Direito Constitucional - Fcc - Apostila Basica - Todos Os Cargos

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    CURSO CERS

    DIREITO CONSTITUCIONAL

    PROF. ROMOALDO REIS GOULART

    MATERIAL DE APOIO

    OBJETIVO: Caros alunos, trata-se de um material simples, porm de grande utilidade,pois procuramos apontar os principais dispositivos cobrados nos concursos da FCC edisponibilizar questes referentes ao tema. Mais dicas teis, alm de simulados e comentriospodero ser encontrados em nosso facebook (ROMOALDO GOULART), assim comodiretamente nositede nosso curso (CERS). Um grande abrao a todos e estamos juntos rumo vitria.

    DESTINATRIOS:

    PARA OS CARGOS DE ANALISTA JUDICIRIO

    TCNICO JUDICIRIO

    E A TODOS QUE FARO PROVAS DA FUNDAO CARLOS CHAGAS - FCC

    PROGRAMANoes de Direito Constitucional:

    - Princpios Fundamentais.- Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.- Nacionalidade e Direitos Polticos.- Organizao Poltico-Administrativa.- Administrao Pblica.- Servidores Pblicos.- Poder Judicirio e Funes Essenciais Justia

    LEGISLAO

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    Dos Princpios Fundamentais

    Art. 1 A Repblica Federativa do Brasil, formada pela unio indissolvel dos Estados eMunicpios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrtico de Direito e tem comofundamentos:

    I - a soberania;II - a cidadania;III - a dignidade da pessoa humana;IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;V - o pluralismo poltico.Pargrafo nico. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitosou diretamente, nos termos desta Constituio.Art. 2 So Poderes da Unio, independentes e harmnicos entre si, o Legislativo, o Executivo eo Judicirio.Art. 3 Constituem objetivos fundamentais da Repblica Federativa do Brasil:I - construir uma sociedade livre, justa e solidria;

    II - garantir o desenvolvimento nacional;III - erradicar a pobreza e a marginalizao e reduzir as desigualdades sociais e regionais;IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raa, sexo, cor, idade e quaisqueroutras formas de discriminao.Art. 4 A Repblica Federativa do Brasil rege-se nas suas relaes internacionais pelos seguintesprincpios:I - independncia nacional;II - prevalncia dos direitos humanos;III - autodeterminao dos povos;IV - no-interveno;V - igualdade entre os Estados;

    VI - defesa da paz;VII - soluo pacfica dos conflitos;VIII - repdio ao terrorismo e ao racismo;IX - cooperao entre os povos para o progresso da humanidade;X - concesso de asilo poltico.Pargrafo nico. A Repblica Federativa do Brasil buscar a integrao econmica, poltica,social e cultural dos povos da Amrica Latina, visando formao de uma comunidade latino-americana de naes.

    DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

    Art. 5 Todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza, garantindo-se aosbrasileiros e aos estrangeiros residentes no Pas a inviolabilidade do direito vida, liberdade, igualdade, segurana e propriedade, nos termos seguintes:I - homens e mulheres so iguais em direitos e obrigaes, nos termos desta Constituio;II - ningum ser obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa seno em virtude de lei;

    III - ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;

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    XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela famlia,no ser objeto de penhora para pagamento de dbitos decorrentes de sua atividade produtiva,dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento;XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilizao, publicao ou reproduo de suasobras, transmissvel aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

    XXVIII - so assegurados, nos termos da lei:a) a proteo s participaes individuais em obras coletivas e reproduo da imagem e vozhumanas, inclusive nas atividades desportivas;b) o direito de fiscalizao do aproveitamento econmico das obras que criarem ou de queparticiparem aos criadores, aos intrpretes e s respectivas representaes sindicais eassociativas;XXIX - a lei assegurar aos autores de inventos industriais privilgio temporrio para suautilizao, bem como proteo s criaes industriais, propriedade das marcas, aos nomes deempresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimentotecnolgico e econmico do Pas;XXX - garantido o direito de herana;

    XXXI - a sucesso de bens de estrangeiros situados no Pas ser regulada pela lei brasileira embenefcio do cnjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que no lhes seja mais favorvel a leipessoal do "de cujus";XXXII - o Estado promover, na forma da lei, a defesa do consumidor;XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seu interesse particular,ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas no prazo da lei, sob pena deresponsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindvel segurana da sociedade edo Estado; (Regulamento)XXXIV - so a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:a) o direito de petio aos Poderes Pblicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abusode poder;

    b) a obteno de certides em reparties pblicas, para defesa de direitos e esclarecimento desituaes de interesse pessoal;XXXV - a lei no excluir da apreciao do Poder Judicirio leso ou ameaa a direito;XXXVI - a lei no prejudicar o direito adquirido, o ato jurdico perfeito e a coisa julgada;XXXVII - no haver juzo ou tribunal de exceo;XXXVIII - reconhecida a instituio do jri, com a organizao que lhe der a lei, assegurados:a) a plenitude de defesa;b) o sigilo das votaes;c) a soberania dos veredictos;d) a competncia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;XXXIX - no h crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prvia cominao legal;XL - a lei penal no retroagir, salvo para beneficiar o ru;XLI - a lei punir qualquer discriminao atentatria dos direitos e liberdades fundamentais;XLII - a prtica do racismo constitui crime inafianvel e imprescritvel, sujeito pena derecluso, nos termos da lei;XLIII - a lei considerar crimes inafianveis e insuscetveis de graa ou anistia a prtica datortura , o trfico ilcito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimeshediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evit-los, seomitirem;

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    XLIV - constitui crime inafianvel e imprescritvel a ao de grupos armados, civis oumilitares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrtico;XLV - nenhuma pena passar da pessoa do condenado, podendo a obrigao de reparar o dano ea decretao do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra elesexecutadas, at o limite do valor do patrimnio transferido;

    XLVI - a lei regular a individualizao da pena e adotar, entre outras, as seguintes:a) privao ou restrio da liberdade;b) perda de bens;c) multa;d) prestao social alternativa;e) suspenso ou interdio de direitos;XLVII - no haver penas:a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;b) de carter perptuo;c) de trabalhos forados;d) de banimento;

    e) cruis;XLVIII - a pena ser cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza dodelito, a idade e o sexo do apenado;XLIX - assegurado aos presos o respeito integridade fsica e moral;L - s presidirias sero asseguradas condies para que possam permanecer com seus filhosdurante o perodo de amamentao;LI - nenhum brasileiro ser extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,praticado antes da naturalizao, ou de comprovado envolvimento em trfico ilcito deentorpecentes e drogas afins, na forma da lei;LII - no ser concedida extradio de estrangeiro por crime poltico ou de opinio;LIII - ningum ser processado nem sentenciado seno pela autoridade competente;

    LIV - ningum ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral soassegurados o contraditrio e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;LVI - so inadmissveis, no processo, as provas obtidas por meios ilcitos;LVII - ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penalcondenatria;LVIII - o civilmente identificado no ser submetido a identificao criminal, salvo nas hiptesesprevistas em lei; (Regulamento).LIX - ser admitida ao privada nos crimes de ao pblica, se esta no for intentada no prazolegal;LX - a lei s poder restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidadeou o interesse social o exigirem;LXI - ningum ser preso seno em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada deautoridade judiciria competente, salvo nos casos de transgresso militar ou crime propriamentemilitar, definidos em lei;LXII - a priso de qualquer pessoa e o local onde se encontre sero comunicados imediatamenteao juiz competente e famlia do preso ou pessoa por ele indicada;LXIII - o preso ser informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lheassegurada a assistncia da famlia e de advogado;

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    LXIV - o preso tem direito identificao dos responsveis por sua priso ou por seuinterrogatrio policial;LXV - a priso ilegal ser imediatamente relaxada pela autoridade judiciria;LXVI - ningum ser levado priso ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdadeprovisria, com ou sem fiana;

    LXVII - no haver priso civil por dvida, salvo a do responsvel pelo inadimplementovoluntrio e inescusvel de obrigao alimentcia e a do depositrio infiel;LXVIII - conceder-se- "habeas-corpus" sempre que algum sofrer ou se achar ameaado desofrer violncia ou coao em sua liberdade de locomoo, por ilegalidade ou abuso de poder;LXIX - conceder-se- mandado de segurana para proteger direito lquido e certo, no amparadopor "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsvel pela ilegalidade ou abuso de poderfor autoridade pblica ou agente de pessoa jurdica no exerccio de atribuies do Poder Pblico;LXX - o mandado de segurana coletivo pode ser impetrado por:a) partido poltico com representao no Congresso Nacional;b) organizao sindical, entidade de classe ou associao legalmente constituda e emfuncionamento h pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

