44
As danças sempre foram um importante componente cultural da humanidade. O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras. As danças folclóricas brasileiras caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares) e figurinos e cenários representativos. Estas danças são realizadas, geralmente, em espaços públicos: praças, ruas e lagos. As danças folclóricas evoluíram de várias maneiras a partir de antigos rituais mágicos e religiosos. No Brasil, as danças folclóricas resultaram da fusão das culturas portuguesa, negra e indígena.O folclore é definido como um conjunto de mitos ,lendas, danças, musicas, entre outros. Principais danças folclóricas do Brasil Samba de Roda Estilo musical caracterizado por elementos da cultura afro- brasileira. Surgiu no estado da Bahia, no século XIX. É uma variante mais tradicional do samba. Os dançarinos dançam numa roda ao som de músicas acompanhadas por palmas e cantos. Chocalho, pandeiro, viola, atabaque e berimbau são os instrumentos musicais mais utilizados. utilizado na parte nordeste Maracatu O maracatu é um ritmo musical com dança típico da região pernambucana. Reúne uma interessante mistura de elementos culturais afro-brasileiros, indígenas e europeus. Possui uma forte característica religiosa. Os dançarinos representam personagens históricos (duques, duquesas, embaixadores, rei e rainha). O cortejo é acompanhado por uma banda com instrumentos de percussão (tambores, caixas, taróis e ganzás). Frevo Este estilo pernambucano de carnaval é uma espécie de marchinha muito acelerada, que, ao contrário de outras músicas de carnaval, não possui letra, sendo simplesmente tocada por uma banda que segue os blocos carnavalescos enquanto os dançarinos se divertem dançando. Os dançarinos de frevo usam, geralmente, um pequeno guarda-chuva colorido como elemento coreográfico. Baião

dança folclorica

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: dança folclorica

As danças sempre foram um importante componente cultural da humanidade. O folclore brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras. As danças folclóricas brasileiras caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares) e figurinos e cenários representativos. Estas danças são realizadas, geralmente, em espaços públicos: praças, ruas e lagos. As danças folclóricas evoluíram de várias maneiras a partir de antigos rituais mágicos e religiosos. No Brasil, as danças folclóricas resultaram da fusão das culturas portuguesa, negra e indígena.O folclore é definido como um conjunto de mitos ,lendas, danças, musicas, entre outros.

Principais danças folclóricas do Brasil

Samba de Roda

Estilo musical caracterizado por elementos da cultura afro-brasileira. Surgiu no estado da Bahia, no século XIX. É uma variante mais tradicional do samba. Os dançarinos dançam numa roda ao som de músicas acompanhadas por palmas e cantos. Chocalho, pandeiro, viola, atabaque e berimbau são os instrumentos musicais mais utilizados. utilizado na parte nordeste Maracatu

O maracatu é um ritmo musical com dança típico da região pernambucana. Reúne uma interessante mistura de elementos culturais afro-brasileiros, indígenas e europeus. Possui uma forte característica religiosa. Os dançarinos representam personagens históricos (duques, duquesas, embaixadores, rei e rainha). O cortejo é acompanhado por uma banda com instrumentos de percussão (tambores, caixas, taróis e ganzás).

Frevo

Este estilo pernambucano de carnaval é uma espécie de marchinha muito acelerada, que, ao contrário de outras músicas de carnaval, não possui letra, sendo simplesmente tocada por uma banda que segue os blocos carnavalescos enquanto os dançarinos se divertem dançando. Os dançarinos de frevo usam, geralmente, um pequeno guarda-chuva colorido como elemento coreográfico.

Baião

Ritmo musical, com dança, típico da região nordeste do Brasil. Os instrumentos usados nas músicas de baião são: triângulo, viola, acordeom(sanfona) e flauta doce. A dança ocorre em pares (homem e mulher) com movimentos parecidos com o do forró (dança com corpos colados). O grande representante do baião foi Luiz Gonzaga.

Catira

Também conhecida como cateretê, é uma dança caracterizada pelos passos, batidas de pés e palmas dos dançarinos. Ligada à cultura caipira, é típica da região interior dos estados de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Os instrumento utilizado é a viola tocada geralmente por um par de músicos.

Quadrilha

É uma dança típica da época de festa junina. Há um animador que vai anunciando frases e marcando os momentos da dança. Os dançarinos (casais), vestidos com roupas típicas da cultura caipira (camisas e

Page 2: dança folclorica

vestidos xadrezes, chapéu de palha) vão fazendo uma coreografia especial. A dança é bem animada com muitos movimentos e coreografias. As músicas de festa junina mais conhecidas são: Capelinha de Melão, Pula Fogueira e Cai,Cai balão.

Bumba meu Boi

Esta dança folclórica, conhecida em outras regiões brasileiras como o Boi-bumbá, é típica do norte e do nordeste. O Bumba meu Boi possui uma origem diversificada, pois apresenta traços das culturas: espanhola, portuguesa, africana e indígena. Além disso, vale ressaltar que o Bumba meu Boi é uma dança no qual a representação teatral é fator marcante visto que a historia da vida e da morte do boi é declamada enquanto os personagens realizam suas danças.

Maracatu

O Maracatu, termo africano que significa dança ou batuque, é uma dança típica da Região Nordeste, com grande destaque para a região de Pernambuco. Esse ritmo e dança apresentam fortes características religiosas, composto por uma mistura de elementos indígenas, europeus e afro-brasileiros

Jongo

Dança folclórica de origem africana, em alguns lugares conhecida pelo nome "caxambu". O Jongo é uma dança da zona rural, acompanhada de instrumentos de percussão, e muitas vezes considerada uma variante do samba.

Curiosidades Outras danças folclóricas brasileiras: Capoeira, Pezinho, Xote (Xote Carreirinho, Xote Bragantino, Xote

Duas Damas) Dança do Siriá, Dança da Fita, Pastoris, Reisado, Çairé, Fandango, Bate Coxa, Carimbó, Marabaixo, Lundu, Marujada, Xaxado, Pericom, Ticumbi, Chula, Congada, Coco Alagoana, Samba de Matuto, Batuque, Dança do Boi de Mamão.

Foi Luís Gonzaga (1912-1989), sanfoneiro pernambucano e compositor popular brasileiro, o grande divulgador do Baião, do Xote e do Xaxado. Por isso, é popularmente conhecido com o “Rei do Baião”.

Todos os países apresentam suas danças folclóricas, como por exemplo: o flamenco espanhol, a tarantela italiana, o tango argentino, o fandango português.

Principais danças folclóricas do Brasil Postado por Jorge Furlan em 28 julho 2011 às 18:00 Exibir blog

Page 3: dança folclorica

A dança folclórica uma forma de dança social que se desenvolveu como parte dos costumes e tradições de um povo e são transmitidas de geração em geração. Muitas danças exigem pares, outras são executadas em roda, às vezes se colocam em fileiras.

