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39 COMO LIDAR COM GENTE DIFÍCIL É possível transformar funcionários problema Jean Carlo KUHNL ([email protected]) Administração com ênfase em Gestão Ambiental 1 INTRODUÇÃO Este artigo tem por objetivo analisar o relacionamento entre colegas de trabalho ou entre chefes e subordinados, assunto abordado na área de Administração de Recursos Humanos. Especificamente este estudo busca esclarecer como devemos lidar com pessoas difíceis dentro das organizações. Afinal, quem nunca conviveu com um colega de trabalho temperamental ou teve sob seu comando um funcionário difícil? Gente complicada é o que não falta em nosso dia-a-dia nas empresas, os tipos problemáticos são bem variados no mundo corporativo. Podemos facilmente encontrar aqueles que infernizam a vida dos outros com sua disposição para o trabalho, ou os pessimistas que são contra qualquer mudança, ou ainda os mal-humorados, que ignoram a política da boa vizinhança. O fato é que tais pessoas têm tudo para dar certo na empresa, mas acabam comprometendo sua carreira por terem um comportamento inadequado. Para coleta dos dados, utilizarei questionários fechados aplicados a pessoas de diversas organizações com diferentes filosofias de trabalho assim como ramos de atividade, e também a ampla literatura que temos na área abordada. 2 BASE TEÓRICA Existem pessoas que têm poder fenomenal de provocar aborrecimentos por onde passam. Talvez você reconheça esse tipo no chefe ameaçador; no colega com capacidade imbatível para bajular os superiores e infernizar a vida de seus pares; no professor perfeccionista ao extremo; na sogra ranzinza e intrometida; no amigo pessimista que espera sempre o mundo desabar; no vizinho barulhento e indiscreto. Dizia o filósofo francês Voltaire que a maioria da humanidade é como um ímã: uma parte atrai e a outra repele. A atração ocorre por meio de sentimentos nobres como amor, justiça, compaixão, perdão. A repulsão é resultado da raiva, vaidade, presunção, do rancor, pessimismo, orgulho. É o predomínio de sentimentos negativos que torna as pessoas insuportáveis. O intolerável está nas melhores famílias, melhores empresas, melhores vizinhanças, em todos os lugares. Em geral, não tem papas na língua, mas é bem-intencionado, apenas acha- se no direito de expressar suas opiniões. Mas, passa do limite e não tem consciência de como seu comportamento prejudica as pessoas com quem se relaciona. Quase sempre está convencido de que os outros precisam mudar, não ele. Saber lidar com gente problemática é importante tanto para a realização na carreira quanto para o bem-estar pessoal. No trabalho, onde cada vez mais as tarefas são desenvolvidas em grupo, essa habilidade tornou- se básica, pois é impossível manter a produtividade elevada, se os integrantes da equipe não suportarem as diferenças individuais. Conviver pacificamente com pessoas difíceis está ao alcance de todos, mas exige compromisso pessoal e persistência. E quando alguém se empenha verdadeiramente para compreender o outro, também se conhece mais e se torna melhor, isso já valerá o esforço. “Para suportar alguém a quem não se suporta é essencial saber controlar a própria maneira de ser e aceitar a pessoa problemática tal como é”, ensinam os médicos holísticos americanos Rick Brinkman e Rick Kirschner (1998). De acordo com os autores, existem quatro opções básicas para lidar com o problema: Não fazer nada - Deixar as coisas exatamente como estão. Nesse caso, nada vai mudar e pode

Como lidar comn gente Dificil

