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CARTONADAS ASSÉPTICAS AVANÇAM SOBRE NOVOS MERCADOS Ano III • Nº 24 • Julho 2001 • R$ 6,00 www.embalagemmarca.com.br

Revista EmbalagemMarca 024 - Julho 2001

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Edição de julho de 2001 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.comSiga-nos também no Twitter: http://twitter.com/EmbalagemMarcaEsta edição está incompleta, sem os anúncios, pois foi recuperada de um arquivo muito antigo. Ainda assim é possível ler as matérias.

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Page 1: Revista EmbalagemMarca 024 - Julho 2001

CARTONADAS ASSÉPTICAS AVANÇAM SOBRE NOVOS MERCADOS

Ano III • Nº 24 • Julho 2001 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

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mbora o presidenteda República consi-

dere o Brasil “fácil de go-vernar” (porque o faz à suamaneira), para os governa-dos este é um país no míni-mo difícil. É complicado,por exemplo, saber se aspiruetas e trapalhadas dosocupantes de postos deci-sórios sobre os destinos danação nascem da incompe-tência ou da má intenção.Há, por exemplo, quemdiga que, na crise energéti-ca, a ameaça de apagão fazas vezes do bode que o ra-bino mandou colocar nacasa do homem queixosode tê-la cheia demais. Reti-rado o bode, alívio geral.

Em épocas pré-eleitorais,tudo é possível.Agora mesmo nós, que de-pendemos dos correiospara a distribuição da re-vista, somos surpreendidoscom a informação de que oaumento médio das tarifas,em torno de 26%, chegoua 145% em nosso caso es-pecífico. O que se quercom isso? Fazer caixa?Não somos tão entendidosquanto a equipe econômi-ca, mas achamos que émuito para um país em quea inflação, segundo seouve, está sob controle.Ante tal situação, informa-mos aos leitores que já es-tamos buscando alternati-

vas para que os custos dedistribuição de EMBALA -GEMMARCA não venham aprejudicar sua qualidadefinal. Ao mesmo tempo es-peramos que tal alternativaresulte na chegada da re-vista às suas mãos commaior rapidez que a conse-guida hoje pelos correios.Em países sérios, esse ser-viço é plenamente confiá-vel, pois, estatizado ou pri-vado, os governos mantêmrígido controle sobre ele.Inclusive o controle das ta-rifas, em geral compatíveiscom a renda per capita daspopulações. Até agosto.

Wilson Palhares

De piruetas e trapalhadas

E

24editorial 18/07/01 15:02 Page 3

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EM

24

Redação: Rua Arcílio Martins, 53CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

[email protected]

As mensagens recebidas poderão tertrechos não essenciais eliminados, epoderão ser inseridas no site da revista(www.embalagemmarca.com.br).

MENSAGENS PARA EMBALAGEMMARCA

Parabéns pelas matérias de EMBA-LAGEMMARCA, que são bem elucida-tivas. Estou no ramo de auto-adesivos(rótulos e etiquetas) desde 1965 eacredito ter participado dos primeirosnegócios no Brasil ligados à rotula-gem auto-adesiva. Sugiro matéria li-gada à evolução desse produto.

Leon LevyTecnoformas Rótulos Auto-adesivos

Barueri, SP

Parabéns pelos dois anos de quali-dade e excelentes informações.

Plácida KazamaAnalista de Marketing da Cisper

São Paulo, SP

Por considerar esta revista uma dasmais importantes publicações de nos-so segmento, pela qualidade e utilida-de de seus artigos, não poderia deixarde observar que, na reportagem sobreo mercado de biscoitos (junho/01),faltou informar que a Votocel tambémé fornecedora do filme especialmentedesenvolvido para embalagens mo-nocada tipo portfólio dos biscoitosLU-Danone.

Adriana CollaresConsultora de Marketing da Votocel

Votorantim, SP

Parabéns à equipe de EMBALAGEM-MARCA pelo belíssimo trabalho edito-rial e gráfico da publicação. Paraquem milita há vinte anos na área dejornalismo empresarial é sempre umagrande alegria descobrir projetos comeste grau de profissionalismo e serie-dade. Parabéns também para os seto-res que apóiam esta proposta arrojadaque valoriza a imagem e a competên-cia das empresas do segmento.

