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DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º. Esta lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente. Art. 2º. Considera-se criança, para os efeitos desta lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de idade. Parágrafo único. Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este estatuto às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Art. 3º. A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade. Art. 4º. É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude. Art. 5º. Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. Art. 6º. Na interpretação desta lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. Art. 90. As entidades de atendimento são responsáveis pela manutenção das próprias unidades, assim como pelo planejamento e execução de programas de proteção e socioeducativos destinados a crianças e adolescentes, em regime de: I - orientação e apoio sociofamiliar; II - apoio socioeducativos em meio aberto; III - colocação familiar; IV - abrigo; V - liberdade assistida; VI - semiliberdade; VII - internação. Parágrafo único. As entidades governamentais e não-governamentais deverão proceder à inscrição de seus programas, especificando os regimes de atendimento, na forma definida neste artigo, junto ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual manterá registro das inscrições e de suas alterações, do que fará comunicação ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária. Art. 91. As entidades não-governamentais somente poderão funcionar depois de registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, o qual comunicará o registro ao Conselho Tutelar e à autoridade judiciária da respectiva localidade. Parágrafo único. Será negado o registro à entidade que: a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança; b) não apresente plano de trabalho compatível com os princípios desta lei; c) esteja irregularmente constituída; d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas. Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de abrigo deverão adotar os seguintes princípios: I - preservação dos vínculos familiares; II - integração em família substituta, quando esgotados os recursos de manutenção na família de origem; III - atendimento personalizado e em pequenos grupos; IV - desenvolvimento de atividades em regime de co-educação; V - não-desmembramento de grupos de irmãos; VI - evitar, sempre que possível, a transferência para outras entidades de crianças e adolescentes abrigados; VII - participação na vida da comunidade local; VIII - preparação gradativa para o desligamento; IX - participação de pessoas da comunidade no processo educativo. Parágrafo único. O dirigente de entidade de abrigo é equiparado ao guardião, para todos os efeitos de direito. Art. 93. As entidades que mantenham programas de abrigo poderão, em caráter excepcional e de urgência, abrigar crianças e adolescentes sem prévia determinação da autoridade competente, fazendo comunicação do fato até o segundo dia útil imediato. Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de internação têm as seguintes obrigações, entre outras: I - observar os direitos e garantias de que são titulares os adolescentes; II - não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de

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DAS DISPOSIES PRELIMINARESArt. 1. Esta lei dispe sobre a proteo ite!ral " #riaa e ao adoles#ete.Art. $. %osidera&se #riaa' paraos e(eitos desta lei' a pessoa at) do*e aos de idade i#o+pletos' e adoles#etes a,-ela etre do*e e de*oitoaosdeidade.Par.!ra(o/i#o.Nos#asose0pressose+lei' apli#a&see0#ep#ioal+eteesteestat-to"spessoas etre de*oito e 1ite e -+ aos de idade. Art. 2. A #riaa e o adoles#ete !o*a+ de todos os direitos(-da+etais ieretes " pessoa 3-+aa' se+ pre4-5*o da proteo ite!ral de ,-e trata esta lei' asse!