CURSO DE ENGENHARIA CIVIL INFILTRAÇÕES EM CAIXAS DE …nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos... · 2020. 3. 3. · Resumo As patologias em caixas de inspeção

SIMP.TCC/Sem.IC. 2019(17);1093-1104 CENTRO UNIVERSITÁRIO ICESP / ISSN: 2595-4210 1093

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL INFILTRAÇÕES EM CAIXAS DE INSPEÇÃO DE ESGOTO EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL INFILTRATIONS IN SEWAGE INSPECTION BOXES IN RESIDENTIAL BUILDING

Ewerton Pereira Espindola

Raely Nunes de Melo

Iberê Pinheiro de Oliveira Resumo As patologias em caixas de inspeção de esgoto, além do desconforto causado pelo mau-cheiro, podem causar deterioração, depreciação e redução da vida útil do imóvel, dessa forma necessitam de cuidados adequados, seguindo normas e procedimentos legais. Este trabalho apresenta problemas comuns encontrados em caixas de inspeção de esgoto oriundas de falhas no dimensionamento, má execução e falta de manutenção ou manutenção inadequada. O principal objetivo deste artigo trata-se de estudar e comparar as ocorrências de infiltração em caixas de inspeção de esgoto. A obtenção dos resultados ocorreu a partir de inspeção predial, com registro fotográfico, comparação entre os dados obtidos “in loco” com os parâmetros técnicos estabelecidos em normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, juntamente com literaturas relacionadas às patologias encontradas. Com base nos resultados avaliados, observou-se grande quantidade de vazamentos com fluxo de esgoto em todas as caixas de inspeção, o que modifica a estabilidade do solo onde o prédio está instalado. Além dos vazamentos, encontrou-se alto grau de desgaste nas caixas, indicando que o desempenho está comprometido, retendo grande parte dos dejetos. Nesse sentido, pode-se classificar as anomalias de manutenção quanto ao grau de risco e quanto à evolução dos riscos e falhas do sistema, além de possibilitar orientações técnicas e ordem de prioridade para manutenção, como também classificação do estágio de conservação e recomendações. Palavras-Chave: Patologias construtivas; Infiltrações em esgoto; Caixas de inspeção. Abstract The pathologies in sewage inspection boxes, in addition to the discomfort caused by bad smell, can cause deterioration, depreciation and re-duction of the useful life of the property, so they need adequate care, following legal norms and procedures. This paper presents common prob-lems encountered in sewage inspection boxes due to failure in design, poor execution and lack of maintenance or inadequate maintenance. The main objective of this article is to study and compare the occurrences of infiltration in sewage inspection boxes. The results were obtained from property inspection, with photographic record, comparing the data obtained "in loco" with the technical parameters established in ABNT - Brazil-ian Standards of Technical Standards, together with literature related to the pathologies found. Based on the results evaluated, a large amount of leaks with sewage flow was observed in all the inspection boxes, which modifies the stability of the soil where the building is installed. In addition to the leaks, there was a high degree of wear in the boxes, indicating that performance is compromised, retaining most of the waste. In this sense, it is possible to classify the maintenance anomalies regarding the degree of risk and the evolution of the risks and failures of the system, besides allowing technical orientations and order of priority for maintenance, as well as classification of the conservation stage and recommendations. Keywords: Constructive pathologies; Infiltrations in sewage; Inspection boxes. Contato: [email protected], [email protected]

Introdução

O estudo de patologias é um tema comum e relevante dentro da área de construção civil e tem se tornado cada vez mais objeto de estudo de vários profissionais da área.

De acordo com S OUZA e RIPPER (2009)

designa-se genericamente por patologia das estruturas esse novo campo da Engenharia das Construções que se ocupa do estudo das origens, formas de manifestação, consequências e mecanismos de ocorrência das falhas e dos sistemas de degradação das estruturas.

Segundo GNIPPER (1993), na fase de

projeto dos sistemas prediais, os vícios podem ocorrer por falhas de concepção sistêmica, erros de dimensionamento, ausência ou incorreções de especificações de materiais e de serviços, insuficiência ou inexistência de detalhes construtivos, etc.

As instalações hidrosanitárias ou sistema de esgoto são responsáveis diretas pelas condições de saúde e higiene requeridas para a habitação e visa garantir a segurança de seus usuários (ABNT, 2013, NBR 15575-6/2013).

