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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUITO A VEZ DO MESTRE
Avaliação Escolar: Uma análise da avaliação na Escola
Josefa Bernardo Nogueira
Maria Dalva Bernardino da Silva
Orientador(a)
Professora Priscila Barcelos
RECIFE-PE
Setembro /2010
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
INSTITUITO A VEZ DO MESTRE
Avaliação Escolar: Uma análise da avaliação na Escola
Josefa Bernardo Nogueira
Maria Dalva Bernardino da Silva
Trabalho Monográfico apresentado como
requisito parcial para obtenção do Grau
de Especialista em Supervisão Escolar.
RECIFE-PE
Setembro /2010
Dedicatória
Primeiramente a Deus meu Senhor por ter me dado amor, inteligência, saúde, e
oportunidade para que fosse possível desenvolver e concluir este trabalho.
Aos meus pais pelo amor, confiança e incentivo nas horas difíceis.
A toda a minha família que são colunas de sustentação em cada momento de minha
vida especialmente minha sobrinha Karine que com sua pureza me faz acreditar nos
meus sonhos.
A todos que direta e indiretamente colaboraram para a concretização deste curso,
me dando força e coragem que precisei para a conclusão deste estudo que terá
imensa importância acadêmica e profissional.
Resumo
O estudo apresentado visou analisar a avaliação no Ensino Fundamental em uma
escola na cidade de Camutanga –PE. A pesquisa foi realizada na Escola Municipal
Josefa Bernardo Nogueira, onde aplicamos um questionário aos professores do
Ensino Fundamental. Após a aplicação dos questionários, foi feito um analise com o
objetivo de verificar a relevância da avaliação na prática em sala de aula. A pesquisa
foi fundamentada em teóricos que dedicaram livros ao estudo do tema. Verificou-se
que a prática avaliativa é motivo de muitos questionamentos e a maioria dos
educadores está interessada em reformular suas práticas de forma que
corresponder às novas exigências da sociedade atual. Buscando uma avaliação que
não seja um empecilho ao desenvolvimento dos alunos, mas parte integrante de
todo processo de ensino aprendizagem. A forma de encarar e realizar a avaliação, a
atitude do professor reflete sua visão autoritária ou flexível sobre a mesma os tipos
de avaliação com suas respectivas funções, tende a garantir a eficiência do
processo de ensino aprendizagem. É preciso valorizar os aspectos qualitativos
juntamente com o quantitativo. É conveniente que os professores utilizem a
avaliação como ferramenta que precisa ser usada de maneira significativa e objetiva,
levando-os a alterar práticas habituais, construindo novas metas nas quais a
prioridade é educar com qualidade. Assim um trabalho de reflexão seguido por
mudanças de atitudes ajudará a construir uma escola comprometida com o
crescimento dos seus alunos.
Palavras-chave: avaliação, educação, ensino-aprendizagem.
ABSTRACT
The presented study it aims at to analyze the evaluation in basic education, in a
school in the city of Camutanga - FOOT. The research was carried through in the
Municipal School Bernardine Josefa Walnut, where we apply a questionnaire the
professors of basic education and. In this study one was made analyzes with the
objective to understand the relevance of the evaluation in the practical one in
classroom. The research also was based on theoreticians who had dedicated books
to the study of the subject. We could observe that the practical avaliativa is reason of
many questionings and the majority of the educators is interested in reformulating its
practical of form that to correspond to the new requirements of the current society.
Searching an evaluation that is not one empecilho to the development of the pupils,
but integrant part of all process of education learning. The way to look and perform
the assessment, the teacher's attitude reflects his authoritarian vision or flexible
about the same types of evaluation with their respective functions, tends to ensure
the efficiency of teaching and learning process. You have to appreciate the
qualitative aspects along with the quantitative.
It is desirable that teachers use assessment as a tool that needs to be used in a
meaningful and objective way, causing them to change current practice, building new
targets in which the priority is to educate with quality. Thus a process of reflection
followed by changes in attitudes will help build a school committed to the growth of
their students.
Keywords: assessment,education,teaching, and learning.
Metodologia
A elaboração deste projeto terá como instrumentos uma pesquisa exploratória
envolvendo um estudo bibliográfico sobre avaliação escolar a partir de autores como
Libâneo, Hoffmann, Luckesi entre outros. Será realizada também uma pesquisa de
campo na Escola Municipal Josefa Bernardo.
Esta escola foi inaugurada no dia 14 de Abril de 1995 inscrição de número 152.019
Está localizada na Zona Urbana – Avenida Moisés Correia SN, Camutanga-PE, CEP
55930000.
A escola conta com um prédio boa estruturação. Hoje ela atende a uma demanda de
400 alunos matriculados nos seguintes níveis de modalidades: educação infantil e
ensino fundamental.
A escola adotou os projetos SE LIGA, ACELERA E ALFABETIZAR COM SUCESSO.
A pesquisa de campo será realizada com 17 professores iniciantes e antigos, sendo
7 contratados e 10 concursados atuantes na educação infantil e no ensino
fundamental.
Esses Professores participam de formação continuada e capacitações coordenadas
pela Secretaria de Educação do município.
Dentre os professores 6 possuem graduação, outros são pós – graduados. Os
demais estão com cursos de formação em andamento.
A aplicação deste questionário será realizada pelo próprio autor em dia e horário a
serem combinados na escola.
Ao final desta coleta, estes dados serão analisados de acordo com os objetivos geral
e específicos.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 08
1.0 AVA
LIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ............................................................. 10
1.1 A
LDB e a avaliação escolar ......................................................................... 18
2.0 A AVALIAÇÃO CONTÍNUA ........................................................................... 21
2.1 Instrumentos de avaliação escolar ................................................................ 22
3.0 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICO E ANÁLISE DOS
DADOS DA PESQUISA ..................................................................................... 29
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 33
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 34
8
INTRODUÇÃO
Neste estudo será feita uma abordagem sobre a avaliação no processo ensino e
aprendizagem, sua vivência na prática e como a base teórica do educador influência
em sua prática pedagógica.
Avaliar requer conhecimento, estudo, investigação, aspectos fundamentais que
refletirão na qualidade do ensino. Essa qualidade tem sido buscada, na superação
de uma avaliação que funciona como medida, como um ato de classificar, de
reprovar. Avaliar até então, seria constatar os erros e atribuir ao aluno a
responsabilidade pela falta de êxito nas atividades e estudos em sala de aula.
Para o educador, cabia a função de atribuir notas aos alunos “capazes e incapazes”
de construir os conceitos proposto pelo professor, sem, contudo, compreender que a
aprendizagem está intimamente ligada à prática pedagógica do educador que
necessita continuamente ser avaliada. Segundo Freire (1996) “É pensando
criticamente a pratica de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática.
O próprio discurso teórico, necessário a reflexão critica, tem de ser de tal modo
concreto que quase se confunda com a prática”.
O sistema de avaliação pedagógica de alunos e de professores vem se
assumindo cada vez mais como discursos verticais, de cima para baixo,
mas insistindo em passar por democráticas. A questão que se coloca a nós,
como professores e alunos críticos e amorosos da liberdade não é
naturalmente, ficar contra a avaliação, de resto necessária, mas resistir aos
métodos silenciadores com que ela vem sendo às vezes realizada.
(FREIRE, 1996. p.116)
A importância da avaliação está estritamente ligada ao processo ensino
aprendizagem, sendo um dos momentos que exige reflexão e por isso é muito
complexa.
