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Alterações na legislação tributária federal - MP nº 656/2014 Preços de transferência - Relação de commodities - Alterações - IN RFB nº 1.498/2014 EFD - Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque - Alteração do prazo de obrigatoriedade - Ajuste SINIEF nº 17/2014 www.pwc.com.br Clipping Legis Nº 175 Conteúdo - Atos publicados em outubro de 2014 - Divulgação em novembro de 2014 Publicação de legislação e jurisprudência fiscal

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Alterações na legislação tributária federal - MP nº 656/2014

Preços de transferência - Relação de commodities - Alterações - IN RFB nº 1.498/2014

EFD - Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque - Alteração do prazo de obrigatoriedade - Ajuste SINIEF nº 17/2014

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Nº 175Conteúdo - Atos publicados em outubro de 2014 -Divulgação em novembro de 2014

Publicação de legislação e jurisprudência fiscal

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Índice

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Tributos e Contribuições Federais

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Tributos e Contribuições Federais

Alterações na legislação tributária federal - MP nº 656/2014Em 8 de outubro de 2014, foi publicada a Medida Provisória nº 656 para tratar o que, resumidamente, segue:

I. PDD - Devedor declarado falido, pessoa jurídica em concordata ou recuperação judicial - Contratos inadimplidos (art. 2º)

A MP permitiu que sejam registrados como perda, entre outros, os créditos contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica em concordata ou recuperação judicial, relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observadas as demais disposições da lei ora alterada.

Para os contratos inadimplidos, a partir da data de publicação da MP, poderão ser registrados como perda os créditos:

(i) em relação aos quais tenha havido a declaração de insolvência do devedor em sentença emanada do Poder Judiciário;

(ii) sem garantia, de valor:

a) até R$ 15.000,00, por operação, vencidos há mais de seis meses, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento;

b) acima de R$ 15.000,00 até R$ 100.000,00, por operação, vencidos há mais de um ano, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento, mantida a cobrança administrativa; e

c) superior a R$ 100.000,00, vencidos há mais de um ano, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento;

(iii) com garantia, vencidos há mais de dois anos, de valor:

a) até R$ 50.000,00, independentemente de iniciados os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias; e

b) superior a R$ 50.000,00, desde que iniciados e mantidos os procedimentos judiciais para o seu recebimento ou o arresto das garantias;

(iv) contra devedor declarado falido ou pessoa jurídica em concordata ou recuperação judicial, relativamente à parcela que exceder o valor que esta tenha se comprometido a pagar, observadas as demais disposições da lei ora alterada.

II. Alterações na legislação tributária federal e criação da LIG

•Compensação de débitos - Penalidade (art. 2º)

A MP trouxe a aplicabilidade de multa isolada de 50% sobre o valor do débito objeto de declaração de compensação não homologada, salvo no caso de falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo, e revogou os dispositivos sobre a multa isolada de 50% sobre o valor do crédito objeto de pedido de ressarcimento indeferido ou indevido e sobre a multa de 100% na hipótese de ressarcimento obtido com falsidade no pedido apresentado pelo sujeito passivo.

• PIS/COFINS e PIS/COFINS-Importação - Aerogeradores - Alíquota zero (art. 3º)

A MP reduz a zero as alíquotas do PIS/COFINS e do PIS/COFINS-Importação incidentes sobre a receita de vendas no mercado interno e sobre a importação de produtos classificados no Ex 01 do código 8503.00.90 da TIPI (aerogeradores).

• PIS/COFINS - Programa de inclusão digital - Prorrogação (art. 5º)

A MP prorrogou para as vendas efetuadas até 31.12.2018 o benefício da redução a zero das alíquotas de PIS/COFINS incidentes sobre a receita bruta de venda a varejo dos bens de informática, tratado na Lei nº 11.196/2005.

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•RET - Prorrogação (art. 4º)

O uso do percentual de tributação unificado aplicável às incorporações imobiliárias no Regime Especial de Tributação (RET), disposto na Lei nº 10.931/2004, teve seu prazo prorrogado para até 31.12.2018.

