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DOMINGO MACEIÓ - ALAGOAS 8 DE MAIO DE 2016 N 0 2.638 R$ 4,00 tribunahoje.com EXEMPLAR DO ASSINANTE Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas em áreas isoladas Mínima 23º Máxima 32º TEMPO MARÉS FINANÇAS 04:38 2.3m 10:54 0.0m 17:04 2.2m 23:13 0.2m INDEPENDENTE POUPANÇA 0,6300% DÓLAR COMERCIAL R$ 3,55 R$ 3,55 DÓLAR PARALELO R$ 3,45 R$ 3,63 OURO R$ 144,90 Mãe O maior presente do mundo Esta data é para celebrar e agradecer a todas as mães, para as que ainda estão presentes e para as que já se foram. E por mais que o tempo passe, elas e seus ensinamentos serão sempre lembrados. Sempre estarão nos corações de seus filhos. E a maior alegria e o maior orgulho de uma mãe é ser admirada por seus filhos. Este, por certo, é o maior presente do mundo.

Edição número 2638 - 8 de maio de 2016

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Page 1: Edição número 2638 - 8 de maio de 2016

DOMINGOMACEIÓ - ALAGOAS

8 DE MAIO DE 2016 N0 2.638

R$ 4,00 tribunahoje.com

EXEMPLAR DOASSINANTE

Bom a parcialmente nublado com possiblidades de chuvas

em áreas isoladas

Mínima

23ºMáxima

32ºTEMPO MARÉS FINANÇAS04:38 2.3m10:54 0.0m

17:04 2.2m23:13 0.2m

INDEPENDENTE

POUPANÇA 0,6300%

DÓLAR COMERCIALR$ 3,55 R$ 3,55

DÓLAR PARALELOR$ 3,45 R$ 3,63

OUROR$ 144,90

MãeO maior presente do mundo

Esta data é para celebrar e agradecer a todas as mães,

para as que ainda estão presentes e para as que já se

foram. E por mais que o tempo passe, elas e seus ensinamentos

serão sempre lembrados.Sempre estarão nos corações

de seus filhos. E a maior alegria e o maior

orgulho de uma mãe é ser admirada por seus filhos.Este, por certo, é o maior

presente do mundo.

Page 2: Edição número 2638 - 8 de maio de 2016

PolíticaMACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016POLÍTICA2

Política em AL está toda em famíliaEm alguns casos, linhagem de políticos com mandatos eletivos já está na terceira geração e com forte influência

CARLOS AMARALREPÓRTER

A manutenção e a dis-puta pelo poder polí-tico no Brasil sempre

se deram, desde os tempos das capitanias hereditá-rias, no sentido de fortalecer nichos econômicos e fami-liares – ou ambos. Assim, a tradição de passar o con-trole do Estado ou de uma determinada região vem se perpetuando no Brasil.

Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UNB), no início deste ano, “49% dos deputa-dos federais eleitos em 2014 tinham pais, avôs, mães, primos, irmãos ou cônjuges com atuação política – o

maior índice das quatro úl-timas eleições”.

Em Alagoas esse qua-dro não é diferente. Aliás, é mais agravante. De acordo com um levantamento rea-lizado pela reportagem da Tribuna Independente, na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), 70,3% dos parlamentares eleitos em 2014 são herdeiros ou pre-cursores de linhagem polí-tico-familiar. Na Câmara Municipal de Maceió, esse índice é 47,6% entre os elei-tos em 2012. São pais, ir-mãos, sobrinhos, cunhados e cônjuges de pessoas que detém ou já detiveram man-dato eletivo.

Se o recorte for apenas em relação à bancada ala-

goana na Câmara dos De-putados, o segundo menor estado da Federação possui índice de 77,7% de parla-mentares membros de fa-mílias políticas. No Senado, todos os três representantes do estado possuem parentes exercendo mandatos eleti-vos.

Algumas das famílias já estão na terceira geração de políticos, como é caso dos Palmeira, do prefeito de Maceió Rui Palmeira; dos Vilela, do deputado federal Pedro Vilela e dos Collor de Mello, do senador Fernando Collor. Rui Palmeira é filho do ex-senador, ex-governa-dor de Alagoas e ex-presi-dente do Tribunal de Contas da União (TCU), Guilherme

Palmeira e neto do ex-sena-dor Rui Palmeira, cujo nome batiza uma cidade do Sertão alagoano. Pedro Vilela é so-brinho do ex-governador do estado e ex-senador Teotô-nio Vilela Filho e neto do ex-senador Teotônio Vilela, na-cionalmente conhecido como “Menestrel das Alagoas”. Já o senador Fernando Collor é filho do ex-senador e ex-go-vernador de Alagoas, Arnon de Mello, neto do ex-deputa-do federal pelo Rio Grande do Sul, Lindolfo Collor.

Outra família que está na terceira geração – segun-da em sequência, por assim dizer – de políticos e que de-tém enorme influência em Alagoas é a família Calhei-ros. Renan Calheiros é pre-

sidente do Congresso Nacio-nal e é pai de Renan Filho, governador de Alagoas. Seu irmão, Olavo Calheiros, é deputado estadual e seu ou-tro irmão, Remi, é prefeito de Murici. O avô do senador Renan Calheiros, que tam-bém se chamava Olavo, foi prefeito de Murici.

Ainda na segunda gera-ção, mas com forte presença de membros na política, a família Beltrão domina a re-gião Sul de Alagoas. O depu-tado estadual João Beltrão é irmão do prefeito de Coruri-pe e ex-deputado federal, Joaquim Beltrão. É o pai do deputado federal Marx Bel-trão, do prefeito de Feliz De-serto Maykon Beltrão e tio dos prefeitos de Jequiá da

Praia, Marcelo Beltrão e de Penedo, Marcius Beltrão.

Esse espectro político pode ser explicado pela His-tória de Alagoas, cujo predo-mínio econômico e político no início de sua independên-cia de Pernambuco era com-posto por apenas 24 famílias de senhores de engenho. É certo que hoje nem todas as famílias políticas possuem a produção de açúcar como base financeira e política, mas o modelo de passar a titularidade – às vezes pre-parando os herdeiros, às vezes não – para parentes vem dessa época, como bem ilustrou Fernando José Lira em sua obra “Formação da Riqueza e da Pobreza em Alagoas”.

TRIBUNAINDEPENDENTE

HERDEIROS NA ASSEMBLEIA SOMAM MAIS DE 70,3%

BRUNO TOLEDOFilho do ex-deputado e atual membro do TCE Fernando Toledo e de Lucila Toledo, prefeita de Cajueiro

CARIMBÃO JÚNIORFilho do deputado federal Gi-valdo Carimbão, Carimbão Jú-nior está no seu primeiro man-dato de deputado estadual em Alagoas

DAVI DAVINO FILHOFilho do vereador em Maceió Davi Davino, eleito para o seu primeiro mandato de deputa-do estadual

DUDU HOLLANDAFilho de Antônio Holanda, vereador em Maceió, Dudu Hollanda está em seu segun-do mandato e já foi vereador por Maceió

GILVAN BARROS FILHOFilho do ex-deputado estadual Gilvan Barros, também está em seu primeiro mandato de deputado estadual

EDVAL GAIA FILHOCunhado do prefeito de Pal-meira dos Índios, James Ri-beiro, e filho de ex-deputado estadual Edval Gaia

GALBA NOVAESPai do vereador em Maceió Galba Netto e filho do ex-ve-reador Galba Novaes

INÁCIO LOIOLATio da ex-prefeita de Piranhas e atual secretária estadual de Cultura, Mellina Freitas, e irmão do presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Washing-ton Luiz

ISNALDO BULHÕES JRFilho da ex-prefeita de Santa-na do Ipanema Renilde Silva Bulhões Barros e do conse-lheiro do TCE Isnaldo Bulhões

JOÃO BELTRÃOIrmão do prefeito de Coruripe, Joaquim Beltrão; pai do depu-tado estadual Marx Beltrão; tio de Marcelo Beltrão, prefeito de Jequiá da Praia; e de Marcius Beltrão, prefeito de Penedo

MARCOS BARBOSAEsposo de Silvânia Barbosa, vereadora em Maceió, foi ree-leito para mais um mandato na Assembleia Legislativa do Estado

OLAVO CALHEIROSIrmão do presidente do Congres-so Nacional, Renan Calheiros; tio do governador Renan Filho; irmão do prefeito de Murici, Remi Calhei-ros. O pai também se chamava Olavo e foi prefeito de Murici

JÓ PEREIRAÉ irmã do ex-prefeito da cidade de Teotônio Vilela e ex-deputa-do estadual Joãozinho Pereira

MARQUINHOS MADEIRAPrimo do atual prefeito de Ma-ragogi, Henrique Madeira, e fi-lho do ex-prefeito de Maragogi Marcos Madeira

RICARDO NEZINHOFilho do ex-deputado estadual Manoel Pereira Filho, Nezinho também foi reeleito para mais um mandato na Assembleia Legislativa

RODRIGO CUNHAFilho da ex-deputada estadual Ceci Cunha, Rodrigo foi eleito para o seu primeiro mandato de deputado em 2014

SÉRGIO TOLEDOParente de Fernando Toledo, ex-presidente da ALE e atual conselheiro do TCE. Seu avô era primo do pai de Fernando

THAISE GUEDESSobrinha do ex-vereador por Maceió Mauro Guedes, Thayse está em seu segundo mandato de deputada estadual

SEVERINO PESSOACasado com Fabiana Pessoa, vereadora em Arapiraca, Seve-rino foi reeleito para o segundo mandato na Assembleia Legis-lativa

ALCIDES ANDRADEFilho do ex-governador, ex-deputado federal e estadual Moacir Andrade. Ele é neto de Alcides Andrade, ex-deputado estadual

Page 3: Edição número 2638 - 8 de maio de 2016

ANÁLISE

Instituiçoes fracas formam as dinastias

CARLOS AMARALREPÓRTER

O histórico familiar de participação na políti-ca, dá a esses núcleos

um know-how (saber como, em tradução livre) para se manter vencendo eleições e acumulando poder. Essa é parte da análise da cientista política Luciana Santana.

“O parentesco político pode influenciar a manuten-ção do poder nas mãos de famílias. Esse controle acon-tece com mais força porque muitos desses políticos acu-mulam experiências e práti-cas políticas eficientes para atingir o objetivo principal

de qualquer candidato: ven-cer um pleito, ou seja, ter poder em suas mãos”, diz.

Entretanto, Luciana não acredita que isso seja um empecilho para que pessoas sem ligação familiar com a política participem desse universo. Ela explica que existem outras formas para fazer isso.

“Para além de laço de parentesco, outros recursos estão à disposição dos que desejam atingir seus objeti-vos e adentrar o mundo da política. Antes de qualquer coisa, é importante que o candidato consiga se comu-nicar bem com seus eleito-res potenciais e convencer

que estão prontos, decididos e podem fazer uma boa ges-tão ou cumprir de maneira satisfatória independente do seu nome familiar”, afir-ma.

Em anos eleitorais, o discurso de renovação na política sempre surge com relativa força. Após as mani-festações de junho de 2013, uma série de atores passou a atribuir essa agenda como sendo a daqueles atos. É verdade que o slogan mais conhecido daquelas passea-tas foi o “contra tudo o que está aí”. Contudo, o núme-ro de parlamentares com linhagem político-familiar parece mostrar que na hora

do voto, o eleitor não prefere a renovação.

Luciana explica que vá-rios fatores influenciam na decisão de voto do eleitor e que o discurso de renovação também pode ser usado por qualquer candidato, seja ele parente de políticos de longa data ou um novato no meio.

“Vários fatores influen-ciam a decisão do voto do eleitor. Além disso, mui-tos candidatos ligados a as famílias se apropriam do discurso de renovação ou mudança e centram suas campanhas em propostas ou alternativas que não re-metem necessariamente às suas famílias”, avalia.

A formação política bra-sileira construiu, historica-mente, instituições enfra-quecidas em detrimento do personalismo. Essa é a linha geral da análise do historia-dor Gustavo Pessoa. Segun-do ele, essa condição per-verteu as relações entre os atores políticos e o Estado.

“Ao não se relacionar com os partidos, os indiví-duos acabam por institu-cionalizar determinadas figuras políticas e é talvez, nesse contexto, que a gente possa encontrar respostas para o caráter dinástico que está presente na política brasileira e alagoana. As-

sim, cria-se a cultura de que o protagonismo político se restringe a mera participa-ção eleitoral”, diz.

O reflexo disso é o dis-tanciamento do interesse aos programas políticos e a aproximação à personalida-de dos candidatos, promo-vendo, inclusive, uma des-politização da sociedade.

“Os indivíduos são con-vidados a votar a cada dois anos e até nesses momentos, se mostram impermeáveis ao debate programático. Estabelece-se aí, o culto à personalidades e pavimen-ta-se o caminho para que o sujeito despolitize a sua

relação com suas próprias demandas, tratando o seu voto, como uma mercadoria a ser negociada conforme as leis do mercado”, afirma o historiador.

E essa característica impede a materialização do discurso de renovação política, o que pode ser comprovado, segundo ele, na permanência das linha-gens familiares nos espa-ços de poder. “A renovação se apresenta num aspecto meramente fenomênico, na verdade, perpetuam-se no poder, linhagens que conti-nuarão controlando os prin-cipais espaços da política,

conferindo a esse universo um caráter dinástico. A pró-pria estrutura partidária brasileira fortalece a cultu-ra do caciquismo”, explica.

Para ele, seria necessá-ria uma reforma no sistema político para abrir espaço a novas lideranças e criar a possibilidade de rompimen-to com o “caráter petrifica-do” da estrutura política alagoana e nacional.

“Os partidos se torna-ram verdadeiros feudos, nos quais, poderosos suseranos presenteiam seus vassalos com pequenos nacos de po-der em troca da perpetuação da sua liderança”, afirma.

Histórico familiar impede outros atores na políticaAcúmulo do poder tradicional também não permite renovação de ideais

Quem é o inimigo?

De Rubens Menin, presidente da Associaçāo Brasileira de Incor-poradoras Imobiliárias: “O Brasil está dividido entre ‘coxinhas’ e ‘petralhas’, dois apelidos tão ridículos quanto as pessoas que os

criaram e os disseminaram. Precisamos desideologizar as posições e comportamentos baseados em conceitos atrasados e tão fora do tempo quanto os apelos da, igualmente anacrônica, ‘luta de classes. Isso divide e não aglutina todos os sócios que precisariam batalhar coordenada-mente contra a crise, enfrentando irmamente os sacrifícios e aplicando coordenadamente os esforços... Por maior que seja a ojeriza de alguns contra as bandeiras vermelhas, em vez de hostilizá-las belicamente me-lhor seria convencer os seus portadores de que, no momento, todos eles deveriam estar abrigados sob o manto verde e amarelo que materializa a vontade superior da nação. Precisamos nos vacinar contra a inoculação insidiosa dos conceitos divisionistas como a abominável disseminação do termo ‘elite branca’. Além de racista, essa legenda predispõe um grande número de brasileiros contra aqueles estratos que se convencio-nou chamar de ‘elite’. Ao contrário do que a expressão parece pregar, a nação de nada lucraria caso fossem dizimadas as suas elites econômi-cas, científicas, empresariais e culturais.”

Sem pressaFazendo jus ao seu estilo paciente, o ex-governador Téo Vilela ao ser procurado para entrevistas reafirma que “ainda é cedo para falar”. Na verdade só tem se manifestado quando se depara com jornalistas nos raros eventos a que comparece. Nos bastidores, trabalha para viabilizar o PSDB na eleição deste ano.

IndependenteO deputado federal Ronaldo Lessa (PDT/AL) diz que não deve nada a Dilma Rousseff, em termos de cargos federais. Explica que quando assu-miu, no ano passado, esperou 7 meses por alguma indicação e desistiu. A superintendência do Ministério do Trabalho em Alagoas, argumenta, é uma indicação do PDT desde 2010.

Rei morto...Para Givaldo Carimbão, que votou contra o impeachment, Dilma Rous-seff não coloca mais 308 deputados federais no plenário da Câmara para votar em favor do governo. “Não existe mais governabilidade”, argumen-ta. O parlamentar alagoano diz que, no entanto, Michel Temer consegue esse quorum na hora que quiser.

Mais umEx-secretário de Comunicação do governo do Estado e da Prefeitura de Maceió, Joaldo Cavalcante, que também se dedica à carreira de escritor, inicia coleta de informações para novo livro. Vai tratar agora dos bastidores da interrupção do terceiro mandato de Divaldo Suruagy como governador, em 17 de julho de 1997.

IncentivoA Braskem, em parceria com a Endeavor, organização global e sem fins lucrativos de fomento ao empreendedorismo, anuncia a segunda edição do Braskem Labs, programa de incentivo a empreendedores com ações voltadas à sustentabilidade e à inovação. As inscrições vão de 11 de abril a 15 maio, no site www.braskemlabs.com.

“Banda voou”Caminhões que transportam água potável em Maceió estacionam na hora que querem e no lugar que querem. A prefeitura estabeleceu res-trições, no ano passado, mas ninguém respeita. E assim continuam, por conta da falta de fiscalização, o barulho incômodo para os moradores de prédios e complicações no tráfego de veículos.

OpiniãoDo ex-ministro Gilberto Carvalho: “Precisamos lutar e defender a demo-cracia e os direitos sociais porque, junto com o golpe, não nos iludamos, vem uma pauta regressiva nos direitos sociais. Em curto prazo, não acredito, porque vão ter que fazer muita média, mas, daqui a pouco, co-meça. Ou alguém aqui imagina que um governo com Geddel Vieira Lima, Jucá e etc vai dar alguma coisa de bom para este País?”

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016 POLÍTICA 3 TRIBUNAINDEPENDENTE

* Comemora-se hoje o Dia das Mães. Quem ainda tem o privilégio de conviver com sua mãe que aproveite ao máximo, pois um dia esse conví-vio será apenas saudade. De minha parte, infelizmente é a primeira vez que passo a data com esse sentimento.

* O programa “Aplauso” de hoje, na Educativa FM, reverencia uma das mulheres mais influentes da música brasileira e uma das primeiras a usar guitarra em público: Rita Lee, a “Rainha do Rock Brasileiro”. A partir das 10 horas, com produção de Givaldo Kleber.

* De amanhã ao dia 13 de maio o Museu de História Natural da Ufal promove dois eventos: a exposição permanente em comemoração aos 26 anos da instituição e a 14ª Semana Nacional dos Museus. Os eventos serão no MHN, na Praça da Faculdade.

* O projeto “Ocupe a Praça”, visando levar arte e cultura a todas as regiões de Maceió, inicia hoje a fase de apresentações de shows e es-petáculos artísticos, a partir das 15 horas, na Praça Centenário, no Farol, numa tarde de muita música e cultura.

* No dia 14 de maio o forrozeiro Messias Lima lança um novo CD, “30 anos de forró”, com 17 músicas, em show no Clube Fênix Alagoana, a partir das 22 horas. Expetativa de uma grande prévia do São João em Alagoas. Informações: 99802.2504.

* CRB e CSA fazem hoje a decisão do Campeonato Alagoano. O CRB pode empatar ou perder por um gol de diferença, pois venceu o primeiro jogo por 2x0. O CSA precisa ganhar por três gols de diferença, se não haverá prorrogação e, se preciso, pênaltis.

* Por uma semana, a partir da próxima 3ª feira, dia 10, o editor desta “Conjuntura” estará ausente, usufruindo de licença. A coluna somente voltará a ser veiculada na edição da “Tribuna Independente” do dia 17 de maio. Até lá, se Deus quiser.

Presidencialismo sem pos-sibilidade de impeachment é monarquia absoluta, é ditadura”ANTONIO ANASTASIASenador do PSDB/MG

FLAVIO GOMES DE BARROS - [email protected]

Conjuntura

DEZ VEREADORES POSSUEM GRAU DE PARENTESCO

GALBA NETTOFilho de Galba No-vais, ex-presidente recente da Câmara e neto de Galba, tam-bém ex-vereador

KELMANN VIEIRACasado com Flávia Cavalcante, ex--deputada estadual e filha de Cícero Cavalcante, ex--prefeito dos muni-cípios de Matriz de Camaragibe e São Luís do Quitunde, e suplente de depu-tado estadual

ANTÔNIO HOLANDAPai do deputado estadual Dudu Holanda, Antônio voltou as ativida-des na Câmara de Maceió em 2012

DAVI DAVINOPai do deputado estadual Davi Davino

CHICO FILHOFilho de Chico Ho-landa, ex-vereador. Ele é parente de Antônio e Dudu Holanda

DUDU RONALSAFilho de Carlos Ro-nalsa, ex-vereador em Maceió, que pertence à família Beltrão. Seu nome completo é Carlos Ronalsa Beltrão Coelho da Paz

SILVÂNIA BARBOSAEsposa do de-putado estadual Marcos Barbosa

APARECIDA AUGUSTAEsposa do cabo Luiz Pedro, ex-vereador de Maceió

SÍLVIO CAMELOFilho do ex-verea-dor Arnaldo Came-lo, Sílvio está no segundo mandato de vereador em Maceió

GUILHERME SOARESCunhado de Arnaldo Fontan, atualmente su-plente de vereador em exercício do mandato. Fontan já foi presidente da Câmara Municipal de Vereadores

Page 4: Edição número 2638 - 8 de maio de 2016

Deputados creem emmudança na economiaBancada alagoana tem expectativa positivas para a presidência de Temer

CÂMARAImpeachment tem atrasado atividadesO deputado federal Pedro Vilela (PSDB) pontua que pas-sada a crise que o Brasil vem enfrentando, os trabalhos parla-mentares devem ser retomados para tratar de assuntos que inte-ressam ao país. “Eu me refiro ao processo de impeachment, que em poucos dias deverá ser decidido. E aí precisamos ir para outro momento de retomar as atividades da Câmara dos Deputados, que é a agenda Legislativa e o trabalho das Co-missões que finalmente iniciou as atividades”, pontuou.