Assim sendo o respectivo trabalho tem como objetivo geral analisar os princípios
norteadores da avaliação e com ela acontece na Escola Josefa Bernardo. E como
objetivos específicos descrever alguns princípios da avaliação, observar o
conhecimento que os professores da escola pesquisada tem a respeito da avaliação
e verificar fichas de acompanhamento.
9
Acredita-se que a avaliação é uma tarefa ainda complexa e que muitos educadores
sentem dificuldades para avaliar de forma que favoreça o crescimento de seus
alunos e não apenas testar os conhecimentos, mas apontar novas direções.
É importante tratar da temática, pois a avaliação pode assumir ao menos um terço
do tempo do professor, não apenas em sala de aula, mas fora dela.
No capítulo I refletiremos sobre o verdadeiro significado da avaliação e qual sua
influência para o processo ensino aprendizagem, procura refletir sobre a avaliação e
a LDB (Lei de Diretrizes e Bases Lei 9394/96) suas orientações e exigências ao
sistema de ensino, tanto públicas quanto particulares que realizem um processo
avaliativo de forma contínua e qualitativa.
No capítulo II apresentaremos a avaliação contínua como sendo significativa para a
educação de qualidade visando conhecer o resultado de nossas ações diárias de
modo abrangente e não apenas em momentos isolados e, por conseqüência
melhorá-la, tendo em vista essa avaliação contínua analisamos alguns instrumentos
de avaliação escolar para que o processo avaliativo não se restrinja a provas e
notas, mas em momentos significativos de aprendizagem.
No capítulo III, analisamos os dados obtidos na pesquisa de campo, bem como o
perfil dos sujeitos envolvidos procedimentos metodológicos, a prática dos
educadores da escola pesquisada, e as conclusões obtidas pelo pesquisador.
Avaliação é um processo onde os alunos são muitas vezes prejudicados se não for
feita de maneira a auxiliar o encaminhamento a novos rumos se necessário visando
sempre o aprendizado e não apenas notas.
Com base nos teóricos apontados, compreendemos ser necessário que as
atividades acontecessem em um universo cultural que permitisse a criança como ser
social pensante a oportunidade de construir seus conhecimentos.
10
1.0 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A palavra avaliação vem do latim a + valere, que significa atribuir valor e mérito do
objeto em estudo. Assim avaliar é julgar o valor sobre a qualidade de um método
para a verificação da excelência do seu resultado. Porém a compreensão do
processo de avaliação dentro do processo ensino/aprendizagem tem sido pautada
pela mensuração, isto é, associar o ato de avaliar ao ato de “medir” os
conhecimentos adquiridos.
Segundo Luckesi (1991) á prática da avaliação tal como ela ainda hoje é utilizada
nas escolas, sendo feita por meios de provas e exames, teve origem na escola
moderna que se sistematizou a partir dos séculos (XVI e XVII) a fim de servir a
sociedade burguesa.
A pedagogia jesuíta (século. XVI) e comeniana (século. XVII) são expressões dessa
prática que buscava a fraternidade, porém com a finalidade de manter o modelo de
sociedade autoritária e seletiva.
O momento dos exames era tido como um momento de grande tensão e até
desvinculada dos demais processos de ensino.
Luckesi (1991.p.22) diz que “eram solenes essas ocasiões, seja pela constituição
das bancas examinadoras e procedimentos de exames, seja pela comunicação
públicas dos resultados, seja pela emulução ou pelo vitupério daí decorrente.”
Vemos então que essa prática não foi de toda anulada em nossas escolas. A
amplitude, a maneira como os exames e protocolos favorece a competitividade,
rivalidade e a vergonha as quais o aluno era submetido com um sistema rígido onde
predominava o ensino verbal e a memorização.
Hoje quando vemos a pedagogia tradicional percebemos que ela foi reformulada,
mais ainda tem uma presença forte na educação. A prática pedagógica ainda se faz
muito através do método expositivo juntamente com os testes e provas cujo
propósito é medir as aptidões e habilidades dos educando.
Para a pedagogia comeniana os exames ajudam a desenvolver maior interesse por
parte dos alunos sendo um bom motivo para deixá-los sempre atentos. Para ele
quanto maior as exigências e o rigor nos testes maior será a dedicação dos alunos
em face do alto nível de exigência.
11
A mudança do nome provas para avaliação é atribuída a Tyler segundo garante
Luckesi (1986) “ao que todos reconhecem essa paternidade.”
Os procedimentos passam a ser mais abrangentes, não se limitando a provas, mas,
questionários, fichamentos e observações para conseguir evidências do rendimento
do aluno.
A avaliação é parte do processo de ensino aprendizagem onde os resultados são
comparados as dificuldades detectadas para que possíveis mudanças sejam postas
em pratica.
Avaliação não é simplesmente realizar provas, mas obter dados que possam revelar
o rendimento dos alunos em conformidade com os objetivos propostos
De acordo com Libânio (1990) “Na pratica escolar cotidiana, a função de diagnostico
é mais importante porque é a que possibilita a avaliação do cumprimento
pedagógico didática e a que dá sentido pedagógico a função de controle”.
A avaliação diagnóstica no início verifica-se o nível dos alunos para ter idéia de que
seqüência é adequada para dar prosseguimento ao estudo. Durante o processo
serve para acompanhar resultados, corrigir as falhas, ao mesmo tempo através dela
o professor tem uma noção sobre a eficiência ou ineficiência do seu trabalho e
refletir sobre a adequação dos métodos, dos materiais e da linguagem utilizado.
E ao final do bimestre ou do ano letivo para analisar novamente os objetivos
alcançados.
Através das atividades diárias o educador verifica se os conteúdos estão ou não
sendo assimilares pelos seus alunos.
O mais usual é reduzir a ser avaliação aquilo que o aluno memorizou, e não uma
aprendizagem reflexiva com sentido. Ela não deve ser usada como punição ou
recompensa.
O professor preciso usar cada momento das suas aulas para promover o
aprendizado de seus alunos; muitas vezes são considerados os aspectos
quantitativos ou qualitativos isoladamente. Onde o ideal é considerar ambos.
Há uma grande dificuldade em avaliar originalidade, compreensão, expressão de
ponto de vista.
As provas escritas são também úteis se somados a outros procedimentos como a
observação contínua.
12
A avaliação ajuda a tornar mais claros os objetivos que se quer atingir. No
inicio de uma unidade didática, o professor não está muito seguro de como
atingir os objetivos no decorrer do processo de transmissão e assimilação.
À medida que vai conduzindo o trabalho a reação dos alunos, os objetivos
se vão clarificando, o que possibilita tomar novas decisões (GADOTTI,
1990. p. 201)
As várias atividades avaliativas buscam o desenvolvimento intelectual, social e moral
do alunado e detectar se a Escola e o professor estão conseguindo alcançar este
desenvolvimento.
Essas atividades devem auxiliar os ativos e os pouco ativos, os rápidos e os lentos.
Como os alunos não são iguais individualmente e sócio e economicamente a
avaliação favorecer conhecer individualmente a classe. Por esse motivo a avaliação
não deve ser usada como simples verificação e provas no final dos bimestres.
A avaliação deve está estritamente relacionada com os objetivos e os conteúdos que
foram trabalhados no decorrer do bimestre, semestre, ano.
Isso não dever excluir a subjetividade de alunos e professores, mas esta não pode
comprometer os objetivos propostos inicialmente.
No decorrer das avaliações o professor pode fazer uma auto-análise, se os objetivos
são claros? Se os conteúdos são apropriados para o nível de desenvolvimento de
seus alunos bem como se ele tem dado igual atenção aos se desenvolveram bem e
aos que apresentam dificuldades.
