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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO CONTROLE DE H2S NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO Autor: Ricardo Alexandre Santana da Silva Orientador: Prof. D.Sc. Gabriel Francisco da Silva São Cristóvão - Sergipe Fevereiro de 2007

Cont. de H2S na Prod. petroleo

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO

CONTROLE DE H2S NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

Autor: Ricardo Alexandre Santana da Silva Orientador: Prof. D.Sc. Gabriel Francisco da Silva

São Cristóvão - Sergipe Fevereiro de 2007

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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO

CONTROLE DE H2S NA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

Autor: Ricardo Alexandre Santana da Silva Orientador: Prof. D.Sc. Gabriel Francisco da Silva Curso: Especialização em Engenharia de Petróleo Área de Concentração: Petróleo

Monografia apresenta ao curso: Especialização em Engenharia de Petróleo, como requisito para a obtenção do título de Especialista em Engenharia de Petróleo.

São Cristóvão - Sergipe Fevereiro de 2007

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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA CENTRAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Silva, Ricardo Alexandre Santana da S586c Controle de H2S na Produção de Petróleo / Ricardo Alexandre Santana da Silva. – São Cristóvão, 2007. 54f. : il.

Monografia ( Especialização em Engenharia de Petróleo) – Pró- Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Universidade Federal de Sergipe, 2007.

Orientador: Prof. Dr. Gabriel Francisco da Silva 1. Produção de Petróleo. 2. Gás Natural. 3. Gás Sulfidrico. I. Título.

CDU 622.323

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho aos meus pais (José Aloísio da Silva e Gilma Santana da Silva)

que sempre acreditaram em mim.

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AGRADECIMENTOS

A Deus primeiramente, pois este possibilitou minha existência e nunca me deixou

fraquejar diante das dificuldade encontradas.

Aos Professores e Coordenadores do Curso de Pós Graduação em Engenharia de

Petróleo , pela orientação, paciência, amizade e momentos de descontração.

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“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”.

Ricardo Alexandre

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SUMÁRIO

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

1.1 – Origem do Trabalho 14

1.2 – Objetivo 23

1.3 – Estrutura do Trabalho 24

CAPÍTULO 2 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 – Gás Natural 25

2.1.1 – Características e Vantagens 26

2.1.2 – Aplicação do Gás Natural 27

2.1.3 – Composição e Propriedades 28

2.2 – Característica do Fluido H2S 29

2.3 – Gás Sulfídrico 31

2.4 – Definição da Estratégia de Produção 34

2.4.1 – Indicadores Físicos 35

CAPÍTULO 3 – PROPOSIÇÃO METEDOLOGICA

3.1 – Introdução 39

3.2 – Métodos Empregados na Pesquisa 40

3.3 – Premissas Gerais 41

3.3.1 – Fundamentos Básicos 41

3.3.2 – Estratégia de Produção 42

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CAPÍTULO 4 – RESULTADOS

4.1. Tratamento de Injeção Continua 43

4.1.1. Vantagens do Tratamento 44

4.1.2. Monitoração do Tratamento 44

4.2. Monitoramento Analítico Quantitativo de Rotina nas Linhas 45

4.3. Qualitativo de Rotina da Atmosfera com Tiras de Acetato de Chumbo 46

4.4. Outras Medições 48

4.4.1. Teor de H2S no Domo dos Tanques 48

4.5. Novas Tecnologias Desenvolvidas 50

4.5.1. Remoção de H2S Com Névoa Sequestrante 50

4.5.2. Remoção de H2S Com Espuma Sequestrante 51

CAPÍTULO 5 – CONCLUSÕES

5.1. Conclusões Obtidas Através Dos Resultados 53

BIBLIOGRAFIA 54

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RESUMO SILVA, Ricardo Alexandre S. Controle de H2S na Produção de Petróleo. Aracaju: Universidade Federal de Sergipe, 2006. 54p. Monografia (Pós-Graduação).

O objetivo deste trabalho é estudar a ocorrência de gás sulfidrico nos reservatórios

de Petróleo e seus efeitos no processo de produção, transporte e armazenamento de óleo,

como também, no gás natural, associado e não associado. Um dos maiores problemas nas

atividades de exploração, perfuração e produção de petróleo é a água co-produzida que

representa a maior corrente dos efluentes gerados. A quantidade de água gerada com óleo

associado, varia muito durante a produção de petróleo. No início, um campo produz pouca

água, em torno de 5 a 15% da corrente produzida. Entretanto à medida que a vida econômica

dos poços vai se esgotando, o volume de água pode aumentar significativamente,

correspondendo a uma faixa de 75 a 90%. O tratamento anaeróbio desse efluente, contendo

altas concentrações de sulfato, apresenta problemas relacionados principalmente à produção

de sulfeto. Uma alternativa que vem sendo cada vez mais explorada no controle da atividade

de BRS e conseqüentemente na remoção de H2S. Tem sido aplicação de nitrato, que favorece

a atividade das bactérias redutoras de nitrato (BRN), que em conseqüência inibe o

metabolismo das BRS, A compreensão sistemática dos processos de origem, acumulação e

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x

contaminação do H2S, durante o processo produtivo de Petróleo e Gás, facilitará a prevenção

dos danos aos materiais e ao meio ambiente, bem como a implementação das providências

mitigadoras. Logo, o controle deste contaminante (H2S) é muito importante, tanto para a

manutenção da integridade dos componentes metálicos do sistema de produção, transporte e

armazenamento, quanto para a segurança dos processos envolvidos nestas etapas do sistema

produtivo.

