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Ano 91 - Nº 24.158 - São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014
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Quem?São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br
Jornal do empreendedorAno 91 - Nº 24.158R$ 1,40
ISSN 1679-2688
9 771679 268008
24158
Página 4
Durante o jogo-treino de ontem(reservas contra aequipe sub-20 do
Fluminense), aimpressãoinicial era de
que Willian (esq.,acima) seria
escolhido. Foi sóimpressão. Porquehouve outrasvariações, como opróprio Williancaindo pelaesquerda, Ramirescentralizado eBernard na direita.Nesse caso, Ramiresmovimentou-secomo Neymar.O que se sabe é queDante (abaixo, esq.)deve mesmosubstituir ThiagoSilva, suspenso.Hoje, a Seleçãotreina antes de irpara BH, ondeamanhã encaraa Alemanha.A perguntacontinua. Pág. 11
Pa l e s t i n o satacam atumba deJosé em NablusAo invés de apaziguar, a notícia da prisão de suspeitos judeuspelo assassinato do garoto Abu Khdeir (acima), recrudesceuos confrontos entre palestinos e israelenses, agora no 5º dia.A confissão de um dos presos confirmou que a intenção eramesmo vingar a morte de três meninos israelenses. O governoos trata como terroristas e tem recebido apelos para condenarà morte quem entre eles for culpado. Os palestinos mantiveram
os protestos e tentaramincendiar em Nablus a bíblicatumba de José (foto), localsagrado para eles, judeus,cristãos e samaritanos. Pág. 7
A roupa faz oslíderes políticos
Fotos: Marcelo Sayão/Efe
Sem adesão obrigatória, cautela érecomendada aos comerciantes. O siteestá mais para o consumidor. P á g. 20
c o m e rc i o . g ovno ar. Espereantes de aderir.
Dav
id M
erca
do/R
eute
rs
Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Div
ulga
ção
Reprodução de TV
Os candidatos Aécio e Alckmin vestiram japonês noinício da campanha eleitoral. Lula já vestiu roupasmuito engraçadas, além de bonés do MST. Apresidente Dilma mudou o guarda-roupa ao sereleita -- lembra um artigo sobre roupas de políticos nojornal The New York Times. As camisas de Mandela setornaram marca registrada, como guayaberas naAmérica Latina. Na Índia dos dhoti e saris dosGhandi surgiu o Modi Kurta, a versão revisada datúnica com mangas três quartos. É um novo caso desucesso na associação de um político à roupa. Pág. 6
Reut
ers
Rerpodução
Arte de Jair Soares com foto de Fernando Soutello
2 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014
" STARTING GATE" ELEITORALSXC
A valorização do Real acabou sendo muito superior ao que seria de fato necessário.Delfim Netto
OBRAINACABADA
DELFIM NETTO
OPlano Real comple-
tou 20 anos e conti-
nua uma obra ina-
c a b a d a , m a s o s
avanços por ele obtidos no
combate à inflação não cor-
rem nenhum risco. O perigo de
uma volta à hiperinflação está
muito longe do alcance de
qualquer radar.
O Plano Real foi um dos pro-
gramas de estabilização mais
brilhantes construídos no Bra-
sil e seus efeitos são reconhe-
cidos universalmente: um
grupo de economistas de mui-
to boa qualidade organizou
um programa e – depois de
seis tentativas mal sucedidas
de estabilização – obteve um
grande sucesso. É sem dúvida
um momento alto da profis-
são: esses profissionais mos-
traram que tinham conheci-
mento profundo da mecânica
da economia, construindo um
plano que é uma autêntica
obra-prima, uma jóia rara.
Seu lançamento vitorioso
dependeu de um apoio
político muito forte do
presidente Itamar Franco e do
desempenho dos ministros da
Fazenda, Rubens Ricúpero e
Fernando Henrique Cardoso
que convenceram o poder po-
lítico de sua necessidade e da
viabilidade de sua execução.
Isso tudo fala muito a favor do
aperfeiçoamento das institui-
ções brasileiras depois da
Constituição de 1988.
O Plano Real, de fato, nunca
terminou: o sucesso inicial de
estabelecer um controle da in-
flação foi tamanho que a parte
politicamente desagradável
de sua execução , que era aca-
bar com o déficit fiscal,
nunca chegou a ser rea-
lizada. Em razão desta
"abstinência", o resulta-
do foi pífio em matéria de
crescimento econômico
e em termos do equilíbrio
no balanço em contas-
c o rre n t e s .
Em que pesem esses fa-
tos, foi sem dúvida o mais
bem sucedido programa de
estabilização de todos os
que foram tentados no
Brasil, uma economia
notoriamente com triste
retrospecto em matéria
de combate à inflação.
Hoje, vinte anos de-
pois, persiste uma
sensação desagra-
dável, porque mantemos
uma taxa de inflação sem-
pre superior ao núcleo da
meta, estabelecida posterior-
mente para ancorar as expec-
tativas. Assim, apesar de não
existir nenhuma tragédia à
vista no comportamento da in-
flação, ainda deixa muito a de-
sejar no quesito crescimento
e c o n ô m i c o.
O Brasil precisa corrigir isto.
E corrigir reiniciando o ataque
ao problema central, que é o
retorno ao equilíbrio fiscal de
PAULO SAAB
PresidenteRogério Amato
Vice-PresidentesAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCesário Ramalho da SilvaEdy Luiz KogutJoão Bico de SouzaJosé Maria Chapina AlcazarLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesMiguel Antonio de Moura GiacummoNelson Felipe KheirallahNilton MolinaRenato AbuchamRoberto Mateus OrdineRoberto Penteado de CamargoTicoulatSérgio Belleza FilhoWalter Shindi Ilhoshi
Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira ([email protected]). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos([email protected]). Editores Seniores: chicolelis ([email protected]), José Roberto Nassar([email protected]), Luciano de Carvalho Paço ([email protected]), Luiz Octavio Lima([email protected]), Marcus Lopes ([email protected]) e Marino Maradei Jr. ([email protected]).Editores: Cintia Shimokomaki ([email protected]), Heci Regina Candiani ([email protected]), Tsuli Narimatsu([email protected]) e Vilma Pavani ([email protected]. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman.Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repór teres: André de Almeida, Karina Lignelli, LúciaHelena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto.Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo,Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado.
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CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, Marcel SolimeoDiretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])
Gerente Executiva e de Publicidade Sonia Oliveira ([email protected])Gerente de Operações Valter Pereira de Souza ([email protected])Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estadão Conteúdo, Folhapress, Efe e ReutersImpressão S.A. O Estado de S. Paulo.Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60
Esta publicação é impressa em papelcertificado FSC®, garantia de manejo florestalresponsável, pela S.A. O Estado de S. Paulo.
FALE CONOSCO
Fundado em 1º de julho de 1924
SXC
maneira absolutamente se-
gura. A concepção do Plano
Real foi uma obra-prima, que
honra a inteligência de seus
formuladores; entretanto, é
um plano inacabado, porque
os governos nunca tiveram a
coragem de enfrentar em pro-
fundidade os problemas da in-
dexação e nunca decidiram
fechar o déficit fiscal.
Por causa dessas indeci-
sões as empresas brasi-
leiras estão sufocadas,
em primeiro lugar, pela maior
carga de tributos incidente em
países cujos níveis de renda se
assemelham ao nosso. Em se-
gundo lugar, elas foram obri-
gadas a conviver com a maior
taxa de juros do mundo por um
período terrível de vinte anos.
Finalmente, em terceiro lu-
gar, são submetidas a um sis-
tema de câmbio supervalori-
zado que anulou as condições
de competição de setores in-
teiros da indústria brasileira,
eliminando-se a maior alavan-
ca de modernização e expan-
são da atividade manufaturei-
ra, que é o comércio exterior.
A valorização do Real acabou
sendo muito superior ao que
seria necessário, caso tivésse-
mos feito o esforço adequado
para atingir o equilíbrio fiscal.
ANTÔNIO DELFIM NE T TO É
P RO F E S S O R E M É R I TO DA F E A - U S P,EX-M I N I S T RO DA FA Z E N DA , DA
AG R I C U LT U R A E DO PL A N E JA M E N TO
C O N TATO D E L F I M N E T TO
@TERRA.COM.BR
Usando a imagem de uma corrida
de cavalos, apenas para ilustrar a
informação para o eleitor, fosse
a eleição presidencial uma disputa de turfe
e poder-se-ia dizer que estão já todos
alinhados no "starting gate", esperando a
largada. Verdade seja dita, a candidata
Dilma Rousseff iniciou a corrida muito
antes de entrar no box e sem esperar
as portas se levantarem saiu em
disparada pela pista eleitoral,
desrespeitando as regras da "racing".
A atual presidente, usando das benesses
oficiais, há muito deixou de administrar
o País para estar à frente do páreo. Pode
vencer, mas pode também perder o fôlego
na reta de chegada, antes de chegar à final.
Estão alinhados os demais competidores:
o PSDB e aliados "correm" com Aécio
Neves. O PSB e aliados se apresentam com
Eduardo Campos. O PSDC vem com o
inefável José Maria Eymael. "Eeêimael..."
– quem não lembra a letra da musiquinha?
Faltam-lhe votos, mas está na corrida.
Levy Fidelix, montado no seu PRTB, sobre
um aerotrem, não poderia também faltar.
O ex-petista Eduardo Jorge corre pelo
PV. Mauro Iasi é o candidato do PCB. Luciana
Genro quer atropelar o páreo correndo
pelo PSOL...Heloísa Helena que se cuide.
E o PSC oferece para correr o pastor
evangélico Everaldo Pereira.
Pode ser azarão na curva oposta.
Condições da pista: preocupa tanto
quanto a qualidade dos competidores a
condição da pista de corrida. Sabe-se que
não se trata, como numa "horse race",
de pista ovalada ou reta. É um caminho
cheio de obstáculos, intrigas, desvios,
buracos, e deslealdades recorrentes.
Às vezes vale mais tentar derrubar
o adversário do que fazer a própria corrida.
Ética, respeito, retidão, probidade,
são qualificações que parecem ganhar
uma espécie de pausa para descanso
na aplicação de seus efeitos. Ficam no
paddock, aguardando o término da corrida.
Muitas vezes, nem após o famoso "...e
cruzam o disco final", voltam à tona.
No Brasil, desde 2002 estão fora de cena.
O eleitor: o papel fundamental nesse tipo
de corrida é do eleitor. Isso no papel, na
teoria, porque na prática ele é tratado como
aquele produto que, na corrida de cavalos,
os animais deixam como rastro em
seus haras. Ou na pista, mesmo, tamanha
é a incontinência de valores dos políticos.
O eleitor , na verdade, é o
que menos importa desde que, no dia
de apertar o botão da urna eletrônica, ele
mecanicamente compareça e sufrague o
candidato ou a candidata que para lá o
direcionou, comandando sua vontade
própria, desaparecida pela dependência de
favores – com o dinheiro tirado dos
brasileiros que trabalham para distribuir
como se fosse do governo e sustentar os
que não trabalham. Com exceções, claro.
Mantidos na ignorância pela
dependência da bolsa seja lá qual
for, muitos não entendem nem o que se
passa à sua volta. E ponham muitos aí, a
ponto de se tornarem milhões.
Demais candidatos: deixando o páreo
principal de lado por um momento,
devemos nos lembrar que ocorrerão
também corridas para os governos
estaduais e senadores da República – em
ambos os casos com resultado também
de vitória simples – e ainda para deputados
federais e estaduais. Aqui, prevalece a
proporcionalidade dos votos das alianças
partidárias versus número de cadeiras em
disputa. O PT quer que os concorrentes a
cargos legislativos proporcionais sejam
indicados por listas fechadas dos partidos.
A sede de dominação não tem limites.
Meia dúzia mandando no resto.
Neste tipo de corrida, as regras em
geral são as mesmas, prevalecendo
a mentira, a falsa promessa, a compra de
voto, como no páreo principal, com
outra questão importante: vale tudo
para se obter as cadeiras, objetivando no
futuro formar a "base aliada" para
obter vantagens espúrias, mordomias
oficiais e obter mensalões.
Odor: como já mencionado,
o duro de tudo isso (mais um preço
que se paga pela democracia, que deve
ser defendida a unhas e dentes contra
as garras dos totalitários) e ainda
comparando com a corrida de cavalos,
é o odor que prevalece no ar.
PAU L O SAAB É J O R N A L I S TA ,PA L E S T R A N T E E E S C R I TO R
sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 3
EUA: SINDICATOS MAIS FRACOS.
SXC
SINDICATOS AMERICANOS ENFRENTAM BATALHA LEGAL E ESTÃO PERDENDO ESPAÇO
Quanto mais vago o ideal a seratingido, mais se pode adorná-lode qualidades, ao mesmo tempo
que se conserva o direito decometer em nome dele toda sorte
de crimes e iniquidades.
CYNTHIA ESTLUND E WILLIAM E. FORBATH
Tempos atrás comen-
tei aqui o trecho de
Hegel que enaltecia a
capacidade humana
de suprimir mentalmente to-
do dado exterior ou interior, a
capacidade, em suma, de ne-
gar o universo inteiro e fazer
da consciência de si a única
realidade, entrando na "irres-
trita infinitude da abstração
absoluta ou universalidade, o
puro pensamento de si mes-
mo" (ver em http://www.olavo-d e c a r v a l h o . o r g / s e m a-na/081114dc.html).
Faltou dizer que isso é a con-
dição sine qua non para operar
seja a "crítica radical de tudo
quanto existe" proposta por
Karl Marx, seja a "derrubada
de todos os valores" almejada
por Nietzsche.
Também é evidente que tan-
to Marx quanto Nietzsche varre-
ram para baixo do tapete a ad-
vertência de Hegel de que essa
capacidade, exercida precisa-
mente com os poderes irrestri-
tos que essas duas propostas
exigiam, só podia levar a uma
sucessão de catástrofes: "O que
essa liberdade negativa preten-
de querer nunca pode ser algo
em particular, mas apenas uma
ideia abstrata, e dar efeito a es-
sa ideia só pode consistir na fú-
ria da destruição."
Arecusa de Marx de ela-
borar o plano detalhado
da futura sociedade so-
cialista, ou mesmo de descre-
vê-la em linhas gerais, já con-
tinha em germe a promessa
de que as coisas se passariam
exatamente assim. Quanto
mais vago e nebuloso o ideal a
ser atingido, mais se pode
adorná-lo de qualidades ex-
celsas ao mesmo tempo que
se conserva o direito de come-
ter em nome dele toda sorte
de crimes e iniquidades.
E não é só a experiência his-
tórica das tiranias soviética e
chinesa que o comprova.
Quando hoje em dia o sr. Lula
proclama: "Não sabemos qual
o tipo de socialismo que que-
remos", ele deixa claro de que
não se sente nem um pouco
chocado de que o caminho pa-
ra essa meta indefinível tenha
de passar pelo Mensalão, pelo
dinheiro na cueca, pelo flores-
cimento inaudito do comércio
de tóxicos, pela roubalheira da
Petrobras, pelos setenta mil
homicídios anuais, pela redu-
ção dos nossos universitários
a um bando de analfabetos
funcionais, pelo controle dita-
torial da opinião pública, pela
gastança obscena da Copa do
Mundo e por mais uma infini-
dade de capítulos deprimen-
tes. Tudo pela causa, que não
precisa nem dizer qual é.
Mutatis mutandis, a figura
do Super Homem que "cria os
SXC
Juízes dou n i ve r s o
OLAVO DE CARVALHO
seus próprios valores" é tão
vaga e adjetiva que pôde ser
usada para inspirar desde o
nazismo e o anticristianismo
militante até as agitações es-
tudantis de maio de 1968, o
anarquismo, os clubes de sa-
domasoquistas, a pedofilia, o
crime organizado e desorga-
nizado, a indústria do aborto e
o uso de tatuagens e piercings
nos órgãos genitais – en fi m,
qualquer coisa.
Éincrível como marxistas
e nietzscheanos perma-
necem confor tave l-
mente inconscientes de que,
para realizar o que prometem,
têm de operar a "abstração
absoluta" de que fala Hegel,
colocando-se portanto imagi-
nariamente acima do univer-
so, julgando-o e condenando-
o. Diríamos que se fazem de
deuses? Não, porque os deu-
ses são incluídos nesse uni-
verso e julgados com ele, o
que faz do autor dessa singela
operação mental uma espécie
de super-deus, superior ao
"maximamente grande" de
Sto. Anselmo.
Também não é preciso di-
zer que, ao efetuar esse
giro, levam o idealismo
subjetivo até às suas últimas
conseqüências no momento
mesmo em que imaginam es-
tar absorvendo e superando o
idealismo objetivo de Hegel.
Mas tanto marxistas quanto
nietzscheanos não podem
dar-se conta disso, senão te-
riam de perceber que seu jul-
gamento do universo é ape-
nas uma fantasia individualis-
ta, destinada, seja a encerrar-
se num solipsismo inconse-
quente – o que seria a menos
letal das hipóteses –, seja a es-
palhar-se entre as massas co-
mo epidemia psicótica e des-
cambar na 'fúria da destrui-
ção", como de fato veio a
a c o n t e c e r.
Se os inspiradores dessa
maravilha não sentem nenhu-
ma culpa pelo que produzi-
ram, se, ao contrário, conti-
nuam discursando com aque-
les ares de superioridade su-
blime de juízes do universo,
não é porque lhes falte apenas
a consciência moral: antes
disso já destruíram a sua pró-
pria consciência intelectual,
no momento em que recusa-
ram a enxergar a índole radi-
calmente subjetivista, a fuga
desabalada da realidade, que
era o centro da estratégia cog-
nitiva que adotaram.
Depois de ter jurado não
entender nada, o sujei-
to não pode nem mes-
mo entender que não enten-
de. Resta-lhe a saída infalível:
a pose, o fingimento, a incon-
fundível empáfia de quem
olha tudo desde cima, com ca-
ra de nojinho.
Será de espantar que o sé-
culo que se inspirou em Marx e
Nietzsche tenha sido o mais
violento, o mais assassino de
toda a história humana? No
entanto, ainda há, nos meios
acadêmicos, um número sufi-
ciente de idiotas que acredi-
tam piamente nas virtudes da
"destruição criativa", negan-
do a experiência histórica de
que a única coisa que se cria
com a destruição é mais des-
truição. Agora mesmo, em
2013, a Editora Boitempo, do
indefectível dr. Emir Sader,
promoveu um seminário in-
ternacional denominado
"Marx: a criação destruidora".
Isso não tem mais fim.
OL AVO DE CA RVA L H O É
J O R N A L I S TA , E N S A Í S TA E
P RO F E S S O R DE FILOSOFIA
Os sindicatos sempre
foram controversos
na sociedade
americana, mas as batalhas
relativas ao trabalho se
tornaram mais ferozes nos
últimos anos: veja-se a luta
em torno do sindicato dos
funcionários públicos em
Wisconsin, ou a decisão de
2012 dos eleitores de
Michigan de aderir ao grupo
dos estados com a lei do
"direito ao trabalho".
Na semana passada, a
maioria de cinco a quatro da
Suprema Corte disparou
seus próprios tiros na guerra
contra os sindicatos. Embora
a decisão no caso "Harris
versus Quinn" tenha sido
restrita, concluindo que, em
alguns casos os sindicatos
não poderiam recolher taxas
de uma classe, em particular
dos funcionários públicos
que não quisessem aderir,
seu texto sugere que esse
pode ser o primeiro passo
da Corte na direção de
nacionalizar o evangelho
do "direito ao trabalho"
ao embuti-lo no direito
constitucional.
Os requerentes
no caso Harris foram
vários cuidadores
domiciliares que não
queriam aderir ao sindicato,
embora a maioria dos
colegas de trabalho tivesse
votado a favor da adesão.
Mesmo assim, conforme a
lei de Illinois, eles tinham de
contribuir com sua "parte
equitativa" para os custos
de representação – um
dispositivo conhecido como
"taxa de agenciamento",
que é proibida nos estados
americanos que têm a lei
do "direito ao trabalho".
A possibilidade dos
sindicatos recolherem uma
taxa de agenciamento
reflete um equilíbrio
constitucional que rege a
força trabalhista nos
Estados Unidos há cerca de
40 anos: os trabalhadores
não podem ser forçados a
participar de um sindicato
ou contribuir para as suas
atividades políticas e
ideológicas, mas podem ter
de pagar pelo custo dos
acordos coletivos do
sindicato e administração
dos contratos.
Amaioria no caso Harris
viu as coisas de forma
diferente. Fazer com que os
trabalhadores paguem algo
para um sindicato a que eles
se opõem vai contra os
direitos da Primeira Emenda
– "algo inconsistente", no
entender da maioria. Mas
a verdadeira inconsistência
está em conceder aos
dissidentes o direito de não
pagar pelos serviços do
sindicato – serviços que
têm custos e que colocam
dinheiro nos bolsos de
todos os trabalhadores.
Uma vez escolhido pela
maioria dos trabalhadores,
um sindicato torna-se o
representante exclusivo,
com o dever de representar
a todos de modo correto.
Esse é o fundamento das
nossas leis trabalhistas, seja
no setor público ou privado.
A menos que todos
sejam obrigados a pagar
por esses serviços, os
trabalhadores individuais
podem facilmente se tornar
"caronistas", recebendo os
benefícios da representação
coletiva sem pagar a
participação dos custos.
Dissidentes e qualquer
empregado que queira
economizar um dólar pode
"pegar carona". O resultado
pode fazer com que o
sindicato não tenha
condições de representar
os trabalhadores com
eficiência e todos perdem.
Vejamos os prestadores
de assistência
domiciliar no caso Harris.
Esses trabalhadores, que
fazem parte de uma das
ocupações de mais rápido
crescimento e com menor
remuneração nos EUA, são
empregados quase que
exclusivamente por clientes
individuais, mesmo quando
os salários vêm de fundos
públicos como o Seguro de
Saúde americano. Sozinhos,
eles ficaram presos na baixa
remuneração e com poucos
benefícios – e os estados
tiveram escassez de mão de
obra e alta rotatividade.
Há vários anos, Illinois,
assim como outros estados,
em conjunto com clientes
individuais, assumiu o papel
de coempregador dos
trabalhadores da saúde.
Isso permitiu que eles
votassem na escolha de um
sindicato. Eles votaram
e, assim, quase dobraram
de remuneração e
obtiveram seguro- saúde
financiado pelo Estado,
bem como treinamento.
Todos os prestadores de
serviço de saúde domiciliar
se beneficiam com a
representação do sindicato.
Até a decisão da Corte,
todos tiveram de pagar uma
taxa modesta por esses
serviços. Mas agora, os
trabalhadores podem
"pegar carona".
Embora a maioria tenha
se recusado a suspender
os acordos fica claro que tais
taxas agora repousam no
instável fundamento
constitucional, pelo menos
no setor público, e estão
vulneráveis a ataques mais
abrangentes no futuro.
A capacidade de
sobrevivência dos
sindicatos vai depender da
resolução do problema dos
"caroneiros". É por isso que
as taxas compulsórias têm
sido um campo de batalha
para os sindicatos e para os
seus antagonistas por mais
de 70 anos. Os antagonistas
venceram muitas batalhas,
começando com a lei do
"direito ao trabalho" na
esfera estadual, que proíbe
quaisquer contribuições
sindicais compulsórias.
A estrutura da Primeira
Emenda utilizada pelo
movimento da lei do "direito
ao trabalho" – e agora pela
maioria da Suprema Corte –
para preparar esse ataque é
algo antigo com roupagem
nova. Argumentos
semelhantes já foram
usados no século 19,
quando as crescentes
desigualdades entre os
trabalhadores individuais e
os trabalhadores cada vez
mais industriais levaram à
invenção dos sindicatos e
dos acordos coletivos. Há
décadas, os trabalhadores
tiveram um aliado à
disposição na corte: quando
o Congresso – ou o
legislativo estadual –
aprovava leis protegendo a
liberdade dos trabalhadores
para se organizarem e
negociarem coletivamente,
a corte as derrubava em
nome da "liberdade
contratual". Isso mudou na
década de 1930, quando a
corte do Novo Acordo cedeu
à boa fé constitucional da
"democracia industrial" por
decisão da maioria.
Porém, a maioria
conservadora da corte
deu um passo ousado para
trás, reformando a cruzada
individualista como uma
batalha entre o discurso
forçado e o direito de
permanecer calado – e n t re
a dissidência individual e a
compulsão coletiva. Mas,
essencialmente, é a mesma
velha luta entre o direito
dos trabalhadores de
negociar coletivamente a
liberdade contratual
individual. Os sindicatos já
estão cambaleando.
Numa época em
que os trabalhadores estão
perdendo poder econômico,
deveríamos estar à procura
de maneiras de fortalecer
a capacidade de se unirem
aos colegas de trabalho e
negociarem coletivamente
para melhorar sua condição.
Em vez disso, a Corte,
no caso Harris, ficou
do lado daqueles que
buscam enfraquecer essa
condição ainda mais.
CYNTHIA ESTLUND É P RO F E S S O R A
DE D I R E I TO DA UN I V E R S I DA D E DE
NOVA YORK. WILLIAM E. FO R BAT H
É P RO F E S S O R DE D I R E I TO E DE
HISTÓRIA DA UN I V E R S I DA D E DO
TEXAS, EM AUSTIN.THE NEW YORK TIMES NEWS
SE RV I C E /SY N D I C AT E
sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 5
FUTEBOL E POLÍTICAA convenção do PR-RJ misturou futebol, política e religião. Levou aopalanque do candidato a governador Anthony Garotinho o pai do goleiroJúlio César. Genis Espíndola não falou, mas abraçou Garotinho e foi umdos mais aplaudidos. O encontro, que reuniu cerca de oito mil pessoas,teve também músicas evangélicas.
Foi um julgamentomuito difícil[ o do
Mensalão]. Tudocontribuiu para certaagitação, assim como otemperamento do ministroJoaquim Barbosa.
Gilmar Mendes, ministrodo Supremo Tribunal
Federal (STF).
Com essa saída, ele simplesmente demonstraque não é vocacionado para o ofício. Eu não
concebo que alguém vire as costas a uma cadeira noSupremo.
Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo TribunalFederal (STF), sobre a aposentadoria de Joaquim Barbosa.
Aquilo ali é umtemperamento,
mas não significabrabeza. Significaum homem enérgico,coerente com asposições dele.
Carlos Velloso,ministro do Supremo
Tribunal Federal.
Precisamosvoltar ao alto
padrão anterior, queficou arranhado naúltima gestão.Marco Aurélio Mello
O ministro JoaquimBarbosa se tornou um
bom símbolo contra o statusquo, contra a impunidade.
Luís Roberto Barroso, ministrodo Supremo Tribunal
Federal (STF).
Saio tranquilo,com a alma leve, e,
o que é fundamental,com o sentimento decumprimento de dever.