O posicionamento do professor atitudes conhecimentos, maneira de ser revelam seu
papel diante dos alunos. Quando o professor não dá atenção aos alunos com fraco
desempenho indica preconceito, não deve haver também, favoritismo para com os
bem sucedidos.
Os objetivos precisam estar de acordo com as reais possibilidades dos alunos, para
que haja condições deles realizarem o que lhe é proposto. Os objetivos não podem
estar acima das reais condições dos alunos.
Um dos grandes problemas, que dificulta a questão da avaliação do
rendimento escolar, é se pensar que a avaliação é um capítulo especial no
processo de aprendizagem, fazer com que o ensino se viabilize em função
da própria avaliação. Quando, na verdade, a avaliação no palco da
educação é um ator coadjuvante. A avaliação é apenas a decorrência de
um processo normal de aprendizagem. (Antunes. p.8)
13
É ideal que a avaliação possa ser vista e sentida como parte das rotinas escolares
que fazemos no dia-a-dia. Todos os dias nos avaliamos, antes de sair de casa para
o trabalho avaliamos a aparência que estamos, se a roupa está adequada a
temperatura frio ou calor, etc.
A escola propõe um volume de qualidades que o aluno precisa ter. Essas qualidades
são analisadas em dias específicos e esses dados são colocados como julgamento
preciso. Por isso precisamos caminhar por avaliações mais abrangentes. A questão
é não deixar de avaliar, até é útil ter períodos dedicados especificamente a
avaliações, se trata de julgar o que se está avaliando.
De uma maneira ou de outra, notas ou conceitos, temos que entregar resultados de
cada aluno a secretaria. E quão válidas, e quanto revelam ou não a aprendizagem
dos alunos.
Geralmente a avaliação se encaixa em duas categorias: avaliação somativa e
avaliação educativa.
. A avaliação somativa está relacionada aquilo que o aluno conseguiu memorizar. É aquele momento onde ao observar quantas questões o aluno acertou e quantas ele
errou, o professor atribui uma nota, que está em acordo com o critério de pontuação.
Essa avaliação não traz informações precisas quanto ao aluno. É possível que se a
mesma prova fosse aplicada no dia seguinte o aluno obteria um resultado diferente,
seja pra melhor ou para pior. Ela é inflexível e os resultados obtidos computados
sem chance de mudança. As questões até mal formuladas. Não que o professor
queira dificultar para que os alunos não consigam notas altas, mas porque a maneira
de elaboração as vezes não é clara para o aluno. Aquele mesmo conteúdo,
elaborado em outro modelo de prova poderia auxiliar o aluno a se sair bem.
Ela não contempla formas diferentes de o aluno apresentar o que aprendeu uma vez
que esses testes buscam resultados precisos. É como se o aluno precisasse
escrever exatamente aquilo que o professor de antemão espera como resposta.
Sendo que existem várias de se chegar a um conceito.
Quando se trata da matemática pro exemplo há alunos que recorrem a formas
diversificadas para resolver determinada questão, desde que ele consiga o produto
final, não cabe ao professor reprovar esses caminhos que ele seguiu, apenas por
não serem o que o professor esperava.
14
Nem sempre o aluno tem oportunidade fazer descobertas, pois o professor mantém
um gabarito correto, isso porque facilita a correção o que não irá tomar muito do seu
tempo.
Já na avaliação educativa o aluno é avaliado em vários momentos. O professor
recorre a diversos recursos para alcançar o seu aluno.
Para Antunes (SD)... É um conjunto de atitudes que consideram válidas – digo
atitudes de natureza intelectual, de natureza social. É onde entra o diagnóstico para
registrar o que o aluno alcança ou não alcança. Busca também observar se este
saber ajuda a adquirir outros saberes. Aprender que um determinado conteúdo
precisa ser conhecido para que abra caminhos para a assimilação de outros
conteúdos. Então não é sábio para o professor se debater em uma infinidade de
conteúdos sem analisar se o aluno irá conseguir assimilá-los seqüencialmente em
um ritmo acelerado, ou se vale escolher pausadamente o que realmente serão
saberes significativos e importantes para seguir em seus estudos.
Quando se fala de avaliação em grupo ou dupla vemos que a maioria das pessoas
tem uma idéia formada a esse respeito. Idéia que um aluno pode ser favorecido por
outro. Mas se a escolha do grupo ou dupla for fria pelo professor é provável que
cada aluno vá estar interessado em expor o que aprendeu. Esse não deve,
entretanto ser u m instrumento único de avaliação, mas outra proposta para avaliar.
O que realmente importa é que esses meios utilizados auxiliem na aprendizagem do
aluno. Uma vez que há certos conhecimentos essenciais que não podem ser
passado superficialmente.
O professor precisa ser um estimulador da aprendizagem de seus alunos.
Segundo Antunes (SD) há alguns procedimentos que deixarão os alunos
estimulados par aprender:
1. Elogiar – Ao elogiar o professor não deve fazê-lo de maneira hipócrita de
modo que o aluno saiba que o professor não está sendo verdadeiro. Mas ao
avaliar, por exemplo, uma atividade que o aluno está realizando, buscar
perceber aquelas pequenas coisas que ele consegue fazer independente se
ele já adquiriu aquele conhecimento ou está em fase de desenvolvimento.
Não é simplesmente elogiar com palavras, mas numa atitude de aceitação, de
confiança na capacidade do aluno. Isso estimula o aluno a tentar resolver as
questões propostas, a corrigir aquilo que não ficou bom. Pois quando o
15
professor demonstra impaciência ao observar o erro do aluno, este se torna
desinteressado e acha que não consegue fazer a atividade proposta.
2. Escutar – Não é tarefa fácil para o professor escutar o aluno. Temos a
facilidade enorme de nos desligarmos quando o diálogo não é de nosso
interesse. Quando um aluno vem falar de algo particular seu e nós o ouvimos
é possível que obtenhamos a confiança dele. Isso facilita o aluno a expor
suas idéias sobre um determinado assunto, facilita a fala em público.
3. Exemplificar – O professor quer se der conta ou não é um exemplo para seus
alunos. Ele transmite atitudes mais com ações do que com meras palavras.
Quando o professor diz aos alunos não jogarem lixo no chão e ele mesmo
joga, suas palavras se tornam sem o poder e convicção.
É muito fácil se avaliar a progressão da aprendizagem cognitiva. Se ensino
a um aluno o que é uma ilha e, dez dias depois, perguntou-lhe, pela
resposta dele sei se ele aprendeu ou não. Não tenho instrumentos tão
confiáveis que me permita dizer que ele aprendeu coragem, que ele
desenvolveu o otimismo, que teve interiorizado aqueles elementos de
valores que se busca trabalhar. (Antunes.SD. p. 29)
Sabe-se que precisamos preparar para a vida fica claro a necessidade de formar
cidadãos que saibam se expressar saiba refletir sobre uma informação e formar
suas próprias hipóteses. É importante, pois, avaliar de que maneira os alunos
interagem e se posicionam em sala de aula e propor momentos em que eles possam
fazer uso da reflexão e elaboração de suas próprias hipóteses.
Se a nota for atribuída somente com base na prova escrita, ela pode deixar de
apresentar o resultado real da aprendizagem, pois o torna limitado. Portanto a prova
escrita precisa ser aliada a outros instrumentos avaliativos para obtenção de
resultados levando em conta também que a escola, pais, professores e alunos
precisam de dados que revelem como anda a aprendizagem do educando.
Conforme Alvarez Mendes (2002) “necessitamos aprender sobre e co a avaliação.
Ela atua, então, a serviço do conhecimento e da aprendizagem, bem como dos
interesses formativos aos quais essencialmente deve servir.”
