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DEZEMRRO DE 1949

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DEZEMRRO DE 1949

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I332ÍS2 £^£^9®|

NOITE DE NATALAntónio Feijó

(A um pequenito vendedor fie jornais)

Bairro elegante, r que miséria!Roto e faminto, à luz sidéria.O pequenito adormeceu .. .

Morto de frio e de cansaço.As mãos no seio, erguido o braçoSobre os jornais que não vendeu.

A noite é fria; a qeada cresta;

Em cada lar, sinais de festa!E o pobrezinho não tem lar. . .

Túdas as portas já cerradas!Ó almas puras, bem formadas,Vede as estrelas a chorar!

Morto de frio e de cansaço.As mãos no seio, erguido o braçoSobre os jornais, que não vendeu.

Em plena rua, que miséria!Roto e faminto, à luz sidéria,

O pequenito adormeceu. . .

Em torno dele — ó dor sagrada!Ao ver um circulo sem qeadaNa sua morna exalação.

Pensei que o frio descaroávelDo pequenino miserávelTeria mágoa c compaixão. . .

Sonha talvez, pobre inocente!Ao frio. à neve. ao luar mordente.Com o presépio de Belém . . .

Do céu azul, ás horas mortas,Xosso Senhor abriu-lhe as portasE aos orfãozinhos sem ninguém. . .

E todo o céu se lhe apresentaXuma grande árvore que ostentaCois'as dum vívido esplendor,

Onde Jesus, O Deus Menino,Ao som dum cântico divinoColhe as estrelas do Senhor. . .

E o pequenito extasiado,Naquele sonho iluminadoDe tantas coisas imortais,

— AT

o céu azul, pobre criança!Pensa talvez, cheio de esperança,Vender melhor os seus jornais...

frr"C^B&fry^t^Pfr

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A GAIVOTATrazendo Notícias do Eterno Evangelho

órgão Oficial da Missão Brasileira da Igreja de Jesus Cristo

dos Santos dos Últimos Dias

Ano II ÍNDICE PARA DEZEMBRO DE 1949 N.° 12

EDITORIAL Presidente Rulon S. Howells 239

ARTIGOS ESPECIAIS:Níksce Um Rei ! .•

2*°

Uma Mensagem de Natal Presidente George Albert Smith 244

José Smith, O Profeta • • • 247

Noite Feliz (Uma História de Natal) Benedicta Pereira Chagas, 248

Em Busca de Paz Richard L. Evans 251

Christmas in Utah 25^

VÁRIOSNoite de Natal (Poesia) •• António Feijó 2." Capa

A Igreja no Mundo 2.38

Sonho de Natal (Poesia) John Somar 243

Dar Uma Risada 252

O Rumo dos Ramos •• 254

Novos Missionários na Missão Brasileira 256

Missionários Desobrigados da Missão Brasileira. •

.

25e

Horário dos Programas de Rádio 3.* Capa

Antes Dar Que Receber 4 -

n Capa

Exemplar Individual Cr$ 3,00

Assinatura Anual no Exterior Cr? 40,00

Assinatura Anual no Brasil .. Cr$ 30,00

Redator : João Serra

Diretor: Cláudio Martins dos Santos

Se o assinante mudar de residência é favor notificar "A Gaivota" seu novo ende-

reço, mencionando também o endereço antigo.

Toda correspondência, assinaturas, e remessas de dinheiro devem ser enviados a:

'A GAIVOTA"Caixa Postal 862 São Paulo — Brasil

ENDEREÇOS DOS RAMOS NO BRASIL DA IGREJA DE JESUS CRISTO DOSSANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS

São Paulo: Rua Seminário, 165

Piracicaba: Rua Governador Pedxo de To-ledo, 665

Campinas: Rua Barreto Leme, 1075Ribeirão Preto: Rua Mariana Junqueira, 406Rio de Janeiro: Rua Camaragibe, 16

Sorocaba: Rua Moreira César, 273

Curitiba: Rua Dr. Ermelino de Leão. 451

Joinvile: Rua Frederico Hlibner

Ipoméia: Estrada para Videira «

Porto Alegre: Rua Dr. Timóteo. 688

Santos: Rua Paraíba. 94

Novo Hamburgo: Rua David Canabarro. 77

Tradutor dos Artigos Especiais neste Número:

Roberto Amorim, do Ramo de Santos

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A Igreja

no Mundo

Idaho Falis, hlaho — Prezados

Leitores da "A Gaivota":

Desde nossa chegada aos. Esta-dos Unidos há diversos meses, nóstemos desejado encontrar meiosde manifestar a todos ao mesmotempo nossos melhores votos defelicidade, amor e recomenda-ções. Em muitas ocasiões gosta-ríamos de ter tomado um vaporou um aeroplano e voltar a viverentre vocês. Os anos cm que ti-

vemos o privilégio de viver e tra-

balhar com vocês nos proporcio-naram algumas das maiores e

mais queridas experiências dasnossas vidas. Sua amizade e

fraternidade nos são muito ca-ras. Vivemos agora nesta cida-

de de ''Idaho Falis", onde vivemmuitos e bons membros de nossaIgreja. Há um lindo templo no-vo aqui que foi construído há bempoucos anos. Acho que aprende-remos a gostar muito desta cida-de. Nossos filhos estão crescen-do rapidamente, mas infelizmen-te esquecem grande parte da lín-

gua portuguesa. Entretanto, John(Morgan) ainda fala português e

guarda boas memórias do seupaís.

Neste Natal nosso amor vai

para vocês. Rezamos para quea paz e boa vontade estejam en-

tre vocês e que o recordar do nas-cimento do nosso Salvador, êstòano, os ajude a sentir-sè mais peri-

to d'Ele. Que sejam felizes .e

prósperos e que gozem semprede Suas bênçãos é a nossa humil-de oração.

Sinceramente,

Irmão e Irmã Har&td M. Rc.v. •

Gothebury, Suécia Meus peii-'

samentos se convergem para..osNatais que passei enr minha in-

fância. Meu pai costumava fa-

lar, enquanto enfeitava a árvorede Natal: você pode ver a estre-

la, lá bem no alto da árvore?. Foi-

aquela estrela que orientou os1

Três Reis Magos, a encontrarem 1

Cristo, o Rei, na mangedoura.Passaram-se muitos anos, contu?dó, todas as vezes que eu .coloco

a estrela no topo da árvore deNatal, ainda digo: vocês po-dem ver aquela estrela grande?Foi ela que conduziu os Três ReisMagos...". Quão refulgente ê

seu brilho ainda boje, para aque-les que procuram a sua luz; a es*' 1

trela da verdade e da justiça queesparge seus raios .pára guiar os ..

viandantes. É aquela estrela que''

ilumina meu caminho pára o

verdadeiro Evangelho de JesusCristo, a mesma (pie está brilhan-

(Conclui na pag. 210

1

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EDITORIAL

UMA SEMANA OU CINQUENTA E DUAS?

Quando a árvore de Natal é

desfeita e entregue àschamas, quando os festões e asbolas multicores retornam aosótão e os presentes foram jáolhados muitas vezes e perde-ram o seu "ar" de novidade,deve o espírito que preside essesdias felizes ser também abando-nado às traças e desprezado?