Palavras Chave: Estratégias de Produção, Gás Natural, Produção de Petróleo.

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ABSTRACT

SILVA, Ricardo Alexandre S. Control of H2S in the Production of Oil. Aracaju:

Federal University of Sergipe, 2006. 54p. Monografia ( Pós Graduation).

The objective of this work is to study sulfidrico gás occurence in the reservoirs

of Oil and its effect in the productio process, has carried and storage from the óil, as

well as, in the natural gás, associated and not associate. One of the biggest problems in

the activities of exploration, perforation and production of oil is generated the co-

produced water that represents the current greater of the effluent ones. The amount of

water generated with associated oil, varies very during the oil prouction,. At the

beginning, a field produces little water, around 5 15% of produced chain. However to

the measure that the economic life of the wells gos 75 90%. The anaerobic treatment of

this effluent one, I contend high sulfeto and sulfídrido gás for the activity of reducing

sulphate bacteria (BRS), from the sulphate reduction. An alternative that comes more

being each explored time in the control of the activity of BRS and consequently in the

removal of H2S. It has been the nitrate application, that favors theactivity of reduring

nitrate bacteria (BRN), that in consequence it inhibits the metabolism of the BRS.

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The systematic undestanding of the processes of origin, accumulation and

contamination of the H2S, during the productive process of Oil and Gás, will facilitante

the prevention of the damages to the materials and to the environment, as well as the

(H2S) is very important, as much for the maintenance of the integrity of the metallie

components of the production system, has carried and storage, how much to the secutity

of the involded processes in theses stages of the productives system.

Words Key: Strategies of Production, Natrual Gás , Production of Oil.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 4.1 – Tratamento de Injeção Continua 44

Figura 4.2 – Depois da Estabilidade do Sistema 45

Figura 4.3 – Antes da Estabilização do Sistema 45

Figura 4.4 – Casa de Morador 46

Figura 4.5 – Ponto de Monitoramento em Lameiro 46

Figura 4.6 – Tiras de Acetato de Chumbo 47

Figura 4.7 – Com o tanque recebendo produção 48

Figura 4.8 – Com o tanque transferido produção 49

Figura 4.9 – Sistema de bombeio 50

Figura 4.10 – Montagem do Primeiro Protótipo 50

Figura 4.11 – Instalação do Sistema de Bicos 51

Figura 4.12 – Montagem do Sistema de Bombeio 51

Figura 2.12 – Sistema instalado, com monitoração 52

Figura 2.13 – Espuma gerada no tanque, do domo 52

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Capítulo 1

INTRODUÇÃO

1.1 ORIGEM DO TRABALHO

Um dos mais temidos agentes de riscos encontrados em alguns campos de

petróleo é o H2S. Também conhecido por Gás Sulfidrico, Gás de Ovo Podre, Gás de

Pântano etc. Ele pode originar-se de várias fontes e muitas vezes é resultante de processos

de biodegradação. Por exemplo, a decomposição de matéria orgÂnica vegetal e animal.

Este gás foi o responsável por diversos acidentes, sendo alguns deles fatais, pois é

extremamente tóxico e inflamável, exigindo vigilância permanente e um plano de controle

de emergência especifico. Em algumas plataformas os empregados mantêm máscaras de

fuga, presas a sua cintura humanos também produzem H2S e o exalam através da

respiração ( 25 a 200 ppb) e do trato intestinal (25ppm).

Na indústria do petróleo o H2S poderá estar presente nos reservatórios de petróleo

e nos campos onde há injeção de água do mar. Pode ser resultante de mecanismos de

dissolução de sulfeto minerais, da decomposição de compostos orgânicos sulfatos etc.

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15

Outra fonte de H2S tem sido atribuída a atividade da bactéria redutora de sulfato BRS, no

interior do reservatório.

A contaminação por BRS das instalações de superfície planta de processo e

tanques e também dos oleodutos por estar bactérias aliada a condições favoráveis ao seu

desenvolvimento pode resultar em geração de H2S, como resultado de seu metabolismo.

Condições de Tipo: estagnação, anaerobiose (ausência de oxigênio), presença de

nutrientes (fontes de enxofre, como o sulfato presente na água produzida e na água do

mar) e temperatura adequada ao grupo de bactéria presente no meio favorecem o processo

microbiológico. Este processo tende a ser mais intenso onde houver acúmulo de material

sedimentável e borras.

Características:

o Muito Tóxico;

o Incolor;

o Mais pesado que o ar;

o Tem odor de ovo pode a baixas concentração, mais

inibe o sentido do olfato em concentração elevadas;

o Forma misturas explosivas com o ar ataca o aço e

selos de borrachas rapidamente;

o Também conhecido como gás sulfidrico e sulfeto de

hidrogênio.

