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_____________________________________________________________________________ FACULDADES ADAMANTINENSES INTEGRADAS NÚCLEO DE PRÁTICA DE PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (2016 – 2017) PIBIC/CNPq/FAI PROJETO DE PESQUISA EFEITOS DA QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA SOBRE A LINFOANGIOGENESE E METÁSTASE PARA LINFONODO SENTINELA. Aluno: Francieli Pereira Carneiro Curso/Termo: Medicina Veterinária – 5° Termo Orientador: Heitor Flávio Ferrari Co-Orientador: Prof. Msc. Analy Ramos Mendes Ferrari Área: Ciências Agrárias ADAMANTINA - SP Junho de 2016

EFEITOS DA QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA SOBRE A ... · O linfonodo sentinela (LS) é o primeiro linfonodo em uma cadeia linfática regional a receber a linfa de um tumor primário,

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FACULDADES ADAMANTINENSES INTEGRADAS NÚCLEO DE PRÁTICA DE PESQUISA

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (2016 –

2017) PIBIC/CNPq/FAI

PROJETO DE PESQUISA

EFEITOS DA QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA SOBRE A LINFOANGIOGENESE E METÁSTASE PARA LINFONODO

SENTINELA.

Aluno: Francieli Pereira Carneiro Curso/Termo: Medicina Veterinária – 5° Termo

Orientador: Heitor Flávio Ferrari

Co-Orientador: Prof. Msc. Analy Ramos Mendes Ferrari

Área: Ciências Agrárias

ADAMANTINA - SP Junho de 2016

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RESUMO

O tumor mamário canino (TMC) é a neoplasia que mais comumente afeta cadelas idosas

não castradas. Segundo análises histopatológicas, 41 a 53% dos TMCs são malignos. A

avaliação microscópica dos linfonodos em cadelas portadoras de carcinoma de mama

desempenha papel fundamental no direcionamento terapêutico, já que a drenagem linfática

representa a via mais comum de metástases. Nos últimos anos tem se desenvolvido técnicas que

oferecem excelente acurácia na remoção dos linfonodos, como a Técnica do Linfonodo

Sentinela. A quimioterapia convencional com uso da dose máxima tolerável tem como

mecanismo de ação inibir a angiogênese tumoral, porém os efeitos adversos sobre tecidos

saudáveis como a medula óssea fazem com que sejam preconizados longos intervalos entre as

doses o que inibe os benefícios passageiros da antiangiogênese do quimioterápico. Dessa forma,

um novo conceito de quimioterapia utilizando baixas doses contínuas do quimioterápico, com

menos efeitos adversos e sem intervalo entre os ciclos tem sido empregado e é denominada

quimioterapia metronômica. Aliado a está quimioterapia tem sido sugerido que a quantificação

da angiogênese que pode ajudar a predizer como a neoplasia irá progredir ou se aquele tumor irá

responder ao tratamento. A pesquisa pretende avaliar a linfoangiogênese de carcinomas

mamários caninos e o comprometimento por metástase de linfonodos sentinelas.

Palavras-chave: cão, neoplasia mamária, linfonodo satélite, densidade de vasos linfáticos

1. INTRODUÇÃO

Os tumores mamários são as neoplasias mais frequentes nas cadelas e constitui um

importante problema na medicina veterinária, assim como, na medicina humana (MISDORP,

2002). Entretanto, a incidência de carcinomas mamários em cães é três vezes maior que em

humanos (KUMARUGURUPAN et al., 2006).

Similar aos humanos, os cães desenvolvem tumores de mama de forma espontânea e

apresentam carcinogênese e progressão tumoral acelerada. Estes animais têm maior tempo de

vida em relação aos animais de laboratório, o que propicia acompanhamento clínico prolongado.

Este perfil biológico permite que o cão seja um excelente modelo experimental para o estudo de

tumores mamários (PORRELLO et al., 2004). Outros aspectos que também reforçam o cão como

um modelo experimental é que ambas as espécies apresentam maior incidência de tumores

malignos, disseminação de metástases para o pulmão, fígado e outros órgãos, além do fator de

risco referente ao aumento do período de exposição aos hormônios sexuais endógenos e

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exógenos (KOUROS-MEHR et al., 2006). A anatomia da glândula mamária canina por

apresentar grandes semelhanças com a glândula mamária humana possibilita a associação entre o

desenvolvimento tumoral e perspectivas terapêuticas entre as duas espécies, trazendo benefícios

para ambas (WILLENBROCK et al., 2012).

Nas mulheres portadoras de tumores de mama, a avaliação dos linfonodos regionais é

realizada pela biopsia do linfonodo sentinela (BLS), segundo recomendações da “American Joint

Committee on Cancer” (AJCC) (EDGE et al., 2010). A invasão de vasos linfáticos e linfonodos

tem importante impacto na sobrevida de cadelas com tumores mamários. Animais com

metástases de linfonodos apresentam uma diminuição significativa na sobrevida quando

comparados com os indivíduos que negativos para metástase nodal (SORENMO et al., 2011).

