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Comunicação Digital / Cibercultura Prof. Dr. Andre Stangl https://ambientedigitalpuc.wordpress.com/

Comunicação Digital / Cibercultura · A cibercultura é um subcampo dentro da comunicação? A expensão dos fenômenos da cultura digital desloca seu estudo para outras áreas,

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Comunicação Digital / Cibercultura

Prof. Dr. Andre Stangl

https://ambientedigitalpuc.wordpress.com/

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https://youtu.be/9etefsYMm5o

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“As técnicas carregam consigo projetos, esquemas imaginários, implicações sociais e culturais bastante variados. Sua presença e uso em lugar e época determinados cristalizam relações de força sempre diferentes entre seres humanos.

(...)não podemos falar dos efeitos sócio-culturais ou do sentido da técnica em geral.

(…) Por trás das técnicas agem e reagem idéias, projetos sociais, utopias, interesses econômicos, estratégias de poder, toda a gama dos jogos dos homens em sociedade.

Portanto, qualquer atribuição de um sentido único à técnica só pode ser dúbia. A ambivalência ou a multiplicidade das signifcações e dos projetos que envolvem as técnicas são particularmente evidentes no caso do digital.”

Pierre Lèvy - Cibercultura, p. 23

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Computadores modernos

Primeira geração (1946 — 1959)Segunda geração (1959 — 1964)Terceira geração (1964 — 1970) Quarta geração (1970 até hoje)

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Linha do Tempo da Internet

1962 — Começa a pesquisa sobre urna rede de comunicações para uso de militares, que fosse imune a bombardeios e outros ataques, na Rand Corporation, agência do governo norte- americano.

1964 — Surge a primeira proposta para uma rede do tipo da Internet, escrita pelo cientista Paul Baran (“On Distributed Communications Networks").

1968 — O National Physical Laboratory, na lnglaterra, testa a primeira rede baseada nesses princípios. Pouco depois, a Arpa (Advanced Research Projects Agency, ligada ao Pentagono) decide iniciar um projeto maior e mais anibicioso nos Estados Unidos.

1969 — É instalado o primeiro nó (computador ligado à rede) da Arpanet nos Estados Unidos. Foram interligados quatro computadores, na Ucla, na UC Santa Barbara, em Stanford e na Universidade de Utah.

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1970 - Estréia a Alohanet, na Universidade do Havai. Cientistas e estudantes comegam a usar a Arpanet principalmente para trocar mensagens de correio eletrônico, e não só para compartilhar recursos de computadores, como tinha sido imaginado de inicio.

1972 — Ray Tomlison, criador do correio eletrônico na Internet, inventa os endereços com o sinal @, que são usados ate hoje.

1973 — A Arpanet estabelece conexões internacionais, na Inglaterra e na Noruega.

1973 - A Motorola apresentou o DynaTAC 8000, primeiro celular (comercializado só em 1983).

1974 —A BBN (Bolt, Beranek & Newman) abre a Telenet, primeira versão comercial da Arpanet.

1976 - É lançado o Apple I, que pode ser considerado como o primeiro computador pessoal.

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1976 - A rainha Elizabeth da Inglaterra manda sua primeira mensagem de correio eletrônico.

1979 — Nasce a Usenet.

1982 — O termo "Internet” é usado pela primeira vez.

1983 — O TCP/IP se torna a linguagem universal da Internet. O Microsoft Word é criado.

1985 - Microsoft lança o sistema operacional Windows 1.0

1988 — No dia 19 de janeiro o 'Internet worm' (“verme da Internet”), vírus feito por um estudante, paralisa temporariamente 6 mil dos 60 mil computadores então ligados à rede.

1989 - Primeiros acessos à rede acadêmica Bitnet no Brasil.

1990 — Termina a Arpanet. O Adobe Photoshop é lançado.

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1991 — Surge a WorldWideWeb (www) e o sistema aberto do Linux.

1993 - Primeiros navegadores Mosaic e Netscape (1994). O MP3 e o PDF são criados.

1995 - É lançado o Yahoo!

1996 - Lançamento do Microsoft Hotmail e no Brasil surgem os portais e serviços de conexão UOL e ZAZ

1997 - O supercomputador da IBM, Deep Blue, derrotou o campeão de xadrez, Garry Kasparov.

1998 - O sistema de busca do Google é lançado

1999 - Surge o Napster, o Blogger e os primeiros celulares com acesso a Internet.

