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Ano XX N. 4.685 R$ 0,90 Tiragem: 2.100 18/11/2014 Diário Oficial do Município - DOM BELO HORIZONTE Breno Pataro Guto Muniz Guto Muniz Guto Muniz Glênio Crampregher Parceria assinada ontem reforça manifestações artísticas e sociais da capital BH amplia parceria cultural com a França Assinatura do termo de colaboração do programa Intercena oficializa maiores oportunidades de intercâmbio cultural entre artistas belo-horizontinos e franceses A cena cultural da capital ganhou mais um importante apoio para o seu desenvolvimento on- tem, na sede da Prefeitura, no Centro, com a assinatura do ter- mo de colaboração do programa Intercena, entre Belo Horizonte e a França. O Intercena possibilita o intercâmbio entre artistas locais e profissionais dos países parceiros por meio de oficinas, workshops e coproduções. Assinaram o ter- mo o prefeito Marcio Lacerda, o embaixador da França no Brasil, Denis Pietton, o assessor especial da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Cássio Pinheiro, e o conse- lheiro de Cooperação e de Ação Cultural da Embaixada da França no Brasil, Jean-Paul Rebauld. Para o prefeito Marcio La- cerda, a formalização da parceria entre Belo Horizonte e a França reforça as manifestações artísticas e sociais da capital. “A cultura é um poderoso instrumento de redução da desigualdade. Programas como este reforçam o compromisso do município em promover a arte e a inclusão social”, destacou. “Quere- mos facilitar a residência de artistas tanto em Belo Horizonte quanto na França, colocar à disposição o acervo da cinemateca francesa, localizada no Rio de Janeiro, e confirmar a parceria da região Nord Pas Calais com BH”, afirmou o embaixador da França no Brasil, Denis Pietton. O Intercena é uma pla- taforma de internacionalização das artes da cidade, lançada durante o Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte (FIT-BH) deste ano, e prevê residência artística e o estabelecimento de convênios com instituições para a viabiliza- ção de coproduções e criações bilaterais e ainda a realização de workshops, palestras e con- sultorias destinadas aos artistas e técnicos locais. “A intenção é projetar nossos artistas no cenário nacional e internacional e trazer- mos grandes nomes das artes para contribuir com o aprimoramento de nossos profissionais”, destaca Cássio Pinheiro, coordenador geral do FIT e assessor especial da FMC. Ainda de acordo com Cássio, o programa vai preencher o hiato existente entre as edições dos festivais, quando se realizam a pré-produção e a curadoria. Por meio do Intercena, o município de Belo Horizonte já possui parcerias colaborativas com Espanha, Alemanha e Uruguai. A extensão do programa a países como Cuba, Argentina e Portugal também está prevista para os pró- ximos anos. Intercâmbio Cultural Belo Horizonte possui um histórico de parcerias artísticas e culturais com outros países, em especial com a França e com a Alemanha. Em 2009, Ano da França no Brasil, a administração municipal foi res- ponsável por organizar sete eventos, além de apoiar oficialmente outros nove. A 20ª edição do FIT-BH, realizada em maio deste ano, estreitou ainda mais a relação com a França. Três espetáculos franceses foram apresentados ao público (fotos que ilustram esta pági- na), com grande sucesso, e dois profissionais das artes cênicas participaram de ações de formação realizadas durante o festival. Pascale Spengler e Thierry Poquet ministraram workshops voltados a artistas amadores e semiprofissionais de Belo Horizonte. O FIT-BH 2014 também aproximou as relações artísticas da capital com a Alemanha. Dos 55 espetácu- los internacionais apresentados, o grande destaque foi a peça “Hamlet”, de William Shakespeare, em montagem da companhia teatral alemã Berliner Ensemble, fundada em 1949 pelo dramaturgo Bertolt Brecht. Outras três produções alemãs também fizeram parte da progra- mação do festival, todos com o apoio da Prefeitura e do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha. Uruguai e Espanha também estiveram presentes no FIT-BH com exposições e apresentações teatrais. “Em parceria com Montevidéu, capital do Uruguai, tivemos um espetáculo coproduzido por uruguaios e artistas locais. A Espanha já participa, há três anos, de uma série de ações com a FMC e atuação no FIT”, destacou Cássio. Em setembro deste ano foi a vez da Grécia, berço do teatro, marcar presença na cena cultural de Belo Horizonte. Arquiteto e consultor de cultura clássica ateniense e tragédias gregas, Antonis Moutsopoulus ministrou a palestra “O Teatro Grego e a Democracia”, no Teatro Marília. O encontro, voltado para estudantes de Teatro, Sociologia e Letras, propôs uma reflexão sobre o tema, que incluiu descrição histórica sobre os fundamentos do teatro e sua relação direta com os processos democráticos da época. dom 4685.indd 1 17/11/2014 18:22:13

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Diário Oficial do Município

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Ano XX • N. 4.685 • R$ 0,90 Tiragem: 2.100 • 18/11/2014Diário Oficial do Município - DOM

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Parceria assinada ontem reforça manifestações artísticas e sociais da capital

BH amplia parceria cultural com a França

Assinatura do termo de colaboração do programa Intercena oficializa maiores oportunidades de intercâmbio cultural entre artistas belo-horizontinos e franceses

A cena cultural da capital ganhou mais um importante apoio para o seu desenvolvimento on-tem, na sede da Prefeitura, no Centro, com a assinatura do ter-mo de colaboração do programa Intercena, entre Belo Horizonte e a França. O Intercena possibilita o intercâmbio entre artistas locais e profissionais dos países parceiros por meio de oficinas, workshops e coproduções. Assinaram o ter-mo o prefeito Marcio Lacerda, o embaixador da França no Brasil, Denis Pietton, o assessor especial da Fundação Municipal de Cultura (FMC), Cássio Pinheiro, e o conse-lheiro de Cooperação e de Ação Cultural da Embaixada da França no Brasil, Jean-Paul Rebauld.

