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Ano 36 | n° 34| fevereiro, março e abril 2013 | São Paulo | SP Inspetoria Santa Catarina de Sena desafios para a aÇÃo evangelizadora junto aos jovens

Em Família nº34

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Informativo da Inspetoria Santa Catarina de Sena das Filhas de Maria Auxiliadora Salesianas

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Ano 36 | n° 34| fevereiro, março e abril 2013 | São Paulo | SP

Inspetoria Santa Catarina de Sena

desafios para a aÇÃo evangelizadora junto

aos jovens

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a jornada mundial da juventude estÁ chegando!participe, fique em sintonia com esse grande evento juvenil

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eDitORiAl

eXPeDiente

Ir. Vilma Bertini, Inspetora

O ano vai avançando rapidamente repleto de surpresas, umas agradáveis, outras nem tanto, umas geradoras de alegrias, outras de sérias preocupações frente ao futuro da existência humana. O que nos conforta é a certeza, nestes dias tantas vezes confi rmada pela palavra de nosso querido Papa Francisco: “O senhor caminha conosco!”

Ao folhearmos estas páginas, com júbilo perceberemos a vida que pulsa em toda nossa Inspetoria, no silêncio, na simplicidade, mas com imensa esperança, em direção ao futuro: a Celebração da entrega das medalhas para nossas aspirantes, postulante e noviça, a participação ao 2º Noviciado e o compromisso assumido pelas nossas

Junioristas na Renovação dos Votos, a exuberância de vida partilhada por algumas Escolas e nossas Faculdades... O entusiasmo vivenciado pelos jovens na Pré-Jornada e posteriormente na Semana Santa Juvenil....são prova disso!

E o que dizer da Celebração Centenária de nossa querida Ir.Maria José Villa Nova? Que testemunho de vida, quanta sabedoria, dedicação, entrega à missão, ao Senhor, em sua longa caminhada no carisma salesiano. Certamente Ir.Maria José experienciou momentos de cansaço, de sofrimentos em sua longa jornada terrena, mas confi ou no Senhor da vida, da história e chegou, vencedora, até aqui! Igual certeza experimentaram nossas queridas Irmãs que celebraram seus 25, 50, 60 e 70 anos de Consagração religiosa salesiana no serviço aos jovens e a tantos outros destinatários que, pelo Pai, foram colocados em suas vidas. Obrigada Irmãs, pela fi delidade de todas vocês! Para que isso aconteça, como é importante a nossa Formação inicial e permanente, mas sobretudo, nossa autoformarções, nosso renovado empenho de crescimento, qualifi cação e cultivo pessoal ao longo dos anos. Ir.Helena Gesser ouviu muita coisa bonita, atualizada e profunda no Encontro realizado para as Mestras de todo nosso Instituto, em Roma, bem recentemente! Nesse mesmo empenho de qualifi cação e autoformção encaixam-se também os Encontros e Cursos acontecidos durante as férias, para nossas irmãs e Educadores. Verifi quem nas páginas seguintes.

Momento especial e digno de menção aconteceu com a presença da querida Ir.SilviaBoullosa entre nós -22 a 25 fevereiro- quando realizou o “Processo do Discernimento” em vista da futura Animadora de nossa Inspetoria, para a quase totalidade das irmãs presentes no Santa Inês No ar pairava um misto de corresponsabilidade, oração, seriedade, leveza, esperança e muita união entre todas. Deus seja louvado! Obrigada, Ir.Silvia, esteja certa de que continuararemos rezando para que o Processo se complete no próximo Plenum, com a nomeação da futura Inspetora de São Paulo!

Encerramos este número do “Em Família”,que desejou homenagear o emérito Papa Bento XVI a quem agradecemos o Magistério petrino desenvolvido ao longo dos 8 anos de seu Pontifi cado, acolhendo, de coração aberto e com grandes esperanças o já querido e respeitado Papa Francisco!

Boa leitura para todas nós!

Redação, produção e distribuiçãoIr. Maria de Lourdes Macedo Becker, Patrícia Russo e Andréa PereiraProjeto gráfi co Afonso AvanciniCapa : SXCRevisão Ir. Edméa Beatriz BattagliaFotos Moisés Moraes, arquivos locais, SXCColaboração Comunidades da Inspetoria Santa Catarina de SenaApoio Ir. Maria de Lourdes FidelisContato [email protected]

EM FAMÍLIA | Ano 35 | nº 33Centro de Comunicação Marinella Castagno

Rua Três Rios, 362, Bom Retiro01123-000 São Paulo | SPTel. 55 11 3331 7003www.salesianas.org.br

Em Família é um boletim que divulga e informa sobre o cotidiano das comunidades das Filhas de Maria Auxiliadora na Inspetoria Santa Cata-rina de Sena e suas frentes de trabalhos.

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sUmÁRiO

CARtAs

Relembre e fique sabendo o que aconteceu em nossas comunidades nos meses de abril de maio, programe-se

para as próximas atividades. Divirta-se, emocione-se,

Em Família.

PResenÇA 17

CAPA

Desafi os para a Ação Evangelizadora junto aos Jovens

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nAs esCOlAs 12

GREPÃOEducação parao Amor e a Família

Nas Escolas – Rede Salesiana de Escolas 6Presença- Rede Salesiana de Ação Social 17Na Vibe 18Capa – Desafi os para a Ação Evangelizadora 24Razão de Ser 28Jubileus 36Sem Limites 38Comunicação 42Insieme 43É Festa – Aniversariantes – Agenda 46Lembrança – Quem nos deixa 47

Intel® educação promove curso de informática aos educadores da Rede Salesiana de Ação Social

sem FROnteiRAs 38

O XI Encontro Nacional das Comunidades Salesianas Inseridas no Meio Popular

Ficou muito bonito o Em Família! Mostrei para as Irmãs de Angola que fi caram encantadas com a Revista! Um trabalho bem feito, disseram elas! Parabéns!

Irmã Jandira Camargo

Muito obrigada pelo “EmFamíla”. Continuemos em comunhão!Gostei muito das notíciasUm abraço

Ir. Silvia Boullosa

(...). O Em Família está lindo, lindo. Gostei!

Com carinho, Ir. Alaide Deretti

Grazie, Perla bellissima revista EM FAMÍLIA contante ricche notizieMille benedizioni anche per l’annoche abbiamo iniziato e chela Stella vi guidi sempre

sr. Mira Pece

Obrigada, Ir. Becker pelas notícias de nossa linda família que são sempre motivo de alegria e de mais esperança. FELIZ 2013. Meu abraço,

Ir. Rosa Idalia Pesca

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Como grãos de mostarda e fermento na massa

O Instituto Nossa Senhora Auxiliadora de Araras iniciou, em 2012, a formação do Núcleo Animador que envolve a construção do Projeto Político Pedagógico Pastoral.

Durante o ano, diretores, coordenadores e responsáveis pela PJE foram assessorados por Ir. Teresa Cristina Pisani Domiciano em encontros mensais para estudos, troca de experiências. O Grupo foi encorajado e motivado a ser criativo na práxis pastoral e, junto, buscar a qualidade evangélica no processo educativo.

O Núcleo Animador procurou encontrar caminhos para dar à Comunidade Educativa um “novo respiro de vida e esperança”, realizando, no dia 16 de fevereiro, o início do processo de construção do Projeto Político Pedagógico Pastoral.

Com o espírito de Mornese, participaram do evento de lançamento, representantes de todos os segmentos da Comunidade Educativa: gestores, funcionários, professores, pais e alunos.

Ao todo foram oitenta e cinco pessoas que assistiram vídeos institucionais da

Rede Salesiana de Escolas, começando por Dom Bosco, contando toda a trajetória de sua vida e de Madre Mazzarello, como, também, a origem dos Salesianos de Dom Bosco e das Filhas de Maria Auxiliadora. Além da apresentação de uma síntese da história do INSA e de como ele se encaixa nesse contexto salesiano.

Todos puderam assistir aos vídeos de Kátia Smolle e Antonio Boeing, enfatizando a formação integral na busca da excelência acadêmica e de valores no nosso fazer salesiano diário.

Foi lembrado o sonho de Dom Bosco que deu origem a toda esta realidade. Todos foram convidados a fazer parte deste sonho e a participar desse momento histórico da Escola, ajudando a defi nir a sua Missão, a sua Visão e seus Valores da mesma.

Após a apresentação do conteúdo histórico, a Comunidade Educativa participou em grupo, de discussão a partir de documentos da Rede Salesiana de Escolas, das FMA, da CNBB, da LOE.

A comemoração dos 118 anos de fundação do Instituto Nossa Senhora Auxiliadora está sendo marcada com muitas novidades pedagógicas e estruturais como: a reforma da cantina incorporando um espaço para refeitório e uma maior diversidade de alimentos saudáveis para todos os segmentos da Escola; montagem da sala de robótica com infraestrutura específi ca; ampliação da Grade Curricular com as disciplinas de Robótica Zoom Lego, a partir do 4º ano do Ensino Fundamental I até a 2ª série do Ensino Médio; Empreendedorismo Social para o Ensino Fundamental II; Espanhol para os 9os anos e a implantação do Projeto Sala Ambiente. Este último Projeto oportuniza um grande passo rumo à excelência educacional.

Aulas mais atrativas e dinâmicas, recursos didático/pedagógicos à disposição do professor, ambiente e posicionamento das carteiras condizentes com as necessidades de cada disciplina são algumas vantagens deste ousado projeto, oferecido aos alunos, a partir do 4º ano do Ensino Fundamental I.

A Equipe Gestora do INSA conta com uma Comunidade Educativa comprometida, que apoia todas as iniciativas pedagógico-pastorais, com o intuito de proporcionar um maior sincronismo com um mundo em constantes transformações, que exige um aluno crítico e transformador do meio em que vive, pautado nos ideais cristãos.

Inovações marcam o ano letivo do Insa/Araras

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Aluno da 2ª série do Ensino Médio do Auxiliadora é aprovado na USP e UnespPor Assessoria de Imprensa local

Aluno do Colégio Auxiliadora, de Ribeirão Preto, desde a Educação Infantil, Gabriel Garcia Domingues conquistou a oportunidade de ocupar uma das carteiras dos cursos de Direito de duas das mais importantes Faculdades da área, no Brasil: Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Franca e USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto. Ele prestou os vestibulares quando ainda cursava a 2ª série do Ensino Médio em 2012 – era um “treineiro”, como são chamados os estudantes ainda sem os requisitos legais para ingressarem na graduação. “A decisão de ser advogado veio logo que entrei no Ensino Fundamental. No 6º ano, percebi que é o que quero para minha vida”, afi rma. Ele associa o Direito à ordem social. Para o jovem, auxiliar na organização da sociedade da melhor forma possível é o que o atrai na profi ssão.

Gabriel Domingues destaca um ponto decisivo para seu resultado positivo no vestibular: a formação educacional recebida no Auxiliadora. O estudante identifi cou diversas qualidades que contribuíram para a realização de sua boa prova. “O Ensino Médio no Colégio é totalmente voltado para a aprovação. Nossos professores são bem preparados. Com diversas dicas, nos direcionam para o vestibular desde a 1ª série. Ensinam não só como resolver as questões, mas também como deve ser o comportamento durante a prova”, ressalta.

Participante ativo da Pastoral da Juventude do Colégio, Domingues faz teatro, handebol e vôlei, além de prestar trabalhos voluntários para os programas sociais da instituição de Ensino. “Passo a maior parte do tempo na Escola. Gosto de participar dos projetos oferecidos. Tenho o Auxiliadora como minha casa e não o troco por nada”, conclui. O estudante poderia se matricular e garantir a vaga na universidade francana, porém, o desejo de permanecer na cidade natal e de frequentar o curso no campus local da USP, em 2014, o fi zeram aguardar um pouco mais. A USP não permite que treineiros “reservem” sua vaga para o próximo ano.

Páscoa no Auxiliadora

A Semana Santa foi motivo de estudo e refl exão no Colégio Auxiliadora. Com o objetivo de resgatar os valores dos acontecimentos que antecedem a morte de Cristo, as atividades de preparação para a Páscoa iniciaram-se na Quarta-feira de Cinzas (13/2) e estenderam-se por todo o período da Quaresma. O padre Luis Ferro, da Igreja São Pedro Apóstolo, de Ribeirão Preto, esteve na instituição à disposição de alunos, professores e funcionários que estiverem interessados. Segundo Irmã Flávia Romeiro, responsável pela Pastoral da Juventude Estudantil (PJE) do Auxiliadora, este período deve ser entendido como símbolo de libertação para os cristãos. “Todos foram convidados a rezar e a refl etir sobre o sentido da Ressurreição e os novos tempos que a Páscoa nos traz”, ressalta. O Ensino Fundamental I e a Educação Infantil comemoraram nas salas de aula. Os estudantes participaram de uma celebração vivencial, relembrando a Ceia Pascal e a Instituição da Eucaristia.

Alunos do Minimaternal e Maternal recebem aulas de Expressão Corporal

O Colégio Auxiliadora implantou, em 2013, uma nova disciplina na grade curricular do Minimaternal e do Maternal. As aulas de Expressão Corporal tiveram início na segunda semana de março. Para a turma da tarde, os exercícios são realizados às segundas-feiras. Já os alunos do período da manhã, praticam a modalidade às quartas-feiras. Segundo a professora de Dança, Karina Querido, os objetivos da atividade são estimular a percepção dos alunos, integrando o corpo e o espaço que os envolve. Para as aulas, que duram cerca de 50 minutos, Karina utiliza ferramentas como bolas, bambolês, bexigas, fi tas e fantasias.

“Os alunos estão adorando. Atividades como essas, que agregam músicas e diferentes ritmos, despertam o interesse e a criatividade das crianças. Elas fi cam mais à vontade para expressar emoções e sentimentos”, afi rma a professora da disciplina. Para a coordenadora Pedagógica do Colégio, Luciana Orsini, a dança em geral traz muitos benefícios ao corpo. “É uma ótima oportunidade para as crianças adquirirem o conhecimento corporal. Além disso, auxilia bastante na atenção do estudante”, completa.

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Projeto “Marieta, a Joaninha” incentiva alunos a pensarem e criarem históriasPor Assessoria de Imprensa local

O projeto “Marieta, a Joaninha”, direcionado a alunos do 1º ano do Ensino Fundamental do Auxiliadora, entra, em 2013, em sua 2ª edição. Desenvolvido pelas professoras Patrícia Gomes e Gislaine Perrota, tem como base um dos sete textos do livro de Filosofi a para crianças, “Brincar de Pensar com Histórias”, escrito por Irene Puig e Angélica Satiro. O objetivo do programa é estimular a refl exão dos estudantes a partir do desenvolvimento da oralidade e da escrita.“A atividade é um excelente incentivo. Os estudantes são estimulados a pensar e a criar histórias. Com isso, tornam-se cidadãos mais críticos e formadores de opinião”, afi rma Luciana Orsini, coordenadora Pedagógica do Colégio.

