Edificações I_Capitulo 8

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    8.1

    NDICE DO CAPTULO

    Pg.

    8.1 - Introduo 8.3 8.2 - Vos de janela 8.3 8.3 - Vos de porta 8.15 8.4 - Legislao especfica 8.27 8.5 - Bibliografia especfica 8.27

  • 8.2

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    8.3

    8.1 INTRODUO

    Em rigor, designam-se por VOS as abertura praticada numa parede (ou num telhado) e susceptveis de receber os componentes da edificao que designamos por portas e janelas.

    Na prtica chamamos-lhes vos de porta e vos de janela e podemos classific-los em ordem aos materiais, tipologia, aos aspectos construtivos e aos requisitos funcionais.

    8.2 VOS DE JANELA

    8.2.1 Definio

    Uma JANELA um componente funcional mvel ou fixo, um filtro que obtura um vo de parede(1) e que, quando aberto permite eventualmente a viso, e a passagem de pessoas e objectos atravs desse vo.

    A janela pode afectar o funcionamento global da parede em relao a distintos aspectos, como sejam: luz, ventilao, vista, som, segurana, privacidade, propagao de chamas, presso do ar e eventual entrada descontrolada de agentes atmosfricos (vento e chuva).

    (1) Ou eventualmente um telhado, situao em que falamos duma clarabia.

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    8.4

    8.2.2 Terminologia

    Existe um vocabulrio tcnico normalmente associado a janelas e que consiste em:

    Fig. 8.1 - Terminologia de janelas

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    8.5

    Do ponto de vista da funcionalidade, no que respeita o trnsito de pessoas, distinguem-se as:

    Fig. 8.2 - (1) Janelas de sacada (ou janelas-porta), (2) Janelas de peito

    8.2.3 Tipologias de funcionamento

    Em ordem sua tipologia, as janelas classificam-se:

    a) Janelas fixas So normalmente as mais baratas, embora com o inconveniente de terem de ser lavadas pelo lado de fora, uma vez que no se podem abrir (condicionante a ponderar cuidadosamente).

    b) Janelas giratrias, de eixo vertical

    b1) de abrir para dentro ou francesa (a mais vulgar no nosso Pas), fcil de lavar pelo interior mas susceptvel de causar desarrumao num plano de trabalho prximo, caso se abra de repente (p.ex. golpe de vento).

    Fig. 8.3 - Janela de abrir para dentro

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    8.6

    b2) de abrir para fora, ou inglesa, eventualmente com melhor estanquecidade que a anterior, porm difcil de lavar e de fechar a partir do interior.

    Fig. 8.4 - Janela de abrir para fora

    b3) pivotante vertical, com os inconvenientes de permitir apenas 50% de utilizao do vo (p.ex. para passar objectos) e de no ter uma estanquecidade perfeita (o fundo recolhe, em partes iguais, o que de bom e de mau tm as duas janelas anteriores).

    Fig. 8.5 - Janela pivotante vertical

    c) Janelas giratrias, de eixo horizontal

    c1) de eixo horizontal superior ou basculante de viseira projectando-se para o exterior.

    Fig. 8.6 - Janela basculante de viseira

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    8.7

    c2) de eixo horizontal inferior ou basculante de ventilao, s podendo abrir para dentro, porm bastante eficaz para ventilao de ar quente e viciado que se acumula junto ao tecto.

    Fig. 8.7 - Janela basculante de ventilao

    c3) pivotante horizontal, com os inconvenientes j referidos em b3).

    Fig. 8.8 - Janela pivotante horizontal

    d) Janelas de translao, ou de correr

    d1) de translao horizontal ou de correr, igualmente muito vulgarizada entre ns, tem a vantagem de ser barata e o inconveniente de apresentar geralmente m estanquecidade (resultante da folga de que necessita para ser desmontada.

    Fig. 8.9 - Janela de correr

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    8.8

    d2) de translao vertical ou de guilhotina, actualmente pouco utilizada em Portugal e, uma vez mais, com o inconveniente de s permitir a utilizao de 50% do vo.

    Fig. 8.10 - Janela de guilhotina

    e) Janelas oscilobatentes ou mistas, ou de girar e bascular, so actualmente a soluo mais eficaz no que respeita funcionalidade, tendo no entanto como nico inconveniente o facto de serem caras.

    Fig. 8.11 - Janela oscilobatente

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    8.2.4 Materiais

    Caracterizao das janelas em ordem aos materiais:

    8.2.4.1 Carpintaria de madeira

    Devem utilizar-se, de um modo geral, madeiras rijas e bem secas (nacionais ou improtadas), como o pinho, azinho, mussibi, kambala, mutene, sucupira, mogno, etc.