Embora as danças folclóricas sejam preservadas pela repetição , vão mudando com o tempo,

mas os passos básicos e a música assemelhem-se ao estilo original. Todos os países têm algum tipo de dança folclórica e a maioria pertence apenas a sua nação, como por exemplo: a tarantela, italiana, o drmes, croata ou o krakowiak, polonês e o frevo brasileiro. Algumas são executadas em ocasiões especiais, como a polca de Natal sueca, a hayivka, dança da Páscoa ucraniana, a hochzeitstanz, dança austríaca de casamento e o reisado brasileiro, que festeja a véspera do dia de Reis.

 

Cateretê

Page 4: dança folclorica

Também chamado catira, cateretê, é uma dança de origem indígena e dançada em muitos estados brasileiros. Foi bastante usada pelo Padre Anchieta que em sua catequese, traduziu para a língua tupi alguns textos católicos, assim enquanto os índios dançavam, cantavam trechos religiosos, por este fato é que muitos caipiras paulistas consideram muitas danças diabólicas, menos o cateretê. Os trajes usados são as roupas comuns de todo o dia. A dança varia em cada região do país, mas geralmente são dançadas em duas fileiras formadas por homens de um lado e mulheres do outro, que batem o pé ao som de palmas e violas. Também pode ser dançada só por homens. As melodias são cantadas pelos violeiros.

 

Coco Alagoano

Dança típica de Alagoas, de origem africana, que se espalhou por todo o Nordeste recebendo nomes e formas de coreografias diferentes. A dança é cantada e acompanhada pela batida dos pés ou pela vibração do patear dos cavalos. O mestre ou o tocador de coco entoa as cantigas cujo refrão é respondido pelos cantadores.

 

Congada

Bailado popular que acontece em algumas regiões do Sudeste brasileiro, como nos estados do Paraná e Minas Gerais, como também no Nordeste, na Paraíba. Esta manifestação cultural tem origem no catolicismo e nas sangrentas histórias de guerra do povo africano, como a do assassinato do rei de Angola, Gola Bândi. Na congada dramatizam uma procissão de escravos feiticeiros, capatazes, damas de companhia e guerreiros que levam a rainha e o rei negro até a igreja, onde serão coroados. Durante o cortejo, ao som de violas, atabaques e reco-recos, realizam danças com movimentos que simulam uma guerra.

Fandango

Page 5: dança folclorica

Dança popular gaúcha, de origem portuguesa, também conhecida no Norte e Nordeste como Marujada. Ao som da viola ou da sanfona, o grupo de dança mistura cantigas náuticas, de origens que retratam as conquistas marítimas e o heroísmo dos navegadores portugueses, e o sapateado. Esse bailado não possui enredo ordenado, mas a apresentação do auto começa sempre com a chegada de uma miniatura de barco à vela puxado pela tripulação, que é formada pelos componentes do grupo de dança.

 

Maracatu

Dança típica do Nordeste, principalmente de Pernambuco. Maracatu é um termo africano que significa dança ou batuque, no qual um grupo de adeptos das religiões afro-brasileiras saem fantasiados às ruas para fazer saudações aos orixás, em um cortejo carnavalesco onde reis, rainhas, princesas, índios emplumados e baianas cruzam as ruas dançando, pulando e passando de mão em mão a calunga, boneca de pano enfeitada presa num bastão. O ritmo frenético que acompanha o maracatu teve origem nas Congadas, cerimônias de escolha e coroação do rei e da rainha da "nação" negra. Ao primeiro acorde do maracatu, a rainha ergue a calunga para abençoar a "nação". Atrás vão os personagens, com chapéus imensos, evoluindo em círculos e seguindo a procissão recitando versos que evocam histórias regionais

 

Frevo

Page 6: dança folclorica
Page 7: dança folclorica

Dança e música típica do carnaval de rua e salão de Recife, Pernambuco. Essencialmente rítmica, de coreografia individual e andamento rápido. Seus dançarinos, chamados passistas, se vestem com fantasias coloridas e agitam pequenos guarda-chuvas com função somente estética. Alguns pesquisadores dizem que o frevo possui elementos de várias danças como marcha, polca ou maxixe, outros pensam que ele foi influenciado pela capoeira. O frevo não é cantando, sua música só é executada por instrumentos de sopro e surdos, que formam a orquestra do frevo conhecida como Fanfarra.

 

Reisado

Page 8: dança folclorica

Dança popular profana-religiosa, de origem portuguesa, com que se festeja a véspera e o Dia de Reis. No período de 24 de dezembro a 06 de janeiro, um grupo formado por músicos, cantores e dançadores vão de porta em porta anunciando a chegada do Messias e fazendo louvações aos donos das casas por onde passam e dançam. O Reisado é de origem portuguesa e instalou-se em Sergipe no período colonial. Atualmente, é dançado em qualquer época do ano, os temas de seu enredo, variam de acordo com o local e a época em que são encenados, podem ser: amor, guerra, religião entre outros. O Reisado se compõe de

Page 9: dança folclorica

várias partes e tem diversos personagens como o rei, o mestre, contramestre, figuras e moleques. Os instrumentos que acompanham o grupo são violão, sanfona, ganzá, zabumba, triângulo e pandeiro.

 

Xaxado

Page 10: dança folclorica
Page 11: dança folclorica

Dança popular do sertão nordestino, cujo nome foi dado devido ao som do ruído que as sandálias dos cangaceiros faziam ao arrastarem sobre o solo durante as comemorações celebradas nos momentos de glória do grupo de "Lampião", considerado entre outras denominações o "Rei do Cangaço. É dançada somente por homens, razão pela qual nunca se tornou uma dança de salão. Primeiramente a melodia era apenas cantada e o tempo forte marcado pela batida de um rifle no chão, as letras eram e continuam satíricas. O grande divulgador do xaxado foi Luís Gonzaga, que conseguiu que este gênero fosse tocado nas rádios, televisões e teatros.

Baião

Dança e canto típico do Nordeste, inicialmente era o nome de um tipo de festa, onde havia muita dança e melodias tocadas em violas. Este gênero musical que era restrito ao sertão nordestino, passou a ser conhecido em todo Brasil, por intermédio do sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga, quando gravou em 1946, seu primeiro grande sucesso Baião. A partir daí e até meados da década de 1950, este ritmo tomou conta do Brasil e vários artistas começaram a gravar o baião. Em 1950, este gênero musical também passou a ser conhecido internacionalmente, o baião Delicado do instrumentista e compositor Valdir Azevedo, recebeu várias orquestrações de maestros americanos. O baião só perdeu o seu reinado com a aparecimento da bossa nova, mesmo assim ainda se sente sua influencia em muitos compositores até os dia de hoje. Com seu ritmo binário e suas melodias a fazer muito sucesso no nordeste.

