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SAULO DE TARCIO PEREIRA MARROCOS
COMPOSIÇÃO DE BIOFERTILIZANTE E SUA UTILIZAÇÃO VIA FERTIRRIGAÇÃO EM MELOEIRO.
Dissertação apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido, como parte das exigências para obtenção do grau de Mestre em Agronomia: Fitotecnia.
ORIENTADOR: Prof. D.Sc. LEILSON COSTA GRANGEIRO
MOSSORÓ-RN 2011
Ficha catalográfica preparada pelo setor de Ficha catalográfica preparada pelo setor de Ficha catalográfica preparada pelo setor de Ficha catalográfica preparada pelo setor de classificação e catalogação da Biblioteca “Orlando classificação e catalogação da Biblioteca “Orlando classificação e catalogação da Biblioteca “Orlando classificação e catalogação da Biblioteca “Orlando
Teixeira” da UFERSATeixeira” da UFERSATeixeira” da UFERSATeixeira” da UFERSA
M361c Marrocos, Saulo de Tárcio Pereira.
Composição de Biofertilizante e sua utilização via fertirrigação em meloeiro. / Saulo de Tárcio Pereira Marrocos. -- Mossoró, 2011.
62f.: il. Dissertação (Mestrado em Fitotecnia: Área de concentração em Tratos Culturais) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Pró-Reitoria de Pós-Graduação. Orientador: Prof. Leilson Costa Grangeiro
1.Cucumis melo L.. 2.Decomposição - Tempo.3. Biofertilizante.4.Produção I. Título.
CDD: 635.611 Bibliotecária: Vanessa Christiane Alves de Souza
CRB-15/452
SAULO DE TARCIO PEREIRA MARROCOS
COMPOSIÇÃO DE BIOFERTILIZANTE E SUA UTILIZAÇÃO VIA FERTIRRIGAÇÃO EM MELOEIRO.
Dissertação apresentada à Universidade Federal Rural do Semi-Árido, como parte das exigências para obtenção do título de Mestre em Agronomia: Fitotecnia.
APROVADA EM: 18 de Fevereiro de 2011
Ao Senhor JESUS, aos meus
pais, meus irmãos, meus
sobrinhos e a minha tia
Maria pelo amor, carinho e
apoio.
Dedico
AGRADECIMENTOS
Ao Senhor DEUS, por ser a razão maior em minha vida.
A Universidade Federal Rural do Semi-Árido pela oportunidade em participar
do Programa de Pós-graduação de Fitotecnia;
Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
pela concessão da bolsa de mestrado;
Ao Professor Leilson Costa Grangeiro, pela orientação, ensinamentos e
paciência;
A banca examinadora pela valiosa contribuição.
Aos meus pais Raimundo e Fátima, à minha Maria, aos meus irmãos Thially e
Danila e aos afilhados e sobrinhos Victor e Maíra pelo amor, amizade e
companheirismo.
Aos amigos Ronilson, Rafaella, Thaíza, Samyra, Raiani, Paulinha pela
amizade, carinho e atenção.
Aos colegas da equipe de trabalho orientada pelo prof. Leilson, pela ajuda nos
experimentos, Ana Paula, Carmélia, Claudia, Valdívia, Junior, Bruno, Lea, Gardênia,
Amison e Joice.
Ao funcionário do laboratório de pós-colheita do Departamento de Ciências
Vegetais, Sr. Monteiro.
E a todos que, de uma forma ou de outra contribuíram para a realização deste
trabalho.
Muito Obrigado!
RESUMO
MARROCOS, Saulo de Tarcio Pereira. Composição de biofertilizante e sua utilização via fertirrigação em meloeiro. 2011. 62f. Dissertação (Mestrado em Agronomia: Fitotecnia) – Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), Mossoró-RN, 2011.
The use of biofertilizers has increased in Brazil mainly due to the search for inputs that are less harmful to the environment and to enable the development of agriculture less dependent on industrial products. O uso de biofertilizante vem crescendo em todo o Brasil principalmente devido à busca por insumos menos agressivos ao ambiente e que possibilitem o desenvolvimento de uma agricultura menos dependente de produtos industrializados. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desempenho do meloeiro cultivado com a utilização de biofertilizantes, no Agropolo Mossoró/Açu. Para tanto foram conduzidos dois experimentos, na horta didática do Departamento de Ciências Vegetais da UFERSA em Mossoró-RN, no período de Maio a Dezembro de 2010. No primeiro experimento, composição química dos biofertilizantes (esterco bovino e galinha) em diferentes épocas de decomposição, o delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizados em esquema fatorial 2 x 7, com três repetições. Os tratamentos constituíram da combinação de duas fontes de esterco (bovino e galinha) e sete tempos de decomposição (0, 5, 10, 15, 20, 25 e 30 dias). No segundo experimento, desempenho do meloeiro com aplicação de biofertilizantes, via fertirrigação, o delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados completo, com quatro repetições em esquema fatorial 2 x 5. Os tratamentos consistiram da combinação de duas fontes de esterco utilizado no preparo do biofertilizante (esterco bovino e de galinha) e 5 doses (0; 25; 50; 75 e 100%) aplicados via fertirrigação. As maiores concentrações de nutrientes, massa seca e condutividade elétrica foram obtidas no biofertilizante produzido com esterco de galinha. A ordem decrescente dos nutrientes observados nos biofertilizantes foi K, N, P, Ca e Mg. Os nutrientes apresentaram maior concentração no período de 15 a 20 dias de decomposição com exceção ao do nitrogênio que apresentou maior concentração no dia do preparado do biofertilizante. A maior produtividade dos frutos foi observada quando utilizou 25% do potássio na forma de biofertilizante. As características de qualidade como acidez total e espessura de casca apresentaram efeito ao uso das doses de biofertilizante. Palavras Chave: Cucumis melo L., tempo de decomposição, doses de biofertilizante, produção e qualidade.
ABSTRACT
MARROCOS, Saulo de Tarcio Pereira. 2011. Melon cultivation with the use of biofertilizers, applied through fertigation. 62f. Dissertation (Master in Agronomy: Crop Science) - Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) Mossoró city, state of the RN, 2011. The use of biofertilizers has increased in Brazil mainly due to the search for inputs that are less harmful to the environment and to enable the development of an agriculture less dependent on industrial products. The aim of this study was to evaluate the performance of melon grown with the use of biofertilizers in area Mossoró / Açu. For this purpose, two experiments were conducted in the teaching garden of the Department of Plant Sciences UFERSA in Mossoró, RN, from May to December 2010. In the first experiment, the chemical composition of biofertilizers (animal manure and chicken) at different stages of decomposition, the experiment was randomized in a factorial 2 x 7 with three replications. Treatments consisted of a combination of two sources of manure (cattle and chicken) and seven days of decomposition (0, 5, 10, 15, 20, 25 and 30 days). In the second experiment, performance of melon with application of bio-fertilizers, fertigation, the experimental design was randomized complete blocks with four replications in a 2 x 5. The treatments were a combination of two sources of manure used in the preparation of biofertilizer (cattle manure and chicken) and five doses (0, 25, 50, 75 and 100%) applied by fertigation. The highest concentrations of nutrients, dry matter and electrical conductivity were obtained in biofertilizer produced with chicken manure. The order of nutrients was observed in biofertilizers K, N, P, Ca and Mg. The nutrients showed higher within 15 to 20 days of decomposition with the exception of nitrogen that was more concentrated on the preparation of biofertilizer. The highest yield of fruits was observed when we used 25% of potassium in the form of biofertilizer. The quality characteristics like acidity and bark thickness showed an effect to the use of biofertilizer doses. Keywords: Cucumis melo L., decomposition time, biofertilizer doses, production and quality.
LISTAS DE TABELAS
Tabela 1 - Resultados das análises da água do poço da horta experimental da
UFERSA, Mossoró, RN, 2010..................................................
24
Tabela 2 - Tabela 2. Parâmetros químicos do esterco bovino e de galinha
utilizado nos experimentos.............................................................
25
Tabela 3 - Resultados das análises de solo da área experimental, Mossoró, RN,
2010........................................................................................
26
Tabela 4 - Fontes e doses das adubações utilizadas no experimento. Mossoró,
RN, 2010........................................................................
27
Tabela 5 - Composição química dos biofertilizantes quanto aos teores de
macro nutrientes. Mossoró, RN, 2010............................................
29
Tabela 6-
Resumo de análise de variância. pH, condutividade elétrica (CE),
massa seca (MS) e concentrações de nitrogênio, fósforo, potássio,
cálcio e magnésio dos biofertilizantes. Mossoró, RN,
2010................................................................................................
32
Tabela 7-
PH, condutividade elétrica (CE), massa seca e quantidades de
nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio dos biofertilizantes
de bovino e galinha em diferentes tempos de decomposição.
Mossoró, RN, 2010...............................................
34
Tabela 8-
Resumo de análise de variância. Números de frutos por planta
comerciavam (NFC), massa média de frutos comerciáveis (MMFC),
produtividade comercial (PDC), Número de frutos por planta não
comerciáveis (NFNC), massa média de frutos não comerciáveis
(MMFNC), produtividade não comercial (PDNC), Número total de
frutos por planta (NFT), massa média total de frutos (MMFT),
produtividade total (PDT) dos frutos de melão. Mossoró, RN,
2010........................................................................
42
Tabela 9
Massa média de frutos comerciáveis (MMFC) em função dos
biofertilizantes esterco de bovino e galinha e doses de
biofertilizantes Mossoró, RN, 2010...............................................
43
Tabela 10
Resumo de análise de variância. Sólidos solúveis (SS), acidez
titulável (AT), pH, relação entre sólidos solúveis e acidez titulável
(SS/AT), espessura de casca (EC) e espessura de polpa (EP) dos
frutos de melão, Mossoró, RN,
2010...............................................................................................
48
Tabela 11
Acidez titulável (AT) de frutos de melão em função dos
biofertilizantes esterco de bovino e galinha e doses de
biofertilizantes Mossoró, RN, 2010...............................................
49
LISTAS DE FIGURAS
Figura 1 - Detalhe dos tanques de derivação utilizado para aplicação dos
biofertilizantes. Mossoró, RN, 2010......................................................
29
Figura 2 -
PH (A) e condutividade elétrica (CE) (B) dos biofertilizantes de bovino
e galinha em diferentes tempos de decomposição. Mossoró, RN,
2010...............................................................................................
35
Figura 3 -
Massa seca (A) e concentração de nitrogênio (B) dos biofertilizantes de
bovino e galinha em diferentes tempos de decomposição. Mossoró, RN,
2010................................................................................
37
Figura 4 -
Concentração de fósforo (A) e potássio (B) dos biofertilizantes de
bovino e galinha em diferentes tempos de decomposição. Mossoró, RN,
2010................................................................................................
39
Figura 5 -
Concentrações de cálcio (A) e magnésio (B) dos biofertilizantes de
bovino e galinha em diferentes tempos de decomposição. Mossoró, RN,
2010...............................................................................................
41
Figura 6 -
Massa média de frutos comerciáveis (A) e massa média total de frutos
(B) em diferentes doses de biofertilizantes. Mossoró, RN,
2010.......................................................................................................
45
Figura 7 -
Produtividade comercial (A) e produtividade total (B) dos frutos de
melão em diferentes doses de biofertilizantes. Mossoró, RN,
2010.......................................................................................................
47
Figura 8 - Acidez total de frutos de melão em diferentes doses de biofertilizantes.
Mossoró, RN, 2010.....................................................
