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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO COM ÁGUA NEBULIZADA A ALTA PRESSÃO (WATER MIST) Por: Elaine Aguiar Costa Orientador Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · 2015. 8. 20. · Segundo a NBR 13860, o incêndio é o fogo fora de controle. “No Brasil quando o estrago causado pelo fogo é

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO COM ÁGUA NEBULIZADA

A ALTA PRESSÃO (WATER MIST)

Por: Elaine Aguiar Costa

Orientador

Prof. Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO COM ÁGUA NEBULIZADA

A ALTA PRESSÃO (WATER MIST)

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Sistemas

Integrados em QSMS/SGI

Por: Elaine Aguiar Costa

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por todas as

bênçãos recebidas; aos meus pais,

Suely Aguiar Costa e Adilson de Souza

Costa, que sempre incentivaram meus

estudos e crescimento profissional; ao

meu marido, Felipe Jeronimo Marques

Correia, que sempre me apoiou nas

horas difíceis e compartilhou comigo as

alegrias.

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RESUMO

A relação do homem com o fogo existe desde a sua descoberta na pré-

história até os dias de hoje. As sociedades humanas sempre se preocuparam

em organizar defesas contra incêndios. Um incêndio pode deixar de

transformar-se em tragédia, se for evitado e controlado com segurança. Para

que isto ocorra, existem hoje em dia, diversas formas de combate de acordo

com a localização e proporção do fogo. Os sistemas fixos de combate a

incêndio são destinados a combater os incêndios, sendo quanto mais

antecipado o seu acionamento, menores serão os danos impostos devido ao

incêndio. Dentre os sistemas fixos de combate a incêndios atuais, o Sistema

Water Mist, (Sistema de Combate a Incêndio com Água Nebulizada) da

empresa MARIOFF CORPORATION, vem se destacando diante de seus

concorrentes, devido à sua eficácia, baixo consumo de água e baixo potencial

de provocar danos aos seres humanos. Este sistema é composto por uma rede

de bicos aspersores que geram uma neblina intensa. A alta velocidade da

descarga e pressão adequada permitem à neblina penetrar através dos gases

e alcançar as chamas e o foco da combustão, mantendo o ambiente limpo e

respirável durante todo o seu processo de extinção do incêndio, evitando

tragédias provocadas em ambientes com baixa concentração de oxigênio

necessário para a vida humana, como no caso do sistema que usa como

agente extintor o dióxido de carbono (CO2).

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 06

CAPÍTULO I - Conceitos sobre fogo e incêndio 09

CAPÍTULO II - Classes de Incêndio, Formas de Propagação,

Métodos de Extinção e Medidas de Proteção 17

CAPÍTULO III - Apresentação do Sistema Fixo de Dióxido

de Carbono (CO²) 22

CAPÍTULO IV – Apresentação do Sistema de Combate a Incêndio

com Água Nebulizada a Alta Pressão (Water Mist) 27

CAPÍTULO V – Análise do Sistema 32

IV.1 – Aspectos Positivos

IV.2 – Aspectos Negativos

IV.3 – Eficiência do Sistema Water Mist

CONCLUSÃO 34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36

LISTA DE FIGURAS 39

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS 40

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INTRODUÇÃO

A presente monografia apresenta como tema o Sistema de Combate a

Incêndio com Água Nebulizada a Alta Pressão (Water Mist) tendo como

objetivo apresentar, a partir de conceitos relacionados a fogo, incêndio e

formas de combate a incêndio, os aspectos positivos e o nível de eficiência

deste tipo de sistema.

Segundo Del Carlo (2008), o domínio do fogo pelo homem permitiu um

grande avanço em áreas do conhecimento e desenvolvimento do ser humano,

porém sempre houve perdas de vidas e materiais devido a acidentes.

Ao longo de nossa história, desde as décadas de 70 e 80, grandes

incêndios em edifícios altos chocaram e paralisaram o Brasil, tais como o

Edifício Joelma, com 25 pavimentos, em 1974; o Edifício Andraus, com 31

pavimentos, em 1972; entre outros. Estes incêndios marcaram o país, pela

perda de centenas de vida de pessoas, documentos importantes, geraram

danos materiais incalculáveis e uma fobia coletiva do fogo em grandes

edificações. A realidade é que não havia preocupação sobre instalações de

incêndio naquela época.

Estes eventos desencadearam uma preocupação nacional com a

segurança contra incêndios.

Através destes episódios, o assunto sobre prevenção e proteção contra

incêndio começou a ser discutido, com isso surgiu à necessidade da

elaboração de normas técnicas e legislações a serem seguidas.

Os grandes incêndios continuam acontecendo até hoje, no Brasil e no

mundo, e são exemplos repetidos do quanto ainda temos de aprender para

entender os fenômenos relacionados com a origem e a propagação do fogo.

A ocorrência e propagação do fogo depende de vários fatores

associados ao fenômeno da combustão. Estes fatores, por sua vez, variam em

função da meteorologia, topografia e do combustível, afetando de diversas

formas o comportamento do fogo. Pode-se dizer que a probabilidade do fogo

ocorrer e se propagar em um determinado local é função da probabilidade de

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haver uma fonte de fogo e da probabilidade de haver condições favoráveis

para esse fogo se propagar.

Um incêndio, por definição, é uma ocorrência de fogo não controlado.

Esta ocorrência deve ser contida, sempre que possível, no início, para evitar

sua propagação e causa de prejuízos ao ambiente e perdas humanas.

