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CZ BRASIL - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ARMAS E MUNIÇÕES. POMERODE/SC. 2013 EIV - ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA VERSÃO 03

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CZ BRASIL - INDÚSTRIA E COMÉRCIO

DE ARMAS E MUNIÇÕES.

POMERODE/SC.

2013

EIV - ESTUDO DE IMPACTO DE

VIZINHANÇA VERSÃO 03

ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

CZ BRASIL - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ARMAS E MUNIÇÕES

Responsável Técnico do EIV

Robson Tomasoni

CREA/SC: 059.209-5

FICHA TÉCNICA DA EQUIPE:

Nome: Robson Tomasoni

Formação: Engenheiro Florestal

Crea/SC: 059.209-5

Nome: Jadison Alexsander Fernandes

Formação: Tecnólogo em Saneamento Ambiental

Crea/SC: 101.494-7

Nome: Ana Lapolli Isensse

Formação: Arquiteta e Urbanista

Cau/SC: A 28282-0

APOIO NA ESTRUTURAÇÃO DO EIV

Nome: Bruno Burkhardt

Formação: Acadêmico de Engenharia Florestal

Nome: Midiã Franco

Formação: Acadêmica de Engenharia Florestal

EXECUTOR DO EIV:

PRONUS CONSULTORIA E ASSESSORIA EM ENGENHARIA LTDA-ME.

ENDEREÇO:

Rua Presidente Getúlio Vargas, 196 - sala 401

Telefone: (47) 3209-5666

CNPJ: 11.664.140/0001-80

PROPRIETÁRIO DO EMPREENDIMENTO:

CZ BRASIL - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ARMAS E MUNIÇÕES

CNPJ: 17.922.842/0001-01

Rua das missões, 621 - Sala 207 - Bairro Itoupava Norte - Blumenau/SC

ENDEREÇO DA FUTURA FABRICA

Rua dos Atiradores, s/n - Bairro Testo Central - Pomerode - SC

REQUERENTE DO EIV:Prefeitura Municipal de Pomerode

Através do artigo 254 da Lei Complementar 162, de 12 de Dezembro de 2008.

(Plano Diretor do Município de Pomerode).

SUMARIO

Sumário

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 9

2. OBJETIVO ........................................................................................................................... 9

3. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL .......................................................................................... 10

4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO ....................................................... 13

4.1. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS GERAIS .................................................................. 13

4.2. ATIVIDADES PREVISTAS NO EMPREENDIMENTO ....................................... 14

4.3. DIMENSÕES GERAIS ............................................................................................... 14

4.4. LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO .......................................................... 15

4.5. MAPEAMENTO DAS REDES DE ÁGUA PLUVIAL, ÁGUA, ESGOTO,

LUZ E TELEFONE NO PERÍMETRO DO EMPREENDIMENTO. .............................. 16

5. DESCRIÇÃO DO PROJETO ........................................................................................... 16

5.1 DADOS GERAIS DO PROJETO ..................................................................................... 18

5.2 CARACTERÍSTICA DA OBRA ...................................................................................... 18

5.3 ASPECTOS PREVENTIVOS RELATIVOS À SEGURANÇA ...................................... 19

5.4 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO .......................................................................... 20

5.5 PROJETO DE TERRAPLANAGEM ............................................................................... 20

5.6 TAXA DE PERMEABILIDADE ..................................................................................... 21

6. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA .................................................................................... 21

6.1 MACRO ZONEAMENTO (PLANO DIRETOR) ............................................................ 21

6.2 HIDROGRAFIA E ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE .............................. 25

6.3 IDENTIFICAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA E DOS CORPOS D’ÁGUA E

RESPECTIVAS CLASSES DE USO ...................................................................................... 25

6.4 PRESENÇA DE TERRENOS ALAGADIÇOS OU SUJEITOS A INUNDAÇÃO. ........ 27

6.5 SUSCETIBILIDADE DO TERRENO À EROSÃO ......................................................... 27

6.5.1 RELEVO ......................................................................................................................... 27

6.6 COBERTURA VEGETAL ............................................................................................... 27

6.6.1 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO ............................................................................. 27

6.6.2 FLORESTA OMBRÓFILA DENSA SUBMONTANA ................................................ 29

6.7 FAUNA LOCAL ............................................................................................................... 31

6.8 RÉPTEIS E ANFÍBIOS .................................................................................................... 32

6.9 MAMÍFEROS ................................................................................................................... 32

6.10 AVES ................................................................................................................................. 32

6.11 PROXIMIDADES DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ............................................ 33

6.12 FEIÇÕES DA ÁREA ........................................................................................................ 33

6.13 PRESENÇA DE APP OU NASCENTES ........................................................................ 34

7. INFRA-ESTRUTURA ....................................................................................................... 34

7.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA ,ESGOTO E COLETA DE LIXO ............................... 34

7.2 ABASTECIMENTO ELÉTRICO ..................................................................................... 34

8. MOBILIDADE URBANA ................................................................................................. 34

8.1 SISTEMA VIÁRIO E ACESSO ....................................................................................... 35

8.2 GERAÇÃO DE TRÁFEGO .............................................................................................. 35

8.3 TRANSPORTE COLETIVO ............................................................................................ 36

8.4 CICLOVIAS ...................................................................................................................... 38

9. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA ................................................... 38

9.1 USO DO SOLO ................................................................................................................. 38

9.2 MORFOLOGIA URBANA .............................................................................................. 39

9.3 EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS ..................................................... 40

9.4 SAÚDE .............................................................................................................................. 40

9.5 PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARQUITETÔNICO, ARTÍSTICO E CULTURAL ........ 41

9.5.1 HISTÓRICO DO BAIRRO TESTO CENTRAL ............................................................ 41

9.6 PLANOS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS ............................................................. 42

10. CONFORTO AMBIENTAL ...................................................................................... 42

10.1 IMPACTO VISUAL DO PROJETO ................................................................................ 42

10.2 INSOLAÇÃO E SOMBREAMENTO .............................................................................. 45

10.3 VENTILAÇÃO NATURAL ............................................................................................. 45

11. AVALIAÇÃO DE IMPACTO POTENCIAL OU EFETIVO DO

EMPREENDIMENTO ........................................................................................................... 45

11.1 PRODUÇÃO DE NÍVEL DE RUÍDOS, CALOR E VIBRAÇÃO ................................... 45

11.2 GASES .............................................................................................................................. 46

11.3 MOVIMENTAÇÃO DE TERRA ..................................................................................... 47

12. PRODUÇÃO DE RESÍDUOS .................................................................................... 47

13. ANÁLISE DO IMPACTO DE VIZINHANÇA DO EMPREENDIMENTO ......... 48

13.1 EFEITOS POSITIVOS DO EMPREENDIMENTO ......................................................... 48

13.1.1 INCREMENTO NA ECONOMIA DA CIDADE ................................................. 48

13.1.2 NOVOS POSTOS DE TRABALHO ..................................................................... 49

13.1.3 VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA ......................................................................... 49

13.1.4 LOCALIZAÇÃO NA MACROZONA URBANA DE INDUSTRIAL E

SERVIÇOS ............................................................................................................................... 50

13.2 ANÁLISE DO IMPACTO URBANÍSTICO GLOBAL ................................................... 50

13.2.1 ATENDE O PLANO DIRETOR ........................................................................... 50

14. REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 51

15. ANEXO I – PLANTA LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO E

ESQUEMÁTICO .................................................................................................................... 52

16. ANEXO II - PLANTA DE DRENAGEM,SISTEMA VIÁRIO , REDE

PLUVIAL E DECLARAÇÃO ............................................................................................... 53

17. ANEXO III -PLANTA DE IMPLANTAÇÃO .......................................................... 54

18. ANEXO IV - PLANTA BAIXA E FACHADA ......................................................... 55

19. ANEXO V- CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO .............................................. 56

20. ANEXO VI- PLANTA DE TERRAPLENAGEM E MEMORIAL

DESCRITIVO ......................................................................................................................... 57

21. ANEXO VII- CERTIDÃO .......................................................................................... 58

22. ANEXO VIII -DECLARAÇÃO ABASTECIMENTO DE ÁGUA -SAMAE ........ 59

23. ANEXO IX - DECLARAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA -

CELESC .................................................................................................................................. 60

24. ANEXO X - DECLARAÇÃO DE TRANSPORTE COLETIVO ........................... 61

25. ANEXO XI - DECLARAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO ......................... 62

26. ANEXO XII - DECLARAÇÃO SECRETÁRIA DE SAÚDE ................................ 63

27. ANEXO XIII DECLARAÇÃO DE PLANOS GOVERNAMENTAIS ................... 64

28. ANEXO XIV - PUBLICAÇÃO LEGAL ................................................................... 65

29. -ANEXO XV - ESCRITURAS ................................................................................... 66

30. ANEXO XVI - DECLARAÇÃO DNPM ................................................................... 67

31. ANEXO XVII - DECLARAÇÃO GETRAN ............................................................. 68

32. ANEXO XVIII - REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA -ART

E RRT ...................................................................................................................................... 69

33. ANEXO XIX - COMPROVANTE DE TAXAS PAGAS ART E RRT ................... 70

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1.Localização da Área. (sentido Blumenau - Pomerode). ................................................ 13

Figura 2 .Localização da Empresa em Pomerode. ....................................................................... 14

Figura 3- Figura mapa esquemático do terreno conforme escritura.Esta no anexo 1 deste

projeto. ........................................................................................................................................ 15

Figura 4. Imagem superior do projeto ....................................................................................... 17

Figura 5. Vista da fachada ........................................................................................................... 17

Figura 6.Mapa de localização dos ribeirões e APP. ..................................................................... 26

Figura 7.Imagem da área de interferência & vegetação .......................................................... 29

Figura 8 .Área em estágio Inicial ............................................................................................... 30

Figura 9.Área em estágio Inicial ................................................................................................ 31

Figura 10. IDENTIFICAÇÃO DO ENTORNO. .................................................................................. 39

Figura 11- Perspectiva 3D geral da Fábrica ................................................................................. 43

Figura 12 Vista em3D. ................................................................................................................. 43

Figura 13.Vista Portaria ............................................................................................................... 44

Figura 14. Vista da fábrica ........................................................................................................... 44

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1.Quadro resumo............................................................................................................. 18

Tabela 2.Área construída. ........................................................................................................... 18

Tabela 3. Classificação de resíduos construtivos segundo a resolução CONAMA 307/02. ........ 48

1. INTRODUÇÃO

A CZ BRASIL é uma Empresa Estratégica de Defesa (EED), fabricante de

armas, e, por isso, possui uma série de preocupações e comprometimento com as

questões relativas à segurança.

