori­

zado a constituir, nos termos do artigo 5,0,item H, do Decreto-lei n. O 200, de 25 defevereiro de 1967, uma :empresa pública,sob a denominação de Empresa de Pro­cessamento de Dados da Previdência Social- DATAPREV, vinculada ao Ministério daPrevidência e Assistência Social, com per­sonalidade [uridíea de direito privado, pa­trimônio próprio e autonomia administra­tiva e financeira.

Parágrafo único. A DATAPREV terá se­de e foro na cidade do Rio de Janeiro, Es-·tado da Guanabara, ação em todo o terri­tório nacional e dependências onde for jul-

gado necessário para o bom desempenhode suas finalidades.

Art. 2;° Constituem finalidades da ....DATAPREV a análise de sistemas, a pro.gramação e execução de serviços de tra­tamerito da informação e o processamen­to de dados através de computação eletrô­nica, bem como a prestação de outros ser.viços correlatos.

Art.3,o O capital inicial da DATAPREV,que será de Cr$-1.000.000,00 (um milhãode' cruzeiros) terá a seguinte constituição;

I - 51% (cinqüenta e um por cento),pelo menos, serão de propriedade da União;

Ir - o restante pertencerá ao InstitutoNacional de Previdência Social (INPS) e aoInstituto de Previdência e Assistência dosServidores do Estado (IPASE) , na propor­ção do valor dos bens imóveis, móveis,equipamentos e ínstalaçes do domínio decada uma dessas entidades, que por elasvenham a ser destinados para aquele fim.

S 1.0 Para efeito do disposto neste 11.1'-. tígc, o valor dos bens do INPS e do IPASJl

será fixado por comissão, designada peloMinistro da Previdência e Assistência So­cial, da qual participarão representantesdas duas entidades.

§ 2.0 Observado o disposto no art. 5.0 doDecreto-lei n.O 900, de 29 de setembro de1969, o capital da DATAPREV, por ato doPoder Executivo poderá ser aumentado me­diante incorporação de reservas e reirrvez-:são de lucros, na forma do que dispuserem,.os Estatutos, assim como de outros recur­SOs que, a título de acréscimo de capital,lhe forem destinados, pela União, peloINPS, pelo IPASE ou por outras entidade~('subordinadas ou vinculadas ao Ministério'da Previdência e Assistência Social cuja'participação for julgada conveniente, a juí­zo do Ministro de Estado.

Art. 4.° Constituem recursos da ....••DATAPREV:

I - as receitas- operacionais;Ir - as receitas patrimoniais;IH - as receitas eventuais;IV - as doações;V - o produto de operações de crédito;VI - OS de outras origens, inclusive 01'·

çamentários.Art. 5.° A DATAPREV será regida por

esta lei, pelos Estatutos a serem aprovadospor decreto, no prazo de noventa (90) diasda data da vigência desta lei, e pelas nor­mas de direito aplicáveis.

Parágrafo único. Dos Estatutos de .quetrata este artigo constarão, além das fina­lidades, do capital e dos recursos, na formado disposto nesta lei a composição da ad­nistraçãoe do órgão de fiscalização daDATAPREV, as respectivas atríbuíçes e acompetência de seus dirigentes.

Art. 6.0 O regime jurídico do pessoal daDATAPREV será o da legislação trabalhis­ta•

Parágrafo único. Os servidores do INPSe do IPASE que prestem serviço nos seto- i

res de' processamento de dados deles des­membrados e incorporados à DATAPREV,por força do disposto nesta lei, terão o pra­zo de cento e oitenta (180) dias, contadosde sua vigência, para ingressarem no qua­dor de pessoal da empresa, mediante ex­pressa opção, ficando-lhes assegurada, nes­te caso, a contagem do respectivo tempo deserviço prestado sob o regime estatutário.

Art. 7.Q A prestação de contas da Ad­ministração da DATAPREV será submetidaao Ministro de Estado da Previdência e As­sistência Social que, com seu pronuncia-

Outubro de 19'74 DIARIO DO C,ONGRESSO NACIONAL (Se.;ão I) Sábado I) '79'7'

mente e a doeumentaeão de que trata oar~tigo 4;2 do Decreto-lei n. o 199, de 25 de fe­vereiro de 1967, a enviará ao Tribunal deOontas da União até 31 de maio do exer­cicio subseqüente ao da prestação.

Art. 8.0 Fica ó Poder .Executivo autoriza­do a abrir ao Ministério da Previdência eAssistência Social crédito especial de atéOr$ 510.000,00 (quinhentos e dez mil cru­zeiros) para atender à participação' daUnião no capital inicial da DATAPREV.

Pará,grafo único. A despesa autorizadaneste artigo será compensada medianteanulação de dotação orçamentária.

Art. 9.° Esta Lei entra em vig-or na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário. '

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - OsS:rs. que o aprovam queiram ficar como es­tão. (Pausa.)

'Aprovado.Vai à Redação Final.'O SR. PRESIDENTE (LUÚI Losso) -

Segunda Discussão do Pro] eto de Lein.o 1.496-B, de 1973, que "dispõe sobreo fornecimento ou divulgação, pelaFundação Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística, aos Municípios bra­sileiros interessados, dos dados demo­gráüoos necessários ao cumprimentodo § 2.0 do art. 15 da Oonstituição".

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encer­ra,da a discussão.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Ten­do': sido oferecida uma emenda ao Projeton~ó' 1A96-C de 1975, em 2.í1- discussão, voltao 'jhesmo à Comissão de Serviço Público.

. EMENDA AOPROJETO DE LEI N.o 1.496/0/73

z.a DiscussãoNo art. 3.0 do projeto onde se lê:

"190.000 (cento e noventa mil) habi­tantes"

Leia~se:

"175.000 (cento e. setenta e cinco mil)habitantes." .

Sala das SeS8ôes, 4 de outubro de 1974.- Prísee Viana.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) -Primeira: discussão do Projeto n.o ...

1.IS0-A, de 1975, que dispõe sobre a fi­xação do pr~o mínímo do leite in na­tura, e dá outras provídêneías: tendopareceres: da Comissão de Constituicãoe Justiça, pela constitucionalidade, ju­rtdteídade e boa técnica legislativa; daOomíssão de Agricultura: e política Ru­ral" pela aproyação, contra os votos, emseparado, dos Srs. Oardoso de Almeida eSebastião Andrade; e, da Comissão deEconomia, Indústria e Comércio, pelarejeição. (Do Sr. Adhemar de BarrosFilho) Relatores: Srs. Altair Ohagas,Flávio Giovine e Henrique Eduardo Al­ves.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Nãohavendo oradores inscritos, declaro encer­rada a díseussão;'

Vai-se passar à votagãoda matéria.oSR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Vou

submeter ao votos o seguinte 'PROJETO .

N.o I.ISO-A, de 19'73

O Oongresl!lO Nac:onal decreta:Ai:t. 1.0 Fica sujeito à:f1xe,c;ãQpelo Mi­

nistérIo da Agricultura ou órgão a elaau­boedínado o preço mínímo do leite in Dl\.tD~

ra,a, ser Paga. ao produtof.

Art. 2.° Cabe ao Conselho Interministe­rial de Preços (OIP) a fixação das margensde lucro da comercialização do leite in na­tura nas fases de:

I - coleta da. fonte produtora;II - resfriamento e transporte das usi­

nas regionais às usinas centrais;lI! - homogeneízaçâo, pasteurização,em­

pacotamento e distribuição das usinas cen­trais aos varejistas.

IV - preço de venda ao consumidor final.Art. 3.0 Nos locais onde houver distri­

buição de leite in natura, o preço do leiteem pós, guardada a equivalência fixada pe­los órgãos técnicos, não poderá ser superiorao daquele, excetuados os produtos destina­dos a fins dietéticos e médico-terapêuticos.

Art. 4.0 Fica facultado às usinas cen­trais, nos períodos de entressafra ou escas­sez, a adição ao leite in natura de percen­tual não superior a 20% (vinte por cento)de leite em pó reídratado,

Art. 5.° A fixação dos preços mínimos doleite sofrerá reajustes quadrímetsarís nun­ca inferiores ao real e efetivo aumento docusto de vida fixado pelo Instituto Brasilei­ro de Economia da Fundação Getúlio Var­gas, acrescidos de percentual móvel destina­do ao estímulo das atividades agropecuá­rias.

Art. 6.° O Poder Executivo no prazo de90 (noventa) dias, expedirá o Regulamentoda presente lei.

Art. 7.° Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 8.° Revogam-se as disposições emcontrário.

O SR. PRESIDENTE (Lub: Losso) ~ OsSrs. que o aprovam queiram ficar como es­tão. (Pausa.)

Rejeitado.Vai ao Arquivo.O SR. LAERTE vmIRA - Sr. Presiden­

te, peço a palavra para uma comunicação,como Líder.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso) - Tema palavra o nobre Deputado.

O SR. LAERTE VmIRA - (Comunica­ção como Líder. Sem revisão do orador,)Sr. Presidente, Brs , Deputados, na sessãode ontem tive oportunidade de registrar aação do Procurador da Justiça Eleitoral noEstado do Ceará, que solicitara abertura deinquérito, pela Superintendência Regionalda Policia Federal, para processar jornalis­tas que, segundo o Procurador Eleitoral, es­tavam praticando crime previsto na LeiEleitoral.

Na realidade, o que os jornalistas estavama fazer era dar noticia sobre a campanhapolítica que se realiza naquele Estado. En­tretanto, a Procuradoria, colocando-se aserviço de uma facção, resolveu processá­los e intimidar os jornais, Em contrapar­tida; a Associação das Empresas Jornalísti­cas deliberou recomendar aos j01,'nalistasque deixassem de fazer o noticiário polí­tico. Agora tem início os pronunciamentosde solidariedade dos companheiros de jor­nal que estão verificando que a ação doProcurador praticamente impede o exerci­Cio profisisonal.

Quero salientar, na tarde de hoje, que oOomítê de Imprensa da oãmara dos Depu­tados dirigiu ao jornalista Tancredo car­valho, Presidente do Sindicato dos Jorna­listas Profissionais do ceará, em Fortaleza,c seguinte telegrama:

"O Comitê de Imprensa da Câmara dosDeputados, reunido em assembléía-ge-

ral extraordinária, decidiu hipotecar omais irrestrito apoio aos colegas cea­renses atingidos pelo ato do Procura­dor Eleitoral, Fávila Ribeiro, que, atra­vés do processo inoportuno e indevido,tenta impedir a livre manifestação daimprensa de Fortaleza no trato de te­mas relacionados com a campanha pa­ra as eleições parlamentares de novem­bro. (ass.) Manoel Vilela de Magalhães,Presidente - Thomaz Coelho, Vice-Pre­sidente - Alfredo Oblezíner, Secretá­110."

Já havíamos hipotecado nossa solidarie­dade aos jornalistas e queremos renová-laneste instante, porque realmente merecemtodo o apoio, tanto nosso quanto da opiniãopública, que deseja ser informada, e acha­mos necessário que os [ornaís do Ceará vol­tem a noticiar os acontecimentos políticosrelacionados com a realização das eleiçõesde 15 de novembro deste ano.