Para Rosso (1975), os riscos e consequências frente ao episódio do

fogo, não são somente queimaduras, mas também asfixia, envenenamento,

contusões, colapsos, decorrentes dos efeitos secundários do fogo, tais como

radiação, falta de oxigênio, gases nocivos e fumaças.

Quando não houver êxito no combate ao princípio do incêndio, é

necessário utilizar um sistema de combate ao incêndio.

Hoje em dia, além do sistema de combate a incêndio com água

nobilizada, existem diversos tipos de sistemas utilizados, dentre eles estão:

sistemas de combate a incêndio por sprinklers, por hidrantes, por espuma, por

agentes químicos (gases), por gases inertes, por CO2, e outros.

O Sistema de Combate a Incêndio com Água Nebulizada a Alta Pressão

da Mariof Corporation que será o objeto de estudo deste trabalho, utiliza a

descarga de água potável em alta pressão, que ao passar com velocidade

pelos bicos aspersores, cria emissão de micro gotas - água nebulizada, desta

forma tem-se o efeito de grande penetração na zona incendiada, com uma

grande superfície de contato e evaporação muito rápida da água.

Será analisada a eficiência no uso deste sistema em unidades offshore, dentre

elas as embarcações e plataformas de petróleo, e seus aspectos positivos e

negativos, e o modo de funcionamento em comparação ao sistema fixo de

CO2, que é largamente utilizado no segmento.

O trabalho em questão terá seus capítulos estruturados da seguinte

forma:

No capítulo I, faremos um breve passeio pela história da humanidade

incluindo a descoberta do fogo e o início da preocupação do homem com a

prevenção e o combate a incêndio, trazendo conceitos sobre fogo e incêndio.

No capítulo II, abordaremos as classes de incêndio, formas de

propagação e métodos de extinção.

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No capítulo III, serão apresentadas as características do Sistema Fixo

de Dióxido de Carbono (CO²).

No capítulo IV, entenderemos o funcionamento do Sistema de Combate

a Incêndio com Água Nebulizada a Alta Pressão (Water Mist)

E, por fim, no capítulo V, abordaremos os aspectos positivos e negativos

deste sistema, destacando os motivos que levam a concluir a eficiência deste

sistema.

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CAPÍTULO I

CONCEITOS SOBRE FOGO E INCÊNCIO

I.1 – DESCOBERTA DO FOGO

A capacidade de controlar o fogo, aproximadamente 1.000.000 anos

atrás, foi uma mudança enorme nos hábitos dos primeiros seres humanos. Um

dos grandes marcos da história da civilização humana foi o domínio do fogo

Segundo Del Carlo (2008) ao longo da história o homem sempre quis

dominar o fogo. Por meio de técnicas rudimentares o homem primitivo gerava

faíscas, que juntos a gravetos geravam uma fogueira. Porém ele sabia apenas

controlar o seu início, não controlava o fogo que vinha dos vulcões e

relâmpagos, que por ser considerado castigo dos deuses era venerado na

antiguidade.

O homem desde que descobriu como produzir e controlar o fogo vem o

utilizando o mesmo para várias funções importantes na sua vida, trazendo

grandes inovações e tecnologias.

De acordo com Camillo Jr (2007), a partir desse momento o homem

pôde se aquecer, cozinhar seus alimentos, fundir metal para a fabricação de

utensílios e ferramentas, ações que contribuíram para o crescimento da

humanidade.

I.2 – CONCEITO SOBRE FOGO E INCÊNDIO

De acordo com a NBR 13860, fogo é o processo de combustão

caracterizado pela emissão de calor e luz.

Camilli Jr (2007) afirma que fogo é um processo químico de

transformação dos materiais combustíveis e inflamáveis, que, sendo sólido ou

líquido, serão inicialmente transformados em gases, e em seguida, se

combinam com o comburente e, quando ativados por uma fonte de calor,

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passa por uma transformação química, gerando mais calor e desenvolvendo

uma reação em cadeia

O comburente é o elemento ativador do fogo, aquele que dá vida às

chamas, sendo mais comum o oxigênio. (CAMILLO JR., 2007).

Conforme afirma Oliveira (2005), a ignição requer três elementos: o

combustível, o oxigênio e a energia (calor). Da ignição à combustão

autossustentável um quarto elemento é requerido, a reação em cadeia,

formando o conceito de tetraedro do fogo.

Agora serão apresentadas as características de cada um desses

elementos:

• Combustível: É todo material que possui a propriedade de

queimar, de entrar em combustão; com maior ou menor facilidade

(madeira, papel, pano, estopa, tinta, alguns metais, etc.).

• Comburente: É o elemento que se combina com os vapores

inflamáveis dos combustíveis, possibilitando a expansão do fogo.

Normalmente o oxigênio se combina com o material combustível,

dando início à combustão. O ar atmosférico contém, na sua

composição cerca de 21% de oxigênio, tornando-se assim, o

principal comburente existente.

• Calor: É uma forma de energia que provoca a liberação de

vapores dos materiais. O calor exerce influência fundamental

tanto para o início como para a manutenção da queima.

Exemplos de fonte de calor: chama do maçarico, lâmpada acesa,

chama de um fósforo e a própria temperatura

ambiente (SPERANDIO, 1994, p.B04).

• Combustão (Reação em cadeia): É toda a reação química que há

entre uma substância qualquer (combustível) e o oxigênio do ar

(comburente) na presença de uma fonte de calor.