Originalmente, a empresa era voltada para a produção de armas militares

pequenas, mas ao longo do tempo a produção foi ampliada com produtos para uso civil,

tanto para o esportes como para caça.

Atualmente a fábrica de armas da Republica Tcheca é um dos maiores

produtores mundiais de armas de pequeno porte, vendendo para mais 100 países.

2. OBJETIVO

O objeto do EIV aqui apresentado é relacionar os impactos positivos e negativos

que a Empresa CZ Brasil, uma Indústria e Comércio de Armas e Munições, poderá

causar a comunidade de seu entorno.

Este empreendimento é considerado impactante, segundo classificação do Plano

Diretor, pois possuirá mais de 1.000,00 m² de área construída

Ao se somar as áreas de pátio, construção, manobras e estacionamentos a

empresa terá 9.713,08 m² .

3. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

O EIV é um dos instrumentos de democratização da gestão urbana previstos no

ESTATUTO DA CIDADE (LEI10.257/2001).

LEI 10.257/2001 – Estatuto da Cidade:

Do estudo de impacto de vizinhança:

Art. 36.Lei municipal definirá os empreendimentos e atividades privados ou

públicos em área urbana que dependerão de elaboração de estudo prévio de impacto de

vizinhança (EIV) para obter as licenças ou autorizações de construção, ampliação ou

funcionamento a cargo do Poder Público municipal.

Art. 37.O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e

negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população

residente na área e suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes

questões:

I – adensamento populacional;

II – equipamentos urbanos e comunitários;

III – uso e ocupação do solo;

IV – valorização imobiliária;

V – geração de tráfego e demanda por transporte público;

VI – ventilação e iluminação;

VII – paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.

Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV, que

ficarão disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público municipal,

por qualquer interessado.

Para que uma propriedade cumpra sua FUNÇÃO SOCIAL, deve garantir a

conservação de um meio ambiente urbano agradável. Por isso, o ente Municipal deve

resguardar esse relevante bem para as futuras gerações, debatendo e estudando

amplamente licenças e autorizações concedidas .

É neste contexto que se insere a importância do EIV, possibilitando um prévio

debate das influências que o uso e/ou construção em propriedades particulares causarão

ao entorno.

Segundo :

Art. 38. A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a aprovação de

estudo prévio de impacto ambiental (EIA), requeridas nos termos da legislação

ambiental.(...)

Alguns tópicos devemos levar em consideração, como;

Quanto maior o empreendimento, maior o impacto que produzirá

sobre seu entorno.

O Zoneamento previsto para um Município não é capaz de, por si

só, prever todos os possíveis conflitos que determinados usos podem ocasionar.

Alguns empreendimentos provocam profundos impactos no

sistema viário, saturação da infra-estrutura – drenagem, esgoto, energia elétrica,

telefonia, sombreamento, poluição sonora e visual.

O EIV é uma maneira democrática de se tomar decisões sobre

grandes empreendimentos, dá direito à voz aos moradores e usuários do local do

empreendimento. Deste modo, condiciona o direito à propriedade: o meu direito

à propriedade vai até onde eu não prejudique o meu vizinho.

O EIV também é um meio de atuação preventiva, que visa a evitar

as consequências danosas sobre o ambiente, de um projeto de obras, de

urbanização ou qualquer atividade.

A aplicação do Estudo de Impacto de Vizinhança implica em muitos riscos e

deve ser feita de forma cuidadosa. Normalmente as exigências resumem-se a

complementações no sistema viário ou na semaforização, investimentos que, em última

instância, beneficiam e valorizam – ou até mesmo viabilizam – os próprios

empreendimentos. Assim, deve-se levar em conta impactos que ultrapassem aqueles

sobre o sistema viário: ambientais (impermeabilização excessiva do terreno, aumento

de temperatura), paisagísticos (impacto sobre paisagens de morros, dunas, vales, vista

para frentes de água), econômicos (impactos sobre o comércio e serviços locais, ou

sobre a produção de pequenos agricultores) e sociais (perda de empregos ou renda,

sobrecarga de equipamentos públicos). A lei que regulamenta o Estudo de Impacto de

Vizinhança deve contemplar todas essas dimensões, ultrapassando o simples

ressarcimento à cidade da sobrecarga sofrida com o investimento. (Renato Cymbalista)

Conforme os artigos 253 a 255 do Plano Diretor do Município de Pomerode, são

aqueles que podem causar danos ou alterações nos ambientes socioeconômico, natural

ou construído, ou sobrecarga na capacidade de atendimento de infra-estrutura básica,

quer sejam construções públicas ou privadas, habitacionais ou não-habitacionais.

Com base no levantamento de dados, é realizada uma avaliação dos impactos,

obtendo-se aspectos positivos e negativos da implantação de determinado

empreendimento, e com isso propõe-se medidas mitigadoras e/ou compensatórias.

As informações provenientes deste estudo serão apresentadas à comunidade em

Audiência Pública, e assim orientar o processo decisório da comunidade sobre a

implantação do empreendimento ou atividade de impacto.

4. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

4.1. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS GERAIS

A Empresa CZ Brasil será implantada na cidade de Pomerode, localizada no

Vale do Itajaí, à noroeste de Blumenau, cidade pólo da região no Estado de Santa

Catarina.

O empreendimento situa-se, na Rua Dos Atiradores, Bairro Testo Central,

defronte a Rua Travessa Kuehlwein - Pomerode - SC.

A partir do trevo da BR 470 sentido Pomerode (trevo Pomerode), importante via

da cidade, na altura do n° 7.000 a direita, entrar na Rua Travessa Kuehlwein e no final

desta, a sua frente inicia-se a área da Indústria CZ-Brasil.

.

Figura 1.Localização da Área. (sentido Blumenau - Pomerode).

N

Figura 2 .Localização da Empresa em Pomerode.

4.2. ATIVIDADES PREVISTAS NO EMPREENDIMENTO

A Empresa CZ Brasil em sua primeira unidade fabril ira atuar como empresa

montadora, terceirizando o setor de fundição, usinagem, pintura e qualquer outra

atividade de produção/transformação de material.

4.3. DIMENSÕES GERAIS

Dados do Terreno:

O terreno esta contemplado por três Matricula conforme descrição abaixo:

Matricula: 13348 : 51.725,30 m²

Matricula: 13345 : 2.100,00 m²

Matricula: 13346 : 2.535,00 m²

Área Total do Imóvel: 56.360,30 m²

Área de APP: 4.034,25 m²

Área Verde: 5.500,00 m²

N

Dados do Projeto:

Área da Fabrica: 2.775,95 m²

Área de Manobra: 1.913,47 m²

Área de estacionamento: 2.489,65m²

Área de Arruamento: 3.314,57m²

Área do Parque Fabril: 9.713,08 m²

Área de terraplanagem: 16.010,00 m² (corte/aterro)

Figura 3- Figura mapa esquemático do terreno conforme escritura.Esta no anexo 1 deste projeto.

4.4. LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO

O levantamento planialtimétrico deste estudo está inserido no anexo 1.

4.5. MAPEAMENTO DAS REDES DE ÁGUA PLUVIAL, ÁGUA, ESGOTO,

LUZ E TELEFONE NO PERÍMETRO DO EMPREENDIMENTO.

O Mapeamento das redes pluviais internas deste estudo, esta inserido no anexo 2 .

5. DESCRIÇÃO DO PROJETO

Empreendimento Industrial com área total edificada de 9.713,08 m², que abriga

uma área construída 2.775,95 m², sendo um subsolo de 742,56 m², térreo de 1.676,99

m², quiosque e museu de 174,16 m² e uma guarita de 63,75m², um estacionamento de

área de 2.489,65 m², com 75 vagas de garagem, sendo 3 para idosos e 3 para deficientes

físicos e 69 para os demais , 13 vagas para bicicletas e 20 vagas para motos, um pátio de

manobra de 1.913,47 m² e arruamento de 3.314,57 m².Conforme anexo 3.

A altitude da fábrica ficará aproximadamente 50 m em relação à Rua Dos

Atiradores .

O Parque Fabril ocupará uma área de 9.713,08 m², a terraplenagem será de

16.010,00 m² entre corte e aterro. Tal obra será necessária devido a declividade do

terreno que abrange diferentes níveis de cotas. Do volume de terra gerado no

terraplenagem uma parte será utilizada na própria obra, e o restante será doado ao

SENAI de Pomerode.

A altura total da fabrica é de 6,20 (seis metros e vinte centímetros).

Para a operação do parque fabril será contratado em torno de 100 funcionários

entre funcionários diretos e indiretos.

1 2 3 4 5 6 7 8

9

10

11

12

13

14

1516

17

18

19

20

21

22

23

M.R.

divisória

de granito

M.R.