Créditos: http://www.juraemprosaeverso.com.br/Folclore/DancasFolcloricas.htm

Samba de Roda

Page 12: dança folclorica

Estilo musical caracterizado por elementos da cultura afro-brasileira. Surgiu no estado da Bahia, no século XIX. É uma variante mais tradicional do samba. Os dançarinos dançam numa roda ao som de músicas acompanhadas por palmas e cantos. Chocalho, pandeiro, viola, atabaque e berimbau são os instrumentos musicais mais utilizados.

 

 

Quadrilha

 

É uma dança típica da época de festa junina. Há um animador que vai anunciando frases e marcando os momentos da dança. Os dançarinos (casais), vestidos com roupas típicas da cultura caipira (camisas e vestidos xadrezes, chapéu de palha) vão fazendo uma coreografia especial. A dança é bem animada com muitos movimentos e coreografias. As músicas de festa junina mais conhecidas são: Capelinha de Melão, Pula Fogueira e Cai,Cai balão.

Page 13: dança folclorica

Créditos: http://www.suapesquisa.com/folclorebrasileiro/dancas_folcloricas.htm

 

 

OUTRAS DANÇAS

 

As danças folclóricas evoluíram de várias maneiras a partir de antigos rituais mágicos e religiosos. No Brasil, as danças folclóricas resultaram da fusão das culturas portuguesa, negra e indígena.

 

 Batuque

Page 14: dança folclorica

 

Page 15: dança folclorica
Page 16: dança folclorica

      O Batuque é uma dança de origem africana, do ritual da procriação. Foi severamente proibida na época colonial pelos padres. Dança muito popular em algumas cidades do interior de São Paulo, nas festas do Divino Espírito Santo, ou nas festas juninas. O batuque é dançado em terreiro ou praça pública. Uma fileira de homens fica ao lado dos tocadores. As mulheres ficam a uns 15 metros de distância. Então, começa a dança, começam as umbigadas. Cada homem, dançando, dá três umbigadas numa mulher.Os músicos tocam. Um batuqueiro "modista" faz a poesia, os versos.Há o solo e, em seguida, o coro é feito por todos que estão batucando.

 

 

   Catira

 

          A Catira é executada originalmente apenas por homens, embora hoje muitas mulheres, principalmente as mais jovens também pratiquem.Em alguns municípios, a catira é parte integrante da Folia de Santos Reis, porém nada impede que seja destacada da manifestação, para ser cantada e dançada em outros períodos do ano. As cantorias são um tipo de moda de viola entoadas, geralmente, por dois violeiros. A temática enfocada pode ser relacionada ao dia-a-dia, trabalho, amores, saudades, lugares, etc.

A dança, muito chamativa devido ao seu vigor e sincronicidade, compõe-se de palmateios e sapateios ritmados que os catireiros executam, em duas fileiras (uma em frente à outra, formando pares). Comum na região Sudeste do Brasil.

 

    Çairé

Page 17: dança folclorica

 

          O Çairé é uma manifestação folclórica e religiosa encontrada na ilha de Alter-do-Chão, a 30 quilômetros de Santarém, no oeste do Pará. Atualmente acontece no mês de setembro. A festa atrai milhares de turistas que, durante três dias, cantam, dançam e participam de rituais religiosos e profanos, resultantes da miscigenação cultural entre índios e portugueses.

 

           Consta que a festa foi criada pelos índios como forma de homenagear os portugueses que colonizaram o médio e o baixo Amazonas. Sua origem está no fato de que os colonizadores que aportavam em nossas terras exibiam seus escudos. Os índios então faziam o seu "ÇAIRÉ", como foi chamado o símbolo que é carregado nas procissões, imitando o escudo usado pelos portugueses. O escudo dos índios era feito de cipó recoberto de algodão e outros adornos, enfeitado de tiras de várias cores e rosetas de pano colorido.

 

 

     Dança do Carimbó

Page 18: dança folclorica

 

           Criada pelos índios Tupinambá que, segundo os historiadores, eram dotados de um senso artístico invulgar, chegando a ser considerados, nas tribos, como verdadeiros semi-deuses. Inicialmente, segundo tudo indica, era apresentada num andamento monótono, como acontece com a grande maioria das danças indígenas. Quando os escravos africanos tomaram contato com essa manifestação artística dos Tupinambás começaram a aperfeiçoar a dança, iniciando pelo andamento que , de monótono, passou a vibrar como uma espécie de variante do batuque africano. Por isso contagiava até mesmo os colonizadores portugueses que, pelo interesse de conseguir mão-de-obra para os mais diversos trabalhos, não somente estimulavam essas manifestações, como também, excepcionalmente, faziam questão de participar, acrescentando traços da expressão corporal característica das danças portuguesas. Não é à toa que a "Dança do Carimbó" apresenta, em certas passagens, alguns movimentos das danças folclóricas lusitanas, como os dedos castanholando na marcação certa do ritmo agitado e absorvente.

 

       Lundu

Page 19: dança folclorica

 

   O "Lundu" é uma dança de origem africana trazida para o Brasil pelos escravos. A sensualidade dos movimentos já levou a Côrte e o Vaticano a proibirem a dança no século passado. No Brasil o "Lundu", assim como o "Maxixe" (a dança excomungada pelo Papa), foi proibido em todo Brasil por causa das deturpações sofridas em nosso país. Mas, mesmo às escondidas, o "Lundu" foi ressurgindo, mais comportado, principalmente em três Estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais e na Ilha do Marajó, no Pará. A dança simboliza um convite que os homens fazem às mulheres "para um encontro de amor sexual". O "Lundu", considerado ao lado do "Maxixe ", uma dança altamente sensual, se desenvolve com movimentos ondulares de grande volúpia. No início as mulheres se negam a acompanhar os homens mas, depois de grande insistência, eles terminam conquistando as mulheres, com as quais saem do salão dando a idéia do encontro final.

 

     Marabaixo

Page 20: dança folclorica

 

            Dança do Amapá. Os negros preservam o Marabaixo (mar a baixo), dança que se assemelha ao arrastar dos pés presos pelas correntes da escravidão. No canto cadenciada aparecem os lamentos do cotidiano e saudades da África. O Marabaixo ocorre nas principais comunidades negras, como Mazagão Velho, Curiaú e Igarapé do Lago, além dos bairros do Laguinho e do antigo bairro da Favela em Macapá. Essas comunidades também desenvolvem o Batuque, ritmo tirado de tambores artesanais e instrumentos de percussão feitos com madeira e sementes.