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Apesar do termo gás o H2S, que é solúvel em água, poderá estar na forma

dissolvida e que, sob certas condições, é liberado para a atmosfera, sob a forma de gás.

Este se for inalado, poderá causar danos à saúde dos seres vivos. Portanto, se o H2S está

em contato com água, esta também o conterá, liberando-o para a atmosfera.

Por ter densidade maior que a do ar, são esperadas concentrações mais elevadas

nos pontos mais baixos.

Exposição prolongada ao H2S poderá acarretar perda da sensibilidade ao odor,

de intensidade variável de acordo com a concentração do mesmo. Então, uma pessoa

exposta ao H2S pode pensar que a concentração do gás está diminuindo, quando na

realidade poderá estar aumentando. A susceptibilidade ao envenenamento pelo H2S varia

de acordo com a concentração e o tempo das exposições a este gás.

Aonde poderá estar presente?

Pode ser encontrado em processos de produção e refino de petróleo, sistemas de

esgoto, industria de papel, água subterrâneas e numa variedade de processos industriais.

Locais onde haja estagnação de água com quantidades variadas de matéria orgânica /

nutrientes e em ambientes contaminados com bactérias, estão sujeitos a processos de

geração de H2S.

Portanto, tanques de slop, tanques com água produzida parada por muitas dias,

anel de incêndio com água estagnada que não foi clorada e parada por alguns meses etc.

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Outros compostos sulfurados que geram odores desagradáveis tais como

mercaptans e sulfeto de dimetila também poderão estar presentes em concentrações

variáveis juntamente com o H2S. Desta forma, somente uma medição confiável poderá

indicar a gravidade da situação.

A própria água do mar, que apresenta diversos grupos de bactérias, entre elas as

BRS e nutrientes, se for mantida em condições de estagnação por longo tempo, poderá

apresentar teores de H2S perceptíveis ao olfato humano.

Quais são os efeitos danosos ao Homem?

Os efeitos de um intoxicação com este gás são sérios, similar aos do monóxidos

de carbono porém, mais intensos, e podem permanecer por um longo período de tempo

podendo causar danos permanentes. Estes gás tóxicos paralisa o sistema nervoso que

controla a respiração, incapacitando os pulmões de funcionar, provocando a asfixia.

Abaixo, são apresentados os efeitos do H2S nos seres humanos de acordo com a

concentração:

Obs.: Os efeitos toxicológicos dependem da concentração, duração, freqüência

das exposições e das condições físicas individuais.

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Como detectar o H2S?

Formas de detecção de H2S na atmosfera:

1. Papel embebido em acetato de chumbo qualitativo;

2. Tubos colorimétricos (Bombas multi-gás) quantitativo com margem de erro de

25 a 25%;

3. Equipamentos portáteis de detecção para um tipo de gás ou para até 5 tipos

diferentes de gases (ex.: Five Star da MAS, GX 91 e GX 94 da Riken Keiki,

Minigas 4 da Neotronics, entre outros;

4. Sistemas fixos de detecção são sensores com células eletroquímicas

distribuídas estrategicamente em locais onde há possibilidade de ocorrência de

H2S, levando-se em consideração que o H2S é mais pesado que o ar.

Forma de determinação de H2S em água:

1. Papel embebido em acetato de chumbo qualitativo;

2. Determinação pelo método iodométrico determina sulfetos totais;

3. Determinação pelo método potenciométrico;

4. Kists de análise de H2S;

5. Outros.

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O que fazer em caso de detecção de H2S?

1. Havendo suspeitas ou detecção de H2S em algum ponto da instalação,

deverão ser adotadas as seguintes orientações:

2. Retirar-se do local e dirigir-se para o local bem ventilado;

3. Comunicar imediatamente a sala de controle; A sala de controle devera

acionar imediatamente o técnico de segurança;

4. O técnico de segurança deverá equipar-se com conjunto autônomo de

respiração e detector portátil de gás para monitorar a presença do gás;

5. Confirmada a presença do gás, e dependendo da quantidade, o técnico de

segurança acionará o plano de ação especifico para cada caso;

Primeiro Socorros

1. Equipar-se com conjunto autônomo de respiração;

2. Avaliar o local do acidente;

3. Havendo possibilidade, resgatar o acidentado e levá-lo para um local

ventilado. Caso contrário, solicitar auxílio de uma equipe de resgate;

4. Requisitar a presença do técnico de enfermagem para dar continuidade aos

primeiros socorros.