Para o prefeito Marcio La-cerda, a formalização da parceria entre Belo Horizonte e a França

reforça as manifestações artísticas e sociais da capital. “A cultura é um poderoso instrumento de redução da desigualdade. Programas como este reforçam o compromisso do município em promover a arte e a inclusão social”, destacou. “Quere-mos facilitar a residência de artistas tanto em Belo Horizonte quanto na França, colocar à disposição o acervo da cinemateca francesa, localizada no Rio de Janeiro, e confirmar a parceria da região Nord Pas Calais com BH”, afirmou o embaixador da França no Brasil, Denis Pietton.

O Intercena é uma pla-taforma de internacionalização das artes da cidade, lançada durante o Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte (FIT-BH) deste ano, e prevê residência artística e o

estabelecimento de convênios com instituições para a viabiliza-ção de coproduções e criações bilaterais e ainda a realização de workshops, palestras e con-sultorias destinadas aos artistas e técnicos locais. “A intenção é projetar nossos artistas no cenário nacional e internacional e trazer-

mos grandes nomes das artes para contribuir com o aprimoramento de nossos profissionais”, destaca Cássio Pinheiro, coordenador geral do FIT e assessor especial da FMC. Ainda de acordo com Cássio, o programa vai preencher o hiato existente entre as edições dos festivais, quando se realizam

a pré-produção e a curadoria. Por meio do Intercena, o

município de Belo Horizonte já possui parcerias colaborativas com Espanha, Alemanha e Uruguai. A extensão do programa a países como Cuba, Argentina e Portugal também está prevista para os pró-ximos anos.

Intercâmbio CulturalBelo Horizonte possui um histórico de parcerias

artísticas e culturais com outros países, em especial com a França e com a Alemanha. Em 2009, Ano da França no Brasil, a administração municipal foi res-ponsável por organizar sete eventos, além de apoiar oficialmente outros nove. A 20ª edição do FIT-BH, realizada em maio deste ano, estreitou ainda mais a relação com a França. Três espetáculos franceses foram apresentados ao público (fotos que ilustram esta pági-na), com grande sucesso, e dois profissionais das artes cênicas participaram de ações de formação realizadas durante o festival. Pascale Spengler e Thierry Poquet ministraram workshops voltados a artistas amadores e semiprofissionais de Belo Horizonte.

O FIT-BH 2014 também aproximou as relações artísticas da capital com a Alemanha. Dos 55 espetácu-los internacionais apresentados, o grande destaque foi a peça “Hamlet”, de William Shakespeare, em montagem da companhia teatral alemã Berliner Ensemble, fundada em 1949 pelo dramaturgo Bertolt Brecht. Outras três produções alemãs também fizeram parte da progra-mação do festival, todos com o apoio da Prefeitura e do Ministério das Relações Exteriores da Alemanha.

Uruguai e Espanha também estiveram presentes no FIT-BH com exposições e apresentações teatrais. “Em parceria com Montevidéu, capital do Uruguai, tivemos um espetáculo coproduzido por uruguaios e artistas locais. A Espanha já participa, há três anos, de uma série de ações com a FMC e atuação no FIT”, destacou Cássio.

Em setembro deste ano foi a vez da Grécia, berço do teatro, marcar presença na cena cultural de Belo Horizonte. Arquiteto e consultor de cultura clássica ateniense e tragédias gregas, Antonis Moutsopoulus ministrou a palestra “O Teatro Grego e a Democracia”, no Teatro Marília. O encontro, voltado para estudantes de Teatro, Sociologia e Letras, propôs uma reflexão sobre o tema, que incluiu descrição histórica sobre os fundamentos do teatro e sua relação direta com os processos democráticos da época.

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BELO HORIZONTETerça-feira, 18 de novembro de 2014Diário Oficial do Município2

Poder Executivo

Coral Lírico de Minas Gerais recebe Coral de Trombones e Tubas da

UFMG em eventos gratuitosCom duas apresentações gratuitas, uma hoje, às 20h, no

Museu Inimá de Paula (Rua da Bahia, 1.201, Centro, e outra amanhã, às 19h30, na Catedral da Boa Viagem (Rua Sergipe, 175, Funcionários), o Coral Lírico de Minas Gerais encerra a temporada 2014 da série Lírico na Cidade, em eventos que terão a partici-pação especial do Coral de Trombones e Tubas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

O programa, que tem regência do maestro titular do Coral Lírico, Lincoln Andrade, será dividido em três partes e o repertó-rio, em sua maioria, traz composições sacras de grandes nomes, como Mozart, Bach e Wagner. A música brasileira também é representada, com canções de Milton Nascimento.

Em um primeiro momento, o Coral de Trombones e Tubas da UFMG interpreta as obras “Tower Music”, de Vaclav Nelhybel, “Achieved is the Glorious Work”, de Joseph Haydn, a composi-ção de autor desconhecido “Ach Gott erhor mein seufzen und wehklagen” e “Coro dos Peregrinos”, de Richard Wagner.

Com acompanhamento em piano, o coro feminino do Coral Lírico de Minas Gerais apresenta a obra “Zwolf Lieder und Romanzen”, de Brahms, e trechos de “A Ceremony of Carols”, de Benjamin Britten. O pout-porri de Milton Nascimento reúne as canções “Ponta de Areia”, “Estrela, Estrela”, “Nos Bailes da Vida” e “Paula e Bebeto”.

Para encerrar o programa, o Coral de Trombone e Tubas da UFMG e o Coral Lírico interpretam as composições “Deus in Adjutorium”, de Claudio Monteverdi, “Jesus bleibet meine Freude”, “Cantata 147”, de Bach, e “Ave Verum, Corpus”, de Mozart, e “Agnus Dei”.