Era a comunicação que desejava fazer ~

. O SR. ,CÉLIO BORJ'A - Sr. Presidente,peço a palavra para uma comunicação, co~mo Lider.

O SR. PRESIDENTE (Luiz L0S80) - Tema palavra o nobre Deputado.

O SR. CÉLIO BORJA - (Comunicaçãucomo Líder. Sem revisão do orador.) Sr.Presidente, Srs. Deputados, o nobre Líderda Minoria já tratou ontem, neste Pleriá­rio, do assunto objeto da comunicação queacaba de fazer.

Reitero que se trata de matéria entregueà apreciação e deliberação do Poder Judi­ciário. Parece que o nobre Líder da Mino­ria põe em dúvida esta' afirmação.

Se se trata de reclamação do ProcuradorEleitoral junto ao Tribunal Regional Elei­toral do Ceará, caberá ao Juiz daquelaOorte apreciar e resolver a questão, Não setrata de apelo que S. Ex.a possa dirigir sejaàs autoridades do Executivo, seja às do Le­gislativo Estadual ou Federal, mas, sim, 8 ..Ex.a pretende manifestar repulsa, de umlado, ao ato do procurador - e este age deacordo com a sua convicção - e, de outraparte, S. Ex.a deseja também trazer a pú­blico a manifestação feita pela Associaçãode Jornalistas e Proprietários de Jornais doCeará e aquela que acaba de emitir o Co­mitê de Imprensa acreditado nesta Casado Oongresso Nacional.

Não é a Maioria favorável a qualquer ror­ma de restrição do noticiário sobre as elei~

ções, e disto têm dado conhecimento à Casae a Nação muitos dos Senhores represen­tantes que integram a minha bancada. Nãosomos absolutamente favoráveis a essas for­mas de cerceamento do direito de informa­ção do eleitor e do cidadão comum. Pen~

samos que, no caso, há que confiar na sa­bedoria e nos altos desígnios da Justiça"

Era o que tinha a declarar.O SR. PRf,.,'5IDENTE (Luiz Losso) - Na­

da mais havlndo a tratar, vou levantar a.sessão.

Deixam de comparecer os Senhores:Vinicius OansançãoTeotônio Neto 'Jarmund Nasser

Pará.América Brasil - ARENA; Gabriel Her­

mes - ARENA; João Menezes -- MDB; Se­bastião Andrade - ARENA; 800110 Maro­ja- ARENA.

MaranhãoNunes Fl'eire - ARENA,

'7980 Sábado 5 DUR!O DO OONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974

Piam

Paulo Ferraz - AR1!INA,;Ceará

Alvaro Lins - MDB; Leão Sampaio _ARENA.

ParaíbaAlvaro Gaudêneío - ARENA; Janduhy

Carneiro - MDB; Wilson Braga - ARENA.Pernambuco

Airon Rios - ARENA; Gonzaga Vascon­celos - ARENA; Joaquim CoutinhoARENA; Ricardo Fiuza - ARENA.

AlagoasGeraldo Bulhões - ARENA; Oceano Car­

leial - ARENA.Sergipe

~raldo Lemos - ARENA.Bahia

Djalma Bessa - ARENA; Edvaldo Plô­res - ARENA; Fernando Magalhães ­ARENA; Francisco Pinto - MDB; José Pe­nedo - ARENA; Lomanto Júnior - ARE­NA; Ney Ferreira - MDB; Rogério Rego- ARENA; Wilson Falcão -; ARENA.

Espírito Santo

Argilano Dario":"" MDB; José Tarso deAndrade ARENA; Oswaldo ZanelloARENA.

Rio de JaneiroAdolpho Oliveira - MDB; Alberto Lavi­

nas-MDB; Ario Theodoro - MDB; Bri­gído Tinoco - MDB.

GuanabaraLapa Coelho _ ARENA; Miro Tei~eira

- MDB; Pedro Faria - MDB.Minas Gerais

Aécio Cunha - ARENA; Batista Miran­da - ARENA; Bias Fortes - ARENA; Hu­go Aguiar - ARENA; Jairo Magalhães ­ARENA; Manoel Taveira - ARENA; Tan­credo Neves - MDB.

São PauloAmaral Furlan - ARENA; Braz Noguei­

ra - ARENA; Faria Lima - ARENA; JoãoArruda - MDB; Orensy Rodrigues - ARE­NA; Ortíz Monteiro - ARENA; PedrosoHorta - MDB; Pereira' Lopes - ARENA.

Goiás

Anapolino de Faria - l\IDB; Juarez Ber­nardes - MDB.

Mato Grosso

Gastão Müller - ARENA.Paraná

Antônio Annlbelh - MDB; Braga Ramos.- ARENA: Ferreira do Amaral -- ARENA;Hermes Macêdo - ARENA;' Túlio V~1.l'gas.- ARENA. .

Santa Catarína

César Nascimento - MOB; FranciscoGrmo - M'tENA; JaiBOn Barreto - MDB;Jo1W Llnhares - ARENA.

Rio Grande do Sul

Arlindo Kunzler - ARENA; Daniel Fa­raco -ARENA; Bioy Lenzi .- !liIDB; Ge­túlio Dias MDB; Lauro Rodrigues ­MDB.

AmapáAntônio Pontes - MDB.

Rondônia

Jerônimo Santana - MDB,"

vn - O SR. PRESIDENTE (Luiz Losso)...... Levanto a sessão designando para a Or­dinária da próxima 2.lI.-ieira, a seguinte

ORDEM DO DIA

(Sessão em 7 de outubro de 1974)(Segunda-feira)

TRABALHO DAS COMISSõESVIlI ~ Levanta-se a Sessão às 14

horas e 45 minutos.

DISCURSO DO DEPUTADO ANTONIOBRESOLIN, NA SESS1I.0 VESPERTINADE 30-9-74.O SR. ANTôNIO BRESOLIN - Como LÍ­

der.) Sr. Presidente e 81'8. Deputados, hápoucos dias, em caminhada política pelo

.ínteríor do Rio Grande do Sul, sobretudopela região do Vale do Rio Uruguai, desdeo Porto de Goio-En, no Município de No­noaí, até o Porto de Santo lzidro, no Mu­nicípio de São Nicolau, e depois pelo cora­ção do Rio Grande, até Santa Maria, emcontato direto com os pequenos agriculto­res de toda aquela vasta área territorial,senti, mais uma vez, a premente necessida­de de o Governo executar a reforma agrá­ria. Quem andar pelo interior há de encon­trar, a cada passo, famüíaa numerosas, com12 a 15 filhos, residentes numa nesga deterra, muitas vezes de 3, 4 ou 5 hectares, etodos esses agricultores são filhos de colo­nos, elementos de tradição agrícola, os me­lhores de que poderia o Brasil dispor, seefetivamente o Governo estivesse empenha­do no aumento da produção. Por toda partese encontra gente que não tem um pedaci­nho de terra para cultivar. Clama-se peloaumento da produção, e no Brasll existemnada menos de 25 milhões' de brasileiros,que não possuem terras para cultivar, quevivem como simples expectadores, numa Na­ção que carece do esforço do trabalho pro­dutivo de cada um dos seus filhos. Nuncafui a favor de qualquer medida violentacontra os proprietários de terra, nem daschamadas invasões. Bem ao contrário, oMDB forneceu ao Governo todos os instru­mentos necessários para realizar a reformaagrária no País, mas, íntelízmente, até h<Jjenada foi feito. O pouco que se tem visto éuma colonização capenga, que está longede corresponder aos anseios e às necessi­dades de milhões de brasileiros que gosta­riam de participar do trabalho de constru­ção da nossa Pátria e que não têm condi­ções de fazê-lo por falta .de terra.

Quero definir meu pensamento sobre re­formá agrária e as terras que deverão seratingidas. Faço meu o pensamento de umgrande rín-grandense, o Dr, Saint Pastoml,dos mais modernos fazendeir08 do· RioGrande do Sul. Em seu livro "O Homem e

, a Terra", escreve ele:"Estâncias grandes, com incomuns ex­tensões, já são raras, e quando em ple­na atividade de progresso e com altorendimento, refletindo a capacidade eo espírito público de seus proprietá­rios, não são latifúndios ou privilégiosanti-sociais.Aquelas porém, grande ou pequenas, emabandono total ou precariamente ex­ploradas, sem beneficio próprio e con­tra o interesse geral, passam a ser aber­rações, sob o ponto de vista econômi­co, do novo sentido de propríedade co­mo unidade viva do organismo social."

E é essa reforma agrária das terras im­produtivas que pregamos. Vejam bem V.Ex.a,,: se o Governo se dispusesse a exe­cutar a reforma agrária, hoje, como preco­nizamos, a exemplo do Rio Grande do Sul,O quanto isso seria benéfico para nossa Pâ-

tria I Por ocasião da construção da barra­gem do Passo do Real, em decorrência deinundação, ficaram desalojadas ali mais deduzentas famílias. Algumas delas não roramatendidas até hoje; gastaram o que tinhame estão passando míséría, vivendo comomarginais nos arrabaldes das cidades deIbirubá e Cruz Alta. Mais de 126 famíliasforam assentadas nas fazendas Boa Vista eColorado. Ainda há bem poucos dias, estivelá, observando o resultado daquela expe­riência, que é das melhores. Conseqüente­mente, não estamos aqui para registrar ape­nas os aspectos negativos, mas tambémaquilo que o Governo faz bem feito. Faleicom dezenas de proprietários daquelas ter­ras e senti de perto sua Imensa satisfaçãopor essa obra, realizada em benerícío doschamados "sem terra". O mesmo ,poderiaser feito em muitas outras fazendas do RioGrande do Sul. Conheço um bom númerode fazendeiros que aproveitam seus camposcomo nos tempos de Jesus Cristo: não plan­tam um pé de pastagem nobre nem dividema fazenda em potreíros para fazer o pas­toreio rotativo, o que aumentaria a produ­ção de carne em mais de '50%. Nada fazem..eles para produzir, Sr. Presidente, Si"'"Deputados. E essa gente continua de posseda terra, em prejuízo, acíma de tudo,dosaltos interesses nacionais. Imaginem se es­ses vinte milhões de brasileiros, que aí es­tão como simples expectadores, possuíssemum pedaço de terra para construtr seu lar,criar seus filhos, trabalhare aumentar' ariqueza da Nação. Nosso País, como acen­tuei há pouco, em lugar de importar carne,banha, trigo, feijão, batatinha, cebola, e

.alho, poderia exportar isso tudo, dar' decomer ao mundo ínteíro. '

O Sr. Jairo Brum - Nobre Deputado, co­mo sempre, V. Ex.a está focando um aspectopolítlco, econômico e social de aíta impor­tância para a nossa República. OCOrre queV. Ex.a o está examinando sob os funda­mentos do laborísmo, que tem o dever _e pode fazê-lo - de solucionar esses pro­blemas, aos quais é ínsensível a situaçãoatual. Mas devemos continuar, como O ta:;;V. Ex.a , permanentemente na tribuna: tal;'vez alguém mais atento, percebendo a gran­deza da tese defendida por nós, oposicio­nistas e .laborístas, venha executá-la, játardiamente, mas em beneficio do n08SO'povo.

