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Quem? São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br Jornal do empreendedor Ano 91 - Nº 24.158 R$ 1,40 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 4 1 5 8 Página 4 Durante o jogo- treino de ontem (reservas contra a equipe sub-20 do Fluminense), a impressão inicial era de que Willian (esq., acima) seria escolhido. Foi só impressão. Porque houve outras variações, como o próprio Willian caindo pela esquerda, Ramires centralizado e Bernard na direita. Nesse caso, Ramires movimentou-se como Neymar. O que se sabe é que Dante (abaixo, esq.) deve mesmo substituir Thiago Silva, suspenso. Hoje, a Seleção treina antes de ir para BH, onde amanhã encara a Alemanha. A pergunta continua. Pág. 11 Palestinos atacam a tumba de José em Nablus Ao invés de apaziguar, a notícia da prisão de suspeitos judeus pelo assassinato do garoto Abu Khdeir (acima), recrudesceu os confrontos entre palestinos e israelenses, agora no 5º dia. A confissão de um dos presos confirmou que a intenção era mesmo vingar a morte de três meninos israelenses. O governo os trata como terroristas e tem recebido apelos para condenar à morte quem entre eles for culpado. Os palestinos mantiveram os protestos e tentaram incendiar em Nablus a bíblica tumba de José (foto), local sagrado para eles, judeus, cristãos e samaritanos. Pág. 7 A roupa faz os líderes políticos Fotos: Marcelo Sayão/Efe Sem adesão obrigatória, cautela é recomendada aos comerciantes. O site está mais para o consumidor. Pág. 20 comercio.gov no ar. Espere antes de aderir. David Mercado/Reuters Ricardo Stuckert/Instituto Lula Divulgação Reprodução de TV Os candidatos Aécio e Alckmin vestiram japonês no início da campanha eleitoral. Lula já vestiu roupas muito engraçadas, além de bonés do MST. A presidente Dilma mudou o guarda-roupa ao ser eleita -- lembra um artigo sobre roupas de políticos no jornal The New York Times. As camisas de Mandela se tornaram marca registrada, como guayaberas na América Latina. Na Índia dos dhoti e saris dos Ghandi surgiu o Modi Kurta, a versão revisada da túnica com mangas três quartos. É um novo caso de sucesso na associação de um político à roupa. Pág. 6 Reuters Rerpodução Arte de Jair Soares com foto de Fernando Soutello

Diário do Comércio - 07/07/2014

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Ano 91 - Nº 24.158 - São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014

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Quem?São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedorAno 91 - Nº 24.158R$ 1,40

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

24158

Página 4

Durante o jogo-treino de ontem(reservas contra aequipe sub-20 do

Fluminense), aimpressãoinicial era de

que Willian (esq.,acima) seria

escolhido. Foi sóimpressão. Porquehouve outrasvariações, como opróprio Williancaindo pelaesquerda, Ramirescentralizado eBernard na direita.Nesse caso, Ramiresmovimentou-secomo Neymar.O que se sabe é queDante (abaixo, esq.)deve mesmosubstituir ThiagoSilva, suspenso.Hoje, a Seleçãotreina antes de irpara BH, ondeamanhã encaraa Alemanha.A perguntacontinua. Pág. 11

Pa l e s t i n o satacam atumba deJosé em NablusAo invés de apaziguar, a notícia da prisão de suspeitos judeuspelo assassinato do garoto Abu Khdeir (acima), recrudesceuos confrontos entre palestinos e israelenses, agora no 5º dia.A confissão de um dos presos confirmou que a intenção eramesmo vingar a morte de três meninos israelenses. O governoos trata como terroristas e tem recebido apelos para condenarà morte quem entre eles for culpado. Os palestinos mantiveram

os protestos e tentaramincendiar em Nablus a bíblicatumba de José (foto), localsagrado para eles, judeus,cristãos e samaritanos. Pág. 7

A roupa faz oslíderes políticos

Fotos: Marcelo Sayão/Efe

Sem adesão obrigatória, cautela érecomendada aos comerciantes. O siteestá mais para o consumidor. P á g. 20

c o m e rc i o . g ovno ar. Espereantes de aderir.

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Ricardo Stuckert/Instituto Lula

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ção

Reprodução de TV

Os candidatos Aécio e Alckmin vestiram japonês noinício da campanha eleitoral. Lula já vestiu roupasmuito engraçadas, além de bonés do MST. Apresidente Dilma mudou o guarda-roupa ao sereleita -- lembra um artigo sobre roupas de políticos nojornal The New York Times. As camisas de Mandela setornaram marca registrada, como guayaberas naAmérica Latina. Na Índia dos dhoti e saris dosGhandi surgiu o Modi Kurta, a versão revisada datúnica com mangas três quartos. É um novo caso desucesso na associação de um político à roupa. Pág. 6

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ers

Rerpodução

Arte de Jair Soares com foto de Fernando Soutello

2 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014

" STARTING GATE" ELEITORALSXC

A valorização do Real acabou sendo muito superior ao que seria de fato necessário.Delfim Netto

OBRAINACABADA

DELFIM NETTO

OPlano Real comple-

tou 20 anos e conti-

nua uma obra ina-

c a b a d a , m a s o s

avanços por ele obtidos no

combate à inflação não cor-

rem nenhum risco. O perigo de

uma volta à hiperinflação está

muito longe do alcance de

qualquer radar.

O Plano Real foi um dos pro-

gramas de estabilização mais

brilhantes construídos no Bra-

sil e seus efeitos são reconhe-

cidos universalmente: um

grupo de economistas de mui-

to boa qualidade organizou

um programa e – depois de

seis tentativas mal sucedidas

de estabilização – obteve um

grande sucesso. É sem dúvida

um momento alto da profis-

são: esses profissionais mos-

traram que tinham conheci-

mento profundo da mecânica

da economia, construindo um

plano que é uma autêntica

obra-prima, uma jóia rara.

Seu lançamento vitorioso

dependeu de um apoio

político muito forte do

presidente Itamar Franco e do

desempenho dos ministros da

Fazenda, Rubens Ricúpero e

Fernando Henrique Cardoso

que convenceram o poder po-

lítico de sua necessidade e da

viabilidade de sua execução.

Isso tudo fala muito a favor do

aperfeiçoamento das institui-

ções brasileiras depois da

Constituição de 1988.

O Plano Real, de fato, nunca

terminou: o sucesso inicial de

estabelecer um controle da in-

flação foi tamanho que a parte

politicamente desagradável

de sua execução , que era aca-

bar com o déficit fiscal,

nunca chegou a ser rea-

lizada. Em razão desta

"abstinência", o resulta-

do foi pífio em matéria de

crescimento econômico

e em termos do equilíbrio

no balanço em contas-

c o rre n t e s .

Em que pesem esses fa-

tos, foi sem dúvida o mais

bem sucedido programa de

estabilização de todos os

que foram tentados no

Brasil, uma economia

notoriamente com triste

retrospecto em matéria

de combate à inflação.

Hoje, vinte anos de-

pois, persiste uma

sensação desagra-

dável, porque mantemos

uma taxa de inflação sem-

pre superior ao núcleo da

meta, estabelecida posterior-

mente para ancorar as expec-

tativas. Assim, apesar de não

existir nenhuma tragédia à

vista no comportamento da in-

flação, ainda deixa muito a de-

sejar no quesito crescimento

e c o n ô m i c o.

O Brasil precisa corrigir isto.

E corrigir reiniciando o ataque

ao problema central, que é o

retorno ao equilíbrio fiscal de

PAULO SAAB

PresidenteRogério Amato

Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi

Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.

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FALE CONOSCO

Fundado em 1º de julho de 1924

SXC

maneira absolutamente se-

gura. A concepção do Plano

Real foi uma obra-prima, que

honra a inteligência de seus

formuladores; entretanto, é

um plano inacabado, porque

os governos nunca tiveram a

coragem de enfrentar em pro-

fundidade os problemas da in-

dexação e nunca decidiram

fechar o déficit fiscal.

Por causa dessas indeci-

sões as empresas brasi-

leiras estão sufocadas,

em primeiro lugar, pela maior

carga de tributos incidente em

países cujos níveis de renda se

assemelham ao nosso. Em se-

gundo lugar, elas foram obri-

gadas a conviver com a maior

taxa de juros do mundo por um

período terrível de vinte anos.

Finalmente, em terceiro lu-

gar, são submetidas a um sis-

tema de câmbio supervalori-

zado que anulou as condições

de competição de setores in-

teiros da indústria brasileira,

eliminando-se a maior alavan-

ca de modernização e expan-

são da atividade manufaturei-

ra, que é o comércio exterior.

A valorização do Real acabou

sendo muito superior ao que

seria necessário, caso tivésse-

mos feito o esforço adequado

para atingir o equilíbrio fiscal.

ANTÔNIO DELFIM NE T TO É

P RO F E S S O R E M É R I TO DA F E A - U S P,EX-M I N I S T RO DA FA Z E N DA , DA

AG R I C U LT U R A E DO PL A N E JA M E N TO

C O N TATO D E L F I M N E T TO

@TERRA.COM.BR

Usando a imagem de uma corrida

de cavalos, apenas para ilustrar a

informação para o eleitor, fosse

a eleição presidencial uma disputa de turfe

e poder-se-ia dizer que estão já todos

alinhados no "starting gate", esperando a

largada. Verdade seja dita, a candidata

Dilma Rousseff iniciou a corrida muito

antes de entrar no box e sem esperar

as portas se levantarem saiu em

disparada pela pista eleitoral,

desrespeitando as regras da "racing".

A atual presidente, usando das benesses

oficiais, há muito deixou de administrar

o País para estar à frente do páreo. Pode

vencer, mas pode também perder o fôlego

na reta de chegada, antes de chegar à final.

Estão alinhados os demais competidores:

o PSDB e aliados "correm" com Aécio

Neves. O PSB e aliados se apresentam com

Eduardo Campos. O PSDC vem com o

inefável José Maria Eymael. "Eeêimael..."

– quem não lembra a letra da musiquinha?

Faltam-lhe votos, mas está na corrida.

Levy Fidelix, montado no seu PRTB, sobre

um aerotrem, não poderia também faltar.

O ex-petista Eduardo Jorge corre pelo

PV. Mauro Iasi é o candidato do PCB. Luciana

Genro quer atropelar o páreo correndo

pelo PSOL...Heloísa Helena que se cuide.

E o PSC oferece para correr o pastor

evangélico Everaldo Pereira.

Pode ser azarão na curva oposta.

Condições da pista: preocupa tanto

quanto a qualidade dos competidores a

condição da pista de corrida. Sabe-se que

não se trata, como numa "horse race",

de pista ovalada ou reta. É um caminho

cheio de obstáculos, intrigas, desvios,

buracos, e deslealdades recorrentes.

Às vezes vale mais tentar derrubar

o adversário do que fazer a própria corrida.

Ética, respeito, retidão, probidade,

são qualificações que parecem ganhar

uma espécie de pausa para descanso

na aplicação de seus efeitos. Ficam no

paddock, aguardando o término da corrida.

Muitas vezes, nem após o famoso "...e

cruzam o disco final", voltam à tona.

No Brasil, desde 2002 estão fora de cena.

O eleitor: o papel fundamental nesse tipo

de corrida é do eleitor. Isso no papel, na

teoria, porque na prática ele é tratado como

aquele produto que, na corrida de cavalos,

os animais deixam como rastro em

seus haras. Ou na pista, mesmo, tamanha

é a incontinência de valores dos políticos.

O eleitor , na verdade, é o

que menos importa desde que, no dia

de apertar o botão da urna eletrônica, ele

mecanicamente compareça e sufrague o

candidato ou a candidata que para lá o

direcionou, comandando sua vontade

própria, desaparecida pela dependência de

favores – com o dinheiro tirado dos

brasileiros que trabalham para distribuir

como se fosse do governo e sustentar os

que não trabalham. Com exceções, claro.

Mantidos na ignorância pela

dependência da bolsa seja lá qual

for, muitos não entendem nem o que se

passa à sua volta. E ponham muitos aí, a

ponto de se tornarem milhões.

Demais candidatos: deixando o páreo

principal de lado por um momento,

devemos nos lembrar que ocorrerão

também corridas para os governos

estaduais e senadores da República – em

ambos os casos com resultado também

de vitória simples – e ainda para deputados

federais e estaduais. Aqui, prevalece a

proporcionalidade dos votos das alianças

partidárias versus número de cadeiras em

disputa. O PT quer que os concorrentes a

cargos legislativos proporcionais sejam

indicados por listas fechadas dos partidos.

A sede de dominação não tem limites.

Meia dúzia mandando no resto.

Neste tipo de corrida, as regras em

geral são as mesmas, prevalecendo

a mentira, a falsa promessa, a compra de

voto, como no páreo principal, com

outra questão importante: vale tudo

para se obter as cadeiras, objetivando no

futuro formar a "base aliada" para

obter vantagens espúrias, mordomias

oficiais e obter mensalões.

Odor: como já mencionado,

o duro de tudo isso (mais um preço

que se paga pela democracia, que deve

ser defendida a unhas e dentes contra

as garras dos totalitários) e ainda

comparando com a corrida de cavalos,

é o odor que prevalece no ar.

PAU L O SAAB É J O R N A L I S TA ,PA L E S T R A N T E E E S C R I TO R

sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3

EUA: SINDICATOS MAIS FRACOS.

SXC

SINDICATOS AMERICANOS ENFRENTAM BATALHA LEGAL E ESTÃO PERDENDO ESPAÇO

Quanto mais vago o ideal a seratingido, mais se pode adorná-lode qualidades, ao mesmo tempo

que se conserva o direito decometer em nome dele toda sorte

de crimes e iniquidades.

CYNTHIA ESTLUND E WILLIAM E. FORBATH

Tempos atrás comen-

tei aqui o trecho de

Hegel que enaltecia a

capacidade humana

de suprimir mentalmente to-

do dado exterior ou interior, a

capacidade, em suma, de ne-

gar o universo inteiro e fazer

da consciência de si a única

realidade, entrando na "irres-

trita infinitude da abstração

absoluta ou universalidade, o

puro pensamento de si mes-

mo" (ver em http://www.olavo-d e c a r v a l h o . o r g / s e m a-na/081114dc.html).

Faltou dizer que isso é a con-

dição sine qua non para operar

seja a "crítica radical de tudo

quanto existe" proposta por

Karl Marx, seja a "derrubada

de todos os valores" almejada

por Nietzsche.

Também é evidente que tan-

to Marx quanto Nietzsche varre-

ram para baixo do tapete a ad-

vertência de Hegel de que essa

capacidade, exercida precisa-

mente com os poderes irrestri-

tos que essas duas propostas

exigiam, só podia levar a uma

sucessão de catástrofes: "O que

essa liberdade negativa preten-

de querer nunca pode ser algo

em particular, mas apenas uma

ideia abstrata, e dar efeito a es-

sa ideia só pode consistir na fú-

ria da destruição."

Arecusa de Marx de ela-

borar o plano detalhado

da futura sociedade so-

cialista, ou mesmo de descre-

vê-la em linhas gerais, já con-

tinha em germe a promessa

de que as coisas se passariam

exatamente assim. Quanto

mais vago e nebuloso o ideal a

ser atingido, mais se pode

adorná-lo de qualidades ex-

celsas ao mesmo tempo que

se conserva o direito de come-

ter em nome dele toda sorte

de crimes e iniquidades.

E não é só a experiência his-

tórica das tiranias soviética e

chinesa que o comprova.

Quando hoje em dia o sr. Lula

proclama: "Não sabemos qual

o tipo de socialismo que que-

remos", ele deixa claro de que

não se sente nem um pouco

chocado de que o caminho pa-

ra essa meta indefinível tenha

de passar pelo Mensalão, pelo

dinheiro na cueca, pelo flores-

cimento inaudito do comércio

de tóxicos, pela roubalheira da

Petrobras, pelos setenta mil

homicídios anuais, pela redu-

ção dos nossos universitários

a um bando de analfabetos

funcionais, pelo controle dita-

torial da opinião pública, pela

gastança obscena da Copa do

Mundo e por mais uma infini-

dade de capítulos deprimen-

tes. Tudo pela causa, que não

precisa nem dizer qual é.

Mutatis mutandis, a figura

do Super Homem que "cria os

SXC

Juízes dou n i ve r s o

OLAVO DE CARVALHO

seus próprios valores" é tão

vaga e adjetiva que pôde ser

usada para inspirar desde o

nazismo e o anticristianismo

militante até as agitações es-

tudantis de maio de 1968, o

anarquismo, os clubes de sa-

domasoquistas, a pedofilia, o

crime organizado e desorga-

nizado, a indústria do aborto e

o uso de tatuagens e piercings

nos órgãos genitais – en fi m,

qualquer coisa.

Éincrível como marxistas

e nietzscheanos perma-

necem confor tave l-

mente inconscientes de que,

para realizar o que prometem,

têm de operar a "abstração

absoluta" de que fala Hegel,

colocando-se portanto imagi-

nariamente acima do univer-

so, julgando-o e condenando-

o. Diríamos que se fazem de

deuses? Não, porque os deu-

ses são incluídos nesse uni-

verso e julgados com ele, o

que faz do autor dessa singela

operação mental uma espécie

de super-deus, superior ao

"maximamente grande" de

Sto. Anselmo.

Também não é preciso di-

zer que, ao efetuar esse

giro, levam o idealismo

subjetivo até às suas últimas

conseqüências no momento

mesmo em que imaginam es-

tar absorvendo e superando o

idealismo objetivo de Hegel.

Mas tanto marxistas quanto

nietzscheanos não podem

dar-se conta disso, senão te-

riam de perceber que seu jul-

gamento do universo é ape-

nas uma fantasia individualis-

ta, destinada, seja a encerrar-

se num solipsismo inconse-

quente – o que seria a menos

letal das hipóteses –, seja a es-

palhar-se entre as massas co-

mo epidemia psicótica e des-

cambar na 'fúria da destrui-

ção", como de fato veio a

a c o n t e c e r.

Se os inspiradores dessa

maravilha não sentem nenhu-

ma culpa pelo que produzi-

ram, se, ao contrário, conti-

nuam discursando com aque-

les ares de superioridade su-

blime de juízes do universo,

não é porque lhes falte apenas

a consciência moral: antes

disso já destruíram a sua pró-

pria consciência intelectual,

no momento em que recusa-

ram a enxergar a índole radi-

calmente subjetivista, a fuga

desabalada da realidade, que

era o centro da estratégia cog-

nitiva que adotaram.

Depois de ter jurado não

entender nada, o sujei-

to não pode nem mes-

mo entender que não enten-

de. Resta-lhe a saída infalível:

a pose, o fingimento, a incon-

fundível empáfia de quem

olha tudo desde cima, com ca-

ra de nojinho.

Será de espantar que o sé-

culo que se inspirou em Marx e

Nietzsche tenha sido o mais

violento, o mais assassino de

toda a história humana? No

entanto, ainda há, nos meios

acadêmicos, um número sufi-

ciente de idiotas que acredi-

tam piamente nas virtudes da

"destruição criativa", negan-

do a experiência histórica de

que a única coisa que se cria

com a destruição é mais des-

truição. Agora mesmo, em

2013, a Editora Boitempo, do

indefectível dr. Emir Sader,

promoveu um seminário in-

ternacional denominado

"Marx: a criação destruidora".

Isso não tem mais fim.

OL AVO DE CA RVA L H O É

J O R N A L I S TA , E N S A Í S TA E

P RO F E S S O R DE FILOSOFIA

Os sindicatos sempre

foram controversos

na sociedade

americana, mas as batalhas

relativas ao trabalho se

tornaram mais ferozes nos

últimos anos: veja-se a luta

em torno do sindicato dos

funcionários públicos em

Wisconsin, ou a decisão de

2012 dos eleitores de

Michigan de aderir ao grupo

dos estados com a lei do

"direito ao trabalho".

Na semana passada, a

maioria de cinco a quatro da

Suprema Corte disparou

seus próprios tiros na guerra

contra os sindicatos. Embora

a decisão no caso "Harris

versus Quinn" tenha sido

restrita, concluindo que, em

alguns casos os sindicatos

não poderiam recolher taxas

de uma classe, em particular

dos funcionários públicos

que não quisessem aderir,

seu texto sugere que esse

pode ser o primeiro passo

da Corte na direção de

nacionalizar o evangelho

do "direito ao trabalho"

ao embuti-lo no direito

constitucional.

Os requerentes

no caso Harris foram

vários cuidadores

domiciliares que não

queriam aderir ao sindicato,

embora a maioria dos

colegas de trabalho tivesse

votado a favor da adesão.

Mesmo assim, conforme a

lei de Illinois, eles tinham de

contribuir com sua "parte

equitativa" para os custos

de representação – um

dispositivo conhecido como

"taxa de agenciamento",

que é proibida nos estados

americanos que têm a lei

do "direito ao trabalho".

A possibilidade dos

sindicatos recolherem uma

taxa de agenciamento

reflete um equilíbrio

constitucional que rege a

força trabalhista nos

Estados Unidos há cerca de

40 anos: os trabalhadores

não podem ser forçados a

participar de um sindicato

ou contribuir para as suas

atividades políticas e

ideológicas, mas podem ter

de pagar pelo custo dos

acordos coletivos do

sindicato e administração

dos contratos.

Amaioria no caso Harris

viu as coisas de forma

diferente. Fazer com que os

trabalhadores paguem algo

para um sindicato a que eles

se opõem vai contra os

direitos da Primeira Emenda

– "algo inconsistente", no

entender da maioria. Mas

a verdadeira inconsistência

está em conceder aos

dissidentes o direito de não

pagar pelos serviços do

sindicato – serviços que

têm custos e que colocam

dinheiro nos bolsos de

todos os trabalhadores.

Uma vez escolhido pela

maioria dos trabalhadores,

um sindicato torna-se o

representante exclusivo,

com o dever de representar

a todos de modo correto.

Esse é o fundamento das

nossas leis trabalhistas, seja

no setor público ou privado.

A menos que todos

sejam obrigados a pagar

por esses serviços, os

trabalhadores individuais

podem facilmente se tornar

"caronistas", recebendo os

benefícios da representação

coletiva sem pagar a

participação dos custos.

Dissidentes e qualquer

empregado que queira

economizar um dólar pode

"pegar carona". O resultado

pode fazer com que o

sindicato não tenha

condições de representar

os trabalhadores com

eficiência e todos perdem.

Vejamos os prestadores

de assistência

domiciliar no caso Harris.

Esses trabalhadores, que

fazem parte de uma das

ocupações de mais rápido

crescimento e com menor

remuneração nos EUA, são

empregados quase que

exclusivamente por clientes

individuais, mesmo quando

os salários vêm de fundos

públicos como o Seguro de

Saúde americano. Sozinhos,

eles ficaram presos na baixa

remuneração e com poucos

benefícios – e os estados

tiveram escassez de mão de

obra e alta rotatividade.

Há vários anos, Illinois,

assim como outros estados,

em conjunto com clientes

individuais, assumiu o papel

de coempregador dos

trabalhadores da saúde.

Isso permitiu que eles

votassem na escolha de um

sindicato. Eles votaram

e, assim, quase dobraram

de remuneração e

obtiveram seguro- saúde

financiado pelo Estado,

bem como treinamento.

Todos os prestadores de

serviço de saúde domiciliar

se beneficiam com a

representação do sindicato.

Até a decisão da Corte,

todos tiveram de pagar uma

taxa modesta por esses

serviços. Mas agora, os

trabalhadores podem

"pegar carona".

Embora a maioria tenha

se recusado a suspender

os acordos fica claro que tais

taxas agora repousam no

instável fundamento

constitucional, pelo menos

no setor público, e estão

vulneráveis a ataques mais

abrangentes no futuro.

A capacidade de

sobrevivência dos

sindicatos vai depender da

resolução do problema dos

"caroneiros". É por isso que

as taxas compulsórias têm

sido um campo de batalha

para os sindicatos e para os

seus antagonistas por mais

de 70 anos. Os antagonistas

venceram muitas batalhas,

começando com a lei do

"direito ao trabalho" na

esfera estadual, que proíbe

quaisquer contribuições

sindicais compulsórias.

A estrutura da Primeira

Emenda utilizada pelo

movimento da lei do "direito

ao trabalho" – e agora pela

maioria da Suprema Corte –

para preparar esse ataque é

algo antigo com roupagem

nova. Argumentos

semelhantes já foram

usados no século 19,

quando as crescentes

desigualdades entre os

trabalhadores individuais e

os trabalhadores cada vez

mais industriais levaram à

invenção dos sindicatos e

dos acordos coletivos. Há

décadas, os trabalhadores

tiveram um aliado à

disposição na corte: quando

o Congresso – ou o

legislativo estadual –

aprovava leis protegendo a

liberdade dos trabalhadores

para se organizarem e

negociarem coletivamente,

a corte as derrubava em

nome da "liberdade

contratual". Isso mudou na

década de 1930, quando a

corte do Novo Acordo cedeu

à boa fé constitucional da

"democracia industrial" por

decisão da maioria.

Porém, a maioria

conservadora da corte

deu um passo ousado para

trás, reformando a cruzada

individualista como uma

batalha entre o discurso

forçado e o direito de

permanecer calado – e n t re

a dissidência individual e a

compulsão coletiva. Mas,

essencialmente, é a mesma

velha luta entre o direito

dos trabalhadores de

negociar coletivamente a

liberdade contratual

individual. Os sindicatos já

estão cambaleando.

Numa época em

que os trabalhadores estão

perdendo poder econômico,

deveríamos estar à procura

de maneiras de fortalecer

a capacidade de se unirem

aos colegas de trabalho e

negociarem coletivamente

para melhorar sua condição.

Em vez disso, a Corte,

no caso Harris, ficou

do lado daqueles que

buscam enfraquecer essa

condição ainda mais.

CYNTHIA ESTLUND É P RO F E S S O R A

DE D I R E I TO DA UN I V E R S I DA D E DE

NOVA YORK. WILLIAM E. FO R BAT H

É P RO F E S S O R DE D I R E I TO E DE

HISTÓRIA DA UN I V E R S I DA D E DO

TEXAS, EM AUSTIN.THE NEW YORK TIMES NEWS

SE RV I C E /SY N D I C AT E

4 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014

sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5

FUTEBOL E POLÍTICAA convenção do PR-RJ misturou futebol, política e religião. Levou aopalanque do candidato a governador Anthony Garotinho o pai do goleiroJúlio César. Genis Espíndola não falou, mas abraçou Garotinho e foi umdos mais aplaudidos. O encontro, que reuniu cerca de oito mil pessoas,teve também músicas evangélicas.