Espetáculo “Notório/ Tradicional” encerra temporada de 2014 do Ballet Jovem Palácio das Artes

Coreografias inéditas e mon-tagens que já integram o repertório do Ballet Jovem Palácio das Artes compõem o programa das apresen-tações que encerram a temporada 2014 do grupo profissionalizante da Fundação Clóvis Salgado. O público poderá assistir hoje e ama-nhã, às 21h, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro), ao espetá-culo “Notório/ Tradicional”, com montagens assinadas por coreó-grafos de diversas nacionalidades, como André Mesquita (Portugal), Oscar Araiz (Argentina) e Alessan-dro Pereira, brasileiro radicado

na Dinamarca. As coreografias englobam diferentes linguagens e refletem a contemporaneidade da dança. Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

As coreografias inéditas, “Notório” e “Tradicional” são de autoria do paulista Alessandro Pereira, integrante da companhia de dança dinamarquesa Dansk Danseteater, uma das mais impor-tantes do país. “Notório” envolve ritmos característicos da cultura brasileira, como maracatu, axé e funk, entre outros estilos na trilha sonora especialmente composta pelo DJ dinamarquês Turkman

Souljah. Já na coreografia “Tradi-cional”, um duo masculino mistura a leveza e a intensidade de um relacionamento.

O espetáculo também pro-põe um reencontro com coreo-grafias já apresentadas pelo Ballet Jovem. É o caso de “Cantares” e “No Evento de Uma Súbita Per-da”. De autoria de Oscar Araiz, “Cantares” fez parte do espetáculo “Ibérica”, inspirado na poesia, na pintura e na música latina. “No Evento de Uma Súbita Perda”, de André Mesquita, estreou em feve-reiro deste ano na 40ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, integrando o espetáculo “Jovens Hermanos”.

Flávio Henrique e Pedro Morais se apresentam gratuitamente no Café com Música

Reconhecidos na cena mu-sical mineira, Flávio Henrique e Pedro Morais são os convidados do Café com Música, realizado pelo BDMG Cultural, em parceria com a Fundação Clóvis Salgado e o Café do Palácio. A apresen-tação será realizada amanhã, às 19h30, no palco do café do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1.537, Centro). O acesso é gratuito.

O repertório da dupla trará canções autorais e parcerias, além de composições de Chico Buarque,

Tom Jobim, Lenine e Caetano Ve-loso. Em formato intimista, além dos vocais, a dupla se dividirá no piano e no violão. Herdeiro da tradição melódica mineira, Pedro Morais é uma das revelações da nova geração da música no estado e integra o grupo Cobra Coral. Flávio Henrique também atua no mesmo grupo musical e possui composições autorais gravadas por Ronaldo Bastos, Paulo César Pinheiro, Fernando Brant, Sérgio Santos, Zeca Baleiro, Murilo Antu-nes, Márcio Borges e Telo Borges.

Flávio e Pedro fazem parte do grupo Cobra Coral

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BELO HORIZONTETerça-feira, 18 de novembro de 2014 Diário Oficial do Município 3

Poder Executivo

Pais e estudantes da rede municipal de educação visitam Museu de Artes e Ofícios

Palestras apresentam estrutura da PBH para novos servidores da Educação A Secretaria Municipal

Adjunta de Recursos Humanos (Smarh), por meio da Escola Virtual de Governo, promove hoje e ama-nhã palestras para professores mu-nicipais, professores da educação infantil e auxiliares de secretaria recém-admitidos na Prefeitura de Belo Horizonte. O encontro vai ser realizado no Auditório Paulo Freire (Rua Carangola, 288, 8º andar, bairro Santo Antônio).

A proposta é apresentar, de maneira geral, a estrutura e o fun-cionamento gerencial da Prefeitura aos novos servidores. No primeiro dia será feita a exposição de assun-tos como estrutura organizacional, segurança da informação, direitos e deveres do agente público, estágio probatório, previdência, programas de saúde, atuação da Corregedoria Municipal e desenvolvimento profis-sional. Já no segundo dia os servido-

res terão a oportunidade de discutir temas vinculados especificamente à sua carreira como as diferenças na escola e tecnologia da informação e da comunicação, além de conhecer o funcionamento da Gerência de Organização Escolar.

O evento contará com duas turmas, com 180 servidores cada, divididas nos turnos da manhã (das 7h30 às 11h30) e da tarde (das 13h às 17h).

Familiares e estudantes do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Escola Municipal Carmelita Carvalho Gar-cia, que fica na região da Pampu-lha, visitaram no final de outubro o Museu de Artes e Ofícios, no Centro. A vista foi realizada pelo Programa Família-Escola.

Durante o passeio, os parti-cipantes conheceram espaços do museu como Ofícios do Transporte, Ofícios do Comércio, Ofícios da Terra, Jardim das Energias, Ofícios da Conservação e Transformação dos Alimentos, entre outras expo-sições. O grupo foi conduzido por uma equipe do programa educativo Trilhas e Trilhos, capacitada para orientar e direcionar os visitantes pelo universo histórico e extraordi-nário do acervo.

A estudante Maria Lúcia de Oliveira Cunha se encantou com a excursão. “Conheci instrumentos

que eram utilizados pelas gerações antigas. Sugiro que outros estudan-tes também conheçam este acer-vo”, disse. Pai de um dos alunos, Alex da Silva Bernardes gostou do

que viu. “Foi uma visita muito boa. Certamente eu voltaria mais vezes para novas experiências”, afirmou.

Gerente regional do pro-grama Bolsa Escola na Pampulha,

Wânia Maria de Carvalho Costa pontuou os objetivos da visita ao Museu de Artes e Ofício. “A in-tenção é oferecer às famílias uma ação educativa, proporcionando aos participantes a oportunidade de conhecer a riqueza da produção popular, os ofícios e as artes que originaram algumas das profissões contemporâneas”, finalizou.