Estará na árvore, nos enfei-

tes, no valor dos presentes, oque faz dessa época do ano amais alegre? Ou será o seuespírito que envolve tudo isso?

O que significa o espírito doNatal?

É o espírito d'Êle, cujo natalício comemoramos, d'Aqueleque pregou o Sermão da Montanha, e praticou em Sua Vidacotidiana a Norma de Ouro, d'0 que é o Príncipe da Paz, O Re-dentor Divino, o Ressurgido e Glorificado Salvador da Huma-nidade — Jesus de Nazaré.

São d'Êle estas palavras: "Deixai vir os meninos amim. . . porque dos tais é o Reino de Deus." Êle curou os en-fermos, espargiu a esperança, e a alegria, e o conforto por todasas gerações dos homens.

Abençoado é o lar onde Seus ensinamentos são reveren-

ciados e Seu nome é pronunciado em preces diárias. Nada háneste mundo imenso que seja tão terno, tão confortante e quenos dê tanto apoio, quanto a proximidade do Seu Espírito, quese revela no Espírito do Natal.

Devemos tê-lo por uma semana apenas, ou por cinquen-

ta e duas?Sinceramente,

Presidente da Missão

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NasceA seguinte narrativa do nasci-

mento do Salvador foi tirada dosquatro Evangelhos a fim de dar-mos aos nossos leitores neste

Xaial a completa e linda histó-

ria do Dono da Terra como é tão

bem narrada na Bíblia.

Ora o nascimento de JesusCristo foi assim :

l^NTRANDO o anjo aonde Ma-f—^ lia estava, disse: Salveagraciada; o Senhor é contigo:bendita és tu entre as mulheres.

E, vendo-o ela, turbou-se mui-to com aquelas palavras, e con-siderava qué saudação seria esta.

Disse-lhe então o anjo: Maria,não temas, porque achaste graçadiante de Deus.E eis que em teu ventre con-

ceberás e darás à luz um til lio,

e por-lhes-ás o nome de Jesus.

fcste será grande, e será cha-mado filho do Altíssimo; e oSenhor Deus lhe dará o trono deDavi, seu pai-

E reinará eternamente na casade Jacó, e o seu reino não lerá

fim.E disse Maria ao anjo: Como

se fará isto, visto que não conhe-ço varão?

E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o EspíritoSanto, e a virtude do Altíssimote cobrirá com a sua sombra: peloque também o Santo que de ti háde nascer, será chamado Filho deDeus.E eis que também Isabel, lua

prima, concebeu um filho em suavelhice, e é este o sexto mês paraaquela que era chamada estéril.

Porque para Deus nada é im-possível .

Disse então Maria: Eis aqui aserva do Senhor; eunipra-se emmim segundo a tua palavra. Eo anjo ausentou-se dela.

E Maria achou-sc ter concebidodo Espírito Santo.Então José. seu marido, como

era justo, e a não queria infamar,intentou deixá-la secretamente.E, projetando ele isto, eis que

em sonho lhe apareceu um anjodo Senhor, dizendo: José, filho

de Davi, não temas receber a Ma-ria tua mulher, porque o que nelaestá gerado é do Espirito Santo;E dará à luz um filho e cha-

marás o seu nome Jesus, porqueele salvará o. seu povo dos seuspecados

.

E José. despertando do sonho,fez como o anjo do Senhor lhe

ordenara, e recebeu a sua mu-lher. ..

E naqueles dias, levantando-seMaria, foi apressada às monta-nhas, a uma cidade de Judá,E entrou em casa de Zacarias

e saudou a Isabel

.

E aconteceu que,' ao ouvir Isa-

bel a saudação de Maria, a crian-

cinha saltou no seu ventre e Isa-

bel foi cheia do Espírito Santo,

E exclamou com grande voz, e

disse: Bendita és tu entre as mu-lheres, e bendito o fruto do teu

ventre.

E de onde 111c provém isto a

mim, que venha visitar-me a mãedo meu Senhor?

Pois eis que, ao chegar aos

meus ouvidos a voz da tua sau-

dação, a criancinha saltou de ale-

gria no meu ventre.

Bem-aventurada a que creu.

pois hão de cumpri r-se as coisas

que da parte do Senhor lhe fo-

ram ditas.

240 A GAIVOTA Dezembro de 1949

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Dm Rei !

Disse então Maria: A minhaalma engrandece ao Senhor,E o meu espírito se alegra em

Deus meu Salvador.Porque atentou na baixeza de

sua serva : pois eis que desde ago-ra todas as gerações me chama-rão bem-aventurada-Porque me fez grandes coisas

o Poderoso; e santo é o seu nome.E a sua misericórdia de gera-

ção em geração sobre os que- otemem

.

Com o seu braço obrou valoro-samente: dissipou os soberbos nopensamento de seus corações.Depôs dos tronos os poderosos,

e elevou os humildes.Encheu de bens os famintos,

e despediu vazios os ricos.

Auxiliou a Israel seu servo, re-

cordando-se da sua misericórdia,(Como falou a nossos pais)

para com Abraão e sua posteri-dade, para sempre.E Maria ficou com ela quasi

três meses, e depois voltou parasua casa. . .

E aconteceu naqueles dias quesaiu um decreto de César Au-gusto, para que lodo o mundo sealistasse.

E todos iam alistar-se, cada umà sua própria cidade.

E subiu também José da Gali-leia, da cidade de Nazaré, à Ju-deia, à cidade de Davi, chamadaBelém (porque era da casa e fa-mília de Davi),A fim de alistar-se com Maria,

sua mulher, que estava grávida.E aconteceu que, estando eles

ali, se cumpriram os dias em quehavia de dar à luz.

E deu à luz a seu filho primo-génito, e envolveu-o em panos, e

deitòu-o numa mangedoura, por-que não havia lugar para eles naestalagem.Ora havia naquela mesma co-

marca pastores que estavam nocampo, e guardavam as vigílias

da noite o seu rebanho.E eis que o anjo do Senhor veio

sobre eles, e a glória do Senhoros cercou de resplendor, e tive-

ram grande temor.E o anjo lhes disse: Não te-

mais, porque eis aqui vos tragonovas de grande alegria, que serápara todo o povo;

Pois, na cidade de Davi, vosnasceu hoje o Salvador, que é

Cristo, o Senhor.E isto vos será por sinal: Acha-

reis o menino envolto em panos,e deitado numa mangedoura.

E, no mesmo instante, apare-

Dezembro de 1949 A GAIVOTA 241

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ceu com o anjo uma multidão dosexércitos celestiais, louvando aDeus, e dizend

Glória a Deus nas alturas, pazna terra, boa vontade para comos homens

.

E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, dis-

seram os pastores uns aos outi

Vamos pois até Belém, e vejamosque acoute

Senhor nos fez

E foram i mente, eacharam Mno deiti doura.

vendo-o divulgaram a pala-vra que acerca do menino lhesfora dita:

E todos os que a ouviram semaravilharam do que ospast<lhe diziam.

Mas Maria guardava todasem seu

Então. II- chamando se-

cretamente os magos, inquiriuexatamente deles acerca do tem-

ístrêla lhes apare-cera.

E. enviando-os a BelIde, e perguntai diligentementepelo menino, e, qi achar-

partici] para que tam-. re

.

lar-

liram; e eis que a estr ti-

nham visto no oriente ia adiantedo, se d

.

menino.