Foi um julgamentomuito difícil[ o do

Mensalão]. Tudocontribuiu para certaagitação, assim como otemperamento do ministroJoaquim Barbosa.

Gilmar Mendes, ministrodo Supremo Tribunal

Federal (STF).

Com essa saída, ele simplesmente demonstraque não é vocacionado para o ofício. Eu não

concebo que alguém vire as costas a uma cadeira noSupremo.

Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo TribunalFederal (STF), sobre a aposentadoria de Joaquim Barbosa.

Aquilo ali é umtemperamento,

mas não significabrabeza. Significaum homem enérgico,coerente com asposições dele.

Carlos Velloso,ministro do Supremo

Tribunal Federal.

Precisamosvoltar ao alto

padrão anterior, queficou arranhado naúltima gestão.Marco Aurélio Mello

O ministro JoaquimBarbosa se tornou um

bom símbolo contra o statusquo, contra a impunidade.

Luís Roberto Barroso, ministrodo Supremo Tribunal

Federal (STF).

Saio tranquilo,com a alma leve, e,

o que é fundamental,com o sentimento decumprimento de dever.

Joaquim Barbosa,ministro do STF.

Nós queremos fazernosso trabalho.

Fazer nosso trabalhoe não chicana.

Barbosa em discussãocom o ministro

RicardoLewandowski.

Esse assunto estácompletamente superado.

Sai da minha vida a ação penal470 e espero que saia da vida devocês. Chega desse assunto.

Joaquim Barbosa aoanunciar a aposentadoria.

Vossa excelênciaestá dizendo que eu

estou fazendo chicana?Peço que vossa excelênciase retrate imediatamente.

Ministro RicardoLewandowski, em

resposta a Barbosa.

O ministro Joaquim Barbosa fez muitopela magistratura, guardando a

nobreza de caráter, sua elevação moral esua independência olímpica.

Luiz Fux, ministro do STF

Nel

son

Jr./S

CO

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SCO

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Nel

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CO

/STF

Começa oficialmentea campanha eleitoral

Aécio vai a festival japonês e acusa Dilma, indiretamente, de fazer uso político da Copa do Mundo.

No primeiro dia de

campanha eleito-

ral, o senador Aécio

Neves (PSDB-MG),

candidato à Presidência da Re-

pública, acusou indiretamen-

te a presidente Dilma Rousseff

de fazer uso político da Copa

do Mundo para se beneficiar.

Ao ser questionado sobre o

tempo de propaganda na TV

da presidente Dilma ser quase

o dobro do seu, Aécio afirmou

que o brasileiro "está suficien-

temente maduro". Dilma tem

11 minutos 24 segundos, Aé-

cio tem 4 minutos e 37 segun-

dos e o candidato do PSB,

Eduardo Campos (PSB), tem

cerca de dois minutos na TV.

" Acho que o que vai reverter

nosso tempo de propaganda é

o sentimento dos brasileiros,

que estão cansados de tudo is-

so que está aí. Alguns acham

que podem confundir Copa do

Mundo com eleição. Não, o

brasileiro está suficientemen-

te maduro e consciente pra

perceber que são coisas abso-

lutamente diferentes. Falo is-

so porque vejo uma tentativa

em final de uma certa apro-

priação desses eventos para o

campo político", afirmou.

Aécio visitou no domingo o

Festival do Japão, no Centro de

Exposições Imigrantes, na Zo-

na Sul de São Paulo, ao lado de

seu candidato a vice, senador

Aloysio Nunes (PSDB-SP), do

governador de São Paulo, Ge-

raldo Alckmin (PSDB), – candi-

dato à reeleição no Estado – e

do candidato ao Senado em

sua chapa, José Serra (PSDB-

SP). Foi a primeira aparição

conjunta do quarteto.

Os tucanos participaram da

cerimônia do chá, comeram

tempurá e doce de feijão e fo-

ram presenteados com um da-

ruma, um boneco de madeira.

A cultura japonesa diz que se

deve pintar um dos olhos do

boneco e fazer um pedido.

Após ele ser realizado, pinta-

se o outro olho. Aécio prome-

teu voltar daqui três meses –

após o fim das eleições – para

pintar o outro olho.

BENSQuestionado sobre sua de-

claração de bens, que mos-

trou um patrimônio 303%

maior de 2010 para 2014 – de

R $ R $ 6 1 7 . 9 3 8 , 4 2 p a r a

R$ 2.491.876,65–, o presiden-

ciável afirmou que recebeu a

herança do seu pai, Aécio Cu-

nha, morto em 2010.

"O aumento do patrimônio

infelizmente foi por uma ques-

tão muito triste, pelo faleci-

mento do meu pai. Foi a heran-

ça que recebi dele", explicou.

Durante o evento, Aécio

também disse que não vê a

campanha eleitoral como

guerra. "Nós vamos debater

em qualquer campo todas as

nossas propostas. A campa-

nha eleitoral pra mim não é

uma guerra, é uma oportuni-

dade de apresentar nossas

propostas. Vamos fazer isso

com transparência e ter como

maior aliado, nessa campa-

nha que se inicia hoje, a verda-

de e a coragem pra fazer aqui-

lo que não feito até hoje".

O tucano contou estar se or-

ganizando para ver o jogo da

Seleção Brasileira na semifi-

nal da Copa amanhã em Belo

Horizonte. E lamentou a au-

sência de Neymar. " Agora é

raça, é o coração na ponta da

chuteira. Todos nós lamenta-

mos profundamente a perda

do Neymar e a não punição do

jogador que deu aquela entra-

da quase criminosa no atleta

brasileiro. O Brasil será capaz

de superar, vai ser uma pe-

dreira cada jogo, mas a torcida

vai fazer diferença. Acho que o

Brasil vai vencer a Copa e acho

que vai vencer no dia cinco de

outubro iniciando um novo ci-

clo de desenvolvimento e de

decência na vida pública bra-

sileira". (Agência Globo)

Fabricio Bomjardim/Futura Press/ Folhapress

Primeira aparição conjunta do quarteto Serra, Aloysio (atrás), Aécio e Alckmin: pedido para daruma.

Temporada de cenas inusitadasCada candidato escolheu um lugar lotado para distribuir sorrisos, cumprimentos e se fazer conhecido.

Amenos de 40

quilômetros da

Esplanada dos

Ministérios, esgoto a

céu a aberto. Foi lá, em Sol

Nascente, comunidade que

disputa com a Rocinha o título

de maior favela da América

Latina, que o presidenciável

Eduardo Campos (PSB)

iniciou ontem sua campanha

eleitoral. Ao lado da vice,

Marina Silva, Campos

concedeu uma entrevista

sobre o amontoado de lixo na

via central do bairro.

"Este buraco está tão

grande que tem de perguntar

onde está a pista", disse

Campos, que, em seguida,

alfinetou o PT. "Não se pode

admitir que, a 35 quilômetros

do Palácio do Planalto, no

Distrito Federal –g o v e rn a d o

pelo mesmo partido [que o

governo federal]–, você ande

em uma comunidade que

sequer tem o lixo retirado das

ruas. Não deveriam nem

disputar a eleição, deveriam

ter a humildade de dizer que

fracassaram", disse Campos.

LUCIANA E EVERALDOLuciana Genro (PSOL) e

Pastor Everaldo (PSC)

escolheram o Rio de Janeiro

como ponto de partida na

corrida presidencial.

Luciana participou de uma

caminhada pela orla de

Copacabana, zona sul do Rio,

e visitou a Feira de São

Cristóvão. Já o Pastor

Everaldo foi a Acari, na zona

norte, onde nasceu.

Sob um calor de 30 graus,

Luciana Genro andou cercada

por dezenas de militantes

pela Avenida Atlântica,

empunhou cartazes, posou

para fotos, bebeu água de

coco, abraçou

correligionários e engrossou

o coro dos que invocavam o

mesmo espírito de junho de

2013, período das

manifestações de rua no País.

O Rio foi escolhido para a

largada devido à força do

PSOL na região. Em 2012, o

deputado estadual Marcelo

Freixo, da mesma sigla, ficou

em segundo lugar na disputa

pela prefeitura carioca,

perdendo para o atual titular,

Eduardo Paes (PMDB).

Além do próprio Freixo, que

ficou ao lado de Luciana em

boa parte da caminhada,

outros membros do PSOL

participaram do ato. Entre

eles, os candidatos da

legenda ao governo do

Estado do Rio, Tarcísio Motta,

e ao Senado, Pedro Rosa,

além do deputado federal

Jean Wyllys, que tenta

a reeleição.

"Evidente que sempre há

uma desvantagem pela

exposição que os demais

candidatos já tiveram. Mas,

mesmo tendo 15 dias de

exposição pública e bastante

restrita (...), já conseguimos

pontuar na última pesquisa

que foi feita pelo Datafolha.

Isso nos deixa com a certeza

de que nossa campanha vai

crescer bastante", disse

Luciana. O PSOL não possui

coligação com outro partido.

Em Acari, Pastor Everaldo

encontrou a população de

Bíblia em mãos e foi

acompanhado pela esposa, a

cantora gospel Ester Batista.

Cercado por apoiadores, que

seguravam bandeiras do

partido, ele visitou uma igreja

evangélica do local e a Feira

de Acari, onde comeu

um pastel.

PAT R I M Ô N I ONo fim de semana, foram

divulgados os patrimônios

pessoais declarados por cada

candidato à Justiça Eleitoral.

Em 2010, Dilma declarou

R$ 1.066.347,47. Agora, o

valor total dos bens passou a

R$ 1.750.695,64 (um

crescimento de cerca de

64%). O bem mais caro da

presidente é um terreno em

Porto Alegre que ela declarou

valer R$ 337.983,00. O

segundo bem mais caro é um

apartamento de

R$ 290.302,29.

Eduardo Campos (PSB),

declarou um patrimônio de

R$ 546.799,50. Com relação

a 2010, quando concorreu ao

cargo de governador de

Pernambuco, o patrimônio

aumentou 5,02%. Naquele

ano, ele afirmou que seus

bens valiam R$ 520.626,04.

O bem mais caro de

Campos é uma casa no

Recife, que ele declarou valer

R$ 142.460,00. Marina,

candidata a vice-presidente,

declarou ter R$ 135.402,38.

Em 2010, foram declarados

R$ 149.264,38. (Agências)

André Dusek/Estadão Conteúdo

Marina e Campos em churrasco na favela Sol Nascente, em Brasília.

6 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014

Um líder é o que vesteChefes de Estado pensam cada vez mais na hora de se vestir: Dilma , Michelle Obama e Hollande mudaram da água para o vinho

durante a campanha, mas nada que se compare ao primeiro-ministro indiano, que lançou sua própria grife de túnicas.

Vanessa FriedmanThe New York Times

Mesmo para os pa-

drões de um mun-

do que viu blogs

devotados ao sen-

so de estilo de Michelle Oba-

ma, as transformações pré-

eleição de François Hollande e

Dilma Rousseff e a canoniza-

ção das camisas de Nelson

Mandela, a imagem do novo

primeiro-ministro da Índia,

Narendra Modi – e sua explo-

são fashion –, é matéria para

um estudo de caso.

De fato, mesmo para os pa-

drões da própria Índia, onde lí-

deres talvez sejam mais ante-

nados e usem vestimentas co-

mo uma estratégia comunica-

tiva (veja: a adoção do dhoti

por Mohandas K. Gandhi, o ca-

saco de Jawaharlal Nehru e os

saris de Indira e Sonia Gandhi,

feitos a partir da tradicional

vestimenta indiana, o khadi),

Modi se destaca. Literal e es-

trategicamente.

Afinal, ele usou o modelo

com tanta frequência que a

peça agora leva seu nome (o

Modi Kurta, a versão revisada

da clássica túnica indiana com

mangas três quartos), e o al-

fa ia te que a c r iou , B ip in

Chauhan, da cadeia de roupas

Jade Blue, registrou a marca e

a está levando para a Grã-Bre-

tanha, para os Estados Unidos

e para o sudeste da Ásia. A rou-

pa tem sua própria hashtag no

Twitter (#ModiKurta) e há um

site de e-commerce voltado aolook Modi (modimania.com),que foi criado de acordo com

declarações constantes na

página, porque Modi "se tor-

nou um estilo não apenas na

Índia, mas no mundo inteiro".

Tudo isso mostra o sucesso de

Modi em associar seu estilo

pessoal à sua plataforma polí-

tica, para o benefício de am-

bos. Objetivamente dizendo,

o Modi Kurta por si só não re-

presenta exatamente um ex-

traordinário avanço estético;

ele, na verdade, simboliza um

conjunto de valores. E é aí que

reside sua sedução.

De acordo com Priya Tanna,

editora da Vogue India, "nunca

antes houve uma convergência

tão forte entre o que um político

na Índia defende e sua forma de

se vestir". Ao menos não num

passado recente, e nem por al-

go que claramente se destina

ao público em geral (e não ape-

nas aos obcecados com a ima-

gem) e que é abertamente re-

conhecido por seu criador.

Tanna pode contar nos de-

dos o porquê disso. Um: a es-

colha de um kurta ressalta

uma imagem cultural que é

"100% Índia". Dois: é uma pe-

ça democrática – qualquer

pessoa pode vesti-la da mes-

ma maneira. Três: apoia a in-

dústria local. Quatro: diferen-

cia Modi de seu oponente polí-

tico, Rahul Gandhi, que prefe-

riu simples camisas brancas

para contrapor o status de sua

família como membros da eli-

te indiana e que também veio

da tradição do estilo ocidenta-

lizado Oxbridge. Cinco: isso,

consequentemente, enfatiza

as origens humildes de Modi

(seu pai era vendedor de chá),

embora ele não precise fingir

que é humilde; ele pode perso-

nificar a mobilidade emergen-

te. E tem mais.

LIMPO E COLORIDOSeis: o fato de o kurta de Mo-

di estar sempre limpo e arru-

mado, e geralmente colorido

(ele tem aparecido vestido de

laranja, verde-limão e azul-

claro, entre outras cores), for-

nece um contraste claro ao

que o India Today chamou de "a

era dos desleixados e barrigu-

dos comedores de paan (polí-

ticos), com seus dhotis amar-

rotados e kurtas sem cor". Isso

sugere um claro comprometi-

mento com o profissionalismo

e os negócios. Sete: o fato de

os kurtas de Modi serem feitos

com materiais que incluem al-

godões e sedas orgânicos,

combinado à sua nada aca-

nhada inclinação por relógios

(ele tem um Movado) e óculos

de sol (Bulgari), mostra um es-

tilo que reflete a visão que ele

tem de seu país e suas indús-

trias. E oito: esse ponto é bas-

tante realçado pela história de

seu alfaiate, que começou

costurando fora das lojas de

roupa e agora possui uma ca-

deia de lojas, tornando-se

uma celebridade graças a seu

cliente famoso (que, a propó-

sito, aprovou o registro da

marca Modi Kurta).

Para aqueles que pensam

que tudo isso parece exagera-

do, note que o look Modi come-

çou a se desenvolver apenas

quando o político trocou seu

trabalho de pracharak (um ti-

po de atuante ou ativista polí-

tico, com seu uniforme estrita-

mente controlado) do grupo

de direita Rashtriya Swayam-

sevak Sangh para o partido

nacionalista hindu Bharatiya

Janata, no fim dos anos 1980 –

a mesma época em que come-

çou a visitar Chauhan por con-

ta dos kurtas.

O alfaiate falou: "Modi me

disse certa vez que não pode

transigir de três coisas: seus

olhos, sua voz e suas roupas".

Esse t ipo de admissão

quanto à criação da imagem

frequentemente é desconfor-

tável para especialistas, espe-

cialmente nos países do Oci-

dente, em que há certo senso

de impropriedade hipócrita

atado ao fato de parecer ter

havido um planejamento exa-

gerado na escolha das roupas

(veja: Nicolas Sarkozy, tam-

bém conhecido como presi-

dente Bling-Bling). Isso gera

um ponto fraco –e, de fato, o lí-

der do partido oponente Sa-

majwadi, Mulayam Singh Ya-

dav, jogou a indireta de que

Modi "troca de kurta 500 vezes

por dia" durante a campanha.

Mas Modi tem sido consis-

tente e firme a respeito de

suas táticas de vestimenta,

chegando ao ponto de se ga-

bar em um comício em Go-

Amit Dave/Reuters

rakhpur, comentando que ti-

nha tórax e ombros largos. A

vantagem – a criação de uma

comunicação visual simplifi-

cada que é amplamente reco-

nhecida e, a se julgar pelo nú-

mero de pessoas que começa-

ram a segui-la, aprovada – va-

le a pena.

A questão agora é se seu es-

tilo e mensagem irão mudar

com o fato de ter assumido o

poder. Em sua cerimônia de

posse, por exemplo, Modi tro-

cou seu kurta com mangas

curtas por uma versão de

mangas compridas com bo-

tões no punho, gerando deba-

te no Twitter sobre se o look

mais formal seria um sinal po-

sitivo ou não.

De qualquer modo, o que fi-

ca evidente é que ele estabe-

leceu firmemente a ideia de

que sua forma de se vestir tem

um significado que vale a pena

ser analisado. Se, como acre-

dita Tanna, Modi irá criar mais

modismos à la Sonia Gandhi e

seus saris de algodão (que se

tornaram um look de trabalho

"cool" para muitas mulheres)

é, talvez, uma verdadeira ten-

dência que vale a pena ser

bem observada.

Narenda Modi virou febre ao propagar a túnica indiana. Ele explica : sua roupa leva seus valores de democracia, porque todos podem comprá-la, além de significar apoio à indústria local, por ser "100% indiana".

Nunca antes houveuma convergênciatão forte entre o queum político na Índiadefende e sua formade se vestir.PR I YA TANNA,EDITOR A DA VOGUE ÍNDIA

Modi me dissecerta vez que nãopode transigir detrês coisas: seusolhos, sua voz esuas roupas.PRYA TANNA, DA VOGUE

Karsten Moran/The New York Times

A 1ª dama americana aposta em vestidos com estampas diferentes

Philippe Wojazer/Reuters

Sérgio Castro/ Agência Estado - 12/01/2009 Wilton Júnior/ AE - 28/01/2011

A presidente Dilma Rousseff (acima) mudou seu estilo sisudo de Chefe daCasa Civil para roupas mais austeras e simpáticas durante a campanhapara a Presidência da República, em 2010. O francês socialista, François

Hollande (à direita) nunca foi visto em roupas menos formais, após oespalhafatoso Nicolas Sarkozy, Hollande não vai além do terno básico.

sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7

Yenakievo, portas de

acesso à capital da re-

gião, a cerca de 30 quilô-

metros ao norte.

Segundo Strelkov, pe-

lo menos 80% de seus

homens e 90% de seus

blindados, veículos e ar-

mamentos conseguiram

romper o cerco dos mili-

tares ucranianos e sair da cidade graças a uma

manobra de distração de um grupo de milicia-

nos. No entanto, a maioria dos rebeldes que

atacou as posições ucranianas para permitir

que boa parte das milícias saísse de Slaviansk,

morreu. (Agências)

Queimado vivo por nacionalistas israelenses, Muhammed Abu Khdeirdesencadeou um conflito armado em Gaza e a consternação do governo

de Netanyahu: "Não há lugar em Israel para esse tipo de assassino".

A identificação dos responsáveis

pelo assassinato do jovem palestino

Muhammed Abu Khdeir, de 16 anos, quei-

mado vivo por nacionalistas israelenses

em Jerusalém, na semana passada,

em represália ao sequestro e morte

de três seminaristas judeus perto

de Hebron, intensificou o conflito

armado na Cisjordânia e provo-

cou uma furiosa reação

por parte do governo de

Benjamin Netanyahu,

para quem "esse tipo

de assassino não tem

lugar na sociedade

israelense".

O ministro da

Defesa de Israel,

Moshe Yaalon,

por sua vez, con-

clamou que os cri-

minosos israelenses, "que

não representam o povo judeu nem seus valores", sejam trata-

dos como qualquer outro terrorista.

Netanyahu prometeu "impor a força da lei a esses agressores,

cujo crime horrível merece ser condenado e rejeitado", e disse

que "Israel não permitirá que extremistas, não importa de que

lado, inflamem a região e causem derramamento de sangue".

"Terror é terror. Assassinato é assassinato. Incitação é incita-

ção, e nós vamos responder de forma agressiva para ambos",

declarou Benjamin Netanyahu.

Segundo o site Ynet, um dos seis israelenses detidos pelas

forças de segurança por conta da morte do jovem palestino con-

fessou seu envolvimento e delatou os demais envolvidos.

Trata-se de jovens, alguns deles menores de idade, proce-

dentes da cidade de Beit Shemesh, perto de Jerusalém, e da co-

lônia judaica de Adam, na parte ocupada da Cisjordânia.

Os detidos também estão relacionados com a tentativa de se-

questro de uma criança de 9 anos, Moussa Zalum, que foi rap-

tada no bairro árabe de Beit Hanina, Jerusalém, um dia antes do

desaparecimento de Abu Khdeir, cujo corpo carbonizado foi lo-

calizado em uma floresta ao oeste de Jerusalém, horas depois

de ele ter sido raptado no bairro de Shuafat.

Um tribunal ditou prisão preventiva de oito dias para cinco

dos seis detidos, sob acusação de afiliação a grupo terrorista,

vinculação a movimento ilegal, assassinato, conspiração crimi-

nosa, posse de armas e delito por motivações raciais.

Também ontem veio à tona o fato de dois policiais israelenses

terem surrado e mantido preso Tareq Khdeir, primo de Muham-

med Khdeir, sem acu-

sações formais, apesar

da gravidade de seus

ferimentos.

Tareq Khdeir, que

tem nacionalidade nor-

te-americana e estava

em Jerusalém de fé-

rias, foi posto em liber-

dade condicional de-

pois de pagar fiança e

prometer não mais vol-

tar a Shuafat.

Violência -- Ontem, as milícias palestinas lançaram cerca de

20 mísseis de Gaza, atingindo o território de Israel. Um dos ar-

tefatos causou um incêndio no Conselho Regional de Eshkol, en-

quanto outro danificou instalações agrícolas na mesma região,

mas sem causar vítimas.

Por conta desses ataques, as forças israelenses iniciaram

uma retaliação, bombardeando uma dezena de alvos na Faixa

de Gaza, incluindo plataformas de lançamento de foguetes

ocultas e instalações para a manufatura de armamento no cen-

tro e sul da região.

Ainda ontem à noite, palestinos enfurecidos tentaram colo-

car fogo no túmulo de José, local de pregação de judeus, cristãos

e muçulmanos na cidade de Nablus. A investida contra o local

sagrado foi desarticulada por policiais que usaram bombas de

gás lacrimogênio contra os manifestantes. Em toda Israel, pro-

testos e confrontos eclodiram: em vários bairros de Jerusalém

foram lançadas bombas incendiárias e em Nazaré e Negev fo-

ram reportados tumultos. (Agências)

Ucrâniar etomareduto dospró-r ussos

Maxim Zmeyev/Reuters

Forças dogoverno

expulsaram osseparatistas de

Slaviansk ecomeçaram a

distribuirmantimentos à

população.

Forças do governo expulsaram militantes

pró-Rússia da importante cidade de Slaviansk,

no leste da Ucrânia, neste fim de semana, e

hastearam novamente sua bandeira azul e

amarela. Segundo o presidente Petro Po-

roshenko, a retomada do antigo reduto rebelde

pode representar um momento decisivo na lu-

ta contra os separatistas.

“As forças ucranianas controlam totalmente

agora as cidades de Slaviansk e Kramatorsk”,

anunciou o funcionário da “operação antiterro-

ri st a” Andriy Lysenko à imprensa local, acres-

centando que o governo começou a reconstruir

a infraestrutura da cidade e a garantir comida e

água potável aos moradores.

Slaviansk era a fortaleza mais importante

dos militantes que enfrentam o governo da

Ucrânia, motivo pelo qual esta operação repre-

senta a vitória mais notável de Kiev em três me-

ses de confrontos, durante os quais mais de

200 soldados ucranianos perderam a vida, as-

sim como centenas de civis e de rebeldes.

Em discurso transmitido pela TV na noite de

sábado último, Petro Poroshenko saudou a vi-

tória como um momento simbólico significati-

vo: “Essa não é uma vitória completa. Mas a re-

moção de pessoas armadas até os dentes de

Slaviansk tem enorme importância simbólica.

É o inicio da virada na batalha contra comba-

tentes pela integridade territorial da Ucrânia”,

declarou o presidente ucraniano.

Ele também afirmou que numerosos reféns

foram libertados e que outra quantidade signi-

ficativa de armas foi apreendida.

Poroshenko alertou, no entanto, que os re-

beldes estão se reagrupando em outras cida-

des e afirmou que ele mesmo está longe de se

sentir eufórico. “Há mais desafios pela frente”,

ponderou. “Mas minha ordem já está em vigor:

apertem o cerco aos terroristas”, publicou ele

em sua página no Twitter, ontem.

“Continuem a operação para libertar as re-

giões de Donetsk e Luhansk”, acrescentou o

presidente ucraniano, citando as duas maiores

cidades do leste do país castigadas pelos con-

flitos entre rebeldes separatistas e forças do

governo, desde abril. Em nota, o ministro do in-

terior da Ucrânia, Arsen Avakov, confirmou:

“Temos um plano de ação e vamos seguir em

frente todos os dias”.

Segundo as tropas ucranianas, além de de-

ter o controle total sobre Slaviansk, o governo

já estende seu domínio sobre a cidade vizinha

de Kramatorsk, de onde muitos rebeldes pare-

cem ter recuado para Donetsk, o principal cen-

tro industrial da região leste do país e primeiro

lugar a ser declarado pelos separatistas como

“república popular”.

Recuo -- Em entrevista aos meios de comuni-

cação russos, o chefe das milícias de Slaviansk,

Igor Strelkov, reconheceu que a defesa das ci-

dades no entorno de Slaviansk "não faz sentido

(...) porque acabaria em outro cerco" como já

aconteceu com a cidade que até ontem era

símbolo da sublevação pró-russa contra Kiev".

Ele também anunciou que seus homens estão

preparando a "defesa ativa" de Donetsk.

A retirada dos separatistas rumo a Donetsk

foi confirmada pelo chefe do Serviço de Segu-

rança da Ucrânia, Valentin Nalivaichenko,

que acusou os insurgentes de querer "provo-

car o caos nos lugares de grande população

(...) a fim de destruir o Estado, semear o pâ-

nico e debilitar a Ucrânia". "Os terroristas dei-

xaram as duas últimas cidades antes de Do-

netsk: Druzhkovka e Konstantinovka", decla-

rou por sua vez o comandante do batalhão de

voluntários ucranianos "Donbass", Semyon

S e m c h e n ko.