Vania AbsalãoDiretora da VTN Comunicação

Rio de Janeiro, RJ

Foi com imensa satisfação que re-cebi os exemplares da sua excelenterevista, editada com grande compe-tência e profissionalismo. Produziruma publicação como essa em tem-pos de não raras adversidades é tarefahercúlea. Parabéns a toda a equipe.

Luiz Cláudio ReisEditor assistente da revista Rumos

Rio de Janeiro, RJ

Na reportagem “Mais rotuladoraspara o mercado” (maio/2001), semenciona que a velocidade máximadas rotuladoras RF (Roll-Fed) paragarrafas PET da KHS é de até 42 000garrafas por minuto, enquanto o cor-reto é 42 000 garrafas por hora.

Josef PflüglGerente de Vendas da KHS Anker

São Paulo, SP

Gostaria de parabenizá-los pela ex-celente reportagem sobre sucos(maio/01). Há, porém, um ponto ne-gativo. É sobre a capa em que apare-ce uma maçã com dois canudinhos. Émuito bonita, porém nada original. Aversão original que eu já tinha visto hámuito tempo (mais de dez anos) é de

uma revista japonesa de propaganda.De qualquer forma, isso em nada tirao mérito da revista e da reportagemcitada.

Takashi YamamotoSão Paulo, SP

Agradecemos o elogio e o “toque”.Mas, realmente, não conhecíamos aversão japonesa.

Leio na reportagem de capa sobresucos prontos para beber (maio/2001)que a palavra Kapo, marca do recém-lançado produto da Coca-Cola paraesse segmento, significa “o melhor”em espanhol. Pelo que sei, o idiomade Cervantes tem raríssimas palavrascomeçadas com essa letra, e nenhumadelas é “kapo”. Seria adaptação de al-guma expressão idiomática? Ou aCoca-Cola teria grafado com K a pa-lavra italiana “capo”, que significa“cabeça”, ou ainda “chefe”, ou “líder”– por analogia “o melhor”?

Erik Teichner Diretor Comercial e de Marketing daTapon Corona Metal Plásticos Ltda.

São Paulo, SP

A assessoria de imprensa da Coca-Cola esclarece que realmente “Kapoé uma expressão idiomática, em espa-nhol, que se usa no Chile e que signi-fica ‘o melhor’”.

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ENTREVISTA: PEDRO NEGRINIEspecialista emprevenção de roubosde cargas diz comocombater as quadrilhas

CAPAUma análise da Fispal

com critério, mostrando

novidades e o que defato interessa ao setor

IMAGEMComo o papel cartãoconseguiu tornar-se ummaterial de embalagemconhecido e aprovado

NOVOS MERCADOSFabricantes deembalagens assépticastentam ganhar espaçono mercado dealimentos sólidos

MAKING OFComo foi desenvolvidaa embalagem “forexport” da cachaçapremium Veritas

CONVENIÊNCIAKetchup e mostardaem embalagenssem complicações

8

26

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30

38

Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Thays [email protected]

ColaboradoresJosué Machado

Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Wagner Ferreira

Circulação e AssinaturasClaudia Regina Salomão

[email protected]

Assinatura anual (11 exemplares):R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição7 500 exemplares

Filiada ao

EMBALAGEMMARCA

é uma publicação mensal daBloco de Comunicação Ltda.

Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara SantoAntonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.br

O conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

julho 2001

4 Cartas

A opinião, as sugestões eos comentários dos leitores

32 Materiais

Papel cartão extrusado naorigem é novidade no mercado

50 Almanaque

Fatos e curiosidades não muito conhecidosdo universo das embalagens

42 Panorama

Movimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

41 Transporte

Um sistema que substituipapelão por plásticos

3 Editorial

Um ponto de vista sobregovernar e ser governado

40 Amostragem

O jeito made in Brazil deagarrar o consumidor pelo olfato

44 Display

Lançamentos e novidades no mercado de consumo

36 Setor

Dois eventos da Abremovimentam a área

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24sumario 18/07/01 15:11 Page 1