E, vendo _ra-

ram-se muito ale-

gria.

.

tenino com Maiprostramabrindo lhe

rtaram dádivas: oue mirraE voltaram i J< r* i. .glori-,

ficando e louvando D.gitized bythe Internet.A^, por divina ,

ounÍ"!?) !2 v'!tl- fundin9 fro

;

m onhos para quCorporation of.the Presiding Biçhqp, The Church Rf^ejs^ç Çftfà çf^attertíaJlSaintSes,

E, tendo nascido Jesus em Belém da Judeia, no tempo do rei

Hei ie uns vie-

Dizendo: Ond< le quelos judeus? porque

vim trela no orienli á -

Herod indo isto.

turbou-se, e toda Jerusalém

prín-

cri-

intou-lhes ondehavii Cristo.

i : em Belémde Judeia, porque assim está

cri to pelo prof<

R In. Belém, teria de Judá, <le

modo nenhum és menor <-nti

capitais de Judá; porque de li

Guia que há de apas<lar o meu povo de Is:

242http://archive.org^de^l^aj^ota0212por

iram para na por ou-

tro caminho.E tendo-- eis que

do Senhor a]

lios. di/ '-te,

ima o menino e sua mãe, e

ito, e d.

[([lie II

há de pi aeniiio para

o matar.

levantand -. tomou o

menino te noihto.

morte de lle-

i(, ( |, umpriss

foi dito da parte do Senhorpelo profeta, que diz: Do Egito

chamei o meu Filho.

Então Herodes, vendo que ti-

nha sido iludido pelos magos, ir-

rilon-se muito, e mandou matartodos os meninos que havia emBelém, e em todos os seus con-

1949

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tornos, de dois unos para baixo,segundo o tempo que diligente-mente inquirira dos magos. . .

Morto porém Herodes, eis queo anjo do Senhor apareceu numsonho a José no Egito,

Dizendo: Levanta-te, e toma omenino e sua mãe, e vai para aterra de Israel, porque já estãomortos os que procuravam a mor-te do menino.

Então ele se levantou, c tomou

o menino e sua mãe, < foi paraa terra de Israel

.

E, ouvindo que Arquelau reina-va na Judeia em lugar de Hero-des ,seu pai receou ir para lá:mas avisado em sonhos por divi-na revelação, foi para as partesde Galileia.E chegou, e habitou numa ci-

dade chamada Nazaré, para quese cumprisse o que fora dito pelosprofetas: Ele será chamado Na-zareno .

A felicidade consiste em por o coração ao lado do dever

Feuillet.

Progresso é a atividade de hoje e a garantia do amanhã.

Emerson.

SONHO DE NATALJohn Somar

"Mamãe".' Diz o garoto despertando:"Eu tine agora um sonho tão bonito!"

(E nos maternos braços se atirando) :

"Era um gato. . . um eaehorro. . . um cavalito . . .

"Esse então.'... Oh! se o visses!... Que beleza!...E fazendo com as mãos: era assinzinho!

"Mas é tudo mentira com certeza,

Se eu nem tenho sequer um chinelinha", . .

"Mas. tu choras, mamã! Oh! que toliee!

"Enlristeeeu-te então o que te disse'/

"O teu rosto a sorrir é tão bonito!

"Ao tal Papá Noe/ direi, querida,

"Que o troco de te ver entristecida

"Eu não desejo ter o cavalito!. .

."

Dezembro de 1949 A GAIVOTA 243

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U'A MENSAGEMpelo Presiden\

MAIS uma vez estamos nos

aproximando da mais be-

la festa do ano, isto ó, a épocaem que o mundo inteiro celebra

o aniversário do Príncipe da Paz.

Jamais poderemos olvidar e nemmesmo admitir que alguém des-

conheça as bênçãos que nos con-

cede o Pai que está no céu.

Os únicos e adequados agrade-

cimentos que devemos render a

Ele são : Honrá-Lo e guardar Seusmandamentos.

Se por ventura existe em nósalguma mágoa, é pois certo quea falta é exclusivamente nossa,

porquanto o Pai jamais desme-recerá um de seus filhos fiéis.

Por várias razões o mundo sofre

o reflexo da inconstância do ho-mem e, sendo assim, o perigo quecorremos no presente não deveser visto com indiferentismo porparte daqueles que ainda têm fé.

Egoismo, desconfiança e inquie-

tação ainda estão encravadas naalma dos homens.

Neste dia, a consciência de mui-tos, talvez, esteja um tanto pre-

ocupada. Notar-se-á o desespe-

ro em seus semblantes. O medoapoderar-se-á deles- Entretanto,

tudo é paz e luz quando honra-mos c guardamos devidamenteos mandamentos do Senhor. Osmie assim procedem, recebemSua proteção contra as repetidas

tentações do demónio. Cumprin-do as determinações do Senhor,

de nada seremos temerosos. Este

é Seu mundo: todos os homense mulheres estão subordinados a

Ele.

Tenhamos sempre em nossos

lares a influência das orações,

como também, suas graças, e se-

jamos gratos para com Èle que é

o autor do nosso ser e que é o

doador de tudo de bom que noscerca. Ao ajoelharmo-nos parafazer nossas preces, levamos-Lhenossos agradecimentos, e senti-

mos em todos esses momentosque nos curvamos diante dÊle,

a sua aprovação, quanto aonosso modo de proceder. Emépoca alguma precisamos tanto

de Suas bênçãos como agora.Este é um oportuno momentopara lembrar-nos de que não é

a posição que mantemos que nosdá a paz e proteção, mas sim afirmeza de nosso caráter e a jus-

tiça de nossas ações. E' por guar-dar os mandamentos de Deus,que conseguimos estas muitas e

desejadas bênçãos.

r\ caridade e o bem devem ser

praticados, pois só mitigando o

sofrimento alheio, e contribuin-

do para o aprendizado dos ensi-

namentos do Senhor, é que po-deremos ter paz em nossos cora-

ções. E assim cumprindo o

Evangelho, o Espírito de Deuspor certo, habitará conosco.

Ao curvar-me pela manhã e à

noite diante do Pai, peço que Êle

abrande os corações dos homens,dando-lhes mais fé para que si-

gam o caminho reto, que nos leva

à salvação. Rogo, também, quepequeninas rusgas não nos cau-sem ódio a outrem; e, que pos-

samos viver de um modo subli-

244 A GAIVOTA Dezembro de 1949

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DE NATAIGeorge Albert Smith

me, contando com as Suas gra-ças e infinita proteção. Possui-dos de uma verdadeira fé trans-poremos com facilidade os obs-táculos que a vida nos antepõe.

Humildemente, e com toda aexpontaneidade, louvemos e glo-rifiquemos o Seu nome, amemoso próximo como a nós mesmos,sem distinção de credos ou côr,pois o Pai assim nos manda. Ben-vindos, sejam aqueles que seacercarem de nós, aos quais so-licitamente e com humildade en-sinaremos o que Deus nos reser-va aqui na terra.