O museuInstalado no prédio da Estação

Ferroviária Central de Belo Horizon-te desde janeiro de 2006, o Museu de Artes e Ofícios é um espaço cultural que abriga e difunde um acervo representativo do universo do trabalho, das artes e dos ofícios no Brasil. Reúne mais de dois mil objetos, instrumentos e utensílios de trabalho do período pré-industrial brasileiro. É uma iniciativa do Institu-to Cultural Flávio Gutiérrez (ICFG) e, atualmente, seu acervo se encontra em processo de tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Visitantes se encantaram com o acervo do museu e conheceram diversas exposições

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Diário Oficial do Município de Belo HorizonteInstituído pela Lei nº 6.470 de 06/12/1993 e alterado pela Lei nº 9.492 de 18/01/2008 • Endereço eletrônico: www.pbh.gov.br/dom

Composição, Produção e EdiçãoAssessoria de Comunicação Social - Prefeitura de Belo HorizonteAv. Afonso Pena, 1.212 - 4º andar - Tel.: (31) 3277-4246

Distribuição e AssinaturasRicci Diários & Publicações Ltda - Rua Curitiba, 1.592 - Loja 01Lourdes - Belo Horizonte - MG - Tel.: (31) 3274-4136

ImpressãoDidática Editora do Brasil Ltda - ME - Rua Custódio Maia, 469Bairro Darcy Vargas - CEP 32372-160 - Contagem - MG - Tel.: (31) 2557-8030

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BELO HORIZONTETerça-feira, 18 de novembro de 2014Diário Oficial do Município26

Poder Executivo

IndIcadores econômIcos de Belo HorIzonte

No mês No ano Últimos12 Meses No mês No ano Últimos

12 Mesesmai/14 429,41 0,64 4,16 6,84 426,47 1,03 3,85 5,45

jun/14 430,27 0,20 4,37 6,78 427,23 0,18 4,03 5,46

jul/14 430,31 0,01 4,38 6,73 427,28 0,01 4,04 5,90

ago/14 431,08 0,18 4,57 6,81 427,87 0,14 4,19 6,17

set/14 433,07 0,46 5,05 7,05 429,03 0,27 4,47 6,17

out/14 434,84 0,41 5,48 7,09 429,93 0,21 4,69 6,09

IPCA(1)

(2) IPCR= Índice de Preços ao Consumidor Restrito: mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos na cidade de Belo Horizonte

Período

(1) IPCA= Índice de Preços ao Consumidor Amplo: mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos na cidade de Belo Horizonte

Evolução dos Preços ao Consumidor

Variação (%)Índice de Base Fixa(4ª Jul/94=100)

Índice de Base Fixa(4ª Jul/94=100)

Variação (%)IPCR(2)

Produtos / serviços(1) Forma deCobrança Menor (R$) Maior (R$) Diferença (%) Média(2) (R$)

CADASTRO

Confecção de cadastro para início de relacionamento - CADASTRO por evento 0,00 30,00 .. 15,32

CONTAS DE DEPÓSITOS

CARTÃO - Fornecimento de 2º via de cartão com função débito por cliente 5,30 15,00 183,02 7,48

CARTÃO - Fornec. de 2ª via de cartão com função mov. conta de poupança por cliente 5,30 15,00 183,02 7,48

CHEQUE - Exclusão do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundo (CCF) por Operação 28,50 52,00 82,46 42,94

CHEQUE - Contra-ordem e oposição ao pagamento de cheque por cheque 10,35 15,00 44,93 11,71

CHEQUE - Fornecimento de folhas de cheque por cheque 1,00 1,60 60,00 1,28

CHEQUE - Cheque Administrativo por Cheque 20,00 30,00 50,00 24,14

CHEQUE - Cheque Visado por cheque 0,00 21,00 .. 10,50

Saque de conta de depósitos à vista e de poupança - SAQUE pessoal por operação 2,00 3,00 50,00 2,19

Saque de conta de depósitos à vista e de poupança - SAQUE Terminal por operação 1,15 3,00 160,87 1,82

Saque de conta de dep. à vista e de poupança - SAQUE correspondente por operação 1,15 2,15 86,96 1,51

DEPÓSITO - Depósito Identificado por operação 0,00 4,65 .. 2,10

Forn. de ext. de um periodo conta dep. à vista e poup. - EXTRATO (P) por operação 1,45 6,00 313,79 3,09

Forn. de ext. de um periodo conta dep. à vista e poup. - EXTRATO (E) por operação 1,35 3,00 122,22 2,01

Forn. de ext. de um periodo conta dep. à vista e poup. - EXTRATO (C) por operação 1,20 1,40 16,67 1,30

Ext. mensal de conta de dep. à vista e poup. p/um período -EXTRATO(P) por operação 2,00 6,00 200,00 3,20

Ext. mensal de conta de dep. à vista e Poup. p/um período - EXTRATO(E) por operação 1,35 4,00 196,30 2,32

Ext. mensal de conta de dep. à vista e poup. p/um período - EXTRATO(C) por operação 1,20 4,00 233,33 1,82

Fornecimento de cópia de microfilme, microficha ou assemelhado por operação 0,00 6,00 .. 4,75

TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS

Transferência agendada por meio de DOC/TED - DOC/TED agendado(P) por operação 0,00 19,90 .. 13,21

Transferência agendada por meio de DOC/TED - DOC/TED agendado(E) por operação 0,00 9,50 .. 7,08

Transferência agendada por meio de DOC/TED - DOC/TED agendado(I) por operação 6,50 9,00 38,46 7,62

Transferência entre contas na própria instituição- TRANSF. RECURSOS(P) por operação 1,00 2,00 100,00 1,17

Transferência entre contas na própria instituição-TRANSF.RECURSOS(E/I) por operação 0,00 1,20 .. 0,87

Ordem de Pagamento - ORDEM PAGAMENTO por operação 23,80 27,00 13,45 25,03

Transferência por meio de DOC - DOC Pessoal (3) por evento 12,85 20,00 55,64 15,06

Transferência por meio de DOC - DOC eletrônico (3) por evento 0,00 9,50 .. 7,14

Transferência por meio de DOC - DOC internet (3) por evento 6,50 9,00 38,46 7,63

Transferência por meio de TED - TED pessoal (3) por evento 12,85 20,00 55,64 15,06

Transferência por meio de TED - TED eletrônico (3) por evento 0,00 9,50 .. 7,14

Transferência por meio de TED - TED internet (3) por evento 0,00 9,00 .. 7,70

OPERAÇÕES DE CRÉDITO

Concessão de adiantamento a depositante - ADIANT. DEPOSITANTE por operação 30,00 54,70 82,33 44,62

PACOTE PADRONIZADO PESSOA FÍSICAPACOTE PADRONIZADO PESSOA FÍSICA por evento 9,45 14,50 53,44 10,98

CARTÃO DE CRÉDITO (3)

Anuidade - cartão básico nacional a cada 365 dias 39,00 55,00 41,03 46,43

Fornecimento de 2ª via de cartão com função crédito por evento 5,00 15,00 200,00 7,94