49
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................. 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................ 14
2.1. Cultura do meloeiro......................................................................................... 14
2.2 Caldas orgânicas ou biofertilizantes................................................................. 15
2.2.1 Produção e composição química dos biofertilizantes líquidos...................... 15
2.2.2 Utilização de biofertilizante na produção de hortaliças................................. 19
3 MATERIAL E MÉTODOS.............................................................................. 24
3.1 Experimento 01: Composição dos biofertilizantes em função do tempo de
decomposição e fontes de esterco. ........................................................................
24
3.2 Experimento 2: Desempenho do meloeiro com aplicação de biofertilizantes,
via fertirrigação. .....................................................................................................
26
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................... 32
4.1 Experimento 01: Composição dos biofertilizantes em função do tempo de
decomposição e fontes de esterco. ........................................................................
32
4.2 Experimento 02: Desempenho do meloeiro com aplicação de
biofertilizantes, via fertirrigação.............................................................................
42
5 CONCLUSÕES................................................................................................. 51
REFERÊNCIAS.................................................................................................... 53
12
1 INTRODUÇÃO
A cultura do melão, a exemplo de outras olerícolas, tem na nutrição mineral
um dos fatores que contribuem diretamente na produtividade e na qualidade dos frutos.
A elevada exigência, aliadas a alta taxa de crescimento da planta, ciclo curto, baixa
fertilidade dos solos e sistema radicular superficial, de modo que a cultura responde
muito à aplicação de nutrientes, são os principais motivos pelos quais se utilizam, de
forma intensiva fertilizantes químicos. No entanto, a aplicação desordenada desses
insumos, tendem a limitar a produção, quando não se levam em conta aspectos
inerentes ao manejo e conservação dos solos, acarretando desequilíbrios químicos,
físicos e biológicos, além de reduções drásticas dos níveis de matéria orgânica do solo
(CUNHA et al., 2001).
No agropolo Mossoró/Açu utiliza-se na cultura do melão em média 1.000 a
1.500 kg ha-1 de fertilizantes sintéticos, representando 25% do custo médio de
produção. Outro fato preocupante é a baixa utilização de adubos orgânicos. De modo
geral, toda a necessidade da cultura em nutrientes é fornecida na forma de fertilizantes
solúveis. Se por um lado, os fertilizantes solúveis são mais fáceis de aplicar e as
plantas apresentam rápida resposta e produtividades elevadas, o uso único e exclusivo
dessas fontes e/ou de forma exagerada, pode também ocasionar perda de fertilidade do
solo, pois causam acidificação, mobilização de elementos tóxicos, imobilização de
nutrientes, mineralização e redução rápida da matéria orgânica e destruição da
bioestrutura (PASCHOAL, 1994).
Produtores de melão do agropolo Mossoró/Açu iniciaram recentemente, a
utilização de biofertilizantes, produzidos a partir da fermentação do esterco misturado
com água. A aplicação se dá através da água de irrigação, três vezes por semana, em
doses variando de 60 a 100 L ha-1 em cada aplicação, na fase inicial de
desenvolvimento das plantas (até aproximadamente 25 dias após o transplantio). Na
literatura, as pesquisas revelam que os efeitos dos biofertilizantes nas plantas são mais
13
efetivos no controle de pragas e doenças, aceleração de crescimento e estado
nutricional (MEDEIROS, 2002; PENTEADO, 2004). Nos solos o uso dos
biofertilizantes pode contribuir para melhoria física e promover a produção de
substâncias húmicas que exercem expressiva importância na fertilidade do solo com
reflexos positivos na produção (DELGADO et al., 2002).
O uso de produtos alternativos como os biofertilizantes vêm crescendo em todo
o Brasil. Na busca por insumos menos agressivos ao ambiente e que possibilitem o
desenvolvimento de uma agricultura menos dependente de produtos industrializados,
vários produtos têm sido lançados no mercado (DELEITO et al., 2005a). Além disso,
esses produtos podem ser produzidos pelo próprio agricultor, gerando economia de
insumos importados e, ainda, promover melhorias no saneamento ambiental. Esses
biofertilizantes são preparados a partir da digestão anaeróbia (sistema fechado) ou
aeróbia (sistema aberto) de materiais orgânicos e minerais, visando o fornecimento de
nutriente. A composição química do biofertilizante varia conforme o método de
preparo e o material que o origina. Para Bettiol et al. (1998), uma das principais
características do biofertilizante é a presença de microrganismos, responsáveis pela
decomposição da matéria orgânica, produção de gás e liberação de metabólitos,
especialmente antibióticos e hormônios.
Sendo assim, o objetivo do trabalho foi avaliar a composição química dos
biofertilizantes em função do tempo de decomposição e determinar o desempenho do
meloeiro cultivado com a utilização de biofertilizantes, no agropolo Mossoró/Açu.
14
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CULTURA DO MELOEIRO
A introdução do melão no Brasil foi realizada pelos imigrantes europeus e seu
cultivo teve início em meados da década de 1960 no Rio Grande do Sul. Até esse
período, todo melão comercializado e consumido no Brasil era proveniente da
Espanha. A partir da década de 1960, a exploração da cultura tomou grande impulso,
inicialmente no Estado de São Paulo, estendendo-se posteriormente para as regiões
Norte e Nordeste, atingindo o seu apogeu em termos de área plantada e de produção a
partir de meados da década de 1980, a meados da década de 1990 (DIAS, 2004).
O meloeiro adapta-se melhor aos climas quentes e secos, requerendo irrigação
para suprir sua demanda hídrica de acordo com o estádio de desenvolvimento,
principalmente na floração e frutificação. A época de plantio mais favorável ao
meloeiro vai de agosto a fevereiro, podendo ser cultivado o ano todo, em locais com
temperatura anual média entre 18ºC e 39°C (BLANCO et al., 1997). De acordo com
Brandão Filho e Vasconcellos (1998), o crescimento vegetativo do meloeiro é
prejudicado por temperatura do ar inferior a 13ºC e superior à 40ºC, sendo que a faixa
ótima para o seu desenvolvimento vegetativo encontra-se entre 25ºC e 32ºC e para o
estádio de frutificação entre 20ºC e 30ºC durante o dia, 15ºC e 20ºC à noite. Se a
temperatura noturna for elevada e a mínima na parte da manhã superior a 28ºC pode
ocorrer aborto de flores.
As características físicas e químicas do solo são importantes no
desenvolvimento desta cultura, devido esta ser uma das cucurbitáceas mais exigentes
no que diz respeito à textura do solo, no entanto, os solos areno-argilosos e bem
drenados são os mais favoráveis ao seu cultivo, sendo inadequado os solos argilosos,
com difícil drenagem, atingindo melhores produções em solos quando o pH situa-se
entre 6,4 e 7,2 (PEDROSA, 1997).
15
Em média as plantas superiores possuem cerca de 5% de nutrientes minerais na
matéria seca, porém há diferenças entre espécies, e as quantidades totais exigidas por
uma cultura dependem da produtividade (HAAG et al., 1981). Silva Júnior et al. (2006)
relatam que o nitrogênio e o potássio são os elementos extraídos em maiores
quantidades pelo meloeiro, participando com mais de 80% do total de nutrientes
extraídos (38% e 45%, respectivamente). Já Oliveira et al. (2010), em cultivo de
meloeiro com adubo orgânico, apresentou os seguintes teores de nutrientes nas folhas
das plantas de melão: K>N>Ca>Mg>P.
2.2 CALDAS ORGÂNICAS OU BIOFERTILIZANTES
2.2.1 Produção e composição química dos biofertilizantes líquidos
A produção de biofertilizantes ou caldas orgânicas é decorrente do processo de
fermentação, ou seja, da atividade dos microorganismos na decomposição da matéria
orgânica e complexação de nutrientes, o que pode ser obtido com a simples mistura de
água e esterco fresco (TIMM et al., 2004). Em seu conteúdo são encontradas células
vivas ou latentes de microrganismos de metabolismo aeróbico, anaeróbico e
fermentação (bactérias, leveduras, algas e fungos filamentosos) e também metabólitos
e quelatos organominerais em soluto aquoso (MEDEIROS; LOPES, 2006). Segundo
Santos e Akiba (1996), os metabólitos são compostos de proteínas, enzimas,
antibióticos, vitaminas, toxinas, fenóis, ésteres e ácidos, inclusive de ação fito-
hormonal produzidos e liberados pelos microrganismos.
Não existe formulação padrão para o preparo do biofertilizante. Receitas
variadas vêm sendo testadas e utilizadas para fins diversos. Santos (1992) e Magro
(1994) desenvolveram fórmulas de produção de biofertilizante enriquecido. O
Supermagro desenvolvido e patenteado por Magro (1994) no Centro de Agricultura
Ecológica Ipê, Rio Grande do Sul, é um biofertilizante foliar enriquecido com
16
micronutrientes e vem sendo utilizado com sucesso em culturas como maçã, pêssego,
uva, tomate, batata e hortaliças, em geral. O Agrobio foi desenvolvido pela Pesagro-
Rio, que o vem distribuindo para agricultores fluminenses desde 1997. O Agrobio é um
produto resultante da digestão aeróbica de substratos orgânicos (esterco bovino fresco,
urina, soro de leite e outros) por microrganismos como fungos e bactérias. Durante o
processo de digestão, que dura em média 56 dias, o mosto é complementado,
periodicamente, pela adição de macro e micronutrientes (PESAGRO-RIO, 1998).
A fermentação aeróbica pode ser levada a efeito com substratos orgânicos e
inorgânicos. Quando orgânicos são utilizados, a degradação dos mesmos pode ser
completa e incompleta. Na fermentação aeróbica completa, o substrato orgânico é
totalmente degradado para CO2 e H2O. Na fermentação aeróbica incompleta, os
substratos orgânicos são parcialmente oxidados, liberando os produtos dessa oxidação
no meio. Substratos inorgânicos podem servir, também, para propósitos de
fermentação, em processos típicos de fermentação aeróbica (TESSEROLI NETO,
2006).
Também existe a produção de biofertilizante por meio de digestão anaeróbica, a
partir de farelos de arroz e de trigo, farinha de trigo e de ossos, fubá, rapadura e
vísceras de peixe, sendo que, durante o processo, existe a necessidade de bomba de
aeração para oxigenar o produto em fermentação. Os produtos finais, denominados
biofertilizantes, vêm sendo usados para fins nutricionais, além de transformarem-se
numa complexa mistura de vitaminas, hormônios e antibióticos sem conhecimento do
efeito ou do modo de ação no controle de doenças e de pragas (FERNANDES et al.,
2000).
O microgeo é um biofertilizante que contém preparados biodinâmicos
elaborados a partir de plantas medicinais (milfolhas, camomila, urtiga, casca-de-
carvalho, dente-de-leão e valeriana) que organizam os processos de fermentação do
composto e dos biofertilizantes e é recomendado com a finalidade de nutrir as plantas
cultivadas (D’ANDREA, 2003).
17
O biofertilizante EM5 é um preparado à base de solução fermentada de
vinagre, álcool, melaço e EM (microrganismos eficazes), é indicado para utilização via
foliar como preventivo contra pragas e doenças. É um biofertilizante que contém vários
grupos de microrganismos, dentre os quais pode citar bactérias produtoras de ácido
láctico, leveduras, actinomicetos, fungos filamentosos e bactérias fotossintéticas que,
através de mecanismo especial, em um mesmo meio líquido (FUNDAÇÃO MOKITI
OKADA, 1998).