    De um modo geral, uma m caixilharia de madeira sai concerteza mais barata que uma caixilharia em alumnio de qualidade regular, mas que pelo contrrio, uma boa caixilharia de madeira, com boas ferragens e devidamente tratada sai to cara que a melhor caixilharia de alumnio existente no nosso mercado.

    Pode-se trabalhar a madeira tal como nos chega da serrao ou aps tratamento preventivo com produtos preservadores de madeira, por exemplo por impregnao em autoclave (o que no habitual). Aps execuo, imperioso proteg-la, seja por:

    a) pintura, no esquema de tapa-poros, primrio, sub-capa e 2 ou 3 demos de acabamento, normalmente em tintas de esmalte sinttico, acrlicas ou de poliuretano.

    b) vernizes, transparentes, com ou sem brilho, aps a demo prvia de tapa-poros e renovveis de preferncia todos os anos.

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    8.10

    c) solues impregnantes, transparentes, incolores ou coloridas (p.ex. Bondex, Cuprinol Transcolor, Xyladecor, etc.), sendo de notar que, neste caso, se deve prescindir da aplicao do tapa-poros pois impediria a impregnao que ir imunizar a madeira contra o ataque de fungos e insectos xilfagos.

    Este tipo de proteo tem a favor o facto de, sendo hidrofugante, permitir a respirao da madeira e tem contra o facto de, nalguns casos conter elementos altamente txicos (p.ex. PCP- pentaclorofenol)(2).

    8.2.4.2 Serralharia de ferro

    A serralharia de ferro sai normalmente mais cara, se se pretender uma qualidade equivalente do alumnio, no que se refere especialmente estanquecidade, ao vento e gua, contabilizando ainda os custos de manuteno (praticamente nulos no caso do alumnio). Com efeito, para obter uma proteo eficaz do ferro contra a corroso, h que galvanizar e pintar devidamente os perfis, o que salienta o aspecto antieconmico da sua utilizao. Acresce que normalmente s h no mercado perfis pouco elaborados, bastante simples, devido natural dificuldade de produzir perfis complicados como os de alumnio.

    8.2.4.3 Serralharia de ao inox

    Os perfilados de ao inox utilizam-se com menos frequncia devido ao seu custo ainda mais elevado, embora a manuteno seja nula. frequente todavia a sua utilizao p. ex. em montras de lojas ou em situaes de decorao em que se pretende tirar partido do aspecto esttico do ao inox, o qual se pode apresentar com acabamento polido brilhante ou mate, brunido ou escovado.

    (2) A rega alis , quanto mais eficaz o impregamento contra os carunchos, tanto mais txico ele .

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    8.11

    8.2.4.4 Serralharia de alumnio

    As suas principais vantagens residem na flexibilidade e preciso do processo de extruso dos perfis, bem como na ausncia de custos de manuteno, a qual se limita a recomendar uma lavagem anual com gua e sabo. Podem-se executar em alumnio perfilado a maior parte das portas e janelas estudadas, embora as mais usuais entre ns sejam as de abrir francesa e de correr. De referir, a ttulo de curiosidade, que os franceses no usam janelas de guilhotina (supersties...).

    O acabamento dos perfis pode ser de polimento mecnico (s para interiores), por anodizao (que consiste como se sabe em duas operaes complementares, a produo de camada andica e a colmatagem dos seus poros, com eventual incorporao de cor) ou ainda por termolacagem (pintura electroesttica).

    O alumnio em contacto com o ferro entra em corroso electroqumica, pelo que se devem utilizar na montagem apenas parafusos de nylon ou ao inox e ainda aplicar separadores (p.ex. borracha) entre os perfis e eventuais pr-aros de ao.

    Perfis em alumnio salpicados com massas de cimento ficaro irremedivelmente manchados, pelo que devem ser protegidos prviamente com verniz adequado ou ento imediatamente limpos.

    8.2.4.5 Serralharia de bronze

    Potencialmente to verstil como a de alumnio, igualmente produzvel em perfis extrudidos, o bronze pouco utilizado comercialmente, devido ao seu custo demasiado elevado(3).

    (3) Visitar a sede da Fundao Calouste Gulbenkian e Museu, em Lisboa.

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    8.12

    8.2.4.6 Serralharia de plstico

    Actualmente utilizam-se tambm perfis extrudidos, de geometria semelhante dos perfis de alumnio, mas realizados em PVC modificado, contendo aditivos estabilizadores, pigmentos e modificadores, que os tornam resistentes a golpes e evitam que sejam quebradios. A sua fragilidade compensada pela introduo obrigatria de perfis metlicos de reforo, no interior.