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39COMOLIDARCOMGENTEDIFCILpossveltransformarfuncionriosproblemaJean Carlo KUHNL ([email protected])Administrao com nfase em Gesto Ambiental1INTRODUOEsteartigotemporobjetivoanalisarorelacionamentoentrecolegasdetrabalhoouentre chefes e subordinados, assunto abordadona rea de Administrao de Recursos Humanos.Especi fi camenteesteestudobuscaesclarecercomodevemoslidarcompessoasdifceisdentrodasorganizaes.Afinal,quemnuncaconviveucomumcolegadetrabalhotemperamentaloutevesobseucomandoumfuncionrio difcil? Gente complicada o que nofalta em nosso dia-a-dia nas empresas, os tiposproblemticossobemvariadosnomundocorporativo.Podemosfacilmenteencontraraquelesqueinfernizamavidadosoutroscomsua disposio para o trabalho, ou os pessimistasque so contra qualquer mudana, ou ainda osmal-humorados, que ignoram a poltica da boavizinhana. O fato que tais pessoas tm tudoparadarcertonaempresa,masacabamcomprometendosuacarreiraporteremumcomportamentoinadequado.Paracol etadosdados,uti l i zareiquestionriosfechadosaplicadosapessoasdediversasorganizaescomdiferentesfilosofiasde trabalho assim como ramos de atividade, etambm a ampla literatura que temos na reaabordada.2 BASE TERICAExistem pessoas que tm poder fenomenalde provocar aborrecimentos por onde passam.Talvezvocreconheaessetiponochefeameaador; no colega com capacidade imbatvelpara bajular os superiores e infernizar a vida deseuspares;noprofessorperfeccionistaaoextremo;nasograranzinzaeintrometida;noamigo pessimista que espera sempre o mundodesabar; no vizinho barulhento e indiscreto. DiziaofilsofofrancsVoltairequeamaioriadahumanidade como um m: uma parte atrai eaoutrarepele.Aatraoocorrepormeiodesenti mentosnobrescomoamor,justi a,compaixo,perdo.Arepulsoresultadodarai va,vai dade,presuno,dorancor,pessimismo,orgulho.opredomniodesentimentosnegativosquetornaaspessoasinsuportveis.Ointolervelestnasmelhoresfamlias,melhoresempresas,melhoresvizinhanas,emtodos os lugares. Em geral, no tem papas nalngua, mas bem-intencionado, apenas acha-senodireitodeexpressarsuasopinies.Mas,passa do limite e no tem conscincia de comoseucomportamentoprejudicaaspessoascomquemserel aci ona.Quasesempreestconvencidodequeosoutrosprecisammudar,no ele.Saberlidarcomgenteproblemticaimportantetantoparaarealizaonacarreiraquanto para o bem-estar pessoal. No trabalho,ondecadavezmai sastarefassodesenvolvidas em grupo, essa habilidade tornou-sebsi ca,poi si mposs vel manteraprodutividadeelevada,seosintegrantesdaequipe no suportarem as diferenas individuais.Conviver pacificamente com pessoas difceis estaoalcancedetodos,masexigecompromissopessoalepersistncia.Equandoalgumseempenhaverdadeiramenteparacompreenderooutro,tambmseconhecemaisesetornamelhor, isso j valer o esforo.Parasuportaralgumaquemnosesuportaessencialsabercontrolaraprpriamaneira de ser e aceitar a pessoa problemticatalcomo,ensinamosmdicosholsticosamericanosRickBrinkmaneRickKirschner(1998).De acordo com os autores, existem quatroopes bsicas para lidar com o problema: Nofazernada-Dei xarascoi sasexatamente como esto. Nesse caso, nada vaimudarepode40at piorar: um dia voc pode perder a pacinciae explodir. Desistir-Sadaindicadaparaocasodosinsuportveis crnicos, quando no houver maisnada a ser feito. Mudardeopinio-Tentarverapessoaaquemnosesuportacomoutrosolhos:aproximar-sedela,tentarcompreenderoqueest por trs de seu comportamento. Mudar de atitude - Apegar-se s qualidadesdapessoadeformaqueosdefeitosdelairoparecermenores.Aomudarsuaposturaemrelao a pessoas difceis, elas podem passar aagi