Após a rendição de Slaviansk, grandes colu-

nas de milicianos foram vistas em Gorlovka e

Prisão deduplo espiãoalemãocomplica NSA

O escândalo em torno das atividades

da Agência Nacional de Segurança na

Alemanha (NSA) ganhou novo fôlego,

neste fim de semana, depois que um

agente alemão de 31 anos foi detido por

suposta contra-espionagem. Membro

dos serviços secretos alemães, ele teria

vazado segredos oficiais do Bundestag

(Parlamento) para os EUA, o que levou o

ministro do Interior da Alemanha, Tho-

mas de Maizière, a exigir explicações.

Segundo a imprensa alemã, o suposto

espião agiu durante dois anos como

agente duplo a serviço da NSA. Ele foi

preso por ordem da Promotoria federal

ao confessar que vendia seus serviços a

Washington e recebia instruções através

da embaixada americana em Berlim.

O agente em questão teria vazado 218

documentos internos alemães, incluindo

três atas relacionadas com as pesquisas

da comissão investigadora do Bundes-

tag, e recebido, em troca, 25 mil euros.

A Alemanha não confimou as notícias,

mas as relações entre os dois países con-

tinuam estremecidas por conta de escu-

tas feitas pela ANS americana durante

contatos telefônicos da chanceler Ange-

la Merkel, ano passado. (Agências)

Reuters

Ammar Awad/Reuters

Gleb Garanich/Reuters

A morte destejovem palestinogerou uma criseinterna em Israel

8 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014

Fone: (11) [email protected] Capitão João Cesário, 78, 4º andar,

Penha de França, São Paulo, SPwww.augustoduarteadvogados.com.br

Assessoria Comercial e EmpresarialEmpresas • Indústrias • Contabilidades

BH: Justiça barra demolição de viaduto.Decisão atende pedido do Ministério Público de Minas para preservar área do acidente que matou duas pessoas e deixou 22 feridas. Causas serão investigadas.

AJustiça mineira deter-

minou ontem o em-

bargo da demolição

do Viaduto Guarara-

pes, que desabou na região da

Pampulha, em Belo Horizonte.

Na ocasião, duas pessoas mor-

reram e 22 ficaram feridas.

A decisão atendeu a um pe-

dido do Ministério Público Es-

tadual (MPE), que quer a pre-

servação do local para a con-

clusão dos trabalhos de perí-

c ia que vão determinar a

causa do desabamento, ocor-

rido na última quinta-feira.

O início da demolição estava

previsto para ontem de manhã.

Na noite de sábado, a assesso-

ria da Construtora Cowan, res-

ponsável pela obra, informou

que a empresa havia sido "au-

torizada pelos órgãos compe-

tentes a iniciar a demolição do

viaduto", trabalho que seria

realizado entre as 8h e 22h.

Mas a Coordenadoria Muni-

cipal de Defesa Civil (Comdec)

recebeu ofício do Tribunal de

Justiça de Minas Gerais (TJMG)

informando sobre o embargo

da demolição para que o local

permaneça preservado.

Segundo a prefeitura de Be-

lo Horizonte (PBH), os traba-

lhos de demolição poderão ser

realizados em 24 horas após a

liberação. Mas o chefe da Coor-

denadoria Municipal de Defesa

Civil (Comdec), coronel Ale-

xandre Lucas, afirmou que a

segurança dos trabalhos e das

pessoas que moram em imó-

veis próximos "têm priorida-

de" sobre a Copa do Mundo.

Foi uma referência à partida

entre Brasil e Alemanha por

uma das semifinais do Mun-

Flavio Tavares/Hoje em Dia

Garoto observa viaduto que desabou em Belo Horizonte: MP quer preservar local para facilitar as investigações sobre as causas do acidente.

Moradores da região protestam contra a prefeitura de Belo Horizonte Desabamento atingiu quatro veículos e deixou duas pessoas mortas

dial que será realizada ama-

nhã no Estádio do Mineirão, na

mesma região do acidente.

A Polícia Civil instaurou in-

quérito para investigar o moti-

vo do desabamento do viadu-

to e ainda precisa fazer levan-

tamentos no local, além de

análise da documentação for-

necida pela PBH e pela Cowan,

para tentar confirmar a causa

do colapso da estrutura.

Já foi constatado que um dos

três pilares que sustentava o

viaduto afundou seis metros.

Mas a perícia ainda terá que

fazer trabalhos como a análise

do solo. A polícia fez uma série

de exigências para que seja

feita a demolição, incluindo o

isolamento da área onde o pi-

lar afundou, além do escora-

mento da outra alça do viadu-

to, mas o MPE entende que é

necessário preservar toda a

cena do acidente.

In qué rit o – Pelo menos 18

pessoas, incluindo engenhei-

ros e funcionários da Cowan, já

foram ouvidos no inquérito ins-

taurado pela 3ª Delegacia Re-

gional (Venda Nova) para apu-

rar o caso. As investigações

são acompanhadas por repre-

sentantes das promotorias Cri-

minal e de Defesa do Patrimô-

nio Público do MPE mineiro.

A queda do viaduto atingiu

dois caminhões, um micro-

ônibus e um Fiat Uno. Os dois

primeiros veículos estavam

vazios, mas a motorista do co-

letivo, Hanna Cristina dos

Santos, de 25 anos, e o condu-

tor do Uno, Charlys Frederico

Moreira do Nascimento, de

25, morreram na hora. (Es ta-dão Conteúdo)

Clayton de Souza/Estadão Conteúdo Fernanda Carvalho/Estadão Conteúdo

Quatro pessoas nãoidentificadas colocaram

explosivos em uma das colunasdo monotrilho da Linha 15 doMetrô, na zona leste, namadrugada de 29 de junho,segundo a polícia.

Previsto para ser inauguradoem setembro, o primeiro trechodo monotrilho vai ligar asestações Vila Prudente eOratório. A Delegacia doMetropolitano suspeita de"grupos desordeiros" parachamar a atenção. Os cartuchosestavam sem detonador e,mesmo que fossem acionados,não teriam potencial paraderrubar ou abalar a estruturada coluna. (Agências)

EXPLOSIVOS

Aguardada como a soluçãopara a crise do Sistema

Cantareira, a próximatemporada de chuvas não develivrar o principal manancialpaulista do estado crítico.Análise estatística feita pelocomitê que monitora a seca nosreservatórios revela que osistema tem apenas 25% dechance de acumular entredezembro e abril de 2015 umaquantidade de água (546bilhões de litros) suficiente pararepor o "volume morto" usadoemergencialmente e aindadevolver ao Cantareira 37% dasua capacidade antes dopróximo período de estiagem.

Na última década, a única vezque o sistema iniciou atemporada sem chuvas (maio asetembro) com menos de 35%da capacidade foi justamenteneste ano. No dia 1.º de maio, onível do manancial estava em10,5%, ou seja, três vezes e meiamenor. (EC)

CANTAREIRA

.Ó..R B I TA

NA BANDEJA – A ativista Sara Winter, ex-Femen, integra omovimento feminista Bastardxs, que ontem fez um protesto contraa exploração sexual na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

Marcus Vitório/Estadão C

onteúdo

Pelo Brasil,pé na estradae muito amorno coração.

Mariana Missiaggia

Paulo Pampolin/Hype

José Carlos Doria com a bandeira da Seleção: seis mil quilômetros para assistir aos jogos da Copa.

Morador do bairro da

Pompeia, na zona

oeste de São Paulo, o

contador José Carlos Doria,

de 63 anos, decidiu que ia as-

sistir aos jogos da Copa do

Mundo. E foi. Na companhia

de um de seus quatro filhos e

um casal de amigos, ele ves-

tiu a camisa da Seleção Bra-

sileira, pegou estrada e, até

agora, assistiu a sete jogos

do Mundial. Um deles, entre

Brasil e Camarões.

Nos últimos 20 dias, Doria

rodou quase seis mil quilô-

metros. O planejamento co-

meçou há nove meses com

muitos plantões durante as

madrugadas à espera de li-

beração de ingressos para as

partidas. Doria e o filho se di-

vidiam em turnos para espe-

rar a Fifa disponibilizar os in-

gressos na internet.

A partir das entradas que

conseguiam, eles iam traçan-

do o roteiro que, em um jogo,

também foi feito de avião. A

bordo de uma CRV Honda,

eles passaram por Fortaleza,

Recife, Curitiba, Belo Horizon-

te e assistiram a três jogos em

Brasília. No total, foram 5.600

quilômetros rodados.

O volante era divido entre o

contador e seu filho e as para-

das eram feitas somente

quando necessárias. Eles não

tinham muito tempo.

Apesar dos três compa-

nheiros do contador terem ti-

rado férias especialmente

para a Copa, a situação de

Doria era diferente. Entre um

e outro compromisso de tra-

balho, ele partia com os com-

panheiros rumo ao Mundial e

passavam as noites hospe-

dados em hotéis próximos

aos estádios.

Avião–Em um dos trechos,

eles foram até Fortaleza de

avião, onde alugaram um

carro, assistiram a um jogo e

partiram para o Recife.

Contrariando as expecta-

tivas do torcedor, tudo cor-

reu muito bem durante a jor-

nada do quarteto. In-

clusive na viagem a

Bras í l ia , que o

p re o c u p a v a

u m p o u c o

m a i s p o r

conta da dis-

t â n c i a ( 1 . 0 5 0

q u i l ô m e t ro s ) .

“As estradas esta-

vam ótimas, me surpreen-

di. E a organização do evento

está funcionando perfeita-

mente bem. Não houve tu-

multo, nem filas, desrespeito,

nada que comprometesse a

nossa diversão e segurança”,

elogiou Doria.

Com entusiasmo, o torce-

dor lembra a disputa entre

Alemanha e Gana que, na sua

opinião, foi a mais emocio-

nante do torneio. “São times

que jogam com raça e treinam

muito para jogar como jogam.

Também gostei bastante de

Costa Rica e Itália.”

Final – Esperançoso, Doria

acredita em uma final entre

Brasil e Argentina. “Seria

fantástico. Mas parece que a

garra brasileira está esgota-

da e a torcida está esfriando,

pois estamos desconfiados.

O desempenho da Seleção

está estranho. Mas, ainda as-

sim, aposto que estare-

mos na final”.

Até o momento,

sem ingressos

para os próxi-

mos jogos, Do-

ria não descar-

ta a possibili-

dade de com-

p a r e c e r a

mais um es-

tádio. Atento ao

site da Fifa, ele segue à pro-

cura por ingressos para um

dos jogos da semifinal.

E, desta vez, ele espera so-

mar o cunhado à sua carava-

na da Copa. “Muita gente nos

procura em busca de ingres-

sos. A verdade é que nós nos

empolgamos desde o primei-

ro minuto, e a maioria dos

brasileiros não botava fé nes-

sa Copa. É uma pena não ter-

mos mais ingressos e que

passe tão rápido”, disse.

Assistir aos jogos do Mun-

dial ao vivo veio como uma

recompensa para o conta-

dor. Ele ainda se arrepende

de não ter ido ao Japão, em

dezembro de 2012, quando o

Corinthians, seu time do co-

ração, venceu o Mundial de

I n t e rc l u b e s .

“Estava tudo certo, hospe-

dagem reservada, ingresso

comprado, mas alguns com-

promissos de trabalho me

impediram de ir. Era um mo-

mento único, nunca mais es-

sa oportunidade vai voltar e

essa história eu carrego com

tristeza. No final, meu filho

foi sozinho”, lamentou.

Rússia – E parece que Doria

não pretende mais se arre-

pende quando o assunto for

futebol. Antes mesmo da Co-

pa ter acabado, ele e seu filho

já começaram a se programar

para a próxima viagem: A Co-

pa de 2018, na Rússia.

“Vamos nos esforçar para

estar lá. Esse evento aproxi-

ma o mundo e traz uma ener-

gia muito boa. Indo ao estádio,

você fica até dividido por

quem torcer porque rola uma

confraternização muito gran-

de entre as torcidas. Se Deus

quiser, em 2018, vamos repe-

tir toda a felicidade que vive-

mos nos últimos dias.”

sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9

MAIS VERDEO projeto de despoluiçãoprevê o plantio de 10 mil

mudas de árvores.

Um projetopara salvaro rio Preto

Despoluição de trecho próximo a São José do Rio Preto será realizadaem cinco etapas e começa em, no máximo, seis meses.

André de Almeida

Um dos mais conheci-

dos rios paulistas, o

rio Preto, está doen-

te. Com 120 quilô-

metros de extensão, quedas

d'água e uma grande beleza

natural, tem suas águas lota-

das de lixo urbano, principal-

mente nas proximidades de

São José do Rio Preto, cidade

do Interior que lhe presta ho-

menagem no nome. Pre o c u-

pada com a situação e objeti-

vando melhorá-la, a prefeitu-

ra local anunciou um projeto

de despoluição e recupera-

ção de 14 quilômetros do rio,

no trecho que liga Rio Preto

a I p i g u á , j u s t a m e n t e o

que mais sof re as conse-

quências da poluição.

A iniciativa está orçada em

R$ 3,3 milhões, recurso prove-

niente de multas por danos

ambientais lavradas pela Se-

cretaria Estadual de Justiça.

"Estamos esperando a libera-

ção da verba pelo Fundo Esta-

dual de Defesa dos Interesses

Difusos, o FID. Começaremos

as intervenções, no mais tar-

dar, dentro de seis meses",

afirma Clinger Gagliardi, se-

cretário municipal do Meio

Ambiente e Urbanismo de São

José do Rio Preto.

TURISMO

A concepção do projeto de

despoluir do rio Preto come-

çou a ser desenhada em 2013,

quando a delegada regional

de Turismo de São José do Rio

Preto, Célia Gomes, propôs a

realização de ações pelo Dia

Mundial do Turismo, em 27 de

setembro. "A ideia inicial era

fazer um projeto que fomen-

tasse economicamente o tu-

rismo em torno do rio Preto,

gerando novos negócios e va-

lorizando a região", diz Célia.

A primeira ação seria um

passeio de barco pelas águas

do rio, entre São José do Rio

Preto e Ipiguá, que acabou não

acontecendo diante do alerta

da polícia ambiental para a

grande quantidade de lixo e

entulho que existia no trecho

em questão. "Fiquei profunda-

mente triste em ver o estado

do rio, com garrafas pet e pe-

daços de madeira e isopor

boiando. Durante minha infân-

cia morei em uma chácara que

terminava nas margens do rio

Preto, então limpo e bonito".

Diante da situação, Célia re-

solveu então fundar – junto

com voluntários, órgãos públi-

cos e privados, ONGs e autar-

quias –o Projeto Rio Preto Vivo,

que tem como trabalho princi-

pal a elaboração de ações pa-

ra limpeza, revitalização e

conservação do rio.

Com frequência o grupo se

reúne para realizar ações sim-

bólicas de limpeza do rio Pre-

to, exposições itinerantes e

palestras educativas, entre

outras atividades. "O atual

projeto de despoluição só foi

concebido depois das nossas

reivindicações", afirma a dele-

gada regional de Turismo.

E TA PA SO projeto de despoluição

está dividido em cinco eta-

pas. Na primeira delas serão

providenciadas as regulariza-

ções ambientais para a reali-

zação das intervenções em

áreas de preservação perma-

nente e desassoreamento de

trechos do rio. Na segunda fa-

se serão feitas aquisições e

instalações de barreiras flu-

tuantes para conter os resí-

duos provenientes do municí-

pio de São José do Rio Preto,

além da instalação de placas

informativas do projeto.

A etapa seguinte abrangerá

a limpeza e abertura de aces-

sos junto ao rio para a limpeza

com remoção manual e meca-

nizada, de acordo com a neces-

sidade de cada trecho, com a

reciclagem dos

materiais reapro-

veitáveis e desti-

nação final dos re-

jeitos em aterro.

Na quarta fase es-

tá previsto o de-

s as s ore am e nt o

de trechos do rio, e na última

etapa haverá o plantio de 10 mil

mudas na Área de Preservação

Permanente (APP) do rio Preto,

ao logo dos trechos trabalha-

dos e degradados.

"Essa ação

vai beneficiar os municípios

no trajeto entre São José do Rio

Preto, Ipiguá até a cachoeira

de São Roberto, em Pontes

Gestal. Irá melhorar a vida nas

cidades e fo-

mentará o turismo", diz Valdo-

miro Lopes, prefeito de São Jo-

sé do Rio Preto.

A Associação Comercial e

E mp re sa r ia l

da cidade, a

Acirp apoia o

projeto, já que

o crescimento

no número de

turistas depois

que o rio estiver despoluído

também impactará positiva-

mente no comércio e no seg-

mento de serviços locais.

Fotos: Divulgação

Com 120quilômetros de

extensão,quedas d'água ebeleza natural, orio Preto é um dosmais conhecidos

de São Paulo.

No seu trechourbano, o rioestá cheio degarrafas pet,pedaços demadeira e

o u t ro sresíduos.

À esquerda,exposição dolixo retiradodas águas

do rio Preto.O projeto dedespoluição

do trechode 14

q u i l ô m e t ro sestá orçado emR$ 3,3 milhões.

Banco Bankpar S.A.CNPJ no 60.419.645/0001-95 - NIRE 35.300.021.355

Ata Sumária das Assembleias Gerais Extraordinária e Ordináriarealizadas cumulativamente em 17.4.2014

Data, Hora, Local: Em 17.4.2014, às 8h30, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Prata, 4o

andar, Vila Yara, Osasco, SP. Mesa: Presidente: Julio de Siqueira Carvalho de Araujo; Secretário:Ariovaldo Pereira. Quórum de Instalação: Totalidade do Capital Social. Presença Legal:Administrador da Sociedade e representante da empresa KPMG Auditores Independentes.Publicações Prévias: Os documentos de que trata o Artigo 133 da Lei no 6.404/76, quais sejam,os Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes, e as Demonstrações Contábeis,relativos ao exercício social findo em 31.12.2013, foram publicados em 19.3.2014, nos jornais“Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas 3 a 6, e “Diário do Comércio”, páginas 7 a 9.Disponibilização de Documentos: Os documentos citados no item “Publicações Prévias”, aproposta da Diretoria, bem como as demais informações exigidas pela regulamentação vigente,foram colocados sobre a mesa para apreciação do acionista. Edital de Convocação:Dispensada a publicação de conformidade com o disposto no §4o do Art. 124 da Lei no 6.404/76.Deliberações: Assembleia Geral Extraordinária: Aprovada, sem qualquer alteração ouressalva, a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão de 16.4.2014,dispensada sua transcrição, por tratar-se de documento lavrado em livro próprio, para modificara composição administrativa da Sociedade, eliminando o cargo de Diretor Geral, alterando emconsequência, os Artigos 7o e 10 do Estatuto Social, que passam a ser os seguintes: “Art. 7o) ASociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembleia Geral, com mandato de 1(um) ano, estendendo-se até a posse dos novos Administradores eleitos, composta de 3 (três) a14 (catorze) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente, de 1 (um) a 10 (dez) Diretores Vice-Presidentes e de 1 (um) a 3 (três) Diretores. Art. 10) Além das atribuições normais que lhe sãoconferidas pela lei e por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a)ao Diretor-Presidente, presidir as reuniões da Diretoria, supervisionar e coordenar a ação dosseus membros; b) aos Diretores Vice-Presidentes, colaborar com o Diretor-Presidente, nodesempenho das suas funções; c) aos Diretores, colaborar com os demais membros da Diretoriano desempenho de suas funções, e supervisionar e coordenar as áreas que lhe ficarem afetas.”.Assembleia Geral Ordinária: I) tomaram conhecimento dos Relatórios da Administração e dosAuditores Independentes, e aprovaram, sem ressalvas, as Demonstrações Contábeis relativasao exercício social findo em 31.12.2013; II) reeleitos, para compor a Diretoria da Sociedade, ossenhores: Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, viúvo, bancário, RG5.284.352-X/SSP-SP, CPF 250.319.028/68; Diretores Vice-Presidentes: Julio de SiqueiraCarvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 55.567.472-1/SSP-SP, CPF 425.327.017/49; Aurélio Conrado Boni, brasileiro, casado, bancário, RG 4.661.428-X/SSP-SP, CPF191.617.008/00; Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente, brasileiro, casado, bancário, RG55.799.633-8/SSP-SP, CPF 373.766.326/20; Marco Antonio Rossi, brasileiro, casado, bancário,RG 12.529.752-X/SSP-SP, CPF 015.309.538/55, todos com domicílio na Cidade de Deus, VilaYara, Osasco, SP, CEP 06.029-900; Diretor: Cesario Narihito Nakamura, brasileiro, casado,bancário, RG 14.130.520-4/SSP-SP, CPF 065.816.148/23; com domicilio na Alameda Rio Negro,585, 15o andar, Edifício Jauaperi, Alphaville, Barueri, SP, CEP 06.454-000; e eleitos DiretoresVice-Presidentes os senhores Alexandre da Silva Glüher, brasileiro, casado, bancário, RG57.793.933-6/SSP-SP, CPF 282.548.640/04; Josué Augusto Pancini, brasileiro, casado,bancário, RG 10.389.168-7/SSP-SP, CPF 966.136.968/20; e Maurício Machado de Minas,brasileiro, casado, bancário, RG 7.975.904-X/SSP-SP, CPF 044.470.098/62, todos com domiciliona Cidade de Deus, s/no, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900; Diretores os senhores ArthurPadula Omuro, brasileiro, casado, bancário, RG 9.379.198/SSP/SP, CPF 024.712.498/25; eMarcio Henrique Araujo Parizotto, brasileiro, casado, bancário, RG 23.006.774-8/SSP-SP, CPF256.358.578/33, ambos com domicílio na Alameda Rio Negro, 585, 15o andar, Edifício Jauaperi,Alphaville, Barueri, SP, CEP 06.454-000. Os Diretores reeleitos e eleitos: 1) declararam, sob aspenas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil emvirtude de condenação criminal; 2) terão: a) seus nomes levados à aprovação do Banco Centraldo Brasil, após o que tomarão posse de seus cargos; b) mandato de 1 (um) ano, estendendo-seaté a posse dos novos Diretores que serão eleitos na Assembleia Geral Ordinária a ser realizadano ano de 2015; III) fixado o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valorde até R$132.000,00 (cento e trinta e dois mil reais), a ser distribuída em Reunião da Diretoria,conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social. Em seguida, disse o senhorPresidente que todas as matérias ora aprovadas somente entrarão em vigor e se tornarãoefetivas depois de homologadas pelo Banco Central do Brasil. Disse ainda o senhor Presidenteque, nos termos do Parágrafo Terceiro do Artigo 289 da Lei no 6.404/76, as publicações previstasem lei serão efetuadas, doravante, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “ValorEconômico”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que,para as deliberações tomadas o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não seencontrar instalado, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, sendo aprovada portodos e assinada. aa) Presidente: Julio de Siqueira Carvalho de Araujo; Secretário: AriovaldoPereira; Administrador: Aurélio Conrado Boni; Acionista: Banco Bradesco Cartões S.A., por seusDiretores, senhores Domingos Figueiredo de Abreu e Marcelo de Araújo Noronha; Auditor:Cláudio Rogélio Sertório. Declaração: Declaro para os devidos fins que a presente é cópia fiel daAta lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. a)Ariovaldo Pereira – Secretário. Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência,Tecnologia e Inovação - JUCESP - Certifico o registro sob número 231.616/14-4, em 16.6.2014.a) Flávia Regina Britto - Secretária Geral em exercício.

Santa Rita de Cássia Empreendimentos,Comércio e Participações S.A.

CNPJ no 02.519.459/0001-21 - NIRE 35.300.330.722Ata Sumária da Assembleia Ordinária realizada em 30.4.2014

Data, Hora, Local: Em 30.4.2014, às 10h15, na sede social, Avenida Paulista, 1.415, 11o andar,fundos, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01311-200. Mesa: Presidente: Vinicius José de AlmeidaAlbernaz; Secretário: Ariovaldo Pereira. Quórum de Instalação: Totalidade do Capital Social.Presença Legal: Administrador da Sociedade. Edital de Convocação: Dispensada a publicação,de conformidade com o disposto no § 4o do Art. 124 da Lei no 6.404/76. Deliberações: 1)aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores e as Demonstrações Contábeisrelativas ao exercício social findo em 31.12.2013, registrando que, tendo em vista a Sociedadeenquadrar-se no disposto no “caput” do Artigo 294 da Lei no 6.404/76 e de conformidade com odisposto no Inciso II do já mencionado Artigo, as referidas Demonstrações Contábeis não forampublicadas e serão levadas a registro juntamente com esta Ata; 2) aprovada, sem qualqueralteração ou ressalva, a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão de23.4.2014, cuja transcrição foi dispensada, por tratar-se de documento lavrado em livro próprio,para destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2013 no valor deR$11.406.074,47, da seguinte forma: R$570.303,72 para a conta “Reserva de Lucros - ReservaLegal”; R$5.351.327,60 para a conta “Reserva de Lucros - Estatutária”; e R$5.484.443,15 parapagamento de dividendos, dos quais R$2.834.443,15 foram declarados e pagos em 9.9.2013 eR$2.650.000,00 deverão ser pagos até 31.12.2014; 3) reeleitos, para compor a Diretoria daSociedade, os senhores: Diretor-Presidente: Vinicius José de Almeida Albernaz, brasileiro,casado, economista, RG 08.191.044-0/SSP-RJ, CPF 013.908.097/06; Diretor: HaydewaldoRoberto Chamberlain da Costa, brasileiro, casado, contador, CRC RJ-075823/0-9, CPF756.039.427/20, ambos com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo,SP, CEP 01311-200. Os Diretores reeleitos terão mandato de 1(um) ano, estendendo-se até aposse dos Diretores que serão eleitos na Assembleia Geral Ordinária que se realizar no ano de2015. Consignada a apresentação, pelos Diretores reeleitos, da documentação comprobatória deatendimento das condições prévias de elegibilidade previstas nos Arts. 146 e 147 da Lei no 6.404/76; 4) fixado o montante global anual para remuneração dos Administradores, no valor de atéR$24.000,00, a ser distribuída em reunião da Diretoria. Em seguida, disse o senhor Presidenteque, nos termos do Parágrafo Terceiro do Artigo 289 da Lei no 6.404/76, as publicações previstasem lei serão efetuadas, doravante, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “ValorEconômico”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que,para as deliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não seencontrar instalado no período, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida eachada conforme, foi aprovada por todos os presentes que a subscrevem. aa) Presidente:Vinicius José de Almeida Albernaz; Secretário: Ariovaldo Pereira; Acionista: Bradesco SaúdeS.A., representada por seus Diretores, senhores Ivan Luiz Gontijo Júnior e Vinicius José deAlmeida Albernaz. Declaração: Declaro para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Atalavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. a)Ariovaldo Pereira – Secretário. Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência,Tecnologia e Inovação - JUCESP - Certifico o registro sob número 227.429/14-0, em 10.6.2014.a) Flávia Regina Britto - Secretária Geral em exercício.