O sistema de esgoto sanitário deve ser

projetado de modo que evite a contaminação da água do sistema de suprimento, dos equipamentos e do meio ambiente; permita o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos, evitando vazamentos e depósitos no interior das tubulações; impeça a passagem de gases do sistema de esgotos para o interior das edificações; impossibilite o acesso de corpos estranhos ao interior do sistema e permita fácil inspeção dos componentes do sistema, (ABNT, 1999) NBR 8160/99.

Segundo o manual da Caesb – Companhia

de Saneamento Ambiental do Distrito Federal, uma tubulação de esgoto doméstico compreende duas partes: esgoto primário e esgoto secundário. O esgoto primário é formado pelas peças

Como citar esse artigo: Espindola EP, Melo RN, Oliveira IP. INFILTRAÇÕES EM CAIXAS DE INSPEÇÃO DE ESGOTO EM EDIFÍCIO RESIDENCIAL. Anais do 17 Simpósio de TCC e 14 Seminário de IC do Centro Universitário ICESP. 2019(17); 1093-1104


instaladas da caixa sifonada até a caixa de inspeção, já o esgoto secundário são todas as peças instaladas antes da caixa sifonada (CAESB).

A qualidade do sistema deve ser garantida

em todas as fases, compreendendo: projeto, material, execução, uso, operação e manutenção. (ABNT, NBR 8160/99).

De acordo com as normas da NBR 8160/99 as caixas de inspeção devem seguir algumas condições especificas, dentre elas:

• Distância entre elas não superior a 25 m; • Distância entre a última caixa e o coletor da

rede pública de esgoto de até 15 m; • Até 10 m de distância de ramais de esgoto de

vasos sanitários, caixas sifonadas ou mesmo caixas de gordura;

• Pode-se mudar de direção no coletor externo apenas uma vez entre caixas de inspeção, respeitadas as distâncias máximas, usando curvas de raio longo de 45° ou 90°;

• Recomenda-se colocar uma caixa de inspeção pouco antes dos despejos nos sistemas individuais de tratamento (fossa, filtro e sumidouro). Assim, caso a rede coletora de esgoto passe a atender aquele local, pode-se isolar o sistema antigo e, a partir dali, ligar ao sistema coletor público.

Estas caixas que são dispostas ao longo do coletor predial servem para fazer desobstruções (popular desentupimento), sem maiores percalços. Seu fundo deve possuir declividade o suficiente para provocar o escoamento dos dejetos, pois caixas de inspeção funcionam como locais de passagem, não de acumulação e tratamento de dejetos (PEREIRA, 2018).

As manifestações patológicas mais

frequentes nas instalações de águas residuais domésticas devem-se às disfunções de desempenho, vindas da perda de estanqueidade do sistema composto por tubos e conexões, causadas pela obstrução dos componentes da tubulação e ainda às disfunções causadas pela má concepção. Estas patologias ocasionam condições de insalubridade, desconforto pessoal, contaminação do solo, além de acelerar o processo de deterioração dos materiais e, em casos extremos, causando danos à estrutura de uma edificação (PAIVA et al, 2006).

Segundo estudos, 75% das patologias da

construção são decorrentes de problemas relacionados com as instalações hidráulicas prediais. Isso com certeza ocorre pela pouca importância que se dá ao projeto hidráulico do edifício (JUNIOR, R.C., 2015).

A ocorrência de patologias hidráulicas em

edifícios geralmente é percebida somente na etapa final, ou com a obra já finalizada.Isso se justifica em razão da rede hidráulica, normalmente,ser embutida ou enterrada; dificultando, portanto, a localização exata do problema. Nesse sentido, torna-se complexa a realização do devido reparo, sendo necessária a quebra de paredes, pisos ou pedras, o que causa muito transtorno, aborrecimento, prejuízos financeiros, além da perda de credibilidade de quem a executou ou planejou.

Dentre várias patologias existentes, em

específico nas caixas de inspeção, a maioria delas tratam-se de infiltrações devido a erros de execução, falta de manutenção e/ou deteorização. Conforme a vida útil da caixa de inspeção avança, outra patologia que aparece bastante é o mal cheiro,proveniente de problemas de vedação ou da ocorrência de trincas e quebras das tampas.

Materiais e Métodos

Este trabalho trata-se de uma pesquisa analítica, que visa trazer uma maior compreensão a respeito do tema, associado com a geração de dados e uma descrição com maior clareza das características do problema.

Desse modo,optou-se por uma inspeção

predial – Nível 2 – de acordo com o Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (IBAPE/SP), ou seja, vistoria para identificação de anomalias e falhas aparentes, eventualmente identificadas com o auxílio de equipamentos e/ou aparelhos, bem como análise de documentos técnicos específicos, de acordo com a complexidade dos sistemas construtivos existentes.