 

 

        Marujada

Page 21: dança folclorica

 

       Trata-se de um auto dramatizado, onde predomina o canto sobre a dança. Há uma origem comum entre a Marujada de Bragança no Pára e a Irmandade de São Benedito. Quando os senhores brancos atenderam ao pedido de seus escravos para a organização de uma Irmandade, foi realizada a primeira festa em louvor a São Benedito. Em sinal de reconhecimento, os negros foram dançar de casa em casa para agradecer a seus benfeitores. A Marujada é constituída quase exclusivamente por mulheres, cabendo a estas a direção e a organização. Os homens são tocadores ou simplesmente acompanhantes. Não há número limitado de marujas, nem tão pouco há papéis a desempenhar. Nem uma só palavra é articulada, falada ou cantada como auto ou como argumentação. Não há dramatização de qualquer feito marítimo. A Marujada de Bragança é estritamente caracterizada pela dança, cujo motivo musical único é o retumbão.

 

 

      Pastoris

 

Page 22: dança folclorica

       São danças e cantos que por ocasião das festas de Natal se realizam em homenagem ao Deus Menino. Em geral se desenvolve; defronte de um Presépio ou em tablados, em praça pública. É um rancho alegre de meninas, mocinhas, que ano após ano entoam ao Menino Jesus. As pastorinhas representam autos. Festivo teatro popular, alegre, mas cheio de ensinamentos morais e as músicas são cheias de ternura. Seus personagens são a Mestra, a Contramestra, Diana, a Camponesa, Belo Anjo, o velho e as simples pastoras. Dois partidos vestidos de cores diferentes, dois cordões disputam as honras de louvar Jesus Menino.

 

 

       Pericom

 

        Provavelmente originou-se na região do Rio da Prata, na primeira metade do século 19. Dança muito popular no Rio Grande do Sul, no Uruguai e na Argentina, é uma dança de conjunto. Deve ser dançada por grupos de pares (no máximo doze), como a quadrilha. Os dançarinos realizam as evoluções, tempos fortes de cada compasso. É comandada pelo "bastoneiro” ou “marcante” que ordena as Evoluções que quiser. O comando se divide em duas partes: “Agora...” (preparação) e "se foi . ..” (execução) No inicio e no fim da dança os cavalheiros dizem versos.Quando a dança termina, fica apenas um cavalheiro cantando versos com o violeiro mandante.

 

 

        Ticumbi

Page 23: dança folclorica

 

       Versão capixaba da Congada.Somente é encontrada no Estado do Espírito Santo. Dança dramática-guerreira, é praticada por negros que se vestem na maioria das vezes de branco. Usam japonas ou batas longas enfeitadas de fitas muito coloridas.

Amarram na cabeça um lenço que lhes dá um "ar de mouro". Sobre o lenço usam flores de diversas cores. Alguns colocam sobre o lenço um chapéu de palha todo enfeitado de fitas e flores.

       Os dois reis se distinguem graças às coroas de papelão pintado de dourado. Capa longa de damasco ou cetim lamê cintilante. Uma faixa "presidencial" que vai do ombro esquerdo até a cintura oposta.

    Na cintura uma espada do "tempo do Império". Os reis São servidos por pajens ou secretários cada qual com a capa da cor do seu reinado. As duas cores escolhidas pelos reis para a sua corte variam. O vermelho quase sempre está presente numa das cortes. e uma cor forte, de grande efeito nos mantos reais. Rei Congo e Rei Bamba são as figuras principais do Ticumbi.

Dois Reis negros lutam para ter o privilégio de realizar sozinho a festa de São Benedito, padroeiro dos negros do Brasil. O rei Bamba é vencido pelo Rei Congo e por este é batizado, com toda a sua corte. Então todos dançam e cantam o Ticumbi.

O Ticumbi tem um intuito nitidamente visível conversão e batismo de pagãos

São muito simples. Usam chocalhos. Apenas uma viola acompanha as cantorias.

 

 

 

    Bate Coxa

Page 24: dança folclorica

 

     Esta dança alagoana, de influência negra, não existe em outros estados brasileiros, atualmente. Em Piaçabuçu é praticada exclusivamente por negros, tanto no passado, como no presente. Os dois disputantes, sem camisa, só de calção, aproximam-se e colocam peito com peito, apoiando-se mais nos ombros. Ambos afastam a coxa o mais que podem e chocam-se num golpe rápido. Depois da batida da coxa direita com a direita, repetem á esquerda chocando bruscamente. A dança prossegue até que um dos dois desista e se de por vencido.

 

      Se um dos dois levar urna queda, após a batida, é considerado perdedor. Ás vezes combinam ou sorteiam quem vai começar a dança, dando a primeira batida de coxa. E o grupo continua cantando, acompanhado por um tocador de ganzá (reco-reco).

 

        Capoeira

 

      Um dos principais elementos da cultura negra no Brasil, a capoeira é dançada ao som do berimbau ou de instrumentos de percussão, como pandeiros, atabaques, ganzás e caxixis. A capoeira, como técnica de ataque e defesa corporal, foi introduzida no Brasil pelos escravos bantos, originários de Angola. Os escravos a praticavam em segredo, simulando uma dança, ao som de cantos rituais e diversos instrumentos. A capoeira possui duas modalidades, a angola e o regional, mas ambas utilizam golpes com os pés, pernas, mãos e cabeça.

 

 

        Chula

Page 25: dança folclorica

 

      Dança-desafio, de origem portuguesa, caracterizada pela disputa. Uma vara de aproximadamente quatro metros de comprimento é colocada no chão e em cada extremidade posta-se um dançarino. Ao som da música ligeira, o dançarino executa uma complicada coreografia que deve ser repetida pelo companheiro.

 

       Dança da Fita

 

Page 26: dança folclorica

      Comum no Estado de Santa Catarina, a Dança da Fita é desenvolvida da seguinte maneira: é colocado no centro um mastro chamado pau-de-fita de aproximadamente 3m de altura com doze fitas (duas vermelhas, duas verdes, duas amarelas, duas azuis, duas rosas e duas azul marinho). Ao lado do mastro, formam-se duas filas, do lado direito os homens e do esquerdo as mulheres. Na cabeceira das duas filas fica o mestre e num sinal feito através do apito tem início a dança. O primeiro movimento é conhecido como preparação da terra para o plantio da árvore. No segundo movimento os dançadores cruzam as fitas, que significa a escolha da semente. No terceiro movimento inicia-se a semeadura. No quarto já se percebem as tranças formadas em um total de cinco trançados diferentes que simbolizam as raízes. Quando o mastro fica totalmente coberto pelas tranças, os adultos são substituídos pelas crianças que irão realizar a destrança. As crianças simbolizam as folhas da árvore. Quando termina o movimento executado pelas crianças o mastro é transformado simbolicamente em belíssima árvore, sendo este o final da dança.

A Dança da Fita também é conhecida como Baile de Cordon, Carxofa, Magrana e Baile de Gitanas (Portugal), Danza de las Fitas (Cataluña, Espanha). Dança de los Mineros (Peru), Dança de los Matachines (Colômbia), Dança de las Listones (Argentina) e Dança de las Cintas (Venezuela).