SALA BLINDADA

LOJA DE PEÇAS

Pé Direito= 3,50m

P= concreto polido

F= telha metálica com

estrutura aparente

A=194,04m²

0,15

LAJE

Pé Direito= 3,50m

P= concreto polido

F= telha metálica com

estrutura aparenteA=25,00m²

0,15

ENTRADA DE PEÇAS

RECEBIMENTO

A = 31,36 m²

Pé direito = 4,00m

P= concreto polido

F = telha metálica com

estrutura aparente

0,15

TRIAGEM E DIVISÃO DAS

PEÇAS

A = 51,52 m²

Pé direito = 4,00m

P= concreto polido

F = telha metálica com

estrutura aparente

0,15

MONTAGEM

A = 125,51 m²

Pé direito = 4,00m

P= concreto polido

F = telha metálica com

estrutura aparente

0,15

ACESSO A FABRICA

A = 33,06 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

SEGURANÇA

A = 14,96 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15 RECEPÇÃO

A = 31,11 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

SALA GERÊNCIA DE SEGURANÇA

A = 9,27 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

SALA DE REUNIÕES

A = 17,16 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

SECRETÁRIA EXECUTIVA

A = 14,56 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

R.H.

A = 7,75 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

SALA DE REUNIÕES

A = 12,40 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

SALA DIRETORES

A = 42,60 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

BWC FEMININO

A = 14,49 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

BWC MASCULINO

A = 17,48m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

BWC ACESSÍVEL

A = 3,40 m²

0,15

VESTIÁRIO MASCULINO

A = 39,24m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

VESTIÁRIO FEMININO

A = 39,42m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

BWC MASC

A = 7,35 m²

0,15

BWC ACESSÍVEL

A = 2,50 m²

0,15

BWC FEMININO

A = 8,40 m²

0,15

COPA

A = 5,00 m²

0,15

ARQUIVO

A = 12,88m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

EXPEDIÇÃO

A = 56,52 m²

Pé direito = 3,50m

P= concreto polido

F = telha metálica com estrutura

aparente

0,15

COFRE/DEPÓSITO

A = 119,07 m²

Pé direito = 3,50m

P= concreto polido

F = telha metálica com estrutura

aparente

0,00

INSPEÇÃO FINAL E CONSERVAÇÃO

A = 27,95 m²

Pé direito = 4,00m

P= concreto polido

F =telha metálica com estrutura

aparente

0,15

LIMPEZA

A = 23,88 m²

Pé direito = 3,50m

P= concreto polido

F =telha metálica com estrutura

aparente

0,00

EMBALAGEM

A = 48,33 m²

Pé direito = 4,00m

P= concreto polido

F = telha metálica com estruturaaparente

0,15

FÁBRICA CZ

PLANTA BAIXA

ÁREA TÉRREO: 1.616,04m²

divisória

de granito

portas de

vidro pintado

COPA

A = 2,32 m²

0,15LAVABO

A = 2,32 m²

0,15

AMBULATÓRIO

A = 6,00 m²

0,15

SALA DE DESCANÇO

A = 14,42 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

REFEITÓRIO DIRETORES

A = 14,42 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

COZINHA (AQUECIMENTO DE

ALIMENTOS)

A = 25,87 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

REFEITÓRIO

A = 82,81 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

60 lugares

0,15

BWC ACESSÍVEL

A = 2,50 m²

0,15

SALA ADMINISTRADOR

A = 11,30 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

T.I.

A = 12,09 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

FUNCIONÁRIOS

A = 74,37 m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

0,15

20

250

10

860

10

390

10

400

10

250

10

320

20

385

15

150

20

380

20

470

20

4.0

20

20775102001530015440153151543015845152801528020

4.620

20

515

15

450

15

985

20

460

20

500

20

980

20

4.0

20

20 1.980 20 1.980 20

4.020

20

247

10

665

10

10

750

10

330

15

180

20

90

20

440

20

380

20

470

20

ÁREA PARA

MONTA-CARGA

CIRCULAÇÃO

Gradil

Proje

ção m

arquis

e

PLATAFORMA

P= concreto polido

0,15

SERVIDOR DE TI

A = 6,25m²

Pé direito = 3,50m

P= porcelanato 60x60

F = forro de gesso

0,15

0,00

Porta transvision

-1,150,15

12046020

PAREDE BLINDADA

PAREDE COM BLOCO DE CONCRETO

(ESPESSURAS DEVEM SER CONFERIDAS EM

PLANTA)

PAREDE DE GESSO ACARTONADO

divisória

de granito

LEGENDA PAREDES

Muro 1

,10m

Figura 4. Imagem superior do projeto

CZ BRASIL

FACHADA FRONTAL

10

260

15

100

15

230

630

260

15

345

100

730

10

270

15

345

10

70

150

400

10

210

104015

345

10

210

104015

10

80

10

120

104015

345

345

10

210

104015

345

Parede com reboco

e pintura acrílica na cor branca

Estrutura metálica na cor preta,

sustentada com cabos de aço

Revestimento com telhas metálicas

com pintura preta

Porta na cor preta

Logo em ACM nas cores da marca

com iluminação em back light

Janelas com pele de vidro

Marquise com estrutura metálica

preta com cabos de aço

2.290 496 1.234

Figura 5. Vista da fachada

Para melhor visualização a imagem superior e a vista da fachada do projeto estão

no anexo 4 .

5.1 DADOS GERAIS DO PROJETO

ÁREA ESCRITURADA DO TERRENO:56.360,30m² ÁREA 5REAL DO TERRENO: 56.360,30m²

ÍNDICES PERMITIDO (EXIGIDO) DO PROJETO

COEFICIENTE DE

APROVEITAMENTO

1,00 56.360,30m² 4,71% 2.653,51 m²

TAXA DE

OCUPAÇÃO

50% 28.180,15 m² 6,80 % 1.918,51 m²

TAXA MÍNIMA DE

PERMEABILIDADE

40% 22.544,12 m² 29,48 % 6.645,62 m²

Tabela 1.Quadro resumo.

ÁREA

Pv.térreo 1.676,99 m²

Museu e Quiosque 174,46 m²

Guarita 63,75 m²

Sub-solo 742,56 m²

Estacionamento 2.489,65m²

Área de Manobra 1.913,47m²

Rua 3.314,57m²

Total Construção 9.713,08 m²

Tabela 2.Área construída.

5.2 CARACTERÍSTICA DA OBRA

Fundações executadas com sistema de estaca raiz

O sistema construtivo das fundações será Pré-moldados e algumas supra

estruturas moldadas na obra.

A obra possui um subsolo com paredes de espessura de 20cm isolamento

com Lã de rocha e portas anti-chamas e anti-ruídos.

As paredes poderão ser de alvenaria ou blocos de concreto

O aço poderá ser cortado na obra ou chegar pronto da usina.

O revestimento poderá receber chapisco e reboco e outros

As esquadrias poderão ser de aço especial e internamente PVC, vidro

temperado, alumínio ou mistas

A empresa terá sistema de reaproveitamento de água pluvial para banheiros e

lavação do Parque Fabril.

5.3 ASPECTOS PREVENTIVOS RELATIVOS À SEGURANÇA

A seguir, apresenta-se apenas alguns aspectos que estão previstos desde a

concepção do Projeto da Fábrica, no que se refere à segurança:

- acesso à região externa da fábrica com cancela, dilacerador de pneus, câmeras de

segurança, e interfone para identificação preventiva (todo acesso à Fábrica deverá ser

previamente agendado e as pessoas identificadas, quer sejam fornecedores, clientes,

prestadores de serviço, bem como qualquer outra pessoa que tenha necessidade de

entrar nas instalações da CZ Brasil):

- acesso ao portão principal da fábrica também com dilacerador de pneus, cancela,

câmera de segurança para identificação de pessoas e objetos dentro das carrocerias dos

caminhões, câmeras de segurança acompanhando todo o trajeto de acesso do perímetro

externo até os muros que delimitam o perímetro interno da Fábrica;

- muro que delimita o perímetro interno da Fábrica com três metros de altura, todo

preenchido com concreto, concertina sobre toda a sua extensão, câmeras monitorando

todo o perímetro e com cobertura dupla, ou seja, uma câmera cobrindo a outra;

- guarita de acesso à fábrica blindada, com acesso independente para funcionários e

visitantes. Entrada para funcionários com torniquete e controle de acesso. Entrada para

visitantes com detector de metais e sistema de raio x para bolsas. Guardas na guarita

para controle de entrada e saída de pessoal, veículos e material;

- todas as paredes que delimitam a área fabril, preenchidas com concreto;

- toda a área interna da planta (escritório e área de produção) monitorada por câmeras.

Todas as portas de acesso com controle de acesso. Sistema de detecção de

metais para controle de acesso dentro da planta (ninguém entra ou sai com nenhum

objeto de metal de dentro da planta);

- toda a planta com sistemas de alarme;

Além das preocupações com segurança desde a fase de concepção do projeto, no

que se refere às barreiras físico-eletrônicas criadas, há também uma série de

procedimentos de inteligência e segurança que estão sendo desenvolvidos para, em

conjunto com as barreiras físico-eletrônicas, manter o comando e controle das ações

necessárias à manutenção do poder de dissuasão como principal forma de prevenção de

incidentes relativos à tentativas de roubos e furtos e invasão da Fábrica; uma vez que a

segurança privada não possui poder de polícia e a sua principal função, por definição, é

a atividade dissuasória.

No entanto, por ser uma Empresa Estratégica de Defesa, existe toda uma

preocupação do Estado em reforçar a segurança em locais que possuam empresas com

essa característica. Quer seja por intermédio de criação de novas unidades de

policiamento, quer seja através da intensificação das atividades de inteligência.

5.4 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO

Para todas as fases de implantação esta previsto um período de 6 meses. Destes

Três na execução de Terraplanagem e Contenções. Inicio em Dezembro de 2013.

Conforme anexo 5.

5.5 PROJETO DE TERRAPLANAGEM

Volume total estimado de 145.000,00 m³, sendo 90.000,00 m³ utilizados no

terreno como aterro e 55.000,00 m³ que serão doados para SENAI-SC, situado na Rua

XV de Novembro de fronte a rua Ribeirão Luebke, neste Município.