Utilização de canais de atend. para retirada em espécie - no país por evento 4,00 15,00 275,00 7,94

Pagamento de contas utilizando a função crédito em espécie por evento 1,99 19,90 900,00 10,40

Avaliação emergencial de crédito por evento 10,00 18,00 80,00 15,00

Anuidade - cartão básico internacional a cada 365 dias 0,00 90,00 .. 55,00

Utilização de canais de atend. para retirada em espécie - no exterior por evento 8,00 30,00 275,00 15,13

(1) Não são consideradas vantagens progressivas

Fonte: Banco Central do Brasil / Bancos - Dados trabalhados pela Fundação IPEAD/UFMG

Tarifas Bancárias – Outubro de 2014

(2) Considera-se a média das tarifas praticadas pelos bancos pesquisados

.. Não se aplica dados numéricos ND: não disponível

IPCA(1) Salário Mínimo

Cesta Básica(2) IPCA Salário

MínimoCesta Básica IPCA Salário

MínimoCesta Básica IPCA Salário

MínimoCesta Básica

mai/14 429,41 1117,46 598,45 0,64 0,00 0,85 4,16 6,78 10,49 6,84 6,78 3,45

jun/14 430,27 1117,46 554,54 0,20 0,00 -7,34 4,37 6,78 2,38 6,78 6,78 -2,95

jul/14 430,31 1117,46 539,24 0,01 0,00 -2,76 4,38 6,78 -0,45 6,73 6,78 0,36

ago/14 431,08 1117,46 533,37 0,18 0,00 -1,09 4,57 6,78 -1,53 6,81 6,78 2,04

set/14 433,07 1117,46 539,86 0,46 0,00 1,22 5,05 6,78 -0,33 7,05 6,78 5,11

out/14 434,84 1117,46 556,35 0,41 0,00 3,05 5,48 6,78 2,71 7,09 6,78 3,00

Período

Índice de Base Fixa(Jul/94=100)

Evolução da inflação, salário mínimo e cesta básica

FONTE: Fundação IPEAD/UFMG(2) Cesta Básica: representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação definida pelo Decreto-lei 399/38

Variação (%)

Últimos 12 Meses

(1) IPCA= Índice de Preços ao Consumidor Amplo: mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos na cidade de Belo Horizonte

No mês No ano

Produto Quantidade Valores(em R$)

Contribuição na variação (p.p.)

Açúcar cristal 3,00 kg 3,76 -0,04

Arroz 3,00 kg 7,59 0,03

Banana caturra 12,00 kg 29,00 -0,05

Batata inglesa 6,00 kg 7,57 -0,23

Café moído 0,60 kg 8,32 0,00

Chã de dentro 6,00 kg 121,21 0,95

Farinha de trigo 1,50 kg 4,44 -0,03

Feijão carioquinha 4,50 kg 13,96 0,17

Leite pasteurizado 7,50 lt 18,38 -0,07

Manteiga 750,00 gr 17,30 0,05

Óleo de soja 1,00 un 2,71 -0,01

Pão francês 6,00 kg 56,05 0,02

Tomate Santa Cruz 9,00 kg 31,98 2,27

Custo da Cesta Básica(*) – Outubro de 2014

(*) Cesta Básica: representa os gastos de um trabalhador adulto com a alimentação definida pelo Decreto-lei 399/38

FONTE: Fundação IPEAD/UFMG

No mês No ano Últimos12 Meses No mês No ano Últimos

12 Mesesabr/14 476,02 0,25 1,65 5,31 673,13 0,51 2,52 7,26

mai/14 477,79 0,37 2,03 5,07 675,76 0,39 2,92 7,03

jun/14 479,46 0,35 2,38 4,81 679,88 0,61 3,55 7,02

jul/14 480,85 0,29 2,68 4,58 682,67 0,41 3,98 6,68

ago/14 480,90 0,01 2,69 4,28 685,94 0,48 4,47 6,60

set/14 480,13 -0,16 2,53 3,67 691,22 0,77 5,28 6,90FONTE: Fundação IPEAD/UFMG

Período

Evolução do Mercado Imobiliário: Aluguéis

Índice de Base Fixa (Jul/94=100)

Variação (%)

Comerciais

Índice de Base Fixa (Jul/94=100)

Variação (%)

Residenciais

Popular Médio Alto Luxo

1 Quarto e 1 banheiro ou mais 520,00(13)

1000,00(7)

850,43(69)

1488,17(71)

2 Quartos e 1 banheiro ou mais 751,85(135)

1042,32(154)

1194,33(300)

2025,15(171)

3 Quartos e 1 banheiro 909,58(50)

1104,84(37)

1357,06(52)

1754,35(23)

3 Quartos e 2 banheiros ou mais 1293,64(101)

1389,08(174)

1628,89(388)

2441,05(410)

4 Quartos e até 2 banheiros -(1)

1340,00(5)

2400,00(20)

3200,00(10)

4 Quartos e acima de 2 banheiros / 5 Quartos ou mais e 1 banheiro ou mais

-(1)

2130,77(13)

2552,15(41)

4609,49(156)

1 Quarto e 1 banheiro ou mais 510,23(44)

623,18(22)

-(2)

-(1)

2 Quartos e 1 banheiro ou mais 624,82(28)

741,67(18)

925,00(4)

-(2)

1 Quartos e 1 banheiro ou mais -(2)

-(1)

-(2)

-(1)

2 Quartos e 1 banheiro ou mais 827,00(50)

970,00(25)

1260,59(17)

-(2)

3 Quartos e 1 banheiro 1076,15(26)

1525,00(4)

1366,67(6)

-(Z)

3 Quartos e 2 banheiros ou mais 1430,00(38)

1930,50(18)

3024,29(35)

6361,54(13)

4 Quartos e até 2 banheiros 1780,00(5)

1890,00(5)

5000,00(4)

-(2)

4 Quartos e acima de 2 banheiros / 5 Quartos ou mais e 1 banheiro ou mais

-(3)

-(1)

4640,00(10)

9161,76(34)

Valores médios (em R$) dos aluguéis residenciais por classe de bairro(*) - Setembro de 2014Imóveis

Barracões

FONTE: Fundação IPEAD/UFMG

(*) O valor entre parênteses representa o número de imóveis utilizados no cálculo da respectiva média. Na maioria das vezes, somente são publicados valores médios obtidos a partir de quatro imóveis pesquisados. Os casos em que não foi pesquisado nenhum imóvel são indicados por hífen (-). Os valores médios referentes a apartamentos de 1 e 2 quartos da classe luxo são influenciados pela oferta de Flats.