   Dança do Siriá

 

      Uma das manifestações coreográficas mais belas do Pará. Contam os estudiosos que os negros escravos iam para o trabalho na lavoura quase sem alimento algum. Só tinham descanso no final da tarde, quando podiam caçar e pescar. Como a escuridão dificultava a caça na floresta, os negros iam para as praias tentar capturar alguns peixes. A quantidade de peixe, entretanto, não era suficiente para satisfazer a fome de todos. Certa tarde, entretanto, como se fora um verdadeiro milagre, surgiram na praia centenas de siris que se deixavam pescar com a maior facilidade, saciando a fome dos escravos. Como esse fato passou a se repetir todas as tardes, os negros tiveram a idéia de criar uma dança em homenagem ao fato extraordinário. Já que chamavam cafezá para plantação de café, arrozá para

Page 27: dança folclorica

plantação de arroz, canaviá para a plantação de cana, passaram a chamar de siriá, para o local onde todas as tardes encontravam os siris com que preparavam seu alimento diário.

        Jongo

      Dança de origem africana, participam homens e mulheres, onde o Canto também tem papel importante. A música serve para facilitar e coordenar os movimentos. Os instrumentos usados são os de percussão. Tambu, candongueiro, biritador (atabaques de couro) e angóia (uma espécie de chocalho). Sobrevive em poucos lugares do Brasil, onde houve maior concentração de população negra escrava. Negros vindos de Angola (África). Uma das mais ricas heranças da cultura negra presente em nosso folclore.

O jongo formou-se nas terras por onde andou o café. Surgiu na Baixada Fluminense, subiu a Mantiqueira. Persiste na zona do Paraíba do Sul, Paraibuna e Paraitinga. Entrou pela Zona da Mata mineira. Lá é conhecida por "caxambu".

      Esse nome é dado também ao principal instrumento, um atabaque grande. Uma dança que aparece em outros Estados brasileiros. Como em Goiás e Espírito Santo. Mas com outras danças e cerimônias.

    Os casais se apresentam, o dançador fica em frente a sua dama. Ela segura saia delicadamente, sem sair do lugar. Com meneios e requebros a mulher acompanha galanteios do cavalheiro. Outros casais se aproximam, dançando. O primeiro par se afasta balançando o corpo, sem dar umbigadas como no batuque paulista.

       Pezinho 

 

      O gaúcho dança o pezinho com bota e espora chilena, Bombacha, Guaiaca e Faca. O chapéu repousa nas costas. Lenço de seda no pescoço. Este é o traje típico do campeiro. A mulher ("a prenda ") não tinha traje típico para festividades, assim o inventaram: Saia longa, rodada, cheia de babados, tranças e flor no cabelo.

Page 28: dança folclorica

       Samba de Matuto

 

        Dança de cortejo, sem enredo ou drama, na qual as cantigas dançadas fazem referência a Santos católicos, a espíritos das religiões afro-brasileiras e as do cotidiano. Possui nítida identificação com os terreiros de xangô. Antes de cada apresentação, o mestre acende três pontos de velas para que os orixás permitam o bom andamento do folguedo.

     Xote Bragantino

 

     O "Xote" (Schotinch) tem sua origem na mais famosa dança folclórica da Escócia na segunda metade do século XIX. Aos poucos foi conquistando a Europa. Na Alemanha ganhou um ritmo valsado pela influência da Valsa Vienense. Na Inglaterra a dança era saltitante. Já na França os passos ganharam ritmo semi- clássico, com um andamento um tanto mais lento que o atual. Talvez por causa da indumentária feminina que, naquela época, dificultava os movimentos rápidos. Trazida para o Brasil pelos colonizadores, despertou, desde o início, um grande interesse no povo brasileiro que, por sua vez, também fez seus acréscimos. No Estado do Pará os portugueses cultivavam o chote com bastante entusiasmo em todas as reuniões festivas assistidas de longe pelos escravos africanos. A dança foi aproveitada, de fato, pelos negros em 1798, quando eles fundaram a Irmandade de São Benedito, no município de Bragança, que deu origem à Marujada. Outras danças de origem européia também vieram

Page 29: dança folclorica

formar o novo ritmo, mas é no "Xote" que está o maior interesse do povo bragantino nas apresentações públicas da "Marujada". A dança é executada repetidas vezes, valendo acrescentar que até mesmo os jovens bragantinos preferem o "Xote" a qualquer outra dança popular.

 

Créditos: http://www.potyguar.com.br/folclore/index_arquivos/dancas.htm 

A Dança do Boi de Mamão

A dança do Boi de Mamão é a brincadeira mais cultivada e, por isso mesmo, a mais apreciada dança folclórica da região. Diferentemente das outras brincadeiras que foram trazidas à Ilha de Santa Catarina pelos açorianos, o Boi de Mamão é uma tradição comum a outros estados brasileiros e tem origem africana. Esta manifestação apresenta diversas variações nas outras regiões brasileiras, com tipos diferentes de apresentação, mas semelhantes na oralidade de sua história. Há algumas divergências no que diz respeito à origem da denominação Boi de Mamão, porém, a mais aceita é a de que o Boi, a principal figura da dança, teria a cabeça feita de um mamão.Outras figuras são: a cabra, a bernúncia, a maricota, o cachorro, o cavalinho, o urso branco, o urso preto, o marimbondo, o macaco e o jaraguá.O grupo composto de elementos que formam a cantoria, é liderado pelo chamador e acompanhado geralmente por uma sanfona e percussão.Embora isso seja raro, o acompanhamento musical é também realizado por um instrumento característico denominado "orocongo" - feito de um coco da Bahia, seccionado e revestido com couro crú, e uma corda de viola, da qual o som é extraído com um arco de madeira, no qual são fixados fios de crina de cavalo - uma espécie de rabeca ou violino.Os demais componentes do grupo são: o vaqueiro mateus, o anão e o doutor.Cada bicho tem melodia e ritmo diferentes dos demais, e, consequentemente, dança e coreografia diversas.A dança é muito semelhante ao "Bumba meu Boi", do nordeste brasileiro. A diferença está na alegria, improvisação e descontração, que são as características principais desta dança.É também conhecida como Boi de Pano ou Boi de Mamão.Créditos: http://www.guiafloripa.com.br/cultura/folclore.php3

BOI-BUMBÁ

O Boi-Bumbá é uma manifestação folclórica encontrada em quase todos os municípios paraenses. E é no mês de junho que são feitas as apresentações, ainda em sua formação original. É provável que a trama venha das estórias nascidas com o ciclo do gado, nos séculos XVII e XVIII, quando a vida girava em torno do boi e de sua criação.