Será realizada a contenção com muro de gabião atirantado e estaqueado, em

uma distancia de 185 metros e altura de 6 metros.

Os taludes serão todos suavizados e gramados, e todas as águas pluviais serão

captadas e através de sistema de drenagem direcionadas para a tubulação pluvial da rua

e posteriormente o Rio do Testo.Conforme anexo6.

5.6 TAXA DE PERMEABILIDADE

A taxa de permeabilidade é o parâmetro urbanístico responsável por manter uma

área do lote sem qualquer tipo de pavimentação que possa impedir a infiltração de água

no solo.

Segundo o Anexo III do Plano Diretor de Pomerode, a taxa mínima de

permeabilidade do solo para a Macrozona Urbana de Indústrias e Serviços, onde se

encontra o empreendimento é de 40% e dos 56.360,30 m² de área total do terreno, o

projeto ocupada somente 29,48% ou seja 6.645,62 m².

Portanto projeto da CZ - Brasil Indústria e Comércio de Armas cumpre as exigências

do Plano Diretor.

6. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA

O imóvel em questão possui área total 56.360,30 m² sendo desta 4.034,25 m²

de APP, 17.724,00 m² de Mata Atlântica em Estagio Médio de Regeneração Natural,

13.495,00 m² de Mata Atlântica em Estagio Inicial de Regeneração Natural, 14.020,00

de palmeira real, 4.587,00 m² de eucalyptus sp. e 2.000,00 m² de área limpa .

O Imóvel se encontra em área Urbana consolidada, com predominância

Industrial, com vizinhas como Supremo Cimento, Vale do Selke, Obenaus, esquadria

Weiku, Ouro Preto, e está localizada a menos de 500 metros da Rodovia SC 421.

6.1 MACRO ZONEAMENTO (PLANO DIRETOR)

A Lei Complementar n° 162, do Plano diretor do Município de Pomerode, dispõe sobre

o uso e ocupação do solo de Pomerode e outras providências, e incide sobre a área

urbana em estudo.

Os usos e atividades, de acordo com o Plano Diretor de Pomerode, são classificados em:

I - Não incômodos;

II - Incômodos 1;

III- Incômodos 2.;

A área da CZ Brasil se classifica no Item II ou seja ¨Incômodo 1¨.

Classificação da Empresa CZ Brasil LTDA.

¨¨Da Poluição Sonora Art. 208. Para os efeitos desta lei, consideram-se aplicáveis as

seguintes definições: ...

II - Poluição Sonora: toda emissão de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou

nociva à saúde, à segurança e ao bem-estar da coletividade ou transgrida as disposições

fixadas nesta Lei Complementar.

A única poluição sonora é a oriunda do estande de tiros, mas estará em Sub-Solo,

envolto em uma parece de concreto armado de 20cm, não causando poluição ofensiva e

nociva a vizinhança.

Classificada neste item em Incômodo 1

¨Da Poluição Atmosférica

Art. 218. Considera-se produtora de poluição atmosférica a atividade que emite para o

meio ambiente poluente atmosférico de qualquer forma de matéria ou energia com

intensidade e em quantidade, concentração, tempo ou características em desacordo com

os níveis estabelecidos pelos órgãos ambientais competentes, e que tornem ou possam

tornar o ar:

I - Impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde;

II - Inconveniente ao bem-estar público;

III - Danoso aos materiais, à fauna e flora;

IV - Prejudicial à segurança ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da

comunidade

¨Art. 219. Com relação à poluição atmosférica os usos ou atividades classificam-se

em:...

II - Incômodo 1: as atividades que emitem poluente atmosférico não tóxico ou não

particulado para o meio ambiente;

- o único poluição que terá na atividade é os vapores que saem na hora do tiro, que não

é toxico pela sua baixa concentração, alem disso será colocados exaustores com filtros.

Classificada neste item em Incômodo 1

¨ Da Poluição Hídrica

Art. 223. Os usos ou atividades que produzem efluentes líquidos incompatíveis ao

lançamento nos corpos hídricos ou sistema coletor de esgoto ou provocam poluição no

lençol freático serão considerados produtores de poluição hídrica.

Art. 224. Com relação à poluição hídrica os usos ou atividades classificam-se em:

I - Não incômodo: as atividades que emitem efluente líquido compatível com

lançamento direto na rede de esgoto ou corpos hídricos;

II - Incômodo 2: as atividades que emitem efluente líquido potencialmente poluente.

Neste item a empresa é classificada como Não Incômodo, por ter apenas

efluentes sanitários e a mesma implantará uma estação de tratamento de efluentes

seguindo todos os parâmetros legais.

¨Da Geração de Resíduos Sólidos

Art. 235. Com relação à geração de resíduos sólidos os usos ou atividades classificam-

se em:

I - Não incômodo: atividades que produzem resíduos sólidos não perigosos até 100

litros/dia;

II - Incômodo 1: atividades que produzem resíduos sólidos não perigosos acima de 100

litros/dia e atividades que produzem resíduos sólidos perigosos até 100 litros/dia;

III - Incômodo 2: atividades que produzem resíduos sólidos perigosos acima de 100

litros/dia.

Neste item é classificada no Item II – Incômodo 1 – por produzir menos que 100

litros/dia de resíduos como a pólvora, cobre e latão das munições, mas todas serão

armazenadas em bombonas e encaminhados a locais ambientalmente licenciados.

Será gerado em torno de 500 litros/mês

¨Da Vibração

Art. 237. De acordo com este código, considera-se vibração o impacto provocado pelo

uso de máquinas ou equipamentos que produzem choques repetitivos ou vibração

sensível, causando riscos potenciais à propriedade, ao bem estar ou à saúde pública.

Art. 238. Com relação à vibração os usos ou atividades classificam-se em:

I - Não incômodo: as atividades que não emitem vibração ou choque para além das

divisas do lote em que se localizam;

II - Incômodo 2: atividades que utilizam máquinas ou equipamentos que produzem

choque ou vibração que sejam sensíveis para além das divisas do lote.

A empresa trata-se de uma montadora e não haverá qualquer tipo de maquinário

que venham causar algum tipo de vibração que cause dano a saúde humana,

classificando-se em Não Incômodo.

¨Da Periculosidade

Art. 241. Com relação à periculosidade os usos ou atividades classificam-se em:

II - Incômodo 1: atividades que,

a) Estoquem pólvora de fogos de artifício até 4500 Kg ou explosivos de ruptura até 23

Kg ou que não estoquem explosivos iniciadores;

b) Depositem combustíveis e inflamáveis líquidos em tanque de 250 a 7570 litros;

c) Depositem gás GLP com estoque de mais de 50 até 100 botijões de 13 kg, ou número

de botijões móveis de até 45 kg, que multiplicados pelos seus pesos unitários não

ultrapassem 1300 kg ou depósito fixo de até 500 litros.

Neste Item a Classificação esta enquadrada em Incômodo 1.

Segundo os artigos 197 e 198 do Plano Diretor.

Em relação ao Zoneamento na qual esta inserido o terreno, localiza-sena Zona

Macrozona Urbana de Industrial e Serviços, com os seguintes índices:

Número de Maximo de Pavimentos (NP) = 3

Coef. De Aproveitamento (C) = 1

Taxa de Ocupação (T) = 50%

Recuo Lateral e Posterior (ALP) = 6 ou h/5 metros

Testada mínima do lote : 30,00 metros

6.2 HIDROGRAFIA E ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

O estado de Santa Catarina, segundo a divisão adotada pela Agência Nacional

de Águas ( ANA) é drenada por duas grandes vertentes, a vertente do interior e a

vertente atlântica. A vertente atlântica é formada por um conjunto de doze bacias

isoladas, possuindo rios de grande importância como o Itajaí e Itapocú, que fluem suas

águas para leste e deságuam diretamente no Atlântico.

Quanto à hidrografia o município é banhado pelo Rio do Testo e seus

principais afluentes são: Ribeirão Wunderwald, Ribeirão Pomerode Fundos, Ribeirão

Vale do Selke, Ribeirão Herdt, Rio Texto Rega, Ribeirão Vale do Selke Pequeno,

Ribeirão Clara e Ribeirão Souto.

(fonte : Prefeitura Municipal de Pomerode)

O Código Florestal Brasileiro, lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, no seu

Capitulo II e Art. 4º determina as distancias mínimas de preservação das APPs (àrea de

preservação permanente).

"Definição de Área de Preservação Permanente: área protegida, coberta ou

não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a

paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna

e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas".

Segundo código florestal a distância mínima da faixa de APP a ser adotada nas

propriedades é 30 metros para os cursos d’água que tenham até 10 (dez) metros de

largura, no caso o Rio do Testo e o ribeirão inominado aos fundos do terreno.

6.3 IDENTIFICAÇÃO DA BACIA HIDROGRÁFICA E DOS CORPOS D’ÁGUA

E RESPECTIVAS CLASSES DE USO

A água é um bem de domínio público, escasso e dotado de valor econômico

que deverá ser gerenciada de forma participativa nas bacias hidrográficas, (Lei nº

9.433/97 art. 1º).

O enquadramento é o estabelecimento da meta ou objetivo de qualidade da

água (classe) a ser, obrigatoriamente, alcançado ou mantido em um segmento de corpo

d’ água, de acordo com os usos preponderantes pretendidos, ao longo do tempo (Res.

CONAMA 357/05 art. 2º).

O imóvel está localizado na Bacia Hidrográfica da Vertente Atlântico, na

Bacia hidrográfica do Rio Itajaí-Açu, na Unidade Hidrográfica do Rio do Testo,

classificado pela Resolução CONAMA 357/05, art. 4°, como de classe 2.

A Lei Complementar n° 165/08, do Plano Diretor do Município de Pomerode,

dispõe sobre o código de preservação do meio ambiente do município de Pomerode e dá

outras providências, e incide sobre a área urbana em estudo.