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Figura 1:Triângulo do Fogo (Extraído de Seito, 2008)

Figura 2:Tetraedro do Fogo (Extraído de Seito, 2008)

Segundo Moraes (2009, p.1343), fogo e incêndio possuem definições

linguísticas e químicas idênticas diferenciando-se somente em sua causa. O

primeiro ocorre de modo controlado pelo homem e proporciona-lhe benefícios,

enquanto o segundo ocorre em condições contrárias e causa prejuízos à

humanidade.

Para Piolli (2003), é de suma importância para a prevenção de incêndio,

principalmente no que tange aos combustíveis, o entendimento dos seguintes

dados:

• Ponto de Fulgor (Flash Point): É a temperatura mínima na qual os

corpos combustíveis começam a desprender vapores, que se

incendeiam em contato com uma fonte externa de calor;

entretanto, a chama não se mantém devido à insuficiência da

quantidade de vapores desprendidos.

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• Ponto de Combustão: É a temperatura mínima na qual os

vapores desprendidos dos corpos combustíveis, ao entrar em

contato com uma fonte externa de calor, entram em combustão e

continuam a queimar. A fim de classificar as combustões, existe

a velocidade de propagação. A qual vem a ser definida como a

“velocidade de deslocamento da fronteira da área já queimada –

zona de produtos da reação, e a área ainda não atingida pela

reação – zona não destruída” (SPERANDIO, 1994, p.B03).

• Ponto de Ignição: É a temperatura mínima na qual os vapores

desprendidos dos combustíveis entram em combustão, apenas

pelo contato com o oxigênio do ar, independentemente de

qualquer outra fonte de calor.

É importante destacar que, se não há chama ou fonte de calor

não existe fogo, mesmo que o ponto de combustão tenha sido

atingido (SPERANDIO, 1994, p.B03).

Entretanto o fogo descontrolado não traz benefícios. Podemos identificar

diversos acidentes envolvendo incêndios que como consequência destaca-se

elevadas perdas humanas e prejuízos financeiros.

Segundo a NBR 13860, o incêndio é o fogo fora de controle.

“No Brasil quando o estrago causado pelo fogo é pequeno, diz-se que

houve um princípio de incêndio e não um incêndio” (SEITO et al., 2008, p.43).

Três produtos principais são formados em decorrência de um incêndio:

calor, fumaça e chama.

Conforme afirma Seito et al. (2008), o incêndio inicia-se, na sua maioria,

bem pequeno. O seu crescimento depende do primeiro item ignizado, das

características do comportamento ao fogo dos materiais na proximidade do

item ignizado e sua distribuição no ambiente.

De acordo com Oliveira (2005), as fases de um incêndio são: ignição,

crescimento, desenvolvimento, desenvolvimento completo e diminuição. No

entanto, vale ressaltar que nem todos os incêndios desenvolvem-se seguindo

todas as fases, uma vez que depende de diversas variáveis.

• Fase de ignição

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Essa é a fase onde os quatro elementos do tetraedro do fogo se juntam

para iniciar a combustão. Neste ponto, o incêndio é pequeno e no geral se

restringe ao material que se incendiou primeiro. (SANTA CATARINA, 2006a).

De acordo com Oliveira (2005), a ignição do fogo é o princípio de

qualquer incêndio,

• Fase de crescimento do incêndio

Nessa fase ocorre a propagação do fogo para outros objetos adjacentes

e/ou para o material da cobertura. Conforme afirma Seito et al. (2008), a

temperatura do compartimento se elevará na razão direta do desenvolvimento

do calor dos materiais em combustão.

Nessa fase, o oxigênio existente no ar está relativamente normalizado e

o fogo está produzindo vapor d’água, dióxido de carbono, monóxido de

carbono e outros gases. Grande parte do calor está sendo consumido no

próprio aquecimento dos combustíveis presentes e a temperatura do ambiente

está ainda pouco acima do normal. À medida que o incêndio cresce, a

temperatura geral do ambiente aumenta, da mesma forma que a temperatura

da camada de gases aquecidos no nível do teto. (SANTA CATARINA, 2006a).

• Fase de desenvolvimento

Esse estágio, de acordo com Oliveira (2005) poderá ocorrer mediante

um crescimento gradual ou manifestar-se por dois fenômenos distintos,

variando conforme o nível de oxigenação do ambiente.

Se a oxigenação é adequada, as condições do ambiente alteram-se de

forma rápida à medida que o calor radiado atinge todas as superfícies

combustíveis expostas, em função da capa de gás aquecido que se cria no

teto durante a fase de crescimento irradiando calor para os materiais situados

longe da origem do fogo. Os gases produzidos durante este período se

aquecem até a temperatura de ignição e poderá ocorrer um fenômeno

denominado ignição súbita generalizada ou flash over, ficando toda a área

envolvida pelas chamas. Se ao contrário, a oxigenação for inadequada, a

queima se torna mais lenta e a combustão incompleta, pois não há oxigênio

suficiente para sustentar o fogo. (SANTA CATARINA, 2006a).

• Fase do desenvolvimento completo

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De acordo com Seito et al. (2008), as características principais dessa

fase compreendem o aumento da temperatura do ambiente, valores acima de

1.100ºC, onde todos os materiais combustíveis entrarão em combustão, e a

propagação do incêndio por meio das aberturas internas, fachadas e

cobertura.