As metástases de carcinomas mamários ocorrem, em sua maioria, por via linfática, em até

70% dos casos ou por via hematógena, mediante a infiltração de células neoplásicas através da

parede de vasos linfáticos ou sanguíneos (SORENMO et al., 2011). As metástases nodais são,

portanto, o passo inicial na disseminação tumoral sendo assim um dos fatores prognósticos mais

importantes no diagnóstico das neoplasias de mama nas mulheres e cadelas, uma vez que

comumente são seguidas pelo desenvolvimento de tumores à distância, levando o paciente à

morte (QUADROS e GEBRIM, 2007). A avaliação dos linfonodos é, portanto, um dos fatores de

maior relevância no estadiamento prognóstico do carcinoma de mama em mulheres e cadelas

(MATOS et al., 2012).

Tem sido sugerido que a quantificação da angiogênese pode ajudar a predizer como a

neoplasia irá progredir ou se aquele tumor irá responder ao tratamento (GASPARINI et al.,

2001). Diversos pesquisadores têm proposto a quantificação de alguns aspectos da vasculatura

tumoral como a densidade microvascular (DMV) (ARNES et al., 2012) ou densidade vasos

linfáticos (DVL) (SLEECKX et al., 2014) para essa avaliação. Os efeitos anti-linfangiogênicos

da quimioterapia convencional e metronômica ainda não foram comprovados, assim como a

validade da linfangiogênese como marcador prognóstico.

O desenvolvimento da pesquisa encontra-se fundamentada pela pobre compreensão do

comportamento das neoplasias mamárias caninas, com relação aos diversos tipos de tumores

malignos e os aspectos da linfoangiogênese tumoral, falta de conhecimento com relação a

quimioterapia e a proliferação de vasos linfáticos, e pela elevada casuística desse tipo de

neoplasias no Hospital Veterinário da FAI. A contribuição da presente pesquisa é a continuação

de pesquisa que fora iniciada no ano de 2014 para se entender o comportamento das neoplasias

mamárias, com a adoção de novas metodologias terapêuticas e de marcadores prognósticos

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(linfoangiogênese) na busca de alternativas que não submetam o paciente oncológico a

tratamentos radicais, sem resultados prognósticos promissores.

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivos Gerais

• Correlacionar os diversos tipos de tumores caninos com a linfoangiogenese e metástase

• Avaliar a resposta da quimioterapia metronômica pela detecção e quantificação de

marcadores prognósticos.

2.2 Objetivos Específicos

• Avaliar a reposta à quimioterapia metronômica através da mensuração da densidade dos

vasos linfáticos da neoplasia, após o término do tratamento;

• Comparar, com o uso de imunomarcações, neoplasias não tratadas com tratadas em

relação à linfoangiogenese.

• Pesquisar o papel dos linfonodos satélites em neoplasias mamárias malignas de cadelas

3.JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DO TEMA

• Classificação e graduação dos tumores mamários caninos e consequentemente

compreensão do comportamento biológico para os diferentes tipos de neoplasias

mamárias caninas.

• Avaliação dos marcadores linfoangiogenicos (prognóstico) em animais tratados e

não tratados, na busca de novas formas de tratamento dos tumores mamários.

• Utilização de amostras teciduais de cães atendidos na rotina do Hospital

Veterinário da FAI para a implementação de novas terapias, para melhorar a

sobrevida dos animais.

• Devido à elevada casuística, as amostras serão provenientes de pacientes

oncológicos e não de animais de experimentação.

• Desenvolvimento de novas metodologias nos laboratórios da FAI, o que garante a

evolução do ambiente físico, dos recursos humanos e do aluno de graduação.

• Divulgação do nome da instituição nas publicações científica, em congressos

regionais, nacionais e internacionais.

4.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

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O tumor mamário canino (TMC) é a neoplasia que mais comumente afeta cadelas não

castradas. Estudos europeus mostram incidência de aproximadamente 200 em 100.000 cadelas

afetadas por ano (SLEECKX et al., 2011). A incidência do TMC tem decaído em algumas

regiões, como nos Estados Unidos da América e na Europa Ocidental, em função da usual

prática da ovariosalpingohisterectomia (OSH) em idade precoce (MOE, 2001; EGENVALL et

al., 2005). Em regiões como a Escandinávia e Espanha, a incidência de TMC é muito maior, já

que a OSH como medida profilática não é utilizada rotineiramente (MOE, 2001; EGENVALL et

al., 2005; PEREZ ALENZA et al., 2001).