Segundo Meirelles et al. (1997) um dos fatores importantes na produção dos
biofertilizante é a temperatura para a fermentação. Para o biofertilizante feito com
esterco, a melhor temperatura é 38o C, que é a temperatura da pança (rúmen) dos
animais que pastam, seja coelho, camelo, vaca ou veado. No Nordeste, há regiões que
permitem ter o produto em 14 dias. Em lugares onde a temperatura média do dia é de
18o C, pode levar até 90 dias, quando feito no inverno. Meirelles et al. (1997) alertam,
também, que a falta de fermentação pode estar associada à contaminação ou alteração
brusca do composto ou quando o esterco é oriundo de animais tratados com
antibióticos. A adição dos micronutrientes deve ser feita da forma mais lenta possível,
de preferência a conta-gotas, para não afetar a fermentação, porém, devido ao tempo e
ao custo, essa prática torna-se inviável.
Embora exista pouco estudo sobre a composição dos biofertilizantes, sabe-se
que os mesmos possuem todos os elementos necessários para a nutrição vegetal,
variando as concentrações, dependendo diretamente da alimentação do animal que
gerou a matéria-prima a ser fermentada, sendo que, dependendo do período de
fermentação, há variações também na concentração dos nutrientes. Santos (1991)
avaliou a composição química de um biofertilizante obtido através da fermentação de
esterco de curral de gado leiteiro, aos 30, 60, 90 e 120 dias de fermentação e observou
que a maior concentração de nutrientes se deu aos 30 dias. Elad e Shtienberg (1994)
verificaram variações na composição química de extrato aquoso de composto de gado,
de galinha e de bagaço de uva.
18
Como diz Bisso et al. (2003) analisaram um biofertilizante usado na
pulverização da cultura da calêndula e obtiveram a seguinte composição química: 8,4 g
kg-1 de N, 0,32 g kg-1 de P, 0,20 g kg-1 de K, 1,4 g kg-1 de Ca, 0,7 g kg-1 de Mg, 0,29 g
kg-1 de S, 284 mg kg-1 de Cu, 813 mg kg-1 de Zn, 272 mg kg-1 de Fe, 272 mg kg-1 de
Mn, 165 mg kg-1 de Na e 611 mg kg-1 de B.
A análise da composição do biofertilizante produzido a partir da digestão
aeróbica de composto orgânico formulado com palha de café, estercos de cama de
aviário e de bovino, farinha de ossos, farelo de arroz, açúcar, fermento, leite e água,
enriquecido com micronutrientes, mostrou os seguintes resultados: pH (água) = 6,5;
CE = 11,22 MS cm-1; 988 mg L-1 de N; 6,0 mg L-1 de P; 264 mg L-1 de K; 842,8 mg L-1
de Ca e 349 mg L-1 de Mg (DEVIDE et al., 2000).
Villela Junior et al. (2003) estudando um biofertilizante produzido de maneira
aeróbica através de esterco bovino, obteve teores de 0,24 g L-1 de N, 0,031 g L-1 de P,
0,29 g L-1 de K, 0,149 g L-1 de Ca, 0,021 g L-1 de Mg, 36 mg L-1 de S, 1,8 mg L-1 de Fe,
0,4 mg L-1 de Mn, 0,5 mg L-1 de B e 0,3 mg L-1 de Zn. Os valores encontrados
demonstram que a complementação do preparo do biofertilizante com alguns minerais
é de grande validade para suprir a necessidade de alguns elementos, cujo se encontram
com teores muito baixos.
Tesseroli Neto (2006) estudando biofertilizantes aeróbicos (Fórmula IAPAR
2001/1) e anaeróbicos (Fórmula IAPAR 2001/2) produzidos a partir da fermentação de
esterco bovino fresco verificou que os teores de K, Na, Cu, Zn, Mn, Fe e condutividade
elétrica foram mais elevados no meio aeróbico, enquanto que, os teores de C, matéria
orgânica e pH do biofertilizante preparado em meio anaeróbico. Segundo o autor,
provavelmente esses resultados estão relacionados ao modo de preparo do
biofertilizante, pois a população de microorganismos nos biofertilizantes é diferente. O
meio aeróbico predominam bactérias aeróbicas e facultativas, fungos e actinomicetos
que são capazes de tornar uma maior quantidade desses elementos que se apresentam
em forma não disponível para forma disponível na solução.
19
Tesseroli Neto (2006) obteve valores similares, utilizando as mesmas fórmulas,
para os teores de N, P e K e pH, no entanto os micronutrientes apresentam valores
muito distintos. O teor de Zn no fertilizante aeróbico é 38 vezes maior do que o valor
encontrado pelo autor usando a mesma receita de produção, o que poderá estar
relacionado às diferenças na composição química da matéria-prima.
De um modo geral torna-se complexa fazer uma comparação da composição
química dos biofertilizantes, pois existem muitas variações em função do modo de
preparo, da matéria-prima utilizada e da metodologia pela qual o produto foi analisado,
pois não existe uniformização da metodologia para a análise do biofertilizante.
2.2.2 Utilização de biofertilizante na produção de hortaliças
Como foi dito anteriormente, existem, na literatura, vários tipos de
biofertilizantes, dentre eles o comum, também conhecido como biofertilizante puro, e
os enriquecidos em macro, micronutrientes e uma mistura protéica, como o
supermagro e o agróbio. Independente de serem ou não enriquecidos quimicamente,
esses insumos são mais utilizados na forma líquida, para pulverização das plantas,
como apresentam Collard et al. (2001). Por isso, são mais conhecidos como defensivos
naturais das plantas, mas, também podem ser aplicados diretamente no solo como
fertilizantes às culturas, em geral.
Os biofertilizantes líquidos têm sido empregados nas mais diversas culturas,
sejam como única fonte de nutrientes, ou juntamente com adubos minerais, no entanto,
são poucas as referências sobre o efeito nutricional dos biofertilizantes. Os trabalhos
que existem referem-se apenas a efeitos genéricos sem, no entanto, apresentar
resultados de pesquisas com comprovação científica da sua eficácia. Grande parte dos
trabalhos apresenta resultados dos efeitos de maneira empírica, baseando-se apenas em
unidades de observação (TESSEROLI NETO, 2006).
20
Como adubo, vem se observando o aumento do uso de biofertilizante em
substituição dos produtos agroquímicos (DIAS et al., 2003). Esses compostos
orgânicos conferem ao solo aspectos nutricionais e biológicos que auxiliam sobre
maneira no cultivo de plantas. O uso desses compostos orgânicos ocasiona melhorias
nos atributos químicos, físicos e biológicos do solo que favorece um desenvolvimento
adequado à obtenção de produtividade economicamente viável.
Segundo Santos (1992), em plantas de ciclo curto como as olerícolas, o uso de
biofertilizantes deve ser feito em pulverizações semanais, para permitir um bom
desenvolvimento das mesmas, que exigem complementação mais rápida e eficiente dos
nutrientes. Em pepino, berinjela, tomate, alface e pimentão, Pinheiro e Barreto (2000)
obtiveram aumentos na produção comercial em função de pulverizações com
biofertilizante, produzido com esterco bovino na concentração de 20%, tanto em
estufas, como em condições de campo aberto.
Segundo Fernandes e Testezlaf (2002) os biofertilizantes vêm ganhando
destaque na agricultura irrigada, considerando uma medida extremamente estratégica
do ponto de vista ambiental e econômico, pelo reaproveitamento de resíduos orgânicos
disponíveis em grande parte das propriedades rurais e de baixo custo.
O uso de biofertilizantes na fertirrigação exige um criterioso cuidado com a
filtragem da solução, pois a alta concentração de sólidos suspensos e a formação de
biofilme podem provocar entupimentos no sistema de irrigação (GROSS et al., 2007).
Para reduzir os problemas de entupimentos deve-se deixar a calda do biofertilizante
coada por um período anterior à aplicação que seja suficiente para decantar parte das
partículas que persistem após a filtragem; fazer uso de válvulas de final de linha nas
linhas laterais e continuar a irrigação após a injeção do biofertilizante por um
determinado tempo que seja suficiente para remover o excesso de partículas
acumuladas no sistema.
No meloeiro, Freire et al. (2009) aplicaram via água de irrigação biofertilizante
produzido a partir da mistura de esterco bovino e água acrescida de estimulante
21
(microrganismos) e micronutrientes, nas doses de 30, 60 e 90 L ha-1 dia-1, e observaram
que não houve diferença significativa entre os tratamentos (doses) com relação à
produtividade e qualidade de frutos, no entanto, a aplicação de biofertilizante
aumentou significativamente, os teores de matéria orgânica do solo. Diferentemente,
do observado por Pinto et al. (2008), onde verificaram que a produtividade do meloeiro
foi maior quando adubado com fertilizante mineral mais substâncias húmicas em
relação a os biofertilizantes Agrobom e Vairo.
Em melão cultivado hidropônico Villela Júnior et al. (2003) demonstrou que a
substituição parcial de adubos minerais por biofertilizante produzido com efluente de
biodigestor mostrou-se viável.
Em alface, Lima et al. (2007) verificaram que os biofertilizantes de rochas com
fósforo e com potássio além de enxofre inoculado com Acidithiobacillus, em mistura
com vermicomposto de minhoca, podem ser aplicados como fonte alternativa em
substituição a fertilizantes minerais solúveis, sem afetar o pH e a produtividade da
alface. A fertilização com P e K mostrou efeito residual, especialmente quando
aplicados os biofertilizantes com P e K de rochas, com maior aumento para o P
disponível.
Souza (2001), em área de cultivo orgânico com oito anos de idade, não
encontrou resposta à aplicação do biofertilizante à base de esterco bovino, em
concentrações de 0% a 50%, na produção total e comercial de quiabeiro, bem como do
biofertilizante à base de esterco bovino (0% a 50%) e do supermagro (0% a 24%) sobre
o número, o peso e o padrão comercial de frutos de pimentão, sugerindo que esses
produtos em solos sob manejo orgânico equilibrados, possam contribuir para a
elevação de teores foliares de alguns nutrientes, porém, sem interferir no desempenho
produtivo. Diferentemente, do observado por Paes (2003) na região de Areia-PB, onde
obteve resposta positiva sobre o rendimento de frutos, em função do emprego do
biofertilizante de urina de vaca. Araújo. (2007), quando utilizaram a combinação de
esterco bovino e biofertilizante aplicada via foliar, na cultura do pimentão obtiveram
22
incrementos de 1,8 e 1,3 t ha-l a mais na produtividade de frutos, em relação apenas ao
emprego de esterco bovino.
Em cenoura, Viana et al. (2003), ao avaliarem a adubação verde, composto
orgânico e biofertilizante notaram que o biofertilizante aplicado via foliar favoreceu o
desenvolvimento vegetativo e ocorreu maior produção. No tomateiro, o biofertilizante
sem adição de micronutrientes, quando aplicado em concentrações superiores a 12%
por via foliar, apresentou efeitos nutricionais consideráveis, promovendo maior
acúmulo de biomassa nas plantas e os maiores números de racemos nas plantas de
tomate foram observados nos tratamentos que continham biofertilizantes e
bioestimulantes (TANAKA et al., 2003).
Os biofertilizantes têm mostrado um efeito benéfico na composição mineral do
solo e na redução da acidez do solo, isto é, aumentando o pH. A matéria orgânica
aplicada no solo forma complexos orgânicos estáveis, interferindo no processo de
acidificação, provocada pela lavagem das bases essenciais à planta. Deste modo ela
retém os componentes dos adubos e o dos calcários, que ficam à disposição das
plantas, ao mesmo tempo em que evita o carregamento e a perda dos nutrientes pelas
águas de chuvas e das irrigações pesadas. Aumenta o teor de fósforo disponível do solo
como fonte direta deste nutriente. Indiretamente, entretanto, funciona como
solubilizador de fontes de fósforo pouco disponíveis para as plantas (OLIVEIRA et al.,
1984).