Há alguns traços referentes a aprendizagem escolar conforme Alvarez Mendes
(2002 p. 15)
16
• Democrática – Visa à participação dos sujeitos principais aluno e professores
como participantes ativos. A avaliação é um momento onde quem aprende
pode expor seus saberes. É também momento em que além dos saberes
aparecem dúvidas a serem superadas. Passar por “alto” sem tomar atitude
quanto às dúvidas e necessidades dos alunos irá gerar maiores dificuldades
no futuro.
• Deve estar sempre a serviço principalmente s sujeito que aprende.
Se a avaliação não é um recurso que oportuniza a aprendizagem ela não está sendo
válida.
• A avaliação deve ser um ponto transparente em todo o seu andamento e o
aluno precisa saber que critério será usado.
• Ela precisa ser processual, contínua e integrada ao currículo e a
aprendizagem. Não podem ser tarefas isoladas e descontínuas.
Avaliar somente no final de unidade é impedir que a aprendizagem seja contínua.
Nesse caso passaria a si avaliar apenas para qualificar e classificar.
• Será sempre em qualquer hipótese avaliação formativa, motivadora,
orientadora.
Em seu caráter formativo entende-se como que forme intelectual e humanamente.
Aqui se vê a necessidade de favorecer o desenvolvimento do ser crítico.
Toda atividade avaliativa que não forme deve ser descartada um vez que contribui
em nada.
• Nas tendências atuais de avaliação educativas, a preocupação é voltada para
a forma como o aluno aprende sem esquecer-se da qualidade do que
aprende.
Freqüentemente ao falarmos em avaliação nos questionamos como fazê-la, antes
de refletir por que e para que da mesma. Os testes que utilizam de provas objetivas
é algo que se pode medir, e até prever as respostas de forma precisa.
Uma das tarefas da educação é ajudar a formação de pessoas reflexivas. A
capacidade mental tem papel importante onde o ensino é a transmissão de
informações e a explicação e a curiosidade.
Para que ocorra a aprendizagem reflexiva dos conteúdos é preciso que o aluno
explique, argumente, e defenda seu ponto de vista. Isso se dá também pela
17
interação aluno/aluno, aluno/professor. O professor necessita despertar a
curiosidade dos alunos, isso produz nele motivação a aprender.
É um desafio essas novas formas de ensinar que resulte em algo significativo.
Vemos uma contradição entre o que se propõe e o que é exigido do aluno quando
este se submete a um exame para uma vaga por meio de concursos/exames. Então
não podemos ser descuidados a ponte do negar ao aluno a aprendizagem de
conteúdos que futuramente lhe serão exigidos. Além de aprender esses conteúdos o
aluno precisa saber racionalizar a respeito deles.
A maneira como os professores agem é um reflexo do que eles viveram como
alunos. Outra parte pela busca de métodos mais eficientes e às vezes levados pelo
modismo de algumas teorias.
Quando o processo de avaliar não faz parte do processo de ensino aprendizagem
torna-se uma ironia a realidade como prova disso temos vários exames que são
exigidos dos alunos no decorrer de sua vida estudantil.
Quando avaliamos os alunos precisamos pensar que processos exigem desses
alunos: associação, comparação, memorização, explicação e análise.
A educação, ensinar e aprender se faz numa aliança: professor aluno e instituição.
Cabe então a escola na pessoa do professor desenvolver no aluno o senso do
quanto a educação escolar é útil para sua vida em sociedade.
A aprendizagem leva a mudança ou transformação. De alguma forma esses
conhecimentos precisam melhora sua qualidade de vida e suas relações sociais.
• A Avaliação Formativa permite contatar se os alunos estão atingindo os objetivos desejados. Pela coleta e análise dos dados. É o meio pelo qual o
aluno conhece seus erros e certos, devendo servir de estímulo para o avanço
de seus conhecimentos. O professor ao ter em mãos esses dados identifica
as deficiências na aprendizagem e busca meios para solucioná-las.
A avaliação situa-se no centro da ação de formação. É então chamada de
formativa (...). Contribui para uma boa regulação da atividade de ensino (ou
de formação, no sentido amplo) trata de levantar informações úteis a
regulação do processo ensino-aprendizagem (HADJI, 2001.p. 19).
Considera-se que a avaliação formativa é também uma avaliação informativa.
Perrenoud (1951. p.50) após ter relembrado que é formativa toda avaliação que
18
auxilia o aluno a aprender e a se desenvolver, ou seja, que colabora para a
regularização das aprendizagens e os desenvolvimentos.
A avaliação é formativa quando permite guias depois de informar como se
encontram os alunos no que se refere aos conteúdos ensinados. Para que o
professor possa reformular suas ações a partir disso.
É um meio que leva o professor a fazer uso do feedback. Na medida em que
aparecem os erros dos alunos, o professor cria ações para que cada um possa
superar suas dificuldades. A avaliação então serve como um controle de qualidade.
Pois o professor só passa covos conteúdos a medida que percebe que os alunos já
assimilaram os conteúdos ensinados.
Conforme Alvares Mendez (SD) “Uma avaliação que pretenda ser formativa na
escola deve estar mais próxima da busca de conhecimento e mais próxima da
interpretação e da análise crítica e construtiva.” Ou seja, cada ato de avaliação
apóia-se nas informações que os exames fornecem.
Dizer que a avaliação o que interessa é coletar informações favorece a classificação.
É importante saber que informações são de interesse do professor na coleta.
Numa concepção mais geral, tendo com base a LDB 9394/96 a avaliação na escola
deve ser um processo contínuo, cumulativo e sistemático, auxiliando na tomada de
decisões. Seus resultados visam à reorganização do processo ensino –
aprendizagem sendo considerada uma prática de acompanhamento da trajetória do
aluno em relação a aquisição de conhecimentos, buscando estratégia pedagógicas
que promovam o sucesso escolar.
1.1 A LDB e a Avaliação Escolar
A lei 9394 de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) foi sancionada em 20 de
Dezembro de 1996, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo ministro da
educação Paulo Renato de Souza.
A respectiva lei trata de estabelecer diretrizes a educação nacional inspirada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, propõe que sejam
obtidos pela família e pelo estado, condições para o completo desenvolvimento do
aluno e na sua qualificação para o mercado de trabalho. Percebe- se que ela vem
procurando adequar sua metodologia avaliativa ao nosso sistema de avaliação como
19
podemos verificar no arquivo abaixo descrito onde a avaliação deve ser assegurada
no ensino fundamental a superior, com a finalidade de melhorar a qualidade de
ensino.
Artigo 9 VI - Assegura processo nacional de avaliação do rendimento escolar no
ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de
ensinos, objetivando a definição de prioridades e a melhoria de qualidade
do ensino.
Vemos ai à união com o papel de garantir a centralização política do ensino e
garantir o controle mínimo de qualidade.
Já o artigo 13, V fala sobre o professor dedicar tempo ao planejamento da avaliação.
O ato de avaliar antes (a elaboração, a escolha do tipo de instrumento) e depois (a
analise de dados)
A busca por soluções abrange grande parte do tempo do educador.
Artigo 24, v. faz referência a avaliação continua e cumulativa onde os aspectos
quantitativos. Onde também faz menção de que os resultados dos alunos sejam com
base em varias etapas e não apena um reflexo das provas finais.
Para os alunos que não obtiveram um bom aproveitamento a escola deve oferecer
períodos de recuperação para tentar reparar possíveis desajustes na aprendizagem
e trabalhar novamente os conteúdos que o aluno não conseguia assimilar. Sendo
um período curto, nas avaliações finais o professor precisa correr contra o tempo e
buscar meios diferentes p/ que obtenha sucesso.