O SR. ANTôNIO BRESOLIN - .Ineluaivs,eminente colega, no Brasil fala-Se tanto émcombater o comunismo, e acho que um dosmétodos mais seguros para esse rím seriafazer um pouco mais de justiça àquela clas­se que vive à margem de todos 08 benefíciosda civilização. Todos sabem que a implanta­ção do comunismo na Rússia se deveu àespoliação do trabalhador rural; o queaconteceu com a Hungria, a revolução doMéxico, tudo é decorrência da insatisfaçãodo povo, que vive esquecido, esmagado, lu­dibriado e roubado, como acorre no interiorda nossa Pátria. Para só citar um fato re­cente, temos o caso da soja.

E vejam bem, V. Ex.ll<l diz o Dr. SaintPastous que, em relação à divisão do Pais,no Nordeste, 20% possuem terras, 80% tra­balham como arrendatários, 50% da área'do Nordeste são açambarcados por 3% dosproprietários. Mais de 50% das proprieda­des contêm mais de 500 ha, E centenas depropriedades, maís de 100.000 ha."

E quando se fala em Reforma Agrária.mais uma vez quero deixar bem claro meuponto de vista, meu pensamento em rela­ção ao problema, sempre consubstaneíadedentro do princípio basilar da Constituiçãoda República e da doutrina social da Igre­j a. Tenho para. mim - como pensa Couti­nho Cavalcanti - "que Reforma Agrária éa revísão e o reajustamento das normas

Outubro de 1974 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 '7981

186.000186'.000183.000

237.000232.000223.000

219.000218.000212.000211.000

409.000372.000355.000352.000331.000311.000309.000291.000

131.000180.000

180.000179.000176.000170.000169.000169.000108.000164.000160.000159.000157.000156.000150.000150.000150.000150.000150.000148.000148.000145.000142.000

142'.000

141.000140.000139.000138.000

136.000136.000

136.000135.000132.000

Total 20.875.000

Sr. Presidente, 79 das maiores proprieda­des da Nação - informa Fernando Perei­ra - ocupam mais de 20 milhões de hec­tares, ou seja, dez vezes a área do Estadode Israel, ou 9,5 vezes a superfície de Ser­gipe, Com base nos dados do INORA refe­rentes a 1967, verifica-se que os 279 lati­fúndios por dimensões existentes no Brasilcobriam 22.887.960 hectares. Assim, toman­do dados do IBRA relativos a 1967. obaer­va-se que além dos 279 latifúndios por di­mensões antes assinalados - que ocupam6,4% do total da área dos estabelecimentos.rurais - existem a débito da agriculturabrasileira mais 793.381 latifúndios por ex­ploração, abarcando 76,5% do total da su­perrícíe dos nossos estabelecimentos rurais."

E acrescenta:"A simples soma aritmética dessas duascifras mostra que o latifúndio no Bra­sil. em suas duas expressões legais, com­promete 82,9% do total da superfíciedos imóveis rurais do País."

Em contrapartida, milhões de famílias,sobretudo nos Estados do Sul, pressiona­das em minifúndios, sem assistência. técni­ca e sem terra suficiente para trabalhar,ocupam apenas 12,5% do total da superfí­cie dos nossos estabelecimentos rurais.

E aqui estão outros que robustecem acomprovação da péssima, odiosa e boloren­ta distribuição da terra no Brasil e elasímensas áreas de solo brasileiro em poderde grupos econômicos internacionais.QUADRO DEMONSTRATIVO DAS TERRAS

DA UNI.ã.O, ESTADO POR ESTADOhectares

1.0002.3455.431

814,007740.59031.3924.625

987

Alagoas ........•...•..........•Ba9-.ia •...••••...•..•..•..•..•••GOlas ....•..•..•...•..•.•••.•••Maranhão ...••..•...•.....•..••Mato Grosso .•. '••...••.•......•.Minas Gerais •.•••••••.•••••••••Pará ........•.........•.......•Paraíba •• , s: ••". .

47. Tetsuo Oashi ..48. Antônio B. F. Rosa Sobrinho

49. Francisco Machado Albuquer-que .......................•.

50. Henrique Sulbormann ....•.51. Espólio Jacob Essaba e outros52. Joáo Saraiva Leão' .53. otto Guilherme Bathsan ..•54. Dantoja Irmãos & Cia .....•55, Geraldo de Souza Carvalho .56. Aurélio Francisco Lunardi ..57. Joaquim Martinho Guimarães58. Remo Mussi S. A .59. Domingos Tenuta Neto .60. The United American Oorp.61. Dary Silveira .62. Alfredo Toneto .63. José Maria Moura .64. Bráulio Gouveia de Castro ..65. Macárío Maria de Freitas ..•66. José Sonetti Filho .67. Oreso áe Brito Zonetti .68. Tecelagem Paraíba ....••...69. Oscar H. FelIo .70. José Macárío Perez Prla e ou-

tros .71. White Martins Ferreira Bue-

no .72. Rodolfo Silva Costa ......•.•73. OOTERP S. A. . .74. Rubens Zonetti .75. Acrópole Engenharia e Cons-

truções .76. Angelo Pavan .77. Oia. Comercial Terra do Sul

do Brasil, .78. Melo & Filhos .79. Ivo de Souza .

998.000808.000693.000683,000531.000518.000497.000427.000421.000

288.000288.000288.000278.000

,263.000261.000245.000242.000242,000240.000240.000240.000

"Latifúndios por dimensão em 1965:

1. Oalama S.A 1.084.0002. The Lancashire Gen. Invest.

Co. Ltd .3. Agropecuário Buiá Míssu .4. Raul Ferreira de Brito ....••5. St,mley Amos Sellig ..•••...6. Fazenda Bodoqueria .7. Félix José Rodrigues .8. oía, Agrícola Nortc M. Grosso9. Daniel Segundo A. Jesus, .

10. Jory Indústria e Comércio .11. Fazendas Reunidas Raimun-

do de Castro .12. J. P. Rocha .13. Jorge -Geraldí e outro .14. Siderúrgica Belga-Mineira ..15. Frigorífico Anglo .16. Indústria I. B. Sabra S. A .17. Guaporé Agro-Industrial .. ,18. Alencar de Lima .19. C.e:r:tral Açucareíra Santo An-

tônío .20. Paulo César Soares oampos .21. Olímpio Albino Suriano ....•22. Manoel da Silva Galvão .....23. Isaías Lopes de Araújo ••••24. Imobiliária Nicobran .25. Antônio Isaías Miranda .26. Felipe Brasileiro Teixeira .••27. Messias Oustódio Oamargo .,28. Oíá. Terra da Mata Geral .. ,29. Newton Pereira dos Santos •3D. Santos & Oia ..31. Oia. de Viação São Paulo-Mo

Grosso ..32. James Bryan Choate .....••33. Nelson Rezende Junqueira ..34. Miranda - Estância Agrope-

cuária S. A. ........•.•••.••35. Píerre Isidoro Loeb ........•36. Etalivio Pereira Martins .37. Plínio Lemos ;.38. Peter Cornelius Van Sche­

pemberg ...................• 205.00039. Flodoaldo Pontes Filho..... 202.00040. Colonização Norte Mato Gros-

so Ltda. 200.00041. Germaine Lucie Burchard-

Sanguzko ...-.... . .... . ...... 197.00042. Luiz Esteves Pinheiro de La-

cerda . . . . . • . . • • 193 .00043. J. Milton A. Rios .....•...... 190.00044. Cia. Oolonizadora Pastoril

Agro-Reformista ...........•45. Kunihiro Miyamoto .46: Tirso Ferraz de Oamargo • ','.

consistia num instrumento válido dareforma agrária. Simplesmente não :foiaplicada até' agora."

Tão acertado andou o técnico e escritorao fazer essas afirmações que, há poucosdias, depondo na Comíssão de Agriculturae Politica Rural da Câmara, técnicos doINORA informaram que, em lugar da divi­são, está-se verificando o reagrupamentode áreas de terra, o oposto do que objeti­va a verdadeira reforma agrária. E não sepense que seja por falta de justificadasmotivos que o INCRA continua alheio à re­forma agrária. Além de milhões de patrí­cios que não dispõem de um palmo de ter­ra, ao lado de milhares de família que nãoprosperam e não produzem o SUficiente porestarem pressionadas em minifúndios, o la­tifúndio brasileiro, terrítoríalmente falando,poderia ser a segunda nação da América La­-tína e açambarcar as melhores terras agrí-colas do País. '

Meu. eminente amigo, ex-Deputado Cunha,Bueno, antes de deixar esta Casa enviou ao,INORA um, requerimento de informaçõessolicitando a relação dos maiores latifún­dios do Braaíl ,

O INORA prestou as seguintes informa­çôe.s:

jurídicas SOCIaIS, econômicas e financeiras'que regem a estrutura agrária do Pais, vi­sando à valorização do trabalhador do eam­

-po e o incremento da produção mediante a'distribuição, utilização, exploração sociaise racionais da propriedade agrícola, a me­lhor organização e extensão do crédito agrí­cola e o melhoramento das condições de vi­da das populações rurais".

, Sr. Presidente e srs, Deputados, ReformaAgrária, tal como tenho preconizado e ve- .nho preconizando há mais de dez anos, nãose situa apenas, única e exclusivamente najusta dístríbuiçâo da propriedade. l!: muitomais do que ÍSl3o. Sempre tenho preconiza­.do, inclusive, que um dos pontos fundamen­tais da verdadeira Reforma' Agrária deveter seu inicio, inclusive, com a reforma ban­cária. Não se concebe, num Pais como onosso, que um cidadão que tenha dinheiro'vá depositar suas economias num estabele­.eímento bancário a juros de 5% ou 7%,e quando necessite desse dinheiro tenha quecomparecer a. esse mesmo estabelecimentode crédito, de "chapéu na mão" e pagar poresse dinheiro, que vai aplicar em beneficioda produção, em benefício do desenvolvi­.mento do comércio e da indústria, inclusive,..1\0%, se incluirmos as taxas.

, Não agiu, assim, até agora, o nosso Ins­tituto Brasileiro de Reforma Agrária: pre­;feriu distribuir avisos de impostos, na es­perança de, assim, obrigar o latifúndio a;f;accionar-se. Quais seriam, porém, os re­bzardos que se beneficiariam com latifún­dios divididos. por esse processo original?

,aomente temos certeza de que não serãoos homens sem terra desta geração. Se umdia o latifúndio se dividisse por temor fis­cal, o que duvidamos, dada a debilidade dasatuais alíquotas, os beneficiários seriam

'por certo, outros latifundiários, com capaci~dade financeira para pagar impostos.