Os efeitos de biofertilizantes aplicados no solo foram estudados por Santos e
Mendonça (2000), concluindo que há melhorias nas propriedades físicas a partir da
redução da densidade, bem como liberação de ácidos orgânicos (LAGREID;
BOCKMAN; KAARSTAD, 1999). Galbiatti et al. (1996) reportaram enriquecimento
químico do solo na capacidade de retenção de bases promovido pela aplicação do
biofertilizante. Para os autores, esse aspecto exerce relevância, visto que a obtenção de
elevado rendimento com qualidade de frutos está diretamente associada a uma nutrição
balanceada da cultura.
23
Gross et al. (2007) relatam que em Israel a adubação aplicada antes do plantio
na forma sólida não tem sido suficiente para suprir as necessidades de nutrientes dos
cultivos orgânicos, principalmente com relação ao nitrogênio, sendo feito
complementação com biofertilizantes por meio do sistema de irrigação. A principal
fonte de esterco usada na produção dos biofertilizantes naquele país é o guano. Ele
apresenta de 15 a 20 % de nitrogênio na massa seca. No trabalho desses autores, o qual
avalia diferentes métodos de produção de biofertilizante, usando guano, cama de
frango e esterco de frango, observou-se que as maiores perdas de nitrogênio por
volatilização da amônia, ocorreram com os biofertilizantes oriundos do guano e do
esterco de frango. Isso aconteceu em função dos maiores teores de nitrogênio nesses
materiais e baixa quantidade de carbono, provocadas pelo desequilíbrio na relação
carbono/nitrogênio.
Além do aspecto nutricional, busca-se nos biofertilizantes uma ação
fitoprotetora mediante promoção do equilíbrio nutricional, da ação inibitória e
protetora contra patógenos e da ação repelente contra pragas. Resultados positivos
foram observados por Deleito et al. (2005a), constatando ação bacteriostática do
biofertilizante Agrobio sobre Xanthomonas euvesicatoria, in vitro. Em casa-de-
vegetação, Deleito et al. (2005b) observaram efeito do biofertilizante Agrobio no
controle da mancha-bacteriana em mudas de pimentão em relação à testemunha e que o
Agrobio favoreceu o desenvolvimento vegetativo das mudas, o aumento da área foliar
e a maior retenção das folhas infectadas.
As principais causas da inibição do desenvolvimento de patógenos pelos
biofertilizantes seria o efeito fungistático e bacteriostático, principalmente pela
presença da bactéria, Bacillus subtilis (originária do rúmen de bovinos), que sintetiza
substâncias antibióticas, aliado aos diversos nutrientes, vitaminas e aminoácidos
(BETTIOL, 2001; SANTOS, 2001). A ação dos biofertilizantes sobre os insetos é de
natureza repelente, devido a substâncias voláteis, como álcoois, fenóis e ésteres,
24
equilíbrio nutricional das plantas e/ou efeito mecânico por adesividade e desidratação
(SANTOS, 2001).
Santos e Sampaio (1993) verificaram uma propriedade coloidal do
biofertilizante que provoca a aderência do inseto sobre a superfície do tecido vegetal.
Os autores destacaram também o efeito repelente e deterrente de alimentação contra
pulgões e mosca-das-frutas. Medeiros et al. (2000) verificaram que o biofertilizante a
base de conteúdo de rúmen bovino e composto orgânico Microgeo reduziram a
fecundidade, período de oviposição e longevidade de fêmeas do ácaro-da-leprose dos
citros, Brevipalpus phoenicis, quando pulverizado em diferentes concentrações. O
estudo comprovou que o biofertilizante agiu por contato direto e residual e também
funcionou de forma sistêmica na planta. Esses mesmos autores comprovaram que este
biofertilizante agiu sinergicamente com Bacillus thuringiensis e o fungo B. bassiana,
reduzindo a viabilidade dos ovos e sobrevivência de larvas do bicho-furão-dos-citros
(Ecdytolopha aurantiana).
25
3 MATERIAL E MÉTODOS
3.1 EXPERIMENTO 01: COMPOSIÇÃO DOS BIOFERTILIZANTES EM FUNÇÃO
DO TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO E FONTES DE ESTERCO
O experimento foi conduzido na horta didática do Departamento de Ciências
Vegetais da UFERSA em Mossoró no período de julho a outubro de 2010. O
delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado em fatorial 2 x 7
com três repetições. Os tratamentos consistiram da combinação de duas fontes de
esterco (bovino e galinha) e sete tempos de decomposição (0, 5, 10, 15, 20, 25 e 30
dias). Cada unidade experimental foi formada por um recipiente com capacidade para
60 L.
Os biofertilizantes foram preparados em recipiente de 60 L onde foram
colocados 5 kg de esterco (homogeneizado e peneirado), 45 L de água (Tabela 1) e 0,5
L de melaço. Estes ingredientes foram misturados diariamente, e colocados para
fermentar a céu aberto, de acordo com os períodos preestabelecidos de decomposição.
As temperaturas dos biofertilizante foram verificadas duas vezes ao dia (8 e 14 horas)
cujos valores médios foram respectivamente 23°C ± 2 e 34°C ± 2.
Tabela 1. Resultados das análises da água do poço da horta experimental da UFERSA, Mossoró, RN, 2010.
Os estercos utilizados nos experimentos foram oriundos de confinamento de
gado existente na UFERSA (bovino), e da granja comercial de galinhas poedeiras,
localizada próxima ao município de Mossoró (galinha). Os estercos foram utilizados
CE pH K Na Ca Mg HCO3 CO3 Cl RAS DUREZA Cátions Ânions dS/m --------------mmolc/L ------------------- --mg/L-- ----mmolc/L---- 0,556 8,3 0,24 3,79 0,8 0,3 0,2 2,0 2,0 5,1 55 5,1 4,2
26
com 9 % de umidade. Para as análises de caracterização foram coletadas amostras dos
referidos estercos, cujos valores são apresentados na Tabela 2.
Tabela 2. Parâmetros químicos do esterco bovino e de galinha utilizado nos experimentos. Mossoró, RN, 2010.
FONTE N (g kg-1) P (g kg-1) K (g kg-1)
Bovino 14,00 3,96 9,59
Galinha 46,08 16,84 27,24
Após o período de decomposição, o biofertilizante foi filtrado e coletado uma
alíquota de 1 L de cada unidade experimental. Logo após a coleta foi determinado o
pH e a condutividade elétrica do biofertilizante. Em seguida o material foi
acondicionado em bandeja tipo marmitex, e seca em estufa de circulação forçada de ar
a temperatura de 65°C ± 2, até atingir massa constante. Em função da massa seca das
amostras, foi determinado o teor massa seca presente na parte líquida do biofertilizante
em cada época de coleta, sendo os resultados expressos em g L-1.
As análises químicas foram realizadas no Laboratório de Solos e plantas do
Departamento de Ciências Ambientais da UFERSA. A determinação dos teores de
nutrientes, presentes em cada amostra foram feitas nos extratos obtidos pela digestão
sulfúrica. O nitrogênio foi determinado pelo método Micro Kjedahl, o fósforo por
colorimetria, o potássio por fotometria de chama, e Ca e o Mg por absorção atômica
(TEDESCO et al., 1995). Os resultados das análises forneceram as concentrações dos
nutrientes (N, P, K, Ca e Mg) e para se determinar à quantidade destes acumulados em
um litro de biofertilizante, multiplicou-se a concentração pela massa seca da referida
amostra, sendo os resultados expressos em g L-1.
Os dados de massa seca e nutriente foram submetidos a análises de variância
utilizando o software SISVAR. Para o fator quantitativo (tempo de decomposição) foi
realizada análise de regressão e para o fator qualitativo (fonte de esterco) o teste de
Tukey ao nível de 5% de probabilidade.
27
3.2 EXPERIMENTO 2: DESEMPENHO DO MELOEIRO COM APLICAÇÃO DE
BIOFERTILIZANTES, VIA FERTIRRIGAÇÃO.
O experimento foi conduzido na horta didática do Departamento de Ciências
Vegetais da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, Mossoró/RN, no período de
outubro a dezembro de 2010 em solo classificado como Argissolo Vermelho-amarelo
Eutrófico (EMBRAPA, 1999). Da área experimental foram retiradas amostras de solo,
cujo resultado da análise química é apresentado na Tabela 3.
O município de Mossoró está situado a 18 m de altitude, a 5º11 de latitude sul
e 37º20 de longitude oeste. O clima da região, segundo a classificação de Köppen, é
Bswh, isto é, seco e muito quente, com duas estações climáticas: uma seca que vai
geralmente de junho a janeiro, e outra chuvosa, de fevereiro a maio, apresentando
temperatura média anual de 27,4ºC, precipitação pluviométrica anual irregular com
média de 673 mm e umidade relativa de 68,9% (CARMO FILHO et al., 1991).
Tabela 3. Resultados das análises de solo da área experimental, Mossoró, RN, 2010.
pH P K Ca Mg Na Al
(água 1:2,5) (mg dm-3) -----------------------Cmolc dm-3-----------------------
7,7 20,29 0,16 3,40 1,10 0,18 0,00
O delineamento experimental utilizado foi em blocos casualizados completo,
com quatro repetições em esquema fatorial 2 x 5. Os tratamentos consistiram da
combinação de duas fontes de esterco utilizado no preparo do biofertilizante (esterco
bovino e de galinha) e 5 doses de biofertilizantes (0; 25; 50; 75 e 100% da quantidade
de K2O utilizado na região para melão) aplicados via fertirrigação (Tabela 4), os
demais nutrientes (N e P) foram adicionados diariamente na forma de adubos minerais
completando as dosagens recomendadas para cada nutriente, dia após dia.
28
Como os biofertilizantes (bovino e galinha) apresentaram maior concentração
de potássio, utilizou-se esse nutriente, como base nos cálculos da quantidade de
biofertilizante a aplicar em cada tratamento.
Cada parcela experimental foi composta de duas fileiras de 6 m de
comprimento, espaçadas de 2,0 m perfazendo um total de 30 plantas.
Tabela 4. Fontes e doses das adubações utilizadas no experimento. Mossoró, RN, 2010.
Tratamentos Fonte Dose (%)
T1 _ 100% adubação convencional
T2 Esterco bovino 25% de K2O na forma de biofertilizante
T3 Esterco bovino 50% de K2O na forma de biofertilizante
T4 Esterco bovino 75% de K2O na forma de biofertilizante
T5 Esterco bovino 100% de K2O na forma de biofertilizante
T6 - 100% adubação convencional
T7 Esterco de galinha 25% de K2O na forma de biofertilizante
T8 Esterco de galinha 50% de K2O na forma de biofertilizante
T9 Esterco de galinha 75% de K2O na forma de biofertilizante
T10 Esterco de galinha 100% de K2O na forma de biofertilizante
Os biofertilizantes foram preparados, através da mistura do esterco (bovino ou
galinha) com água na proporção de 5 kg de esterco (homogeneizado e peneirado), 45 L
de água e 0,5 L de melaço. Estes ingredientes foram misturados diariamente, e
colocados para fermentar a céu aberto, por um período de sete dias. Após o período de
decomposição, o biofertilizante foi filtrado e coletado uma alíquota de 1 L para as
análises químicas, conforme procedimentos descritos anteriormente.
O preparo do solo constou de aração e gradagem, seguido do sulcamento em
linhas, espaçadas de 2 m e com profundidade de 30 cm, onde foi realizada a adubação
29
de fundação com base na análise do solo e recomendação de adubação empregada na
região para meloeiro, colocando-se 138 kg ha-1 de P2O5 e 60 kg ha-1 de K2O, na forma,
de superfosfato triplo e cloreto de potássio, respectivamente. Em seguida foi colocado
o sistema de irrigação e o mulching plástico de coloração preto/branco.