No intuito de verificar as possíveis

patologias existentes nas caixas de inspeção de esgoto, foi selecionado e vistoriado um prédio residencial de 3 pavimentos localizado em Brasília, visando a coleta e registro de dados técnicos e testes de estanqueidade da rede de esgoto sanitária instalada.

A inspeção restringiu-se aos sistemas de

esgoto sanitário (caixas de inspeção), vedação e estrutural, visando obter os agentes que estão ocasionando os danos vistoriados.

De acordo com as normas técnicas do

IBAPE, foram adotados os seguintes procedimentos:


1. Determinação das principais características do edifício;

2. Coleta de informações referentes à conservação, manutenção e funcionamento do edifício;

3. Análise de documentações administrativas e técnicas;

4. Preparação de uma lista de verificação; 5. Inspeção dos componentes construtivos das

áreas comuns do prédio, com anotação e avaliação de suas condições técnicas, funcionais e de conservação;

6. Execução de tomadas fotográficas gerais e de detalhes;

7. Oitiva de informações pertinentes do síndico e ocupantes;

8. Classificação e análise das anomalias de manutenção quanto ao grau de risco (Crítico, Regular e Mínimo) e quanto à evolução dos riscos e falhas do sistema (Gravidade, Urgência e Tendência);

9. Indicação das orientações técnicas e ordem de prioridade para manutenção;

10. Classificação do estágio de conservação e recomendações.

Classificação de graus de risco e falhas

A seguir serão discriminados os parâmetros da metodologia para quantificar e qualificar as manifestações patológicas identificadas na edificação, que serão analisados através da Matriz GUT.

A Matriz GUT foi criado por Charles Kepner e Benjamin Tregoe nos anos 80, para ser utilizada como ferramenta para resolução de problemas

complexos. O objetivo dessa ferramenta é priorizar as ações de forma racional, levando em consideração a gravidade, a urgência e a tendência do fenômeno, permitindo escolher a tomada de ação menos prejudicial. (Sotille,2010)

Para compor a matriz de reformas

utilizaremos a seguinte escala:

1. Crítico

Alto grau de risco à saúde e segurança do usuário. Apresenta deficiência excessiva dos sistemas construtivos e é recomendada a intervenção corretiva imediata.

2. Regular

Apresenta algum risco contra a saúde e segurança do usuário. A deficiência dos sistemas construtivos deve ter intervenção em curto prazo, determinada em uma programação corretiva.

3. Mínimo

Baixa probabilidade de risco à saúde e segurança do usuário. A deficiência dos sistemas construtivos não necessita de intervenção imediata. Deve ser programada em médio prazo.

Classificação da Evolução de Riscos e Falhas Quadro 1 – Evolução de riscos e falhas.

Matriz de GUT- *Metodologia adaptada a partir do processo desenvolvido por KEPNER TREGOE para analisar problemas .

Resultados

Os resultados obtidos por intermédio desta


pesquisa estão divididos em tópicos para uma melhor compreensão, que apontam para as principais anomalias construtivas e falhas de manutenção encontradas na edificação e observadas na vistoria das áreas comuns.

Posteriormente à enumeração das patologias,

breve comentário foi realizado a cerca da análise das falhas nos sistemas construtivos.

Figura 1 – Área de danos.

Estrutura

Edificado na década de 80, o dimensionamento à época deveria atender as recomendações da ABNT NBR 6118:1980.

Os danos estão aparecendo na parte oeste

da edificação, na área representada no croqui da Figura 1.

Fonte: Autor, 2019.

Vedação

Foram encontradas trincas de movimentação dos elementos de vedação na unidade habitacional existente no térreo.

Trata-se de um empreendimento edificado em concreto convencional com paredes de vedação sem função estruturante.

Figuras 2 e 3 – Trincas na alvenaria de vedação – apartamento do térreo.

Fonte: Autor, 2019.


A trinca encontrada contorna toda a Alvenaria e piso da área, segmentando o

contrapiso e cerâmica de revestimento no térreo.

Figura 4 – Trincas no piso do pilotis.

Fonte: Autor, 2019.

Figuras 5 e 6 – Trincas no piso do pilotis.

Fonte: Autor, 2019. Durante a anamnese, deparou-se com a

informação de que as trincas se intensificaram a

partir de 2017. Analisando os documentos, observou-se que em 2013 houve a notificação da CAESB com relação a vazamentos na caixa de esgoto.