Joaquim Barbosa,ministro do STF.
Nós queremos fazernosso trabalho.
Fazer nosso trabalhoe não chicana.
Barbosa em discussãocom o ministro
RicardoLewandowski.
Esse assunto estácompletamente superado.
Sai da minha vida a ação penal470 e espero que saia da vida devocês. Chega desse assunto.
Joaquim Barbosa aoanunciar a aposentadoria.
Vossa excelênciaestá dizendo que eu
estou fazendo chicana?Peço que vossa excelênciase retrate imediatamente.
Ministro RicardoLewandowski, em
resposta a Barbosa.
O ministro Joaquim Barbosa fez muitopela magistratura, guardando a
nobreza de caráter, sua elevação moral esua independência olímpica.
Luiz Fux, ministro do STF
Nel
son
Jr./S
CO
/STF
Felli
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SCO
/STF
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Começa oficialmentea campanha eleitoral
Aécio vai a festival japonês e acusa Dilma, indiretamente, de fazer uso político da Copa do Mundo.
No primeiro dia de
campanha eleito-
ral, o senador Aécio
Neves (PSDB-MG),
candidato à Presidência da Re-
pública, acusou indiretamen-
te a presidente Dilma Rousseff
de fazer uso político da Copa
do Mundo para se beneficiar.
Ao ser questionado sobre o
tempo de propaganda na TV
da presidente Dilma ser quase
o dobro do seu, Aécio afirmou
que o brasileiro "está suficien-
temente maduro". Dilma tem
11 minutos 24 segundos, Aé-
cio tem 4 minutos e 37 segun-
dos e o candidato do PSB,
Eduardo Campos (PSB), tem
cerca de dois minutos na TV.
" Acho que o que vai reverter
nosso tempo de propaganda é
o sentimento dos brasileiros,
que estão cansados de tudo is-
so que está aí. Alguns acham
que podem confundir Copa do
Mundo com eleição. Não, o
brasileiro está suficientemen-
te maduro e consciente pra
perceber que são coisas abso-
lutamente diferentes. Falo is-
so porque vejo uma tentativa
em final de uma certa apro-
priação desses eventos para o
campo político", afirmou.
Aécio visitou no domingo o
Festival do Japão, no Centro de
Exposições Imigrantes, na Zo-
na Sul de São Paulo, ao lado de
seu candidato a vice, senador
Aloysio Nunes (PSDB-SP), do
governador de São Paulo, Ge-
raldo Alckmin (PSDB), – candi-
dato à reeleição no Estado – e
do candidato ao Senado em
sua chapa, José Serra (PSDB-
SP). Foi a primeira aparição
conjunta do quarteto.
Os tucanos participaram da
cerimônia do chá, comeram
tempurá e doce de feijão e fo-
ram presenteados com um da-
ruma, um boneco de madeira.
A cultura japonesa diz que se
deve pintar um dos olhos do
boneco e fazer um pedido.
Após ele ser realizado, pinta-
se o outro olho. Aécio prome-
teu voltar daqui três meses –
após o fim das eleições – para
pintar o outro olho.
BENSQuestionado sobre sua de-
claração de bens, que mos-
trou um patrimônio 303%
maior de 2010 para 2014 – de
R $ R $ 6 1 7 . 9 3 8 , 4 2 p a r a
R$ 2.491.876,65–, o presiden-
ciável afirmou que recebeu a
herança do seu pai, Aécio Cu-
nha, morto em 2010.
"O aumento do patrimônio
infelizmente foi por uma ques-
tão muito triste, pelo faleci-
mento do meu pai. Foi a heran-
ça que recebi dele", explicou.
Durante o evento, Aécio
também disse que não vê a
campanha eleitoral como
guerra. "Nós vamos debater
em qualquer campo todas as
nossas propostas. A campa-
nha eleitoral pra mim não é
uma guerra, é uma oportuni-
dade de apresentar nossas
propostas. Vamos fazer isso
com transparência e ter como
maior aliado, nessa campa-
nha que se inicia hoje, a verda-
de e a coragem pra fazer aqui-
lo que não feito até hoje".
O tucano contou estar se or-
ganizando para ver o jogo da
Seleção Brasileira na semifi-
nal da Copa amanhã em Belo
Horizonte. E lamentou a au-
sência de Neymar. " Agora é
raça, é o coração na ponta da
chuteira. Todos nós lamenta-
mos profundamente a perda
do Neymar e a não punição do
jogador que deu aquela entra-
da quase criminosa no atleta
brasileiro. O Brasil será capaz
de superar, vai ser uma pe-
dreira cada jogo, mas a torcida
vai fazer diferença. Acho que o
Brasil vai vencer a Copa e acho
que vai vencer no dia cinco de
outubro iniciando um novo ci-
clo de desenvolvimento e de
decência na vida pública bra-
sileira". (Agência Globo)
Fabricio Bomjardim/Futura Press/ Folhapress
Primeira aparição conjunta do quarteto Serra, Aloysio (atrás), Aécio e Alckmin: pedido para daruma.
Temporada de cenas inusitadasCada candidato escolheu um lugar lotado para distribuir sorrisos, cumprimentos e se fazer conhecido.
Amenos de 40
quilômetros da
Esplanada dos
Ministérios, esgoto a
céu a aberto. Foi lá, em Sol
Nascente, comunidade que
disputa com a Rocinha o título
de maior favela da América
Latina, que o presidenciável
Eduardo Campos (PSB)
iniciou ontem sua campanha
eleitoral. Ao lado da vice,
Marina Silva, Campos
concedeu uma entrevista
sobre o amontoado de lixo na
via central do bairro.
"Este buraco está tão
grande que tem de perguntar
onde está a pista", disse
Campos, que, em seguida,
alfinetou o PT. "Não se pode
admitir que, a 35 quilômetros
do Palácio do Planalto, no
Distrito Federal –g o v e rn a d o
pelo mesmo partido [que o
governo federal]–, você ande
em uma comunidade que
sequer tem o lixo retirado das
ruas. Não deveriam nem
disputar a eleição, deveriam
ter a humildade de dizer que
fracassaram", disse Campos.
LUCIANA E EVERALDOLuciana Genro (PSOL) e
Pastor Everaldo (PSC)
escolheram o Rio de Janeiro
como ponto de partida na
corrida presidencial.
Luciana participou de uma
caminhada pela orla de
Copacabana, zona sul do Rio,
e visitou a Feira de São
Cristóvão. Já o Pastor
Everaldo foi a Acari, na zona
norte, onde nasceu.
Sob um calor de 30 graus,
Luciana Genro andou cercada
por dezenas de militantes
pela Avenida Atlântica,
empunhou cartazes, posou
para fotos, bebeu água de
coco, abraçou
correligionários e engrossou
o coro dos que invocavam o
mesmo espírito de junho de
2013, período das
manifestações de rua no País.
O Rio foi escolhido para a
largada devido à força do
PSOL na região. Em 2012, o
deputado estadual Marcelo
Freixo, da mesma sigla, ficou
em segundo lugar na disputa
pela prefeitura carioca,
perdendo para o atual titular,
Eduardo Paes (PMDB).
Além do próprio Freixo, que
ficou ao lado de Luciana em
boa parte da caminhada,
outros membros do PSOL
participaram do ato. Entre
eles, os candidatos da
legenda ao governo do
Estado do Rio, Tarcísio Motta,
e ao Senado, Pedro Rosa,
além do deputado federal
Jean Wyllys, que tenta
a reeleição.
"Evidente que sempre há
uma desvantagem pela
exposição que os demais
candidatos já tiveram. Mas,
mesmo tendo 15 dias de
exposição pública e bastante
restrita (...), já conseguimos
pontuar na última pesquisa
que foi feita pelo Datafolha.
Isso nos deixa com a certeza
de que nossa campanha vai
crescer bastante", disse
Luciana. O PSOL não possui
coligação com outro partido.
Em Acari, Pastor Everaldo
encontrou a população de
Bíblia em mãos e foi
acompanhado pela esposa, a
cantora gospel Ester Batista.
Cercado por apoiadores, que
seguravam bandeiras do
partido, ele visitou uma igreja
evangélica do local e a Feira
de Acari, onde comeu
um pastel.
PAT R I M Ô N I ONo fim de semana, foram
divulgados os patrimônios
pessoais declarados por cada
candidato à Justiça Eleitoral.
Em 2010, Dilma declarou
R$ 1.066.347,47. Agora, o
valor total dos bens passou a
R$ 1.750.695,64 (um
crescimento de cerca de
64%). O bem mais caro da
presidente é um terreno em
Porto Alegre que ela declarou
valer R$ 337.983,00. O
segundo bem mais caro é um
apartamento de
R$ 290.302,29.
Eduardo Campos (PSB),
declarou um patrimônio de
R$ 546.799,50. Com relação
a 2010, quando concorreu ao
cargo de governador de
Pernambuco, o patrimônio
aumentou 5,02%. Naquele
ano, ele afirmou que seus
bens valiam R$ 520.626,04.
O bem mais caro de
Campos é uma casa no
Recife, que ele declarou valer
R$ 142.460,00. Marina,
candidata a vice-presidente,
declarou ter R$ 135.402,38.
Em 2010, foram declarados
R$ 149.264,38. (Agências)
André Dusek/Estadão Conteúdo
Marina e Campos em churrasco na favela Sol Nascente, em Brasília.
6 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014
Um líder é o que vesteChefes de Estado pensam cada vez mais na hora de se vestir: Dilma , Michelle Obama e Hollande mudaram da água para o vinho
durante a campanha, mas nada que se compare ao primeiro-ministro indiano, que lançou sua própria grife de túnicas.
Vanessa FriedmanThe New York Times
Mesmo para os pa-
drões de um mun-
do que viu blogs
devotados ao sen-
so de estilo de Michelle Oba-
ma, as transformações pré-
eleição de François Hollande e
Dilma Rousseff e a canoniza-
ção das camisas de Nelson
Mandela, a imagem do novo
primeiro-ministro da Índia,
Narendra Modi – e sua explo-
são fashion –, é matéria para
um estudo de caso.
De fato, mesmo para os pa-
drões da própria Índia, onde lí-
deres talvez sejam mais ante-
nados e usem vestimentas co-
mo uma estratégia comunica-
tiva (veja: a adoção do dhoti
por Mohandas K. Gandhi, o ca-
saco de Jawaharlal Nehru e os
saris de Indira e Sonia Gandhi,
feitos a partir da tradicional
vestimenta indiana, o khadi),
Modi se destaca. Literal e es-
trategicamente.
Afinal, ele usou o modelo
com tanta frequência que a
peça agora leva seu nome (o
Modi Kurta, a versão revisada
da clássica túnica indiana com
mangas três quartos), e o al-
fa ia te que a c r iou , B ip in
Chauhan, da cadeia de roupas
Jade Blue, registrou a marca e
a está levando para a Grã-Bre-
tanha, para os Estados Unidos
e para o sudeste da Ásia. A rou-
pa tem sua própria hashtag no
Twitter (#ModiKurta) e há um
site de e-commerce voltado aolook Modi (modimania.com),que foi criado de acordo com
declarações constantes na
página, porque Modi "se tor-
nou um estilo não apenas na
Índia, mas no mundo inteiro".
Tudo isso mostra o sucesso de
Modi em associar seu estilo
pessoal à sua plataforma polí-
tica, para o benefício de am-
bos. Objetivamente dizendo,
o Modi Kurta por si só não re-
presenta exatamente um ex-
traordinário avanço estético;
ele, na verdade, simboliza um
conjunto de valores. E é aí que
reside sua sedução.
De acordo com Priya Tanna,
editora da Vogue India, "nunca
antes houve uma convergência
tão forte entre o que um político
na Índia defende e sua forma de
se vestir". Ao menos não num
passado recente, e nem por al-
go que claramente se destina
ao público em geral (e não ape-
nas aos obcecados com a ima-
gem) e que é abertamente re-
conhecido por seu criador.
Tanna pode contar nos de-
dos o porquê disso. Um: a es-
colha de um kurta ressalta
uma imagem cultural que é
"100% Índia". Dois: é uma pe-
ça democrática – qualquer
pessoa pode vesti-la da mes-
ma maneira. Três: apoia a in-
dústria local. Quatro: diferen-
cia Modi de seu oponente polí-
tico, Rahul Gandhi, que prefe-
riu simples camisas brancas
para contrapor o status de sua
família como membros da eli-
te indiana e que também veio
da tradição do estilo ocidenta-
lizado Oxbridge. Cinco: isso,
consequentemente, enfatiza
as origens humildes de Modi
(seu pai era vendedor de chá),
embora ele não precise fingir
que é humilde; ele pode perso-
nificar a mobilidade emergen-
te. E tem mais.
LIMPO E COLORIDOSeis: o fato de o kurta de Mo-
di estar sempre limpo e arru-
mado, e geralmente colorido
(ele tem aparecido vestido de
laranja, verde-limão e azul-
claro, entre outras cores), for-
nece um contraste claro ao
que o India Today chamou de "a
era dos desleixados e barrigu-
dos comedores de paan (polí-
ticos), com seus dhotis amar-
rotados e kurtas sem cor". Isso
sugere um claro comprometi-
mento com o profissionalismo
e os negócios. Sete: o fato de
os kurtas de Modi serem feitos
com materiais que incluem al-
godões e sedas orgânicos,
combinado à sua nada aca-
nhada inclinação por relógios
(ele tem um Movado) e óculos
de sol (Bulgari), mostra um es-
tilo que reflete a visão que ele
tem de seu país e suas indús-
trias. E oito: esse ponto é bas-
tante realçado pela história de
seu alfaiate, que começou
costurando fora das lojas de
roupa e agora possui uma ca-
deia de lojas, tornando-se
uma celebridade graças a seu
cliente famoso (que, a propó-
sito, aprovou o registro da
marca Modi Kurta).
Para aqueles que pensam
que tudo isso parece exagera-
do, note que o look Modi come-
çou a se desenvolver apenas
quando o político trocou seu
trabalho de pracharak (um ti-
po de atuante ou ativista polí-
tico, com seu uniforme estrita-
mente controlado) do grupo
de direita Rashtriya Swayam-
sevak Sangh para o partido
nacionalista hindu Bharatiya
Janata, no fim dos anos 1980 –
a mesma época em que come-
çou a visitar Chauhan por con-
ta dos kurtas.
O alfaiate falou: "Modi me
disse certa vez que não pode
transigir de três coisas: seus
olhos, sua voz e suas roupas".
Esse t ipo de admissão
quanto à criação da imagem
frequentemente é desconfor-
tável para especialistas, espe-
cialmente nos países do Oci-
dente, em que há certo senso
de impropriedade hipócrita
atado ao fato de parecer ter
havido um planejamento exa-
gerado na escolha das roupas
(veja: Nicolas Sarkozy, tam-
bém conhecido como presi-
dente Bling-Bling). Isso gera
um ponto fraco –e, de fato, o lí-
der do partido oponente Sa-
majwadi, Mulayam Singh Ya-
dav, jogou a indireta de que
Modi "troca de kurta 500 vezes
por dia" durante a campanha.
Mas Modi tem sido consis-
tente e firme a respeito de
suas táticas de vestimenta,
chegando ao ponto de se ga-
bar em um comício em Go-
Amit Dave/Reuters
rakhpur, comentando que ti-
nha tórax e ombros largos. A
vantagem – a criação de uma
comunicação visual simplifi-
cada que é amplamente reco-
nhecida e, a se julgar pelo nú-
mero de pessoas que começa-
ram a segui-la, aprovada – va-
le a pena.
A questão agora é se seu es-
tilo e mensagem irão mudar
com o fato de ter assumido o
poder. Em sua cerimônia de
posse, por exemplo, Modi tro-
cou seu kurta com mangas
curtas por uma versão de
mangas compridas com bo-
tões no punho, gerando deba-
te no Twitter sobre se o look
mais formal seria um sinal po-
sitivo ou não.
De qualquer modo, o que fi-
ca evidente é que ele estabe-
leceu firmemente a ideia de
que sua forma de se vestir tem
um significado que vale a pena
ser analisado. Se, como acre-
dita Tanna, Modi irá criar mais
modismos à la Sonia Gandhi e
seus saris de algodão (que se
tornaram um look de trabalho
"cool" para muitas mulheres)
é, talvez, uma verdadeira ten-
dência que vale a pena ser
bem observada.
Narenda Modi virou febre ao propagar a túnica indiana. Ele explica : sua roupa leva seus valores de democracia, porque todos podem comprá-la, além de significar apoio à indústria local, por ser "100% indiana".
Nunca antes houveuma convergênciatão forte entre o queum político na Índiadefende e sua formade se vestir.PR I YA TANNA,EDITOR A DA VOGUE ÍNDIA
Modi me dissecerta vez que nãopode transigir detrês coisas: seusolhos, sua voz esuas roupas.PRYA TANNA, DA VOGUE
Karsten Moran/The New York Times
A 1ª dama americana aposta em vestidos com estampas diferentes
Philippe Wojazer/Reuters
Sérgio Castro/ Agência Estado - 12/01/2009 Wilton Júnior/ AE - 28/01/2011
A presidente Dilma Rousseff (acima) mudou seu estilo sisudo de Chefe daCasa Civil para roupas mais austeras e simpáticas durante a campanhapara a Presidência da República, em 2010. O francês socialista, François
Hollande (à direita) nunca foi visto em roupas menos formais, após oespalhafatoso Nicolas Sarkozy, Hollande não vai além do terno básico.
sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 7
Yenakievo, portas de
acesso à capital da re-
gião, a cerca de 30 quilô-
metros ao norte.
Segundo Strelkov, pe-
lo menos 80% de seus
homens e 90% de seus
blindados, veículos e ar-
mamentos conseguiram
romper o cerco dos mili-
tares ucranianos e sair da cidade graças a uma
manobra de distração de um grupo de milicia-
nos. No entanto, a maioria dos rebeldes que
atacou as posições ucranianas para permitir
que boa parte das milícias saísse de Slaviansk,
morreu. (Agências)
Queimado vivo por nacionalistas israelenses, Muhammed Abu Khdeirdesencadeou um conflito armado em Gaza e a consternação do governo
de Netanyahu: "Não há lugar em Israel para esse tipo de assassino".
A identificação dos responsáveis
pelo assassinato do jovem palestino
Muhammed Abu Khdeir, de 16 anos, quei-
mado vivo por nacionalistas israelenses
em Jerusalém, na semana passada,
em represália ao sequestro e morte
de três seminaristas judeus perto
de Hebron, intensificou o conflito
armado na Cisjordânia e provo-
cou uma furiosa reação
por parte do governo de
Benjamin Netanyahu,
para quem "esse tipo
de assassino não tem
lugar na sociedade
israelense".
O ministro da
Defesa de Israel,
Moshe Yaalon,
por sua vez, con-
clamou que os cri-
minosos israelenses, "que
não representam o povo judeu nem seus valores", sejam trata-
dos como qualquer outro terrorista.
Netanyahu prometeu "impor a força da lei a esses agressores,
cujo crime horrível merece ser condenado e rejeitado", e disse
que "Israel não permitirá que extremistas, não importa de que
lado, inflamem a região e causem derramamento de sangue".
"Terror é terror. Assassinato é assassinato. Incitação é incita-
ção, e nós vamos responder de forma agressiva para ambos",
declarou Benjamin Netanyahu.
Segundo o site Ynet, um dos seis israelenses detidos pelas
forças de segurança por conta da morte do jovem palestino con-
fessou seu envolvimento e delatou os demais envolvidos.
Trata-se de jovens, alguns deles menores de idade, proce-
dentes da cidade de Beit Shemesh, perto de Jerusalém, e da co-
lônia judaica de Adam, na parte ocupada da Cisjordânia.
Os detidos também estão relacionados com a tentativa de se-
questro de uma criança de 9 anos, Moussa Zalum, que foi rap-
tada no bairro árabe de Beit Hanina, Jerusalém, um dia antes do
desaparecimento de Abu Khdeir, cujo corpo carbonizado foi lo-
calizado em uma floresta ao oeste de Jerusalém, horas depois
de ele ter sido raptado no bairro de Shuafat.
Um tribunal ditou prisão preventiva de oito dias para cinco
dos seis detidos, sob acusação de afiliação a grupo terrorista,
vinculação a movimento ilegal, assassinato, conspiração crimi-
nosa, posse de armas e delito por motivações raciais.
Também ontem veio à tona o fato de dois policiais israelenses
terem surrado e mantido preso Tareq Khdeir, primo de Muham-
med Khdeir, sem acu-
sações formais, apesar
da gravidade de seus
ferimentos.
Tareq Khdeir, que
tem nacionalidade nor-
te-americana e estava
em Jerusalém de fé-
rias, foi posto em liber-
dade condicional de-
pois de pagar fiança e
prometer não mais vol-
tar a Shuafat.
Violência -- Ontem, as milícias palestinas lançaram cerca de
20 mísseis de Gaza, atingindo o território de Israel. Um dos ar-
tefatos causou um incêndio no Conselho Regional de Eshkol, en-
quanto outro danificou instalações agrícolas na mesma região,
mas sem causar vítimas.
Por conta desses ataques, as forças israelenses iniciaram
uma retaliação, bombardeando uma dezena de alvos na Faixa
de Gaza, incluindo plataformas de lançamento de foguetes
ocultas e instalações para a manufatura de armamento no cen-
tro e sul da região.
Ainda ontem à noite, palestinos enfurecidos tentaram colo-
car fogo no túmulo de José, local de pregação de judeus, cristãos
e muçulmanos na cidade de Nablus. A investida contra o local
sagrado foi desarticulada por policiais que usaram bombas de
gás lacrimogênio contra os manifestantes. Em toda Israel, pro-
testos e confrontos eclodiram: em vários bairros de Jerusalém
foram lançadas bombas incendiárias e em Nazaré e Negev fo-
ram reportados tumultos. (Agências)
Ucrâniar etomareduto dospró-r ussos
Maxim Zmeyev/Reuters
Forças dogoverno
expulsaram osseparatistas de
Slaviansk ecomeçaram a
distribuirmantimentos à
população.
Forças do governo expulsaram militantes
pró-Rússia da importante cidade de Slaviansk,
no leste da Ucrânia, neste fim de semana, e
hastearam novamente sua bandeira azul e
amarela. Segundo o presidente Petro Po-
roshenko, a retomada do antigo reduto rebelde
pode representar um momento decisivo na lu-
ta contra os separatistas.
“As forças ucranianas controlam totalmente
agora as cidades de Slaviansk e Kramatorsk”,
anunciou o funcionário da “operação antiterro-
ri st a” Andriy Lysenko à imprensa local, acres-
centando que o governo começou a reconstruir
a infraestrutura da cidade e a garantir comida e
água potável aos moradores.
Slaviansk era a fortaleza mais importante
dos militantes que enfrentam o governo da
Ucrânia, motivo pelo qual esta operação repre-
senta a vitória mais notável de Kiev em três me-
ses de confrontos, durante os quais mais de
200 soldados ucranianos perderam a vida, as-
sim como centenas de civis e de rebeldes.
Em discurso transmitido pela TV na noite de
sábado último, Petro Poroshenko saudou a vi-
tória como um momento simbólico significati-
vo: “Essa não é uma vitória completa. Mas a re-
moção de pessoas armadas até os dentes de
Slaviansk tem enorme importância simbólica.
É o inicio da virada na batalha contra comba-
tentes pela integridade territorial da Ucrânia”,
declarou o presidente ucraniano.
Ele também afirmou que numerosos reféns
foram libertados e que outra quantidade signi-
ficativa de armas foi apreendida.
Poroshenko alertou, no entanto, que os re-
beldes estão se reagrupando em outras cida-
des e afirmou que ele mesmo está longe de se
sentir eufórico. “Há mais desafios pela frente”,
ponderou. “Mas minha ordem já está em vigor:
apertem o cerco aos terroristas”, publicou ele
em sua página no Twitter, ontem.
“Continuem a operação para libertar as re-
giões de Donetsk e Luhansk”, acrescentou o
presidente ucraniano, citando as duas maiores
cidades do leste do país castigadas pelos con-
flitos entre rebeldes separatistas e forças do
governo, desde abril. Em nota, o ministro do in-
terior da Ucrânia, Arsen Avakov, confirmou:
“Temos um plano de ação e vamos seguir em
frente todos os dias”.
Segundo as tropas ucranianas, além de de-
ter o controle total sobre Slaviansk, o governo
já estende seu domínio sobre a cidade vizinha
de Kramatorsk, de onde muitos rebeldes pare-
cem ter recuado para Donetsk, o principal cen-
tro industrial da região leste do país e primeiro
lugar a ser declarado pelos separatistas como
“república popular”.
Recuo -- Em entrevista aos meios de comuni-
cação russos, o chefe das milícias de Slaviansk,
Igor Strelkov, reconheceu que a defesa das ci-
dades no entorno de Slaviansk "não faz sentido
(...) porque acabaria em outro cerco" como já
aconteceu com a cidade que até ontem era
símbolo da sublevação pró-russa contra Kiev".
Ele também anunciou que seus homens estão
preparando a "defesa ativa" de Donetsk.
A retirada dos separatistas rumo a Donetsk
foi confirmada pelo chefe do Serviço de Segu-
rança da Ucrânia, Valentin Nalivaichenko,
que acusou os insurgentes de querer "provo-
car o caos nos lugares de grande população
(...) a fim de destruir o Estado, semear o pâ-
nico e debilitar a Ucrânia". "Os terroristas dei-
xaram as duas últimas cidades antes de Do-
netsk: Druzhkovka e Konstantinovka", decla-
rou por sua vez o comandante do batalhão de
voluntários ucranianos "Donbass", Semyon
S e m c h e n ko.
Após a rendição de Slaviansk, grandes colu-
nas de milicianos foram vistas em Gorlovka e
Prisão deduplo espiãoalemãocomplica NSA
O escândalo em torno das atividades
da Agência Nacional de Segurança na
Alemanha (NSA) ganhou novo fôlego,
neste fim de semana, depois que um
agente alemão de 31 anos foi detido por
suposta contra-espionagem. Membro
dos serviços secretos alemães, ele teria
vazado segredos oficiais do Bundestag
(Parlamento) para os EUA, o que levou o
ministro do Interior da Alemanha, Tho-
mas de Maizière, a exigir explicações.
Segundo a imprensa alemã, o suposto
espião agiu durante dois anos como
agente duplo a serviço da NSA. Ele foi
preso por ordem da Promotoria federal
ao confessar que vendia seus serviços a
Washington e recebia instruções através
da embaixada americana em Berlim.
O agente em questão teria vazado 218
documentos internos alemães, incluindo
três atas relacionadas com as pesquisas
da comissão investigadora do Bundes-
tag, e recebido, em troca, 25 mil euros.