rdeformadi ferentecomvoc.Acompreenso a melhor sada.Em qualquer situao, oua efetivamenteseu interlocutor. Respeite-o, demonstre que vocse interessa por ele. Faa isso nem que seja porhumanidade,compaixo.Assegure-sedequevocnoestcontribuindoparadificultarorel aci onamento.Todosns,emal gunsmomentos, tambm somos difceis. E pode serqueapessoaaqualconsideraintolervelsejaapenas diferente.Lembre-sedequeportrsdeumcomportamentodistorcido,podemexistirboasintenes. possvel que a pessoa se comportecom voc da mesma maneira que o faz com osoutros. Por isso, no leve os ataques dela parao lado pessoal.Compreenda que voc no podemudarosoutros,podeapenasinfluenci-losamudardeati tude,nadamais.Testesuaresistncia aos insuportveis, encare o convviocomapessoadifcilcomoumdesafio,comosugeremBrinkmaneKirschner(1998):Naprxi mavezemquel i darcomal guminsuportvel, lembre-se de que a vida no umteste, a prova final, propem os autores.Isto significa tentar entender a diferenaindividual de cada um em relao aos demais,significa pesquisar para concluir pelo desenho domodelo da estrutura de personalidade tpico decadapessoa.Significaconhecer,porexemplo,qual o grau de dificuldade que se sente diantede determinada tarefa, quais as atividades querealizamos com maior facilidade, diante de quesituaesseatingidoemocionalmenteedeque tipo so essas emoes, que objetivos soperseguidos e qual o grande projeto de vida setem.Fundamentalmente, pode-se dizer que aspessoasapresentamdiferenasindividuaispordois motivos principais:Primeiro, porque j nasceram diferentes umasdas outras. So as chamadas variveis inatas,responsveis por ser o indivduo como desdeo momento em que nasce. Inata uma palavracujo significado : nascido com; o que inclui,portanto,caractersticastantodeorigemhereditriascomoasadquiridasnoteromaterno,nadeterminaodabagagemconstitucional com a qual o indivduo nasce.Segundo, porque passam ao longo do tempoporexperinciasdevidadiferentes.Soaschamadas variveis adquiridas, responsveis pelamodelagem da bagagem constitucional, numaestrutura de personalidade com feies nicasem cada indivduo. (Bergamini e Beraldo, 1988,p.19)A personalidade de cada um , portanto,aresultantedasvariveisinataseminteraocomasexperinciasvividas.Essaformadeequacionar o problema nos permite um paralelocomparativocomoscritriosbsicosdeconceituaodaAvaliaodeDesempenhohumanonasorgani zaes,nosquai sacapacidade ou o nvel de eficincia de uma pessoanotrabalhoprodutodassuashabilidadesespecficas mais o treinamento que recebe pararealiz-lo.Como j citado na introduo deste artigo,agaleriadetiposproblemticosnomundocorporativoextensa.Emboranamaioriadoscasosessescomportamentosfaampartedapersonalidadedoindivduo,oschefespodemajudar seu pessoal a entrar nos eixos. No queos chefes devam se tornar psiclogos, no ocaso de buscar no passado do funcionrio umaexplicaoparaasuacondutaatual,pormoquepodeserfeitousodetticassimpleseefi ci entesparaajudaressaspessoasareconhecerecorrigirseuserros,permitindoinclusive que o gerente faa uma auto-anlise epercebafalhasnasuamaneiradegerenciar.SegundoJamesWaldroopeTimothyButler(2001), trabalhos realizados por pesquisadoresemparceriacompsiclogoseprofissionaisespecializadosnotreinamentodeexecutivos,i denti fi carampadresdi sti ntosdecomportamento profissional. Tais como:O Rebelde: tipo fcil de reconhecer: semprefazperguntasimprpriasnomeiodareunio,vive contando piadas sobre a administrao daempresaequestionaabertamenteosmotivosportrsdequalquermudanaimportante.Osrebeldesdolocaldetrabalhocostumamserbastante convencionais em suas reaes contra41o sistema. Embora