CONVITEMinistério pode ter Maurício QuintellaAntes mesmo de assumir o governo, a equipe de Michel Temer já tem sido apresentada pelos meios de comunicação e um dos nomes para compor um dos ministérios é o deputado fe-deral Maurício Quintella (PR). O nome do parlamentar estaria sendo contato para compor o Ministério dos Transportes. A reportagem da Tribuna Inde-pendente tentou contato com o deputado federal de Alagoas para confirmar a informação, mas ele, mais uma vez não atendeu as nossas ligações.

Vamos ocupar a praça

A Praça do Centenário, no Farol vai ser ocupada pela arte e pela cultura neste Domingo (8) com shows e espetáculos e muitas atrações pra a população. Estarão na praça a banda de rock Eek,

a Associação Teatral Joana Gajuru além do coletivo Volante de Teatro, do grupo de percussão Afrolozzi e dos forrozeiros Fidelis e Cabruêra. Este é o passo inicial do projeto “Ocupe a Praça”, que pretende atingir oito praças de Maceió, localizadas em todas as regiões administrativas e possibilitando a participação da comunidade nas oficinas, cursos e palestras. O projeto segue pela semana, desde a segunda feira, dia 9 até a sexta, dia 13, com roda de bordado, teatro e mediação cultural e pedagógica; diálogos entre artes visuais e educação ambiental. Com todas as atividades na Escola Tavares Bastos, que fica na mesma praça. As ações previstas para integrarem o projeto Ocupe a Praça, vão prosseguir até o mês de Outubro em diversas praças nos bairros de Jaraguá, Ponta Grossa, Bom Parto, Jacintinho, Benedito Bentes, Clima Bom e Riacho Doce. Das 91 propostas inscritas na chamada pública para participação dos grupos culturais, 42 foram escolhidas pela comissão julgadora do projeto para se apresentarem nas comunidades. O projeto é uma realização da Fundação Municipal de Ação Cultural, da Prefeitura de Maceió, em parceria com o Ministério da Cultura.

Projeto quer regular internetUm projeto de lei apresentado esta semana na Câmara Federal pelo deputado Marx Bel-trão (PMDB-AL) estabelece o ressarcimento ao usuário da internet, caso o serviço da operadora for interrompido ou estiver abaixo da velocidade contratada. O projeto altera o Marco Civil da Internet, e pretende obrigar as operadoras a conceder descontos na conta. O objetivo do deputado é ampliar as garantias de acesso á rede e prevê a devolução dos valores em dobro, na hipótese do serviço ser suspenso ou não alcançar 60% da velocida-

de estabelecida em contrato. As empresas também sofreriam sanções pelos serviços de má qualidade.

Projeto quer regular internet 2A proposta apresentada pelo parlamentar alagoano vem atender aos anseios da população em um momento em que se discute a limitação da franquia de dados anunciada por algumas operadoras. O projeto, segundo Marx Beltrão vem para regular a situação e estabelecer o apoio aos internautas, contra a ação das empresas. Segundo ainda Beltrão, “o crescimento do país depende dos recursos digitais e tecnológicos. A am-pliação da internet, irrestrita e ilimitada, aponta para o desenvolvimento nacional. A civilização avança em rede. Esse é um movimento global e uma experiência coletiva que não pode ser freada” afirmou o deputado.

Violência contra comunicadoresNo ano de 2015 aconteceram 35 violações contra a liberdade de expres-são de comunicadores brasileiros, segundo estudo realizado pela ONG Artigo 19. Foram identificados assassinatos, tentativas de homicídio, ameaças contra jornalistas, radialistas e blogueiros em decorrência do exercício profissional. A organização já contabiliza 121 comunicadores vitimas de algum tipo de violência entre 2012 e 2015. Foram seis os comunicadores mortos no ano passado, em função à sua atividade. Em três dos casos, o homicídio tem a ver com denúncias feitas contra políticos, governo local ou crime organizado. Em dois casos as mortes aconteceram por investigações conduzidas por jornalistas e em um caso o motivo foi a opinião da vitima sobre poderosos da região em que trabalhava.

Violência contra comunicadores 2Foram contabilizados, segundo o estudo, sete casos de tentativa de assassinato. Três atentados contra jornalistas, dois contra blogueiros, um contra um fotógrafo e contra um proprietário de jornal. Denúncias e criticas contra políticos ou administração local foram os motivos de cinco destas ocorrências. A ONG chama a atenção em seu relatório para a repetição dos padrões de violência contra comunicadores ao longo dos anos. “Os crimes ocorrem do mesmo modus operandi, com as mesmas motivações dos anos anteriores e levados a cabo pelo mesmo perfil de mandantes. Os agentes do Estado mais uma vez figuram entre os prin-cipais violadores, reprimindo comunicadores que denunciam a gestão pública”.

A Embrapa em AlagoasFinalmente a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, vai se instalar em Alagoas, um dos poucos estados da Federação que não tinha uma unidade. Uma das empresas de ponta da agricultura bra-sileira, responsável pelo avanço da pesquisa e do aumento da produção agrícola no país, a Embrapa Alagoas foi criada por decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff, pela Ministra da Agricultura, Kátia Abreu (que havia se comprometido com o ato) e pelo presidente nacional da empresa, Maurício Lopes. O governador Renan Filho, presente ao ato solene, salientou a importância da criação da unidade é assegurou que era a concretização de um antigo sonho dos alagoanos.

A Embrapa em Alagoas 2A unidade da Embrapa em Alagoas vai funcionar inicialmente no Cam-pus da Universidade Federal de Alagoas em Maceió. Ela foi batizada de Embrapa Sabores, Aromas e Alimentos Funcionais. O governador Re-nan Filho salientou o auxílio que a nova unidade dará para a agricultura alagoana e também para o turismo, pilares fundamentais da economia do estado. “Vamos aumentar o intercâmbio e dar mais competitividade à produção da agricultura familiar, ao setor sucroalcooleiro, à produção de leite, além de criar condições para produzir muito em torno do Canal do Sertão através da pesquisa e da inovação” disse o governador.

• O maior diamante bruto do mundo, com valor estimado em mais de US$ 70 milhões, será leiloado no final de Junho em Londres, segundo anunciou a casa de leilões Sotheby’s.

• A pedra, batizada “Lesedi La Rona” foi encontrada há nove meses em Botsuana pela empresa de mineração Lucara.

• O diamante tem 1.109 quilates e é o maior descoberto em mais de 100 anos, segundo declarou o responsável pelo departamento de joa-lheria da Sotheby’s.

• A pedra tem o tamanho de uma bola de tênis, e esta em exposição em Nova York até este Domingo e a partir desta semana será enviada para Europa, passando pela Bélgica (Antuérpia) para ser apresentado pela Sotheby’s em Londres de 18 a 28 de Junho.

• O maior diamante bruto que se tem noticia no mundo, é o lendário “Cullinan” de 3.016,75 quilates, descoberto em 1905 na Africa do Sul. Ele foi transformado em nove diamantes para as joias da Coroa Britâni-ca.

• No mesmo dia da descoberta do “Lesedi La Rona”, foi encontrado outro diamante de 830 quilates, também em Botsuana, que agora é considerado o terceiro maior do mundo.

BARTOLOMEU DRESCH [email protected]

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016POLÍTICA4 TRIBUNAINDEPENDENTE

LUCIANA MARTINSREPÓRTER

A possível chegada de Michel de Te-mer à presidência

da República começa a passar uma sensação de segurança para parte da bancada federal alagoana. Parlamentares consultados pela reportagem da Tribu-na Independente avaliam o cenário que se aproxima com o eventual afastamento da presidente Dilma após o processo de impeachment ter superado seu trâmite na Câmara Federal e em cur-so, atualmente, no Senado.

O deputado federal Cí-

cero Almeida (PMDB) disse que não há como avaliar um governo que sequer come-çou, no entanto, ele espera que o Michel Temer possa fazer um governo melhor para o país.

“A minha expectativa não é política e sim como cidadão brasileiro. Quero o melhor para o meu Estado, para minha capital. Tomara que ele venha com ideias no-vas e atos diferentes desse governo que ele participou”, pontuou.

Almeida não se furtou de comentar o afastamento de Cunha e disse que a avalia-ção dele foi feita pela justiça, assim como a da presidente

Dilma pelo país e pelos 367 deputados.

No entendimento do par-lamentar, o novo grupo po-lítico – do vice-presidente Michel Temer- se sente ali-viado com essa decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e agora, se ele assu-mir a presidência terá que ter um bom relacionamento com a Câmara dos Deputa-dos.

“Até que ponto o vice-pre-sidente vai ter força política ou competência para dirigir a Casa, preparado ou não, para enfrentar hoje o que o Cunha enfrentou, deixa-se uma interrogação”, anali-sou.

Segundo o deputado fe-deral uma nova crise pode acontecer na Câmara por-que o novo presidente que assume a presidência da Câ-mara dos Deputados tam-bém é citado em alguns pro-cessos da Lava Jato, o que não será fácil para o Temer, caso ele venha assumir a presidência.

“A gente ainda está com meio de campo embolado tratando-se da Casa. O cli-ma continua tenso’, lamen-tou. O que ele espera na condição de deputado é que a partir de agora a Câma-ra dos Deputados funcione, votando os projetos que são melhores para o país.

DIVULGAÇÃO

Cícero Almeida e Marx Beltrão acreditam que o país podem viver um novo momento econômico

CÂAMARA

Vilela diz que Temer terá grande apoio

Pedro Vilela (PSDB) também é um entusiasta do novo governo já que a gover-nabilidade será melhor que a da presidente Dilma. “Se realmente ele assumir en-contrará uma situação mais confortável, até porque aqui em Brasília estima-se que a base parlamentar de saída dele dentro da Câmara dos Deputados seja de 360 a 367 votos, o que é uma base mui-to ampla e um quórum para aprovar qualquer tipo de medida na Casa”, apontuou.

No entendimento do de-putado isso também pode ser ruim, já que o novo presi-dente terá que adiministrar cerca de 30 partidos. “Não é fácil, cada um tem interes-ses diferentes e aí, ele terá que ter essa sensibilidade política para construir as maiorias necessárias para as votações que virão, so-bretudo as reformas que ele tem sinalizado que vai rea-lizar”, analisou.

Vilela diz que o governo de Michel Temer tem que ser encarado como um go-verno de salvação nacional.

O deputado federal Marx Beltrão (PMDB) que tam-bém é do mesmo partido do vice-presidente, acredita que o novo governo pode ser uma recuperação economica. “Tenho esperança de melho-ra, infelizmente o país sem estava sem rumo”, pontuou.

Para ele, se o Temer as-sumir a presidência não terá muita diferença para suas atividades parlamentares. “Eu sou daqueles que penso que não preciso esperar por ninguém para trabalhar. Então, independentemente de quem esteja no governo, eu continuarei fazendo o meu trabalho da mesma for-ma”, garantiu. (L.M)

ARTICULAÇÃO

Paulão crê em reviravolta no Senado após afastamento de Cunha

Na contramão do enten-dimento de Marx e Vilela, o deputado federal Paulão (PT) deixa claro que en-quanto não houver saída, não se pode opinar sobre um governo que nem aconteceu. “Não farei pronunciamento sobre o governo Temer por-que não houve a sua efetivi-dade”, pontuou.

Para ele, a saída de Cunha da presidência da Câmara pode alterar a vo-tação do Senado, ainda que a correlação de força seja desigual. “O afastamento desestabiliza a oposição, principalmente o PSDB e o Democratas. A justiça che-gou tardia, era para que esse afastamento tivesse sido

aprovado em outro momen-to já que o Eduardo Cunha (PMDB) é réu no processo da Lava Jato”, analisou.

Paulão diz que o Brasil sofreu um ‘estupro político’ porque a todo tempo estava sendo comandado por um político réu chamado Eduar-do Cunha, que nunca acredi-tou no Brasil. “Ele depositou seu dinheiro no exterior, a presidente Dilma nunca foi indiciada, todos os outros governos já fizeram pedala-da fiscal e isso não é motivo para colocar em xeque a per-da de um mandato popular”, defendeu.

O deputado da base go-vernista lembrou que o vice--presidente Michel Temer

cometeu o mesmo erro e questiona como será o tra-tamento. “Os Senadores são mais experientes, e não acredito que eles deixarão acontecer o mesmo que hou-ve na Câmara dos Deputa-dos”, acredita Paulão.

Ainda sobre Eduardo Cunha, ele afirma que o pre-sidente afastado da Câmara paralisou o Brasil. “Sei que irão alegar que o novo pre-sidente também faz parte da Operação Lava Jato, mas ele foi apenas indiciado e não tem nenhuma denúncia no Ministério Público con-tra ele. Isso mostra que ele tem condições de conduzir o trabalho no Legislativo”, ga-rantiu o deputado. (L.M)

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MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016 POLÍTICA 5 TRIBUNAINDEPENDENTE

DIVULGAÇÃO

Eduardo Cunha pode ter seu mandato cassado no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados

O inferno de Eduardo Cunha pode estar apenas no começo.

Um dos efeitos colaterais da decisão do Supremo Tribu-nal Federal pode ser a ace-leração do processo contra ele na própria Câmara, que corre tão a passos lentos no Conselho de Ética que já se tornou o mais longo da his-tória contra um parlamen-tar. Caso seja condenado por seus pares, ele pode perder de vez o mandato e ver seu foro privilegiado desapare-cer, tornando-se passível de prisão por envolvimento no escândalo da Lava Jato.

A manobra contra ele na Casa pode ser de interesse até dos membros de seu pró-prio partido. Como apenas o Conselho de Ética pode tirar o cargo de um deputado, se-gundo as regras da Casa, a presidência da Câmara ain-da não é considerada vaga e, por isso, não há a possi-bilidade de que se realizem novas eleições para o cargo, segundo o regimento. Neste limbo de poder, Waldir Ma-ranhão (PP-MA), até então primeiro vice-presidente da Casa, assume a função, o que pode representar um incômodo para o vice-pre-sidente, Michel Temer, que assumirá a presidência da República caso o Senado re-ferende o impeachment de Dilma Rousseff.

O parlamentar sempre foi visto como um dos asse-clas de Cunha na Casa, mas, às vésperas da votação do impeachment da presidenta, ele decidiu se rebelar. Após se encontrar com o gover-nador de seu Estado, Flavio Dino (PCdoB), aliado do Go-verno, preferiu votar contra a saída da presidenta.

Por isso, não se sabe como ele se comportaria em rela-ção a um eventual Governo Temer. Como presidente da Câmara, teria o poder de de-cidir quais os projetos serão votados pela Casa e, até, po-deria abrir um eventual pro-cesso de impeachment con-tra Temer, como quer o PT.

Processo contra Cunha deve acelerarDecisão do Supremo Tribunal Federal em afastar Eduardo Cunha beneficia os trabalhos no Conselho de Ética

Geddel e Padilha atrapalham Plano TemerPresidente que assume na próxima quinta-feira, Michel Temer

(PMDB) está furioso com os dois principais colaboradores do staff pré-Governo. É que Geddel Lima e Eliseu Padilha,

futuros ministros, prometeram a partidos aliados mais cargos e pastas do que o presidente pode entregar. Deu no que deu: Temer, que mantém palavra e protege a dupla insubordinada, não conseguirá reduzir os ministérios para 20 como desejava.

Dieta forçadaO ex-senador Gim Argello, preso na Lava Jato, perdeu oito quilos na carceragem em Curitiba.

Tucanos no campo..Temer vai deixar com o PSDB o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Os tucanos tocarão o milionário programa de desapro-priação de fazendas.

..com Bico polidoO futuro presidente quer ministro com perfil conciliador para a re-forma agrária, que dialogue com alas menos radicais de movimen-tos ligados à Agricultura Familiar.

Bem na foto Começou com Cabral em 1500, que deu espelhinho para o índio e fundou a pátria dos narcisos. O senador Vicentinho Alves (PR-TO) mandou confeccionar terno. Vaidoso, e devoto da família, como repete, quer aparecer bem na foto. Primeiro-secretário, é ele quem vai entregar a notificação do impeachment a Dilma Rousseff na quinta.

Salto em distância Emissários do vice-presidente foram acionados para tentar abafar notícias sobre fusões de ministérios. Embora tente manter sob sigilo, Temer quer a pasta do Turismo vinculada à do Esporte. Mas para depois da Olimpíada.

Preço da criseO industrial Jorge Gerdau tem se sentido envergonhado em reuni-ões no exterior com colegas investidores. Europeus e americanos acham surreal o cenário político-policial-econômico no Brasil. Dizem que a classe empresarial aqui não faz nada.

#temjeitoMas Gerdau fez sua parte. Criou e banca o movimento Brasil Competitivo, network de empreendedores que debate rumos para o País.

Fogo no celeiroDepois da veemente defesa da presidente Dilma na comissão do impeachment, a ainda ministra Kátia Abreu (Agricultura) selou a ruptura com a cúpula da Confederação da Agricultura, onde fez o sucessor.

Ex é F!“Foi um depoimento completamente fora do tom do que pensa o setor que ela representa”, avalia um dos vice-presidentes da entidade, ex-aliado.

Compensação O PSD se rebelou ao perder o Ministério das Cidades para o PSDB. A pasta tem o orçamento mais graúdo da Esplanada e era cobiçada pelo ex-titular Gilberto Kassab. O cotado para ministro é o deputado Bruno Araújo (PE). Sim, o do voto 342 contra Dilma.

Antena desligada O vice-presidente Michel Temer prometeu o Ministério das Comu-nicações ao PSD, mas ainda há resistência e alguns deputados do partido cogitam fazer oposição ao eventual novo Governo.

Ex-palacianoLíder do DEM, o deputado Pauderney Avelino (AM) tem reclamado por ser preterido na reforma ministerial de Temer. Pelo “empenho na aprovação do impeachment”, afirma aos mais próximos que mereceria uma cadeira no Palácio do Planalto.

Ponto FinalNa política, todos querem um lugar ao céu, e se esquecem que deixam uma fresta aberta para o inferno.

ESPLANADALEANDRO MAZZINI - [email protected]

Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordestewww.colunaesplanada.com.brcontato@colunaesplanada.com.brTwitter @leandromazzini

Page 6: Edição número 2638 - 8 de maio de 2016

Opinião

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jornalistas e gráficos do Estado de Alagoas

RENAN CALHEIROS

INOCÊNCIO NÓBREGA

FREI BETTO

Presidente do Congresso Nacional

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Escritor e assessor de movimentos sociais

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016OPINIAO6 TRIBUNAINDEPENDENTE

Presente mais baratoA maioria das mães brasileiras

devem esperar presentes mais simples e mais baratos dos filhos

neste domingo segundo a Sondagem do Consumidor, especial Dia das Mães, na sexta-feira pela Fundação Getulio Var-gas (FGV). O levantamento aponta que, por causa do pessimismo em relação à si-tuação financeira das famílias, o consu-mo na data comemorativa este ano será o menor desde o início da série histórica, em 2007.

Em 2015, 39% dos consumidores pre-tendiam gastar menos que ano anterior. A proporção subiu 13 pontos percentuais e este ano, 52% dos filhos pretendem investir menos no presente. Apenas 3% querem gastar mais que no ano passado, metade do percentual de 2015 e o menor índice desde 2007.

A cautela do consumidor em relação às compras é observada em todos os ní-veis de renda, de acordo com a pesquisa. As famílias com renda familiar até R$

2,1 mil apresentaram os números mais conservadores: 64,5% dos consumidores nessa faixa pretendem gastar menos este ano com os presentes. Em 2015, eram 46,7%. O valor médio do presente para o Dia das Mães em 2016 será de R$ 56, o que representa uma queda real de 17,2% em relação ao valor médio de 2015, e de 21,5% em relação à média dos três anos anteriores, segundo a FGV.

Em 2016, a faixa de renda familiar de mais de R$ 9,6 mil mensais foi a que mais contribuiu para a redução do preço médio de presentes, com variação nega-tiva de 29% em relação a 2015, ao passar de R$87 para R$62,3.

Os itens de vestuário continuam a li-derar a preferência dos consumidores para a ocasião. Entre os presentes mais citados, houve aumento expressivo da frequência de menções a flores e perfu-mes, que, juntos, representam 20,5% da preferência dos consumidores para pre-sentear as mães este ano.

Decisivo nesse momento grave da Nação, o Senado Fe-deral completou 190 anos no último 6 de maio. A chamada Câmara Alta é a instituição mais antiga do País e está no centro das atenções em face do julgamento da admissibilidade ou não do afastamento da Pre-sidente da República.

O Senado Federal reúne mu-lheres e homens públicos expe-rientes, equilibrados, respon-sáveis e conscientes do papel que a História atribuirá a cada um de seus integrantes. A de-cisão a ser tomada nos próxi-mos dias é histórica e decisiva não apenas para biografias, mas também para o Brasil.

O Senado, antes dessa res-ponsabilidade constitucional, vem se modernizando e se abrindo para a sociedade. Nos últimos anos a Casa passou por uma verdadeira revolução de costumes. Foi a única insti-tuição que se antecipou à crise e promoveu um enxugamento de seus custos sem nenhum

prejuízo das atribuições cons-titucionais de legislar e fisca-lizar.

Estamos seguindo o ideário de, anualmente, gastar menos em relação ao ano anterior. No biênio 2013/2014, de uma estimativa inicial de R$ 300 milhões, poupamos R$ 530 milhões em recursos públicos, dando qualidade ao gasto com o dinheiro dos impostos. A ra-cionalização ocorreu, reitero, sem prejuízo da atividade fim.