As sementes utilizadas foram do híbrido de melão Amarelo Iracema da
empresa Sakata Seeds, sendo que a semeadura foi realizada em bandejas de
poliestireno expandido para 200 mudas, preenchidas com substrato comercial, nos
quais permaneceram em casa de vegetação por período de 12 dias até o transplantio. O
sistema de irrigação utilizado foi por gotejamento, constituído de uma linha lateral por
fileira de plantas com gotejadores tipo autocompensante, com vazão média de 1,5 Lh-1,
espaçados de 0,30 m e distância entre linhas de 2 m. As irrigações foram realizadas
diariamente, e as lâminas foram determinadas com base na evapotranspiração da
cultura (ALLEN et al., 1998), onde foi aplicada durante todo o ciclo da cultura uma
lâmina de 289 mm.
A partir do terceiro dia do transplantio deram-se inícios as fertirrigações, sendo
realizada diariamente com as irrigações. A injeção do biofertilizante na água de
irrigação foi realizada com o auxílio de tanque de derivação, produzido de tubos de
PVC e conhecido na região como “pulmão” (Figura 1). Antes de iniciar a injeção o
sistema era pressurizado com a moto-bomba principal por aproximadamente cinco
minutos. Ao final, foi aplicado ácido nítrico em quantidade que variou de acordo com
o ciclo da cultura e em seguida manteve-se a moto-bomba principal ligada por mais
cinco minutos para limpeza do sistema, apenas com água.
30
Figura 1- Detalhe dos tanques de derivação utilizado para aplicação dos biofertilizantes. Mossoró, RN, 2010.
O cálculo da quantidade de biofertilizante a ser aplicada em cada tratamento
foi baseado na necessidade de potássio para a cultura do meloeiro conforme análise de
solo e recomendação de adubação utilizada na região, considerando os teores de
potássio contendo nos biofertilizantes bovino e de galinha (Tabela 5). As quantidades
totais de NPK aplicadas em cobertura foram de 96,1 kg ha-1 de N; 92,0 kg ha-1 de P2O5;
123,2 kg ha-1 de K2O.
Tabela 5. Composição química dos biofertilizantes quanto aos teores de macronutrientes. Mossoró, RN, 2010.
Todos os tratamentos receberam as mesmas quantidades de NPK, sendo que de
acordo com o tratamento, parte destes nutrientes foi fornecida via biofertilizante. As
complementações foram realizadas usando uréia, ácido nítrico, MAP, ácido fosfórico e
Biofertilizante N P K Ca Mg ------------------------------g L-1 -----------------------------------
Bovino 0,12 0,16 0,96 0,04 0,01 Galinha 1,75 1,12 3,9 0,24 0,11
31
cloreto de potássio. Aos 30 dias após a decomposição (DAT) foi aplicada via água de
irrigação em todos os tratamentos 0,6 kg ha-1 da formulação comercial contendo 5,0%
de B, 1,5 de Cu, 4% de Fe, 5,4 de Mg, 4,0% de Mn, 0,1% de Mo, 3,0% de S e 1,5% de
Zn. O controle fitossanitário e os demais tratos culturais foram realizados de acordo
com as recomendações técnicas adotadas na região para o meloeiro. A colheita dos
frutos foi realizada aos 56 dias após o transplantio, sendo avaliadas as seguintes
características:
-Sólidos solúveis (ºBrix): Em cada parcela foram selecionados quatro frutos onde
foram retiradas porções da polpa de diferentes regiões dos frutos, as quais foram
homogeneizadas extraindo o suco. As leituras foram determinadas em refratômetro
digital.
-Acidez titulável: foi determinada, utilizando uma alíquota de 5 ml do suco da polpa,
ao qual foram adicionadas três gotas de fenolftaleína 1%. Em seguida foi realizada a
titulação até o ponto de viragem com solução de NaOH (0,1N), previamente
padronizada.
-Relação SS/AT: foi determinada mediante o cálculo da relação dessas duas variáveis.
-Classificação dos frutos: foram classificados em comerciais e não comerciais de
acordo com o tamanho e aparência externa dos frutos (uniformidade da coloração da
casca, danos por pragas e podridões);
-Número e Produtividades de frutos comerciáveis: foi obtido pela contagem dos frutos
da área útil de cada parcela que se enquadraram como comercial. Com a pesagem
destes, foi estimada a produtividade comercial (t ha-1);
-Número e produtividade de frutos não comerciáveis ou refugo: foi obtido pela
contagem dos frutos da área útil de cada parcela que não se enquadrarem como
comercial. Com a pesagem destes, foi estimada a produtividade não comercial (t ha-1);
-Produtividade total de frutos foi obtida pelo somatório das produtividades comercial e
não comercial (t ha-1);
32
-Massa média de frutos comerciáveis: foi obtida dividindo-se a massa total de frutos
pelo número de frutos comerciáveis em cada parcela.
Os dados foram submetidos a análises de variância utilizando o software
SISVAR. Para o fator quantitativo (dose de biofertilizante) foi realizada análise de
regressão e para o fator qualitativo (fonte de esterco) o teste de Tukey ao nível de 5%
de probabilidade.
33
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1 EXPERIMENTO 01: COMPOSIÇÃO DOS BIOFERTILIZANTES EM FUNÇÃO
DO TEMPO DE DECOMPOSIÇÃO E FONTES DE ESTERCO
Para todas as características houve efeito significativo na interação tempo de
decomposição e as fontes de esterco (Tabela 6). No desdobramento realizado para
tempo de decomposição dentro das fontes de estercos, apenas conseguiu ajuste da
equação para o nitrogênio do biofertilizante. Os gráficos foram feitos com base nas
médias obtidas e no desvio padrão da anova para (P < 0,05).
Tabela 6. Resumo de análise de variância. pH, condutividade elétrica (CE), massa seca (MS) e concentrações de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio dos biofertilizantes. Mossoró, RN, 2010.
QM
FV pH CE MS N
Biofertilizantes (BIO) 2,18* 3599,17* 7551,17* 23,03*
Tempo de decomposição (TEMP) 6,46* 104,13* 6,03* 0,13* BIO x TEMP 1,73* 96,51* 85,24* 0,07*
Erro 0,02 0,44 0,65 0,004
FV P K Ca Mg
Biofertilizantes (BIO) 6,91* 65,37* 0,24* 0,061*
Tempo de decomposição (TEMP) 0,07 ns 0,57* 0,014* 0,002* BIO x TEMP 0,03* 0,23* 0,0124* 0,0013*
Erro 0,03 0,006 0,0004 0,0001 (*) Valores significativos pelo teste F ao nível de 5% de significância. (ns) Valores não significativos pelo teste F ao nível de 5% de significância. As fontes dos biofertilizantes comportaram-se de maneira diferente em relação
ao pH durante o período de decomposição (Tabela 7). Nas duas primeiras avaliações (0
e 5 dias) o biofertilizante de esterco de galinha apresentou pH superior em relação ao
34
de bovino, mas a partir da terceira avaliação (10 dias) houve uma inversão e o pH do
biofertilizante bovino apresentou-se maior que o encontrado no biofertilizante de
esterco de galinha (Tabela 5). O biofertilizante de esterco bovino apresentou uma
tendência de crescimento de pH a partir dos 5 dias, atingindo seu maior valor aos 25
dias quando o pH observado foi 8,11. Já o de galinha, seguiu uma tendência
decrescente até 20 dias onde foi observado seu menor valor de 6,32 (Figura 2). A
diminuição do pH, observado nos biofertilizantes de esterco bovino e galinha deve-se,
provavelmente, a liberação de ácidos orgânicos pelos fungos e bactérias, pois à medida
que esses microorganismos digerem a matéria orgânica libertam-se ácidos que se
acumulam e acidificam o meio. Posteriormente estes ácidos são decompostos até serem
completamente oxidados que ocasiona o aumento do pH (JIMENEZ; GARCIA, 1989).
Ao final do período de avaliação, o pH dos biofertilizantes de esterco bovino e
galinha apresentaram valores de 7,88 e 6,77, respectivamente. Segundo Kiehl (1998) o
valor do pH observado nesse trabalho é considerado ótimo, pois não interfere na
microbiota e nem mesmo na fisiologia das plantas. Araújo et al. (2007) utilizando
biofertilizante bovino durante de 30 dias de fermentação encontrou pH de 6,40.
Campos et al. (2008) utilizando biofertilizante bovino em fermentação anaeróbica
observou pH com valor de 6,8. Costa et al. (2006) utilizando biofertilizante sua
composição esterco bovino, esterco de galinha e leite, um pH de 7,2.
Marinho et al. (2009) observaram que na primeira avaliação (no dia do preparo
do biofertilizante) não houve diferença significativa dos valores médios de pH entre os
biofertilizantes preparados com esterco curtido (9,15) e húmus de minhoca (8,49). Os
valores médios de pH dos biofertilizantes a base de húmus de minhoca foram
significativamente maiores do que os preparados à base de esterco na segunda (7 dias
após o preparo) e terceira (21 dias após o preparo) avaliações, embora a diferença entre
as médias tenha sido pequena.
35
Tabela 7. PH, condutividade elétrica (CE), massa seca e quantidades de nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio e magnésio dos biofertilizantes de bovino e galinha em diferentes tempos de decomposição. Mossoró, RN, 2010.
Fonte Tempo de decomposição (dias)
0 5 10 15 20 25 30
pH
Bovino 7,14b* 6,43b 6,94a 7,65a 7,84a 8,11a 7,88ª
Galinha 8,03a 7,56a 6,67b 6,6b 6,32b 6,83b 6,77b
CE (dS m-1)
Bovino 5,01b 6,29b 4,89b 4,84b 4,81b 4,74b 4,69b
Galinha 8,93a 30,1aª 29,15a 29,48ª 26,99a 24,53a 15,59ª
Massa seca (g L-1)
Bovino 19,19b 14,55b 10,42b 9,78b 9,95b 6,97b 7,06b
Galinha 32,85a 34,55a 37,53a 40,05a 39,38a 42,84a 38,43ª
Nitrogênio (g L-1)
Bovino 0,26b 0,20b 0,17b 0,12b 0,12b 0,09b 0,09b
Galinha 1,79a 1,70a 1,71a 1,76a 1,72a 1,66a 1,07ª
Fósforo (g L-1)
Bovino 0,50b 0,21b 0,21b 0,16b 0,08b 0,04b 0,03b
Galinha 0,78a 0,72a 1,13a 1,12a 1,05a 0,89a 0,76ª
Potássio (g L-1)
Bovino 0,70b 0,43b 0,36b 0,96b 1,12b 0,81b 0,68b
Galinha 2,54a 2,93a 3,37a 3,90a 3,60a 3,16a 3,06ª
Cálcio (g L-1)
Bovino 0,04a 0,05b 0,04b 0,04b 0,03b 0,03b 0,03ª
Galinha 0,06a 0,26a 0,26a 0,24a 0,29a 0,15a 0,076ª
Magnésio (g L-1)
Bovino 0,01a 0,02b 0,13b 0,01b 0,01b 0,01b 0,01b
Galinha 0,03a 0,10a 0,11a 0,11a 0,12a 0,09a 0,07ª *Médias seguidas de mesmas letras na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.