Bradesco S.A. Corretora de Títulos eValores Mobiliários

CNPJ no 61.855.045/0001-32 - NIRE 35.300.051.343Ata Sumária da 47a Assembleia Geral Ordinária

realizada em 24.4.2014Data, Hora, Local: Em 24.4.2014, às 17h, na sede social, Avenida Paulista, 1.450, 7o andar, BelaVista, São Paulo, SP, CEP 01310-917. Mesa: Presidente: Domingos Figueiredo de Abreu;Secretário: Ariovaldo Pereira. Quórum de Instalação: Totalidade do Capital Social. PresençaLegal: Administrador da Sociedade e representante da empresa KPMG Auditores Independentes.Publicações Prévias: Os documentos de que trata o Artigo 133 da Lei no 6.404/76, quais sejam,os Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes, e as Demonstrações Contábeis,relativas ao exercício social findo em 31.12.2013, foram publicados em 19.2.2014, nos jornais“Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas 9 a 12, e “Diário do Comércio”, páginas 9 a 11.Disponibilização de Documentos: os documentos citados no item “Publicações Prévias”, aProposta da Diretoria, bem como as demais informações exigidas pela regulamentação vigente,foram colocados sobre a mesa para apreciação do acionista. Edital de Convocação:Dispensada a publicação de conformidade com o disposto no §4o do Art. 124 da Lei no 6.404/76.Deliberações: I) tomaram conhecimento dos Relatórios da Administração e dos AuditoresIndependentes, e aprovaram, sem ressalvas, as Demonstrações Contábeis relativas aoexercício social findo em 31.12.2013; II) aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, aproposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão de 23.4.2014, dispensada suatranscrição, por tratar-se de documento lavrado em livro próprio, para destinação do lucro líquidodo exercício encerrado em 31.12.2013 no valor de R$160.497.169,86, conforme segue:R$8.024.858,49 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal”; R$150.947.588,26 para aconta “Reserva de Lucros – Estatutária”; e R$1.524.723,11 para pagamento de Dividendos, oqual deverá ser feito até 31.12.2014.”; III) reeleitos, para compor a Diretoria da Sociedade, ossenhores: Diretor-Presidente - Luiz Antonio de Ulhôa Galvão, brasileiro, casado,administrador de empresas, RG 5.884.692-X/SSP-SP, CPF 065.849.808/80; e Diretor Geral -Anibal Cesar Jesus dos Santos, brasileiro, divorciado, securitário, RG 11.543.465/SSP-SP,CPF 091.345.568/77, ambos com domicílio na Avenida Paulista, 1.450, 8o andar, Bela Vista, SãoPaulo, SP, CEP 01310-917. Os Diretores reeleitos: 1) declararam, sob as penas da lei, que nãoestão impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenaçãocriminal; 2) terão: a) seus nomes levados à aprovação do Banco Central do Brasil, após o quetomarão posse de seus cargos; b) mandato de 1 (um) ano, estendendo-se até a posse dosnovos Diretores que serão eleitos na Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no ano de 2015;IV) fixar, para o exercício de 2014: a) o montante global anual (honorários fixos e eventualremuneração variável) para remuneração dos Administradores de até R$2.000.000,00; b) a verbaanual de até R$2.000.000,00 destinada a custear Plano de Previdência Complementar Abertaaos Administradores da Sociedade. A distribuição das mencionadas verbas será deliberada emreunião da Diretoria, conforme determina a letra “f” do Artigo 9o do Estatuto Social. Em seguida,disse o senhor Presidente que todas as matérias ora aprovadas somente entrarão em vigor e setornarão efetivas depois de homologadas pelo Banco Central do Brasil. Disse ainda o senhorPresidente que, nos termos do Parágrafo Terceiro do Artigo 289 da Lei no 6.404/76, aspublicações previstas em lei serão efetuadas, doravante, nos jornais “Diário Oficial do Estado deSão Paulo” e “Valor Econômico”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhorPresidente esclareceu que, para as deliberações tomadas o Conselho Fiscal da Companhia nãofoi ouvido por não se encontrar instalado, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata,sendo aprovada por todos e assinada. aa) Presidente: Domingos Figueiredo de Abreu; Secretário:Ariovaldo Pereira; Administrador: Luiz Antonio de Ulhôa Galvão; Acionista: Banco Bradesco BBIS.A. por seus Diretores, senhores Domingos Figueiredo de Abreu e Sérgio Alexandre FigueiredoClemente; Auditor: José Claudio Costa. Declaração: Declaro para os devidos fins que a presenteé cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturasnele apostas. a) Ariovaldo Pereira – Secretário. Certidão - Secretaria de DesenvolvimentoEconômico, Ciência, Tecnologia e Inovação - JUCESP - Certifico o registro sob número 231.462/14-1, em 16.6.2014. a) Flávia Regina Britto - Secretária Geral em exercício.

Scopus Soluções em TI S.A.CNPJ no 14.380.750/0001-40 - NIRE 35.300.413.610

Ata Sumária da Assembleia Geral Ordinária realizada em 30.4.2014Data, Hora, Local: Em 30.4.2014, às 16h, na sede social, Avenida Mutinga, 4.105, Térreo e 1o

andar, Prédio Velho, Pirituba, São Paulo, SP, CEP 05110-000. Mesa: Presidente: MaurícioMachado de Minas; Secretário: Ariovaldo Pereira. Quórum de Instalação: Totalidade do CapitalSocial. Presença Legal: Administrador da Sociedade. Edital de Convocação: Dispensada apublicação, de conformidade com o disposto no § 4o do Art. 124 da Lei no 6.404/76. 1) tomaramas contas dos Administradores, e aprovaram, sem ressalvas, as Demonstrações Contábeisrelativas ao exercício social findo em 31.12.2013; 2) reeleitos, para compor a Diretoria daSociedade, os senhores: Diretor-Presidente - Maurício Machado de Minas, brasileiro, casado,bancário, RG 7.975.904-X/SSP-SP, CPF 044.470.098/62; e Diretor: Marcelo Frontini, brasileiro,casado, engenheiro, RG 14.010.636-4/SSP-SP, CPF 126.724.118/75, ambos com domicílio naCidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900. Ambos terão mandato de 1 (um) ano,estendendo-se até a posse dos Diretores que serão eleitos na Assembleia Geral Ordinária a serrealizada no ano de 2015. Consignada a apresentação, pelos Diretores reeleitos, dadocumentação comprobatória de atendimento das condições prévias de elegibilidade, previstasnos Arts. 146 e 147 da Lei no 6.404/76; 3) fixado o montante global anual para remuneração dosAdministradores, no valor de até R$24.000,00 (vinte e quatro mil reais), a ser distribuída emreunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social.Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que, para asdeliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrarinstalado no período, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achadaconforme, foi aprovada por todos os presentes que a subscrevem. aa) Presidente: MaurícioMachado de Minas; Secretário: Ariovaldo Pereira; Acionista: Scopus Tecnologia Ltda.,representada por seu Diretor, senhor Maurício Machado de Minas. Declaração: Declaro para osdevidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, nomesmo livro, as assinaturas nele apostas. a) Ariovaldo Pereira – Secretário. Certidão –Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – JUCESP –Certifico o registro sob número 217.576/14-0, em 4.6.2014. a) Flávia Regina Britto – SecretáriaGeral em exercício.

10 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014

ADOÇÃOQuem não faz restrição de

sexo, cor ou idade,consegue adotar, em média,

em três ou quatro meses.

O Centro e o menor de ruaJuíza da Infância e Juventude faz palestra na distrital e mostra a real situação de crianças e jovens que vivem em situação de abandono

André de Almeida

Um dos principais pro-

blemas sociais da re-

gião central de São

Paulo, no momento,

é a quantidade de moradores

em situação de rua, com preo-

cupação especial dedicada às

crianças e adolescentes. Aban-

donados pelos pais ou em fuga

devido a problemas familiares,

os menores, na imensa maioria

das vezes, acabam se envol-

vendo com drogas e cometen-

do delitos. Para debater a situa-

ção e discutir possíveis solu-

ções para a questão, a Distrital

Centro da Associação Comer-

cial de São Paulo (ACSP) convi-

dou Dora Martins, juíza de Direi-

to da Vara Central da Infância e

Juventude e membro da Coor-

denadoria da Infância e Juven-

tude do Tribunal de Justiça, para

falar sobre os desafios e as con-

quistas do Estatuto da Criança

e do Adolescente (ECA). Ques-

tões como criminalidade, crian-

ça abandonada e menoridade

penal foram alguns dos assun-

tos abordados.

A Constituição de 1988, de

acordo com Dora, foi um mar-

co na questão das crianças e

dos adolescentes. "Até então,

as cr ianças

p ra ti ca me n-

te não exis-

tiam juridica-

mente. A par-

t i r daque le

m o m e n t o ,

passaram a

ser conside-

radas como

sujeitos de di-

reito, para os

quais se de-

vem assegu-

rar políticas

p ú b l i c a s " ,

a f i r m a . O

ECA, instituí-

do dois anos

depois, trou-

xe mecanis-

mos de prote-

ção nas áreas

da educação,

saúde, traba-

lho e ass i s-

tência social.

"No papel, a

situação me-

lhorou. Agora

t e m o s q u e

colocar o es-

t a t u t o e m

prática", res-

salta a juíza.

ABANDONO

Nas varas

da cidade de

São Paulo, há

divisão entre

menores abandonados e infra-

tores. Dora atua em casos de

abandono . "É uma situação

muito triste. Estamos acostu-

mados a tropeçar em pessoas

dormindo nas ruas e nos senti-

mos impotentes diante desse

cenário", afirma a juíza. "Por is-

so nossa atuação exige um

olhar social, já que, muitas ve-

zes, as secretarias da saúde e

da assistência social jogam os

problemas de uma pasta para

outra", disse.

Os menores são abandona-

dos por uma série de motivos.

O trabalho de Dora, represen-

tando o Estado, é tirar as crian-

ças da rua, do abandono, aco-

lhendo e restabelecendo os

seus direitos. Sobre a diminui-

ção da maioridade penal co-

mo solução para o problema

da criminalidade infantil, Dora

é enfática: "Não adianta. Te-

mos uma sociedade com uma

doença muito grave que é o

abandono da escola, a deses-

truturação das famílias. So-

mente com a diminuição da

desigualdade social teremos

uma solução para a questão

da criminalidade".

ABRIGOS

As crianças acolhidas pelo

Estado são levadas para abri-

gos. Somente na Vara Central

da Infância e Juventude são

aproximadamente 400 crian-

ças e adolescentes à espera

de adoção. "A vida no abrigo

não é fácil. Os funcionários são

mal remunerados e, por isso,

há uma rotatividade muito

grande. As crianças não con-

seguem estabelecer laços

afetivos", afirma.

Além da falta de referen-

ciais familiares e afetivos, os

internos convivem com a ex-

pectativa e o medo de terem

de sair dos abrigos aos 18

anos. "Para grande parte de-

les, o abrigo é o único laço fa-

miliar". Muitos, sem outra op-

ção, acabam recorrendo às

drogas e à prática de delitos.

"Estatísticas apontam que,

cada vez mais, são esses jo-

vens que formam o contingen-

te de novos presos", diz Dora.

ADOÇÃO

A adoção é apontada pela

juíza como uma das medidas

mais benéficas para as crian-

ças abandonadas. A prática,

no entanto, ainda encontra

muita resistência na socieda-

de. "A maioria, por exemplo,

não quer crianças negras, par-

das ou portadoras de deficiên-

cias e doenças pré-existentes.

É uma realidade muito cruel",

afirma. "Da mesma forma,

ninguém deve adotar por cari-

dade. A caridade, com o tem-

po, se esgota".

Um dos grandes mitos, de

acordo com a juíza Dora, é

que a adoção é um processo

difícil e demorado, com mui-

ta f i la . "Na vara centra l ,

quem não faz restrição de se-

xo, cor ou idade, consegue

adotar, em média, em três ou

quatro meses. Adotar é boni-

to e legal, em todos os senti-

dos", conclui a juíza.

O superintendente da Dis-

trital Centro, Luiz Alberto Pe-

reira da Silva, destacou o tra-

balho desenvolvido pela juíza

Dora Martins e afirmou que o

encontro, em termos sociais,

foi um dos mais importantes já

realizados pela entidade. A

palestra também contou com

a presença da coordenadora

Institucional da ACSP, Marília

de Castro, no ato representan-

do o presidente Rogério Ama-

to. "Foi uma palestra brilhan-

te, humana", afirmou.

Marília lembrou que a ACSP

e a Facesp colaboram em uma

série de projetos sociais que

têm como foco a infância e à

juventude. Um deles é o Leão

Amigo, por meio do qual em-

presas e pessoas físicas po-

dem destinar parte do Impos-

to de Renda devido para pro-

gramas de entidades sociais

cadastradas no Fundo Munici-

pal dos Direitos da Criança e

do Adolescente (Fumcad).

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Vida difícil:nas ruas, o

envolvimentocom drogas e

delitos se tornac o r r i q u e i ro .

Mesmo os quevão para

abrigos, sesentem

perdidos aosaírem.

Somente naVara Centralda Infância e

Juventude são400 crianças

e jovensà espera de

adoção.

Nomes novospara cincodistritais

Cinco das 15 distritais

da Associação

Comercial de São Paulo

(ACSP) tiveram seus

nomes oficialmente

alterados nas últimas

semanas. O objetivo da

mudança é fazer com que

as entidades representem

melhor suas áreas de

abrangência, não ficando a

denominação restrita aos

bairros principais ou mais

conhecidos das

respectivas regiões.

Assim, a Distrital

Butantã passa a ser

chamada de Distrital

Sudoeste. A Distrital

Jabaquara, por sua vez,

tem agora o nome de

Distrital Centro-Sul. A

Distrital Lapa se torna

Distrital Oeste; a Distrital

Santo Amaro passa a se

chamar Distrital Sul; e a

nova denominação da

Distrital Vila Maria é

Distrital Nordeste.

Ant eriormente, já havia

mudado de nome a

Distrital Santana, que se

tornou Norte; a Distrital

Pirituba, que passou a se

chamar Distrital Noroeste;

e a Distrital Vila Mariana,

que agora se chama

Distrital Sudeste.

As distritais Centro,

Ipiranga, Mooca, Penha,

Pinheiros, São Miguel e

Tatuapé da ACSP

continuam com a mesma

denominação. (AA)

Agendas da Associaçãoe das distritais

Quintan Centro – Às 18h30, a

distrital realiza a palestra

"O atendimento para

encantar e transformar

clientes em fãs",

ministrada por Marco

César, sócio da Ellocorp –

Treinamentos e Eventos.

As vagas são limitadas.

Informações e inscrições

pelos telefones

3208-5753/3207-9366

ou no e-mail

d c e n t ro @ a c s p . c o m . b r.

O evento acontece na

rua Galvão Bueno, 83,

na Liberdade.

Ninguém deveadotar porcaridade que,com o tempo, seesgota. Adotar ébonito e legal, emtodos os sentidos.DOR A MA RT I N S , JUÍZ A DE DI-R E I TO DA VAR A CENTR AL DA

INFÂNCIA E JUVENTUDE

Alex Ribeiro/ArquivoDC

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Acima, a juíza Dora;à esquerda, Maríliade Castro e osuperintendente LuizAlberto Pereira da Silva.

Mais centrosde acolhidana zona norte

Azona norte da cidade

terá dois novos centros

de acolhida para pessoas

em situação de rua. Serão

400 vagas no total (200

leitos em cada um) na

avenida Zaki Narchi, 600,

onde funciona um espaço

semelhante com 500

vagas. O local já acolhe

pessoas que têm

dificuldade para se fixar

em serviços de

atendimentos com regras

mais estruturadas, como

resistência ao banho.

O Centro de Acolhida

Zaki Narchi 1 funcionará

das 16h e 8h, com jantar,

cobertor, kit de higiene

pessoal e café da manhã.

Depois que os usuários

cadastrados estiverem

mais acostumados com as

regras, podem ir ao Zaki

Narchi 2, que tem

atendimento psicosocial,

grupos de apoio,

atividades

socioeducativas e

funciona 24 horas. Quando

estiverem aptos ao

trabalho formal, deverão

ser encaminhados ao

Zaki Narchi 3

sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11

SEMP I S TAS

Uanderson Fernandes/Estadão Conteúdo

Willian começou o jogo-treino dos reservas da Seleção contra o sub-20 do Fluminense com posicionamento parecido ao de Neymar. Depois, foi a vez de Ramires.

Só com os reservas, a Seleção brasileira disputou na tardede ontem mais um jogo-treino contra a equipe sub-20 doFluminense, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), ondese concentra durante a disputa da Copa do Mundo. O tra-

balho terminou com vitória do Brasil por 3 a 0, sem indicações cla-ras de quem será o substituto do atacante Neymar, lesionado. Aimpressão inicial foi de que o meia Willian é o favorito para ficarcom a vaga. Ramires, porém, também pode ocupar a vaga do cra-que. Isso, no entanto, só poderá ser garantido no treinamento dehoje – ou momentos antes do jogo contra a Alemanha pelas se-mifinais da Copa, amanhã, às 17h, no Mineirão.

Afinal, Willian começou o jogo-treino com posicionamentoparecido ao de Neymar, mais centralizado, entre dois jogado-res abertos pelas pontas – Ramires e Bernard – e um centroa-vante – Jô. Depois, Willian começou a cair mais pela esquerda,com Ramires centralizado e Bernard na direita. Nesse caso, Ra-mires teve posicionamento parecido ao de Neymar, o que dei-xaria a Seleção com um time mais fechado.

Como Luiz Felipe Scolari escalou apenas jogadores que foramreservas na vitória do Brasil por 2 a 1 sobre a Colômbia, na últimasexta, pelas quartas de final, a Seleção teve a seguinte formação:Jefferson; Daniel Alves, Henrique, Dante e Maxwell; Luiz Gustavo,Hernanes e Ramires; Willian, Bernard e Jô. Ao menos três jogado-res desses 11 deverão ser titulares amanhã. Afinal, o zagueiro ecapitão Thiago Silva vai cumprir suspensão automática pelo se-gundo cartão amarelo e deverá ser substituído por Dante. Já o vo-lante Luiz Gustavo, que cumpriu gancho diante da Colômbia, estáliberado. Além disso, Neymar, com a terceira vértebra lombar fra-turada, deve ficar de fora do restante da Copa (leia mais abaixo).

Na atividade, após várias defesas difíceis do goleiro Victor, quedefendeu a meta do time sub-20 do Flu, no primeiro tempo, a Se-leção enfim conseguiu fazer seus gols na etapa final. O primeirodeles foi marcado por Bernard, completando passe de Hernanes.Depois, Bernard cobrou escanteio e Dante chutou para as redes. Oterceiro gol foi marcado por Ramires, de cabeça. A seleção volta atreinar hoje, às 11h30, na Granja Comary, antes de viajar para BeloHorizonte. Sem Neymar, Felipão o pode optar pela escalação deWilliam, do meia-atacante Bernard, do meia Hernanes ou mesmopor usar um time mais defensivo, com três volantes.

SEM MEDO – Willian perdeu o pênalti que cobrou na decisão

contra o Chile nas oitavas de final. Mas garante que se tiver outradisputa por penalidades contra a Alemanha, vai estar pronto parabater. "Quero bater e estou ainda mais confiante. Ninguém gostade perder pênalti. Estava confiante para cobrar, mas errei e logoem seguida ganhei o apoio da comissão técnica. Hoje estou tran-quilo." Willian também foi questionado sobre a má fase do cen-troavante Fred, de quem mais se esperava os gols que ajudariama seleção brasileira – o atacante do Fluminense só marcou umavez até agora. E saiu em defesa do companheiro. "Os jogos estãosendo difíceis, a Seleção vem crescendo a cada jogo. A gente vemprocurando olhar ao máximo o Fred ali na frente, sabemos queatacante vive de gol. Mas o Fred está tranquilo e quem sabe contraa Alemanha faça o gol", torceu Willian, que acrescentou. "Mas elequer ser campeão do mundo, não importa quem faça os gols".

Quanto a substituir Neymar, Willian declarou que tem condi-ções de assumir a vaga, mas destacou seu estilo de jogo é dife-rente, além de apontar o companheiro como incomparável. "Cla-ro que não tem como comparar o Neymar com os outros. Ele temmuita qualidade. Tenho estilo diferente, com coisas parecidas, avelocidade, o drible. Ele é atacante, eu sou mais meia. Ele faz mui-tos gols, eu sou mais de servir os companheiros. Mas tenho mi-nhas qualidades e estarei pronto se o Felipão optar por mim." Sefor escalado por Felipão contra a Alemanha, Willian jogará ao ladode Oscar, seu companheiro no Chelsea. E o meia espera que o en-trosamento de ambos ajude a seleção. "Disputamos juntos mui-tos jogos. Eu mais pelo direito, com o Oscar pelo meio. Mas po-díamos movimentar, cair pelo meio, pela lateral, junto com o Ha-zard. Nos conhecemos bastante, sabemos da qualidade de cadaum. Não seria problema para nós."

Willian admitiu que o grupo ficou abatido com a perda de Ney-mar, mas destacou que os jogadores precisam usar a adversidadepara se fortalecer para o duelo contra a Alemanha. "O Neymar é areferencia da Seleção, chama a responsabilidade e decide jogos.Aconteceu esse fato, todos aqui estão preparados para qualquercoisa. Temos jogadores que podem entrar e fazer a diferença. Nósficamos tristes, mas temos que ser fortes para continuar."

H E L I C Ó P T E RO – Felipão e Thiago Silva viajarão de helicóp-tero para Belo Horizonte. É que, como o treino será às 11h30 naGranja Comary – e não na cidade do jogo (Belo Horizonte) – e Fe-lipão e um jogador precisam dar entrevista coletiva no local da

partida às 17h30, não restou outra opção. A opção pela presençade Thiago Silva na entrevista coletiva também causa certa surpre-sa, afinal o capitão está suspenso do jogo contra a Alemanha. En-quanto Felipão e Thiago Silva viajarão de helicóptero, o restanteda delegação irá de avião para Belo Horizonte. A equipe deixaráTeresópolis após o treinamento e o almoço, seguindo de ônibusaté o Rio, de onde embarcará para a capital mineira.

O ÁRBITRO? É O QUE NÃO VIU A MORDIDA DE SUÁREZ –A Fifa definiu e anunciou ontem que o mexicano Marco Rodríguezserá o árbitro da partida entre as seleções do Brasil e da Alemanha.O juiz, de 40 anos, esteve presente em uma das maiores polêmicasdesta edição do torneio: a mordida de Luis Suárez em Chiellini du-rante partida entre Uruguai e Itália, pela fase de grupos.

Rodríguez não viu a ação de Suárez durante a vitória uruguaiapor 1 a 0, na Arena das Dunas, em Natal. Posteriormente, a Fifapuniu o atacante do Liverpool, o suspendendo por nove partidas,além de impedi-lo de jogar por quatro meses. Além disso, duranteo jogo, Rodríguez expulsou o italiano Claudio Marchisio.

Antes, Rodríguez já havia apitado uma partida na Copa. Omexicano foi o árbitro da vitória da Bélgica por 2 a 1 sobre aArgélia, também no Mineirão, em um confronto em que mar-cou um pênalti para a equipe africana.

A Copa de 2014 é a terceira da carreira de Rodríguez. O árbitroapitou dois jogos em 2006 (Inglaterra 1 x 0 Paraguai e Costa doMarfim 3 x 2 Sérvia) e outros dois em 2010 (Alemanha 4 x 0 Aus-trália e Espanha 2 x 1 Chile). Além disso, em 2007, foi o juiz da de-cisão do Mundial de Clubes da Fifa em que o Milan derrotou oBoca Juniors por 4 a 2. Agora, Rodríguez terá a oportunidade deapitar uma semifinal, mesmo após se envolver em uma partidapolêmica na fase de grupos. Como os cartões amarelos foram ze-rados para as semifinais, Brasil e Alemanha não possuem jogado-res pendurados para esse confronto. A Seleção, porém, não po-derá contar com o zagueiro Thiago Silva, suspenso pelo segundocartão amarelo, no Mineirão, além de Neymar, contundido.

I N VA S Ã O –Em um domingo de movimentação intensa detorcedores e convidados na Granja Comary , uma invadiu ocentro de treinamento da Seleção. Foi após treinamento e sóDavid Luiz estava em um dos campos. O invasor correu por al-guns metros, na direção da academia da Granja Comary, e aca-bou contido pelos seguranças. (Estadão Conteúdo)

Violência, juiz,Neymar... medosalemães.

Nenhum jogador da Alemanhasoltou foguetes por causa da

lesão que tirou Neymar da Copa.Em primeiro lugar, evidentemente,por respeito ao companheiro deprofissão. Em segundo, porque aseleção europeia desconfia que vaienfrentar um adversário moralmentefortalecido pela ausência de seumelhor jogador, por estranho quepareça. "Todos nós estamos muitotristes pelo que aconteceu com oNeymar Devemos sempre lamentarquando os melhores jogadores nãoestão em campo", disse o volanteSchweinsteiger. "Acreditamos queos jogadores brasileiros vão se unirainda mais por causa do queaconteceu com o Neymar".

Schweinsteiger e seus colegasimaginam que os jogadores daSeleção estarão mais motivados doque o normal por se sentiremobrigados a oferecer a vitória depresente a Neymar. Além disso, nãose sabe quem será o escolhido porFelipão para substituir o craque.

No Mineirão, Joachim Löwdeverá repetir a escalação queiniciou a partida contra a França.Isso significa dizer que o capitãoPhilipp Lahm será mantido nalateral direita, sua posição natural.A comissão técnica da Alemanhavinha sendo muito criticada em seupaís pela escalação de Lahm comovolante, mas agora argumentaque isso só aconteceu porqueSchweinsteiger e Khedira nãoestavam em condições de disputaruma partida inteira. Agora, não hámais a necessidade de utilizar ocapitão no meio de campo. Alémdisso, Klose provavelmente serámantido na equipe, com ThomasMüller aberto pelo lado direito.