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8 – EMBALAGEMMARCA • jul 2001

egundo diferentes estimativas, oroubo de cargas rodoviárias pro-voca prejuízos de aproximada-mente 500 milhões de reais porano no Brasil. Só no Estado deSão Paulo, no ano 2000, as qua-

drilhas levaram 195,4 milhões de reais –um roubo a cada quatro horas.Isso tem pesadas implicações no custo fi-nal dos produtos, pois os prejuízos aca-bam sendo debitados à cadeia produtiva earrebentando na parte mais fraca, o consu-midor. Para quem se ilude acreditandoque, dessa forma, a conta estará paga,convém lembrar que esse já sacrificadopersonagem só tem uma alternativa anteas faturas que vão além de seu poder depagamento: deixar de comprar.Não sendo prudente aguardar soluções acurto prazo de parte das autoridades, omelhor é prevenir os roubos. Como? Pararesponder, EMBALAGEM MARCA entrevis-tou Pedro Paulo Negrini, diretor do Ca-dastro Nacional de Informações e Servi-ços, empresa atuante no mercado segura-dor. Por cerca de dez anos, ele foi sócio-diretor da Salvacarga, empresa de escoltaarmada para cargas valiosas.Apesar dessa experiência, Negrini ressal-ta que organização, planejamento e infor-mação são mais eficazes do que as armasna luta contra o que classifica de os verda-deiros ladrões, isto é, os receptadores, queplanejam as ações criminosas. Dentrodessa perspectiva, surgem oportunidadespara a indústria de embalagens, especial-mente na área de etiquetas inteligentes.

O seguro é uma proteção eficaz contra osroubos de carga no Brasil?Não. É preciso ver por que a situação che-gou aos números alarmantes de hoje. Tal-vez seja porque o roubo de cargas tenhasido a atividade que recebeu menos prote-ção nos últimos anos. Ao longo do tempodeixaram de ser tomadas medidas de pre-venção e de repressão aos roubos. Em vir-tude disso a criminalidade nesse setorcresceu de maneira incontrolável, os la-

S

PEDRO PAULO NEGRINI,

presidente do Cadastro

Nacional de Informações

e Serviços, empresa da

área de seguros com

larga experiência em

prevenção anti-roubos

de cargas, diz que as

quadrilhas se organizam

cada vez mais, enquanto

as vítimas ficam paradas.

Usar o computador e a

inteligência é a saída

entrevista

DIV

ULG

ÃO

“Para salvar cargas, organização”

24entrevista 17/07/01 19:31 Page 8

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drões passaram a agir organizadamente,enquanto as vítimas jamais se organiza-ram. Quando digo ladrões não me refiroàqueles que executam o assalto, seja noambiente onde a carga esteja guardada ouna estrada. O ladrão não é aquele que in-vade a transportadora ou a empresa, ouque ataca o caminhão. É uma organizaçãomuito maior, aquela que vai receber a car-ga roubada, que encomendou o roubo evai comercializar a mercadoria.

A que nível de organização chegam?O ataque à carga começa com o planeja-mento. Aquele que acaba empunhando aarma e executando a ação, se forpego, é punido. Mas o cabeça donegócio, que pensou e planejou, nofim vai figurar só como receptador,como se tivesse sido um compra-dor de boa fé ou um receptadorculposo, não o receptador doloso,que sabe que a carga é roubada.Ele vai fazer de conta que não ava-liou a desproporção entre o valor eo preço, que “não sabia” que acarga era roubada. O receptador éco-autor da ação, mas geralmentesua punição é muito branda.

Qual o nível de organização dasvítimas?A falta de organização que afeta avítima, seja o dono da carga ou otransportador, impede os segmen-tos afetados pelo roubo de mostra-rem para o ministério público e para a po-lícia que o sujeito não é apenas um recep-tador, e sim um participante da atividadedesde o seu planejamento.

Qual o grau dessas entidades para conse-guir informações?Como a criminalidade cresceu muito, ela

afeta todos os setores. Não há como os ór-gãos de repressão conhecerem os mean-dros das atividades dos segmentos econô-micos, o que acaba possibilitando oscrimes. É burrice e utopia dizer: “Eu pagoimposto e o governo que me proteja; se eufor assaltado, o governo que investigue eprenda”. Vivemos num país pobre, emque parte da polícia trabalha para o bandi-do, e não para a vítima. Mesmo se fosseabsolutamente honesta, a polícia não temrecursos humanos, recursos estruturaisnem dinheiro para investigar.

Como então se defender?Na prática, cada segmento econô-mico deve se preparar para montarseus mecanismos de autodefesa.Em matéria de roubo de cargas,houve um total “jogo de empurra”entre o produtor do bem, o transpor-tador e o segurador. Dava-se comológico que o transportador, que é avítima final, deveria executar todasas medidas para evitar o roubo dascargas. O transportador, quando fazo preço do frete, inclui o desgastedo caminhão, o combustível, a mão-de-obra, a tributação que incide so-bre isso e ainda o seu lucro. Nessepreço também está incluído o custodo seguro, em seus variados tipos. Éum quadro confuso e, dentro dele,na ponta da linha, quem paga tudo éo consumidor.

