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Dadaísmo e Surrealismo

Design. Enad. Dadá e Surrealismo

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Dadasmo e Surrealismo

Dadasmo e SurrealismoPosio destrutivaDadastas reagiam contra a carnificina da Primeira Guerra Mundial

Postura negativa e destrutiva; interessados no choque e no protesto

Contra decadncia moral, f cega no progresso tecnolgico, religio e cdigos morais convencionais LiberdadeConquista da liberdade pela rejeio absoluta da tradioTristan TzaraSeu mentor intelectual, poeta romeno, que se juntara a Hugo Ball e Jean Arp (Hans Arp), na explorao da poesia sonora, poesia nonsense e poesia aleatria.AnarquistasEram to anarquistas que sequer concordavam sobre as origens da palavra dad uma verso dizia que o nome do movimento surge quando abrem um dicionrio francs-alemo e encontram a palavra dad (cavalinho de pau)Marcel DuchampPintor, Duchamp se une ao grupo e se torna seu representante visual mais famosoInflunciasO cubismo havia influenciado Duchamp na anlise de objetos a partir de planos geomtricos ao passo que o futurismo o inspirara a transmitir tempo e movimento

Filosofia da liberdade absolutaFilosofia da liberdade absoluta: esculturas ready-made como a roda de bicicleta montada em tamborete de madeira e objetos encontrados (objets trouvs), como o urinal, eram concebidos, a partir da, como arte

Ready-madeO termo criado por Marcel Duchamp (1887 - 1968) para designar um tipo de objeto, por ele inventado, que consiste em um ou mais artigos de uso cotidiano, produzidos em massa, selecionados sem critrios estticos e expostos como obras de arte em espaos especializados (museus e galerias)

Ressignificao do objetoPortanto, um objeto qualquer especialmente um objeto de produo em massa ao ser retirado de seu ambiente primeiro e recolocado em uma nova ambincia, agora considerada artstica, recria o objeto em termos de significao e expe uma pergunta central:QuestoO que vale efetivamente o objeto ou o juzo de valor que sobre ele projetamos?Crtica fundamental ao sistemaAo transformar qualquer objeto em obra de arte, o artista realiza uma crtica radical ao sistema da arte. Assim, objetos utilitrios sem nenhum valor esttico em si so retirados de seus contextos originais e elevados condio de obra de arte simplesmente ao ganhar uma assinatura e um espao em exposies.Pequena sntesePortanto, ele aniquila a funo propriamente utilitria do objeto de massa e, sobre ela, anexa uma camada semitica a 0bra passa a ser considerada arte!

Apropriao irnica do clssicoPor outro lado, as obras de arte clssica so tambm apropriadas a partir da ironia como arma de desarmamento e crtica simblicaVanguarda negativa: antiarteEntre as vanguardas do incio do sculo XX, segundo o crtico Giulio Carlo Argan, o dadasmo apresenta-se como uma "vanguarda negativa" por "demonstrar a impossibilidade de qualquer relao entre arte e sociedade". A contestao de um conceito de arte leva defesa, pelo grupo, de que a "verdadeira" arte a antiarte. Com isso, o movimento dad nega as definies disponveis de arte e o prprio sistema de validao dos objetos artsticos. Trata-se de produzir, no "obras de arte", mas intervenes, deliberadamente absurdas e inesperadas.Negao Com isso, o movimento dad nega as definies disponveis de arte e o prprio sistema de validao dos objetos artsticos. Trata-se de produzir, no "obras de arte", mas intervenes, deliberadamente absurdas e inesperadas.ImportanteOra, ao apreender a definio do valor artstico de uma obra e, ao mesmo tempo, o sistema de validao artstico (que a engloba), o dadasmo consegue levar s ltimas consequncias a sua crtica, pois ela se instaura sobre a relao dialtica entre obra e sistema de valores sociais (artsticos) e defende arte como interveno!Defesa dos dadaistasDadastas defendiam que, na verdade, no estavam criticando a arte, mas difamando uma sociedade enlouquecidaKurt Schwitters (Merz)Trabalhou com colagens inusitadas e surpreendentes impressos, lixo, objetos encontrados para dispor cor contra cor, forma contra forma e textura contra textura