Page 30: dança folclorica

Conta-se que na Belém da segunda metade do século XIX, o Boi-Bumbá reunia negros escravos em um folguedo que misturava, ao ritmo forte, a representação de um motivo surpreendente para a época: a luta de classes dentro da sociedade colonial. O boi acabou se tornando uma das manifestações mais autênticas da cultura paraense.

A estória encenada no Boi - Bumbá é quase sempre a mesma, com pequenas alterações. Um boi foi comprado para a festa de aniversário da esposa do fazendeiro. Quando o animal chegou, o feitor recebeu ordem para tratá-lo bem. Ao lado dessa fazenda morava uma família composta pelo pai Francisco, "Chico", sua mulher Catarina, seu compadre Casumba e mãe Guiomar.

Mãe Catarina, grávida, desejava comer língua ou coração de um boi. Pai "Chico" então resolveu procurar um. O primeiro que encontrou matou. Só que, antes que mãe Catarina realizasse seu desejo, apareceu o dono do boi falando que o bicho era de estimação e que desejava seu boi vivo.

Todos saíram à procura de um pajé para ressuscitar o boi. O pajé foi logo pedindo cachaça, defumação e tabaco. Sentou-se no seu banco, passou cachaça nos braços, acendeu um cigarro e abriu os trabalhos.

Assim que o boi foi ressuscitado todos cantaram e dançaram. É aí que o animal começa a fazer investida contra as pessoas que assistem à encenação. A composição do elenco varia de grupo para grupo e de região para região. De um modo geral todos incluem ainda a moça branca filha do casal de fazendeiros, vaqueiros, cuzimbá (um preto velho), a maloca dos índios com seu chefe, o doutor curador, o padre e o tripa ( a pessoa que dança em baixo do boi).

A seguir os grupos de Boi-Bumbá encontrados em Belém:

BOI- BUMBÁ "PINGO DE OURO"

Fundado em 1969, tem 75 integrantes. Surgiu da extinção do Boi- Bumbá "Arranca- Toco", da vila de Icoaraci, e pesquisa de outros grupos folclóricos que se exibiam à época na vila.

BOI- BUMBÁ "PAI DA MALHADA"Fundado em 1935, tem 50 integrantes. O "Pai da Malhada" surgiu no bairro da Sacramenta, onde pertencia a um senhor chamado "Zeca Praiano". Quando morreu, o grupo ficou sem liderança, tendo nessa época o Sr. José Rufino solicitado aos parentes do falecido, permissão para que usasse o nome de "Pai da Malhada". Inicialmente o grupo foi formado só com garotos na faixa de 6 a 14 anos. Depois sofreu algumas modificações, entraram os adultos, mas o boi nunca perdeu suas raízes culturais.

BOI-BUMBÁ "FLOR DO CAMPO"Fundado em 1960, tem 62 integrantes. Foi trazido para Belém pelo Sr. Emílio da Paixão que resolveu trazer a público um Boi- Bumbá de sua autoria. Seu Emílio trouxe a experiência da ilha do Mosqueiro, a 60 km de Belém, onde participava do Boi- Bumbá "Pai do Campo".

BOI- BUMBÁ "FLOR DO GUAMÁ"

Fundado em 1975, tem 50 integrantes. O grupo folclórico "Flor do Guamá" começou com uma turma de crianças moradoras da passagem Caparari, no bairro do Guamá, em Belém. A brincadeira surgiu à base do improviso. As barricas foram feitas com latas de leite vazias e os pandeiros com latas de goiabada. A indumentária era de serrilha e folhas de açaizeiro, previamente pintadas para as apresentações.

Page 31: dança folclorica

BOI- BUMBÁ "FLOR DA NOITE"

O grupo folclórico "Flor da Noite" foi fundado em 1982. Tem 30 integrantes. Surgiu no Guamá durante a quadra junina. Como na época só existiam três grupos folclóricos, o senhor Álvaro de Souza resolveu formar uma brincadeira que viesse atender à carência de lazer na área onde mora.

BOI- BUMBÁ "CAPRICHOSO"

Fundado em 1947, tem 45 integrantes. O grupo folclórico "Caprichoso" foi fundado na ilha de Mosqueiro. Em 1964 instalou-se na cidade de Belém.

BOI- BUMBÁ "TIRA- FAMA"

Fundado em 1958, tem 50 integrantes. A idéia de colocar o "Tira-Fama" na rua surgiu da necessidade de lazer na comunidade do bairro do Guamá. Naquela época havia apenas o Boi- Bumbá " Machadinha ", sem estrutura para absorver todos os interessados em brincar a quadra junina. O Sr. Elias, mais conhecido como seu "Setenta", foi o responsável em congregar amigos e familiares para formar o "Tira- Fama".

BOI- BUMBÁ "ESTRELA D´ALVA"

O grupo folclórico "Estrela D´Alva", fundado em 1963, tem 48 integrantes. Surgiu quando o Sr. Solino Gonçalves, do bairro do Guamá, reuniu um grupo de garotos em sua casa para organizar a brincadeira. Foi confeccionado um modesto Boi com latas e caixas de madeira e os instrumentos foram improvisados. O nome "Estrela D´Alva" foi dado em homenagem à sua filha D´Alva.

 

Créditos: http://www.cdpara.pa.gov.br/boi.php

 

 

BUMBA-MEU-BOI

O bumba-meu-bio é um folguedo brasileiro, típico da região nordeste do Brasil. Teve início no século XVIII, misturando aspectos das culturas portuguesa, negra e indígena.

Esta festa folclórica ocorre nas ruas do mês de novembro até 6 de janeiro (noite de reis).

Ela consiste numa dança acompanhada por música regional, onde um homem vestido de boi faz várias coreografias. Ao redor do boi aparecem vários personagens típicos do século: vigário, cobrador de

Page 32: dança folclorica

impostos, escravo fugitivo, boiadeiro, capitão do mato e o valentão.

Durante a dança, o boi é morto, sendo logo em seguida ressuscitado por um puxão no rabo e volta a dançar. Na dança o boi abaixa e levanta a cabeça, dançando de forma desorientada, sobre os outros personagens.

Esta manifestação do folclore brasileiro é uma das mais populares do do nosso país. É também conhecida como boi bumba, boi pintadinho ou simplesmente bumba.

Curiosidade:

- As mulheres não participam ativamente da festa do bumba-meu-bio. Porém, elas assistem, e algumas vezes ajudam na organização.