A Alemanha não confimou as notícias,
mas as relações entre os dois países con-
tinuam estremecidas por conta de escu-
tas feitas pela ANS americana durante
contatos telefônicos da chanceler Ange-
la Merkel, ano passado. (Agências)
Reuters
Ammar Awad/Reuters
Gleb Garanich/Reuters
A morte destejovem palestinogerou uma criseinterna em Israel
8 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014
Fone: (11) [email protected] Capitão João Cesário, 78, 4º andar,
Penha de França, São Paulo, SPwww.augustoduarteadvogados.com.br
Assessoria Comercial e EmpresarialEmpresas • Indústrias • Contabilidades
BH: Justiça barra demolição de viaduto.Decisão atende pedido do Ministério Público de Minas para preservar área do acidente que matou duas pessoas e deixou 22 feridas. Causas serão investigadas.
AJustiça mineira deter-
minou ontem o em-
bargo da demolição
do Viaduto Guarara-
pes, que desabou na região da
Pampulha, em Belo Horizonte.
Na ocasião, duas pessoas mor-
reram e 22 ficaram feridas.
A decisão atendeu a um pe-
dido do Ministério Público Es-
tadual (MPE), que quer a pre-
servação do local para a con-
clusão dos trabalhos de perí-
c ia que vão determinar a
causa do desabamento, ocor-
rido na última quinta-feira.
O início da demolição estava
previsto para ontem de manhã.
Na noite de sábado, a assesso-
ria da Construtora Cowan, res-
ponsável pela obra, informou
que a empresa havia sido "au-
torizada pelos órgãos compe-
tentes a iniciar a demolição do
viaduto", trabalho que seria
realizado entre as 8h e 22h.
Mas a Coordenadoria Muni-
cipal de Defesa Civil (Comdec)
recebeu ofício do Tribunal de
Justiça de Minas Gerais (TJMG)
informando sobre o embargo
da demolição para que o local
permaneça preservado.
Segundo a prefeitura de Be-
lo Horizonte (PBH), os traba-
lhos de demolição poderão ser
realizados em 24 horas após a
liberação. Mas o chefe da Coor-
denadoria Municipal de Defesa
Civil (Comdec), coronel Ale-
xandre Lucas, afirmou que a
segurança dos trabalhos e das
pessoas que moram em imó-
veis próximos "têm priorida-
de" sobre a Copa do Mundo.
Foi uma referência à partida
entre Brasil e Alemanha por
uma das semifinais do Mun-
Flavio Tavares/Hoje em Dia
Garoto observa viaduto que desabou em Belo Horizonte: MP quer preservar local para facilitar as investigações sobre as causas do acidente.
Moradores da região protestam contra a prefeitura de Belo Horizonte Desabamento atingiu quatro veículos e deixou duas pessoas mortas
dial que será realizada ama-
nhã no Estádio do Mineirão, na
mesma região do acidente.
A Polícia Civil instaurou in-
quérito para investigar o moti-
vo do desabamento do viadu-
to e ainda precisa fazer levan-
tamentos no local, além de
análise da documentação for-
necida pela PBH e pela Cowan,
para tentar confirmar a causa
do colapso da estrutura.
Já foi constatado que um dos
três pilares que sustentava o
viaduto afundou seis metros.
Mas a perícia ainda terá que
fazer trabalhos como a análise
do solo. A polícia fez uma série
de exigências para que seja
feita a demolição, incluindo o
isolamento da área onde o pi-
lar afundou, além do escora-
mento da outra alça do viadu-
to, mas o MPE entende que é
necessário preservar toda a
cena do acidente.
In qué rit o – Pelo menos 18
pessoas, incluindo engenhei-
ros e funcionários da Cowan, já
foram ouvidos no inquérito ins-
taurado pela 3ª Delegacia Re-
gional (Venda Nova) para apu-
rar o caso. As investigações
são acompanhadas por repre-
sentantes das promotorias Cri-
minal e de Defesa do Patrimô-
nio Público do MPE mineiro.
A queda do viaduto atingiu
dois caminhões, um micro-
ônibus e um Fiat Uno. Os dois
primeiros veículos estavam
vazios, mas a motorista do co-
letivo, Hanna Cristina dos
Santos, de 25 anos, e o condu-
tor do Uno, Charlys Frederico
Moreira do Nascimento, de
25, morreram na hora. (Es ta-dão Conteúdo)
Clayton de Souza/Estadão Conteúdo Fernanda Carvalho/Estadão Conteúdo
Quatro pessoas nãoidentificadas colocaram
explosivos em uma das colunasdo monotrilho da Linha 15 doMetrô, na zona leste, namadrugada de 29 de junho,segundo a polícia.
Previsto para ser inauguradoem setembro, o primeiro trechodo monotrilho vai ligar asestações Vila Prudente eOratório. A Delegacia doMetropolitano suspeita de"grupos desordeiros" parachamar a atenção. Os cartuchosestavam sem detonador e,mesmo que fossem acionados,não teriam potencial paraderrubar ou abalar a estruturada coluna. (Agências)
EXPLOSIVOS
Aguardada como a soluçãopara a crise do Sistema
Cantareira, a próximatemporada de chuvas não develivrar o principal manancialpaulista do estado crítico.Análise estatística feita pelocomitê que monitora a seca nosreservatórios revela que osistema tem apenas 25% dechance de acumular entredezembro e abril de 2015 umaquantidade de água (546bilhões de litros) suficiente pararepor o "volume morto" usadoemergencialmente e aindadevolver ao Cantareira 37% dasua capacidade antes dopróximo período de estiagem.
Na última década, a única vezque o sistema iniciou atemporada sem chuvas (maio asetembro) com menos de 35%da capacidade foi justamenteneste ano. No dia 1.º de maio, onível do manancial estava em10,5%, ou seja, três vezes e meiamenor. (EC)
CANTAREIRA
.Ó..R B I TA
NA BANDEJA – A ativista Sara Winter, ex-Femen, integra omovimento feminista Bastardxs, que ontem fez um protesto contraa exploração sexual na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Marcus Vitório/Estadão C
onteúdo
Pelo Brasil,pé na estradae muito amorno coração.
Mariana Missiaggia
Paulo Pampolin/Hype
José Carlos Doria com a bandeira da Seleção: seis mil quilômetros para assistir aos jogos da Copa.
Morador do bairro da
Pompeia, na zona
oeste de São Paulo, o
contador José Carlos Doria,
de 63 anos, decidiu que ia as-
sistir aos jogos da Copa do
Mundo. E foi. Na companhia
de um de seus quatro filhos e
um casal de amigos, ele ves-
tiu a camisa da Seleção Bra-
sileira, pegou estrada e, até
agora, assistiu a sete jogos
do Mundial. Um deles, entre
Brasil e Camarões.
Nos últimos 20 dias, Doria
rodou quase seis mil quilô-
metros. O planejamento co-
meçou há nove meses com
muitos plantões durante as
madrugadas à espera de li-
beração de ingressos para as
partidas. Doria e o filho se di-
vidiam em turnos para espe-
rar a Fifa disponibilizar os in-
gressos na internet.
A partir das entradas que
conseguiam, eles iam traçan-
do o roteiro que, em um jogo,
também foi feito de avião. A
bordo de uma CRV Honda,
eles passaram por Fortaleza,
Recife, Curitiba, Belo Horizon-
te e assistiram a três jogos em
Brasília. No total, foram 5.600
quilômetros rodados.
O volante era divido entre o
contador e seu filho e as para-
das eram feitas somente
quando necessárias. Eles não
tinham muito tempo.
Apesar dos três compa-
nheiros do contador terem ti-
rado férias especialmente
para a Copa, a situação de
Doria era diferente. Entre um
e outro compromisso de tra-
balho, ele partia com os com-
panheiros rumo ao Mundial e
passavam as noites hospe-
dados em hotéis próximos
aos estádios.
Avião–Em um dos trechos,
eles foram até Fortaleza de
avião, onde alugaram um
carro, assistiram a um jogo e
partiram para o Recife.
Contrariando as expecta-
tivas do torcedor, tudo cor-
reu muito bem durante a jor-
nada do quarteto. In-
clusive na viagem a
Bras í l ia , que o
p re o c u p a v a
u m p o u c o
m a i s p o r
conta da dis-
t â n c i a ( 1 . 0 5 0
q u i l ô m e t ro s ) .
“As estradas esta-
vam ótimas, me surpreen-
di. E a organização do evento
está funcionando perfeita-
mente bem. Não houve tu-
multo, nem filas, desrespeito,
nada que comprometesse a
nossa diversão e segurança”,
elogiou Doria.
Com entusiasmo, o torce-
dor lembra a disputa entre
Alemanha e Gana que, na sua
opinião, foi a mais emocio-
nante do torneio. “São times
que jogam com raça e treinam
muito para jogar como jogam.
Também gostei bastante de
Costa Rica e Itália.”
Final – Esperançoso, Doria
acredita em uma final entre
Brasil e Argentina. “Seria
fantástico. Mas parece que a
garra brasileira está esgota-
da e a torcida está esfriando,
pois estamos desconfiados.
O desempenho da Seleção
está estranho. Mas, ainda as-
sim, aposto que estare-
mos na final”.
Até o momento,
sem ingressos
para os próxi-
mos jogos, Do-
ria não descar-
ta a possibili-
dade de com-
p a r e c e r a
mais um es-
tádio. Atento ao
site da Fifa, ele segue à pro-
cura por ingressos para um
dos jogos da semifinal.
E, desta vez, ele espera so-
mar o cunhado à sua carava-
na da Copa. “Muita gente nos
procura em busca de ingres-
sos. A verdade é que nós nos
empolgamos desde o primei-
ro minuto, e a maioria dos
brasileiros não botava fé nes-
sa Copa. É uma pena não ter-
mos mais ingressos e que
passe tão rápido”, disse.
Assistir aos jogos do Mun-
dial ao vivo veio como uma
recompensa para o conta-
dor. Ele ainda se arrepende
de não ter ido ao Japão, em
dezembro de 2012, quando o
Corinthians, seu time do co-
ração, venceu o Mundial de
I n t e rc l u b e s .
“Estava tudo certo, hospe-
dagem reservada, ingresso
comprado, mas alguns com-
promissos de trabalho me
impediram de ir. Era um mo-
mento único, nunca mais es-
sa oportunidade vai voltar e
essa história eu carrego com
tristeza. No final, meu filho
foi sozinho”, lamentou.
Rússia – E parece que Doria
não pretende mais se arre-
pende quando o assunto for
futebol. Antes mesmo da Co-
pa ter acabado, ele e seu filho
já começaram a se programar
para a próxima viagem: A Co-
pa de 2018, na Rússia.
“Vamos nos esforçar para
estar lá. Esse evento aproxi-
ma o mundo e traz uma ener-
gia muito boa. Indo ao estádio,
você fica até dividido por
quem torcer porque rola uma
confraternização muito gran-
de entre as torcidas. Se Deus
quiser, em 2018, vamos repe-
tir toda a felicidade que vive-
mos nos últimos dias.”
sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 9
MAIS VERDEO projeto de despoluiçãoprevê o plantio de 10 mil
mudas de árvores.
Um projetopara salvaro rio Preto
Despoluição de trecho próximo a São José do Rio Preto será realizadaem cinco etapas e começa em, no máximo, seis meses.
André de Almeida
Um dos mais conheci-
dos rios paulistas, o
rio Preto, está doen-
te. Com 120 quilô-
metros de extensão, quedas
d'água e uma grande beleza
natural, tem suas águas lota-
das de lixo urbano, principal-
mente nas proximidades de
São José do Rio Preto, cidade
do Interior que lhe presta ho-
menagem no nome. Pre o c u-
pada com a situação e objeti-
vando melhorá-la, a prefeitu-
ra local anunciou um projeto
de despoluição e recupera-
ção de 14 quilômetros do rio,
no trecho que liga Rio Preto
a I p i g u á , j u s t a m e n t e o
que mais sof re as conse-
quências da poluição.
A iniciativa está orçada em
R$ 3,3 milhões, recurso prove-
niente de multas por danos
ambientais lavradas pela Se-
cretaria Estadual de Justiça.
"Estamos esperando a libera-
ção da verba pelo Fundo Esta-
dual de Defesa dos Interesses
Difusos, o FID. Começaremos
as intervenções, no mais tar-
dar, dentro de seis meses",
afirma Clinger Gagliardi, se-
cretário municipal do Meio
Ambiente e Urbanismo de São
José do Rio Preto.
TURISMO
A concepção do projeto de
despoluir do rio Preto come-
çou a ser desenhada em 2013,
quando a delegada regional
de Turismo de São José do Rio
Preto, Célia Gomes, propôs a
realização de ações pelo Dia
Mundial do Turismo, em 27 de
setembro. "A ideia inicial era
fazer um projeto que fomen-
tasse economicamente o tu-
rismo em torno do rio Preto,
gerando novos negócios e va-
lorizando a região", diz Célia.
A primeira ação seria um
passeio de barco pelas águas
do rio, entre São José do Rio
Preto e Ipiguá, que acabou não
acontecendo diante do alerta
da polícia ambiental para a
grande quantidade de lixo e
entulho que existia no trecho
em questão. "Fiquei profunda-
mente triste em ver o estado
do rio, com garrafas pet e pe-
daços de madeira e isopor
boiando. Durante minha infân-
cia morei em uma chácara que
terminava nas margens do rio
Preto, então limpo e bonito".
Diante da situação, Célia re-
solveu então fundar – junto
com voluntários, órgãos públi-
cos e privados, ONGs e autar-
quias –o Projeto Rio Preto Vivo,
que tem como trabalho princi-
pal a elaboração de ações pa-
ra limpeza, revitalização e
conservação do rio.
Com frequência o grupo se
reúne para realizar ações sim-
bólicas de limpeza do rio Pre-
to, exposições itinerantes e
palestras educativas, entre
outras atividades. "O atual
projeto de despoluição só foi
concebido depois das nossas
reivindicações", afirma a dele-
gada regional de Turismo.
E TA PA SO projeto de despoluição
está dividido em cinco eta-
pas. Na primeira delas serão
providenciadas as regulariza-
ções ambientais para a reali-
zação das intervenções em
áreas de preservação perma-
nente e desassoreamento de
trechos do rio. Na segunda fa-
se serão feitas aquisições e
instalações de barreiras flu-
tuantes para conter os resí-
duos provenientes do municí-
pio de São José do Rio Preto,
além da instalação de placas
informativas do projeto.
A etapa seguinte abrangerá
a limpeza e abertura de aces-
sos junto ao rio para a limpeza
com remoção manual e meca-
nizada, de acordo com a neces-
sidade de cada trecho, com a
reciclagem dos
materiais reapro-
veitáveis e desti-
nação final dos re-
jeitos em aterro.
Na quarta fase es-
tá previsto o de-
s as s ore am e nt o
de trechos do rio, e na última
etapa haverá o plantio de 10 mil
mudas na Área de Preservação
Permanente (APP) do rio Preto,
ao logo dos trechos trabalha-
dos e degradados.
"Essa ação
vai beneficiar os municípios
no trajeto entre São José do Rio
Preto, Ipiguá até a cachoeira
de São Roberto, em Pontes
Gestal. Irá melhorar a vida nas
cidades e fo-
mentará o turismo", diz Valdo-
miro Lopes, prefeito de São Jo-
sé do Rio Preto.
A Associação Comercial e
E mp re sa r ia l
da cidade, a
Acirp apoia o
projeto, já que
o crescimento
no número de
turistas depois
que o rio estiver despoluído
também impactará positiva-
mente no comércio e no seg-
mento de serviços locais.
Fotos: Divulgação
Com 120quilômetros de
extensão,quedas d'água ebeleza natural, orio Preto é um dosmais conhecidos
de São Paulo.
No seu trechourbano, o rioestá cheio degarrafas pet,pedaços demadeira e
o u t ro sresíduos.
À esquerda,exposição dolixo retiradodas águas
do rio Preto.O projeto dedespoluição
do trechode 14
q u i l ô m e t ro sestá orçado emR$ 3,3 milhões.
Banco Bankpar S.A.CNPJ no 60.419.645/0001-95 - NIRE 35.300.021.355
Ata Sumária das Assembleias Gerais Extraordinária e Ordináriarealizadas cumulativamente em 17.4.2014
Data, Hora, Local: Em 17.4.2014, às 8h30, na sede social, Cidade de Deus, Prédio Prata, 4o
andar, Vila Yara, Osasco, SP. Mesa: Presidente: Julio de Siqueira Carvalho de Araujo; Secretário:Ariovaldo Pereira. Quórum de Instalação: Totalidade do Capital Social. Presença Legal:Administrador da Sociedade e representante da empresa KPMG Auditores Independentes.Publicações Prévias: Os documentos de que trata o Artigo 133 da Lei no 6.404/76, quais sejam,os Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes, e as Demonstrações Contábeis,relativos ao exercício social findo em 31.12.2013, foram publicados em 19.3.2014, nos jornais“Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas 3 a 6, e “Diário do Comércio”, páginas 7 a 9.Disponibilização de Documentos: Os documentos citados no item “Publicações Prévias”, aproposta da Diretoria, bem como as demais informações exigidas pela regulamentação vigente,foram colocados sobre a mesa para apreciação do acionista. Edital de Convocação:Dispensada a publicação de conformidade com o disposto no §4o do Art. 124 da Lei no 6.404/76.Deliberações: Assembleia Geral Extraordinária: Aprovada, sem qualquer alteração ouressalva, a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão de 16.4.2014,dispensada sua transcrição, por tratar-se de documento lavrado em livro próprio, para modificara composição administrativa da Sociedade, eliminando o cargo de Diretor Geral, alterando emconsequência, os Artigos 7o e 10 do Estatuto Social, que passam a ser os seguintes: “Art. 7o) ASociedade será administrada por uma Diretoria, eleita pela Assembleia Geral, com mandato de 1(um) ano, estendendo-se até a posse dos novos Administradores eleitos, composta de 3 (três) a14 (catorze) membros, sendo 1 (um) Diretor-Presidente, de 1 (um) a 10 (dez) Diretores Vice-Presidentes e de 1 (um) a 3 (três) Diretores. Art. 10) Além das atribuições normais que lhe sãoconferidas pela lei e por este Estatuto, compete especificamente a cada membro da Diretoria: a)ao Diretor-Presidente, presidir as reuniões da Diretoria, supervisionar e coordenar a ação dosseus membros; b) aos Diretores Vice-Presidentes, colaborar com o Diretor-Presidente, nodesempenho das suas funções; c) aos Diretores, colaborar com os demais membros da Diretoriano desempenho de suas funções, e supervisionar e coordenar as áreas que lhe ficarem afetas.”.Assembleia Geral Ordinária: I) tomaram conhecimento dos Relatórios da Administração e dosAuditores Independentes, e aprovaram, sem ressalvas, as Demonstrações Contábeis relativasao exercício social findo em 31.12.2013; II) reeleitos, para compor a Diretoria da Sociedade, ossenhores: Diretor-Presidente: Luiz Carlos Trabuco Cappi, brasileiro, viúvo, bancário, RG5.284.352-X/SSP-SP, CPF 250.319.028/68; Diretores Vice-Presidentes: Julio de SiqueiraCarvalho de Araujo, brasileiro, casado, bancário, RG 55.567.472-1/SSP-SP, CPF 425.327.017/49; Aurélio Conrado Boni, brasileiro, casado, bancário, RG 4.661.428-X/SSP-SP, CPF191.617.008/00; Sérgio Alexandre Figueiredo Clemente, brasileiro, casado, bancário, RG55.799.633-8/SSP-SP, CPF 373.766.326/20; Marco Antonio Rossi, brasileiro, casado, bancário,RG 12.529.752-X/SSP-SP, CPF 015.309.538/55, todos com domicílio na Cidade de Deus, VilaYara, Osasco, SP, CEP 06.029-900; Diretor: Cesario Narihito Nakamura, brasileiro, casado,bancário, RG 14.130.520-4/SSP-SP, CPF 065.816.148/23; com domicilio na Alameda Rio Negro,585, 15o andar, Edifício Jauaperi, Alphaville, Barueri, SP, CEP 06.454-000; e eleitos DiretoresVice-Presidentes os senhores Alexandre da Silva Glüher, brasileiro, casado, bancário, RG57.793.933-6/SSP-SP, CPF 282.548.640/04; Josué Augusto Pancini, brasileiro, casado,bancário, RG 10.389.168-7/SSP-SP, CPF 966.136.968/20; e Maurício Machado de Minas,brasileiro, casado, bancário, RG 7.975.904-X/SSP-SP, CPF 044.470.098/62, todos com domiciliona Cidade de Deus, s/no, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900; Diretores os senhores ArthurPadula Omuro, brasileiro, casado, bancário, RG 9.379.198/SSP/SP, CPF 024.712.498/25; eMarcio Henrique Araujo Parizotto, brasileiro, casado, bancário, RG 23.006.774-8/SSP-SP, CPF256.358.578/33, ambos com domicílio na Alameda Rio Negro, 585, 15o andar, Edifício Jauaperi,Alphaville, Barueri, SP, CEP 06.454-000. Os Diretores reeleitos e eleitos: 1) declararam, sob aspenas da lei, que não estão impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil emvirtude de condenação criminal; 2) terão: a) seus nomes levados à aprovação do Banco Centraldo Brasil, após o que tomarão posse de seus cargos; b) mandato de 1 (um) ano, estendendo-seaté a posse dos novos Diretores que serão eleitos na Assembleia Geral Ordinária a ser realizadano ano de 2015; III) fixado o montante global anual da remuneração dos Administradores, no valorde até R$132.000,00 (cento e trinta e dois mil reais), a ser distribuída em Reunião da Diretoria,conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social. Em seguida, disse o senhorPresidente que todas as matérias ora aprovadas somente entrarão em vigor e se tornarãoefetivas depois de homologadas pelo Banco Central do Brasil. Disse ainda o senhor Presidenteque, nos termos do Parágrafo Terceiro do Artigo 289 da Lei no 6.404/76, as publicações previstasem lei serão efetuadas, doravante, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “ValorEconômico”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que,para as deliberações tomadas o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não seencontrar instalado, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, sendo aprovada portodos e assinada. aa) Presidente: Julio de Siqueira Carvalho de Araujo; Secretário: AriovaldoPereira; Administrador: Aurélio Conrado Boni; Acionista: Banco Bradesco Cartões S.A., por seusDiretores, senhores Domingos Figueiredo de Abreu e Marcelo de Araújo Noronha; Auditor:Cláudio Rogélio Sertório. Declaração: Declaro para os devidos fins que a presente é cópia fiel daAta lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. a)Ariovaldo Pereira – Secretário. Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência,Tecnologia e Inovação - JUCESP - Certifico o registro sob número 231.616/14-4, em 16.6.2014.a) Flávia Regina Britto - Secretária Geral em exercício.
Santa Rita de Cássia Empreendimentos,Comércio e Participações S.A.
CNPJ no 02.519.459/0001-21 - NIRE 35.300.330.722Ata Sumária da Assembleia Ordinária realizada em 30.4.2014
Data, Hora, Local: Em 30.4.2014, às 10h15, na sede social, Avenida Paulista, 1.415, 11o andar,fundos, Bela Vista, São Paulo, SP, CEP 01311-200. Mesa: Presidente: Vinicius José de AlmeidaAlbernaz; Secretário: Ariovaldo Pereira. Quórum de Instalação: Totalidade do Capital Social.Presença Legal: Administrador da Sociedade. Edital de Convocação: Dispensada a publicação,de conformidade com o disposto no § 4o do Art. 124 da Lei no 6.404/76. Deliberações: 1)aprovadas, sem reservas, as contas dos Administradores e as Demonstrações Contábeisrelativas ao exercício social findo em 31.12.2013, registrando que, tendo em vista a Sociedadeenquadrar-se no disposto no “caput” do Artigo 294 da Lei no 6.404/76 e de conformidade com odisposto no Inciso II do já mencionado Artigo, as referidas Demonstrações Contábeis não forampublicadas e serão levadas a registro juntamente com esta Ata; 2) aprovada, sem qualqueralteração ou ressalva, a proposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão de23.4.2014, cuja transcrição foi dispensada, por tratar-se de documento lavrado em livro próprio,para destinação do lucro líquido do exercício encerrado em 31.12.2013 no valor deR$11.406.074,47, da seguinte forma: R$570.303,72 para a conta “Reserva de Lucros - ReservaLegal”; R$5.351.327,60 para a conta “Reserva de Lucros - Estatutária”; e R$5.484.443,15 parapagamento de dividendos, dos quais R$2.834.443,15 foram declarados e pagos em 9.9.2013 eR$2.650.000,00 deverão ser pagos até 31.12.2014; 3) reeleitos, para compor a Diretoria daSociedade, os senhores: Diretor-Presidente: Vinicius José de Almeida Albernaz, brasileiro,casado, economista, RG 08.191.044-0/SSP-RJ, CPF 013.908.097/06; Diretor: HaydewaldoRoberto Chamberlain da Costa, brasileiro, casado, contador, CRC RJ-075823/0-9, CPF756.039.427/20, ambos com domicílio na Avenida Paulista, 1.415, parte, Bela Vista, São Paulo,SP, CEP 01311-200. Os Diretores reeleitos terão mandato de 1(um) ano, estendendo-se até aposse dos Diretores que serão eleitos na Assembleia Geral Ordinária que se realizar no ano de2015. Consignada a apresentação, pelos Diretores reeleitos, da documentação comprobatória deatendimento das condições prévias de elegibilidade previstas nos Arts. 146 e 147 da Lei no 6.404/76; 4) fixado o montante global anual para remuneração dos Administradores, no valor de atéR$24.000,00, a ser distribuída em reunião da Diretoria. Em seguida, disse o senhor Presidenteque, nos termos do Parágrafo Terceiro do Artigo 289 da Lei no 6.404/76, as publicações previstasem lei serão efetuadas, doravante, nos jornais “Diário Oficial do Estado de São Paulo” e “ValorEconômico”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que,para as deliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não seencontrar instalado no período, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida eachada conforme, foi aprovada por todos os presentes que a subscrevem. aa) Presidente:Vinicius José de Almeida Albernaz; Secretário: Ariovaldo Pereira; Acionista: Bradesco SaúdeS.A., representada por seus Diretores, senhores Ivan Luiz Gontijo Júnior e Vinicius José deAlmeida Albernaz. Declaração: Declaro para os devidos fins que a presente é cópia fiel da Atalavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. a)Ariovaldo Pereira – Secretário. Certidão - Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência,Tecnologia e Inovação - JUCESP - Certifico o registro sob número 227.429/14-0, em 10.6.2014.a) Flávia Regina Britto - Secretária Geral em exercício.