Em geral, a incidência desse neoplasma demonstra um aumento progressivo com a idade,

sendo que aos 6 anos é de 1%; aos 8 anos, 6% e aos 10 anos, 13%. (EGENVALL et al., 2005). A

idade média está entre 10 a 11 anos, com raras ocorrências em cadelas com menos de quatro

anos, sendo algumas raças predispostas como Poodles e Teckels (PRIESTER e McKAY, 1980;

GOTTWALD, 1998). Em relação à sua forma de apresentação clínica, a glândula mamária

abdominal caudal e as mamas inguinais são mais frequentemente afetadas e 50 a 70% das

cadelas com TMC têm múltiplos tumores (SLEECKX et al., 2011). Nestes casos de múltiplas

mamas afetadas, diferentes tipos histopatológicos podem ocorrer em um mesmo animal

(SLEECKX et al., 2011).

Cadelas com neoplasias mamárias geralmente são diagnosticadas com um ou mais

nódulos na glândula mamária e, ocasionalmente, estes nódulos podem ser achados incidentais no

exame físico de uma consulta de rotina, sendo que a maioria dos animais encontra-se saudável

em estágios iniciais (SORENMO, 2003; CASSALI et al., 2014).

Carcinomas mamários comumente provocam metástases via linfáticos aos linfonodos

regionais e pulmões, porém a extensão e a localização da metástase determinam a ocorrência e

severidade dos sinais clínicos (LANA et al., 2007; MISDORP, 2002; SORENMO, 2003). Outros

sítios menos comumente relatados de metástase são fígado, ossos, cérebro, baço, rins, olhos,

glândulas adrenais, útero, coração, musculatura e pâncreas (LANA et al., 2007; MISDORP,

2002; CLEMENTE et al. 2010).

O diagnóstico completo deve incluir avaliação hematológica e bioquímica sérica,

avaliação citológica de aspirado por agulha fina da neoplasia e dos linfonodos regionais (quando

aumentados de volume), e para pesquisa de metástase, técnicas de imagem como radiografia

torácica e ultrassonografia abdominal (LANA et al., 2007; SLEECKX et al., 2011). A

histopatologia é imprescindível para o diagnóstico definitivo e classificação do tumor e, se

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múltiplas massas estão presentes em um mesmo animal, elas devem ser avaliadas

individualmente (MISDORP, 2002; SORENMO, 2003; SORENMO et al., 2009)

Estadiamento clínico preciso é de extrema importância antes de se iniciar qualquer

variação de terapia. Como requisitos mais importantes para serem avaliados estão: avaliar o

tumor primário, os linfonodos regionais e identificar metástases à distância (LANA et al., 2007).

Apesar do conhecimento dos linfossomos mamários, sítios regionais de drenagem

linfáticas, inúmeros estudos têm revelado que a presença de tumores pode alterar

significativamente a direção linfática da mama, uma vez que animais portadores de neoplasias

mamárias passam por uma reconfiguração linfática, que se deve, em grande parte, devido à

presença de fatores pró-linfangiogênicos no sítio tumoral (MATOS et al., 2012; PATSIKAS et

al., 2006; SUAMI et al., 2013). Por este fato, torna-se difícil estabelecer quais linfonodos e

mamas devem ser removidos durante o procedimento cirúrgico e a ressecção cirúrgica aleatória

pode não ser eficiente para prevenção de metástases.

O linfonodo sentinela (LS) é o primeiro linfonodo em uma cadeia linfática regional a

receber a linfa de um tumor primário, portanto, será o primeiro a conter uma metástase e sua

biopsia revela com precisão o “status” nodal. Assim, se na BLS não forem encontradas células

tumorais, o restante da cadeia nodal também será negativo, indicando não haver metástase

linfática (SAKORAFAS et al., 2007; KELLEY et al., 2004).

Técnicas para ajudar a localizar qual é o linfonodo sentinela em uma cadeia mamária são

descritas e a técnica da coloração do linfonodo sentinela com corante Azul Patente (AP) tem sido

utilizada em mulheres, e mais recentemente, em cadelas; porém ainda é uma técnica muito pouco

utilizada na rotina cirúrgica de animais (PINHEIRO et al., 2003; SAKORAFAS et al., 2007). A

excisão da neoplasia mamária seguida da excisão do(s) linfonodo(s) sentinela (s) se faz útil por

diminuir as complicações intra e pós-operatórias das mastectomias tradicionais, assim como

permitir o diagnóstico precoce de micrometástases pela histopatologia (GIULIANO et al., 2011).

A terapia para a neoplasia mamária de cães ainda é um desafio e existem diversos

procedimentos terapêuticos, atualmente empregados e com resultados adversos. A cirurgia

continua a ser a técnica de escolha para as cadelas com tumores mamários, com exceção

daquelas com carcinoma inflamatório (MISDORP, 2002).

Cadelas com neoplasia mamária canina (NMC) benignas e 50% das cadelas com NMC

maligna serão curadas apenas com a excisão cirúrgica (STRAW, 2005). Os outros 50% com

tumores malignos já apresentam micro-metástases no momento do ato cirúrgico, o que

eventualmente, levará o paciente a óbito (MISDORP, 2002). Estas pacientes, portanto, poderão

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ser beneficiadas, no aumento de sua sobrevida, com o uso terapias sistêmicas como a

quimioterapia adjuvante.

