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1 CONCORRÊNCIA COPEL SAF/ DPQM 003 / 2013 OBJETO DA LICITAÇÃO: A venda de PRODUTOS FLORESTAIS, sendo, aproximadamente, 61.651 m³ (sessenta e um mil seiscentos e cinquenta e um metros cúbicos) de madeira em toras com casca de espécies nativas diversas; aproximadamente 89 m³ (oitenta e nove metros cúbicos) de madeira em toras com casca de espécies exóticas diversas, e aproximadamente 147.351 m³ (cento e quarenta e sete mil trezentos e cinquenta e um metros cúbicos) de lenha de espécies nativas oriundas da supressão vegetal realizada para formação do lago da Usina Hidrelétrica Mauá (UHE Mauá), nos Municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, no Estado do Paraná. Esclarecimento Nº 1 Pergunta 1 - Vocês tem o estudo de um engenheiro florestal levantando as espécies presentes nos lotes de madeira em toras de espécies nativas e exóticas? Mesmo que por amostragem? Pergunta 2 - Gostaria de informações sobre que tipo de madeira, espécie que se refere este leilão, especificações de diâmetros comprimentos das toras. Resposta - Pergunta 1 1. Produtos Florestais Os PRODUTOS FLORESTAIS ora ofertados foram obtidos das operações de supressão da vegetação da área correspondente à bacia de acumulação da Usina Hidrelétrica Mauá e se apresentam na forma de TORAS e LENHA. As referidas operações florestais conferem aos respectivos produtos florestais o título de MADEIRA LEGAL por estarem amparadas nas Autorizações Florestais de Supressão Vegetal nº 13.858 e nº 13.859 e na Autorização Florestal para Aproveitamento do Material Lenhoso nº 19.828; todas emitidas pelo órgão ambiental estadual, o INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ – IAP. (Anexos 1 a 3). 2. Estocagem Os produtos florestais TORAS estão estocados em pátios de madeira contíguos ao reservatório da Usina Hidrelétrica Mauá e são predominantemente originários de espécies nativas, estando estocados de forma sortida ao ar livre. (Foto 1)

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CONCORRÊNCIA COPEL SAF/ DPQM 003 / 2013

OBJETO DA LICITAÇÃO:

A venda de PRODUTOS FLORESTAIS, sendo, aproximadamente, 61.651 m³ (sessenta e um mil seiscentos e cinquenta e um metros cúbicos) de madeira em toras com casca de espécies nativas diversas; aproximadamente 89 m³ (oitenta e nove metros cúbicos) de madeira em toras com casca de espécies exóticas diversas, e aproximadamente 147.351 m³ (cento e quarenta e sete mil trezentos e cinquenta e um metros cúbicos) de lenha de espécies nativas oriundas da supressão vegetal realizada para formação do lago da Usina Hidrelétrica Mauá (UHE Mauá), nos Municípios de Telêmaco Borba e

Ortigueira, no Estado do Paraná.

Esclarecimento Nº 1

Pergunta 1 - Vocês tem o estudo de um engenheiro florestal levantando as espécies presentes nos lotes de madeira em toras de espécies nativas e exóticas? Mesmo que por amostragem?

Pergunta 2 - Gostaria de informações sobre que tipo de madeira, espécie que se refere este leilão, especificações de diâmetros comprimentos das toras.

Resposta - Pergunta 1

1. Produtos Florestais

Os PRODUTOS FLORESTAIS ora ofertados foram obtidos das operações de supressão da vegetação da área correspondente à bacia de acumulação da Usina Hidrelétrica Mauá e se

apresentam na forma de TORAS e LENHA.

As referidas operações florestais conferem aos respectivos produtos florestais o título de MADEIRA LEGAL por estarem amparadas nas Autorizações Florestais de Supressão Vegetal nº 13.858 e nº 13.859 e na Autorização Florestal para Aproveitamento do Material Lenhoso nº 19.828; todas emitidas pelo órgão ambiental estadual, o INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ – IAP. (Anexos 1 a

3).

2. Estocagem

Os produtos florestais TORAS estão estocados em pátios de madeira contíguos ao reservatório da Usina Hidrelétrica Mauá e são predominantemente originários de espécies nativas, estando

estocados de forma sortida ao ar livre. (Foto 1)

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Foto 1 – Pilha de toras

O produto florestal LENHA também está estocado em pátios de madeira, em pilhas ao ar livre, sem classificação por espécies e composto preponderantemente de espécies nativas diversas.