36
O pH do composto pode ser indicativo do estado da compostagem dos resíduos
orgânicos. Jimenez e Garcia (1989) indicaram que durante as primeiras horas de
compostagem, o pH decresce até valores de aproximadamente 5 e posteriormente,
aumenta gradualmente com a evolução do processo de compostagem e estabilização do
composto, alcançando finalmente valores entre 7 e 8. Assim, valores baixos de pH são
indicativos de falta de maturação devido à curta duração do processo ou a ocorrência
de processos anaeróbios no interior da pilha da compostagem.
Figura 2. pH (A) e condutividade elétrica (CE) (B) dos biofertilizantes de bovino e galinha em diferentes tempos de decomposição. Mossoró, RN, 2010.
A condutividade elétrica do biofertilizante preparado com o esterco de galinha
foi significativamente maior do que a observada para o biofertilizante preparado com
esterco bovino em todos os períodos de decomposição (Tabela 7). Ambos os
biofertilizantes apresentaram crescimento na condutividade elétrica no quinto dia de
decomposição, com destaque para o de galinha que aumentou de 8,03 dS m-1 para
30,12 dS m-1. Porém, a partir dos 10 dias houve tendência decrescente na
condutividade elétrica de ambos e ao final do período de decomposição os valores da
condutividade elétrica observado para o biofertilizante bovino e de galinha foi 4,49 dS
Tempo de decomposição (dias)
0 5 10 15 20 25 30 35
pH
6,0
6,5
7,0
7,5
8,0
8,5BovinoGalinha
Tempo de decomposição (dias)
0 5 10 15 20 25 30
CE
(dS
m-1
)
0
5
10
15
20
25
30
35BovinoGalinha
A B
37
m-1e 15,59 dS m-1, respectivamente (Figura 2). O aumento na condutividade elétrica
ocorreu provavelmente devido adição de sais principalmente cálcio, magnésio,
potássio, sódio ao meio pelos biofertilizantes. Segundo Rezende (2004), o aumento na
CE ocasionado pela adição de matéria orgânica tende a diminui com a ação de
microorganismos.
Os valores elevados de condutividade elétrica observados no presente trabalho,
principalmente no biofertilizante de esterco de galinha, devem servir como alerta no
uso desses produtos por parte dos produtores, pois dependendo da forma de aplicação
pode ocasionar a salinização do solo e/ou prejudicar o desempenho das culturas.
Segundo Oliveira et al. (2002) recomenda que, ao adicionar fertilizantes orgânicos ao
solo, é necessário fazer o monitoramento periódico da salinidade para se evitar
possíveis efeitos salinos sazonais, condição que certamente prejudicará a produtividade
de muitas culturas. Estudos comprovaram que a partir de determinados níveis, o adubo
orgânico pode limitar a produção, por provocar salinização do solo, devido à elevada
concentração de íons, os quais variam de acordo com o material que deu origem ao
adubo orgânico (COSTA, 1994).
Segundo Keihl (1998), a condutividade elétrica também é um indicador do
grau de maturação do fertilizante. Durante o processo de maturação do fertilizante, a
fração mineral total aumenta, enquanto a condutividade elétrica (presença de sais)
diminui. Desse modo, da fase inicial até a metade do processo de maturação, a
condutividade pode cair em 50%.
Em biofertilizante, a condutividade elétrica é muito influenciada pela sua
composição química e pelo modo de preparo do mesmo. Silva et al. (2007) utilizando
biofertilizante bovino em meio anaeróbico apresentou CE cinco vezes maior que o
observado no final desse trabalho para o biofertilizante bovino em meio aeróbio.
Resultado diferente foi observado por Tesseroli Neto (2006) comparando
biofertilizante anaeróbico e aeróbico, onde a condutividade elétrica foi mais elevada no
biofertilizante produzido em meio aeróbico em relação ao anaeróbico. A comparação
38
de resultados entre os biofertilizantes se torna difícil uma vez que existem inúmeros
fatores que influenciam a sua composição química podendo destacar o tipo de animal,
sistema de alojamento e sua alimentação .
Quanto à massa seca do biofertilizante, observou-se que o preparado com
esterco de galinha apresentou maior concentração em todos os períodos de
decomposição quando comparado ao de esterco bovino (Tabela 7). Além disso, a
massa seca do biofertilizante bovino diminuiu com o tempo de decomposição. No dia
do preparo (0 dia) a massa seca observada foi de 19,19g e aos 30 dias foi de 7,06g, ou
seja, uma diminuição de mais 63% na massa seca inicial (Figura 3). Isso mostra que a
massa seca presente na parte líquida do biofertilizante de esterco bovino foi
decomposto com o tempo, liberando para meio, água e nutrientes e para atmosfera
CO2. No entanto, o biofertilizante de esterco galinha, a massa seca aumentou com o
tempo de decomposição apresentando valor máximo de 42,84g aos 25 dias. Isso
ocorreu provavelmente devido ao maior número de partículas finas que estavam em
suspensão na hora da coleta do biofertilizante de esterco de galinha.
Na hora da coleta dos biofertilizantes foi observado que o líquido coletado nos
tratamentos com esterco de galinha era bem menos denso que o biofertilizante de
esterco bovino. Isso se deve ao fato do primeiro apresentar maior número de partículas
finas e leves que ficava em suspensão aumentando a concentração de massa seca no
líquido. Quando esse material passava por um processo de filtragem, devido ao
tamanho de suas partículas, grande parte desse material passava pela peneira. Com o
passar do tempo de decomposição foi aumentando a quantidade de partículas em
suspensão, uma vez que o material orgânico que estava sendo degradado e
mineralizado ocasionava o aumento de partículas menores em suspensão à medida que
o biofertilizante ia sendo mexido.
39
Tempo de decomposição (dias)
0 5 10 15 20 25 30
Mas
sa s
eca
(g)
0
10
20
30
40
50BovinoGalinha
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1,60
1,80
2,00
0 5 10 15 20 25 30
Tempo de decomposição (dias)
Nit
rogê
nio
(g L
-¹)
Bovino
Galinha
Ŷ = 0,2618 - 0,013x + 0,0003x² - 0,000004x³ R² = 0,98
Ŷ = + 1,8044 - 0,0495x + 0,0055x² -0,0002x³ R² = 0,97
Figura 3. Massa seca (A) e concentração de nitrogênio (B) dos biofertilizantes de bovino e galinha em diferentes tempos de decomposição. Mossoró, RN, 2010.
As análises químicas evidenciaram que o esterco de galinha foi mais
concentrado em nutrientes em relação ao bovino (Tabela 7). A ordem decrescente dos
nutrientes observados nos biofertilizantes foi: K, N, P, Ca e Mg. Segundo Silva (2008)
o esterco de galinha é mais concentrado em nutrientes, em razão do mesmo possuir
menor teor de água, ter fezes e urina misturadas e serem as aves alimentadas com
alimentos ricos em nutrientes.
Quanto ao nitrogênio (N), segundo nutriente em maior quantidade nos
biofertilizantes. As concentrações de N foram maiores em todos os tempos de
decomposição no biofertilizante de galinha. Foi observada uma diminuição na sua
concentração com o passar do tempo (Tabela 5), fato esperado, visto que o N se perde
facilmente no ambiente por volatilização e pode haver perda de nitrogênio para o ar,
quando os resíduos animais são expostos ao tempo em um sistema aberto. Fato esse
também observado por Magrini (2008), quando trabalhou com biofertilizante Bokashi,
onde o N apresentou tendência nítida de decréscimo em seus teores, a partir dos 15
dias de decomposição. Segundo o autor essa redução ocorre provavelmente, por que o
N é perdido mais rapidamente em relação ao outros nutrientes. (Tabela 5)
A B
40
As concentrações máximas estimadas de N foram respectivamente de 0,26 e
1,79 g L-1 utilizando a dose 0% de potássio na forma de biofertilizante esterco de
bovino e galinha (Figura 3). Villela Junior et al. (2003), estudando um biofertilizante
aeróbica de esterco bovino, obteve concentração de 0,24 g L-1 de N. Já Araújo (2007),
em meio anaeróbico com uso de biofertilizante de esterco bovino apresentou
concentração de N de 0,11 g L-1. Provavelmente esses resultados estão relacionados ao
modo de preparo do biofertilizante (SANTOS, 1992).
Para o fósforo, o seu comportamento foi semelhante ao do nitrogênio onde o
biofertilizante de esterco de galinha apresentou concentração superior ao do esterco de
bovino em todos os períodos de decomposição (Tabela 7). A concentração de fósforo
no biofertilizante de esterco bovino decresceu com o tempo de decomposição
apresentando o máximo observado ao 0 dia com valor de 0,50 g L-1. Comportamento
semelhante ao observado na sua massa seca, mostrando a relação entre a concentração
da massa seca e fósforo. Já o biofertilizante de esterco de galinha, houve um
crescimento na concentração de fósforo até os 10 dias com máximo observado de 1,13
g L-1 (Figura 4). Esse aumento no fósforo também foi na concentração da massa seca
do biofertilizante de esterco de galinha.
Figura 4. Concentração de fósforo (A) e potássio (B) dos biofertilizantes de bovino e galinha em diferentes tempos de decomposição. Mossoró, RN, 2010.
Tempo de decomposição (dias)
0 5 10 15 20 25 30
Fós
foro
(g
L-1
)
-0,2
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4BovinoGalinaha
Tempo de decomposição (dias)
0 5 10 15 20 25 30
Pot
ássi
o (g
L-1
)
0
1
2
3
4
5BovinoGalinha
A B
41
O potássio foi o nutriente encontrado em maior quantidade nos biofertilizantes,
sendo que o de esterco de galinha apresentou em todos os tempos de decomposição,
maior concentração de potássio em relação ao de esterco bovino (Tabela 7). Este
resultado é divergente ao de Araújo (2007), que analisou o biofertilizante bovino em
fermentação anaeróbica e ao de Lucke (2009), que utilizou o biofertilizante Agrobio e
observaram que o nitrogênio foi o nutriente que apresentou maior concentração nos
biofertilizantes. Essas variações ocorrem provavelmente, devido a outros materiais
usados na produção dos biofertilizantes.
O biofertilizante de esterco de galinha apresentou uma tendência de aumento
na concentração de potássio até os 15 dias decomposição quando obteve máximo de
3,90 g L-1. Já o biofertilizante de esterco bovino, o K também foi crescente, atingindo o
máximo aos 20 dias com 1,12 g L-1 (Figura 4). Esse resultado é diferente do esperado
na matéria orgânica em decomposição onde o potássio é facilmente liberado ao meio
devido ao fato de não fazer parte de nenhum composto orgânico (FAQUIN, 1994)
devendo estar prontamente disponível com o inicio da decomposição (SILVA, et al.,
2007). Ao final do período de decomposição avaliado, as concentrações de potássio
observado para o biofertilizante bovino e de galinha foi de 0,68 g L-1 e 3,06 g L-1,
respectivamente (Figura 4). Resultado inferior ao encontrado nesse trabalho foi
observado por Araújo (2007) e Villela Junior et al. (2003) em biofertilizante bovino
com valores de 0,38 g L-1, 0,14g L-1, respectivamente.
A concentração do cálcio dos biofertilizante, não houve diferença significativa
ao 0 e 30 dias de decomposição, nos demais períodos o biofertilizante de esterco de
galinha foi superior. O biofertilizante de esterco bovino apresentou uma tendência de
aumento na concentração até os 20 dias onde foi observado o máximo de 0,29 g L-1
(Figura 5). Já o biofertilizante com esterco de galinha, o cálcio teve um crescimento
acentuado nos 5 dias com valor máximo de 0,05 g L-1.