A quimioterapia citotóxica convencional tem como mecanismo de ação destruir

diretamente as células tumorais ou inibir sua proliferação agindo nas células em mitose

(BROWDER et al., 2000). Browder et al (2000) destacaram o fato de que algumas drogas além

desses mecanismos de ação, também agem por um mecanismo secundário através da inibição da

angiogênese tumoral.

Para o crescimento “normal” de neoplasias sólidas, novos vasos são recrutados para

trazer às células neoplásicas oxigênio e para removerem restos celulares; este processo é

chamado de angiogênese (MUTSAERS, 2009). Os efeitos antiangiogênicos de alguns

quimioterápicos como a ciclofosfamida, podem ser anulados devido aos longos intervalos de

tempo entre os ciclos tradicionais que utilizam a dose máxima tolerável (DMT) (BROWDER et

al., 2000).

A DMT visa administrar a dose máxima do fármaco que pode ser tolerada pelo paciente,

com uma notável ressalva de que, dessa forma, os efeitos adversos tendem a serem maiores e,

tanto os proprietários de animais como os médicos veterinários, geralmente são poucos

receptivos com suas consequências, e dessa maneira, as doses utilizadas em medicina veterinária

acabam sendo menores do que aquelas utilizadas na oncologia humana (MUTSAERS, 2009).

Além disso, se a toxicidade é esperada, os ciclos de quimioterapia com DMT requerem um

intervalo entre aplicações (em torno de 3 a 4 semanas ou mais) de duração suficiente para

permitir que os tecidos normais susceptíveis às drogas, como o epitélio intestinal e a medula

óssea, se recuperem antes da próxima aplicação (MUTSAERS, 2009).

O inconveniente com a quimioterapia com uso de DMT, por uma perspectiva

antiangiogênica, envolve o fato de que o intervalo de tempo entre os ciclos permite ao

componente endotelial do tumor uma oportunidade de reparo a alguns dos danos provocados

pela antiangiogênese do quimioterápico (MUTSAERS, 2009; KLEMENT et al., 2000).

Browder et al. (2000) propuseram uma estratégia para otimizar os efeitos

antiangiogênicos da quimioterapia através da utilização contínua de algumas drogas em um

esquema de administração mais freqüente e, em compensação, em doses muito mais baixas do

que as DMTs, retirando-se os longos intervalos entre ciclos. Este conceito de tratamento tem

sido referido através de diversas nomenclaturas como quimioterapia contínua em baixa dose,

quimioterapia antiangiogênica ou, a mais utilizada, quimioterapia metronômica (QM)

(MUTSAERS, 2009).

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Estudos clínicos demonstram que a quimioterapia metronômica controla resistência aos

quimioterápicos, exibe sinergismo quando combinada com agentes antiangiogênicos e controla o

crescimento tumoral, através da inibição das células endoteliais e das células progenitoras

endoteliais circulantes (BERTOLINI et al., 2003). Dessa forma, o baixo-custo, a comodidade e

os aceitáveis efeitos adversos destes protocolos, os fazem atrativos para uso veterinário

(MUTSAERS, 2009).

Em humanos, grande número de pesquisas clínicas com terapias antiangiogênicas procura

alcançar e monitorar os bons resultados da terapia. Diversos pesquisadores têm proposto a

quantificação de alguns aspectos da vasculatura tumoral como a densidade microvascular

(DMV) para essa avaliação (ARNES et al., 2012). A DMV revela o grau da atividade

angiogênica da neoplasia, o que pode ser usado como um marcador da eficácia dos agentes

antiangiogênicos, e também elege os pacientes que são candidatos à terapia antiangiogênica

(HLATKY et al., 2002; BIESAGA et al., 2012).

Outro aspecto importante no desenvolvimento de neoplasias é a linfangiogênese visto

que, o crescimento de novos vasos linfáticos assim como o crescimento de novos vasos

sanguíneos é essencial para o crescimento, invasão e metástase tumoral (SLEECKX et al., 2014).

A linfangiogênese tem sido mensurada de diferentes formas em um tecido, podendo ser obtida a

densidade de vasos linfáticos (DVL). A proteína prox-1 tem-se mostrado ser o marcador mais

sensível e específico da DLV (SLEECKX et al., 2014). Os efeitos anti-linfangiogênicos da

quimioterapia convencional e metronômica ainda não foram comprovados, assim como a

validade da linfangiogênese como marcador prognóstico.

5.VIABILIDADE DA PESQUISA

O projeto de pesquisa se torna viável devido aos seguintes fatores:

• Está associado a projeto de doutorado na área de oncologia veterinária, que está

sendo realizado na Faculdade de Medicina Veterinária de Araçatuba – UNESP.

• O laboratório de histopatologia da FAI apresenta materiais para o processamento

da amostra e técnico capacitados para o desenvolvimento de técnicas rotineiras de

histopatologia.