(Foto 2)

Foto 2 – Pilhas de lenha

Por ocasião das atividades de mensuração, os pátios foram identificados e georreferenciados.

(Foto 3).

Foto 3 – Placa de identificação dos pátios de madeira.

3. Identificação das Espécies (Toras)

A identificação das espécies florestais foi feita com o auxílio de práticos (mateiros) nas equipes de coleta de dados, sob a supervisão de engenheiro florestal. As toras foram numeradas

individualmente (Foto 4)

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Foto 4 – Toras identificadas.

4. Determinação dos volumes dos produtos florestais (Cubagem)

A cubagem dos produtos florestais ocorreu da seguinte forma:

a. Cubagem das Toras

A cubagem de todas as toras estocadas nos pátios de madeira se fez pela metodologia Smalian, a qual preconiza a medição - com o registro em formulários apropriados - das duas medidas ortogonais de cada topo, visando a determinação das áreas das seções transversais (g1 e g2); bem como a medição dos comprimentos (l) de todas as toras; medidas estas

coletadas em metros. A determinação da área da seção transversal média [(g1+g2)/2], multiplicada pelo comprimento da tora, forneceu o volume do cilindro, aceito por este método como o volume da tora sob medição (Figura 1), em metros cúbicos.

Figura 1 Cubagem: Método Smalian

b. Cubagem da Lenha

A cubagem das pilhas de lenha, compostas por madeira sortida de espécies preponderantemente nativas, ocorreu pela tomada das medidas (em metros) das larguras, dos comprimentos e de diversas medidas ao longo das pilhas para determinação das alturas

médias. O produto destas dimensões forneceu o volume das pilhas em estéreos.

Segundo MACHADO e FIGUEIREDO (2003), embora o volume sólido de uma pilha de lenha possa ser obtido individualmente pelo somatório dos volumes dos toretes, este procedimento envolve um grande esforço de mão-de-obra e de tempo para sua realização. A maneira mais prática e usual de se estimar o volume sólido de uma pilha de LENHA é pela medição das suas dimensões

(largura, altura e comprimento da pilha), com as quais se obtém o volume em estéreo (Figura 2).

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Figura 2- O estéreo

c. Conversão da lenha de estéreos em metros cúbicos

Os fatores de conversão dos volumes da lenha de estéreos para metros cúbicos foram determinados para ambas as margens do rio Tibagi de acordo com a metodologia dos pontos amostrais conhecida como PNA e baseada na metodologia de relascopia de Bitterlich. (MACHADO e FIGUEIREDO, 2003).

Foto 5 – Metodologia PNA

Os fatores de conversão de estéreos para metros cúbicos apurados do levantamento de

campo foram:

- Margem direita: 1 estéreo = 0,657533 m³

- Margem esquerda: 1 estéreo = 0,656475 m³

5. Laudos de cubagem

A compilação dos dados coletados nos formulários de campo foi feita no escritório e serviu de

base para elaboração dos LAUDOS DE CUBAGEM por pátio de madeira e por produto florestal.

O laudos de cubagem das TORAS consolidaram os volumes por espécie florestal integrante de

cada pátio de madeira.

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6. Responsabilidade Técnica

Todas as atividades acima descritas tiveram a RESPONSABILIDADE TÉCNICA do engenheiro florestal DANIEL DE FREITAS BALBI, registrado no CREA-PR sob nº 76.868/D tendo sido recolhida a

Anotação de Responsabilidade Técnica - ART sob nº 20105630502.

Resposta - Pergunta 2

7. Espécies florestais

Os produtos florestais toras e lenha referente a esta licitação são constituídos de espécies

florestais predominantemente nativas, com as características a seguir (Tabela 1)

A verificação das quantidades por espécies ou sortimentos (comprimentos e classes de diâmetro das toras) deverá ser feita in loco pelos interessados, conforme especifica o item 5 do

Edital, EXPOSIÇÃO DOS MATERIAIS.

A seguir relacionam-se as espécies que foram objeto de cubagem e laudos, no âmbito geral do projeto. (Tabela 2).

Tabela 2 – Relação das espécies Nome científico Nome vulgar

Acacia polyphylla Monjoleiro

Albizia niopoides Farinha-seca

Alchornea triplinervia Tapiá

Allophylus edulis Vacum

Anadenanthera sp. Angico

Annona sp.1 Araticum

Araucaria angustifolia Araucária

Aspidosperma polyneuron Peroba

Astronium graveolens Guaritá

Balfourodendron riedelianum Pau-marfim

Bauhinia spp. Casco-de-boi

Bombax cyathoforum Embiruçú

Cabralea canjerana Canjarana

Caesalpinia ferrea Pau-ferro

Campomanesia guazumifolia Sete-capote, Capoteira

Campomanesia xanthocarpa Guabirobeira

Casearia decandra Guaçatunga

CLASSE CARACTERÍSTICAS

I

LENHA - madeira com diâmetro entre 8 e 25,0 cm, medido na ponta mais grossa, com casca, devendo ter no mínimo 1,1 m de comprimento.