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Recomendações gerais e medidas preventivas

o Evitar de condições de estagnação de água de produção e água do mar,

seja em vasos de pressão, tanques e linhas;

o Manter os sistemas que manuseiam água de produção com a menor

quantidade de depósitos possível, através de limpezas mais freqüentes;

o Todo aditivo empregado em sistemas onde haverá prontos de estagnação

ou confinamento, não deverá constituir-se de substâncias que possam vir a ser

utilizados como nutrientes ou sofrer decomposição;

o Sempre que houver necessidade de drenar para atmosfera água

estagnada, seguir os procedimentos de segurança indicados para uma possível

ocorrência de H2S, especialmente em ambiente confinados;

o Todos os envolvidos nas operações de sistemas de produção,

armazenagem e transferência de óleo e água de formação devem conhecer os

procedimentos de segurança, operacionais e de emergência utilizados em

situações onde há presença de H2S.

o As instalações deverão estar equipadas com sistema de detecção e

alarme, específicos para H2S, bem como placas indicativas alertando para uma

possível exposição ao gás.

o A localização dos sensores deverá seguir as indicações efetuadas pela

análise de risco;

o A concentração de H2S não deverá ser inferida apenas pelo odor, pois

esta indicação não é confiável;

o Como o H2S tende a se acumular nos pontos mais baixos de uma

instalação, é necessário intensificar os cuidados nestes locais;

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o Incluir nos briefing e diálogos diários ou periódicos (DDS) os aspectos

relativos a segurança em operações onde possa haver a presença de H2S;

o No caso de alarme de emergência devido a presença de H2s, o

coordenador da emergência deverá observar a direção do vendo para escolha dos

melhores pontos de reunião;

o A utilização de máscara com filtro químico, tipo Parat II deverá se

restringir aos casos em que a atmosfera apresente no mínimo 18% de oxigênio e a

concentração de H2S não seja superior a 150 ppm. Deverá ser utilizada apenas

como máscara de fuga;

o Todas as instalações deverão possuir birutas ou bandeirolas distribuídas

pela unidade para facilitar a observação da direção do vendo de qualquer ponto

da instalação, inclusive À noite;

o Todo trabalho onde existe a possibilidade da presença de H2S deverá ser

executado mediante emissor de PT (permissão para trabalho) emitida pelo

supervisor da área e com o endosso do técnico segurança, observando-se as

disposições constantes neste documentos;

o Deverão ser realizados treinamentos teóricos sobre H2S, práticos sobre a

utilização dos equipamentos autônomos de respiração e simulados de emergência

com H2S com primeiros socorros para todo pessoal;

o Deverão ser instalados sensores fixos na sucção dos sistemas de VAC

(Ventilação e ar Condicionado)e dos compressores de ar;

o Garantir que o sistema de ventilação e exaustão esteja operacional e de

forma eficiente;

o Criar condições para facilitar a remoção rápida de pessoas intoxicadas

dos locais de difícil acesso e da própria instalação;

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o Realizar análise de risco para determinar os possíveis locais com

presença de H2S;

o Prever facilidade para a instalação de ventilação forçada, bem como de

meios de comunicação em locais confinados;

o Todos os trabalhos em locais onde há possibilidade de ocorrências de

H2S deverão ser executados com a presença de pelo duas pessoas.

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1.2. OBJETIVO

Estudar a ocorrência de gás sulfidrico nos reservatórios de Petróleo e seus efeitos

no processo de produção, transporte e armazenamento do óleo, como também, no gás

natural, associado e não associado.

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1.3. ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho encontra-se estruturado em seis capítulos.

Neste capítulo apresenta, a origem e quais os objetivos perseguidos no trabalho e

como foi estruturada.

O segundo capítulo apresenta a fundamentação teórica sobre o Gás Sulfidrico

(H2S).

Fundamentação esta, para o desenvolvimento da metodologia proposta.

A metodologia proposta é abordada no terceiro capítulo e o quarto capítulo

apresenta o resultado, No quinto capítulo, a conclusão.

Finalmente, a bibliografia consultada é listada.

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Capítulo 2

REVISÃO BIBLIOGRAFICA

2.1. GÁS NATURAL

O gás natural é uma mistura de hidrocarbonetos leves que na temperatura

ambiente e pressão atmosférica , permanece no estado gasoso. O gás natural apresenta

características adequadas para ser utilizado como combustível em instalação industriais,

comerciais, residenciais e como matéria-prima em indústrias químicas, siderúrgicas e de

fertilizantes.

Os derivados de petróleo representam a principal fonte de energia utilizada hoje

pela humanidade, com a taxa de participação do gás natural na matriz energética

mundial corresponde a cerca de 24,2%. No Brasil, onde a hidrelétrica e o petróleo

respondem pela grande parte da energia gerada, esse índice não passa de 3,7%. O

consumo atual, no entanto, permite prever que as reservas conhecidas desse recurso se

esgotarão em pouco mais de 40 anos, o que impõe a necessidade de diversificar as

fontes de energia, para que as necessidades da sociedade continuem a serem atendidas.

Quase todas as fontes primárias com participação relevante na matriz energética podem

ser descartadas como opções para essa diversificação, seja pela redução de reserva, caso

do carvão mineral, ou das chances de aproveitamento, caso da hidroeletricidade, seja

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26

pelo impacto ambiental, como da energia nuclear e da queima de biomassa, ou por

outras desvantagens.

Apenas uma das fontes de energia atualmente relevantes ainda conta com amplas

reservas e apresenta, além de vantagens comparativas, potencial para continuar

ampliando seu uso nas mais diversas atividades humanas: o gás natural. Antes

desprezado, o gás natural tem sido considerado cada vez mais um bom substituto do

petróleo na geração de energia e surge agora como o principal candidato a dividir a cena

com o petróleo no século21. Mesmo no Brasil, onde a importância da energia

hidrelétrica ainda é maior que a dos combustíveis obtidos do petróleo, o gás natural

pode ser apontado como a alternativa energética que mais crescerá nas próximas

décadas.