O livro se fundamenta na proposta de Matthew Lipman, fi lósofo americano que criou o programa “Educação para o Pensar”. São contos da literatura infantil universal escolhidos por sua beleza e por fornecerem elementos para a refl exão. A narradora, a joaninha Marieta, viaja pelo mundo colecionando histórias. Por meio de seus questionamentos, permite que o leitor navegue por todas as aventuras apresentadas. Inspiradas pela ideia, as educadoras desenvolveram uma atividade prática para estimular a fantasia das crianças. A cada dois dias, um aluno leva para a casa uma joaninha feita de tecido para criação de suas próprias narrativas. No fi nal do ano letivo, os estudantes construirão um livro com todos as histórias.

“O Milagre de Anne Sullivan”: reflexão e ensinamentosPor Assessoria de Imprensa local

A utilização de fi lmes como recursos didáticos vem, há tempos, sendo uma ferramenta importante no processo educativo. Pensando nisso, o Colégio Auxiliadora preparou uma atividade dinâmica e refl exiva a partir do fi lme “O Milagre de Anne Sullivan”, indicado pela Rede Salesiana de Escolas (RSE). O longa-metragem foi exibido, pelas professoras Camila Masson, Karina Lago e Joyce Gastaldi, para alunos do 4º ano do Ensino Fundamental. Segundo elas, o objetivo foi salientar a importância da comunicação para a sobrevivência do ser humano. “O fi lme retrata como é possível interpretarmos o mundo de diversas maneiras e como as formas de expressão são necessárias no cotidiano”, diz.

Dirigido pelo cineasta americano Arthur Penn, o longa mostra a incansável tarefa de uma professora chamada Anne Sullivan ao tentar fazer com que Helen Keller, uma garota cega, surda e muda, se adapte e entenda as coisas que a cercam. A atividade segue a proposta da RSE para o Ensino Religioso no Colégio, mostrando as diversidades existentes na vida do homem, os limites físicos de cada um e a superação alcançada por meio da ajuda e da compreensão de quem está ao redor.

interdisciplinaridade“Observamos a necessidade de preparar o aluno para o dia de amanhã, fazer dele um cidadão pronto

para enfrentar com autonomia as mais diversas situações. Aprofundamos a questão de como as pessoas lidam com esses casos adversos do cotidiano. Lidar com diferentes perfi s é um grande desafi o”, afi rma. De acordo com a educadora, “O Milagre de AnneSullivan” não deve ser trabalhado de forma casual, como se os alunos estivessem em casa assistindo. “Este recurso precisa de atenção e tratamento especial, pois é uma ferramenta maravilhosa dentro do contexto escolar e da nossa realidade sociocultural. A compreensão torna-se mais completa, e é incrível a capacidade que eles têm de assimilações”, ressalta.

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Viva Dom Bosco, Viva o Oratório

Festejar Dom Bosco é sempre uma grande alegria, uma enorme festa, cheia de brilho, luzes que nascem de dentro do coração, por isso, não se apagam. Foi neste clima que comemoramos o dia de Dom Bosco, 31 de janeiro e iniciamos salesianamente o ano letivo de 2013, no INSA, em São Paulo.

Buscando colocar em prática as orientações do nosso Dom Bosco de hoje, Pe. Pascual Chavez, vivemos, por alguns minutos, o que ele nos deixa como a base da pedagogia de Dom Bosco: “A assistência salesiana não é mera ação de vigilância, mas presença que faz o jovem perceber que é amado, que compartilha com ele o gosto de trabalhar e crescer juntos tornando-o protagonista”. (estreia 2013)

Como fi zemos isso? Com um recreio, dia 31 de janeiro, muito salesiano, educadores todos no pátio vivendo o Oratório junto com seus

educandos. Música, alegria, brincadeiras diversas e, para encerrar, umas breves palavras de bom-dia e boa-tarde e a sagrada Ave-Maria deram o colorido a à nossa homenagem a Dom Bosco.

Obrigado querido pai e Mestre, Dom Bosco, por nos proporcionar cotidianamente a vida em Cristo, vivida no seu Sistema Preventivo, sempre novo e atual.

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O Congresso realizado entre os dias 15 e 17 de janeiro de 2013, no Panamá, que abordou o tema “Grandes retos, uma misma identidad”, teve por fi nalidade discutir dois documentos importantes para o continente América: “Vayan y Enseñen: identidad y misión de la escuela católica en el cambio de época, a la luz de Aparecida”, do CELAM e o texto “Metas educativas 2021: la educación que queremos para la generación de los Bicentenarios”, da OEI (Organização dos Estados Iberoamericanos). Contou com a presença de 700 participantes, representantes de 24 países.

O Congresso, que se iniciou com uma linda Celebração Eucarística, teve a presença de vários conferencistas e a ilustre presença das Ministras de Educação do Panamá e do Equador, que nos encantaram com suas propostas de melhoria da educação destes países.

Para nossas Escolas Salesianas

da América, o Congresso trouxe contribuições e compromissos/ desafi os para serem assumidos coletivamente que foram sintetizadas pelas nossas assessoras e apresentadas em reunião, para os participantes da RSE, presentes ao Congresso no Panamá. Assim foram condensadas as conclusões e compromissos/ desafi os:

1. O Documento “Ide e Ensinai”, resultado do trabalho desenvolvido pelo Departamento de Cultura e Educação do CELAM, faz o chamado a toda a Igreja para a necessidade de revigorar o espírito missionário, com atenção especial aos ambientes educativos das escolas católicas, no sentido de fortalecer a identidade e a missão à luz do Documento de Aparecida. Traz como compromissos/ desafi os:

- Aprofundar os estudos dos Documentos de Aparecida “Ide e Ensinai”, a partir das diversas

realidades sociais, políticas e culturais que marcam a presença da educação salesiana;

- Trabalhar as principais recomendações dos referidos documentos no Projeto Educativo Pastoral;

- Fortalecer os princípios da identidade e da missão da escola católica na Comunidade Educativa Pastoral à luz do Documento de Aparecida.

2. Metas Educativas 2021: a educação que queremos para a geração bicentenária. Aproveitando a ocasião do bicentenário da independência da maioria dos países iberoamericanos, o OEI apresenta 11 metas para a educação básica. O projeto é ambicioso e espera ser assumido coletivamente pela sociedade iberoamericana, a fi m de melhorar a qualidade e a quantidade na educação, fazendo frente à pobreza, a desigualdade

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XXIII Congresso Interamericano de Educação Católica

Ir. Adair Aparecida Sberga

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e favorecendo a inclusão social; quer resolver, de uma vez por todas, o analfabetismo, o abandono escolar precoce, o trabalho infantil, o baixo rendimento dos alunos e criar um sistema de avaliação e comportamento para garantir o alcance das metas. Apresenta como compromissos / desafi os:

- Divulgar e estudar as metas educativas 2021, a partir das diversas realidades sociais, políticas e culturais que marcam a presença da educação católica e salesiana;

- Conhecer o contexto da educação iberoamericana apresentado no documento, bem como selecionar as metas que podem ser incorporadas à nossa missão e ao projeto educativo pastoral;

- Apoiar as iniciativas políticas para a melhoria da educação brasileira à luz das metas 2021.

3. Fundamentos do trabalho em rede: o êxito do trabalho e a perpetuação de um projeto em rede depende da capacidade colaborativa, do signifi cado institucional e dos valores agregados nas ações em conjunto. Os seguintes pontos são decisivos para a efetivação de tal proposta: abertura, participação, compromisso institucional, empreendedorismo, inovação e colaboração. Para isso, surgem como compromissos / desafi os:

- Sensibilizar os membros da rede para a necessidade da colaboração e o sentido de pertença à mesma;

- Revitalizar as perspectivas das culturas organizacionais;

- Impulsionar as ações da gestão educacional tendo como centralidade as pessoas, particularmente, os educadores;

- Ampliar os processos em torno de uma rede de conhecimento como elemento formativo.

4. Rede Social de Educação

Católica: a OIEC (Ofi cina/ Escritório Internacional de Educação Católica) , atenta aos desafi os e oportunidades da educação católica para incorporar e aproveitar as novas tecnologias da informação em seus centros educativos, apresentou o projeto da Admovi.Me, uma Rede Social da Educação Católica desenvolvida em parceria com a Microsoft. A Admovi.Me (em latim, aproximar-ser) visa estreitar as relações entre os participantes das comunidades educativo pastorais das escolas católicas associadas a OIEC, divulgar e redistribuir os recursos tecnológicos, oferecer certifi cados de qualidade para a educação católica, ser um espaço de formação, de divulgação de conteúdo e de práticas educativas. Uma iniciativa interessante que aponta como compromissos / desafi os:

- Entender os processos e encaminhamentos necessários para participar da Admovi.Me;

- Participar e contribuir com a iniciativa da Admovi.Me;

- Incentivar a participação de todas as nossas comunidades educativo-pastoral nesta Rede Social.

5. Síntese da avaliação das boas práticas, iniciativas e processos: a partir do estudo e da análise da síntese apresentada do III ESA – Brasília 2008 e das conclusões regionais – Santo Domingo 2010, na Escola Salesiana América verifi cou-se a necessidade de ampliar o trabalhado e os esforços nas seguintes perspectivas, consolidadas como

compromissos / desafi os:- Favorecer estratégias de

acompanhamento pessoal e de grupo no cenário da CEP;

- Estabelecer estratégias de comunicação e colaboração entre a animação pastoral inspetorial e as escolas;

- Fomentar ações pertinentes para a sensibilização e formação em torno da Doutrina Social da Igreja;

- Melhorar a articulação inspetorial para a socialização das boas práticas formativas;

- Desenvolver de forma processual orientações referentes a autoavaliação da pastoral educativa nas escolas.

Depois do Congresso, no dia 18 de janeiro, numa Escola dos Salesianos, no Panamá, foi realizado o “Encontro das Escolas Salesianas América” com a presença dos referentes e coordenadores inspetoriais das Escolas, totalizando a participação de 60 Inspetorias. Inicialmente a Ir.

Constanza Arango apresentou uma signifi cativa síntese histórica do processo educativo salesiano na América; o Pe. Angel Astorgano apresentou novamente o Projeto da Rede Social da Educação Católica, demostrando a importância da nossa associação a essa rede; em seguida o Pe.

Miguel Angel Garcia, representante do Conselho Geral para as escolas, apresentou um esboço do Curso de Formação Inicial para Diretores das Escolas Salesianas da América, em formato AD, que será iniciado em breve; para concluir Pe. Horacio Macal Garbutt conduziu a apresentação da Síntese de Avaliação das Boas Práticas, suas Iniciativas e Processos, suas Fortalezas e Desafi os, realizada na reunião dos referentes no Panamá, em janeiro de 2013, que em breve será partilhada com as escolas.

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O GREPÃO de 2013 foi realizado, no dia 21 de janeiro, e reuniu, no Instituto Madre Mazzarello, 550 Educadores, provindos de nossas Escolas, Obras Sociais e inserção, com a temática “Educação para o amor e a família”. No período da manhã, contou com a presença da conferencista Brenda Carranza que desenvolveu o tema “Novas gerações” numa abordagem atual e interessante para ajudar a compreender a relação dos jovens com o mundo midiático, a questão do mercado e sua interferência nos sonhos das juventudes, a institucionalização do saber, a importância dos limites para as novas gerações que não querem limites, as novas tecnologias, com seus novos sistemas ideológicos de controle da informação e da imagem, o aumento da disparidade social devido à rapidez da mudança tecnológica, à dispersão dos jovens e o mundo globalizado, aos novos tipos de relações interpessoais, ao sentido da vida num mundo plural. Diante de tudo isso, vieram os questionamentos: Como fi ca o papel dos educadores? Que mundo é possível oferecer aos jovens? Como pensar a linguagem, a educomunicação, os valores, o Sagrado? Carranza concluiu afi rmando que frente à pluralidade e à complexidade do mundo atual é preciso educar para a tolerância e que, também, a literatura e o cinema podem ajudar a reinventar a autonomia tão necessária.

No período da tarde, houve uma “roda de conversa” que contou com as palestras da Psicóloga e Terapeuta Sexual, Ana Cristina Canosa Gonçalves, que trabalhou o tema sob o enfoque da sexualidade e a família; o Doutor em Teologia Moral e em Filosofi a, Pe. José Antonio Trasferetti, que direcionou a discussão sob o foco da moral e da teologia; e a Doutora em Educação e Psicóloga, Ir. Raquel Retz, que direcionou para a dimensão psicológica do adolescente e jovem.

A Terapeuta Ana Cristina iniciou sua colocação fazendo distinção entre o amor e o sexo, afi rmando que o amor nasce da relação com o outro e é um sentimento de compromisso, por isso, está voltado a fazer algo para que o outro fi que bem. A energia sexual nasce do corpo e não se esgota na relação sexual. Essas duas energias podem vir desvinculadas e, quando isso ocorre, acontece a crise entre o amor e o sexo. Apresentou os novos modelos familiares e algumas de suas concepções. Depois, a partir dos quatro pilares fundamentais da UNESCO para a

Educação para o Amor e a Família

GREPÃO 2013Ir. Adair Ap. Sberga, Animadora do Polo São Paulo da RSE

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educação do século XXI, foi traçando uma comparação interessante e apropriada entre o aprendizado e a sexualidade: a) Aprender a conhecer – uma oportunidade para despertar para o desejo de conhecer a si mesmo e ao outro. Os jovens sentem o “desejo” e querem saber mais sobre isso e os adultos não estão preparados para falar sobre esse componente. Então fez a pergunta: como os jovens poderão ter autonomia sexual se não têm possibilidade de tratar desse assunto? Isso se torna ainda mais agravante para a menina, que é tolhida de conhecer profundamente o seu corpo, falar sobre ele com liberdade... provocando problemas na fase adulta. É preciso informar sobre o prazer, o desejo e a sexualidade, pois, não basta falar sobre o corpo biológico; b) Aprender a fazer – uma dinâmica para que cada um olhe para a necessidade do outro e compreenda as diferenças de gênero. É preciso produzir trabalhos, estudos sobre os gêneros e orientar, desde cedo, sobretudo, a menina, para que entenda suas necessidades e diferenças corporais... a fi m de que seja menos vulnerável, tenha boa autoestima e não se autorize a ter relações de abuso sexual ou de descuido com a saúde; c) Aprender a viver com os outros – uma fl exibilidade que permita a vivência do amor para que as relações sejam mais amorosas e de menos domínio e poder. Neste sentido, os pais têm um papel primordial, pois se tornam modelos para os jovens; d) Aprender a ser – uma formação de caráter e atitudes no sentido de que as pessoas precisam ser íntegras, ter autonomia entre o ser e o agir para não formar pessoas depressivas, infelizes e rancorosas.