Nessa fase, os incêndios geralmente se convertem em incêndios

controlados pela falta de ventilação adequada. O incêndio normalmente é

reduzido a brasas e o ambiente torna-se completamente ocupado por fumaça

densa. (OLIVEIRA, 2005).

• Fase da diminuição

Nesse estágio, o incêndio irá diminuir de intensidade e de severidade

a medida em que os materiais combustíveis irão se acabando. (SEITO et al.,

2008).

Novamente o incêndio torna-se controlado, agora por falta de material

combustível. A quantidade de fogo e a temperatura podem diminuir, entretanto,

a temperatura pode se manter elevada durante algum tempo em função das

brasas. (SANTA CATARINA, 2006a).

Para Ono (2007):

A área de segurança contra incêndio ganhou impulso no país especificamente no Estado de São Paulo, na primeira metade da década de 1970, quando ocorreram dois incêndios de grandes proporções na cidade de São Paulo e de repercussão internacional, no Edifício Andraus e no Edifício Joelma (p.99).

O incêndio no edifício Andraus, de 31 pavimentos com escritórios

comerciais e lojas de departamento em São Paulo, ocorrido no dia 24 de

fevereiro de 1972, foi o primeiro grande incêndio em prédios elevados no

Brasil. Nesse incêndio, 16 pessoas morreram e 336 ficaram feridas. Muitas

pessoas conseguiram sair do edifício através dos helicópteros que pousavam

no heliporto e retiravam as centenas de pessoas que se aglomeravam no

terraço.

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Figura 3: Incêndio Edifício Andraus

No dia 1º de fevereiro de 1974, aproximadamente às 9 horas da manhã,

o Edifício Joelma em São Paulo, que possuía 25 andares, entrou para a

história como palco de uma das maiores tragédias acontecidas no Brasil. A

maioria das 422 pessoas que se salvaram, escaparam pelos elevadores,

graças à demora do sistema elétrico ser afetado pelas chamas. Entretanto, 179

pessoas acabaram morrendo e aproximadamente 300 ficaram feridas.

Figura 4: Incêndio Edifício Joelma

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Segundo Fernandes (2010) na década de 70, impulsionado pelos

acontecimentos recentes, iniciou-se os primeiros estudos, no Brasil, relativos à

segurança contra incêndio, tendo sido implantado o laboratório de segurança

contra incêndios no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado de

São Paulo, patrocinado pela JICA - Japan International Cooperation Agency,

que resultou em instalações de ensaios de fumaça e teste de materiais frente

ao fogo, sendo este uma referência em nível nacional.

O homem vem procurando estudar e entender esse fenômeno e com o

passar do tempo veio se conscientizando da necessidade de proteger seus

equipamentos e seus trabalhadores dessa ameaça que pode tornar um

simples foco de incêndio em incêndios catastróficos.

De acordo com Bonitese (2007), em um estudo de segurança contra

incêndio, torna-se iminente a necessidade de fusão entre medidas normativas

e o processo de concepção de projetos de maneira a potencializar o fator de

segurança no que tange à proteção estrutural, de bens e de vidas.

A segurança contra incêndio é uma questão que deve ser encarada

desde o momento em que se planeja uma cidade, uma indústria, um prédio

comercial, qualquer local de trabalho, devendo finalizar no próprio lar

(FERNANDES 2010).

Um incêndio em uma embarcação, por exemplo, os tripulantes poderiam

morrer na explosão, serem asfixiados pelos gases oriundos do processo da

combustão, queimados ou até se tornarem náufragos. Já os Armadores,

empresas de navegação, teriam dano patrimonial, perdas com imagem da

empresa, multas, dano ambiental, entre outros.

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CAPÍTULO II

CLASSES DE INCÊNDIO, FORMAS DE PROPAGAÇÃO,

MÉTODOS DE EXTINÇÃO E MEDIDAS DE PROTEÇÃO

II.1– CLASSES DE INCÊNDIO

Em 1978, com a elaboração da Norma Regulamentadora 23 os

incêndios passaram a ser classificados. Essas classes deram início a um novo

entendimento e adaptação das indústrias e empresas com relação à proteção

contra incêndio, são elas:

Classe A - São materiais de fácil combustão com a propriedade de queimarem

em sua superfície e profundidade, e que deixam resíduos, como: tecidos,

madeira, papel, fibras etc. Segundo Júnior (2007), após a queima, esses

combustíveis deixam resíduos, e, o resfriamento pela água é primordial para a

extinção deste tipo de incêndio. Exemplo: papel, madeira, borracha, tecidos,

etc.

Classe B - São considerados inflamáveis os produtos que queimem somente

em sua superfície, não deixando resíduos, como óleo, graxas, vernizes, tintas,

gasolina etc. Sua extinção deve ser feita por abafamento, pela quebra da

reação em cadeia, ou ainda, por resfriamento.

Classe C - Quando ocorrem em equipamentos elétricos energizados como

motores, transformadores, quadros de distribuição, fios etc.; A extinção deve

ser feita por agente extintor que não conduza eletricidade. Após ser eliminado

o risco de choque elétrico, esse tipo de incêndio deve ser tratado como classe

A.

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Classe D - Elementos pirofóricos como magnésio, zircônio, titânio. Uma

característica dessa classe é que o incêndio envolve altas temperaturas. Para

a extinção, deve-se usar pós especiais que agem por abafamento.