Cumpramos nossos deverespara com o Salvador, de modoque as pessoas que nos estiveremobservando tenham não só umsincero exemplo a seguir, comotambém sem constrangimento,possam amar e glorificar Seunome. Em nossa comunidade,paz e felicidade reinará. Nossossemblantes espelham nossas al-

mas. Irradiemos pois, fluidos

de nosso bem estar àqueles quenos rodeiam. Esposos e esposasque se compreendam mutuamen-te. Pai, preze o seu filho, e quenão lhe falte proteção quando forpreciso. Crianças amem seuspais para que o Senhor os aben-çoe.

Ao Pai que está no céu, humil-demente imploro poder e cora-gem, para resistir as tentações dodemónio e também de inveja aomeu semelhante. Sabemos queseremos tentados,' porém todasessas insidiosas influências evita-

remos com o poder de nossa fé.

Oponhamo-nos, enfim às male-dicências terrenas, com fervor e

conscientes de nossas obrigações.para podermos ser filhos e filhas

dignos d'Êle, que é o nosso PaiCelestial. Oremos, em favor da-queles que o Pai designou paraserem Seus ministros no mundoem que vivemos. Esclareça-mos o Evangelho ao mundo, aosmenos esclarecidos, justamentede acordo com as ordens doSenhor, e de modo ainda não pre-

gado, no decorrer de nossa vida.Compenetrados da verdadeira

crença, teremos forças para sim-plesmente, com o pensamentofixo em Deus, curarmos os doen-tes e obstar os passos dos invaso-res que tentarem penetrar emnossas propriedades.

x\OS fiéis de todos os recantosdo mundo que o Senhor lhes dêa divina proteção para que pos-sam viver em verdadeira paz-

Cumpramos nossas obrigações, e

obteremos as graças prometidasàqueles que assim procedem. Coma consciência tranquila, sentir-

nos-emos felizes porque recebe-remos do Creador as bênçãos aque fizemos jús. Esplendorosomomento é aquele em que cele-

bramos e reverenciamos as coi-

sas sagradas dignas e eternas.

Jamais nos olvidemos de, em to-

das as ocasiões, glorificar Seunome. Preparemo-nos para re-

ceber as maiores bênçãos, e nãonos distanciemos das coisas quesão d'Êle. Pela vida correta quelevamos, externemos nossa pro-

Dezembro de 1949 A GAIVOTA 245

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funda gratidão ao Pai por todasas bênçãos concedidas.

Eii agradeço ao Senhor pelotestemunho que me foi concedi-do, e sinto-me feliz em saber osSeus desígnios para conosco .Eusei que Èle vive. Sei que Jesus.

Cristo é Seu Filho eco Salvadordo mundo. Sei e posso testemu-nhar que José Smith foi escolhi-do pelo Pai, a fim de dar aomundo mais uma vez o Evange-lho para a salvação dos homens,

e que o Senhor tem continuadocom o sacerdócio cm Sua Igreja,

desde os dias do Profeta JoséSmith até a época presente.

Estes são os desígnios doSenhor; este é o poder de Deuspara a salvação daqueles quequeiram aceitar e obedecer Suasordens. Estas palavras testemu-

nho em nome de Jesus Cristo, o

Filho de Deus, o Príncipe da Paz.

Amém

.

A IGREJA NO MUNDO(Continuação da pág. 238

do hoje talvez mais do que nun-ca. Neste Natal podemos todosorar para que o mundo inteiro

possa ver sua luz. — Vilma Lam-berg.

Melbourne, Austrália — Nestaépoca, o desejo para a paz tor-

na-se maior entre os povos cris-

tãos. Entretanto, muitos têm se

esquecido do modo simples e hu-milde de se confraternizarem comseus semelhantes. Que os cora-ções dos cristãos possuam o ver-dadeiro significado do Natal. —Nell Nash.

Magrath, (lanada — A camadade neve que cobre a terra nestaépoca deve simbolizar para nós,

o amor puro que Deus e Seuamado Filho devotam aos ho-mens. E isto nos faz lembrartudo de bom que nos cerca, tudoque é puro, c do amor fraternalde que somos possuídos, não so-

mente agora, como sempre. DoCanadá, com os melhores votosde um feliz Natal. — Joseph R-

Smith.

Manchester, Inglaterra — Lem-bro-me também, como se fosse

agora, do quanto me alegrei,

quando em paizes distantes emconfraternização com os mem-bros vivemos momentos felizes.

Só com os ensinamentos de JesusCristo é que pode haver tal con-fraternização. "Amem-se mu-tuamente". — Albert Tatton.

Berlim, Alemanha — Já existe

um grande espaço de tempo, en-

tre o fim da guerra e hoje. Quesolidão havia então! Nosso Na-tal consistia em uma pequenavela, cuidadosamente escondidaatrás de uma enegrecida janela.

Havia silêncio c tristeza. Mas ago-ra, embora os aviões continuemvoando sobre Berlim, sabemosque eles carregam alimentos e

não bombas. , A chama em nos-

sos corações está acesa novamen-te. A feliz noite passará quieta-

mente, da mesma maneira comoaquela pequenina vela se gastou,

há muito tempo atrás, quandoestávamos em um abrigo anti-

aéreo. Agora nos resta dizer

estas palavras, que pelo menospermanecem em nossos corações:

Paz sobre a terra c compreensãopara os homens, eis o que urgeque se cumpra. — Erwin Lippke.

246 A GAIVOTA Dezembro de 1949

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JOSÉ'

SMITH,

O PROFETA

Comemorando a gran-deza do nascimen-

to do Salvador, não po-

demos mesmo por pou-cos momentos esquecer-mo-nos do nascimentode um dos Seus maioresservos, o Profeta José

Smith, cujo aniversário

celebramos este mês.José, o primeiro dos profetas modernos saiu da obscuridade

e pobreza para tornar-se uma das maiores figuras dos tempos passa-

dos, e é ainda hoje relembrado como tal. Desde a primeira gran-

diosa visão até a sua imerecida morte, este grande homem fez maispara a civilização e salvação da alma humana do que qualquer outro,

salvo Jesus. No curto espaço de vinte anos podemos creditar emsua honra: a tradução e publicação do LIVRO DE MÓRMON, atra-

vés da força e dádiva de Deus; o sistema mundial missionário, cons-

tando de cinco mil missionários no presente tempo; o livro DOU-TRINA E CONVÉNIOS e outras publicações e documentos espiri-

tuais; foi candidato à presidência dos E.E.U.U.; planejou a fun-

dação da maior e mais bela cidade do estado de Illinois naqueletempo; organizou e comandou a milícia e o governo da cidade de

Nauvoo até sua morte; estabeleceu a primeira escola educacional

para adultos; deixou um nome que paira acima da crítica e que nãopode ser manchado.

Teve o privilégio de ver o Pai e o Filho, com Eles falar e re-

ceber a glória celestial; deixou-no§ um padrão de felicidade e segu-

rança que é justo lembrarmo-nos dele neste santo dia, 23 de dezem-bro, numa época em que nos preocupamos com a significação daverdade.

Dezembro de 1949 A GAIVOTA 247

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sALLV está triste , mui lo tris-

te.

Aquela era a primeira noite deNatal que iria passar sem suamãesinha, distante do confortodo lar querido.Que saudade sentia seu peque-

nino coração, do Natal do anoanterior. . . Como era bom recor-dar aquela noite feliz . .

.