Quanto ao magnésio, observa-se que o biofertilizante com esterco de galinha
apresentou maior concentração deste elemento em relação ao biofertilizante preparado
42
com esterco bovino, com exceção do 0 dia e 10 dias onde os biofertilizantes não
apresentaram diferença significativa (Tabela 7). O biofertilizante bovino apresentou
um aumento na sua concentração até os 10 dias quando atingiu o máximo de 0,13 g L-1.
A concentração de magnésio do biofertilizante com esterco de galinha foi crescente até
atingir o seu máximo aos 20 dias com valor de 0,12 g L-1
O cálcio e magnésio foram os nutrientes avaliados de menor concentração nos
biofertilizantes, onde somados apresentaram aos 30 dias apenas 4,76 e 2,89% do total
de nutrientes acumulados pelos biofertilizantes de esterco bovino e de galinha,
respectivamente. Isso se deve em virtude de que a alimentação da galinha poedeira e
do bovino ser de origem vegetal e, esses alimentos apresentarem de maneira geral,
quantidade de K e N bem superior às quantidades de Ca e Mg. Resultado semelhante
foi observado por Araújo (2007) e Mesquita et al. (2005), onde o cálcio e o magnésio
apresentaram menor concentração entre os macronutrientes avaliados.
Tempo de decomposição (dias)
0 5 10 15 20 25 30
Cál
cio
(g L
-1)
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35BovinoGalinha
Tempo de decomposição (Dias)
0 5 10 15 20 25 30
Mag
nési
o (g
L-1
)
-0,05
0,00
0,05
0,10
0,15
0,20
BovinoGalinha
Figura 5. Concentrações de cálcio (A) e magnésio (B) dos biofertilizantes de bovino e galinha em diferentes tempos de decomposição. Mossoró, RN, 2010.
A análise dos biofertilizantes, durante os períodos amostrados, revelou que os
nutrientes apresentaram maior concentração no período de 15 a 20 dias de
A B
43
decomposição com exceção ao do nitrogênio que apresentou maior concentração no
dia do preparado do biofertilizante (0 dia). A oscilação nas concentrações de nutrientes
observadas nesse trabalho também foi verificada por Silva et al. (2007) durante o
tempo de amostragem em biofertilizante ‘Vairo’ (esterco bovino), com exceção do
magnésio e enxofre que mostraram uma tendência gradual de aumento na concentração
com o passar do tempo. Segundo os autores, isto ocorreu possivelmente, porque estes
elementos possuem um padrão de liberação mais rápido do que os demais.
Com relação à concentração dos nutrientes avaliados é difícil fazer uma
comparação com os demais resultados encontrados na literatura, pois existem muitas
variações em função do modo de preparo, da matéria-prima utilizada e da metodologia
pela qual o produto foi analisado, pois não existe uniformização da metodologia para a
análise do biofertilizante. Entretanto, independentemente da fonte de esterco, os
biofertilizantes geralmente apresentam maiores concentrações de K, seguido de N e P.
4.2 EXPERIMENTO 02: DESEMPENHO DO MELOEIRO COM APLICAÇÃO DE
BIOFERTILIZANTES, VIA FERTIRRIGAÇÃO.
Através da análise de variância foi observado que houve efeito significativo da
interação fonte x dose de biofertilizante, apenas para a característica massa média de
frutos comerciáveis (MFC). Para o fator isolado dose foram significativos:
produtividade comercial (PDC), massa média total de frutos (MFT) e produtividade
total (PDT). Não houve efeito significativo para as características: números de frutos
por planta comerciáveis (NFPC), número de frutos por planta não comerciáveis
(NFNC), massa média de frutos não comerciáveis (MFNC), produtividade não
comercial (PDNC) e número total de frutos por planta (NFPT) (Tabela 8).
44
Tabela 8. Resumo de análise de variância para números de frutos por plantas comerciáveis (NFC), massa média de frutos comerciáveis (MFC), produtividade comercial (PDC), Número de frutos por planta não comerciáveis (NFNC), massa média de frutos não comerciáveis (MFNC), produtividade não comercial (PDNC), Número total de frutos por planta (NFT), massa média total de frutos (MFT), produtividade total (PDT) dos frutos de melão. Mossoró, RN, 2010.
QM
FV NFC MFC PDC NFNC MFNC
Blocos 0,06ns 0,028 ns 19,33 ns 0,104 ns 0,01 ns Fontes de biofertilizantes 0,02 ns 0,016 ns 0,61 ns 0,002 ns 0,016 ns Dose de biofertilizante 0,17 ns 0,041* 93,05* 0,052 ns 0,04 ns Fonte x Dose 0,03 ns 0,029* 8,39ns 0,054 ns 0,066 ns
Erro 0,05 0,011 9,69 0,044 0,027
QM
FV PDNC NFT MFT PDT
Blocos 15,73 ns 0,11 ns 0,003 ns 55,41 ns
Fontes de biofertilizantes 0,17 ns 0,02 ns 0,011 ns 1,24 ns
Dose de biofertilizante 8,09 ns 0,1 ns 0,061* 69,07*
Fonte x Dose 8,58 ns 0,03 ns 0,024 ns 19,12 ns
Erro 6,96 0,09 0,011 15,17 (*) Valores significativos pelo teste F ao nível de 5% de significância. (ns) Valores não significativos pelo teste F ao nível de 5% de significância.
De maneira geral, as fontes de biofertilizante apresentaram uma tendência de
diminuição na massa dos frutos total quando a dose foi aumentava. Essa diminuição
deve-se provavelmente, ao fato dos tratamentos com biofertilizantes não apresentarem
os seus nutrientes prontamente disponíveis para planta. A maior massa média dos
frutos total foi encontrada com a utilização de 0 % de biofertilizante com o valor
estimado de 1,17 kg (Figura 6). No desdobramento da interação para massa média de
frutos comerciáveis, observou-se que o biofertilizante com esterco de galinha foi
significativamente superior ao do esterco bovino nas doses 25% e 100% com valores
de 1,30 e 1,22 kg, respectivamente. Nas demais doses não houve diferença
significativa entre as fontes dos biofertilizantes (Tabela 9). Com relação às doses, os
45
resultados não se ajustaram a nenhuma equação e estão representados em formas de
gráficos com base nas médias obtidas e no desvio padrão (p < 0,05). Para a massa dos
frutos não comerciáveis não houve efeito significativo nos fatores avaliados, tendo
seus valores variando de 0,64 a 0,81 kg.
Tabela 9. Massa média de frutos comerciáveis (MFC) em função dos biofertilizantes esterco de bovino e galinha e doses de biofertilizantes. Mossoró, RN, 2010.
Fonte Dose de biofertilizante (%)
0 25 50 75 100 MFC (kg)
Bovino 1,33a* 1,15b 1,29a 1,22ª 1,03b Galinha 1,32a 1,30a 1,20a 1,18ª 1,22ª
*Médias seguidas de mesmas letras na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.
Os resultados obtidos no presente trabalho diferem dos encontrados por Villela
Junior et al. (2003), ao trabalharem com melão hidropônico em sistema aberto (com
substrato) mostrando que o uso de biofertilizante organo-mineral (biofertilizante com
complementação mineral) não diferiu significativamente dos 100% mineral para a
massa média dos frutos, apresentando valores de 760,87g e 763,85g para o organo-
mineral e 100% mineral, respectivamente. Freire et al. (2009) também não encontrou
resposta significativa para a massa médio dos frutos de melão quando utilizou
fertilizante orgânico líquido, tendo-se observado valores próximos de 2,5 kg. O mesmo
foi observado por Duenhas (2004) em cultivo de melão orgânico irrigado com
biofertilizante de esterco bovino (Vairo e Agrobom) onde não foi observada diferença
significativa entre os tratamentos com biofertilizantes e testemunha (adubação
convencional), indicando dessa forma que o uso de biofertilizante no melão pode ser
utilizado em substituição da adubação mineral sem prejuízo a massa dos frutos.
Em maracujá, Collard et al. (2001) obtiveram frutos com massa média
significativamente maior quando utilizou biofertilizante, apresentando um aumento de
46
43% no tratamento com biofertilizante em relação à adubação convencional. O mesmo
foi observado por Rocha et al. (2001) onde o tratamento com biofertilizante aumentou
em 21% a massa dos frutos de maracujá em relação ao tratamento com adubação
convencional. Segundo os autores, esse aumento pode estar associado ao uso do
biofertilizante via foliar já que o mesmo apresentou um fornecimento equilibrado de
macro, micronutrientes e fitohormônios, complementando algum distúrbio provocado
pela não absorção do solo, devido a deficiências promovidas por perdas dos nutrientes
do solo, através de lixiviação, volatilização e, também, por precipitação e
desequilíbrios de nutrientes no solo e no ambiente radicular.
A massa média do fruto está diretamente relacionada com o tamanho do fruto.
No melão Amarelo, observa-se que a massa média dos frutos para mercado nacional
estar entre 1,0 a 2,0 kg, já que no mercado exterior, a preferência é por frutos de menor
tamanho, mostrando dessa forma que as massas de frutos comerciáveis encontram-se
na faixa de preferência para exportação com valores variando de 1,03 a 1,33 kg.
Figura 6. Massa média de frutos comerciáveis (A) e massa média total de frutos (B) em diferentes doses de biofertilizantes. Mossoró, RN, 2010.
A maior produtividade comercial estimada foi de 33,09 t ha-¹, quando se
utilizou 16% do potássio aplicado na forma de biofertilizantes (Figura 7), apresentando
Dose de biofertilizante (%)
0 20 40 60 80 100
Mas
sa m
édia
de
frut
os c
omer
ciáv
eis
(kg)
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
1,2
1,4
1,6 BovinoGalinha
A
0,50
0,60
0,70
0,80
0,90
1,00
1,10
1,20
0 25 50 75 100Dose de biofertilizante (%)
Ma
ss
a m
éd
ia t
ota
l d
e F
ruto
s (
g K
g-¹
)
Y = 1,17 - 0,0066x + 0,0002x² -0,0000006x³ R² = 0,99
B
47
produtividade 25% maior que o estimado com o uso de 100% do potássio na forma de
biofertilizante. O mesmo foi observado na produtividade total com valor estimado de
41,70 t ha-1 quanto utilizou 25% do potássio na forma de biofertilizante. A partir da
dose 25% observou-se uma redução na produtividade com o aumento na dose de
potássio na forma de biofertilizante.
Esse resultado é semelhante ao encontrado na massa média dos frutos,
indicando que foi esta característica que influenciou na produtividade do melão. Isso
ocorreu provavelmente devido o potássio presente nos biofertilizantes não estarem
prontamente disponíveis à planta quando aplicados ao solo, o que ocasionou um déficit
na absorção desse nutriente pela planta. Faria et al. (1997) constataram que o potássio
teve efeito positivo na massa dos frutos de melão e consequentemente na sua
produtividade. Segundo os mesmos autores, a matéria orgânica não apresentou
influenciou na produtividade do melão devido a seu curto tempo de decomposição e ao
ciclo curto da cultura que necessitava de nutrientes prontamente disponíveis para sua
absorção.
Em melão, Freire et al. (2009), ao estudar o efeito da aplicação do composto
orgânico líquido à base de esterco bovino em diferentes doses (30, 60 e 90 L ha-1
dia-1
),
observaram que não houve resposta significativa desse adubo orgânico na
produtividade do melão concluindo assim que a adubação mineral foi suficiente para
suprir as exigências nutricionais da cultura. Já Villela Junior et al. (2003), em
hidroponia com uso de substrato, observou-se que não ocorreu diferença entre os
tratamentos (organo-mineral e 100% mineral) com produtividade média de 30,49 t ha-1,
podendo ser substituído os adubos minerais parcialmente por biofertilizante. A
diferença dos resultados observados entre os autores dá-se ao modo de preparo de cada
composto, sendo um por digestão aeróbica e outro por digestão anaeróbica e aos
diferentes materiais utilizados em sua composição. Ainda em melão, Pinto et al. (2008)
apresentaram resultados semelhantes ao encontrado nesse trabalho onde o cultivo
48
orgânico de meloeiro fertirrigado com fertilizante mineral foi significativamente maior
do que a dos tratamentos com biofertilizantes.