• IPI - Crédito presumido - Resíduos sólidos (art. 7º)

A MP alterou o dispositivo da Lei nº 12.375/2010, referente ao crédito presumido do IPI na aquisição de resíduos sólidos utilizados como matérias-primas ou produtos intermediários pelos estabelecimentos industriais na fabricação de seus produtos, para prorrogar o prazo de fruição desse benefício para até 31.12.2018.

• Letra Imobiliária Garantida (LIG) (art. 18 e seguintes)

A LIG, segundo a MP, é um título de crédito nominativo, transferível e de livre negociação, garantido por Carteira de Ativos submetida ao regime fiduciário disciplinado.

A LIG consiste em promessa de pagamento em dinheiro e será emitida por instituições financeiras, exclusivamente sob a forma escritural, mediante registro em depositário central autorizado pelo BACEN, com as características dispostas na MP em comento.

Os rendimentos e os ganhos de capital produzidos pela LIG ficam isentos de IR quando o beneficiário for:

(i) pessoa física residente no país; ou

(ii) residente ou domiciliado no exterior, exceto em país com tributação favorecida, que realizar operações financeiras no País de acordo com as normas e condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.

No caso de residente ou domiciliado em país com tributação favorecida, aplicar-se-á a alíquota de 15%.

III. Autorização para desconto de prestações em folha de pagamento ou na remuneração disponível - Alterações (art. 9º)

Entre outros assuntos, a MP em comento altera dispositivos da Lei nº 10.820/2003, que dispõe sobre a autorização pelos empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para desconto de prestações em folha de pagamento dos valores referentes ao pagamento de empréstimos, financiamentos e operações de arrendamento mercantil concedidos por instituições financeiras e sociedades de arrendamento mercantil, quando previsto nos respectivos contratos.

IOF/Crédito, Câmbio e Títulos ou Valores Mobiliários - Alterações - Decreto Federal nº 8.325/2014Em 8 de outubro de 2014, foi publicado o Decreto Federal nº 8.325 para alterar o Decreto Federal nº 6.306/2007 (Regulamento do IOF), nos termos a seguir, resumidamente, expostos:

• IOF/Crédito - Novas disposições

Foram previstas novas operações de crédito sujeitas à alíquota zero do IOF, que seguem:

(i) efetuadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou por seus agentes financeiros, com recursos desse banco ou de fundos por ele administrados;

(ii) efetuadas por intermédio da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) ou por seus agentes financeiros, com recursos dessa empresa pública; e

(iii) destinadas, nos termos do §3º do art. 6º da Lei nº 12.793/2013, ao financiamento de projetos de infraestrutura de logística direcionados a obras de rodovias e ferrovias objeto de concessão pelo Governo Federal.

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• IOF/Câmbio - Alterações

O novo decreto acrescentou o art. 15-B ao Regulamento do IOF para prever as alíquotas do IOF/Câmbio.

• IOF/Títulos ou Valores Mobiliários - Nova disposição

Houve a inserção no rol de operações sujeitas à alíquota zero do IOF as operações de negociação de cotas de Fundos de Índice de Renda Fixa em bolsas de valores ou mercado de balcão organizado.

País com tributação favorecida e regime fiscal privilegiado - Suíça e Hungria - Produção de efeitos - IN RFB nº 1.474/2014 - RetificaçãoEm 17 de outubro de 2014, foi publicada a retificação da Instrução Normativa RFB nº 1.474 (publicada em 20.06.2014) para estabelecer a sua produção de efeitos a partir de 20.06.2014 (antes: 01.01.2014).

Relembrando que a referida IN define como regime fiscal privilegiado, com referência à Suíça, os regimes aplicáveis às pessoas jurídicas constituídas sob a forma de holding company, domiciliary company, auxiliary company, mixed company e administrative company cujo tratamento tributário resulte em incidência de IRPJ, de forma combinada, inferior a 20%, segundo a legislação federal, cantonal e municipal, assim como o regime aplicável a outras formas legais de constituição de pessoas jurídicas, mediante rulings emitidos por autoridades tributárias, que resulte em incidência de IRPJ, de forma combinada, inferior a 20%, segundo a legislação federal, cantonal e municipal.