Aliás, é o que se e-stá' verificando, agora.no Estado de S~ Paulo. Há bem pouco, porduas vezes seguídss, o Deputado HerbertLevy, da ARENA paulista, denunciou e-stefato na Comissão de Agricultura e PoliticaRural da Câmara, afirmando que, em SãoPaulo, em lugar de fazermos a reforma.agrárta, estamos formando verdadeiros ba­.ronatos, Aqueles que não dispõem de recur­sos vão entregando suas parcelas de ter­ras e aqueles que dispõem de dinheiro vãoformando verdadeiros baronatos, latifún­

.díos intermináveis, em prejuízo dos ínteres­ses de uma comunidade inteira e do pró-prio País. '

Continuo, Sr. Presidente, a citar o Dr,Saint Pastous:

"Esta mudança estrutural se apresentatão longínqua que, provavelmente jánão existiriam aqueles que atualmentealmejam a terra própria. Este o erro deestratégia que tem cometido o InstitutoBrasileiro de Reforma Agrária em suaorientação fiscalista: esquecer-se que alei da própria reforma agrária foL umaimposição da louvável teimosia cearensedo Presidente Castello Branco ao Con­gresso Nacional, às forças conservado­ras que o apoiaram na Revolução deMa~ço de 1964. Esqueceu o IBRA que, aofaze-lo, procurou aquele Presidente to­mar a bandeira da reforma nas mãosde Regis Julião. Como nordestino, comoparticipante de um seminário sobre re­forma agrária, Castello tinha uma cla­ra visão do processo reformista e desuas implicações políticas. E o seu Mi­nistro do Planejamento, economista sa­gaz, sabia também o papel capaz de re­presentar o nosso doesenvolvimento eco­nômico e social, cujo coordenação esta­va, então, sob sua responsabilidade. Alei, resultante da obstinação cearense,

.7982 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro de 1974

881.053

261.133

31

800.000311.010180.000

16.53825

1.5964.239

79.913

l!: simplesmente espantoso, Sr..Presíderrtê,srs, Deputados. E nós do Rio Grande doSul, de Santa Catarina e do Paraná esta:;..mos aí com imensas regiões mtcropulverí­zadas, com um elemento humano da me.­Ihor qualidade sem condições de trabalhm"por falta de terra.

Faço este registro no dia de hoje, Sr. P»d­sídente, não com o objetivo de criticar oGoverno, mas de alertá-lo para que saiamosda rotina que aí está. Qualquer governoque tiver a coragem de botar o dedo naferida e executar a reforma agrária no Brâ1si! há de passar para a História como; omelhor. Considero a reforma agrária de ca­pitaUmportância e não acredito que qual­quer Governo do Brasil seja capaz de l\.(),­Iucíonar os problemas fundamentais do nós;'00 Pais sem a realizar, em benefício dos mí-,Ihões de brasileiros que vivem esquecidosnoInteríor da nossa Pátria, colonos que viade regra são lembrados apenas às vésperasdas campanhas eleitorais.

Era o que tinha a dizer. (Palmas.),

Falei, há pouco, com Inúmeros elementosdo Municipio de 'I'enerite Portela, que voí-

- taram daquela zona tremendamente decep-,eíonades, E contaram inclusive que a refor­ma ali realizada é muito inferior à colo­nização feita há mais de cem anos, quan­do meus antepassados vieram da Itália.Pelo menos havia a noção de que cadapropriedade deveria ter a base de um nó,Em Altamira, o que se pretende é uma co­lonização com base na perfuração de poçosartesianos para os colonos.

l!: algo impressionante, Sr. Presidente, Srá.Deputados. O resultado aí está, e ainda pior;estão vendidas terras ao longo da Transa­mazôníca a grandes empresas, a capítalís­tas, e a reforma agrária ficou no papel. Seido caso de um colega meu, grande aml~

aqui desta Casa. Ele, a esposa e um genro,em conjunto, compraram 200 mil hectar$de terra ao longo da Transamazônica.

SUIAmerican Belge S. A. ....... 177.060S. A. Barranco Branco ,........ 549.159

Aquidauana:Tre Brazíüan Meat Co. ......... 5.000J>'Ôrto Murtinho:Fomento Argentino Sul America-

no ....................•• ,,'.,.. 726.977Mir2

Fazellda Francesa .......•....•. 242 .456The Miranda Estância Co. ....•. 219.506

Campo Grande:Brasil Land Cattle Packing Co. 200.000

TOTAL 5.463.673Gilberto- Freire, no seu livro "Sobrados e

Mocambos", informa:':Pelo último recenseamento, quase trin­ta mílhões de brasileiros continuam semterra, em contraste com os poucos milque são donos de usinas, fazendas, se­ringais, cafezais, canaviais, alguns do­nos inteiros de sobrados e cortiços e dealdeias imensas de mocambos."

Quando lemos esses dados, Sr. Presidente,Srs. Deputados, ficamos pensando no por­quê de o Governo não tomar medidas se­guras para a realização da reforma agrária.O MDB deu todos os instrumentos ~ a Es­tatuto da Terra, a reforma da Constituição- e o Governo é forte, mantido por milita­res. Nunca houve talvez no Brasil um Pre­sidente .que tivesse a força do atual. Masnão sabemos até que ponto vai a influên­cia da oligarquia da terra, através de to­dos os meios, para que o Governo não sedisponha a realizar a reforma no País.Quando se falou na Transamazônica, fui umgrande sonhador, pois acreditei que, efeti­vamente, ao longo daquela estrada se fizes­se uma reforma agrária condizente com asnecessidades do povo brasileiro. A chamadaAltamira foi elogiada desta tribuna e emjornais, e até poetas cantaram a reformaagrária que se faria naquela região...

Total ú •• • 1. 698.878

Enquanto isso, a área das propriedadesrurais particulares soma o total de .265 .450.800 hectares. (Estes dados foram;fornecidos à SUPRA pelo IBGE e se rere­rem ao ano de 1960).

Dou a seguir dados que bem esclarecemo problema da propriedade da terra no Bra­sil.

Apenas 2,2% do número de propríedades '(73.737 propriedades) ocupam 58% da áreatotal; enquanto os restantes 42% são ocupa­dos por 3.268.360 propriedades.

Conclui-se, daí, que um número reduzi­díssimo de latifundiários ocupa mais dametade (58% exatamente) da área total daspropriedades privadas de nosso Pais.

A má distribuição de terras é responsá­vel pelo baíxíssímo Indíce de seu aproveita­mento para a lavoura.

Em sete municípios do Estado de MatoGrosso, oito empresas estrangeiras mono­polizam cerca de 5.463.673 hectares de ter­ras, e que são os seguintes:Cáceres:Brazil Land Cattle Packíng Co.

'i'rês Lagoas:Brazil Land Cattle Paeklng Co•.'.The Brazílían Meat Co. . ... , .• ,The Agua Limpa Syndicate .•••~Corumbá:

Brazíl Land Cattle Packing CO.. 1.000.000Fazenda Francesa •••••••••• .!.-••• ~ 172.352

Paraná .•.....•............••..Pernambuco (incompletos) ...••••Piam ...........•.........•.•.••Eio de Janeiro '.'Rio Grande do Sul , .. " .Rio Grande do Norte .Santa Catarina " ..São Paulo .Sergipe .•...•..•.....•..••••..••----

Outubro de 19'74 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 '7983

MESA LIDERANÇASPresidente:

Flávio Marcilio1.°-Vice-Presidente:

Aderbal Jurema2.°_ Vice- Presidente:

Fernando Gama1.o-Secretario:

Dayl de Almeida2.o-Secretário:

Petrônio Figueiredo3.0 -Secretário :

Jose Carlos Fonseca4."-Secretàrio:

Dib CheremSuplentes de Secretário:

1.G-Suplente:Vinicius Cansanção

2.o-Suplen te :Teotônio Neto

3.0 -Suplente :João Castelo

4.o-Suplente:

Jarmund Nasser

ARENA - MAIORIA

Líder:

Célio Borja

Vice-Líderes:

Garcia Neto

Paulino C1cero

Prisco Viana

Sinval Guazzelli

Wilmar Dallanhol

MDB - MINORIA

Líder:Laerte Vieira

Vice-Líderes:Jairo BrumJoão MenezesHamilton XavierPadre NobreJoel Ferreira

Francisco AmaralJosé CamargoArgílano DarioOlívír Gabardo

~ey FerreiraLéo Simões

MDB

Aldo PagundesDias MenezesFernando Cunha

3) COMISSAO DE COMUNICAÇÕES

Presidente: Monteiro de Barros - ARENAVice-Presidente: Norberto Schmidt - ARENA

Vice-Presidente: Eloy Lenzi - MDB

ARENA

SaIles FilhoVingt RosadoVagoVagoVago

TITULARES

Amaral de SouzaBrasilio CaiadoCorreia LimaEtelvino Lins'Luiz BragaMaia NetoMário Mondinoossían Araripe

José MandelliOlivir GabardoVago

REUNIõES'

Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 horuLocal: EdificioAnexo II - Sala 11 - Ramal:

621 - 24-3719 (direto)Secretária: Eui Machado Coelho

2) COMISSAO DE CIENCIA E TECNOLOqlA

Presidente: Aureliano Chaves - ARENAVice-Presidente: Célio Marques Fernandes ­

ARENA

Vice-Presidente: JandUhy Carneiro - MDB

TITULARES

ARENA

COMISSOES PERMANENTES

1) COMISSÃO DE AGRICULTURA E POLITICARURAL

- Presidente: Renato Azeredo - MDB

DEPARTAMENTO DE COMISSOES

Turma "A"

Paulo Rocha

Local: Anexo li - 661

Coorden:«}âo de Comissões Permanentes

Geny Xavier Marques

Local: Anexo li - Telefones: 24-5179 e24-4805 - Ram!l-is: 601 e 619

Vice-Presidente: Fràncisco Libardoni - MDB

Turma ''B''

Vice-Presidente: Paulo Alberto - ARENA

TITULARES

ARENA

Léo SimõesPeixoto Filho

Rozendo de SouzaSilvio LopesSinval GuaZllelliSiqueira CamposUbaldo BaremVago

MDB

ARENA

MDB

VagoVago

SUPLENTES

Aldo FagundesAlencar FurtadoDias MenezesJoel Ferreira

REUNIõES

QUartas e Quintas-feiras: àa 10:00 horall

Local: Anexo Ir - Sala 6 - Ramais 6õ4 e 6QSecretário: Abelardo Frota e Cy.sne

Abel AvilaArnaldo BusatoBento GonçalvesDaso CoimbraJoão G).IidoJosé da Silva BarrosMano~l TaveiraOsvaldo zanenoPedro Collin

Jair MartinsJosé CamargoJúlio Viveiros

José Tasso de AndradeLomanto JúniorMário MondinoMauricio ToledoMilton Ca.sselRoberto GalvaniSussumu Hirata

Gabriel HennesGarcia NettoGonzega VasconcelosLuiz GarciaNina RibeiroParsífal Barroso

MDB -

Alencar FurtadoVago

SUPLENTES,

ARENA

Alberto LavínasAldo Fagundes

Adhemar de Bar-ros Filho

Brasilio CaiadoBraoz NogueiraCorreia Lima .nelson ScaranoPlávio GiovineGrimaldi Ribeiro

MDB

Anapolillo de Faria Dias MenezesAntônio Bresolin João ArrudaBezerra de Norões

REUNIõES

Quartas e Quint~-feiras: às 10:00 horasLocal: Anexo li - Sala - Ramal: '166

Direto: 24-'1493Secretária: Maria Cé••a Martil1ll de Sou­

za Borges

Antônio PlorêncioAry ValadãoBatista MirandaCarvalho Sobrinhopernando Fagun-

des NetoEdison Bonna

Turma ''B''

Cardoso de AlmeidaDíogo NomuraFlávio G10vineHerbert LevyJuvêncio DiasLopes da Costaorensv RodriguesVasco Amaro

MDB

Pacheco ChavesVinicius Cansanção

SUPLENTES'

ARENAJosé Tasso de AndradeLuiz BragaManoel' RodrigueaMarcílio LImaMilton BrandãoRuy BacelarSinval Boaventura

Alberto HoffmannBatista MirandaBías FortesCarvalho SobrinhaEraldo LemosHannequim DantasHugo AguiarJoão GuidoJoaquim CoutinhoJorge Vargas

Antônio BresolínJuarez Bernardes

Antônio UenoDelson ScaranoEdvaldo FlOresGeraldo BulhõesLomanto JúniorNunes FreireSebastião AndradeVago

Turma "AP

~ Sábado 5. DIÁRIO'DOCO)I.TI':''P'F,SSO NACIONAL (Seçã? n .Oufvbro de 197~

4) COMISSAO DE CONSlrrUIÇÁO E JUSTIÇA 5) COMISSÃO DE ECONOMIA, INDúSTRIA ECOMl:RClO

6) COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

Presidente: José Bonifácio - ARENA.