se imaginem revolucionrios,amaioriadeseusprotestosnovaialmdesimples lamento, eles raramente tomam algumaprovidnciaparamodificarascoisasqueosaborrecem.Oqueosrebeldesmaisapreciamprovocar. Ento, no se pode perder o controleeresponderssuasprovocaes.possvelusar duas abordagens para ajud-lo a mudar: aprimeira incumbi-lo de uma tarefa importantequeexijaacooperaodeoutrosparasercumprida.Comisso,tira-seeledaplatiaeoempurra para o palco, sob a luz dos refletores.Casoorebeldeserecuseaaceitarodesafio,uma segunda alternativa perguntar queima-roupaseeleestpensandoemdeixaraempresa.Quandoele,agoraemestadodechoque,responderqueno,di gaqueexatamenteestaaimpressoquevoctemaseu respeito. Para no ser muito radical, suavizeumpoucoodiscurso,dizendoqueeleparecepensarquemui tascoi sasdeveri amsermodificadasnaempresa.Nessahora,bomqueorebeldedalgumtipoderespostaafirmativa.Ento,lanceaisca:Comessasatitudes,vocestsendotorevolucionrioquanto meu filho de trs anos. Voc realmentedesejamudarosaspectosnegati vosdacompanhia ou s quer aquele que faz o discursocomoventeantesdeencararopelotodefuzi l amento?Depoi sdi sso,orebel deprovavelmente vai perceber aonde seu superiorest querendo chegar.- O Ingnuo: acredita que o mundo umlugar justo e que os melhores vencero porquesimplesmente so os melhores. O ingnuo ignoraa poltica inerente maioria das situaes e, pormuitas vezes, acaba sendo rspido com os quenoconcordamcomsuasidias.necessrioajud-lo a perceber que preciso estar dispostoafazeralianaseaceitarsoluesquenemsempre daro tudo que ele quer. Mostre-lhe que possvel trabalhar reas cinzentas, realizar umgrandenegcioeaindaemergirrelativamenteileso. Depois, d ao ingnuo algum tempo paraabsorver essa idia, mas no demore muito paraque no se afogue num mar de autopiedade.- O Heri: trabalha compulsivamente e levaosoutrosexaustoporcausadesuaresistnciasobre-humana.Algunssetornamviciados pelo sucesso desde muito cedo; outrosusam a cobrana excessiva como uma maneirade lidar com uma auto-estima instvel. Falta aoheri a empatia necessria para entender o queos outros esto passando para acompanhar seuri tmo.Oheri geralmente a ltima pessoa que o chefedeseja mudar. Afinal, por que mexer em algumqueconseguefazermaisemumdiaquequalquer outro funcionrio em uma semana? Aresposta que as constantes cobranas do heriadicionam custos reais no processo final aindaqueessesprejuzosestejamcamufladosporresultados imediatos. Analisando cuidadosamenteo rastro desse funcionrio, no difcil descobrirqueprofissionaiscompetentesdeixaramaempresa depois de tentar acompanhar ser ritmoalucinante.- O Tanque de Guerra: passa por cima detudo e de todos em busca de poder. Est sempreenvolvido em confuses porque aprendeu desdecedo que o mundo cruel. Para ele, melhortramar contra os outros do que ser vtima dasintrigasalheias.Noconfiaemningumetambmnodespertaconfianaemseuscolegasdetrabalho.Estetipodefuncionriocostumarelutarmuitoemmudarachaquealtamenteeficaz.Ento,useamesmatcnicaqueeleutilizacomosoutros:aintimidao.Comece perguntando se ele tem idia de quantosinimigos criou dentro da empresa. No incio, eleprotestar dizendo que voc est sendo injusto.Ento, diga-lhe que no importa se ele acha queumpoodedelicadeza,porqueasoutraspessoasnoconcordamcomisso.Seaindaassim o tanque de guerra no se convencer desua rudeza, conte o que os colegas comentamaseurespeito.Finalmente,dogolpedemisericrdia dizendo algo do tipo: Eu no voutrat-lo como criana. Por isso, mude ou encontreumnovoemprego.Comoaameaadeserdemitido costuma ser bem motivadora, o prximopasso comear a reaproxim-lo com os colegasde trabalho.