Classe K - Fogos envolvendo materiais líquidos e sólidos como óleos e

gorduras de substâncias comestíveis tendo como exemplo de ambiente as

cozinhas industriais. Esta classe passou a vigorar em 1999 pela NFPA

(National Fire Protection Authorities) e ainda não é muito conhecida.

Abaixo a representação das classes de incêndio conforme a NFPA, figura 5.

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Figura 5: Classes de incêndio (Extraída de NFPA- National Fire Protection Association)

II.2 – FORMAS DE PROPAGAÇÃO

O calor pode-se propagar de três diferentes maneiras: Condução,

Convecção e Irradiação. Como tudo na natureza tende ao equilíbrio, o calor é

transferido de objeto com temperatura mais alta para aqueles com temperatura

mais baixa. O mais frio de dois objetos absorverá calor até que esteja com a

mesma quantidade de energia do outro.

• Condução – É a transferência de calor através de um corpo sólido

de molécula a molécula. Quando dois ou mais corpos estão em

contato, o calor é conduzido através destes como se fosse um só

corpo. Em outras palavras, é a transferência de calor por contato

direto com a fonte de calor, o aquecimento de massas de ar

através da condução é o que tem mais importância no controle

dos incêndios.

• Convecção – É a transferência de calor pelo próprio movimento

ascendente de massas de gases ou líquido. É o movimento

circular ascendente, devido ao aquecimento das massas de ar,

localizadas acima do foco do incêndio.

• Radiação – É a transmissão de calor por ondas de energia

caloríficas que se deslocam através do espaço ou meios líquidos.

É a transferência de calor através do ar, em qualquer direção, à

velocidade da luz.

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II.3 – MÉTODOS DE EXTINÇÃO

Existem quatro métodos de extinção do incêndio, sendo estes abaixo e

representados na figura 6:

• Resfriamento - Trata-se de diminuir a temperatura (calor) do

material em chamas. A água, largamente usada no combate a

incêndio, é um dos mais eficientes agentes de resfriamento.

(CBPMESP, 2011)

• Abafamento – Trata-se de eliminar o oxigênio (comburente) da

reação, por meio do abafamento do fogo. O oxigênio é

encontrado na atmosfera, na proporção de 21%. Quando esta

porcentagem é limitada ou reduzida a 15%, o fogo deixa de

existir. (CBPMESP, 2011)

• Isolamento – Baseia-se na retirada do material do local

(combustível) que está pegando fogo e também outros materiais

que estejam próximos às chamas, evitando a sua propagação

para outras áreas. (CBPMESP, 2011)

• Quebra da reação em cadeia - A reação em cadeia torna a

queima autossustentável. O calor irradiado das chamas atinge o

combustível e este é decomposto em partículas menores, que se

combina com o oxigênio e queimam, irradiando outra vez calor

para o combustível, formando um ciclo constante. (CBPMESP,

2011)

Figura 6: Métodos de extinção do fogo

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(Extraída de CBPMESP, 2011)

II.4 – MEDIDAS DE PROTEÇÃO

Para Ono (2007), medidas de prevenção são aquelas que se destinam a

prevenir a ocorrência do início de incêndio, isto é, controlar o risco de início de

incêndio. As medidas de proteção, por sua vez, são aquelas destinadas a

proteger a vida humana e os bens materiais dos efeitos noivos de incêndio que

já se desenvolveu.

As medidas de proteção contra incêndio podem ser divididas em duas

categorias:

• Medidas de proteção passiva

De acordo com API 2218 (AMERICAN PETROLEUM INSTITUTE,

1999), proteção passiva é qualquer modalidade de proteção contra fogo que

funcione sem intervenção mecânica ou humana.

A finalidade da proteção passiva é prevenir o colapso ou falha das

estruturas expostas ao fogo. O que poderia acarretar o consequente colapso

de equipamentos não protegidos e o derramamento de líquidos em combustão,

comprometendo o patrimônio atingido. A proteção passiva contra fogo utiliza o

emprego sistemático de materiais para prover proteção preventiva das

estruturas e equipamentos que poderiam ser expostos a um foco de incêndio.

Em outras palavras, a proteção passiva é aquela em envolve todas as

formas de proteção para que não haja o surgimento do fogo ou a redução da

probabilidade de sua propagação e dos seus efeitos quando já instalado, com

o objetivo de evitar a exposição dos ocupantes e da própria estrutura. Se

referem às medidas estruturais instaladas, tais como, saídas de emergências,

sinalização de emergência, sistemas de iluminação, sistemas de alarme e

detecção etc. É essencial a preocupação com o controle da fumaça pois a

estatística comprova que ela é responsável pelo maior número de fatalidades

ocorridas durante um incêndio.

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• Medidas de proteção ativa

A proteção ativa é aquela que depende da presença de um ou mais

operadores para acionamento de equipamentos e sistemas para o combate ao

fogo, tais como alarme, visando a extinção de um princípio de incêndio já

instalado ou para o controle do seu crescimento até a chegada de profissionais

que farão o combate final.

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CAPÍTULO III

APRESENTAÇÃO DO SISTEMA FIXO DE DIÓXIDO

DE CARBONO (CO²)

Os sistemas de combate a incêndio mais utilizados a bordo de

embarcações e unidades offshore possuem como agente extintor, o CO2. Este

agente é um gás incolor, sem cheiro, anticorrosivo, não condutor de

eletricidade e com alta disponibilidade no mercado. Extingue o fogo pelo

método de abafamento, ou seja, cria uma camada gasosa e isola o oxigênio

existente no ambiente.