Turma "An

Presidente: Hany Sauer - MDB

Turma "A~

Presidente: Ger~ld,

Vlce-Preardente: Gastão

Vice-Presidente: Brtgído

Vice-Presidente: Túlio Vargas - ARENA Vice-Presidente: Henrique Eduoo:dc Alves ­. 'MDB 1'ITUL

AEETurmlll "U"

TI~ULARES

Vice-Presidente: Marcelo Medeiros - MDB

Ary de Lima

Bezerra de Mello

Daso Coimbra

EdYl Ferraz

Eurípides Cardo-

SO de Menezes

Flexa Ribell'oTurma '~

TITU~ARES

ARENA

Vice-Presidente: Márcio Pan - ARENA

Turma "A.NTurma "8"

ARENA.

Turma "A,"

Altair Chagas

Arlindo Kunzle:r

Djalmllo Bessa

Djalma Marinho

Ferreira. do Amaral

:r:talo Fittip~di

José Alves

José Sally

Luiz Braz

Vago

Vago

Alteu Gasparini

Antonio Mariz

l1:lcio Álvares

Ernesto Valente

Jairo Màgalhães

João Línhares

Lauro Leitão

Ruydalmeida Barbosa

Ubaldo Barern

MDB

Amaral Neto

Arthur Fonseca

Braga Ramos

Braz Nogueira

Faria Lima

José Haddad

Siqueira Campos

~ussumu Hirata

VagoVago

Vago

Alberto Hotfmann

Amaral Furlan

Chavés Amao:ante

Jonas Carlos

Luiz Losso

Ortíz Monteiro

Stélio Maroja

Vago

Vago

Vago

MDB

MI

Francisco Amaral

JG de Araoújo Jorge

Joáo Borges

SUPUARE

Albino Zeni

Antônio Mariz

Artnur Fonseca

Brasília Caiado

Ildélio Martins

.rarro Magalhães

LUI7 Braz

ARENA

SUPLENTESSUPLENTES

ARENA

AlyCll

Presidente: Arthur Santos - ARENA

REUN

MI

Turma "A"

Quartas e Quintas-tei:

Local: Anexo II - S2

Secretária: Mocta Olé

7) COMISSAO DE FINANÇAS

Aleir Pimenta

Bezerra de Norões

Fábio Fonseca

Vice-Presidente: Athiê Cotil'y - MDB

TITULARESARENA

Vice-Presidente: Ddélio MartillB - ARENA '

José Pinheiro Mac.hado

Jose da Silva Barros

Josias Gomes

Magalhães Mello

Marco Maciel

Mário Mondino

Navarro Vieira

Osmar Leitão

Paulmo oíceeo

Rogério Rêgo

Wilmar Dallanhol

ário Theodoro

João Arruda

Santilli Sobrmho

Tancredo Neves

Altair Chagas

Antônio Ueno

Batista Miranda

Bento Gonçalves

Carrd(),\;() de Almeida

Djalma Bessa

Edvaldo Flôres

Ferreira do Amaral

Hermes Macedo

Januário Feitosa

João Línhares

Amaury Müller

MarconCles Gadelha

Rubem Medina

Alceu ColIares

Luiz Losso

MlfllOel TaveirlV

NogueIra de Rezende

Norberto Schmidt

Osmar Leitão

Osnelli Martinelli

Parente Frota

Pires Saboia

Raimundo Parente

Sinval GuazzeUI

Francisco Pinto

Hamilton Xavier

Severo Eulália

Adhemar Ghisi

Amaral de Souza

Américode Souza

Arthur Fonseca

Cantidio Sampaio

Ciá\tdio Leite

Edyl Ferraz

Gonzaga VasconcelOl3

Henrique Turner

Homero Santoo

Jarmund Nasser

José Carlos Leprevost

José Bonifácio Neto

Lisâneas Maciel

Miro Teixeira

Sylvio Abreu

REUNIõES

Terças, Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 M.

Local: Anexo II - Sala 17 - Ramal: 626

Secretária: Silvia nacroec Martinl

REUNIõES

Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 horas

Local: Anexo II - Sala 4 - ,Ramal: 611secretário: Allielo da Vila

Turma "8"

Carlos Alberto Oliveira

Dyrno Pires ,

Fernando MagalhãeoHermes Macedo

João Castelo

Leopoldo Perea

Ozanam Coelho

Vago

Vago

Vago

Turma "A"

Adhemar de Bar-

ros Filho

Homero Santos

Ivo Braga

Jorge Vargas

Tourinho Dantu

Wilmar Guimarães

Vago

Vago

Vago

Vaca

Ruy LinoVago

Vago

Jorge Ferrllôl

Léo Simões

MDB

César Nasclmentlo

Dias Menezes

Eloy Lenzi

Vago

José Cama<rgO

Ney Ferreira

mysses Guimarães

Vago

MDB

Alencar Furtado

Argilano DariO

;El.oy Lenzi

Francisco Studart

JG de Araújo Jorge

Outubro de 1974 DIARIO no CONGRESSO NACIONAL lSeção I) Sábado 5 7985

SUPLENTES

ARENA

Presidente: Nogueira de Rezende -

9J COMISSAO DE MINAS E ENERGIA

Sl.'PLENTES

ARENA

Ary de Lima Raimundo ParenteFrancrscc RollembergPrISCO Vilma

Presidente: Raimundo Diniz - ARENA

ltEUNIõES

Quartas-feiras: às 10:00 norasLOcal. Anexe li - Sala 14 - Ramal 612Secretário: José Lyra Barroso ae Ortegal

MDB

11) COMISSAO DE RELAÇÕES EXTERIORES

Freitas Diniz

MDB

Anrônio BreRolJn

10) COMISSAO DE REDAÇAO

Presidente: Cantidio Sampaio - ARENAVice-PresIdente: Dyrno Pires - AoH,ENA

TITULARES

ARENA

Henrique de La RocqueSYIVIO Boternc

JoeJ FerreiraJose Boriifácic NetoMarcelo Medelfos

Fernando Fagun-des Neto

Francisco GrilloGanrtei HermesIvc BragaJoão CasteloJosé HaddadLauro Leitâo

Norberto 3chmidtParente Frota

MDB

Freltas DmlzJerÓlllmo SantanaJoão Menezes

SUPLENTES

ARENA

REUNIõES

Quartoo e Quintas-feIras: as 10:00 norasLocal: Anexe II - Sala 1 - Ramal: 665Secretário: Wilson Ricardo Barbosa VIanna

Adhemar de Bar-ros Filho

Aecio CunhaAntônio PlóréncíoArlindo KunzlerArtnur SantosBento GoncarvesÉlclO AivaresEur'ipides Cardo-

so de Menezes

Joel Ferreira

J06é Freire

Vago

Vago

Januário Feitosa

Joá,{> Alves

Joaquim Macedo

Manoel Taveira

Mário Telles

Milton Brandão

Pedro Collin

Plínio Salgado

Roberto Gebara

Sebastião Andrade

Vago

MDB

MDB

ARENA

Adhemar Ghisi

Alair Ferreira

AltaIr Chagas

Antônio Mariz

Arlindo Kunzler

Athos de Andrade

Faria Lima

Ferreira do Amaral

"urtado Leite

Herbert Levy

Hugo Aguiar

cesar Nascimento

Oslris Pontes

Vago

Vago

TITULARES

Turma "A"

Leopoldo PeresMarco MacielMário MondinoMaurrcío ToiedeNorberto SchmidtOceano Carlela!Orensy RodriguesOzanam CoelhoParsifal BarrosoWilmar Guimmães

Turma '~B'"

Amértco de SouzaBtas FortesCláudio LeiteJose Pinneíro MachadoManoel TaveiraMurilo BadaróPedro CollinPereira LopesRogério Rê'l"oTeotônio Neto

l\IDB

Hamilton XavierJairo BrumJoel FerrerraOsirts Pontes

MDB

João MenezesPadre NobreThales RamalhoVago

Aldo FagundesAnapolino de FariaBrrgido TinocoDias MenezesFrancisco Pinto

Adalberto CamargoPearo FlIlriaUlvsses GuimarãesVago

Alberto CostaAlfeu GasparrniAlvaro GaudêncioAry ValadãoDaniel FaracoDiogo NomuraFaria LimaFernando MagalhãesFlexa RibeiroGeraldo GuedesJosé PenedoLeão Sampaio

Turma ''B''

Vice-Presidente: Francisco Studart - MDB

Vice-Presidente: Marcelo LInhares -- ARENA

TITUL.o\RES

ARENA

SUPLENTES

ARENA

Adhemar GhisiAroldo CarvalhoHenrique TurnerJoaquim ooutínnoJose Carlos Leprevost.Iosras GomesLins e SilvaLopo CoelhoPassos PortoPires Sabóia

Freitas DinizVago

Gilberto AlmeidaJose MachadoOdulfo DominguesPaulíno CiceroPrisco VianaVagoVago

Parente FrotaRoberto GebaraRozerido de SouzaSílvio LopesSiqueira CamposVasco NetoVingt RosadoWilmar Dal1anhol

MI>BLauro RodriguesSílvio AbreuVago

MDB

Jerônimo SantanaJorge FerrazVago

Antônio PontesJaoison BarretoJoão Arruda

Batista MirandaFrancelino PereiraGarcia NetoLopes da CostaMárcio PaesMário StammNosser AlmeidaOceano CarleialOswaldo Zanello

Aécio CunhaEdilson Melo TávoraFranC1SCO GrilIoJose SampaioMarco MacielVagoVagoVago

Turma "An

Turma "A"

SUPLENTES

ARENA

TITULARES

ARENA

Vice-Presidente: Jose Tasso de Andrade -

ARENA

Vice-Presidente: Dirceu Cardoso - MDBTurma "'8"

Turma ''B''