Ainda com relação à Suíça, a IN revogou o dispositivo que a inseriu na lista de país com tributação favorecida (inciso LVIII, art. 1º da IN RFB nº 1.037/2010), bem como o ADE RFB nº 11/2010 (suspendia os efeitos da inclusão da Suíça na relação de países com tributação favorecida).

Foi revogado, ainda, o dispositivo da IN RFB nº 1.037/2010 (inciso VI, art. 2º) que definiu como regime fiscal privilegiado, com referência à legislação da Hungria, o regime aplicável às pessoas jurídicas constituídas sob a forma de offshore KFT.

PIS/COFINS - Soja e seus subprodutos - Ressarcimento de crédito presumido - Disciplina - IN RFB nº 1.497/2014Em 8 de outubro de 2014, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.497 para disciplinar o procedimento especial para o ressarcimento de créditos presumidos de PIS/COFINS nas operações com soja, seus subprodutos e outros, conforme a seguir, resumidamente, se expõe:

De acordo com a IN, o ressarcimento supramencionado aplica-se unicamente aos créditos presumidos de PIS/COFINS que, após o final de cada trimestre do ano-calendário, não tenham sido utilizados para dedução do valor das referidas contribuições a recolher, decorrentes das demais operações no mercado interno, ou não tenham sido compensados com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos administrados pela RFB.

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Tributos e Contribuições Federais

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A RFB, no prazo de até 60 dias contados da data do pedido de ressarcimento dos créditos supracitados, efetuará o pagamento antecipado de 70% do valor pleiteado por pessoa jurídica que atenda, cumulativamente, às condições especificadas na IN em comento, observadas suas demais disposições.

O disposto na IN ora tratada aplica-se aos pedidos relativos aos créditos apurados a partir de 10.10.2013, ressalvados aqueles cujos períodos de apuração estejam incluídos em procedimento fiscal para identificação e apuração de créditos de ressarcimento.

Preços de transferência - Relação de commodities - Alterações - IN RFB nº 1.498/2014Em 16 de outubro de 2014, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.498 para alterar e incluir produtos ao Anexo I da IN RFB nº 1.312/2012 que relaciona as commodities e seus respectivos códigos na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) para fins de aplicação do método Preço sob Cotação na Importação (PCI) e Preço sob Cotação na Exportação (PECEX).

IRPF - Consolidação das normas gerais de tributação - IN RFB nº 1.500/2014Em 30 de outubro de 2014, foi publicada a Instrução Normativa RFB nº 1.500 para dispor sobre as normas gerais de tributação relativas ao Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF), com o objetivo de consolidar essas normas e revogar as que antes disciplinavam a matéria.

A referida IN dispõe, entre outros assuntos, sobre: os contribuintes do IRPF; os rendimentos tributáveis, isentos ou não tributáveis, os tributados exclusivamente na fonte e os sujeitos à tributação definitiva; os rendimentos tributados na fonte a título de antecipação; os rendimentos recebidos acumuladamente (RRA); o recolhimento mensal obrigatório (“Carnê-leão”); o reajustamento da base de cálculo; o recolhimento complementar; a Declaração de Ajuste Anual (DAA); e a isenção do IRRF destinado à cobertura de gastos pessoais no exterior.

Regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional - Certidões - Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1.751/2014Em 3 de outubro de 2014, foi publicada a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 1.751 (retificadaem09.10.2014) para dispor sobre a prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional e revogar a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 3/2007 que antes tratava do assunto.

De acordo com a portaria, a prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional será efetuada mediante apresentação de certidão expedida conjuntamente pela RFB e pela PGFN, referente a todos os créditos tributários federais e à Dívida Ativa da União (DAU) por elas administrados, nos moldes que especifica.

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Venda ao consumidor - Informação dos tributos incidentes sobre mercadorias ou serviços - Demonstração - Portaria Interministerial MF/MJ/SMPE nº 85/2014A Lei Federal nº 12.741/2012, regulamentada pelo Decreto Federal nº 8.264/2014, dispõe sobre as medidas de esclarecimento ao consumidor quanto à carga tributária incidente sobre mercadorias e serviços em todo o território nacional.