Bradesco S.A. Corretora de Títulos eValores Mobiliários
CNPJ no 61.855.045/0001-32 - NIRE 35.300.051.343Ata Sumária da 47a Assembleia Geral Ordinária
realizada em 24.4.2014Data, Hora, Local: Em 24.4.2014, às 17h, na sede social, Avenida Paulista, 1.450, 7o andar, BelaVista, São Paulo, SP, CEP 01310-917. Mesa: Presidente: Domingos Figueiredo de Abreu;Secretário: Ariovaldo Pereira. Quórum de Instalação: Totalidade do Capital Social. PresençaLegal: Administrador da Sociedade e representante da empresa KPMG Auditores Independentes.Publicações Prévias: Os documentos de que trata o Artigo 133 da Lei no 6.404/76, quais sejam,os Relatórios da Administração e dos Auditores Independentes, e as Demonstrações Contábeis,relativas ao exercício social findo em 31.12.2013, foram publicados em 19.2.2014, nos jornais“Diário Oficial do Estado de São Paulo”, páginas 9 a 12, e “Diário do Comércio”, páginas 9 a 11.Disponibilização de Documentos: os documentos citados no item “Publicações Prévias”, aProposta da Diretoria, bem como as demais informações exigidas pela regulamentação vigente,foram colocados sobre a mesa para apreciação do acionista. Edital de Convocação:Dispensada a publicação de conformidade com o disposto no §4o do Art. 124 da Lei no 6.404/76.Deliberações: I) tomaram conhecimento dos Relatórios da Administração e dos AuditoresIndependentes, e aprovaram, sem ressalvas, as Demonstrações Contábeis relativas aoexercício social findo em 31.12.2013; II) aprovada, sem qualquer alteração ou ressalva, aproposta da Diretoria, registrada na Reunião daquele Órgão de 23.4.2014, dispensada suatranscrição, por tratar-se de documento lavrado em livro próprio, para destinação do lucro líquidodo exercício encerrado em 31.12.2013 no valor de R$160.497.169,86, conforme segue:R$8.024.858,49 para a conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal”; R$150.947.588,26 para aconta “Reserva de Lucros – Estatutária”; e R$1.524.723,11 para pagamento de Dividendos, oqual deverá ser feito até 31.12.2014.”; III) reeleitos, para compor a Diretoria da Sociedade, ossenhores: Diretor-Presidente - Luiz Antonio de Ulhôa Galvão, brasileiro, casado,administrador de empresas, RG 5.884.692-X/SSP-SP, CPF 065.849.808/80; e Diretor Geral -Anibal Cesar Jesus dos Santos, brasileiro, divorciado, securitário, RG 11.543.465/SSP-SP,CPF 091.345.568/77, ambos com domicílio na Avenida Paulista, 1.450, 8o andar, Bela Vista, SãoPaulo, SP, CEP 01310-917. Os Diretores reeleitos: 1) declararam, sob as penas da lei, que nãoestão impedidos de exercer a administração de sociedade mercantil em virtude de condenaçãocriminal; 2) terão: a) seus nomes levados à aprovação do Banco Central do Brasil, após o quetomarão posse de seus cargos; b) mandato de 1 (um) ano, estendendo-se até a posse dosnovos Diretores que serão eleitos na Assembleia Geral Ordinária a ser realizada no ano de 2015;IV) fixar, para o exercício de 2014: a) o montante global anual (honorários fixos e eventualremuneração variável) para remuneração dos Administradores de até R$2.000.000,00; b) a verbaanual de até R$2.000.000,00 destinada a custear Plano de Previdência Complementar Abertaaos Administradores da Sociedade. A distribuição das mencionadas verbas será deliberada emreunião da Diretoria, conforme determina a letra “f” do Artigo 9o do Estatuto Social. Em seguida,disse o senhor Presidente que todas as matérias ora aprovadas somente entrarão em vigor e setornarão efetivas depois de homologadas pelo Banco Central do Brasil. Disse ainda o senhorPresidente que, nos termos do Parágrafo Terceiro do Artigo 289 da Lei no 6.404/76, aspublicações previstas em lei serão efetuadas, doravante, nos jornais “Diário Oficial do Estado deSão Paulo” e “Valor Econômico”. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhorPresidente esclareceu que, para as deliberações tomadas o Conselho Fiscal da Companhia nãofoi ouvido por não se encontrar instalado, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata,sendo aprovada por todos e assinada. aa) Presidente: Domingos Figueiredo de Abreu; Secretário:Ariovaldo Pereira; Administrador: Luiz Antonio de Ulhôa Galvão; Acionista: Banco Bradesco BBIS.A. por seus Diretores, senhores Domingos Figueiredo de Abreu e Sérgio Alexandre FigueiredoClemente; Auditor: José Claudio Costa. Declaração: Declaro para os devidos fins que a presenteé cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturasnele apostas. a) Ariovaldo Pereira – Secretário. Certidão - Secretaria de DesenvolvimentoEconômico, Ciência, Tecnologia e Inovação - JUCESP - Certifico o registro sob número 231.462/14-1, em 16.6.2014. a) Flávia Regina Britto - Secretária Geral em exercício.
Scopus Soluções em TI S.A.CNPJ no 14.380.750/0001-40 - NIRE 35.300.413.610
Ata Sumária da Assembleia Geral Ordinária realizada em 30.4.2014Data, Hora, Local: Em 30.4.2014, às 16h, na sede social, Avenida Mutinga, 4.105, Térreo e 1o
andar, Prédio Velho, Pirituba, São Paulo, SP, CEP 05110-000. Mesa: Presidente: MaurícioMachado de Minas; Secretário: Ariovaldo Pereira. Quórum de Instalação: Totalidade do CapitalSocial. Presença Legal: Administrador da Sociedade. Edital de Convocação: Dispensada apublicação, de conformidade com o disposto no § 4o do Art. 124 da Lei no 6.404/76. 1) tomaramas contas dos Administradores, e aprovaram, sem ressalvas, as Demonstrações Contábeisrelativas ao exercício social findo em 31.12.2013; 2) reeleitos, para compor a Diretoria daSociedade, os senhores: Diretor-Presidente - Maurício Machado de Minas, brasileiro, casado,bancário, RG 7.975.904-X/SSP-SP, CPF 044.470.098/62; e Diretor: Marcelo Frontini, brasileiro,casado, engenheiro, RG 14.010.636-4/SSP-SP, CPF 126.724.118/75, ambos com domicílio naCidade de Deus, Vila Yara, Osasco, SP, CEP 06029-900. Ambos terão mandato de 1 (um) ano,estendendo-se até a posse dos Diretores que serão eleitos na Assembleia Geral Ordinária a serrealizada no ano de 2015. Consignada a apresentação, pelos Diretores reeleitos, dadocumentação comprobatória de atendimento das condições prévias de elegibilidade, previstasnos Arts. 146 e 147 da Lei no 6.404/76; 3) fixado o montante global anual para remuneração dosAdministradores, no valor de até R$24.000,00 (vinte e quatro mil reais), a ser distribuída emreunião da Diretoria, conforme determina a letra “g” do Artigo 9o do Estatuto Social.Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor Presidente esclareceu que, para asdeliberações tomadas, o Conselho Fiscal da Companhia não foi ouvido por não se encontrarinstalado no período, e encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata, que lida e achadaconforme, foi aprovada por todos os presentes que a subscrevem. aa) Presidente: MaurícioMachado de Minas; Secretário: Ariovaldo Pereira; Acionista: Scopus Tecnologia Ltda.,representada por seu Diretor, senhor Maurício Machado de Minas. Declaração: Declaro para osdevidos fins que a presente é cópia fiel da Ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, nomesmo livro, as assinaturas nele apostas. a) Ariovaldo Pereira – Secretário. Certidão –Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação – JUCESP –Certifico o registro sob número 217.576/14-0, em 4.6.2014. a) Flávia Regina Britto – SecretáriaGeral em exercício.
10 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014
ADOÇÃOQuem não faz restrição de
sexo, cor ou idade,consegue adotar, em média,
em três ou quatro meses.
O Centro e o menor de ruaJuíza da Infância e Juventude faz palestra na distrital e mostra a real situação de crianças e jovens que vivem em situação de abandono
André de Almeida
Um dos principais pro-
blemas sociais da re-
gião central de São
Paulo, no momento,
é a quantidade de moradores
em situação de rua, com preo-
cupação especial dedicada às
crianças e adolescentes. Aban-
donados pelos pais ou em fuga
devido a problemas familiares,
os menores, na imensa maioria
das vezes, acabam se envol-
vendo com drogas e cometen-
do delitos. Para debater a situa-
ção e discutir possíveis solu-
ções para a questão, a Distrital
Centro da Associação Comer-
cial de São Paulo (ACSP) convi-
dou Dora Martins, juíza de Direi-
to da Vara Central da Infância e
Juventude e membro da Coor-
denadoria da Infância e Juven-
tude do Tribunal de Justiça, para
falar sobre os desafios e as con-
quistas do Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA). Ques-
tões como criminalidade, crian-
ça abandonada e menoridade
penal foram alguns dos assun-
tos abordados.
A Constituição de 1988, de
acordo com Dora, foi um mar-
co na questão das crianças e
dos adolescentes. "Até então,
as cr ianças
p ra ti ca me n-
te não exis-
tiam juridica-
mente. A par-
t i r daque le
m o m e n t o ,
passaram a
ser conside-
radas como
sujeitos de di-
reito, para os
quais se de-
vem assegu-
rar políticas
p ú b l i c a s " ,
a f i r m a . O
ECA, instituí-
do dois anos
depois, trou-
xe mecanis-
mos de prote-
ção nas áreas
da educação,
saúde, traba-
lho e ass i s-
tência social.
"No papel, a
situação me-
lhorou. Agora
t e m o s q u e
colocar o es-
t a t u t o e m
prática", res-
salta a juíza.
ABANDONO
Nas varas
da cidade de
São Paulo, há
divisão entre
menores abandonados e infra-
tores. Dora atua em casos de
abandono . "É uma situação
muito triste. Estamos acostu-
mados a tropeçar em pessoas
dormindo nas ruas e nos senti-
mos impotentes diante desse
cenário", afirma a juíza. "Por is-
so nossa atuação exige um
olhar social, já que, muitas ve-
zes, as secretarias da saúde e
da assistência social jogam os
problemas de uma pasta para
outra", disse.
Os menores são abandona-
dos por uma série de motivos.
O trabalho de Dora, represen-
tando o Estado, é tirar as crian-
ças da rua, do abandono, aco-
lhendo e restabelecendo os
seus direitos. Sobre a diminui-
ção da maioridade penal co-
mo solução para o problema
da criminalidade infantil, Dora
é enfática: "Não adianta. Te-
mos uma sociedade com uma
doença muito grave que é o
abandono da escola, a deses-
truturação das famílias. So-
mente com a diminuição da
desigualdade social teremos
uma solução para a questão
da criminalidade".
ABRIGOS
As crianças acolhidas pelo
Estado são levadas para abri-
gos. Somente na Vara Central
da Infância e Juventude são
aproximadamente 400 crian-
ças e adolescentes à espera
de adoção. "A vida no abrigo
não é fácil. Os funcionários são
mal remunerados e, por isso,
há uma rotatividade muito
grande. As crianças não con-
seguem estabelecer laços
afetivos", afirma.
Além da falta de referen-
ciais familiares e afetivos, os
internos convivem com a ex-
pectativa e o medo de terem
de sair dos abrigos aos 18
anos. "Para grande parte de-
les, o abrigo é o único laço fa-
miliar". Muitos, sem outra op-
ção, acabam recorrendo às
drogas e à prática de delitos.
"Estatísticas apontam que,
cada vez mais, são esses jo-
vens que formam o contingen-
te de novos presos", diz Dora.
ADOÇÃO
A adoção é apontada pela
juíza como uma das medidas
mais benéficas para as crian-
ças abandonadas. A prática,
no entanto, ainda encontra
muita resistência na socieda-
de. "A maioria, por exemplo,
não quer crianças negras, par-
das ou portadoras de deficiên-
cias e doenças pré-existentes.
É uma realidade muito cruel",
afirma. "Da mesma forma,
ninguém deve adotar por cari-
dade. A caridade, com o tem-
po, se esgota".
Um dos grandes mitos, de
acordo com a juíza Dora, é
que a adoção é um processo
difícil e demorado, com mui-
ta f i la . "Na vara centra l ,
quem não faz restrição de se-
xo, cor ou idade, consegue
adotar, em média, em três ou
quatro meses. Adotar é boni-
to e legal, em todos os senti-
dos", conclui a juíza.
O superintendente da Dis-
trital Centro, Luiz Alberto Pe-
reira da Silva, destacou o tra-
balho desenvolvido pela juíza
Dora Martins e afirmou que o
encontro, em termos sociais,
foi um dos mais importantes já
realizados pela entidade. A
palestra também contou com
a presença da coordenadora
Institucional da ACSP, Marília
de Castro, no ato representan-
do o presidente Rogério Ama-
to. "Foi uma palestra brilhan-
te, humana", afirmou.
Marília lembrou que a ACSP
e a Facesp colaboram em uma
série de projetos sociais que
têm como foco a infância e à
juventude. Um deles é o Leão
Amigo, por meio do qual em-
presas e pessoas físicas po-
dem destinar parte do Impos-
to de Renda devido para pro-
gramas de entidades sociais
cadastradas no Fundo Munici-
pal dos Direitos da Criança e
do Adolescente (Fumcad).
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
Vida difícil:nas ruas, o
envolvimentocom drogas e
delitos se tornac o r r i q u e i ro .
Mesmo os quevão para
abrigos, sesentem
perdidos aosaírem.
Somente naVara Centralda Infância e
Juventude são400 crianças
e jovensà espera de
adoção.
Nomes novospara cincodistritais
Cinco das 15 distritais
da Associação
Comercial de São Paulo
(ACSP) tiveram seus
nomes oficialmente
alterados nas últimas
semanas. O objetivo da
mudança é fazer com que
as entidades representem
melhor suas áreas de
abrangência, não ficando a
denominação restrita aos
bairros principais ou mais
conhecidos das
respectivas regiões.
Assim, a Distrital
Butantã passa a ser
chamada de Distrital
Sudoeste. A Distrital
Jabaquara, por sua vez,
tem agora o nome de
Distrital Centro-Sul. A
Distrital Lapa se torna
Distrital Oeste; a Distrital
Santo Amaro passa a se
chamar Distrital Sul; e a
nova denominação da
Distrital Vila Maria é
Distrital Nordeste.
Ant eriormente, já havia
mudado de nome a
Distrital Santana, que se
tornou Norte; a Distrital
Pirituba, que passou a se
chamar Distrital Noroeste;
e a Distrital Vila Mariana,
que agora se chama
Distrital Sudeste.
As distritais Centro,
Ipiranga, Mooca, Penha,
Pinheiros, São Miguel e
Tatuapé da ACSP
continuam com a mesma
denominação. (AA)
Agendas da Associaçãoe das distritais
Quintan Centro – Às 18h30, a
distrital realiza a palestra
"O atendimento para
encantar e transformar
clientes em fãs",
ministrada por Marco
César, sócio da Ellocorp –
Treinamentos e Eventos.
As vagas são limitadas.
Informações e inscrições
pelos telefones
3208-5753/3207-9366
ou no e-mail
d c e n t ro @ a c s p . c o m . b r.
O evento acontece na
rua Galvão Bueno, 83,
na Liberdade.
Ninguém deveadotar porcaridade que,com o tempo, seesgota. Adotar ébonito e legal, emtodos os sentidos.DOR A MA RT I N S , JUÍZ A DE DI-R E I TO DA VAR A CENTR AL DA
INFÂNCIA E JUVENTUDE
Alex Ribeiro/ArquivoDC
Fotos: Paulo Pampolin/Hype
Acima, a juíza Dora;à esquerda, Maríliade Castro e osuperintendente LuizAlberto Pereira da Silva.
Mais centrosde acolhidana zona norte
Azona norte da cidade
terá dois novos centros
de acolhida para pessoas
em situação de rua. Serão
400 vagas no total (200
leitos em cada um) na
avenida Zaki Narchi, 600,
onde funciona um espaço
semelhante com 500
vagas. O local já acolhe
pessoas que têm
dificuldade para se fixar
em serviços de
atendimentos com regras
mais estruturadas, como
resistência ao banho.
O Centro de Acolhida
Zaki Narchi 1 funcionará
das 16h e 8h, com jantar,
cobertor, kit de higiene
pessoal e café da manhã.
Depois que os usuários
cadastrados estiverem
mais acostumados com as
regras, podem ir ao Zaki
Narchi 2, que tem
atendimento psicosocial,
grupos de apoio,
atividades
socioeducativas e
funciona 24 horas. Quando
estiverem aptos ao
trabalho formal, deverão
ser encaminhados ao
Zaki Narchi 3
sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 11
SEMP I S TAS
Uanderson Fernandes/Estadão Conteúdo
Willian começou o jogo-treino dos reservas da Seleção contra o sub-20 do Fluminense com posicionamento parecido ao de Neymar. Depois, foi a vez de Ramires.
Só com os reservas, a Seleção brasileira disputou na tardede ontem mais um jogo-treino contra a equipe sub-20 doFluminense, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), ondese concentra durante a disputa da Copa do Mundo. O tra-
balho terminou com vitória do Brasil por 3 a 0, sem indicações cla-ras de quem será o substituto do atacante Neymar, lesionado. Aimpressão inicial foi de que o meia Willian é o favorito para ficarcom a vaga. Ramires, porém, também pode ocupar a vaga do cra-que. Isso, no entanto, só poderá ser garantido no treinamento dehoje – ou momentos antes do jogo contra a Alemanha pelas se-mifinais da Copa, amanhã, às 17h, no Mineirão.
Afinal, Willian começou o jogo-treino com posicionamentoparecido ao de Neymar, mais centralizado, entre dois jogado-res abertos pelas pontas – Ramires e Bernard – e um centroa-vante – Jô. Depois, Willian começou a cair mais pela esquerda,com Ramires centralizado e Bernard na direita. Nesse caso, Ra-mires teve posicionamento parecido ao de Neymar, o que dei-xaria a Seleção com um time mais fechado.
Como Luiz Felipe Scolari escalou apenas jogadores que foramreservas na vitória do Brasil por 2 a 1 sobre a Colômbia, na últimasexta, pelas quartas de final, a Seleção teve a seguinte formação:Jefferson; Daniel Alves, Henrique, Dante e Maxwell; Luiz Gustavo,Hernanes e Ramires; Willian, Bernard e Jô. Ao menos três jogado-res desses 11 deverão ser titulares amanhã. Afinal, o zagueiro ecapitão Thiago Silva vai cumprir suspensão automática pelo se-gundo cartão amarelo e deverá ser substituído por Dante. Já o vo-lante Luiz Gustavo, que cumpriu gancho diante da Colômbia, estáliberado. Além disso, Neymar, com a terceira vértebra lombar fra-turada, deve ficar de fora do restante da Copa (leia mais abaixo).
Na atividade, após várias defesas difíceis do goleiro Victor, quedefendeu a meta do time sub-20 do Flu, no primeiro tempo, a Se-leção enfim conseguiu fazer seus gols na etapa final. O primeirodeles foi marcado por Bernard, completando passe de Hernanes.Depois, Bernard cobrou escanteio e Dante chutou para as redes. Oterceiro gol foi marcado por Ramires, de cabeça. A seleção volta atreinar hoje, às 11h30, na Granja Comary, antes de viajar para BeloHorizonte. Sem Neymar, Felipão o pode optar pela escalação deWilliam, do meia-atacante Bernard, do meia Hernanes ou mesmopor usar um time mais defensivo, com três volantes.
SEM MEDO – Willian perdeu o pênalti que cobrou na decisão
contra o Chile nas oitavas de final. Mas garante que se tiver outradisputa por penalidades contra a Alemanha, vai estar pronto parabater. "Quero bater e estou ainda mais confiante. Ninguém gostade perder pênalti. Estava confiante para cobrar, mas errei e logoem seguida ganhei o apoio da comissão técnica. Hoje estou tran-quilo." Willian também foi questionado sobre a má fase do cen-troavante Fred, de quem mais se esperava os gols que ajudariama seleção brasileira – o atacante do Fluminense só marcou umavez até agora. E saiu em defesa do companheiro. "Os jogos estãosendo difíceis, a Seleção vem crescendo a cada jogo. A gente vemprocurando olhar ao máximo o Fred ali na frente, sabemos queatacante vive de gol. Mas o Fred está tranquilo e quem sabe contraa Alemanha faça o gol", torceu Willian, que acrescentou. "Mas elequer ser campeão do mundo, não importa quem faça os gols".
Quanto a substituir Neymar, Willian declarou que tem condi-ções de assumir a vaga, mas destacou seu estilo de jogo é dife-rente, além de apontar o companheiro como incomparável. "Cla-ro que não tem como comparar o Neymar com os outros. Ele temmuita qualidade. Tenho estilo diferente, com coisas parecidas, avelocidade, o drible. Ele é atacante, eu sou mais meia. Ele faz mui-tos gols, eu sou mais de servir os companheiros. Mas tenho mi-nhas qualidades e estarei pronto se o Felipão optar por mim." Sefor escalado por Felipão contra a Alemanha, Willian jogará ao ladode Oscar, seu companheiro no Chelsea. E o meia espera que o en-trosamento de ambos ajude a seleção. "Disputamos juntos mui-tos jogos. Eu mais pelo direito, com o Oscar pelo meio. Mas po-díamos movimentar, cair pelo meio, pela lateral, junto com o Ha-zard. Nos conhecemos bastante, sabemos da qualidade de cadaum. Não seria problema para nós."
Willian admitiu que o grupo ficou abatido com a perda de Ney-mar, mas destacou que os jogadores precisam usar a adversidadepara se fortalecer para o duelo contra a Alemanha. "O Neymar é areferencia da Seleção, chama a responsabilidade e decide jogos.Aconteceu esse fato, todos aqui estão preparados para qualquercoisa. Temos jogadores que podem entrar e fazer a diferença. Nósficamos tristes, mas temos que ser fortes para continuar."
H E L I C Ó P T E RO – Felipão e Thiago Silva viajarão de helicóp-tero para Belo Horizonte. É que, como o treino será às 11h30 naGranja Comary – e não na cidade do jogo (Belo Horizonte) – e Fe-lipão e um jogador precisam dar entrevista coletiva no local da
partida às 17h30, não restou outra opção. A opção pela presençade Thiago Silva na entrevista coletiva também causa certa surpre-sa, afinal o capitão está suspenso do jogo contra a Alemanha. En-quanto Felipão e Thiago Silva viajarão de helicóptero, o restanteda delegação irá de avião para Belo Horizonte. A equipe deixaráTeresópolis após o treinamento e o almoço, seguindo de ônibusaté o Rio, de onde embarcará para a capital mineira.
O ÁRBITRO? É O QUE NÃO VIU A MORDIDA DE SUÁREZ –A Fifa definiu e anunciou ontem que o mexicano Marco Rodríguezserá o árbitro da partida entre as seleções do Brasil e da Alemanha.O juiz, de 40 anos, esteve presente em uma das maiores polêmicasdesta edição do torneio: a mordida de Luis Suárez em Chiellini du-rante partida entre Uruguai e Itália, pela fase de grupos.
Rodríguez não viu a ação de Suárez durante a vitória uruguaiapor 1 a 0, na Arena das Dunas, em Natal. Posteriormente, a Fifapuniu o atacante do Liverpool, o suspendendo por nove partidas,além de impedi-lo de jogar por quatro meses. Além disso, duranteo jogo, Rodríguez expulsou o italiano Claudio Marchisio.
Antes, Rodríguez já havia apitado uma partida na Copa. Omexicano foi o árbitro da vitória da Bélgica por 2 a 1 sobre aArgélia, também no Mineirão, em um confronto em que mar-cou um pênalti para a equipe africana.
A Copa de 2014 é a terceira da carreira de Rodríguez. O árbitroapitou dois jogos em 2006 (Inglaterra 1 x 0 Paraguai e Costa doMarfim 3 x 2 Sérvia) e outros dois em 2010 (Alemanha 4 x 0 Aus-trália e Espanha 2 x 1 Chile). Além disso, em 2007, foi o juiz da de-cisão do Mundial de Clubes da Fifa em que o Milan derrotou oBoca Juniors por 4 a 2. Agora, Rodríguez terá a oportunidade deapitar uma semifinal, mesmo após se envolver em uma partidapolêmica na fase de grupos. Como os cartões amarelos foram ze-rados para as semifinais, Brasil e Alemanha não possuem jogado-res pendurados para esse confronto. A Seleção, porém, não po-derá contar com o zagueiro Thiago Silva, suspenso pelo segundocartão amarelo, no Mineirão, além de Neymar, contundido.
I N VA S Ã O –Em um domingo de movimentação intensa detorcedores e convidados na Granja Comary , uma invadiu ocentro de treinamento da Seleção. Foi após treinamento e sóDavid Luiz estava em um dos campos. O invasor correu por al-guns metros, na direção da academia da Granja Comary, e aca-bou contido pelos seguranças. (Estadão Conteúdo)
Violência, juiz,Neymar... medosalemães.
Nenhum jogador da Alemanhasoltou foguetes por causa da
lesão que tirou Neymar da Copa.Em primeiro lugar, evidentemente,por respeito ao companheiro deprofissão. Em segundo, porque aseleção europeia desconfia que vaienfrentar um adversário moralmentefortalecido pela ausência de seumelhor jogador, por estranho quepareça. "Todos nós estamos muitotristes pelo que aconteceu com oNeymar Devemos sempre lamentarquando os melhores jogadores nãoestão em campo", disse o volanteSchweinsteiger. "Acreditamos queos jogadores brasileiros vão se unirainda mais por causa do queaconteceu com o Neymar".
Schweinsteiger e seus colegasimaginam que os jogadores daSeleção estarão mais motivados doque o normal por se sentiremobrigados a oferecer a vitória depresente a Neymar. Além disso, nãose sabe quem será o escolhido porFelipão para substituir o craque.
No Mineirão, Joachim Löwdeverá repetir a escalação queiniciou a partida contra a França.Isso significa dizer que o capitãoPhilipp Lahm será mantido nalateral direita, sua posição natural.A comissão técnica da Alemanhavinha sendo muito criticada em seupaís pela escalação de Lahm comovolante, mas agora argumentaque isso só aconteceu porqueSchweinsteiger e Khedira nãoestavam em condições de disputaruma partida inteira. Agora, não hámais a necessidade de utilizar ocapitão no meio de campo. Alémdisso, Klose provavelmente serámantido na equipe, com ThomasMüller aberto pelo lado direito.