    As vantagens habitualmente atribudas ao PVC residem numa boa resistncia corroso, humidade e envelhecimento, baixa condutibilidade trmica e ausncia de condensaes superficiais nos perfis. Encontram-se disponveis num leque variado de cores, embora para a nossa latitude apenas seja de aconselhar o branco, uma vez que as outras cores tm tendncia a descolorar pela aco intensa do nosso sol.

    Tambm se produzem serralharias em perfis de poliuretano.

    8.2.4.7 Corte trmico (ou ruptura trmica)

    As serralharias de alumnio apresentam sempre verses sofisticadas incluindo corte trmico, ou seja, as duas metades do perfil so solidarizadas entre si atravs de peas plsticas (p.ex poliamida), destinadas a impedir as trocas trmicas habituais dos perfis simples e que, na prtica, acabam por possibilitar igualmente que cada metade seja de cor diferente ou at de materiais diferentes (p.ex. alumnio e madeira, alumnio e PVC, etc.).

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    8.13

    8.2.4.8 Serralharias mistas

    Existem no mercado solues combinadas de perfis de madeira - alumnio, alumnio - PVC, alumnio - poliuretano, todas elas possveis na verso com corte trmico.

    8.2.5 Requisitos funcionais

    Em ordem aos requisitos funcionais, as janelas classificam-se:

    8.2.5.1 Normais

    Considera-se como necessrio um determinado grau de resistncia mecnica, quer em relao aco do vento (aces de presso e depresso) quer em relao aco dos utentes (aces de choque e presso).

    Em relao aos requisitos funcionais acima apontados, efectua o LNEC os seguintes ensaios de qualificao:

    - permeabilidade ao ar (ventos de 12 at 60 m3/h) - permeabilidade gua - resistncia mecnica em geral - resistncia mecnica ao empeno - aspecto, visibilidade, etc.

    As qualificaes so as seguintes:

    a) Para a permeabilidade ao ar: - classe A1: normal - classe A2: melhorada - classe A3: reforada

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    8.14

    b) Para a estanquicidade da gua: - classe E1: normal: 50 Pa < PE(4) - classe E2: melhorada: 150 Pa < PE - classe E3: reforada: 300 Pa < PE - classe EE: excepcional: 500 Pa < PE

    c) Para a resistncia ao vento: - classe V1: normal - classe V2: melhorada - classe VE(5): excepcional

    8.2.5.2 Estanques ao som (caixilharia dupla ou tripla)

    ... j que suposto todas serem estanques aos agentes atmosfricos, nomeadamente a chuva.

    8.2.5.3 Resistentes s trocas trmicas

    A norma alem DIN 4108 determina que as janelas dos edifcios tenham um isolamento trmico K no superior a K = 3,2 W.m2.K (6).

    A incidncia destes parmetros nas janelas coloca-se ao nvel de: - fixao da folha mvel janela ao seu aro fixo - condutividade trmica do material do aro da janela - passagem do ar entre a folha da janela e o seu aro fixo - zona do envidraado (unio entre o vidro e o caixilho)

    (4) Sendo PE a presso mxima, expressa em Pascal [Pa].

    (5) Para alguns pases, VE = V3 (reforada)

    (6) A mesma norma prev igualmente que as fachadas dos edifcios tenham um isolamento trmico K no

    superior a 1,9 W.m2.K.

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    8.2.5.4 Resistentes ao fogo

    Nesta situao, o critrio de resistncia ao fogo ter de ser cumprido quer pelo perfil (normalmente ao mas tambm madeira ignifugada), quer pelo vidro (de qualidade para-chamas).

    8.2.5.5 Especificao (exemplo de)

    Para efeitos de atribuio de custo e posterior execuo, a descrio deve ser to rigorosa quanto possvel. Tomemos um exemplo real, de Caderno de Encargos:

    Posio 20.01 - Fornecimento, transporte e montagem de janela exterior J2 em caixilharia de alumnio anodizado na cor bronze, da marca .................., nas dimenses aprox. de 3,00 x 1,30 m, em 3 folhas de correr, com chapa de vidro aramado de 6mm.

    Quantidade: ...... unids. x ....... /unid. = ....... + IVA

    8.3 VOS DE PORTA

    8.3.1 Definio

    Uma PORTA um componente funcional mvel, um filtro que obtura um vo de parede, e que, quando na posio de aberto permite a passagem de pessoas e objectos atravs desse vo.