Em 6 de outubro de 2014, foi publicada a Portaria Interministerial MF/MJ/SMPE nº 85 para dispor que as empresas poderão fazer uso de painel afixado em local visível do estabelecimento, ou de qualquer outro meio ou eletrônico ou impresso, inclusive em prateleiras e gôndolas, nos moldes que especifica, para demonstrar o valor ou o percentual, ambos aproximados, dos tributos incidentes sobre todas as mercadorias ou serviços postos à venda.

De acordo com a portaria, o valor ou o percentual supramencionado:

(i) poderá ser expressivo de um grupo de mercadorias ou serviços que suportam carga tributária análoga, inclusive por meio de estimativa média;

(ii) constará de até 3 resultados segregados para cada ente tributante, que aglutinarão as somas dos valores ou dos percentuais apurados em cada ente.

Essa portaria será revisada no prazo de 120 dias, contados de 06.10.2014.

PIS/COFINS cumulativos - Conceito de obras de construção civil - ADI RFB nº 10/2014Em 1º de outubro de 2014, foi publicado o Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 10 dispondo que, para efeito de aplicação do regime de apuração cumulativa do PIS/Pasep e da COFINS, enquadram-se no conceito de obras de construção civil as obras e os serviços auxiliares e complementares da construção civil, tais como exemplificados no Ato Declaratório Normativo COSIT nº 30/1999.

Ficam modificadas as conclusões em contrário constantes em Soluções de Consulta ou em Soluções de Divergência emitidas antes de 01.10.2014 independentemente de comunicação aos consulentes.

IPI - Matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem - Suspensão - ADI RFB nº 12/2014O artigo 29 da Lei nº 10.637/2002 trata da suspensão do IPI sobre as matérias-primas (MP), os produtos intermediários (PI) e os materiais de embalagem (ME) destinados ao estabelecimento que se dedique, preponderantemente, à elaboração de alimentos que especifica, produtos farmacêuticos especificados, autopeças especificadas, entre outros, e também sobre a aquisição de MP, PI e ME por pessoas jurídicas preponderantemente exportadoras e por fabricantes de peças, partes e outros bens descritos na IN.

Em 20 de outubro de 2014, foi publicado o Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 12 para dispor que o direito à suspensão do IPI suprarreferido independe de que as MP, os PI e os ME sejam utilizados na elaboração dos produtos nele referidos, bastando que sejam utilizados no processo produtivo do estabelecimento adquirente.

Ficam modificadas as conclusões em contrário constantes em Soluções de Consulta ou em Soluções de Divergência emitidas antes da publicação deste ato, independentemente de comunicação aos consulentes.

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PIS/COFINS - Importação de bens usados (imobilizado) - Vedação ao crédito - ADI nº 13/2014Em 30 de outubro de 2014, foi publicado o Ato Declaratório Interpretativo da RFB nº 13 para dispor que é vedada a apuração de crédito do PIS/COFINS em relação à importação de bens usados incorporados ao ativo imobilizado da pessoa jurídica.

Ficam modificadas as conclusões em contrário constantes em Soluções de Consulta ou em Soluções de Divergência emitidas antes da publicação deste ato, independentemente de comunicação aos consulentes.

Poder Judiciário

Informativo de Jurisprudência do STF nº 762Incidência da COFINS sobre o ICMS

O valor retido em razão do ICMS não pode ser incluído na base de cálculo da COFINS sob pena de violar o art. 195, I, b, da CF [“Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: ... b) a receita ou o faturamento”] — v. Informativos 161 e 437.

Com base nesse entendimento, o Plenário, em conclusão de julgamento e por maioria, proveu recurso extraordinário.

De início, deliberou pelo prosseguimento na apreciação do feito, independentemente do exame conjunto com a ADC 18/DF (cujo mérito encontra-se pendente de julgamento) e com o RE 544.706/PR (com repercussão geral reconhecida em tema idêntico ao da presente controvérsia). O Colegiado destacou a demora para a solução do caso, tendo em conta que a análise do processo fora iniciada em 1999. Ademais, nesse interregno, teria havido alteração substancial na composição da Corte, a recomendar que o julgamento se limitasse ao recurso em questão, sem que lhe fosse atribuído o caráter de repercussão geral.