O mundo de hoje, assola-do por uma crise persisten-te, exige parcimônia com os recursos públicos. Dentro de um planejamento estratégi-co, racionalizamos estruturas administrativas, eliminamos redundâncias, sobreposições e cortamos privilégios.

Convém mencionar a extin-ção do hospital do Senado, com os profissionais transferidos para o sistema público de saú-de; o fim do 14º e 15º salários, a aplicação do teto salarial, a extinção de 35% das funções

comissionadas e o aumento da jornada de trabalho.

Também houve cancelamen-to e revisão de contratos, proi-bição de compras emergenciais e redução drástica do custeio, notadamente com energia elétrica, água, verbas indeni-zatórias, diárias, passagens e horas extras. Neste último quesito, saímos de um gasto anual de 63,7 milhões em 2010 para 4,9 milhões em 2014.

Os números demonstram que sempre é possível dar mais qualidade ao gasto público evi-tando desperdícios e drenos do dinheiro público. Mais do que cortar gastos, o Senado imple-mentou um programa trans-formador de transparência.

Todas as informações sobre custos, despesas, contratos, salários e convênios estão dis-poníveis no Portal da Transpa-rência, a um clique no compu-tador. Não por outro motivo, o Senado é a instituição pública número 1 em transparência. Esse é um caminho sem volta.

Pobre política dos tapinhas nas costas, das mãos ansiosas por punhais sob sorrisos ama-relos, dos potes de mágoas der-ramados no coração.

Pobre política dedicada cini-camente ao papai, à mamãe e ao filhinho, e das maledicências esgueirando-se por gabinetes, a corroer dignidades, esgarçar patrimônios morais e aspergir cizânia nos campos da decência.

Pobre política da pose ma-quiada para a foto, abraço descosturado de afetos, olhar altivo, o “papagaio-de-pirata” empoleirado sobre o alpiste da fatura de votos.

Pobre política das entrevistas repletas de palavras e vazias de sentido, dos discursos adje-tivados de promessas vãs, das recepções encharcadas de ve-nenos retóricos, das audiências purgatoriais, das homenagens alinhavadas às costas pelo pró-prio homenageado.

Pobre política que soma votos subtraindo princípios, faz con-chavos inconfessáveis e promo-ve acertos guardados no cofre de sigilos inomináveis. E das coligações órfãs de projetos, do balcão empregatício, dos pre-sentes perfumados de sedução.

Pobre política da clonagem de salários e remunerações, vantagens e voragens, garim-peira de influências e alpinis-ta luxenta de quem abomina a

própria origem.Pobre política da voz eleva-

da, rebaixando secretárias e contínuos, da máscara da auto-ridade cuspindo fel, da pessoa refém da função, do apego des-mesurado ao poder, da mendi-cância cotidiana de atenções e agrados.

Pobre política das portas trancadas à turba que pertur-ba, dos tapetes alérgicos à poei-ra das sandálias e botinas, das cerimônias que içam o ego e afo-gam o dever de bem governar.

Pobre política a sacrificar, no altar da pátria, a vida em famí-lia, o lazer, as amizades. E que impede o prazer de nada fazer, só ser.

Pobre política do corporati-vismo eleitoreiro, do repasse escuso de recursos, do partido de aluguel, do caixa dois e do silêncio dos inocentes.

Pobre política da conquista iníqua de bens sonegados aos pobres, das mesuras cínicas, das mulheres convidadas a emoldurar a sala, da atitude déspota de quem sequer cum-primenta ascensoristas, moto-ristas, porteiros e garçons.

Pobre política destituída de conteúdos históricos, atola-da na rasteira trivialidade de costuras inócuas, indiferente ao sacrifício e à luta de tantos que padeceram para imprimir à convivência entre humanos a

marca gêmea da liberdade e da justiça.

Pobre política da competição mesquinha, cega aos horizontes utópicos, enredada na burocra-cia farisaica que coa mosquitos e engole camelos, farsa pusilâ-nime que, no proscênio, esconde a tragédia de tantas esperanças fraudadas.

Pobre política dos discursos desajuizados, proferidos na ve-emência despida de ética, eco-ando rancores. E das aleivosias moldadas pela conveniência, disfarçadas de firmeza enquan-to os pés chafurdam no lodo das negociatas.

Pobre política da veneração desmesurada ao poder, do des-fibramento ideológico, da des-politização dos eleitores, da in-digência de estratégias imunes ao calendário do próximo pleito.

Pobre política da prepotência de quem ignora que cargos não alongam estaturas, nem a mo-ral, e enche o peito de virtuais medalhas concedidas pela pró-pria vaidade de quem se julga acima da média.

Pobre política insensível à dor inaudível, ao tresloucado no trampolim do desespero, ao en-dividado, ao demente, e ao que, embaixo do viaduto, aguarda a intervenção divina.

Pobre política? Podre política, enquanto não sofrer profunda reforma.

Só possível alcançar-se o gi-gante da economia estaduni-dense, com seu PIB de US$ 16,8 trilhões, mediante conjunto de países cujo crescimento tenha força de competitividade, na es-calada mundial. Nessa direção surge o Brics: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, com um PIB comparável de US$ 16 trilhões.

Cobrindo extensas áreas não contíguas, ao lado de suas di-versidades culturais, sociais e de renda, dispõe de cobiçáveis potencialidades de mercado, abundantes recursos naturais, poder estratégico e, sobretudo da espécie humana, 2,9 bilhões de habitantes, longe dos 345 milhões de norte-americanos, num relacionamento comer-cial entre si que cresceu 150%, numa representatividade glo-bal da ordem de 37%, indo além dos olhos mais otimistas.

Empresas indianas e chine-sas concorrem com a Siemens, Ericsson, IBM; o Brasil, maior exportador de café do mundo, oferece sua Embraer. Para im-pulsionar, ainda mais, seu de-senvolvimento, é criado o Banco do Brics, com uma subscrição inicial e igualitária de US$ 50 bilhões, como alternativa ao Banco Mundial e FMI. Agora, se inverte a pergunta: como en-frentar-se tal gigantismo?

Há um mês, Consórcio Inter-

nacional de Jornalistas Investi-gativos descobriu que dentre 11 milhões de documentos inves-tigados a existência de contas bancárias secretas, em vários paraísos fiscais, inclusive do Panamá, os chamados “Papeis do Panamá’, envolvendo perso-nalidades políticas e empresa-riais de 200 países, inclusive o nosso. Putin e Macri estão lis-tados.

George Soros, “personagem mais malvado do planeta” - qua-lifica um jornal mexicano - car-rega a máscara de filantrópico, porém é resguardador da CIA, mantendo conchavo com a Fun-dação Ford e USAID, sendo de-nunciado pela Wikileaks como haver financiado dito papeis.

O vice porta-voz do Departa-mento de Estado, Mark Toner, também reconheceu haver efe-tuado idêntica operação. Des-se escândalo internacional se aproveitam os EUA para torná-lo proveitoso instrumento de guerra geopropagandística, de ataques pessoais a membros e eliminação, peça por peça, do Brics.

Iniciam pela desestabilização da Rússia e consequente queda de Putin; frear o desenvolvi-mento da China, atingindo seu Chefe de Governo, Xi-Jinping; debaque do Brasil e consequen-te ruptura democrática, tudo culminando com a paralização

da Índia e da África do Sul.Gigantesca concentração

oligopólica de multimídia oci-dental, algo em torno de 1.500 periódicos, 9.000 estações de rá-dio; 1.500 TVs, controladas por apenas seis transnacionais, in-clusos conglomerados midiáti-cos brasileiros, há tempo vinha operando na montagem desse perverso esquema de desonera-ção do Brics.

Lógico, o impedimento contra a presidente Dilma Rousseff, a primeira vítima dentre esses líderes a cair, foi programático, inteligentemente instrumenta-lizado por agentes internos, a serviço dessa quadrilha basea-da no exterior, especializada no desmonte de governos democrá-ticos e progressistas.

Fácil a cooptação de inocentes inúteis, dada a genética golpis-ta do latino. Comprovada está que a imputação de crime de responsabilidade fiscal, farta-mente contestada a exaustão, é mero pretexto, uma questão logística, estudada e preparada por especialistas dessa artima-nha, com resultados já garanti-dos na América Latina.

Convenci-me, portanto, de que se procurou laçar o Brasil, nossa Chefe de Estado, na pes-soa de seu Presidente da Re-pública. Os demais, continuam sob mira desse terrorismo inter-nacional.

Senado faz história

Pobre política brasileira

O laço

INDEPENDENTE

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O tema só chega à Corte porque o Estado Brasilei-ro não realizou a justiça, mesmo depois do relatório da CIDH determinar a in-vestigação, processamento e punição dos envolvidos. O Centro pela Justiça e Direi-to Internacional (CEJIL), representante do Vladimir Herzog e da família, aguar-da a notificação da Corte Interamericana sobre o re-cebimento da demanda para apresentar a sua denúncia, que inclui a apresentação de peritos e testemunhas, argumentos jurídicos, e uma lista de políticas públicas que vai desde mudanças legislativas até reformas institucionais de órgãos de

segurança, como a altera-ção constitucional para que a tortura seja crime impres-critível.

“O fato de chegarmos a este patamar é um avanço histórico. A sentença trará novamente ao debate a rein-terpretação da Lei de Anis-tia como uma obrigação do Estado Brasileiro, deixando de estender aos torturadores que cometeram graves vio-lações na ditadura a anistia de suas responsabilidades. Nós, os familiares, espera-mos que isso encerre uma luta de 40 anos de busca pela verdade e justiça”, declara o diretor-executivo do Institu-to Vladimir Herzog e filho do jornalista, Ivo Herzog.

A tramitação do assunto é es-pecialmente emblemática, pois é inegável a importância da provável sentença da Corte no atual contexto que a sociedade brasileira vivencia, em que au-toridades de Estado vão a pú-blico enaltecer torturadores da ditadura e incitar o crime de tortura.

“Os casos que chegam à Corte Interamericana detêm impor-tância histórica e potencial para transformar o contexto em que as graves violações de Direitos Humanos ocorreram. O órgão tem a legitimidade de determi-nar mudanças estruturais nos países que aceitaram sua juris-dição, como o Brasil, e nos casos

cujos fatos e provas são incontes-táveis. Nesse sentido, esperamos que a Corte reconheça que o caso Herzog estava inserido em um contexto de crime contra a hu-manidade”, explica a diretora do CEJIL/Brasil, Beatriz Affonso.

Criado em 25 de Junho de 2009, o Instituto Vladimir Her-zog tem a missão de contribuir para a reflexão e produção de informações que garantam o di-reito à vida e o direito à justiça. Sua fundação se inspirou na tra-jetória de vida do jornalista Vla-dimir Herzog, assassinado em 1975 pela ditadura, bem como nos principais valores ligados a essa trajetória: democracia, li-berdade e justiça social.

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016 7 TRIBUNAINDEPENDENTE POLÍTICA

Corte Interamericana e o caso HerzogEntidade de direitos humanos vai exigir que Estado apure circunstância sobre a morte de jornalista

Depois de quatro dé-cadas e três tentati-vas de investigação,

o caso Vladimir Herzog chegou à Corte Interameri-cana de Direitos Humanos. A defesa do jornalista as-sassinado em 25 de ou-tubro de 1975 no DOI-Codi paulista quer que o Estado apure efetivamente o que aconteceu, identifique e, se for o caso, responsabi-lize agentes envolvidos no episódio. Mais do que isso, Ivo Herzog, filho de Vlado, espera que a repercussão internacional do caso ajude o Brasil a rever sua políti-ca de segurança pública.

“O caso Vladimir Herzog poderia ser um ponto de par-tida para um debate sério so-bre o fim das polícias milita-res. A segurança pública vem sendo tratada secularmente da mesma maneira, em que

a população é inimiga da po-lícia”, diz Ivo Herzog, diretor do instituto que leva o nome do pai. “O que aconteceu com ele, 40 anos atrás, continua acontecendo nos dias de hoje.”

Em 22 de abril, a Comissão Interamericana enviou o caso à Corte, que deverá agora no-tificar o Centro pela Justiça e Direito Internacional (Cejil) e os familiares de Herzog. Depois que isso acontecer, o Cejil terá dois meses para apresentar sua demanda, e em seguida caberá ao Estado apresentar sua defesa, O pas-so seguinte é a apresentação de peritos por ambas as par-tes. Estima-se que a sentença possa sair até o final de 2017.

Supostas investigaçõesA diretora do Centro no

Brasil, Beatriz Affonso, lem-bra que foram feitas três “supostas tentativas de in-vestigação” sobre a morte de

Vlado. A primeira, logo depois do crime, pela própria Justi-ça Militar, que concluiu pelo suicídio do jornalista, versão posteriormente desmentida após uma ação declaratória na Justiça Federal. “O caso Hergoz é absolutamente emblemático. E mais atual do que a gente gostaria que fosse.” Para Beatriz, enquan-to se mantiver certa cultura policial “dificilmente vamos ter instituições que se sintam controladas pela sociedade”.

Em 1992, o Ministério Pú-blico do Estado de São Paulo pediu abertura de inquérito com base em novas infor-mações, mas o Tribunal de Justiça decidiu pelo arqui-vamento, com base na Lei da Anistia, de 1979. Houve ainda uma tentativa do Mi-nistério Público Federal, que novamente parou, desta vez sob argumento de prescrição.

ARQUIVO/EBC

Defesa de Herzog, morto no DOI-Codi paulista, quer que o Estado apure efetivamente a morte do jornalista

RETROCESSO

Lei da Anistia para os torturadores em questão

CONTESTAÇÃO

Cejil quer incluir caso em crime contra humanidade

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DOI/CODISumiço foi durante o depoimento

O jornalista Vladimir Herzog compareceu em 24 de outubro de 1975 ao DOI/CODI de São Paulo para prestar declarações e após ter sido arbitrariamen-te detido, foi executado. A morte de Herzog foi apre-sentada à família e à socie-dade como um suicídio.

A investigação realiza-da por meio de Inquérito Militar concluiu pela ocor-rência de suicídio. Seus familiares propuseram em 1976 uma ação civil decla-ratória na Justiça Federal que desconstituiu esta ver-são. Em 1992, o Ministério Público do Estado de São Paulo requisitou a aber-tura de inquérito policial para apurar as circunstân-cias da morte de Vladimir Herzog, mas o Tribunal de Justiça considerou que a Lei de Anistia não permitia a realização das investiga-ções. Em 2008, com base em fatos novos, foi feita ou-tra tentativa para iniciar o processo penal contra os responsáveis pelas viola-ções cometidas. No entan-to, o procedimento foi nova-mente arquivado, desta vez sob o argumento de que os crimes já estariam prescri-tos.

Esgotados os recursos in-ternos em julho de 2009, o CEJIL, a FIDDH e o GTNM-SP apresentaram uma denúncia do caso para a Comissão Interamerica-na de Direitos Humanos (CIDH).

Corte condenou Brasil por não investigar Caso Araguaia

INJUSTIÇA

Justiça brasileira se nega a apurar caso, diz filho

“A Justiça brasileira se negou a investigar a morte do meu pai, e a gente teve de buscar uma instância internacional.”, fressalta Beatriz. Em julho de 2009, o Cejil, a Fundação In-teramericana de Defesa dos Direitos Humanos (FIDDH) e o Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo apresentaram de-núncia à Comissão Interameri-cana, que agora enviou o caso à Corte, onde as sentenças costu-mam ser mais céleres.

Essa mesma Corte já conde-nou o Brasil por não investigar o caso Araguaia, nos anos 1970.

Beatriz lembra que a Corte ainda não julgou especifica-mente casos de tortura. Além disso, a discussão do caso Vlado envolverá também a liberdade de expressão, que não tem nenhuma sentença no Brasil, um país com maior número de jornalistas mor-tos na América Latina.

Nesse meio tempo, o julga-mento de uma ação no Supre-mo Tribunal Federal (STF), em 2010, deu força aos defensores da Lei da Anistia. Para Ivo Her-zog, essa é a grande “pedra no sapato” para avançar na apura-ção de responsabilidades.

“O único ponto que falta é a investigação do crime, e essa investigação sempre esbarra na interpretação do STF”, afirma Ivo, que ao lado de Beatriz deu entrevista na quinta-feira (5) exatamente no Espaço Vladimir Herzog do Sindicato dos Jorna-listas de São Paulo.

ELZA FIÚZA/

Beatriz Afonso: “O único ponto que falta é a investigação do crime”Ali fica um quadro com a ima-

gem de Vlado.Mesmo assim, ele acredita

que está se formando no país “um ambiente político-jurídico” favorável à interpretação de que anistia não se aplica a ca-sos que envolvem crimes contra a humanidade, como a tortu-

ra. “É um processo longo, e de muita paciência”, diz Ivo. Ele lembra ainda que uma das re-comendações da Comissão Na-cional da Verdade foi no sentido de revisar a posição do Supre-mo quanto à Lei da Anistia. “A composição do próprio STF mu-dou bastante.”

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8 TRIBUNAINDEPENDENTEPUBLICIDADE MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016

Page 9: Edição número 2638 - 8 de maio de 2016

Dia das Mães: segundo domingo de maio foi oficializado por decreto de Getúlio VargasNo Brasil, o Dia das mães é comemorado sempre no segundo domingo de maio, de acordo com decreto assinado em 1932 pelo presidente Getúlio Vargas. É uma data especial, pois as mães recebem presentes e lembran-ças de seus filhos. Já se tornou uma tradição esta data comemorativa. Cada país tem seu dia específico para celebrar as mães. Em Portugal, a data chegou a ser celebrada em 8 de dezembro, mas hoje é no 1º domingo de maio, em homenagem à Virgem Maria. A data é uma homenagem a to-das as mães e serve para reforçar e demonstrar o amor dos filhos por elas.

CidadesMACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016 CIDADES 9 TRIBUNAINDEPENDENTE

Mães de destaque, filhos orgulhososMulheres reconhecidas em sua área de atuação também provocam admiração pela dedicação no ambiente familiarANA PAULA OMENAREPÓRTER

Dia das Mães, uma data comemorativa em que se homenageia a ma-

ternidade. Em alguns países como o Brasil é comemorado no segundo domingo do mês de maio e, para marcar o dia, o jornal Tribuna Indepen-dente ouviu filhos de mulhe-res públicas que demonstra-ram nos depoimentos muito amor e orgulho pela mãe que tem.

Uma das escolhidas pelo periódico foi a atual secretá-ria de Educação Municipal de Maceió e ex-reitora da Universidade Federal de Ala-goas, Ana Dayse Dórea, mãe de três filhos; o sentimento deles se resumiu ao falar da mãe em exemplo, espelho, vigor, dedicação e satisfação. Ana Amélia Dórea diz que fa-

lar da mãe é fácil e ao mesmo tempo difícil, ela destacou a dedicação que Ana Dayse sempre teve com a casa e com os filhos.

“Fico realmente impres-sionada e só comecei a perce-ber quando fui mãe, o quan-to é complicado e ela nunca esteve ausente apesar da agenda lotada de compromis-sos, mesmo que ela estivesse viajando dava um jeito de ter contato com a gente. Digo que nunca senti a ausência de mi-nha mãe porque ela sempre conseguiu conciliar, mesmo diante da pilha de trabalhos sempre fez tudo com muito amor”, frisou. “E essa aten-ção e preocupação com os fi-lhos hoje se estende também aos netos”, acrescentou.

Victor Dórea, o caçula, en-fatizou que não somente os filhos, mas todos da família sem espelham na mãe. “Ela

perguntava se a gente que-ria que ela parasse e, certo dia, disse que seria muito egoísmo dos filhos impedir que ela desenvolvesse todo o potencial que sempre teve. A minha meta é ser pelo menos 1% do que ela é, se conseguir serei uma pessoa maravilho-sa”, afirmou.

Gonçalo Dórea ressaltou a vitalidade e dedicação de Ana Dayse na vida profissio-nal. “Ela é uma máquina, um trator de trabalho, admiro minha mãe pela vitalidade e força de acordar todas as manhãs disposta a enfrentar desafios. Me impressiona o dom que ela tem de fazer com que aquelas pessoas que não gostam de trabalhar exerçam seu papel e ganhem satisfa-ção com o que fazem. Ela foi e é um exemplo não só para os filhos, mas para muitos”, declarou. Gonçalo Dórea: “Admiro minha mãe pela vitalidade e força de acordar todas as manhãs disposta a enfrentar desafios”

PREFEITA DE ARAPIRACA

Minha mãe é uma mistura de emoções, afirma Daniel RochaDAVI SALSAREPÓRTER

“Ser filho de Célia Rocha é uma mistura de emoções. Aprendi a ter uma mãe for-te, extremamente amorosa e disponível para toda uma população.”

A afirmação é de Daniel Rocha, o filho primogênito da primeira mulher eleita prefeita de Arapiraca.

Vereador mais votado da história do município, com 5.126 votos, no ano de 2004, e formado em Administra-ção Pública pela Faculdade de Alagoas (FAL), Daniel Rocha não quis disputar a reeleição em 2008 para acompanhar mais de perto

a mãe.Ele conta que começou

sua vida pública, em 2005, na primeira gestão do então prefeito Luciano Barbosa, assumindo a Secretaria de Esportes, Lazer e Juven-tude, onde desenvolveu, ao lado de sua equipe, uma série de ações de apoio aos jovens e ao desporto da ci-dade.