MAIS PREOCUPAÇÕES – D esdeque soube que enfrentaria o Brasilna semifinal, a Alemanha se preparapara jogar contra uma equipefisicamente forte e agressiva, àsvezes até demais. E os integrantesda seleção alemã já deixamtransparecer uma certapreocupação com a atuação doárbitro da partida. Há o temor deque o homem do apito – omexicano Marco Rodríguez – d e i xeos brasileiros abusarem das faltas."Nós observamos que em algumasocasiões eles (os jogadores daSeleção brasileira) agem no limitedo que seria legal", comentou oauxiliar-técnco Hansi Flick. E asensação de que o time comandadopor Felipão tem pouco a ver com avelha escola brasileira de futebol éforte. A ponto de um jogador comoSchweinsteiger, que gosta de umjogo mais físico, mostrar-seimpressionado com a agressividadedo Brasil. "Nós ainda temos aimagem da Seleção brasileira comoum time de 11 artistas em campo,mas o futebol daqui mudou." (EC)
O camisa 10em campo?Nem pensar.
Não vai haver jeitinho no tra-tamento do jogador Ney-mar, da Seleção brasileira.
Portanto, ele está, de fato, fora daCopa do Mundo e o tempo de sua re-cuperação será de 40 a 45 dias. A fa-mília do jogador precisou emitir no-ta na noite de ontem reafirmandoque apenas o médico da Seleção, Jo-sé Luis Runco, está autorizado a falarsobre o seu estado de saúde e o tem-po do tratamento – Neymar recupe-ra-se em casa, no Guarujá, de fraturano processo transverso da terceiravértebra lombar causada por vio-lenta joelhada do colombiano JuanZuñiga no jogo da sexta-feira.
A confusão sobre a possibilidadede Neymar participar da final da Co-pa no domingo, caso o Brasil superea Alemanha amanhã, teve início on-tem logo após a visita do médico doSantos, Mauricio Zenaide, ao joga-dor na casa do litoral paulista.Acompanhado do fisioterapeuta doclube Rafael Martini, e de Nicola Car-neiro, especialista em coluna, Zenai-de teria avaliado para os repórteres
que o jogador poderia participar dafinal se recorresse a "infiltrações deanalgésicos". Sites como o G1 e UOLchegaram a falar dessa hipótese.
A família reagiu imediatamentecom o comunicado: "Se Neymar Jrvier a ter condições clínicas de dis-putar uma partida de futebol antesdo tempo inicialmente previsto seráem função da evolução positiva doseu quadro diante do tratamentopossível que está sendo efetuado.Nenhum tratamento alternativo foicolocado em discussão. O retornodele aos gramados depende da su-peração das fortes dores."
Em seguida, o próprio médico da
Marcelo Regua/Reuters
Direto para casa: Neymar dentro do helicóptero que o levou da Granja Comary (RJ) para o Guarujá.
CBF, José Luis Runco, fez um alertano programa Domingão do Faustão,da TV Globo, para que a populaçãobrasileira não se iluda a respeito davolta de Neymar aos gramados. "Emmomento algum existe opção detratamento. Hoje o Neymar temuma lesão estável na sua coluna,que necessita de consolidação ós-sea. Se acontece outro impacto emcima dessa lesão, podemos transfor-má-la em instável e ter problemastanto para o Neymar jogador, quan-to para o ser humano", disse Runco."Infiltração (de analgésicos) é umametologia antiga que se fazia muitono futebol. Temos alguns casos de
jogadores que tiveram repercus-sões na sua saúde por causa de infil-trações. Elas levam habitualmentemedicações que são controladaspelo exame anti-doping." Runco re-clamou de seus colegas, sem citarnomes: "me preocupa, às vezes, aparte da ética e ,principalmente, daconduta médica, o que faz com queo nome do médico brasileiro seja co-locado em cheque."
O Brasil pediu à Fifa uma puniçãoao lateral Zúñiga semelhante à im-posta ao atacante uruguaio LuísSuárez. O Comitê Disciplinar da Fifajá estaria analisando o pedido daCBF. ( Ag ê n c i a s )
Heróis colombianos
Aseleção da Colômbia de-sembarcou ontem na ca-pital Bogotá onde foi re-
cebida, em festa, por milhares detorcedores do país no parque Si-món Bolívar (foto abaixo), aosgritos de "héroes" e "guerreros".Como descreveu o site do jornalEl Tiempo, a população agrade-ceu aos jogadores por fazeremhistória no futebol.
A Colômbia, no Grupo C, ven-ceu a Costa do Marfim, a Grécia, oJapão e o Uruguai. Nas quartasde final, enfrentou o Brasil, na úl-tima sexta-feira na Arena Caste-lão. A Colômbia perdeu o jogo (2a 1 para o Brasil), mas esta foi a
primeira vez que o time alcançoua fase das quartas de final emuma Copa do Mundo.
O principal jogador é JamesRodriguez, craque de 22 anos eum dos artilheiros da Copa doMundo do Brasil. Mas brilhoutambém o talento do técnico Jo-sé Néstor Pekerman, um argenti-no, que foi um divisor de águasna campanha colombiana paraclassificação na Copa do Brasil.
Os brasileiros, porém, vãoguardar para sempre o nome dolateral Juan Zuñiga, de 28 anos.Foi ele quem deu violenta joelha-da nas costas de Neymar e tirou ocraque da Seleção da Copa.
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12 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014
Campeão nasa rq u i b a n c a d a sA Copa do Mundo no
Brasil alcançou asegunda maior média depúblico da história, superadaapenas pelo Mundial de1994, nos EUA, informouontem a Fifa. Dentro de cadaestádio, ou até mesmo pelaTV, foi possível notar asarquibancadas praticamentelotadas. Pode-se dizer que,em relação ao público, aomenos, essa Copa foi umsucesso – ostentando 98,3%de ocupação e 3,1 milhõesde ingressos vendidos. Amédia de público nos 60jogos da competiçãorealizados até aqui foi de52,7 mil pessoas, superandoos 52,4 mil da Copa daAlemanha, em 2006. A marcabrasileira, entretanto, é bemmenor que a de 68,9 milpessoas contabilizada em1994, isso por causa dagrande capacidade deocupação dos estádios nosEstados Unidos. Ainda serãoincluídos na conta osnúmeros das próximaspartidas – semifinais, final edisputa pela terceiracolocação –, contudo, aposição do Brasil nesseranking não deve se alterar,até pelo fato de que estespróximos quatro confrontosdeverão contar com lotaçãomáxima nos estádios.
A França vai,Benzema 'fica'.A França foi eliminada, mas
ainda segue emevidência. Pelo menos para aFifa, que divulgou ontem novaatualização de seu ranking dedesempenho dos atletas noMundial. O atacante KarimBenzema (abaixo,desembarcando com aseleção francesa no aeroportode Le Bourget, perto de Paris)lidera a listagem, enquantoque o zagueiro RaphaelVarane é o 3º colocado e entreeles figura o colombianoJames Rodríguez, artilheiro dotorneio até aqui, com seis gols.A Fifa soltou nova edição doranking de desempenho umdia após o término dasquartas de final. EmboraBenzema tenha feito três golse Rodríguez seis, a Fifa leva emconta o fato de queteoricamente o atacante foimais participativo. "O quechamou a atenção foi aconstante ameaça que elerepresentou para osadversários dentro da grandeárea. E, embora a França tenhafracassado na tentativa debalançar a rede alemã nasexta-feira, o camisa 10francês esteve mais pertodisso do que ninguém, comseis chutes a gol", afirma anota da Fifa. A entidade levaem consideração seu sistemade rastreamento para medir aação dos jogadores edeterminar o impacto queeles causam. Benzema é olíder, com 9,79 pontos, contra9,74 de Rodríguez e 9,7 deVarane. Atrás deles figuraThiago Silva, com 9,66. O top10 desta listagem écompletado por MatsHummels, da Alemanha (9,63);Arjen Robben, da Holanda(9,59); David Luiz (9,56);Neymar (9,53); Stefan de Vrij,da Holanda (9,51); e JanVertonghen, da Bélgica (9,48).
Goooooooooooool!!!Fernanda Santos
The New York Times
Ao fazer sua grande estreiano rádio há 50 anos, JoséCarlos Araújo, que aperfei-çoou suas habilidades de
narração esportiva com jogos de fute-bol de botão no quintal do vizinho,imaginou que ele teria de controlarsua alteração vocal para evitar perdero tom na metade dos longos gritosefusivos de "goooooool" que são amarca e fazem parte da rotina de nar-ração dos locutores brasileiros.
Um colega, veterano das transmis-sões de rádio, sugeriu que ele come-çasse a fumar. Mas Araújo, na épocacom 17 anos, teve outra ideia: contra-tou uma mulher que ensinava alemãocom música na rádio pública nacionalpara lhe ensinar a cantar. "Em se tra-tando de narrar um gol no futebol",disse Araújo, da Rádio Transamérica,um dos avôs datransmissão es-portiva via rádiodo país, "existeuma grande dosede talento artísti-co envolvido".
Entre os locu-tores esportivosno Brasil, o grito"goooooool" é oponto de excla-mação que pon-tua o ápice da narrativa, com a voz dolocutor se modulando harmoniosa-mente e continuamente sempre queum time marca. Se representada emforma de desenho, seria semelhante aum arco. Se fosse uma pessoa, seria apessoa mais importante da sala.
Os torcedores gritam gol; os locu-tores juram que eles cantam. GalvãoBueno, um dos mais famosos narra-dores do Brasil, comparou o gol a"uma nota dó alta de um a tenor", umadas mais difíceis de se atingir. "É a suamaior realização", disse Bueno, queestá trabalhando em sua 10ª Copanarrando os jogos, predominante-mente para a Rede Globo, a maior re-de de televisão do Brasil. "Ou o seumomento de derrota". É também um
símbolo da história das transmissõesesportivas no Brasil – e a sua caracte-rística mais duradoura e cativante.
Em 1946, 14 anos após a primeiratransmissão ao vivo de uma partidade futebol em uma estação de rádiobrasileira, Rebello Júnior, locutor davelha Rádio Difusora de São Paulo,estendeu o seu grito de "gol" atéquase ficar sem ar, legitimando ogrito de celebração dado pelos tor-cedores nas arquibancadas e o am-pliando para o mundo. Tudo numesforço para diferenciar: se todos es-tavam falando, por que não gritar?
Desde então, o "goooooool" pro-longado foi adotado na Espanha, naAlemanha (onde o "gol" é substituí-do por "tor", ou melhor, "Toooooo-
or!") e por toda a América Latina, as-sim como os narradores de línguaespanhola nos Estados Unidos.
Em 2008, como um experimento,Luis Roberto, da Globo, gritava "gol"apenas para o Botafogo, quando o ti-me jogou nas quartas de final da TaçaLibertadores contra o Club Estudian-tes de La Plata da Argentina. "Foi umdesastre", contou Roberto, que narrapartidas de futebol na televisão e norádio desde 1977. "Até mesmo os tor-cedores do Botafogo gritavam comi-go, me acusando de desrespeito por-que eu só reconhecia os gols marca-dos por uma equipe".
A transmissão de futebol evoluiucom o tempo; os repórteres de campopassam informações rápidas sobreaspectos básicos do jogo para os nar-radores na cabine, como quem fez ogol e quem vai entrar para substituir ojogador que se machucou. Diferençasregionais no ritmo e no estilo tambémse estabeleceram. Em São Paulo, osnarradores têm mais semelhançacom os locutores de corridas de cava-lo, empregando um padrão conheci-do como metralhadora. No Rio, o rit-mo é indubitavelmente menos frené-tico. Mesmo assim, o grito de gol per-
siste, embora os locutores brasileiroso tenham enfeitado na esperança deque o grito deles se destaque.
O grito de Araújo é precedido poruma pausa, que, ele admitiu, é na ver-dade uma oportunidade para ele en-cher o pulmão. Edson Mauro (antiga-mente Edson Pereira de Melo), locutorrenomado da Rádio Globo, diz "bin-go" antes de gritar gol, uma palavraque escolheu após passar uma noiteouvindo-a em um salão de bingo emMadri, em seu dia de folga depois defazer a cobertura da Copa do Mundona Espanha em 1982.
Na Escola de Rádio, uma escola deradiodifusão carioca, Mauro – qu eusava metade de uma casca de cocopara ampliar as suas primeiras narra-ções das partidas de futebol de areiados amigos em Alagoas, seu Estadonatal – incentiva seus alunos a narra-rem o mesmo jogo repetidamente e ase gravarem. O motivo, segundo ele, éque os alunos podem acompanhar oseu aprimoramento ou "entender deuma vez por todas que o trabalho nãoé para eles e desistir".
Antes uma exceção, desde então ahabilidade se tornou um requisito. En-tre os narradores de esporte, o vere-
dito é unânime: não existe futuro norádio esportivo para os locutores quenão sabem dar um grito de gol longo,alto e impressionante. Assim, eles trei-nam diariamente, praticamente domesmo jeito que os cantores clássicosfazem antes de uma apresentação.
Mauro é um dos que cantarolam,bufam e fazem zumbidos, vibrandoos lábios para relaxá-los. Bueno co-me maçãs e hidrata a garganta ho-ras antes de narrar um jogo. Araújo,um septuagenário chamado de Ga-rotinho, não toma uísque para evitar"mudar o equilíbrio químico das mi-nhas cordas vocais", disse.
Roberto consulta uma fonoaudió-loga para lhe ajudar a tirar a voz dodiafragma de forma que os seus gritosde gol não falhem. O seu colega AlexEscobar, que está narrando a sua pri-meira Copa, acha que as consultas defonoaudiologia são "meio bobas" erecorre, em vez disso, a truques sim-ples que aprendeu quando era croo-ner de uma banda que tocava em bai-les nos anos 90. "Nos dias em que vounarrar, não tomo café. E no dia ante-rior, não tomo álcool". Todos eles con-cordam com a importância de dormir,embora isso às vezes seja difícil.
Bueno vem acompanhando a Se-leção brasileira desde Goiânia, a sededo seu primeiro jogo amistoso, até asede dos jogos durante o torneio, decarro ou de avião. Gabriel Andrezo, lo-cutor novato do website FutRio, cujofoco é narrar os jogos realizados pelostimes cariocas, às vezes, tem de pegaro trem voltando do estádio nos arre-dores da cidade, chegar em casa bemdepois da meia noite e levantar demanhã cedo para escrever e publicaruma matéria, antes do horário do al-moço, sobre o jogo que narrou.
Falhas acontecem, e as reações fi-siológicas atrapalham. Uma vez o lo-cutor foi tomado por um ataque detosse. Araújo não conseguiu se livrardos soluços. Roberto, após encerraruma agenda de trabalho exaustivana Copa do Mundo de 1998 na Fran-ça, sentiu a voz vacilar ao gritar golquando o Vasco da Gama marcoucontra o River Plate da Argentina nasemifinal da Taça Libertadores. "Euparecia o Tarzan", contou.
Lalo de Almeida/The New York Times
Galvão Bueno, o grito de gol é a maior realização do locutor; Edson Mauro (abaixo) diz "bingo" antes de gritar.
Pilar Olivares/Reuters
Estrategista aolado do time:
Louis Van Gaal.
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Nesta quarta-feira, às 17 horas, as se-leções de Holanda e Argentina vãodisputar vaga na final da Copa doMundo em jogo no estádio Itaque-
rão, na zona leste da capital paulista. Na par-tida, devem brilhar as estrelas de Arjen Rob-ben, da Holanda, e de Lionel Messi, da Argen-tina, os dois craques em campo.
Mas o time da Holanda mostrou no últi-mo jogo, contra a Costa Rica no sábado, quetem um estrategista de peso fora de campo,é o técnico Louis Van Gaal. A jogada de mes-tre de Van Gaal no sábado salvou a Holandade uma situação complicada contra a CostaRica: o estrategista meticuloso substituiu ogoleiro nos últimos minutos da prorrogaçãoe o reserva Tim Krul foi quem defendeu doispênaltis e ajudou a Holanda a avançar paraas semifinais depois de um 0 x 0 dramáticocom a Costa Rica em Salvador. "O técnico medisse antes do jogo que se houvesse aindauma substituição a possibilidade seria mecolocar em campo", relatou Krul, em entre-vista coletiva concedida ontem na Gávea, nazona sul do Rio, onde a Holanda tem a suabase de treinamentos no Mundial.
Esta troca no fim do tempo da prorroga-ção foi mais uma das mudanças-chave queinfluenciaram o resultado de partidas a fa-vor dos holandeses. O técnico Van Gaal tam-bém havia escalado Memphis Depay, de 20anos, para marcar contra a Austrália, e LeroyFer, outro trunfo do treinador, abrira o placarem seu primeiro toque na bola na partidacontra o Chile válida pelo grupo B. Na se-quência, Klaas-Jan Huntelaar foi outro atle-ta a sair do banco e fazer o gol da vitória daHolanda sobre o México nas oitavas.
C ARTOLA – Entretanto, os europeus de-vem saber que seu treinador não tirará tru-ques da cartola o tempo todo para ajudá-los achegar à final. Se a Holanda quiser mesmoderrotar a Argentina na semifinal de quarta-feira em São Paulo, existem muitos aspectosque os holandeses devem melhorar sem de-pender dos "truques" e da "varinha mágica" daversão holandesa do feiticeiro Harry Potter.
A ausência do lesionado Nigel de Jong dei-xa o meio-campo mais exposto. Leroy Fertambém está machucado e Jonathan de Gu-zman perdeu o posto para Georginio Wijnal-dum, a quem falta se impor mais neste setor-chave do campo. A mudança no esquema dosábado para colocar três atacantes não fun-cionou, segundo admitiu o próprio treina-dor, devido ao mau desempenho de Depay,que não esteve em bom dia e perdeu muitasbolas de forma displicente. Contra uma Ar-gentina mostrando boas condições defensi-vas e um meio-campo batalhador durante apartida contra a Bélgica nas quartas de final,os holandeses precisam de mais opções emaior equilíbrio se quiserem chegar à segun-da final consecutiva de Copa do Mundo.
MAR ADONA – Depois de afirmar que a Ar-gentina estava jogando apenas 40% do seupotencial, Maradona agora está contente como desempenho da seleção argentina, que con-seguiu a classificação para a semifinal da Copado Mundo encerrando um jejum de 24 anos."Mesmo sem jogar bem, a Argentina soubecontrolar a partida", comentou o ex-jogadorsobre a vitória por 1 a 0 sobre a Bélgica, no úl-timo sábado, no estádio Nacional Mané Gar-rincha, em Brasília. A análise foi feita no pro-grama De Zurda (de canhota) que o jogadorcomanda na tevê venezuelana.
"O melhor resultado da partida seria 2 a 0. Omérito da Argentina foi impedir que a Bélgicase sentisse bem no jogo, nem tocando a bolapelo chão, nem com os cruzamentos", comen-tou. "A Bélgica é uma equipe comum, que po-deria ter sido desclassificada na primeira fase",criticou o eterno ídolo dos argentinos.
Em relação aos próximos confrontos, Mara-dona acredita que a Argentina vai superar aHolanda nas semifinais, mas acredita em umjogo equilibrado entre Brasil e Alemanha.
O ex-craque também elogiou os jogadoresque foram comandados por ele próprio na Co-pa do Mundo de 2010. "Mascherano está lú-cido e experiente e isso será muito bom para aArgentina. Higuaín fez sua melhor partida noMundial", elogiou Maradona. ( Ag ê n c i a s )
Harry Potterholandês
Fred Dufour/Reuters
Harry Potterholandês
sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 13
IMAGENS URBANASCentros urbanos em 70 fotografias
assinadas por mestre como Thomas Farkase Bob Wolfenson. Masp. Tel.: 3251-5644
A TRAJETÓRIA DE OSCAR NIEMEYER. ITAÚ GALERIA. TEL.: 2168-1777.
Aquiles Rique Reis
CDA cada poema, sua música; a cada sílaba, sua nota.
Os versos de José Chagas são
preciosidades. Paraibano
nascido em Piancó, optou por mo-
rar em São Luís do Maranhão. Lá o
poeta irmanou-se às gentes e fez-
se fino juntador de palavras, cria-
dor de versos de força rara.
Conhecedores da poesia de Jo-
sé Chagas, Zeca Baleiro e o poeta
maranhense Celso Borges convo-
caram uma turma de composito-
res para musicarem poemas pre-
viamente escolhidos por eles. O
poeta pop, emoldurado por músi-
ca igualmente pop, fez-se ainda
mais especial.
A Palavra Acesa (Saravá Discos) é
o CD com o qual foi prestada uma
tão rica quanto merecida homena-
gem à poesia de José Chagas. As-
sim como seus versos, as melodias
foram criadas dentro de uma con-
cepção absolutamente contempo-
rânea, por vezes beirando o expe-
rimentalismo. Quando abraçada
por instrumentos, a poesia decola
como se ganhasse asas. Musicada,
ela, a poesia, acende as palavras e
abrasa seus significados.
O encarte indica ao lado do títu-
lo de cada poema o livro de onde
ele foi extraído e o ano de sua pu-
blicação. A primeira faixa tem José
Chagas recitando Poema I: No alto
dos mirantes/ Me fiz e desfiz/ So-
prai-me, brisas errantes/ Sobre to-
da São Luís. Tuco Marcondes dedi-
lha no violão uma pungente trilha
sonora concebida por Zeca Balei-
ro .
O para ibano
Assis Medeiros
musicou e cantou
Os Canhões do Si-lêncio: Sou o que
atira sua impure-
za/ De encontro à
ira da carne ace-
sa. Seu arranjo
valor iza a bela
melodia.
A Cidade Era Feita de Poesia foi
musicado por Chico Saldanha, que
se juntou a Tássia Campos para
cantá-lo. Seu arranjo embala o
baião com violão de sete, acor-
deom e percussão. Campoema tem
melodia, arranjo e interpretação
de Cesar Teixeira.
Do som lamento-
so do acordeom e
no ponteado do
violão de sete, ele
tira apoio para os
versos de José
Chagas: Eu sei de
tua foice, tua en-
xada / De tuas
mãos cavando a
terra alheia/ De teu suor, da lágri-
ma deixada/ Em cada pedra e em
cada grão de areia.
Fagner e a cantora portuguesa
Susana Travassos cantam os ver-
sos de Noturno Nº 2, musicado por
Zeca Baleiro. Com produção de Tu-
co Ferraz, lá estão violão e requin-
to, apoiados na percussão, a acen-
der as palavras: Repousa agora o
meu verso/ No dormir de quem
não dorme/ O rato rói o universo do
meu quarto/ A noite é enorme.
Os versos de A Cidade, musica-
dos e arranjados por Beto Ehon-
gue, são cantados com Dicy Ro-
cha. É o arranjo mais roquenrol do
CD. O mesmo se dá com A Palafita,
musicado por Fernando Filizola e
Toinho Alves e cantado por Lula
Queiroga e Silvério Pessoa, quan-
do a guitarra e o baixo dão peso ro-
queiro ao baião.
Sobrado, musicado por Chico
César e cantado por ele e Ednardo,
tem versos que brincam de fazer
jogo com as palavras: Da Cidade/
Cidade/ Idade/ Ida de/ Tempos e
templos.
Tenha certeza, meu caro leitor,
de que A Palavra Acesa é um álbum
requintado que merece ser admi-
rado. Como escreveu José Chagas
no final do poema A Ceia do Mundo:
A mesa está posta. Sirva-se à von-
tade, encante-se.
Aquiles Rique Reis,músico e v oca l ista do MPB4.
OBRAS DO MEXICANO FELIPE EHRENBERG. BARÓ GALERIA. TEL.: 3666-6489. GRÁTIS.
Parte da riqueza cultural dos
três mil anos da civilização
maia está exposta na Oca,
de graça. São mais de 380 peças,
que conseguiram resistir ao
tempo e à destruição por parte da
conquista espanhola, e ficam em
São Paulo até o dia 24 de agosto.
Ao visitar a exposição Mayas:Revelação de um Tempo sem Fim, o
público leigo sai com uma noção
nítida da identidade cultural,
organização, tradições e história
dessa civilização pré-
colombiana. Além de conseguir
compreender como o passado
desse povo – que reuniu cerca de
30 etnias, cada uma com idioma
e expressividade próprias –
mescla-se com o México de hoje.
A mostra é dividida em oito
temáticas, que guiam os
visitantes durante toda essa
viagem. A relação dos maias com
a natureza inicia o roteiro e os
ritos funerários encerram. Quem
for conferir também passará por
peças que contam um pouco
sobre os Deuses, as hierarquias,
entre muitos outros.
A curadoria da mostra é da
Dra. Mercedes de la Garza,
professora emérita da
Universidade Nacional Autônoma
do México (UNAM). Para Enrique
Ortiz Lanz, coordenador nacional
de Museus e Exposições do
Instituto Nacional de
Antropologia e Historia (INAH),
essa é a mais grandiosa e
ambiciosa exposição de arte e
arqueologia já realizada para
uma civilização latino-
americana, pois reúne elementos
que comprovam toda a
complexidade dessa sociedade e
seu desenvolvimento em
importantes áreas do saber.
Como, por exemplo, a habilidade
que tiveram para entender os
conceitos de tempo e espaço.
Mas quem for à exposição
achando que irá ver de perto os
famosos calendários maias que
previam um apocalipse em 2012
poderá se decepcionar. A mostra
traz poucas peças relacionadas a
essa temática. Porém, com
certeza se encantará com as
maquetes interativas das cidade
e templos de sacrifício, além de
peças magníficas, como as
máscaras usadas em funerais,
cobertas de rubi.
Uma curiosidade relacionada
aos maias que tem espaço na
exposição, é a paixão deles por
um esporte bem parecido com o
futebol. As partidas do "futebol"
maia eram verdadeiras
cerimônias, com direito a
sacrifícios humanos e muito
sangue. Estão expostas na Oca
peças que retratam como eram
os estádios, uma espécie de
argola em forma de serpente, na
qual os arqueólogos acreditam
ser o gol, e diversas obras com
figuras de pessoas praticando o
esporte.
Mayas: Revelação de um Temposem . Oca. Avenida Pedro Álvares
Cabral, s/n - Portão 3. Tel.: 3105-
6118. Até 24 de agosto. Grátis.
V I S UA I S
Três milanos de
civilizaçãomaia
Expostos em380 obras na Oca.
Veja(e admire-se).
Fotos: Divulgação
À esquerda:estatueta policr
omada (600-900d.C.) encontradacomo parte dasoferendas emsepulturas do
período clássico.À direita: Cabeçade Pakal (600-
900 d. C.),imagem do
famosogovernante
K’inich JanahbPakal.
Ana Barella
À esquerda: EstatuetaFeminina (600-900 d.C.) querepresenta a deusa mãe. Àdireita: Monumento 114 de
Toniná (600-900 d.C.). Aimagem retrata o governantepalencano K’inich K’an Joy
Chitam como um prisioneiro.