II

TORA - madeira com diâmetro maior que 25,0 cm medido na ponta mais fina, com casca. Os comprimentos padrão poderão variar entre 2,50 m a 8,50 m, para as perobas, e 2,50m a 4,00m, para as demais espécies, conforme melhor aproveitamento do fuste principal.

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Tabela 2 – Relação das espécies Nome científico Nome vulgar

Casearia sp. Cafeeiro

Cassia sp. Canafístula

Cecropia pachystachya Embaúba

Cedrela fissilis Cedro

Centrolobium tomentosum Araruva

Chorisia speciosa Paineira

Clethra scabra Carne-de-vaca

Copaifera langsdorffii Copaíba

Copaifera trapezifolia Pau-óleo

Cordia trichotoma Louro

Croton floribundus Capixingui

Cryptocarya aschersoniana Canela-fogo

Cupania vernalis Cuvatã

Dalbergia vilosa Caviúna

Diatenopteryx sorbifolia Maria Preta

Enterolobium contortisiliquum Timburil

Erisma uncinatum Cedrinho

Erythrina falcata Corticeira

Eucalyptus sp. Eucalipto

Eugenia involucrata Cerejeira

Eugenia pyriformis Uvaia

Ficus sp. Figueira

Gallesia integrifolia Pau d'alho

Heliocarpus popayensis Jangada

Holocalyx balansae Alecrim

Hovenia dulcis Uva-do-japão

Inga sp. Ingá

Jacaranda micrantha Jacarandá

Jacaranda micrantha Caroba

Laurus nobilis Louro

Lithraea molleoides Bugreiro

Lonchocarpus guilleminianus Embira-de-sapo

Lonchocarpus muehlbergianus Rabo-de-bugio

Luehea divaricata Açoita-cavalo

Machaerium aculeatum Bico de pato

Machaerium stipitatum Sapuva

Maclura tinctoria Taiuva

Matayba elaeagnoides Miguel Pintado

Morus sp. Amoreira

Myrciaria cauliflora Jabuticaba

Myrocarpus frondosus Cabreúva, Óleo-pardo

Myroxylon sp. Pau-bálsamo

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Tabela 2 – Relação das espécies Nome científico Nome vulgar

Nectandra lanceolata Canela-amarela

Nectandra sp. Canela-Imbuia

Nectandra sp. Canela

Ocotea brachybotra Canela-bosta

Ocotea corymbosa Canela-preta

Ocotea guianensis Louro-branco

Ocotea puberula Canela-guaicá

Parapiptadenia rigida Gurocaia

Patagonula americana Guajuvira

Picraminia ramiflora Pau-amargo

Pinus sp. Pinus sp.

Piptadenia gonoacantha Pau-jacaré

Piptocarpha sp. Vassourão

Prunus sellowii Pessegueiro Bravo

Prunus sp. Roseira brava

Psidium cattleyanum Sabine Araçá

Pterogyne nitens Amendoim

Quercus sp. Carvalho

Rapanea umbellata Capororoca

Rauvolfia sellowii Casca d'anta

Rhamnidium elaeocarpus Café-do-mato

Ruprechtia laxiflora Marmeleiro

Sapium glandulatum Leiteiro

Schinus sp. Aroeira

Sebastiania commersoniana Branquilho

Sloanea monosperma Sapopema

Tabebuia alba Ipê

Terminalia brasiliensis Amarelinho

Vatairea heteroptera Angelim

Vitex megapotamica Tarumã

Zanthoxylum rhoifolium Mamica-de-cadela

8. Assinaturas dos Responsáveis

_____________________ _____________________ _____________________

Gestor do Contrato Suplente do Gestor do Contrato VISTO GERENCIAL

Sergio Luiz Gonçalves Santos Robinson Sebastian Selner Murilo Lacerda Barddal

Engenheiro Florestal CREA PR-5.176/D Engenheiro Florestal CREA PR-

29.633/D Gerente de Departamento

DMC/SEA/DBIO/VMFF DMC/SEA/DBIO/VMFF DMC/SEA/DBIO 05/06/2013 05/06/2013 05/06/2013

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