Diagnóstico Laboratorial da Sífilis. Agente Etiológico: Causada pelo espiroqueta Treponema pallidum subespécie pallidum, Bactéria não cultivável in vitro

Diagnóstico Diagnóstico Laboratorial da SífilisLaboratorial da Sífilis

Agente EtiológicoAgente Etiológico::

Causada pelo espiroqueta Causada pelo espiroqueta TreponemaTreponema pallidumpallidum subespécie subespécie pallidumpallidum, Bactéria , Bactéria não cultivável não cultivável in vitro.in vitro.

Imunidade humoralImunidade humoral após infecção pelo após infecção pelo T. T. pallidumpallidum – – produção de anticorpos como IgM, IgG, IgA e IgE.produção de anticorpos como IgM, IgG, IgA e IgE.

IgM IgM - presente na sífilis recente, fase de latência.- presente na sífilis recente, fase de latência.

IgG IgG - resposta secundária do hospedeiro ao processo - resposta secundária do hospedeiro ao processo infeccioso.infeccioso.

Pode ser observada em todas as fases da doença.Pode ser observada em todas as fases da doença.

Detectadas durante toda a vida do paciente.Detectadas durante toda a vida do paciente.

Aspectos imunológicos da infecção Aspectos imunológicos da infecção sifilíticasifilítica

Após aparecimento do cancro Após aparecimento do cancro – Pesq Anticorpo– Pesq Anticorpo

- 5 a 10 dias positiva-se o - 5 a 10 dias positiva-se o FTA-Abs;FTA-Abs;

- 10 a 20 dias positiva-se o - 10 a 20 dias positiva-se o ELISA e TPHA;ELISA e TPHA;

- ao redor de 20 dias o VDRL.- ao redor de 20 dias o VDRL.

Diagnóstico Imunológico da SífilisDiagnóstico Imunológico da Sífilis

Fase primária – pesquisa direta do agenteFase primária – pesquisa direta do agente

Diagnóstico da sífilisDiagnóstico da sífilis

Pesquisa direta do agente etiológicoPesquisa direta do agente etiológico

Material das lesões primárias e secundárias Material das lesões primárias e secundárias suspeitas suspeitas

Cutâneo mucosaCutâneo mucosa BiópsiaBiópsia NecrópsiaNecrópsia PlacentaPlacenta Cordão umbilicalCordão umbilical


Pesquisa direta do agente Pesquisa direta do agente etiológicoetiológico

Microscopia óptica em campo Microscopia óptica em campo escuroescuro: exame do exsudato da lesão, : exame do exsudato da lesão, observando a fresco o espiroqueta.observando a fresco o espiroqueta.Sensibilidade -74 a 86 %Sensibilidade -74 a 86 %Especificidade-até 97%Especificidade-até 97%

Desvantagem: requer treinamento Desvantagem: requer treinamento adequado do técnico para analisar a adequado do técnico para analisar a motilidade e a morfologia do motilidade e a morfologia do T. T. pallidum.pallidum.



Imunofluorescência diretaImunofluorescência direta:: Ac Ac anti-anti-T.pallidum T.pallidum produzidos em produzidos em coelhos e conjugados à FITC, coelhos e conjugados à FITC, adicionado ao esfregaço do adicionado ao esfregaço do exsudato da lesão, fixado em exsudato da lesão, fixado em lâmina.lâmina.

Sensibilidade-73-100%Sensibilidade-73-100%

Especificidade- 89-100%Especificidade- 89-100%



Sensibilidade- irá variar de acordo com a coleta das espécimes, condição da lesão, tempo de evolução- carga bacteriana- se tratamento específico anterior.



Estudo histológicoEstudo histológico

PCR_ testes para amplificação de PCR_ testes para amplificação de ácidos nucleicos com reação em ácidos nucleicos com reação em cadeia de polimerasecadeia de polimerase

Sensibilidade-91%Sensibilidade-91%

Diagnóstico da SífilisDiagnóstico da Sífilis

Detecção de anticorpos circulantes anti- Detecção de anticorpos circulantes anti- T. pallidumT. pallidumTestes sorológicosTestes sorológicos

Testes não treponêmicosTestes não treponêmicosNão são antígenos específicos.Não são antígenos específicos.Importantes para monitoramento do tratamento Importantes para monitoramento do tratamento e evolução da doença.e evolução da doença.Ex: VDRL e RPREx: VDRL e RPR

