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    INDICE

    Histria.pagina 3

    Acar...pagina 4 e 5

    Esterilizao/Pasteurizao....pagina 6 e 7

    Conhecimentos bsicos ..pagiana 8 a 12

    Aromatizantes.pagina 13

    Tipos de compotas/conservaspagina 14

    Compotas vs geleias.pagina 15

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    Histria

    As compotas e geleias foram elaboradas ao longo do tempo com o

    intuito de preservar a fruta. O efeito protector deve-se prpria

    acidez das frutas e ao acar. As condies de cozedura da mistura

    de frutas cidas e acar levam formao de um gel. Na base

    desse processo de gelificao esto as pectinas. Estes polmeros

    so componentes naturais dos vegetais e especialmente das frutas.

    H frutas mais ricas em pectinas do que outras, assim como h

    frutas mais cidas do que outras. Estas caractersticas devem ser

    tidos em conta no momento de decidir a forma de preparao das

    geleias e conservas.

    A origem da compota remonta a tempos antigos, quando as estaes do ano comandavam os ciclos agrcolas e as populaes preparavam grandes quantidades de mantimentos para o Inverno. Conservando a fruta em acar, era possvel aproveitar a generosidade dos frutos do Vero e do Outono, para apreciar

    durante todo o ano. Feitas com frutas inteiras ou em pedaos, cozidas em calda de

    gua e acar e aromatizada com especiarias ou mesmo bebidas alcolicas, estes doces so sempre apetitosos. As compotas conservam-se por muitos meses quando acondicionadas em vidros esterilizados e bem tampados e guardadas no frigorifico; ou preparadas directamente em recipientes prprios para compotas, encontrados nas casas especializadas em utenslios domsticos, cozidas em banho-maria hermeticamente fechadas.

    O preparo nesses recipientes feito da seguinte maneira. Coloque a fruta descascada e cortada, preenchendo 3/4 do vidro. Coloque

    cravo e canela em rama se desejar. Complete com acar cristal. Leve ao fogo em banho-maria: coloque os vidros em guia fria e deixe ferver at o acar estar totalmente dissolvido formando uma calda rala. Deixe esfriar na gua. Esse tipo de cozimento cria vcuo dentro do recipiente e as compotas podem ser guardadas assim por muitos meses. Depois de aberto, o doce deve ser

    conservado no frio.

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    As compotas tambm so o primeiro passo para as frutas cristalizadas. Depois de pronta, escorre-se a calda, passa-se os pedaos de fruta em acar cristal e deixa-se secar. Tambm podem ser feitos vrios cozimentos em calda de acar at os

    pedaos ficarem totalmente cobertos por uma camada de acar cristalizado. ACAR

    O acar representa uma parte importante das compotas, quer ele seja natural da fruta ou adicionado a posteriori, atravs dele que obtemos uma densidade especifica para que as compotas se conservem, pois ao aquecer-mos o acar estamos a atribuir uma densidade diferente a qual vai aumentando em relao temperatura do prprio acar temos ento os chamados pontos de acar, neste caso estamos a falar de uma temperatura de 105

    c ou 202f, esta temperatura pode ser aferida com o auxilio de um termmetro tambm conhecido por pesa xaropes. No entanto devemos ter em conta o tipo de fruta utilizada, pois esta pode conter mais ou menos pectina, mais ou menos acidez influenciando deste modo a consistncia e o tempo de preparo. Devemos ter em conta tambm o tipo de acar que utilizamos,

    pois pode conter mais ou menos impurezas o que vai tornar o doce mais doce ou menos doce, assim como, mais cristalino ou mais escuro. Para tal indicamos alguns tipos de acar: Temos o acar refinado

    Acar de demerara Acar mascavado Frutose

    Lactose Sacarose Glicose

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    Mel (nico alimento que no se estraga ) Como podem ver, existe um vasto leque de acares que podemos utilizar de forma a garantirmos um produto mais equilibrado e

    saboroso. Exemplo: Devemos optar por acar mascavado ou de demerara nem que seja numa percentagem em relao ao acar refinado (cristal),

    pois o acar mascavado no purificado logo contem valores nutricionais de importncia como por exemplo as vitaminas, no entanto devemos ter em conta o teor de impureza do mesmo .

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    Esterilizao

    A esterilizao um passo importante na conservao das compotas, doces e

    geleias, atravs deste mtodo que prevenimos a existncia de bactrias ou

    bolores que eventualmente existam nos frascos evitando assim a deteriorao

    acelerada do produto.

    Mtodo de esterilizao

    1 Atravs da fervura

    Digamos que este o mtodo mais prtico e acessvel para efectuarmos uma

    esterilizao .