Figura 7 – Notificação da concessionária a cerca dos danos.

Fonte: Arquivo do Condomínio, 2013.

Não tivemos acesso aos dados contábeis,

registros no CREA ou CAU quanto à contratação de equipe habilitada para execução dos reparos notificados.

Face às ocorrências encontradas e

informações obtidas, foi executada a inspeção no sistema de esgoto. Para facilitar a explanação da vistoria, o conjunto de caixas de esgoto foi numerado de 1 a 4 conforme Figura 6.

Figura 8 – Identificação das Caixas de Esgoto.

Fonte: Autor, 2019.

A letra “C” indica caixas de inspeção. As

letras “A” e “B” indicam caixa de gordura de caixa de sabão respectivamente.

A vistoria nas caixas de inspeção indicou a

existência de manifestações patológicas com grande quantidade de vazamentos e fluxo de esgoto em todas as caixas – numeradas de 1 a 4.

Este fluxo de esgoto está modificando a

estabilidade do solo onde o prédio está instalado. Pontos críticos podem ser observados nas

imagens das figuras 9 a 16.


Figuras 9 e 10 (Caixa - C 1) – Surgimento de raízes, infiltração.

Fonte: Autor, 2019.

Figuras 11 e 12 (Caixa - C 2) – Desgaste do concreto, deformação nos tubos e tubos corroídos.

Fonte: Autor, 2019.

Figuras 13 e 14 (Caixa - C 3) – Quantidade e diversidade de bitolas dos tubos e desgaste do

concreto, infiltração, esmagamento dos tubos.


Fonte: Autor, 2019. Figuras 15 e 16 (Caixa - C 4) - Desgaste do concreto, infiltrações e retenção de dejetos.

Fonte: Autor, 2019.

Verifica-se que os danos estão de forma

sistêmica e metastática em toda a rede de esgoto. A parte de tubulação apresenta deformações por compressão e pontos de corrosão ocasionada por roedores.

Figura 17– Rebaixamento do maciço.

Parte deste fluxo de esgoto está sendo

drenado para o subsolo, ocasionando rebaixamento do maciço e alterando as condições do baldrame e contrapiso dos pilotis. Encontram-se sinais desses danos em quase todos os pontos do passeio, conforme imagem a seguir.


Fonte: Autor, 2019.

Discussão

Os resultados obtidos nesta inspeção apontam que todas as caixas de inspeção de

esgoto sanitário analisadas, apresentam algum tipo de manifestação patológica.

O gráfico 1 ilustra as principais patologias encontradas no conjunto de caixas.

Gráfico 1- Principais patologias encontradas no conjunto de C.I

Fonte: Autor, 2019.

Constatado in loco, verificou-se em 100%


das caixas inspecionadas algum tipo das manifestações citadas acima.

Gráfico 2- Indicação de patologias por C.I

Fonte: Autor, 2019.

Não só com respeito à notificação efetuada

pela CAESB, mas por causa da execução equivocada do sistema de esgoto, indica-se que toda a rede local seja reconstruída.

Verificou-se alto grau de desgaste do

revestimento e da alvenaria das caixas de inspeção, além de tubulação com diâmetros e ligações incompatíveis com a ABNT NBR 8160:1990 e o Decreto-Lei 5631/80.

Somente após sanar estas manifestações

patológicas vistoriadas no sistema de esgoto é que as ações de recuperação das alvenarias poderão ser consideradas efetivas.

Quadro 2 - Classificação geral segundo a matriz de reformas

Fonte: Autor, 2019.

A edificação não possui grande quantidade

de anomalias em seus elementos estruturais, mas ações de recuperação devem ser programadas. Os danos ainda estão restritos aos elementos de vedação.

O risco de uso ou habitabilidade pode ser

considerado REGULAR . Os danos vistoriados estão em ocorrência e, por isso, ações de recuperação devem ser programadas, antes do agravamento dos efeitos e deformações registradas.

As trincas vistoriadas na alvenaria ainda

representam baixo risco estrutural, mas a condição dos vazamentos e a precariedade da rede de esgoto indicam necessidade emergencial de correção.

Considerando as anomalias e falhas detectadas na estrutura da edificação, essas não apresentam manifestações patológicas significativas, mas podem progredir. Por este motivo, o resultando da classificação do Estado Geral de Manutenção Edificação será REGULAR.

De maneira geral, apesar da não existência

do plano de manutenção formalizado, é importante que sejam registradas ações objetivando a recuperação técnica da edificação.