Athos de Andrade

Eurico Ribeiro

Henrique Fanstone

Josias Leite

Ricardo Fiúza

Theódulo de Albuquer-

Que

Vago

Pacheco Chaves

Peixoto Filho

Vinicius Cansanção

Walter Silva

ARENA

Adalberto Camargo

Ario Theodorc

Florim Coutinho

Freitas Nobre

José Camargo

Vice-Presidente: Peixoto Filho - MBD

Vice-Presidente: Furtado Leite - ARENA

Turma .'8"

8) COMISSÃO DE FISCALlZACÃO FINANCEIRAE TOMADA DE CONTAS •

TUI'ma "A" - Quartas-feiras: às 10:00 horas

o;'Tl.irma "B" - Quintas-feiras, às 10:00 horas

Local: Anexo TI - Sala 16 - Ramai.ll: 642e 643

secretário: Paulo José Maestrali

Presidente: Daniel Faraco - ARENA

REUNiõES

Turma "A"

Heitor Cavalcanti

Joaquim Macedo

Manoel Novaes

Nosser Almeida

Oswaldo Zanello

Sinval Guazzelli

Wilson Falcão

Vago

Vago

Vago

V&go

MDB

Vago

Vago

V&go

REUNIõES

Quintas-feiras: às 10:00 horasLocal: Anexo '11 - Sala 1 - Ramal 659Secretária: Terezinha de Jesús Versiani Pí-

tangui

REI1NIÕES

Quartas-feiras: às 10:00 hora.'!Local: Anexo II - Sala 1 - R.amad 677secretária: Sylvia Cury Kramer BenJaIDiD elo

Canto

'1986 Sábado 5 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Outubro de 19'74

12) COMISSÃO DE SAüDE 14) ,COMISSÃO DE SERViÇO POBLlCO 16) COMISSÃO DE TRANSPORTES

13) COMISSÃO DE SEGURANÇA NACIONAL

Presidente: Parente Frota - ARENAVice-Presidente: ítalo Conti - ARENAViCe-Pl"esidente: Florim Coutinho '- MDB

Presidente: Pedro Lucena - MDBVice-Presidente: Fábio Fonseca - MDBVice-Presidente: Francisco Rollemberg ARENA

REUNIOES

Quartas-feiras: às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 10 - Ramal 682Secretária: Iná Fernandes Costa

MDBDias MenezesFranCISCO uíbardoníPeixoto Filho

MDBRuy Lino

MDBVagoVago

Vasco Netto - ARENAAbel Avila - ARENAJosé Mandelli - MDB

TITULARES

ARENARezende MonteiroRozendo de SouzaRuy BacelarSílyío LopesVagoVago

SUPLENTES

ARENAMario MondinoMoacir ohieeseMonteiro de BarrosParente FrotaPassos Portovasco AmaroVingt Rosado

SUPLENTES

ARENALeopoldo PeresVagoVagoVago

Al'l'on Ri06·Alair FerreiraAlberto CostaBento GonçalvesJoáo GuidoMario StammMário TeHes

PresidenteVice-PresidenteVIce-Presidente

Fernando LyraJairo BrumLéu Slmões

Adalberto CamargoAlberto LavínasAmaury Müller

Presidente: Siqueira Campos - ARENA,Vice-Presidente: Sebastião Andrade - AlJ,EN~

Vice-Presidente: Júlio Viveiros - MDB .

TITULARES

ARENA.Nunes Freire

- Raimundo ParenteVinicius Câmara

Jerônimo santanaJoel Ferreiro

Gabriel HermesJoaquim MacedoJuvêncio DiasNosser Almeida

MDBAntônio Pontes José FreireJG de Araújo Jorge Vago

REUNIõES

Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala B-A - Ramais:

606 e 616Secretária: JffCY da Nova Amarante

REUNIõES

Quarta.s e Quintas-feiras: às '10:30 horasLocal: Anexo II - Sala fi - Ramai: 696Secretária: Maria da Conceição Azevedo

Gilda Amora de Assis RepublicanoLocal: Anexo li - Ramais:

Seção de Comissões de InquéritoChefe: Flávio Bastos RamosLocal: Anexo li - Ramais: 609, 610 e 6111

Seçáo de Comissóes EspeeíalsChefe: SteHa Prata da Sllva Lopes

,Local: Anexo II - Sala 8-B - Ramal: 604

COORDENAÇAO DE COMISSOESTEMPORÂRIAS

:Édison BonnaEdyl FerrazEraldo LemosJarmund NasserJoão Castelo

COMISSOES ESPECIAIS1) COMISSÃO DA AMAZüNIA

_Alípio CarvalhoEdi1son Melo TávoraEraldo LemosGaorcia NetoJosé MachadoJosé SampaioLeão SampaioMaia Neto

Paulo FerrazVagoVagoVagoVago

Lopo CoelhoManoel de AlmeidaOzanam CoelhoRoberto GalvaniVinicius Câmara

Wilmar DallanholWilson BragaVagoVagoVagoVago

Ddélio MartinsítalO ContiJoaquim MacedoJQI;é Pinheiro MachadoJosias GomesMauricio ToledoSussumu HirataTúlio Vargas

MDBLauro RodriguesMarcos Freire

MDBPeixoto FilhoVago '

MDBFernando CunhaWalter Silva

MDBLisâneas MacielPedro FariaPeixoto Filho

SUPLENTF<S

ARENA

Agostinho RodriguesEllas CarmosFrancelino PereiraGrimaldi RibeiroJoão VargasNecy NovaesMagalhães MelloMilton oasseíPa1ilo Abreu

Freitas NobreGetúlio Dias

Cid FurtadoDaso CoimbraEurico RibeiroGilberto AlmeidaJoão CasteloJonas Carlos

Francisco LibardoniJair MartinsLéo SimõesPedro Lucena

Alvaro GaudêncioCid FurtadoHenrique de La RocqueJoáo AlvesOsmar LeitãoRoberto GalvaniRoberto Gebara

Alcír PimentaArgílano DarióCarlos Cotta

Adhemar GhisiCélio Marques Fer-

nandesCláudio LeiteDaso CoimbraFernando Fagun·

des NetoGeraldo BulhõesHelberf dos Santos

Presidente: Raimundo Parente - ARENAVice-Presidente: José da Silva Bao:ros - ARENAVice-Presidente: Bezerra de Norões - MDB

TITULARES

ARENA

Presidente: Dias Menezes· - MDBVice-Presidente: Antônio Pontes - MDBVice-Presidente: Hugo Aguiar - ARENA

SUPLENTES

ARENA

Baldaccí Filho José PenedoCarlos Alberto Oliveira José Sally

REUNIõES

Quartas e Quintas-feiras: às 10:00 horMLocal: Anexo II - Sala 15 - Telefone:

24-8719Secretária: JiJlia Felício Tobiall

'15) COMISSÃO DE TRABALHO E LEGISLAÇÃOSOCIAL

REUNIõES

Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II :- Sala 12 _ Ramal 694Secretário: Oclair de Mattos Rezende

TITULARES

ARENA

Francisco AmaralFrancisco PintoGetúlio 'Dias

VagoVago

JoáoVargasMagalháCs MelloRoberto GalvanlSailes FilhoSiaueira. oampoaTeotônio NetoVmgt '&osajlQ

JG de Araújo JorgeJúlio Viveiros'Marcondes Gadelha.

MDB

Jait MartinsJosé CamargoLaerte Vieira

TITULARES

ARENA

Leão SampaioMareílio LimaNavarro VieiraSilvio BotelhoVagoVagoVago

MDB

TITU,LARES

ARENA

Mllton BrandãoOsnellí MartínellíSylvio VenturolliSinval BoaventuraVinicius CâmaraVago

MDB

VagoVagoVago

SUPLENTES

ARENA

Anapolino de FariaJaison Barreto

Albino ZeniAmérica BrasilArnaldo BusatoBaldacci FilhoCantídio SampaioEraldo LemosHelbert dos Santos

Athiê CouryFreitas DinizJllIDduhy Carneiro

Ney FerreiraRuy Lino

Alipio CarvalhoClóvis StenzelGeraldo GuedesHannequim DantasJanuário FejtosaJosé PenedoManoel Rodrigues

REUNIõESQuartas-ren"as, às 10:00 horasLocal: Anexo li - Sala 13 - Ramal 689Secretária: Haydé Fonseca Baneto -

SUPLENTES

ARENA

Airon Rios Juvêncio DiasBraga Rmuos Nunes FreireDaso Coimbra Oceano CarleialDlogo Nomura Parsifal BarrosoHenrique Fanstone Sylvio venturolliJoão Alves Theódulo de Albuquer-JQI;é Tasso de Andrade queJosias Leite Vlngt Rosado

MDB

Adhemar de Bar-ros Filho

Agostinho Rodrii-UesAroldo CarvalhoBento GonçalvesCélio Marques Fer·

nandesEraldo LemosFlávio Giovine.João Guido

Alenear FurtaooDias MenezesFrancisco Pinto

Outubro de 19'74 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 5 7987

2} COMISSÃO DA BACIA DO SÃO FRANCISCO

4} COMISSÃO DO DESENVOLVIMENTO DAREGIÃO SUL

3} COMISSÃO ESPECIAL DE DESENVOLVIMENTODA REGIÃO CENTRO-OESTE

REUNIõES

Quintas-feiras, às 10:00 norasLocal: Anexo n - Sala 3Telefone: 24-2493 - Ramal: 611Secretário: Carlos Brasil de Araújo

Lins e SilvaParsifal Barroso~dison BonnaPaulo AlbertoJosé da Sí1va BarrosVago

Pedro Faria

MDB

Alcir PimentaAlberto LavínasPadre Nobre

MDB

ARENA

SUPLENTES

TITULARES

ARENA

ARENA MDB

Henrique Eduardo Alves

REUNIOES

Quintas-feiras, às 09:00 horas

Local: Anexo II - Sala 8-A - Ramal: 604

Secretária: Maria Helena May Pereira daCunha .

Abel Avíla

Stélio Maroja

Argilano DarioAthiê Coury

Fernando F'agun-des Neto

Ruy BacelarMário TellssMárcio Paes

Bezerra de Norões

8} COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ELAB.RAR PROJETO DO CóDIGO DE ESPORTES

Presidente: Dll6O· Coimbra - ARENA

Vice-Presidente: Furtado Leite - ARENA

Relator: João Menezes - MDB

Presidente: Osnellí Mll'1"tine1l1 - ARENA

Vice-Presidente:Brlgido Tinoco - MDB

Relator: Slnval Guazzclli - ARENA

Relator-substituto: Fábio Feitoss. - MDB

REUNiõES

7) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ELABO­RAR AS MEDIDAS LEGISLATIVAS NECESSA­RIA.5 AINTEGRAÇAO SÓClO·ECONôMICA ECULTURAL DOS POVOS DA COMUNIDADE AUNGUA PORTUGUESA, BEM ASSIM TORNARREALIDADE A COMUNIDADE LUSO.BRASI­LEIRA

TITULARES

Quartas-feiras, às 15:00 horas

Local: Anexo II - Sala. a-B - Ramais: ooae 604

secretário: Dar~e Oliveira àe AltJuquerq~

SUPLENTES

ARENA

Plínio Salgs.doSinval BoaventuraFlexa RibeiroOSWaldo ZanelloManoel Taveira­Cardoso de AlmeidaJoão·AlvesEuripides Cardo-

S<! de MenezesVs.go

MDB

Pacheco Chaves

MDB

Thales RamaolhoWaldemiro Teixeira

Lu12 GarciaManoel de AbneidaOceano Carleial

MDB

Marcos FreireSevero Eulália

MDB

osíns PontesVinicius Cansanção

SUPLENTES

ARENA

José PenedoJosé S!lilnpaioJosias GomesPinheiro MachadoPrisco Vianna

SUPLENTES

ARENA

Sinval GuazzelliVasco AmaroWibnar DallanholVagoVago

MDB

JG de Aralljo JorgeJosé Mandelli

ARENA

Mário Telles

Fábio FonsecaFernando Lyra

Edvaldo FlôresFrancisco RollembergFurtado LeiteGrJma1di Ribeiro

ARENA

Célio Marques Fer­nandes .