“Art. 31 Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e
registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o
acesso ao ensino fundamental”.
Mesmo sem valor classificatório uma vez que não irá interferir no acesso ao ensino
fundamental a LDB aponta a avaliação como necessária a educação infantil. Esse
acompanhamento por meio de registro também pode ser usado como um
instrumento avaliativo pelo professor em outras séries.
As escolas têm a liberdade de escolher a maneira como avaliar seus alunos se por
meio de notas ou conceitos. Mas todas elas passam por um controle do governo que
estabeleceu essa lei que são validas tanto para as escolas públicas quanto para as
privadas, para tentar garantir um padrão mínimo de qualidade. Buscando também
20
formar cidadãos críticos e aptos para agirem e interagirem contribuindo para o
avanço da nossa sociedade.
Tendo em vista que é incumbência da escola classificar o desempenho dos alunos,
é preciso haver preocupação com as dificuldades dos alunos, replanejar e retomar
decisões de caráter pedagógico como objetivo de obter um bom índice de
aprovação.
Conforme a LDB a avaliação precisa ser continua reconhecendo os problemas de
aprendizagem dos alunos, bem como suas conquistas diárias. A avaliação deve,
pois favorecer o aluno a avançar, tendo o professor como um auxiliador que busca
tão somente o sucesso de seus aprendizes.
Art. 24
V – A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais.
(...)
21
2.0 AVALIAÇÃO CONTÍNUA
A avaliação é a reflexão transformada em ação. Ação essa, que nos
impulsiona a novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre sua
realidade, e acompanhamento de outros passos do educando na sua
trajetória de construção do conhecimento (HOFFMAM, 2010 p. 17)
Em todo tempo o professor deve observar os erros do aluno de forma construtiva,
buscando meios pra esse erros sejam superados.
Ao lidarem com novas situações eles reformulam seus conhecimentos. Assim sendo
avaliar não é apenas colocar certo ou errado na respostas, mas avaliar como o
aluno tem organizado esse entendimento do conteúdo. A tarefa do professor não
deve se restringir a transmissão e correção, mas através de momentos contínuos de
aprendizagem.
Avaliar não deve ser restrito a observação e julgamento, mas acompanhar a maneira
como o aluno vai se desenvolvendo e observar as limitações para agir a respeito
delas.
Ao professor fazer as devidas correções das atividades, ele precisa dar continuidade
visando detectar o ponto onde seus alunos se encontram.
Segundo Hoffmam (2010) “o fazendo aluno é uma etapa altamente significativa na
sua construção do conhecimento, mas a sua compreensão das hipóteses situa-se
no terreno das contradições e suas ultrapassagens” (p.60)
Então a avaliação deve se basear na capacidade do fazer do aluno, sempre
proporcionar novas oportunidades. Muitas vezes simplesmente repetem e repetem a
mesma tarefa é necessário ter conhecimento não se dá por mera repetição, mas
descobrir o significado, a razão, a noção do objeto tema estudados.
A realidade na escola é contraria ao discurso, há aqueles que entendem que a
avaliação precisa ser mais do que exigências a memorização e reprodução, mas
não conseguem tornar sua prática diferente, provavelmente porque exige grande
esforço.
Quando o aluno recebe boa nota por bom comportamento, enquanto outro recebe
nota baixa só por causa d comportamento faz com que se torne injusto o resultado
obtido. Pois o bom comportamento não é sinônimo de inteligência, enquanto que há
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casos em que o aluno não aprende um comportamento apropriado, mas consegue
assimilar bem os conteúdos.
Passar o aluno de ano só porque tem um bom comportamento é levar em frente um
cidadão mal preparado para enfrentar a realidade escolar em sociedade.
Ao corrigir as atividades dos alunos o professor não deve fazê-lo com o fim de dar
nota está errando e favorecer seu desempenho. Já que corrigir tarefas exige grande
tempo por parte dos professores, essa não deve ser uma pratica desvinculada de
novo encaminhamento, ela não deve ser um fim em se mesma.
O ambiente escolar deve estar livre de criticas arbitrária quanto ao erro do aluno,
para que ele não se sinta incapaz. É necessário a acompanhamento do professor e
a motivação para que o aluno saiba que pode superar as dificuldades.
Diante das dificuldades detectadas através da avaliação o professor precisar
redirecionar os caminhos da suas práticas. Ao tentar reverter o quadro, buscando a
progressão dos alunos faz-se necessário recorrer a variados instrumentos de
avaliação que “sendo uma das funções da avaliação determinar o quanto e em que
nível de qualidade estão sendo atingidos os objetivos são necessários instrumentos
e procedimento adequados.” Libâneo (1990).
2.1 Instrumentos de Avaliação Escolar
As provas escritas e outros instrumentos são meios necessários de
obtenção de informação sobre o rendimento do aluno (...). As provas
dissertativas ou objetivas, o controle de tarefas e exercícios de consolidação
e outros tipos de verificação são vistos pelos alunos como efetiva ajuda ao
seu desenvolvimento mental, na medida em que mostram evidências
concretas da realização dos objetivos propostos. (LIBÂNEO, 1990. p.200)
O processo de avaliação inclui vários procedimentos que são usados para verificar o
rendimento dos alunos.
Quando os alunos estão resolvendo exercícios o professor passa nas bancar
observando um por um e auxiliando aqueles que necessitam de esclarecimentos
Quando corrigir une exercício e percebe que a maioria dos alunos não conseguiu
resolver-lo, faz então uma revisão do assunto e novo exercício.
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Esses exemplos acima são momentos de avaliação onde não se usou
necessariamente uma prova e atribuiu nota.
Porque o professor percebe que se os alunos conseguirem realizar bem as
atividades, tirar dúvidas, corrigir os erros as provas bimestrais ou finais darão um
resultado positivo diante do que já se alcançou anteriormente.
As provas escritas, de questões objetivas e praticas são de caráter formal, Enquanto
e o acompanhamento dos alunos nas atividades diárias é de caráter menos formal
Qualquer atividade realizada no ambiente em que estava pode levar a uma
aprendizagem. Desde quando nascemos estamos aprendendo os menorzinhos
aprender a distinguir sons conhecer, por exemplo, a voz da mãe, os maiores
conseguem andou de bicicleta, adiante comprar, pagar, receber troco etc.
Vemos então a aprendizagem casual que acontece naturalmente em nosso
ambiente pela relação com as pessoas e objetos.
Já aprendizagem organizada visa aprender determinados conhecimentos. Ela pode
ocorrer em varias lugares sendo que na escola não organizados procedimento para
que ela ocorra, visando alcançar uma finalidade específica.
Se ao avaliamos o aluno precisamos usar vários ferramentas dentre elas. Na prova
precisamos mais uma vez buscar os melhores instrumentos de verificação.
A prova escrita dissertativa é onde o aluno responde as questões usando suas
próprias palavras não se prendendo ao que está no livro didático estudado, tendo,
porém o cuidado para que sua resposta não fuja do conteúdo e assunto em questão.
Na prova de questão objetivas já exige um cuidado por requerer respostas mais
precisas, onde geralmente há uma resposta única correta. Algumas vezes esse tipo
de prova não apresenta uma resposta clara sobre os conhecimentos do aluno uma
vez que ele pode escolher a alternativa por palpite. Ao mesmo tempo em que
favorece o aluno trazer à lembrança aquilo que aprendeu, pois ao comparar as
alternativas ele faz uma análise reflexiva.
Há ainda outros recursos utilizados para formular provas o professor deve escolher
visando favorecer o entendimento dos alunos e se há relação com sua prática em
sala de aula.