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    8.16

    A porta pode afectar o funcionamento global da parede em relao aos seguintes aspectos: luz, ventilao, vista, som, segurana, privacidade, trocas trmicas, propagao de chamas, presso do ar e eventual entrada descontrolada de agentes atmosfricos (vento e chuva), para alm, obviamente, da passagem de pessoas.

    8.3.2 Terminologia

    Existe um vocabulrio tcnico normalmente associado a portas e que consiste em:

    Fig. 8.12 - Terminologia de portas

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    8.17

    8.3.3 Localizao

    Em ordem sua localizao na edificao as portas podem classificar-se em: PE = portas exteriores PI = portas interiores PPI = portas de patamar PT = portes

    possvel designar tambm as portas de acordo com a sua funo: PSE = porta de sada de emergncia PCF = porta corta-fogo PPC = porta para-chamas

    8.3.4 Tipologias de funcionamento

    Em ordem sua tipologia, as janelas classificam-se:

    8.3.4.1 Giratrias de eixo vertical

    a) Porta simples, ou de bater, de eixo lateral.

    Fig. 8.13 - Portas

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    8.18

    b) Porta pivotante, quando o eixo no lateral mas sim vertical descentrado. Normalmente uma porta interior, uma vez que a sua estanquecidade insuficiente. Acresce que insegura para os dedinhos das crianas.

    Fig. 8.14 - Porta pivotante

    c) Porta giratria, ou de pivot central, com o inconveniente de s permitir a utilizao de 50% do vo (tem portanto que ser mais largo) e de no ser eficaz em caso de emergncia.

    Fig. 8.15 - Porta giratria

    d) Porta de vai-e-vem, ou doida, sem qualquer tipo de estanquecidade e cujo funcionamento assegurado por uma dobradia especial.

    Fig. 8.16 - Porta doida

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    8.19

    8.3.4.2 De translao ou de correr

    a) De correr, inteiramente visvel, deslizando suspensa numa calha superior em U invertido.

    Fig. 8.17 - Porta de correr

    b) De correr em caixa, idem, caso em que necessrio prever acessos calha superior, em caso de bloqueio da mesma.

    Fig. 8.18 - Porta de correr

    c) De correr, em esquina. Pouco utilizada entre ns, esta porta articulada desliza entre calhas superior e inferior recolhendo lateralmente e com pouca estanquecidade.

    Fig. 8.19 - Porta de correr, de recolha lateral

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    8.20

    d) De correr, do tipo acordeo, lagarto ou harmnico, porta articulada selecionada normalmente para usos industriais, embora a sua estanquecidade no seja brilhante.

    Fig. 8.20 - Porta de lagarto

    e) De correr ou seccional (eixo horizontal), extremamente utilizada em Portugal e normalmente assegurando uma boa vedao (uso industrial).

    Fig. 8.21 - Porto seccional

    8.3.4.3 Giratria de eixo horizontal, ou basculante, igualmente bastante difundida e conhecida como porta de garagem

    Fig. 8.22 - Porta de garagem

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    8.21

    8.3.4.4 Telescpicas (com os painis alojados no lintel), pouco usada no nosso pas e s para uso industrial.

    Fig. 8.23 - Porta telescpica

    8.3.4.5 Flexvel (em borracha, PVC ou neoprene), prpria para permitir a passagem de equipamentos e pessoas atravs, em situaes industriais (armazenagem, etc.).

    Fig. 8.24 - Porta flexvel

    8.3.5 Materiais

    Caracterizao em ordem aos materiais, as portas classificam-se:

    a) De madeira macias engradadas

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    8.22

    b) Metlicas bronze ao e ao inox alumnio anodizado ou termolacado

    c) Plsticas PVC ou PU Poliester reforado a fibra de vidro

    d) Vidro simples ou duplo armado temperado laminado

    8.3.6 Aspecto formal

    Em ordem ao aspecto formal, as portas classificam-se:

    a) Lisas com orla ou encabeamento vista Sem orla (orla face)

    Fig. 8.25 - Orla da porta

    b) Almofadadas

    Fig. 8.26 - Porta almofadada

    c) Com desenhos vrios

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    8.23

    8.3.7 Requisitos funcionais

    8.3.7.1 Em ordem aos componentes, as portas so constitudas por: a) aro de porta (ou porto) b) folha(s) de porta (ou porto) c) acessrios: fechos ou dobradias puxadores fechaduras acessrios especiais (mecnicos ou elctricos)

    8.3.7.2 Em ordem ao nmero de folhas, as portas so classificam-se em: a) de uma folha b) de duas folhas c) de mltiplas folhas

    8.3.7.3 Em ordem ao modo de abertura, as portas classificam-se, segundo as convenes portuguesas ou normas alems DIN: a) portas direitas - abrem para o lado direito de quem entra

    (Portugal); tm as dobradias do lado direito (DIN). b) portas esquerdas - abrem para o lado esquerdo (Portugal);

    tm as dobradias visveis do lado esquerdo (DIN).