Ferreira do Amaral

SUPLENTES

Alvaro LinsHenrique Eduar­

do Alves

REUNiõES

Quintas-feiras, às 10:00 horas

Local: Anexo II - Sala 8-A - Ramal: 608

Secretária: Maria Tereza de Barros Pereira

TITULARES

ARENA

REUNIõES

Quintas-feiras: às 10:00 horas

Local: Anexo II - Sala 8-A - Ramal 695

Secretária: Vânia Garcia Dórea

Eraldo LemosErnesto ValenteFrancelino PereiraJosé Alves

Presidente: Ruy Bacelar - ARENA

ViCe-Pl1lsldente; Januário Feitosa - ARENA

Vlce-Presídente:

REUNIQES

Quintas-feiras, às 10:00 noras

Local: Anexo II - Sala 8-B - Ramais: 607e 608

Secretário: Abeguar Machado Massera

5) COMISSÃO DO POLlGONO DAS SECAS

6) COMISSAO ESPECIAL DESTINADA AESTUDAR GLOBALMENTE O PROBLEMADA POLUIÇAO AMBIENTAL

Presidente: Faria LIma - ARENA

Vice-Presidente: Aureliano Chaves - ARENA

Relator: Monteiro de Barros - ARENA

TITULARES

Alencar FurmdoCesar NlllScimento

Abel' AvilaArthur SantosFlávio Giovlne:ttalo Conti

Lauro LeitãoPedro ColllnSylvío VenturoIll

Manoel Novaes·Ricardo FiuzaVasco Neto

MDB

Walter SilvaVago

MDBJaison Barreto

MDB

Thales Rams.1ho

MDB

Silvio de Abreu

Presidente: ARENAVice-Presidente: Wilmar Guimarães - ARENAVice-Presidente: Juarez Bernerdes - MDB

TITULARES,

ARENA

Jarmund NasserMarcilio LimaRezende MonteiroUbaldo Barem

Alberto HoffmannAntônio UenoAxoldo CarvailhoJoão Vargas

Elay LenzíGetúlio Dias

Axy ValadãoEdyl FerrazGarcia NetoG/:Istáo Müller

MDB

Carlos Cotta José Bonifácio NetoDirceu Cardoso Vago

REUNIõES

Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 8-B - Ramal: 685Secretário: Romualdo Fernandes Arnaldo

Francisco PintoJanduày Cll'1"neiro

SUPLENTES

ARENA

Marco MlllCielOdUlfo DominguesPassos PortoPaufíno Cicero

. SUPLENTES

ARENA

América Brasil VagoHenrique FaIIlstone VagoL~esdaCo~a V~o

Siqueira Campos VagoVs.go

Bento GonçalvesJoSé SampaioJosias LeiteLomanto Júnior

Djalma BessaEraldo LemosFernando MagalhãesGonzaga VasconcelosHomero Santos

Presidente: Rogério Rego - ARENAVice~Presidente: Geraldo Bulhões - ARENAVice-Presidente: Vinicius Cansanção -·MDB

TITULARES

AR:lilNA

Presidente: Adhemar Ghisi - ARENAVice-Presidente: Mário Mondlno - ARENAVice-Presidente: Antônio Annlbelll - MDB

TITULARES

ARENA

AJ'g:llano Dario.Fernal1dü Cunha

c Henrique Edus.r­do Alves

Ney Ferreira

'7988 Sábado 5 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Outubro ,de 1974

Garcia Neto

SUPLENTES

ARENA

9) COMISSAO ESPECIAL PARA REVISÃO E

ATUALlZAÇAO DA LEGISLAÇAO SOBRE

DIREITOS AUTORAIS

Presidente: Norberto Schmidt - ARENA

Vice-Presidente; Florim Coutinho - MDB

Relator: Altair Chagas - ARENA.

11) COMISSÃO ESPECIAL PARA ESTUDAR EEQUACIONAR O PROBLEMA DO MENOR

ABANDONADO NO PAIS

Presidente: José Sally - ARENAViee-Presidente: JG de Araújo Jorge - MDBRelator: Manoel de Almeida - ARENA

TITULARES

ARENA

Alceu CollaresFrancisco AmaralJairo BrumLaerte Vieira

MDB

Lisãneas MacielMarcos FreireRenatc AzeredoWalter Silva

TITULARES

Quintas-feiras. às 09:00 horas

Local: Anexo n - Sala a-A - Ramal: 603

Secretário: Antônio Fernando Borges Manzan

12) COMISSAO ESPECIAL DE SEGURANÇA DEVEICULOS AUTOMOTORES E TRAFEGO

REUNIõES

Quartas-feú'as. às 15:00 norasLocal: Anexo n - Sala a-B 'Secretária: Gelcy Clemente Baptista

TITULARES

ARENA

Francisco Studard

REUNIõES

Terças-feiras, às 10:00 norasLocal: Anexo rI - Sala B-A - Ramal: 603Secretário: Mário Camilo de Oliveira

MDB

14) COMISSAO ESPECIAL DESTINADA AESTUDAR E ELABORAR PROJETO SOBRETRAFICO E USO DE TóXICOS

Presidente: Tourinho Dantas - ARENAVice-Presidente: Jaison Barreto - MDBRelator-Geral: Manoel Taveíra - ARENASub-Relato1": Fábio Fonseca - MDB

Parente FrotaNina RibeiroHelbert dos Santos

SUPLENTES

.4RENA

Necy NovaesPlínio salgada

MDB

SUPLENTES

ARENA

Airon RiosAlberto CostaMário Mondino

Peixoto Filho

Raymundo Diniz

JÚli" Vivei1'os

Presidente: Joaquim Macedo- ARENAVice-Presidente: Adalberto Camargo - MDBRelator: Mário Stamm - ARENA

TITULARES

ARENA

MDB

Dias Menezes

Prisco Vianna

Wilmar GUimarães

zacnanas Seleme

MDB

ARENA

ARENA

REUNIõES

SUPLENTES

Freitai Nobre

Vagil

Walter Silva

Flexa Ribeiro

:MalU'wio Toledo

Osmar Leitão

Alberto LavinasMDB

A1feu-Gasparini

Abel AvilaCélio Marques Fer­

nandesJoão Guido

Leão Sampaio

COMISSOES PARLAMENTARESDE INQUÉRITO

REUNIõES

Terças-feiras, às 10;00 horasLocal: Anexo n - Sala a-ASecretário: Antônio Estanislau Gomes

MDB

Pedro Lucena

SUPLENTES

ARENA

Moacyr ChiesseRozendo de SoUzaRuy BacelarUbaldo Barem

MDB

Eloy Lensí Léo Simõeslosé Mandelli

ARENA

Presidente: Luiz Braz - ARENA

Vice-Presidente: Dirceu Cardoso - MDBRe1ator;

TITULARES

10) COMISSÃO ESPECIAL PARA FIXAR DIRETRI·

ZES E NORMAS DE LEI PARA O TURISMOBRASILEIRO

Alvaro Gaudêncio

ArDIdo Carvalho

Célio Marques Fer-

nandes

Delson Scarano

Faria Lima

João Alves

Lauro Leitão

Leopoldo Peres

Navarro Vieira

Oswaldo ZanelIo

Túlio Varga&'

MDB

REUNIõES

Quintas-feiras, às 10:30 horasLocal: Anexo n - Sala 8-ASecretário: 'Luiz Antonio de Sã Cordeiro da

Silva

13) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ELABO,RAR PROJETOS DE LEIS COMPLEMENTARESA CONSTITUIÇAO

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RlTO

PARA INVESTIGAR AS CAUSAS DO TRAFICOE USO DE SUBSTANCIAS ALUCINóGENAS

(RESOLUÇãO N.o 4'1/'78)

Presidente; Wilson Braga - ARENAVice-Presidente: Marcondes Gadelha - MD~

Relator: Francelino Pereira - ARENA

TITULARES

MDBAleir Pimenta

Josias Leite

SUPLENTES

ARENA

MDB

José Bonifácio NetoPeixoto Filho

MDB

OUvir Gabardo

REUNIõES

Local: Anexo rI - Sala 3 - Ramal: 611Secretário: Jairo Leal Vianna '

ARENA

Cantídio Sampaio

ARENA

Alberto HoffmannChaves AmaranteDjalma BessaJosé HaddadRoberto GalvaniSilvio BotelhoSinval Boaventura

SUPLENTES

TITULARES

ARENA,

Jairó MagalhãesJoão LinharesJosé Carlos Leprevo.stMagalhães MeloMarco MacielPinheiro MachadoRailnundo DiniZTúlio VargasVagoVago

Presidente: José Sampaio - ARENAVice-Presidente: José Bonifácio Neto - MDBRelatol': ndélio Martins - ARENA

Adhemar GhisiArlindo Kunzlel'Célio Marques Fer-

nandesCláudio LeiteDjalma BessaElU'ico RibeiroFrancelino PereiraHíldebrando Guima-

rãesIvo Braga.

José Camargo

Pedro Faria

REUNliõES

Terças-feiras, às 10:00 horas

x.ocal: Anexo n - Sam 8-B - Ramal: 00i

Secrett\.rii.: :Marii. Izll.bel de AzevedO

Getúlio Dias

José Bonifácio Neto

Ôutubro de 1974 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

REVISTA DE INFORMAÇÃOLEGISLATIVA

Editada pelo Senado Federal

DIRETORIA DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA

Direção

LEYLACASTELLO BRANCO RANGEL

Sábado 5 7989

~ N"O:MEROS PUBLICADOS. Cr$

INDICE DO SUMARiO DA REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGlS.LATNA DE 1 a 10 (enviarernos gratuitamente a qu~m nos &aliei·tar):

- abril a junho n918 (1968) :•• t : ·~ ••• ,... 5,00- julho-e setembro n~ 19 (1968)... I • ". "" " 5,00

. - outubro a dezembro n9 20(1968)....................... 5,00,

. 'INDICE DO SUMARIO DA REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGis.LATIVA ,DE 1 a 20 (enviaremos gratuitamente il quem nos solici­tar):

-' jánelroa marçon921 {l969) ,. 11"••• 11."..... ••• 5,00- abril a junho nl? 22 (1969) ..•••• " t , ••• lo 5,00- julho a setembro n~ 23' (1969), • • • .. .. .. •• ..... 5,00- outubro a dezembro n'i'24 (1969) ••••• :" "••• 11.... 15,00- janeiro a março nv25 (1970) •. li ••• ' I t •• li t t •• : ••', 10,00- julhoasetembron~27(1970) .•••••• 6 ", ••·, ••••••• ". 10,00- outubro a dezembro nY- 28 (1970)f' t •••••••••••••••• 1 1" t 10100

- janeiro a marçonv29 (1971) I ti.... 10,00- abril a junho nl!30 (1971) li' li' I'" li1!tI.......... 10,00

tNDICE DO SUMAmO DA REVISTA DE INFORMAÇÃO LEGIS.LATIVA DE 1 a 30 (enviaremos gratuitamente a quem nos solici·tar);' .....