2.1.1. CARACTERÍSTICAS E VANTAGENS

O gás natural é um combustíveis fóssil extraído de poços subterrâneos,

podendo estar associado ou não ao petróleo. Ele resulta de uma mistura de

hidrocarbonetos (moléculas compostas de hidrogênio e carbono) formada pela

decomposição de matéria orgânica submetida a altas temperaturas e pressão ao longo

de milhões de anos.

Os principais componentes são o metano (CH4) e o etano (C2H6), podendo

ainda conter impurezas, como hidrocarbonetos mais complexos, água, gás sulfidrico e

gás carbônico. Isso requer que o combustível seja submetido a um processo de limpeza

em unidades processadoras de gás natural antes de ser distribuído para as diferentes

aplicações.

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2.1.1. APLICAÇÃO DO GÁS NATURAL

O gás natural é amplamente utilizado na indústrias, comércio, residências,

veículos e na geração de energia elétrica.

Na industria, o gás natural é utilizado como combustível para fornecimento de

calor, como matéria-prima nos setores químicos, petroquímico e de fertilizantes, como

redutor siderúrgico e geração de eletricidade.

No comércio e serviços, ele substitui com vantagens o GLP o óleo e a linha

(em padarias e restaurantes).

Como combustível veicular o gás natural é utilizado em automóveis, ônibus,

caminhões, substituindo a gasolina, álcool e o óleo diesel.

O programa brasileiro de expansão da capacidade de geração de energia

elétrica está fortemente apoiado na instalação de UTE (Usinas Térmicas de

Eletricidade) movidas à gás natural. Mias recentemente o gás natural tem sido mais

utilizado em projetos de co-geração que proporcionam alta eficiência energética na

produção de eletricidade, calor e frio.

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2.1.3. COMPOSIÇÃO E PROPRIEDADES

Componentes % Volumétricas

Metano 89,24

Etano 7,86

Propano 0,24

Butano e Mias Pesados 0,05

N2 1,34

CO2 1,25

O2 0,02

TOTAL 100

Componentes % Volumétricas

Poder Calorífico Superior 9400 Kcal/m³

Poder Calorífico Inferior 8500 Kcal/m³

Densidade Relativa 0,63 Kg/m³

Massa Especifica 0,78Kg/m³

Peso Molecular Médio 0,78 Kg/m³

Fator de Compressibilidade R-K 0,9973

Viscosidade 0,010816 cP

Cp/Cv 1,2816

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2.2. CARACTERISTICA DO FLUIDOS H2S

Fluidos como o gás sulfidrico (H2S) é encontrado em campos de petróleo e

podem prover importante informações sobre os reservatórios. Os elevados teores de

H2S estão comumente associados a seqüências carbonático-evaporiticas. Como as

bacias da margem continental leste brasileira são constituídas por tais seqüências, é

possível encontrar acumulação deste gás. Esta associação litológica influencia a geração

daquele gás, pois o sulfato a ser reduzido provém dos evaporitos e as rochas

carbonáticos catalisam estas reações de redução. A determinação da origem do H2S é

de fundamental importância para a exploração dos campos de petróleo, pois se

conhecendo gerador podem-se minimizar os danos causados por este gás ácido, assim

como evitar a formação de maiores quantidades.

Três mecanismos geradores deste gás são conhecidos: biogênico (BSR),

termoquímico (TSR) e craqueamento da matéria orgÂnica. Neste estudo determinou-se

a gênese bacteriana do H2S (BSR) para o reservatório Ada Fm. Macaé (Bacia de

Campos), e o craqueamento da matéria orgânica e TSR para o reservatório B da Fm.

Guarujá Inferior (Bacia de Santos). O reservatório a se caracterizar por apresentar baixa

temperatura (65°C), pela presença de óleo biodegradao, influxo pretérito de água

meteórica portadora de nutrientes H2S em baixos (2.000ppm, média), de teores o

reservatório B apresenta duas populações com teores distintos.

A de baixos teores (15ppm, em média) foi interpretada como resultante do

craqueamento térmico da matéria orgânica, por apresentar isótopos de enxofre bastante

negativos (534S de -21% CDT), por não apresentar cimento de sulfato na rocha

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30

reservatório, por conter baixos teores de águas e estar associado a óleo de al to API. A

sulfato nas segunda população, com teores máximos da ordem de 8.000 ppm de H2S,

foi interpretada com TSR devido à presença de minerais de barita na rocha,

consideráveis presença volumes de metano gás é condensado em temperaturas

superiores a 135°C. A das juntamente o produzidas águas amostragem com

hidrocarboneto do reservatório A foi efetuada sistematicamente e com confiabilidade.

Determinaram-se os parâmetros físico-químicos e as concentração de cada espécie, os

quis foram introduzidos no programa de modelagem geoquímica.