Ir. Raquel conduziu a refl exão no sentido de que os pais e educadores devem estar preparados para orientar os jovens na direção de uma sexualidade saudável, em direção ao cuidado com a própria saúde e no respeito para com os demais. Ir. Raquel enfocou a necessidade de estar abertos para uma proximidade com os jovens, ajudando-os a lidar com os próprios desejos, a ter a

capacidade de esperar, a ter competência para lidar com as frustrações, a saber escolher com propriedade. Relembrou que, no senso do ano 2000, diante da pergunta “o que é o melhor para a época da juventude?”, em disparada os jovens responderam que é “não ter responsabilidade”. Argumentou que isso é fruto da cultura, de como os jovens estão sendo educados e, por isso, é necessário rever os processos educacionais.

O Pe. Trasferetti salientou que a Teologia Moral trabalha com os comportamentos e que a ética é justamente uma refl exão crítica sobre os comportamentos, proporcionando juízos e apreciações sobre a conduta moral. Afi rmou que hoje há uma crise nas instituições que devem apresentar o juízo moral para a sociedade e complementou a discussão sobre o como colaborar com os jovens e adolescentes a fi m de educá-los para o amor frente às mídias que não se pautam em princípios de valores oriundos de uma proposta cristã. Apresentou três formas vigentes de moral: a da casuística, a da consciência e a da sedução. Confi rmou que, frente a estes modelos, o mais adequado é a moral da sedução, aquela que educa e orienta para a tomada de decisões, para o respeito com os outros, para o agir criticamente, para uma visão ampliada da situação e para a valorização de conhecimentos diferentes que abrem para novas compreensões. Terminou afi rmando que a família é o núcleo ético da conduta humana e que se ela não desempenha esse papel, quem é que vai desempenhá-lo?

Em seguida, Ir. Adair Aparecida Sberga comentou brevemente sobre o XXIII Congresso Interamericano de Educação Católica, ocorrido no Panamá, e apresentou algumas inovações que estão sendo propostas pela Rede Salesiana de Escolas, como a novidade do material didático digital e a proposta de um trabalho solidário em prol do Haiti, com o projeto “Professor sem Fronteiras”.

“Professor sem Fronteiras”

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Os Cursos oferecidos pela FAINC 2013 são: Administração, Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda, Biblioteconomia, Nutrição e Educação Artística, Licenciatura Plena: Habilitações em Artes Plásticas e Artes Cênicas.

A FAINC prepara profi ssionais habilitados para o mercado de trabalho, com uma formação integral e focada na alta qualidade do fazer profi ssional. Além disso, a FAINC se preocupa na aplicação dos pilares fundamentais da educação Salesiana e busca a formação humanística e cidadã como o valor maior de existência da Instituição.

Muito mais do que um simples estudante, na FAINC, cada aluno é um nome de destaque. Turmas com vagas limitadas garantem um ensino personalizado que proporciona o desenvolvimento individual de todos os alunos.

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Publicidade e Propaganda da FAINC forma profi ssionais para as principais áreas da comunicação, com ampla visão do seu papel e de suas possibilidades profi ssionais no

mercado moderno.O Curso visa ao desenvolvimento de competências nas

atividades de planejamento estratégico, criação, redação, atendimento, assessoria de comunicação, veiculação e controle de mídia, pesquisa mercadológica, conhecimento de novas linguagens publicitárias, avaliação dos efeitos da comunicação na sociedade e das implicações da propaganda.

Prepara o formando para trabalhar em Agências de Publicidade, Produtoras, Departamento de Comunicação e Marketing de empresas, além de poder gerir seu próprio negócio.

O Curso está voltado para uma formação abrangente no campo comunicacional, com o desenvolvimento da capacidade de pensar, de uma visão holística, da intuição e da criatividade, o que se mostra necessário ao processo decisório em uma sociedade globalizada, além de uma formação focada no domínio de conhecimentos profi ssionais específi cos da publicidade.

nutriçãoO Curso de Nutrição da FAINC forma profi ssionais

com habilidades especifi cas e sensibilidade social,

Evandro Luiz Fialho- Assessor de Imprensa

nAs esCOlAs

Profi ssionalização e Formação de

qualidade:

A grande missão e proposta da FAINC

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aptos a enfrentar os desafi os de um mercado cada vez mais competitivo e globalizado, partindo dos preceitos da pedagogia Salesiana: única, integradora, harmônica e democrática em suas ações pedagógicas e administrativas.

Os objetivos do Curso estão voltados à formação de Nutricionistas com percepção ética e refl exiva sobre a realidade econômica, social, política e cultural, habilitados a desenvolver atividades técnico-científi cas no campo da Nutrição e Alimentação, visando à promoção, manutenção e recuperação da saúde dos indivíduose/ou coletividades.

O currículo pleno, por meio da articulação de disciplinas que contemplam conteúdos teóricos e práticos, promove o desenvolvimento intelectual e profi ssional dos alunos.

educação ArtísticaO Curso de Educação Artística da FAINC forma

professores licenciados em Educação Artística, com habilitação em Artes Cênicas ou Artes Plásticas, para atuação em escolas das redes públicas (estadual e municipal) e particulares do ensino fundamental e médio.

Dentro da visão humanista de educação, o Curso propõe estimular a criação artística e cultural, desenvolver o espírito criativo e o pensamento refl exivo.

A proposta pedagógica do Curso parte da possibilidade de uma alfabetização visual que torna possível a criação e o entendimento da produção artística contemporânea; propõe a pesquisa e experimentação contínua, pedagógica e estética, objetivando uma produção artística pessoal e a instrumentalização pedagógica para o ensino da arte.

Essa concepção educativa contempla dois níveis: o geral, em que se incluem todas as disciplinas de formação geral e o de formação específi ca, disciplinas de caráter teórico e prático, que possibilitam o desempenho das atividades de magistério pertinentes a uma fi losofi a de responsabilidade social e ética, bem como sua atuação e interação na sociedade.

BiblioteconomiaO Curso de Biblioteconomia da FAINC é focado em três

vertentes de conteúdos, a documentação, a informação e o conhecimento. O Curso visa a dar ao aluno condições e competências para o tratamento e organização de documentos e informações em qualquer tipo de suporte informacional; mediando o uso, a recuperação e a acessibilidade ao conhecimento adquirido ou produzido pela sociedade de forma in-loco ou através de recursos das tecnologias de informação e comunicação.

O Bibliotecário graduado pela FAINC é um profi ssional com sólida formação geral, empreendedora, cultural e técnica, possibilitando a formação de um profi ssional gestor de seu ambiente de atuação e com visão total da unidade de informação em que atua.

É capaz de acompanhar as mudanças que interferem em seu âmbito de atuação, bem como possui capacidade de análise crítica das necessidades sociocultural, científi ca e tecnológica de sua comunidade, buscando soluções criativas e inovadoras.

Administração O Curso de Administração da FAINC é baseado na

necessidade de adequar a formação às demandas hoje existentes na região do Grande ABC paulista, que está migrando da atividade industrial para a área de serviços.

A formação dos profi ssionais é elaborada a fi m de atender as demandas anteriores do mercado e também aquelas que agora se apresentam. Tem uma grade moderna e dinâmica, voltada para dinamizar a formação do profi ssional, para que ele possa optar com facilidade pelas mais diversas formas da carreira administrativa.

O diferencial do Curso de Administração da FAINC é o de contemplar os aspectos da indústria em suas diversas áreas, bem como conciliar a necessária formação nas áreas de serviços que estão em pleno crescimento.

Assim, o profi ssional egresso no Curso estará apto a trabalhar nas indústrias, nas áreas fi nanceiras, logística e marketing, bem como ser um profi ssional diferenciado para o mercado de comércio ou de prestação de serviços.

Pós-Graduação: Uma necessidade nos dias de hoje

Conseguir um emprego nos dias de hoje não é tão fácil. A concorrência no mercado aumentou drasticamente, isso porque, atualmente, existe uma grande facilidade para se estudar. Hoje, as Instituições de ensino oferecem uma grande variedade de cursos de Graduação e Pós, tudo para que o graduado tenha preparo sufi ciente para ingressar no mercado tão competitivo.

A pós-graduação existe para dar exatamente um diferencial ao currículo,adicionando uma qualifi cação importante para o profi ssionalda área e é oportunidade para o graduado se atualizar sobre as inovações do mercado ou até mesmo apostar em novas tendências.

Consciente dessa realidade, a FAINC de Santo André oferece, para 2013, novos cursos de Pós-Graduação para quem busca o crescimento profi ssional e competências diferenciadas.

Os novos cursos são: Educação Musical, Finanças Aplicadas à Administração de Empresas, Gestão Cultural, História da Arte: Contemporaneidade, Processos Criativos do Teatro Contemporâneo, Vigilância Sanitária e Segurança Alimentar.

A FAINC oferece também os cursos de Arte-Educação, Docência do Ensino Superior, Gestão Estratégica de Pessoas e Políticas Públicas, Planejamento e Gerenciamento de Sistemas de Informação, Psicopedagogia Clínica e Institucional.

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nAs esCOlAs

FATEA lança a Faculdade de Farmácia1ª Turma começa a estudar já neste ano

A partir do início deste ano de 2013, a FATEA está oferecendo também aos universitários, a Faculdade de Farmácia – Bacharelado. O Curso foi autorizado pela portaria do MEC/SERES nº 278 de 19 de dezembro de 2012. O curso funcionará no período noturno.

Irmã Raquel de Godoy Retz assume a direção da FATEA

Por Evandro Luiz Fialho A Entidade Mantenedora das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila (FATEA) de Lorena nomeou, no fi m do mês de janeiro, a Profa. Dra. Ir. Raquel de Godoy Retz como Diretora das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila.

Há mais de quatro anos, Ir. Raquel já vinha desenvolvendo alguns trabalhos como vice-diretora junto com Ir. Olga de Sá, até então, diretora da Instituição. “A grande expectativa agora é dar sequência a esse trabalho da Ir. Olga. Cada pessoa tem um jeito de ser e seu próprio estilo de fazer uma gestão acontecer, isso não signifi ca que grandes mudanças acontecerão”, disse Ir. Raquel.

Segundo Ir. Raquel, essa mudança de gestão vem acontecendo aos poucos e durante esse tempo de parceria com Ir. Olga à frente da Instituição. “Damo-nos muito bem e não é a mudança de posição de direção que vai alterar essa parceria que traçamos na condução dessa Obra. Continuaremos trabalhando e pensando juntas tendo como princípio o jeito Salesiano de conduzir. A Faculdade, pra mim, precisa ser gerida sempre em conjunto”, destacou.

Há mais de cinquenta anos na direção da Instituição, Ir. Olga de Sá revive grandes lembranças dessa trajetória de sucesso. “Vim para Lorena em 1954 com a missão de abrir junto com outra Irmã Salesiana a parte feminina do Colégio, até porque, naquele tempo, no Colégio dos Salesianos só havia homens. Por ser um espaço utilizado também para o seminário, as mulheres não podiam estudar naquele ambiente”, explica Ir. Olga.

“Tudo que a FATEA conquistou durante esse tempo é fruto do trabalho dos professores e coordenadores, que são os verdadeiros lideres dos alunos e também de todos os funcionários que passaram por essa Instituição”, declarou Ir. Olga.

Em sua carta de agradecimento publicada no dia 30 de

janeiro, Ir. Olga disse: “deixando a Direção, continuo contando com sua amizade e acatando suas sugestões. Queremos que o conhecimento acadêmico não se distancie da realidade nacional, regional, local e contribua para o desenvolvimento da Comunidade, a serviço da juventude, sobretudo, a mais carente”, concluiu.

nacional, regional, local e contribua para o

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PResenÇA

Nos dias 13, 14 e 15 de março, os Educadores e Coordenadores da Rede Salesiana de Ação Social, pertencentes à Casa do Puríssimo Coração de Maria, Casa Betânia (Guaratinguetá) e CEMARI (Lorena), participaram do curso Intel® Educação proporcionado pela mesma, ministrado pela Mediadora Flávia Hong.

A mediadora apresentou uma nova abordagem de ensino da informática, não visando somente aos aspectos da informática, mas a toda a dinâmica de ensino-aprendizagem.

Na abordagem, apresentada no curso, o educando é o destaque deste ensino-aprendizagem, sendo, também,o produtor do conhecimento e protagonista do processo.

A aplicação da informática é baseada no Guia de Atividades Práticas que auxiliará, tanto o educador como os educandos, nas dúvidas que poderão surgir ao longo das sessões. Assim, o aluno tem a possibilidade de, junto com os seus companheiros e o próprio mediador, buscar suas dúvidas, trabalhando nesta atitude toda a dinâmica de socialização e integração do grupo.

Durante os três dias de curso, todos tiveram a possibilidade de executar atividades como mediadores e aprendizes, possibilitando assim visualizar de maneira ampla a dinâmica da aplicação da proposta do curso. A partir desta prática, foi possível perceber as difi culdades e as dúvidas, que surgiram, foram facilmente solucionadas.

O aprendizado foi amparado pelos materiais proporcionados pelo próprio curso que são: Apostila Digital Tecnologia e Comunidade; Manual Digital do Mediador; Guia de Atividades Práticas.

O objetivo era preparar todos os integrantes para uma melhor mediação com os aprendizes de nossas Obras, proporcionando, não somente esta base da informática, mas também o aprendizado onde eles se veem como protagonistas e assim saber que podem ir além do que o educador está lhes proporcionando naquele momento.

Intel® educação promove curso de informática aos educadores da Rede Salesiana de Ação SocialIr. Cleonice Ap. Lourenço

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De 15 a 23 de março, a Cruz Peregrina e o ícone da Jornada Mundial da Juventude estiveram na Diocese de São José dos Campos e, por onde passaram, fi zeram renascer esperanças e alegrias, animaram corações e entusiasmaram a muitos jovens para a participação à JMJ 2013.

No dia 15, os jovens permaneceram em vigília, na Catedral São Dimas, de onde os símbolos partiram para Jacareí. No dia 17, os símbolos passaram pela Fundação Casa – Unidade Tamoios – que abriga 129 meninos e rapazes, entre 12 e 21 anos. Nesse dia, Ir. Teresa Cristina Pisani Domiciano e Ir. Gisele Rodrigues Coelho acompanharam a visita. “Foi possível ver Dom Bosco entre aqueles meninos, compreender o que ele sentiu ao ir ao presídio. E mais, ver tamanha fé e a sede de Deus que eles têm. Um grupo, ao saber que os símbolos não iriam visitá-los, disse: ‘Não tem problema, se passarem atrás do muro já está bom’. Isso é o Evangelho acontecendo hoje.”

Depois da Fundação Casa, os símbolos seguiram para a Igreja Matriz para a Cerimônia do Bote Fé São José.

Da Matriz, saiu uma caminhada rumo ao Parque da Cidade. Muitas das pessoas ali presentes carregaram a Cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora até o palco do Parque da Cidade, onde foi celebrada a Missa, presidida pelo Bispo da Diocese, Dom Moacir Silva, e, em seguida, animação com os DJs Atos 29 e show do Ministério Adoração e Vida. A Feira Vocacional foi realizada simultaneamente. As Filhas de Maria Auxiliadora participaram da oportunidade, expondo materiais de divulgação e conversando com as jovens que passavam pelo estande, interessadas em conhecer a Congregação.