A avaliação pode ser caracterizada como uma forma de ajuizamento da
qualidade do objeto avaliado, fator que implica uma tomada de posição a
respeito do mesmo, para aceita-lo ou para transformá-lo. A definição mais
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comum adequada, encontrada nos julgamento de valor sobre manifestações
relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão. (LUCKESI,
1978. p.33)
Isso significa que ela é uma resposta sobre o qualitativo no caso da educação
observa-se se o aluno está próximo ao objetivo estabelecido ou se Ele esta em
processo.
O julgamento não é inteiramente subjetivo. Ele parte da realidade que aparece de
acordo com as metas estabelecidas.
Avaliação precisa conduzir a uma tomada de decisão, onde ela é vista como um
processo que deve levar a uma ação em função dos resultados.
Na pratica vê-se que a avaliação tem sido utilizada mais como para classificar o que
para diagnosticar.
As classificações são registradas atribuem-se notas ou conceitos aos resultados e
encerra-se aí o ato de avaliar. O aluno permanecerá nessa situação no que diz
respeito ao que ele aprendeu.
Tendo a função classificatória e desligada da função diagnóstica o processo de
crescimento não acontece. Quando ao termino de uma unidade o aluno não alcança
a média desejada, nada se fez para que ele avance.
O professor precisa estar atento para não cometer o erro de reduzir o padrão de
exigência para favorecer alguém ou elevar o padrão de exigência para reprovar
outro.
Isso não significa que a avaliação deva ser feita com pouco rigor. Ao contrario, pois
a precisão dará garantias de adequar aos procedimentos com eficiência em relação
ao que se quer atingir.
Luckesi (2008) sugere que ao planejar, suas atividades o professor estabeleça o
mínimo necessário a ser aprendido efetivamente pelo aluno.
Isso faz sentido, porque às vezes o professor perde o rumo ao definir uma infinidade
de critérios / objetivos para seus alunos. Sendo que poderiam ser mais delimitados
em um foco único.
É sempre possível que os alunos alcancem resultados acima do esperado uma vez
que a aprendizagem não se limita as que o professor transmite em sala de aula, mas
nos contexto sociais onde seus educando estão inseridos.
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Há também aqueles que não conseguirão alcançar os requisitos mínimos de
aprendizagem esperado.
Luckesi cita que Thomas Edison fez mais de mil experimentos para chegar ao bem
sucedido na descoberta da lâmpada incandescente.
Fica clara a necessidade de novas tentativas a partir do erro do aluno. Quando o
professor vê o erro do aluno o novamente o orienta individualmente vê que às vezes
o aluno não havia entendido o assunto.
Alguns alunos aprendem rapidamente não tendo necessidade de revisões e
podendo sempre.
Avaliar é acima de tudo possibilitar uma garantia de aprendizagem.
O professor ao detectar os resultados dos alunos atribui-lhe uma qualidade
satisfatória ou insatisfatória a partir do padrão ideal estabelecido anteriormente.
A aprendizagem será tida como satisfatório quando se aproxima do objetivo
esperado.
O problema é que não há clareza no padrão de qualidade que o professor espera do
aluno, sendo assim sua análise se torna vaga sujeita a julgamento diferenciado.
Podendo tornar caráter mais ou menos rigorosos.
Esse padrão de qualidade deve ser nada mais nada menos do que a aprendizagem
daquilo que foi ensinado.
Ao aluno realizar uma avaliação o professor toma e após correção atribui uma nota
e depois não faz nada para que o aluno avance se ele não teve uma boa nota.
A avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio
de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões
suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de ensino e
aprendizagem. (Luckesi, 2008)
Sendo assim a avaliação dá possibilidade do professor saber em que nível seus
alunos se encontram e poder agir para que eles avancem.
Existe certa ansiedade em relação à promoção do aluno para outra série, isso ocorre
por parte da escola e dos pais. Os professores muitas vezes usam até ameaças
“quem não estudar vai ficar com zero na prova”.
Os alunos ficam mais interessados em saber que notas receberam do que se
realmente aprendeu os conteúdos ou não.
Algumas vezes ao perceber que suas notas estão boas o aluno se torna
desinteressado por achar que já conseguiu a aprovação para outra série. Outras
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vezes quando o aluno que geralmente é esforçado e tira notas boas, por alguma
razão não consegue ficar dentro da média de um bom resultado em uma prova
sente-se frustrado e ansioso. Professores utilizam provas como forma para chamar a
atenção de alunos desinteressados, “as provas estão chegando vamos ver se com
esse comportamento vão se sair bem”.
No que se refere à proposição da avaliação e suas funções há que se
pensar na avaliação como um instrumento de diagnóstico para o avanço e
para tanto, ele terá as funções de autocompreensão do sistema de ensino,
de autocompreensão do professor e autocompreensão do aluno. (LUCKESI.
1994.p.16)
Quando se encontram em reuniões com professores a maioria dos pais se contenta
em saber se seus filhos estão com notas boas. Já as escolas precisam manter um
bom percentual de aprovação, caso fique abaixo do esperado tem que fazer ajuste
antes do fim do ano letivo.
Ao preparar as provas alguns professores são descuidados e não elaboram em
conformidade com os conteúdos ensinados. O nível de dificuldade da prova deveria
ser de forma a trazer à tona aquilo que o aluno aprendeu. Muitos vêem os exames
como um modo de preparação para que futuramente o aluno ao fazer um vestibular
sinta-se familiarizado com o procedimento. A avaliação pode ser vista como um
método reducionista, ao professor privilegiar a memorização de conceitos em
detrimento de outros aspectos como a reflexão. Cada momento de avaliação é
válido quando os conhecimentos do aluno são tidos como sínteses provisórias
sujeito algumas vezes a mudanças e sempre em andamento, em crescimento.
Sempre pensando no conhecimento como degraus contínuos e crescentes.
Segundo Luckesi (2008) os instrumentos de avaliação precisam ser
elaborados, executados e aplicados levando em conta princípios tais como:
• Medir os resultados de aprendizagem claramente definidos, conforme os
objetivos propostos.
• Ter uma amostra um tanto que precisa dos resultados de aprendizagem.
• Conter os itens mais apropriados para obter esses resultados.
• Ser ajustável ao uso e ser feito após os resultados.
• Ser fidedignos e interpretados cuidadosamente.
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• Ser usado como ferramenta para a melhoria da aprendizagem do aluno.
Esses princípios exigem planejamento técnico, onde haja clareza na elaboração dos
objetivos, análise dos instrumentos avaliativos mais adequados, visando clareza ao
professor e ao aluno quanto ao que se espera dele. Na avaliação diagnóstica os
dados obtidos devem ser analisados com rigor científico, para ter uma compreensão
precisa sobre a situação do aluno, para que o professor conheça o que os alunos
atingiram.
Aqui a partir dessa média temos uma demonstração qualitativa e quantitativa dos
resultados. A avaliação contribui para assimilação e a fixação do conteúdo ensinado.
Pois a correção dos erros é uma oportunidade de ampliar o desenvolvimento do
aluno. Quando a qualidade da aprendizagem apresentada pelo aluno é insatisfatória
cabe ao professor reorientar para novos passos visando alcançar um melhoramento
de resultados, buscando o desenvolvimento do educando.
Quando falamos em desenvolvimento do educando e em suas diversas áreas
cognitiva, psicomotora e modo de vida. È a busca por formar pessoas com
habilidades cognitiva psicomotora, capazes de defender suas idéias com convicção.
A Escola cabe o papel principal de desenvolver a capacidade cognoscitiva.
Capacidade de analisar, julgar, compreender e decidir.