Defensor da causa dos deficientes físicos, Daniel Rocha foi nomeado pela mãe para assumir a Secretaria de Assistência Social, no primeiro mandato de Célia Rocha, depois do retorno dela da Câmara Federal para ser novamente eleita prefeita de Arapiraca, no

ano de 2012.“Às vezes, pareceu difí-

cil entender esse mundo da política, pela imaturidade da infância, e compreender suas ausências, mas hoje percebi o quanto eu e mi-nhas irmãs ganhamos com isso. Somos irmãos de um grande número de pessoas que vêm Célia Rocha como mãe e dividem esse mesmo carinho conosco, nos cobrin-do de amor e um carinho in-críveis. Daí todo o ciúme que poderíamos ter tido se rever-teu em gratidão. Agradeço demais a mãe que tenho e o grande ser humano e pessoa correta que ela é. Exemplo para todos nós”, acrescenta Daniel Rocha.

ACERVO PESSOAL

SANDRO LIMA

SANDRO LIMA

Delegada Maria Aparecida (2ª da esq. para dir.) com o filhos e netos

Hygo do Vale com a mãe, a coronel da PM Fátima Basílio

FÁTIMA BASÍLIO

Caçula de coronel da PM diz que já teve vontade de ser policial

DELEGADA MARIA APARECIDA

Para Maurício Henrique, ausência nunca foi sinônimo de abandonoOutra figura conhecida

pelo público alagoano é a delegada Maria Aparecida Corsato, atuante na área policial, e responsável por inúmeras prisões e opera-ções no Estado, um de seus filhos também falou para a Tribuna Independente e destacou o compromisso e a seriedade dela como um dos maiores orgulhos de sua vida.

Maurício Henrique Araújo, de 20 anos, abriu

o coração ao falar da mãe guerreira e batalhadora, ele se lembrou das passagens dela pelos setores da Polícia Civil até chegar a ser uma autoridade policial.

Para ele ausência nunca foi sinônimo de abandono até porque a delegada sem-pre dava um jeitinho de se fazer presente quando ele a irmã Valéria Araújo precisavam. “Somos teste-munhas da luta dela que não foi pouca, serve de

inspiração para os filhos, familiares e mulheres. Ela me ensinou a respeitar as mulheres pelo cargo que exerce. Ela mostrou que mulher tem garra, força, coragem, determinação. Ela não desiste fácil não. Era para estar aposenta-da, mas recusou. Entrou com um mandado de segu-rança e segue na ativa. Só tenho a agradecer e bater palmas para ela”, declarou. (A.P.O.)

Outra mãe escolhida foi uma mulher que está na li-nha de frente ostensiva da Polícia Militar (PM). Com 24 anos de experiência, a coronel Fátima Basílio do Vale, não conteve a emoção durante a entrevista com o seu filho mais novo, Hygo do Vale.

“Falar da minha mãe é emocionante, estou aqui re-presentando meus dois ir-mãos também, vejo a minha mãe como um orgulho não só para a gente, mas para toda a sociedade, já tive vontade de ser policial, mas desis-

ti por ser uma profissão de risco. E justamente por isso que a admiro. Não é todo mundo que é capaz de enca-rar os criminosos e esse fato me orgulha muito”, disse Hygo.

Sem deixar conter a emo-ção, a coronel Fátima apro-veitou a oportunidade para agradecer a lealdade de sua mãe. “Foi ela que acompa-nhou o crescimento dos meus três filhos enquanto eu traba-lhava. Deixei de cuidar deles para cuidar dos de fora, mas nunca deixei de monitorar os de casa. Lembro que fui até o

oitavo mês de gestação sem-pre na labuta”, revelou.

Hygo comentou da inde-pendência que obteve em razão da mãe trabalhar. “Muitas vezes ficava va-gando pelos cantos da casa atrás deles [se referindo também ao pai que é oficial da PM]. Disfarçava brincan-do com um e com outro. Mas a ausência falava mais alto, principalmente quando era plantão deles. Mas nunca fui egoísta ao ponto de pedir que abandonassem o trabalho por causa da gente”, obser-vou. (A.P.O.)

Prefeita da capital do Agreste, Célia Rocha, com a família reunida

ACERVO PESSOAL

Nunca fui egoísta ao ponto de pedir que ela abandonasse otrabalho por causa da gente”

HYGO DO VALEFILHO DE FÁTIMA BASÍLIO

“Ela me ensinou a respei-tar as mulheres pelo cargo que exerce. Ela mostrou que mulher tem garra, for-ça, coragem, determinação. Ela não desiste fácil não”

MAURÍCIO HENRIQUEFILHO DA DELEGADA MARIA APARECIDA

“Aprendi a ter uma mãe forte, extremamente amo-rosa e disponível para toda uma população”DANIEL ROCHAFILHO DE CÉLIA ROCHA, PRE-FEITA DE ARAPIRACA

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MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016 CIDADES 11MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

ENGENHEIRA

“Tudo aqui é feito para garantir a preservação do meio ambiente”

QUESTÃO POLÍTICA

MPF e setor imobiliário influenciaram na construção do aterro

Inaugurado em 2010, o aterro sanitário possui uma área de 104 hectares – o que equivale a 30 campos de fute-bol – e sua previsão de opera-ção é de 20 anos. Com quatro células que possuem 50 me-tros da base ao topo com dife-rentes níveis, o lixo que é de-positado lá é separado para receber o devido tratamento. Somente a primeira célula, até o momento, está em uso.

E são nas células de 50 metros de profundidade que o resíduo doméstico é des-pejado. Tratores compactam o lixo e, na medida em que cada nível é completado, ter-ra impermeabilizada e joga-da por cima e depois se cobre com terra comum.

“Daí inicia-se o depósito de mais lixo. Temos tubulações para queimar o gás metano que os resíduos provocam acompanham a elevação do preenchimento, assim como há tubulações para trans-portar o chorume até uma estação de tratamento e de lá para o emissário subma-rino. Tudo aqui é feito para garantir a preservação do meio ambiente”, explica Liz Araújo, engenheira ambien-tal responsável pelo aterro sanitário.

Os resíduos provenien-tes das construções seguem para outro setor do aterro. Lá tudo é triturado e pode ser reaproveitado em novas obras. A madeira das podas realizadas em Maceió pos-sui seu setor específico e vão para a compostagem ou para reaproveitamento, sendo utilizadas em artesanato ou para a confecção de carteiras

escolares.“Nada aqui se perde, ape-

nas, no momento o gás me-tano que queimamos. Mas já estamos com um estudo para utilizá-lo como fonte de energia. Quando tudo estiver pronto, o aterro será susten-tável em energia também”, comenta Liz.

Outra diferença para o li-xão, é que no aterro sanitário ninguém tem acesso aos re-síduos para fazer coleta. Em cumprimento à Politica Na-cional de Resíduos Sólidos, os antigos catadores se orga-nizaram em cooperativa e o que pode ser reaproveitado é passado para eles. A presen-ça de aves no local também é controlada e o único tipo de resíduo que o aterro sanitá-rio não recebe é o lixo hospi-talar.

FISCALIZAÇÃOAlém do rigoroso processo

de seleção e tratamento dos resíduos sólidos coletados em Maceió, o aterro sanitário passa por fiscalizações cons-tantes. Tanto a própria Slum – uma vez que o aterro é fru-to de parceria com a iniciati-va privada – quanto o Minis-tério Público Federal (MPF), Ministério do Meio Ambiente e pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Re-cursos Hídricos (Semarh).

“Os cuidados para que tudo seja realizado dentro das normas da Associação Brasileira de Normas Técni-cas. Estamos aqui todos os dias para garantir que isso e sempre buscando formas de aperfeiçoamento”, diz Val-mir Washington, engenheiro agrônomo da Slum. (C.A.)

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituí-da em 2010 deveria estar em pleno vigor em 2014, mas devido a não implan-tação pelos municípios brasileiros, o prazo foi prorrogado até 2018.

Contudo, diversas locali-dades do mundo já aban-donaram os antigos lixões há muito tempo. Nem to-das, é verdade, utilizam os aterros sanitários como alternativa, pois eles de-pendem de grandes áreas planas de terra. Um dos métodos utilizados em ci-dades europeias é a incine-ração.

Mesmo relativamente nova, a norma que deter-mina o abando do uso de lixões no Brasil, novas práticas já eram conheci-das. Para Darci Ribeiro, dois foram os motivos para que o aterro sanitário em Maceió fosse construído no

mesmo ano da aprovação do Plano Nacional: deter-minação do MPF e interes-se do mercado imobiliário.

“O antigo lixão ficava em Jacarecica e o mercado imobiliário está queren-do expandir para o litoral norte da cidade. Não fosse a atuação do MPF, aliada ao interesse financeiro que atua junto ao interesse po-lítico, provavelmente não teríamos o aterro hoje”, afirma Darci.

Atualmente, Alagoas possui dois aterros sanitá-rios, além do de Maceió: um em Olho D’Água das Flo-res, construído por meio de consórcio, mas que nunca entrou em funcionamento e a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) do Pi-lar, que é privada. Ambos buscam atender diversos municípios localizados no entorno de onde se encon-tram. (C.A.)

Lugar de lixo é no Os antigos lixões degradam o solo e os lençóis freáticos, agredindo fortemente o meio ambiente

CARLOS AMARALREPÓRTER

SANDRO LIMAREPÓRTER FOTOGRÁFICO

Em seu dia a dia a maioria das pessoas não se dá conta da quantidade de lixo que

geram. São tantos os momentos em que se acumulam restos de produtos, orgânicos ou não, despe-jados nas lixeiras e recolhidas por caminhões e depois despejadas em locais geralmente afastados dos perímetros urbanos. O correto, se-gundo a Política Nacional de Resí-duos Sólidos, criada através da Lei 12.035/2010, é que esse lixo acu-mulado vá para aterros sanitários. Porém, essa não é uma realidade na maioria das cidades brasileiras.

Em uma cidade como Maceió, com cerca de um milhão de ha-bitantes, recolhe 1,5 tonelada de lixo por dia. Toda essa quantidade precisa ir para um local onde não provoque danos ao meio ambiente, mas as operações do aterro sanitá-rio do município foram iniciadas.

Muito mais custoso e complexo do que os antigos lixões, o aterro sanitário garante o devido trata-mento ao lixo produzido numa lo-calidade. Ao contrário do método mais antigo, onde apenas se reser-vava um local e todo o lixo recolhi-do era despejado ali, no aterro o tratamento do material vai do solo do local ao gás que os resíduos só-lidos produzem, passando pelo tra-tamento do chorume – líquido que sai do lixo e que contamina o solo e os lençóis freáticos.

A reportagem da Tribuna In-dependente visitou o lixão da ci-dade de Rio Largo, localizada na região metropolitana, e o aterro sanitário de Maceió. A diferença entre eles é gritante.

No lixão, o acúmulo de urubus, mau cheiro e de pessoas que ten-tam sobreviver da coleta do que julgam ainda estar apto para con-sumo é a tônica do local. O chão não parece ser firme, mas saído de filme de ficção cientifica por que a sensação que se tem é de estar pi-sando em algo gelatinoso.

“Escondido” mata adentro cer-ca de 10 km da BR-101, o lixão de Rio Largo começa a dar sinais de sua presença ainda no trajeto de barro que precisa ser percorri-do para chegar até ele. São restos de lixo na margem da via e o mau cheiro fica mais forte assim como a presença dos urubus.

O cenário, para quem não está acostumado, parece ser de um fil-me pós-apocalíptico. Tudo amon-toado com pessoas e urubus – e alguns gatos e cães – disputando os restos ali jogados. Infelizmente, nenhuma das pessoas que cata-vam lixo quis dar entrevista para a reportagem, assim como alguns funcionários da Prefeitura de Rio Largo que ali estavam.

Já no aterro sanitário de Ma-ceió a situação é completamente diferente. Até mesmo cheiro que o lixo provoca não é sentido na mesma intensidade. E nem de lon-ge há a sensação de se pisar em algo gelatinoso. Até o verde das plantas contrastam com o lixo que ali chega. O cenário mais parece um grande canteiro de obras e é, segundo o coordenador de Trata-mento e Destino Final da Superin-tendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), Darci Ribeiro.

“Aqui, todos os dias, são utiliza-das técnicas de engenharia. Abri-mos ruas, construímos tubulações, cavamos as células para o lixo ser depositado e tratamos o solo com impermeabilizantes”, explica Dar-ci.

Lixão de Rio Largo: mau cheiro, urubus e o chão “gelatinoso” compõem o cenário de degradação ambiental

No lixão no município de Rio Largo, pessoas disputam espaço e restos com urubus

Chorume é extraído por tubulações dos resíduos sólidos e segue até a estação de tratamento

No aterro sanitário da capital alagoana não há aves nem pessoas que buscam restos para sobreviver

Aterro sanitário é o oposto dos antigos lixões, pois os resíduos sólidos são separados por tipo e o cuidado com o meio ambiente é uma constante

Darci Ribeiro, Valmir Washington e Liz Araújo explicam as diferenças e as vantagens do aterro sanitárioSegunda célula do aterro sanitário espera preenchimento da primeira para começar a ser usada

AQUI, TODOS OS DIAS, SÃO UTILIZADAS TÉCNICAS DE EN-

GENHARIA. ABRIMOS RUAS, CONSTRUÍMOS TUBULAÇÕES,

CAVAMOS AS CÉLULAS PARA O LIXO SER DEPOSITADO E TRATA-MOS O SOLO COM IMPERMEABI-

LIZANTES”

DARCI RIBEIRO, COORDENADOR DE TRATAMENTO E DESTINO FINAL DA SLUM

aterro

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MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016 CIDADES 11MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016CIDADES10 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

ENGENHEIRA

“Tudo aqui é feito para garantir a preservação do meio ambiente”

QUESTÃO POLÍTICA

MPF e setor imobiliário influenciaram na construção do aterro

Inaugurado em 2010, o aterro sanitário possui uma área de 104 hectares – o que equivale a 30 campos de fute-bol – e sua previsão de opera-ção é de 20 anos. Com quatro células que possuem 50 me-tros da base ao topo com dife-rentes níveis, o lixo que é de-positado lá é separado para receber o devido tratamento. Somente a primeira célula, até o momento, está em uso.

E são nas células de 50 metros de profundidade que o resíduo doméstico é des-pejado. Tratores compactam o lixo e, na medida em que cada nível é completado, ter-ra impermeabilizada e joga-da por cima e depois se cobre com terra comum.

“Daí inicia-se o depósito de mais lixo. Temos tubulações para queimar o gás metano que os resíduos provocam acompanham a elevação do preenchimento, assim como há tubulações para trans-portar o chorume até uma estação de tratamento e de lá para o emissário subma-rino. Tudo aqui é feito para garantir a preservação do meio ambiente”, explica Liz Araújo, engenheira ambien-tal responsável pelo aterro sanitário.

Os resíduos provenien-tes das construções seguem para outro setor do aterro. Lá tudo é triturado e pode ser reaproveitado em novas obras. A madeira das podas realizadas em Maceió pos-sui seu setor específico e vão para a compostagem ou para reaproveitamento, sendo utilizadas em artesanato ou para a confecção de carteiras

escolares.“Nada aqui se perde, ape-

nas, no momento o gás me-tano que queimamos. Mas já estamos com um estudo para utilizá-lo como fonte de energia. Quando tudo estiver pronto, o aterro será susten-tável em energia também”, comenta Liz.

Outra diferença para o li-xão, é que no aterro sanitário ninguém tem acesso aos re-síduos para fazer coleta. Em cumprimento à Politica Na-cional de Resíduos Sólidos, os antigos catadores se orga-nizaram em cooperativa e o que pode ser reaproveitado é passado para eles. A presen-ça de aves no local também é controlada e o único tipo de resíduo que o aterro sanitá-rio não recebe é o lixo hospi-talar.

FISCALIZAÇÃOAlém do rigoroso processo

de seleção e tratamento dos resíduos sólidos coletados em Maceió, o aterro sanitário passa por fiscalizações cons-tantes. Tanto a própria Slum – uma vez que o aterro é fru-to de parceria com a iniciati-va privada – quanto o Minis-tério Público Federal (MPF), Ministério do Meio Ambiente e pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Re-cursos Hídricos (Semarh).

“Os cuidados para que tudo seja realizado dentro das normas da Associação Brasileira de Normas Técni-cas. Estamos aqui todos os dias para garantir que isso e sempre buscando formas de aperfeiçoamento”, diz Val-mir Washington, engenheiro agrônomo da Slum. (C.A.)

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituí-da em 2010 deveria estar em pleno vigor em 2014, mas devido a não implan-tação pelos municípios brasileiros, o prazo foi prorrogado até 2018.

Contudo, diversas locali-dades do mundo já aban-donaram os antigos lixões há muito tempo. Nem to-das, é verdade, utilizam os aterros sanitários como alternativa, pois eles de-pendem de grandes áreas planas de terra. Um dos métodos utilizados em ci-dades europeias é a incine-ração.

Mesmo relativamente nova, a norma que deter-mina o abando do uso de lixões no Brasil, novas práticas já eram conheci-das. Para Darci Ribeiro, dois foram os motivos para que o aterro sanitário em Maceió fosse construído no

mesmo ano da aprovação do Plano Nacional: deter-minação do MPF e interes-se do mercado imobiliário.

“O antigo lixão ficava em Jacarecica e o mercado imobiliário está queren-do expandir para o litoral norte da cidade. Não fosse a atuação do MPF, aliada ao interesse financeiro que atua junto ao interesse po-lítico, provavelmente não teríamos o aterro hoje”, afirma Darci.

Atualmente, Alagoas possui dois aterros sanitá-rios, além do de Maceió: um em Olho D’Água das Flo-res, construído por meio de consórcio, mas que nunca entrou em funcionamento e a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) do Pi-lar, que é privada. Ambos buscam atender diversos municípios localizados no entorno de onde se encon-tram. (C.A.)

Lugar de lixo é no Os antigos lixões degradam o solo e os lençóis freáticos, agredindo fortemente o meio ambiente

CARLOS AMARALREPÓRTER

SANDRO LIMAREPÓRTER FOTOGRÁFICO

Em seu dia a dia a maioria das pessoas não se dá conta da quantidade de lixo que

geram. São tantos os momentos em que se acumulam restos de produtos, orgânicos ou não, despe-jados nas lixeiras e recolhidas por caminhões e depois despejadas em locais geralmente afastados dos perímetros urbanos. O correto, se-gundo a Política Nacional de Resí-duos Sólidos, criada através da Lei 12.035/2010, é que esse lixo acu-mulado vá para aterros sanitários. Porém, essa não é uma realidade na maioria das cidades brasileiras.

Em uma cidade como Maceió, com cerca de um milhão de ha-bitantes, recolhe 1,5 tonelada de lixo por dia. Toda essa quantidade precisa ir para um local onde não provoque danos ao meio ambiente, mas as operações do aterro sanitá-rio do município foram iniciadas.

Muito mais custoso e complexo do que os antigos lixões, o aterro sanitário garante o devido trata-mento ao lixo produzido numa lo-calidade. Ao contrário do método mais antigo, onde apenas se reser-vava um local e todo o lixo recolhi-do era despejado ali, no aterro o tratamento do material vai do solo do local ao gás que os resíduos só-lidos produzem, passando pelo tra-tamento do chorume – líquido que sai do lixo e que contamina o solo e os lençóis freáticos.

A reportagem da Tribuna In-dependente visitou o lixão da ci-dade de Rio Largo, localizada na região metropolitana, e o aterro sanitário de Maceió. A diferença entre eles é gritante.

No lixão, o acúmulo de urubus, mau cheiro e de pessoas que ten-tam sobreviver da coleta do que julgam ainda estar apto para con-sumo é a tônica do local. O chão não parece ser firme, mas saído de filme de ficção cientifica por que a sensação que se tem é de estar pi-sando em algo gelatinoso.

“Escondido” mata adentro cer-ca de 10 km da BR-101, o lixão de Rio Largo começa a dar sinais de sua presença ainda no trajeto de barro que precisa ser percorri-do para chegar até ele. São restos de lixo na margem da via e o mau cheiro fica mais forte assim como a presença dos urubus.

O cenário, para quem não está acostumado, parece ser de um fil-me pós-apocalíptico. Tudo amon-toado com pessoas e urubus – e alguns gatos e cães – disputando os restos ali jogados. Infelizmente, nenhuma das pessoas que cata-vam lixo quis dar entrevista para a reportagem, assim como alguns funcionários da Prefeitura de Rio Largo que ali estavam.

Já no aterro sanitário de Ma-ceió a situação é completamente diferente. Até mesmo cheiro que o lixo provoca não é sentido na mesma intensidade. E nem de lon-ge há a sensação de se pisar em algo gelatinoso. Até o verde das plantas contrastam com o lixo que ali chega. O cenário mais parece um grande canteiro de obras e é, segundo o coordenador de Trata-mento e Destino Final da Superin-tendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum), Darci Ribeiro.

“Aqui, todos os dias, são utiliza-das técnicas de engenharia. Abri-mos ruas, construímos tubulações, cavamos as células para o lixo ser depositado e tratamos o solo com impermeabilizantes”, explica Dar-ci.

Lixão de Rio Largo: mau cheiro, urubus e o chão “gelatinoso” compõem o cenário de degradação ambiental

No lixão no município de Rio Largo, pessoas disputam espaço e restos com urubus

Chorume é extraído por tubulações dos resíduos sólidos e segue até a estação de tratamento

No aterro sanitário da capital alagoana não há aves nem pessoas que buscam restos para sobreviver

Aterro sanitário é o oposto dos antigos lixões, pois os resíduos sólidos são separados por tipo e o cuidado com o meio ambiente é uma constante

Darci Ribeiro, Valmir Washington e Liz Araújo explicam as diferenças e as vantagens do aterro sanitárioSegunda célula do aterro sanitário espera preenchimento da primeira para começar a ser usada

AQUI, TODOS OS DIAS, SÃO UTILIZADAS TÉCNICAS DE EN-

GENHARIA. ABRIMOS RUAS, CONSTRUÍMOS TUBULAÇÕES,

CAVAMOS AS CÉLULAS PARA O LIXO SER DEPOSITADO E TRATA-MOS O SOLO COM IMPERMEABI-

LIZANTES”

DARCI RIBEIRO, COORDENADOR DE TRATAMENTO E DESTINO FINAL DA SLUM

aterro

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TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016CIDADES 12

Obras requalificam áreas de lazerPrefeito de Maceió destaca que recuperação de espaços de convivência é uma das prioridades de sua gestão

A Prefeitura de Maceió se-gue trabalhando para le-var mais opções de lazer

a toda população. Praças, par-ques urbanos, quadras para a prática esportiva, melhorias na iluminação e serviços de requa-lificação estão sendo realizados para que os bairros da capital recuperem suas antigas carac-terísticas de comunidade e pro-porcionem mais qualidade de vida aos cidadãos da capital.