O silêncio é profundo em todoo acampamento. Todos já estãodormindo em suas carretas; ape-nas a pequenina Sally está acor-dada. Ela não pode dormir echora silenciosamente para nãodespertar o papai, rememorandoaquele feliz Natal.— "Mãesinha, que linda está a

torta de maçã que você fez paranossa ceia! E o pudim como estácheiroso... Olha o Johnny, mãe-sinha, êle vai furar o pudim como dedinho". E a mamãe levan-tando o Johnny nos braços, bei-ja-o carinhosamente nas rosadasfaces

.

— "Ai — soluça dèbilmente amenina ao lembrar-se do irmão-sinho querido — Johnny querido,onde está você agora? Que hor-rível cama, meu irmãosinho, aque fizeram para você naqueleburaco tão fundo; meu queridi-nho, que frio terrível você esta-rá sentindo, tão sòsinho nessa feiacama". E Sally soluça baixinho,pensando nos acontecimentos ex-traordinários que se passaramem menos de um ano.Em vão seu cerebrosinho de

criança procura compreender arazão de tanto sofrimento. Sim,Sally é ainda bem pequena paracompreender isso tudo; ela temapenas sete anos.É por isso que não alcança a

grandiosidade do ato de papai emamãe ao deixarem a sua lindacasa, o seu jardim cheio de floresperfumosas na primavera, aque-

NoitíA história vencedora no concurso

le pomar ,do qual tanto o papaise orgulhava, com as macieirascarregadinhas de vermelhas ma-çãs, por essa carreta velha e in-

cómoda que roda, roda sem ces-

sar o dia inteiro, quer chova oubrilhe o sol no céu.—

- "Eu quero minha mãesinha,exclama entre soluços a pobrecriança — minha querida mãe,quero voltar para nossa casa".É tal a sua mágoa, que se es-

quecera da recomendação da ve-lha tia Sara, e pôs-se a clamartão alto despertando o papai.— Minha pequena, minha

querida Sally, é muito feio o quevocê está fazendo. Mamãe vol-

tará antes da noite do Natal, vocêbem sabe. Não foi isso que nos-

so bondoso chefe nos afirmou?Hoje é terça-feira, e o Natal será

daqui a dois dias apenas; não vêcomo o papai confia na palavrado nosso chefe? Êle falou inspi-

rado pelo Senhor, minha peque-na, e devemos esperar com con-fiança.— Sim, paisinho, diz a menina

saltando de seu humilde leito depalhas; sim, eu sei, quero con-

fiar, mas mamãe está fazendotanta falta, e eu sinho frio .pai-

sinho .— Pobre amor; tenha fé e es-

perança; muito em breve descan-saremos; terenos novamente umacasinha linda como a que deixa-

mos e a mamãe estará conoscooutra vez.— Ah! paisinho, como é horrí-

248 A GAIVOTA Dezembro de 1949

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Fel

E em seu cérebro bailam as re-

cordações, umas alegres, outrascheias de tristeza.

1 ZPor Benedicta Pereira Chagas.

histórias e poesias da "A GAIVOTA"•

vel pensar que ela está sòsinha,doente, perdida . . . Tenho medodos índios... nem quero pensar,paisinho.— Eu também minha filhinha,

mas confio no Senhor; mamãevoltará, Sally. Vamos dormir e

não chore mais.— E Johnny, paisinho? está tão

frio lá fora . .

.

— Johnny, meu amor, é bem fe-

liz; êle não sente mais frio comonós. Lá onde êle está, a prima-vera é eterna, nunca faz frio;

agora prometa ao paisinho queserá uma boa menina, e durma,meu amor.— Sim, paisinho, diz a pobreSally entre soluços, voltando paraseu leito.

E naquela noite fria de dezem-bro, na carreta de John Rice, apa-rência tranquila, duas almaslutaram com os seus própriossentimentos, até o rosicler da au-rora resplandecer no céu.Enquanto a pequenina Sally es-

forçava-se heroicamente parasuster sua grande mágoa, o pobreJohn Rice revia os acontecimen-tos de sua vida, envolto pela po-derosa força de uma fé inque-brantável num futuro risonho e

próspero.— "Mary, minha bôa Mary,

pensava êle; perdoe o meu des-

cuido. Eu sei que você voltará,

minha querida, mas não possoperdoar-me por tê-la feito sofrer.

Onde estará a minha bôa Mary,pensava o pobre John Rice.

EL-^ram bem felizes com seuspequenos; viviam em perfeitaharmonia e prosperidade, masfaltava-lhes algo que não sabiamo que era; sentiam ambos a ne-cessidade de alguma cousa maisque uma casa confortável, farta;

nunca lhes faltara o pão para ali-

mento do corpo, e nem tão pou-co o amor; amavam-se agora,mais ainda que nos felizes diasde seu noivado, pois o amor queos unira estava consolidado pelosfilhinhos que Deus lhes dera. Masfaltava-lhes algo de real impor-tância, e ambos compreenderamque era do pão espiritual que ca-reciam, quando ouviram pela pri-

meira vez aquele jovem de apa-rência humilde falar sobre oEvangelho Restaurado

.

Aquelas palavras penetraramno âmago de seus corações, e umnovo horizonte surgiu para am-bos; encontraram finalmente ocomplemento de sua felicidadeperfeita

.

Não foi preciso que o jovemmissionário lhes falasse muitosobre a doutrina maravilhosa quelhes abrira os olhos à luz da ver-dade; ambos aceitaram-na, cer-

tos de nela encontrar a glória deDeus em toda a sua plenitude.

E, ei-los rumo ao oeste, à pro-cura da Nova Sião.

Tudo isso passou rapidamentepela imaginação de John Rice,—a venda da casinha que êle mes-mo construirá com tanto cari-

nho ... a despedida dos amigose parentes que ficaram... final-

mente a partida. .

.

E depois, o rodar incessante

daquela carreta, seu lar provisó-

rio, através a planície árida e

Dezembro de 1949 A GAIVOTA 249

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inhóspita, enfrentando as intem-péries, as doenças, os ataquesinesperados dos índios, dos ini-

migos . . .

Quão tremenda fora a luta ha-vida ([liando ataeados pelos ha-bitantes da aldeia Haui^s Mill,que lhes prometera respeitar seusdireitos e aspirações! Várias cru-zes ficaram atrás, glorioso marcoque eternamente lembrará a fé e

coragem dos bravos que tomba-ram na defesa de um ideal ma-ravilhoso .

John Riee agita-se em seu leito

e não consegue conciliar o sono;seu cérebro continua a trabalharincessantemente.

— "Mary, Johnny", pensa ele

saudosamente. — O pequeninoJohnny também ficara atrás comoutros que sucumbiram vitima-dos pela cruel difteria.

A pobre Mary, sempre corajo-sa e cheia de fé, não resistira a

tão rude golpe, e cairá gravemen-te doente

.

Foi então que aconteceu a

maior tragédia da vida de JohnRice.

Mary estava muito fraca e ar-

dia em febre; cada solavanco dacarreta era uma dor para seu or-

ganismo combalido; não suporta-va mais a marcha normal da ca-

ravana, por isso, o chefe deter-

minara que a carreta de JohnRice se colocasse à retaguarda emmarcha lenta, a fim de suavizaro sofrimento da pobre enferma.Mas John estava tão cansado, oueà noite não lhe foi possível do-minar o sono ,e dormiu profun-damente. Pela manhã, a luz dosol despertou-o, e só então viu queo leito de Mary estava vasio.