-OPrecipitado:essetipoestsemprepensandonosaplausosdamultidoquandootimefazumgol.Nocampodosnegcios,eleimagina sua foto na capa de revistas importantescomo o fundador de uma empresa de sucesso.Em outras palavras, o precipitado se concentraemnegciosgrandiososantesdomomentocerto.necessriopassarduasmensagensaeste funcionrio: a primeira que sua conduta apreci ada,bemcomosuaambi oeautoconfiana.Asegundaqueapostatodasas fichas em sucesso profissional. Esse indivduodeve aprender a analisar a carreira das pessoasqueocupamoslugaresqueelealmeja,assimpodercompreenderqueestesnochegaraml por acaso.-OPessimista:sealgotemquedare r r a d o ,42certamentedar.Esteseulema.Cheiodeboas intenes, tudo o que o pessimista quer evitarqueaempresasofraprejuzos.Squeparaele,todamudanasempreparapior.Suaspreocupaespodemserjustificadasporquesebaseiamnoconhecimentodeerrospassados. Mas mais comum que esse excessodecuidadoacabeminandoacriatividadedeequipe.Felizmente,htticasparacombaterisso como: dizer ao funcionrio que ele tem todarazoemanalisaraspropostasdemudanacom tanto cuidado. O problema que suas crisesde pessimismo so to freqentes que ir acabarperdendo a credibilidade, a fora, porque ele sempreoprimeiroacolocarobstculos.importante se preocupar, porm devem semprehavercrticasconstrutivas,etambmdevemser analisados os prs e contras da implantaodeumanovaidiaassimcomoasvantagensde desvantagens de no fazer nada.Ainda para Waldroop e Butler (2001), todopadro de comportamento nocivo para a carreiratem atrs de si um processo psicolgico, que resultado da mistura da herana gentica comainflunciadomeioambiente.Estassoasexplicaes mais freqentes para uma condutaprofissional inadequada:Incapacidade de se colocar no lugar dooutro:umnmerosurpreendentedepessoastem enorme dificuldade para sair de seu prpriopontoderefernciaeenxergaromundocomosolhosdosoutros.Emoutraspalavras,faltaempatia. De certa forma, estes indivduos aindaestonai nfnci a,svol tascomsuapersonalidade narcisista.Abuso do poder: uma grande quantidadede profissionais no aprendeu a lio do comoexercer o poder de maneira justa e, ao assumirumaposi odecomando,acabaseaproveitando disso de uma maneira destrutiva.Dificuldade para lidar com a autoridade:deumlado,estoaspessoasquedesafiamachefiaotempotodo.Nooutroextremoficamaqueles que so excessivamente complacentese no questionam absolutamente nada de queo chefe diz. muito difcil encontrar quem fiquenum meio-termo saudvel.Auto-imagemnegativa:construirumacarreiradesucessoquandosetemumabaixaauto-estimaoequivalenteaerguerumarranha-cuemterrenoarenoso.Afaltadeconfianaemsimesmoprejudicaumnmeroassombrosodeexecutivosemtodososnveisdasempresas.Antes de ajudar um funcionrio a mudarseu comportamento, necessrio avaliar se elerealmente vale esse esforo. Para responder aessaperguntacrucial,devemosconsiderarospossveis resultados da tentativa e ter em menteque qualquer espera por perfeio pode por tudoa perder.3METODOLOGIADEPESQUISA3.1DESENVOLVIMENTODAPESQUISAOs dados extrados das fontes pesquisadas(funcionrios de uma grande multinacional) foramobtidos atravs de um questionrio fechado. Comissoasinformaessobreotemaabordadoforamcoletadosdeformadiretacomosenvolvidos no dia-a-dia de uma empresa ondeexistem os mais variados tipos de personalidadeseculturas,poisexistempessoasdevriasnacionalidades. Os questionrios foram passadosa49pessoasqueocupamasmaisvariadasposiesdentrodocorpoadministrativodaempresa onde trabalham aproximadamente 150pessoas,estaspessoastiveramaliberdadederespondersquestessemnenhumaespciede