Apartamentos

Casas

ICCBH(1) IEE(2) IEF(3) ICCBH IEE IEF ICCBH IEE IEF ICCBH IEE IEFmai/14 108,49 141,26 107,91 -3,37 0,15 -5,86 -9,95 -11,19 -8,95 -14,34 -20,73 -8,77

jun/14 115,14 150,59 114,11 6,13 6,61 5,74 -4,44 -5,32 -3,72 -3,92 -11,97 3,28

jul/14 112,59 144,07 113,41 -2,22 -4,33 -0,61 -6,56 -9,43 -4,31 -6,31 -13,29 -0,47

ago/14 120,80 162,13 117,34 7,29 12,54 3,47 0,26 1,93 -0,99 -4,73 -10,13 0,05

set/14 119,83 165,20 113,86 -0,80 1,89 -2,97 -0,54 3,86 -3,93 1,28 3,07 -0,22

set/14 119,36 160,01 116,04 -0,39 -3,14 1,92 -0,93 0,60 -2,08 -0,87 -0,99 -0,79

No ano

(1) ICCBH: Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte: trata-se de um indicador que tem por finalidade sintetizar a opinião dos consumidores em Belo Horizonte quanto aos aspectos capazes de afetar as suas decisões de consumo atual e futuro

Período

Índice de Confiança do Consumidor

(2) IEE: Índice de Expectativa Econômica: retrata a expectativa do consumidor em relação aos indicadores macroeconômicos (3) IEF: Índice de Expectativa Financeira: retrata a confiança do consumidor a respeito de alguns indicadores microeconômicosFONTE: Fundação IPEAD/UFMG

Últimos 12 MesesÍndice de Base Fixa

(Maio/04=100)Variação (%)

No mês

Menor Maior Diferença (%) Média

Alimentício 3,00 5,90 96,67 5,08

Automóveis Novos

Prefixada (montadoras) 0,99 1,94 95,96 1,48

Prefixada (multimarcas) 1,30 2,67 105,38 2,01

Automóveis Usados

Prefixada (montadoras) 1,08 1,92 77,78 1,67

Prefixada (multimarcas) 1,55 2,72 75,48 2,12

Cartão de Crédito 4,14 17,89 332,13 10,96

Cheque Especial (2) (8) 5,98 12,32 106,02 9,57

Combustíveis 5,69 14,85 160,98 9,19

Construção Civil (3) (7)

Imóveis Construídos -0,27 1,49 -651,85 0,39

Imóveis na Planta -0,27 0,15 -155,56 0,14

Cooperativas de Crédito (empréstimo) 1,70 2,75 61,76 2,19

Crédito Direto ao Consumidor (CDC)

CDC - Financeiro (8) 3,53 5,54 56,94 4,25

CDC - Bens Alienáveis (8) 1,36 2,18 60,29 1,66

Eletroeletrônicos 2,60 4,74 82,31 3,89

Mobiliário 1,54 7,52 388,31 3,17

Financeiras Independentes 10,42 17,52 68,14 13,18

Turismo

Nacional 1,05 1,41 34,29 1,18

Internacional 1,05 1,41 34,29 1,18

Vestuário e Calçados 1,48 10,40 602,70 4,18

Empréstimos pessoa jurídica

Desconto de Duplicatas (8) 1,11 2,83 154,95 2,22

Capital de Giro (8) 1,44 3,16 119,44 2,13

Conta Garantida (8) 1,63 3,93 141,10 2,59

Captação

CDB 30 dias (4) 0,79

Cooperativas de Crédito (aplicação) 0,70

Fundo de Investimento Curto Prazo 0,44 0,82 86,36 0,68

Fundo de Investimento Longo Prazo 0,77 0,91 18,18 0,81

Poupança (5) 0,60

Taxa SELIC (6) 0,87(1) Considera-se a média das taxas praticadas pelos informantes(2) Não são consideradas vantagens progressivas(3) Inclui a variação dos indexadores CUB, TR, INCC e IGP-M (7) Novo cálculo considerando o período dos índices que compõem a estimativa(4) Taxa ANBID do primeiro dia útil do mês e projetada para 30 dias

.. Não se aplica dados numéricos ND - não disponívelFONTE: Fundação IPEAD/UFMG

(8) Dados coletados a partir de informações consolidadas no Banco Central do Brasil

Taxas de Juros – Outubro de 2014

(6) Média ponderada pela vigência

SetoresTaxas médias praticadas(1)

(5) Taxa referente ao primeiro dia do mês subsequente

Empréstimos pessoa física

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BELO HORIZONTETerça-feira, 18 de novembro de 2014 Diário Oficial do Município 27

Poder Executivo

Alunos se sentem protagonistas da construção de novos espaços nas escolas

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Estudantes da região Centro-Sul se entusiasmam com Orçamento Participativo para Crianças e Adolescentes

A ideia de os próprios alu-nos deliberarem sobre melhorias para suas unidades de ensino tem sido bem recebida por estudan-tes das escolas municipais Maria das Neves, no bairro São Lucas, e Marconi, no Santo Agostinho, ambas na região Centro-Sul. As escolas foram selecionadas para participar da primeira edição do Orçamento Participativo para Crianças e Adolescentes (OPCA). O programa vai permitir o processo de gestão compartilhada no am-biente escolar, incentivando esse público a se envolver em questões que dizem respeito ao coletivo. Nas duas instituições, mais de 1,3 mil alunos terão oportunidade de participar do OPCA e definir o que fazer com os R$ 20 mil destinados a cada escola. Em toda a cidade, estão contempladas 16 unidades da Rede Municipal de Educação, que juntas somam cerca de 10 mil estudantes de 6 a 14 anos.