- julho a setembro n. 31(1970.......................... 10,00,...:. outubro a deeembronv32(1971)....................... IO,()()- janeiroa marçon'l33(1972) li I • • • • •• •••••• 10.00

SUMÁRIO

COLABORAÇÃO

As Diversas Espécies de LeiSenador Franco Montoro

Organização Jurídica do NotarJado'na República Federal da AIe~:n;tanha (Um Estudo da SoluS'ão de Problemaa Insolúveia no Bra­sIl)

ProC. A. B. Cotrim NetoO Congelamento do Poder Mundial

Em baíxador J. A. de Araújo CastroO Planejamento e o. Organismos Regionais como Prepara9iLo a um

Federalismo dali Regiões (a experiência brasileira)Prof. Paulo Bonavídes . .

Aspectos Polêmicos do Estatuto Jurídico da Mulher Ca...da -'!.fi ná­. mero4.121, de 27-08-62

! Prof,Carlos DayrellSituação Jurídica da NOVACAP

Dr, Dado Cardoso, Oa Direítos Autoraill no Direito Comparado

Prof, Roberto RosasPerguntai e Helerval a Respeito do Plano de Integração S9cial. PJ:OC. Wilhelmus Godefrídus.Hermans •Euclides da Cunha e a Rodovia Tranumazônica

Dr, G. IrenêoJoffily •O Senadoe a Nova Conltitui",ão. ,Dr, Paulo Nunes Augusto de FigueiredoO AlllellSoraniento Legislativo• DreAtyr de AzevedoLucci

Decretos-leisDr, Caio Torres

Iniciativa e Tramitação lle ProJetotJesse de Azevedo Barquero

O. Direitos da Companheira.Ana Yalderea A, N. de Alencar

PoluiçãoJoão Boseo'Altoé

SUMÁRIO

COL~BORAÇÃO

Política do Desenvolvlmehto Urbano, Senador Carvalho Pinto

O P~oblema das Fonte. do Direito; Fontel Formai. e Materil\l., Penopectivas Filosófica, Sociológica e Jurídica

Senador Franco MontoroA Televisão Educativa no Braail

Prof, Gilson AmadoRUY, a Defesa dos Bispos e a Queatão do Foro doa Crimes Militarei:

Duas Retificações NecessáriasProf. Rubem Nogueira

A Proteção Jurisdicional doa Direitos Humanoa no Direito POliU•vo Brasileiro ..

De•. Hamilton de Moraes e BarrosSobre a Metodologia do Ensino Jurídico

Prof. Hugo Gueiros Bernardes . ,Prerrogativas dos Bens Dominais -'Inauteetibllidade de POllle Civil

Des. José Júlio Leal FagundesO Instituto de Aposentadoria na Atual ConlUtuição

Prof. Carlos Dayrell'O Apoio Técnico c Administratlvoao Partido Parlamentar

Prof, Sully Alvesde SouzaRedução de Custos Gráficos-editoriais

Prof•.Roberto Atila Amaral VieiraAdoção '

Ana ValderezAvres Neves de AlencarIncentivos Fiscais no Planejamento

Walter FariaContabilidade: Ensino e Profillaão

João BoscoAltoé

SUMARIO

HomenagemSenador Milton Campos

. COLABORAÇÃO

Fontes do Direito em Suu Modalidade. FundamentaisSenador Franco Montoro

As soeiedades por quotas de responsabilidade limitada, 'no DireitoPortuguês e no Direito Brasileiro

Prof. OttoGilAtribuições do Ministérío Público no Código de Processo Penal

. Dr. Márcio Antônio InacaratoDo pagamento por Consignação nas Obrigações em Dinheiro

Desembargador Domingos Sávio Brandão Lima 'O Adicional Insalubridade-Periculosidade e oDecreto-lei 389

Prof. Paulo Emílio Ribeiro de VilhenaDireito do Trabalho e o Direito Penitenciário

Ora. Carmem Pinheiro de CarvalhoMoral, Direito. Profisllão

Prot; Antônio Augusto de Mello Cançado

PESQUISA

OSenado do Império oa AboliçãoWalter Faria

DOCUMENTAÇÃO

Con.olidavão das Leia do TrabalhoCaíoTorrea

PUBLICAÇOES

Obras editadas ~IaDiretoria de Inrorma~iio LegilllativaPreço da assinatura anual, que corresponde a quatro numeros, Cr$

30,00 (trinta cruzeiros). Os pedidos de assinaturas e de números avul­sos devem ser endereçados ao Centro Gráfico do Senado Federal ­Caixa Postal 1.503 - Brasília - DF, acompanhados de cheque bancá.rio, visado, nominal e pagável na praça de Brasília.

Remeteremos números avulsos pelo Serviço de Reembolso Postal,'~crescldo do valor das despesas de remessa, de acordo com a tarifa

postal.

'2990 Sábado 5 DlARIO DO OONGRESSO NAOIONAL (Stl1láo J) Outubro de í9'74

IIMANUAL DE ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA MUNICiPAL"Volume com 64 páginas - Preço Cr$ 5,00

fNDICE,ANEXOS:

a) Modelo n~ 1 - Edilâl de Convocação da, Conven"ção MunicipalModelo n9 2 - Notificação de Convencional paracomparecer à Convenção 'Modelo n9 3 - Requerimento de Registro de Cha-pas ,Modelo n9 4 - Autorizaç~o Coletiva para InscriçãQde candidatoModelo 0 9 ~ ..... Ata da ConvençãoModelo n9 6 - Termos de Abertura e EncerramentoModelo 09 7 - Edital de Convocaçáp do DiretórioMunicipalModelo, n'?, 8 - Notificação aos membros do Dire­tórioModelo n9 9 - Requerimento ao Jui:z: Eleitoral in­dicando os Delegados

b) RESOLUÇÃO n9 9.058, de 3 de setembro d.e 1911, _do Tribunal Superior fleitoral

r - Da Filiação Partidária11 - Convocação da Convenção Municipal

111 - Registro das Chapas

IV - Impugnação do Registro

V - Instalação e FuncIonamento da Convenção

VI - Ata da ConvençãoVII - Dos Livros do Partido

VIII - Dos Diretórios Municipais

IX - Das Comissões Executivas

X - Dos Delegados dos Diretórios

xl - Do Registro dos Diretórios

XII - Dos Munlclplos sem Diretórios

XIII - Prazo de filiação para eoncorrer às eleiçõesmunicipais de 1972

XIV - Dlretórlos Distritais e órgãos de cooperação

LEGISLAÇÃO, ELEITORAL E PARTIDÁRIA! .

PUBLICAÇÃO DA DIRETORIA DE INFORMAÇÃO LEGISLATIVA DO SENADO FEDERAL

Volume com 326 páginas - Preço Cr$ 20,00.

(NDICE

., - LEI ORGÂNICA DOS PARTIDOS POLfTICOS

a) ler oI;! 5.682, de 21 de Julho de 1971 - "lei Orgâ­nica dos Partidos Polltlcoa" (0.0.. de 21-7-71; retoD.O. de 23-7-71).

b) Lei n9 5.697, de 27 de agosto de 1971 - "Dá nova. redação aos artigos que menciona da Lei n9 5.• 682,

de 21' d~ julho de 1971

- Lel Orgânica dps Partidos Polfticos" (0.0. de19·9·71).

c) Quadro, Comparativo:'

- Lei n'? 5.682, de'21 de julho de 1971 .... "lei Or·gãnica dos Partidos Políticos" (O.O. d,e 21·1·11;'reto 0.0. .de '23-7-71)~ •

- Lei n9 5.697, de 27 de agosto de 1971 - "Dánova redação aos artigos que menciona da Lei09 5.682, de 21 de julho de 1971 - Lei Orgânicados Partidos Políticos" (0.0. de 19-9-71);

- Projeto de Lei n9 8/11 (CN); e

- lei n9 4.740, da 15 da Julho de 1965 - fileI Or..gãnlca dos Partidos Polütccs'' (0.0. de 19-7-65jreto D.O. de23-7-65). '.

d) Instruções para Organização, Funcionamento e EK·tlnção dos Partidos Políticos _. Resolução n9 9.058,de 3 de setembro de 1971, do Tribunal Superior Elei­toral (D.J. de 13-9-71).

11 - CóDIGO ELEITORAL

a) leI n9 4.737, de 15 de julhó da 1965 - "Inslllut oCódigo Eleitoral" (0.0. de 1liH-OO; reto D.O. de30-7-65).

b) alterações: •

- Lel nl;! 4.961, de 4 de maIo de 1966 - "Altera '.redação da Lei nl? 4.737, de 15 de julho de 1965(Código Eleitoral)" (O.O. de 6-5-00) (altersQOe. jAconsignadas)j . .

- Decreto-lei n9 441, de 29 de Janeiro de 1969 --."Altera e revoga dispositivos da Lei n9 4.961, de4 de maio de 1966" (0.0. de 30-1-69i reto 0.0.de 4-2-69) (alterações jâ oonsignadas);

- Decreto-lei .n9 1.064, de 24 de outubro de 1969- "Altera a redação do art. 3Q2 do Código Elei";toral, e dá outras providências" (0.0. de 27-10-69).

JII - SUBLEGENDAS

- lei n9 5.453, de 14 de julho de 1969 - "Instituio sistema de sublegenda, e dá outras provldên..elas" (0.0. de 18-6-68).

IV - INELEGIBILIDADES- lei Complementar n9 5, de 29 de abri! 'cfa 1970

- "Estabelece. de acordo com a Emenda ccns..titucional nl? 1, de 17 de .eutubro de 1969, art. 151e seu parágrafo ünlco, casos de inelegibilidades,e dá outras providências" (0.0. de 29-4-70).

Outubro de 1974 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçlo J) Sábado 5 '79~1

Emendas Constitucionais1, a 3

Atos Institucionais1 a 17

Atos Complementares­1 a 96

Leis Complementares1 a 12

.Legislação Citada e Sinopse

Obra' Elaborada Pela' Divisão de Edições Técnicas

do Seriado Federal

(Antiga Diretoria de Informa,ão Legislativa)

Preço: Cr$ 15,00

IPIlfÇO DISTE - Cl$ D"'I

centro Gráfico do Senado J'ederalcaixa PostI\J 1.•201

BrasWa _ ~

mlçlO DE HOJE= 64 PÁGINAS