Chamou pelos companheiros e

procuraram a pobre Mary o diatodo, c mais .o dia seguinte, masem vão

_— Precisamos seguir, John,dissera o chefe; o alimento quelemos é escasso. Mas- não percaa esperança, e confie no Senhor,pois a sua esposa voltará antesdo Natal.

Tudo isso John reviu naquelafria noite de dezembro; porém asua fé era firme, inabalável; èleconfiava no Senhor. '

Chegara finalmente a vés-pera do grande dia em que

se comemora o nascimento doSalvador.

E' noite; no céu de um bri-lhante azul-turqueza brilham asestrelas e a luz merencórea dalua, suavemente coa-se por entrea lona das carretas. Apesar dofrio intenso e da noite avança-da os pioneiros estão ainda acor-dados. Cada carreta, é um teto,

um lai-; todos celebram a vigíliado Natal.

John Rice e sua pequeninaSally também estão acordados.Sally trabalhara o dia todo comtia Sara, limpando e arrumandoo melhor possível a velha carre-ta; ela sabia que a mamáesinhachegaria a qualquer momento e

de quakruer modo; esperava an-ciosa. Nem ela nem o papai tro-

caram palavras desde que o sol

se escondera no horizonte. Am-bos oravam mentalmente, e aomenor ruido exterior entreolha-va ni-se angustiosamente.

Eis que, rompendo o profundosilêncio, um 'estampido ecoa pelaamplidão, e a seguir, como rumorde vagas longínquas, vozes quese elevam num fervoroso hino aoSenhor, vêm trazer aos coraçõesaflitos dos pioneiros, a mensa-gem de paz de almas irmãs quese aproximam .

Paisinho, exclama alegre-

nclui nn p

250 A GAIVOTA Dezembro de 1949

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EM BUSCA DE PAZPor Bichara L. Evans.

Em todas as épocas do ano,

existem momentos inesquecíveis,

o que sem dúvida nos faz espe-

rar com ansiedade o retorno noano vindouro, daquela mesma es-

tacão.

Entretanto as lembranças queguardamos do natal estão acimade todas as mais doces recorda-ções, que por ventura possamoster. Aqueles que têm passadoIres ou quatro natais na maiorconfraternização com seus fami-liares e amigos, por certo já per-ceberam o que isto significa, e

aqueles que já passaram setentaou oitenta também parece não oterem perdido; isto representa:lar, família, amigos e paz. Epara muitos o significado é lem-brado pelo maior sacrifício quejá foi feito pelo homem.O espírito do Príncipe da Paz,

o Cristo, reverenciado nesse dia,

é que torna os presentes mais sig-

nificativos, e que modifica paramelhor o íntimo dos homens.Agora, desde que este dia seja co-locado à parte para glorificarmoso Príncipe da Paz, ,e desde quenão haja aparentemente algo quese faça mais necessário ao mun-do, talvez fosse bem apropriadodizer uma palavra concernente à

busca da Paz: Que a paz seja

grandemente desejada e deverasprocurada pela maioria dos ho-mens, e que em ninguém trans-

pareça dúvidas quanto à sua ob-tenção. A despeito disso, esteja-mos certos de que no mundo ou-viremos coisas que são incompa-

tíveis com a paz- Contudo, nãonos deixemos insinuar. A pazduradoura, pode ser conseguida e

registrada em todas as épo<

Entretanto, ela não é compatívelcom palavras ásperas, e nem tão

pouco com maneiras ameaçado-ras .

Xa verdade, para vivermos emdoce paz, não poderíamos usarpalavras ofensivas, porque seriacomo se nós quizessemos obteramor e respeito de outrem empu-nhando uma barra de ferro ouuma clava. E assim, seguindoas palavras de Paulo, o Apóstolo,e com algumas do Psalmista, po-demos dizer nesta ocasião: "sefôr possível... confraternize-secom todos os homens". "Exorte...

que orações sejam feitas para os

Reis, e para todos aqueles que sãoautoridades; e que possam viverpacificamente de acordo com osmandamentos do Senhor". "Edeixemos pois, que a paz do Cria-dor habite em nossos corações. . .

e assim sendo sejamos gratos paracom Èle". "Livre-se do demónioe faça o bem; procure a paz, e

tente conseguí-la." De acordocom estes conselhos poderá haverpaz em nossos corações, em nos-sos lares, em nossas fazendas, emnossas fábricas. E' a paz no lar,

o primeiro passo para a paz en-

tre os_ homens e as nações.Senhor,* conceda-nos, assim comoa todos, o direito de procurarmosa paz e buscá-la, e com a Sua Di-

vina proteção finalmente alcan-

çá-la. Que a paz esteja na ter-

ra, neste dia e sempre.

Dezembro de 1949 A GAIVOTA 251

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NOITE FELIZ(Continuação dá pág. 250)

mente a pequena, é a mãesinhaque chega.— Sim, minha querida, eu sei

que o Senhor nos atendeu."diária a Deus nas Alturas.

Paz aos homens de boa vontade,na terra."

Na verdade, Já estava Mary en-tre os pioneiros que chegaram,fraca ,macilenta, mas com vida e

fortificada pela fé que nunca a

abandonara.Mais tarde conta iam como fora

encontrada, quase morta, à mar-gem de um lio

.

Ei-la novamente entre os seusqueridos, justamente antes doNatal, como predissera o chefe,inspirado pelo Senhor.John e Mary viveram felizes

muitos e muitos anos; tiverammuitos filhos, que a pequeninaSallv ajudou-os a criar. A todosela contava, na noite de Natal, asua história, e mais tarde, aos fi-

lhos que vieram e aos inúmerosnetinhos que teve, e sempre ter-

minava, com os olhos fitos noalto:

— "Aquela foi. na minha vida,

a mais linda e feliz noite de Na-tal".

DAR UMA RISADAJoão Matoso, caboclo, grandalhão e barrigudo, desses que abotoam as

calças por baixo da barriga, veio a São Paulo e foi procurar um médico ins-

talado num quarto andar. Ao tomar o elevador, perguntou-lhe o encarrega-

do:

— Que andar deseja?

— Não sendo trote, quarqué marcha serve.

Mesmo nos momentos críticos o caipira tem espírito. Vindo a São Pau-

lo ao entrar num cinema, um roceiro percebeu que lhe apalpavam o bolso da

calça, do lado direito, e bradou:

— É moço! Vacê tá inganado! Eu sô canhotêro! O dinhêro tá pra

cá. . . e bateu sobre o bolso do lado esquerdo . . .

252 A GAIVOTA Dezembro de 1949

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Christmas In UtahPara dar aos nossos amigos e membros da Igreja no Brasil que falam

ingluês, uma compreensão mais verdadeira do que é o espírito do Natal emUtah, o seguinte artigo "Natal em Utah" foi escrito. Esperamos que gostemdele.

The first snow flurries; the crispness of the morning air; the smellof burning pine logs in the fireplace; the frosty paintings on

the windows; and with the snow there comes a feeling of gaeity andlaughter, mirth and song — the Christmas season is here again.