A expectativa dos alunos é grande em relação a essa modali-

dade do Orçamento Participativo. O professor de Matemática Cris-tiano Alves Forapani, referência do programa na Maria das Neves, se mostrou bastante satisfeito com a participação inicial dos estudantes no OPCA. ”Os alunos já estão pensando nas propostas, se candidatando a delegados e demonstram bastante empolgação com essa iniciativa”, observa. Entre as indicações, estão a moderniza-ção de biblioteca, a implantação de laboratório de ciências e uma sala adaptada para o teatro. A in-clusão por meio da acessibilidade também é lembrada pela aluna Tayná Lorraine, que é cadeirante e sugere, por exemplo, que os ônibus utilizados para passeios sejam adaptados para pessoas com deficiências físicas.

Na Escola Municipal Marco-ni, o diretor Alberto Adenes Soares conta que os alunos também estão bastante motivados. “Nossos alunos aceitaram e gostaram da ideia. Isso faz com que eles se sintam parte

do processo de cidadania. Estão se sentindo protagonistas da constru-ção de espaço nas escolas. O OP trouxe um movimento pedagógico diferente para a escola, entusias-mando os alunos. As propostas es-tão florescendo”, conta. Professora de Ciências e de Educação Física, Silvana Ribeiro Possas adianta que uma sugestão dos alunos é a insta-lação de escaninhos para colocar materiais, evitando mochilas pesa-das. “Foi muito interessante, pois os alunos optaram por esse tipo de armário e isso não passou pela cabeça dos professores”, observa.

AcompanhamentoComo ocorre no tradicional

Orçamento Participativo, os estu-dantes, além de indicar as ações a serem contemplados no programa, terão a tarefa de monitorar o pro-cesso. Para isso, cada turma ele-gerá uma dupla de delegados, um menino e uma menina, que vão atuar com o grupo de referência do OPCA da escola participan-te. Desses delegados de turmas, posteriormente serão eleitos os integrantes que representarão a sua instituição de ensino na Comissão Municipal de Acompanhamento e Fiscalização da Execução do Or-

çamento Participativo (Comforça) Escolar, sendo uma dupla titular e outra suplente. Essa comissão vai acompanhar a execução dos projetos aprovados.

Os alunos interessados em ser delegado ou membro da Comforça Escolar devem se organizar para garantir os votos dos colegas. Es-tudante da Escola Municipal Mar-coni, Luiz Cláudio, do 5º ano, não perdeu tempo e conta que foi o mais votado da sala. “Acho esse programa bem legal, porque a escola precisa de melhorias”, argumentou. Neste mês, todas as demandas apresentadas pelos alu-nos serão analisadas pelo grupo de referência da escola, com o apoio dos delegados eleitos nas turmas.

Cada escola poderá definir sua própria dinâmica no processo de seleção e análise das demandas, garantindo que as solicitações es-tejam de acordo com as regras do programa. A votação final das so-licitações e a eleição da Comforça Escolar serão feitas pela intranet, no portal do OPCA, entre hoje e sexta, dia 21. Em dezembro, a Secretaria Municipal Adjunta de Gestão Compartilhada promoverá um fórum com a presença de representantes de todas as escolas participantes para a avaliação final e a conclusão do Plano de Ações Prioritárias do OPCA. Mais infor-mações sobre o OPCA podem ser conferidas no portal gestaocompar-tilhada.pbh.gov.br.

Equipe de proteção social básica de Venda Nova completa primeiro aniversárioMais de 60 pessoas participaram no final de outubro do primeiro

aniversário da equipe de Proteção Social Básica de Venda Nova e do Fórum Regional de Mulheres, evento realizado no auditório da regional, na Rua Padre Pedro Pinto, 1.055. O evento foi promovido pela Regional Venda Nova, por meio da Gerência de Políticas Sociais, e contou com a presença do secretário regional adjunto, Nildo Taroni. “Trabalhar pelas pessoas que vivem em situação de risco social não é fácil, por isso parabenizo toda a equipe pelo trabalho e pela competência”, disse Taroni.

O encontro contou com uma apresentação teatral do grupo de mobilização da Secretaria Municipal Adjunta de Assistência Social (Sma-as), que encenou a peça “Uma Conversa Básica”, que contou um pouco da história da Proteção Social Básica. A gerente de Atendimento Social, Rubiana Moreira, que coordena a equipe, explicou o trabalho executado pelo grupo. “Atendemos locais de Venda Nova que estão fora da área de cobertura dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) Manti-queira, Apolônia e Lagoa. Fazemos também todo o acompanhamento social de famílias nos quatro territórios de Venda Nova, priorizando os usuários de benefícios eventuais, beneficiários da Prestação Continuada e em descumprimento de condicionalidades. Trabalhamos com oficinas de reflexão e de convivência, promovendo o fortalecimento do vínculo da família”, explicou.

A usuária Rosa Maria de Souza, de 62 anos, moradora do bairro Jardim Europa, elogiou o atendimento social que recebe. “Não tenho nada a reclamar. Sempre que procuro esses serviços, sou muito bem atendida e com muito carinho”, disse.

Valorização da MulherComo parte do Fórum de Mulheres, a gerente do Centro de Saúde

Santo Antônio, Doriana Ozório, mestre em Promoção de Saúde e Preven-ção de Violência, falou sobre a mulher no século 21. “Mulheres e homens, ao longo de boa parte da história da humanidade, desempenharam papéis sociais muito diferentes. Apesar de todas as mudanças sociais, culturais, econômicas e políticas, a discriminação da mulher ainda é ainda um fato comum na sociedade atual”, disse.

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BELO HORIZONTETerça-feira, 18 de novembro de 2014Diário Oficial do Município28

Poder Executivo

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Serviços incluem limpeza de córregos e desobstrução de redes pluviais

Ações de controle e monitoramento dos vetores na região foram debatidos durante encontro

Regional Centro-Sul realiza ações preventivas para o período chuvoso

Devido à proximidade da temporada de chuvas, a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Regional Centro-Sul, realiza di-versas intervenções na região a fim de prevenir e minimizar possíveis danos causados pelos temporais. Os serviços incluem limpeza de córregos e desobstrução de redes pluviais para evitar inundações, além de obras de contenção em encostas, que visam reduzir os riscos de deslizamentos de terra.