• O projeto de pesquisa será submetido a seleção de financiamento, junto a

instituição de fomento FAPESP de grupo de pesquisa que o Professor orientador

faz parte (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

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• Possibilitará o desenvolvimento de novas técnicas no laboratório de histopatologia

da FAI e a capacitação do aluno e provavelmente do corpo técnico.

• O material de consumo referenciado no material e métodos será comprado com o

financiamento do projeto.

• O orientador apresenta experiência no tema abordado por participar durante a sua

pós-graduação de outros projetos de pesquisas com metodologias e técnicas muito

semelhantes.

• O graduando apresenta boas notas e desempenho nas disciplinas ministradas pelo

orientador, tendo excelentes requisitos para o desenvolvimento da pesquisa.

6.METODOLOGIA

6.1Animais

Foram utilizadas vinte (n=20) cadelas com neoplasias mamárias malignas, sendo que a

avaliação clínica desses animais foi baseada em exame físico, perfil hematológico, bioquímica

sérica (uréia, creatinina, ALT, AST, fosfatase alcalina, proteína e albumina), urinálise,

radiografias torácicas e ultra-sonografia abdominal. Todos os animais foram estadiados

clinicamente pelo sistema TNM (OWEN, 1980).

6.2 Grupos

Para o estudo, 20 cadelas com neoplasias mamárias malignas foram divididas em dois

grupos. O grupo controle (GC) (n=10) foi submetido a tratamento cirúrgico consistindo em

mastectomia em cadeia unilateral ou bilateral como terapia. O grupo tratado (GT) (n=10) foi

submetido à quimioterapia metronômica seguida de tratamento cirúrgico consistindo também em

mastectomia. As cadelas do GT passaram por reavaliação clínica semanal, incluindo avaliação

hematológica a cada 7 dias e bioquímica a cada 14 dias.

6.3 Quimioterapia metronômica

O GT foi tratado com quimioterapia metronômica utilizando ciclofosfamida na dose

15mg/m2/VO uma vez ao dia associada ao piroxicam na dose 0.3mg/kg/VO uma vez ao dia. A

QM teve uma duração total de 28 dias. A toxicidade aos quimioterápicos foi graduada de acordo

com os Critérios de Comum Terminologia para Efeitos Adversos do Grupo de Oncologia

Veterinária (MARCHETTI et al., 2011), onde altos graus implicam em uma pior qualidade de

vida.

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6.4 Cirurgia

Todas as cadelas foram submetidas ao tratamento cirúrgico consistindo em mastectomia

em cadeia unilateral ou bilateral conforme o caso e número de mamas comprometidas, e excisão

de linfonodos regionais (axilares e inguinais).

6.5 Técnica da biópsia do linfonodo sentinela

Os tumores foram virtualmente divididos em quatro quadrantes iguais. No período pré-

operatório, administou na região peri-tumoral, de cada quadrante, um quarto do volume total de

Azul Patente V 2,5% (Guerbert®) considerado para cada tumor. Em caso de tumores múltiplos,

a injeção foi realizada ao redor da maior lesão. Aguardou-se 10 minutos para a migração do

contraste pela via linfática.

A dose estabelecida foi de 2 mg/Kg de AP 2,5% por via intradérmica (PINHEIRO et al.,

2003). As vias de drenagem linfática de cada tumor foram identificadas por inspeção visual da

pele, caracterizadas por marcação azulada dos vasos linfáticos superficiais. Seguindo-se o trajeto

linfático, foi identificado o sítio anatômico “drenante” correspondente à localização do(s)

linfonodo(s) sentinela(s) (LS). O sítio marcado foi submetido então à incisão simples e

identificação direta do LS marcado em azul, seguida de linfadenectomia. Na sequência, realizou

mastectomia.

6.6 Histopatologia

As neoplasias mamárias serão clivadas e fixadas em formol tamponado e processadas

segundo os métodos de inclusão em parafina. Serão feitos cortes de 4µm de espessura, sendo

corados com hematoxilina-eosina (LUNA, 1968), e examinados ao microscópio de luz. As

neoplasias mamárias serão classificadas segundo Cassali et al. (2011), sendo os carcinomas os de

interesse na pesquisa (destacados na Tabela 2). Por meio da histopatologia serão avaliados e

comparados o G1 e G2 quanto à graduação histológica e necrose tumoral.

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6.7 Densidade de vasos linfáticos (DVL)

A DVL dos tecidos de todos os grupos será obtida após imunomarcação com o anticorpo

policlonal anti-human prox-1 (1:100, RELIATech) segundo técnica e cálculo descritos por

Sleeckx et al. (2014).

As Células em apoptose foram imunomarcadas com o anticorpo anti-caspase-3 revelando

o índice apoptótico (IA) das células tumorais como preconizado por Lipponen (1999). A

detecção do índice de proliferação (IP) das células neoplásicas foi realizada pela imunomarcação

pelo anticorpo anti-Ki67 segundo Dowsett et al. (2011).