Em seguida, o Tribunal entendeu que a base de cálculo da COFINS somente poderia incidir sobre a soma dos valores obtidos nas operações de venda ou de prestação de serviços. Dessa forma, assentou que o valor retido a título de ICMS não refletiria a riqueza obtida com a realização da operação, pois constituiria ônus fiscal e não faturamento.

Vencidos os Ministros Eros Grau e Gilmar Mendes, que desproviam o recurso. O primeiro considerava que o montante do ICMS integraria a base de cálculo da COFINS por estar incluído no faturamento e se tratar de imposto indireto que se agregaria ao preço da mercadoria. O segundo pontuava que a COFINS não incidiria sobre a renda, e nem sobre o incremento patrimonial líquido, que considerasse custos e demais gastos que viabilizassem a operação, mas sobre o produto das operações, da mesma maneira que outros tributos como o ICMS e o ISS. Ressaltava, assim, que, apenas por lei ou por norma constitucional se poderia excluir qualquer fator que compusesse o objeto da COFINS.

RE 240785/MG, rel. Min. Marco Aurélio, 8.10.2014. Plenário do STF. Informativo de Jurisprudência do STF nº 762.

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Tributos e Contribuições Federais

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Informativo de Jurisprudência do STJ nº 548Responsabilidade pelo recolhimento do IR cuja declaração foi transmitida com dado equivocado pela fonte pagadora

Mesmo que a fonte pagadora (substituta tributária) equivocadamente tenha deixado de efetuar a retenção de determinada quantia, a título de imposto de renda, sobre importância paga a empregado, tendo, ainda, expedido comprovante de rendimentos informando que a respectiva renda classifica-se como rendimento isento e não tributável, o sujeito passivo da relação jurídico-tributária (substituído tributário) deverá arcar com o imposto de renda devido e não recolhido.

Isso porque o STJ tem entendimento pacífico de que o contribuinte substituído, que realiza o fato gerador, é quem efetivamente tem o dever de arcar com o ônus da tributação, que não é afastado pela responsabilidade pessoal do substituto tributário.

Precedentes citados: REsp 962.610-RS, Segunda Turma, DJ 7/2/2008; e AgRg no REsp 716.970-CE, Primeira Turma, DJ 29/8/2005. REsp 1.218.222-RS, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 4/9/2014. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 548.

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Tributos e Contribuições Estaduais/Municipais

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Tributos e Contribuições Estaduais/Municipais EFD - Livro Registro

de Controle da Produção e do Estoque - Alteração do prazo de obrigatoriedade - Ajuste SINIEF nº 17/2014Em 23 de outubro de 2014, foi publicado o Ajuste SINIEF nº 17 para alterar o Ajuste SINIEF nº 2/2009, que dispõe sobre a Escrituração Fiscal Digital (EFD), obrigatória, a partir de 01.01.2009, para os contribuintes do ICMS e/ou do IPI, observados os casos de dispensa.

Nos termos do novo ajuste, a escrituração do Livro Registro de Controle da Produção e do Estoque é obrigatória, a partir de 01.01.2016, para os estabelecimentos industriais ou a eles equiparados pela legislação federal e para os estabelecimentos atacadistas, podendo, a critério do Fisco, ser exigida de estabelecimento de contribuintes de outros setores.

Poder Judiciário

Informativo de Jurisprudência do STF nº 757ICMS - Revogação de benefício fiscal e princípio da anterioridade tributária

Configura aumento indireto de tributo e, portanto, está sujeita ao princípio da anterioridade tributária, a norma que implica revogação de benefício fiscal anteriormente concedido.

Com base nessa orientação, a 1ª Turma, por maioria, manteve decisão do Ministro Marco Aurélio (relator), que negara seguimento a recurso extraordinário, por entender que o acórdão impugnado estaria em consonância com o precedente firmado na ADI 2.325 MC/DF (DJU de 6.10.2006).

Na espécie, o tribunal “a quo” afastara a aplicação - para o ano em que publicados - de decretos estaduais que teriam reduzido benefício de diminuição de base de cálculo do ICMS, sob o fundamento de ofensa ao princípio da anterioridade tributária.