influncia.3.2QUESTIONRIOSOsquestionriosforamdistribudosempapelparaprofissionaisdereasvariadasetambm pr envio atravs de e-mail (meio maisutilizadodecomunicaodentrodaempresa),facilitandoassimoretornodasrespostas.Asquestesapresentadasporsissoauto-explicativas,easuainterpretaodiretaeclara, sendo que as questes foram elaboradasomaisprximoaostpicosdescritosnabasetericadesteartigo,afimdesermantidaacoernci adomesmo.Estasi nformaesserviram como uma ferramenta, e como pontodeapoio ao artigo, pois mostraram os pontosprincipaise reforam a teoria apresentada antes.3.3PERFILDOSENTREVISTADOSOsprofissionaisqueparticiparamdessapesquisatmasmaisvariadasgraduaes(tcnicae/ousuperior),ocupaesefunesdentroda organizao pesquisada.4 ANLISE DE DADOSNestetpico,deacordocomasteoriaspropostasnaBaseTerica,apresentareiosdados da pesquisa realizada, lembrando que estaf o i43realizada em uma empresa multinacional, ondepodeserencontradoumgrandenmerodeculturas diferentes de trabalho e relacionamento.Quando questionados sobre se j tiveramproblemasderelacionamentosinterpessoalnotrabalho,95%dosentrevistadosresponderamquesim,reforandoassimoquefoicitadonaintroduo deste artigo sobre quem j no tevealgum problema de relacionamento no trabalho,estes5%quenuncativeramalgumtipodeproblemanotrabalhocomoscolegaspodemser considerados um nmero muito pequeno ei nexpressi vo,ouseja,dentrode43entrevistados, apenas 2 no tiveram os referidosproblemas.Ogrficoacimamostraapercentagemdepessoasqueencontramproblemasemseudia-a-dia profissional e a percentagem de pessoasqueconseguemsolucion-los.Podemosveronmerodepessoasqueconseguelidartaisprobl emasderel aci onamentobemconsidervel, ou seja, cada vez mais as pessoasaprendem a se relacionar em grupo, aprendema lidar com pessoas difceis, aceitar os defeitosalheiosesaberconvivercomasdificuldadesdirias da vida em grupo, em sociedade, e comocitado antes, saber lidar com gente problemtica importante tanto para a realizao na carreira,quanto para a realizao pessoal.Nogrficoabaixo,segundoapesquisarealizada, podemos ver como a satisfao comotrabal hodesempenhadoi nfl uenci anocomportamentoorgani zaci onal ,comoapersonalidadedecadauminfluencianestecomportamento e se esta personalidade leva aevitarmoscontatocomalgumaspessoas.Para a grande maioria dos entrevistados,asati sfaoi nfl uenci adi retamentenocomportamento seu dentro da organizao, paraestaspessoasofatorestarcontentecomoque faz reflete claramente no seu desempenhoprofissional, e mais a personalidade de cada umtambmi nfl uenci adi retamentenestedesempenho, personalidade esta que leva 58%dosentrevi stadosaevi tarocontato,orelacionamento com algumas pessoas dentro daorganizao.Quando questionados sobre se costumamretrucar todas as ordens recebidas, o resultadofoi o seguinte:Comestesnmerospodemosverqueonmero de pessoas que se encaixa no perfil deRebelde,aindabemgrandeselevadoemconsideraoquenasituaodemercadoemvivemosmuitaspessoasaindatmmedodecontrariarseuschefesdevidoaomedodepoderemserdispensadas.Estaporcentagemdepessoasqueinsistememcontrariardevemreceberotratamentodescritonabasetericadeste artigo, ou seja, existem algumas simplespalavras que podem coagir o rebelde a pensar44maisantesdecontrariarumaordem,nonenhumaordemdevaseranalisada,masretrucaratudoeatodosnolevaaumbomrelacionamento. Talvez o rebelde seja mesmo o mais difcildeselidardentrodasorganizaes.Dosentrevistados, 56% disseram que acreditam quemuitosseaproveitamdesuaboavontadee58%cobrammuitodesimesmoquandonoatingem seus objetivos, o que pode levar estaspessoasasetornaremodiadasdentrodaorganizaoporcausadasuaobsessoporresultados.Outro