As reações de imuno-histoquímica foram realizadas pelo método polímero HRP

utilizando sistema de detecção comercial (Kit contendo Polímero Reveal, SPB-125, Spring),

segundo as recomendações do fabricante.

6.8 Pesquisa de metástase linfonodo regional

A pesquisa de metástase em linfonodos satélites será realizada por análise histopatológica

e imunoistoquímica com o marcador Pancitoqueratina (AE1/AE3, Dako). O sumário dos

protocolos imuno-histoquímicos estão descritos na Tabela 1.

Tabela 1- Sumário dos protocolos imuno-histoquímicos

Anticorpo Células

alvo Ac Primário Diluição

Recuperação

antigênica

Caspase-3 Células em apoptose

Policlonal de coelho (Abcam)

1:50 Tampão Tris-Edta comTween 20 pH 9.0

(micro-ondas)

Ki67 Células em proliferação

Policlonal de coelho (Abcam)

1:100 Tampão Citrato pH 6.0 (panela de pressão)

Citoqueratina Células epiteliais

Monoclonal de camundongo

AE1/AE3 (Dako)

1:300 Tampão Citrato pH 6.0 (micro-ondas)

6.9 Análise Estatística

Foi utilizado o teste Mann-Whitney para amostras não paramétricas com nível de

significância de p<0,05, no programa Instat Graphpad versão 3.10 para análise da variação da

DMV entre os grupos.

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7.CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

O projeto será desenvolvido num período de 12 meses como representado no quadro 1.

Quadro1. Cronograma das etapas do Projeto.

Atividades Meses

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 Revisão de literatura Histopatologia Padronização Imuno-histoquímica Fotodocumentação dos Resultados Análise dos dados Redação dos relatórios Redação do artigo científico

8.RESULTADOS ESPERADOS

O que se espera com o projeto de pesquisa é:

• A capacitação do aluno com relação as diferentes metodologias utilizadas para o

emprego das terapias antineoplásicas.

• A classificação e a graduação dos tumores mamários na citopatoloigia e

histopatologia.

• Quantificação da proliferação de vasos linfáticos nos diferentes tipos de

carcinomas de glândula mamária.

• A diferença estatística na quantificação dos marcadores linfoangiogênico entre os

grupos tratado e controle.

• Divulgação dos resultados na forma de artigo científico e congressos.

9. RESULTADOS

Características clínicas

A idade média dos animais utilizados no estudo foi 9,5 anos (8 – 14) e os animais sem

raça definida foram os mais prevalentes no estudo (26,3%) seguidos da raça Pinscher (21%). As

características tumorais foram diversas sendo que 68,5% das neoplasias eram pedunculadas e

apenas 31,5% aderidas; 55,55% apresentavam diâmetro entre 3-5cm e 44,45% eram maiores

que 5cm.

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Aplicabilidade e sensibilidade da técnica de biopsia de linfonodo sentinela

No grupo em que foi preconizada a realização da técnica da biopsia do linfonodo

sentinela (GLN) (Figura 1), foi observado que em 88,8% dos casos, os linfonodos sentinelas

foram identificados, estando estes nitidamente marcados em azul, assim como houve a marcação

evidente de todo o trajeto da drenagem linfática correspondente. Em apenas 1 caso (11,1%) não

foi identificado o linfonodo sentinela após a aplicação peritumoral do corante AP. Neste grupo

foram utilizados 9 animais com diagnóstico de carcinoma mamário. Um caso deste grupo foi

excluído da pesquisa pois o diagnóstico final da neoplasia, após exame histopatológico, foi de

melanoma cutâneo.

Figura 1. A - Aplicação intradérmica do corante azul patente V (2,5%) com agulha hipodérmica. Nota-se que a lesão foi dividida subjetivamente em quatro quadrantes para aplicação do corante. B - Aspecto final da neoplasia após a aplicação do corante.

Os linfonodos marcados pelo corante azul patente foram, em sua maioria, os linfonodos

inguinais superficiais e profundos bilateriais, independente de ser a cadeia mamária direita ou

esquerda afetada pela neoplasia (77,7%). Nestes casos, todas as neoplasias localizavam-se nas

mamas abdominais ou inguinais direita ou esquerda. Em um caso de neoplasia em mama torácica

cranial, foi identificada marcação do linfonodo axilar ipsilateral e, em um caso de neoplasia em

mama inguinal, foram identificados além dos linfonodos inguinais, também o linfonodo poplíteo

ipsilateral como sentinela (Figura 2).

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Não foram observadas reações adversas pela aplicação do corante AP em nenhum caso.

Em todos os animais foi observada a excreção renal e gastrintestinal do corante dentro de um

período que variou de 1 a 3 dias de pós-operatório imediato, o que provocou característica

coloração azulada das fezes e urina durante o período supracitado.