    Para tal colocamos os frascos dentro de um tacho e cobrimos na totalidade

    com agua, levamos ou lume e deixamos ferver em cacho por 10 minutos,

    no final retiramos os frascos do tacho e colocamos a secar voltados para

    baixo sobre um pano limpo e seco.

    As tampas devem ser colocadas na agua a ferver no momento antes da sua

    utilizao, visto conterem uma colo especial que ir tornar-se mais mole,

    proporcionando deste modo um vcuo .

    2 Atravs do forno

    Colocar os frascos lavados num tabuleiro e levar ao forno aquecido por

    minutos a 160 c

    Este mtodo simula a autoclave no entanto de forma muito simples.

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    Aps esterilizarmos os frasco devemos proceder ao acto de enche-los,

    devemos ter em conta que a compota ou doce deve estar quente, portanto

    preste ateno e use proteco.

    Podemos encher os frasco com um funil ou auxilio de um recipiente tipo

    caneca para facilitar o processo, no final limpar muito bem o rebordo do

    frasco com um pano hmido que no deixe plo e colocar um papel vegetal

    directamente sobre o doce ou compota, evitando deste modo uma oxidao

    da superfcie, por fim colocar a tampa e deixar arrefecer para gerar vcuo .

    PASTEURIZAO

    Neste caso trabalhamos directamente com os frasco j esterilizados, cheios e

    selados e procedemos da mesma forma que na esterilizao com a diferena

    que devemos ferver por mais tempo a fim de pasteurizar.

    Tempos de pasteurizao

    Conservas frias

    Frascos de 500g----- 25 minutos

    Frascos de 1kg ----30 minutos

    Conservas quentes

    Frascos de 500g ---20 minutos

    Frascos de 1kg---25 minutos

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    CONHECIMENTOS BSICOS

    PCTINA

    O QUE A PECTINA

    A pectina o componente mais importante na unio das paredes clulares das plantas e frutas. quimicamente um polsacarideo, que consiste numa cadeia linear de molculas ligadas com cido galacturonico; as regies na estrutura me que tem muitas cadeias laterais so chamadas por regies peludas, e regies com correntes pequenas de lado so referidas como as regies lisas.

    A estrutura da pectina:

    A pectina tem a propriedade de formar um gel com o acar. Por esta razo, a pectina utilizada em combinao com o acar como um agente espessante na indstria alimentar. Um uso bem conhecido da pectina est na produao de compotas. A maioria dos frutos contm pectina, mas nao em quantias suficientes para formar um gel grosso logo necessario adicionar pectina para melhorar a qualidade da compota. A pectina adicionado a um acar especial que pode ser usado especialmente para fazer compota. (acar gelificante). A pectina e o acar formam uma rede quando aquecidas, isto no acontece a temperatura ambiente. Esta a razo pela qual a compota qu engrossa enquanto a sua cozedura. O grupo de frutas que contem pectina suficiente para formar um gel muito pequeno; um exemplo a marmelada. Comercialmente a pectina feita de ma e de polpa de laranja.

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    Verificar o ponto

    A compota esta no ponto quando atingir a temperatura de 105c ou quando

    formar estrada

    As frutas devem ser cortadas o mais finamente possvel de forma a que se

    decomponham sem necessidade de passar a varinha mgica, assim teremos

    compota com pedaos de fruta, outra forma cortar pedacinhos de fruta e

    levar a cozer os mesmos em calda de acar em ponto prola que depois

    adicionamos a compota no fim da confeco, assim teremos uma textura

    diferente.

    As propores de acar e fruta devem ser equilibradas consoante o teor de

    pectina na fruta sem assim devemos ter em ateno a acidez e teor de

    pectina da fruta .

    Teste para verificar existncia de pectina:

    O cido pctico solvel em gua, razo pela qual tem capacidade de

    gelatinizao. Para extrair a pectina necessrio ferver as frutas rapidamente

    at ficarem um pouco macias. A cozedura prolongada destri a capacidade

    da pectina de formar geleia, em especial nas frutas muito cidas. Pouca pectina d uma geleia mole. Quando no estiver segura da presena e

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    qualidade da pectina no sumo, aconselhvel fazer o seguinte teste para

    determinar a sua presena:

    1. Deite 2 a 3 colheres de sopa de lcool num copo.

    2. Despeje devagar no lcool igual quantidade de suco frio da fruta.

    3. Misture, agitando o copo levemente de um lado para o outro com

    movimentos rotativos.