O dióxido de carbono é indicado para combate aos incêndios das

classes B (Líquidos e gases inflamáveis) ou classe C (Material elétrico

energizado).

A figura 7 apresenta uma descarga do sistema de CO2 em

funcionamento.

Figura 7: Simulação de Sistema fixo de CO2 (Elaborada pelo autor)

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O sistema fixo de CO2 é composto por cilindros de armazenamento

(figura 8), válvula de abertura rápida, tubos coletores, acionador automático,

bicos aspersores e detectores automáticos de fogo. A bordo de embarcações e

unidades offshore é comum encontrar os cilindros armazenados em skids

(grades), o que facilita o transporte, instalação, proteção e o seu uso.

Figura 8: Skid (grade) (Extraída da empresa MARIOFF)

O CO2 pode ser armazenado em alta ou baixa pressão. Os sistemas de

pequeno e médio portes são, normalmente, armazenados em cilindros de aço

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de alta pressão (denominados sistemas HPCO2 - high pressure - alta pressão),

contendo, cada um, 45 kg de gás interligados, formando um conjunto chamado

de bateria, a qual pode proteger vários compartimentos separados.

Para aplicações industriais ou quando uma capacidade de múltiplo

alcance é requerida, geralmente, são adotados os sistemas de baixa pressão

(LPCO2 - low pressure - baixa pressão), pois o armazenamento do CO2, como

líquido em tanques refrigerados de baixa pressão é mais econômico.

O sistema de combate a incêndio com gás carbônico (CO2) permite

uma ação rápida e limpa por ser um método adequado de extinção de fogo

com isenção de resíduos. Pode ser aplicado tanto por inundação total, como

por aplicação local.

No método de inundação total, o ambiente como um todo recebe uma

concentração definida de CO2, proporcional ao volume e ao risco eliminado. Já

no método de aplicação local, o CO2 é descarregado diretamente no local

protegido, com concentração suficiente para cobertura de área ou volume

específico, considerando-se o tipo de combustível.

Especialmente indicado para locais não habitados com riscos elétricos e

líquidos inflamáveis, penetra em todas as aberturas do local protegido,

extinguindo o incêndio rapidamente. Exemplos: CPDs, transformadores e

geradores, máquinas, galerias de arte, depósitos de inflamáveis, sala de

baterias, coifas, dutos de exaustão e outros locais onde a extinção por outros

meios pode danificar objetos ou equipamentos.

Seu uso em área ocupada por pessoas não é recomendado, devido ao

risco potencial de asfixia. Entretanto, podem ser utilizados desde que com

sistemas de bloqueio adequados para evitar descargas em presença de seres

humanos e com um sistema de alarme de pré-ativação.

O sistema de bloqueio ou retardo (time delay) é o dispositivo manual

que, quando ativado, retarda o acionamento das baterias de CO2 e aciona

alarme sonoro e visual para que a área seja evacuada.

De acordo com a NBR 12232:2005 - Execução de sistemas fixos

automáticos de proteção contra incêndio com gás carbônico (CO2) por

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inundação total para transformadores e reatores de potência contendo óleo

isolante, temos:

5.3.4.1 A detecção de incêndio do sistema fixo automático de CO2 deve identificar qualquer princípio de incêndio, de modo a permitir o seu controle imediato, e atender aos requisitos da NBR 9441. 5.3.4.2. Podem ser utilizados os seguintes tipos de detecção de incêndio: a) detecção de calor; b) detecção de fumaça; c) detecção de calor e fumaça (conjugadamente). 5.3.4.3 A detecção do sistema deve ser projetada para acionar sinalizações e alarmes, visuais e sonoros, e o sistema fixo de CO2.

É importante que depois da descarga de CO2, mantenham-se as portas

fechadas pelo máximo de tempo possível (mínimo de uma hora). Qualquer

pessoa que entrar na área após o disparo do sistema deve estar usando

aparelhos respiratórios.

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CAPÍTULO IV

APRESENTAÇÃO DO SISTEMA DE COMBATE A

INCÊNDIO COM ÁGUA NEBULIZADA A ALTA PRESSÃO

(WATER MIST)

Segundo a NFPA 750 (NFPA, 2000) água nebulizada é utilizada na

extinção nos ambientes onde há fogo em jato de gás, líquidos, combustíveis e

inflamáveis, sólidos perigosos, inclusive fogos que envolvem espuma de

plástico, proteção aos passageiros e tripulação em aeronaves de incêndio

externo de poça facilitando o escape, incêndio de classe A (madeira, papel,

tecidos etc.), incêndios em equipamentos elétricos, classe C (transformadores,

interruptores/disjuntores, circuito britador e motores), equipamentos eletrônicos

(salas de computadores e telecomunicações).

A névoa de água, também chamada de neblina ou água atomizada, é

um agente de extinção conhecido e utilizado. No entanto, há apenas alguns

anos atrás esse agente passou a ter grande aceitação no mercado. Com o seu

desenvolvimento, as qualidades efetivas da água nebulizada no combate a

incêndio fizeram com que este agente ganhasse um crescente número de

aplicações, em plantas de processo, turbinas a gás e a vapor, transformadores

elétricos, bombas industriais, indústria automotiva e trens ferroviários

(FACTORY MUTUAL RESEARCH, 2001).