Créditos: http://www.suapesquisa.com/pesquisa/bumba_meu_boi.htm

Page 33: dança folclorica

1. DANÇAS FOLCLÓRICAS NA DANÇA/EDUCAÇÃOProf. Esp. Rosely Modesto [email protected]

2. Num passado remoto, o homem primitivo, ao ensinar suasINTRODUÇÃO crianças e introduzir o jovem ao esforço humanitário, instituiu convenções das várias formas de ordens política e econômica na sociedade humana, sendo que estas características originadas das percepções do esforço traduziram-se em formas de comunicação e expressão e dentre estas formas surgiram as danças religiosas e A Dança Folclórica nada mais é do que o efeitonacionais (folclóricas); das consequências dos impulsos gerados por esforços definidos e causados pelos aspectos funcionais do sentir, pensar e agir de uma Com as mudanças culturais sofridas pelas comunidades acomunidade; dança vai também acompanhando o processo evolutivo adaptando-se, às vezes, espontaneamente como uma aquisição do próprio homem, outras vezes quase que impostas por culturas dominadoras.

3. Dessa forma, a dança modifica-se muitas vezes tornando algo totalmente importado, desvinculada Adas raízes do homem que a está praticando; miscigenação, no Brasil, é um forte fator para a profusão dos ritmos e danças em decorrência das características étnicas o que geram uma diversidade Desde osdentre os aspectos e características diversas; primeiros contatos dos europeus com indígenas brasileiros, o processo de aculturação e Dos valores culturais otransculturação se iniciou; que teve maior significação para o colonizador foi a língua. Além disso persistiram práticas mágicas, produtos culinários, implementos de caça e pesca, meios de transporte, flora medicinal e os aspectos ritualísticos onde a dança era parte importante.

4. A dança era primordialmente funcional. O índio ama seus rituais. Sua vida gira em torno deles. São as marcas do tempo; Com o passar do tempo, o europeu passa a comercializar a mão-de-obra escrava e o africano, juntamente com o europeu, combinará o processo transcultural que marcou profundamente o folclore brasileiro; Tanto os indígenas quanto os africanos perdem contínua e irreversivelmente os seus valores originais, através da troca e aceitação de novos padrões na vida social e na cultural; Quanto aos negros que para cá vieram eram de diversas culturas diferentes, pois segundo Arthur Ramos, os três principais grupos seguem a seguinte distribuição: culturas sudanesas, culturas sudanesas-negro- maometanas e culturas bantos; Os portugueses também trouxeram suas danças, muitas já influenciadas por outros povos europeus, principalmente o espanhol e os árabes.

5. A modinha e lundu surgiram na metade do séc. XVIII. O maxixe surge por volta de 1870. O que se dançava nos salões da camada rica da sociedade do Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, eram as mazurcas, polcas, valsas e quadrilhas de origem europeia. Enquanto isso, o povo fazia suas danças à parte, transculturando suas formas Asoriginais; danças folclóricas brasileiras possuem características regionais. Dependendo da influência étnica do lugar, ela terá mais aspectos indígenas como nos estados como Amazonas e Pará; africanos como na Bahia, Minas e Rio de Janeiro; ou europeus como nos estados do Sul do Além das influências étnicas nas Danças, evidenciampaís; também o sincretismo religioso “afro-católico” que é aspecto decorrente do primeiro a influenciar as manifestações folclóricas e típicas em nosso país.

Page 34: dança folclorica

Portanto, cada região brasileira possui características étnicas e culturais diversificada que influenciam o pensar, sentir e agir das respectivas regiões.

6. DANÇAS FOLCLÓRICASAs Danças Folclóricas expressões abertas de emoções, idéias, significadosão: especial; representação de usos, costumes, acontecimentos que constituíram o tempo estrutural e conjuntural em parte da história de um povo; padrões, costumes, maneiras e atividades espontâneas e naturais da vida e experiências significativas de um povo, perpetuadas de geração em geração, da mesma maneira resguardando assim, sua tradicionalidade; passos básicos, configurações espaciais, ritmos próprios, termos e gestos e passos ou atividades características, conotaçõesidiomas; peculiares de um povo como bater de palmas e pés, valsas e sarandeios; formas – passar de geração em geração de maneira rígida, as tradições e costumes;

7. DANÇAS FOLCLÓRICASAs Danças Folclóricas são: fixas em suas características elementares, porém podem apresentar variações de província em província e sofre influências também na divulgaçãolinguagem verbal; de conhecimento (história, sociologia, antropologia, músicas, aspectos petóricos, conotações corporais); Sentido lúdico utilitário, graça e atributos, diferentes papéis da vida social. Danças folclóricas brasileiras foram embasadas entrebrasileiros nativos e grupos étnicos radicados no Brasil(portugueses, africanos, holandeses, franceses, colonos,italianos, alemães, austríacos, poloneses, finlandeses,russos, suecos, japoneses e outros) que com sua bagagem detradição e cultura trouxeram vasta e valorosa contribuição.

As Danças8. DANÇAS POPULARES Folclóricas resguardam características essencialmente fixas. São danças naturais que resguardam tradicionalismo e determinados costumes de um povo. Elas resguardam uma evolução natural e espontânea do conjunto de atividades diárias, o desenvolvimento de experiências dos povos perpetuadas de geração a geração. Possuem aspectos diversos e estabelecem as diferenças e variações musicais de região para região.

São as tradicionais de determinado país

9. DANÇAS NACIONAIS que tornaram mais populares, mais praticadas e tem efetivamente diferenças em suas origens, usos, costumes e idiomas. Estas danças geralmente decorrem adaptações a condições climáticas (geográficas) emocionais ou as tradições (incidências e permanências) e têm em seu tempo estrutural a conjuntural seus aspectos mais relevantes. Ex: samba, czardas, cossacos, square dance, tarantela e valsas.

Page 35: dança folclorica

10. As Danças Regionais são as mais praticadas e dançadasDANÇAS REGIONAIS em uma região de um país. Ex: Forró – Nordeste; Samba – Sudeste; Carimbó – Norte; Chimarrita – Sul; Siriri – Centro-Oeste.

11. As Danças Características (ou típicas) são asDANÇAS CARACTERÍSTICAS criadas para indivíduos em especial ou grupos de indivíduos que incluem adição de passos, música, coreografia já existentes. São características de determinada região Deixam transparecer emou país; seu sentir, pensar, agir a riqueza polirrítmica e polifórmica do povo e suas raízes ao estabelecer relação de identidade da dança com a própria cultura.

As danças12. DANÇAS FOLCLÓRICAS BRASILEIRAS folclóricas “...apresentam incomparável valor visto que conjugam os mais diversos aspectos da vida afetiva. Associam a música e o gesto, a cor e o ritmo, o sentido lúdico e utilitário, a graça e os atributos da resistência física. Contribuem para o apuro das relações interpessoais, o desenvolvimento do espírito comunitário, a compreensão de diferentes papéis na vida social. Por seus efeitos criadores e catárticos, podem e devem ser utilizados como instrumento de Os valores que as danças folclóricassocialização”. (Lourenço Filho) trazem aos seus praticantes podem ser descritos em quatro categorias: física, social, cultural e recreacional, segundo Giffoni (1973).