No dia 19, festa do Padroeiro da cidade, os símbolos permaneceram na Igreja Matriz o dia todo enquanto eram realizadas confi ssões, na “Praça do Perdão”. À noite, houve a Missa dedicada a São José.

E no dia 20, São José deu um grande presente ao Instituto São José, a Cruz peregrina e o Ícone da Jornada foram ao Colégio. Nesse dia, os símbolos estavam em uma Escola Confessional da cidade, Ir. Gisele e Ir. Fabiana Florêncio Cavalcante, juntamente com uma ex-aluna, participaram do momento de oração com os estudantes. Conversando com o padre Thiago Domiciano, responsável pela peregrinação dos símbolos na Diocese, ele perguntou se os símbolos não poderiam passar no Instituto. E é claro, prontamente foi dito que sim.

A notícia foi dada e todos fi caram muito felizes e comovidos com tamanha bênção. Na chegada dos símbolos, alunos, professores, funcionários, Irmãs e todos as pessoas que, no momento, estavam no Instituto receberam emocionados a Cruz e o Ícone.

Foi um dia histórico, cheio de graça e rico de bênçãos.

Visita dos Símbolos da Jornada Mundial da Juventude na Diocese de São José dos CamposIr. Gisele Coelho

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Os jovens salesianos das Inspetorias Santa Catarina de Sena e Nossa Senhora Auxiliadora se reuniram, no dia 23 de março para a Pré-Jornada, um Encontro de Formação para os jovens que participarão da Jornada Mundial da Juventude 2013, no Rio de Janeiro.

O Encontro reuniu 400 jovens, no Liceu Coração de Jesus, em São Paulo, durante o dia todo. No período da manhã, Pe. André Torres desenvolveu o tema “Vão e testemunhem a alegria da fé”, antecedendo, o momento de Leitura orante, em grupos.

À tarde, os mesmos grupos, trabalharam, em

ofi cinas, o tema “Missionários para abraçar o mundo”. A Pré-Jornada teve como ponto alto a Celebração, presidida pelo Inspetor, Pe. Edson Castilho, ocasião em que Ir. Vilma Bertini, nossa Inspetora, deixou uma mensagem de esperança aos jovens.

Na alegria de poder participar da Jornada Mundial da Juventude, todos se empenham na preparação da mochila física e espiritual.

É a Juventude Salesiana de São Paulo rumo à JMJ 2013!

Pré jornada mundial da juventude

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Juventude! “O Senhor nos espera junto aos jovens, no serviço e dedicação a eles. Recomecemos, então, com muita coragem e esperança!” Com essa motivação, iniciamos o ano de 2013, ano dedicado à juventude.

Nos dias 01 a 03 de fevereiro, realizou-se mais um curso de assessores da Pastoral Juvenil da Inspetoria Santa Catarina de Sena, no Colégio de Santa Inês/SP.

Foram dias propícios para rezar, refl etir, partilhar e projetar os sonhos e as esperanças como Pastoral Juvenil Salesiana para este ano. O curso teve como tema: Núcleo Animador. Estudamos,

aprofundamos e nos questionamos quanto às nossas práticas educativas e o caminho que devemos iniciar e/ou continuar para formarmos o Núcleo Animador.

Tendo em vista a Jornada Mundial da Juventude, Semana Missionária, Campanha da Fraternidade, Ano da Fé e tantos outros acontecimentos que poderão possibilitar uma renovação de nossa fé e de nossa opção pelos jovens na busca de uma Pastoral Juvenil que os leve ao Encontro Pessoal com a pessoa de Jesus Cristo, como educadores fomos convidados a purifi car o nosso olhar: “olhar a juventude com os olhos de Deus”, um olhar capaz

de ver cada jovem e cada realidade juvenil com “novos olhos”.

Não poderia faltar em nossos Encontros tempos de convivência, recreação e principalmente, a Celebração Eucarística, momento em que confi amos a Deus nossos projetos e cada Comunidade Educativa.

Segue, a carta escrita pela Equipe de Pastoral Juvenil da Inspetoria, explicitando os desafi os, os sonhos e as esperanças para que se constitua, em cada Comunidade Educativa, o Núcleo Animador.

VIII Curso de Assessores da Pastoral Juvenil

“Como Dom Bosco educador ofereçamos aos jovens O evangelho da alegria mediante a pedagogia da bondade”. (estreia 2013)

À Comunidade Educativa

Em Jesus de Nazaré, Deus revelou-se como Deus da Alegria (Estreia 2013)

Foi a partir desta revelação que nos reunimos no VIII Curso de Assessores da Pastoral da Inspetoria Santa Catarina de Sena. A

temática aprofundada foi Núcleo Animador (NA), por meio das Linhas Orientadoras da Missão Educativa (LOME) e da Coleção nº

6 da Pastoral Juvenildo Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora - Um desafi o na Animação: o Núcleo Animador da Comunidade

Educativa. Inicialmente, buscamos a clareza da constituição do NA dentro da Comunidade Educativa. Neste sentido, entendemos que o

NA é um grupo de pessoas que se empenha em viver a identidade cristã e carismática de cada presença e ambiente educativo

das FMA. Como grupo, articula e promove o diálogo para a comunhão exercendo uma espiritualidade alicerçada na Palavra de

Deus, na Eucaristia, na expressão da Fé e no amor a Maria Auxiliadora (cf. LOME 70, 71). Assim,o NA assume e partilha a fi nalidade

evangelizadora do Projeto Educativo, tornando-se expressão de profecia do insieme (cf. LOME 8), por isso, atento à vida da Igreja

Local (cf. LOME 70, 99).Desse modo, se faz necessário que cada ambiente educativo, em sua realidade, organize o NA e que esse seja a referência e a

garantia da vivacidade do carisma salesiano.

ONA, enquanto grupo, faz experiência da alegria no encontro com Cristo e sente-se impelido a testemunhar e anunciar a Boa

Notícia no estilo salesiano, sendo aberto e respeitoso a toda diversidade cultural e religiosa, empenhando-se no testemunho de

vida a fi m de nos tornarmos sinais credíveis do amor de Deus (cf. CG XXII).

O NA busca ser uma articulação que promoveu ma Comunidade Educativa em Pastoral. Assim, se coloca como fermento na

massa numa experiência de gratuidade atendendo aos apelos da missão que nos fala da realidade de escondimento na obra

de Deus para sermos fecundos, afi m de que a massa fermentada se torne pão e alimento abundante para todos (cf.Col. Pastoral

Juvenil nº6).Neste ano de 2013, como grupo de animação da PJ da Inspetoria, consideramos a importância da formação do NA em cada um

dos nossos ambientes educativos, pois acreditamos que a constituição deste grupo, além de ser um apelo do Instituto das FMA,é

uma busca séria da vivência do insieme que garante ao jovem a descoberta da vida como dom e tarefa.

Em sintonia com o caminho Inspetorial – Eixo 2 – Pastoral Juvenil/NA, nos comprometemos, como Pastoral Juvenil local, a

estudar os documentos referenciais sobre a natureza e a articulação do NA, a saber: LOME, coleção PJ nº 6, Documentos Eclesiais,

Carta de Identidade Carismática da Família Salesiana, entre outros.

Peçamos a Nossa Senhora que nos auxilie nesta caminhada de formação do NA, em prol da vida dos nossos jovens,confi antes

no empenho de toda Comunidade Educativa.

Na alegria de servir a juventude,

Equipe de PJ Inspetorial.

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Desde as origens – diz o documento ‘Linhas orientadoras da missão educativa das FMA’ – nosso Instituto das FMA se caracterizou pelo forte empenho em comunicar o evangelho às novas gerações, e em tal missão tem envolvido as comunidades educativas...”

A Estreia 2013 do Reitor Mor reforça certamente o alcance desta missão: anunciar aos jovens o evangelho da alegria... mediante a pedagogia da bondade.

A progressiva tomada de consciência da mudança de época em que vivemos e atuamos nos convida a uma busca humilde e compartilhada para encontrar, como comunidade educativa, “quais sejam os passos a serem dados para uma proposta de qualidade de vida” especialmente para os jovens nesta cultura “caracterizada por uma profunda crise antropológica.”

Recompreender a “presença do adulto enquanto educador e enquanto capaz de trabalhar em sinergia” é pois, desafi o entusiasmante para todos nós.

Tal presença educativa se faz escuta silenciosa, respeitosa, se faz comunicação “olho no olho”, comunicação midiática vencendo distâncias e aproximando corações...

Esta arte de comunicação, de aproximação nasce, sem dúvida, da paixão pelas crianças e pelos jovens e nos empenha em atualizações constantes e na disponibilidade gratuita do termo que é a riqueza a ser compartilhada.

A humanidade de Jesus será sempre o ponto central, o ponto de referência de toda relação interpessoal. Somente na humanidade do Verbo encontraremos a luz que ilumina o mistério da nossa própria humanidade. Só no Cristo-Homem são reveladas ao homem a grandeza, a identidade e a dignidade humana.

Ressignifi car a pedagogia do ambiente é, também provocação que nos pede constante empenho e atenção.

No estilo salesiano, a educação será sempre obra de ambiente, obra conjunta, tarefa realizada

em mutirão, via privilegiada de formação para a responsabilidade social.

Como bem nos recordam as “Linhas Orientadoras da Missão Educativa das FMA (LOME) urge:

• reviver, atualizada no hoje, a experiência vivida por Dom Bosco e Madre Mazzarello.

• ter presente que, em cada criança e jovem, há sempre um ponto acessível ao bem, uma corda que vibra;

• dar particular atenção àqueles(as) que manifestam vocação específi ca para o serviço da comunidade eclesial, especialmente as jovens.

• alimentar em nós a renovada confi ança nos jovens, condição essencial para o êxito da missão educativa Salesiana;

• incrementar o espírito de família que elimina distâncias, aproxima as gerações e cria clima de confi ança

• ultrapassar o nível do profi ssionalismo e abraçar a educação como missão

• assumir o compromisso da presença educativa como fi zeram Dom Bosco e Madre Mazzarello

• favorecer o protagonismo dos jovens tornando-os autônomos e corresponsáveis

• propiciar, de todos os modos, a construção da síntese educação – evangelização objetivando a educação integral no estilo salesiano

• valorizar o grupo como “opção metodológica irrenunciável”, pois favorece a interação com a realidade social e eclesial

• estabelecer percursos concretos e estratégias adequadas para a realização do projeto educativo com especial atenção à realidade eclesial e sociocultural na qual a comunidade educativa está inserida.

O início de um novo ano de atividades educativas – em estilo formal ou não formal – é, por certo, ocasião oportuna para fazermos vir à tona estes elementos, já bem conhecidos de todos nós, mas que, sem dúvida, constituem desafi os permanentes para a realização de nossa missão.

Nossa Senhora nos seja Auxiliadora!

Relendo a LOME

Ir. Célia Apparecida da Silva – FMA

O ano de 2013 se estende diante de nós como um caminho de esperanças e realizações. Um percurso de desafi os para nossas mentes em busca de respostas adequadas ao hoje que nos provoca. Uma estrada palpitante de desejos, de sonhos educativos que

habitam nossos corações e que desejamos transformar em realidades concretas no dia a dia.

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Ex-alunos no pique do Encontro ContinentalPor Ir. Claudia Regina Ribeiro

Reencontrar velhos e novos amigos é sempre motivo de grande alegria que se multiplica quando se trata de ex-alunos de nossas casas que voltam saudosos, plenos de boas e belas

lembranças, querendo revivê-las de alguma maneira.

Estamos falando da fi na fl or de ex-alunos e ex-alunas, aquela turma linda que abraçou a missão evangelizadora e, em suas escolas, participavam do grupo da PJE, Voluntariado, foram várias vezes à Semana Missionária e, agora, também, se preparam para a JMJ no Rio.

Este grupo especial vem se reunindo desde julho de 2012, e, no dia 17 de fevereiro de 2013, um domingo, tiveram o primeiro encontro deste ano. Ex-alunos,recém-saídos de nossas escolas, chegaram para fazer parte do grupo, sendo muito bem recebidos pelos “veteranos” que não têm mais que 24 anos!...

O dia foi dedicado a um intenso estudo do documento de Aparecida e das nossas Linhas Orientadoras da Missão Educativa, afi m de prepararem um material que servirá de estudo para o I Encontro Continental do Movimento Juvenil Salesiano (MJS) nas Américas, que se realizará na semana que antecede a Jornada Mundial da Juventude, no Rio.

Houve também muito bate-papo, muita risada, muita diversão nos momentos de folga; não faltou a partilha do lanche para lembrar os encontros de estudantes, a foto que marca o momento histórico que estamos vivendo, muito compromisso e uma vontade grande de fazer o grupo caminhar,apesar das

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difi culdades de tempo e das distâncias que envolvem esta moçada que inicia uma jornada diferente da que viviam como alunos.

Nosso encontro,também foi marcado, pela escolha de um representante do grupo para participar do Encontro Continental.Após conversar sobre os critérios para a indicação, Isabella Delcorso, ex-aluna do Mazzarello, hoje professora de história,foi escolhida como a representante.

Encerramos nosso dia de convivência e estudo com um vídeo e a oração da JMJ que os entusiasmaram, ainda mais, para a próxima reunião e para apreparação ao encontro com o Papa.

Por Isabelli TittzO grupo de jovens ex-alunos salesianos (dos dois polos: Capital e Vale) decididos a dar continuidade à caminhada

pessoal, experienciada na trajetória salesiana,reuniu-se no dia 17 de fevereiro para mais um momento formativo e de decisões importantes, como: Eleição do representante dos ex-alunos no Encontro Continental do MJS; Preenchimento das Fichas de refl exão, que também serão trabalhadas no Encontro Continental do MJS.

Algumas datas importantes foram marcadas para organização do grupo:

23/03– Pré-Jornada (Liceu)

21/04 – Bote – Fé (Aparecida)

05/05 – Próxima reunião de Ex-Alunos

Foi um momento bastante produtivo, os jovens animados em partilhar suas opiniões, contribuíram muito com as refl exões.

Por Isabella Delcorso

No dia 17 de fevereiro, no Colégio de Santa Inês (São Paulo-SP), aconteceu mais uma reunião do grupo de ex-alunos das irmãs Salesianas.

Desde que saímos da escola nosso coração está inquieto com as questões cotidianas vivenciadas nas experiências individuais. Porém, mesmo estudando em escolas diferentes, sabemos que temos a mesma formação: salesiana.

Em nossa base escolar aprendemos que nossa relação com a fé católica e a humanidade não deveriam parar nos muros da escola. Assim, os consecutivos encontros dos ex-alunos se dão com muita alegria, amor e vontade de continuar sendo protagonistas em um mundo que precisa tanto de nós.

Em nossas reuniões trocamos vivências e experiências, como participação em Pastoral da Juventude Estudantil, grupos de Voluntariado, Semanas Missionárias, entre outros, sempre articulados à nossa realidade.