Esta tecnologia surge com um agente extintor muito atraente devido ao

seu mecanismo utilizado para extinção de incêndio

Os sistemas de alta pressão de vapor de água se destacam pelo seu

desempenho particularmente eficaz de refrigeração, isto porque, neste sistema

o agente extintor é a água. Para combater o incêndio ela é pulverizada, figura

9, com alta pressão, na área de risco através de bicos especiais. Dessa forma,

a energia é rapidamente extraída do fogo pela enorme superfície de inúmeras

gotículas de água que se forma.

O forte efeito de resfriamento, forma mais comum de extinguir o fogo,

serve, não apenas, para suprimir o incêndio, mas também para proteger os

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seres humanos e materiais das consequências de um evento de incêndio. O

objetivo, neste caso, é proteger o entorno imediato, de modo que as pessoas

estejam em posição para alcançar o ponto mais próximo de evacuação.

Figura 9: Disparo do sistema fixo de água por alta pressão (WATER MIST) (Extraída da empresa MARIOFF)

O sistema de combate a incêndio por névoa pode possuir três modos de

partida: automática, manual remota e manual local.

Em uso normal o sistema é mantido em stand-by, pronto a ser operado

no modo automático.

Os modos de acionamento do sistema de água em alta pressão podem

ser:

IV.1 - À distância

Na estação de disparo à distância existem botoeiras seletoras que

permitem o disparo por zonas ou total.

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Figura 10:Controle à distância no CCM de uma embarcação (Elaborada pelo autor)

IV.2 - No local Através de botoeiras localizadas no compartimento a ser inundado.

Figura 11:Controle local para MCA e MCP (Elaborada pelo autor)

IV.3 - Na estação HI-FOG (WATER MIST)

Na estação do HI-FOG existem os manifolds, onde as válvulas

direcionais podem ser acionadas para as zonas a ser cobertas pelo sistema.

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Figura 12: Estação HI-FOG (Elaborada pelo autor)

Os principais componentes dos Sistemas de Combate a Incêndio com

Água Nebulizada a Alta Pressão são os bicos nebulizadores, figura 13, das

quais existe uma grande variedade, de acordo com o tipo de aplicação. Ainda

assim, existem diversos modelos que variam em função do caudal, do ângulo

de cobertura e da altura de instalação.

Figura 13: Tipo de bicos nebulizadores para sistema HI-FOG

(Extraída da empresa MARIOFF)

Todos os bicos nebulizadores estão ligados às fontes de abastecimento

de água através de uma rede de tubos de aço inoxidável, de diâmetros muito

menores que os utilizados nas redes de água convencionais. Estas fontes,

figura 14, no caso dos sistemas HI-FOG podem ser de quatro tipos:

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• Bateria modular de cilindros;

• Grupo de bomba, autónomo e independente;

• Grupo de bombas elétricas;

• Grupo de bombas diesel.

Figura 14: Fontes de abastecimento de água para sistema HI-FOG (Extraída da MARIOFF)

A instalação do Sistema de Combate a Incêndio com Água Nebulizada a

Alta Pressão completa-se com uma série de componentes auxiliares, tais como

válvulas seletoras e direcionais, instrumentação e acessórios.

O sistema requer inspeções e manutenções de baixo custo, uma vez

que o agente extintor é a água.

Estes sistemas podem ser utilizados, por exemplo, para proteger os

camarotes, nas caixas de energia de pequena ou alta voltagem, caixas de

equipamentos, unidades de diesel no pavimento ou compartimento do motor

ou para proteger os grupos de geradores elétricos.

O sistema de combate a incêndio de alta pressão protege, ainda, a área

de passageiros de uma forma inteligente, ou seja, antes mesmo de um pré-

aviso ou alarme de incêndio, o sistema detecta e monitora os gases do ar

distinguindo qualquer alteração, mesmo que existam janelas ou portas abertas,

aumentando o sucesso desse sistema.

Outras aplicações do Sistema de Combate a Incêndio com Água

Nebulizada à Alta Pressão seriam em salas de informática e salas de

telecomunicações, salas de arquivos, bibliotecas, hospitais, hotéis, museus.

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Os sistemas de água nebulizada desenham-se de acordo com o padrão

normativo único existente na atualidade: a NFPA 750- Standard on Water Mist

Fire Protection Systems. Esta normativa define os requisitos para o projeto,

instalação, manutenção e testes deste sistema, estabelecendo, de forma

taxativa, que só são válidos os sistemas que demonstraram a sua eficácia

através dos correspondentes ensaios de fogo a escala real e que tenham sido

certificados pelos organismos oficiais correspondentes.

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CAPÍTULO V

ANÁLISE DO SISTEMA

O Sistema de Combate a Incêndio com Água Nebulizada a Alta Pressão

é utilizado onde se faz necessária a existência de um sistema que possa ser

acionado remotamente e realize a extinção do fogo em um compartimento,

mantendo o mesmo ainda habitável. Por estes motivos, obtém certa

preferência na utilização em embarcações e unidades offshore.

