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RESUMOS PENAL PARTE ESPECIAL CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA Sujeito passivo Estado OBS: Secundariamente o particular que por ventura venha a ser atingido Sujeito Ativo Qq pessoa. O fucionário públi.co tem pena >1/6 somente se prevalecer-se do cargo para o cometimento do crime Culposo Não existe crime contra fé pública culposo. MOEDA FALSA (Falsificar: fabricar ou alterar) 1. Moeda Falsa Fabricar ou alterar moeda metálica ou papel moeda nacional ou estrangeira. Competência: da Justiça Federal. S. 75 STJ: Falsificação grosseira de papel moeda é estelionato. Princípio da insignificância (STF): Não incide tendo em vista que o bem jurídico protegido é a fé pública (segurança na circulação monetária e a confiança). Irrelevantes o valor ou quantidade. Mesma pena quem importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz à circulação. Receber de boa-fé e restituir à circulação: Pena específica menor. Func. púb, diretor, gerente, fiscal de banco de emissão que emite ou autoriza peso inferior/qtde superior: Pena >. Moeda não autorizada a circular: Desvia ou circula. Pena = Quanto à diversidade de núcleos, o tipo penal classifica-se em crime de ação única ou de ação múltipla. O primeiro é aquele que descreve apenas um único verbo, uma única forma de atuação do agente (GOMES, Luiz Flávio e Antonio Garcia-Pablos de Molina, Direito Penal, vol.2, Parte Geral, RT, São Paulo, 1ª ed, p.527). Ex. O furto (art. 155 do CP). Diz-se múltiplo, misto, plurinuclear ou de conteúdo variado, por outro lado, aquele que possui várias condutas no mesmo tipo penal (ex. art. 180 do CP).O crime de moeda falsa inlui-se nessa última classificação. O tipo misto, por sua vez, subdivide-se em alternativo e cumulativo. A maioria dos manuais de Direito Penal trata apenas do tipo misto alternativo, aquele em que há uma fungibilidade entre os diversos núcleos, sendo indiferente a realização de qualquer um deles, pois o delito continua único. A prática de mais de um deles não agrega maior desvalor ao fato. Destarte, os vários núcleos do tipo costumam ser acompanhados por vírgula ou pela expressão “ou” (indicativo de alternatividade), demonstrando que ao legislador os diversos verbos se equivalem. Ex: artigos 175, 180 e 233, todos do CP.

CP - ESPECIAL - 11 Crimes Contra a Fé Pública

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Resumo de direito penal especial

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RESUMOS

RESUMOS PENAL

PARTE ESPECIAL

CRIMES CONTRA A F PBLICA

Sujeito passivoEstado OBS: Secundariamente o particular que por ventura venha a ser atingido

Sujeito AtivoQq pessoa. O fucionrio pbli.co tem pena >1/6 somente se prevalecer-se do cargo para o cometimento do crime

CulposoNo existe crime contra f pblica culposo.

Moeda Falsa

(Falsificar: fabricar ou alterar)1. Moeda Falsa

Fabricar ou alterar moeda metlica ou papel moeda nacional ou estrangeira.

Competncia: da Justia Federal.

S. 75 STJ: Falsificao grosseira de papel moeda estelionato.

Princpio da insignificncia (STF): No incide tendo em vista que o bem jurdico protegido a f pblica (segurana na circulao monetria e a confiana). Irrelevantes o valor ou quantidade.

Mesma pena quem importa, exporta, adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz circulao.

Receber de boa-f e restituir circulao: Pena especfica menor.

Func. pb, diretor, gerente, fiscal de banco de emisso que emite ou autoriza peso inferior/qtde superior: Pena >.

Moeda no autorizada a circular: Desvia ou circula. Pena =Quanto diversidade de ncleos, o tipo penal classifica-se em crime de ao nica ou de ao mltipla. O primeiro aquele que descreve apenas um nico verbo, uma nica forma de atuao do agente (GOMES, Luiz Flvio e Antonio Garcia-Pablos de Molina, Direito Penal, vol.2, Parte Geral, RT, So Paulo, 1 ed, p.527). Ex. O furto (art. 155 do CP). Diz-se mltiplo, misto, plurinuclear ou de contedo variado, por outro lado, aquele que possui vrias condutas no mesmo tipo penal (ex. art. 180 do CP).O crime de moeda falsa inlui-se nessa ltima classificao.

O tipo misto, por sua vez, subdivide-se em alternativo e cumulativo.

A maioria dos manuais de Direito Penal trata apenas do tipo misto alternativo, aquele em que h uma fungibilidade entre os diversos ncleos, sendo indiferente a realizao de qualquer um deles, pois o delito continua nico. A prtica de mais de um deles no agrega maior desvalor ao fato. Destarte, os vrios ncleos do tipo costumam ser acompanhados por vrgula ou pela expresso ou (indicativo de alternatividade), demonstrando que ao legislador os diversos verbos se equivalem. Ex: artigos 175, 180 e 233, todos do CP.

Por outro lado, o misto cumulativo tambm prev vrias condutas (ncleos), mas sem fungibilidade entre elas, so figuras autnomas (a rigor cada ncleo poderia ser previsto como crime em tipos penais individuais). A prtica de mais de uma retrata maior desvalor ao fato, por isso o legislador utiliza-se de ponto e vrgula ou da conjuno e aps cada ncleo. Ex. artigo 242 do CP.