Em mamão, Mesquita (2005) ao avaliar doses (0,0 0,5, 1,0, 1,5, e 2,0L cova-1 a
cada dois meses após o plantio) e fontes (puro e enriquecido com macro e
micronutrientes) de biofertilizante na produção do mamoeiro, verificou que as doses
apresentaram efeito significativo sobre a produção com as maiores produtividades
encontradas com as dose 1,6 e 1,7 L cova-1 com valores de 53,57 e 50,09 t ha-1,
respectivamente. A produtividade não sofreu influência significativa das fontes de
biofertilizantes. No caso do pimentão, o que influenciou a produção foi o modo de
aplicação onde o biofertilizante aplicado via foliar, foi o que proporcionou melhor
resultando em incremento na produtividade de frutos comerciais de 1,8 t ha-1 em
relação àquelas obtidas apenas com sua aplicação no solo (ARAÚJO et al., 2007), o
que pode indicar que a aplicação de biofertilizante via foliar atendeu às exigências
nutricionais do pimentão, em função do fornecimento equilibrado de macro e
micronutrientes, o que permitiu desenvolver o seu potencial genético produtivo
(PEREIRA; MELLO, 2002).
Figura 7. Produtividade comercial (A) e produtividade total (B) dos frutos de melão em diferentes doses de biofertilizantes. Mossoró, RN, 2010.
24,00
26,00
28,00
30,00
32,00
34,00
0 25 50 75 100Dose de biofertilizante (%)
Pro
dutiv
idad
e C
omer
cial
(t h
a-¹)
Y = 32,24 + 0,108x - 0,0038x²+0,000005x³ R² = 0,97
A
30,00
33,00
36,00
39,00
42,00
45,00
0 25 50 75 100
Dose de biofertilizante (%)
Pro
dutiv
idad
e to
tal (
t ha-
¹)
y = + 39,30 + 0,2148x - 0,0059x² +0,00005x³ R² = 0,99
B
49
O número de frutos comercial (NFC), não comercial (NFNC) e total por
planta (NFT) não foram influenciados significativamente pelos fatores em estudo
(Tabela 6). Os valores médios foram respectivamente de 1,94, 0,68 e 2,64 frutos
planta-1 para NFC, NFNC e NFT diferindo do resultado com melão orgânico, onde
Duenhas (2004) observou que o uso de biofertilizante Vario e Agrobom diminui em
média 28% número de frutos total. Segundo o autor, foi essa característica que
influenciou a produtividade final da cultura.
Em mamão, Araújo (2007) verificou que o número de frutos por planta foi
significativamente maior no tratamento com uso de biofertilizante bovino associado à
adubação mineral, apresentando um aumento de mais de 100% no número de frutos
planta-1 comparado ao tratamento com biofertilizante sem adição de adubo mineral.
Segundo o autor, esse resultado evidencia a necessidade da suplementação mineral do
solo sob aplicação de biofertilizante comum na cultura do mamoeiro. Tendência de
mesma natureza foi registrada também por Dantas et al. (2006) ao verificarem na
cultura do maracujazeiro-amarelo que a adição de NPK juntamente com o
biofertilizante, favoreceu, com superioridade estatística, o aumento do número do
número de frutos por planta em relação ao biofertilizante na ausência de adubação
mineral.
Para as características de qualidade dos frutos, houve efeito significativo da
interação fontes e dose de biofertilizante para a acidez titulável (AT), do
biofertilizante, para a espessura de casca (EC), e para as demais características não
houve efeito significativo dos fatores estudados (Tabela 10).
50
Tabela 10. Resumo de análise de variância. Sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), pH, relação sólidos solúveis e acidez titulável (SS/AT), espessura de casca (EC) e espessura de polpa (EP) dos frutos de melão. Mossoró, RN, 2010.
QM
FV SS AT pH
Blocos 0,72ns 0,0004 ns 0,0283*
Fontes de biofertilizantes (Fonte) 0,10 ns 0,0006* 0,0022 ns
Dose de biofertilizante (Dose) 0,56 ns 0,0002 ns 0,0014 ns
Fonte x Dose 0,14 ns 0,0003* 0,0029 ns
Erro 0,33 0,0001 0,004
QM
FV SS/AT EC EP
Blocos 235,08* 0,063 ns 6,7 ns
Fontes de biofertilizantes (BIO) 92,56 ns 0,068* 4,76 ns
Dose de biofertilizante (Dose) 88,88 ns 0,251 ns 2,89 ns
Fonte x Dose 74,81 ns 0,263 ns 13,08 ns
Erro 45,34 0,104 3,55 (*) Valores significativos pelo teste F ao nível de 5% de significância. (ns) Valores não significativos pelo teste F ao nível de 5% de significância.
A acidez titulável teve comportamento diferente para cada fonte de
biofertilizante. O biofertilizante de esterco de galinha apresentou maior acidez titulável
que o do esterco bovino nas doses 25% e 50 % com valor 0,139% e 0,141% de ácido
cítrico respectivamente, e nas demais doses não se observou diferença significativa
(Tabela 11) . Os valores encontrados de AT estão de acordo com as quantidades de
ácido cítrico observadas em melões, em trabalhos de Mendlinger e Pastenak (1992)
com variação de 0,05 a 0,35g do ácido cítrico por 100ml de suco. Pádua (2001),
cultivando o melão Bônus n0 2 em solo e hidroponia, verificou AT de 0,12% e 0,18%,
respectivamente. Para o mamão, não foi verificado influência do biofertilizante na
51
acidez do fruto, estando os frutos dentro da faixa recomendável para essa cultura
(ARAÚJO et al., 2007), assim como em maracujá, onde o uso de biofertilizante
também não influenciou na acidez dos frutos (ROCHA et al., 2007).
Para o biofertilizante de esterco de galinha, mesmo não havendo diferença
entre as doses, a acidez foi crescente com o aumento da dose de biofertilizante com
máximo estimado de 0,145% de acido cítrico utilizando 100% de biofertilizante. Já o
biofertilizante de esterco bovino apresentou uma diminuição na acidez até a dose de
25%, onde foi estimado seu menor valor de 0,120% de ácido cítrico, em seguida. O
máximo estimado com biofertilizante de esterco bovino foi com a dose 0% com valor
de 0,146 % de ácido cítrico.
Tabela 11. Acidez titulável (AT) de frutos de melão em função dos biofertilizantes esterco de bovino e galinha e doses de biofertilizantes. Mossoró, RN, 2010.
Fonte Dose de biofertilizante
0 25 50 75 100 AT (% de acido cítrico)
Bovino 0,146a* 0,122b 0,121b 0,14a 0,137a Galinha 0,137ª 0,140a 0,141a 0,143a 0,144a
*Médias seguidas de mesmas letras na coluna não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.
0,06
0,08
0,10
0,12
0,14
0,16
0 25 50 75 100Dose de biofertilizante (%)
Aci
dez
titul
ável
(%
)
Bovino
Galinha
Y = 0,1466 - 0,002x 0,0005x² - 0,07x³ R² = 0,95
Y = 0,1376 + 0,0000005x R2 = 0,97
Figura 8 - Acidez total de frutos de melão em diferentes doses de biofertilizantes. Mossoró, RN, 2010.
52
Com relação à espessura de casca foi observado que os tratamentos com
aplicação de biofertilizante bovino foram significativamente superiores ao aplicado
com biofertilizante de galinha, com valor médio de 1,20 e 0,93 cm para o esterco de
bovino e galinha, respectivamente. A espessura da casca é uma característica
importante, pois está relacionada com a resistência do melão ao transporte. Por outro
lado, uma espessura de casca influencia o rendimento de polpa. Em relação às doses de
biofertilizantes, não foi observado diferença significativa entre os tratamentos. O
mesmo foi verificado por Duenhas (2004) em melão, onde os tratamentos com
biofertilizantes e adubação convencional não deferiram entre si, com valores variando
de 5,39 a 6,69 mm.
Para as características, sólidos solúveis (SS), SS/AT, espessura da polpa e pH
não houve efeito significativo dos fatores estudados, sendo os valores médios de 8,74
°Brix, 64,40, 27,93 mm e 5,80, respectivamente. Resultado semelhante foi observado
por Duenhas (2004) e Pinto et al. (2008) onde o uso de biofertilizante não influenciou
o teor de sólidos solúveis. Em relação ao a SS/AT, Pinto et al. (2008) também
observaram resultado semelhante ao encontrado no trabalho com médio de 62,47.
Valores encontrados na relação SS/AT e AT deste trabalho satisfazem as preferências
dos consumidores brasileiros, que preferem frutos mais adocicados e menos ácidos
(MENEZES et al., 1998).
O valor médio do teor de sólidos solúveis (SS) observado nesse trabalho estar
abaixo daquele exigido para a comercialização do fruto, que é no mínimo 9° Brix
(MENEZES et al., 2001). O baixo teor de sólidos solúveis encontrado no presente
trabalho, deve-se a metodologia utilizada na análise. Na análise, foram retiradas
amostras de diferentes partes dos frutos e homogeneizada em liquidificador industrial,
em seguida foi retirado uma alíquota para leitura em refratômetro digital portátil. Dessa
forma, os valores de SS, tendem a ser inferiores aos determinados pelos produtores, já
que os mesmos fazem sem homogeneizar a polpa do fruto. De modo geral, altos teores
53
de sólidos solúveis são desejáveis para frutos de consumo “in natura” na medida em
que dispensam a adição de açúcar, favorecendo uma alimentação mais saudável
(ARAÚJO, 2007).
O uso de biofertilizante associado ao fertilizante químico na dose de 25% de
potássio na forma de biofertilizante + 75% na forma de adubo mineral aumentou a
produtividade da cultura do melão em comparação ao uso exclusivo de biofertilizante e
ao uso de adubo mineral. Na qualidade dos frutos, AT e EC foram às únicas
características avaliadas que sofreram efeitos do uso dos biofertilizantes, indicando
dessa forma que a substituição parcial do adubo mineral por biofertilizante poderá ser
realizada sendo recomendável a avaliação econômica dessa utilização, uma vez que o
mesmo necessita de uma infraestrutura básica como tanque de armazenagem e
mecanismos de filtragem do biofertilizante.
Devido ao ataque de pulgão, que ocasionou problemas de virose no estante do
experimento, o que pode ter influenciado a ação dos demais tratamentos na
produtividade e na qualidade dos frutos do melão, recomenda-se uma repetição do
experimento em outro período para a confirmação dos resultados obtidos.
54
5 CONCLUSÕES - As maiores concentrações de nutrientes, massa seca e condutividade elétrica foram obtidas no biofertilizante produzido com esterco de galinha. - A ordem decrescente dos nutrientes observados nos biofertilizantes foi: K, N, P, Ca e Mg. - Os nutrientes apresentaram maior concentração no período de 15 a 20 dias de decomposição com exceção ao do nitrogênio que apresentou maior concentração no dia do preparado do biofertilizante. - A maior produtividade dos frutos foi observada quando utilizou 25% do potássio na forma de biofertilizante. - As características de qualidade como acidez total e espessura de casca apresentaram efeito ao uso das doses de biofertilizante.
55
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