À esquerda: Disco deChichén-Itzá (900-1250d. C.). Feito de madeira
ornamentado comturquesa, concha, coral
e ardósia. À direita:Tecelã (600-900 d. C.),estatueta-apito que
fazia parte doacompanhamentofunerário de uma
criança enterrada naIlha de Jaina.
14 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014
.O..LIMPÍADA
Jovens do Brasil nojogo dos números
Enquanto o Brasil vive
em clima de Copa, outro
time brasileiro participa
de uma competição
mundial de destaque.
Seis estudantes
brasileiros participam,
até o dia 13, na Cidade
do Cabo, África do Sul,
da 55ª Olimpíada
Internacional de
Matemática. A média de
idade dos estudantes é
de 16 anos. (Agências)
.B..IODIVERSIDADE
O trem amigo dos leõesA empresa ferroviária
indiana Western Railways
decidiu, em acordo com a
direção do Parque Gir,
reduzir a velocidade dos
trens que atravessam a
área de preservação para
evitar o atropelamento
acidental os raros
exemplares de leão
asiático. A subespécie tem
no parque, que fica no
estado de Gujarat, no
oeste do país, seu principal
santuário. Nos últimos
anos, quatro desses raros
felinos morreram
atropelados por trens.
.I..NFORMAÇÃO
O espaço(sem o espaço)
O site xkcd conseguiu
colocar em um só mapa
uma representação do
tamanho das superfícies
de vários corpos do
sistema solar. No mapa, é
possível imaginar o
tamanho de Vênus, Marte,
Mercúrio, Plutão, além de
nossa Lua e das luas de
outros planetas em
comparação com a
superfície dos continentes
de nosso planeta. Veja o
mapa maior no link.
http://xkcd.com/1389/#
.C..ASA
Calorias contadasProjeto do engenheiro Matt
Webster: você coloca o
prato feito na máquina e
ela conta as calorias.
http://goo.gl/74K5mV
.A..MBIENTE
A China contra a poluiçãoC
om o status de um dos
países mais poluídos do
mundo, a China recen-
tementemente tem se aplica-
do em ações ambientalistas.
Agora, anuncia um acordo
IBM-Pequim, cujo objetivo é
usar, experimentalmente,
tecnologias avançadas de
previsão do tempo e computa-
ção em nuvem para ajudar a
enfrentar a persistente polui-
ção naquela cidade e, mais
tarde, em outras regiões do
país. O governo chinês preten-
de reverter parte dos danos
causados ao ambiente - ao ar,
aos rios e a regiões agrícolas
do país, em contrapartida ao
crescimento acelerado, prin-
cipalmente da indústria, fenô-
meno mais evidente nas últi-
mas três décadas. Ao funda-
Strin
ger/
Reut
ers
PAMPLONA DEVOTA- Em Pamplona, Espanha, São Firmino, padroeiro da cidade, lota praças,
ruas e ganha corrida de touros entre 6 e 14 de julho. As festas começaram ontem, com o chupinazo,
lançamento de um foguete da sacada do Palácio Consistorial , sede da prefeitur a.
s
.F..OTOGRAFIA
Prova de fogosDa bombinha ao rojão, a
série de Andrew Waits
mostra como são os fogos
de artifício mais populares
por dentro.
http://andrewwaits.com
Há 50 anos divertindo crianças (e adultos)Um desafio promovido pela DARPA Robotics conseguiu reunir
robôs de brinquedo criados há mais de 50 anos. Veja a seleção.
http://goo.gl/1WUDwj
ParadoxosEsculturas de Seyo Cizmic
mostram objetos
contraditórios.
http://goo.gl/mZL6qo
mentar o acordo, o governo
explica que, antes de tudo, é
necessário melhorar a apura-
ção de dados e a capacidade
de monitoramento e previsão,
para, então, trabalhar para re-
duzir emissões e poluição.
Pequim já usa um sistema
de alerta baseado em dados
de 35 estações de monitora-
mento, que sinalizam a imi-
nência de gases tóxicos que
possam prejudicar escolas,
por exemplo. A população
ameaçada se queixa: acha
que é pouco.
"Prever é útil porque ajuda a
evitar exposição, mas não é su-
ficiente; colocar máscaras e
não sair de casa é, realmente,
pouco", declara o diretor do Ins-
tituto de Assuntos Ambientais e
Públicos, Ma Jun. (Agências)
Stringer/Reuters
sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de junho de 2014 15
CAIXA 1O seu consultor financeiro
Consignado: boaopção de crédito
Modalidade tem juros baixos, mas exige planejamento e cuidado.
Karina Lignelli
Paulo Pampolin/Hype
Consumir ou não consumir, eis a questão.
Para contratar,cautela e moderação.
Dicas da Proteste para fazerbom uso desse tipo de crédito
. Não assine o contrato sem calcular oimpacto em suas contas atuais.
. Os contratos só devem ser assinadospessoalmente, ou por cartão magnético esenha eletrônica. Não esqueça de exigir sua via.
. É vedada a contratação por telefone,assim como a cobrança de Taxa de Aberturade Crédito (TAC) ou qualquer outra taxa ouimp ostos.
. Os bancos são obrigados a informarpreviamente o valor total a ser pago, taxamensal e anual de juros, assim como valor,quantidade e periodicidade de cada prestação.
. A margem consignável, ou seja, o valormáximo da renda a ser comprometida, nãopode ultrapassar 30% do valor do benefícioou do salário.
. O número máximo de parcelas é de 60meses. Mas vale lembrar que, quanto menoro prazo, menores os juros.
. O beneficiário não é obrigado a pegar oempréstimo no banco em que recebe opagamento, mas pode optar pela instituiçãoque oferece a menor taxa de juros.
. O INSS nunca entra em contato parasolicitar dados pessoais, nem passa essesdados aos bancos.
. Não é permitido descontar parcelasde empréstimos sobre o 13º salário deaposentados e pensionistas.
. O depósito do empréstimo não pode serfeito na conta de terceiros.
. Com o objetivo de evitar irregularidades,os bancos devem conceder o empréstimoapenas no estado onde a pessoa reside erecebe o benefício.
Depois de investir boa parte dos recur-
sos próprios na reforma da casa – e
do trabalhão que isso gera –, o meta-
lúrgico aposentado Geraldo de Sou-
za Machado, 75, decidiu "se dar um luxo": viajar
com a mulher, Joselia, para Aracaju (SE). Para
isso, se planejou e viu que as taxas baixas e o
desconto direto das parcelas do crédito consig-
nado no benefício do INSS seriam a melhor al-
ternativa para realizar o desejo de visitar os pa-
rentes e, de quebra, descansar. Em tempos de
taxa Selic em trajetória crescente desde abril
de 2013 – e o consequente aumento do custo
do crédito –, recorrer à modalidade voltou a ser
uma das opções para quem não tem muito co-
mo fugir de um empréstimo, mas corre dos ju-
ros altos. E o mais importante, tem acesso a ela
–caso dos beneficiários do INSS, servidores pú-
blicos ou funcionários de empresas privadas.
E não é por menos: após chegar ao nível mais
baixo da série histórica –7,25% em 2012, man-
tida até abril de 2013 –, a Selic voltou a bater
nos 11% ao mês após a última reunião do Co-
pom (Comitê de Política Monetária), realizada
em abril deste ano. Já o consignado, que acaba
de completar dez anos, não só é acessível pela
garantia do débito com desconto em folha, co-
mo "barato" se comparado a outras modalida-
des: suas taxas de juros mensais variam, na
média, de inacreditáveis 0,70% a 2,14% ao
mês, dependendo do banco e do prazo de qui-
tação (dados do site do Ministério da Previdên-
cia Social). Interessa até para o credor, pelo ris-
co baixo de inadimplência e certeza maior de
p a g a m e n t o.
Parece muita vantagem junta, e para quem
não está com as finanças em dia, especialistas
recomendam: o consignado é uma boa opção
para organizar as contas ao quitar dívidas mais
caras. Exemplo disso é rotativo do cartão de
crédito: de acordo com a última pesquisa da
Proteste (associação de consumidores) com a
FGV, esses juros podem chegar a 280,82% ao
ano, ou 11,7% ao mês, em média –ou seja, cer-
ca de 70 vezes mais alto que a taxa básica da
economia, a Selic (veja as diferenças no quadroao lado). Também pode financiar necessidades
momentâneas –, mas desde que não se torne
extensão da renda: como qualquer tipo de fi-
nanciamento, exige planejamento e cuidados.
"Faz todo sentido 'trocar dívidas' dessa forma,
já que a modalidade é mais em conta. Basta
comparar as taxas com a do rotativo do cartão,
ou outras como o CDC (Crédito Direto ao Con-
sumidor), que pode chegar a 7%. Apesar das li-
mitações a grandes somas pela questão do
desconto em folha (até 30% do salário ou bene-
fício), o consignado é alternativa de boa nego-
ciação na hora de quitar dívidas. Mas bom mes-
mo é sempre ter uma reserva para isso", diz Má-
rio Amigo, professor de finanças da Fundação
Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Fi-
nanceiras (Fipecafi).
Ricardo Pereira, consultor financeiro do pro-
grama Consumidor Consciente da Mastercard,
tem opinião semelhante. Segundo o especia-
lista, a modalidade é interessante e se popula-
rizou pela facilidade de acesso ao crédito com
juros baixos. "Se o cartão de crédito estourou,
seja qual for o motivo, o consignado é a escolha
ideal para quitar a dívida mais cara. O mesmo
raciocínio pode ser usado para o cheque espe-
cial", destaca. O problema, segundo ele, é que,
com a euforia do acesso, houve quem "tomou
gosto" por esse tipo de empréstimo e passou a
usar sem cuidados: para trocar celular, pagar
aluguel ou até parcelas dele mesmo.
"O perigo é que muitos passaram a contar
com o consignado para manter o padrão de vi-
da – e isso não pode acontecer de jeito ne-
nhum", alerta, lembrando que "muitos RHs" de
empresas recorreram ao programa para orien-
tar funcionários com esse tipo de problema.
Quando optar
Como educador financeiro, Pereira, assim
como Mário Amigo, afirma que o melhor uso do
consignado é para emergências, como gastos
inesperados com saúde ou reforma da casa.
Antes da viagem, Machado, que era eletricista
de manutenção, também precisou recorrer ao
consignado para fazer uma cirurgia dentária.
"Aposentei como eletricista de manutenção
com um bom salário. Mas depois que o tempo
passa, a gente perde o poder de compra porque
o INSS nunca repõe muito mais que a inflação.
Tenho minha casa, meu carrinho, filhos e netos
encaminhados e sempre fui controlado com os
gastos. Mas em caso de necessidade, esse tipo
de empréstimo faz toda a diferença. Só não po-
de abusar: é uma dívida, e como toda dívida
tem que ser muito bem programada", diz.
Pereira orienta que o ideal mesmo é sempre
manter reservas mínimas, e nunca substituir a
prática de guardar dinheiro pelo uso do consig-
nado. "Ele não é uma reserva. O interessante é
guardar o equivalente a três ou quatro meses
de salário em investimentos de liquidez ime-
diata como a caderneta de poupança, que tem
correção mensal", explica.
O professor da Fipecafi reforça que sempre é
melhor garantir "sobras" de dinheiro – t an to
que os mais previdentes chegam a usar seis
meses de salário como colchão. "Buscar nego-
ciação de dívidas à vista é importante, e pode
render bons descontos. Já uma boa reserva in-
vestida em fundos DI, por exemplo, rende me-
nos que esse financiamento, em torno de 1% ao
mês. Por isso, só vale lançar mão
do consignado para emergên-
cias ou negociações à vista".
Como imprevistos aconte-
cem e o valor guardado pode
não ser suficiente, o consignado
pode ser usado como recurso
adicional, diz Pereira. "O impor-
tante é se planejar, saber que se
terá uma dívida a mais por al-
guns meses e que será preciso
pagar juros –, mas que as despe-
sas mensais continuam", com-
pleta o especialista do progra-
ma Consumidor Consciente.
Cuidados
Se não houver outra opção,
Mário Amigo afirma que é priori-
dade contratar o empréstimo
consignado em instituições sé-
rias para evitar problemas –
muito comuns principalmente
entre aposentados e pensionis-
tas do INSS, que nos últimos 12
meses responderam pela alta
de 13,9% na contratação do
consignado, ficando atrás ape-
nas dos servidores públicos,
com 14,7% (informações de
maio do Banco Central). Esse
público costuma ser o mais pre-
judicado porque muitos em-
prestam para ajudar terceiros –que costumam
não honrar as dívidas –, ou são assediados por
bancos "problemáticos". "A euforia gerou his-
tóricos de muita fraude: as pessoas pegavam
empréstimos em cascata, tinham desconto di-
reto e mal recebiam o benefício – o que pode
comprometer, e muito, o orçamento domésti-
co", alerta.
Especialistas em psicologiaeconômica garantem, mas muitagente já sabe disso: consumir
com base na emoção é complicado.Além de gerar ou aumentar ainda maisas dívidas, pode acabar emarrependimento e frustração, maisdifíceis de lidar. Portanto, se a ideia éusar o consignado para realizar umdesejo de consumo, os cuidadosdevem ser redobrados. "Se for umaviagem, por exemplo, o ideal éconstruir esse desejo: descobrirquanto custa e guardar antes, oupagar a dívida antecipadamentepara viajar tranquilo, sem sepreocupar com contas na volta", dizRicardo Pereira, consultor financeirodo programa ConsumidorConsciente da Mastercard.
Para viajar, o aposentado GeraldoMachado fez isso mesmo: aproveitouos juros baixos, mas preferiu estenderum pouco o prazo para pagar. "Ascontas subiram um pouco enquantoquitava o empréstimo, mas não fezmuita diferença pois planejei tudoantes. Depois, fiquei só descansando,comendo e bebendo na praia!",re l e m b ra .
Outro problema, diz Pereira, é cair natentação da facilidade em tomar essecrédito: exemplo comum é a pessoaquerer quitar um dívida de R$ 5 mil, masquando vai ao banco, acha tudo tão fácilque acaba voltando com umempréstimo de R$ 10 mil. "Tudo bemque os juros são mais baixos, trocou-se adívida mais cara pela mais barata... Mas épreciso ter a questão latente: 2% ao mêsde juros pode ser menor, mas não querdizer 'baixo'. O rendimento da poupançaé 6% ao ano. É o caso do barato que sai
caro, de não colocar na ponta do lápis.Quando a decisão se baseia na emoção:o cérebro 'compra' mesmo", diz Pereira.
Machado, que conta entre risos queaté mesmo as contas do cartão decrédito da mulher são "organizadas eprogramadas", e que ambos costumamquitar de 70% a 80% das dívidas antesde fazer novas, é adepto do mote "sujaro nome, nem pensar". Mas não pensaem fazer outra "extravagância" baseadano consignado tão cedo. "Reformaestressa muito, por isso decidiemprestar. Mas viajar de novo, só comuma boa poupançazinha", garante.
Mário Amigo, da Fipecafi, diz queseparar necessidade de desejo éessencial. "Avalie se você precisamesmo realizar isso hoje ou podepostergar. No primeiro caso, oconsignado pode ser a solução. Masno segundo, poupar é, sem dúvida, amelhor alternativa", finaliza. (KL)
Machado se beneficiou das taxas baixas para viajar com a esposa
Div
ulga
ção
Pereira: o baratoque sai caro.
sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 17
Editora cult espanholaabre porta para conquistar os EUA
Carmen Balcells, a Mamãe Grande, lendária agente literária de Barcelona, associa-se ao novaiorquino Andrew Wylie, para criar uma nova agência.
Rachel DonadioThe New York Times
Carmen Balcells nun-
ca foi apenas uma
agente l i te rá r ia .
Apelidada Mamãe
Grande em referência ao título
de um livro de Gabriel García
Márquez, ela atuou como con-
fidente e orientadora dos
clientes. Até pagou conta de
dentista de alguns de seus es-
critores – os maiores autores
espanhóis e latino-americano
pelo planeta, incluindo García
Márquez e Mario Vargas Llosa
– e habilmente resolveu pro-
blemas domésticos deles, en-
quanto os promovia.
Em meio à explosão da lite-
ratura latino-americana das
décadas de 1960 e 70, quan-
do a turbulência política aba-
lou a região e Francisco Fran-
co mandava em Madri, Bal-
cells se tornou uma interme-
d i á r i a c r u c i a l l i g a n d o
Espanha e América Latina ao
resto do mundo e ajudou uma
geração de escritores de lín-
gua espanhola a encontrar
público em inglês.
Os ecos da explosão acaba-
ram, mas o catálogo continua
vivo. Diante da perspectiva de
um império em declínio e sem
um sucessor claro (o filho não
quer assumir a batalha), Bal-
cells, 83 anos, anunciou em
maio que assinara uma carta
de intenções com o agente li-
terário nova-iorquino Andrew
Wylie, para criar uma nova
empresa, a agência Balcells-
Wylie, com a qual administra-
ria os escritores dela.
"Quero as coisas limpas e
resolvidas", disse Balcells,
misturando catalão e espa-
nhol numa conversa muitas
vezes elíptica e multilíngue
durante encontro recente em
seu gracioso apartamento na
elegante Avenida Diagonal,
em Barcelona, coração do se-
tor editorial espanhol. Ainda
formidável, mesmo numa ca-
deira de rodas, ela vestia um
de seus característicos vesti-
dos brancos.
Em jogo está o espólio lite-
rário de García Márquez –
morto em abril e que, segun-
do Wylie, teria vendido mais
de 50 milhões de livros – bem
como os destinos de aproxi-
madamente 300 escritores
representados por Balcells,
incluindo Vargas Llosa, Isa-
bel Allende, Javier Cercas e os
espólios de Carlos Fuentes e
Pablo Neruda.
Se o negócio for fechado, a
empresa daria a Wylie um al-
cance muito mais profundo
num mercado lucrativo e cres-
cente à medida que o centro
de gravidade da publicação
em espanhol se muda da Es-
panha – atingida duramente
pela crise econômica – para a
América Latina, onde as ven-
das estão subindo.
INTERESSE MÚTUOA joint-venture também
marca o fim de uma era. Du-
rante anos, Balcells recusou
as ofertas de Wylie, um dos
agentes literários mais pode-
rosos do mundo. Nenhum es-
critor vivo chegou a trocar
Balcells por Wylie, e ela uma
vez brincou que ele teria de
continuar correndo atrás de
viúvas. Contudo, faltando al-
guém para assumir seu pa-
pel, Balcells, que fundou a
Agência Literária Carmen
Balcells em 1956, afirmou ter
procurado o possível sócio
neste ano. O esquema do
acordo não está claro, e sem-
pre existe a chance de que ela
mude de ideia.
Entretanto, Wylie afirma es-
tar feliz com a perspectiva. "Ela
tem clientes de interesse signi-
ficativo para mim", declarou
durante entrevista telefônica,
acrescentando que, do total,
"uns 20", tinham interesse par-
ticular. A Agência Wylie já re-
presenta o espólio de Jorge Luis
Borges, bem como o do escri-
tor chileno Roberto Bolaño, an-
teriormente representados
por Balcells, e escritores espa-
nhóis vivos como Antonio Mu-
ñoz Molina. "Nós demos o pri-
meiro passo. A aproximação
pode ser mais profunda".
Ainda segundo Wylie, a pro-
posta agência Balcells-Wylie
seria uma entidade separada
da empresa que leva seu no-
me, mas ele disse esperar que
o novo empreendimento aju-
dasse os mil escritores já re-
presentados por sua agência
a serem publicados em tradu-
ção para o espanhol. O escri-
tor e tradutor Alberto Man-
guel escreveu no jornal "El
País" que alguns dos autores
que têm contrato com Bal-
cells podem sofrer porque
Wylie só estaria interessado
nos lançadores de best-sel-
lers – conceito refutado pelo
possível sócio. Em geral, o
mundo editorial espanhol re-
cebeu bem o negócio.
"Para ela, é o dinheiro e a
continuidade que não conse-
guiria encontrar de outra for-
ma", disse Elena Ramirez, di-
retora da editora espanhola
Seix Barral. "Para ele, é uma
forma de finalmente botar os
pés numa terra na qual já ten-
tou entrar três vezes. Acho
que foi uma decisão muito in-
teligente de ambos."
“FORÇA DA NATUREZA"Ao longo dos anos, Balcells
mudou as regras da publica-
ção espanhola. Antes, os au-
tores assinavam contratos
abertos com as editoras, que
davam adiantamentos ma-
gros e assumiam quase todo o
controle dos direitos. Balcells
começou a negociar luvas
melhores e contratos com
tempo definido, bem como
acordos complexos de licen-
ciamento e direitos. Hoje, ela
luta para conseguir para os
escritores acordos melhores
pelos direitos eletrônicos e ci-
nematográficos.
"Ela inventou o papel de
agente literária", disse o críti-
co literário espanhol Ignacio
E c h e v a rr í a .
As festas de Balcells são len-
dárias. Certa vez, ela organi-
zou um jantar para o roman-
cista mexicano Carlos Fuentes
e sua esposa. Quando o avião
deles atrasou horas, ela fez o
jantar ser servido, depois lim-
pou a mesa e a montou nova-
mente quando o casal final-
mente chegou, como se o ban-
quete estivesse começando.
"Ela é uma força da nature-
za", declarou a escritora chi-
lena Isabel Allende, em en-
trevista telefônica. "Ela é ge-
nerosa, esplêndida e sober-
ba". Allende contou que após
Balcells vender os direitos de
tradução de seu primeiro li-
vro em 1981, ela a convidou
para uma festa em sua casa
em Barcelona. "Eu parecia
uma caipira, estava vindo da
Venezuela e não sabia o que
era o mundo literário, nunca
havia lido uma resenha de li-
Guillem Valle/The New York Times
vro, nunca havia estudado li-
teratura. E ela me recebeu
como se eu já fosse uma es-
critora famosa".
Amiga de integrantes da fa-
míl ia real espanhola e da
maioria dos primeiros-minis-
tros (depois da era Franco, ter-
minada em 1975), Balcells te-
ve uma origem humilde. Ela
cresceu num pequeno vilarejo
na Catalunha numa casa sem
aquecimento nem água enca-
nada. Estudou administração,
mas não chegou a tirar o diplo-
ma universitário.
"Nunca quis ser importan-
te", afirma. Durante a ditadu-
ra de Franco, quando uma
mulher não podia abrir conta
bancária sem a aval do pai ou
do marido, "eu queria ser in-
dependente e autônoma nu-
ma época em que a mulher
sem educação rigorosa, sem
família poderosa, não podia
escolher o que fazer por con-
ta própria".
Ela conheceu García Már-
quez no México em 1965 e
vendeu para os Estados Uni-
dos os direitos de seu romance
"Cem Anos de Solidão", de
1967, que vendeu um milhão
de exemplares quase de ime-
diato. Numa história agora fa-
mosa, o romancista pergun-
tou se ela o amava. "Como
posso responder a essa per-
gunta?", ela disse. "Você re-
presenta mais de 30% da mi-
nha empresa". A agente con-
tou que a divisão ainda é a
mesma hoje em dia.
Questionada sobre qual se-
ria seu legado, ela faz uma
pausa. "O sonho da minha vi-
da era abrir uma agência lite-
rária e ter um escritor como o
Gabo", explicou em referência
a García Márquez. E ela reali-
zou o sonho. "Eu concordo",
respondeu Balcells, com olhos
lúcidos e travessos. "Sou uma
mulher notável".
Carmen Balcells em sua casa em Barcelona: "Queria ser independente e autônoma numa época em que a mulher não podia escolher o que fazer por conta própria".
O colombiano GarciaMarquez (alto, esquerda), o
peruano Vargas Llosa e oargentino Jorge Luis Borges
(acima): nomes queganharam o mundo
conduzidos por Carmen,que representa cerca de
300 escritores.
Eduardo Verdugo/AP Estadão Conteúdo
Marcos D'Paula/Estadão Conteúdo
18 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014
Prazo maior para quitar as dívidas
Sílvia Pimentel
O parcelamento de pendências do ICMS pode ser feito até o dia 29 de agosto.A data também é a limite para adesão no chamado Refis da Copa, que engloba débitos de tributos federais.
Os contribuintes
paulistas com
débitos do Imposto
sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços
(ICMS) ganharam um prazo
maior para aderir ao
Programa Especial de
Parcelamento (PEP). Um
decreto estadual (nº 60.599)
publicado na edição da última
sexta feira do Diário Oficial
estabeleceu 29 de agosto
como a data limite para as
adesões ao programa. A
medida foi autorizada pelo
Convênio ICMS-59/14, do
Conselho Nacional de Política
Fazendária (Confaz). Com
essa alteração, que já
esperada pelo fisco e pelos
contribuintes, todos os
programas de parcelamento
em andamento passam a ter
a mesma data limite para
receber as adesões. Além do
PEP do ICMS, a Secretaria da
Fazenda do Estado de São
Paulo (Sefaz-SP) abriu a
oportunidade para a
regularização de débitos do
Imposto sobre Propriedade
de Veículos Automotores
(IPVA), do ITCMD (causa
mortis) por meio do Programa
de Parcelamento de Débitos
(PPD), voltado para as
pessoas físicas. Além destes,
está em andamento, também
com vencimento no dia 29 de
agosto, o chamado Refis da
Copa, que engloba débitos de
tributos federais e que ainda
não foi regulamentado.
Por meio do PEP do ICMS
podem ser parcelados os
débitos do imposto, inscritos
ou não em Dívida Ativa, com
fatos geradores até o dia 30
de novembro de 2013. Os
contribuintes interessados
na adesão poderão parcelar
as dívidas em até 120
meses, com redução nos
valores das multas e juros.
Outra opção é pagar à vista.
Nesse caso, haverá redução
de 75% no valor das multas e
de 60% dos juros, sem a
cobrança de encargos
financeiros. Caso a dívida
seja parcelada, o valor
mensal mínimo foi fixado em
R$ 500,00. Todas as parcelas
terão o mesmo valor, do
começo ao fim do
parcelamento. Se a adesão
for feita na primeira
quinzena do mês, a primeira
parcela, ou a única, deverá
ser paga no dia 25 do mesmo
mês. Para adesões a partir
do dia 16, o vencimento será
no dia 10 do mês seguinte.
Vale lembrar que o primeiro
pagamento é a confirmação
da entrada do contribuinte
no programa, não podendo
sofrer atraso. Pela
legislação, poderão ser
incluídos saldos
remanescentes de
programas anteriores, como
o PPI (Programa de
Parcelamento Incentivado),
rompidos até 31 de maio de
2012 e que estejam inscritos
em dívida ativa. Para fazer a
adesão basta acessar o site
w w w. p e p d o i c m s . s p . g o v. b r.