O prefeito Rui Palmeira des-tacou que o investimento e a re-cuperação dos espaços de convi-vência das comunidades é uma prioridade de sua gestão. “A requalificação dos espaços de la-zer é uma forma de proporcionar mais qualidade de vida aos cida-dãos maceioenses. Com praças, parques e quadras mais ilumina-das e bem cuidadas, a população se sente mais segura e a vontade para poder ocupar os espaços pú-blicos da capital. É muito gratifi-cante ver que os trabalhos execu-tados pela Prefeitura têm trazido benefícios a toda população”, des-tacou.

Desde o início da gestão do prefeito Rui Palmeira, diversas áreas de lazer foram totalmente revitalizadas. Recentemente, os moradores do Conjunto Jardim Royal, na parte alta de Maceió, foram beneficiados com a entrega da quadra de futevôlei. O espaço também foi contemplado com a troca de luminárias realizadas pelos técnicos da Superintendên-cia Municipal de Energia e Ilumi-nação Pública (Sima). No entorno da quadra, mudas de coqueiro e ixoria foram plantadas pela Se-cretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente (Sempma) para garantir o paisagismo.

“Seguimos dando continuida-de ao trabalho de construção e requalificação de espaços públi-cos para possibilitar que, cada vez mais, os moradores de Maceió possam ocupar esses espaços para a prática de esportes e atividades de lazer”, pontuou Rui Palmeira.

Ainda no Conjunto Jardim Royal, a Prefeitura levou serviços de manutenção em vias públicas, por meio da Secretaria Municipal

de Infraestrutura e Urbanização (Seminfra) e o reforço na coletiva do lixo a partir dos mutirões de limpeza coordenados pela Supe-rintendência Municipal de Lim-peza Urbana (Slum).

Os moradores do Jardim Pe-trópolis também foram beneficia-dos com a entrega de um Centro de Esporte e Lazer (CEL) na co-munidade. Com o equipamento entregue, muitas famílias pas-saram a ocupar o espaço para a prática esportiva e de lazer. O complexo de convivência também recebeu os serviços de ilumina-ção executados pelos técnicos da Sima.

MAIS OPÇÕESDepois de mais de 30 anos de

reivindicação, os moradores do Conjunto Colina dos Eucaliptos foram beneficiados com um espa-ço de lazer totalmente equipado. Na Praça Edivaldo Alves de San-ta Rosa (Dida) foram recuperados piso, instalados piso tátil dire-cional, rampas de acessibilidade, colocação do playground, equi-pamentos de ginástica, pista de bicicross infantil, novos bancos, jardineiras, alambrados para a quadra multiesportiva e campo de futebol, além da construção de novos quiosques e a implantação de novas luminárias.

“Agora os moradores da comu-nidade têm um local para intera-gir, praticar esporte e reforçar a sua ligação com o bairro”, desta-cou o secretário da Sempma, An-tonio Moura.

PRAÇA DA FACULDADECom obras em estágio avan-

çado, a Praça Afrânio Jorge, mais conhecida como Praça da Facul-dade, segue em processo de revi-talização.

Ao ser totalmente finalizada, a Praça da Faculdade vai passar a contar com quadras poliesporti-va e de futevôlei, piso tátil, ram-pas de acessibilidade, jardineiras, bancos, espaço para gastronomia, espaço para feiras, equipamentos de ginástica e paraciclos. Pista de skate, caramanchão com me-sas para jogos, paisagismo, baias para ônibus e táxi, estacionamen-to para veículos também serão implantados.

Não era pra comer a égua!

Capitão Esperidião Gonzaga foi um oficial da nossa PM muito valente e caceteiro até dizer basta. Na época em que as milícias nordestinas apertavam o cerco a Virgulino Ferreira, o Lampião, ele foi despachado da capital para engrossar as

fileiras das tropas que perseguiam o famigerado cangaceiro e seu bando. Segundo as más línguas, Esperidião chegava ser aparentado do líder dos proscritos, mas ele negava peremptório: - Na minha família num tem bandido! Pois bem. Esperidião recebeu a incumbência de comandar uma das volantes que se aquartelara na fronteira Alagoas/Sergipe, um pouco mais pra dentro da caatinga. Ele já estava alí havia dois meses, mais ou menos, e começou a perceber que a vidasem um rabo “é terrível!” Um dia, ele chegou pro sargento Abdulaque, subcomandante da guarnição militar, que já estava alí há mais tempo, e perguntou, enigmático: - Ô Abdu, como é que é? - “Como é que é” o quê, meu capitão? - Nesse lugar num tem mulher, não? - Olha, comandante, o senhor vai fazer o seguinte: de tardinha, saia aqui do quartel, ande uns dois quilômetros até onde tem um riacho... - Sei. - Lá tem o sitiozinho de um velho que possui uma égua... - Êpa, sargento! Olha o respeito! - berrou o comandante. - Você tá me achando com cara de zoófilo? Como não sabia o que diabo era “zoófilo, o sargento respondeu que não. E o capitão Esperidião continuou: - Eu tenho um nome e um cargo a zelar. Eu tenho dignidade! Isso nunca! E não se falou mais no assunto. Mas, três ou quatro semanas depois, o oficial já estava explodindo. Então, chamou o sargento: - Onde é mesmo que está a tal da égua? Sargento Abdulaque explicou direitinho, o comandante saiu do quartel e voltou uma hora mais tarde, com a maior cara de nojo. - Já, meu capitão?! - perguntou o sargento. - Claro! Ou você queria que eu ficasse lá namorando a égua? - Mas o que o senhor fez com ela? - Ôxi! E o que era que eu podia fazer? O sargento bateu na testa e retrucou: - Chiii, capitão! O senhor não entendeu nada. A égua era pro senhor montar nela e ir até uma cidadezinha cheia de mulher, que tem aqui perto!

Atleta em apuros Um certo Rodicler procurou o médico Nilton Jorge Melo porque estava com proble-mas de ordem sexual: - Não sei bem o que é, doutor... O fato é que depois da primeira, eu fico cansado; depois da segunda, sinto um dor danada no peito; e depois da terceira, então é que é o drama: sinto uma fraqueza dos seiscentos diabos e minha respiração leva mais de meia hora pra voltar ao normal. - Então, por que você não desiste da terceira? - indagou o doutor. - Mas de que jeito, doutor? É justamente com a terceira que eu sou casado!

Perdeu a lízngua? Madame Austerclínia voltou do supermercado mais cedo do que de costume, e aí flagrou o maridão na cama com a empregada, fazendo coisas que jamais fizera com ela ao longo de mais de vinte anos de casamento. - Mas o que é isso, Ariovaldo?! Tem vergonha nessa cara, não? - gritou dona Aus-terclínia cheia de indignação. Caladão, Ariovaldo olhava para o chão, segurando a ponta do lençol. E a mulher, aumentando o tom do xingamento: - Como é? Não vai dizer nada não, seu safado? Ou será que perdeu a língua dentro do “troço” dessa puta?

Bom descanso pra ele! Montezuma Varela tinha ido ao Rio de Janeiro, resolver uns assuntos de interesse da firma para a qual trabalhava. Cumpriu a tarefa em tempo recorde e voltou pra casa um dia antes do prazo, feliz da vida, porque faria uma bela surpresa à caríssima consorte. Acontece que o surpreendido foi ele. Ao entrar no quarto, cheio de amor pra dar à amada esposa, foi surpreendido por uma cena quentíssima: sua mulher rolava adoidado na cama, abufelada com o vizinho. Aí, ele explodiu: - Neutrônibaldo! Quêisso?! Ô rapaz, já que você está aí com a minha mulher, eu vou lá na sua casa dormir com a sua! O vizinho não se abalou e foi até colaborativo: - Vai firme, meu irmão! Você deve estar mesmo precisando descansar!

Chifrança sem papo Pesquisador de determinado instituto de pesquisa bateu a porta de uma bem adubada madame, com um questionário na prancheta, para ser respondido. Identifi-cou-se, e madame pediu que ele entrasse e ficasse bem à vontade na sala de visitas. Aboletado num confortável sofá, o rapaz sapecou a primeira pergunta: - A senhora costuma ter relações durante o dia? - Sim, pelo menos três vezes por semana. - E durante o ato, a senhora fala com o seu marido? E ela: - De jeito nenhum! Ele não gosta que eu fique ligando para o escritório dele.

Cuidando bem do benemérito A cena clássica do cara que volta de surpresa pra casa e encontra a mulher na cama com outro vai terminando mal. O marido nem quer perguntar nada e saca o “pau-de-fogo”. - Pelamordedeus, Diolindo! - interrompe a mulher. - Você sabe quem pagou aquela dívida do banco? E a casa de praia? E o carro novo? O marido encara o amante e indaga: - Por acaso foi você quem pagou tudo isso? - É... fui eu mesmo. - respondeu, meio trêmulo, o pé-de-pano. O u - Então, faça o favor de se cobrir, porque eu não quero ninguém resfriado na minha cama!

São Sebastião

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) publicou

uma decisão que man-tém a indisponibilidade de bens do ex-prefeito de São Sebastião, José Pacheco, no valor aproximado de R$ 6,2 milhões. A decisão foi assinada pelo desem-bargador Domingos de Araújo Lima Neto.

O ex-gestor que comandou o município entre 2009 e 2012, é acusado de improbidade administrativa.

Instituto Previdenciário O Ministério Público de Alagoas (MP/AL) ofereceu denúncia contra José Pacheco Filho, que teria cometido supostas irregularidades no repasse de contribuições ao Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município de São Sebastião (IPAM). Na denúncia, o MPE descreve o prejuízo sofrido pelo IPAM por causa da ausência de repasse das contribuições, por meio de tabelas anuais.

Repasses irregularesAlém das tabelas, também constam na denúncia, cópias das transações bancárias realizadas entre o Município, geridas pelo ex-prefeito, em favor do IPAM e também cópia dos Termos de Acordo de Parcela-mento e Confissão de Débitos Previdenciários. A documentação indica que houve irregularidades no repasse correspondente aos valores de contribuição patronal, de contribuição dos segurados as quais foram descontadas, mas não repassadas e também com relação aos valores de taxa de administração.

Chã PretaA cidade de Chã Preta recebeu esta semana a visita da secretária de estado de Infraestrutura, Aparecia Machado. A visita foi para tratar de um projeto iniciado em 2014, para a construção de 109 casas populares em Chã Preta. Na ocasião o vice-prefeito, Maurício Holanda, juntamente com o vereador Victor Canuto, engenheiros do estado e o engenheiro municipal Francisco Aureliano, trataram com a secretária novos projetos para a Cidade, todas as propostas apresentadas pela da Prefeitura foram para melhorar a infraestrutura e habitação de Chã Preta.

Visita em ObrasTambém durante essa semana o prefeito Audálio Holanda e o vice-pre-feito Maurício Holanda, visitam diversas obras realizadas pelo município. A exemplo do calçamento das ruas Manoel Roberto Brandão e Manoel Roberto Brandão Filho. Também foram visitadas as obras da quadra coberta municipal e das 31 casas populares que estão em processo de finalização.

São Luiz do QuitundeApós 16 anos de espera, enfim a comunidade escolar de São Luís do Quitunde pôde comemorar a recuperação da Escola Estadual Messias de Gusmão, com a assinatura da ordem de serviço pelo governador Renan Filho e o secretário da Educação, Luciano Barbosa. A ação abriu oficialmente a terceira edição do Governo Presente que foi realizado esta semana em vários municípios da região Norte do Estado.

Beneficia estudantesUm marco para a população quitundense, a unidade beneficiará cerca de 600 alunos do Ensino Médio, atendendo com mais qualidade a de-manda da educação no município, hoje concentrada na Escola Estadual Professora Maria Margarida Silva Pugliesi.

Escolas reformadas“Em Alagoas, muitas obras estão sendo executadas, graças ao compro-misso e determinação do governo. Neste momento, estamos fazendo reformas em 70 escolas, construindo 31 ginásios poliesportivos. Agora, atendendo a pedidos, estamos assinando a ordem de serviço para recu-peração da escola Messias de Gusmão”, destacou Luciano Barbosa.

Porto CalvoDentro do Programa de Recuperação de Nascentes do Governo de Alagoas, a nascente do Rio Comandatuba será revitalizada, benefician-do amais de 10 mil pessoas que poderão consumir água de qualidade em Porto Calvo. O governador Renan Filho ressaltou a importância do acesso facilitado a água. “Estamos perfurando muitos poços e estamos disponibilizando água. Vamos levar água para quem mais precisa para atender suas reais necessidades”, resumiu Renan Filho.

Novos recursosO chefe do Executivo estadual lembrou dos investimentos feitos na região, como a construção da Alça da Flamenguinha. Entretanto, sobre a Ponte do Patia, antiga reivindicação dos portocalvenses, Renan Filho assegurou que novos recursos serão disponibilizados pelo Estado.Novos recursosO chefe do Executivo estadual lembrou dos investimentos feitos na região, como a construção da Alça da Flamenguinha. Entretanto, sobre a Ponte do Patia, antiga reivindicação dos portocalvenses, Renan Filho assegurou que novos recursos serão disponibilizados pelo Estado.

...A semana do bebê, mobilização social e nacional apoiada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), está à beira da largada e em Arapiraca a campanha abraça também as mães arapiraquenses.

...A Prefeitura da cidade, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e em parceria com a Unicef e com as empresas Hipoglos, Pam-pers e RGE, realizará a abertura da “V Semana 100% Mamãe e Bebê” neste domingo (8) com um piquenique no Bosque das Arapiracas, a partir das 17h, e terá participação do coral “Sons e dons”.

...A ação, que acontece sempre na segunda semana de maio do municí-pio, uma vez que desde 2013 a Prefeita Célia Rocha sancionou a Lei n° 2.890/2013, que cria a Semana Municipal “Mamãe Bebê”, determinando critérios para a implantação e implementação da lei, este ano tem como tema “Nascer e viver com amor” e conta com a participação de todos as secretarias municipais, como também com o Arapiraca garante à

AÍLTON VILLANOVA [email protected]@hotmail.com

CidadesemFocoROBERTO BAIA

SIDINÉIA TAVARES_ INTERINA

Page 13: Edição número 2638 - 8 de maio de 2016

Patrimônio: CLT chega aos 73 anos Lei foi a conquista mais importante; assegurou direitos aos trabalhadores e relações individuais e coletivas do trabalho

LUCAS BASÍLIO/MTPS

Lei dita padrões de remuneração e de qualidade de trabalho

Foi a CLT que assegurou o direito à organização sindical

Consolidação da Leis Trabalhistas, aos 73 anos, é o maior patrimônio dos trabalhadores brasileiros, uma vitória da classe operária

A Consolidação das Leis Trabalhista (CLT) instituída em 1º de maio de 1943, por meio do Decreto nº 5.452, pelo presidente Getúlio Vargas, que reuniu as leis do trabalho existentes até então.

A maior parte das leis que regularam as relações de tra-balho começou a ser publicada nos anos 30, com a criação da carteira de trabalho, do Minis-tério do Trabalho e a institui-ção da Justiça do Trabalho.

Logo depois, a CLT come-çou a passar pelas primeiras mudanças, como o reconheci-mento do direito de greve, a aprovação do 13º salário, em 1960, a proteção do trabalha-dor rural e instituição do sa-lário família e o Fundo de Ga-rantia por Tempo de Serviço (FGTS).

Esses direitos foram am-pliados pela Constituição de 1988, com a limitação da jor-nada de trabalho a 44 horas semanais, a garantia de re-pouso semanal remunerado, a licença a maternidade de 120 dias e a criação da licença pa-ternidade.

Nos últimos anos ocorre-ram novas mudanças, como a regulamentação da contrata-ção de pessoas com deficiên-cia e instituição de cotas nas empresas, em 1999; a indeni-zação por danos moral e assé-dio praticado pelo empregador contra seus empregados, em 2002; a regulamentação da contratação de aprendiz, em 2005; a lei de estágio, que re-gulamenta a contratação dos estagiários, em 2008; o aviso prévio proporcional, em 2011 e

por fim a conquista das traba-lhadoras domésticas, em 2013.

Contra trabalho escravoJosé Pereira tinha 17 anos

quando se mudou para uma fazenda no Pará. Trabalhava do amanhecer até à noite sem receber salário e dormia em barracas de lona vigiadas por capangas armados. Ao ten-tar fugir, com a ajuda de um companheiro, levou um tiro que atravessou saiu pelo olho direito. O companheiro mor-reu. Zé Pereira fingiu estar morto, foi enrolado em uma lona junto com o corpo do cole-ga e deixado na beira de uma estrada, de onde foi socorrido. Ficou cego daquele olho, mas voltou à fazenda com a polí-cia federal e ajudou a libertar 60 trabalhadores. O caso de José Pereira foi denunciado à

Comissão Interamericana de Direitos Humanos e se tornou um marco na luta pelo comba-te ao trabalho escravo moder-no no Brasil.

A história dele e a outros trabalhadores vítimas de tra-balho escravo em fazendas, empresas, estaleiros e casas no Brasil é contada em uma série de vídeos da campa-nha Trabalho Escravo Nunca Mais, do Ministério do Tra-balho e Previdência Social. A narrativa é intercalada por dramatizações, depoimentos e informações sobre a trajetória do combate ao trabalho escra-vo no Brasil. O lançamento do material será na próxima se-gunda-feira (9), em Brasília, mas os vídeos estarão disponí-veis a partir desta sexta-feira (6) no portal MTPS.

- Carteira de trabalho as-sinada desde o primeiro dia no emprego

- Exames médicos de ad-missão e demissão

- Repouso semanal remu-nerado

- Salário pago até o 5º dia útil do mês

- Vale-Transporte com desconto máximo de 6% do salário

- Férias de 30 dias com acréscimos de 1/3 do salário

- Licença Maternidade

de 120 dias, com garantia de emprego até cinco meses após o parto

- Licença Paternidade de cinco dias corridos

- Primeira parcela do 13º salário paga até 30 de no-vembro. Segunda parcela, até 20 de dezembro

- FGTS: depósito de 8% do salário em conta bancária vinculada ao trabalhador

- Horas-extras pagas com acréscimo de, no mínimo, 50% do valor da hora normal

- Garantia de 12 meses em casos de acidente

- Adicional noturno de 20% para quem trabalha de 22h às 5h

- Faltar ao trabalho nos casos de casamento (três dias), doação de sangue (um dia/ano), alistamento elei-toral (dois dias), morte de parente próximo (dois dias), testemunho na Justiça do Trabalho (no dia), doença comprovada por atestado médico

- Aviso prévio proporcio-nal de 30 dias, em caso de de-missão; para o trabalhador com até um ano de serviço na mesma empresa, acresci-do três dias em cada ano po-dendo chegar a 90 dias

- Seguro-desemprego- Abono Salarial no valor

de um salário mínimo vigen-te, pago por ano aos traba-lhadores com remuneração mensal de até dois salários mínimos por 30 dias conse-cutivos ou não no ano.

Maio é o mês que mar-ca a história de luta e conquistas dos tra-

balhadores e trabalhadoras brasileiros. No Brasil, cele-bram-se também os 73 anos da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), que uni-ficou o conjunto de leis exis-tentes no país e regulamen-tou as relações individuais e coletivas do trabalho.

A CLT foi a conquista mais importante dos traba-lhadores, pois assegurou di-reitos como: jornada de tra-balho máxima de oito horas diárias, descanso semanal remunerado, salário mínimo, férias, licença-maternidade, adicional noturno e indeni-zação ao trabalhador dispen-sado sem justa causa, dentre outros direitos importantes.

Também foi a CLT que assegurou o direito à organi-zação sindical, que permite aos trabalhadores lutarem constantemente por melho-rias de salário e condições de trabalho. Para o ministro Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência Social), mais do que um conjunto de leis, a CLT constitui um patrimônio do trabalhador brasileiro.

“É o estado brasileiro normatizando, regulando o mercado de trabalho. A CLT garante padrões de remu-neração, de qualidade de trabalho, de direitos sobre

a jornada de trabalho e de remunerações. Estabelece equivalências entre gêneros, homens e mulheres, e asse-gura direitos. Seja na Consti-tuição, seja por meio da orga-nização sindical, constitui o patrimônio dos trabalhadores brasileiros”, destaca o minis-tro.

O eletricista de automó-vel, César Augusto, 55 anos, conhece bem esses direitos. Ele conta que está com a car-teira assinada há 28 anos, mas que já trabalhou por 10 como autônomo e, apesar de não ter havido problemas com a renda, sentiu falta dos benefícios que deixou de usu-fruir. “Quando a gente tra-balha com carteira assinada tem muitas garantias, como a aposentadoria, uma das prin-cipais preocupações do traba-lhador”, conta.

O dirigente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) Quintino Severo expli-ca que a CLT ainda é o princi-pal instrumento de proteção dos trabalhadores. “A CLT cumpre um papel importante e definidor nas relações tra-balhistas no Brasil. Não fosse por ela, as condições de traba-lho e sociais no Brasil seriam piores.”