    LXXI - conceder-se- mandado de injuno sempre que a falta de norma regulamentadora torneinvivel o exerccio dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes nacionalidade, soberania e cidadania;LXXII - conceder-se- "habeas-data":a) para assegurar o conhecimento de informaes relativas pessoa do impetrante, constantes deregistros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de carter pblico;b) para a retificao de dados, quando no se prefira faz-lo por processo sigiloso, judicial ouadministrativo;LXXIII - qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivoao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, aomeio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m-f,

    isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia;LXXIV - o Estado prestar assistncia jurdica integral e gratuita aos que comprovareminsuficincia de recursos;LXXV - o Estado indenizar o condenado por erro judicirio, assim como o que ficar preso almdo tempo fixado na sentena;LXXVI - so gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei:a) o registro civil de nascimento;b) a certido de bito;LXXVII - so gratuitas as aes de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atosnecessrios ao exerccio da cidadania. (Regulamento)LXXVIII a todos, no mbito judicial e administrativo, so assegurados a razovel durao doprocesso e os meios que garantam a celeridade de sua tramitao. (Includo pela EmendaConstitucional n 45, de 2004) 1 - As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais tm aplicao imediata. 2 - Os direitos e garantias expressos nesta Constituio no excluem outros decorrentes doregime e dos princpios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a RepblicaFederativa do Brasil seja parte. 3 Os tratados e convenes internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, emcada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trs quintos dos votos dos respectivos

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    membros, sero equivalentes s emendas constitucionais. (Includo pela Emenda Constitucionaln 45, de 2004)(Atos aprovados na forma deste pargrafo) 4 O Brasil se submete jurisdio de Tribunal Penal Internacional a cuja criao tenhamanifestado adeso. (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    DOS DIREITOS SOCIAIS

    Art. 6 So direitos sociais a educao, a sade, a alimentao, o trabalho, a moradia, o lazer, asegurana, a previdncia social, a proteo maternidade e infncia, a assistncia aosdesamparados, na forma desta Constituio. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 64,de 2010)Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria desua condio social:I - relao de emprego protegida contra despedida arbitrria ou sem justa causa, nos termos de leicomplementar, que prever indenizao compensatria, dentre outros direitos;

    II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntrio;III - fundo de garantia do tempo de servio;IV - salrio mnimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suasnecessidades vitais bsicas e s de sua famlia com moradia, alimentao, educao, sade, lazer,vesturio, higiene, transporte e previdncia social, com reajustes peridicos que lhe preservem opoder aquisitivo, sendo vedada sua vinculao para qualquer fim;V - piso salarial proporcional extenso e complexidade do trabalho;VI - irredutibilidade do salrio, salvo o disposto em conveno ou acordo coletivo;VII - garantia de salrio, nunca inferior ao mnimo, para os que percebem remunerao varivel;VIII - dcimo terceiro salrio com base na remunerao integral ou no valor da aposentadoria;IX - remunerao do trabalho noturno superior do diurno;

    X - proteo do salrio na forma da lei, constituindo crime sua reteno dolosa;XI - participao nos lucros, ou resultados, desvinculada da remunerao, e, excepcionalmente,participao na gesto da empresa, conforme definido em lei;XII - salrio-famlia pago em razo do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos dalei;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 1998)XIII - durao do trabalho normal no superior a oito horas dirias e quarenta e quatro semanais,facultada a compensao de horrios e a reduo da jornada, mediante acordo ou convenocoletiva de trabalho; (vide Decreto-Lei n 5.452, de 1943)XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento,salvo negociao coletiva;XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;XVI - remunerao do servio extraordinrio superior, no mnimo, em cinqenta por cento donormal; (Vide Del 5.452, art. 59 1)XVII - gozo de frias anuais remuneradas com, pelo menos, um tero a mais do que o salrionormal;XVIII - licena gestante, sem prejuzo do emprego e do salrio, com a durao de cento e vintedias;XIX - licena-paternidade, nos termos fixados em lei;

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    XX - proteo do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos especficos, nos termos dalei;XXI - aviso prvio proporcional ao tempo de servio, sendo no mnimo de trinta dias, nos termosda lei;XXII - reduo dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de sade, higiene e

    segurana;XXIII - adicional de remunerao para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na formada lei;XXIV - aposentadoria;XXV - assistncia gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento at 5 (cinco) anos deidade em creches e pr-escolas; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 53, de 2006)XXVI - reconhecimento das convenes e acordos coletivos de trabalho;XXVII - proteo em face da automao, na forma da lei;XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenizaoa que este est obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;XXIX - ao, quanto aos crditos resultantes das relaes de trabalho, com prazo prescricional

    de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, at o limite de dois anos aps a extino docontrato de trabalho;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 28, de 25/05/2000)XXX - proibio de diferena de salrios, de exerccio de funes e de critrio de admisso pormotivo de sexo, idade, cor ou estado civil;XXXI - proibio de qualquer discriminao no tocante a salrio e critrios de admisso dotrabalhador portador de deficincia;XXXII - proibio de distino entre trabalho manual, tcnico e intelectual ou entre osprofissionais respectivos;XXXIII - proibio de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e dequalquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condio de aprendiz, a partir dequatorze anos; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 1998)

    XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vnculo empregatcio permanente e otrabalhador avulso.Pargrafo nico. So assegurados categoria dos trabalhadores domsticos os direitos previstosnos incisos IV, VI, VIII, XV, XVII, XVIII, XIX, XXI e XXIV, bem como a sua integrao previdncia social.Art. 8 livre a associao profissional ou sindical, observado o seguinte:I - a lei no poder exigir autorizao do Estado para a fundao de sindicato, ressalvado oregistro no rgo competente, vedadas ao Poder Pblico a interferncia e a interveno naorganizao sindical;II - vedada a criao de mais de uma organizao sindical, em qualquer grau, representativa decategoria profissional ou econmica, na mesma base territorial, que ser definida pelostrabalhadores ou empregadores interessados, no podendo ser inferior rea de um Municpio;III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria,inclusive em questes judiciais ou administrativas;IV - a assemblia geral fixar a contribuio que, em se tratando de categoria profissional, serdescontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representao sindical respectiva,independentemente da contribuio prevista em lei;V - ningum ser obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;VI - obrigatria a participao dos sindicatos nas negociaes coletivas de trabalho;

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    VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizaes sindicais;VIII - vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargode direo ou representao sindical e, se eleito, ainda que suplente, at um ano aps o final domandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.Pargrafo nico. As disposies deste artigo aplicam-se organizao de sindicatos rurais e de

    colnias de pescadores, atendidas as condies que a lei estabelecer.Art. 9 assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre aoportunidade de exerc-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender. 1 - A lei definir os servios ou atividades essenciais e dispor sobre o atendimento dasnecessidades inadiveis da comunidade. 2 - Os abusos cometidos sujeitam os responsveis s penas da lei.Art. 10. assegurada a participao dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos rgospblicos em que seus interesses profissionais ou previdencirios sejam objeto de discusso edeliberao.Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, assegurada a eleio de umrepresentante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os

    empregadores.

    DA NACIONALIDADE

    Art. 12. So brasileiros:I - natos:a) os nascidos na Repblica Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estesno estejam a servio de seu pas;b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou me brasileira, desde que qualquer deles estejaa servio da Repblica Federativa do Brasil;

    c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de me brasileira, desde que sejam registradosem repartio brasileira competente ou venham a residir na Repblica Federativa do Brasil eoptem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 54, de 2007)II - naturalizados:>a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originrios de pasesde lngua portuguesa apenas residncia por um ano ininterrupto e idoneidade moral;b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na Repblica Federativa do Brasil hmais de quinze anos ininterruptos e sem condenao penal, desde que requeiram a nacionalidadebrasileira.(Redao dada pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994) 1 Aos portugueses com residncia permanente no Pas, se houver reciprocidade em favor debrasileiros, sero atribudos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nestaConstituio.(Redao dada pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994) 2 - A lei no poder estabelecer distino entre brasileiros natos e naturalizados, salvo noscasos previstos nesta Constituio. 3 - So privativos de brasileiro nato os cargos:I - de Presidente e Vice-Presidente da Repblica;II - de Presidente da Cmara dos Deputados;III - de Presidente do Senado Federal;

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    IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;V - da carreira diplomtica;VI - de oficial das Foras Armadas.VII - de Ministro de Estado da Defesa(Includo pela Emenda Constitucional n 23, de 1999) 4 - Ser declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:

    I - tiver cancelada sua naturalizao, por sentena judicial, em virtude de atividade nociva aointeresse nacional;II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (Redao dada pela Emenda Constitucional deReviso n 3, de 1994)a) de reconhecimento de nacionalidade originria pela lei estrangeira; (Includo pela EmendaConstitucional de Reviso n 3, de 1994)b) de imposio de naturalizao, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estadoestrangeiro, como condio para permanncia em seu territrio ou para o exerccio de direitoscivis; (Includo pela Emenda Constitucional de Reviso n 3, de 1994)Art. 13. A lngua portuguesa o idioma oficial da Repblica Federativa do Brasil. 1 - So smbolos da Repblica Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o selo

    nacionais. 2 - Os Estados, o Distrito Federal e os Municpios podero ter smbolos prprios.