Ao assimilar conhecimentos é necessário que o aluno entenda que esses
conhecimentos são necessários ao ser humano para que este viva de maneira
satisfatória. Os conhecimentos adquiridos servem de base para construção de
habilidades. As habilidades se tornam hábitos e os hábitos desenvolvem convicções
morais.
Conforme Luckesi “um aluno que não conseguiu entender bem o conteúdo de uma
disciplina não a aprendeu e, por isso mesmo o conteúdo oferecido não lhe serviu de
apoio para o seu desenvolvimento”. Então quando o professor avalia o aluno e
percebe que o conteúdo não foi assimilado e nada faz a esse respeito cria barreiras,
onde futuramente o aluno apresentará dificuldades por conta de alguns
conhecimentos são degraus que levam a outros.
Sendo necessário que a aprendizagem sistemática. Os conteúdos vão avançando à
medida que o professor percebe que os seus alunos estão em outro estágio. A
avaliação é um instrumento que auxilia a melhoria dos resultados. Quando ela se
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restringe a atribuir notas e conceitos não cumpre sua função de interesse em que o
aluno aprenda e se desenvolva.
Sendo inerente ao processo educacional segundo Hoffmann (2010)” é a reflexão
transformada em ação” não podendo ser apenas uma sentença classificatória.
Não existe instrumento de avaliação capaz por si só de abranger a totalidade do
conhecimento adquirido pelo aluno. Porém isso é bastante útil pensar em
instrumentos diversos para que um possa auxiliar o outro.
São procedimentos avaliativos que podem contribuir para o entendimento do
processo de aprendizagem do aluno:
1- A observação- Ela possibilita ao professor conhecer melhor o aluno, ao
observar como ele desenvolve as atividades na sala de aula e compreende os
pontos em ele apresenta dificuldades
É necessário que o professor tenha clareza para observar e também fazer uso de
outros meios e não se confiar unicamente na observação para dar resultados.
2- A pesquisa – A pesquisa torna o aluno mais independente, à medida que o
professor apresenta o problema e dá liberdade para que o aluno recorra a
fontes diversas de informação
3- A prova – As questões devem ser elaboradas de forma objetiva com uma
linguagem clara Ela deve ter como objetivo coletar dados, analisar e superar
as dificuldades, pois as respostas serão ferramentas para encaminha a
intervenções
4- O registro – auxiliam de forma sistemática as observar as dificuldades e os
avanços dos alunos. Esse registro não deve ser algo mecânico e burocrático,
mas algo que auxilie a uma visão mais exata do desenvolvimento do aluno.
29
3.0 ANÁLISE DOS DADOS
Para a realização desta pesquisa, tomamos como referencia os estudos
bibliográficos de Hoffmann (2010) Luckesi (2008) Freire (1996) Libânio (2008)
Antunes (SD) Hadji (2001), entre outros e análise do questionário respondido pelas
professoras da escola pesquisada. Consideramos as respostas oferecidas pelas
pessoas envolvidas.
Verificou-se que na escola Josefa Bernardo Nogueira 100 % dos professores são do
sexo feminino. Tendo 20% dos professores graduados, 60% pós-graduados e 20%
cursando o ensino superior.
80% dos professores atuam na área a mais de 9 anos. Sendo que 70% são
professores efetivos e 30% contratados.
Em relação à primeira questão 60% dos entrevistados informaram que a avaliação é
importante para acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos e 40%
afirmaram que a avaliação é importante, pois trás um diagnóstico que auxilia o
professor a buscar meios de superar as dificuldades apresentada pelos alunos.
O diagnóstico é uma das funções da avaliação que merece muita atenção. É através
dela que o professor pode se situar a respeito dos conhecimentos de seus alunos e
suas dificuldades servindo então para orientar o prosseguimento do seu trabalho.
Em relação à segunda questão 100% dos professores entrevistados informaram que
avaliar é diagnosticar.
Mais uma vez observamos que os professores reconhecem a importância de avaliar
para diagnosticar, entretanto a avaliação precisa ir mais além, o diagnóstico em si
não muda nada a respeito do nível de conhecimento dos alunos, mas, as atitudes
que serão tomadas a partir de então.
A respeito da terceira questão 60% dos entrevistados relataram que utilizam
observação diária e 40% fazem uso de exercícios e provas.
Ao avaliar o aluno diariamente o professor tem uma visão mais exata e precisa
sobre o desempenho de seus alunos, podendo perceber as dificuldades nas
atividades realizadas e buscar sancioná-las individualmente junto a cada aluno.
30
Em relação à quarta questão os entrevistados informaram que 20% deles ao
observar o erro do aluno vêem como a confirmação de que o aluno não aprendeu e
80% afirmaram que o erro é uma demonstração de que o aluno assimilou um pouco
do que foi trabalhado, porém precisa ser orientado para que consiga um melhor
rendimento.
Entre os entrevistados quanto à quinta questão 100% dos professores relataram que
a avaliação em sua instituição é realizada por meio de conceitos.
Observa-se que as escolas vêm procurando inovar sua prática buscando uma
escola mais adequada a nossa sociedade.
Referente à sexta questão 80% dos entrevistados afirmou que avaliam seus alunos
diariamente observando todas as atividades trabalhadas enquanto 20% avaliam
seus alunos semanalmente.
Vemos aqui que alguns professores ainda tiram um dia especifico para avaliar. Seja
aviando diariamente ou semanalmente o professor não deve confiar em seu “olho
clinico” apenas, mais recorrer a tipos diversificados de verificação da aprendizagem.
A respeito da sétima questão 60% dos pesquisados acreditam que a avaliação do
SAEPE é muito produtiva, pois avalia a qualidade do ensino oferecida por sua
instituição. 20% reconhecem como importante, pois a partir de então pode analisar e
reformular os conteúdos que são ensinados em sala de aula.
20% acredita que ela revela o baixo nível de conhecimento dos alunos revelando
que os conteúdos e as práticas educativas precisam ser revistas para que consigam
alcançar um resultado satisfatório.
É importante repensar se os conteúdos ensinados são úteis para o aluno em sua
vida social, já que a escola tem a função de desenvolver seus educando
intelectualmente e moralmente.
Referente à oitava questão 80% dos entrevistados afirmaram que não recebem
nenhuma orientação por parte dos dirigentes de sua instituição com relação a prática
avaliativa. 20% informaram que as orientações que recebem são por meio de
formação pedagógica que lhe são oferecidas.
Há ainda um descaso frente ao processo de avaliação, sendo este um procedimento
tão importante, afinal é ainda através das provas que o aluno é classificado para
outra série/ ciclo, cabe a instituição orientar os professores para que possa buscar
os mais variados instrumentos avaliativos.
31
No que se refere à nona questão 100% dos professores pesquisados informaram
que fazem uso da avaliação contínua e sua prática pedagógica.
Percebe-se que a avaliação contínua é vista como o acompanhamento da
aprendizagem sendo uma espécie de mapeamento que vai identificando os avanços
e os problemas dos alunos. Ao avaliar de forma continua o professor tem em mãos
leque maior de informações e estas mais fidedignas a realidade do aluno. Segundo
Hoffman (2010) “por fazer do aluno é uma etapa muito significativa na construção do
conhecimento.”
Com relação a décima questão 80% dos professores pesquisados a creditam que
não precisa mudar a sua prática avaliativa e 20% deles acredita que precisam
melhorar a sua prática.
Acreditamos que essa satisfação quanto à prática avaliativa deve-se ao fato e que a
instituição pesquisada não faz uso de notas e sim de conceitos.