fator preocupante, as pessoas quepassam por cima de tudo e de todos para atingirseusobjetivos,dosentrevistados12%fazemdetudoparaatingirseusresultados,semsepreocupar com seus colegas.Aansiedade:100%dosentrevistadosdisseramqueimaginamofinaldeumatarefaantes mesmo de inici-la, isso leva as pessoas aesperar por resultados ou almejar recompensasque ela no ter, criando uma falsa expectativa,essas pessoas devem aprender a analisar comoosoutrosqueacimadelatrabalhamecomochegaraml,elacertamenteverquenofoiporacaso.Eospessimistas?23%dosentrevistados,responderamquesempreficamcomum p atrs quanto a mudanas e novasatitudes,comelesexistemalgumastticasaseremtomadas,como:dizeraelequesuapreocupaocomasmudanasimportanteparaempresa,porm,suasconstantescrisesdepessimismopodemafetardiretamentesuacredibilidade na organizao.Fi nal mente,foi perguntadoaoentrevistadoemqualpersonalidademelhorseencaixaria,rebelde,ingnuo,heri,tanquedeguerra, precipitado ou pessimista. importanteressaltar que foi dado como alternativa apenasapalavrasemmaioresexplicaessobrecadatipodepersonalidade,estaexplicaoe/oudefinio ficou por conta de cada entrevistado,e vejamos o resultado:Confesso que no esperava tal resultado, o qualapresentaumamai ori aderebel desnaorganizaoestudada,seguidoslogoporumempateentreospessimistaseosingnuos.Entretanto,nota-setambmqueonmerodetanquesdeguerrapequeno,issopodedemonstrarqueosindivduosdentrodestaorganizaoseimportamcomseuscolegaseesto aprendendo a conviver em grupo.5CONSIDERAESFINAISComo dito na introduo deste artigo, ...possvel transformar funcionrios-problema emprofissionais eficientes. No quer dizer que sejafcil...Aquelaspessoasquetmopoderfenomenaldecausaraborrecimentosestosempreanossavoltaequeiraounotemosqueaprenderaconvivercomelas,sejanafamlia,naempresa,navizinhanaouemqualquer outro lugar.Ametodologiaaplicadaparaapesquisadosdadosfoisimplesdeseranalisadaporoferecerrespostasobjetivasefechadas,efoifeitaemapenasumaempresa,ondeestamosdiariamente em contato com pessoas de culturascompl etamentedi ferentes(argenti nos,franceses, japoneses) o que nos leva a aprendera conviver entre culturas desconhecidas, e muitasvezesfi candocl aroquemai sdi f ci l orelacionamento entre pessoas de mesma etnia,nacionalidade,culturadoqueentrepessoasestrangeiras.Estapesquisaresultouemummelhorconhecimentosobreaspessoascomasquaistrabalhojhumanoenosabiaqueseconsideravamrebeldes,pessimistas,ououtrotraodepersonalidade,mostrandoqueorelacionamentointerpessoalalgoquesedesenvolvediariamente,algoqueaprendemosdiariamente,poisnodia-a-diaconhecemosmelhor os outros e aprendemos como lidar comcada pessoa, principalmente se temos um cargovisado, seja de superviso ou gerncia, a cadasubordinadonossodevemostratardeumamaneira, temos que conhecer seus pontos fracose fortes e saber explor-los de forma a obter omximodestapessoadentrodaempresa,deacordo com os objetivos e metas da organizao.REFERNCIASBIBLIOGRFICASBERGAMINI,C.W.;BERALDO,D.G.R.AvaliaodeDesempenhoHumanodaEmpresa.4. ed. So Paulo: Editora Atlas, 198845BOWDITCH,J.L.;BUONO,A.F.ElementosdeComportamentoOrganizacional.SoPaulo: Pioneira, 1997.CHARAN,R.AGuerraContraaIndeciso.Exame, So Paulo, maio 2001, p. 91-100ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional.Rio de Janeiro: LTC, 1999BRINCKMAM, R.; KIRSCHNER, R. Como LidarcomPessoasqueVocnoSuporta.SoPaulo: Jos Olympio, 1998SCHERMERHORN, J. R.; HUNT, J. G. ; OSBORN,R.N.FundamentosdeComportamentoOrganizacional. 2. ed. Porto Alegre: Bookman,1999WALDROOP,J.;BUTLER,T.ComoLidarcomGenteDifcil.VocS.A,SoPaulo,fev.2001,p. 46-50.