ImportanteArtista combinava uma srie de elementos nonsense do dad, supresa e acaso, com fortes propriedade de designOutro perfilO perfil mais poltico do movimento ficou por conta de dadastas berlinenses coo John Heartfield, Wieland Herzfeld e George GrozJohn HeartfieldNome adotado em protesto ao exrcito alemo (seu nome era Helmut Herzfelde)FotomontagemUsa fotomontagem, por exemplo, como estratgia de denncia ao crescimento do Nazismo ilustra livros, faz caricaturas, cartazes, introduz inovaes na impressoMudana e resistnciaChegava a enviar por correios verses de seus desenhos em cartes postais para os dirigentes nazistas aps mudar-se para Praga, quando seu escritrio invadido em 1933Ainda conseguiu elaborar cartazes contra a Guerra do Vietn e pela paz mundial

Controle do imaginrio e mdia (1930)Cabea surreal embrulhada em jornal, mostrando o nvel de controle do imaginrio que a imprensa teria sobre o cidado

Cartaz de propaganda antinazistaEsfago de moedas de ouro

Revista AIZ, de 1932Onde mora o capital, a paz no pode morar

As cpsulas formam as catedrais para simbolizar a mentalidade da expanso militar e a corrida armamentista (Revista AIZ, de 1934)SnteseTendo herdado a retrica e a crtica de Marinetti a todas as tradies artsticas e sociais, o dad foi um importante movimento de libertao que continuou a inspirar mesmo depois de seu fim e que lanou mo de crticas profundas contra no apenas a arte, mas as estruturas sociais daquele tempoNasceu em protesto contra a guerra e suas atividades destrutivas e exibicionistas foram um elemento radical fundamental na sua estrutura e ativismo poltico e artstico

Design TipogrficoDe 1917, ainda apresenta incrvel vitalidade tambm de HeartfieldSurrealismoEntra em cena a partir de 1924 procurando um mundo mais real que o real por trs do real o mundo da intuio, dos sonhos e do reino inconsciente explorado por FreudPostuladoPara os surrealistas, o inconsciente se relacionava ao sonho, ao potencial humano de criao, que se encarnava na arte. Ora, a arte, por sua vez, era concebida como a prxis humana de liberdade e de totalizaoFio de ideiasSurrealA palavra surreal havia sido usada por Apollinaire ao resenhar uma pea de teatro em 1917. Breton, fundador do movimento, colocou na palavra toda sua gama de magia dos sonhos, o esprito de rebelio e os mistrios do inconsciente em seu Manifesto do Surrealismo (1924)IntegrantesTristan Tzara parte para Zurique onde se junta ao grupo Breton, Louis Aragon e Paul luardFundamentalRejeitavam o racionalismo e as convenes formais que dominavam as atividades criativas no ps-guerra em Paris (ateno: ps-primeira guerra)

Procuravam maneiras de construir novas verdades e de revelar a linguagem da almaUm estilo de vidaMais do que uma esttica, os autores consideram o surrealismo como um modo de pensar e conhecer, uma maneira de sentir e um estilo de vidaDad X SurrealismoOnde o dad havia sido negativo, destrutivo e perpetuamente exibicionista, o surrealismo professava uma f potica no homem e no esprito. A humanidade podia ser liberada das convenes sociais e morais. A intuio e o sentimento podiam ser liberados. Busca da verdadeA busca da verdade se dava por meio do fluxo da conscincia e da escrita automtica

Jorro do inconsciente levava verdadePintores Foi por meio de seus pintores que o surrealismo afetou a sociedade e as comunicaes visuais as produes poticas ficaram restritas a um pequeno crculo de leitoresGiorgio de ChiricoConsiderado pelos surrealistas como o primeiro pintor surrealistaMembro da escola italiana metafsica, De Chirico pintou vistas vazias de palcios e praas do Renascimento italiano, dotadas de intensa melancolia

De ChiricoEdifcios vagos, sombras duras, perspectiva inclinada profunda e imagens enigmticas transmitem emoes apartadas das experincias ordinriasMax ErnestDadasta alemo que, depois migra para o surrealismo, usou vrias tcnicas que foram adotadas na comunicao grfica como tcnicas de colagem para criar estranhas justaposies

Naturalistas do imaginrioOs pintores surrealistas foram chamados pelos especialistas de naturalistas do imaginrio espao, cor, figura, perspectiva so traduzidos em cuidadoso naturalismo, mas a imagem uma viso onrica irrealMagritteUso de mudanas de escala surpreendentes e ambguas, desafio lei da gravidade, dilogo entre potico entre realidade e iluso, verdade e fico

Salvador DaliInfluenciou o design de, pelo menos, duas maneiras: sua perspectiva influenciou os designer a dar profundidade pgina impressa e sua abordagem naturalista da simultaneidade

Impacto no designMostrou, sobretudo, como a fantasia e a intuio podiam ser expressas em termos visuais

Proporcionou um exemplo potico da libertao do esprito humano