MAIS PREOCUPAÇÕES – D esdeque soube que enfrentaria o Brasilna semifinal, a Alemanha se preparapara jogar contra uma equipefisicamente forte e agressiva, àsvezes até demais. E os integrantesda seleção alemã já deixamtransparecer uma certapreocupação com a atuação doárbitro da partida. Há o temor deque o homem do apito – omexicano Marco Rodríguez – d e i xeos brasileiros abusarem das faltas."Nós observamos que em algumasocasiões eles (os jogadores daSeleção brasileira) agem no limitedo que seria legal", comentou oauxiliar-técnco Hansi Flick. E asensação de que o time comandadopor Felipão tem pouco a ver com avelha escola brasileira de futebol éforte. A ponto de um jogador comoSchweinsteiger, que gosta de umjogo mais físico, mostrar-seimpressionado com a agressividadedo Brasil. "Nós ainda temos aimagem da Seleção brasileira comoum time de 11 artistas em campo,mas o futebol daqui mudou." (EC)

O camisa 10em campo?Nem pensar.

Não vai haver jeitinho no tra-tamento do jogador Ney-mar, da Seleção brasileira.

Portanto, ele está, de fato, fora daCopa do Mundo e o tempo de sua re-cuperação será de 40 a 45 dias. A fa-mília do jogador precisou emitir no-ta na noite de ontem reafirmandoque apenas o médico da Seleção, Jo-sé Luis Runco, está autorizado a falarsobre o seu estado de saúde e o tem-po do tratamento – Neymar recupe-ra-se em casa, no Guarujá, de fraturano processo transverso da terceiravértebra lombar causada por vio-lenta joelhada do colombiano JuanZuñiga no jogo da sexta-feira.

A confusão sobre a possibilidadede Neymar participar da final da Co-pa no domingo, caso o Brasil superea Alemanha amanhã, teve início on-tem logo após a visita do médico doSantos, Mauricio Zenaide, ao joga-dor na casa do litoral paulista.Acompanhado do fisioterapeuta doclube Rafael Martini, e de Nicola Car-neiro, especialista em coluna, Zenai-de teria avaliado para os repórteres

que o jogador poderia participar dafinal se recorresse a "infiltrações deanalgésicos". Sites como o G1 e UOLchegaram a falar dessa hipótese.

A família reagiu imediatamentecom o comunicado: "Se Neymar Jrvier a ter condições clínicas de dis-putar uma partida de futebol antesdo tempo inicialmente previsto seráem função da evolução positiva doseu quadro diante do tratamentopossível que está sendo efetuado.Nenhum tratamento alternativo foicolocado em discussão. O retornodele aos gramados depende da su-peração das fortes dores."

Em seguida, o próprio médico da

Marcelo Regua/Reuters

Direto para casa: Neymar dentro do helicóptero que o levou da Granja Comary (RJ) para o Guarujá.

CBF, José Luis Runco, fez um alertano programa Domingão do Faustão,da TV Globo, para que a populaçãobrasileira não se iluda a respeito davolta de Neymar aos gramados. "Emmomento algum existe opção detratamento. Hoje o Neymar temuma lesão estável na sua coluna,que necessita de consolidação ós-sea. Se acontece outro impacto emcima dessa lesão, podemos transfor-má-la em instável e ter problemastanto para o Neymar jogador, quan-to para o ser humano", disse Runco."Infiltração (de analgésicos) é umametologia antiga que se fazia muitono futebol. Temos alguns casos de

jogadores que tiveram repercus-sões na sua saúde por causa de infil-trações. Elas levam habitualmentemedicações que são controladaspelo exame anti-doping." Runco re-clamou de seus colegas, sem citarnomes: "me preocupa, às vezes, aparte da ética e ,principalmente, daconduta médica, o que faz com queo nome do médico brasileiro seja co-locado em cheque."

O Brasil pediu à Fifa uma puniçãoao lateral Zúñiga semelhante à im-posta ao atacante uruguaio LuísSuárez. O Comitê Disciplinar da Fifajá estaria analisando o pedido daCBF. ( Ag ê n c i a s )

Heróis colombianos

Aseleção da Colômbia de-sembarcou ontem na ca-pital Bogotá onde foi re-

cebida, em festa, por milhares detorcedores do país no parque Si-món Bolívar (foto abaixo), aosgritos de "héroes" e "guerreros".Como descreveu o site do jornalEl Tiempo, a população agrade-ceu aos jogadores por fazeremhistória no futebol.

A Colômbia, no Grupo C, ven-ceu a Costa do Marfim, a Grécia, oJapão e o Uruguai. Nas quartasde final, enfrentou o Brasil, na úl-tima sexta-feira na Arena Caste-lão. A Colômbia perdeu o jogo (2a 1 para o Brasil), mas esta foi a

primeira vez que o time alcançoua fase das quartas de final emuma Copa do Mundo.

O principal jogador é JamesRodriguez, craque de 22 anos eum dos artilheiros da Copa doMundo do Brasil. Mas brilhoutambém o talento do técnico Jo-sé Néstor Pekerman, um argenti-no, que foi um divisor de águasna campanha colombiana paraclassificação na Copa do Brasil.

Os brasileiros, porém, vãoguardar para sempre o nome dolateral Juan Zuñiga, de 28 anos.Foi ele quem deu violenta joelha-da nas costas de Neymar e tirou ocraque da Seleção da Copa.

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SEMP I S TAS

12 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014

Campeão nasa rq u i b a n c a d a sA Copa do Mundo no

Brasil alcançou asegunda maior média depúblico da história, superadaapenas pelo Mundial de1994, nos EUA, informouontem a Fifa. Dentro de cadaestádio, ou até mesmo pelaTV, foi possível notar asarquibancadas praticamentelotadas. Pode-se dizer que,em relação ao público, aomenos, essa Copa foi umsucesso – ostentando 98,3%de ocupação e 3,1 milhõesde ingressos vendidos. Amédia de público nos 60jogos da competiçãorealizados até aqui foi de52,7 mil pessoas, superandoos 52,4 mil da Copa daAlemanha, em 2006. A marcabrasileira, entretanto, é bemmenor que a de 68,9 milpessoas contabilizada em1994, isso por causa dagrande capacidade deocupação dos estádios nosEstados Unidos. Ainda serãoincluídos na conta osnúmeros das próximaspartidas – semifinais, final edisputa pela terceiracolocação –, contudo, aposição do Brasil nesseranking não deve se alterar,até pelo fato de que estespróximos quatro confrontosdeverão contar com lotaçãomáxima nos estádios.

A França vai,Benzema 'fica'.A França foi eliminada, mas

ainda segue emevidência. Pelo menos para aFifa, que divulgou ontem novaatualização de seu ranking dedesempenho dos atletas noMundial. O atacante KarimBenzema (abaixo,desembarcando com aseleção francesa no aeroportode Le Bourget, perto de Paris)lidera a listagem, enquantoque o zagueiro RaphaelVarane é o 3º colocado e entreeles figura o colombianoJames Rodríguez, artilheiro dotorneio até aqui, com seis gols.A Fifa soltou nova edição doranking de desempenho umdia após o término dasquartas de final. EmboraBenzema tenha feito três golse Rodríguez seis, a Fifa leva emconta o fato de queteoricamente o atacante foimais participativo. "O quechamou a atenção foi aconstante ameaça que elerepresentou para osadversários dentro da grandeárea. E, embora a França tenhafracassado na tentativa debalançar a rede alemã nasexta-feira, o camisa 10francês esteve mais pertodisso do que ninguém, comseis chutes a gol", afirma anota da Fifa. A entidade levaem consideração seu sistemade rastreamento para medir aação dos jogadores edeterminar o impacto queeles causam. Benzema é olíder, com 9,79 pontos, contra9,74 de Rodríguez e 9,7 deVarane. Atrás deles figuraThiago Silva, com 9,66. O top10 desta listagem écompletado por MatsHummels, da Alemanha (9,63);Arjen Robben, da Holanda(9,59); David Luiz (9,56);Neymar (9,53); Stefan de Vrij,da Holanda (9,51); e JanVertonghen, da Bélgica (9,48).

Goooooooooooool!!!Fernanda Santos

The New York Times

Ao fazer sua grande estreiano rádio há 50 anos, JoséCarlos Araújo, que aperfei-çoou suas habilidades de

narração esportiva com jogos de fute-bol de botão no quintal do vizinho,imaginou que ele teria de controlarsua alteração vocal para evitar perdero tom na metade dos longos gritosefusivos de "goooooool" que são amarca e fazem parte da rotina de nar-ração dos locutores brasileiros.

Um colega, veterano das transmis-sões de rádio, sugeriu que ele come-çasse a fumar. Mas Araújo, na épocacom 17 anos, teve outra ideia: contra-tou uma mulher que ensinava alemãocom música na rádio pública nacionalpara lhe ensinar a cantar. "Em se tra-tando de narrar um gol no futebol",disse Araújo, da Rádio Transamérica,um dos avôs datransmissão es-portiva via rádiodo país, "existeuma grande dosede talento artísti-co envolvido".

Entre os locu-tores esportivosno Brasil, o grito"goooooool" é oponto de excla-mação que pon-tua o ápice da narrativa, com a voz dolocutor se modulando harmoniosa-mente e continuamente sempre queum time marca. Se representada emforma de desenho, seria semelhante aum arco. Se fosse uma pessoa, seria apessoa mais importante da sala.

Os torcedores gritam gol; os locu-tores juram que eles cantam. GalvãoBueno, um dos mais famosos narra-dores do Brasil, comparou o gol a"uma nota dó alta de um a tenor", umadas mais difíceis de se atingir. "É a suamaior realização", disse Bueno, queestá trabalhando em sua 10ª Copanarrando os jogos, predominante-mente para a Rede Globo, a maior re-de de televisão do Brasil. "Ou o seumomento de derrota". É também um

símbolo da história das transmissõesesportivas no Brasil – e a sua caracte-rística mais duradoura e cativante.

Em 1946, 14 anos após a primeiratransmissão ao vivo de uma partidade futebol em uma estação de rádiobrasileira, Rebello Júnior, locutor davelha Rádio Difusora de São Paulo,estendeu o seu grito de "gol" atéquase ficar sem ar, legitimando ogrito de celebração dado pelos tor-cedores nas arquibancadas e o am-pliando para o mundo. Tudo numesforço para diferenciar: se todos es-tavam falando, por que não gritar?

Desde então, o "goooooool" pro-longado foi adotado na Espanha, naAlemanha (onde o "gol" é substituí-do por "tor", ou melhor, "Toooooo-

or!") e por toda a América Latina, as-sim como os narradores de línguaespanhola nos Estados Unidos.

Em 2008, como um experimento,Luis Roberto, da Globo, gritava "gol"apenas para o Botafogo, quando o ti-me jogou nas quartas de final da TaçaLibertadores contra o Club Estudian-tes de La Plata da Argentina. "Foi umdesastre", contou Roberto, que narrapartidas de futebol na televisão e norádio desde 1977. "Até mesmo os tor-cedores do Botafogo gritavam comi-go, me acusando de desrespeito por-que eu só reconhecia os gols marca-dos por uma equipe".

A transmissão de futebol evoluiucom o tempo; os repórteres de campopassam informações rápidas sobreaspectos básicos do jogo para os nar-radores na cabine, como quem fez ogol e quem vai entrar para substituir ojogador que se machucou. Diferençasregionais no ritmo e no estilo tambémse estabeleceram. Em São Paulo, osnarradores têm mais semelhançacom os locutores de corridas de cava-lo, empregando um padrão conheci-do como metralhadora. No Rio, o rit-mo é indubitavelmente menos frené-tico. Mesmo assim, o grito de gol per-

siste, embora os locutores brasileiroso tenham enfeitado na esperança deque o grito deles se destaque.

O grito de Araújo é precedido poruma pausa, que, ele admitiu, é na ver-dade uma oportunidade para ele en-cher o pulmão. Edson Mauro (antiga-mente Edson Pereira de Melo), locutorrenomado da Rádio Globo, diz "bin-go" antes de gritar gol, uma palavraque escolheu após passar uma noiteouvindo-a em um salão de bingo emMadri, em seu dia de folga depois defazer a cobertura da Copa do Mundona Espanha em 1982.

Na Escola de Rádio, uma escola deradiodifusão carioca, Mauro – qu eusava metade de uma casca de cocopara ampliar as suas primeiras narra-ções das partidas de futebol de areiados amigos em Alagoas, seu Estadonatal – incentiva seus alunos a narra-rem o mesmo jogo repetidamente e ase gravarem. O motivo, segundo ele, éque os alunos podem acompanhar oseu aprimoramento ou "entender deuma vez por todas que o trabalho nãoé para eles e desistir".

Antes uma exceção, desde então ahabilidade se tornou um requisito. En-tre os narradores de esporte, o vere-

dito é unânime: não existe futuro norádio esportivo para os locutores quenão sabem dar um grito de gol longo,alto e impressionante. Assim, eles trei-nam diariamente, praticamente domesmo jeito que os cantores clássicosfazem antes de uma apresentação.

Mauro é um dos que cantarolam,bufam e fazem zumbidos, vibrandoos lábios para relaxá-los. Bueno co-me maçãs e hidrata a garganta ho-ras antes de narrar um jogo. Araújo,um septuagenário chamado de Ga-rotinho, não toma uísque para evitar"mudar o equilíbrio químico das mi-nhas cordas vocais", disse.

Roberto consulta uma fonoaudió-loga para lhe ajudar a tirar a voz dodiafragma de forma que os seus gritosde gol não falhem. O seu colega AlexEscobar, que está narrando a sua pri-meira Copa, acha que as consultas defonoaudiologia são "meio bobas" erecorre, em vez disso, a truques sim-ples que aprendeu quando era croo-ner de uma banda que tocava em bai-les nos anos 90. "Nos dias em que vounarrar, não tomo café. E no dia ante-rior, não tomo álcool". Todos eles con-cordam com a importância de dormir,embora isso às vezes seja difícil.

Bueno vem acompanhando a Se-leção brasileira desde Goiânia, a sededo seu primeiro jogo amistoso, até asede dos jogos durante o torneio, decarro ou de avião. Gabriel Andrezo, lo-cutor novato do website FutRio, cujofoco é narrar os jogos realizados pelostimes cariocas, às vezes, tem de pegaro trem voltando do estádio nos arre-dores da cidade, chegar em casa bemdepois da meia noite e levantar demanhã cedo para escrever e publicaruma matéria, antes do horário do al-moço, sobre o jogo que narrou.

Falhas acontecem, e as reações fi-siológicas atrapalham. Uma vez o lo-cutor foi tomado por um ataque detosse. Araújo não conseguiu se livrardos soluços. Roberto, após encerraruma agenda de trabalho exaustivana Copa do Mundo de 1998 na Fran-ça, sentiu a voz vacilar ao gritar golquando o Vasco da Gama marcoucontra o River Plate da Argentina nasemifinal da Taça Libertadores. "Euparecia o Tarzan", contou.

Lalo de Almeida/The New York Times

Galvão Bueno, o grito de gol é a maior realização do locutor; Edson Mauro (abaixo) diz "bingo" antes de gritar.

Pilar Olivares/Reuters

Estrategista aolado do time:

Louis Van Gaal.

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Nesta quarta-feira, às 17 horas, as se-leções de Holanda e Argentina vãodisputar vaga na final da Copa doMundo em jogo no estádio Itaque-

rão, na zona leste da capital paulista. Na par-tida, devem brilhar as estrelas de Arjen Rob-ben, da Holanda, e de Lionel Messi, da Argen-tina, os dois craques em campo.

Mas o time da Holanda mostrou no últi-mo jogo, contra a Costa Rica no sábado, quetem um estrategista de peso fora de campo,é o técnico Louis Van Gaal. A jogada de mes-tre de Van Gaal no sábado salvou a Holandade uma situação complicada contra a CostaRica: o estrategista meticuloso substituiu ogoleiro nos últimos minutos da prorrogaçãoe o reserva Tim Krul foi quem defendeu doispênaltis e ajudou a Holanda a avançar paraas semifinais depois de um 0 x 0 dramáticocom a Costa Rica em Salvador. "O técnico medisse antes do jogo que se houvesse aindauma substituição a possibilidade seria mecolocar em campo", relatou Krul, em entre-vista coletiva concedida ontem na Gávea, nazona sul do Rio, onde a Holanda tem a suabase de treinamentos no Mundial.

Esta troca no fim do tempo da prorroga-ção foi mais uma das mudanças-chave queinfluenciaram o resultado de partidas a fa-vor dos holandeses. O técnico Van Gaal tam-bém havia escalado Memphis Depay, de 20anos, para marcar contra a Austrália, e LeroyFer, outro trunfo do treinador, abrira o placarem seu primeiro toque na bola na partidacontra o Chile válida pelo grupo B. Na se-quência, Klaas-Jan Huntelaar foi outro atle-ta a sair do banco e fazer o gol da vitória daHolanda sobre o México nas oitavas.

C ARTOLA – Entretanto, os europeus de-vem saber que seu treinador não tirará tru-ques da cartola o tempo todo para ajudá-los achegar à final. Se a Holanda quiser mesmoderrotar a Argentina na semifinal de quarta-feira em São Paulo, existem muitos aspectosque os holandeses devem melhorar sem de-pender dos "truques" e da "varinha mágica" daversão holandesa do feiticeiro Harry Potter.

A ausência do lesionado Nigel de Jong dei-xa o meio-campo mais exposto. Leroy Fertambém está machucado e Jonathan de Gu-zman perdeu o posto para Georginio Wijnal-dum, a quem falta se impor mais neste setor-chave do campo. A mudança no esquema dosábado para colocar três atacantes não fun-cionou, segundo admitiu o próprio treina-dor, devido ao mau desempenho de Depay,que não esteve em bom dia e perdeu muitasbolas de forma displicente. Contra uma Ar-gentina mostrando boas condições defensi-vas e um meio-campo batalhador durante apartida contra a Bélgica nas quartas de final,os holandeses precisam de mais opções emaior equilíbrio se quiserem chegar à segun-da final consecutiva de Copa do Mundo.

MAR ADONA – Depois de afirmar que a Ar-gentina estava jogando apenas 40% do seupotencial, Maradona agora está contente como desempenho da seleção argentina, que con-seguiu a classificação para a semifinal da Copado Mundo encerrando um jejum de 24 anos."Mesmo sem jogar bem, a Argentina soubecontrolar a partida", comentou o ex-jogadorsobre a vitória por 1 a 0 sobre a Bélgica, no úl-timo sábado, no estádio Nacional Mané Gar-rincha, em Brasília. A análise foi feita no pro-grama De Zurda (de canhota) que o jogadorcomanda na tevê venezuelana.

"O melhor resultado da partida seria 2 a 0. Omérito da Argentina foi impedir que a Bélgicase sentisse bem no jogo, nem tocando a bolapelo chão, nem com os cruzamentos", comen-tou. "A Bélgica é uma equipe comum, que po-deria ter sido desclassificada na primeira fase",criticou o eterno ídolo dos argentinos.

Em relação aos próximos confrontos, Mara-dona acredita que a Argentina vai superar aHolanda nas semifinais, mas acredita em umjogo equilibrado entre Brasil e Alemanha.

O ex-craque também elogiou os jogadoresque foram comandados por ele próprio na Co-pa do Mundo de 2010. "Mascherano está lú-cido e experiente e isso será muito bom para aArgentina. Higuaín fez sua melhor partida noMundial", elogiou Maradona. ( Ag ê n c i a s )

Harry Potterholandês

Fred Dufour/Reuters

Harry Potterholandês

sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13

IMAGENS URBANASCentros urbanos em 70 fotografias

assinadas por mestre como Thomas Farkase Bob Wolfenson. Masp. Tel.: 3251-5644

A TRAJETÓRIA DE OSCAR NIEMEYER. ITAÚ GALERIA. TEL.: 2168-1777.

Aquiles Rique Reis

CDA cada poema, sua música; a cada sílaba, sua nota.

Os versos de José Chagas são

preciosidades. Paraibano

nascido em Piancó, optou por mo-

rar em São Luís do Maranhão. Lá o

poeta irmanou-se às gentes e fez-

se fino juntador de palavras, cria-

dor de versos de força rara.

Conhecedores da poesia de Jo-

sé Chagas, Zeca Baleiro e o poeta

maranhense Celso Borges convo-

caram uma turma de composito-

res para musicarem poemas pre-

viamente escolhidos por eles. O

poeta pop, emoldurado por músi-

ca igualmente pop, fez-se ainda

mais especial.

A Palavra Acesa (Saravá Discos) é

o CD com o qual foi prestada uma

tão rica quanto merecida homena-

gem à poesia de José Chagas. As-

sim como seus versos, as melodias

foram criadas dentro de uma con-

cepção absolutamente contempo-

rânea, por vezes beirando o expe-

rimentalismo. Quando abraçada

por instrumentos, a poesia decola

como se ganhasse asas. Musicada,

ela, a poesia, acende as palavras e

abrasa seus significados.

O encarte indica ao lado do títu-

lo de cada poema o livro de onde

ele foi extraído e o ano de sua pu-

blicação. A primeira faixa tem José

Chagas recitando Poema I: No alto

dos mirantes/ Me fiz e desfiz/ So-

prai-me, brisas errantes/ Sobre to-

da São Luís. Tuco Marcondes dedi-

lha no violão uma pungente trilha

sonora concebida por Zeca Balei-

ro .

O para ibano

Assis Medeiros

musicou e cantou

Os Canhões do Si-lêncio: Sou o que

atira sua impure-

za/ De encontro à

ira da carne ace-

sa. Seu arranjo

valor iza a bela

melodia.

A Cidade Era Feita de Poesia foi

musicado por Chico Saldanha, que

se juntou a Tássia Campos para

cantá-lo. Seu arranjo embala o

baião com violão de sete, acor-

deom e percussão. Campoema tem

melodia, arranjo e interpretação

de Cesar Teixeira.

Do som lamento-

so do acordeom e

no ponteado do

violão de sete, ele

tira apoio para os

versos de José

Chagas: Eu sei de

tua foice, tua en-

xada / De tuas

mãos cavando a

terra alheia/ De teu suor, da lágri-

ma deixada/ Em cada pedra e em

cada grão de areia.

Fagner e a cantora portuguesa

Susana Travassos cantam os ver-

sos de Noturno Nº 2, musicado por

Zeca Baleiro. Com produção de Tu-

co Ferraz, lá estão violão e requin-

to, apoiados na percussão, a acen-

der as palavras: Repousa agora o

meu verso/ No dormir de quem

não dorme/ O rato rói o universo do

meu quarto/ A noite é enorme.

Os versos de A Cidade, musica-

dos e arranjados por Beto Ehon-

gue, são cantados com Dicy Ro-

cha. É o arranjo mais roquenrol do

CD. O mesmo se dá com A Palafita,

musicado por Fernando Filizola e

Toinho Alves e cantado por Lula

Queiroga e Silvério Pessoa, quan-

do a guitarra e o baixo dão peso ro-

queiro ao baião.

Sobrado, musicado por Chico

César e cantado por ele e Ednardo,

tem versos que brincam de fazer

jogo com as palavras: Da Cidade/

Cidade/ Idade/ Ida de/ Tempos e

templos.

Tenha certeza, meu caro leitor,

de que A Palavra Acesa é um álbum

requintado que merece ser admi-

rado. Como escreveu José Chagas

no final do poema A Ceia do Mundo:

A mesa está posta. Sirva-se à von-

tade, encante-se.

Aquiles Rique Reis,músico e v oca l ista do MPB4.

OBRAS DO MEXICANO FELIPE EHRENBERG. BARÓ GALERIA. TEL.: 3666-6489. GRÁTIS.

Parte da riqueza cultural dos

três mil anos da civilização

maia está exposta na Oca,

de graça. São mais de 380 peças,

que conseguiram resistir ao

tempo e à destruição por parte da

conquista espanhola, e ficam em

São Paulo até o dia 24 de agosto.

Ao visitar a exposição Mayas:Revelação de um Tempo sem Fim, o

público leigo sai com uma noção

nítida da identidade cultural,

organização, tradições e história

dessa civilização pré-

colombiana. Além de conseguir

compreender como o passado

desse povo – que reuniu cerca de

30 etnias, cada uma com idioma

e expressividade próprias –

mescla-se com o México de hoje.

A mostra é dividida em oito

temáticas, que guiam os

visitantes durante toda essa

viagem. A relação dos maias com

a natureza inicia o roteiro e os

ritos funerários encerram. Quem

for conferir também passará por

peças que contam um pouco

sobre os Deuses, as hierarquias,

entre muitos outros.

A curadoria da mostra é da

Dra. Mercedes de la Garza,

professora emérita da

Universidade Nacional Autônoma

do México (UNAM). Para Enrique

Ortiz Lanz, coordenador nacional

de Museus e Exposições do

Instituto Nacional de

Antropologia e Historia (INAH),

essa é a mais grandiosa e

ambiciosa exposição de arte e

arqueologia já realizada para

uma civilização latino-

americana, pois reúne elementos

que comprovam toda a

complexidade dessa sociedade e

seu desenvolvimento em

importantes áreas do saber.

Como, por exemplo, a habilidade

que tiveram para entender os

conceitos de tempo e espaço.

Mas quem for à exposição

achando que irá ver de perto os

famosos calendários maias que

previam um apocalipse em 2012

poderá se decepcionar. A mostra

traz poucas peças relacionadas a

essa temática. Porém, com

certeza se encantará com as

maquetes interativas das cidade

e templos de sacrifício, além de

peças magníficas, como as

máscaras usadas em funerais,

cobertas de rubi.

Uma curiosidade relacionada

aos maias que tem espaço na

exposição, é a paixão deles por

um esporte bem parecido com o

futebol. As partidas do "futebol"

maia eram verdadeiras

cerimônias, com direito a

sacrifícios humanos e muito

sangue. Estão expostas na Oca

peças que retratam como eram

os estádios, uma espécie de

argola em forma de serpente, na

qual os arqueólogos acreditam

ser o gol, e diversas obras com

figuras de pessoas praticando o

esporte.

Mayas: Revelação de um Temposem . Oca. Avenida Pedro Álvares

Cabral, s/n - Portão 3. Tel.: 3105-

6118. Até 24 de agosto. Grátis.

V I S UA I S

Três milanos de

civilizaçãomaia

Expostos em380 obras na Oca.

Veja(e admire-se).

Fotos: Divulgação

À esquerda:estatueta policr

omada (600-900d.C.) encontradacomo parte dasoferendas emsepulturas do

período clássico.À direita: Cabeçade Pakal (600-

900 d. C.),imagem do

famosogovernante

K’inich JanahbPakal.