Modelagem esta que permitiu caracterizar genética e qualitativamente os

fluidos do reservatório, bem como monitorar a movimentação do aqüífero de fundo e

o sentido preferencial do fluxo. Reconheceu-se que o aqüífero do Campo A, no qual

localiza-se o reservatório A, resulta da mistura natural de dois tipos de águas. Na porção

oeste as águas são de origem intersticial e dividem o espaço poroso com óleo,

apresentando H2S dissolvido e forte influência do aqui fero de fundo.

Na região leste há uma falha profunda, resultante da movimentação

halocinética, que atualmente serve de duto para fluidos de salinidade mais elevada. O

presença de minerais carbonáticos (dolomita e caleita), prevista na modelagem

geoquímica como resultado de interações entre rocha e fluido, é corroborada pelas

análises petrográficas. Os resultados deste estudos demonstram que a modelagem

geoquímica é uma ferramenta eficaz para, com baixos custos, realizar o monitoramento

do comportamento do aqüífero.

Page 31: Cont. de H2S na Prod. petroleo

31

2.3. GÁS SULFIDRICO

O gás sulfídrico (H2S) é um gás incolor, mais pesado que o ar, forma mistura

explosiva com o ar, altamente tóxico, possui cheiro de ovo podre em baixas

concentrações e inibe o olfato em concentrações elevadas.

Na indústria do petróleo o H2S poderá estar presente nos reservatórios de

petróleo e nos campos onde há injeção de água do mar. Pode ser resultante de

mecanismo de dissolução de sulfeto minerais, da decomposição de compostos orgânicos

sulfatos, etc. Outra fonte de H2S tem sido atribuída a atividade da bactéria redutora de

sulfato-BRS, no interior do reservatório.

A contaminação por BRS das instalações de superfície, tais como plantas de

processo, tanques e também dos oleodutos, por estas bactérias aliadas a condições

favoráveis ao seu desenvolvimento, pode resultar em geração de H2S, como resultado

de seu metabolismo.

Condições do tipo: estagnação, anaerobiose (ausência de oxigênio), presença

de nutrientes (fontes de enxofre, com o sulfato presente na água produzida e na água do

mar) e temperatura adequada ao grupo de bactérias presente no meio favorecem o

processo microbiológico. Este processo tende a ser mais intenso onde houver o acúmulo

de material sedimentável e borras.

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O gás sulfídrico também é conhecido como:

• Hididro Sulfúrico

• Hididro Sulfuroso

• HidrogÊnio Sulfatado

• Ácido Hidro Sulfúrico

• Cru Azedo

• Gás de ovo podre

• Gás hidro sulfúdrico

• Stink Damps

Principais Propriedades:

• Solúvel em água;

• Queima facilmente, sua chama é azul e produz o SO2 (dióxido de

enxofre)

• É um gás irritante;

• Forma misturas explosivas com ar e durante o processo de corrosão, cria

uma camada de FeS (Sulfeto Ferroso). Este fenômeno ocorre freqüência nas

superfícies internas de tanques, torres, vasos e tubulações (linhas) em geral,

esta escama ao entrar em contato com o ar, pode inflamar-se por auto

ignição.

• Soluções que tenham absorvido gás sulfidrico, ao serem aquecidas

podem liberar o gás em volumes perigosos;

• O H2S é altamente corrosivo para os metais;

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• Sua toxidez se compara à do Cianureto de hidrogênio, e é mais mortal

que o monóxido de carbono.

• Solúvel em água;

• Queima facilmente, sua chama é azul e produz o SO2 (dióxido de

enxofre).

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2.4. DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO

A estratégia de produção é aplicada com o intuito de obter um certo fator de

recuperação dependendo das características físicas do reservatório, isto se deve a

maximização do empreendimento ou imposição da agência reguladora do setor, que

representa a parte governamental que atua impondo regras entre outras atividades. O

maior fator de recuperação poderá ser alcançado através de diversas formas de

operação, a mais importante é a otimização quanto a localização dos poços produtores e

injetores. Basicamente a localização dos poços produtores em áreas com maior

potencial de óleo e os poços injetores nos aqüíferos ou em zonas que permita o maior

varrido da água deslocando o óleo para os poços produtores.

Quanto maior o fator de recuperação do reservatório maior será a receita

advinda da venda deste óleo no mercado, então maior é o ganho na operação, tornando

este reservatório mais atraente não só sob o ponto de vista de produção como também

econômico.

A estratégia de produção é orientada por dois conceitos importantes, os

indicadores físicos e econômicos que serão apresentada nos itens a seguir.

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35

2.4.1. INDICADORES FÍSICOS

No processo de simulação os indicadores físico são importante por vários

motivos, entre eles dois podem ser destacados, o primeiro são os dados da produção,

estes representam as condições de operação que devem ser controladas, monitoradas e

interpretadas, os segundo deles é para possibilitar comparações entre configurações de

poços produtores, em um mesmo campo ou em diferentes. Os indicadores físicos

principais serão apresentados a seguir:

• Óleo in place

Representa o quando de óleo está no reservatório, isto não significa

que ele será retirado na sua totalidade, o fator de recuperação vai

variar conforme as condições do reservatório em si, mecanismo de

produção, tecnologia disponível entre outras variáveis que

influenciam o fator de recuperação.