13. VALORES PROPORCIONADOS PELA PRÁTICA DA DANÇA Contribui para a aprendizagem dasFOLCLÓRICA

1. VALORES FÍSICOS habilidades motoras, para o desenvolvimento de um forte senso de ritmo e relações especiais e configurações espaciais; Contribui para o aperfeiçoamento da força, agilidade, equilíbrio e resistência; Permite que seus integrantes se movam graciosa e expressiva mente de maneira plenamente integrada e coordenada; É um exercício completo de agilidade, flexibilidade, elasticidade, vigor e energia física, resistência física invulgar; Corrige atitudes, hábitos higiênicos, harmonia de formas; Compensa o desequilíbrio de atividades profissionais (posições forçadas ou exagerado uso de determinadas partes do corpo); É fator de educação do movimento.

. 2. VALORES MORAIS As danças folclóricas incitam e viabilizam oaperfeiçoamento do indivíduo pelo: perseverança e entusiasmo e iniciativa;domínio de si mesmo; cavalheirismo e respeito entre ambos desperta o senso deos sexos; ordem, disciplina, solidariedade e cooperação. A disciplina e obediência às técnicas, asconfigurações espaciais, as convenções, aos dirigentes,à música, as tradições serão posteriormentetransportadas para a vida social geral no futuro.

3. VALORES SOCIAIS educando ao participar das danças folclóricas estará também aprendendo a cooperar com outros membros de seu grupo e aceitar responsabilidades por desempenhar sua parte na situação do grupo. Dançando juntos, crianças e jovens aprendem a ter consideração uns com os outros e um código de Acomportamento social;

4. VALORES CULTURAIS dança folclórica é um meio ideal para desenvolver compreensão internacional e respeito pelos de outras Por seu aspectoculturas; interdisciplinar, dança

Page 36: dança folclorica

folclórica se torna excelente meio de animar e enriquecer estudos de unidades de centros de interesses, projetos escolares.

Deve-se considerar o16.

5. VALORES RECREACIONAIS aspecto do divertimento da dança folclórica – do prazer puro a ser ganho da A dança folclóricadança animada num grupo social amistoso; pode fazer muito para aliviar a pressão mental ou tensão emocional; quer o dançarino seja uma criança de 10 anos ou um homem cansado ele deveria achar a experiência relaxante e divertida de maneira fácil de Todas as formas de dança devem ser induzidas àfazer novos amigos; As grandes funções mentaisforma de recreação divertida

.6. VALOR MENTAL como a atenção, sensações-percepções, a imaginação, a originalidade, o raciocínio são exercitados e desenvolvidos através das Danças Folclóricas.

Atenua as tensões17.

7. VALOR TERAPÊUTICO emocionais ao proporcionar auto- controle e confiança pela facilidade de execução dos movimentos e principalmente pela possibilidade de transformar seus pensamentos em expressões plásticas pela terapia.

18. A Dança Folclórica no Brasil sofreu aA DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO influência étnica dos índios que aqui viviam, do “descobridor europeu” – senhor dominante das terras, do primitivo africano escravizado, para o Nos primeiros duzentos anos de colonização, oslabor no Novo mundo; únicos tipos de música ouvida no Brasil eram os cantos das danças rituais dos indígenas acompanhados pelos instrumentos de sopro. Eram manifestações de aborígenes cujas danças giravam em torno de suas danças rituais (nascimento, morte, guerra e paz, semeadura e colheita) e Mutação ede certos ritos de passagem (virilidade, casamento, etc.); transculturação das danças originais são influenciadas diretamente pelo Não existe essência pura nos casos do homem daoficial e pelo erudito; sociedade e da cultura. Todas as relações entre eles estão sempre articulando cultura popular e erudita.

19. A DANÇA NO FOLCLORE O estudo das danças folclóricas nacionais, hoje seBRASILEIRO faz necessário na medida que são reveladores da cultura, de diferentes situações, uma vez que algum dia compuseram rituais de instituições religiosas oficiais, de situações políticas instaladas, de academias literárias eruditas distantes, portanto do controle popular. Hoje se faz necessário entendê-las do ponto de vista do seu movimento, de sua dinâmica vertical quanto aos elementos que tirados do povo, levados à burguesia por empréstimo que ao ser representado é devolvido ao povo já Sendo a Dança a marca cultural de um grupo, o povomodificado; que não cultiva suas raízes, perde parte de sua O Folcloreidentidade; como ciência antropológica pode apresentar em suas danças várias propostas;

Os

20. A DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO folcloristas agruparam as manifestações populares por “áreas” ou “temas” em suas classificações: Artesanato, Culinária, Literatura Oral, Danças Folclóricas, etc., que comportam subdivisões determinadas pelas especialidades de seus Danças Folclóricas sãoconteúdos; expressões populares desenvolvidas em conjunto ou

Page 37: dança folclorica

individualmente, que De simples marcaçãotem na coreografia os elementos definidos; rítmica, a Dança chega à arte autônoma, liberta e em contínua criação do povo pelo povo;

ALMEIDA

21. A DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO agrupou as danças populares brasileiras quanto à coreografia e aos seus dançarinos, apresentando a seguinte Acrobáticas Mímica – “Peru-de-Atalaia” (AM)classificação:COREOGRAFIA: De roda – Figurações – “Quadrilha” (BR)– “Corta-jaca” (RJ, BA) Par Par solto – “Chimareta” (PE, PB)“Ciranda” (PE, PB)DANÇARINOS: Individual – “Trevo” Conjunto – “Serafino” (AM)unido – “Tote” (NE) (PE)

FRADE (1991) apresenta

22. A DANÇA NO FOLCLORE BRASILEIRO quanto ao sexo dosos seguintes aspectos como forma de sistematização: quanto ao espaço de quanto ao período de celebração;participantes; quanto à indumentária.QUANTO AO quanto à área geográfica;realização; Em geral, se constitui com a presença de ambosSEXO DOS PARTICIPANTES os sexos, geralmente formando pares ou integrando conjuntos sem FRADE (1991) faz alusão às danças desenvolvidasdeterminação de duplas; por homens que trazem conotações e rememorações de guerra ou fazem alusões Às lutas ocorridas na Península Ibérica na era medieval somada às influências étnicas transculturadas para o Brasil pelos africanos.

23. Por razões históricas-aculturativas asQUANTO AO PERÍODO DE CELEBRAÇÃO danças folclóricas e populares no Brasil são divididas e agrupadas As danças das festas cíclicas estãopor festas cíclicas, festas móveis; incluídas em um calendário fixo de cunho oficialmente religioso apresentadas apenas num determinado período. Ex: Quadrilha (festa As danças realizadas no decorrer do calendáriojunina); popular fazem parte do quadro das devoções populares que as secularizam como o Cururu, a Dança do São Gonçalo;