Ana Barella

À esquerda: EstatuetaFeminina (600-900 d.C.) querepresenta a deusa mãe. Àdireita: Monumento 114 de

Toniná (600-900 d.C.). Aimagem retrata o governantepalencano K’inich K’an Joy

Chitam como um prisioneiro.

À esquerda: Disco deChichén-Itzá (900-1250d. C.). Feito de madeira

ornamentado comturquesa, concha, coral

e ardósia. À direita:Tecelã (600-900 d. C.),estatueta-apito que

fazia parte doacompanhamentofunerário de uma

criança enterrada naIlha de Jaina.

14 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014

.O..LIMPÍADA

Jovens do Brasil nojogo dos números

Enquanto o Brasil vive

em clima de Copa, outro

time brasileiro participa

de uma competição

mundial de destaque.

Seis estudantes

brasileiros participam,

até o dia 13, na Cidade

do Cabo, África do Sul,

da 55ª Olimpíada

Internacional de

Matemática. A média de

idade dos estudantes é

de 16 anos. (Agências)

.B..IODIVERSIDADE

O trem amigo dos leõesA empresa ferroviária

indiana Western Railways

decidiu, em acordo com a

direção do Parque Gir,

reduzir a velocidade dos

trens que atravessam a

área de preservação para

evitar o atropelamento

acidental os raros

exemplares de leão

asiático. A subespécie tem

no parque, que fica no

estado de Gujarat, no

oeste do país, seu principal

santuário. Nos últimos

anos, quatro desses raros

felinos morreram

atropelados por trens.

.I..NFORMAÇÃO

O espaço(sem o espaço)

O site xkcd conseguiu

colocar em um só mapa

uma representação do

tamanho das superfícies

de vários corpos do

sistema solar. No mapa, é

possível imaginar o

tamanho de Vênus, Marte,

Mercúrio, Plutão, além de

nossa Lua e das luas de

outros planetas em

comparação com a

superfície dos continentes

de nosso planeta. Veja o

mapa maior no link.

http://xkcd.com/1389/#

.C..ASA

Calorias contadasProjeto do engenheiro Matt

Webster: você coloca o

prato feito na máquina e

ela conta as calorias.

http://goo.gl/74K5mV

.A..MBIENTE

A China contra a poluiçãoC

om o status de um dos

países mais poluídos do

mundo, a China recen-

tementemente tem se aplica-

do em ações ambientalistas.

Agora, anuncia um acordo

IBM-Pequim, cujo objetivo é

usar, experimentalmente,

tecnologias avançadas de

previsão do tempo e computa-

ção em nuvem para ajudar a

enfrentar a persistente polui-

ção naquela cidade e, mais

tarde, em outras regiões do

país. O governo chinês preten-

de reverter parte dos danos

causados ao ambiente - ao ar,

aos rios e a regiões agrícolas

do país, em contrapartida ao

crescimento acelerado, prin-

cipalmente da indústria, fenô-

meno mais evidente nas últi-

mas três décadas. Ao funda-

Strin

ger/

Reut

ers

PAMPLONA DEVOTA- Em Pamplona, Espanha, São Firmino, padroeiro da cidade, lota praças,

ruas e ganha corrida de touros entre 6 e 14 de julho. As festas começaram ontem, com o chupinazo,

lançamento de um foguete da sacada do Palácio Consistorial , sede da prefeitur a.

s

.F..OTOGRAFIA

Prova de fogosDa bombinha ao rojão, a

série de Andrew Waits

mostra como são os fogos

de artifício mais populares

por dentro.

http://andrewwaits.com

Há 50 anos divertindo crianças (e adultos)Um desafio promovido pela DARPA Robotics conseguiu reunir

robôs de brinquedo criados há mais de 50 anos. Veja a seleção.

http://goo.gl/1WUDwj

ParadoxosEsculturas de Seyo Cizmic

mostram objetos

contraditórios.

http://goo.gl/mZL6qo

mentar o acordo, o governo

explica que, antes de tudo, é

necessário melhorar a apura-

ção de dados e a capacidade

de monitoramento e previsão,

para, então, trabalhar para re-

duzir emissões e poluição.

Pequim já usa um sistema

de alerta baseado em dados

de 35 estações de monitora-

mento, que sinalizam a imi-

nência de gases tóxicos que

possam prejudicar escolas,

por exemplo. A população

ameaçada se queixa: acha

que é pouco.

"Prever é útil porque ajuda a

evitar exposição, mas não é su-

ficiente; colocar máscaras e

não sair de casa é, realmente,

pouco", declara o diretor do Ins-

tituto de Assuntos Ambientais e

Públicos, Ma Jun. (Agências)

Stringer/Reuters

sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de junho de 2014 15

CAIXA 1O seu consultor financeiro

Consignado: boaopção de crédito

Modalidade tem juros baixos, mas exige planejamento e cuidado.

Karina Lignelli

Paulo Pampolin/Hype

Consumir ou não consumir, eis a questão.

Para contratar,cautela e moderação.

Dicas da Proteste para fazerbom uso desse tipo de crédito

. Não assine o contrato sem calcular oimpacto em suas contas atuais.

. Os contratos só devem ser assinadospessoalmente, ou por cartão magnético esenha eletrônica. Não esqueça de exigir sua via.

. É vedada a contratação por telefone,assim como a cobrança de Taxa de Aberturade Crédito (TAC) ou qualquer outra taxa ouimp ostos.

. Os bancos são obrigados a informarpreviamente o valor total a ser pago, taxamensal e anual de juros, assim como valor,quantidade e periodicidade de cada prestação.

. A margem consignável, ou seja, o valormáximo da renda a ser comprometida, nãopode ultrapassar 30% do valor do benefícioou do salário.

. O número máximo de parcelas é de 60meses. Mas vale lembrar que, quanto menoro prazo, menores os juros.

. O beneficiário não é obrigado a pegar oempréstimo no banco em que recebe opagamento, mas pode optar pela instituiçãoque oferece a menor taxa de juros.

. O INSS nunca entra em contato parasolicitar dados pessoais, nem passa essesdados aos bancos.

. Não é permitido descontar parcelasde empréstimos sobre o 13º salário deaposentados e pensionistas.

. O depósito do empréstimo não pode serfeito na conta de terceiros.

. Com o objetivo de evitar irregularidades,os bancos devem conceder o empréstimoapenas no estado onde a pessoa reside erecebe o benefício.

Depois de investir boa parte dos recur-

sos próprios na reforma da casa – e

do trabalhão que isso gera –, o meta-

lúrgico aposentado Geraldo de Sou-

za Machado, 75, decidiu "se dar um luxo": viajar

com a mulher, Joselia, para Aracaju (SE). Para

isso, se planejou e viu que as taxas baixas e o

desconto direto das parcelas do crédito consig-

nado no benefício do INSS seriam a melhor al-

ternativa para realizar o desejo de visitar os pa-

rentes e, de quebra, descansar. Em tempos de

taxa Selic em trajetória crescente desde abril

de 2013 – e o consequente aumento do custo

do crédito –, recorrer à modalidade voltou a ser

uma das opções para quem não tem muito co-

mo fugir de um empréstimo, mas corre dos ju-

ros altos. E o mais importante, tem acesso a ela

–caso dos beneficiários do INSS, servidores pú-

blicos ou funcionários de empresas privadas.

E não é por menos: após chegar ao nível mais

baixo da série histórica –7,25% em 2012, man-

tida até abril de 2013 –, a Selic voltou a bater

nos 11% ao mês após a última reunião do Co-

pom (Comitê de Política Monetária), realizada

em abril deste ano. Já o consignado, que acaba

de completar dez anos, não só é acessível pela

garantia do débito com desconto em folha, co-

mo "barato" se comparado a outras modalida-

des: suas taxas de juros mensais variam, na

média, de inacreditáveis 0,70% a 2,14% ao

mês, dependendo do banco e do prazo de qui-

tação (dados do site do Ministério da Previdên-

cia Social). Interessa até para o credor, pelo ris-

co baixo de inadimplência e certeza maior de

p a g a m e n t o.

Parece muita vantagem junta, e para quem

não está com as finanças em dia, especialistas

recomendam: o consignado é uma boa opção

para organizar as contas ao quitar dívidas mais

caras. Exemplo disso é rotativo do cartão de

crédito: de acordo com a última pesquisa da

Proteste (associação de consumidores) com a

FGV, esses juros podem chegar a 280,82% ao

ano, ou 11,7% ao mês, em média –ou seja, cer-

ca de 70 vezes mais alto que a taxa básica da

economia, a Selic (veja as diferenças no quadroao lado). Também pode financiar necessidades

momentâneas –, mas desde que não se torne

extensão da renda: como qualquer tipo de fi-

nanciamento, exige planejamento e cuidados.

"Faz todo sentido 'trocar dívidas' dessa forma,

já que a modalidade é mais em conta. Basta

comparar as taxas com a do rotativo do cartão,

ou outras como o CDC (Crédito Direto ao Con-

sumidor), que pode chegar a 7%. Apesar das li-

mitações a grandes somas pela questão do

desconto em folha (até 30% do salário ou bene-

fício), o consignado é alternativa de boa nego-

ciação na hora de quitar dívidas. Mas bom mes-

mo é sempre ter uma reserva para isso", diz Má-

rio Amigo, professor de finanças da Fundação

Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Fi-

nanceiras (Fipecafi).

Ricardo Pereira, consultor financeiro do pro-

grama Consumidor Consciente da Mastercard,

tem opinião semelhante. Segundo o especia-

lista, a modalidade é interessante e se popula-

rizou pela facilidade de acesso ao crédito com

juros baixos. "Se o cartão de crédito estourou,

seja qual for o motivo, o consignado é a escolha

ideal para quitar a dívida mais cara. O mesmo

raciocínio pode ser usado para o cheque espe-

cial", destaca. O problema, segundo ele, é que,

com a euforia do acesso, houve quem "tomou

gosto" por esse tipo de empréstimo e passou a

usar sem cuidados: para trocar celular, pagar

aluguel ou até parcelas dele mesmo.

"O perigo é que muitos passaram a contar

com o consignado para manter o padrão de vi-

da – e isso não pode acontecer de jeito ne-

nhum", alerta, lembrando que "muitos RHs" de

empresas recorreram ao programa para orien-

tar funcionários com esse tipo de problema.

Quando optar

Como educador financeiro, Pereira, assim

como Mário Amigo, afirma que o melhor uso do

consignado é para emergências, como gastos

inesperados com saúde ou reforma da casa.

Antes da viagem, Machado, que era eletricista

de manutenção, também precisou recorrer ao

consignado para fazer uma cirurgia dentária.

"Aposentei como eletricista de manutenção

com um bom salário. Mas depois que o tempo

passa, a gente perde o poder de compra porque

o INSS nunca repõe muito mais que a inflação.

Tenho minha casa, meu carrinho, filhos e netos

encaminhados e sempre fui controlado com os

gastos. Mas em caso de necessidade, esse tipo

de empréstimo faz toda a diferença. Só não po-

de abusar: é uma dívida, e como toda dívida

tem que ser muito bem programada", diz.

Pereira orienta que o ideal mesmo é sempre

manter reservas mínimas, e nunca substituir a

prática de guardar dinheiro pelo uso do consig-

nado. "Ele não é uma reserva. O interessante é

guardar o equivalente a três ou quatro meses

de salário em investimentos de liquidez ime-

diata como a caderneta de poupança, que tem

correção mensal", explica.

O professor da Fipecafi reforça que sempre é

melhor garantir "sobras" de dinheiro – t an to

que os mais previdentes chegam a usar seis

meses de salário como colchão. "Buscar nego-

ciação de dívidas à vista é importante, e pode

render bons descontos. Já uma boa reserva in-

vestida em fundos DI, por exemplo, rende me-

nos que esse financiamento, em torno de 1% ao

mês. Por isso, só vale lançar mão

do consignado para emergên-

cias ou negociações à vista".

Como imprevistos aconte-

cem e o valor guardado pode

não ser suficiente, o consignado

pode ser usado como recurso

adicional, diz Pereira. "O impor-

tante é se planejar, saber que se

terá uma dívida a mais por al-

guns meses e que será preciso

pagar juros –, mas que as despe-

sas mensais continuam", com-

pleta o especialista do progra-

ma Consumidor Consciente.

Cuidados

Se não houver outra opção,

Mário Amigo afirma que é priori-

dade contratar o empréstimo

consignado em instituições sé-

rias para evitar problemas –

muito comuns principalmente

entre aposentados e pensionis-

tas do INSS, que nos últimos 12

meses responderam pela alta

de 13,9% na contratação do

consignado, ficando atrás ape-

nas dos servidores públicos,

com 14,7% (informações de

maio do Banco Central). Esse

público costuma ser o mais pre-

judicado porque muitos em-

prestam para ajudar terceiros –que costumam

não honrar as dívidas –, ou são assediados por

bancos "problemáticos". "A euforia gerou his-

tóricos de muita fraude: as pessoas pegavam

empréstimos em cascata, tinham desconto di-

reto e mal recebiam o benefício – o que pode

comprometer, e muito, o orçamento domésti-

co", alerta.

Especialistas em psicologiaeconômica garantem, mas muitagente já sabe disso: consumir

com base na emoção é complicado.Além de gerar ou aumentar ainda maisas dívidas, pode acabar emarrependimento e frustração, maisdifíceis de lidar. Portanto, se a ideia éusar o consignado para realizar umdesejo de consumo, os cuidadosdevem ser redobrados. "Se for umaviagem, por exemplo, o ideal éconstruir esse desejo: descobrirquanto custa e guardar antes, oupagar a dívida antecipadamentepara viajar tranquilo, sem sepreocupar com contas na volta", dizRicardo Pereira, consultor financeirodo programa ConsumidorConsciente da Mastercard.

Para viajar, o aposentado GeraldoMachado fez isso mesmo: aproveitouos juros baixos, mas preferiu estenderum pouco o prazo para pagar. "Ascontas subiram um pouco enquantoquitava o empréstimo, mas não fezmuita diferença pois planejei tudoantes. Depois, fiquei só descansando,comendo e bebendo na praia!",re l e m b ra .

Outro problema, diz Pereira, é cair natentação da facilidade em tomar essecrédito: exemplo comum é a pessoaquerer quitar um dívida de R$ 5 mil, masquando vai ao banco, acha tudo tão fácilque acaba voltando com umempréstimo de R$ 10 mil. "Tudo bemque os juros são mais baixos, trocou-se adívida mais cara pela mais barata... Mas épreciso ter a questão latente: 2% ao mêsde juros pode ser menor, mas não querdizer 'baixo'. O rendimento da poupançaé 6% ao ano. É o caso do barato que sai

caro, de não colocar na ponta do lápis.Quando a decisão se baseia na emoção:o cérebro 'compra' mesmo", diz Pereira.

Machado, que conta entre risos queaté mesmo as contas do cartão decrédito da mulher são "organizadas eprogramadas", e que ambos costumamquitar de 70% a 80% das dívidas antesde fazer novas, é adepto do mote "sujaro nome, nem pensar". Mas não pensaem fazer outra "extravagância" baseadano consignado tão cedo. "Reformaestressa muito, por isso decidiemprestar. Mas viajar de novo, só comuma boa poupançazinha", garante.

Mário Amigo, da Fipecafi, diz queseparar necessidade de desejo éessencial. "Avalie se você precisamesmo realizar isso hoje ou podepostergar. No primeiro caso, oconsignado pode ser a solução. Masno segundo, poupar é, sem dúvida, amelhor alternativa", finaliza. (KL)

Machado se beneficiou das taxas baixas para viajar com a esposa

Div

ulga

ção

Pereira: o baratoque sai caro.

16 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014

sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 17

Editora cult espanholaabre porta para conquistar os EUA

Carmen Balcells, a Mamãe Grande, lendária agente literária de Barcelona, associa-se ao novaiorquino Andrew Wylie, para criar uma nova agência.

Rachel DonadioThe New York Times

Carmen Balcells nun-

ca foi apenas uma

agente l i te rá r ia .

Apelidada Mamãe

Grande em referência ao título

de um livro de Gabriel García

Márquez, ela atuou como con-

fidente e orientadora dos

clientes. Até pagou conta de

dentista de alguns de seus es-

critores – os maiores autores

espanhóis e latino-americano

pelo planeta, incluindo García

Márquez e Mario Vargas Llosa

– e habilmente resolveu pro-

blemas domésticos deles, en-

quanto os promovia.

Em meio à explosão da lite-

ratura latino-americana das

décadas de 1960 e 70, quan-

do a turbulência política aba-

lou a região e Francisco Fran-

co mandava em Madri, Bal-

cells se tornou uma interme-

d i á r i a c r u c i a l l i g a n d o

Espanha e América Latina ao

resto do mundo e ajudou uma

geração de escritores de lín-

gua espanhola a encontrar

público em inglês.

Os ecos da explosão acaba-

ram, mas o catálogo continua

vivo. Diante da perspectiva de

um império em declínio e sem

um sucessor claro (o filho não

quer assumir a batalha), Bal-

cells, 83 anos, anunciou em

maio que assinara uma carta

de intenções com o agente li-

terário nova-iorquino Andrew

Wylie, para criar uma nova

empresa, a agência Balcells-

Wylie, com a qual administra-

ria os escritores dela.

"Quero as coisas limpas e

resolvidas", disse Balcells,

misturando catalão e espa-

nhol numa conversa muitas

vezes elíptica e multilíngue

durante encontro recente em

seu gracioso apartamento na

elegante Avenida Diagonal,

em Barcelona, coração do se-

tor editorial espanhol. Ainda

formidável, mesmo numa ca-

deira de rodas, ela vestia um

de seus característicos vesti-

dos brancos.

Em jogo está o espólio lite-

rário de García Márquez –

morto em abril e que, segun-

do Wylie, teria vendido mais

de 50 milhões de livros – bem

como os destinos de aproxi-

madamente 300 escritores

representados por Balcells,

incluindo Vargas Llosa, Isa-

bel Allende, Javier Cercas e os

espólios de Carlos Fuentes e

Pablo Neruda.

Se o negócio for fechado, a

empresa daria a Wylie um al-

cance muito mais profundo

num mercado lucrativo e cres-

cente à medida que o centro

de gravidade da publicação

em espanhol se muda da Es-

panha – atingida duramente

pela crise econômica – para a

América Latina, onde as ven-

das estão subindo.

INTERESSE MÚTUOA joint-venture também

marca o fim de uma era. Du-

rante anos, Balcells recusou

as ofertas de Wylie, um dos

agentes literários mais pode-

rosos do mundo. Nenhum es-

critor vivo chegou a trocar

Balcells por Wylie, e ela uma

vez brincou que ele teria de

continuar correndo atrás de

viúvas. Contudo, faltando al-

guém para assumir seu pa-

pel, Balcells, que fundou a

Agência Literária Carmen

Balcells em 1956, afirmou ter

procurado o possível sócio

neste ano. O esquema do

acordo não está claro, e sem-

pre existe a chance de que ela

mude de ideia.

Entretanto, Wylie afirma es-

tar feliz com a perspectiva. "Ela

tem clientes de interesse signi-

ficativo para mim", declarou

durante entrevista telefônica,

acrescentando que, do total,

"uns 20", tinham interesse par-

ticular. A Agência Wylie já re-

presenta o espólio de Jorge Luis

Borges, bem como o do escri-

tor chileno Roberto Bolaño, an-

teriormente representados

por Balcells, e escritores espa-

nhóis vivos como Antonio Mu-

ñoz Molina. "Nós demos o pri-

meiro passo. A aproximação

pode ser mais profunda".

Ainda segundo Wylie, a pro-

posta agência Balcells-Wylie

seria uma entidade separada

da empresa que leva seu no-

me, mas ele disse esperar que

o novo empreendimento aju-

dasse os mil escritores já re-

presentados por sua agência

a serem publicados em tradu-

ção para o espanhol. O escri-

tor e tradutor Alberto Man-

guel escreveu no jornal "El

País" que alguns dos autores

que têm contrato com Bal-

cells podem sofrer porque

Wylie só estaria interessado

nos lançadores de best-sel-

lers – conceito refutado pelo

possível sócio. Em geral, o

mundo editorial espanhol re-

cebeu bem o negócio.

"Para ela, é o dinheiro e a

continuidade que não conse-

guiria encontrar de outra for-

ma", disse Elena Ramirez, di-

retora da editora espanhola

Seix Barral. "Para ele, é uma

forma de finalmente botar os

pés numa terra na qual já ten-

tou entrar três vezes. Acho

que foi uma decisão muito in-

teligente de ambos."

“FORÇA DA NATUREZA"Ao longo dos anos, Balcells

mudou as regras da publica-

ção espanhola. Antes, os au-

tores assinavam contratos

abertos com as editoras, que

davam adiantamentos ma-

gros e assumiam quase todo o

controle dos direitos. Balcells

começou a negociar luvas

melhores e contratos com

tempo definido, bem como

acordos complexos de licen-

ciamento e direitos. Hoje, ela

luta para conseguir para os

escritores acordos melhores

pelos direitos eletrônicos e ci-

nematográficos.

"Ela inventou o papel de

agente literária", disse o críti-

co literário espanhol Ignacio

E c h e v a rr í a .

As festas de Balcells são len-

dárias. Certa vez, ela organi-

zou um jantar para o roman-

cista mexicano Carlos Fuentes

e sua esposa. Quando o avião

deles atrasou horas, ela fez o

jantar ser servido, depois lim-

pou a mesa e a montou nova-

mente quando o casal final-

mente chegou, como se o ban-

quete estivesse começando.

"Ela é uma força da nature-

za", declarou a escritora chi-

lena Isabel Allende, em en-

trevista telefônica. "Ela é ge-

nerosa, esplêndida e sober-

ba". Allende contou que após

Balcells vender os direitos de

tradução de seu primeiro li-

vro em 1981, ela a convidou

para uma festa em sua casa

em Barcelona. "Eu parecia

uma caipira, estava vindo da

Venezuela e não sabia o que

era o mundo literário, nunca

havia lido uma resenha de li-

Guillem Valle/The New York Times

vro, nunca havia estudado li-

teratura. E ela me recebeu

como se eu já fosse uma es-

critora famosa".

Amiga de integrantes da fa-

míl ia real espanhola e da

maioria dos primeiros-minis-

tros (depois da era Franco, ter-

minada em 1975), Balcells te-

ve uma origem humilde. Ela

cresceu num pequeno vilarejo

na Catalunha numa casa sem

aquecimento nem água enca-

nada. Estudou administração,

mas não chegou a tirar o diplo-

ma universitário.

"Nunca quis ser importan-

te", afirma. Durante a ditadu-

ra de Franco, quando uma

mulher não podia abrir conta

bancária sem a aval do pai ou

do marido, "eu queria ser in-

dependente e autônoma nu-

ma época em que a mulher

sem educação rigorosa, sem

família poderosa, não podia

escolher o que fazer por con-

ta própria".

Ela conheceu García Már-

quez no México em 1965 e

vendeu para os Estados Uni-

dos os direitos de seu romance

"Cem Anos de Solidão", de

1967, que vendeu um milhão

de exemplares quase de ime-

diato. Numa história agora fa-

mosa, o romancista pergun-

tou se ela o amava. "Como

posso responder a essa per-

gunta?", ela disse. "Você re-

presenta mais de 30% da mi-

nha empresa". A agente con-

tou que a divisão ainda é a

mesma hoje em dia.

Questionada sobre qual se-

ria seu legado, ela faz uma

pausa. "O sonho da minha vi-

da era abrir uma agência lite-

rária e ter um escritor como o

Gabo", explicou em referência

a García Márquez. E ela reali-

zou o sonho. "Eu concordo",

respondeu Balcells, com olhos

lúcidos e travessos. "Sou uma

mulher notável".

Carmen Balcells em sua casa em Barcelona: "Queria ser independente e autônoma numa época em que a mulher não podia escolher o que fazer por conta própria".

O colombiano GarciaMarquez (alto, esquerda), o

peruano Vargas Llosa e oargentino Jorge Luis Borges

(acima): nomes queganharam o mundo

conduzidos por Carmen,que representa cerca de

300 escritores.

Eduardo Verdugo/AP Estadão Conteúdo

Marcos D'Paula/Estadão Conteúdo

18 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014

Prazo maior para quitar as dívidas

Sílvia Pimentel

O parcelamento de pendências do ICMS pode ser feito até o dia 29 de agosto.A data também é a limite para adesão no chamado Refis da Copa, que engloba débitos de tributos federais.

Os contribuintes

paulistas com

débitos do Imposto

sobre Circulação

de Mercadorias e Serviços

(ICMS) ganharam um prazo

maior para aderir ao

Programa Especial de

Parcelamento (PEP). Um

decreto estadual (nº 60.599)

publicado na edição da última

sexta feira do Diário Oficial

estabeleceu 29 de agosto

como a data limite para as

adesões ao programa. A

medida foi autorizada pelo

Convênio ICMS-59/14, do

Conselho Nacional de Política

Fazendária (Confaz). Com

essa alteração, que já

esperada pelo fisco e pelos

contribuintes, todos os

programas de parcelamento

em andamento passam a ter

a mesma data limite para

receber as adesões. Além do

PEP do ICMS, a Secretaria da

Fazenda do Estado de São

Paulo (Sefaz-SP) abriu a

oportunidade para a

regularização de débitos do

Imposto sobre Propriedade

de Veículos Automotores

(IPVA), do ITCMD (causa

mortis) por meio do Programa

de Parcelamento de Débitos

(PPD), voltado para as

pessoas físicas. Além destes,

está em andamento, também

com vencimento no dia 29 de

agosto, o chamado Refis da

Copa, que engloba débitos de

tributos federais e que ainda

não foi regulamentado.

Por meio do PEP do ICMS

podem ser parcelados os

débitos do imposto, inscritos

ou não em Dívida Ativa, com

fatos geradores até o dia 30

de novembro de 2013. Os

contribuintes interessados

na adesão poderão parcelar

as dívidas em até 120

meses, com redução nos

valores das multas e juros.

Outra opção é pagar à vista.

Nesse caso, haverá redução

de 75% no valor das multas e

de 60% dos juros, sem a

cobrança de encargos

financeiros. Caso a dívida

seja parcelada, o valor

mensal mínimo foi fixado em

R$ 500,00. Todas as parcelas

terão o mesmo valor, do

começo ao fim do

parcelamento. Se a adesão

for feita na primeira

quinzena do mês, a primeira

parcela, ou a única, deverá

ser paga no dia 25 do mesmo

mês. Para adesões a partir

do dia 16, o vencimento será

no dia 10 do mês seguinte.