Porém, nossas últimas reuniões têm sido dedicadas a um momento especial de 2013: a Jornada Mundial de Juventude. Este tão esperado Encontro nunca foi tão amado pelos brasileiros, pois acontecerá no Rio de Janeiro. Assim, se torna uma oportunidade única para quem nunca pode participar dos outros encontros em outros países, como eu!

Juntamente a este momento tão esperado, outra alegria ainda maior: na semana que precede a JMJ acontecerá o Encontro Mundial do Movimento Juvenil Salesiano. Uma oportunidade única de diálogo entre as diversas nações que falam a língua de Dom Bosco e Madre Mazzarello. E, para a minha maior alegria, fui escolhida para representar o grupo de ex-alunos neste encontro!

Uma alegria que, com certeza, será infi nita em minha vida e no coração de toda a juventude salesiana do Brasil e do mundo...

JMJ, aí vamos nós!

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CAPA

desafios para a aÇÃo evangelizadora junto aos jovens O artigo elaborado pelos jovens do Curso de Extensão e Pós-Graduação em Pastoral Juvenil na UNISAL – Campus Pio XI/SP e revisado por Ir. Adair Ap. Sberga e Silvio de Oliveira Ribas. Analisa os principais desafi os da juventude, ressalta a importância da ação evangelizadora e apoio familiar por meio de uma vida solidifi cada pela educação.

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1 JUVENTUDE E USO DE DROGAS

Diante da situação da dependência química, tão presente em nossa atualidade, exige-se que ampliemos a nossa com-preensão para identifi car os motivos que levam ao uso das drogas. O contexto da pessoa usuária de drogas, na maioria das vezes, está marcado pela fuga de uma realidade que não possibilita ao ser humano se realizar completamente como pessoa e indivíduo social.

O consumo dos produtos químicos em muitas situações, se torna sinal de status para as camadas mais ricas e para aque-les que querem demonstrar um papel de “descolados” e “antenados”, já que a droga tem sido cada vez mais associada à juventude, à autonomia e à audácia, segundo as mídias de massa. Nas realidades mais pobres, no entanto, a droga se torna uma fuga da realidade de opressão e da precariedade na qual se vive ou, um modo de sobrevivência, de ilusório acesso ao dinheiro fácil, que em várias situações complicam suas vidas, inclusive no mundo do crime, na privação de liberdade, ocasionando até mesmo a morte.

Os jovens são os mais afetados em ambas realidades, pois o uso de drogas se faz cada vez mais presente nos ambientes estudantis, festas e aglomerações juvenis, bem como se tornam a única opção para aqueles jovens que nada têm, sobre-tudo pela facilidade de acesso e baixo custo de alguns tipos de drogas nas comunidades pobres e periféricas das grandes cidades. A máfi a responsável por organizar o comércio de drogas ilícitas elege a juventude como seus maiores clientes, por isso, estes estão mais procurados e as estratégias de aproximação para o consumo estão muito bem organizadas.

2 JUVENTUDE E EDUCAÇÃO

Diante da proposta de educação oferecida na atualidade por meio de escolas não compromissadas com a construção integral da pessoa e que, portanto não contribuem para a formação do ser humano pleno, com o desenvolvimento de suas potencialidades. Reconhecemos que nossa presença como Igreja, junto aos estudantes dentro do ambiente escolar, ainda é bastante limitada, não conseguindo concretizar a proposta da boa-notícia de Jesus neste meio e não respondendo efetiva-mente às necessidades e desejos dos jovens estudantes.

Sentimo-nos, então, desafi ados a:1 Sair dos “muros da Igreja” e entrar nos ambientes onde está a juventude, espaço no qual vive o jovem estudante

com seus sonhos, seu modo de pensar, a forma como enxerga a situação em que ele mesmo se encontra;2 Entrar em contato com sua realidade escolar para escutar seus clamores e traduzir nossa ação evangelizadora a

partir do contexto em que ele vive, buscando ser apoio em sua formação;3 Conhecer a realidade da escola e contribuir no processo de integração entre jovem e instituição, construindo uma

proposta de evangelização a partir da realidade dos próprios jovens estudantes.

Isso porque, como Igreja, somos chamados a viver em parceria com a juventude, conhecendo sua vida, seus desejos e necessidades. E, portanto, estabelecer laços de afetividade, coração com coração, a exemplo do Mestre Jesus, que no seu amor revelou o Projeto do Pai de construção do Reino de Vida para todos e todas.

Sentimo-nos desafi ados a:

1 Criar espaços nos quais os jovens possam manifestar suas potencialidades e gostos. Proporcionar maior abertura sócio-cultural na qual o jovem consiga ser ele mesmo, manifestando seus medos, sonhos e capacidades, sejam elas artísticas, intelectuais ou laborais para superar os desejos de fuga da realidade, ou ainda pela falta de sentido ou de vínculos comunitários;2 Fomentar Políticas Públicas para a Juventude a fi m de que possam desenvolver a criatividade, sobretudo, para os jovens que vivem à margem da sociedade.

Propomos tais alternativas, porque como seguidores(as) de Jesus, nos identifi camos com seus gestos, milagres e palavras dirigidas aos pobres e oprimidos do seu tempo. A intenção não é basearmo-nos em posições e julgamentos moralistas, pelo contrário, há um desejo de anunciar e provocar a vida plena, sinal do Reino do Pai amoroso, prezando pela liberdade do ser humano e por sua realização como indivíduo e fi lhos e fi lhas deste Deus.Além de nossas motivações evangélico-religiosas, fundamentamo-nos primordialmente em nossa sensibilidade social. Somos seres humanos e não podemos fi car indiferentes à realidade concreta de nossos semelhantes e nos sentimos movidos a realizar ações que favoreçam a vida humana e estejam de acordo com sua dignidade.

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3 JUVENTUDE E CULTURA DA LIQUIDEZ

Diante de um contexto cultural pautado no descartá-vel, no hedonismo exacerbado e no individualismo que conduz a pessoa à perda de referenciais de dignidade hu-mana - realidade esta que mede o jovem por aquilo que possui, produz ou adquire - percebemos que tal situação dificulta a criação de vínculos sociais, levando a pessoa ao isolamento e dificultando sua interação social. Tal realida-de desumaniza o jovem e provoca a despersonalização que conduz à perda de sentido da vida, falta de compro-missos comunitários, desvalorização de projetos futuros, sobretudo na fase da adolescência e da juventude.

Somos desafiadas a:1 Sair de nossa estrutura formalista, que procura

justificar de modo racional a realidade e acolher, de modo incondicional, todo jovem, quebrando a visão do aparen-te, dos preconceitos e moralismos, para gerar processos de transformação e autonomia pessoal e social;

2 Valorizar a pessoa na sua pessoalidade, respei-tando seu estágio de desenvolvimento e incentivando-a no despertar de suas potencialidades e criatividade para que o jovem seja protagonista da própria história;

3 Criar espaços e grupos de jovens para estimular a prática prazerosa da convivência a partir dos interesses e gostos dos jovens, que promovam experiências comu-nitárias significativas e motivem a construção de seu pro-jeto de vida, pautado na realidade concreta, na respon-sabilidade cidadã e na busca da concretização de seus sonhos.

Em vista disso, sentimo-nos interpelados a defender e promover os valores evangélicos, estando presentes nas diversas realidades sociais, reconhecendo na diversida-de, juvenil grande possibilidade de crescimento pessoal e comunitário. A exemplo de Jesus, que acolheu incondi-cionalmente a todos, somos convocados a ir ao encontro do outro, a dar o primeiro passo, colaborando para inserir o jovem no grupo, na sociedade, reconhecendo-o como dom, como fez o Pai Misericordioso na sua acolhida incon-dicional ao filho mais jovem.

Diante desta realidade descartável e individualista, em que muitos jovens ficam à margem, somos desafiados a provocá-los a uma integração autêntica na sociedade como fez Santo Aníbal Maria de Francia, inspirado pelo versículo do Evangelho de Lucas “A messe é grande e pouco são os operários...” Também nós somos chamados a olhar para esta realidade e assumir nosso papel de aten-ção ao jovem, propondo-lhes mudança de vida e integra-ção no meio social em que vive. Assim como Jesus, que diante do abandono do povo do seu tempo, reconhece que falta um pastor e se apresenta como o Bom Pastor, que se compadece, acolhe, liberta, cura e mostra o Rei-no de Deus, que é de justiça, paz e fraternidade, também queremos ter as mesmas atitudes perante o jovem.

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4 JUVENTUDE E TRABALHO

Diante da realidade juvenil, um dos medos mais evidentes é o de não ser incluído no mercado de trabalho. Constatamos que neste modelo econômico não há emprego para todos(as), principalmente para os jovens que sofrem mais fortemente as consequências deste modelo econômico, que transformou o sujeito em relação ao trabalho como mercadoria. Estas altera-ções são percebidas tanto nos grandes e pequenos centros urbanos e também no campo, com a mecanização das técnicas de trabalho, gerando falta de perspectiva para a juventude ingressar no mundo do trabalho ou promovendo o trabalho informal e não especializado.

Esta situação afeta o jovem em sua rotina pela falta de renda e autonomia no consumo dos bens materiais, mas também, provoca confl itos familiares entre os sujeitos produtores de renda, levando à impossibilidade na especialização educacional, ao prejuízo na sua inserção no mundo cultural e de lazer e reduzindo ou alterando sua interação social, elementos que to-cam no sentido da própria existência.

Perante isso somos desafi ados a:

1 Estudar a realidade do trabalho e promover políticas públicas que possibilitem transformações no modelo econô-mico atual, para superar o abismo que cada dia se amplia entre uma minoria com muitos bens e uma maioria excluída do mercado;

2 Organizar a juventude por meio de cooperativas, associações, ONGs, etc, com a tarefa de buscara inserção do jovem no mundo do trabalho;

3 Promover espaços para a formação integral da juventude, que seja capaz de favorecer a leitura crítica do contexto em que vive, para encontrar com criatividade outras formas de inserção social, por meio do trabalho especializado e que possam ser sujeitos de fato de sua transformação.

Estes objetivos nos impelem porque como cristãos não podemos nos omitir diante do sofrimento humano e da luta pela concretização do Reino em nossa vida cotidiana.Como seguidores(as) de Jesus, que não fi cou indiferente à sua realidade e foi capaz de encontrar resposta criativa para colocar a pessoa humana no centro, somos chamados a ser criativos diante de uma estrutura que inibe o protagonismo jovem e o exclui do mundo do trabalho.

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É neste espírito que o serviço de Animação Vocacional deseja caminhar sempre na esperança do senhor da história, pois a messe é dele e ele sabe como cuidar para que venha a produzir os frutos esperados.

Nos dias 22 e 23 de dezembro 2012, tive a oportunidade de encontrar-me com as famílias das vocacionadas Bruna de Paula Elias de Jacupiranga e de Sandra Kuroiwa Iguma de São Paulo, Alto da Lapa,para esclarecimentos sobre a nova experiência das vocacionadas, em nossas comunidades 2013.

Em janeiro, estive com as famílias de Fernanda da Silva Leite, em Piquete, e de Juliana Gonçalves dos Santos, em Guaratinguetá.

Iniciamos o ano de 2013 com muitas graças e oportunidades de estar com as/os jovens e anunciar-lhes o convite insistente de Jesus em suas vidas, como fez para seus discípulos, há dois mil anos, ao longo do mar da Galileia... “Que estais procurando”? Disseram-lhe: ”Rabi onde moras”? Disse-lhes Jesus: “Vinde e Vede”. Eles foram e viram onde morava e permaneceram com ele, aquele dia. (Jo 1,38-39).

O mesmo aconteceu, também, em Guaratinguetá, na paróquia Nossa Senhora de Lourdes, no dia 13 de janeiro, porque Jesus continua passando e chamando! Muitos escutam e dizem: sim. Tive a graça de comemorar Madre Mazzarello, num Encontro Vocacional com 30 jovens da Pastoral Juvenil desta comunidade. A surpresa foi contar com o apoio da Equipe Vocacional e do Ministério de Música na animação e no delicioso lanche da tarde.

Tivemos também a presença signifi cativa do Padre Marcos Vinícius da Silva que desejava o Encontro, desde a Semana Missionária de julho de 2012.

A temática dos nossos encontros “Mil Razões para viver”, com o lema “Ide e fazei discípulos todos os povos” está relacionada com o Ano da Fé que estamos vivenciando.

O Papa Bento XVI nos lembra a necessidade de “redescobrir o caminho da fé para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo”. Sabemos bem que o/a jovem deseja, ver também, com nossas palavras o nosso testemunho. São Tiago nos afi rma em sua carta que “a fé sem obras é morta”.

Neste momento, me veem à mente as palavras de Madre Yvonne para as noviças da Colômbia, quando

lhes apresenta as fontes da fi delidade Salesiana:

* “A Filha de Maria Auxiliadora é uma mulher feliz porque amada infi nitamente por Jesus;

*Feliz porque chamada a viver com as Irmãs em Comunidade, fazendo experiência de que Jesus está

em seu meio; *Feliz porque encontra continuamente Jesus na oração,

na Palavra, no cotidiano; *Feliz porque chamada a uma maternidade espiritual

em relação a tantos jovens aos quais é enviada”.

Com estas palavras de encorajamento às jovens formandas, a Madre lembra a importância da presença da juventude, pois, sem ela, a Família Salesiana estaria incompleta. E para nós, de modo especial, este ano está sendo inteiramente voltado para a juventude: com a Campanha da Fraternidade, JMJ e mais a Estreia do Reitor-Mor “oferecer aos jovens o Evangelho da alegria”. Tudo isso entusiasma e nos faz caminhar em direção às jovens. Com toda essa motivação, em fevereiro, tive a oportunidade de estar com as jovens, no Vale, e entrar em contato com as da Paulista, São Paulo e já iniciamos os Encontros Vocacionais propostos para o ano, também em Piracicaba e São Carlos.

A primeira Convivência Vocacional foi realizada, nos dias nove e dez de março, com a participação de treze jovens, tendo em vista a formação humana e cristã. O primeiro módulo: Encontro com o meu “eu”, teve como objetivo: Criar o “ambiente”, motivando o “espírito” e a “vontade”; analisar os “instrumentos”: como posso

RAZÃO De seR

Em tudo, diz o salmista, dai graças ao Senhor!

Ir. Maria Bernardina Gonçalves, fma

Primeiramente queria dizer que me senti muito bem acolhida, me senti parte da família! A convivência se

tornou bem agradável com a companhia das meninas, pois vi que não estou sozinha, que há outras meninas com

as mesmas dúvidas que eu! Gostei do conteúdo e muito porque me fez pensar em quem sou, naquilo que eu quero

para meu futuro e na vontade de Deus Pai. Miriam Beatriz deFrança Serrati, Guaratinguetá

“O conteúdo fez-me perceber coisas que sozinha eu não perceberia.Gostei do tema escolhido. Cada encontro, uma

descoberta nova, e, hoje, descobri o quanto é bom ser transparente, ser e seguir aquilo que Deus quer e prepara

para mim.”Alexsandra Quintas, Lorena

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aprender a ser “eu mesma: ”;conhecer os sentimentos; as incoerências do próprio comportamento e buscar a transparência. Transcrevo algumas impressões das jovensque participaram da convivência vocacional:

“A dinâmica da convivência foi divertida, engraçada, educativa. O conteúdo que está sendo dado é interessante e

muito marcante, pois se aplica diretamente do nosso cotidiano. Sem dúvida é um conteúdo que nos faz refl etir e rever muitas opiniões e conceitos em relação a atitudes e comportamentos.. Obrigada!”