In the little villages: the small red wreaths in the windows;the Christmas tree lights in the public square, the tolling churchbells; the excitement of the children with their curiosity for ali theívnew things" that come into the house; the evergreens ali decoratedwith tinsel and brightly colorecl balis and popcorn, and the gleamingstar on top; Christmas has filled each home with a certain air of

anxiety and happiness only known and felt at this season. Sleighbells in the country-side, prancing horses, children and grown-upsalike skating on the ice ponds, riding in the bob-sleds; the skiers onthe mouhtain slopes of Alta, Brighton and Snow Basin.

In the cities: the gayly lighted streets, the glamour of store-

window displays; the brightness of ali the myriads of wreaths, coloredlights and the rushing throngs of people in the stores. With ali

alike, young or old, rich or poor, the same gladness has come again.Home from school, returned from war; altogether in the family circles

to share the joys of this Yuletide. Yes this is Christmastime.Perhaps the most serene of the quiet moments is Christmas

Eve when the families are home, lighted Christmas trees glowingin the windows, and carolers singing in the streets; ali awaitng thesleigh and the reindeer which will bring Santa Claus to fill thestockings hanging by the fireplace, and to leave brightly-wrappedpresents and his blessings of joy and love to ali. He never forgets;

custom prohibits. Then there is Christmas dinner. O how good it

is: The favorite duck or turkey so tenderly roasted and browned;the cakes and pies, and the traditional plum pudding, ali aglow andsoftly burning as it is brought into the dimly lighted dining room.Then there's father's special prayer — just little things, but so

meaningful at Christmastime.The day is full of many feelings and thoughts, but perhaps

the most beautiful of ali can be felt by a visit to Temple Square,where the snow lays peacefully upon the ground and the boughs of

the trees — ali so magnificently accentuated by the soft blue lights

illuminating the temple and reflecting the peacefulness and security

of Chrisfs church amid so many inconstancies. And gazing upwardstoward the spires, the shimmering golden statue of the Angel Moroniproclaims the glad tidings of the Restored Gospel, helping to

understand the ecstacy and the joy of Christmas so much more fully.

In this serenity, we can surely wish peace on the earth, and to ali men,glad tidings of great joy.

Dezembro de 1949 A GAIVOTA 253

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ÇURITIBA-JOINVILE

Com os Curitibanos juntando-se aosJoinvilenses, mais uma conferênciainter-distrital desenrolou-se durantequatro <li;(s bem agradáveis, de gozo

iritual e divertimentos. Não pode-liaver melhor começo do que o

banquete deliciosamente preparadopela Sociedade de Socorro de Joinvi-le, e servido às 140 pessoas que fica-ram também para assistir os filmescoloridos sobre o estado de Ptah, mos-trados por Elder Lee.

No domingo seguinte pela ma-seis pessoas entraram nas águas

do batismo, iniciando o dia de reu-niões com um ar de beleza e espiri-tualidade. Depois foi realizada a reu-nião da Escola Dominical, constandode poesias e números musicais pelascrianças, e discursos muito instruti-vos pelos oficiais, terminando com aspalavras animadas de Presidente Ru-ion S. Howells. Em seguida a reuniãodos testemunhos inspirou em todos ospresentes uni espírito de humildade c

pura adoração, que permaneceu nasala durante uma hora contínua detestemunhos; foi uma grande inspira-ção para todos.A noite, realizou-se a sessão geral.

que teve uma boa assistência. Ouvi-mos as ótimas palavras de Elder Boycee Elder Lee, e Irmão Piskee, e nova-mente o Presidente Howells. IrmãHowells ofereceu um número musica],agradando a todos com a apresenta-ção de "Santa Cidade," uma lindacanção.

Num espirito de festividade, aMútuo realizou sua conferencia segun-da-feira, apresentando um programade peças teatrais, números musicais,sob os auspícios de Elder Knnzler.Depois um baile completou as ativi-

dades. Parabéns a todos que colabo-raram pelo sucesso da A. M. M. ii

dito (pie o ultimo é o melhor. Assim,no último dia, fomos á praia de Pba-tnba, além de São Francisco. Ali.

passámos tuna agradável temporadabrincando na areia e tomando banhos.

Os dias da conferência serão lembra-dos por todos e por muito tempo.

Neste tempo de Xatal, queremospedir ao Senhor (pie semprmos ter entre nós este mesmo espiri-to de fraternidade que foi manifesta-do durante esta conferência. A todosdesejamos um Bom Natal e um FelizAno Novo, pedindo que compreendame empreguem o verdadeiro espírito dePaz e Amor.

Elder Ilerbert Llldv>

e Elder Richard P. R

RIO DE JANEIRO

A todos os Ramos do Brasil, o Rioenvia uma mensagem de paz e amor.Quv durante este Natal, possamosassistir ao nascimento de Cristo cmmuitos corações e assim o númeronossos irmãos aumente cada dia mais.Que 1950 nos traga muitas bênçãos, a

fim de que possamos levar a palavrade Deus a todos os lares e trazer asovelhas perdidas ao rebanho doSenhor.

O Ramo do Rio sente-se feliz como batismo de José Carlos Raroni. Foimais um grande e querido amigo (pie

entrou nas águas de São Gohrado,para começar uma nova vida no ca-minho da verdade.

Também queremos levar a iodosas noticias sobre o nosso baile "Auri-Verde". Depois de grandes caminha-das e lutas á procura de salão e

orquestra, finalmente tivemos o baile

o (piai realizou-se no dia 14 de outu-bro. Foi uma linda festa e os paresdansaram alegremente ao som de val-

sas, sambas e foxes, num salão artis-

ticamente ornamentado pelos mem-bros e amigos.

Durante o baile foi apresentado uminteressante show, com números decanto pela nossa irmã Jessie Thomase por Martin Thomas, e números mu-sicais interpretados ao piano. Cincopares dansaram a "Clean Walt/." e

também não foi esquecida a quadrilha"Virgínia Reel".

254 A GAIVOTA Dezembro de 1949

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Após eleição, foram escolhidasduas lindas e graciosas princesas -

Lia Alericastro e Jessie Thomas - e

coroada, com a escolha popular pararainha da A. M. M. a linda e radian-te Maria Eunice Pires.

Finalmente, sob protesto geral, n

orquestra deu o sinal de despedida to-cando "Deus Salve América*' e, coma oração final, encerrou-se o baile quedecorreu, num ambiente sadio e ale-gre, onde todos se sentiam felizes,pomo Se pertencessem ;i uma só egrande família, que é a família deDeus.

CAMPINAS :

O mês de outubro foi de grande mo-vimento para o ramo de Campinas,pois a 7 do mesmo realizou-se nos lu-xuosos salões do Hotel Terminus oBaile Auri-Verde que marcou épocanos anais sociais da cidade. Foi co-roada a rainha da A, M. M. para 191!),srta. Noemv (íodoy Aranha, que porseu trabalho como' membro da Igrejae por seus dotes culturais foi escolhi-da com o apoio geral da presidênciado ramo. Foi assim o Baile Auri-Ver-de uma demonstração de quanto sãocapazes os jovens que trabalham porum só ideal, ou seja, trabalham parao engrandecimento do Reino de Deusaqui na terra.