Figura 2. A - Visualização do vasos linfáticos (setas) demarcados pelo corante azul patente V indicando a localização do linfonodo sentinela na região axilar direita. B - Evidenciação de marcação bilateral de vasos linfáticos pelo corante aplicado em uma neoplasia em mama inguinal esquerda, indicando a área drenante pelos linfonodos sentinelas. Histopatologia e Imuno-histoquímica

As classificações e graduações histológicas foram diversificadas. Metástase nodais de

carcinomas mamários foram detectadas em 3 cães do GT e 4 do GC como demonstra a Tabela 2

e figura 3.

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Figura 3. A– Fotomicroscopia de carcinoma papilar de mama (20x, HE). B – Fotomicroscopia de carcinoma micropapilar de mama evidenciando formações císticas, com grupos de células neoplásicas com citoplasma eosinofílico e pleomorfismo nuclear (20x, HE). C Metástase de carcinoma mamário para linfonodo (20x, HE). – Imunomarcação positiva para citoqueratina em linfonodo mamário evidenciando metástese (20x).

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Tabela 2- Classificação histológica, estadiamento clínico, Positividade para

citoqueratina, grau histológico, DMV, Grau VEGF, IA e IP dos carcinomas

mamários caninos divididos por grupos. G

RU

PO

TR

AT

AD

O

ID Classificação histológica CK GH IA IP

1 Carcinoma mamário de células escamosas

(+) II 194.4 67

2 Carcinoma em tumor misto (-) II 44.6 70.3

3 Carcinoma micropapilar (-) III 30.4 103

4 Carcinoma tubular (-) I 20 30

5 Carcinoma mamário de células escamosas

(+) III 47.6 94

6 Carcinoma tubular (-) I 8.2 105

7 Carcinoma tubular (-) I 66.6 32.3

8 Carcinoma papilar invasivo (-) I 44.6 140

9 Carcinoma papilar invasivo (-) I 64 58

10 Carcinoma em tumor misto (-) I 50.8 47.6

11 Carcinoma em tumor misto (-) II 79.2 26

12 Carcinoma papilar invasivo (+) III 35.4 121

13 Carcinoma tubular (-) II 56.4 60.8

14 Carcinoma tubular (-) I 162 111

GR

UP

O C

ON

TR

OL

E

1 Carcinoma tubular (+) II 26.6 28 2 Carcinoma tubular (+) I 57.4 90.3

3 Carcinoma papilar invasivo (-) I 40.4 125.6

4 Carcinoma tubular (-) II 24.2 24

5 Carcinoma em tumor misto (-) I 61.2 22.3

6 Carcinoma tubular (-) II 24 42.3

7 Carcinoma em tumor misto (+) I 31 52

8 Carcinoma tubular (-) II 25.8 107.6

9 Carcinoma tubular (-) II 23.2 40.6

10 Carcinoma tubular (+) II 69 37.3

11 Carcinoma tubular (-) I 14.2 56

12 Carcinoma em tumor misto (-) II 13.8 67.6

13 Carcinoma tubular (-) I 32 103.6

14 Carcinoma Papilífero (-) I 38.8 38 ID- Identificação, , CK- Citoqueratina, (+) positiva, (-) negativa, GH- Grupo histológico, IA- Índice apoptótico, IP- Índice de

proliferação celular.

A quantificação das células imunomarcadas pela caspase-3 demonstrou que o IA foi

maior no GT que no GC (GT: 64,5 ± 51.93 células/campo 400x e GC: 34,4 ± 17.18

células/campo 400x) (p=0,0483) (Figuras 4 e 5). Não houve diferença estatística entre os grupos

no IP.

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Segundo o coeficiente de Spearman não houve correlação entre as variáveis:

metástase, grau histológico, IA e IP em ambos os grupos.

10. DISCUSSÃO

A técnica de biópsia do linfonodo sentinela descrita por Pinheiro et al. (2009) possui como

principal vantagem a marcação e identificação da drenagem linfática tumoral e deve ser realizada

Figura 4- Grupo Tratado: mastectomia associada à quimioterapia metronômica; Grupo Controle: mastectomia. B. Índice apoptótico dos carcinomas mamários com diferença entre os grupos, teste Mann-Whitney (p<0,05).

Figura 5- A e B – Células apoptóticas imunomarcadas por caspase-3, exibindo intensa marcação no GT quando comparada ao GC (20x). C e D - Proliferação de células neoplásicas apresentando marcação nuclear por Ki67 (seta) (40x).

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respeitando-se os passos descrito pelos autores. Na presente pesquisa todas as aplicações do

corante foram realizadas pelo mesmo pesquisador e utilizando a mesma técnica, já descrita

anteriormente, reduzindo assim as margens de erros pela possível má ou errônea execução da

mesma. Embora não existam relatos de dor causada pela aplicação do corante, todo o

procedimento foi realizado com o animal já sob anestesia geral e acompanhado pelos

orientadores.