• Produção de óleo

A receita (lucro) de um campo de petróleo em grande parte é oriunda

da produção de óleo, este será vendido ao mercado,sendo o seu

preço estabelecido conforme o grau API do mesmo. Diversas

unidade de medida podem ser empregadas para o controle de

produção, as mais usadas são, o barril (bbl) ou em metro cúbico

(m³).

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• Produção de Gás:

A produção de gás também contribui para a receita, porém ela exige

um gasto com infra-estrtura, que neste será um gasoduto até um local

apropoiado, que geralmente é em terra, outra possibilidade é o gás ser

utilizado para injeção, com o intuito de manter a pressão de

reservatório acima da pressão de bolha, ou até mesmo ser usado em

algum equipamento na plataforma. O Gás pode ser ser medido em

metro cúbico, ou em barril de óleo equivalente.

• Produção de água

A produção de água é quando num poço de produção de óleo, ela

vem associada a produção, logo isto é uma despesa, pois será

necessário a separação e tratamento para o descarte, respeitando as

normas ambientais vigentes. A água também é usada para manter a

pressão do reservatório, após um certo período de produção de um

campo de petróleo ela vai aparecer pelo influxo de um aqüífero, ou

por ter sido injetada, como água ou vapor d’água.

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• Produção de óleo Atualizada;

A produção de óleo pode ser convertida em unidades monetárias. Isto

é, ao longo do tempo previsto de produção e o valor

correspondente do óleo, pode-se obter o valor presente líquido. Um

outro conceito que pode ser aplicado, a produção atualizada, ou seja, é

aplicada uma taxa de desconto é valor atual é dado em óleo e não em

unidades monetárias.

• Injeção de Fluidos;

A injeção de fluidos pode ser de água, vapor ou gás, a intenção é

manter a pressão do reservatório acima do ponto de bolha, pois se

houver a liberação do gás em solução da parte líquida a recuperação

do óleo será menor, o maior valor agradado está na parte líquida,

caso ocorra a liberação do gás em solução o campo estará perdendo a

rentabilidade inicialmente estabelecida. A injeção de fluidos pode

variar ao longo do tempo, no fluxo de caixa ela é uma despesa.

• Razão Gás Óleo;

Representa o quanto de gás nas condições de superfície comparado

coma produção de óleo também em superfície. Este indicador deve ser

monitorado e analisado, para ver se o reservatório está abaixo da

pressão de bolha.

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• Pressão do Reservatório;

O reservatório sofre influência das leis da física, as duas variáveis que

influenciam a mistura de líquidos e gases contidos nele são a pressão é a

temperatura, a temperatura é estabelecida com constante ao longo do tempo

e sofre variação ´de pressão, a pressão vai determinar se um componente ou

uma mistura deles se encontram nas fases, líquida, gasosa, em ambas, ou um

percentual na fase líquida e a outra parte na fase gasosa, o chamado envelope

de fases. A preocupação de um gerente num campo de petróleo é se a pressão

de reservatório está acima do ponto de bolha, que pode ser representando

pelo envelope de fases.

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Capítulo 3

PROPOSIÇÃO DA METODOLOGIA

3.1. INTRODUÇÃO

A metodologia é o estudo dos métodos empregados para a elaboração de uma

pesquisa científica, sendo entendido por método o conjunto de meios disponíveis para

alcançar um fim e especialmente para chegar a um conhecimento científico

(CICHAELIS, 2000).

Neste capítulo serão expostos os meios e formas que foram empregados para a

realização desta pesquisa. As etapas de maior relevância deste estudo serão apresentadas

por meio dos procedimentos adotados em cada uma delas. Basicamente estas etapas são:

fundamentos pesquisa, gás natural, característica do fluido H2S, gás sulfidrico,

definição da estratégia de produção e resultados observados.

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3.2 MÉTODOS EMPREGADOS NA PESQUISA

A elaboração da pesquisa é feita por métodos que fundamentam a construção do

conjunto da dissertação, entre os empregados, destacam-se:

1. Bibliográfico, consistem na pesquisa do tema abordado, publicações clássicos e

também as mais recentes que tenham relevância para a pesquisa.

2. Teórico, o trabalho de pesquisa é focado em um tema especifico, com

problemas e soluções características a complexidade do mesmo. Diversas

propostas teóricas de solução serão empregados ou rejeitados ao longo da

pesquisa. Com possíveis simplificações necessárias, com tanto que não

prejudique o entendimento dos conceitos e resultados e serem demonstrados.

3. Descritivo, consiste em relatar a organização dos resultados obtidos na etapa de

simulação da pesquisa, como a configuração de produção adotada, análise de

sensibilidade de variáveis chaves.