    DOS DIREITOS POLTICOS

    Art. 14. A soberania popular ser exercida pelo sufrgio universal e pelo voto direto e secreto,com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:I - plebiscito;II - referendo;III - iniciativa popular.

    1 - O alistamento eleitoral e o voto so:I - obrigatrios para os maiores de dezoito anos;II - facultativos para:a) os analfabetos;b) os maiores de setenta anos;c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 2 - No podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o perodo do servio militarobrigatrio, os conscritos. 3 - So condies de elegibilidade, na forma da lei:I - a nacionalidade brasileira;II - o pleno exerccio dos direitos polticos;III - o alistamento eleitoral;IV - o domiclio eleitoral na circunscrio;V - a filiao partidria; RegulamentoVI - a idade mnima de:a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Repblica e Senador;b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;

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    d) dezoito anos para Vereador. 4 - So inelegveis os inalistveis e os analfabetos. 5 O Presidente da Repblica, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos equem os houver sucedido, ou substitudo no curso dos mandatos podero ser reeleitos para umnico perodo subseqente.(Redao dada pela Emenda Constitucional n 16, de 1997)

    6 - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repblica, os Governadores de Estado edo Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos at seis meses antesdo pleito. 7 - So inelegveis, no territrio de jurisdio do titular, o cnjuge e os parentesconsangneos ou afins, at o segundo grau ou por adoo, do Presidente da Repblica, deGovernador de Estado ou Territrio, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os hajasubstitudo dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se j titular de mandato eletivo ecandidato reeleio. 8 - O militar alistvel elegvel, atendidas as seguintes condies:I - se contar menos de dez anos de servio, dever afastar-se da atividade;II - se contar mais de dez anos de servio, ser agregado pela autoridade superior e, se eleito,

    passar automaticamente, no ato da diplomao, para a inatividade. 9 Lei complementar estabelecer outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessao, afim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exerccio de mandato consideradavida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleies contra a influncia dopoder econmico ou o abuso do exerccio de funo, cargo ou emprego na administrao diretaou indireta. (Redao dada pela Emenda Constitucional de Reviso n 4, de 1994) 10 - O mandato eletivo poder ser impugnado ante a Justia Eleitoral no prazo de quinze diascontados da diplomao, instruda a ao com provas de abuso do poder econmico, corrupoou fraude. 11 - A ao de impugnao de mandato tramitar em segredo de justia, respondendo o autor,na forma da lei, se temerria ou de manifesta m-f.

    Art. 15. vedada a cassao de direitos polticos, cuja perda ou suspenso s se dar nos casosde:I - cancelamento da naturalizao por sentena transitada em julgado;II - incapacidade civil absoluta;III - condenao criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;IV - recusa de cumprir obrigao a todos imposta ou prestao alternativa, nos termos do art. 5,VIII;V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, 4.Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrar em vigor na data de sua publicao, no seaplicando eleio que ocorra at um ano da data de sua vigncia. (Redao dada pela EmendaConstitucional n 4, de 1993)

    ORGANIZAO POLTICO-ADMINISTRATIVA

    Art. 18. A organizao poltico-administrativa da Repblica Federativa do Brasil compreende aUnio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, todos autnomos, nos termos destaConstituio. 1 - Braslia a Capital Federal.

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    2 - Os Territrios Federais integram a Unio, e sua criao, transformao em Estado oureintegrao ao Estado de origem sero reguladas em lei complementar. 3 - Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para seanexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territrios Federais, mediante aprovao dapopulao diretamente interessada, atravs de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei

    complementar. 4 A criao, a incorporao, a fuso e o desmembramento de Municpios, far-se-o por leiestadual, dentro do perodo determinado por Lei Complementar Federal, e dependero deconsulta prvia, mediante plebiscito, s populaes dos Municpios envolvidos, aps divulgaodos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.(Redao dadapela Emenda Constitucional n 15, de 1996)Vide art. 96 - ADCTArt. 19. vedado Unio, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios:I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencion-los, embaraar-lhes o funcionamento oumanter com eles ou seus representantes relaes de dependncia ou aliana, ressalvada, na formada lei, a colaborao de interesse pblico;II - recusar f aos documentos pblicos;

    III - criar distines entre brasileiros ou preferncias entre si.

    ADMINISTRAO PBLICA

    Art. 37. A administrao pblica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unio, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municpios obedecer aos princpios de legalidade,impessoalidade, moralidade, publicidade e eficincia e, tambm, ao seguinte: (Redao dada pelaEmenda Constitucional n 19, de 1998)I - os cargos, empregos e funes pblicas so acessveis aos brasileiros que preencham osrequisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redao dada pela

    Emenda Constitucional n 19, de 1998)II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovao prvia em concursopblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ouemprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declaradoem lei de livre nomeao e exonerao; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de1998)III - o prazo de validade do concurso pblico ser de at dois anos, prorrogvel uma vez, porigual perodo;IV - durante o prazo improrrogvel previsto no edital de convocao, aquele aprovado emconcurso pblico de provas ou de provas e ttulos ser convocado com prioridade sobre novosconcursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;V - as funes de confiana, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo,e os cargos em comisso, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condies epercentuais mnimos previstos em lei, destinam-se apenas s atribuies de direo, chefia eassessoramento;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)VI - garantido ao servidor pblico civil o direito livre associao sindical;VII - o direito de greve ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei especfica;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

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    VIII - a lei reservar percentual dos cargos e empregos pblicos para as pessoas portadoras dedeficincia e definir os critrios de sua admisso;IX - a lei estabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender a necessidadetemporria de excepcional interesse pblico;X - a remunerao dos servidores pblicos e o subsdio de que trata o 4 do art. 39 somente

    podero ser fixados ou alterados por lei especfica, observada a iniciativa privativa em cada caso,assegurada reviso geral anual, sempre na mesma data e sem distino de ndices; (Redao dadapela Emenda Constitucional n 19, de 1998)(Regulamento)XI - a remunerao e o subsdio dos ocupantes de cargos, funes e empregos pblicos daadministrao direta, autrquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da Unio,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, dos detentores de mandato eletivo e dosdemais agentes polticos e os proventos, penses ou outra espcie remuneratria, percebidoscumulativamente ou no, includas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, nopodero exceder o subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,aplicando-se como li-mite, nos Municpios, o subsdio do Prefeito, e nos Estados e no DistritoFederal, o subsdio mensal do Governador no mbito do Poder Executivo, o subsdio dos

    Deputados Estaduais e Distritais no mbito do Poder Legislativo e o sub-sdio dosDesembargadores do Tribunal de Justia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centsimospor cento do subsdio mensal, em espcie, dos Ministros do Supremo Tri-bunal Federal, nombito do Poder Judicirio, aplicvel este limite aos membros do Ministrio Pblico, aosProcuradores e aos Defensores Pblicos; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 41,19.12.2003)XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judicirio no podero sersuperiores aos pagos pelo Poder Executivo;XIII - vedada a vinculao ou equiparao de quaisquer espcies remuneratrias para o efeitode remunerao de pessoal do servio pblico; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19,de 1998)

    XIV - os acrscimos pecunirios percebidos por servidor pblico no sero computados nemacumulados para fins de concesso de acrscimos ulteriores; (Redao dada pela EmendaConstitucional n 19, de 1998)XV - o subsdio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos pblicos so irredutveis,ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, 4, 150, II, 153, III, e153, 2, I; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)XVI - vedada a acumulao remunerada de cargos pblicos, exceto, quando houvercompatibilidade de horrios, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. (Redao dadapela Emenda Constitucional n 19, de 1998)a) a de dois cargos de professor; (Includa pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)b) a de um cargo de professor com outro tcnico ou cientfico; (Includa pela EmendaConstitucional n 19, de 1998)c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de sade, com profissesregulamentadas; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 34, de 2001)XVII - a proibio de acumular estende-se a empregos e funes e abrange autarquias,fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista, suas subsidirias, e sociedadescontroladas, direta ou indiretamente, pelo poder pblico; (Redao dada pela EmendaConstitucional n 19, de 1998)

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    XVIII - a administrao fazendria e seus servidores fiscais tero, dentro de suas reas decompetncia e jurisdio, precedncia sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada a instituio deempresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo lei complementar,neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao; (Redao dada pela Emenda Constitucional n