    4. Deixe repousar 1 minuto.

    Resultados:

    a) Se o suco da fruta for rico em pectina, forma-se uma massa slida.

    b) Se o suco for moderadamente rico em pectina, a massa quebra-se em

    pedaos.

    c) Se o suco for pobre em pectina, a massa quebra-se em pedacinhos

    pequenos.

    Recomenda-se o uso das seguintes propores de suco e acar nos casos

    acima:

    Rico em pectina: de chvena-padro de acar para cada chvena de suco.

    Moderadamente rico: a de chvena de acar para uma chvena de

    suco.

    Pobre em pectina: o suco no poder ser usado para fazer geleia, a menos

    que se adicione suco de frutas ricas em pectina, pectina extrada em casa (da

    casca da laranja ou de mas) ou pectina comercial. As laranjas e as mas

    so as frutas mais ricas em pectina.

    Obs.: A pectina s dever ser integrada quase no fim da cozedura e

    misturada com acar. Se no procedermos assim, a pectina criar bolhas de

    ar.

    Glicose: uma substncia ptima para adicionar s geleias, doces e caldas e

    evitar a cristalizao dos doces. A glicose um acar menos doce do que o

    acar cristalizado e refinado. Podemos substituir 50 % dos acares comuns

    das receitas por glicose.

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    Frutas ricas em pectina: ma, ameixa, goiaba, marmelo, limo, laranja, uvas

    pretas, damascos, tangerinas, pssegos e pra.

    Frutas pobres em pectina: morangos, figos e anans.

    O acar

    O acar tambm ajuda a dar forma geleia. Age como conservante,

    evitando que o produto se deteriore com facilidade. Melhora o sabor da

    geleia e aumenta o seu grau de maciez. Use o acar refinado ou

    cristalizado, mas se quiser utilizar o acar mascavado, faa-o na proporo

    de 25 % para cada 75 % de acar comum. Use a mesma proporo com o

    mel.

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    AROMATIZANTES

    No processo de confeco de compotas podemos adicionar diferentes

    aromas de forma a melhorar o gosto das mesmas, para tal podemos utilizar

    algumas combinaes as restantes requerem experiencias para aferir a sua

    compatibilidade.

    Gengibre sabor fresco, ctrico e picante ( compotas de ma, abbora)

    Coentros sabor fresco e fortemente aromtico ( compota de ma), tomate

    Ch verde utilizado em infuso para compotas de frutas no muito

    persistentes

    Pimentas muito interessantes em anans, morangos e peras

    Manjerico em morangos, ma, uvas

    Cravinho- em laranja, tangerinas, e chocolate

    Noz moscada d um toque extico quando utilizado com moderao

    Canela- uso geral

    Vidrados de citrinos- uso geral

    Malaguetas : interessantes em anans principalmente em geleias

    Alfazema: interessante em peras

    Anis estrelado: muito bem em ameixas e frutas em geral

    Baunilha uso geral

    Vinagre balsmico- para frutas pouco acidas

    Folhas de gernio : geleia de franbuesa

    Hortel- com ma

    Etc

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    TIPOS DE COMPOTA E CONSERVAS

    Para alem das compotas temos as geleias, estas so elaboradas a partir das

    cascas sem necessidade de utilizar fruta propriamente dita, basicamente a

    geleia uma calda de acar aromatizada com a fruta e outros aromatizantes

    de forma a obter uma consistncia parecida coma do mel, cristalina e

    aromtica.

    Outra variante de compotas so os chuteneys, estes so composies agri

    doces de legumes ou frutas originrios da India tem em comum a utilizao

    de cidos, especiarias e adoantes, por exemplo, vinagre, canela e mel.

    Temos tambm as frutas em calda

    As coalhadas de fruta, feitas a partir de suco e polpa de fruta e adio de

    manteiga e gemas.

    As marmeladas, so digamos compotas mais espessas de forma a

    proporcionar o corte a faca

    Frutas cristalizadas e glaciadas.

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    COMPOTAS VS GELEIAS

    Para mim no deve existir uma sem a outra, visto que a geleia um sub

    produto da compota, logo devemos ter em conta a sua utilizao pois

    mais uma fonte de aproveitamento.

    As geleias proporcionam a utilizao de infuses o que muito til quando

    pretendemos aromatizar e ser originais e criativos, podendo at jogar com a

    cor .

    No entanto falta textura s geleias a qual esta na compota, que por sua vez

    mais consistente e carnuda .

    Ambos os mtodos so importantes formas de conservao cabe a ns optar

    pelo que melhor se adequa nossa necessidade.

    Bom trabalho , boas compotas

    E muitos momentos doces de fruta e geleias.