A Turma afirmou que os mencionados atos normativos teriam reduzido benefício fiscal vigente e, em consequência, aumentado indiretamente o aludido imposto, o que atrairia a aplicação do princípio da anterioridade. Frisou que a concepção mais adequada de anterioridade seria aquela que afetasse o conteúdo teleológico da garantia. Ponderou que o mencionado princípio visaria garantir que o contribuinte não fosse surpreendido com aumentos súbitos do encargo fiscal, o que propiciaria um direito implícito e inafastável ao planejamento. Asseverou que o prévio conhecimento da carga tributária teria como base a segurança jurídica e, como conteúdo, a garantia da certeza do direito. Ressaltou, por fim, que toda alteração do critério quantitativo do consequente da regra matriz de incidência deveria ser entendida como majoração do tributo. Assim, tanto o aumento de alíquota, quanto a redução de benefício, apontariam para o mesmo resultado, qual seja, o agravamento do encargo.

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Tributos e Contribuições Estaduais/Municipais

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Vencidos os Ministros Dias Toffoli e Rosa Weber, que proviam o agravo regimental. Após aduzirem que benefícios fiscais de redução de base de cálculo se caracterizariam como isenção parcial, pontuavam que, de acordo com a jurisprudência do STF, não haveria que se confundir instituição ou aumento de tributos com revogação de isenções fiscais, uma vez que, neste caso, a exação já existiria e persistiria, embora com a dispensa legal de pagamento.

RE 564.225 AgR/RS, rel. Min. Marco Aurélio, 2.9.2014. Primeira Turma do STF. Informativo de Jurisprudência do STF nº 757.

Informativo de Jurisprudência do STF nº 761“Leasing” e incidência de ICMS

O ICMS - tributo próprio à circulação de mercadorias qualificada pela compra e venda - não incide na importação de bem móvel realizada mediante operação de arrendamento mercantil quando não exercida a opção de compra e, por consequência, suscetível de devolução ao arrendador.

Com base nessa orientação, o Plenário, por maioria e em conclusão de julgamento, reafirmou jurisprudência e desproveu recurso extraordinário interposto contra acórdão de tribunal local que reputara indevido o recolhimento do referido imposto, quando do desembaraço aduaneiro, ao fundamento de que o contrato de “leasing” seria complexo — v. Informativos 534, 570 e 729.

Na espécie, a Corte estadual considerara indevido o recolhimento de ICMS, quando do desembaraço aduaneiro, na importação de aeronave realizada mediante contrato de arrendamento mercantil no qual não fora exercida a opção de compra.

Por conseguinte, reconhecera devida apenas a incidência do ISS.

O Colegiado, ao reafirmar jurisprudência do tema, aplicou o que fora decidido no julgamento do RE 540.829/SP (j. em 26.9.2014, acórdão pendente de publicação, v. Informativo 758), com repercussão geral reconhecida.

Destacou que, na espécie, conforme apontado pela decisão recorrida, não se cuidaria de operação a envolver circulação de mercadoria, a prevalecer prestação de serviços consoante previsão da Lei Complementar 56/1987.

Os Ministros Teori Zavascki, Gilmar Mendes e Celso de Mello, com ressalvas de pontos de vista pessoal no sentido contrário, aderiram às conclusões do Colegiado para negar provimento ao extraordinário. Vencida a Ministra Ellen Gracie (relatora) que dava provimento. Reconhecia a constitucionalidade da incidência do ICMS sobre a entrada de mercadoria importada, qualquer que fosse a natureza do ajuste internacional motivador da importação.

RE 226899/SP, rel. orig. Min. Ellen Gracie, red. p/ o acórdão Min. Cármen Lúcia, 1º.10.2014. Plenário do STF. Informativo de Jurisprudência do STF nº 761.

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Trabalhistas e previdência social

Poder Judiciário

Informativo de Jurisprudência do STJ nº 548Contribuição previdenciária – Licença-casamento e licença para prestação de serviço eleitoral

Incide contribuição previdenciária a cargo da empresa sobre os valores pagos a título de licença casamento (art. 473, II, da CLT) e de licença para prestação de serviço eleitoral (art. 98 da Lei 9.504/1997). Consoante a jurisprudência do STJ, o parâmetro para incidência da contribuição previdenciária é o caráter salarial da verba, já a não incidência ocorre nas verbas de natureza indenizatória.