Vale lembrar que o primeiro

pagamento é a confirmação

da entrada do contribuinte

no programa, não podendo

sofrer atraso. Pela

legislação, poderão ser

incluídos saldos

remanescentes de

programas anteriores, como

o PPI (Programa de

Parcelamento Incentivado),

rompidos até 31 de maio de

2012 e que estejam inscritos

em dívida ativa. Para fazer a

adesão basta acessar o site

w w w. p e p d o i c m s . s p . g o v. b r.

No PPD, o contribuinte com

dívidas pendentes com o

fisco têm prazo de até dois

anos para regularizá-las. Os

débitos relacionados ao IPVA

e ao ITCMD pagos em parcela

única terão redução de 75%

no valor da multa e de 60% no

valor do juro. O contribuinte

que optar pela regularização

em 24 parcelas terá desconto

de 50% no valor da multa e de

40% no valor dos juros. O

valor das parcelas não pode

ser inferior a R$ 500, no caso

da pessoa jurídica, e a R$ 200

no caso de pessoas físicas. É

possível selecionar até 500

débitos para um mesmo

parcelamento. As adesões

podem ser feitas no site

w w w. p p d 2 0 1 4 . s p . g o v. b r.

sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 19

PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 100/2014–PREGÃOPRESENCIAL Nº 052/2014OBJETO:- Aquisição de 01 (um) rolo compactadorvibratório, destinado ao setor de pavimentação asfálticada secretaria de obras. Data da abertura- 18/07/2.014, às08:00 horas. melhores informações poderão ser obtidosjunto a Seção de Licitações na Rua Santos Dumont nº28, Centro, ou pelo telefone (018) 3643.6126. O Editalpoderá ser lido naquela Seção e retirado gratuitamenteno site www.birigui.sp.gov.br., Pedro Felício EstradaBernabé, Prefeito Municipal. Birigui, 04/07/2.014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPÃO BONITO-SPSUSPENSÃO DE EDITAL

PREGÃO PRESENCIAL Nº 63/2014 – SUSPENDE-SE o presente certame licitatório “sine die”,para readequação do edital e após será designada uma nova data. As alterações e a nova data deabertura serão devidamente comunicadas as empresas interessadas, bem como, publicadas nosórgãos de costume. Capão Bonito,03 de julho de 2014.

RETIFICAÇÃO DE EDITALPREGÃO PRESENCIAL – REGISTRO DE PREÇOS Nº 63/2014 – Aquisição de vários tipos depneus para diversas Secretarias, deste Município, conforme especificação constante do anexo I– Termo de Referência, do presente instrumento convocatório. O encerramento (credenciamento eentrega dos envelopes): 18 de julho de 2014, às 09:00 horas.

ABERTURADE LICITAÇÃOPREGÃO PRESENCIAL – REGISTRO DE PREÇOS Nº 81/2014 – Aquisição de equipamentoshospitalares, para a Secretaria Municipal de Saúde, conforme especificações constantes dosAnexospertencentes ao presente instrumento convocatório. O encerramento (credenciamento e entrega dosenvelopes): 31 de julho, às 09:00 horas.PREGÃO PRESENCIAL – REGISTRO DE PREÇOS Nº 82/2014 – Contratação de empresapara recargas de tonners, para o Centro de Processamento de Dados, conforme especificaçõesconstantes dos Anexos pertencentes ao presente instrumento convocatório. O encerramento(credenciamento e entrega dos envelopes): 31 de julho, às 14:00 horas.PREGÃO PRESENCIAL - REGISTRO DE PREÇOS Nº 83/2014 – Aquisição de materiais defisioterapia, para a Secretaria Municipal de Saúde, conforme especificações constantes dos Anexospertencentes ao presente instrumento convocatório. O encerramento (credenciamento e entrega dosenvelopes): 05 de agosto, às 09:00 horas.PREGÃO PRESENCIAL - REGISTRO DE PREÇOS Nº 84/2014 – Contratação de empresa parafornecimento de peças e acessórios para veículos leves e pesados, para a Frota Municipal, conformeespecificações constantes dos Anexos pertencentes ao presente instrumento convocatório. Oencerramento (credenciamento e entrega dos envelopes): 05 de agosto, às 14:00 horas.Edital e melhores informações mediante o recolhimento da taxa de R$ 10,00 (dez reais) através deguia de arrecadação, no Setor de Licitações, sita o Paço Municipal localizado à Rua Nove de Julho,nº690, Centro, ou pelo Tel: (15) 3543-9900 – ramal 9936, de segunda a sexta-feira, das 09:00 às11:00hs e das 13:00 às 16:00hs ou através do e-mail: [email protected] .

Capão Bonito-SP, 03 de julho de 2014.Dr. JULIO FERNANDO GALVÃO DIAS - Prefeito

MUNICÍPIO DE NOVA ODESSAAVISO DE EDITAL DE LICITAÇÃO

BENJAMIM VIEIRA DE SOUZA, Prefeito do Município de Nova Odessa,torna público que se acha aberto Pregão Presencial nº. 01/PP/2014 que serárealizada na sala de reuniões da Prefeitura Municipal de Nova Odessa, situada aAvenida João Pessoa, 777, Centro, Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000, iniciando-se a sessão no dia 22/07/2014, às 9h15min, e tem por objeto aquisição de2000 lixeiras papeleiras de polietileno de alta densidade (pead), com capacidadevolumétrica mínima de 50 litros e carga de 16 kg, na cor verde. Informações poderãoser obtidas das 8h00min às 16h30min, no endereço acima mencionado ouatravés do telefone (19) 3476.8602. O edital estará disponível para downloadno seguinte link de acesso: http://www.novaodessa.sp.gov.br/Licitacoes.aspx.

Nova Odessa, 04 de julho de 2014.Setor de Suprimentos e Licitações

MUNICÍPIO DE NOVA ODESSAAVISO DE EDITAL DE LICITAÇÃO

BENJAMIM VIEIRA DE SOUZA, Prefeito do Município de Nova Odessa,torna público que se acha aberto Pregão Presencial nº. 70/PP/2014 que será realizadana sala de reuniões da Prefeitura Municipal de Nova Odessa, situada a Avenida JoãoPessoa, 777, Centro, Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000, iniciando-se a sessão no dia18/07/2014, às 14h00min, e tem por objeto Registro de Preços para futura e eventualcontratação de empresa especializada para prestação de serviços com fornecimentode mão de obra (monitores) em transporte escolar nos termos da resolução SE 27 de09/05/2011 e SE 28 de 12/05/2011 DASECRETARIADE EDUCAÇÃODO ESTADODESÃOPAULO. Informações poderão ser obtidas das 8h00min às 16h30min, no endereçoacimamencionadoouatravésdo telefone (19)3476.8602.Oedital estarádisponível paradownloadnoseguinte linkdeacesso: http://www.novaodessa.sp.gov.br/Licitacoes.aspx.

Nova Odessa, 04 de julho de 2014.Setor de Suprimentos e Licitações

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Ata de Assembléia Geral Ordinária1.Data,HorárioeLocal:2/5/14,às11hs,nasede,R.JoanaForestoStorani,676,CidadedeVinhedo/SP.2.ConvocaçãoePublicações:Convocação dispensada.Os documentos referidos no art.133, a saber:o Relatório da Administração, asDemonstrações Financeirasauditadas pelaDeloitteToucheTohmatsu (“Auditores Independentes”) e oParecer dosAuditores Independentes, relativos ao exercíciosocial findo em31/12/13, forampublicados no jornal “OEstado deSãoPaulo’’, na edição do dia 28/5/14.e noDOESP, na edição do dia28/5/14.3.Presença:Presente a totalidade dos acionistas da Cia., conforme consta no Livro de Presença dos Acionistas.Presentes,também, oSr.Carlos EduardoMassaoShibuya eRodneyPaloni Casadei, representantes daDiretoria daCia., e o Sr.Walbert AntoniodosSantos, representantedosAuditores Independentes.4.Mesa:Presidente:AntônioJosédeAlmeidaCarneiroeSecretário:Ricardo--FernandezSilva.5.DocumentosAnalisados:naAssembleiaeAutenticados:(i)DemonstraçõesFinanceirasdaCia.auditadaspelosAuditores Independentes, com data-base de 31/12/13; (ii)Relatório da Administração; e (iii) o Parecer dos Auditores Independentes.6.OrdemdoDia e Deliberações:Todas as seguintes deliberações foram tomadas pela unanimidade dos acionistas:6.1.Autorizar alavratura da ata a que se refere esta Assembleia em forma de sumário, nos termos do art. 130, §1°, da Lei n° 6.404/76.6.2. Aprovar,sem ressalvas, o Relatório da Administração, as contas dos administradores, as Demonstrações Financeiras da Cia. auditadas pelosAuditores IndependenteseoParecer dosAuditores Independentes, relativosaoexercício social findoem31/12/13. 6.3.Consignar quenão haverá distribuição de dividendos, conforme consta dasDemonstraçõesFinanceiras anteriormente aprovadas, uma vez que nãohouve lucro apurado no exercício social encerrado em31de dezembro de 2013.6.4.Reeleger os seguintesmembros doConselho deAdministração da Cia., que terãomandato até a Assembleia Geral Ordinária da Cia.que deliberar sobre as contas do exercício socialfindo em 31/12/14:1) Antônio José deAlmeidaCarneiro, brasileiro, casado, empresário, RG n° 2.381.252-2, expedida pelo DIC-RJe CPF/MF n° 028.600.667-72, residente e domiciliado na Cidade e Estado do Rio de Janeiro, Av.Epitácio Pessoa, 10/501, Ipanema,CEP22410-090,aocargodePres.doConselhodeAdministração;2)LuizOtáviodeAlmeidaCarneiro,brasileiro, casado,engenheiro,residente e domiciliado na Cidade e Estado do Rio de Janeiro, na Rua Prudente de Morais, n° 1565, apto. 502, CEP 22420-042, RGn° 18.412.700, expedida pela SSP-SP e CPF/MF n° 268.709.677-68, ao cargo de membro efetivo do Conselho de Administração; e3) Ricardo FernandezSilva, brasileiro, casado, administrador de empresas, RGn°M-100.182, expedida pela SSP-MGeCPF/MF n°104.135.966-72, residenteedomiciliadonaCidadeeEstadodoRiodeJaneiro,naAv.ViscondedeAlbuquerque,35,apto.401,aocargode membro efetivo do Cons. de Administração.6.4.1.Osmembros do Cons. de Administração ora reeleitos tomarão posse medianteassinatura do respectivo termo de posse onde declararão que não estão condenados a pena que vede ainda que temporariamente,o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economiapopular, contraosistema financeironacional, contraasnormasdedefesadaconcorrência, contraas relaçõesdeconsumo,a fépúblicaou a propriedade, que não estão em cursos em qualquer delito que os impeça de exercer as atividades do cargo para o qual foramdesignados, que não ocupamcargo emsociedade que possamser consideradas concorrentes nomercado comaCia.e que não têminteresse conflitante comamesma.6.5.Fixar a remuneração global anual da administração daCia.ematéRS2.600.000,00, cabendoao Conselho de Administração distribuir esse valor global entre todos os administradores. 6.6. Considerar sanada a não publicaçãodos anúncios a que se refere o artigo 133 da Lei n° 6.404/76, conforme faculta o parágrafo 4° do referido artigo, assim como a nãoobservância dos prazos ali previstos.6.7. Consignar que as publicações de que tratam o art. 289 da Lei das S.A. serão realizadas, apartir desta data, exclusivamente noDOESPeJornal Diário doComércio, na formadoart.289, §3º, da Lei dasS.A.7.Encerramento:Nadamais havendo a tratar, lavrou-se a ata a que se refere esta Assembleia, que, depois de lida, foi aprovada pela unanimidade dosacionistas da Cia. .e assinada por todos os presentes.8.Assinaturas:Mesa:Pres.:Antônio José de Almeida Carneiro;Secr.:RicardoFernandez Silva. Acionistas: Fundo de Investimento em Participações da Serra; Abaré Participações S.A.; Eudaimonia ParticipaçõesS.A.; Imagina Participações S.A., BFC Administradora de Bens S.A. e VC Leblon Participações S.A.Vinhedo, 29 de Maio de 2014.Declaro que esta ata confere com a original lavrada em livro próprio.Ricardo Fernandez Silva-Secretário. Jucesp nº 250.269/14-4 em03/07/14.Flávia Regina Britto-Secr.Geral em Exercício.

Log & Print Gráfica e Logística S.A.CNPJ/MF 66.079.609/0001-06 - NIRE 353003577-87Ata de Reunião do Conselho de Administração

1.Data,HorárioeLocal:22/5/14,às10hs,nasede,R.JoanaForestoStorani,676,CidadedeVinhedo/SP.2.ConvocaçãoePresença:Convocaçãodispensada, tendoemvistaapresençada totalidadedosmembrosdoConselhodeAdministração.3.Mesa:Pres.:AntônioJosé de Almeida Carneiro Secr.:Ricardo Fernandez Silva.4.OrdemdoDia e Deliberações:Todas as seguintes deliberações foramtomadas pela unanimidade dos membros do Conselho de Administração:4.1. Em cumprimento ao disposto no artigo 9° do EstatutoSocial, aprovar, sem ressalvas, ad referendumdaAssembleiaGeral, (i) as contas daDiretoria; (ii) oRelatório daAdministração, (iii) asDemonstrações Financeiras da Companhia auditadas pela DeloitteToucheTohmatsu (“Auditores Independentes”); e (iv) o respectivoParecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31/12/13, sendo que os documentos mencionados nositens (ii), (iii) e (iv) acima ficamarquivados na sededaCompanhia.4.2.Consignar quenãohaverá distribuição dedividendos, conformeconstadasDemonstraçõesFinanceirasanteriormenteaprovadas, umavezquenãohouve lucroapuradonoexercício social encerradoem 31/12/13. 4.3. Autorizar a lavratura da ata a que se refere esta Reunião de Conselho de Administração em forma de sumário,nos termos do art. 130, §1°, da Lei n° 6.404/76. 5. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, lavrou-se a ata a que se refere estaReunião do Conselho de Administração que, depois de lida, foi aprovada e assinada por todos os presentes.6. Assinaturas:Mesa:Pres.: Antônio José de Almeida Carneiro; Secr.: Ricardo Fernandez Silva.Membros do Conselho de Administração: Antônio José deAlmeida Carneiro; Luiz Otávio de Almeida Carneiro; e Ricardo Fernandez Silva.Vinhedo, 22/5/2014. Ricardo Fernandez Silva-Secr..Jucesp nº 250.268/14-0 em 03/07/2014.Flávia Regina Britto-Secretária Geral em Exercício.

MUNICÍPIO DE IPEÚNAAVISO DE LICITAÇÃO – TOMADADE PREÇOS Nº 002/2014

Objeto:Contrataçãodeempresadeengenharia para construçãodoCentro deConvivência do Idoso– CCI, na Rua Araripe Custódio da Fonseca, no bairro Altos de Ipeúna, em Ipeúna/SP; EntregaEnvelopes: às 9h00 do dia 31/7/2014; Abertura: às 9h15 do dia 31/7/2014; O edital e anexosencontram-se à disposição dos interessados no Setor de Licitações da Prefeitura, situado na Rua01, 275 – Centro, Ipeúna/SP, no horário das 8h00 às 11h30 e das 13h00 às 17h30, em dias úteisou na página: www.ipeuna.sp.gov.br (Transparência Pública - Licitações). Informações pelo telefone(19) 3576-9007 ou [email protected]. Ipeúna, 4/7/2014. IldebranPrata –PrefeitoMunicipal

Concessionária Move São Paulo S.A.CNPJ/MF nº 19.368.924/0001-73 – NIRE nº 35.30045991-1 - (“Cia.”)

Ata da Reunião do Conselho de Adinistração realizada em 29/04/201401Data,horae local:Aos29/04/2014, às14:30hs, excepcionalmente, emSP/SP,Av.Paulista, nº 2.064, 3º,CerqueiraCésar.02Presençae quórum de instalação: Presentes a totalidade dos membros do Conselho de Administração da Cia., a saber: Sr.Rodrigo de AlmeidaCarnaúbanaqualidadedePresidentedoConselho,Sr.MarceloFogaçaCristante, naqualidadedesuplementedoConselheiroAdrianoSádeSeixasMaia,Sr.AmilcarBastosFalcão,Sr.AndrédeOliveiraCâncio,Sr.CarlosAlbertoMendesdosSantos,Sr.JoãoEduardoCerdeiradeSantana,Sr.MarceloFelberg,Sr.WalmirPinheiroSantana,eSr.ArnaldoCumplidodeSouzaeSilva.03Composiçãodamesa:Presidente:Sr.RodrigodeAlmeidaCarnaúba;Secretário:Sr.JoãoCarlosdeMagalhãesGomes04Convocação:Areuniãofoidevidamenteconvocadamediante avisoaosmembrosdoConselho, conformeartigo9º, parágrafo segundo, doEstatutoSocial daCia..05Ordemdodia:Discutir edeliberar sobre (i) a proposta deRegulamento Interno deFuncionamento doConselho, conformePD.CAMOVESPnº 01/14; (ii) ratificaçãoda contratação da Certificadora da Implantação conforme PD.CA MOVESP nº 04/14; (iii) a submissão das demonstrações financeirasreferente aoexercício de 2013daCia.para fins deanálise e aprovaçãoemAGO, a ser realizadaem29/04/2014 (“AGOdaCia.”), conformePD.CAMOVESPnº 05/14; (iv) fixar alçadasdaDiretoria daCia., conformePD.CAMOVESPnº 06/14; (v) a aprovaçãopelaCia.do contratode reembolso de despesas, conforme PD.CA MOVESP nº 07/14; (vi) autorizar a Cia., através da Diretoria, propor as ações judiciais dedesapropriaçãonecessáriasà implantaçãodaLinha06-LaranjadometrôdacidadedeSãoPaulo,conformePD.CAMOVESPnº08/14;(vii)acriaçãodoComitêFinanceirodaCia., conformePD.CAMOVESPnº09/14;(viii) acriaçãodoComitêdePessoasdaCia., conformePD.CAMOVESP10/14.06Deliberações:6.1.OsConselheirosporunanimidade:(i)RatificaramacontrataçãodoConsórcioCSLinha06, formadopelaConcrematEngenhariaeTecnologiaS.A.eSetecHidrobrasileiraObraseProjetosLtda.comoCertificadorade Implantaçãopara finsdeatendimento do Contrato de Concessão Patrocinada nº 015/2013, conforme PD.CAMOVESP nº 04/14; (ii) Aprovaram da submissão aosAcionistas da Cia. das demonstrações financeiras da Cia. referente ao exercício financeiro de 2013 emAGO, conforme PD.CAMOVESPnº 05/14; (iii) Fixaram as alçadas da Diretoria da Cia. descritas abaixo, conforme PD.CA MOVESP nº 06/14: • Celebração de quaisquercontratos ou instrumentos de valor individual de atéR$5.000.000,00 ou agregado, que não exceda, emummesmoexercício social ou emumperíodode12meses,R$25.000.000,00;•Contrataçãodeempréstimos, dívidasou financiamentosquenãoestejamprevistosnoplanode negócios da Cia., inclusive via a emissão de títulos ou valoresmobiliários de valor individual de até R$ 5.000.000,00 ou agregado, nãoexceda, emummesmoexercício social ouemumperíodode12meses,R$25.000.000,00, atualizadoanualmente pelo IPCA.•Aquisição,alienação, renúncia a direitos, transferência de bens daCia., que ocorramemummesmoexercício social ou emumperíodo de 12meses,em conjunto ou isoladamente, emmontante que não exceda aR$ 1.000.000,00, atualizado anualmente pelo IPCA;e • Doação, pela Cia.,de quaisquer bens ou direitos, em ummesmo exercício social ou em período de 12 meses, em conjunto ou isoladamente, emmontanteigual ou inferior a R$ 250.000,00, atualizados anualmente pelo IPCA. (iv) Autorizaram a Cia., através da Diretoria, em adotar as medidasnecessárias para a propositura das ações de desapropriação necessárias à implantação da Linha 06 - Laranja dometrô da cidade deSãoPaulo conforme PD.CAMOVESP nº 08/14. (v) Decidiram que a discussão e eventual deliberação sobre a: (i) PD.CAMOVESP nº 01/14,sobre a proposta do Regulamento Interno de Funcionamento do Conselho, (ii) PD.CAMOVESP nº 07/14, sobre o contrato de reembolsode despesa, (iii) PD.CA MOVESP nº 09/14, criação do comitê de Financeiro da Cia.; e (iv) PD.CA MOVESP nº 10/14, criação do comitêde Pessoas da Cia. serão realizadas na próximaRCA.07 Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado e inexistindo qualquer outramanifestação, foi encerrada a presente reunião, da qual se lavrou a presente ata que, lida e achada conforme, foi assinada por todos osConselheirospresentes.SP,29/04/14RodrigodeAlmeidaCarnaúba-Presidente;JoãoCarlosdeMagalhãesGomes-Secretário;FernandoHirataMuramatsu -OAB/SP n.º 228.421.Jucesp nº 207.288/14-8 em28/05/2014.Flávia R.B.-Secr.Geral emExerc..

Odebrecht Utilities S.A.CNPJ/MF n° 17.382.530/0001-44 – NIRE 3530044786-7ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINARIA.

Data, horario e local:Em 16/05/2014, as 16hs, na sede da Cia., na Rua Lemos Monteiro, n° 120, 11º andar- parte, Butanta,em SP/SP.Presencas: Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes no Livre dePresença de Acionistas.Convocacao: Dispensada a publicação de Editais de Convocação, na forma do artigo 124, § 4°, daLei n° 6.404/76.Mesa: Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, Presidente; e Renata Pereira Lobo e Silva, Secretaria.Ordem do Dia: 1) Alteração do artigo 4° do Estatuto Social da Cia., em decorrencia de aumento do capital social da Cia..Deliberações: 1) Aprovado o aumento do capital social da Cia. no valor de R$ 65.000.000,00, mediante a emissão, parasubscrição particular, de 49.128.652 novas ações ordinarias, nominativas e sem valor nominal, pelo prego de emissão unitariode R$ 1 ,32305684308, definido na forma do art. 170, §1°, II da Lei 6.404/76, com base no valor patrimonial contabil dasações, apurado em 31 de margo de 2014. Dessa forma, o capital social da Cia. passou de R$ 657.699.549,31, dividido em588.108.789 ações ordinarias, nominativas e sem valor nominal, para R$ 722.699.549,31, dividido em 637.237.441 açõesordinarias, nominativas e sem valor nominal. A totalidade das ações ora emitidas foram neste ato subscritas e integralizadasem moeda corrente nacional, pelo acionista Fundo de lnvestimento em Participações Operações lndustriais, na forma doBoletim de Subscrição constante do Anexo I a esta ata, tendo a acionista Ticiana Vaz Sampaio Marianetti renunciado aodireito de preferencia previsto no art. 171 da Lei das S.A. As ações ordinárias ora emitidas farão jus aos mesmos direitosassegurados as atuais ações ordinarias de emissão da Cia., sendo assegurado a tais ações direito ao recebimento integralde dividendos e juros sobre capital proprio declarados com base em lucro auferido no exercício corrente ou em exercíciosanteriores. 2) Em razao da deliberação acima, os acionistas aprovaram a alteração do caput do Artigo 4° do estatuto socialda Cia. que passara a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 4° - 0 capital social e de R$ 722.699.549,31, dividido em637.237.441 ações ordinarias, nominativas e sem valor nominal.”Quorum das deliberações: Todas as deliberações foramaprovadas por unanimidade, sem reserva ou restrições, abstendo-se de votar os legalmente impedidos. Encerramento:Apos lida e aprovada por unanimidade, a presente ata foi assinada por todos os presentes. São Paulo/SP, 16/05/2014.Mesa:Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, Presidente; e Renata Pereira Lobo e Silva, Secretaria. ACIONISTAS: FUNDODE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES OPERAÇÕES INDUSTRIAlS e TICIANA VAZ SAMPAIO. Renata Pereira Lobo eSilva - Secretária. Jucesp nº 232.430/14-7 em 18/06/2014. Flávia Regina Britto-Secretária Geral em Exercício.

Sistema Fácil, Incorporadora Imobiliária - Ponta Grossa I - SPE LtdaCNPJ Nº 09.202.228/0002-10 - NIRE 35.225.026.707

20ª ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE CONTRATO SOCIALData 18.06.2014. Local S.J.Rio Preto. A totalidade dos sócios da SISTEMA FÁCIL,INCORPORADORA IMOBILIÁRIA – PONTA GROSSA I - SPE LTDA, sede em São José do RioPreto-SP, na Av. Francisco das Chagas de Oliveira, nº 2500, sala 38C, Higienópolis, CEP 15.085-485, DELIBERAM, reduzir o capital social, conf. art. 1082, II do CC, de R$26.960.864,00 paraR$25.995.864,00, representando uma redução de R$965.000,00, que serão devolvidos até30.06.2014, em moeda corrente nacional, à sócia Rodobens Negócios Imobiliários S/A. Sócios:Rodobens Negócios Imobiliários S/A e Carlos Bianconi.

Terra Nova Rodobens IncorporadoraImobiliária - Presidente Prudente I - SPE Ltda

CNPJ Nº 09.535.922/0001-78 - NIRE 35.222.210.14129ª ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE CONTRATO SOCIAL

Data .16.06.2014. Local S.J.Rio Preto. A totalidade dos sócios da TERRA NOVA RODOBENSINCORPORADORA IMOBILIÁRIA - PRESIDENTE PRUDENTE I - SPE LTDA, com sede emSão José do Rio Preto-SP, na Av. Francisco das Chagas de Oliveira, nº 2500, sala 41C,Higienópolis, CEP 15.085-485, DELIBERAM, reduzir o capital social, conf. art. 1082, II do CC,de R$1.546.901,00 para R$846.901,00, representando uma redução de R$700.000,00, queserá devolvido até 30.06.2014, em moeda corrente nacional, à sócia Rodobens NegóciosImobiliários S/A. Sócios: Rodobens Negócios Imobiliários S/A e Carlos Bianconi.