-rado&se&l3es' por lei o- por o-tros +eios' todas as oport-idades e (a#ilidades' a (i+de l3es (a#-ltar odese1ol1i+eto (5si#o' +etal' +oral' espirit-al e so#ial' e+ #odies de liberdade e de di!idade. Art. 6. 7de1er da (a+5lia' da #o+-idade' da so#iedade e+ !eral e do poder p/bli#o asse!-rar' #o+ absol-ta prioridade'ae(eti1aodosdireitosre(eretes"1ida' "sa/de' "ali+etao' "ed-#ao' aoesporte' aola*er' "pro(issioali*ao' "#-lt-ra' "di!idade' aorespeito' "liberdadee"#o1i18#ia(a+iliar e#o+-it.ria.Par.!ra(o /i#o. A !aratia de prioridade #o+preede9 a: pri+a*ia de re#eber proteo e so#orro e+ ,-ais,-er#ir#-st;#ias< b: pre#ed8#ia de atedi+eto os ser1ios p/bli#os o- de rele1;#ia p/bli#a< #: pre(er8#ia a(or+-lao e a e0e#-o das pol5ti#as so#iais p/bli#as< d: destiao pri1ile!iada de re#-rsos p/bli#os as.reas rela#ioadas #o+ aproteo "i(;#iae" 4-1et-de.Art.=.Ne3-+a#riaao- adoles#eteser.ob4eto de ,-al,-er (or+a de e!li!8#ia' dis#ri+iao' e0plorao' 1iol8#ia' #r-eldade e opresso' p-ido a(or+a da lei ,-al,-er atetado' por ao o- o+isso' aos se-s direitos (-da+etais. Art. >. Na iterpretaodesta lei le1ar&se&o e+ #ota os (is so#iais a ,-e ela se diri!e' as e0i!8#ias do be+ #o+-+' os direitos ede1eres idi1id-ais e #oleti1os' e a #odio pe#-liar da #riaa e do adoles#ete #o+o pessoas e+dese1ol1i+eto.Art. [email protected] etidades deatedi+etosorespos.1eis pela+a-teodas prAprias-idades' assi+ #o+o pelo plae4a+eto e e0e#-o de pro!ra+as de proteo e so#ioed-#ati1os destiados a#riaas e adoles#etes' e+ re!i+e de9 I & orietao e apoio so#io(a+iliar< II & apoio so#ioed-#ati1os e+ +eioaberto< III & #olo#ao (a+iliar< IB & abri!o< B & liberdade assistida< BI & se+iliberdade< BII & iterao. Par.!ra(o/i#o. Asetidades!o1era+etais e o&!o1era+etais de1ero pro#eder " is#rio de se-s pro!ra+as'espe#i(i#adoosre!i+esdeatedi+eto' a(or+ade(iidaestearti!o' 4-toao%osel3oM-i#ipal dosDireitos da %riaa e do Adoles#ete' o ,-al +ater. re!istro das is#ries e de s-as alteraes' do ,-e (ar.#o+-i#ao ao %osel3o C-telar e " a-toridade 4-di#i.ria. Art. ?1. As etidades o&!o1era+etais so+etepodero (-#ioar depois de re!istradas o %osel3o M-i#ipaldos Direitos da %riaa e do Adoles#ete' o,-al#o+-i#ar. o re!istro ao %osel3o C-telar e " a-toridade 4-di#i.ria da respe#ti1a lo#alidade. Par.!ra(o/i#o.Ser. e!ado o re!istro " etidade ,-e9 a: o o(erea istalaes (5si#as e+ #odies ade,-adas de3abitabilidade' 3i!iee' sal-bridadeese!-raa< b: oapreseteplaodetrabal3o#o+pat51el #o+ospri#5pios desta lei< #: este4a irre!-lar+ete #ostit-5da< d: te3a e+ se-s ,-adros pessoas iidDeas.Art. ?$.As etidades ,-e dese1ol1a+ pro!ra+as de abri!o de1ero adotar os se!-ites pri#5pios9 I & preser1ao dos15#-los(a+iliares< II & ite!raoe+(a+5lias-bstit-ta' ,-adoes!otadososre#-rsosde+a-teoa(a+5lia de ori!e+< III & atedi+eto persoali*ado e e+ pe,-eos !r-pos. Sedo o adoles#ete liberado' a a-toridade poli#ial e#a+i3ar. i+ediata+eteaorepresetatedoMiist)rioP/bli#o#Apiadoa-todeapreesoo-boleti+deo#orr8#ia. Art. 1KK.Se'a(astada a 3ipAtese de (la!rate' 3o-1er id5#ios de parti#ipao de adoles#ete a pr.ti#a de ato i(ra#ioal' aa-toridadepoli#ial e#a+i3ar.aorepresetatedoMiist)rioP/bli#orelatAriodasi1esti!aesede+aisdo#-+etos. Art. 1KO. O adoles#ete a ,-e+ se atrib-a a-toria de ato i(ra#ioal o poder. ser #od-*ido o-trasportado e+ #o+parti+eto (e#3ado de 1e5#-lo poli#ial' e+ #odies atetatArias " s-a di!idade' o- ,-ei+pli,-e+ris#o"s-aite!ridade(5si#ao-+etal' sobpeaderesposabilidade.Art. 1K?.Apresetadooadoles#ete' o represetate do Miist)rio P/bli#o' o +es+o dia e " 1ista do a-to de apreeso' boleti+ deo#orr8#ia o- relatArio poli#ial' de1ida+ete a-t-ados pelo #artArio 4-di#ial e #o+i(or+ao sobre osate#edetes do adoles#ete' pro#eder. i+ediata e i(or+al+ete " s-a oiti1a e' e+ sedo poss51el' de se-spais o- respos.1el' 15ti+a e teste+-3as. Par.!ra(o /i#o. E+ #aso de o&apresetao' o represetate doMiist)rio P/bli#o oti(i#ar. os pais o- respos.1elpara apresetao do adoles#ete' podedo re,-isitar o#o#-rso das pol5#ias #i1il e +ilitar.