V.1 – Aspectos Positivos

Conforme COSTA NETO (2008), as vantagens desse sistema são:

• Seguro para pessoas;

• Água é um agente extintor de baixo custo;

• Não tóxica e não causa risco ambiental;

• São utilizados pequenos volumes de água;

• Produz reduzidos danos provocados pelo pequeno volume de

água utilizado, principalmente, quando são comparados com o

sistema de sprinkler e dilúvio;

• Nenhum subproduto da combustão ou corrosivo é formado

durante a extinção com água nebulizada (water mist);

• Evita o escalonamento do incêndio para a circunvizinha;

• Proteção eficiente contra incêndio para espaços de máquinas;

• Remove as partículas em suspensão provenientes da combustão;

• O sistema de water mist quando utilizado com água destilada,

tem baixa condutividade elétrica;

• Pode ser ativado imediatamente;

• O sistema de water mist pode ser usado para inertizar ou prevenir

contraexplosão;

• Previne conta re-ignição;

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• O tempo da retomada das condições normais de operação é bem

menor de uma instalação, devido à fácil disponibilidade do agente

extintor;

• Após a ativação, o sistema de water mist reduz drasticamente e

uniformemente a temperatura de compartimento. A redução da

temperatura facilita a intervenção manual, minimizando danos

térmicos e reduzirá o escalonamento fogo para outros

compartimentos;

• Fornecido como uma unidade autônoma e compacta, montada

sobre “skid”;

• Requer uma quantidade reduzida de água para o combate a

incêndio.

V.2 – Aspectos Negativos

Conforme COSTA NETO (2008) as limitações desse sistema são:

• O custo inicial elevado;

• Projeto de sistema de água nebulizada deve ser testado

previamente e certificado por um Organismo Certificador, com o

objetivo da garantia de extinção;

• Deverá ser observado o grau mínimo de proteção (IP) para os

equipamentos elétricos expostos à névoa;

• A elevada condutividade da água pode acarretar a perda o

isolamento elétrico nos equipamentos elétricos;

• Necessidade de Certificado de teste por Organismo Certificador

• Combustíveis com ponto de combustão (flash point) mais baixo

são mais difíceis de extinguir do que combustíveis com ponto de

combustão mais alto.

V.3 – Eficiência do Sistema HI-FOG (Water Mist)

A extinção do incêndio dá-se pelo efeito de redução da temperatura e

da redução do oxigênio no centro do incêndio (foco). E é muito eficaz porque a

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água é projetada a alta velocidade, em micro gotas, com uma grande

superfície de contato possibilitando extinguir o incêndio de forma mais rápida

com o mínimo de água.

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CONCLUSÃO

Pode-se notar que diante do risco constante de incêndio e, por

consequência, a preocupação e interesse cada vez maiores por parte da

sociedade humana em organizar defesas contra incêndios, o mercado vem

oferecendo diferentes tipos de sistema de combate a incêndio. Este mercado

está em constante mudança, principalmente no que diz respeito a criação de

produtos mais diversificados, de baixa toxidade e ecologicamente corretos. A

maior das dificuldades em relação à escolha do sistema é de ordem técnica e

financeira.

Como foi possível observar ao longo do estudo apresentado, Sistema de

Combate a Incêndio com Água Nebulizada a Alta Pressão, é esperado que

este sistema seja utilizado com maior frequência por ser de fato muito

eficiente, não impor danos ao meio ambiente, de acionamento rápido e

funcionamento seguro para o ser humano, além, dentre outros fatores, utilizar

a água como único agente extintor, motivo pelo qual este agente tem se

tornado também um substituto do gás carbônico em muitas aplicações.

Este sistema foi o que maior interesse despertou, e continua a

despertar, na comunidade da proteção de incêndios.

Normalmente há uma tendência à utilização do sistema por parte de

usuários investigadores, engenheiros, seguradoras e, em geral, todos os

profissionais relacionados com a proteção de incêndios por ser um sistema

muito interessante no aspecto ocupacional.

O HI-FOG requer pouca manutenção e, além disso, permite à empresa

utilizadora poupar em seguros de instalação. Mas acima de tudo, em caso de

incêndio é de extrema eficácia, por ser rápido no processo de extinção do

incêndio e não expor as pessoas à concentração de oxigênio abaixo da

concentração mínima sem causar danos às mesmas e também ao meio

ambiente.

Testado e aprovado pelas mais prestigiosas instituições de ensaio e

homologação, o Sistema de Combate a Incêndio com Água Nebulizada a Alta

Pressão conta com uma extensa lista de referências em todo o mundo, nas

mais diversas aplicações, e constitui atualmente uma das melhores alternativas

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para a proteção de incêndios de uma imensa diversidade de riscos civis,

militares e industriais.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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carbônico (CO2) por inundação total para transformadores e reatores de

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1: Triângulo do Fogo

FIGURA 2: Tetraedro do Fogo

FIGURA 3: Incêndio Edifício Andraus

FIGURA 4: Incêndio Edifício Joelma

FIGURA 5: Classes de incêndio conforme ABNT

FIGURA 6: Métodos de extinção do fogo

FIGURA 7: Simulação de Sistema fixo de CO2 em funcionamento

FIGURA 8: Skid

FIGURA 9: Disparo do sistema fixo de água por alta pressão (Walter Mist)

FIGURA 10:Controle à distância no CCM de uma embarcação

FIGURA 11: Controle local para MCA e MCP

FIGURA 12: Estação HI-FOG com manifolds e válvulas direcionais para as

áreas cobertas

FIGURA 13: Tipo de Boquilha para sistema Water Mist

FIGURA 14: Fontes de abastecimento de água para sistema Water Mist

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas

CCM: Centro de Controle de Máquinas

CO2: Dióxido de Carbono

HPCO2: Dióxido de Carbono em Alta Pressão

LPCO2: Dióxido de Carbono em Baixa pressão

MCA: Motor de Combustão Auxiliar

MCP: Motor de Combustão Principal

NFPA: National Fire Protection Authorities