É através da avaliação que o aluno terá a possibilidade de conhecer seu
desempenho e compreender seu processo de aprendizagem e formação pois
quando ele compreende esse processo sente-se motivado a superar suas
dificuldades e alcançar um bom rendimento. Na bibliografia podemos encontrar
diversas teorias que pode ser útil a prática do educador. Além de apresentar novas
formas de organizar e encaminhar os procedimentos educacionais ajuda a refletir
sobre a necessidade de buscar mudanças.
“Pensar certo – e saber que ensinar não é transferir conhecimento (...) é uma
postura exigente, difícil e as vezes penosas, que temos de assumir diante dos outros
e com os outros, e face do mundo e dos fatos.” Freire (1996).
As professoras expuseram que avaliar é diagnosticar a realidade de conhecimentos
específicos adquiridos ou não pelos alunos, sendo um meio que permite verificar até
que ponto os objetivos estão sendo alcançados. Pois avaliar é um conjunto de fazes
que se condicionam naturalmente, avaliar não é algo separado do processo ensino
aprendizagem é, entretanto indissociável do todo que envolve a aprendizagem.
Quanto aos instrumentos avaliativos que elas utilizam foram relatados as provas, os
trabalho em grupo, produção individual de texto após a leitura de livros didáticos e
na educação infantil foi relatado que é feita observação diária e esses dados são
colocados em fichas de acompanhamento.
A avaliação está estreitamente ligada à natureza do conhecimento, uma vez seja
esta esclarecida, a avaliação deve ajustar-se a ela de quiser fiel e manter coerência
32
epistemológica que lhe dê consistência e credibilidade práticas mantendo coesão
entre a concepção e a realização. (ÁLVAREZ. 2003.p.22)
A tarefa, pois do educador diante de uma visão dinâmica é ajudar a quem aprende a
desenvolver com reflexão aos modos de aprendizagens que são considerados
válidos para a sociedade. A capacidade mental dos sujeitos desempenha um papel
importante, uma vez em que o ensino não se constitui de simples transmissão de
informação, mas sim de conteúdos valiosos de conhecimentos a aprendizagem
reflexiva onde o aprender esteja ligado ao aplicar argumentos e refletir.
É muito importante que os professores reflitam sobre seus erros e acertos, que
possa concluir acertamos, erramos, aprendemos, assumimos riscos, alcançamos
bons resultados.
Segundo Álvarez (2003) “O erro é diferente do menos ponto.” Ou seja, vale a pena
tentativa somada esforços que não deixam de ser avanços.
Embora as professoras estejam vivenciando novas formas de avaliar seus alunos
falta ainda adaptação a estas novas formas, uma vez que ainda sentem receio
quanto à abandonar de vez as práticas antigas. Percebemos vontade e
comprometimento na busca por se tornarem educadores melhores. A adaptação
leva tempo, mas, quando há boa vontade aliado ao esforço a mudança ocorrerá
naturalmente.
Nas respostas das professoras ficou claro que a avaliação contínua demanda mais
tempo e mais atenção do professor, porém permite identificar melhor o
aproveitamento dos alunos e avaliar o desempenho nos conteúdos.
Entre as professoras investigadas observamos muitos pontos em comum,
acreditamos que isso se deve ao convívio social e a troca de experiências.
Deve fazer parte de nossa formação discutir quais são essas qualidades
indispensáveis, mesmo sabendo que elas precisam, de ser criadas por nós,
em nossa prática, se nossa opção política pedagógica é democrática ou
progressista e se somos coerentes com ela (FREIRE. 1996.p.120.)
33
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Avaliação é uma parte extremamente importante no processo de ensino
aprendizagem, existe uma preocupação muito grande em avaliar de forma que ajude
ao crescimento intelectual do aluno. Os vários procedimentos avaliativos como:
testes questionário e ficha de registro de acompanhamento do rendimento do aluno
precisam ser bem utilizados.
Foi enriquecido o estudo de campo onde pude perceber que parte dos professores
está familiarizada com diferentes abordagens sobre a avaliação, a qual necessita ser
continua e processual para que a classificação seja apenas parte do processo e não
um fato isolado.
A formação do professor tem sido de suma importância para torná-los mais críticos e
conscientes dos desafios que a prática educativa exige.
A reflexão leva á ação, o fato é que as teorias precisam se tornar práticas em sala
de aula, pensando sempre em proporcionar ao aluno a formação necessária para
viver, agir e interagir na sociedade.
Os novos paradigmas em educação visam contemplar o qualitativo descobrindo a
essência do processo educativo, pois nossa sociedade confere as instituições
escolares o poder de atestar o conhecimento e a capacidade do aluno, o que torna
imensa a responsabilidade de que avalia.
Enquanto a nossa prática estiver presa a uma pedagogia ultrapassada a avaliação
não cumpre seu papel. É fundamental que compreendemos que a escola precisa
unir forças, procurar criar caminhos para que as mudanças ocorram em sua
realidade.
A avaliação precisa deixar de ser um instrumento usado unicamente como
classificação e passar a representar contribuições como, por exemplo: perspectiva
de construção do conhecimento, confiança na possibilidade de os alunos
construírem suas idéias e manifestem seus interesses, com a capacidade de se
desenvolverem amplamente dando ao aluno conhecimentos necessários para que
possa inserir-se ativamente e contribuir para o desenvolvimento da sociedade na
qual ele faz parte.
34
BIBLIOGRAFIA
ÁLVAREZ Méndez, J. M. Avaliar para conhecer, examinar para excluir. trad.
Magda Schwartzhaupt Chaves. – Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.
ANTUNES, Celso. Avaliação da aprendizagem- Desenvolvendo Caráter a Partir de
Valores e Virtudes. Belo Horizonte: Cedic, SD.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários a Prática
educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996 (Coleção Leitura)
HADJI, Charles. Avaliação Desmistificada. Trad. Patrícia C. Ramos-Porto Alegre:
ARTMED Editora, 2001.
HOFFMANN, J. Avaliação, Mito e Desafio: uma perspectiva construtiva em
avaliação. Porto Alegre: Mediação, 2010 (40. ed. rev. e atual. Ortog.)
LIBÂNEO, José Carlos, Didática. São Paulo: Cortez- (Coleção Magistério) Série
Formação do Professor. 2008
LUCKESI. C. Avaliação da Aprendizagem Escolar: estudos e proposições. 19. ed.
São Paulo: Cortez, 2008.
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Questionário aplicado aos educadores
Dados pessoais
Série que atua __________________________
Sexo: Masculino Feminino
Grau de Escolaridade______________________
Atua na função há ___________ anos
Escola que trabalha que trabalha_________________________________ Regime
de trabalho
Estatutário Efetivo Contratado Outro
1º) Na sua prática pedagógica, como você vê a importância da avaliação?
2º) Para você o que é avaliar?
3º) Que instrumentos você utiliza na avaliação?
4º) Você acha que o erro do aluno deve ser considerado como instrumento avaliativo
ao professor? Como?
5º) Sua instituição utiliza o sistema de atribuição de notas? Se não, qual?
6º Marque abaixo de que forma seus alunos não avaliados
Mensalmente (Calendário de prova)
Semanalmente (trabalhos, outros)
Diariamente (todas as atividades trabalhadas)
7º) O que você acha das formas avaliativas através do SAEPE, que avalia o Ensino
Fundamental na nossa atividade?
8º) Que orientações pedagógicas são oferecida em relação a avaliação escolar em
sua instituição?
9º) Que conceito avaliativo é abordado em sua realidade? Marque e justifique.
( ) Contínua
( ) Mediadora
( ) Classificatória
( ) Outros
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
10) Que mudanças você julga necessárias em sua realidade em relação a forma de
avaliar?