Posto isso, cumpre esclarecer que a licença para prestação do serviço eleitoral e a licença casamento não ostentam caráter indenizatório. Sua natureza estrutural remete ao inafastável caráter remuneratório, integrando parcela salarial cujo ônus é do empregador, sendo irrelevante a inexistência da efetiva prestação laboral no período, porquanto mantido o vínculo de trabalho, o que atrai a incidência tributária sobre as indigitadas verbas.

Ademais, não se sustenta, e não encontra albergue na jurisprudência do STJ o parâmetro de que qualquer afastamento ao serviço justificaria o não pagamento de contribuição previdenciária.

Assim, há hipóteses em que ocorre o efetivo afastamento do empregado, ou seja, não há a efetiva prestação do serviço ou o efetivo tempo à disposição do empregador, mas ainda assim é devida a incidência tributária, tal como ocorre quanto ao salário-maternidade, situação na qual a mãe se ausenta para cuidar do filho e nem por isso a contribuição é indevida.

No mesmo caminho estão as férias gozadas, situação em que o empregado se ausenta por, em regra, 30 dias – período muito maior do que as vinculadas à licença TRE eleição e à licença casamento –, e ainda assim a incidência da contribuição previdenciária se faz presente.

REsp 1.455.089-RS, Rel. Min. Humberto Martins, julgado em 16/9/2014.

Segunda Turma do STJ. Informativo de Jurisprudência do STJ nº 548.

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Tributos e Contribuições Federais

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Comércio Exterior

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OutrosAssuntos

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Aplicações de investidor não residente nos mercados financeiro e de capitais no Brasil - Novas disposições - Resolução CMN nº 4.373/2014Em 1º de outubro de 2014, o Banco Central do Brasil publicou a Resolução do Conselho Monetário Nacional nº 4.373 para dispor sobre aplicações de investidor não residente nos mercados financeiro e de capitais brasileiro e sobre o mecanismo de Depositary Receipts, revogando, entre outras, a Resolução nº 2.689/2000 e a Resolução nº 1.927/1992, que disciplinavam as matérias.

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© 2014 PricewaterhouseCoopers Contadores Públicos Ltda. Todos os direitos reservados. Neste documento, “PwC” refere-se à PricewaterhouseCoopers Contadores Públicos Ltda., a qual é uma firma membro do network da PricewaterhouseCoopers, sendo que cada firma membro constitui-se em uma pessoa jurídica totalmente separada e independente.

O termo “PwC” refere-se à rede (network) de firmas membro da PricewaterhouseCoopers International Limited (PwCIL) ou, conforme o contexto determina, a cada uma das firmas membro participantes da rede da PwC. Cada firma membro da rede constitui uma pessoa jurídica separada e independente e que não atua como agente da PwCIL nem de qualquer outra firma membro. A PwCIL não presta serviços a clientes. A PwCIL não é responsável ou se obriga pelos atos ou omissões de qualquer de suas firmas membro, tampouco controla o julgamento profissional das referidas firmas ou pode obrigá-las de qualquer forma. Nenhuma firma membro é responsável pelos atos ou omissões de outra firma membro, nem controla o julgamento profissional de outra firma membro ou da PwCIL, nem pode obrigá-las de qualquer forma.

Expediente

Clipping Legis é uma publicação PwC de cunho meramente informativo e não contempla toda a legislação e a jurisprudência divulgada no mês. A utilização das informações aqui contidas deve estar sempre acompanhada da orientação dos consultores tributários da empresa.

A consulta do material legislativo e judiciário aqui reportados requer a verificação de eventuais alterações posteriores neles introduzidas.

Os atos tratados nesta publicação estão apresentados de forma resumida. As informações descritas nesta publicação sobre alguns julgamentos do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça são resumos, não oficiais, efetuados a partir do conteúdo dos boletins informativos e das ementas dos acórdãos disponíveis nos sites desses Tribunais , na Internet. O conteúdo desta publicação não representa uma interpretação da jurisprudência e sua utilização pressupõe a análise do inteiro teor dos acórdãos feita por consultores legais.

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