A CLT passa por um mo-mento delicado, com uma série de propostas que trami-tam no Congresso Nacional e

TRIBUNAINDEPENDENTE

EconomiaECONOMIA 13MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016

Nesse contexto estão inseridas a criação da carteira e da Justiça do Trabalho

CLT passa por momento delicado, com propostas retrógradas no Congresso

TRABALHISTAS

Edição de leis começou nos anos 30

CONJUNTO

Principais direitos da Consolidação

Combate ao trabalho escravo no Brasil só começou em 1995O combate ao trabalho escravo no Brasil começou em 1995, quando o país reconheceu oficialmente que, mesmo passados mais de 100 anos da abolição, ainda havia formas de trabalho análogas à escravidão. Naquele ano, os grupos especiais de fiscalização móvel do Ministério do Trabalho começaram a realizar ações em campo. Em 2003, com a criação da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), foi instituída uma política nacional, envolvendo uma série de ações e vários ministérios, além de representantes do Ministério Público do Trabalho, do Judiciário e da sociedade civil. Essa mudança representou, o resgate de 50 mil trabalhadores nos 21 anos de fiscalização, sendo 5,2 mil entre 1995 a 2002, e cerca de 45 mil de 2003 a 2016.

ameaçam as conquistas dos trabalhadores ao longo da his-tória. Entre eles estão: o Pro-jeto de Lei (PL) nº 4.193/2012, que permite que os acordos negociados entre empresas e empregados, mesmo com in-termediação sindical, tenham prevalência sobre a legislação trabalhista, fazendo com que haja a prevalência do nego-

ciado sobre o legislado, ou seja, permite que os acordos negociados entre empresas e empregados, mesmo com in-termediação sindical, tenha prevalência sobre a legislação trabalhista; o Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 30/2015, que regulamenta a tercei-rização; e o PL 7.549/2014, que prevê o impedimento do

trabalhador, quando demiti-do, de reclamar na Justiça do Trabalho.

O Secretário Especial do Trabalho, José Lopez Feijóo, afirma que a CLT é um marco de proteção legal, ampliada pela luta dos trabalhadores. Ele teme que as mudanças em debate coloquem em ris-co essas conquistas. “As con-

quistas históricas não podem retroceder. O receio é de que essas políticas sejam des-truídas por propostas como a prevalência do negociado sobre o legislado e o proces-so de terceirização, que faz com que o emprego direto deixe de existir e enfraquece os direitos conquistados com muita luta”.

Page 14: Edição número 2638 - 8 de maio de 2016

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016 ECONOMIA 15MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016ECONOMIA14 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

Cresce número de condomínios com uso de gás naturalAtrativos incluem segurança, comodidade e eficiência

A ida de pessoas a sho-ppings apresentou retração de 3,7% em

abril ante o mesmo mês de 2015, a maior queda do ano, de acordo com o Indicador de Fluxo em Shopping Cen-ter (Iflux), desenvolvido pelo Ibope Inteligência e pela Mais Fluxo. No mês anterior, o indicador assinalou alta de 0,5% na mesma base de com-paração.

Os shoppings que enfren-tam maiores dificuldades são aqueles que atendem um consumidor de menor renda. Nestes, a retração no flu-xo foi de 5,5% em abril. Em março, a retração havia sido de 1%.

Já os shoppings com perfil de público médio, que no mês anterior tiveram aumento de fluxo de 5,8%, apresentaram elevação menor em abril, de 2,2%.

Entre os estabelecimen-tos que contam com um per-fil de consumidor chamado de “qualificado”, houve que-da de 3,2% em abril, depois de alta de 1% em março.

INFLAÇÃOOs alimentos e os remé-

dios exerceram as principais pressões no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, se-gundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (6).

O grupo Alimentação e bebidas desacelerou a alta de 1,24% em março para 1,09% em abril, o equiva-lente a uma contribuição de

0,28 ponto porcentual para a inflação do último mês. Já o grupo Saúde e cuidados pes-soais disparou de 0,78% em março para 2,33% em abril, sendo responsável por 0,26 ponto porcentual do último IPCA.

Juntos, os dois grupos responderam por 89% de toda a inflação do mês, o equivalente a 0,54 ponto porcentual sobre a taxa de 0,61% do IPCA.

Os remédios ficaram 6,26% mais caros em abril, como reflexo de parte do rea-juste de até 12,50% em vigor desde o 1º dia de abril. O item deu a maior contribuição in-dividual para a inflação do mês, o equivalente a 0,20 ponto porcentual. Outros destaques do grupo Saúde e cuidados pessoais foram pla-no de saúde (1,06%), artigos de higiene pessoal (0,58%) e serviços laboratoriais e hos-pitalares (0,52%).

Entre os alimentos, as principais altas foram a da batata-inglesa (13,13%) e do açaí (9,22%).

Na direção oposta, o to-mate ficou 15,26% mais ba-rato na passagem de março para abril.

ENERGIAA tarifa de energia elé-

trica recuou 3,11% em abril, dentro do IPCA divulgado pelo IBGE. O item exerceu o mais expressivo impacto negativo sobre a inflação do mês, o equivalente a -0,12 ponto porcentual para a taxa de 0,61% do IPCA.

O comportamento foi re-

Pensando em pratici-dade, comodidade e segurança, síndicos e

moradores têm optado cada vez mais pelas vantagens de ter gás natural canaliza-do nos condomínios da capi-tal alagoana. Prova disso, a distribuidora de gás natural canalizado de Alagoas, Al-gás, chegou às mais de 40 mil residências que utilizam os serviços da Companhia.

De acordo com a Algás, a segurança é um dos atrativos que explica o crescimento e a procura por gás natural ca-nalizado para condomínios e residenciais.

“Por ser mais leve que o ar, sua dispersão se dá rapi-damente, evitando o acúmulo do gás em caso de qualquer tipo vazamento. Além dis-so, a opção pelo gás natural reduz também o acesso de pessoas desconhecidas aos condomínios”, expõe Nyedja Vieira da gerência comercial da distribuidora.

Foi essa vantagem que motivou os moradores do edi-fício Aruba, localizado na Ja-tiúca, a realizarem a mudan-ça da central de gás liquefeito de petróleo (GLP) para o gás natural canalizado.

“No quesito segurança, acreditamos que o gás na-tural canalizado é a melhor opção. A mudança foi bem melhor para o nosso condo-mínio, restringindo a entrada de pessoas na área externa dos apartamentos”, declara Samuel da Silva que utiliza os serviços da Algás há mais de dois anos.

Outro benefício é o forne-cimento contínuo e canaliza-do que elimina a necessidade das centrais de gás, ou de es-paços para armazenamento de botijões GLP, permitindo o reaproveitamento das áre-as de convivência do condo-mínio. É o caso do edifício Portal do Atlântico, localiza-do na Jatiúca.

“O gás natural nos ofe-rece praticidade e conforto, excluindo a necessidade de centrais de gás butano. Com a contratação dos serviços da Algás, retiramos a casinha de armazenamento dos cilindros e reaproveitamos o local para ampliar o espaço de manobra na nossa garagem”, afirma o morador do Portal do Atlânti-co, Olavo Ferreira.

POSSIBILIDADESO gás natural pode ser

usado de diversas formas em

apartamentos ou residências como no fogão, no chuveiro, na pia, na lavanderia, na sauna e no aquecimento da piscina.

Para obter mais informa-ções e conhecer outras pos-sibilidades de uso do gás na-tural, acesse o site da Algás (www.algas.com.br), ou entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente pelo número 117.

A ida de pessoas a shoppings apresentou retração de 3,7% em abril ante o mesmo mês de 2015, um reflexo da própria crise econômica

Gás natural: 40 mil residências na capital alagoana já aderiram ao uso do produto canalizado

A opção pelo gás natural reduz também o acesso de pessoas desconhecidas aos condomíniosNYEDJA VIEIRAGERENTE COMERCIAL DA ALGÁS

Shoppings: fluxo de pessoas é o menor do anoEstabelecimentos que atendem consumidor de menor renda têm maiores dificuldades, com retração de 5,5% em abril

sultado do fim da cobrança extra da bandeira tarifária. Desde 1º de abril, deixou de ser cobrado o valor de R$ 1,50 por cada 100 quilowatt-s-hora consumidos, referente à bandeira amarela.

As contas de luz ficaram mais baratas em quase to-das as regiões pesquisadas. As exceções foram Fortaleza, onde houve alta de 2 42% por conta do reajuste de 12,97% em 22 de abril, e Campo

Grande, com aumento de 0,38% em função do reajus-te de 7,40% a partir de 8 de abril.

CONSUMOO consumo de energia

elétrica no País cresceu 8,4% em abril na comparação com igual mês do ano passado, enquanto a geração subiu 8,1%, segundo dados preli-minares de medição coleta-dos entre os dias 1º e 30. As informações são da Câmara

de Comercialização de Ener-gia Elétrica (CCEE).

Conforme a Câmara, a análise do desempenho da geração indica a entrega de 65.904 MW médios de ener-gia ao Sistema Interligado Nacional (SIN) em abril. A produção das usinas eólicas cresceu 122,5% no período e alcançou 3.300 MW médios, montante duas vezes supe-rior ao gerado no ano pas-sado.

A geração térmica, por sua vez, caiu 22,9%, princi-palmente pelo desligamento das termelétricas de custo mais elevado. Já a produ-ção hidráulica (49.964 MW médios), incluindo as Peque-nas Centrais Hidrelétricas (PCH), cresceu 16,9% com representatividade de 75,8% sobre toda energia produzi-da no País, índice 5,1 pontos percentuais superior ao re-gistrado em 2015.

Page 15: Edição número 2638 - 8 de maio de 2016

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016 ECONOMIA 15MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016ECONOMIA14 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

Cresce número de condomínios com uso de gás naturalAtrativos incluem segurança, comodidade e eficiência

A ida de pessoas a sho-ppings apresentou retração de 3,7% em

abril ante o mesmo mês de 2015, a maior queda do ano, de acordo com o Indicador de Fluxo em Shopping Cen-ter (Iflux), desenvolvido pelo Ibope Inteligência e pela Mais Fluxo. No mês anterior, o indicador assinalou alta de 0,5% na mesma base de com-paração.

Os shoppings que enfren-tam maiores dificuldades são aqueles que atendem um consumidor de menor renda. Nestes, a retração no flu-xo foi de 5,5% em abril. Em março, a retração havia sido de 1%.

Já os shoppings com perfil de público médio, que no mês anterior tiveram aumento de fluxo de 5,8%, apresentaram elevação menor em abril, de 2,2%.

Entre os estabelecimen-tos que contam com um per-fil de consumidor chamado de “qualificado”, houve que-da de 3,2% em abril, depois de alta de 1% em março.

INFLAÇÃOOs alimentos e os remé-

dios exerceram as principais pressões no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril, se-gundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (6).

O grupo Alimentação e bebidas desacelerou a alta de 1,24% em março para 1,09% em abril, o equiva-lente a uma contribuição de

0,28 ponto porcentual para a inflação do último mês. Já o grupo Saúde e cuidados pes-soais disparou de 0,78% em março para 2,33% em abril, sendo responsável por 0,26 ponto porcentual do último IPCA.

Juntos, os dois grupos responderam por 89% de toda a inflação do mês, o equivalente a 0,54 ponto porcentual sobre a taxa de 0,61% do IPCA.

Os remédios ficaram 6,26% mais caros em abril, como reflexo de parte do rea-juste de até 12,50% em vigor desde o 1º dia de abril. O item deu a maior contribuição in-dividual para a inflação do mês, o equivalente a 0,20 ponto porcentual. Outros destaques do grupo Saúde e cuidados pessoais foram pla-no de saúde (1,06%), artigos de higiene pessoal (0,58%) e serviços laboratoriais e hos-pitalares (0,52%).

Entre os alimentos, as principais altas foram a da batata-inglesa (13,13%) e do açaí (9,22%).

Na direção oposta, o to-mate ficou 15,26% mais ba-rato na passagem de março para abril.

ENERGIAA tarifa de energia elé-

trica recuou 3,11% em abril, dentro do IPCA divulgado pelo IBGE. O item exerceu o mais expressivo impacto negativo sobre a inflação do mês, o equivalente a -0,12 ponto porcentual para a taxa de 0,61% do IPCA.

O comportamento foi re-

Pensando em pratici-dade, comodidade e segurança, síndicos e

moradores têm optado cada vez mais pelas vantagens de ter gás natural canaliza-do nos condomínios da capi-tal alagoana. Prova disso, a distribuidora de gás natural canalizado de Alagoas, Al-gás, chegou às mais de 40 mil residências que utilizam os serviços da Companhia.

De acordo com a Algás, a segurança é um dos atrativos que explica o crescimento e a procura por gás natural ca-nalizado para condomínios e residenciais.

“Por ser mais leve que o ar, sua dispersão se dá rapi-damente, evitando o acúmulo do gás em caso de qualquer tipo vazamento. Além dis-so, a opção pelo gás natural reduz também o acesso de pessoas desconhecidas aos condomínios”, expõe Nyedja Vieira da gerência comercial da distribuidora.

Foi essa vantagem que motivou os moradores do edi-fício Aruba, localizado na Ja-tiúca, a realizarem a mudan-ça da central de gás liquefeito de petróleo (GLP) para o gás natural canalizado.

“No quesito segurança, acreditamos que o gás na-tural canalizado é a melhor opção. A mudança foi bem melhor para o nosso condo-mínio, restringindo a entrada de pessoas na área externa dos apartamentos”, declara Samuel da Silva que utiliza os serviços da Algás há mais de dois anos.

Outro benefício é o forne-cimento contínuo e canaliza-do que elimina a necessidade das centrais de gás, ou de es-paços para armazenamento de botijões GLP, permitindo o reaproveitamento das áre-as de convivência do condo-mínio. É o caso do edifício Portal do Atlântico, localiza-do na Jatiúca.

“O gás natural nos ofe-rece praticidade e conforto, excluindo a necessidade de centrais de gás butano. Com a contratação dos serviços da Algás, retiramos a casinha de armazenamento dos cilindros e reaproveitamos o local para ampliar o espaço de manobra na nossa garagem”, afirma o morador do Portal do Atlânti-co, Olavo Ferreira.

POSSIBILIDADESO gás natural pode ser

usado de diversas formas em

apartamentos ou residências como no fogão, no chuveiro, na pia, na lavanderia, na sauna e no aquecimento da piscina.

Para obter mais informa-ções e conhecer outras pos-sibilidades de uso do gás na-tural, acesse o site da Algás (www.algas.com.br), ou entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente pelo número 117.

A ida de pessoas a shoppings apresentou retração de 3,7% em abril ante o mesmo mês de 2015, um reflexo da própria crise econômica

Gás natural: 40 mil residências na capital alagoana já aderiram ao uso do produto canalizado

A opção pelo gás natural reduz também o acesso de pessoas desconhecidas aos condomíniosNYEDJA VIEIRAGERENTE COMERCIAL DA ALGÁS

Shoppings: fluxo de pessoas é o menor do anoEstabelecimentos que atendem consumidor de menor renda têm maiores dificuldades, com retração de 5,5% em abril

sultado do fim da cobrança extra da bandeira tarifária. Desde 1º de abril, deixou de ser cobrado o valor de R$ 1,50 por cada 100 quilowatt-s-hora consumidos, referente à bandeira amarela.

As contas de luz ficaram mais baratas em quase to-das as regiões pesquisadas. As exceções foram Fortaleza, onde houve alta de 2 42% por conta do reajuste de 12,97% em 22 de abril, e Campo

Grande, com aumento de 0,38% em função do reajus-te de 7,40% a partir de 8 de abril.

CONSUMOO consumo de energia

elétrica no País cresceu 8,4% em abril na comparação com igual mês do ano passado, enquanto a geração subiu 8,1%, segundo dados preli-minares de medição coleta-dos entre os dias 1º e 30. As informações são da Câmara

de Comercialização de Ener-gia Elétrica (CCEE).

Conforme a Câmara, a análise do desempenho da geração indica a entrega de 65.904 MW médios de ener-gia ao Sistema Interligado Nacional (SIN) em abril. A produção das usinas eólicas cresceu 122,5% no período e alcançou 3.300 MW médios, montante duas vezes supe-rior ao gerado no ano pas-sado.

A geração térmica, por sua vez, caiu 22,9%, princi-palmente pelo desligamento das termelétricas de custo mais elevado. Já a produ-ção hidráulica (49.964 MW médios), incluindo as Peque-nas Centrais Hidrelétricas (PCH), cresceu 16,9% com representatividade de 75,8% sobre toda energia produzi-da no País, índice 5,1 pontos percentuais superior ao re-gistrado em 2015.

Page 16: Edição número 2638 - 8 de maio de 2016

Financiamento de veículos cai 21,3% em AlagoasDados são referentes ao primeiro trimestre deste ano em relação a 2015

Alagoas fechou o primei-ro trimestre com 9.827 veículos financiados no

estado, queda de 21,3% em re-lação ao mesmo período do ano anterior. Os dados incluem au-tomóveis leves, motos e pesados. Deste total, 5.679 foram unida-des novas e 4.148 usadas.

O levantamento é da Unida-de de Financiamentos da Cetip, que opera o maior banco de da-dos privado de informações so-bre financiamentos de veículos do país, o Sistema Nacional de Gravames (SNG).

Os automóveis leves foram responsáveis por 6.793 das uni-dades financiadas nos três pri-meiros meses do ano, enquanto as motocicletas somaram 2.655.

Esta categoria apresentou declí-nio de 20,7% em relação ao mes-mo período de 2015.

Em março, Alagoas teve 3.777 veículos vendidos a crédi-to, uma queda de 17,7% em re-lação ao mesmo período do ano passado. Em relação ao mês de fevereiro o financiamento de ve-ículos cresceu 42,5% no estado.

O Nordeste atingiu 72.415 veículos financiados no mês de março. Deste total, foram ne-gociados 45.953 autos leves e 24.056 motocicletas. No primei-ro trimestre de 2016 as vendas a crédito na região somaram 200.227 unidades, uma queda de 24,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O volume de financiamen-

tos de veículos em todo o Brasil atingiu 1,1 milhão nos primei-ros três meses do ano, fechando o trimestre em queda de 19,1% em relação ao mesmo período de 2015.

Só em março, os veículos financiados somaram 410.271 unidades, entre automóveis le-ves, motocicletas, pesados e ou-tros. Veículos novos somaram 163.725 unidades vendidas a crédito, enquanto os usados che-garam a 246.546.

O SNG é uma base privada de abrangência nacional que re-úne as informações sobre restri-ções financeiras de veículos da-dos como garantia em operações de concessão de crédito. Essa base é consultada e atualizada

em tempo real pelas instituições financeiras.

CETIPA Cetip é a integradora

do mercado financeiro. É uma companhia de capital aberto que oferece serviços de registro, central depositária, negociação e liquidação de ativos e títulos. Por meio de soluções de tecnolo-gia e infraestrutura, proporcio-na liquidez, segurança e trans-parência para as operações financeiras, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do mercado e da sociedade bra-sileira. A empresa é, também, a maior depositária de títulos privados de renda fixa da Amé-rica Latina e a maior câmara de ativos privados do país.

Juizado Federal processa, concilia e julga as causas de competência da Justiça Federal

até o valor de 60 salários mínimos

Crédito em 2016 para carros atingiu 5.679 novos e 4.148 usados segundo a Cetip, que funciona como integradora do mercado financeiro

ARAPIRACA

Resíduos do tratamento de água viram tijolo sustentávelUma matéria prima que an-

tes seria descartada em aterros sanitários passa a ter uma nova utilização. A partir de agora, o lodo gerado durante o processo de tratamento da água na Estação da CAB Águas do Agreste, em Arapi-raca, será utilizado para a fabrica-ção de tijolos cerâmicos, sem gerar impactos ao meio ambiente. Com a medida, CAB e a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) atendem a uma solicitação do Ins-tituto do Meio Ambiente (IMA/AL).

Segundo Guilherme Dias, dire-tor geral da CAB Águas do Agres-

te, o destino final do lodo gerado pelas Estações de Tratamento de Água (ETA) é um dos grandes de-safios enfrentados pelos adminis-tradores dos serviços de água em todo o País. “Este procedimento já é adotado em outros Estados com bons resultados. Os testes reali-zados em laboratório mostraram que o resíduo da nossa ETA é uma excelente matéria-prima para a produção de tijolos cerâmicos”, ex-plica.

O gestor acrescenta que a medida adotada pela empresa, além de ser ambientalmente sus-

tentável, proporciona economia na gestão do resíduo e permite tecnicamente, em parceria com a cerâmica Arapiraca, a produção de tijolos que atendem aos pa-drões de segurança e qualidade. “As vantagens na incorporação do lodo de ETA para fabricação dos tijolos são inúmeras, entre elas, o aumento na vida útil das jazidas de argila, a redução do custo de reposição de vegetação. Com essa medida também estamos nos ade-quando à Política Nacional de Re-síduos Sólidos, que tem como um dos seus objetivos a redução, reu-

tilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos”, explica.

Na primeira remessa foram enviados da ETA para a Cerâmi-ca Arapiraca 266 m3 de lodo, que estavam armazenados em uma “bag”, tipo de bolsa com capacida-de para receber até o volume má-ximo de 300 m3. O procedimento foi acompanhado pela equipe do setor de Qualidade, Segurança, Meio Ambiente e Saúde - QSMS da CAB juntamente com o repre-sentante da Phyto Consultoria.