No PPD, o contribuinte com
dívidas pendentes com o
fisco têm prazo de até dois
anos para regularizá-las. Os
débitos relacionados ao IPVA
e ao ITCMD pagos em parcela
única terão redução de 75%
no valor da multa e de 60% no
valor do juro. O contribuinte
que optar pela regularização
em 24 parcelas terá desconto
de 50% no valor da multa e de
40% no valor dos juros. O
valor das parcelas não pode
ser inferior a R$ 500, no caso
da pessoa jurídica, e a R$ 200
no caso de pessoas físicas. É
possível selecionar até 500
débitos para um mesmo
parcelamento. As adesões
podem ser feitas no site
w w w. p p d 2 0 1 4 . s p . g o v. b r.
sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014 DIÁRIO DO COMÉRCIO 19
PREFEITURA MUNICIPAL DE BIRIGUIEDITALNº 100/2014–PREGÃOPRESENCIAL Nº 052/2014OBJETO:- Aquisição de 01 (um) rolo compactadorvibratório, destinado ao setor de pavimentação asfálticada secretaria de obras. Data da abertura- 18/07/2.014, às08:00 horas. melhores informações poderão ser obtidosjunto a Seção de Licitações na Rua Santos Dumont nº28, Centro, ou pelo telefone (018) 3643.6126. O Editalpoderá ser lido naquela Seção e retirado gratuitamenteno site www.birigui.sp.gov.br., Pedro Felício EstradaBernabé, Prefeito Municipal. Birigui, 04/07/2.014.
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAPÃO BONITO-SPSUSPENSÃO DE EDITAL
PREGÃO PRESENCIAL Nº 63/2014 – SUSPENDE-SE o presente certame licitatório “sine die”,para readequação do edital e após será designada uma nova data. As alterações e a nova data deabertura serão devidamente comunicadas as empresas interessadas, bem como, publicadas nosórgãos de costume. Capão Bonito,03 de julho de 2014.
RETIFICAÇÃO DE EDITALPREGÃO PRESENCIAL – REGISTRO DE PREÇOS Nº 63/2014 – Aquisição de vários tipos depneus para diversas Secretarias, deste Município, conforme especificação constante do anexo I– Termo de Referência, do presente instrumento convocatório. O encerramento (credenciamento eentrega dos envelopes): 18 de julho de 2014, às 09:00 horas.
ABERTURADE LICITAÇÃOPREGÃO PRESENCIAL – REGISTRO DE PREÇOS Nº 81/2014 – Aquisição de equipamentoshospitalares, para a Secretaria Municipal de Saúde, conforme especificações constantes dosAnexospertencentes ao presente instrumento convocatório. O encerramento (credenciamento e entrega dosenvelopes): 31 de julho, às 09:00 horas.PREGÃO PRESENCIAL – REGISTRO DE PREÇOS Nº 82/2014 – Contratação de empresapara recargas de tonners, para o Centro de Processamento de Dados, conforme especificaçõesconstantes dos Anexos pertencentes ao presente instrumento convocatório. O encerramento(credenciamento e entrega dos envelopes): 31 de julho, às 14:00 horas.PREGÃO PRESENCIAL - REGISTRO DE PREÇOS Nº 83/2014 – Aquisição de materiais defisioterapia, para a Secretaria Municipal de Saúde, conforme especificações constantes dos Anexospertencentes ao presente instrumento convocatório. O encerramento (credenciamento e entrega dosenvelopes): 05 de agosto, às 09:00 horas.PREGÃO PRESENCIAL - REGISTRO DE PREÇOS Nº 84/2014 – Contratação de empresa parafornecimento de peças e acessórios para veículos leves e pesados, para a Frota Municipal, conformeespecificações constantes dos Anexos pertencentes ao presente instrumento convocatório. Oencerramento (credenciamento e entrega dos envelopes): 05 de agosto, às 14:00 horas.Edital e melhores informações mediante o recolhimento da taxa de R$ 10,00 (dez reais) através deguia de arrecadação, no Setor de Licitações, sita o Paço Municipal localizado à Rua Nove de Julho,nº690, Centro, ou pelo Tel: (15) 3543-9900 – ramal 9936, de segunda a sexta-feira, das 09:00 às11:00hs e das 13:00 às 16:00hs ou através do e-mail: [email protected] .
Capão Bonito-SP, 03 de julho de 2014.Dr. JULIO FERNANDO GALVÃO DIAS - Prefeito
MUNICÍPIO DE NOVA ODESSAAVISO DE EDITAL DE LICITAÇÃO
BENJAMIM VIEIRA DE SOUZA, Prefeito do Município de Nova Odessa,torna público que se acha aberto Pregão Presencial nº. 01/PP/2014 que serárealizada na sala de reuniões da Prefeitura Municipal de Nova Odessa, situada aAvenida João Pessoa, 777, Centro, Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000, iniciando-se a sessão no dia 22/07/2014, às 9h15min, e tem por objeto aquisição de2000 lixeiras papeleiras de polietileno de alta densidade (pead), com capacidadevolumétrica mínima de 50 litros e carga de 16 kg, na cor verde. Informações poderãoser obtidas das 8h00min às 16h30min, no endereço acima mencionado ouatravés do telefone (19) 3476.8602. O edital estará disponível para downloadno seguinte link de acesso: http://www.novaodessa.sp.gov.br/Licitacoes.aspx.
Nova Odessa, 04 de julho de 2014.Setor de Suprimentos e Licitações
MUNICÍPIO DE NOVA ODESSAAVISO DE EDITAL DE LICITAÇÃO
BENJAMIM VIEIRA DE SOUZA, Prefeito do Município de Nova Odessa,torna público que se acha aberto Pregão Presencial nº. 70/PP/2014 que será realizadana sala de reuniões da Prefeitura Municipal de Nova Odessa, situada a Avenida JoãoPessoa, 777, Centro, Nova Odessa/SP, CEP: 13460-000, iniciando-se a sessão no dia18/07/2014, às 14h00min, e tem por objeto Registro de Preços para futura e eventualcontratação de empresa especializada para prestação de serviços com fornecimentode mão de obra (monitores) em transporte escolar nos termos da resolução SE 27 de09/05/2011 e SE 28 de 12/05/2011 DASECRETARIADE EDUCAÇÃODO ESTADODESÃOPAULO. Informações poderão ser obtidas das 8h00min às 16h30min, no endereçoacimamencionadoouatravésdo telefone (19)3476.8602.Oedital estarádisponível paradownloadnoseguinte linkdeacesso: http://www.novaodessa.sp.gov.br/Licitacoes.aspx.
Nova Odessa, 04 de julho de 2014.Setor de Suprimentos e Licitações
Log & Print Gráfica e Logística S.A.CNPJ/MF 66.079.609/0001-06 - NIRE 353003577-87
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Ata de Assembléia Geral Ordinária1.Data,HorárioeLocal:2/5/14,às11hs,nasede,R.JoanaForestoStorani,676,CidadedeVinhedo/SP.2.ConvocaçãoePublicações:Convocação dispensada.Os documentos referidos no art.133, a saber:o Relatório da Administração, asDemonstrações Financeirasauditadas pelaDeloitteToucheTohmatsu (“Auditores Independentes”) e oParecer dosAuditores Independentes, relativos ao exercíciosocial findo em31/12/13, forampublicados no jornal “OEstado deSãoPaulo’’, na edição do dia 28/5/14.e noDOESP, na edição do dia28/5/14.3.Presença:Presente a totalidade dos acionistas da Cia., conforme consta no Livro de Presença dos Acionistas.Presentes,também, oSr.Carlos EduardoMassaoShibuya eRodneyPaloni Casadei, representantes daDiretoria daCia., e o Sr.Walbert AntoniodosSantos, representantedosAuditores Independentes.4.Mesa:Presidente:AntônioJosédeAlmeidaCarneiroeSecretário:Ricardo--FernandezSilva.5.DocumentosAnalisados:naAssembleiaeAutenticados:(i)DemonstraçõesFinanceirasdaCia.auditadaspelosAuditores Independentes, com data-base de 31/12/13; (ii)Relatório da Administração; e (iii) o Parecer dos Auditores Independentes.6.OrdemdoDia e Deliberações:Todas as seguintes deliberações foram tomadas pela unanimidade dos acionistas:6.1.Autorizar alavratura da ata a que se refere esta Assembleia em forma de sumário, nos termos do art. 130, §1°, da Lei n° 6.404/76.6.2. Aprovar,sem ressalvas, o Relatório da Administração, as contas dos administradores, as Demonstrações Financeiras da Cia. auditadas pelosAuditores IndependenteseoParecer dosAuditores Independentes, relativosaoexercício social findoem31/12/13. 6.3.Consignar quenão haverá distribuição de dividendos, conforme consta dasDemonstraçõesFinanceiras anteriormente aprovadas, uma vez que nãohouve lucro apurado no exercício social encerrado em31de dezembro de 2013.6.4.Reeleger os seguintesmembros doConselho deAdministração da Cia., que terãomandato até a Assembleia Geral Ordinária da Cia.que deliberar sobre as contas do exercício socialfindo em 31/12/14:1) Antônio José deAlmeidaCarneiro, brasileiro, casado, empresário, RG n° 2.381.252-2, expedida pelo DIC-RJe CPF/MF n° 028.600.667-72, residente e domiciliado na Cidade e Estado do Rio de Janeiro, Av.Epitácio Pessoa, 10/501, Ipanema,CEP22410-090,aocargodePres.doConselhodeAdministração;2)LuizOtáviodeAlmeidaCarneiro,brasileiro, casado,engenheiro,residente e domiciliado na Cidade e Estado do Rio de Janeiro, na Rua Prudente de Morais, n° 1565, apto. 502, CEP 22420-042, RGn° 18.412.700, expedida pela SSP-SP e CPF/MF n° 268.709.677-68, ao cargo de membro efetivo do Conselho de Administração; e3) Ricardo FernandezSilva, brasileiro, casado, administrador de empresas, RGn°M-100.182, expedida pela SSP-MGeCPF/MF n°104.135.966-72, residenteedomiciliadonaCidadeeEstadodoRiodeJaneiro,naAv.ViscondedeAlbuquerque,35,apto.401,aocargode membro efetivo do Cons. de Administração.6.4.1.Osmembros do Cons. de Administração ora reeleitos tomarão posse medianteassinatura do respectivo termo de posse onde declararão que não estão condenados a pena que vede ainda que temporariamente,o acesso a cargos públicos; ou por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou contra a economiapopular, contraosistema financeironacional, contraasnormasdedefesadaconcorrência, contraas relaçõesdeconsumo,a fépúblicaou a propriedade, que não estão em cursos em qualquer delito que os impeça de exercer as atividades do cargo para o qual foramdesignados, que não ocupamcargo emsociedade que possamser consideradas concorrentes nomercado comaCia.e que não têminteresse conflitante comamesma.6.5.Fixar a remuneração global anual da administração daCia.ematéRS2.600.000,00, cabendoao Conselho de Administração distribuir esse valor global entre todos os administradores. 6.6. Considerar sanada a não publicaçãodos anúncios a que se refere o artigo 133 da Lei n° 6.404/76, conforme faculta o parágrafo 4° do referido artigo, assim como a nãoobservância dos prazos ali previstos.6.7. Consignar que as publicações de que tratam o art. 289 da Lei das S.A. serão realizadas, apartir desta data, exclusivamente noDOESPeJornal Diário doComércio, na formadoart.289, §3º, da Lei dasS.A.7.Encerramento:Nadamais havendo a tratar, lavrou-se a ata a que se refere esta Assembleia, que, depois de lida, foi aprovada pela unanimidade dosacionistas da Cia. .e assinada por todos os presentes.8.Assinaturas:Mesa:Pres.:Antônio José de Almeida Carneiro;Secr.:RicardoFernandez Silva. Acionistas: Fundo de Investimento em Participações da Serra; Abaré Participações S.A.; Eudaimonia ParticipaçõesS.A.; Imagina Participações S.A., BFC Administradora de Bens S.A. e VC Leblon Participações S.A.Vinhedo, 29 de Maio de 2014.Declaro que esta ata confere com a original lavrada em livro próprio.Ricardo Fernandez Silva-Secretário. Jucesp nº 250.269/14-4 em03/07/14.Flávia Regina Britto-Secr.Geral em Exercício.
Log & Print Gráfica e Logística S.A.CNPJ/MF 66.079.609/0001-06 - NIRE 353003577-87Ata de Reunião do Conselho de Administração
1.Data,HorárioeLocal:22/5/14,às10hs,nasede,R.JoanaForestoStorani,676,CidadedeVinhedo/SP.2.ConvocaçãoePresença:Convocaçãodispensada, tendoemvistaapresençada totalidadedosmembrosdoConselhodeAdministração.3.Mesa:Pres.:AntônioJosé de Almeida Carneiro Secr.:Ricardo Fernandez Silva.4.OrdemdoDia e Deliberações:Todas as seguintes deliberações foramtomadas pela unanimidade dos membros do Conselho de Administração:4.1. Em cumprimento ao disposto no artigo 9° do EstatutoSocial, aprovar, sem ressalvas, ad referendumdaAssembleiaGeral, (i) as contas daDiretoria; (ii) oRelatório daAdministração, (iii) asDemonstrações Financeiras da Companhia auditadas pela DeloitteToucheTohmatsu (“Auditores Independentes”); e (iv) o respectivoParecer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social findo em 31/12/13, sendo que os documentos mencionados nositens (ii), (iii) e (iv) acima ficamarquivados na sededaCompanhia.4.2.Consignar quenãohaverá distribuição dedividendos, conformeconstadasDemonstraçõesFinanceirasanteriormenteaprovadas, umavezquenãohouve lucroapuradonoexercício social encerradoem 31/12/13. 4.3. Autorizar a lavratura da ata a que se refere esta Reunião de Conselho de Administração em forma de sumário,nos termos do art. 130, §1°, da Lei n° 6.404/76. 5. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, lavrou-se a ata a que se refere estaReunião do Conselho de Administração que, depois de lida, foi aprovada e assinada por todos os presentes.6. Assinaturas:Mesa:Pres.: Antônio José de Almeida Carneiro; Secr.: Ricardo Fernandez Silva.Membros do Conselho de Administração: Antônio José deAlmeida Carneiro; Luiz Otávio de Almeida Carneiro; e Ricardo Fernandez Silva.Vinhedo, 22/5/2014. Ricardo Fernandez Silva-Secr..Jucesp nº 250.268/14-0 em 03/07/2014.Flávia Regina Britto-Secretária Geral em Exercício.
MUNICÍPIO DE IPEÚNAAVISO DE LICITAÇÃO – TOMADADE PREÇOS Nº 002/2014
Objeto:Contrataçãodeempresadeengenharia para construçãodoCentro deConvivência do Idoso– CCI, na Rua Araripe Custódio da Fonseca, no bairro Altos de Ipeúna, em Ipeúna/SP; EntregaEnvelopes: às 9h00 do dia 31/7/2014; Abertura: às 9h15 do dia 31/7/2014; O edital e anexosencontram-se à disposição dos interessados no Setor de Licitações da Prefeitura, situado na Rua01, 275 – Centro, Ipeúna/SP, no horário das 8h00 às 11h30 e das 13h00 às 17h30, em dias úteisou na página: www.ipeuna.sp.gov.br (Transparência Pública - Licitações). Informações pelo telefone(19) 3576-9007 ou [email protected]. Ipeúna, 4/7/2014. IldebranPrata –PrefeitoMunicipal
Concessionária Move São Paulo S.A.CNPJ/MF nº 19.368.924/0001-73 – NIRE nº 35.30045991-1 - (“Cia.”)
Ata da Reunião do Conselho de Adinistração realizada em 29/04/201401Data,horae local:Aos29/04/2014, às14:30hs, excepcionalmente, emSP/SP,Av.Paulista, nº 2.064, 3º,CerqueiraCésar.02Presençae quórum de instalação: Presentes a totalidade dos membros do Conselho de Administração da Cia., a saber: Sr.Rodrigo de AlmeidaCarnaúbanaqualidadedePresidentedoConselho,Sr.MarceloFogaçaCristante, naqualidadedesuplementedoConselheiroAdrianoSádeSeixasMaia,Sr.AmilcarBastosFalcão,Sr.AndrédeOliveiraCâncio,Sr.CarlosAlbertoMendesdosSantos,Sr.JoãoEduardoCerdeiradeSantana,Sr.MarceloFelberg,Sr.WalmirPinheiroSantana,eSr.ArnaldoCumplidodeSouzaeSilva.03Composiçãodamesa:Presidente:Sr.RodrigodeAlmeidaCarnaúba;Secretário:Sr.JoãoCarlosdeMagalhãesGomes04Convocação:Areuniãofoidevidamenteconvocadamediante avisoaosmembrosdoConselho, conformeartigo9º, parágrafo segundo, doEstatutoSocial daCia..05Ordemdodia:Discutir edeliberar sobre (i) a proposta deRegulamento Interno deFuncionamento doConselho, conformePD.CAMOVESPnº 01/14; (ii) ratificaçãoda contratação da Certificadora da Implantação conforme PD.CA MOVESP nº 04/14; (iii) a submissão das demonstrações financeirasreferente aoexercício de 2013daCia.para fins deanálise e aprovaçãoemAGO, a ser realizadaem29/04/2014 (“AGOdaCia.”), conformePD.CAMOVESPnº 05/14; (iv) fixar alçadasdaDiretoria daCia., conformePD.CAMOVESPnº 06/14; (v) a aprovaçãopelaCia.do contratode reembolso de despesas, conforme PD.CA MOVESP nº 07/14; (vi) autorizar a Cia., através da Diretoria, propor as ações judiciais dedesapropriaçãonecessáriasà implantaçãodaLinha06-LaranjadometrôdacidadedeSãoPaulo,conformePD.CAMOVESPnº08/14;(vii)acriaçãodoComitêFinanceirodaCia., conformePD.CAMOVESPnº09/14;(viii) acriaçãodoComitêdePessoasdaCia., conformePD.CAMOVESP10/14.06Deliberações:6.1.OsConselheirosporunanimidade:(i)RatificaramacontrataçãodoConsórcioCSLinha06, formadopelaConcrematEngenhariaeTecnologiaS.A.eSetecHidrobrasileiraObraseProjetosLtda.comoCertificadorade Implantaçãopara finsdeatendimento do Contrato de Concessão Patrocinada nº 015/2013, conforme PD.CAMOVESP nº 04/14; (ii) Aprovaram da submissão aosAcionistas da Cia. das demonstrações financeiras da Cia. referente ao exercício financeiro de 2013 emAGO, conforme PD.CAMOVESPnº 05/14; (iii) Fixaram as alçadas da Diretoria da Cia. descritas abaixo, conforme PD.CA MOVESP nº 06/14: • Celebração de quaisquercontratos ou instrumentos de valor individual de atéR$5.000.000,00 ou agregado, que não exceda, emummesmoexercício social ou emumperíodode12meses,R$25.000.000,00;•Contrataçãodeempréstimos, dívidasou financiamentosquenãoestejamprevistosnoplanode negócios da Cia., inclusive via a emissão de títulos ou valoresmobiliários de valor individual de até R$ 5.000.000,00 ou agregado, nãoexceda, emummesmoexercício social ouemumperíodode12meses,R$25.000.000,00, atualizadoanualmente pelo IPCA.•Aquisição,alienação, renúncia a direitos, transferência de bens daCia., que ocorramemummesmoexercício social ou emumperíodo de 12meses,em conjunto ou isoladamente, emmontante que não exceda aR$ 1.000.000,00, atualizado anualmente pelo IPCA;e • Doação, pela Cia.,de quaisquer bens ou direitos, em ummesmo exercício social ou em período de 12 meses, em conjunto ou isoladamente, emmontanteigual ou inferior a R$ 250.000,00, atualizados anualmente pelo IPCA. (iv) Autorizaram a Cia., através da Diretoria, em adotar as medidasnecessárias para a propositura das ações de desapropriação necessárias à implantação da Linha 06 - Laranja dometrô da cidade deSãoPaulo conforme PD.CAMOVESP nº 08/14. (v) Decidiram que a discussão e eventual deliberação sobre a: (i) PD.CAMOVESP nº 01/14,sobre a proposta do Regulamento Interno de Funcionamento do Conselho, (ii) PD.CAMOVESP nº 07/14, sobre o contrato de reembolsode despesa, (iii) PD.CA MOVESP nº 09/14, criação do comitê de Financeiro da Cia.; e (iv) PD.CA MOVESP nº 10/14, criação do comitêde Pessoas da Cia. serão realizadas na próximaRCA.07 Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado e inexistindo qualquer outramanifestação, foi encerrada a presente reunião, da qual se lavrou a presente ata que, lida e achada conforme, foi assinada por todos osConselheirospresentes.SP,29/04/14RodrigodeAlmeidaCarnaúba-Presidente;JoãoCarlosdeMagalhãesGomes-Secretário;FernandoHirataMuramatsu -OAB/SP n.º 228.421.Jucesp nº 207.288/14-8 em28/05/2014.Flávia R.B.-Secr.Geral emExerc..
Odebrecht Utilities S.A.CNPJ/MF n° 17.382.530/0001-44 – NIRE 3530044786-7ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINARIA.
Data, horario e local:Em 16/05/2014, as 16hs, na sede da Cia., na Rua Lemos Monteiro, n° 120, 11º andar- parte, Butanta,em SP/SP.Presencas: Acionistas representando a totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes no Livre dePresença de Acionistas.Convocacao: Dispensada a publicação de Editais de Convocação, na forma do artigo 124, § 4°, daLei n° 6.404/76.Mesa: Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, Presidente; e Renata Pereira Lobo e Silva, Secretaria.Ordem do Dia: 1) Alteração do artigo 4° do Estatuto Social da Cia., em decorrencia de aumento do capital social da Cia..Deliberações: 1) Aprovado o aumento do capital social da Cia. no valor de R$ 65.000.000,00, mediante a emissão, parasubscrição particular, de 49.128.652 novas ações ordinarias, nominativas e sem valor nominal, pelo prego de emissão unitariode R$ 1 ,32305684308, definido na forma do art. 170, §1°, II da Lei 6.404/76, com base no valor patrimonial contabil dasações, apurado em 31 de margo de 2014. Dessa forma, o capital social da Cia. passou de R$ 657.699.549,31, dividido em588.108.789 ações ordinarias, nominativas e sem valor nominal, para R$ 722.699.549,31, dividido em 637.237.441 açõesordinarias, nominativas e sem valor nominal. A totalidade das ações ora emitidas foram neste ato subscritas e integralizadasem moeda corrente nacional, pelo acionista Fundo de lnvestimento em Participações Operações lndustriais, na forma doBoletim de Subscrição constante do Anexo I a esta ata, tendo a acionista Ticiana Vaz Sampaio Marianetti renunciado aodireito de preferencia previsto no art. 171 da Lei das S.A. As ações ordinárias ora emitidas farão jus aos mesmos direitosassegurados as atuais ações ordinarias de emissão da Cia., sendo assegurado a tais ações direito ao recebimento integralde dividendos e juros sobre capital proprio declarados com base em lucro auferido no exercício corrente ou em exercíciosanteriores. 2) Em razao da deliberação acima, os acionistas aprovaram a alteração do caput do Artigo 4° do estatuto socialda Cia. que passara a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 4° - 0 capital social e de R$ 722.699.549,31, dividido em637.237.441 ações ordinarias, nominativas e sem valor nominal.”Quorum das deliberações: Todas as deliberações foramaprovadas por unanimidade, sem reserva ou restrições, abstendo-se de votar os legalmente impedidos. Encerramento:Apos lida e aprovada por unanimidade, a presente ata foi assinada por todos os presentes. São Paulo/SP, 16/05/2014.Mesa:Fernando Luiz Ayres da Cunha Santos Reis, Presidente; e Renata Pereira Lobo e Silva, Secretaria. ACIONISTAS: FUNDODE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES OPERAÇÕES INDUSTRIAlS e TICIANA VAZ SAMPAIO. Renata Pereira Lobo eSilva - Secretária. Jucesp nº 232.430/14-7 em 18/06/2014. Flávia Regina Britto-Secretária Geral em Exercício.
Sistema Fácil, Incorporadora Imobiliária - Ponta Grossa I - SPE LtdaCNPJ Nº 09.202.228/0002-10 - NIRE 35.225.026.707
20ª ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE CONTRATO SOCIALData 18.06.2014. Local S.J.Rio Preto. A totalidade dos sócios da SISTEMA FÁCIL,INCORPORADORA IMOBILIÁRIA – PONTA GROSSA I - SPE LTDA, sede em São José do RioPreto-SP, na Av. Francisco das Chagas de Oliveira, nº 2500, sala 38C, Higienópolis, CEP 15.085-485, DELIBERAM, reduzir o capital social, conf. art. 1082, II do CC, de R$26.960.864,00 paraR$25.995.864,00, representando uma redução de R$965.000,00, que serão devolvidos até30.06.2014, em moeda corrente nacional, à sócia Rodobens Negócios Imobiliários S/A. Sócios:Rodobens Negócios Imobiliários S/A e Carlos Bianconi.
Terra Nova Rodobens IncorporadoraImobiliária - Presidente Prudente I - SPE Ltda
CNPJ Nº 09.535.922/0001-78 - NIRE 35.222.210.14129ª ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE CONTRATO SOCIAL
Data .16.06.2014. Local S.J.Rio Preto. A totalidade dos sócios da TERRA NOVA RODOBENSINCORPORADORA IMOBILIÁRIA - PRESIDENTE PRUDENTE I - SPE LTDA, com sede emSão José do Rio Preto-SP, na Av. Francisco das Chagas de Oliveira, nº 2500, sala 41C,Higienópolis, CEP 15.085-485, DELIBERAM, reduzir o capital social, conf. art. 1082, II do CC,de R$1.546.901,00 para R$846.901,00, representando uma redução de R$700.000,00, queserá devolvido até 30.06.2014, em moeda corrente nacional, à sócia Rodobens NegóciosImobiliários S/A. Sócios: Rodobens Negócios Imobiliários S/A e Carlos Bianconi.