Segundo, a Fundação Municipal de Meio Ambiente de Santa Catarina o Rio

Itajaí-Açu pertence à classe 2, conforme seus usos preponderantes.

Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados, direta

ou indiretamente, nos corpos d’água desde que obedeçam às condições e padrões

previstos neste artigo, resguardadas outras exigências cabíveis (Res. CONAMA 430/11

art. 15).

Aos fundos do terreno a um curso de água com uma média de dois metros de

largura onde será preservado, conforme estipula lei, trinta metros de preservação para

cada lado. Lembrando que este córrego esta a mais 200 metros da área do Parque Fabril.

Figura 6.Mapa de localização dos ribeirões e APP.

N

6.4 PRESENÇA DE TERRENOS ALAGADIÇOS OU SUJEITOS A

INUNDAÇÃO.

O imóvel está localizado em local elevado da bacia, livre de terrenos

alagadiços ou inundação.Conforme certidão do anexo 7.

6.5 SUSCETIBILIDADE DO TERRENO À EROSÃO

Há mais de dois anos foi aberto as estradas que levam aos fundos do terreno

com taludes de até seis metros de altura, sem proteção e com apenas obras de drenagem

feitas pela terraplanagem para o desvio das águas superficiais, e não à grandes vestígios

de erosão.

O terreno terá uma grande terraplenagem com 16.010,00 metros quadrados de

movimentação de solo, tanto em corte quanto em aterro, onde todos os taludes terão

inclinação adequada, recobertos com placas de grama e uma excelente drenagem para

evitar erosão e desmoronamento.

6.5.1 RELEVO

O terreno é classificado de levemente ondulado a ondulado, com pequenas

área classificada como muito ondulado que fica fora do projeto da Fábrica.

Cercada pela Serra do Mar, Pomerode tem relevo montanhoso. Seus morros

cobertos de vegetação podem ser avistados de todos os pontos da cidade.

6.6 COBERTURA VEGETAL

6.6.1 CARACTERIZAÇÃO DA REGIÃO

A "29º21'13''S e 25º58'09''S e 48º10'44''W e 53º50'10''W, está coberto por quatro

grandes regiões ecológicas, ou seja, Floresta Tropical Atlântica (Floresta Ombrófila

Densa), Floresta de Araucária (Floresta Ombrófila Mista), os Campos do Planalto

(Savanas) e a Floresta Subtropical do Rio Uruguai (Floresta Estacional Decidual), além

da Vegetação Litorânea (KLEIN,1978).

A Floresta Tropical Atlântica situa-se na Vertente do Atlântico, onde se formam

12 (doze) bacias hidrográficas, e onde residem dois terços da população catarinense.

A cobertura vegetal que originalmente cobria parte do município de Pomerode

está inserida na área fitogeográfica de ocorrência de Domínio da Floresta Atlântica,

conhecida popularmente como “Mata Atlântica”, que devido às intensas atividades

antrópicas foram sendo substituídas por atividades agrícolas e pastoris.

A Floresta Atlântica está presente tanto na região litorânea como nos planaltos e

serras do interior do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul.

Em toda sua extensão, a Mata Atlântica apresenta uma variedade deformações

que engloba um diversificado conjunto de ecossistemas florestais com estruturas e

composições florísticas bastante diferenciadas, acompanhando as características

climáticas da vasta região onde ocorre, tendo como elemento comum a exposição aos

ventos úmidos que sopram do oceano.

É importante considerar que os aspectos fitossociológicos da Floresta Ombrófila

Densa podem variar de acordo com a distribuição geográfica de suas comunidades na

região de ocorrência natural, e que estão associados aos fatores edáfico-climáticos e à

proximidade de outras formações vegetais. Além disso, a composição florística é

determinada pelos diferentes estágios de sucessão em que se encontra atualmente a

vegetação nos domínios desta forma O IBGE (1992) classifica a Floresta Ombrófila

Densa conforme as variações das características ambientais de seus locais de ocorrência

em cinco sub-formações, sendo: Aluvial, das Terras Baixas, Submontana, Montana e

Altomontana.

Para o município de Pomerode, a vegetação é classificada como Floresta

Ombrófila Densa Submontana, ou seja, situada nas encostas dos planaltos e/ou serras,

em altitudes que variam de 30 a 400m. Em função da variabilidade das condições

ambientais, sua composição apresenta-se bastante heterogênea, sendo a formação que

apresenta a maior riqueza de espécies(KLEIN, 1980);

As diferenças entre as formações em uma tipologia vegetacional são devidas a

fatores físicos, como diferentes feições geológicas, pedológicas e relevo (altitude), que

interagem e resultam em variações na estrutura das comunidades (IBGE, 1992).

6.6.2 FLORESTA OMBRÓFILA DENSA SUBMONTANA

As Florestas Ombrófilas Densas Submontanas ocorrem nas encostas das serras

entre as altitudes de 30 a 400 metros, podendo ocorrer em vales e grotões protegidos nas

cotas superiores. Trata-se da formação florestal característica das representações da

Mata Atlântica. Seu clímax é composto por árvores de alturas aproximadamente

uniformes, raramente ultrapassando 30 metros. No entanto, nos vales com menor

declive onde existe um espesso manto de detritos vegetais, as maiores árvores podem

atingir mais de 40 metros de altura.

Devido à declividade do terreno no qual se desenvolve, essa floresta apresenta

estratificação vertical pouco aparente. Ainda devido à declividade e instabilidade das

encostas, que produzem deslizamentos constantes, mostra-se como um mosaico de

diferentes estágios sucessionais, com grande número de clareiras em regeneração.

Figura 7.Imagem da área de interferência & vegetação

N

Dentro da área do imóvel, a vegetação esta dividida em áreas de vegetação

de espécies exóticas e Vegetação em Estagio inicial e médio de regeneração

natural.

Para subsidiar o processo de supressão vegetal, foi realizado inventário florestal

pelo Engenheiro Florestal Robson Tomasoni CREA/SC: 059.209-5, da empresa

PRONUS Consultoria e Assessoria em Engenharia.

Pode se observar na imagens a seguir.

Figura 8 .Área em estágio Inicial

Figura 9.Área em estágio Inicial

6.7 FAUNA LOCAL

O estudo da comunidade de animais em um determinado ecossistema ou região é

utilizado para monitorar os efeitos dos impactos antrópicos sobre o ecossistema em

questão. Muitas espécies são consideradas bioindicadoras.

Para levantamento da fauna no local do empreendimento, foram aplicadas duas

metodologias:

A busca ativa, que consiste em percorrer o empreendimento a procura de

animais ou vestígios dos mesmos, como fezes, pegadas, tocas entre outros que possam

caracterizar a presença do mesmo no local.

Outra metodologia aplicada foi à entrevista com moradores locais, que possuem

suas residências próximas ao empreendimento para levantar as possíveis espécies que

ocorrem com maior frequência, sendo mais avistadas. Levando em consideração o

conhecimento empírico dos mesmos, as espécies aqui amostradas, quando em nível

mais complexo, não são contabilizadas no computo total da lista final.

6.8 RÉPTEIS E ANFÍBIOS

No que se refere ao grupo em questão, pouco se observa no local do futuro

empreendimento. Apenas alguns moradores relatam a presença de Botrophoides

jararaca( jararaca ) e Micruruscoralinus, (cobra-coral). Também, através da entrevista

com moradores locais foi possível confirmar a presença de Tupinambismerianae, o

lagarto teiú, espécie generalista e de fácil observação.

Não há presença de cursos d’água visíveis no local, sendo assim, não foi possível

observar a presença de anfíbios,porém se considera a possível presença deles.

6.9 MAMÍFEROS

A Mata Atlântica possui 250 espécies de mamíferos, sendo 55 endêmicas,

com a possibilidade de existirem diversas espécies desconhecidas. São os

componentes da fauna que mais sofreram com os vastos desmatamentos e a caça,

verificando-se o desaparecimento total de algumas espécies em certos locais.

No local do empreendimento foram observados vestígios de cutias e capivaras

próximos ao ribeirão que se localiza nos fundos do terreno.

Na entrevista com moradores locais, foi possível confirmar a presença de

Didelphissp, (gambá), uma espécie de fácil observação e que freqüenta as casas

próximas ao ambiente.

Devido à pressão antrópica no local a fauna silvestre sofreu drasticamente ao

longo dos tempos, sendo praticamente extinguida do local. Outras espécies não foram

observadas ou anotadas nas entrevistas.

6.10 AVES

A Mata Atlântica apresenta uma das mais elevadas riquezas de aves do planeta,

com 1020 espécies. É um importante centro de endemismo, com 188 espécies

endêmicas e 104 ameaçadas de extinção. Estas espécies encontram-se ameaçadas

principalmente pela destruição de hábitats, pelo comércio ilegal e pela caça seletiva de

várias espécies. Um dos grupos que corre maior risco de extinção é o das aves de rapina

(gaviões, por exemplo), que apesar de ter uma ampla distribuição, estão sofrendo uma

drástica redução de seus nichos. Várias espécies quase se extinguiram pela caça, como é

o caso dos psitacídeos em geral (araras, papagaios, periquitos).

Na categoria de aves encontram-se as espécies de aves que necessitam de

ambientes relativamente florestados para sua sobrevivência, não sendo observados em

áreas abertas.Aqui registramos Xiphorinchusfuscus e Dendrocinclaturbina. Este grupo é

reconhecido como um indicador de qualidade ambiental, pois não suporta viver em

ambientes demasiadamente perturbados. Chiroxiphiacaudata, popularmente

denominado de tangará-dançador, o sabiá-coleira, Turdusalbicollis, o surucuá,

Trogonsurrucura, são da mesma forma, espécies que necessitam de ambientes

conservados para habitar.