    19, de 1998)XX - depende de autorizao legislativa, em cada caso, a criao de subsidirias das entidadesmencionadas no inciso anterior, assim como a participao de qualquer delas em empresaprivada;XXI - ressalvados os casos especificados na legislao, as obras, servios, compras e alienaessero contratados mediante processo de licitao pblica que assegure igualdade de condies atodos os concorrentes, com clusulas que estabeleam obrigaes de pagamento, mantidas ascondies efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitir as exigncias dequalificao tcnica e econmica indispensveis garantia do cumprimento das obrigaes.(Regulamento)XXII - as administraes tributrias da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios,

    atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreirasespecficas, tero recursos prioritrios para a realizao de suas atividades e atuaro de formaintegrada, inclusive com o compartilhamento de cadastros e de informaes fiscais, na forma dalei ou convnio. (Includo pela Emenda Constitucional n 42, de 19.12.2003) 1 - A publicidade dos atos, programas, obras, servios e campanhas dos rgos pblicosdever ter carter educativo, informativo ou de orientao social, dela no podendo constarnomes, smbolos ou imagens que caracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidorespblicos. 2 - A no observncia do disposto nos incisos II e III implicar a nulidade do ato e a punioda autoridade responsvel, nos termos da lei. 3 A lei disciplinar as formas de participao do usurio na administrao pblica direta e

    indireta, regulando especialmente: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)I - as reclamaes relativas prestao dos servios pblicos em geral, asseguradas amanuteno de servios de atendimento ao usurio e a avaliao peridica, externa e interna, daqualidade dos servios; (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)II - o acesso dos usurios a registros administrativos e a informaes sobre atos de governo,observado o disposto no art. 5, X e XXXIII; (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de1998)III - a disciplina da representao contra o exerccio negligente ou abusivo de cargo, emprego oufuno na administrao pblica. (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 4 - Os atos de improbidade administrativa importaro a suspenso dos direitos polticos, aperda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio, na forma egradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel. 5 - A lei estabelecer os prazos de prescrio para ilcitos praticados por qualquer agente,servidor ou no, que causem prejuzos ao errio, ressalvadas as respectivas aes deressarcimento. 6 - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privado prestadoras de serviospblicos respondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,assegurado o direito de regresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa.

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    7 A lei dispor sobre os requisitos e as restries ao ocupante de cargo ou emprego daadministrao direta e indireta que possibilite o acesso a informaes privilegiadas. (Includopela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 8 A autonomia gerencial, oramentria e financeira dos rgos e entidades da administraodireta e indireta poder ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores

    e o poder pblico, que tenha por objeto a fixao de metas de desempenho para o rgo ouentidade, cabendo lei dispor sobre: (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)I - o prazo de durao do contrato;II - os controles e critrios de avaliao de desempenho, direitos, obrigaes e responsabilidadedos dirigentes;III - a remunerao do pessoal. 9 O disposto no inciso XI aplica-se s empresas pblicas e s sociedades de economia mista, esuas subsidirias, que receberem recursos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal ou dosMunicpios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. (Includo pelaEmenda Constitucional n 19, de 1998) 10. vedada a percepo simultnea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou

    dos arts. 42 e 142 com a remunerao de cargo, emprego ou funo pblica, ressalvados oscargos acumulveis na forma desta Constituio, os cargos eletivos e os cargos em comissodeclarados em lei de livre nomeao e exonerao.(Includo pela Emenda Constitucional n 20,de 1998) 11. No sero computadas, para efeito dos limites remuneratrios de que trata o inciso XI docaput deste artigo, as parcelas de carter indenizatrio previstas em lei. (Includo pela EmendaConstitucional n 47, de 2005) 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e aoDistrito Federal fixar, em seu mbito, mediante emenda s respectivas Constituies e Lei Orgnica, como limite nico, o subsdio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal deJustia, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centsimos por cento do subsdio mensal dos

    Ministros do Supremo Tribunal Federal, no se aplicando o disposto neste pargrafo aossubsdios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. (Includo pela EmendaConstitucional n 47, de 2005)Art. 38. Ao servidor pblico da administrao direta, autrquica e fundacional, no exerccio demandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposies:(Redao dada pela Emenda Constitucionaln 19, de 1998)I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficar afastado de seu cargo,emprego ou funo;II - investido no mandato de Prefeito, ser afastado do cargo, emprego ou funo, sendo-lhefacultado optar pela sua remunerao;III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horrios, perceber asvantagens de seu cargo, emprego ou funo, sem prejuzo da remunerao do cargo eletivo, e,no havendo compatibilidade, ser aplicada a norma do inciso anterior;IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exerccio de mandato eletivo, seu tempo deservio ser contado para todos os efeitos legais, exceto para promoo por merecimento;V - para efeito de benefcio previdencirio, no caso de afastamento, os valores serodeterminados como se no exerccio estivesse.

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    SERVIDORES PBLICOS

    (Redao dada pela Emenda Constitucional n 18, de 1998)Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro, no mbito de suacompetncia, regime jurdico nico e planos de carreira para os servidores da administrao

    pblica direta, das autarquias e das fundaes pblicas. (Vide ADIN n 2.135-4)Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios instituiro conselho de polticade administrao e remunerao de pessoal, integrado por servidores designados pelosrespectivos Poderes. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)(Vide ADIN n2.135-4) 1 A fixao dos padres de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratrioobservar: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cadacarreira; (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)II - os requisitos para a investidura; (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)III - as peculiaridades dos cargos. (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)

    2 A Unio, os Estados e o Distrito Federal mantero escolas de governo para a formao e oaperfeioamento dos servidores pblicos, constituindo-se a participao nos cursos um dosrequisitos para a promoo na carreira, facultada, para isso, a celebrao de convnios oucontratos entre os entes federados. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 3 Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo pblico o disposto no art. 7, IV, VII, VIII, IX,XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitosdiferenciados de admisso quando a natureza do cargo o exigir. (Includo pela EmendaConstitucional n 19, de 1998) 4 O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os SecretriosEstaduais e Municipais sero remunerados exclusivamente por subsdio fixado em parcela nica,vedado o acrscimo de qualquer gratificao, adicional, abono, prmio, verba de representao

    ou outra espcie remuneratria, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.(Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 5 Lei da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios poder estabelecer a relaoentre a maior e a menor remunerao dos servidores pblicos, obedecido, em qualquer caso, odisposto no art. 37, XI. (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 6 Os Poderes Executivo, Legislativo e Judicirio publicaro anualmente os valores do subsdioe da remunerao dos cargos e empregos pblicos. (Includo pela Emenda Constitucional n 19,de 1998) 7 Lei da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios disciplinar a aplicao derecursos oramentrios provenientes da economia com despesas correntes em cada rgo,autarquia e fundao, para aplicao no desenvolvimento de programas de qualidade eprodutividade, treinamento e desenvolvimento, modernizao, reaparelhamento e racionalizaodo servio pblico, inclusive sob a forma de adicional ou prmio de produtividade. (Includo pelaEmenda Constitucional n 19, de 1998) 8 A remunerao dos servidores pblicos organizados em carreira poder ser fixada nostermos do 4. (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal edos Municpios, includas suas autarquias e fundaes, assegurado regime de previdncia decarter contributivo e solidrio, mediante contribuio do respectivo ente pblico, dos servidores

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    ativos e inativos e dos pensionistas, observados critrios que preservem o equilbrio financeiro eatuarial e o disposto neste artigo. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 41, 19.12.2003) 1 Os servidores abrangidos pelo regime de previdncia de que trata este artigo seroaposentados, calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma dos 3 e 17:(Redao dada pela Emenda Constitucional n 41, 19.12.2003)

    I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuio, excetose decorrente de acidente em servio, molstia profissional ou doena grave, contagiosa ouincurvel, na forma da lei; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 41, 19.12.2003)II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo decontribuio; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98)III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mnimo de dez anos de efetivo exerccio noservio pblico e cinco anos no cargo efetivo em que se dar a aposentadoria, observadas asseguintes condies: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98)a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuio, se homem, e cinqenta e cinco anos deidade e trinta de contribuio, se mulher; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de15/12/98)

    b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventosproporcionais ao tempo de contribuio. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de15/12/98) 2 - Os proventos de aposentadoria e as penses, por ocasio de sua concesso, no poderoexceder a remunerao do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoriaou que serviu de referncia para a concesso da penso. (Redao dada pela EmendaConstitucional n 20, de 15/12/98)

    3 Para o clculo dos proventos de aposentadoria, por ocasio da sua concesso, seroconsideradas as remuneraes utilizadas como base para as contribuies do servidor aosregimes de previdncia de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (Redao dada pela