O Juizado Especial Federal (JEF) de Alagoas conta, atual-mente, com quatro Varas ex-clusivas de Juizado, sendo três na capital e uma em Arapiraca, além de dois Juizados Adjun-tos em Santana do Ipanema e União dos Palmares. Em 2015, juntos foram responsáveis por movimentar R$ 140.796.312,75 para a economia alagoana e por R$ 10.423.274,91 este ano.

Compete ao Juizado Espe-cial Cível processar, conciliar e julgar as causas de competência da Justiça Federal até o valor de 60 salários mínimos, equiva-lente a R$ 52.800,00. Incluem-se ações contra o INSS, Caixa Econômica Federal, Correios, União, UFAL, dentre outras empresas públicas, autarquias e fundações públicas federais.

Destacam-se entre as de-mandas mais ajuizadas as que envolvem questões previden-ciárias: aposentadorias, auxí-lio-doença, benefício de amparo assistencial, pensão por morte, revisão de benefícios, entre ou-tras. Dentre os princípios orien-tadores dos JEFs destacam-se a efetividade, a simplicidade e informalidade, economia pro-cessual e celeridade. Em 2015 foram ajuizadas 44.362 ações. Em 2016 já foram ajuizadas 12.336 ações.

Segundo o juiz federal co-ordenador dos JEFs na JFAL, Felini de Oliveira Wanderley, os Juizados Federais nasceram para garantir um acesso mais rápido da população ao Judici-ário, em especial a mais social-mente necessitada. “O acesso à Justiça é um requisito funda-mental de um sistema jurídico moderno e igualitário para a garantia dos direitos sociais”, afirma.

Ano passado foram expedi-das 25.768 Requisições de Pe-queno Valor (RPVs), expediente

por meio do qual se requisita ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região o pagamento de valor corresponde ao montante devi-do às partes que tiveram ganho de causa no Juizado. Em 2016, até o presente momento, foram expedidas 1.563 Requisições de Pequeno Valor.

COMO FUNCIONA Aqueles que tiverem de-

mandas a serem ajuizadas no Juizado Especial Federal po-dem optar por ajuizar direta-mente a demanda ou por meio de advogado público ou priva-do. No primeiro caso, poderá ajuizar por meio de represen-tação da Defensoria Pública da União, que presta assistência integral e gratuita à população carente (telefones: (82) 3194-2300/2323/2325/2308). Nos demais casos, poderá ajuizar sua ação por meio de advoga-do voluntário (Maizia Accioly Chueke), cujo atendimento é prestado na sede da Justiça Federal de Alagoas ou por ad-vogado particular devidamente inscrito na OAB.

O Juizado Especial Federal de Alagoas dispõe de um Setor de Atermação, onde o cidadão poderá ajuizar diretamente sua demanda ou encaminhar seu pedido para o advogado vo-luntário, bem como tirar toda e qualquer dúvida sobre o ajuiza-mento e tramitação de deman-das nos JEFs.

O atendimento ao públi-co funciona das 9 às 18 horas ininterruptamente no prédio da Justiça Federal de Alagoas, localizado na Avenida Menino Marcelo, Serraria. O telefone de contato do Setor de Atermação é 2122-1442. No interior, os tele-fones de contato são: 2122-6900 (União dos Palmares); 2122-6970 (Arapiraca) e; 2122-6925 (Santana do Ipanema).

TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016ECONOMIA16

ALAGOAS EM 2015

Juizados injetaram R$ 140,7 milhões

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MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016 ESPORTES 17 TRIBUNAINDEPENDENTE

EsportesAos poucos, Dunga faz ‘limpeza’ na seleção com os jogadores remanescentes do 7x1Contratado com a responsabilidade de renovar o futebol do país, Dunga fez a convocação da Copa América com o menor número de jogadores que participaram do elenco do maior vexame da história da seleção brasileira - a derrota por 7 a 1 para a Alemanha. São apenas quatro remanescentes traumática eliminação. Daniel Alves, Luiz Gustavo, Willian e Hulk estavam na derrota do Mineirão e foram convocados. Dos quatro, apenas os três últimos entraram em campo na fatídica derrota para os alemães. O número de rema-nescentes, que oscilava sempre entre 7 e 11 convocados a cada uma das dez listas elaboradas, caiu especialmente pela escolha de Dunga de mesclar a seleção princi-pal com alguns nomes do time olímpico que buscará a medalha inédita na Rio-2016.

CSA e CRB decidem hoje o Campeonato Alagoano 2016Galo entra com a vantagem de ter vencido primeiro jogo por 2x0; Azulão conta com o apoio da maioria da torcida

Chegou o dia da grande decisão. CSA e CRB entram em campo

neste domingo às 16h para definir quem fica com a taça estadual 2016. Muitos fa-tores estão envolvidos nessa final. De um lado o Azulão que procura um resgate de hegemonia no futebol alago-ano. Montou um time novo com nova diretoria e chegou ao seu objetivo principal queera a decisão, a qual ofer-tou o tão sonhado calendário para o segundo semestre e o ano que vem. “O título será a cereja do bolo”, disse o presidente Rafael Tenório.

O Galo não quer deixar o principal rival crescer e tam-bém seguir acumulando títu-los. Desde 2012 o clube rega-tiano está em todas as finais e só perdeu uma (2014 para

o Coruripe). “Vamos vencer e temos muita confiança”, relatou o presidente Marcos Barbosa.

É certo que o jogo já co-meça 2x0 (placar construí-dio nma partida do domingo passado) para o CRB. O CSA precisa de dois gols para igualar a disputa e começar a pensar no título.

“Vamos fazer o primeiro para depois pensar no segun-do. Não podemos nos afobar”, disse o técnico Oliveira Ca-nindé. “Temos um elenco de atletas experientes que sa-bem da nossa condição e que vão buscar essa taça”, exal-tou o técnico Mazola Júnior.

O mistério foi a chave dos treinadores essa semana. No CSA, o volante Panda deve voltar à equipe titular, já que está recuperado de lesão. Po-

rém, ainda não se sabe se Ca-nindé vai improvisar em um dos setores do time, devido à suspensão de Rafinha, ou se vai deslocar Panda para a la-teral.

No CRB Marcos Martins pode ser titular e Bocão co-locado mais a frente fazendo a famosa dobra de laterais. Mazola tem ainda o retorno de Gabriel e a suspensão de Dakson.

O provável Azulão deve formar com Jéferson, Choco, Leandro, Douglas e Panda, Jean Cleber, Didira, Cleyton, João Paulo e Luis Soares, Rafael Oliveira.

O Galo deve entrar em campo com Juliano, Marcos Martins, Gabriel, Audálio e Diego, Olívio, Somália, Ri-valdo e Bocão, Luidy e Lucio Maranhão. CRB e CSA terão que “ralar” muito neste domingo para ficar com o troféu de campeão alagoano 2016

ASCOM CRB

Page 18: Edição número 2638 - 8 de maio de 2016

MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016ESPORTES18 TRIBUNAINDEPENDENTE

Jorginho adiantou que mesmo sem título fica no time

Vasco terá que segurar empolgação do Botafogo

Vasco e Botafogo se en-frentam neste domin-go às 16hs, no Ma-

racanã. Para ser campeão, o cruz-maltino precisa ap-enas de um empate. O dia do jogo decisivo do Campe-onato Carioca chegou. O Vasco fez uma grande pre-paração para a final contra o Botafogo e busca sustentar a vantagem conquistada no jogo de ida, quando derrotou o time alvinegro por 1 a 0.

Para o zagueiro Rodrigo, nem tudo está terminado. Ao falar sobre a expectativa para o jogo deste domingo, o jogador afirmou o Bota-fogo é um adversário difícil de se enfrentar “Temos um adversário complicado. O Botafogo é um time que nos deu problema, o mais duro que enfrentamos até agora. Joga de uma forma muito

parecida da nossa. É nisso que estamos pensando nesse momento, pois tivemos difi-culdades no jogo passado”, disse.

Rodrigo está no Vasco desde 2013 e fez parte do time camprão estadual no ano passado.. Neste ano, o zagueiro poderá levantar a taça do Campeonato Ca-rioca pela primeira vez na condição de capitão do cruz--maltino.

“Por ser capitão, estou sentindo algo especial. A se-mana é diferente e a respon-sabilidade também. É um título que, se acontecer, será marcante para mim e para o clube. Muitas vezes fui cam-peão estadual, mas nunca levantei a taça. Eu espero poder fazer isso no fim de se-mana. Estamos trabalhando bastante para que isso acon-

teça”, afirmou.Mesmo que Martín Silva

falhe; que Rodrigo e Luan não segurem Ribamar; que Nenê desperdice pênalti; que Riascos passe em bran-co; que o Vasco perca a in-vencibilidade e o título do Campeonato Carioca; que Jorginho seja criticado por imprensa e crucificado por torcedores, o treinador cruz--maltino fez a aposta certa ao decidir permanecer em São Januário em vez de acei-tar novo desafio e maior sa-lário no Cruzeiro.

Campeão ou não, Jorgi-nho acertou em continuar no Vasco. As razões que o levaram a esta decisão são diversas. Passam pela con-versa com Eurico Miranda, a sintonia com o elenco, a iminente possibilidade de título.

TERRA

Vasco tem vantagem do empate contra o Botafogo e pode ser bicampeão carioca neste domingo

Sport e Santa Cruz decidem o título pernambucano neste domingo na Ilha do Retiro

DECISÃO

Sport acredita na virada para bater o Santa Cruz e ser campeão pernambucano

Sport e Santa Cruz se en-frentam neste domingo, às 16h, na Ilha do Retiro. Como perdeu o primeiro jogo por 1 a 0, o Leão precisa vencer por dois gols de diferença para ser campeão pernam-bucano. Uma vitória por um gol leva a decisão para os pê-naltis. Qualquer empate dá o título para o Tricolor.

A postura agressiva dos jogadores do Sport no pri-meiro jogo da final do Cam-peonato Pernambucano, na última quarta-feira, contra o Santa Cruz, não esfriou

um dia depois do jogo. Em campo, no Arruda,

os rubro-negros se mostra-ram mais ligados do que o comum nesta temporada e o zagueiro Henríquez deu uma demonstração de que a motivação para o segundo jogo da final continua alta. Ao falar sobre o clássico, o colombiano soltou um pala-vrão. “Vontade pra Ca****”.

“O time deles aproveitou a chance e fez o gol. É uma boa equipe, mas teremos mais 90 minutos na Ilha para conseguir o título. Acho

que está tudo em aberto”, co-mentou o atacante Vinícius Araújo.

O atacante tricolor Lelê disse que ainda estava can-sado, mas se houvesse ou-tra partida no dia seguinte, atuaria normalmente. “Es-tou cansado do jogo de on-tem. Se o jogo fosse hoje, eu aguentaria jogar tranquila-mente”. O desgaste muscu-lar ainda preocupa alguns atletas para o jogo do próxi-mo domingo, a finalíssima, na Ilha do Retiro. O meia Lelê é um deles.

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ESPORTES 19 TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016

O Audax espera suportar o poderio do Santos e sair como campeão do Campeonato Paulista

PAULISTÃO

“Zebra” Audax de olho no título contra o SantosO Audax promete estar

preparado para en-carar o Santos neste

domingo às 16h, na Vila Belmiro. O time de Osasco espera suportar o poderio do adversário e sair como vencedor do Campeonato Paulista. O azarão do Es-tadual garante que treina uma nova postura em campo para não passar as mesmas dificuldades enfrentadas no jogo de ida, domingo passa-do, quando os times empa-taram por 1 a 1 em Osasco.

No último encontro o Santos foi melhor no pri-meiro tempo, ao acertar a trave duas vezes. “Eles

fizeram uma marcação atrás, esperaram o nosso time. Na Vila, com a pres-são da torcida, isso pro-vavelmente não vai acon-tecer. O Santos virá para cima e estamos prepara-dos para isso. Estamos in-sistindo nisso nos treinos, com trabalhos de saída de bola”, contou o volante Francis.

O estilo de jogo da equi-pe, com toques curtos des-de a defesa e sem chutões, já foi muito estudado pelos adversários, mas entre as partidas recentes, somen-te na final o Santos conse-guiu oferecer dificuldade.

A equipe do técnico Dori-val Junior evitou marcar a saída da bola, aguardou o Audax no campo de defesa e depois, saiu em velocida-de nos contragolpes.

Para ser campeão, o Au-dax precisa de uma vitó-ria simples ou em caso de empate, de levar a melhor na decisão por pênaltis. O Santos defende uma lon-ga invencibilidade na Vila Belmiro, onde não perde desde julho do ano passa-do, pelo Campeonato Bra-sileiro. Já no Estadual, a última derrota em casa foi em abril de 2011, para o Palmeiras.

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TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016PUBLICIDADE 20

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MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016 1 TRIBUNAINDEPENDENTE

Após três anos sem lançar inéditas, Justin Timberlake divulga novo single

A produção de discos de vinis vem aumentando

vertiginosamente nos últimos três anos,

inclusive com a abertura de duas fábricas no

Brasil. Em Maceió, uma loja nunca deixou de

vender os vinis e agora assiste ao crescimento dos números e ouvintes

das velhas bolachas

A espera dos fãs chegou ao fim. Sem lançar nenhuma inédita desde o segundo volume do álbum “The 20/20 Experience”, em 2013, Justin Timberlake voltou com a inédita “Can’t Stop the Feeling!” (ouça no UOL Música Deezer), divulgada nas redes sociais do cantor. Com produção de Max Martin, a canção faz parte da trilha sonora do filme “Trolls”, que estreia nos cinemas em outubro. Além de dublador, Justin assumiu a função de curador musical do longa-metragem. No clipe, atores e famosos que participam do filme, como a atriz Anna Kendrick, a cantora Gwen Stefani, o apresentador James Corden, dançam ao som de Timberlake.

JOÃO DIONISIO SOARESEDITOR DE D&A

Os discos de vinil voltaram e isso é um fato. O retorno não é triunfal, mas a bolacha feita de acetato vem retomando a dianteira do mercado a largas braçadas. E na contramão da propagada crise econômica do país, os números só crescem: em

2014, foram 102 mil discos prensados, um no depois a marca foi de 123 mil e a projeção para este ano é a prensagem de 150 mil bolachas. A Polysom já anunciou que tem um fila de artistas à espera para gravar seus discos ou prensar novamente velhos sucessos e a inauguração da Vinil Brasil deve quadruplicar a fabricação de discos no velho formato.

Em Maceió, pelo menos uma loja resiste há mais de três décadas e nunca parou de vender os vinis. As novidades ainda não são encontradas por lá, mas as prateleiras estão repletas de raridades. Instalada na Avenida Moreira e Silva, no Farol, a loja “O Vinil” foi idealizada por Cícero Alves da Silva. Mais conhecido como Kinkas, ele não vê a hora de comercializar as novidades do mercado.

Além disso, o número de consumidores vem tomando forma, inclusive com lojas voltando a vender as ancestrais vitrolas – que, claro, ganharam novos formatos e roupagem. “Quando o CD tomou conta do mercado e as vendas de vinis foram murchando, eu recebia muito pedidos para mudar de mídia. Vinil para CD, serviço que também faço. Com a falta de novidades, eu passei a vender as coleções de quem não queria mais guardar ou mesmo famílias que recebiam os discos como herança e não sabiam o que fazer com ele. Mas agora vejo pessoas entrarem na minha loja procurando novidades. É um aumento discreto, mas consigo senti-lo ”, diz Kinkas.

Cercado de pérolas do cancioneiro brasileiro, como um dos primeiros discos de Clara Nunes, o primeiro registro da carreira solo de Cazuza ou um Compact de Gal Costa, Kinkas lembra entusiasmado que todas as vezes que recebe uma coleção se depara com coisas que nunca viu. “Estou nesse ramo faz mais de 30 anos e ainda encontro obras inéditas de um cantor conhecido ou outro artista que nunca tinha ouvido falar. É impressionante também a durabilidade do vinil. Temos discos gravados na década de 60, 70 que tocam perfeitamente”, diz, apontando para um disco do maestro estadunidense Arthur Fiedler, gravado no início da década.

“É só conservar, não é como CD, que se arranhar estraga. O vinil recupera”, diz, dando um sorriso de

DIVERSÃO&ARTE

Ele

orgulho que só pode ser encontrado em apaixonados por seu ofício. “Eu nunca quis fechar essa loja, só posso fazer o que gosto. Resisti e agora assisto à volta dos vinis e isso é maravilhoso”, declara Kinkas, que em casa mantém uma coleção com 15 mil discos de vinil.

Para Kinkas, a volta dos vinis em plena era digital passa longe do mero saudosismo. Para o colecionador, essa retomada se deve pela qualidade do material. “O disco de vinil tem uma qualidade sonora melhor, pode não ser mais clara. Mas é melhor. Além disso,

Foto/João Dionisio Soares

você limpa o acetato, guarda com cuidado e ele não quebra. Não é como um CD, ou mesmo um MP3, que se queimar ou quebrar, já era”, diz, comparando o vinil com um fusca: “O vinil é que nem o fusca. Se eu morrer, nascer novamente, ainda encontrarei nesta Terra muita coisa em vinil”.

OS OUVINTES Para o estudante universitário Stoney Nogueira, a

volta do vinil é uma junção de fatores com a saudade de uma época em que a música era feita com mais cuidado e as possibilidades que o vinil apresenta. “Se eu baixar uma música pela internet não tenho o encarte, nem a emoção de ir à loja comprar o disco. O CD acabou sendo impessoal. O vinil não. O encarte é melhor trabalhado com fotos e a pessoa pode escolher com mais cuidado as faixas que deseja ou vir e é até mais romântico”, brinca.

Há dois meses que o estudante investiu em uma nova vitrola e tem garimpado velhos artistas. Ele acha que é o reencontro com a boa música. “Tenho encontrados trabalhos incríveis de artistas que não gravam mais. Tem de tudo: cantores que nunca ouvi falar e virei fã. Acho que esse reencontro também é um fator para a volta do vinil. É o reencontro com uma música mais cuidada”, avalia ele, que também adquiriu trabalhos inéditos de Tom Zé e Ed Motta, os primeiros músicos brasileiros a voltar para o vinil.

Mas há quem tenha enxergado nos vinis um caminho para matar as saudades de uma vida. Ao ganhar uma vitrola de uma prima, a jornalista Adelaide Nogueira reencontrou o pai, o também jornalista Ródio Nogueira, os tios, os avós e as lembranças de toda sua infância e adolescência. O catalizador para o encontro de tantas emoções foram os vinis deixados pelo pai.

“Cresci ouvindo Chico, Alceu e tantos outros. Em tempos de iPod e iPhone, YouTube, downloads, MP4 e digitalização musical, para mim falta o ruído da vitrola. É tudo muito mecanizado. O som do vinil, para mim, é tipo comida de mãe. Gosto e cheiro de casa, lar, família. Eu aprendi Reconvexo, La belle de jour. Isso lembra minha infância, ouvindo música com meus tios”, relembra saudosista a jornalista, que agora procura os vinis coloridos feitos para crianças.

Para ela, a prova da boa qualidade do que se escuta em vinis é o interesse de sua sobrinha em saber como um disco toca dos dois lados e como uma agulha faz sair o som da bolacha. “ Tem sido divertido. Minha sobrinha nasceu em épocas de CDs e DVds. Agora ela escuta no vinil um som autêntico sem tantas tecnologias na voz do cantor. É um reencontro cheio de saudade e afeto”.

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DIVERSÃO&ARTE2 TRIBUNAINDEPENDENTEMACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016

FALE CONOSCO - A Agenda é um serviço gratuito de orientação ao leitor. Os interessados em divulgar eventos, shows e exposições podem enviar material através do endereço: [email protected]

Wilma AraújoA estrela da música

alagoana Wilma Araújo desfila um

repertório de Roberto Carlos, hoje, numa homenagem do restau-rante Comedoria Gour-met ao Dia das Mães. Trata-se de um jantar musical preparado especialmente para a data que é uma das mais concorridas entre as famílias brasileiras. Valor: R$ 100. Tel. para reser-vas: (82) 99332 4004.

Raul Seixas A banda Cachorro Urubu faz um show especial no dia 14 de maio tocando sucessos do Maluco Beleza,

Raul Seixas, e do rei do soul brasileiro, Tim Maia. Desde o ano passado, os músicos Phillipe Carvalho e Victor Lira, famosos pela homenagem a Raul Seixas com os shows da banda Cachorro Urubu, se

uniram a outro músico, João Hugo, numa parceria.

Jorge Ben Marley

Sexta, dia 13 de maio, às 23h, é dia de espantar os males com o super especial Jorge Ben Marley! Uma noite para balançar o esqueleto ao som do grande mestre Jorge

Ben Jor, sob o comando do Samba da Ladeira e releituras do grande mestre Bob Marley, sob o comando de Docho Manta e a banda Rádio Sintonia. Local: Ovni Showbar. Mais informações: (82) 99908-1035

Ocupe a praçaO projeto Ocupe a Praça, que vai levar arte e cultura para todas as regiões de Maceió, inicia sua fase de apresentações de shows e espetáculos ar-tísticos hoje, a partir das 15h, na praça Centená-rio, no bairro do Farol. A banda de rock Eek, a As-sociação Teatral Joana Gajuru e o Coletivo Volante de Teatro e ainda o grupo de percussão Afrolozzi e os forrozeiros Fidelis e Cabruêra estão entre as atrações do evento, também comemorativo ao Dia das Mães. A ação, idealizada e produzida pelo Co-letivo Popfuzz e realizada pela Fundação Munici-pal de Ação Cultural (FMAC), deve ser levada para oito praças da capital, envolvendo todas as regiões administrativas da cidade

Legião UrbanaA turnê que comemora os 30 anos do lançamento do pri-meiro LP da banda Legião Urbana chega a Maceió no dia 21 de maio. O espetáculo será dividido em duas partes. Na primeira a banda toca, na íntegra e na ordem original, as músicas de “Legião Urbana”, álbum lançado em 1985 e que trazia sucessos como “Geração Coca-Cola” e “Será”, “Soldados” e “Por Enquanto”. Após o intervalo, o grupo apresenta sucessos dos outros discos da carreira, como “Pais e filhos”, “Índios”, “Há tempos” e “Que país é este”. Remanescentes da banda, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá são acompanhados pelo guitarrista Lucas Vasconcellos, o baixista Mauro Berman o tecladista Roberto Pollo e o ator e cantor André Frateschi.