Também foram avistados no local espécies não generalistas, como: a saíra de

7cores( Tangara cyanocephala ),que raramente é encontrada só, sempre em pequenos

ou grandes bandos geralmente da mesma espécie. O gaturamo

(Euphonia violácea)ave encontrada da Venezuela ao estado do rio grande do sul, muito

comum se adaptando a viver em ambientes urbanos.Se alimenta de bagas,frutas e

insetos vivendo geralmente em casais sendo encontrado também em bandos mistos.

6.11 PROXIMIDADES DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

O imóvel não está dentro ou no entorno de Unidades de Conservação.

6.12 FEIÇÕES DA ÁREA

Os tipos de solos são constituídos de cambissolos distróficos ou álicos, que se

caracterizam pela presença de um horizonte B câmbico (incipiente), subjacente a um

horizonte A do tipo moderado. Apresentam pequeno desenvolvimento, profundidade

variada e são bem a moderadamente drenados.

A feição mais marcante dessa paisagem é a topografia em forma de planalto

sedimentar escalonado, com topo plano e bordas abruptas, resultante da erosão

diferencial sobre pacotes de rochas sedimentares.

A área da CZ Brasil é formada de um solo Argilo areno-siltosa com camada de

solo de mais de 10 metros de profundidade.

6.13 PRESENÇA DE APP OU NASCENTES

No imóvel não há presença de nascentes e tampouco Faixa Sanitária, apenas a área

de Preservação Permanente nos fundos do terreno.

7. INFRA-ESTRUTURA

7.1 ABASTECIMENTO DE ÁGUA ,ESGOTO E COLETA DE LIXO

O abastecimento de água, e coleta de lixo é realizado pelo SAMAE Pomerode

(Serviço Autonômo Municipal de Água e Esgoto).

O SAMAE tem capacidade de atender a demanda a ser gerada pelo

empreendimento CZ - Brasil Indústria e Comércio de Armas e Munições, desde que

sejam cumpridas as exigências do Plano Diretor e a Legislação Federal. Conforme

Anexo 8.

A empresa CZ Brasil terá estação de tratamento própria e tanto a estação quanto

o seu produto lançado a drenagem pluvial que posteriormente cairá no Rio do Testo

seguira rigorosamente os parâmetros normas técnicas vigentes

7.2 ABASTECIMENTO ELÉTRICO

O fornecimento de energia elétrica no município de Pomerode é realizado pela

Celesc( Centrais Elétricas de Santa Catarina )·

A Celesc esta apta a atender o fornecimento de Energia Elétrica no

empreendimento CZ - Brasil Indústria e Comércio de Armas e Munições. Conforme

Anexo 9.

8. MOBILIDADE URBANA

8.1 SISTEMA VIÁRIO E ACESSO

Segundo o artigo 63 do Plano Diretor vigente (Lei Complementar n° 162), o

sistema viário do município de Pomerode obedece a seguinte hierarquia:

- Rodovias: são vias com a função de conduzir, de forma expressa, o tráfego

com origem e/ou destino fora do território do município.

- Vias Arteriais: são vias com a função de conduzir o tráfego nos percursos de

maior distância internamente à área urbana do município.

- Vias Marginais: são vias paralelas e frontais às rodovias com a função de

facilitar o acesso às atividades lindeiras a essas vias.

- Vias Auxiliares e ou pista de aceleração: são vias paralelas e frontais às vias

públicas com a função de facilitar o acesso ás atividades lindeiras a essas vias.

- Vias Coletoras: são responsáveis pela condução do tráfego entre as vias locais

e as demais vias hierarquicamente superiores do Sistema Viário Urbano.

- Vias Locais:são vias responsáveis prioritariamente ao acesso às atividades

urbanas lindeiras e a condução de veículos em pequenos percursos.

O empreendimento localiza-se na Rua Dos Atiradores que, de acordo com o

anexo II, do Plano Diretor, está classificada como via coletora.

Esta rua é acessada através da Rua Travessa Kuehlwein que está classificada

como via coletora e a extensão da própria rua dos atiradores em relação ao norte, altera

sua classificada para arterial e todas desembocam em rodovias (no caso rodovia SC-421).

8.2 GERAÇÃO DE TRÁFEGO

Os usos ou atividades ao se instalarem no Município de Pomerode serão

classificados em categorias de pólo gerador de tráfego definidas no Plano Diretor, que

se dá de acordo com o número de vagas de estacionamento do

empreendimento,conforme artigo 244:

I - Baixo Impacto: até 10 (dez) vagas de estacionamento;

II - Médio Impacto: de 11 (onze) a 50 (cinqüenta) vagas de estacionamento;

III - Alto Impacto: acima de 51 (cinqüenta e uma) vagas de estacionamento.

O empreendimento em questão possuirá 75 vagas de estacionamento, que serão

utilizadas por funcionários e visitantes, desta forma se enquadra como gerador de

tráfego de alto impacto.

Como a fabrica tem uma entrada de 52(cinqüenta e dois) metros de frente, será

implantado uma pequena área de desaceleração, onde a cancela ficara a mais de

cinqüenta metro acima da entrada do terreno.

Para a saída de caminhões e autos poderá ser colocado em ambos lados espelhos

conversos de visualização e a cada 100 metros das saídas uma semáforo de

identificadora de saída de veículos.

Para a melhor segurança e comodidade dos pedestres poderá ser implantado

faixas de pedestre no entorno das saídas da empresa.

8.3 TRANSPORTE COLETIVO

O fácil acesso e a qualidade do transporte coletivo é um fator de grande

importância para a Cidade, pois facilita o deslocamento de seus moradores e faz com

que se utilize menos o transporte individual privado, diminuindo principalmente o

trânsito e a poluição atmosférica, aumentando consideravelmente a qualidade de vida da

população.

Como estratégia de mobilidade urbana o Plano Diretor do Município, no art.100,

estabelece que:

"Art. 100. São diretrizes da estratégia de mobilidade urbana:

I - O transporte interurbano na direção norte-sul será realizado ao longo do

Eixo de Serviços;

II - O transporte urbano deverá se dar preferencialmente ao longo dos Eixos

Urbano 1 e 2 e de Animação;

III - O transporte não-motorizado será incentivado pela criação de ambientes

seguros para o deslocamento a pé e por bicicleta, com a criação de rede ciclovias que

integrem as áreas do município."

Sendo assim, verifica-se que o futuro empreendimento estará bem servido pelo

transporte público existente, estando próximo dos trajetos das linhas urbanas e

interurbanas.

As linha Interurbanas conectam Pomerode diretamente aos Municípios de

Apiúna, Ascurra, Balneário Camboriú, Blumenau, Curitiba, Florianópolis, Gaspar,

Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville e São Paulo.

As linhas Urbanas percorrem o Município e conectam bairros, empresas, e

também com o Município de Blumenau.

As paradas de ônibus se encontram aproximadamente 500,00m do

empreendimento, estando localizadas na Rodovia SC - 421, direcionadas tanto para o

centro da cidade de Pomerode quanto para a Rodovia BR - 470.

A localidade conta com existem duas linhas que trafegam sentido

Pomerode/Blumenau (L1) e outra Blumenau (L2), operada pela empresa Volkmann. Os

horários destas linhas estão dispostos da seguinte maneira:

POMERODE – BLUMENAU - (L1)

Segunda a sexta-feira

04:20 - 05:30 - 06:00 - 06:30 - 06:50 - 07:30 - 08:00 - 09:00 - 10:00 - 11:00 -

12:00 - 12:30 - 13:00 -

13:45 - 14:30 - 15:30 - 16:30 - 17:15 - 17:30 - 18:00 - 19:00 - 20:00 - 22:15

Sábado

05:15 - 06:00 - 06:30 - 07:30 - 09:30 - 12:00 - 13:00 - 14:30 - 16:30 - 18:00

Domingo

07:30 - 09:30 - 12:00 - 14:00 - 16:00 - 17:00 - 18:00

BLUMENAU – POMERODE – (L2)

Segunda a sexta-feira

04:10 - 05:50 - 06:20 - 07:30 - 08:00 - 09:00 - 10:00 - 11:00 - 11:30 - 12:00 -

12:30 - 13:30 - 14:30 -

15:30 - 16:10 - 17:00 - 17:40 - 18:10 - 19:00 - 20:30 - 21:30 - 22:10

Sábado

06:30 - 07:30 - 09:30 - 11:15 - 12:10 - 14:30 - 16:10 - 17:00 - 18:00 - 22:10

Domingo

09:00 - 11:00 - 13:30 - 16:00 - 17:30 - 19:00 - 22:10

Quanto a capacidade do transporte público de absorver o aumento da demanda

gerada pelo empreendimento CZ - Brasil Indústria e Comércio de Armas e Munições,

não influenciará num aumento significativo, pois serão apenas 100 funcionários

distribuídos em 3 turnos. Entretanto, caso venha aumentar significativamente o fluxo de

pessoas em transportes públicos, a Empresa de Transporte Coletivo Volkmann Ltda.

atenderá essa demanda, conforme anexo 10.

8.4 CICLOVIAS

O Município de Pomerode cultiva o hábito de andar de bicicleta e prova disso é

a criação da Lei Ordinária n° 1298/1996, que institui A Semana da Bicicleta em

Pomerode, que estimula a realização de competições, desfiles, passeios e outras

atividades.

Como estratégia de mobilidade urbana, o Plano Diretor do município, no artigo

100, estabelece que o transporte não-motorizado será incentivado pela criação de

ambientes seguros para o deslocamento a pé e por bicicleta, com a criação de redes de

ciclovias que integrem as áreas do município.

A Empresa da CZ Brazil contribuindo com esta ideia, pois implantará

bicicletários e passagem para bicicletas ao longo das vias internas para facilitar o uso e a

manutenção das bicicletas com segurança, estimulando ainda mais o seu uso, alem de

que em solo dela será realizado alem das via automotivas faixas de pedestres e ciclo

faixas.

9. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA

9.1 USO DO SOLO

De acordo com o levantamento realizado no local, verificam-se os seguintes

usos nas quadras limítrofes do empreendimento:

Áreas com vegetação nativa, lavouras e uma área com predominância de

indústrias como Supremo Cimentos, Weiku Esquadrias de PVC, TC

Metalúrgica, a mais de 500 metros do empreendimento, nas divisas norte e leste;

Ao Sul, numa distância de 200 metros, temos a presença de seis residências na

Rua dos Atiradores;

A sua frente, a predominância de residências e pouco comércio.

Figura 10. IDENTIFICAÇÃO DO ENTORNO.

Indústrias Residências Residências na mesma quadra Comercio Equipamentos urbanos e comunitários Igreja

9.2 MORFOLOGIA URBANA

Pomerode é uma Cidade de muita tradição, beleza natural e qualidade de vida.

A paisagem urbana da cidade, com verde que pode ser observado de todas as partes, é

algo a ser preservado.

Devido ao seu porte, a edificação com altura de quase 6.20 metros com dois

pavimentos, poderá ser percebido desde a Rua Dos Atiradores, porém este não

influenciará muito na percepção da paisagem existente, pois não impede a vista do

verde ao fundos. Pomerode é uma Cidade de muita tradição, beleza natural e qualidade

de vida. A paisagem urbana da cidade, com verde que pode ser observado de todas as

partes, é algo a ser preservado.

N

9.3 EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS

A existência de equipamentos urbanos nas proximidades de uma Indústria

facilita o acesso dos funcionários, possibilitando, inclusive, que os mesmos possam

acessá-lo a pé, sem necessitar de um meio de transporte (carro ou ônibus).

Num raio de 500,00 metros da Indústria foi encontrados apenas um

equipamento, a Escola Básica Municipal Olavo Bilac na Rodovia SC-421.

O município conta com - 27 unidades escolares - sendo 4 escolas privadas, 3

estaduais, 13 municipais e 7 centros de educação infantil.

Poderá haver um incremento junto a rede de ensino, mais precisamente na

Escola Básica Municipal Olavo Bilac, até por conta de ser uma escola com ensino no

idioma alemão, que está apta a atender a demanda de novos alunos caso haja

necessidade. Conforme anexo 11.

A empresa esta cercada por vias como a Rua dos atiradores, Rua Vale do Selke

Grande, Travessa Kuehlwein e a Rodovia SC-421.

9.4 SAÚDE

A realização da análise de eficiência do setor saúde é uma tarefa essencial e um

pré-requisito indispensável na formulação de políticas públicas, na medida em que

relaciona os resultados obtidos e os recursos sociais colocados à disposição do setor.

Desta forma, com dados obtidos do Departamento de Informática do Sistema Único de

Saúde do Brasil – DATASUS, que sintetiza informações do Ministério da Saúde e dos

Censos Demográficos do IBGE, foi possível reunir taxas brutas de natalidade e de

mortalidade do município de Pomerode, do Vale do Itajaí e do Estado de Santa

Catarina.

As taxas brutas são influenciadas pela estrutura da população quanto à idade e ao

sexo e permitem a comparação temporal entre regiões. Em geral, taxas elevadas de

natalidade estão associadas a condições socioeconômicas precárias e a aspectos

culturais da população. Já as elevadas taxas de mortalidade podem estar associadas a

baixas condições socioeconômicas ou refletir elevada proporção de pessoas idosas na

população total.

O município conta com um hospital e vários postos de saúde prontos para

atender a população.

A CZ Brasil fornecerá plano de saúde para todos os funcionários que poderão ser

atendidos em todos os hospitais da região.

Em situação de emergência poderá haver um incremento pontual no atendimento

do PSF Horst W. Bernhardt,. por ser o que atende a região aonde esta inserida a CZ

Brasil , que tem capacidade de atender caso haja necessidade.(Anexo 12)

.

9.5 PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARQUITETÔNICO, ARTÍSTICO E

CULTURAL

O Inventário do Patrimônio Socioambiental (Anexo V do Plano Diretor) lista os

imóveis de valor histórico, arquitetônico, artístico e cultural do município de Pomerode

e classifica-os como: Imóveis de Valor Excepcional - P1; e Imóveis de Grande Valor -

P2.

Num raio de 500 metros nenhuma destas edificações classificadas como

Patrimônio sofre qualquer tipo de influência pela implantação do empreendimento.

9.5.1 HISTÓRICO DO BAIRRO TESTO CENTRAL

Colonização do Vale do Rio do Testo aconteceu no ano de 1861, com a

povoação de Badenfurt, onde foram assentadas famílias originárias de Baden, na

Alemanha. No decorrer dos anos os imigrantes pomeranos ocuparam Testo Central,

Pomerode, Pomerode Fundos, Wunderwald, Testo Alto e Rega. O Vale do Rio do Testo

destacou-se desde o início de seu povoamento como um celeiro de produção de

produtos agrícolas. Com o passar dos anos, outras atividades econômicas foram

implantadas e contribuíram com o desenvolvimento deste Vale.

Até a virada do século XX, Rio do Testo/Pomerode era uma colônia voltada

apenas para agricultura e pecuária de subsistência, com pequenos pontos comerciais nas

áreas centrais dos povoados. Com o passar dos anos, foram criadas pequenas empresas

familiares de laticínios, embutidos, móveis e cerâmica, que impulsionaram o início da

industrialização no Vale do Rio do Testo.

Anos mais tarde, em 1946, foi instalada a indústria da porcelana que se tornou

uma das mais importantes para a economia local.

Hoje, a cidade é considerada um forte pólo têxtil , metal-mecânico, metalurgia e

plásticos, envolvendo um conjunto amplo e diversificado de outros estabelecimentos

que estão intrinsecamente ligados.

9.6 PLANOS E PROJETOS GOVERNAMENTAIS

Segundo o Secretário de Planejamento e Desenvolvimento da Cidade, Sr. Eng.

Maurício Eduardo Gorigoitia Vega, a área de interesse para implantação do

empreendimento CZ - Brasil Indústria e Comércio de Armas e Munições não possui

nenhum projeto, apenas recapeamento e asfaltamento de novos trechos de vias.

Conforme Anexo 13.

10. CONFORTO AMBIENTAL

10.1 IMPACTO VISUAL DO PROJETO

O projeto busca a integralização paisagística do arquitetônico e a natureza,

temos uma área de 56.360,30 m² com ocupação apenas de 9.628,64 m² com apenas um

andar térreo. A Fábrica ficará afastada em 120 metros da Rua dos Atiradores a uma cota

de 50 metros em relação à mesma rua.

Os muros de contenção a serem utilizados são formados por gabiões, que com

sua rusticidade e posterior integralização com espécies pioneiras tornará mais suave a

intervenção na paisagem.

Figura 11- Perspectiva 3D geral da Fábrica

Figura 12 Vista em3D.

Figura 13.Vista Portaria

Figura 14. Vista da fábrica

10.2 INSOLAÇÃO E SOMBREAMENTO

A área onde a CZ - Brasil será inserida, trata-se de um entorno rodeado por

vegetação, e a casa mais próxima fica a mais de 100 metros.

A construção tem uma altura máxima de 6,20 metros tendo a menor distância do

rumo em 20 metros. Por este motivo não teremos problemas nem de insolação e

sombreamento com os vizinhos.

10.3 VENTILAÇÃO NATURAL

A velocidade média dos ventos situa-se entre 1 e 2 m/s e, de acordo com a escala

de Beaufort, a velocidade do vento é considerada fraca.

Conforme mencionado no capitulo acima a fábrica ficará em área alta, isolada,

com apenas um andar térreo, sendo assim, não haverá interferência de ventilação aos

vizinhos.

11. AVALIAÇÃO DE IMPACTO POTENCIAL OU EFETIVO DO

EMPREENDIMENTO

11.1 PRODUÇÃO DE NÍVEL DE RUÍDOS, CALOR E VIBRAÇÃO

A Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA Nº

001/1990, descreve as diretrizes, padrões e critérios para a emissão de ruídos, em

decorrência de qualquer atividade industrial, comercial, social ou recreativa, inclusive

as de propaganda política, no interesse da saúde e do sossego público.

Esta resolução do CONAMA estabelece que as medições dos níveis de ruído

devam ser efetuadas de acordo com a norma ABNT NBR 10151:2000– Acústica -

Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas, visando o conforto da comunidade, enquanto

que a norma ABNT NBR 10152:1987 fixa níveis de ruído compatíveis com o conforto

acústico em ambientes diversos.

Sobre ruídos urbanos e fixa níveis e horários em que será permitida sua emissão

segundo as normas da ABNT e do CONAMA supracitadas. Dentre os tipos de áreas

apresentados pela norma NBR 10151:2000 e consequentemente pela Lei Complementar

655/07, a área do empreendimento é classificada como Área Predominantemente

Industrial, por estar inserida em futuro distrito industrial da cidade. Os níveis de critério

de avaliação (NCA) desta área são de 70 dB (A) para o período diurno e 60 dB (A) para

o noturno.

As produções de nível de ruído, calor e vibração serão oriundas dos

equipamentos da construção civil na fase de implantação do empreendimento. As

produções de calor serão insignificantes e as de ruído e vibração iniciarão na fase de

ajuste topográfico do terreno, quando serão utilizados equipamentos como retro-

escavadeira, pá-carregadeira e caminhão basculante, perdurando desta forma durante

toda a etapa de construção, quando trabalharão betoneiras, trados helicoidais,

guindastes, caminhões, equipamentos de soldagem, entre outros, para a edificação dos

galpões e demais estruturas do empreendimento. É válido ressaltar que os níveis

elevados de ruído possuem como característica o imediatismo, pois ocorrem durante o

funcionamento descontínuo dos equipamentos geradores.

Conforme Plano Diretor no seu, Art. 207. Fica estabelecido o seguinte padrão

básico de emissão de ruído em decibéis - dB (A): “REGIÕES DO MUNICÍPIO

DIURNO NOTURNO...