    Emenda Constitucional n 41, 19.12.2003) 4 vedada a adoo de requisitos e critrios diferenciados para a concesso de aposentadoriaaos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leiscomplementares, os casos de servidores: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 47, de2005)I portadores de deficincia; (Includo pela Emenda Constitucional n 47, de 2005)II que exeram atividades de risco; (Includo pela Emenda Constitucional n 47, de 2005)III cujas atividades sejam exercidas sob condies especiais que prejudiquem a sade ou aintegridade fsica. (Includo pela Emenda Constitucional n 47, de 2005) 5 - Os requisitos de idade e de tempo de contribuio sero reduzidos em cinco anos, emrelao ao disposto no 1, III, "a", para o professor que comprove exclusivamente tempo deefetivo exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental emdio. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98) 6 - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumulveis na forma destaConstituio, vedada a percepo de mais de uma aposentadoria conta do regime deprevidncia previsto neste artigo. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98) 7 Lei dispor sobre a concesso do benefcio de penso por morte, que ser igual: (Redaodada pela Emenda Constitucional n 41, 19.12.2003)

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    I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, at o limite mximo estabelecidopara os benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201, acrescido desetenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposentado data do bito; ou(Includo pela Emenda Constitucional n 41, 19.12.2003)II - ao valor da totalidade da remunerao do servidor no cargo efetivo em que se deu o

    falecimento, at o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdnciasocial de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite,caso em atividade na data do bito. (Includo pela Emenda Constitucional n 41, 19.12.2003) 8 assegurado o reajustamento dos benefcios para preservar-lhes, em carter permanente, ovalor real, conforme critrios estabelecidos em lei. (Redao dada pela Emenda Constitucional n41, 19.12.2003) 9 - O tempo de contribuio federal, estadual ou municipal ser contado para efeito deaposentadoria e o tempo de servio correspondente para efeito de disponibilidade. (Includo pelaEmenda Constitucional n 20, de 15/12/98) 10 - A lei no poder estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuiofictcio. (Includo pela Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98)

    11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, soma total dos proventos de inatividade,inclusive quando decorrentes da acumulao de cargos ou empregos pblicos, bem como deoutras atividades sujeitas a contribuio para o regime geral de previdncia social, e ao montanteresultante da adio de proventos de inatividade com remunerao de cargo acumulvel na formadesta Constituio, cargo em comisso declarado em lei de livre nomeao e exonerao, e decargo eletivo. (Includo pela Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98) 12 - Alm do disposto neste artigo, o regime de previdncia dos servidores pblicos titulares decargo efetivo observar, no que couber, os requisitos e critrios fixados para o regime geral deprevidncia social. (Includo pela Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98) 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comisso declarado em lei de livrenomeao e exonerao bem como de outro cargo temporrio ou de emprego pblico, aplica-se o

    regime geral de previdncia social. (Includo pela Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98) 14 - A Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, desde que instituam regime deprevidncia complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderofixar, para o valor das aposentadorias e penses a serem concedidas pelo regime de que trata esteartigo, o limite mximo estabelecido para os benefcios do regime geral de previdncia social deque trata o art. 201. (Includo pela Emenda Constitucional n 20, de 15/12/98) 15. O regime de previdncia complementar de que trata o 14 ser institudo por lei deiniciativa do respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus pargrafos, noque couber, por intermdio de entidades fechadas de previdncia complementar, de naturezapblica, que oferecero aos respectivos participantes planos de benefcios somente namodalidade de contribuio definida. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 41,19.12.2003) 16 - Somente mediante sua prvia e expressa opo, o disposto nos 14 e 15 poder seraplicado ao servidor que tiver ingressado no servio pblico at a data da publicao do ato deinstituio do correspondente regime de previdncia complementar. (Includo pela EmendaConstitucional n 20, de 15/12/98) 17. Todos os valores de remunerao considerados para o clculo do benefcio previsto no 3sero devidamente atualizados, na forma da lei. (Includo pela Emenda Constitucional n 41,19.12.2003)

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    18. Incidir contribuio sobre os proventos de aposentadorias e penses concedidas peloregime de que trata este artigo que superem o limite mximo estabelecido para os benefcios doregime geral de previdncia social de que trata o art. 201, com percentual igual ao estabelecidopara os servidores titulares de cargos efetivos. (Includo pela Emenda Constitucional n 41,19.12.2003)

    19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigncias para aposentadoriavoluntria estabelecidas no 1, III, a, e que opte por permanecer em atividade far jus a umabono de permanncia equivalente ao valor da sua contribuio previdenciria at completar asexigncias para aposentadoria compulsria contidas no 1, II. (Includo pela EmendaConstitucional n 41, 19.12.2003) 20. Fica vedada a existncia de mais de um regime prprio de previdncia social para osservidores titulares de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regimeem cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, 3, X. (Includo pela EmendaConstitucional n 41, 19.12.2003) 21. A contribuio prevista no 18 deste artigo incidir apenas sobre as parcelas de proventosde aposentadoria e de penso que superem o dobro do limite mximo estabelecido para os

    benefcios do regime geral de previdncia social de que trata o art. 201 desta Constituio,quando o beneficirio, na forma da lei, for portador de doena incapacitante. (Includo pelaEmenda Constitucional n 47, de 2005)Art. 41. So estveis aps trs anos de efetivo exerccio os servidores nomeados para cargo deprovimento efetivo em virtude de concurso pblico. (Redao dada pela Emenda Constitucionaln 19, de 1998) 1 O servidor pblico estvel s perder o cargo: (Redao dada pela Emenda Constitucional n19, de 1998)I - em virtude de sentena judicial transitada em julgado; (Includo pela Emenda Constitucionaln 19, de 1998)II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Includo pela

    Emenda Constitucional n 19, de 1998)III - mediante procedimento de avaliao peridica de desempenho, na forma de leicomplementar, assegurada ampla defesa. (Includo pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 2 Invalidada por sentena judicial a demisso do servidor estvel, ser ele reintegrado, e oeventual ocupante da vaga, se estvel, reconduzido ao cargo de origem, sem direito aindenizao, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneraoproporcional ao tempo de servio. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 3 Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estvel ficar emdisponibilidade, com remunerao proporcional ao tempo de servio, at seu adequadoaproveitamento em outro cargo. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998) 4 Como condio para a aquisio da estabilidade, obrigatria a avaliao especial dedesempenho por comisso instituda para essa finalidade. (Includo pela Emenda Constitucionaln 19, de 1998)

    PODER JUDICIRIO

    Art. 92. So rgos do Poder Judicirio:

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    I - o Supremo Tribunal Federal;I-A o Conselho Nacional de Justia; (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)II - o Superior Tribunal de Justia;III - os Tribunais Regionais Federais e Juzes Federais;IV - os Tribunais e Juzes do Trabalho;

    V - os Tribunais e Juzes Eleitorais;VI - os Tribunais e Juzes Militares;VII - os Tribunais e Juzes dos Estados e do Distrito Federal e Territrios. 1 O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justia e os Tribunais Superiores tmsede na Capital Federal. (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004) 2 O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores tm jurisdio em todo o territrionacional. (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, dispor sobre o Estatutoda Magistratura, observados os seguintes princpios:I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial ser o de juiz substituto, mediante concurso pblico deprovas e ttulos, com a participao da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases,

    exigindo-se do bacharel em direito, no mnimo, trs anos de atividade jurdica e obedecendo-se,nas nomeaes, ordem de classificao; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 45, de2004)II - promoo de entrncia para entrncia, alternadamente, por antigidade e merecimento,atendidas as seguintes normas:a) obrigatria a promoo do juiz que figure por trs vezes consecutivas ou cinco alternadas emlista de merecimento;b) a promoo por merecimento pressupe dois anos de exerccio na respectiva entrncia eintegrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigidade desta, salvo se no houver com taisrequisitos quem aceite o lugar vago;c) aferio do merecimento conforme o desempenho e pelos critrios objetivos de produtividade

    e presteza no exerccio da jurisdio e pela freqncia e aproveitamento em cursos oficiais oureconhecidos de aperfeioamento; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)d) na apurao de antigidade, o tribunal somente poder recusar o juiz mais antigo pelo votofundamentado de dois teros de seus membros, conforme procedimento prprio, e asseguradaampla defesa, repetindo-se a votao at fixar-se a indicao; (Redao dada pela EmendaConstitucional n 45, de 2004)e) no ser promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder alm do prazolegal, no podendo devolv-los ao cartrio sem o devido despacho ou deciso; (Includa pelaEmenda Constitucional n 45, de 2004)III o acesso aos tribunais de segundo grau far-se- por antigidade e merecimento,alternadamente, apurados na ltima ou nica entrncia; (Redao dada pela EmendaConstitucional n 45, de 2004)IV previso de cursos oficiais de preparao, aperfeioamento e promoo de magistrados,constituindo etapa obrigatria do processo de vitaliciamento a participao em curso oficial oureconhecido por escola nacional de formao e aperfeioamento de magistrados; (Redao dadapela Emenda Constitucional n 45, de 2004)V - o subsdio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponder a noventa e cinco por centodo subsdio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsdios dosdemais magistrados sero fixados em lei e escalonados, em nvel federal e estadual, conforme as