Fernanda de Araujo Silva, Lorena

“Ter um encontro com Jesus, comigo mesma, me deixou alegre e feliz. Com certeza, o conteúdo foi muito importante, nos fez refl etir sobre o que somos, como nos comportamos, a maneira como eu vivo, como tratamos as

pessoas ao nosso redor, e, com certeza, vou olhar o mundo com novos olhos.”LudimilaIayni Gonçalves Nunes, Silveiras

“A Convivência foi além de uma simples formação, foi uma ocasião que nos proporcionou ter uma visão ampla, concreta sobre a busca de uma relação comigo mesma,buscar a maturidade que me proporcione o equilíbrio pessoal.

Agradeço a Deus também por nos enviar instrumentos, para assim nos ajudar, em especial, agradeço de coração a disponibilidade de vocês,Irmãs, nessa disposição tão sincera e verdadeira para conosco, proporcionando-nosessa

oportunidade única, para a construção do Reino de Deus.”Bruna de Paula Elias – Jacupiranga SP

Acredito muito na juventude e sei do empenho de nossas comunidades na acolhida das jovens vocacionadas, especialmente, para uma Convivência, afi m de que cada uma possa

perceber o “Vem e Vê” em sua vida e nas diversas atividades pastorais. Posso afi rmar que toda jovem é bem vinda e, se ela veio nos procurar, creia que é Jesus que está interpelando o seu

coração!

RAZÃO De seR

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Ir. Helena Gesser

De 18 de fevereiro a 21 de março foi realizado, na Casa Geral em Roma, o Encontro para as Mestras de Noviças com o tema “O meu rosto caminhará com vocês” (Ex 33,14).

Ir. Helena Gesser, responsável pelo Noviciado Interinspetorial Brasileiro, participou juntamente com 26 Mestras de vários noviciados do mundo e com mais três irmãs Missionárias da Encarnação. O objetivo do Encontro, promovido pelo Âmbito para a Formação, foi o de oferecer às Mestras oportunidade para qualifi car-se e assumir o acompanhamento, em estilo salesiano, como caminho privilegiado de formação das novas gerações de FMA, chamadas hoje a constituir para si uma identidade Carismática aberta e dinâmica, clara e legível.

A consciência de que as fi guras chaves no processo de acompanhamento formativo das noviças são as Mestras e a Comunidade Formadora, sempre impulsionou o Instituto a cuidar da formação das Mestras, a convocá-las para condividir a responsabilidade formativa e oferecer-lhes o que fosse possível para habilitá-las melhor para que possam assumir e atuar com competência carismática a tarefa confi ada a elas.

Colocando-se na escuta do contexto sociocultural

e eclesial, caracterizado, entre outras coisas por uma mudança veloz e na escuta das exigências do Carisma, durante os dias do Encontro, analisou-se o processo formativo, na etapa do Noviciado, que, mesmo rico de experiências feitas e de tradições, pede um repensamento contínuo, sobretudo no que diz respeito a alguns pontos:

• A importância decisiva da formação da identidade carismática

• A participação ativa e corresponsável de formandas e formadoras nesse processo

• A estratégia do acompanhamento• Algumas questões emergentes que interpelam mais de perto os processos formativos hoje.

No decorrer do Encontro,algumas questões foram levantadas como: Quem são as jovens noviças, hoje? Em que contexto sociocultural, eclesial, de Vida Consagrada vivem? Qual é a meta à qual encaminhá-las? Qual FMA? Com que estilo? Qual acompanhamento? Quem é a mestra que as acompanha? Hoje, como Dom Bosco e Madre Mazzarello acompanhariam estas jovens?

RAZÃO De seR

“O meu rosto caminhará com vocês”

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RAZÃO De seR

Como administrar, nos processos formativos, algumas questões emergentes: sexualidade, afetividade, mundo da comunicação, sobriedade e solidariedade, processos de decisão, formação intercultural, formação para a missão?

O Encontro, deu uma atenção especial para:• O acompanhamento em si e como aspecto transversal a toda a experiência.

• A pessoa da Mestra: FMA-Mestra-Formadora.

• Quem são as jovens a quem, hoje, somos chamadas a acompanhar e a formar?

• Em que contexto sociocultural, eclesial e de Vida religiosa?

• A vida das novas gerações e o contexto: como interpelam o nosso ser Mestras? O que pedem ou em que implica?

• Para onde queremos acompanhá-las?

• Com qual estilo de acompanhamento? Qual aliança formativa entre Mestra, Comunidade formativa, Noviças e outros agentes que interferem no percurso formativo?

• Que percursos emergentes nos interpelam de modo particular nos processos formativos do Noviciado?

Madre Yvonne Reungoat abriu o evento com uma saudação inicial, seguida por Ir. Maria Américo e Ir. Maria Fisichella que apresentaram as fi nalidades e os objetivos do encontro.

Em um dos dias, a Madre abordou o tema:

“Acompanhamento: experiência de comunhão e estilo para manifestar o amor. Um aspecto que

qualifi ca a fase do Noviciado”.

Muitos foram os relatores.. No dia 27 de fevereiro, o Reitor Mor refl etiu sobre “Desafi os e orientações para a formação das Noviças FMA, hoje”.

De 3 a 12 de março, as participantes estiveram nos lugares de Dom Bosco e de Madre Mazzarello: Colle Dom Bosco, Chieri, Valdocco, Mornese, Nizza

Monferrato, enriquecendo-se, ainda mais, as refl exões com elementos carismáticos das origens.

Nas palavras de conclusão, Madre Yvonne lembrou, mais uma vez, que a formação é antes de tudo obra do Espírito Santo, pois, Ele é o seu principal protagonista. A formação é também questão de relação, portanto, para ajudar as novas gerações a construir uma identidade carismática aberta e dinâmica, clara, legível e sólida, é fundamental a ação do acompanhamento que implica

relação, confi ança recíproca e entrega. Madre Yvonne insistiu que aprendemos a arte do acompanhamento na escola da Palavra e do Espírito dia a dia, ajudadas por Maria Auxiliadora, a verdadeira Mestra porque a primeira e verdadeira discípula de Jesus, seu Filho.

Posso assegurar-lhes que os dias de encontro foram de “graça sobre graça”. Foram dias de grande riqueza e partilha e muito contribuíram e acrescentaram na missão que nos foi confi ada. Louvo a Deus e agradeço as pessoas que me possibilitaram este momento de confronto, cultivo e crescimento na caminhada vocacional.

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No dia 19 de janeiro, teve início o retiro anual, no Centro Missionário José Allamano, com o pregador, Padre Roberto

Mayer, Oblato de Maria Imaculada. Participaram destes dias de graça, acompanhadas pela Inspetora, Irmã Vilma

Santoro Bertini, um grupo de oito irmãs, as duas noviças do segundo ano e as cinco postulantes que se preparavam para

a entrada no noviciado. Nos últimos dois dias, o grupo foi enriquecido pela presença das junioristas que iriam renovar os Votos. O bonito e privilegiado tempo de oração, terminou

com o almoço,no dia 25 de janeiro. Neste dia, logo no início da manhã, com a celebração da Palavra, receberam a medalha

de noviças das mãos de Ir. Vilma Bertini, as jovens Aline de Oliveira Leite, Cassiana de Fatima Gonçalves Ferreira, Etiene

de Oliveira Lima, Liv Peralta da Silva e Maria Leonora Ferreira Lima. Estiveram presentes na Celebração, a Inspetora de Porto

Alegre, Ir. Maria Floriani, e algumas Irmãs da Inspetoria Santa Catarina de Sena.

A Palavra escolhida pelas formandas para a primeira leitura foi o trecho do profeta Oséias 11, lembrando-nos de que o

Senhor nos toma carinhosamente pela mão e não nos deixa sozinhas no caminho, pois, é Ele quem nos conduz com mão amorosa de Pai. Com trecho doEvangelho de Mateus 11, 25 e 27 em que Jesus louva o Pai, que se revela aos pequenos e

simples, as noviças da turma 2013 pediram ao Senhor o dom da simplicidade para o tempo de noviciado e para toda a vida

de FMA. Por isso, toda a assembleia, rezando o Salmo 102, bendisse ao Senhor que nos conhece intimamente e nos ama

desde sempre e para sempre.

No dia 13 de março, Ir. Vilma Santoro Bertini foi a Porto Alegre, com Ir. Rosalba Perotti, para a Celebração da entrega das medalhas às novas Aspirantes: três de Porto

Alegre, três de São Paulo, Alana Domingues Moreira, Eliana Aparecida do Prado e Beatriz Rocha de Moraes, e Postulante, Anna Christina Silveira Bernardi, que se juntará

às outras duas: Rosemeire Toledo, de São Paulo e Isabelle Scheid, de Porto Alegre. Rezemos por elas e por toda as outras Formandas -Junioristas, Noviças e Voluntárias

Vocacionadas-a fi m de que prossigam com entusiasmo e fi rmeza na busca do Projeto de Deus sobre suas vidas!

RAZÃO De seR

Noviciado

Aspirantado e Postulado

Renovação

Renovando a entrega no Instituo das Filhas de Maria Auxiliadora

No dia 25 de janeiro, as Irmãs Ana Luisa da Silva Medeiros, Monalisa Carolina Machado Bernardino, Fabiana Florêncio Cavalcante e Tânia Mara da Silva renovaram sua consagração a Deus, durante a missa de encerramento do

retiro no Centro Missionário José Allamano.

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RAZÃO De seR

Segundo noviciadoIr. Tânia Mara da Silva e Ir. Fabiana Florêncio Cavalcante

Participaram do Segundo Noviciado, realizado, em Manaus,de 28/12/12 a 15/01/13, dez Junioristas, três de Manaus, duas de Belo Horizonte, três de Recife e Ir. Fabiana Florêncio Cavalcante e Ir. Tânia Mara da Silva.

As Irmãs Evanete Dutra de Freitas(BMA) e Ir. Maria Adriana Gomes(BRE) foram as coordenadoras do Encontro e presenças alegres que nos testemunharam que vale a pena ser FMA.

Sentimos o calor das Inspetorias Laura Vicuña e Santa Teresinha e agradecemos a acolhida de todas as Irmãs e, de modo particular, às Inspetoras Ir.Francisca Dias Pereira (BMA) e Ir. Maria Carmelita Conceição

Os temas foram:

1. Dom Bosco - A Mística do Da mihi Animas Cetera Tolle apresentado pelo Pe. João Mendonça Filho (SDB).

2. Psicologia: Afetividade e Sexualidadesob a responsabilidade de Ir. Neuza Farias (BBH))

3. Pastoral Juvenil: juventudes e Culturas juvenis a cargo de Ir. Regina Carrijo(BBH)

4. A Oração da FMA na espiritualidade de Santa Teresa D́ Ávila desenvolvido por Ir.Elizabete Vieira ( BRE)

5. Uma Leitura dos Votos em Perspectiva Marianaabordado pelo Irmão João Gutemberg ( Marista)

Os passeios, os recreios contribuíram para o bom relacionamento do Grupo. Inesquecível foi ver “ao vivo” o encontro das águas dos Rios Negro e Solimões e muito bom foi conhecer as Casas de Manaus e sentir a fraternidade e o carinho de nossas Irmãs.

Agradecemos muito à nossa Inspetoria Santa Catarina de Sena por mais este tempo de formação.

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II Congresso da Vida Religiosa Consagrada Jovem

“Ardia o nosso coração quando Ele nos falava no caminho” (Lc 24,32)

Entre os dias 09 e 12 de fevereiro, realizou-se o 2º Congresso Nacional das Novas Gerações da Vida Religiosa Consagrada, promovido pela Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). O evento reuniu uma média de 800 jovens consagrados e consagradas de diversas regiões do Brasil e também missionários de outros países, em Aparecida/São Paulo, teve como tema “Novas Gerações: tecendo relações, construindo caminhos” e o lema: “Ardia o

nosso coração quando Ele nos falava no caminho”. De nossa Inspetoria estiveram presentes: Ir. Nilza, Ir. Ana Luiza, Ir. Fabiana, Ir. Monaliza e Ir. Tânia. Como Salesianas éramos 20 Irmãs de vários Estados do nosso País.

“O objetivo do Congresso foi redescobrir caminhos para assumir o protagonismo das Novas Gerações da Vida Religiosa Consagrada, favorecendo a espiritualidade, as relações fraternas, e a missão, sendo testemunho profético diante da realidade atual.”

A presidente da CRB Nacional, Irmã Márian Ambrósio, presidiu a abertura do evento, interpelando-nos a darmos espaço à Palavra de Deus para que ela chegue nítida e com limpidez a cada coração. Nesse dia foi realizada uma roda de conversa fazendo Memória do processo das Novas Gerações (NG), também foi nos apresentada a pesquisa realizada pela CRB Nacional a respeito da vida religiosa jovem no Brasil, feita em 2011. A pesquisa propôs três perguntas aos jovens religiosos: Quais são os principais sonhos e expectativas da Vida Religiosa Consagrada (VRC) jovem? Quais os desafi os e difi culdades? Quais são suas atitudes diante dos desafi os e difi culdades? Em seguida, de maneira muito clara e precisa, foi explanado o tema central do Congresso.

No segundo dia do Congresso, foi proferida uma palestra por Irmã Annette, religiosa belga da Congregação das Irmãs de Santa Maria. A missionária discorreu sobre o texto bíblico do lema do Congresso “Ardia nosso coração quando Ele nos falava no caminho”. Com bastante propriedade nos questionou com suas colocações para buscarmos e ser sinais de esperança aos pobres. Deus é o Absoluto e os pobres os coabsolutos. E “Ser pão partido para um povo quebrado.”

No período da tarde tivemos a oportunidade de participar de Ofi cinas que abordavam várias temáticas diretamente ligadas à Vida Religiosa Consagrada e como estamos respondendo coerentemente aos novos desafi os sem perder ou deixar em segundo plano a nossa essência como consagrados e consagradas.

O dia 11 de fevereiro foi marcado por momentos fortes de espiritualidade e partilha: Celebração Eucarística na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, Lectio Divina e Via Sacra (experienciamos como os dois discípulos de Emaús a presença viva de Jesus em nossa caminhada). Nesse mesmo dia fomos divididos por regionais para respondermos à pergunta: Como animar as Congregações e Regionais sobre a articulação das Novas Gerações (NG)?