Qual o papel do segurador nessa cadeia?Para complicar a indefinição de quem de-veria recolher o seguro, havia uma confu-são ainda maior: achar que cabia ao segu-rador, que recebia um dinheiro para pagaras indenizações, gerenciar os riscos doproprietário da carga, do embarcador e dotransportador contra os riscos de roubos.

É burrice eutopia dizer:

“Eu pago imposto eo governo que me

proteja, ele que investigue e prenda

se eu for assalta-do”, pois vivemos

num país pobre, emque parte da polícia

trabalha para o bandido, e nãopara a vítima

24entrevista 17/07/01 19:31 Page 9

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10– EMBALAGEMMARCA • jul 2001

Ora, o segurador tem a sua própria plani-lha para fazer a tarifa do seguro. Essa pla-nilha, que gera o prêmio que qualquer se-gurado vai pagar ao segurador, leva emconta o montante do valor de bens segu-rados e a perspectiva de sinistralidade.

Que, do jeito que a coisa anda no país,deve estar perto de 100%…Para que a atividade do seguro seja possí-vel, não é viável que toda carga seguradaseja sinistrada, porque não há prêmiopago pelo segurado que suporte esse vo-lume de indenizações. Na planilha do se-gurador, obviamente, não é suportável in-cluir preços de escolta armada, essacoisa toda, que são medidas de ge-renciamento. Na cadeia de respon-sabilidades, todo mundo acha queestá coberto.

E a criminalidade crescendo…Sim, e sem repressão, até porque éum crime difícil de reprimir. Nahora em que é comunicado um rou-bo à polícia, é complicado fazeruma investigação. Essa atividadese complica ainda mais porque aresponsabilidade do receptador sedilui através de notas fiscais frias,que vão mostrar que ele comprou oproduto de boa fé, e aquele queexecutou o assalto – a pessoa me-nos importante no contexto, porquesó executou uma ação para a qualnão precisa de nenhuma inteligên-cia – não sabe quem mandou executá-lo.Ele acabou de roubar a mercadoria e a en-trega para uma terceira pessoa, e os doisnão conhecem a rede inteira da ação. Te-mos de um lado uma vítima completa-mente despreparada, que deveria ser pro-tegida por uma estrutura de repressão queé nenhuma, e muitas vezes mais interes-sada em trabalhar para o bandido. De ou-tro, um sistema judiciário lento, arcaico.Nesse quadro, não é surpresa que a crimi-nalidade chegou ao ponto que chegou.

Como as vítimas podem organizar-se?Essa guerra se ganha com inteligência.Não adianta dizer que vai dar revólver,viatura, computador para a polícia. Antes,

deve-se montar no sindicato, na associa-ção, o seu próprio banco de dados. Nele,primeiramente vão ser colocados dois da-dos básicos: 1) dos sinistros já ocorridos,qual foi a característica de cada um, queelementos se repetem; 2) nos poucos si-nistros que foram solucionados, a cargafoi parar na mão de quem? Toda carga éroubada para ser vendida no mercado pa-ralelo. O ladrão que rendeu o motoristatransportando medicamentos não tem ne-nhuma condição de colocar o produto nomercado. Há uma rede de receptadores es-pecializados. Se é receptador de medica-mento, não tem condições de ser distribui-

dor de jeans. Se for receptador deeletrônicos, não venderá gasolinaroubada.

O senhor tem exemplos concretos?Em minha experiência pessoal, oque nãodeu certo foi a vez em quefomos contratados por transporta-dores rodoviários de carga, pois nassuas planilhas de custos não cabe ocusto da repressão e da segurança.Tivemos grandes resultados quan-do fomos contratados pelo dono dobem. Isso ocorreu no transporte deminérios. No começo dos anos 80,o quilo da cassiterita saltou de 4 dó-lares para 14 dólares no mercadointernacional, e um caminhão trans-portava 30 toneladas. Ou seja,420 000 dólares sobre um caminhãovindo de Rondônia ou do Pará. Na

época, algumas estradas não eram asfalta-das, e a viagem, dependendo de chuvas,podia demorar até quinze dias. Havia as-saltos, simulações de assaltos, perda par-cial de carga – que o caminhoneiro permi-tia. Com o transporte de 420 000 dólares,imagine o lucro de qualquer atividade quetirasse a carga do caminhão.