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Videos> Os cabos submarinos que alimentam a Internet https://goo.gl/RyFmnM

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A Década da Web 2.0

2000 - Wikipedia, Pen drive e wi-f (c)

2001 - Creative Commons e iPod

2002 - GPS (c), Last.fm, Banda Larga – ADSL (c), RapidShare e Soulseek

2003 - 3G, WordPress, BitTorrent, The Pirate Bay, Second Life, Skype e MySpace

2004 - Firefox, Gmail, Facebook, Orkut, Flickr e Ubuntu

2005 - Google Earth e Youtube

2006 - WikiLeaks, Overmundo e Twitter

2007 - iPhone, Dropbox, Kindle e Netfix

2008 - Spotify, Android e Waze

2009 – Bitcoin e WhatsApp

2010 - iPad, Instagram

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“A cooperação e a liberdade de informação podem ser mais propícias à inovação do que a competição e os direitos de propriedade.” (p13)

“A Internet nasceu da improvável interseção da big science, da pesquisa militar e da cultura libertária.”(p19)

A GALÁXIA DA INTERNET – Manuel Castells

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Os três princípios operacionais da rede Internet (p.20):01 – estrutura de rede descentralizada >>> ausência de hierarquia02 – informação compartilhada em rede >>> fexibilidade 03 – redundância de funções >>> autonomia

“Todos os desenvolvimentos tecnológicos decisivos que levaram à Internet tiveram lugar em torno de instituições governamentais, importantes universidades e centros de pesquisa.” (p.23)

A GALÁXIA DA INTERNET – Manuel Castells

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Declaração de Independência do Ciberespaço (1996) - trecho

"Governos do Mundo Industrial, vocês gigantes aborrecidos de carne e aço, eu venho do espaço cibernético, o novo lar da Mente. Em nome do futuro, eu peço a vocês do passado que nos deixem em paz. Vocês não são benvindos entre nós. Vocês não têm a independência que nos une. Os governos derivam seu justo poder a partir do consenso dos governados. Vocês não solicitaram ou receberam os nossos. Não convidamos vocês. Vocês não vêm do espaço cibernético, o novo lar da Mente." (http://www.dhnet.org.br/ciber/textos/barlow.htm)

John Perry Barlow (1947 - 2018)poeta e ensaísta americano, criador de gado e ativista ciberlibertário, também foi letrista do Grateful Dead e membro fundador da Electronic Frontier Foundation e da Freedom of the Press Foundation.

A "Declaração" foi escrita em resposta à promulgação da "Lei de Decência nas Comunicações". Ele argumentou que a ordem legal do ciberespaço refetiria a deliberação ética da comunidade em vez do poder coercitivo que caracterizava a governança do espaço real.

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“Uma rede, por defnição, é não-linear. O signifcado desta propriedade foi reconhecida já nos dias da cibernética (anos 40). Os “cibernéticos” estavam muito interessados em redes mas não tinham ferramentas matemáticas para lidar com a não-linearidade.Eles inventaram todas as espécies de técnicas matemáticas, mas eles não tinham os computadores poderosos que temos agora paralidar com equações não-lineares e para simular sistemas não-lineares.”

PISANI, Francis. Interview with Fritjof Capra.

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Ciclos da cibercultura

> cibernética> pre-digital, pre-rede> redes e digitalização > subcultural > desmaterialização (bits x átomos)> desterritorializada> pós-cultural> rematerialização > hiperlocalização> pós-humanismo

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QUESTÕES

A cibercultura se justifca epistemologicamente como um novo campo?

Quando e como surgiu o termo “cibercultura”?

A cibercultura é um subcampo dentro da comunicação?

A expensão dos fenômenos da cultura digital desloca seu estudo para outras áreas, como antropologia, psicologia, economia, etc?

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“O Ngram Viewer, do Google Labs, é uma ferramenta permite que o usuário pesquise por palavras e ideias dentro de um banco de dados de mais de 5 milhões de livros escritos ao longo dos últimos séculos e que foram digitalizados pelo projeto Google Books.

No gráfco gerado, o eixo X exibe o período em anos enquanto o eixo Y exibe a seguinte informação: De todos os termos contidos na base de dados de livros escritos ao longo daquele ano na língua selecionada, quantos são exatamente o que você procura?”

Usando o Ngram Viewer podemos ver a historicidade dos termos:“cybernetic/cibernética”, “cybercultural/cibercultural”, “cyberculture/cibercultural” e “digital culture/cultura digital”

Fonte: http://deutilt.com.br/tudo-junto/google-ngram-viewer/

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“Mídias híbridas e mutantes proliferam sob o efeito da virtualização da informação, do progresso das interfaces, do aumento das potências de cálculo e das taxas de transmissão.

Cada dispositivo de comunicação diz respeito a uma análise pormenorizada, que por sua vez remete à necessidade de uma teoria da comunicação renovada, ou ao menos a uma cartografa fna dos modos de comunicação.

O estabelecimento dessa cartografa torna-se ainda mais urgente, já que as questões políticas, culturais, estéticas, econômicas, sociais, educativa e até mesmo epistemológicas de nosso tempo são, cada vez mais, condicionadas a confgurações de comunicação.”

Pierre Lévy - Cibercultura, p. 82

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Os fenômenos da cultura digital podem ser estudados sob diversos prismas conceituais.

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Recomendação de leitura:

Repensando a(s) teoria(s) da Cibercultura:articulações e tensões com as teoriasda Comunicação

Luís Mauro Sá Martino

http://revistas.unisinos.br/index.php/questoes/article/view/7661/PDF