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    respectivas categorias da estrutura judiciria nacional, no podendo a diferena entre uma e outraser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco porcento do subsdio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso,o disposto nos arts. 37, XI, e 39, 4;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)VI - a aposentadoria dos magistrados e a penso de seus dependentes observaro o disposto no

    art. 40;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 20, de 1998)VII o juiz titular residir na respectiva comarca, salvo autorizao do tribunal; (Redao dadapela Emenda Constitucional n 45, de 2004)VIII o ato de remoo, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse pblico,fundar-se- em deciso por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do ConselhoNacional de Justia, assegurada ampla defesa; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 45,de 2004)VIIIA a remoo a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrncia atender,no que couber, ao disposto nas alneas a , b , c e e do inciso II; (Includo pela EmendaConstitucional n 45, de 2004)IX todos os julgamentos dos rgos do Poder Judicirio sero pblicos, e fundamentadas todas

    as decises, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presena, em determinados atos, sprprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservao dodireito intimidade do interessado no sigilo no prejudique o interesse pblico informao;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)X as decises administrativas dos tribunais sero motivadas e em sesso pblica, sendo asdisciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; (Redao dada pelaEmenda Constitucional n 45, de 2004)XI nos tribunais com nmero superior a vinte e cinco julgadores, poder ser constitudo rgoespecial, com o mnimo de onze e o mximo de vinte e cinco membros, para o exerccio dasatribuies administrativas e jurisdicionais delegadas da competncia do tribunal pleno,provendo-se metade das vagas por antigidade e a outra metade por eleio pelo tribunal pleno;

    (Redao dada pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)XII a atividade jurisdicional ser ininterrupta, sendo vedado frias coletivas nos juzos e tribunaisde segundo grau, funcionando, nos dias em que no houver expediente forense normal, juzes emplanto permanente; (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)XIII o nmero de juzes na unidade jurisdicional ser proporcional efetiva demanda judicial e respectiva populao; (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)XIV os servidores recebero delegao para a prtica de atos de administrao e atos de meroexpediente sem carter decisrio; (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)XV a distribuio de processos ser imediata, em todos os graus de jurisdio. (Includo pelaEmenda Constitucional n 45, de 2004)Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, edo Distrito Federal e Territrios ser composto de membros, do Ministrio Pblico, com mais dedez anos de carreira, e de advogados de notrio saber jurdico e de reputao ilibada, com maisde dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sxtupla pelos rgos derepresentao das respectivas classes.Pargrafo nico. Recebidas as indicaes, o tribunal formar lista trplice, enviando-a ao PoderExecutivo, que, nos vinte dias subseqentes, escolher um de seus integrantes para nomeao.Art. 95. Os juzes gozam das seguintes garantias:

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    I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, s ser adquirida aps dois anos de exerccio,dependendo a perda do cargo, nesse perodo, de deliberao do tribunal a que o juiz estivervinculado, e, nos demais casos, de sentena judicial transitada em julgado;II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse pblico, na forma do art. 93, VIII;III - irredutibilidade de subsdio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, 4, 150, II, 153,

    III, e 153, 2, I. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 19, de 1998)Pargrafo nico. Aos juzes vedado:I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou funo, salvo uma de magistrio;II - receber, a qualquer ttulo ou pretexto, custas ou participao em processo;III - dedicar-se atividade poltico-partidria.IV - receber, a qualquer ttulo ou pretexto, auxlios ou contribuies de pessoas fsicas, entidadespblicas ou privadas, ressalvadas as excees previstas em lei; (Includo pela EmendaConstitucional n 45, de 2004)V - exercer a advocacia no juzo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos trs anos doafastamento do cargo por aposentadoria ou exonerao. (Includo pela Emenda Constitucional n45, de 2004)

    Art. 96. Compete privativamente:I - aos tribunais:a) eleger seus rgos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observncia das normasde processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competncia e ofuncionamento dos respectivos rgos jurisdicionais e administrativos;b) organizar suas secretarias e servios auxiliares e os dos juzos que lhes forem vinculados,velando pelo exerccio da atividade correicional respectiva;c) prover, na forma prevista nesta Constituio, os cargos de juiz de carreira da respectivajurisdio;d) propor a criao de novas varas judicirias;e) prover, por concurso pblico de provas, ou de provas e ttulos, obedecido o disposto no art.

    169, pargrafo nico, os cargos necessrios administrao da Justia, exceto os de confianaassim definidos em lei;f) conceder licena, frias e outros afastamentos a seus membros e aos juzes e servidores quelhes forem imediatamente vinculados;II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justia propor aoPoder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:a) a alterao do nmero de membros dos tribunais inferiores;b) a criao e a extino de cargos e a remunerao dos seus servios auxiliares e dos juzos quelhes forem vinculados, bem como a fixao do subsdio de seus membros e dos juzes, inclusivedos tribunais inferiores, onde houver; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 41,19.12.2003)c) a criao ou extino dos tribunais inferiores;d) a alterao da organizao e da diviso judicirias;III - aos Tribunais de Justia julgar os juzes estaduais e do Distrito Federal e Territrios, bemcomo os membros do Ministrio Pblico, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada acompetncia da Justia Eleitoral.Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivorgo especial podero os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo doPoder Pblico.

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    Art. 98. A Unio, no Distrito Federal e nos Territrios, e os Estados criaro:I - juizados especiais, providos por juzes togados, ou togados e leigos, competentes para aconciliao, o julgamento e a execuo de causas cveis de menor complexidade e infraespenais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumarissimo, permitidos,nas hipteses previstas em lei, a transao e o julgamento de recursos por turmas de juzes de

    primeiro grau;II - justia de paz, remunerada, composta de cidados eleitos pelo voto direto, universal esecreto, com mandato de quatro anos e competncia para, na forma da lei, celebrar casamentos,verificar, de ofcio ou em face de impugnao apresentada, o processo de habilitao e exerceratribuies conciliatrias, sem carter jurisdicional, alm de outras previstas na legislao. 1 Lei federal dispor sobre a criao de juizados especiais no mbito da Justia Federal.(Renumerado pela Emenda Constitucional n 45, de 2004) 2 As custas e emolumentos sero destinados exclusivamente ao custeio dos servios afetos satividades especficas da Justia. (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)Art. 99. Ao Poder Judicirio assegurada autonomia administrativa e financeira. 1 - Os tribunais elaboraro suas propostas oramentrias dentro dos limites estipulados

    conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes oramentrias. 2 - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:I - no mbito da Unio, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores,com a aprovao dos respectivos tribunais;II - no mbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territrios, aos Presidentes dos Tribunaisde Justia, com a aprovao dos respectivos tribunais. 3 Se os rgos referidos no 2 no encaminharem as respectivas propostas oramentriasdentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes oramentrias, o Poder Executivo considerar,para fins de consolidao da proposta oramentria anual, os valores aprovados na leioramentria vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do 1 desteartigo. (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)

    4 Se as propostas oramentrias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordocom os limites estipulados na forma do 1, o Poder Executivo proceder aos ajustes necessriospara fins de consolidao da proposta oramentria anual. (Includo pela Emenda Constitucionaln 45, de 2004) 5 Durante a execuo oramentria do exerccio, no poder haver a realizao de despesas oua assuno de obrigaes que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizesoramentrias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de crditos suplementaresou especiais. (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Pblicas Federal, Estaduais, Distrital eMunicipais, em virtude de sentena judiciria, far-se-o exclusivamente na ordem cronolgica deapresentao dos precatrios e conta dos crditos respectivos, proibida a designao de casosou de pessoas nas dotaes oramentrias e nos crditos adicionais abertos para este fim.(Redao dada pela Emenda Constitucional n 62, de 2009). 1 Os dbitos de natureza alimentcia compreendem aqueles decorrentes de salrios,vencimentos, proventos, penses e suas complementaes, benefcios previdencirios eindenizaes por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude desentena judicial transitada em julgado, e sero pagos com preferncia sobre todos os demaisdbitos, exceto sobre aqueles referidos no 2 deste artigo. (Redao dada pela EmendaConstitucional n 62, de 2009).