Testes treponêmicosTestes treponêmicos- Importantes para o diagnóstico da - Importantes para o diagnóstico da doençadoença- Aparecem mais precocemente e - Aparecem mais precocemente e persistem por vários anos- após persistem por vários anos- após tratamento.tratamento.Ex: FTA ABS; ELISA-QUIMIOL. e Ex: FTA ABS; ELISA-QUIMIOL. e TPHATPHA

Testes não TreponêmicosTestes não TreponêmicosVDRL VDRL ((VVeneral eneral DDisease isease RResearch esearch LLaboratory)aboratory) RPRRPR ( (Rapid apid PPlasma lasma RReagin)eagin) Detectam anticorpos da classe Detectam anticorpos da classe IgG e IgMIgG e IgM LimitaçõesLimitações

reações falso-positivas- reações reações falso-positivas- reações cruzadas: tuberculose, hepatite, cruzadas: tuberculose, hepatite, endocardite bacteriana, sarmpo, endocardite bacteriana, sarmpo, varicela, flilariose, Hansen,malária, varicela, flilariose, Hansen,malária, lupus.lupus. reações falso-negativas reações falso-negativas →→ efeito de efeito de prozona- quantidade em excesso de prozona- quantidade em excesso de anticorpo anticardiolipina- inibi a anticorpo anticardiolipina- inibi a floculação.floculação. Necessidade de efetuar diluição.Necessidade de efetuar diluição.

Técnica Manual e de Técnica Manual e de interpretação subjetivainterpretação subjetiva

Testes não TreponêmicosTestes não Treponêmicos

Reação de floculaçãoReação de floculação

– – Utiliza como Ag cardiolipina, colesterol e lecitinaUtiliza como Ag cardiolipina, colesterol e lecitina

Ag Ag →→ Ac: forma grumos; Ac: forma grumos;

Toda amostra reagente no teste qualitativo Toda amostra reagente no teste qualitativo deve ser testada quantitativamente para deve ser testada quantitativamente para determinar o título de Acs.determinar o título de Acs.

Testes TreponêmicosTestes Treponêmicos

Testes classicamente utilizados:Testes classicamente utilizados:

FTA-AbsFTA-Abs (teste de imunofluorescência indireta);(teste de imunofluorescência indireta);

TPHATPHA (teste de hemaglutinação para (teste de hemaglutinação para T. pallidumT. pallidum););

ELISAELISA (ensaioimuoenzimático) Quimioluminescência(ensaioimuoenzimático) Quimioluminescência

Maior especificidade e sensibilidade quando Maior especificidade e sensibilidade quando comparados aos testes não treponêmicos.comparados aos testes não treponêmicos.


FTA-AbsFTA-Abs Baseia-se na técnica de Baseia-se na técnica de imunofluorescência indireta imunofluorescência indireta (IFI)humana (IFI)humana Os anticorpos anti treponema Os anticorpos anti treponema presentes no soro ligam-se ao antigeno presentes no soro ligam-se ao antigeno fixado na lâmina e são revelados por fixado na lâmina e são revelados por uma antigamaglobulina humana uma antigamaglobulina humana marcada com isotiocianato de marcada com isotiocianato de fluoresceinafluoresceina

Teste TreponêmicoTeste Treponêmico

ELISAELISA – Emprega diferentes tipos de antígenos e conjugados– Emprega diferentes tipos de antígenos e conjugados

QuimioluninescênciaQuimioluninescência ( Anti-Trep ) é um ELISA ( Anti-Trep ) é um ELISA

Possibilita a detecção de anticorpos Possibilita a detecção de anticorpos específicos das classes IgG e IgMespecíficos das classes IgG e IgM

- Método ELISA- Método ELISA- Reagentes prontos para uso- Reagentes prontos para uso- Fácil procedimento técnico- Fácil procedimento técnico- Fácil leitura de resultados- Fácil leitura de resultados

- Realização de diversas amostras em uma - Realização de diversas amostras em uma única rotina Leitura objetivaúnica rotina Leitura objetiva

VANTAGENSVANTAGENS →→


TPHATPHA..

Baseia-se na aglutinação dos Acs treponêmicos Baseia-se na aglutinação dos Acs treponêmicos do soro com hemácias de aves, previamente do soro com hemácias de aves, previamente sensibilizadas com Ag de sensibilizadas com Ag de T.pallidum.T.pallidum.