Constatamos que é necessário criarmos espaços de partilhas e vivências como Vida Religiosa Consagrada, sairmos de nossos espaços congregacionais e unirmos forças para que uma Nova Vida Religiosa Consagrada seja testemunha crível, e viva concretamente as atitudes evangélicas. Portanto, fomos desafi ados a formar e concretizar em nossos regionais grupos de Novas Gerações.

Vivenciamos o dia 12 de fevereiro, com a fala fi nal de Ir. Márian Ambrósio, concluindo o Congresso com uma celebração de envio em que fomos motivados a continuar a caminhada de Emaús onde nos encontramos e na realidade em que vivemos. “A história de Emaús não termina no versículo 35, ela continua...” Somos continuadoras dessa história. Somos também testemunhas do Ressuscitado, pois fi zemos o Encontro Pessoal com Ele. O Ressuscitado continua falando no caminho. Ele fala, nós o ouvimos?

RAZÃO De seR

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COisAs De FAmÍliA

Encontro da CRB Ir. Diva Mucci

Nos dias 26 e 27 de fevereiro, a CRB/SP, promoveu, em sua sede, dois Dias de Refl exão sobre a Vida Comunitária, assessorados por Ir. Gelza de Freitas Ribeiro, da Congregação Servas da Santíssima Trindade, que expôs o tema “Leveza na Vida Comunitária”, afi rmando que para que a mesma seja mais simples, mais leve, é preciso haver clima de comunhão, compreensão, amor e perdão, o que depende não somente da Coordenadora, mas, de todo o grupo.

Ao abraçar a Vida Religiosa fomos movidas por uma paixão. Estávamos dispostas a tudo: muitas Páscoas se realizaram; tivemos tempos fortes de conversão.

A Vida Religiosa deve ser a nossa grande mística. Nela, às vezes, construímos e outras vezes, destruímos a comunidade. Temos muitas cicatrizes. É preciso voltar à paixão por Jesus Cristo e converter-nos efetivamente ao Evangelho.

Coordenar e animar uma comunidade consiste em reescrever o Evangelho com todas as Irmãs, no tempo atual, sem esquecer que nosso Centro é Jesus Cristo e que podemos passar por muitos confl itos que fazem parte da nossa caminhada.

O egoísmo pode aparecer muito forte nas comunidades. É preciso deixar de lado o poder. Deixar que as Irmãs sejam livres no agir. Infelizmente, o individualismo, o poder, o egoísmo, são muito fortes.Sente-se a falta de circularidade.

Por que Irmãs jovens estão deixando as Congregações? O que está faltando? É conveniente examinar esta falta de circularidade: sem comunicação não há espírito de família. Isso é muito sério, muito triste.

É necessário haver muito cuidado com o apego ao poder. Temos que ajudar as Irmãs, mesmo se, às vezes, há aquelas que não querem ser ajudadas; há também Irmãs sérias demais... O que pode causar mal estar na comunidade e afastar as vocações. Querer ser dona da verdade pode signifi car viver uma total mentira.

É bom considerar que forte traço de nossa época é a não tolerância à sombra, diante do que, a nossa vida exige, maior maturidade, discernimento, trabalhar para ter sede de Deus e reavivar o dom que Ele concedeu acada uma de nós.

XIII Encontro Nacional das/os Ex-alunas/os do BrasilIr. Cecília JalilFauza

Durante os dias 21 a 25 de março de 2013, realizou-se, em Recife, Pernambuco, o XIII Encontro Nacional das/os Ex-alunas/os das FMA. Éramos 136 participantes, presentes todas as Federações do Brasil. De São Paulo, participamos somente Sandra Carbonari Fernandes, Conselheira Confederal pelo Brasil, Maria Celina Wolff e Irmã Cecília Jalil Fauza, a menor Delegação presente.

Foram dias de oração, refl exão, entrosamento, muita alegria recheada de salesianidade, espírito de família, sentido de pertença e dois ótimos passeios.

Os três palestrantes, Dra. Dejane Mendonça com “Renovação dos sentimentos”, Padre João Carlos Ribeiro, SDB, que falou sobre “Fortalecimento da Espiritualidade e Fidelidade ao Carisma Salesiano, e a teóloga, Zélia Vianna Braga, que discorreu sobre o “Carisma Salesiano inculturado para a vivência de um mundo melhor”, enriqueceram o grupo com conteúdos pertinentes, atualizados, nos aspectos psicológico, teológico e salesiano, foram muito apreciadas pelas participantes.

No dia 25, estivemos na Feira de Caruaru, durante a viagem para Nova Jerusalém para assistirmos à tradicional apresentação da “Paixão de Cristo”, que não é somente uma peça teatral, mas, um espetáculo de fé.

O próximo encontro será sediado em Porto Alegre.Agradecemos a toda Equipe do Nordeste que preparou e

realizou o evento, motivo para todas de fortalecimento do élan apostólico. Esperamos e desejamos que, para o próximo Encontro, São Paulo marque presença com entusiasmo e esperança no crescimento de nossa Associação.

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PALAVRAS DE IR.EDMÉA BATTAGLIA

Há setenta anos, éramos uma turma de vinte e sete jovens cheias de sonhos,

projetos, esperanças, arquitetando mil atividades entre as crianças e jovens, seguras

das bênçãos de Deus, do carinho de Nossa Senhora, da presença de Dom Bosco, de

Madre Mazzarello, do apoio de nossas Superioras e Irmãs...Mas, contando, também,

com nossas limitações, com as surpresas da vida, com os possíveis momentos de luta

e de desânimo...mas, sempre cheias de sonhos...

Hoje, estamos reduzidas a seis: quatro na nossa Inspetoria de São Paulo (não está

presente Ir. Olguinha por situação de saúde), e duas na Inspetoria de Belo Horizonte,

as outras vinte e uma certamente estarão participando desta hora de Ação de Graças,

já na verdadeira e plena realização.

Neste momento a nossa comoção não e nada pequena...sobretudo pensando na

nossa querida Irmã Heloisa Ferreira Lima que, celebrou 60 anos de profi ssão no dia

06 de janeiro e no dia 09 nos deixou e que, certamente nesta hora está vivendo junto

a Deus, a plenitude do lema que orientou toda sua vida MISERICÓRDIA! No meio de

tantas emoções, falar alguma coisa nesta hora, não é nada fácil... as lembranças são

tantas e tão vivas, a caminhada teve suas horas de alegria e realizações, como teve as

de apreensão e difi culdades...a Ação de Graças, as lembranças, as saudades, o pedido

de perdão são tão grandes que as palavras não conseguem ser exatas e coerentes.

Por isso, fui pedir ao poeta, a Carlos Drummond de Andrade, que me emprestasse

seus versos para traduzir nossos sentimentos e ele me diz que: “sobretudo somos

seres de esperanças” que, apesar de tudo, “acreditamos na vida e na doação de

vivê-la em perpétua procura e perpétua criação, por isso, já não somos fi nitos e sós,

tudo se comunica, tudo no coração é ceia, tudo quanto foi passado caprichoso na

vida restará...Nada que se sinta passa realmente. É Tudo ilusão ter passado...é mentira

estarmos sós...Somos uma fraternidade, um território, um país que começa outra vez

no canto do galo “a cada Natal”. “Somos a geração da eternidade que desenvolve, na

luz, o seu frágil projeto de felicidade...E felicidade é AMOR...pois o amor resgata nossa

pobreza, vence o tédio, ilumina o dia e instaura em nossa natureza a imperecível

alegria...”Na certeza de que nada é inútil, de que nada perece, apesar de nossa POBREZA,

nosso canto só pode ser de AÇÃO DE GRAÇAS, pois há um Deus que nos chamou

e nos ama, uma Mãe que nos protege e uma Congregação que amamos, que nos

ampara e perdoa nossas defi ciências, o nosso canto só pode ser de AGRADECIMENTO,

só pode ser realmente o CANTO DE AÇÃO DE GRAÇAS a Deus, a nossa Mãe

Auxiliadora, ao nosso Instituto, um profundo agradecimento aos nossos Pais,

Irmãos, Parentes, as nossas Superioras do passado e do presente, a nossas Irmãs de

Congregação, a nossos Irmãos Salesianos e a todos os Sacerdotes que nos ensinaram

a compreender e a viver a responsabilidade da nossa vocação; a nossos professores e

professoras leigos, às famílias que acreditaram em nós para a educação de seus fi lhos,

às crianças e jovens e também alunos adultos que iluminaram nossos caminhos, às

nossas ex-alunas e ex-alunos que amamos tanto, a todos que atravessaram nossas

vidas. OBRIGADAS!

JUBileUs

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JUBileUs

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O XI Encontro Nacional das Comunidades Salesianas Inseridas no Meio Popular

Adaptado dos Documentos de Aparecida, do CAM3 e de Ir. Marina Aguillar

A Inspetoria Santa Catarina de Sena acolherá, de 7 a 10 de novembro de 2013, no Colégio de Santa Inês, o XI ENCIS (Encontro Nacional das Comunidades Inseridas Salesianas).Este Encontro tem por objetivo “Reavivar a Mística do cotidiano, a escuta dos gritos da realidade que nos interpelam e do Deus vivo que nos impulsiona e envia inter gentes.O tema será “Irmãs Salesianas Inseridas nos Meios Populares – Missão Inter Gentes”.A assessoria será feita por Ir. Alaíde Deretti.Preparando o encontro ao Encontro, as Irmãs estão refletindo o conteúdo dos Documentos “IDE … sereis minhas testemunhas até os confins da terra”, do Âmbito para a Missão; e “Mantén viva tu llama misionera” - II Seminario Americano de Animación Misionera (FMA-SDB) Cumbayá – Ecuador, que, talvez, nem todas tenham tido oportunidade conhecer..Este último Documento, a nosso ver, diz respeito a todas as Comunidades. Por isso, aqui está um pouco desta riqueza para que possamos acompanhar e assumir, como Inspetoria, o XI ENCIS.

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O caminho em direção à Missão Inter Gentes

Hoje precisamos aprofundar o sentido da Missão Ad Gentes como Missão Inter Gentes. Isto supõe uma Igreja dis-cípula a serviço da humanidade, chamada a viver seu com-promisso missionário em atitude de escuta, superando fron-teiras geográficas e culturais.

A Missão Ad Gentes é Missão para a humanidade e que se realiza, simultaneamente, em ser serviço à Igreja e ser luz das nações. A Missão é serviço ao futuro da humanidade! Por isso, como leigos, leigas, religiosas, religiosos, sacerdotes, bispos da América, baseando-nos no Documento de Apa-recida, nas conclusões do CAM 3 e COMLA 8 e a partir dos desafios atuais, assumimos com entusiasmo e corresponsa-bilidade eclesial a Missão Ad Gentes, que implica uma con-versão pessoal e a mudança de estruturas pastorais para que o Evangelho chegue a todos os homens e mulheres de todos os países, culturas, sociedades sedentos e sedentas de Deus.

Desde os tempos da Igreja Primitiva houve uma clara di-ferença entre gentes (ente) e povos de Deus. Ou seja, a dis-tinção entre povo eleito de Deus e as nações entre os judeus e gentios, entre circuncisos e incircuncisos, entre crentes e pagãos. De fato, esta distinção se tornou a base da distinção de tarefas entre Pedro e Paulo. Assim disse Paulo em sua Car-ta aos Gálatas 2, 7-8: “Foi-me confiada a evangelização entre os incircuncisos, igual àquela de Pedro aos cincuncisos, pois Aquele que atuou em Pedro para fazer dele um apóstolo dos circuncisos, atuou também em mim para fazer-me apóstolo dos gentios”.

Ao lado desta distinção há aquela outra entre centro da fé e periferia da incredulidade (não crença), ou a distinção entre dentro e fora. Na Igreja Primitiva o centro da fé era Je-rusalém e as nações no entorno eram a periferia da incredu-lidade. Na história da Igreja, a Europa cristã era o centro da fé e o resto do mundo, a periferia da incredulidade. No contex-to desta dupla distinção Missão Ad Gentes era, precisamen-te, Missão ad extra (para fora). Missão era sair em direção às nações pagãs. Desta concepção nascem expressões como países que enviam missionários e países que recebem missionários, ou também, Igreja missioná-ria e Igreja de missão.

Os fundamentos que incidem na Missão Inter Gentes

Dois fenômenos recentes mudaram a situação descrita anteriormente: um na Igreja e outro no

mundo atual.

Missionários a partir do sul

O primeiro fenômeno é o surgimento de missio-nários que têm sua origem no sul do mundo.

A Europa já não é a única, e hoje em dia, tam-pouco, a fonte de missionários. Isto tem a ver com a

drástica diminuição de vocações sacerdotais e Religiosas na Europa e nos Estados Unidos. Desta maneira agora somos testemunhos do fenômeno de missionários originários do sul do mundo, especialmente da Ásia, e África, porém, tam-bém da América Latina.

Este fenômeno por sua vez tem a ver com o crescimen-to e a maturação dos lugares ou comunidades que antes se denominavam Igrejas de missão ou Países de missão, recep-tores de missionários. Não se trata somente do que se cha-ma Missão inversa, quer dizer: de missionários dos antigos territórios que vão como missionários à Europa, porque tam-bém existem missionários do sul que vão como missionários à Ásia, África, América. Por isto hoje nós falamos também de Missão de sul a sul, em contraste com a situação anterior que era principalmente um fenômeno de norte a sul.

Um claro exemplo deste intercâmbio de sul a sul, é a pre-sença de missionários e missionárias da Ásia, África, América Latina em todos os Continentes.

MulticulturalidadeNo mundo atual, um fenômeno decisivo e fundamental

é a crescente multiculturalidade de muitas das cidades e pa-íses do mundo. Graças ao fenômeno da mobilidade das pes-soas (seja pelas migrações internacionais, seja pela situação dos refugiados), as sociedades estão se tornando cada vez mais multiculturais. No momento da mudança de milênio estimava-se que havia 50 milhões de refugiados ou migran-tes forçados.

Ainda que a migração seja um fenômeno muito antigo, a natureza global das migrações de nossa época é o que dá a este fenômeno uma proeminência especial. Há, cada vez mais, pessoas que não escolhem migrar e a isto se vêm obri-gadas. Somos testemunhas de que o número de viagens em direção aos diversos países é cada vez maior. Os migrantes internacionais vêm de todas as partes e viajam para todas as partes do planeta. Como resultado, hoje, há pessoas de dife-rentes culturas que, não somente estão em contato uns com os outros, mas, muitas vezes, se vêm forçados a viver junto

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a outros. Muitas das cidades do mundo estão habitadas por grupos culturais sumamente diferentes; muitas vezes a di-versidade de culturas significa, também, diversidade de re-ligiões. Este movimento massivo de pessoas está mudando radicalmente o rosto de nossas cidades e países.