    8.3.7.4 Em ordem ao manuseamento, as portas classificam-se em: a) manuais b) automticas (elctricas, pneumticas, hidrulicas)

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    8.24

    8.3.8 Normalizao

    Em Portugal fabricam-se folhas de porta segundo as seguintes dimenses normalizadas:

    a) Em largura: 0,65 / 0,70 / 0,75 / 0,80 / 0,85 / 0,90 / 1,00 m. b) Em altura : 2,00 / 2,05 / 2,10 m.

    Fig. 8.27 - Dimenses

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    8.25

    8.3.9 Especificao

    Para efeitos de atribuio de custo e posterior exeuo, a descrio deve ser to rigorosa quanto possvel.

    Tomemos um exemplo real, de Caderno de Encargos:

    Posio 19.01 - Fornecimento, transporte e montagem de porta exterior PE3 nas dimenses aprox. de 0,90 x 2,10 m e respectivo aro, sendo a folha macia, almofadada, conforme desenho, em madeira de mutene, porta esquerda (DIN) com acabamento a uma demo de Xyladecor incolor e duas demos de Xyladecor TeaK, com trs dobradias, fechadura e par de puxadores em ao inox.

    Quantidade: ...... unids. x ....... /unid. = ....... + IVA

    8.3.10 Mapa de vos

    O mapa de vos uma pea desenhada de projecto, que deve integrar a fase de projecto de execuo. normalmente representado nas escalas 1/20 ou 1/50 e agrupa, quantificando, dimensionamento e descriminando, os diferentes vos de porta e de janela da edificao.

    Fig. 8.28 - Mapa de vos

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    8.26

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    8.27

    8.4 LEGISLAO ESPECFICA

    A principal legislao em vigor e aplicvel consta de:

    - RGEU - Regulamento Geral das Edificaes Urbanas - Disposies camarrias (ver caso a caso)

    8.5 CERTIFICAO

    Desde 1 de Fevereiro de 2009 a aposio da Marcao CE nos sistemas de janelas e portas OBRIGATRIA para todos os fabricantes no Espao Econmico Europeu (EEU), medida que constitui assim um passaporte para a livre circulao destes produtos no EEU

    8.6 BIBLIOGRAFIA ESPECFICA

    Os temas introduzidos e os conceitos apresentados so, de uma maneira geral, esquemticos e sucintos. Para uma abordagem mais aprofundada recomenda-se a consulta da seguinte bibliografia:

    - Portas interiores para habitao. Dimenses. Lisboa, ed. LNEC - E310, 1976 - Janelas dos edifcios para habitaes. Dimenses dos vos. Lisboa, ed. LNEC - E311, 1976 - Ensaios de janelas. Lisboa, ed. LNEC - EE20, 1978 - Caixilharia de madeira para janelas. Preenchimento com vidro

    composto. Lisboa, ed. LNEC - T503, 1985

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    8.27

    - Directivas comuns UEATC para a homologao de portas. Lisboa, ed. LNEC - T619, 1976 - Directivas comuns UEATC para a homologao de persianas

    enrolveis exteriores. Lisboa, ed. LNEC - T635, 1976

    - Directivas comuns UEATC para a homologao de janelas. Lisboa, ed. LNEC - T641, 1976 - BRAZ, Oliveira Acerca da qualidade das janelas de alumnio em Portugal. Lisboa, ed. LNEC - M547, 1981 - MIMOSO, Joo M. Ensaio de janelas. Sua escolha face utilizao. Lisboa, ed. LNEC - ITE21, 1988 - MIMOSO, Joo M. Estanquecidade chuva em caixilharia de alumnio. Lisboa, ed. LNEC - ITE22, 1988 - VIEGAS, Joo C.; BRAZ, Oliveira Qualificao de componentes de edifcios: seleo de janelas em

    funo da sua exposio. Lisboa, ed. LNEC - ITE36, 1994 - Portas e elementos de fecho de vos. Ensaios de resistncia ao

    fogo. Lisboa, ed. LNEC - E445, 1996 - Componentes de edifcios. Janelas. Portas... Lisboa, ed. Lnec EE8, 1970

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