Aviva Cajueira A Paróquia de Cajuei-ro, Nossa Senhora do Livramento, em parce-ria com o portal catoli-coarretado.com, sedia no dia 28 de maio o “Aviva Cajueiro”, even-to católico em Cajueiro. A proposta do evento é a evangelização da juventude e ações conscientizadoras aos jovens em situação de vulnerabilidade social. A programação contará com louvor, pregação, adoração, missa e o show de Diego Fernan-des, Ministério Tronos, Ministério Anuncia-me e Maria Nossa Mãe. A organização pede que quem for ao show leve um quilo de alimento não perecível.

ZecaMaceió recebe a turnê de lançamento do novo discodo músico Zeca Baleiro, “Era Domingo”. O show acontece no próximo dia 3 de junho. Para a apresentação, que acontece no Teatro Gustavo Leite, ás 21h, o artista promete surpresas, como re-leitura de suas próprias canções etambé de artistasque admira, entre eles David Bowie e Herivelto Martins.

Músico O músico Martin Mendonça traz o lançamento

de seu show da turnê “Quando Um Não Quer” a Maceió. O título da turnê dá nome

ao disco que é o primeiro trabalho solo de Martin, guitarrista, cantor, compositor e produtor. O músi-co é conhecido nacionalmente por ser o guitarrista na banda da cantora Pitty e pelo duo formado com a mesma, o Agridoce, que lançou um disco, um dvd e fez uma turnê pelo Brasil. Na sua performance, Martin canta e toca guitarra, interpretando suas composições e também algumas parcerias com os artistas/amigos com quem tocou ao longo de sua carreira. Local: Arte Pajuçara, às 20h. Ingressos: R$ 20,00. Vendas: Chilli Beans (Maceió Shopping)

Exposição “Olhares”Com o tema ‘Olhares’, a exposição fotográfica da Polícia Militar de Alagoas realizada no Shopping Pátio Maceió, convida ao público para conhecer um pouco mais sobre a cor-poração através de suas modalida-des de policiamento. A mostra reúne 16 painéis fotográficos que trazem policiais em suas diversas atividades, durante o exercício de sua função, bem como a presença de duas viaturas policiais. O público poderá prestigiar a atração até o dia 18 de maio, na Praça Central de Eventos, de segunda à sexta, das 10h às 22h, e aos domingos, das 14h às 20h.

Oficina O Sesc como incentivador da cul-tura nas suas diversas linguagens, abre inscrições para o Curso de Pro-dução Literária, tendo a experiência da professora universitária, especia-lista em linguística, Marta Eugênia. As aulas terão como espaço a Unidade Sesc Arapiraca, realizadas no período de junho a julho de 2016. O conteúdo abordará situações de experiências com as palavras, suas posições fônicas. Os trabalhos serão distribuídos em exercícios corporais, vocais, envolvidos ao texto poético. O curso é aberto ao público para maiores de 16 anos. Inscrições de 16 a 27 de maio de 2016. Informa-ções: 3482-2402/ 3482-2400

“Parto: O Nascer de uma Mãe”Iniciando a programação para o mês das mães, o Maceió Shopping recebe até 31 de maio, a expo-sição fotográfica ‘Parto: O Nascer de Uma Mãe’. A mostra traz um pouco do universo materno a partir do olhar da fotógrafa Karla Santa Maria. O evento é gratuito e está montado no 2º piso, em frente a farmácia, ‘A Fórmula’.

Edital para exposição A Secretaria de Estado da Cultura (Secult) lançou o Edital de Sele-ção de Exposições Temporárias 2016/2017. O certame beneficiará 20 exposições com a disponibiliza-ção de espaços expositivos e um montante total de 40 mil reais. As ins-crições são gratuitas e seguem até o dia 03 de junho. Para o edital de

Seleção de Exposições Temporárias 2016/2017 da Secult, poderão se ins-crever artistas, pessoas físicas maio-res de 18 anos e pessoa jurídica, que sejam autores e executores de suas obras. Serão aceitos projetos coletivos ou individuais, de qualquer suporte artístico e caráter. A inscrição deve se enviada ou entregue no Pro-

tocolo da Secult, localizada na Praça Marechal Floriano Peixoto, no Centro de Maceió, em envelope lacrado e identificado. Os artistas deverão enviar suas propostas em formato portfólio, contendo os documentos solicitados no Edital disponível no portal http://www.cultura.al.gov.br/editais-e-concursos/2016

Forró E a temporada das festas de forró começa a dá sinais de sua animação. Para o dia 13 de junho já foi marcado encontro com os cantores Gabriel Diniz, o “O Poeta”, Dorgival Dantas, além dos músicos Galã e Jonas Estica-do. Será a “Festinha Nervosa de São João 2016”, que acontece no dia 13 de junho, na Acropole Hall.

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TRIBUNAINDEPENDENTE MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016

C’est fini

DIVERSÃO&ARTE 3

TV TUDO

FLÁVIO RICCO - colaboração: José Carlos Nery - www.twitter.com/flavioricco

ÁRIES - (21/3 a 19/4) – Acalme-se, reflita e controle os seus impulsos. Alguma ansiedade e desconten-tamento consigo próprio podem originar quebras nos seus relacio-namentos. Se iniciou uma relação recentemente, chegará à conclusão que não é o melhor para si.Carta do Dia: A Torre, que significa Convicções Erradas, ColapsoTOURO – (20/4 a 20/5) – Tenha algum cuidado com as más-línguas, pois poderão jogar por terra a sua relação amorosa. Acima de tudo confie na sua intuição. Tire as suas próprias conclu-sões e não dê ouvidos a terceiros. O sol voltará a brilhar para você.Carta do Dia: 6 de Paus, que significa Ganho

GÊMEOS – (21/5 a 21/6) – No plano profissional e material: Este será um pe-ríodo em que será avaliado pelos seus superiores e deverá ter em atenção todos os pormenores. A economia do-méstica pode trazer algumas situações urgentes a cuidar. Não faça gastos supérfluos.Carta do Dia: 8 de Ouros, que significa Esforço PessoalCÂNCER – (22/6 a 22/7) – Poderá debater-se com um problema ligado á família. Tudo fará para assumir as suas responsabilidades, toda a sua energia estará ao serviço de quem ama. Quanto à instabilidade na vida amorosa saiba que depois da tempestade vem a bonança.

Carta do Dia: A Força, que significa Força, DomínioLEÃO – (23/7 a 22/8) – O trabalho pode se ressentir com o cansaço físico. Não entre-gue trabalhos que não sejam devidamente revistos. Uma pequena falta de atenção pode causar um problema maior difícil de re-parar. Não corra riscos desnecessários.Car-ta do Dia: O Carro, que significa SucessoVIRGEM – (23/8 a 22/9) – Poderá se sentir desmotivado, habitado por uma baixa de vitalidade, as suas energias não permitirão sair e partir à conquista. Procure os mimos do ser que partilha a sua vida e em conjunto dedique-se a atividades caseiras que lhe dão prazer.Carta do Dia: Ás de Espadas, que significa Vitória

LIBRA – (23/9 a 22/10) –A sua atividade profissional vive um perío do calmo e deverá empregar o tempo disponível na busca de novas soluções para tarefas que se mostram rotineiras. Estude vivamente um novo projeto de investimento.Carta do Dia: 8 de Copas, que significa Concretização, FelicidadeESCORPIÃO – (23/10 a 21/11) – Deve manter-se calmo perante quaisquer mudanças de métodos de trabalho. O bom ambiente que reina no seu local de trabalho será uma maior-valia para poder partilhar as suas ideias e anular o desânimo que o atinge.Carta do Dia: 10 de Copas, que significa Felicidade

SAGITÁRIO – (22/11 a 21/12) – Não deixe o seu futuro profissional por mãos alheias. Afirme-se. Há que ter um maior discernimento e procurar aquilo que realmente gosta e quer fazer. Faça a gestão do seu dinheiro com os olhos postos no futuro.Carta do Dia: a Roda da Fortuna, que significa Sorte.CAPRICÓRNIO – (22/12 a 19/1) – Os casais em fase de desgaste podem viver, reconciliações ardentes e fo-gosas, e de alguma forma, conseguir também diálogos positivos para a construção de uma vida a dois em que se poderá incluir um projeto de maternidade.

Carta do Dia: a Lua, que significa Falsas IlusõesAQUÁRIO – (20/1 a 18/2) – Não se afaste das linhas de conduta traçadas por si próprio. Seja realista e avance nos seus projetos sem dar ouvidos a terceiros. Diz o ditado que quem não arrisca não petisca, assim, com bom senso, arrisque e invista conforme a sua intuição.Carta do Dia: 6 de Espadas, que significa Viagem InesperadaPEIXES – (19/2 a 20/3) -Se está á procura da sua alma gêmea, faça algo para fazer as coisas acontecer. Entre em ação.Carta do Dia: Rei de Espadas, que significa Poder, Autoridade

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FREIOSMAÇÃ

RTENIADO

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YOKRELEFRACASSADASMELRAIMU

OBSTACULOS

Elevado do(?): liga a

Barra à Zo-na Sul (Rio)

Produto de exportaçãode Bastos

(SP)

Depósito comum emfazendas

Excluir(alguém)

do convívio

Palerma;tolo

Live (?),festival be-neficente

(ing.)(?) de liga-

ção, re-dundânciarecorrente

Ninguém,em es-panhol

(?)-fé: ca-racteriza o sofisma

(Filos.)

Braço, eminglês

A unidadedo DVD, no com-putador

Formatodo palitode dentes

"(?) Xepa",peça dePedroBloch

São aciona-dos por ala-vancas nabicicleta

Parasitaintestinal,é achatadoe comprido

(?) Globe,variedade

de uva de mesa

“(?), vo-cê!”, bor-dão de Va-nucci (TV)

Drible cur-to, mudan-do a dire-ção (fut.)

AnistiaInterna-cional(sigla)

Cria docavalocom a

jumenta

Prudentes

Logo, eminglês

Fonte de tempes-tades magnéticas

Sociólogo recifense, éautor de "Casa-Grande& Senzala"Alckmin,em rela-ção a SP

(?) Lisboa, atrizCorrida com (?), pro-va atlética que existedesde a Grécia Antiga

Sacola, emfrancês

Nocaute(abrev.)

Estuda (o texto)novamente

(?) a Ri-gor, bandaPequeno

carro (ing.)

Seduziu

Parte sali-ente da fa-ce (Anat.)

CriaturaOrganiza-ção criadaem 1945

É celebrada peloscristãos no Domingo

de Páscoa (Rel.)Taoismo (red.)

"Deus", em "teocen-trismo"

André Sá, tenista"Chega de(?)", clássico da

Bossa Nova cantadopor João Gilberto

Comer ànoite

Que falha-ram (fem.)

Ceder gra-tuitamenteArmamen-to aéreo

Compai-xão; penaChoupo(Bot.)

As vias de trensCrença

religiosa

Obstinação

Gigantecaçador(Mit.)

3/aid — arm — joá — red — sac. 4/kart — soon. 5/nadie — órion.Então tem esse problema dos atores não poderem aparecer em novelas da Globo porque estão ou estarão em produções da concorrente – caso de “Escrava Mãe”. Curioso, no entanto, o que acontece quando o tema “repetição” se volta para o campo do humor.Luis Miranda é um dos mais acionados no “Zorra” e também vive um dos principais, no “Mister Brau”, mas ninguém reclama. Parece que cada caso é um caso. Então é isso. Mas amanhã tem mais. Tchau!

·“Tá sabendo?”, programa do Thiago Rocha que estreia amanhã na Rede TV!, terá uma divisão de telas a fim de provocar interação com o público...·... Enquanto o apresentador estiver apa-recendo em uma tela maior, nas demais, o telespectador saberá o que sua equipe está preparando como próxima atração...·... Como se tivesse acesso ao roteiro do programa. ·Acertando: a série especial sobre os Jogos Olímpicos, produzida pela equipe do “Esporte Fantástico”, ficará em cartaz até 30 de julho. ·Silvio Santos costuma dizer que o SBT é um canal de entretenimento...·... Jornalismo e esporte, portanto, nunca foram prioridade na Anhanguera.·... Por essas e outras, o campeonato brasileiro da série A vai passar bem longe de sua emissora.·Contrato da Maria Paula é válido para apenas esta temporada de “A Liga”, em total de 11 episódios.·Nem poderia ser diferente: Michel Temer também ganhará uma interpretação em “A Praça é Nossa”...·... Falta definir apenas o ator.·O programa necessita de investimentos, é verdade, mas foi bem divertida a entrevista do Zé Américo com o Moacyr Franco, na estreia, quarta passada, do “Conexão” na CNT. ·Galvão Bueno já entrou no “clima” de “Haja Coração”.

Bem na foto 1Apolo, Malvino Salvador, vai ser disputado por Mariana Ximenes e Cléo Pires, em “Haja Coração”, nova novela das 19h. De um lado, Tancinha (Ximenes), descrita pelo autor Da-niel Ortiz como um furacão e as referências para compor a sua caracterização estão no cinema italiano. Tipo exuberante, colorida e com longas madeixas.

Bem na foto 2Já Tamara, vivida por Cleo Pires, é apre-sentada como alguém mais moderna e as inspirações para sua composição são as atrizes espanholas e mexicanas. Possui um cabelo mais claro nas pontas, como se fosse queimado de sol, e uma maquiagem mais marrom, com detalhes cintilantes. A produção estreia dia 30.

Premiação Duas chamadas criadas e produzi-das pela equipe de promos da Dis-covery Networks Brasil são finalistas no PromaxBDA Mundial. O Disco-very concorre na categoria “Channel Holiday/Special Event Spot” com a peça “Quintas Ferozes”. Já o Animal Planet, na categoria “General Image Spot or Campaign: Cable, satellite and online platforms” com a chamada do website do canal. Os vencedores serão conhecidos em junho em cerimônia realizada em Nova York.

João 1“João ou o Milagre das Mãos”, longa sobre a vida do pianista e maestro João Carlos Martins, encerra dia 20 de maio sua bateria de filmagens em São Paulo. Logo depois, os trabalhos irão se dividir entre Uruguai e Estados Unidos, sempre com direção de Mauro Lima.

João 2O elenco de “João ou o Milagre das Mãos” tem Rodrigo Pandolfo e Alexandre Nero, nas fases jovem e adulta do maestro. Ainda no elenco, Caco Ciocler, Fernanda Nobre e Alinne Moraes, mulher de Mauro Lima.O filme chegará aos cinemas no ano que vem.

Band exige resposta comercial para ressuscitar “CQC” no ano que vem Entre fins de agosto e começo de setembro, portanto já com os Jogos Olímpicos encerrados, a direção da Bandeirantes

pretende colocar na mesa de discussão o assunto “CQC”, que oficialmente encontra-se em período sabático. A ideia de provocar saudade no público é interessante e cria expectativas, só que, em virtude do atual cenário econômico – a

Band inclusive desistiu do campeonato brasileiro da série A-, fica difícil acreditar que o programa será mesmo ressuscitado. Na verdade, para a maioria, na emissora, trata-se de um caso encerrado e que não tem volta, mas os donos do formato não pensam dessa maneira e acreditam realmente no retorno dos “homens de preto” – nova geração. Daí a razão de insistirem no tal “período sabático”. O “CQC” até pode voltar ao ar em 2017, porém, haverá a obrigação de uma resposta comercial à altu-ra. Se não estiver completamente vendido, esse retorno às noites de segunda-feira não acontecerá, uma vez que a emissora descarta investir em novas “aventuras”. O momento exige os pés no chão.

ConstataçãoSobre a turbulência observada nos bastidores de “Velho Chico”, importante que a direção da novela, entenda-se Luiz Fernando Carvalho, trabalhe a favor do texto de Benedito Ruy Barbo-sa. Explore o realismo que a história pede. Invencionice, agora, não é o caso.

De voltaLonge das novelas da Record desde 2009, quando trabalhou em “Promessas de Amor”, Felipe Folgosi, fechou participação em “A Terra Prometida”, substituta de “Os Dez Mandamentos”. Nessa adaptação de Renato Modesto, ele fará Elieber, irmão mais velho da protagonista Aruna (Thais Melchior). Tipo do bem.Folgosi, além de ter atuado “Louca Família”, “Bofe de Elite” e integrado o elenco de “A Fazenda”, na Record, também teve passagens por Band, HBO e SBT.

Correção de rumoViviane Araújo viveria uma ex-passista em “Império”, de Aguinaldo Silva, mas na última hora ela perdeu a personagem para Cris Vianna. A história é bem conhecida e Viviane acabou fazendo – e muito bem – a Naná, uma manicure. Porém, surge agora a informação que ela foi convidada para viver uma...ex-passista, em “Sonha Comigo”, na fila das 19h da Globo. A passista que não foi com o Aguinaldo. Nada como uma novela após a outra.

Capítulo especialA novela “Escrava Mãe”, escrita por Gustavo Reiz, terá um capítulo especial de estreia na Record, dia 30, às 19h30. Sua primeira fase começa na África, em 1789. Já no primeiro capítulo acontece a passagem de tempo para 1808, que é quando a trama se desenrola. Gabriela Moreyra vive a protagonista.

Susana Vieira recebeu orientação para não gritar muito

durante sua participação no

“Vídeo Show” da Globo.

Porque incomoda

quem está do outro

lado público

GLOBO

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MACEIÓ - DOMINGO, 13 DE MARÇO DE 2016 ESPECIAL 3MACEIÓ - DOMINGO, 8 DE MAIO DE 2016ESPECIAL4 TRIBUNAINDEPENDENTE TRIBUNAINDEPENDENTE

Sra. Patrícia Cartaxo Dantas e Rafael Cartaxo Dantas

A amiga Dinha Tenório

A amiga Patrícia Cartaxo Dantas

Sra. Ana Lydia Vasconcelos Monte Sra. Cleide Vieira Sra. Marlene Leite Sra. Martha Azevedo

Sra. Martha Azevedo

Sras. Lygia, Flávia e Carla Coutinho

Sra. Janete Lobo A amiga Kalina Jucá Sra. Vânia Coutinho A amiga Ana Paula Sra. Ana Dória Sra. Flávia Soares Sra. Isabel Pinheiro Sra. Graça Martin

Tereza Malta e Wandinha Coutinho

A amiga Graça Nobre Sra. Fabiane MaltaSra. Márcia Vasconcelos

A amiga Ana Costa

Sra. Eliane Lima

Sra. Clodys Lages Sra. Fátima Resende Oiticica Sra. Laura Vasco A amiga Lígia Oliveira

Sra. Marly Marroquim Sra. Renata Calheiros Sra. Márcia Maciel As amigas Isabella Bezerra e Socorrinho Bezerra

As amigas Ana Hora e Tatiana Brasil

Top News homenageia o Dia das Mãessplêndido a ideia de nomear um dia para elas. Um dia para dizer que são especiais (mesmo sabendo que em todos os dias elas são). Um dia para presenteá-las com amor, com carinho (mesmo sabendo que merecem todos os presentes em todos os momentos). Um dia lindo, perfeito, para dizer que elas são lembradas. Um dia para abraçá-las mais um vez (mesmo merecendo ser abraçadas todos os dias). Um dia, único e especial. Dia das Mães no calendário é apenas um dia do

ano, mas o dia da sua mãe em sua vida será todos os dias. Para todas essas mulheres extraordinárias, representadas em nossas leitoras, colaboradoras, colegas de trabalho, amigas, em cada mulher que equilibra sua rotina entre filhos, trabalho e vida pessoal. A todas essas mulheres, a coluna TopNews e Elenilson Gomes desejam o Dia das Mães inesquecível, cheio de alegrias e muito amor de todos os seus filhos.Feliz Dia das Mães!

FOTOS BY CHICO E GAL BRANDÃO

A amiga Ângela Maciel Veiga

As amigas Marlene Leite e Márcia Marques

As amigas Fátima Rolim e Moacyra Cunha

Sras. Fabrícia Feitosa e Mirella Coelho

A amiga Cláudia Toledo

Sra. Monique Casado

Sra. Ana Márcia Castro Sra. Eliane Tenório Sra. Elisabeth Guedes Sra. Eliane Cavalcante Sra. Jessica Jucá Vilela Sra. Maridalva Nunes

Sra. Mônica Garcia Sra. Mônica casado Sra. Wanessa Tenório Sra. Girlene Carlos Sra. Wanessa Costa

Sra. Elvira Ribeiro Sra. Silvana Vasconcellos Sra. Lurdinha Lyra

A amiga Fátima Tenório

Sra. Luciene Moraes

Sra. Angela Monteiro

Sras. Raquel e Marly Brizeno

Sra. Jocélia Rocha Sra. Eliane Lima Sra. Esther Manso Sra. Vânia Nutels Sra. Valéria Cox

Sras. Viviane Calado, Yeda Rocha e Rosa Gaia

Sras. Cláudia Cunha e Andréia Cunha Sras. Soraya Omena e Luciana Omena

Sra. Marília Acyoli Sras. Tãnia Albuquerque e Mirna Dória

Sra. Helena Ferraro Sra. Sônia Pontes

A amiga Cleide Vieira

As amigas Fabrícia Feitosa e Mirella Coelho A amiga Aninha Tenório

A amiga Ana Márcia Castro

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