Nos meses de agosto e setem-bro, foram programadas interven-ções para retirar o lixo descartado de forma irregular nos córregos Acaba Mundo, Curva do Vento e Primeira Água do Cardoso. As ações tiveram complemento com os serviços de capina, roçada e remo-ção de entulho nas proximidades

dos cursos d’água. Ao todo, foram retiradas 172 toneladas de resíduos e materiais diversos de áreas dos bairros Novo São Lucas, Serra, Santo Antônio e Vila Fazendinha. Esse trabalho integrado e reforçado acontece até três vezes ao ano.

O serviço é realizado por duplas, que ficam em diversos pontos do local da ação. “O aces-so aos locais é complicado, pois muitas vezes o trabalho é feito em barrancos íngremes, o que dificulta o deslocamento com os sacos de lixo”, disse o líder de turma da Gerência Regional de Limpeza Urbana, Cristiano Ferreira, ao pontuar que a deposição irregular é o que mais dificulta o serviço. Ele conta que são encontrados desde pequenos objetos, como garrafas e latas, até sofás e geladeiras.

Moradora da Vila Santana do Cafezal, no Aglomerado da Serra, Nadir Rodrigues destaca a importância do serviço. “Moro do outro lado do Córrego da Primeira Água do Cardoso e da minha casa foi possível observar a ação. O trabalho é muito importante, pois, além da limpeza, contribui para a conscientização dos moradores. Ao retirar o lixo acumulado, diminui a quantidade de animais que se proliferam no local, como ratos e aranhas”, observa.

Desobstrução de redes pluviaisOutra ação preventiva, rea-

lizada de forma rotineira, é a desobs trução de redes pluviais, trabalho feito pelas equipes da

Gerência Regional de Manutenção. Os entupimentos são causados, principalmente, por resíduos da construção civil e folhas das ár-vores. Durante a estação seca, são priorizadas áreas próximas às obras. Já no período de chuvas, o trabalho é realizado nos locais onde a demanda é imediata. O caminhão usado para desobstruir, denominado “tatu”, executa, ain-da, o serviço em bocas de lobo, poços de visita e caixas de drena-gem. De janeiro a setembro, mais de 8 quilômetros de rede foram beneficiados.

Contenção em encostas

Outra atividade de preven-ção são as obras de eliminação de riscos geológicos em vilas e favelas. O trabalho é realizado pela Regio-nal Centro-Sul em parceria com a Companhia Urbanizadora e de Ha-bitação de Belo Horizonte (Urbel). Nos últimos dois anos, 16 pontos foram contemplados na região.

Os serviços de prevenção de risco de deslizamento incluem o tratamento das encostas por meio de proteção vegetal, concreto projetado, tela argamassada e as contenções das mesmas por muro de arrimo em concreto ou gabião. São realizadas também, de acordo com a necessidade, intervenções de drenagem pluvial e esgotamen-to sanitário, construção de lajes de proteção, melhorias de acessos, passarelas, passeios e escadas.

Comitê de Vigilância em Saúde da Pampulha discute ações de prevenção contra dengue e febre Chikungunya

O Comitê de Vigilância em Saúde da Pampulha promoveu uma reunião no final de outubro com as diversas gerências regionais para discutir ações de prevenção contra dengue e febre Chikun-gunya. Compareceram represen-tantes das gerências de Limpeza Urbana, Fiscalização, Manutenção, Atendimento ao Cidadão, Educa-ção, Saúde, Social, Administração e Finanças, Recursos Humanos e Comunicação.

Referência técnica da Gerên-cia de Regulação, Epidemiologia e

Informação da Pampulha, Shirley Lima Tronbin apresentou os da-dos epidemiológicos da dengue, analisando a evolução da doença nos últimos anos. “A temperatura e a pluviosidade influenciam sig-nificativamente no aumento do número de criadouros e, conse-quentemente, da população de mosquitos adultos, o que implica em maior possibilidade de pessoas infectadas”, explicou.

A seguir, os participantes receberam informações sobre a febre Chikungunya, doença in-

fecciosa transmitida pelos vetores Aedes albopictus e Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. A transmissão do vírus é feita pela picada da fêmea de mosquitos in-fectados e as infecções seguem os mesmos padrões sazonais. Por este motivo, as formas de prevenção são as mesmas para ambas as doenças.

Encarregado de serviços de zoonoses da Pampulha, Wender Pinheiro apresentou as ações de controle e monitoramento dos vetores na região. Uma das estratégias utilizadas pela Gerên-

cia de Controle de Zoonoses é o monitoramento da densidade populacional do mosquito por meio das “ovitrampas”, armadilhas que fazem a coleta de ovos do mosquito transmissor da dengue. Outra ação importante é a vistoria quinzenal dos locais favoráveis ao ciclo evolutivo do mosquito, como borracharias e imóveis abandona-dos que possuem piscinas, entre outros espaços.

Para a referência técnica Cláudia Capistrano, é importante o envolvimento de todos para evitar

uma epidemia. “Por se tratar de uma nova doença no país, toda a população de Belo Horizonte é suscetível à Chikungunya. Este é o momento de somar esforços e transformar informação em respon-sabilidade de ação”, disse.

Saiba maisA febre Chikungunya e a

dengue são doenças infecciosas febris agudas, caracterizadas por manifestações clínicas seme-lhantes, como mialgia, artralgia, cefaléia, prostração, exantema, náuseas e vômitos. A principal manifestação clínica que difere a Chikungunya da dengue são as fortes dores articulares nas mãos, pulsos, pés e tornozelos. As arti-culações maiores, como joelho, ombro e coluna, também podem ser afetadas. As dores articulares podem persistir por meses ou anos. A febre Chikungunya geral-mente não é uma doença fatal. Antes restrita a países da África e Ásia, desde o final de 2013 foi registrada a transmissão autóctone da doença em vários países do Caribe. O Ministério da Saúde já confirmou 338 casos no Brasil, sendo dois em Minas Gerais.

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