É necessária a formalização de um plano

diretor com vistas à solução dos problemas listados neste trabalho, além de garantir que as manutenções sejam realizadas por empresas.

Importa ratificar que todo o processo aqui

descrito deverá ser acompanhado por um profissional devidamente habilitado no Conselho de Regional de Engenharia e Agronomia e/ou Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo, inclusive, em atendimento à ABNT NBR 16280:2015.

Este trabalho mostrou que, apesar da

existência das normas técnicas, como as da ABNT e recomendações das empresas de esgoto de cada estado, ainda existe uma deficiência significativa em relação às caixas de inspeção e todo o sistema a qual elas fazem parte, onde problemas relacionados ao projeto dos sistemas prediais podem ocorrer por falhas de concepção, erros de dimensionamento, má execução e falta de manutenção.

Conclusão

Após a realização deste trabalho, podemos concluir que é necessária a realização de manutenções preventivas nos sistemas que compõe as edificações, em particular no sistema de esgoto sanitário. Como mostrado neste estudo, a falha na execução do projeto aliada à carência de um plano de manutenção nas caixas de inspeção de esgoto, podem desencadear manifestações patológicas, associadas a algum nível de desconforto, ou ainda oferecer riscos para os seus usuários, afetando diretamente a durabilidade do sistema (vida útil), bem como a depreciação e desvalorização do imóvel. O conhecimento das falhas mais frequentes, contribuirá neste sentido.

A incidência e as causas de problemas

patológicos nos sistemas prediais hidrosanitários têm sido ainda pouco pesquisadas em âmbito mundial, particularmente no Brasil. Isto se deve talvez por demandar recursos vultosos, longos períodos de observação, ensaios, simulações e testes invasivos e/ou destrutivos em escala real em edificações existentes, para que os resultados

Gravidade Urgência TendênciaREGULAR MÉDIA TOTAL TOTAL

GRAU DE RISCOEVOLUÇÃO DO RISCO

MATRIZ DE REFORMAS


sejam considerados consistentes.

Agradecimentos

Primeiramente a Deus por tudo que tens feito por nós.

Ao Centro Universitário ICESP pelas

condições necessárias para a realização desta pesquisa.

Ao nosso orientador Iberê Pinheiro de

Oliveira, pela paciência, colaboração e incentivo e aos demais professores desta instituição de ensino.

Aos familiares pelo incentivo e apoio

durante todo o curso.

Referências:

1. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2013). NBR 15575-6: Edificações Habitacionais - Desempenho Parte 6: Sistemas Hidrossanitários. Rio de Janeiro, ABNT.

2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2015). NBR 16280: Reforma em edificações — Sistema de gestão de reformas — Requisitos. Rio de Janeiro, ABNT.

3. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (1999). ABNT. NBR 8160 - Sistemas prediais de esgoto sanitário. Rio de Janeiro, ABNT.

4. BRASÍLIA (DISTRITO FEDERAL). Decreto Nº 5631, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1980. Regulamento para Instalações Prediais de Esgotos Sa nitários no Distrito Federal.

5. COMPANHIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL DO DISTRITO FEDERAL (CAESB), Manutenção Hidráulica Predial . Disponível em: https://www.caesb.df.gov.br/images/arquivos_pdf/manutencaohidraulicapredial1.pdf acessado em 01/11/2018.

6. GNIPPER, S. F. Especificações recomendadas para a contratação de p rojetos de instalações hidráulicas . 1993, In: 58º Encontro Nacional da Construção. Anais, 29-30 agosto de 1993, Belém.

7. INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA (IBAPE): Norma de Inspeção Predial Nacional (2012).

8. JUNIOR, Roberto de Carvalho. Patologias em sistemas prediais hidráulico sanitári o. 2.ed., São Paulo: Blucher, 2015.

9. PEREIRA, Caio. O que é caixa de inspeção? Escola Engenharia, 2018.

10. PEPITONE, C (2016) http://arq.ap1.com.br/sistemas-prediais-instalacao-de-esgoto-sanitario-parte-2/. Acesso em: 20 de novembro de 2016.

11. Paiva, J.V.; Aguiar, J.; Pinho, A. – Guia Técnico de Reabilitação Habitacional . Vol. I e II, LNEC, Lisboa, 2006.

12. Sotille, Mauro Afonso. PM Tech Capacitação de projetos -A ferramenta de Gut, 2014.


13. SOUZA, V. C.; RIPPER, T., Patologia, recuperação e reforço de estruturas de c oncreto . São Paulo: PINI, 2009.

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