Em nenhum caso houveram efeitos colaterais, reações alérgicas ou rejeição metabólica

pelos animais durante a aplicação do AP ou mesmo no pós-cirúrgico. A aceitação era esperada,

considerando que mesmo sem muitos relatos na medicina veterinária aproximadamente 1 a 1,5%

das mulheres que já receberam o corante, apresentaram algum tipo de reação e, quando

acometidas, responderam com excelentes resultados a corticoterapia, havendo apenas o relato

dos proprietários da micção pós cirúrgica apresentar coloração azulada, processo esse já

esperado pela excreção do corante (MARANHÃO et al., 2014; RODRIGUES et al.,2010;

SHINZATO et al., 2006).

A aplicação do corante apresentou resultado não eficaz em apenas um caso, que se tratava

de um carcinoma sólido, neste especificamente, não houve migração do azul pelos vasos

linfáticos até atingir os linfonodos, supondo assim que a não marcação é decorrente do tipo

histológico da neoplasia, já que esse tipo de carcinoma apresenta comportamento biológico

agressivo (BESERRA et al.,2014). Mais trabalhos envolvendo a técnica de biópsia de LS e

carcinomas sólidos de mama são necessários para comprovar tal suposição.

A aplicação do corante, conforme protocolo escolhido, descartou a presença de pequenos

nódulos e foi realizada sempre em quatro quadrantes via intradérmica e peritumoral do tumor de

maior diâmetro da cadeia mamária. Sendo assim, cada cadela recebeu apenas uma aplicação em

um único nódulo, considerando que seria esse o mais provável de realizar metástase através dos

vasos linfáticos. Notou-se com isso que a marcação atingia os linfonodos bilaterais em sua

maioria (77,7%) independentemente do lado da cadeia mamária acometido pela neoplasia. Este

achado ressalta a necessidade da mastectomia bilateral como terapêutica em casos em que não há

prévia aplicação do corante para demarcação dos linfossomos drenantes da neoplasia, já que os

linfonodos sentinelas podem estar posicionados tanto ipsilaterais quanto contralaterais à

neoplasia mamária assim como afirma a literatura consultada (MATOS et al., 2012; PATSIKAS

et al., 2006; SUAMI et al., 2013).

A graduação histológica nos grupos foi diversificada, no GC os graus I e II foram

igualmente prevalentes. No GT a maioria foi de grau I, seguido dos graus II e III. Não foram

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observadas correlações entre DMV e graduação histológica em ambos os grupos, ressaltando que

o método de graduação empregado foi de Ellston & Ellis (1998). A ausência de correlação pode

estar associada ao método de graduação histológica adotado.

Apoptose, ou morte celular programada, é considerado um mecanismo celular intrínseco

e regulado pelo controle entre a produção de novas células e a capacidade individual das células

em se autodestruírem (DUBIN et al., 2000). O seu papel é importante na determinação do

crescimento tumoral e sua agressividade. A combinação nos índices de proliferação celular e

apoptose pode proporcionar perspectiva mais realista do comportamento da neoplasia

(OESTERREICH et al., 2003). O início do processo apoptótico é rigidamente controlado por

determinadas proteases, chamadas de caspases, que são ativadas pela clivagem proteolítica em

resposta aos sinais que induzem a morte celular programada (OESTERREICH et al., 2003). O

processo de apoptose é geralmente avaliado através do IA que é baseado na média de células em

apoptose imunomarcadas em cada corte histológico (LIPPONEN, 1999).

A avaliação do IA foi realizada por imunomarcação com o anticorpo anti-caspase-3,

demonstrando aumento significativo na apoptose das células tumorais do GT quando comparada

ao GC. A provável explicação para esta observação é o efeito secundário da quimioterapia

metronômica em induzir apoptose nos CMCs. No câncer de mama na mulher o IA é

correlacionado com o diâmetro da neoplasia (quanto maior a neoplasia maior o IA), grau

histológico (quanto maior o grau maior o IA), positividade para receptores hormonais (IA maior

em neoplasias negativas) e índice de proliferação celular (correlação positiva entre as duas

variáveis) (LIPPONEN, 1999).

A obtenção do IP pode ser realizada por imunomarcação com o anticorpo anti-Ki67. A

proteína nuclear Ki67 encontra-se nas fases ativas do ciclo de divisão celular e sua expressão se

relaciona com a replicação do DNA celular (ZUCCARI et al., 2008). O IP está correlacionado

com pior prognóstico, maior risco de metástases e menor sobrevida em cadelas (PENA et al.,

1998; ZUCCARI et al., 2008). No presente trabalho não houve correlação entre IP e: IA,

presença de metástase nodal, estadiamento clínico e grau histológico. Nos adenocarcinomas

simples de glândula mamária de cadelas existe forte correlação positiva entre Ki67 e graduação

histológica. No mesmo estudo, houve moderada correlação entre IP e grau histológico (Al-DISSI

et al., 2010).

O trabalho apresentou problemas com relação ao financiamento devido ao atraso no

repasse dos valores destinados a imunomarção dos vasos linfáticos. Atualmente, os professores

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orientadores conseguiram novo financiamento junto a FAPESP (PROCESSO 2017/07865-8)

para o termino das análises finais com relação ao projeto de iniciação científica.

11.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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