Macrozona Urbana de Indústrias e Serviços 70 dB (A) 60 dB (A)

A empresa terá um subsolo para testes das armas onde o mesmo terá paredes

com 20 cm de concreto armado com tratamento de isolamento acústico.

11.2 GASES

Durante as obras do empreendimento industrial, as emissões de partículas que

possam tornar-se uma ameaça à qualidade do ar poderão ocorrer, principalmente, com a

movimentação de terra durante a terraplanagem e a movimentação de caminhões ao

longo da fase de construção, seja por dispersão de sua carga no ar ou pela fumaça

liberada pelos escapamentos. Cabe ao empreendedor contratar serviços de terceiros que

estejam com a manutenção de seus equipamentos em dia para prevenção da emissão de

contaminantes atmosféricos.

A Resolução CONAMA nº 03 de 28 de junho de 1990 dispõe de padrões de

qualidade do ar, que correspondem a concentrações de contaminantes atmosféricos que,

se ultrapassadas, podem afetar a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem

como ocasionar danos à flora e à fauna, aos materiais e ao meio ambiente em geral.

11.3 MOVIMENTAÇÃO DE TERRA

A fase de terraplanagem alterará o perfil apresentado, retirando o volume de

terra responsável pela elevação da porção central do terreno para instalação das

estruturas do empreendimento.

A segurança foi priorizada com o Projeto de contenção onde será implantado

muros de gabiões, atirantados e estaqueados evitando assim deslizamentos.

O sistema de drenagem foi projetado para captar todas as águas pluviais que

venham a interferir na área da empresa e todos os taludes terão inclinação adequada,

recobertos com placas de grama para evitar erosão e desmoronamento.

12. PRODUÇÃO DE RESÍDUOS

Na fase de implantação do empreendimento são gerados, principalmente,

resíduos de construção civil. Estes resíduos são denominados entulhos e atualmente sua

disposição é considerada um problema urbano, uma vez que são compostos por

materiais inertes, de grandes volumes e difícil reaproveitamento. Vale ressaltar que

haverá um galpão para a triagem dos resíduos sólidos gerados no empreendimento e

áreas adjacentes.

Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei nº 12.305, de 2 de Agosto

de 2010, as empresas de construção civil são sujeitas a elaboração de um Plano de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Para tanto, podem utilizar como consulta a

Resolução CONAMA nº 307, de 5 de Julho de 2002, que estabelece as diretrizes,

critérios e procedimentos para a gestão de resíduos da construção civil e classifica os

resíduos sólidos.

classes Descrição Destinação

A Alvenaria, concreto, argamassas e solo. forma de agregados, além da disposição

Reutilização ou reciclagem com uso na final em aterros licenciados.

B B Madeira, plástico, vidro, metal e papel. Reutilização, reciclagem ou

armazenamento temporário.

C Produtos sem tecnologia disponível para Conforme norma técnica específica.

recuperação.

D Resíduos perigosos como, tintas, óleos,

solventes, etc. Conforme classificação Conforme norma técnica específica

da NBR 10004:2004.

Tabela 3. Classificação de resíduos construtivos segundo a resolução CONAMA 307/02.

A Resolução CONAMA 307/02 também define as responsabilidades quando aos

resíduos sólidos. Assim, cabe aos Municípios elaborar Plano Integrado de

Gerenciamento que incorpore:

a) Programa Municipal de Gerenciamento, para os geradores de pequenos

volumes e;

b) Projetos de Gerenciamento em obra, para aprovação dos empreendimentos

dos geradores de grandes volumes.

13. ANÁLISE DO IMPACTO DE VIZINHANÇA DO EMPREENDIMENTO

13.1 EFEITOS POSITIVOS DO EMPREENDIMENTO

13.1.1 INCREMENTO NA ECONOMIA DA CIDADE

O montante de recursos injetados na economia de Pomerode através deste

empreendimento e da cadeia do ramo metalúrgico é importante para contribuir com o

aumento da renda e geração de novos postos de trabalho.

O aumento na arrecadação de impostos – diretamente da fábrica é também um

fator de aquecimento da economia local.

Haverá projeção e reconhecimento da Cidade nas esferas nacional e

internacional – a CZ é conhecida no mundo inteiro e está promovendo a divulgação do

nome da Cidade, tendo em vista que sediará a CZ Brasil.

A Cidade de Pomerode vai sediar a Segunda Empresa Estratégica de Defesa

Privada voltada para a fabricação de armamento leve no Brasil e primeira do Estado de

Santa Catarina – isso traz prestígio para a Cidade, no Brasil, e, no mundo, faz com que

inúmeras autoridades nacionais e estrangeiras visitem a Fábrica e conseqüentemente a

cidade de Pomerode.

A atração de tecnologia de ponta para a Cidade – devido às tecnologias

envolvidas nos processos de fabricação das armas. A CZ é uma das mais tradicionais

fabricantes de armas do mundo e com quase oitenta anos de tradição.

13.1.2 NOVOS POSTOS DE TRABALHO

A CZ Brasil traz a oportunidade de crescimento profissional para os moradores da

cidade – oportunidades para toda a população local que seja empreendedora e seja capaz de

encontrar nichos de negócio local devido à instalação da CZ Brasil e do aquecimento da

economia.

A implantação deste empreendimento industrial propiciará novos postos de

trabalho diretos e indiretos ligados à cadeia do ramo metalúrgico, transporte,

administrativo e outros, contribuindo com a economia local.

13.1.3 VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA

É fato conhecido que empreendimentos de uso Industrial, geram várias

benfeitorias ao município desde arrecadação até procura por emprego e contribuem para

a valorização de todo o entorno, gerando efeito “positivo” para toda a área e

contribuindo para a qualificação do mercado imobiliário da cidade.

13.1.4 LOCALIZAÇÃO NA MACROZONA URBANA DE INDUSTRIAL E

SERVIÇOS

Esta Macrozona, instrumento de planejamento urbano do Plano Diretor, visa

promover e reorganizar o adensamento e a consolidação da ocupação urbana com

relação as demais, como o zoneamento onde será implantado a CZ Brasil, adequado a

várias industrias de vários segmentos gerando emprego e arrecadação sem causar

perturbação à população.

13.2 ANÁLISE DO IMPACTO URBANÍSTICO GLOBAL

O EIV analisará inicialmente o impacto global do empreendimento no espaço

urbano, usando como subsídio os dados apresentados anteriormente. A importância e o

respeito ao Plano Diretor local são questões centrais que nortearão a análise em voga.

O uso proposto, Industrial, está de acordo com o que preconiza o Plano Diretor e

contribui para adensar a área em questão, o que significa mais qualidade urbana, fator

fundamental para a consolidação da infraestrutura e qualidade dos serviços urbanos em

geral, além de estimular as relações interpessoais e encontros, aumentando o sentimento

de comunidade, cooperação e cidadania.

Importante destacar que o uso industrial é, em geral, o que traz os maiores

impactos negativos, o empreendimento da CZ Brasil gerará mais impactos positivos do

que negativos, pois trata-se de uma unidade fabril montadora, que beneficiará a

comunidade ao redor e a cidade onde está inserida.

13.2.1 ATENDE O PLANO DIRETOR

O anteprojeto arquitetônico foi analisado pelo SEPLAN e atende o Plano Diretor

de Pomerode. Processo SEPLAN 1959/2013.

14. REFERÊNCIAS

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. 1990.

ESTATUTO DA CIDADE (Lei 10.257 de 10 de julho de 2001).

FRANCO, Maria A. R. Planejamento Ambiental para a Cidade Sustentável. 2ªed.

São Paulo: Annablume; FAPESP, 2001.

FURB - Fundação Universidade Regional de Blumenau – Sistema de Informações

Gerenciais de Apoio à Decisão (SIGAD), 2009.

LAMAS, José M. R. G. Morfologia Urbana e Desenvolvimento da Cidade. 3. ed.

Porto: Fundação Calouste Gulbenkia90-n; Fundação para a Ciência e a Tecnologia,

2004.

PLANO DIRETOR DE POMERODE (Lei Complementar nº 162, de 12 de dezembro

de 2008).

SÁNCHEZ, L.H. Avaliação de Impacto Ambiental: Conceitos e Métodos. São Paulo:

Oficina de Textos, 2008.

SEPLAN – Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento da cidade / Prefeitura

Municipal de Pomerode.

15. ANEXO I – PLANTA LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO E

ESQUEMÁTICO

16. ANEXO II - PLANTA DE DRENAGEM,SISTEMA VIÁRIO , REDE

PLUVIAL E DECLARAÇÃO

17. ANEXO III -PLANTA DE IMPLANTAÇÃO

18. ANEXO IV - PLANTA BAIXA E FACHADA

19. ANEXO V- CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO

20. ANEXO VI- PLANTA DE TERRAPLENAGEM E MEMORIAL

DESCRITIVO

21. ANEXO VII- CERTIDÃO

22. ANEXO VIII -DECLARAÇÃO ABASTECIMENTO DE ÁGUA -SAMAE

23. ANEXO IX - DETALHE SOLICITAÇÃO CELESC - N° 8147 - (PARECER

FAVORÁVEL CELESC)

24. ANEXO X - DECLARAÇÃO DE TRANSPORTE COLETIVO

25. ANEXO XI - DECLARAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

26. ANEXO XII - DECLARAÇÃO SECRETÁRIA DE SAÚDE

27. ANEXO XIII DECLARAÇÃO DE PLANOS GOVERNAMENTAIS

28. ANEXO XIV - PUBLICAÇÃO LEGAL

29. -ANEXO XV - ESCRITURAS

30. ANEXO XVI - DECLARAÇÃO DNPM

31. ANEXO XVII - DECLARAÇÃO GETRAN

32. ANEXO XVIII - REGISTRO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA -ART E

RRT

33. ANEXO XIX - COMPROVANTE DE TAXAS PAGAS ART E RRT