Portanto, uma vez que o crime de moeda falsa classifica-se como crime de ao mltipla alternativa, a prtica de vrios verbos do tipo penal no implicar em concurso de crimes, como ocorreria caso se configurasse crime de ao mltipla cumulativa, devendo o autor ser responsabilizado por um crime nico de moeda falsa.1.1 Consumao

Ocorre a consumao no crime previsto no artigo 289 do Cdigo Penal (Moeda Falsa).

Com a simples fabricao ou alterao de moeda em circulao capaz de induzir a erro.Ncleo do tipo: falsificar, reproduzir ou modificar moeda de curso obrigatrio no Pas ou no estrangeiro. A falsificao pode se dar mediante fabricao ou alterao. A fabricao, tambm conhecida como contrafao, exige a criao material da moeda metlica ou papel-moeda, conferindo-lhe aparncia de objetos verdadeiros. Na alterao, por sua vez, opera-se a modificao da moeda metlica ou do papel-moeda originariamente verdadeiro, para para ostentar o valor superior ao real. A alterao apresenta-se como uma fraude f pblica. Consequentemente. imprescindvel sua potencialidade lesiva crena coletiva na moeda. Destarte, no basta a mera supresso ou modificao de smbolos ou emblemas nas cdulas, ou ento a substituio de letras e nmeros, se da conduta no resultar o aumento do valor representado pela moeda.

O crime FORMAL, de consumao antecipada ou de resultado cortado: consuma-se com a falsificao da moeda metlica ou papel-moeda, mediante fabricao ou alterao, desde que idnea a enganar as pessoas em geral. irrelevante se o objeto vem a ser colocador em circulao, bem como se algum suporta efetivo prejuzo. suficiente a falsificao de uma moeda metlica ou papel-moeda. A contrafao ou alterao de vrias moedas no mesmo contexto ftico configura crime nico. Por seu turno, a falsificao de vrias moedas em momentos diferentes importa no reconhecimento da pluralidade de crimes, em concurso material ou crime continuado, se presentes os demais requisitos exigidos pelo art. 71, caput, do CP.

Clber Masson - CP comentado.1.2 Prescindibilidade de resultado lesivo a terceiros

TRF-1 - APELAO CRIMINAL ACR 8330 GO 1999.35.00.008330-4 (TRF-1)

Data de publicao: 12/09/2003

Ementa: MOEDA FALSA - AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS - VALIDADE DOS DEPOIMENTOS PRESTADOS POR POLICIAIS - APELAO PROVIDA. 1. O crime de moeda falsa no exige a presena do dolo especfico para sua caracterizao. A presena do dolo genrico (consistente na vontade livre e consciente do agente) suficiente para a ocorrncia do crime, no sendo exigvel o "animus lucri faciendi". 2. Trata-se de crime comum, comissivo, formal, de perigo, instantneo e plurissubsistente, no qual a consumao se d com a simples ofensa potencial de causar dano f-pblica (objeto jurdico tutelado), prescindindo de resultado lesivo a terceiros (finalidade especfica). 3. A negativa de conscincia da ilicitude (desconhecimento do contedo do material transportado) no se harmoniza com o conjunto probatrio; ao contrrio, mostra-se contraditria com a ausncia de defesa no primeiro momento (silencio) e, principalmente, em testilha com o testemunho dos policiais que certificaram que o ru lhes declarara ser sabedor das notas que transportava. 4. Apelao provida. Ru condenado. 5. Peas liberadas pelo Relator em 26/08/2003 para publicao do acrdo.

1.3 Repassar $ falso recebido

Se o sujeito conseguir provar que recebeu o dinheiro falso de boa-f, como se verdadeiro fosse e que, depois, para evitar prejuzo financeiro, resolveu repass-lo com a compra no supermercado, tambm est cometendo crime de moeda falsa, mas em modalidade privilegiada.1.4 Imitatio Veritatis

No crime de moeda falsa, necessria a imitatio veritatis e no a perfeio da imitatio veri, exigindo-se para a configurao do delito a aptido para enganar nmero indeterminado de pessoas.1.5 DoloO dolo no crime de moeda falsa consiste na vontade de falsificar, com conscincia do curso legal e da possibilidade de vir a moeda a entrar em circulao. Na escola tradicional aponta-se o dolo genrico. No h modalidade culposa.

2. Crimes assimilados ao de moeda falsa

Formar com fragmentos , restituir os recolhidos para inutilizao: R2-8A + M

Func. pb: R12A+M

3. Petrechos de falsificao de moeda

Fabricar, adquirir, possuir aparelho para falsificao3.1 Consuno

"Considerando que o delito de posse de petrechos para falsificao de moedas (art. 291 do CP ) constitui delito subsidirio, pois mera fase preparatria do delito de falsificao de cdulas (art. 289 , caput, do CP ), correto o entendimento exarado pelo julgador a quo no sentido de aplicar o princpio da consuno e imputar ao ru, to-somente, a prtica do delito de moeda falsa (artigo 289 , caput, do CP ) " (TRF-1 - APELAO CRIMINAL ACR 37539 DF 2006.34.00.037539-3 (TRF-1))4. Emisso de ttulo ao portador sem permisso legal

Emitir sem permisso legal documento com promessa de pgto em dinheiro ao portador ou falte indicao da pessoa a quem deva ser pago.

Quem receber ou utilizar como $: Pena