Outro acontecimento de relevan-te importância realizou-se no dia 15p. p., quando membros e amigos ru-maram à linda chácara a fim

. deassistirem ao hatismo de mais quatroSessoas, que temos o prazer de citar:scar Erbolato, João Fernandes da

Silva. Nelson Caverni, e sua esposaMagali Manga Caverni. A maravilho-sa cerimónia estiveram presentes doPresidente Howclls e família, além demissionários visitantes. Nesta mesmanoite houve lima reunião especial daA. M. M.

No dia l(i ]). p. foi realizada aconferência deste ramo, onde tivemosa oportunidade de ouvir a palavraautorizada do Presidente Howclls e dedJLversos oradores; nos intervalos dosdiscursos fez-se ouvir o coro oficialde Campinas, que foi muito aprecia-do, especialmente nos números "Chmi-tlv Ráisé the Sacred Strain," e "Thel.ord's Prayer." Outro fato digno denota desta conferência foi o número"Santa Cidade" pela Irmã Howclls.

Os membros e amigos deste ramoempenham-se em trabalhar para ini-ciai- à construção da capela, pois o

número de membros continua a cres-cer e as atividades se multiplicamcada dia fazendo com (pie sintamosnecessidade de ler a nossa própriaigreja.

O ramo de Campinas tambémsente-se feliz com o privilégio (pieteve, quando a ã de outubro duas mo-ças deste ramo receberam uma cha-mada para cumprirem missões nestedistrito. São elas membros ativos efiéis da Igreja: Irmãs, Maria Augustade Almeida e Dóri Caverni. Despe-dimo-nos desta vez dos membros eamigos de todo o Brasil, desejandolhes um Feliz Natal e Próspero AnoNovo, pedindo (pie as bênçãos de Deusestejam sempre com todos.

Orlando Alberto Caverni.

PORTO ALEGRE

Numa noite de Reunião Sacramen-tal, foi sugerido por um dos missio-nários aqui em Porto Alegre, fazer-seuma reforma na casa de uma irmã(pie não possue recursos. É uma viú-va já bastante idosa cujo sustento pró-prio ela mesma mantém com seutrabalho.

Terminada a reunião, apresentaram*se irmãos e amigos (pie se prontifi-caram a ajudar.

Os serviços foram feitos aos s

dos á tarde, porque os. membros e ami-gos tinham suas obrigações diárias nosoutros dias da semana.Mesmo assim, conseguimos construir

uma cerca e escada nova. concertar-mos as paredes e o telhado, e fazer-mos algumas limpezas e pinturas in-

ternas e externas, ficando assim a

casa de nossa irmã novamente limpae bonita.

Ficámos muito contentes, porquevimos (pie nosso trabalho foi aprecia-do por nossa irmã. Estamos certosde que ela irá sentir-se melhor mo-rando em condições mais agradai

Esta, nossos irmãos, é uma peque-na demonstração de (pie o ramo aquicm Porto Alegre está progredindo apassos largos, devido á colaboraçãodos membros e amigos da Igreja.

Aproveitamos a oportunidadepara enviai- a todos os irmãos e ami-gos da Missão e do mundo inteironossos melhores votos de feliz Natalc Ano Novo. e (pie Deus os abençoecm continuo sucesso nos seus em-preendimentos do Evangelho.

Yedda ['oclho.

<;

Dezembro de 1949 A GAIVOTA 2õõ

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NOVOS

MISSIONÁRIOS

NA MISSÃO

BRASILEIRA

T awrence J. Leavitt

Las Vegas, NevadaLa Monte Sant

Pocatello, Idaho

Reo L. WilHamsonSalt Lake City, Utah

Richard K. CotantPocatello, Idaho

MISSIONÁRIOS DESOBRIGADOS DA MISSÃO

BRASILEIRA

,rd S. Walkerv'er, Colorado

Jack BoxoenMesa, Arizona

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Caro Assinante:

Deixe que Papai Noel

o ajude em seus presen-

de Natal com uma

assinatura da "A GAI-

VOTA" trazendo à sua

casa e à dos seus ami-

gos este

"PASSARINHO"

para alegrar e confortar

a toda a família', crian-

ças e adultos.

Por 12 meses este pequeno mensageiro pode alegrar sua vida compreciosas gemas do Evangelho de Cristo, o verdadeiro espírito de

Natal . .

.

. . .e tudo isso por somente CrS 30,00.

Dê a seus amigos uma lembrança duradoura . . . alguma coisa

para cada dia no ano.

Sua assinatura da "A GAIVOTA" termina com este número?ACERTE ! !

!

PROVIDENCIE HOJE!!! PROVIDENCIE JÁ!!!

HORÁRIO DOS PROGRAMAS DE RÁDIO APRESENTADONO BRASIL PELA IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SAN-

TOS DOS ÚLTIMOS DIAS

Porto Alegre — Domingos às 18,00 horas — PRF-9, Rádio Difusora.

Curitiba — Domingos às 19,15 horas — ZYM-5, Rádio Guairacá.

Ribeirão Preto — Domingos às 19,30 horas — PRA-7, Rádio Difusora.

Santos — Domingos às 19.00 horas — PRB-4. Rádio Clube de Santos.Quartas-feiras às 19,15 horas — Rádio Cultura Guaru.iá.

Sorocaba — Segundas-feiras às 20,30 horas — PRD-7, Rádio Clube de Sorocaba

Joinvile — Domingos às 18,30 horas — ZYA-5, Rádio Difusora.

2." Segunda-feira de cada mês às 21,00 horas — ZYA-5. Rádio Difusora.

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ANTES DAR QUE RECEBER

N atai no i tr< ; ra á pi

!

!r quantos tomos conhéddó.

Quando v< i mundo enfermo c fatigado,

ficamos a imaginai o que este ano pode significar para aqueles que

têm os corações saturados det

receio, ódio e malícia, ao invés de te-lo^

iluminados pelo espírito da '"Paz e boa Vontade". Entretanto, nesta

época do ano,- todos os corações deveriam se voltar para Aquele que

Ide dádivas e luz.

Tiago, na Bíblia, nos diz oue: "Toda a boa dádiva e todo o

dom perfeito vêm do alto. d do Pai das luzes, em quem não

bra ds variação" (S. Tiago, 1:17).

'Porque Deus amou -o mundo de tal maneira que deu o seu

Filho unigénito, para que todo aquele que n'Êle crê não pereça, mas

ienha a vida eterna." (S. João, 3:16).

Em memória e oádiva. o costume de dar presen-

ações' cristãs. Este costume de dar

ser algo de glorioso, não apenas quando damos para nossos

amigos e nossos entes queridos, mas;>o que é mais importante, quan-

damos ao nosso Pai Celeste, a ue é o maior Doador, pois foi Êle

qUem nos deu esta maravilhosa vida, que nos entregou seu unigéni-

to Filho, a fim de aue pudéssemos ter vida eterna. É Êfe que derra-

ma bênçãos sobre nossas cabeças quando trilhamos o caminho do

bem. E que melhor forma de -retribuir tudo isso poderíamos encon-

trar, do que depositando um presente na forma de dízimos, preen-

chendo' assirm um dos seus mais sábios mandamentos?

Pois Êle é generoso com Suas dádivas — tanto as materiais,

mo as do espírito; e devemos também ser generosos com as nossas

Êle.