Possibilidade de execução Possibilidade de execução de grande número de de grande número de

amostras e facilidade de amostras e facilidade de leitura visualleitura visual

VANTAGENVANTAGENSS

→→

FasesFases

TestesTestes

PrimáriPrimáriaa

SecundáSecundáriaria

LatentLatentee

TerciárTerciáriaia

VDRLVDRL 78% 78% (74-(74-87%)87%)

100%100% 95%95%(71-(71-

100%)100%)

71%71%(37-(37-94%)94%)

FTAFTA 84%84%(93-(93-

100%)100%)

100%100% 100%100% 96%96%

TPHATPHA 84%84%(84-(84-

100%)100%)

100%100% 100%100% 96%96%

Percentual de positividade nos testes em relação as fases da doença

Fonte: Curso Básico de Vigilância Epidemiológica. MS, PNDST/AIDS, 2006.

Critérios de Avaliação após TratamentoCritérios de Avaliação após Tratamento

Sífilis primária Sífilis primária

Sífilis secundária Sífilis secundária

Sífilis com mais de um Sífilis com mais de um ano de duraçãoano de duração

VDRL – não reagente VDRL – não reagente cerca de 12 a 18 cerca de 12 a 18 meses em 90% a 95% meses em 90% a 95% dos casosdos casos

VDRL – não VDRL – não reagente cerca reagente cerca de 6 a 12 mesesde 6 a 12 meses

O título pode cair O título pode cair ou permanecer ou permanecer estável, ou até estável, ou até negativarnegativar

Evolução dos Ac nos testes Sorológicos de acordo com Evolução dos Ac nos testes Sorológicos de acordo com o tratamentoo tratamento

Evolução dos Ac nos testes Sorológicos de Evolução dos Ac nos testes Sorológicos de acordo com o tratamentoacordo com o tratamento

Evolução dos Ac nos testes Sorológicos de Evolução dos Ac nos testes Sorológicos de acordo com o tratamentoacordo com o tratamento

Evolução dos anticorpos em RN e na sífilis Evolução dos anticorpos em RN e na sífilis congênitacongênita

Evolução dos anticorpos em RN e na sífilis Evolução dos anticorpos em RN e na sífilis congênitacongênita

Algoritmo de testes laboratoriais –sífilisAlgoritmo de testes laboratoriais –sífilisPortaria CCD –24/09/2010 Portaria CCD –24/09/2010

-Recomenda o uso do -Recomenda o uso do algoritmo convencional de algoritmo convencional de testes laboratoriais para o testes laboratoriais para o imunodiagnóstico da sífilis imunodiagnóstico da sífilis em laboratórios com baixa em laboratórios com baixa demanda de exames para demanda de exames para sífilissífilis -Recomenda a introdução de -Recomenda a introdução de

um algoritmo alternativo de um algoritmo alternativo de testes laboratoriais para o testes laboratoriais para o imunodiagnóstico da sífilis imunodiagnóstico da sífilis em laboratórios com elevada em laboratórios com elevada demanda de exames para demanda de exames para sífilissífilis--Revoga a Nota Técnica CCD - 04/2007 -Nº238, Seção I, Revoga a Nota Técnica CCD - 04/2007 -Nº238, Seção I,

p.50, publicada no D.O. em 19/12/2007p.50, publicada no D.O. em 19/12/2007

Portaria CCD -25- de 18/07/2011

ALGORITIMO CONVENCIONALALGORITIMO CONVENCIONAL

Nota 1: Nota 1: Em caso de Em caso de suspeita clínica e/ou suspeita clínica e/ou epidemiológica de epidemiológica de infecção pelo TP, infecção pelo TP, solicitar nova coleta solicitar nova coleta de amostra de amostra apósapós21 21 ((3030)dias.)dias.

Nota 2:Nota 2:Em caso de Em caso de suspeita clínica e/ou suspeita clínica e/ou epidemiológica de epidemiológica de infecção pelo TP, infecção pelo TP, solicitar nova coleta solicitar nova coleta de amostra de amostra em atéem até21 21 ((3030)dias.)dias.

-Teste treponêmico -Teste treponêmico (qual/is) (qual/is) indeterminado, se indeterminado, se possível realizar possível realizar FTA-AbsFTA-Abs

VDRLVDRL

TPHATPHA

ALGORITIMO ALTERNATIVOALGORITIMO ALTERNATIVO

Nota 1: Nota 1: Em caso de suspeita Em caso de suspeita clínica e/ou epidemiológica de clínica e/ou epidemiológica de infecção pelo TP, solicitar infecção pelo TP, solicitar nova coleta de amostra nova coleta de amostra apósapós21(21(3030) dias.) dias.