Terra Nova Rodobens IncorporadoraImobiliária – Bauru I – SPE Ltda

CNPJ Nº 09.364.700/0002-10 - NIRE 35.222.061.82031ª ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE CONTRATO SOCIAL

Data 25.06.2014. Local S.J.Rio Preto. A totalidade dos sócios da TERRA NOVA RODOBENSINCORPORADORA IMOBILIÁRIA – BAURU I - SPE LTDA, sede em São José do Rio Preto-SP,na Av. Francisco das Chagas de Oliveira, nº 2500, sala 30A, Higienópolis, CEP 15.085-485,DELIBERAM, reduzir o capital social, conf. art. 1082, do CC, de R$1.652.050,00 paraR$852.050,00, representando uma redução de R$800.000,00, que serão devolvidos até30.06.2014, em moeda corrente nacional, à sócia Rodobens Negócios Imobiliários S/A. Sócios:Rodobens Negócios Imobiliários S/A e Carlos Bianconi.Sistema Fácil, Incorporadora Imobiliária - Uberlândia IV - SPE Ltda

CNPJ Nº 08.921.331/0002-57 - NIRE 35.221.470.17313ª ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE CONTRATO SOCIAL

Data 23.06.2014. Local S.J.Rio Preto. A totalidade dos sócios da SISTEMA FÁCIL,INCORPORADORA IMOBILIÁRIA – UBERLÂNDIA IV - SPE LTDA, sede em São José do RioPreto-SP, na Av. Francisco das Chagas de Oliveira, nº 2500, sala 34E, CEP 15.085-485,DELIBERAM, reduzir o capital social, conf. art. 1082, II do Código Civil, de R$2.735.223,00para R$2.235.223,00, representando uma redução de R$500.000,00, que serão devolvidosaté 30.06.2014, em moeda corrente nacional, à sócia Rodobens Negócios Imobiliários S/A.Sócios: Rodobens Negócios Imobiliários S/A e Carlos Bianconi.

SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba, por seu Setor de Licitação

e Contratos, comunica a SUSPENSÃO para julgamento da impugnação ao edital do

Pregão Presencial nº 09/2014 - Processo nº 2965/2014, destinado à contratação de

empresa para fornecimento de link de internet banda larga para o SAAE de Sorocaba.

Sorocaba,04dejulhode2014.PriscilaGonçalvesdeToledoPedrosoLeite-Pregoeira.

SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica a REABERTURA do PregãoPresencial nº 02/2014 - Processo nº 215/2014, destinado à contratação de empresa para execuçãode serviços gerais e contínuos de roçagem, manutenção e reparos de gramados, urbanização econservação dos próprios e áreas sob responsabilidade do SAAE de Sorocaba. SESSÃO PÚBLICAdia 22/07/2014, às 10h. O edital completo será disponibilizado no site www.saaesorocaba.com.br.Informações pelos telefones: (15) 3224-5814 e 5815 ou pessoalmente na Av. Pereira da Silva, 1.285,no Setor de Licitação e Contratos. Sorocaba, 04 de julho de 2014. Ivan Flores Vieira - Pregoeiro.

SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica a REABERTURA do PregãoPresencial nº 12/2014 - Processo nº 3.478/2014, destinado à contratação de empresa para execuçãode serviços gerais e contínuos de limpeza, roçagem e conservação das margens, leito e áreasadjacentes aos córregos, canais e Rio Sorocaba. SESSÃO PÚBLICA dia 22/07/2014, às 15h. Oedital completo será disponibilizado no site www.saaesorocaba.com.br. Informações pelos telefones:(15) 3224-5814 e 5815 ou pessoalmente na Av. Pereira da Silva, 1.285, no Setor de Licitação eContratos. Sorocaba, 04 de julho de 2014. Érica Aparecida de Menezes Ribeiro - Pregoeira.

MARQUESA S.A.CNPJ/MF nº 46.886.040/0001-83 NIRE 35.300.036.093

Edital de Convocação - Assembleia Geral Ordinária e ExtraordináriaFicam os Srs. Diretores e Acionistas convocados a comparecerem na sede social da Cia, sito a RuaQuinto Cavani, nº 101 B, Setor Industrial, Itapeva/SP, no dia 14 de Julho de 2014 às 08h00. Ordem dodia: i) Aprovação do balanço patrimonial e demonstrações financeiras do exercício de 2013; ii) Alterar oendereço da filial CNPJ nº 46.886.040/0022-08; iii) outros assuntos de interesse da Cia. Itapeva/SP,03 de Julho de 2014. Jorge Francisco Henriques - Diretor Presidente (04, 05 e 08.07.14)

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA DA SERRA/SPAVISO DE LICITAÇÃO – TOMADA DE PRECOS Nº 08/2014

De conformidade com a necessidade desta Prefeitura Municipal, faço público, para conhecimento dos interessados, que se acha aberto, na Prefeitura deste Município, o Edital de Tomada de Preços nº 08/2014, que tem como objeto contratação da empresa do ramo para execução com empreitada global com fornecimento de mão de obra e material para construção de 4 (quatro) Salas de Aulas, na Escola Municipal de Ensino Básico Dona Zina Saviolo Cury, localizada na Quadra B do Lote 1, terreno com área 9.195,66 m² do loteamento Bom Jesus com frente para a Rua José Maria da Silva, 550, pelo tipo de menor preço, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demais legislações expressas no item 5 deste Edital.Os envelopes dos licitantes com a documentação e a proposta deverão ser entregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Praça Santo Zani, n° 30, nesta cidade, até às 10h, do dia 24 de julho de 2014. O inicio da abertura dos envelopes sera às 10h30min, do dia 24 de julho de 2014, na Sala de Abertura de Licitações, sita à Praça Santo Zani, n° 30, nesta cidade. A Pasta Técnica contendo o Edital e seus respectivos anexos deverá ser retirada no Setor de Compras, sito à Praça Santo Zani, n° 30, Paço Municipal desta cidade, o qual será fornecido das 09h às 12h e das 13h às 16h a partir do dia 07 de julho de 2014. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que sera publicado pela Imprensa Ofi cial do Estado de São Paulo, do Município de Santa Maria da Serra, em jornal de grande circulação no estado e no Município e afi xado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal. Santa Maria da Serra, 04 de julho de 2014.a) JOSIAS ZANI NETO - Prefeito Municipal

Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - CODASPCNPJ nº 61.585.220/0001-19

PREGÃO ELETRÔNICO Nº 068/2014Contratação de empresa para locação de 3.950 (três mil, novecentos e cinquenta) horas de diversos tipos de máquinas e equipamentos de motomecanização e terraplenagem, visando complementação da frota produtiva da CODASP, para a utiliza-ção em execução de obras e serviços do Programa Melhor Caminho, no Município de Santo Anastácio (Centro de Negócios de Presidente Prudente). Edital completo disponível para download no site da CODASP www.codasp.sp.gov.br e no site da Bolsa Eletrônica de Compras www.bec.sp.gov.br. Para obtenção de senha e credenciamento, condicionantes à participação, acessar o site www.bec.sp.gov.br “Cadastre sua Empresa”. Envio das propostas: após o registro dos interessados e credenciamento de seus representantes no CAUFESP até 22.07.2014 às 09:00 horas, no site www.bec.sp.gov.br, quando será iniciada a Sessão Pública do Pregão. Informações Sra. Andrea, 5077-6527, Jairo de Almeida Machado Júnior, Diretor-Presidente.PREFEITURA MUNICIPAL DE

TAUBATÉ/SPPREGÃO Nº 230/14

A Prefeitura Municipal de Taubaté informa que se acha aberto o pregão presencial nº 230/14 que cuida do Registro de Preços para eventual aquisição de pneus, com encerramento dia 21/07/2014, às 08h30, junto ao respectivo Departamento de Compras. Maiores informações pelo telefone (0xx12) 3621.6023, ou à Praça Felix Guisard, 11 – 1º andar – centro, mesma localidade, das 08h às 12h e das 14h às 17h, sendo R$ 26,50 (Vinte e Seis Reais e Cinquenta Centavos) o custo do edital, para retirada na Prefeitura. O edital também estará disponível pelo site www.taubate.sp.gov.br.

PMT., aos 04.07.14Jose Bernardo Ortiz Monteiro Junior – Prefeito Municipal

PREFEITURA MUNICIPAL DEOURINHOSAVISO DE LICITAÇÃO

Processo nº 2182/2014 – Pregão Presencial nº 122/2014Objeto: Registro de preços para aquisição de carnes, frios e embutidos. Sessão de processamento do Pregão, recebimento e abertura dos envelopes “Proposta Comercial” e “Documentos de Ha-bilitação”: 24 de julho de 2014, às 09:00 horas. Local: Sala de Licitações da Prefeitura Municipal de Ourinhos, sita à Travessa Vereador Abrahão Abujamra, nº 70, fundos, Centro. O Edital completo poderá ser retirado gratuitamente na Diretoria de Suprimento da Prefeitura Municipal de Ourinhos, sita à Rua Euclides da Cunha, nº 522, Centro, no horário comercial, no site da Prefeitura (www.ourinhos.sp.gov.br) no link licitações ou mediante requerimento da empresa enviado via e-mail para [email protected] / [email protected], sendo que quaisquer esclarecimentos a respeito da presente licitação poderão ser obtidos na mencionada Diretoria ou através do telefone (14) 3302-6000 – ramais 6076 / 6123 e pelo fax (14) 3324-7945. Ourinhos, 03 de julho de 2014. Belkis Gonçalves Santos Fernandes – Prefeita Municipal.

FEDEX BRASIL Logística e Transporte S.A.CNPJ nº 10.970.887/0085-02

A Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP torna público que o fiel depositário dos gêne-ros e mercadorias recebidos pela filial da sociedade empresária “Fedex Brasil Logística e Transporte S.A.” – NIRE 3590454118-4, Flávio Pereira Temudo, brasileiro, casado, gerente geral, portador da cédula de identidade RG nº 3034226-SDS/PE, inscrito no CPF/MF sob o nº 475.413.004-97, residente e domiciliado na Rua Apiacas, 600, apto 122, CEP 05017-020, São Paulo/SP, assinou em 24/06/2014, com fulcro nos arts. 1º, § 2º, do Decreto Federal nº 1.102/1903 e 4º, da Instrução Normativa 17/2013 do Departamento de Registro Empresarial e Integração, o termo de responsabilidade nº 28/2014, que de-verá ser publicado e arquivado na JUCESP, nos termos do art. 8º da supracitada Instrução Normativa. Humberto Luiz Dias, Vice-Presidente no exercício da Presidência da JUCESP.

Argentina tenta evitar defaultPaís sul-americano está em situação econômica complicada que pode levá-lo a calote novamente. Hoje, haverá uma reunião para tentar solucionar a questão.

Ogoverno argentino

criticou na sexta-

feira a Justiça dos

Estados Unidos e

voltou a exigir que lhe seja per-

mitido honrar seus compro-

missos da dívida externa, pre-

parando o terreno para nego-

ciações no início desta sema-

n a c o m o s c re d o re s q u e

deixaram o país à beira de um

novo default.

Uma delegação do Ministé-

rio da Economia se reunirá ho-

je com o mediador designado

pelo juiz Thomas Griesa, que

proibiu a Argentina de honrar

sua dívida até que pague mais

de US$ 1,3 bilhão aos credores

que não participaram das re-

estruturações da dívida, os

chamados holdouts.

Se Buenos Aires não resol-

ver a situação até 30 de julho,

quando termina o período que

tem para pagar os bônus rene-

gociados que venceram no

fim do mês passado, o país sul-

americano entrará em de-

fault. Isso viria justamente

num momento em que busca

recuperar a confiança de in-

vestidores internacionais pa-

ra revitalizar a economia em

re c e s s ã o.

Que tipo de acordo pode ser

firmado entre a Argentina e os

fundos que o país classificou

como "abutres" é um mistério.

Uma cláusula das operações

de troca da dívida realizadas

em 2005 e 2010 impede que a

Argentina faça uma oferta me-

lhor aos holdouts que a ofere-

cida aos credores que partici-

param dessas operações.

Essa restrição expira no dia

31 de dezembro. O governo ar-

gentino tem dito que o não

cumprimento da cláusula po-

de acarretar demandas por

até US$ 130 bilhões.

Cerca de 7% dos credores

do país há uma década, lidera-

dos pelos fundos NML Capital

e Aurelius Capital Manage-

ment, se negaram a trocar os

títulos inadimplentes e têm

enfrentado o país há anos pe-

rante cortes internacionais

para recuperar o valor total

dos bônus.

A Argentina estimou o custo

das demandas dos credores

holdouts em cerca de US$ 15

bilhões.

"Muitos funcionários nos

Estados Unidos dizem que o

Poder Judiciário é indepen-

dente.... Mas não é indepen-

dente da ação dos fundos

abutres porque mostra clara

parcialidade", afirma sexta-

feira a jornalistas o chefe do

gabinete argentino, Jorge

Capitanich.

As constantes queixas da

Argentina contra a decisão de

Griesa, que foi endossada pe-

la Suprema Corte dos Estados

Unidos, têm sido criticadas

pelos fundos NML e Aurelius,

que têm posto em dúvida o

comprometimento de Buenos

Aires em buscar um acordo

com eles.

A Argentina também inti-

mou na quinta-feira o Bank of

New York Mellon, o agente de

pagamento de seus bônus sob

legislação estrangeira, para

que pague os vencimentos

dos títulos reestruturados

apesar da ordem do magistra-

do de Nova York.

O país sul-americano depo-

sitou na semana passada US$

539 milhões em duas contas

do banco central argentino no

BNY Mellon, mas, devido à de-

cisão de Griesa, o banco recu-

sou-se a transferir os recursos

ao exterior para que cheguem

às mãos dos credores da dívi-

da reestruturada.

"A Argentina paga as obri-

gações financeiras decorren-

tes do contrato. Portanto, a in-

timação da República Argenti-

na através da notificação for-

mal correspondente (ao BNY

Mellon) é para que cada agen-

te envolvido na operação de

pagamento assuma suas res-

ponsabilidades", afirmou Ca-

pitanich.

Consequências

A perspectiva de aprofun-

damento da turbulência eco-

nômica na Argentina, caso se

confirme a possibilidade de

um novo calote da dívida ex-

terna do país, causa apreen-

são pelos efeitos que pode tra-

zer para o Brasil. De acordo

com analistas, uma reedição

do default de 2001 traria des-

confiança e restringiria ao ex-

tremo o crédito para os argen-

tinos. O financiamento de ex-

portações e importações seria

prejudicado. Haveria piora de

uma situação já evidenciada

há alguns meses na balança

comercial brasileira: a retra-

ção no fluxo comercial com o

país vizinho, um dos principais

parceiros do Brasil, e dificulda-

de em compensar, direcio-

nando as vendas para outros

m e rc a d o s .

Após o calote de sua dívida

há 13 anos, a Argentina rene-

gociou com 93% dos credo-

res No último dia 26, o país

depositou US$ 1 bilhão desti-

nados a pagar quem aceitou

a reestruturação. Entretan-

to, o juiz americano Thomas

Griesa ordenou a restituição

da verba ao país, entenden-

do que os argentinos devem

pagar primeiro a fundos es-

peculativos, conhecidos co-

mo fundos abutres, que re-

clamam 100% do valor nomi-

nal dos títulos. Para evitar um

default, os argentinos preci-

sam negociar com esses fun-

dos. (Agências)

20 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014

FIQUE POR DENTRO

Angela Crespo é jornalista especializada em consumo; e-mail:[email protected]

A gestão da plataforma é de responsabilidade dos Procons

Consumidor é condenado a pagarconsumo realizado em “gato”

INFORMAÇÃO

Discute-se na Câmara Federal o Projeto de Lei 6985/13,

que obriga fabricantes de alimentos industrializados a

informarem sobre a presença ou a ausência de sal na

composição. Pelo texto do deputado Fábio Reis (PMDB-SE),

conforme informa a Agência Câmara, os rótulos e a bula

desses produtos também deverão conter a inscrição

“contém sal” ou “não contém sal”, além de mencionar as

quantidades. “Considerando o alto nível de produtos

industrializados consumidos pelo brasileiro, é

imprescindível que sejam fornecidas as informações

necessárias para que saibam o que estão ingerindo”,

argumenta o autor da proposta.

PROCESSADAS

O QUE DIZ O CDC

O SITE CONSUMIDOR.G O V.BR

JÁ ESTÁ NO AR E AS EMPRESAS

PRECISAM SE CADASTRAR

PA R A TER ACESSO ÀS QUEIXAS

DE SEUS CLIENTES

Empresas já recebem reclamaçõespela ferramenta do governo

Já está em funcionamento

o s i te w w w. c o n s u m i-d o r. g o v. b r , plataforma de-

senvolvida pelo governo

federal para servir como inter-

mediador de conflito entre

consumidores e fornecedo-

res. Será também utilizado pa-

ra gerar informações essen-

ciais à elaboração e imple-

mentação de políticas públi-

cas de defesa do consumidor e

incentivar a competitividade

no mercado pela melhoria da

qualidade e do atendimento

ao consumidor.

O funcionamento é parecido

com o do Reclame Aqui: o con-

sumidor registra a reclamação

e ela vai direto para a empresa

reclamada (desde que tenha

aderido ao sistema), que tem

um prazo para responder na

mesma ferramenta. O governo

quer com esse novo canal de

reclamação reduzir as deman-

das que chegam aos Procons e

ao Judiciário e, para tanto, vem

atuando firmemente na divul-

gação com propaganda nos

meios de comunicação (inclu-

sive tevê e rádio), explicando a

quem está do lado de fora do

balcão como usar a nova ferra-

menta.

Participar ou não? – A grande

questão para as empresas é se

eles devem ou não participar

dessa iniciativa, uma vez que

a adesão é voluntária. Alguns

advogados que atuam pelas

empresas nas contendas de

consumo recomendam caute-

la; dizem que é de bom tom

aguardar para saber se a nova

ferramenta vai vingar e só en-

tão assinar o termo de adesão.

Caso ela se popularize entre

os cidadãos brasileiros, esses

mesmos advogados são cate-

góricos em afirmar que aí não

vai dar para nenhuma compa-

nhia ficar de fora.

Luiz Guilherme Mendes Bar-

reto, advogado e sócio do es-

critório Mendes Barreto e Sou-

za Leite Advogados, de São

Paulo, vem orientando seus

clientes a não aderirem ime-

diatamente. “Se a plataforma

for uma ferramenta efetiva na

conciliação de conflitos de

consumo, aí não haverá por

que não aderir. Mas não co-

nheço ainda o termo de ade-

são; ele não está disponível no

site e me preocupa que todo o

processo gira em torno do

cliente. Ou seja, a palavra final

do consumidor será a base pa-

ra os relatórios que serão di-

vulgados com os dados cadas-

trados na consumidor.gov.br”

Já para o advogado Vinícius

Zwarg, especialista em defesa

do consumidor do escritório

Emerenciano, Baggio e Asso-

ciados e que já atuou no Procon-

SP, o consumidor.gov.br é ape-

nas mais uma forma de aperfei-

çoar o mercado de consumo.

“As empresas sérias cuidam

bem de seus clientes e procu-

ram resolver da forma mais efi-

ciente possível os conflitos.

Elas não têm por que ficarem de

fora dessa iniciativa.”

Zwarg também tem um

olhar crítico sobre a platafor-

ma recém-lançada: “É mais

uma ferramenta para resolver

problemas não solucionados;

as mesmas queixas que che-

gam aos Procons, ao Judiciário

e que a internet já vinha possi-

bilitando que os consumido-

res opinassem.” Para o advo-

gado, esses novos canais fa-

Um consumidor de Goiás terá de ressarcir a Celg

Distribuição em R$ 10.180,83, referente a

17.159 kWh de energia elétrica que consumiu

de forma irregular. A decisão é do Tribunal de Justiça de

Goiás, que negou recurso

interposto pelo réu questionando

a decisão em Primeiro Grau.

Na ação, ele alegou que a

companhia de energia elétrica

queria obrigá-lo a pagar por um

consumo que não havia realizado,

entretanto não conseguiu provar

que as fraudes no medidor de

energia não foram realizados por

ele. Desvio de energia por “g a t o”

contraria a Resolução 456/2000

da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Segundo o magistrado, o desvio ou fraude no

medidor de energia caracteriza em ato ilegal. Para ele,

a partir da análise das provas foi possível verificar que

a concessionária de energia, após realizar inspeção na

unidade consumidora, constatou irregularidade na

medição e instaurou processo administrativo.

De acordo com o juiz, como o consumidor não

comprovou se era ou não o responsável pelo

adulteração do equipamento, pode-se concluir que as

provas se amparam de forma segura e incontesta

conforme o pedido inicial. "Não vejo elementos

capazes de desconstituir o direito de cobrança levado

pela concessionária, por não haver prova que isente a

responsabilidade do consumidor", afirmou. O juiz

considerou inegável a materialidade da violação do

medidor, comprovada durante o processo

administrativo e salientou que "a empresa tomou as

medidas cabíveis devido a fraude no medidor".

Fonte: Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO)

Duas redes varejistas – Fast Shop e Lojas Insinuante – terão

de responder a processos administrativos por suspeita

de venda irregular de seguros. As duas empresas incluíam

automaticamente seguros de garantia estendida na venda

de eletrodomésticos sem informar ou pedir autorização ao

consumidor, prática considerada abusiva. Os processos

foram abertos pela Secretaria Nacional do Consumidor do

Ministério da Justiça (Senacon/MJ), por meio do

Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC)

com base em denúncias registradas por órgãos de defesa do

consumidor. Foi realizada uma investigação e se encontrou

indícios da prática. As empresas terão dez dias para

apresentar defesa. Caso sejam condenadas, poderão pagar

multa de até R$ 7 milhões.

Artigo 4ºA Política Nacional das Rela-

ções de Consumo tem por obje-

tivo o atendimento das neces-

sidades dos consumidores, o

respeito à sua dignidade, saú-

de e segurança, a proteção de

seus interesses econômicos, a

melhoria da sua qualidade de

vida, bem como a transparên-

cia e harmonia das relações de

consumo, atendidos os seguin-

tes princípios: (Redação dada

p e l a L e i n º 9 . 0 0 8 , d e

21.3.1995)

I - reconhecimento da vulne-

rabilidade do consumidor no

mercado de consumo;

II - ação governamental no

sentido de proteger efetiva-

mente o consumidor:

a) por iniciativa direta;

b) por incentivos à criação e

desenvolvimento de associa-

ções representativas;

c) pela presença do Estado

no mercado de consumo;

d) pela garantia dos produ-

tos e serviços com padrões

adequados de qualidade, se-

gurança, durabilidade e de-

s e m p e n h o.

III - harmonização dos inte-

resses dos participantes das

relações de consumo e compa-

tibilização da proteção do con-

sumidor com a necessidade de

desenvolvimento econômico e

tecnológico, de modo a viabili-

zar os princípios nos quais se

funda a ordem econômica (art.

170, da Constituição Federal),

sempre com base na boa-fé e

equilíbrio nas relações entre

consumidores e fornecedores;

IV - educação e informação

de fornecedores e consumido-

res, quanto aos seus direitos e

deveres, com vistas à melhoria

do mercado de consumo;

V - incentivo à criação pelos

fornecedores de meios eficien-

tes de controle de qualidade e

segurança de produtos e servi-

ços, assim como de mecanis-

mos alternativos de solução de

conflitos de consumo;

VI - coibição e repressão efi-

cientes de todos os abusos pra-

ticados no mercado de consu-

mo, inclusive a concorrência

desleal e utilização indevida de

inventos e criações industriais

das marcas e nomes comer-

ciais e signos distintivos, que

possam causar prejuízos aos

c o n s u m i d o re s ;

VII - racionalização e melho-

ria dos serviços públicos;

VIII - estudo constante das

modificações do mercado de

c o n s u m o.

zem parte de um novo cenário

de consumo.

Oficial – A Secretaria Nacio-

nal do Consumidor do Ministé-

rio da Justiça (Senacon/MJ),

responsável pela nova ferra-

menta, diz “se tratar de um

serviço provido e mantido pe-

lo Estado, com ênfase na inte-

ratividade entre consumido-

res e fornecedores para redu-

ção de conflitos de consumo.”

Ela integra o Plano Nacional de

Consumo e Cidadania (Plan-

dec), apresentado pela Presi-

dência da República em 15 de

março do ano passado, e tem

como objetivo a promoção da

proteção e defesa dos consu-

midores em todo o território

nacional, por meio da integra-

ção e articulação de políticas,

programas e ações.

A participação de empresas

só será permitida após a ade-

são formal ao serviço, median-

te assinatura de termo no qual

se comprometem em conhe-

cer, analisar e investir todos os

esforços disponíveis para a so-

lução dos problemas apresen-

tados. As empresas interessa-

das em aderir ao consumi-

dor.gov.br devem preencher o

formulário de proposta de ade-

são e enviá-lo à Senacon pelo

e -ma i l cadas t ro . empre-

[email protected]. Todas

as explicações podem ser

acessadas pelo site w ww.c o n s u m i d o r. g o v. b r .

Pouco mais de 100 empresas já constam da

lista de participantes do

consumidor.gov.br. Elas são de vários setores,

como administradoras de consórcios,

agências de viagens, bancos, financeiras,

cartões de crédito, companhias aéreas,

comércio eletrônico, seguradoras, operadoras

de planos de saúde, de telecomunicações, etc.

Cabe ao Procon de cada localidade monitorar

as postagens das queixas de consumidores e

as respostas das empresas. “Os Procons são os

gestores dessa plataforma. Enxergamos o que

o consumidor postou, o que a empresa

respondeu e a avaliação final do consumidor.

Caso seja necessário, podemos fazer uma

i n t e r v e n ç ã o”, resume Selma do Amaral,

diretora de Atendimento do Procon-SP. Ela

destaca alguns exemplos de intervenção:

“Uma empresa pode receber uma

demanda que não é dela ou de uma questão

sob judice. O Procon vai analisar casos como

esses e outros e mostrar como

o consumidor poderá agir.”

No site do órgão público de defesa do

consumidor paulista ainda não há um link

direto para o consumidor acessar a nova

plataforma, a exemplo de Procons de outras

localidades, mas Selma do Amaral garante

que em breve o link estará disponível.

Mesmo assim, em apenas dois dias de

acesso à ferramenta, o Procon-SP já

contabilizava quase 850 registros no

consumidor.gov.br só de consumidores

paulistas.

Uma das expectativas do Procon-SP é que

essa ferramenta possibilite a redução de

demandas diretas, liberando a instituição

para atuar em medidas de âmbito coletivo,

para traçar políticas públicas. “Não basta as

empresas aderirem. Tem de haver

comprometimento, uma vez que o

consumidor.gov.br é um serviço de utilidade

pública e o que ‘t r a n s b o rd a r ’ dos Serviços de

Atendimento ao Consumidor (SACs) das

empresas vai parar nesta plataforma.

Deixaremos de fazer o papel de SAC das

empresas para nos dedicarmos a questões

mais polêmicas das relações de consumo.”

A diretora de Atendimento do Procon-SP

ressalta que a ferramenta atende os

princípios do Código de Defesa do

Consumidor (CDC) na questão da política

nacional de defesa do consumidor, que é

incentivar a criação pelos fornecedores de

meios de solução de conflitos (artigo 4º,

inciso V).