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3.3. PREMISSAS GERAIS

Neste item as etapas chaves da pesquisa serão descritivas de forma detalhada

para o melhor entendimento de cada um deles, as etapas são:

3.3.1. FUNDAMENTOS BÁSICOS

Os fundamentos básicos desta pesquisa são:

1. Utilização de um caso base, sendo este alterado para as futuras

instalações;

2. O caso é o campo de buracica, descoberto em 1959, tem 43 anos, até

agora tem 201 poços produzindo óleo, 40 injetores de água e 2

injetores de polímero;

3. Problemas de corrosão com quebra de hastes e furos de coluna e

furos de coluna de produção;

4. Há o emprego de poços produtores e injetores, em número e posições

variadas no campo de petróleo, isto conforme a simulação realizada;

5. As condições de operação do campo são estabelecidas apara obter o

máximo de desempenho produtivo é;

6. O uso de programas dedicados a simulação do desempenho do

reservatório e há para interpretação econômica dos resultados

operacionais do campo. Por fim a utilização da planilha eletrônica.

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3.3.2. ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO

A estratégia de produção é responsável pela exploração de óleo pr meio de

diversas possibilidade de posicionamento e quantidade de poços produtores e injetores

empregados no campo de petróleo, é o controle operacional. A avaliação de uma

estratégia de produção é feita pela performance de exploração do campo ao longo de

sua vida produtiva.

A estratégia de produção adotada segue a lógica de posicionar os poços

produtores em zonas com maior potencial de extração de óleo. O cumprimento desta

fase é possível graças a visualização do campo com um todo ou em camadas . Os

poços injetores são distribuídos na periferia do campo ou em aqüíferos, a completação

deste sempre ocorre em camadas inferiores do reservatório as dos poços produtores,

buscando a maior eficiência no deslocamento do óleo.

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Capítulo 4

RESULTADOS

4.1. TRATAMENTO DE INJEÇÃO CONTINUA

4.1.1. VANTAGENS DO TRATAMENTO

1. Produto ambientalmente amigável:

- Biodegradável

- Subproduto formado não tóxico e não perigoso

2. Reação com H2S é irreversível;

3. Alta velocidade de reação;

4. Excelente relação custo x benefício;

5. Disponibilidade imediata no campo.

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4.1.2. MONITORAÇÃO DO TRATAMENTO

• Analítico quantitativo de rotina nas linhas;

• Quantitativo de rotina na atmosfera com tiras de acetato de chumbo;

• Quantidade na atmosfera através de CEPED;

• Outras medições.

Figura 4.1 – Tratamento de Injeção Continua

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4.2. MONITORAMENTO ANALÍTICO QUANTITATIVO ROTINA NAS

LINHAS

Figura 4.2. – Depois da Estabilização do Sistema

Figura 4.3. – Antes da Estabilização do Sistema

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4.3.QUALITATIVO DE ROTINA NA ATMOSFERA COM TIRAS DE

ACETATO DE CHUMBO

Figura 4.4. – Casa de Morador

Figura 4.5. – Ponto de Monitoramento em Lameiro

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Figura 4.6. – Tiras de Acetato de Chumbo

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4.4.OUTRAS MEDIÇÕES

4.4.1. TEOR DE H2S NO DOMO DOS TANQUES

Figura 4.7. – Com o Tanque Recebendo Produção

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Figura 4.8. – Com o Tanque Transferindo Produção

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4.5.NOVAS TECNOLOGIAS DESENVOLVIDAS

4.5.1. REMOÇÃO DE H2S COM NÉVOA SEQUESTRANTE

Figura 4.9. – Sistema de Bombeio

Figura 4.10. – Montagem do Primeiro Protótipo

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Figura 4.11 – Instalação do Sistema de Bicos

4.5.2. REMOÇÃO DE H2S COM ESPUMA SEQUESTRANTE

Figura 4.12. – Montagem do Sistema de Bombeio

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Figura 4.13. – Sistema Instalado, com monitoração

Figura 4.14 – Espuma Gerada no Tanque do Domo

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Capítulo 5

CONCLUSÕES

5.1. CONCLUSÕES OBTIDAS ATRAVÉS DOS RESULTADOS

1. Concentração do gás sulfidrico sob controle;

2. Redução significante dos riscos / gás domo dos tanques como também

decorrentes de vazamentos dos doutos por corrosão interna causada pela

presença do mesmo;

3. Riscos tornam os custos viáveis;

4. Experiência / Aprimoramento gradativo destas técnicas e similares / otimizarão

os custos;

5. Tratamento compatível com as exigências ambientais, de segurança e de saúde,

6. Campo operando / Normalidade.

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BIBLIOGRAFIA MESSOMO, Cristina. Otimização de Estratégia de Recuperação para um Campo de

Petróleo. Campinas: Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade Estadual de

Campinas. 106p. Dissertação de Mestrado.

NEPOMUCEMO, F. Tomada de Decisão em Projetos de Risco na Exploração de

Projetos de Risco na Exploração de Petróleo. Campinas: UNCAMP/IG/DARM, 1997,

243 p. Dissertação de Mestrado.

NEVES, César das. Análise de Investimentos: Projetos Industriais e Engenharia

Econômica. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1982.

PEDROSO, Carlos Júnior. Otimização de Locações de Poços Usando Simulação

Numérica de Rservatório. Campinas: Faculdade de Engenharia Mecânica, Universidade

Estadual de Campinas, 1999. 125 p. dissertação de Mestrado.