Nota 2:Nota 2:Em caso de suspeita Em caso de suspeita clínica e/ou epidemiológica de clínica e/ou epidemiológica de infecção pelo TP, solicitar infecção pelo TP, solicitar nova coleta de amostra nova coleta de amostra em em atéaté21(21(3030) dias.) dias.

Nota 3Nota 3: Pode se tratar de sífilis : Pode se tratar de sífilis latente ou recente, onde os latente ou recente, onde os anticorpos anti-cardiolipina anticorpos anti-cardiolipina estão indetectáveis. Investigar estão indetectáveis. Investigar história de tratamento história de tratamento anterior, pois também pode anterior, pois também pode indicar infecção anterior.indicar infecção anterior.

-Teste treponêmico -Teste treponêmico indeterminado, se possível indeterminado, se possível realizar FTA-Absrealizar FTA-Abs

Anti-trep Anti-trep (quimiol.)(quimiol.)

VDRLVDRL

TPHATPHA

Em caso de suspeita Em caso de suspeita clínica e/ou clínica e/ou

epidemiológica de epidemiológica de infecção pelo TP, infecção pelo TP,

solicitar nova coleta de solicitar nova coleta de amostra amostra apósapós 21 dias21 dias

Não Reag.

Reagente

Resultado NÃO

REAG.

Resultado REAGENT

E

Reagente

Resultado REAGENT

E

Pode se tratar de sífilis Pode se tratar de sífilis latente ou recente, latente ou recente, onde os anticorpos onde os anticorpos

anti-cardiolipina estão anti-cardiolipina estão indetectáveis. indetectáveis.

Investigar história de Investigar história de tratamento anterior, tratamento anterior, pois também pode pois também pode indicar infecção indicar infecção

anterioranterior

Em caso de suspeita Em caso de suspeita clínica e/ou clínica e/ou

epidemiológica de epidemiológica de infecção pelo TP, infecção pelo TP,

solicitar nova coleta de solicitar nova coleta de amostra amostra em até em até 21 21

diasdias

ALGORITIMO ALTERNATIVOALGORITIMO ALTERNATIVO1º Etapa

Anti-Trep

Não Reag.

Reagente

VDRL 2º Etapa

Não Reag.

3º Etapa

TPHA

Resultado NÃO REAGENTE

Indeterminado

FTA-abs

Interpretação da SorologiaInterpretação da Sorologia

ELISA/ TPHA/ELISA/ TPHA/

FTA-AbsFTA-Abs

VDRL/RPRVDRL/RPR InterpretaçãoInterpretação

-- -- Ausência de infecção ou Ausência de infecção ou período de incubaçãoperíodo de incubação

++ ++ Sífilis recente ou préviaSífilis recente ou prévia

++ -- Sífilis primária ou Sífilis primária ou latente. Previamente latente. Previamente tratada ou não tratadatratada ou não tratadaEm caso de suspeita clínica e/ou epidemiológica Em caso de suspeita clínica e/ou epidemiológica de infecção pelo TP, solicitar nova coleta de de infecção pelo TP, solicitar nova coleta de amostra em até21 diasamostra em até21 dias

-- ++ Falso positivo. Falso positivo. Em caso de Em caso de

suspeita clínica e/ou epidemiológica de infecção suspeita clínica e/ou epidemiológica de infecção pelo TP, solicitar nova coleta de amostra em pelo TP, solicitar nova coleta de amostra em

até21 diasaté21 dias

Interpretação Interpretação Diagnóstica é...Diagnóstica é...

Clínica + Epidemiologia + Resultado Clínica + Epidemiologia + Resultado sorológicosorológico

Resultados laboratoriais fornecem subsídios Resultados laboratoriais fornecem subsídios aos diagnósticos clínicos e epidemiológicosaos diagnósticos clínicos e epidemiológicos

Equipes:Equipes:

Agradecimentos...Agradecimentos...

Laboratório Municipal da Laboratório Municipal da Região Sudeste Região Sudeste

Instituto Adolfo LutzInstituto Adolfo LutzCRT EstadualCRT Estadual

Muito Muito obrigadaobrigada!!!!!!

MultiplicadoresMultiplicadores

Maria Aparecida Daher- Maria Aparecida Daher- SudesteSudeste

Glória Ribeiro- Norte- Glória Ribeiro- Norte- LesteLeste

Lourdes Kimico-SulLourdes Kimico-Sul

Maria Lúcia Morita-Centro Maria Lúcia Morita-Centro OesteOeste

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Diagnóstico Laboratorial da Sífilis. Agente Etiológico: Causada pelo espiroqueta Treponema pallidum subespécie pallidum, Bactéria não cultivável in vitro