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    2 Os dbitos de natureza alimentcia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade oumais na data de expedio do precatrio, ou sejam portadores de doena grave, definidos naforma da lei, sero pagos com preferncia sobre todos os demais dbitos, at o valor equivalenteao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no 3 deste artigo, admitido o fracionamentopara essa finalidade, sendo que o restante ser pago na ordem cronolgica de apresentao do

    precatrio. (Redao dada pela Emenda Constitucional n 62, de 2009). 3 O disposto no caput deste artigo relativamente expedio de precatrios no se aplica aospagamentos de obrigaes definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidasdevam fazer em virtude de sentena judicial transitada em julgado. (Redao dada pela EmendaConstitucional n 62, de 2009). 4 Para os fins do disposto no 3, podero ser fixados, por leis prprias, valores distintos sentidades de direito pblico, segundo as diferentes capacidades econmicas, sendo o mnimoigual ao valor do maior benefcio do regime geral de previdncia social. (Redao dada pelaEmenda Constitucional n 62, de 2009). 5 obrigatria a incluso, no oramento das entidades de direito pblico, de verba necessriaao pagamento de seus dbitos, oriundos de sentenas transitadas em julgado, constantes de

    precatrios judicirios apresentados at 1 de julho, fazendo-se o pagamento at o final doexerccio seguinte, quando tero seus valores atualizados monetariamente. (Redao dada pelaEmenda Constitucional n 62, de 2009). 6 As dotaes oramentrias e os crditos abertos sero consignados diretamente ao PoderJudicirio, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a deciso exequenda determinar opagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos depreterimento de seu direito de precedncia ou de no alocao oramentria do valor necessrio satisfao do seu dbito, o sequestro da quantia respectiva. (Redao dada pela EmendaConstitucional n 62, de 2009). 7 O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentarfrustrar a liquidao regular de precatrios incorrer em crime de responsabilidade e responder,

    tambm, perante o Conselho Nacional de Justia. (Includo pela Emenda Constitucional n 62, de2009). 8 vedada a expedio de precatrios complementares ou suplementares de valor pago, bemcomo o fracionamento, repartio ou quebra do valor da execuo para fins de enquadramento deparcela do total ao que dispe o 3 deste artigo. (Includo pela Emenda Constitucional n 62, de2009). 9 No momento da expedio dos precatrios, independentemente de regulamentao, delesdever ser abatido, a ttulo de compensao, valor correspondente aos dbitos lquidos e certos,inscritos ou no em dvida ativa e constitudos contra o credor original pela Fazenda Pblicadevedora, includas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execuoesteja suspensa em virtude de contestao administrativa ou judicial. (Includo pela EmendaConstitucional n 62, de 2009). 10. Antes da expedio dos precatrios, o Tribunal solicitar Fazenda Pblica devedora, pararesposta em at 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informao sobre osdbitos que preencham as condies estabelecidas no 9, para os fins nele previstos. (Includopela Emenda Constitucional n 62, de 2009). 11. facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, aentrega de crditos em precatrios para compra de imveis pblicos do respectivo ente federado.(Includo pela Emenda Constitucional n 62, de 2009).

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    12. A partir da promulgao desta Emenda Constitucional, a atualizao de valores derequisitrios, aps sua expedio, at o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza,ser feita pelo ndice oficial de remunerao bsica da caderneta de poupana, e, para fins decompensao da mora, incidiro juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre acaderneta de poupana, ficando excluda a incidncia de juros compensatrios. (Includo pela

    Emenda Constitucional n 62, de 2009). 13. O credor poder ceder, total ou parcialmente, seus crditos em precatrios a terceiros,independentemente da concordncia do devedor, no se aplicando ao cessionrio o disposto nos 2 e 3. (Includo pela Emenda Constitucional n 62, de 2009). 14. A cesso de precatrios somente produzir efeitos aps comunicao, por meio de petioprotocolizada, ao tribunal de origem e entidade devedora. (Includo pela EmendaConstitucional n 62, de 2009). 15. Sem prejuzo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituio Federal poderestabelecer regime especial para pagamento de crdito de precatrios de Estados, DistritoFederal e Municpios, dispondo sobre vinculaes receita corrente lquida e forma e prazo deliquidao. (Includo pela Emenda Constitucional n 62, de 2009).

    16. A seu critrio exclusivo e na forma de lei, a Unio poder assumir dbitos, oriundos deprecatrios, de Estados, Distrito Federal e Municpios, refinanciando-os diretamente. (Includopela Emenda Constitucional n 62, de 2009).

    Seo II

    DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

    Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadoscom mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notvel saber jurdico ereputao ilibada.

    Pargrafo nico. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal sero nomeados pelo Presidente daRepblica, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal.Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituio,cabendo-lhe:I - processar e julgar, originariamente:a) a ao direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a aodeclaratria de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; (Redao dada pela EmendaConstitucional n 3, de 1993)b) nas infraes penais comuns, o Presidente da Repblica, o Vice-Presidente, os membros doCongresso Nacional, seus prprios Ministros e o Procurador-Geral da Repblica;c) nas infraes penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado,ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal deContas da Unio e os chefes de misso diplomtica de carter permanente;c) nas infraes penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e osComandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, osmembros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da Unio e os chefes de missodiplomtica de carter permanente;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 23, de 1999)d) o "habeas-corpus", sendo paciente qualquer das pessoas referidas nas alneas anteriores; omandado de segurana e o "habeas-data" contra atos do Presidente da Repblica, das Mesas da

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    Cmara dos Deputados e do Senado Federal, do Tribunal de Contas da Unio, do Procurador-Geral da Repblica e do prprio Supremo Tribunal Federal;e) o litgio entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e a Unio, o Estado, o DistritoFederal ou o Territrio;f) as causas e os conflitos entre a Unio e os Estados, a Unio e o Distrito Federal, ou entre uns e

    outros, inclusive as respectivas entidades da administrao indireta;g) a extradio solicitada por Estado estrangeiro;h) (Revogado pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)i) o habeas corpus, quando o coator for Tribunal Superior ou quando o coator ou o paciente forautoridade ou funcionrio cujos atos estejam sujeitos diretamente jurisdio do SupremoTribunal Federal, ou se trate de crime sujeito mesma jurisdio em uma nica instncia;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 22, de 1999)j) a reviso criminal e a ao rescisria de seus julgados;l) a reclamao para a preservao de sua competncia e garantia da autoridade de suas decises;m) a execuo de sentena nas causas de sua competncia originria, facultada a delegao deatribuies para a prtica de atos processuais;

    n) a ao em que todos os membros da magistratura sejam direta ou indiretamente interessados, eaquela em que mais da metade dos membros do tribunal de origem estejam impedidos ou sejamdireta ou indiretamente interessados;o) os conflitos de competncia entre o Superior Tribunal de Justia e quaisquer tribunais, entreTribunais Superiores, ou entre estes e qualquer outro tribunal;p) o pedido de medida cautelar das aes diretas de inconstitucionalidade;q) o mandado de injuno, quando a elaborao da norma regulamentadora for atribuio doPresidente da Repblica, do Congresso Nacional, da Cmara dos Deputados, do Senado Federal,das Mesas de uma dessas Casas Legislativas, do Tribunal de Contas da Unio, de um dosTribunais Superiores, ou do prprio Supremo Tribunal Federal;r) as aes contra o Conselho Nacional de Justia e contra o Conselho Nacional do Ministrio

    Pblico; (Includa pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)II - julgar, em recurso ordinrio:a) o "habeas-corpus", o mandado de segurana, o "habeas-data" e o mandado de injunodecididos em nica instncia pelos Tribunais Superiores, se denegatria a deciso;b) o crime poltico;III - julgar, mediante recurso extraordinrio, as causas decididas em nica ou ltima instncia,quando a deciso recorrida:a) contrariar dispositivo desta Constituio;b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;c) julgar vlida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituio.d) julgar vlida lei local contestada em face de lei federal. (Includa pela Emenda Constitucionaln 45, de 2004) 1. A argio de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituio, serapreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. (Transformado em 1 pela EmendaConstitucional n 3, de 17/03/93) 2 As decises definitivas de mrito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas aesdiretas de inconstitucionalidade e nas aes declaratrias de constitucionalidade produziroeficcia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais rgos do Poder Judicirio e

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    administrao pblica direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. (Redao dadapela Emenda Constitucional n 45, de 2004) 3 No recurso extraordinrio o recorrente dever demonstrar a repercusso geral das questesconstitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine aadmisso do recurso, somente podendo recus-lo pela manifestao de dois teros de seus

    membros. (Includa pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)Art. 103. Podem propor a ao direta de inconstitucionalidade e a ao declaratria deconstitucionalidade: (Redao dada pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)I - o Presidente da Repblica;II - a Mesa do Senado Federal;III - a Mesa da Cmara dos Deputados;IV - a Mesa de Assemblia Legislativa ou da Cmara Legislativa do Distrito Federal; (Redaodada pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redao dada pela Emenda Constitucionaln 45, de 2004)VI - o Procurador-Geral da Repblica;

    VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;VIII - partido poltico com representao no Congresso Nacional;IX - confederao sindical ou entidade de classe de mbito nacional. 1 - O Procurador-Geral da Repblica dever ser previamente ouvido nas aes deinconstitucionalidade e em todos os processos de competncia do Supremo Tribunal Federal. 2 - Declarada a inconstitucionalidade por omisso de medida para tornar efetiva normaconstitucional, ser dada cincia ao Poder competente para a adoo das providnciasnecessrias e, em se tratando de rgo administrativo, para faz-lo em trinta dias. 3 - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de normalegal ou ato normativo, citar, previamente, o Advogado-Geral da Unio, que defender o ato outexto impugnado.

    Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poder, de ofcio ou por provocao, mediante decisode dois teros dos seus membros, aps reiteradas decises sobre matria constitucional, aprovarsmula que, a partir de sua publicao na imprensa oficial, ter efeito vinculante em relao aosdemais rgos do Poder Judicirio e administrao pblica direta e indireta, nas esferas federal,estadual e municipal, bem como proceder sua reviso ou cancelamento, na forma estabelecidaem lei. (Includo pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)(Vide Lei n 11.417, de 2006). 1 A smula ter por objetivo a validade, a interpretao e a eficcia de normas determinadas,acerca das quais haja controvrsia atual entre rgos judicirios ou entre esses e a administraopblica que acarrete grave insegurana jurdica e relevante multiplicao de processos sobrequesto idntica. 2 Sem prejuzo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovao, reviso ou cancelamento desmula poder ser provocada por aqueles que podem propor a ao direta deinconstitucionalidade. 3 Do ato administrativo ou deciso judicial que contrariar a smula aplicvel ou queindevidamente a aplicar, caber reclamao ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-aprocedente, anular o ato administrativo ou cassar a deciso judicial reclamada, e determinarque outra seja proferida com ou sem a aplicao da smula, conforme o caso."

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    Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justia compe-se de 15 (quinze) membros com mandatode 2 (dois) anos, admitida 1 (uma) reconduo, sendo: (Redao dada pela EmendaConstitucional n 61, de 2009)I - o Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Redao dada pela Emenda Constitucional n 61,de 2009)

    II - um Ministro do Superior Tribunal de Justia, indicado pelo respectivo tribunal;III - um Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, indicado pelo respectivo tribunal;IV - um desembargador de Tribunal de Justia, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;V - um juiz estadual, indicado pelo Supremo Tribunal Federal;VI - um juiz de Tribunal Regional Federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justia;VII - um juiz federal, indicado pelo Superior Tribunal de Justia;VIII - um juiz de Tribunal Regional do Trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;IX - um juiz do trabalho, indicado pelo Tribunal Superior do Trabalho;X - um membro do Ministrio Pblico da Unio, indicado pelo Procurador-Geral da Repblica;XI um membro do Ministrio Pblico estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da Repblicadentre os nomes indicados pelo rgo competente de cada instituio estadual;

    XII - dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;XIII - dois cidados, de notvel saber jurdico e reputao ilibada, indicados um pela Cmara dosDeputados e outro pelo Senado Federal. 1 O Conselho ser presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e, nas suasausncias e impedimentos, pelo Vice-Presidente do Supremo Tribunal Federal. (Redao dadapela Emenda Constitucional n 61, de 2009) 2 Os demais membros do Conselho sero nomeados pelo Presidente da Repblica, depois deaprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. (Redao dada pela EmendaConstitucional n 61, de 2009) 3 No efetuadas, no prazo legal, as indicaes previstas neste artigo, caber a escolha aoSupremo Tribunal Federal.

    4 Compete ao Conselho o controle da atuao administrativa e financeira do Poder Judicirioe do cumprimento dos deveres funcionais dos juzes, cabendo-lhe, alm de outras atribuies quelhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:I - zelar pela autonomia do Poder Judicirio e pelo cumprimento do Estatuto da Magistratura,podendo expedir atos regulamentares, no mbito de sua competncia, ou recomendarprovidncias;II - zelar pela observncia do art. 37 e apreciar, de ofcio ou mediante provocao, a legalidadedos atos administrativos praticados por membros ou rgos do Poder Judicirio, podendodesconstitu-los, rev-los ou fixar prazo para que se adotem as providncias necessrias ao exatocumprimento da lei, sem prejuzo da competncia do Tribunal de Contas da Unio;III - receber e conhecer das reclamaes contra membros ou rgos do Poder Judicirio,inclusive contra seus servios auxiliares, serventias e rgos prestadores de servios notariais ede registro que atuem por delegao do poder pblico ou oficializados, sem prejuzo dacompetncia disciplinar e correicional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares emcurso e determinar a remoo, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsdios ou proventosproporcionais ao tempo de servio e aplicar outras sanes administrativas, assegurada ampladefesa;IV - representar ao Ministrio Pblico, no caso de crime contra a administrao pblica ou deabuso de autoridade;

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    V - rever, de ofcio ou mediante provocao, os processos disciplinares de juzes e membros detribunais julgados h menos de um ano;VI - elaborar semestralmente relatrio estatstico sobre processos e sentenas prolatadas, porunidade da Federao, nos diferentes rgos do Poder Judicirio;VII - elaborar relatrio anual, propondo as providncias que julgar necessrias, sobre a situao

    do Poder Judicirio no Pas e as atividades do Conselho, o qual deve integrar mensagem doPresidente do Supremo Tribunal Federal a ser remetida ao Congresso Nacional, por ocasio daabertura da sesso legislativa. 5 O Ministro do Superior Tribunal de Justia exercer a funo de Ministro-Corregedor eficar excludo da distribuio de processos no Tribunal, competindo-lhe, alm das atribuiesque lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura, as seguintes:I receber as reclamaes e denncias, de qualquer interessado, relativas aos magistrados e aosservios judicirios;II exercer funes executivas do Conselho, de inspeo e de correio geral;III requisitar e designar magistrados, delegando-lhes atribuies, e requisitar servidores de juzosou tribunais, inclusive nos Estados, Distrito Federal e Territrios.

    6 Junto ao Conselho oficiaro o Procurador-Geral da Repblica e o Presidente do ConselhoFederal da Ordem dos Advogados do Brasil. 7 A Unio, inclusive no Distrito Federal e nos Territrios, criar ouvidorias de justia,competentes para receber reclamaes e denncias de qualquer interessado contra membros ourgos do Poder Judicirio, ou contra seus servios auxiliares, representando diretamente aoConselho Nacional de Justia.

    Seo III

    DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA

    Art. 104. O Superior Tribunal de Justia compe-se de, no mnimo, trinta e trs Ministros.Pargrafo nico. Os Ministros do Superior Tribunal de Justia sero nomeados pelo Presidenteda Repblica, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, denotvel saber jurdico e reputao ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta doSenado Federal, sendo:(Redao dada pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)I - um tero dentre juzes dos Tribunais Regionais Federais e um tero dentre desembargadoresdos Tribunais de Justia, indicados em lista trplice elaborada pelo prprio Tribunal;II - um tero, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministrio Pblico Federal,Estadual, do Distrito Federal e Territrios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justia:I - processar e julgar, originariamente:a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos deresponsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justia dos Estados e do Distrito Federal,os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos TribunaisRegionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dosConselhos ou Tribunais de Contas dos Municpios e os do Ministrio Pblico da Unio queoficiem perante tribunais;

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    b) os mandados de segurana e os habeas data contra ato de Ministro de Estado, dosComandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica ou do prprio Tribunal;(Redao dadapela Emenda Constitucional n 23, de 1999)c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas mencionadas naalnea "a", ou quando o coator for tribunal sujeito sua jurisdio, Ministro de Estado ou

    Comandante da Marinha, do Exrcito ou da Aeronutica, ressalvada a competncia da JustiaEleitoral;(Redao dada pela Emenda Constitucional n 23, de 1999)d) os conflitos de competncia entre quaisquer tribunais, ressalvado o disposto no art. 102, I, "o",bem como entre tribunal e juzes a ele no vinculados e entre juzes vinculados a tribunaisdiversos;e) as revises criminais e as aes rescisrias de seus julgados;f) a reclamao para a preservao de sua competncia e garantia da autoridade de suas decises;g) os conflitos de atribuies entre autoridades administrativas e judicirias da Unio, ou entreautoridades judicirias de um Estado e administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entreas deste e da Unio;h) o mandado de injuno, quando a elaborao da norma regulamentadora for atribuio de

    rgo, entidade ou autoridade federal, da administrao direta ou indireta, excetuados os casos decompetncia do Supremo Tribunal Federal e dos rgos da Justia Militar, da Justia Eleitoral,da Justia do Trabalho e da Justia Federal;i) a homologao de sentenas estrangeiras e a concesso de exequatur s cartasrogatrias;(Includa pela Emenda Constitucional n 45, de 2004)II - julgar, em recurso ordinrio:a) os "habeas-corpus" decididos em nica ou ltima instncia pelos Tribunais Regionais Federaisou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territri