A Missão Inter GentesDas pinceladas dadas nos parágrafos anteriores, é neces-

sário enfatizar que na atualidade quando se fala de Missão Ad Gentes, não se pode considerar unicamente como aquela que se realiza ad extra, para fora do mundo cristão e para

fora das comunidades maduras em sua fé, porque as “Gentes” já não são so-mente os que estão fora, distantes, os pouco conhecidos por nós cristãos e cristãs. As “Gentes” também estão aqui entre nós, ao nosso redor. É necessário nos voltarmos com a curiosidade dos discípulos de João quando seguiram Jesus interrogando-o: “Mestre, onde vi-ves?” E encontrar a resposta na pessoa de Jesus: “Venham e vejam”. O Evange-lho nos diz: “Foram e ficaram com Ele”. A Missão Inter Gentes tem esta dinâmi-ca: descobrir onde vivem as pessoas e uma vez que as descobrimos, ficarmos com elas.

As “gentes”, então, poderiam ser as mais conhecidas, porém às vezes, igno-radas por nossas relações frias e calcu-listas; pode ser a família que vive junto à minha casa, em minha comunidade, em minha área paroquial, no meu tra-balho; a pessoa que está nos meios de transporte que uso; a pessoa que vem reparar os objetos danificados em casa, a mulher ou o homem que vendem verduras, carne; e a estes, somemos um sem-número de “gentes” que conhe-cemos e que diariamente estão à nossa frente.

A Missão Inter Gentes implica, entre outras coisas, construir ou promover uma Igreja autenticamente multicultu-ral, quer dizer, uma Igreja que seja lu-gar de gente de diferentes culturas, um instrumento de diálogo intercultural e um sinal da universalidade do Reino de Deus.

a. A Igreja como lugar de cultura diversa

A Igreja de Aparecida prometeu não só ser advogada dos pobres, mas

ser sua casa, casa dos pobres; a Igreja deve ser hoje lugar de culturas diversas. Pentecostes nos diz: “Ao ouvir o ruído, as pessoas se congregaram na casa onde se encontravam os discípulos... Judeus, os da Frígia, da Panfília, do Egito, os partos, medas, elamitas, estrangeiros de Roma, prosélitos, os de Creta e os árabes...” Hoje, estas pessoas de diferentes culturas estão fora de nossas Paróquias, grupos, Movimen-tos, Comunidades, Dioceses, sociedades. São eles e elas os que temos que perceber, ver, escutar na linguagem de sua cultura. Nossa sensibilidade como discípulos, missionários, membros de uma Igreja é a de acolhê-los e caminhar com eles e elas.

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Se através de nós, nossa Igreja é uma casa acolhedora, devemos ter em conta três elementos importantes para que a acolhida seja atrativa para todas as pessoas de diversas procedências:

* uma Igreja que respalda o reconhecimento das outras culturas: por exemplo, admitir que a cultura dos migrantes seja também visível na Comunidade;

* uma Igreja que alimenta o respeito pela diversidade cultural: que se oponha a qualquer intento de submeter as minorias culturais à cultura dominante;

* uma Igreja que promove uma saudável relação de in-teração entre as culturas: crie um clima no qual todas elas tenham possibilidade de se enriquecerem mutuamente.

b. Uma Igreja instrumento de diálogo intercultural

Em Pentecostes, o Espírito Santo se apresenta como um vento que sopra fortemente. O vento é uma metáfora belís-sima. O vento sopra onde quer e não se pode reduzi-lo a ne-nhum organismo, a nenhuma instituição, a nenhum sistema, a nenhum espaço.

Como o vento, o Espírito nos dá liberdade para amar sem limites, para nos movermos muito além de toda fronteira, para entrar em contato humano e em diálogo com todas as religiões.

Cada povo, cada cultura, cada religião tem uma verdade a manifestar. A Igreja deve, então, ser aquele instrumento que promove a proximidade e o diálogo intercultural. O en-contro com aqueles que não são de nosso grupo, de nossa cultura, de nossa religião pode e deve nos enriquecer.

Uma Igreja autenticamente intercultural, além de cui-dar daqueles que pertencem à Comunidade (falamos de imigrantes, estrangeiros ou forasteiros que são católicos e cristãos), deve olhar mais além de si mesma e dirigir-se, por exemplo, aos emigrantes não cristãos, aos refugiados e sem--teto, constituindo-se em um instrumento de diálogo inter-cultural na sociedade.

O reconhecimento das culturas, o respeito à diversida-de cultural e a existência de uma saudável relação entre as culturas, criariam a grande comunidade humana de pessoas que têm a Missão Inter Gentes.

c. Sinal da universalidade do Reino

O Deus da História da salvação é um Deus próximo do povo, como dizia Santo Agostinho: “Deus está próximo de cada pessoa humana por meio de suas mãos estendidas que são o Filho e o Espírito Santo”. Em uma Igreja na qual seus discípulos e missionários seguem radicalmente a Jesus e se deixam guiar pelo Espírito Santo, estará presente esta uni-versalidade do Reino. Por sua universalidade, todas as causas do Reino representam os desafios de uma comunicação in-tercultural com os diferentes.

O universal tanto mais promove e expressa a unidade do gênero humano, quanto melhor respeita a particularidade das diversas culturas. A universalidade cresce com a proxi-

midade que é cognitiva em sua memória, sensitiva e em seu olhar e em sua escuta e emocional em sua compaixão. (GS 54)

Uma Igreja que alimente a autêntica interculturalidade a partir de dentro e que promova o diálogo intercultural a partir de fora, será um sinal credível da abertura do Reino de Deus para as pessoas de todas as culturas e nações. Nes-ta época de globalização, um testemunho assim é especial-mente necessário, já que a globalização tende, por um lado, a excluir e marginalizar os pobres e os fracos, e, por outro, a criar uma uniformidade que elimina as diferenças.

Uma Igreja intercultural será um sinal de que o Reino in-clui a todos e não exclui ninguém, e que nele não há nem es-trangeiros nem forasteiros, só irmãos e irmãs. Será a imagem da convocação de todos os povos ao que aludiu o Profeta Isaías: “Assim disse o Senhor: ‘Eu venho reunir todas as na-ções e línguas; virão e verão a minha glória’. (Is 66,18)

ConclusãoA maneira de viver a Missão Inter Gentes emana da mes-

ma pessoa de Jesus, a partir da formação do grupo de seus discípulos, que sabemos, eram de diferentes idades, profis-são e cultura. Ao longo de seu caminho missionário se en-contra e dialoga com a cultura da Samaritana. Elogia a fé da mulher Cananéia, do centurião, come com Zaqueu, é amigo da mulher pecadora...

Nós, discípulos e missionários apaixonados por Jesus e pela humanidade, a partir de nossos lugares geográficos, sociais, culturais, religiosos, a partir de nossa experiência e fé e a partir da realidade da humanidade, somos sinais e presenças de esperança. Por ela somos capazes de compre-ender o mistério de Deus, não como ausência ou abandono, mas como centro do mundo, na condição e nos rostos dos emigrantes e refugiados, dos despossuídos e dos que vivem nas ruas das grandes cidades, dos agricultores e indígenas sem terra, dos afrodescendentes que lutam por seu reco-nhecimento nas sociedades racistas, e de todos que estão ao nosso lado.

Nossa missão não consiste em impor, mas em propor; não é a de arrastar seguidores, mas a de convidar homens e mulheres; não é a de solucionar problemas, mas o de dar um rosto diferente aos mesmos.

A Missão Inter Gentes é, sem dúvida, o lugar de uma ex-periência enriquecedora porque permite ao discípulo mis-sionário entrar na experiência com as outras culturas e a sua; é uma oportunidade para crescer no conhecimento das mesmas.

A Missão Inter Gentes, dizíamos, é uma expressão da Mis-são Ad Gentes que não perdeu sua importância fundamental dentro das grandes tarefas missionárias da Igreja.

O Espírito Santo conta conosco para que sejamos presen-ça profética que anima, que está junto ao outro e à outra, que somos corresponsáveis, que olhamos o mundo com olhos de bondade e o coração de Deus.

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nos dias 16 a 18 de março, a equipe de Comunicação social Brasil (ecosBrasil) realizou seu encontro Anual, em Belo Horizonte, com o objetivo de concluir o Documento das Culturas Juvenis que vem sendo elaborado pela equipe.

O Grupo escolheu, como metodologia, a leitura atenta dos capítulos, para avaliar a coerência temática, a estrutura do texto e sua adequação aos destinatários. Durante os trabalhos, percebeu-se a necessidade de reajustar, complementar, e atualizar alguns capítulos. Como não foi possível concluir a atividade, marcou-se outro Encontro, no fi nal de agosto, em São Paulo.

Apontamos com ponto alto do encontro de BH, o empenho de cada participante, a acolhida da comunidade da Casa Provincial da Inspetoria Madre Mazzarello e a visita ao Museu das Telecomunicações da Oi.

COmUniCAÇÃO

Culturas Juvenis

Filhas de Maria Auxiliadora criam espaço educativo na web para crianças

O Âmbito da Comunicação das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA) da inspetoria da Patagônia do Norte (ABB), Argentina, criou o “ El Patio”, um espaço na internet voltado para crianças no qual é possível compartilhar fotos, vídeos e baixar jogos eletrônicos e de mesa com temas salesianos.

A criação do espaço educativo, que também pode ser acessado por animadores e educadores, se deu por conta da celebração do mês das crianças na Argentina, o aniversário de Dom Bosco e os 140 anos da fundação do Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora (FMA).

Veja abaixo as seções disponíveis no “ El Patio” www.fmapatagonianorte.org/

A Rede Social: fórum para intercâmbio de conhecimentos, em que é possível partilhar fotos, vídeos, entre outros. Para participar da rede social o usuário precisa fazer cadstro.

A Feira de Jogos: nova proposta em forma de “jogos eletrônicos”, nos quais os protagonistas são Dom Bosco, Madre Mazzarello e outros santos salesianos.

Jogos de Saltimbanco: jogos de mesa com temas salesianos, em formato “print and play “ , que podem ser baixados e impressos para jogar com a família, os amigos e colegas da escola.

Os Cubos: seção dedicada aos pequenos, para os quais se oferece a possibilidade de criar modelinhos de Dom Bosco, Madre Mazzarello e muitos outros, de maneira muito simples: imprimindo as páginas e recortando as fi guras.

No “El Patio” também é possível partilhar os próprios trabalhos na página do facebook enviando para o endereço eletrônico [email protected].

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Desde a carta de Ir. Silvia Boullosa, de 06/01/2013 e antes mesmo, a Inspetoria entrou, de alma e coração no clima de escuta e na perspectiva da Fé, dispondo-se internamente, com objetividade e senso de realidade, não a VOTAR, mas a oferecer à Madre e ao Conselho, elementos para discernir quem melhor poderá guiar a Inspetoria nos próximos anos.

A preparação foi intensifi cada com a presença de Ir. Silvia, nos dias de 20 a 25 de fevereiro.

Sobretudo, nas reuniões de toda a Inspetoria, no Santa Inês, nos dias 23 e 24. Primorosos o material usado e as celebrações, que foram vividas por todas, com extrema seriedade e responsabilidade, harmonia e calma. Ir. Silvia sempre oportuna, exigente e carinhosa, dosou palavras,

silêncios e atividades (inclusive de grupos), para que, percorridas as várias etapas da dinâmica pascal: cruz,luz, fogo e água, chegássemos à alegria do Magnifi cat, depois de indicar à Madre, os nomes de quem julgamos aptas ao governo da Inspetoria.

Foi de fato um “processo”, que deixou em todas muita segurança e paz. Segundo a maioria: foram dois dias de Retiro!

Na oração para o Discernimento, agora dirigida ao Conselho Geral, pedimos a graça de “acolher com alegria e esperança, quem deverá conduzir a Inspetoria nos próximos anos”. Por isso aguardamos, com confi ança a “fumaça branca” que nos trará o nome da escolhida!

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“fumaça branca” que nos trará o nome da escolhida!“fumaça branca” que nos trará o nome da escolhida!“fumaça branca” que nos trará o nome da escolhida!“fumaça branca” que nos trará o nome da escolhida!

Discernimento no Espírito

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“Festa na Casa Maria Auxiliadora” 100 anos de vida e fidelidade de Ir. Maria José Villa Nova e 90 anos de Ir. Maria Helena Filippo e Ir. Ramisá Mansur

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“Festa na Casa Maria Auxiliadora” 100 anos de vida e fidelidade de Ir. Maria José Villa Nova e 90 anos de Ir. Maria Helena Filippo e Ir. Ramisá Mansur

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É FestA!

PROGRAme-se

ABRIL

02 Maria do Carmo de Carvalho Martins03 Ana Beatriz Freitas de Mattos 11 Maria José Gabriel12 Lina Silvestrin18 Vilma Bertini23 Edméa Barreto24 Maria ApparecidaDelphino NeydeEnid Alves da Silva 25 Alaíde Deretti – conselheira geral

MAIO

02 Terezinha Mafalda de Almeida03 Ana Alzira Fogaça Maria dos Santos Costa Maria Dominique Mwema – Cons.Visitadora Liv Peralta Silva – nov. (BCG)05 Anna Maria Orlando Cecília Tredezini06 Chiara Cazzuola – Conselheira Vistadora13 Vilma Tallone – Ecônoma Geral

14 Valéria Timóteo Soares15 Maria José Garcia Soares17 Wilma do Carmo Antonelli20 Lucy Rose Ozhkayil – Conselheira Visitadora23 Ilza M. Beinotti Maria da Conceição Silva27 Maria da Glória Moreira31 Aldina Andreazza

JUNHO

01 Ivone Braga de Rezende04 Celina Gerardi Maria Eliete Lopes07 Alice de Souza Sant´Anna13 Madre Antonia18 Francisca Fortunato20 JandyraHummel Maria Luisa Miranda – (Cons. Geral FS)29 Philomena Orlando PieraCavaglià (Secretária Geral)

Celebrando a vida - Aniversariantes

Agenda de Eventos

JUNHO01 Retiro Mensal04 Reunião dos Assessores da PJ FMA 11 a 14 Novinter I14 a 16 Encontro das Irmãs inseridas22 Festa Junina Casa Maria Auxiliadora23 Festa Junina Casa Santa Teresinha24 Reunião das Diretoras e Ecônomas24 e 25 ConselhoInspetorial28 a 30 Encontro Nacional da Rede Salesiana de Ação Social – ENRESAS – Brasília29 e30 Encontro das Junioristas - SJC

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+ 9 de janeiro, Irmã Heloisa Ferreira Lima

+ 12 de janeiro, Sra. Maria Teresa Becker da Rocha Carvalho, irmã de Ir. Becker

+ 29 de janeiro, Sr. José Moura, cunhado de Irmã Maria Aparecida de Almeida

+ 23 de fevereiro, Sr. Nelson Ferreira Martins, irmão de Irmã Maria Dirce Martins

+ 10 de março, Sr. Olderico José Marcolin, irmão de Irmã DiomiraMarcolin

+ 15 de março, Irmã Olga Antunes

+ 05 de abril , Sr. Joel Fachini , irmão de Irmã Asilè Elcy Fachini

“...sono una Figlia de Maria Ausiliatrice felice!”

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“Não devemos ter medo da bondade e da ternura”

(Missa do dia 19/03/2013)