Terra Nova Rodobens IncorporadoraImobiliária – Bauru I – SPE Ltda
CNPJ Nº 09.364.700/0002-10 - NIRE 35.222.061.82031ª ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE CONTRATO SOCIAL
Data 25.06.2014. Local S.J.Rio Preto. A totalidade dos sócios da TERRA NOVA RODOBENSINCORPORADORA IMOBILIÁRIA – BAURU I - SPE LTDA, sede em São José do Rio Preto-SP,na Av. Francisco das Chagas de Oliveira, nº 2500, sala 30A, Higienópolis, CEP 15.085-485,DELIBERAM, reduzir o capital social, conf. art. 1082, do CC, de R$1.652.050,00 paraR$852.050,00, representando uma redução de R$800.000,00, que serão devolvidos até30.06.2014, em moeda corrente nacional, à sócia Rodobens Negócios Imobiliários S/A. Sócios:Rodobens Negócios Imobiliários S/A e Carlos Bianconi.Sistema Fácil, Incorporadora Imobiliária - Uberlândia IV - SPE Ltda
CNPJ Nº 08.921.331/0002-57 - NIRE 35.221.470.17313ª ALTERAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DE CONTRATO SOCIAL
Data 23.06.2014. Local S.J.Rio Preto. A totalidade dos sócios da SISTEMA FÁCIL,INCORPORADORA IMOBILIÁRIA – UBERLÂNDIA IV - SPE LTDA, sede em São José do RioPreto-SP, na Av. Francisco das Chagas de Oliveira, nº 2500, sala 34E, CEP 15.085-485,DELIBERAM, reduzir o capital social, conf. art. 1082, II do Código Civil, de R$2.735.223,00para R$2.235.223,00, representando uma redução de R$500.000,00, que serão devolvidosaté 30.06.2014, em moeda corrente nacional, à sócia Rodobens Negócios Imobiliários S/A.Sócios: Rodobens Negócios Imobiliários S/A e Carlos Bianconi.
SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba, por seu Setor de Licitação
e Contratos, comunica a SUSPENSÃO para julgamento da impugnação ao edital do
Pregão Presencial nº 09/2014 - Processo nº 2965/2014, destinado à contratação de
empresa para fornecimento de link de internet banda larga para o SAAE de Sorocaba.
Sorocaba,04dejulhode2014.PriscilaGonçalvesdeToledoPedrosoLeite-Pregoeira.
SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica a REABERTURA do PregãoPresencial nº 02/2014 - Processo nº 215/2014, destinado à contratação de empresa para execuçãode serviços gerais e contínuos de roçagem, manutenção e reparos de gramados, urbanização econservação dos próprios e áreas sob responsabilidade do SAAE de Sorocaba. SESSÃO PÚBLICAdia 22/07/2014, às 10h. O edital completo será disponibilizado no site www.saaesorocaba.com.br.Informações pelos telefones: (15) 3224-5814 e 5815 ou pessoalmente na Av. Pereira da Silva, 1.285,no Setor de Licitação e Contratos. Sorocaba, 04 de julho de 2014. Ivan Flores Vieira - Pregoeiro.
SERVIÇOAUTÔNOMO DE ÁGUAE ESGOTO DE SOROCABAO Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Sorocaba comunica a REABERTURA do PregãoPresencial nº 12/2014 - Processo nº 3.478/2014, destinado à contratação de empresa para execuçãode serviços gerais e contínuos de limpeza, roçagem e conservação das margens, leito e áreasadjacentes aos córregos, canais e Rio Sorocaba. SESSÃO PÚBLICA dia 22/07/2014, às 15h. Oedital completo será disponibilizado no site www.saaesorocaba.com.br. Informações pelos telefones:(15) 3224-5814 e 5815 ou pessoalmente na Av. Pereira da Silva, 1.285, no Setor de Licitação eContratos. Sorocaba, 04 de julho de 2014. Érica Aparecida de Menezes Ribeiro - Pregoeira.
MARQUESA S.A.CNPJ/MF nº 46.886.040/0001-83 NIRE 35.300.036.093
Edital de Convocação - Assembleia Geral Ordinária e ExtraordináriaFicam os Srs. Diretores e Acionistas convocados a comparecerem na sede social da Cia, sito a RuaQuinto Cavani, nº 101 B, Setor Industrial, Itapeva/SP, no dia 14 de Julho de 2014 às 08h00. Ordem dodia: i) Aprovação do balanço patrimonial e demonstrações financeiras do exercício de 2013; ii) Alterar oendereço da filial CNPJ nº 46.886.040/0022-08; iii) outros assuntos de interesse da Cia. Itapeva/SP,03 de Julho de 2014. Jorge Francisco Henriques - Diretor Presidente (04, 05 e 08.07.14)
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA DA SERRA/SPAVISO DE LICITAÇÃO – TOMADA DE PRECOS Nº 08/2014
De conformidade com a necessidade desta Prefeitura Municipal, faço público, para conhecimento dos interessados, que se acha aberto, na Prefeitura deste Município, o Edital de Tomada de Preços nº 08/2014, que tem como objeto contratação da empresa do ramo para execução com empreitada global com fornecimento de mão de obra e material para construção de 4 (quatro) Salas de Aulas, na Escola Municipal de Ensino Básico Dona Zina Saviolo Cury, localizada na Quadra B do Lote 1, terreno com área 9.195,66 m² do loteamento Bom Jesus com frente para a Rua José Maria da Silva, 550, pelo tipo de menor preço, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demais legislações expressas no item 5 deste Edital.Os envelopes dos licitantes com a documentação e a proposta deverão ser entregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Praça Santo Zani, n° 30, nesta cidade, até às 10h, do dia 24 de julho de 2014. O inicio da abertura dos envelopes sera às 10h30min, do dia 24 de julho de 2014, na Sala de Abertura de Licitações, sita à Praça Santo Zani, n° 30, nesta cidade. A Pasta Técnica contendo o Edital e seus respectivos anexos deverá ser retirada no Setor de Compras, sito à Praça Santo Zani, n° 30, Paço Municipal desta cidade, o qual será fornecido das 09h às 12h e das 13h às 16h a partir do dia 07 de julho de 2014. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que sera publicado pela Imprensa Ofi cial do Estado de São Paulo, do Município de Santa Maria da Serra, em jornal de grande circulação no estado e no Município e afi xado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal. Santa Maria da Serra, 04 de julho de 2014.a) JOSIAS ZANI NETO - Prefeito Municipal
Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - CODASPCNPJ nº 61.585.220/0001-19
PREGÃO ELETRÔNICO Nº 068/2014Contratação de empresa para locação de 3.950 (três mil, novecentos e cinquenta) horas de diversos tipos de máquinas e equipamentos de motomecanização e terraplenagem, visando complementação da frota produtiva da CODASP, para a utiliza-ção em execução de obras e serviços do Programa Melhor Caminho, no Município de Santo Anastácio (Centro de Negócios de Presidente Prudente). Edital completo disponível para download no site da CODASP www.codasp.sp.gov.br e no site da Bolsa Eletrônica de Compras www.bec.sp.gov.br. Para obtenção de senha e credenciamento, condicionantes à participação, acessar o site www.bec.sp.gov.br “Cadastre sua Empresa”. Envio das propostas: após o registro dos interessados e credenciamento de seus representantes no CAUFESP até 22.07.2014 às 09:00 horas, no site www.bec.sp.gov.br, quando será iniciada a Sessão Pública do Pregão. Informações Sra. Andrea, 5077-6527, Jairo de Almeida Machado Júnior, Diretor-Presidente.PREFEITURA MUNICIPAL DE
TAUBATÉ/SPPREGÃO Nº 230/14
A Prefeitura Municipal de Taubaté informa que se acha aberto o pregão presencial nº 230/14 que cuida do Registro de Preços para eventual aquisição de pneus, com encerramento dia 21/07/2014, às 08h30, junto ao respectivo Departamento de Compras. Maiores informações pelo telefone (0xx12) 3621.6023, ou à Praça Felix Guisard, 11 – 1º andar – centro, mesma localidade, das 08h às 12h e das 14h às 17h, sendo R$ 26,50 (Vinte e Seis Reais e Cinquenta Centavos) o custo do edital, para retirada na Prefeitura. O edital também estará disponível pelo site www.taubate.sp.gov.br.
PMT., aos 04.07.14Jose Bernardo Ortiz Monteiro Junior – Prefeito Municipal
PREFEITURA MUNICIPAL DEOURINHOSAVISO DE LICITAÇÃO
Processo nº 2182/2014 – Pregão Presencial nº 122/2014Objeto: Registro de preços para aquisição de carnes, frios e embutidos. Sessão de processamento do Pregão, recebimento e abertura dos envelopes “Proposta Comercial” e “Documentos de Ha-bilitação”: 24 de julho de 2014, às 09:00 horas. Local: Sala de Licitações da Prefeitura Municipal de Ourinhos, sita à Travessa Vereador Abrahão Abujamra, nº 70, fundos, Centro. O Edital completo poderá ser retirado gratuitamente na Diretoria de Suprimento da Prefeitura Municipal de Ourinhos, sita à Rua Euclides da Cunha, nº 522, Centro, no horário comercial, no site da Prefeitura (www.ourinhos.sp.gov.br) no link licitações ou mediante requerimento da empresa enviado via e-mail para [email protected] / [email protected], sendo que quaisquer esclarecimentos a respeito da presente licitação poderão ser obtidos na mencionada Diretoria ou através do telefone (14) 3302-6000 – ramais 6076 / 6123 e pelo fax (14) 3324-7945. Ourinhos, 03 de julho de 2014. Belkis Gonçalves Santos Fernandes – Prefeita Municipal.
FEDEX BRASIL Logística e Transporte S.A.CNPJ nº 10.970.887/0085-02
A Junta Comercial do Estado de São Paulo – JUCESP torna público que o fiel depositário dos gêne-ros e mercadorias recebidos pela filial da sociedade empresária “Fedex Brasil Logística e Transporte S.A.” – NIRE 3590454118-4, Flávio Pereira Temudo, brasileiro, casado, gerente geral, portador da cédula de identidade RG nº 3034226-SDS/PE, inscrito no CPF/MF sob o nº 475.413.004-97, residente e domiciliado na Rua Apiacas, 600, apto 122, CEP 05017-020, São Paulo/SP, assinou em 24/06/2014, com fulcro nos arts. 1º, § 2º, do Decreto Federal nº 1.102/1903 e 4º, da Instrução Normativa 17/2013 do Departamento de Registro Empresarial e Integração, o termo de responsabilidade nº 28/2014, que de-verá ser publicado e arquivado na JUCESP, nos termos do art. 8º da supracitada Instrução Normativa. Humberto Luiz Dias, Vice-Presidente no exercício da Presidência da JUCESP.
Argentina tenta evitar defaultPaís sul-americano está em situação econômica complicada que pode levá-lo a calote novamente. Hoje, haverá uma reunião para tentar solucionar a questão.
Ogoverno argentino
criticou na sexta-
feira a Justiça dos
Estados Unidos e
voltou a exigir que lhe seja per-
mitido honrar seus compro-
missos da dívida externa, pre-
parando o terreno para nego-
ciações no início desta sema-
n a c o m o s c re d o re s q u e
deixaram o país à beira de um
novo default.
Uma delegação do Ministé-
rio da Economia se reunirá ho-
je com o mediador designado
pelo juiz Thomas Griesa, que
proibiu a Argentina de honrar
sua dívida até que pague mais
de US$ 1,3 bilhão aos credores
que não participaram das re-
estruturações da dívida, os
chamados holdouts.
Se Buenos Aires não resol-
ver a situação até 30 de julho,
quando termina o período que
tem para pagar os bônus rene-
gociados que venceram no
fim do mês passado, o país sul-
americano entrará em de-
fault. Isso viria justamente
num momento em que busca
recuperar a confiança de in-
vestidores internacionais pa-
ra revitalizar a economia em
re c e s s ã o.
Que tipo de acordo pode ser
firmado entre a Argentina e os
fundos que o país classificou
como "abutres" é um mistério.
Uma cláusula das operações
de troca da dívida realizadas
em 2005 e 2010 impede que a
Argentina faça uma oferta me-
lhor aos holdouts que a ofere-
cida aos credores que partici-
param dessas operações.
Essa restrição expira no dia
31 de dezembro. O governo ar-
gentino tem dito que o não
cumprimento da cláusula po-
de acarretar demandas por
até US$ 130 bilhões.
Cerca de 7% dos credores
do país há uma década, lidera-
dos pelos fundos NML Capital
e Aurelius Capital Manage-
ment, se negaram a trocar os
títulos inadimplentes e têm
enfrentado o país há anos pe-
rante cortes internacionais
para recuperar o valor total
dos bônus.
A Argentina estimou o custo
das demandas dos credores
holdouts em cerca de US$ 15
bilhões.
"Muitos funcionários nos
Estados Unidos dizem que o
Poder Judiciário é indepen-
dente.... Mas não é indepen-
dente da ação dos fundos
abutres porque mostra clara
parcialidade", afirma sexta-
feira a jornalistas o chefe do
gabinete argentino, Jorge
Capitanich.
As constantes queixas da
Argentina contra a decisão de
Griesa, que foi endossada pe-
la Suprema Corte dos Estados
Unidos, têm sido criticadas
pelos fundos NML e Aurelius,
que têm posto em dúvida o
comprometimento de Buenos
Aires em buscar um acordo
com eles.
A Argentina também inti-
mou na quinta-feira o Bank of
New York Mellon, o agente de
pagamento de seus bônus sob
legislação estrangeira, para
que pague os vencimentos
dos títulos reestruturados
apesar da ordem do magistra-
do de Nova York.
O país sul-americano depo-
sitou na semana passada US$
539 milhões em duas contas
do banco central argentino no
BNY Mellon, mas, devido à de-
cisão de Griesa, o banco recu-
sou-se a transferir os recursos
ao exterior para que cheguem
às mãos dos credores da dívi-
da reestruturada.
"A Argentina paga as obri-
gações financeiras decorren-
tes do contrato. Portanto, a in-
timação da República Argenti-
na através da notificação for-
mal correspondente (ao BNY
Mellon) é para que cada agen-
te envolvido na operação de
pagamento assuma suas res-
ponsabilidades", afirmou Ca-
pitanich.
Consequências
A perspectiva de aprofun-
damento da turbulência eco-
nômica na Argentina, caso se
confirme a possibilidade de
um novo calote da dívida ex-
terna do país, causa apreen-
são pelos efeitos que pode tra-
zer para o Brasil. De acordo
com analistas, uma reedição
do default de 2001 traria des-
confiança e restringiria ao ex-
tremo o crédito para os argen-
tinos. O financiamento de ex-
portações e importações seria
prejudicado. Haveria piora de
uma situação já evidenciada
há alguns meses na balança
comercial brasileira: a retra-
ção no fluxo comercial com o
país vizinho, um dos principais
parceiros do Brasil, e dificulda-
de em compensar, direcio-
nando as vendas para outros
m e rc a d o s .
Após o calote de sua dívida
há 13 anos, a Argentina rene-
gociou com 93% dos credo-
res No último dia 26, o país
depositou US$ 1 bilhão desti-
nados a pagar quem aceitou
a reestruturação. Entretan-
to, o juiz americano Thomas
Griesa ordenou a restituição
da verba ao país, entenden-
do que os argentinos devem
pagar primeiro a fundos es-
peculativos, conhecidos co-
mo fundos abutres, que re-
clamam 100% do valor nomi-
nal dos títulos. Para evitar um
default, os argentinos preci-
sam negociar com esses fun-
dos. (Agências)
20 DIÁRIO DO COMÉRCIO sábado, domingo e segunda-feira, 5, 6 e 7 de julho de 2014
FIQUE POR DENTRO
Angela Crespo é jornalista especializada em consumo; e-mail:[email protected]
A gestão da plataforma é de responsabilidade dos Procons
Consumidor é condenado a pagarconsumo realizado em “gato”
INFORMAÇÃO
Discute-se na Câmara Federal o Projeto de Lei 6985/13,
que obriga fabricantes de alimentos industrializados a
informarem sobre a presença ou a ausência de sal na
composição. Pelo texto do deputado Fábio Reis (PMDB-SE),
conforme informa a Agência Câmara, os rótulos e a bula
desses produtos também deverão conter a inscrição
“contém sal” ou “não contém sal”, além de mencionar as
quantidades. “Considerando o alto nível de produtos
industrializados consumidos pelo brasileiro, é
imprescindível que sejam fornecidas as informações
necessárias para que saibam o que estão ingerindo”,
argumenta o autor da proposta.
PROCESSADAS
O QUE DIZ O CDC
O SITE CONSUMIDOR.G O V.BR
JÁ ESTÁ NO AR E AS EMPRESAS
PRECISAM SE CADASTRAR
PA R A TER ACESSO ÀS QUEIXAS
DE SEUS CLIENTES
Empresas já recebem reclamaçõespela ferramenta do governo
Já está em funcionamento
o s i te w w w. c o n s u m i-d o r. g o v. b r , plataforma de-
senvolvida pelo governo
federal para servir como inter-
mediador de conflito entre
consumidores e fornecedo-
res. Será também utilizado pa-
ra gerar informações essen-
ciais à elaboração e imple-
mentação de políticas públi-
cas de defesa do consumidor e
incentivar a competitividade
no mercado pela melhoria da
qualidade e do atendimento
ao consumidor.
O funcionamento é parecido
com o do Reclame Aqui: o con-
sumidor registra a reclamação
e ela vai direto para a empresa
reclamada (desde que tenha
aderido ao sistema), que tem
um prazo para responder na
mesma ferramenta. O governo
quer com esse novo canal de
reclamação reduzir as deman-
das que chegam aos Procons e
ao Judiciário e, para tanto, vem
atuando firmemente na divul-
gação com propaganda nos
meios de comunicação (inclu-
sive tevê e rádio), explicando a
quem está do lado de fora do
balcão como usar a nova ferra-
menta.
Participar ou não? – A grande
questão para as empresas é se
eles devem ou não participar
dessa iniciativa, uma vez que
a adesão é voluntária. Alguns
advogados que atuam pelas
empresas nas contendas de
consumo recomendam caute-
la; dizem que é de bom tom
aguardar para saber se a nova
ferramenta vai vingar e só en-
tão assinar o termo de adesão.
Caso ela se popularize entre
os cidadãos brasileiros, esses
mesmos advogados são cate-
góricos em afirmar que aí não
vai dar para nenhuma compa-
nhia ficar de fora.
Luiz Guilherme Mendes Bar-
reto, advogado e sócio do es-
critório Mendes Barreto e Sou-
za Leite Advogados, de São
Paulo, vem orientando seus
clientes a não aderirem ime-
diatamente. “Se a plataforma
for uma ferramenta efetiva na
conciliação de conflitos de
consumo, aí não haverá por
que não aderir. Mas não co-
nheço ainda o termo de ade-
são; ele não está disponível no
site e me preocupa que todo o
processo gira em torno do
cliente. Ou seja, a palavra final
do consumidor será a base pa-
ra os relatórios que serão di-
vulgados com os dados cadas-
trados na consumidor.gov.br”
Já para o advogado Vinícius
Zwarg, especialista em defesa
do consumidor do escritório
Emerenciano, Baggio e Asso-
ciados e que já atuou no Procon-
SP, o consumidor.gov.br é ape-
nas mais uma forma de aperfei-
çoar o mercado de consumo.
“As empresas sérias cuidam
bem de seus clientes e procu-
ram resolver da forma mais efi-
ciente possível os conflitos.
Elas não têm por que ficarem de
fora dessa iniciativa.”
Zwarg também tem um
olhar crítico sobre a platafor-
ma recém-lançada: “É mais
uma ferramenta para resolver
problemas não solucionados;
as mesmas queixas que che-
gam aos Procons, ao Judiciário
e que a internet já vinha possi-
bilitando que os consumido-
res opinassem.” Para o advo-
gado, esses novos canais fa-
Um consumidor de Goiás terá de ressarcir a Celg
Distribuição em R$ 10.180,83, referente a
17.159 kWh de energia elétrica que consumiu
de forma irregular. A decisão é do Tribunal de Justiça de
Goiás, que negou recurso
interposto pelo réu questionando
a decisão em Primeiro Grau.
Na ação, ele alegou que a
companhia de energia elétrica
queria obrigá-lo a pagar por um
consumo que não havia realizado,
entretanto não conseguiu provar
que as fraudes no medidor de
energia não foram realizados por
ele. Desvio de energia por “g a t o”
contraria a Resolução 456/2000
da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Segundo o magistrado, o desvio ou fraude no
medidor de energia caracteriza em ato ilegal. Para ele,
a partir da análise das provas foi possível verificar que
a concessionária de energia, após realizar inspeção na
unidade consumidora, constatou irregularidade na
medição e instaurou processo administrativo.
De acordo com o juiz, como o consumidor não
comprovou se era ou não o responsável pelo
adulteração do equipamento, pode-se concluir que as
provas se amparam de forma segura e incontesta
conforme o pedido inicial. "Não vejo elementos
capazes de desconstituir o direito de cobrança levado
pela concessionária, por não haver prova que isente a
responsabilidade do consumidor", afirmou. O juiz
considerou inegável a materialidade da violação do
medidor, comprovada durante o processo
administrativo e salientou que "a empresa tomou as
medidas cabíveis devido a fraude no medidor".
Fonte: Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO)
Duas redes varejistas – Fast Shop e Lojas Insinuante – terão
de responder a processos administrativos por suspeita
de venda irregular de seguros. As duas empresas incluíam
automaticamente seguros de garantia estendida na venda
de eletrodomésticos sem informar ou pedir autorização ao
consumidor, prática considerada abusiva. Os processos
foram abertos pela Secretaria Nacional do Consumidor do
Ministério da Justiça (Senacon/MJ), por meio do
Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC)
com base em denúncias registradas por órgãos de defesa do
consumidor. Foi realizada uma investigação e se encontrou
indícios da prática. As empresas terão dez dias para
apresentar defesa. Caso sejam condenadas, poderão pagar
multa de até R$ 7 milhões.
Artigo 4ºA Política Nacional das Rela-
ções de Consumo tem por obje-
tivo o atendimento das neces-
sidades dos consumidores, o
respeito à sua dignidade, saú-
de e segurança, a proteção de
seus interesses econômicos, a
melhoria da sua qualidade de
vida, bem como a transparên-
cia e harmonia das relações de
consumo, atendidos os seguin-
tes princípios: (Redação dada
p e l a L e i n º 9 . 0 0 8 , d e
21.3.1995)
I - reconhecimento da vulne-
rabilidade do consumidor no
mercado de consumo;
II - ação governamental no
sentido de proteger efetiva-
mente o consumidor:
a) por iniciativa direta;
b) por incentivos à criação e
desenvolvimento de associa-
ções representativas;
c) pela presença do Estado
no mercado de consumo;
d) pela garantia dos produ-
tos e serviços com padrões
adequados de qualidade, se-
gurança, durabilidade e de-
s e m p e n h o.
III - harmonização dos inte-
resses dos participantes das
relações de consumo e compa-
tibilização da proteção do con-
sumidor com a necessidade de
desenvolvimento econômico e
tecnológico, de modo a viabili-
zar os princípios nos quais se
funda a ordem econômica (art.
170, da Constituição Federal),
sempre com base na boa-fé e
equilíbrio nas relações entre
consumidores e fornecedores;
IV - educação e informação
de fornecedores e consumido-
res, quanto aos seus direitos e
deveres, com vistas à melhoria
do mercado de consumo;
V - incentivo à criação pelos
fornecedores de meios eficien-
tes de controle de qualidade e
segurança de produtos e servi-
ços, assim como de mecanis-
mos alternativos de solução de
conflitos de consumo;
VI - coibição e repressão efi-
cientes de todos os abusos pra-
ticados no mercado de consu-
mo, inclusive a concorrência
desleal e utilização indevida de
inventos e criações industriais
das marcas e nomes comer-
ciais e signos distintivos, que
possam causar prejuízos aos
c o n s u m i d o re s ;
VII - racionalização e melho-
ria dos serviços públicos;
VIII - estudo constante das
modificações do mercado de
c o n s u m o.
zem parte de um novo cenário
de consumo.
Oficial – A Secretaria Nacio-
nal do Consumidor do Ministé-
rio da Justiça (Senacon/MJ),
responsável pela nova ferra-
menta, diz “se tratar de um
serviço provido e mantido pe-
lo Estado, com ênfase na inte-
ratividade entre consumido-
res e fornecedores para redu-
ção de conflitos de consumo.”
Ela integra o Plano Nacional de
Consumo e Cidadania (Plan-
dec), apresentado pela Presi-
dência da República em 15 de
março do ano passado, e tem
como objetivo a promoção da
proteção e defesa dos consu-
midores em todo o território
nacional, por meio da integra-
ção e articulação de políticas,
programas e ações.
A participação de empresas
só será permitida após a ade-
são formal ao serviço, median-
te assinatura de termo no qual
se comprometem em conhe-
cer, analisar e investir todos os
esforços disponíveis para a so-
lução dos problemas apresen-
tados. As empresas interessa-
das em aderir ao consumi-
dor.gov.br devem preencher o
formulário de proposta de ade-
são e enviá-lo à Senacon pelo
e -ma i l cadas t ro . empre-
[email protected]. Todas
as explicações podem ser
acessadas pelo site w ww.c o n s u m i d o r. g o v. b r .
Pouco mais de 100 empresas já constam da
lista de participantes do
consumidor.gov.br. Elas são de vários setores,
como administradoras de consórcios,
agências de viagens, bancos, financeiras,
cartões de crédito, companhias aéreas,
comércio eletrônico, seguradoras, operadoras
de planos de saúde, de telecomunicações, etc.
Cabe ao Procon de cada localidade monitorar
as postagens das queixas de consumidores e
as respostas das empresas. “Os Procons são os
gestores dessa plataforma. Enxergamos o que
o consumidor postou, o que a empresa
respondeu e a avaliação final do consumidor.
Caso seja necessário, podemos fazer uma
i n t e r v e n ç ã o”, resume Selma do Amaral,
diretora de Atendimento do Procon-SP. Ela
destaca alguns exemplos de intervenção:
“Uma empresa pode receber uma
demanda que não é dela ou de uma questão
sob judice. O Procon vai analisar casos como
esses e outros e mostrar como
o consumidor poderá agir.”
No site do órgão público de defesa do
consumidor paulista ainda não há um link
direto para o consumidor acessar a nova
plataforma, a exemplo de Procons de outras
localidades, mas Selma do Amaral garante
que em breve o link estará disponível.
Mesmo assim, em apenas dois dias de
acesso à ferramenta, o Procon-SP já
contabilizava quase 850 registros no
consumidor.gov.br só de consumidores
paulistas.
Uma das expectativas do Procon-SP é que
essa ferramenta possibilite a redução de
demandas diretas, liberando a instituição
para atuar em medidas de âmbito coletivo,
para traçar políticas públicas. “Não basta as
empresas aderirem. Tem de haver
comprometimento, uma vez que o
consumidor.gov.br é um serviço de utilidade
pública e o que ‘t r a n s b o rd a r ’ dos Serviços de
Atendimento ao Consumidor (SACs) das
empresas vai parar nesta plataforma.
Deixaremos de fazer o papel de SAC das
empresas para nos dedicarmos a questões
mais polêmicas das relações de consumo.”
A diretora de Atendimento do Procon-SP
ressalta que a ferramenta atende os
princípios do Código de Defesa do
Consumidor (CDC) na questão da política
nacional de defesa do consumidor, que é
incentivar a criação pelos fornecedores de
meios de solução de conflitos (artigo 4º,
inciso V).