Que medida concreta foi adotada?Para aquele caso específico – não quer di-zer que seja a solução geral – foram feitasescoltas armadas, com o agente de segu-rança viajando dentro da cabina do cami-nhão. Não tinha cabimento, numa viagemtão longa, fazer a escolta num carro. Eramais fácil mandar os vigilantes de avião e

É complicadofazer uma

investigação, pois a responsabilidade do receptador se dilui através de notas fiscais frias, que

vão mostrar que elecomprou o produtode boa fé, e daquele

que assaltou, enão sabe quem é

o mandante

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12– EMBALAGEMMARCA • jul 2001

que o sindicato dos caminhoneiros e osimportadores se entenderam, com apromessa do fim das irregularidades.

Nos dois exemplos citados, sobressai apresença de armas. Não seria mais dese-jável utilizar recursos de inteligência ede alta tecnologia, como a monitoraçãopor satélite?A solução de escolta armada foi para umtransporte que vinha de Rondônia e doPará para São Paulo. Se X por cento detodo transporte nacional são feitos na ViaDutra, não é preciso escolta armada paracada caminhão. Basta proteger a Via Du-

tra. Os exemplos que dei foram so-luções para determinados casos na-quelas épocas. Hoje a solução temde ser para cada segmento, paracada caso, com os recursos novos,inclusive dessa tecnologia de ras-treamento. Mas nada disso resolveo problema sozinho. O que solucio-na mesmo é inibir a ação dos recep-tadores, que, como já dissemos,não são só receptadores.

Na área de embalagens, entre ou-tros instrumentos e acessórios quepermitem a identificação do bem,existem as chamadas etiquetas in-teligentes, dotadas de chips quepermitem o rastreamento dos pro-dutos. Embora tenham custo alto,não seriam boas alternativas?Não há dúvida de que isso seria

muito interessante, mas é preciso compa-tibilizar a relação custo-benefício. Hárastreadores de automóveis muito bons,mas se eles custam 4 000 dólares e o car-ro custa 8 000, não compensa. Se custa4 000 dólares e o seguro custa 200, tam-bém não. Os segmentos interessados têmde avaliar as medidas. Mas uma coisa écerta: um espantalho na horta já espanta opassarinho. A vítima tem de ter um míni-mo de atuação de inibição, porque, se nãotiver, o roubo começa a partir dos pró-prios funcionários, do setor de expediçãode mercadorias. O ladrão chega semprena mercadoria certa e na mercadoria cara.Não se vê um caminhão de papel higiêni-co sendo roubado.

eles voltarem nos comboios. Os cami-nhões sempre viajavam em grupos dedez, com um homem dentro de cada um.O difícil não era nem resistir aos assaltos,mas sim às “cantadas” dos caminhonei-ros para que os vigilantes permitissem oroubo de parte da carga. Fizemos esseserviço durante oito anos. Sabíamosquem seriam os receptadores, que foramavisados: “Se a nossa carga for roubada,no dia seguinte vamos aí”. Depois disso,os mineradores que nos contrataram tive-ram um índice zero de sinistralidade. Umminerador não nos contratou, e os roubosse concentraram nele. Escoltamos 5 bi-lhões de dólares em minério duran-te oito anos sem perder um tostão.

Esse é um exemplo de força. Nãohá meios, digamos predominante-mente administrativos de enfrentara situação?Outro exemplo que posso dar é ode um contrato de proteção à des-carga de matéria-prima importadapelos fabricantes de fertilizantes,no Porto de Santos, e de acompa-nhamento dos caminhões na distri-buição a partir do cais. As indús-trias de fertilizantes sofriam umaperda de 10% de cada navio, por-que alguns caminhoneiros corrom-piam o fiscal da entrada: carrega-vam 30 toneladas em seus cami-nhões sem contabilizar e fugiam,ou o caminhão recebia 30 tonela-das e o balanceiro punha uma chave defenda na balança, que acusava o peso queele quisesse. Assim, no fim da descargade um navio, 10% da mercadoria tinhamsumido. Fizemos uma operação que ini-ciava com o cadastramento de todos oscaminhoneiros do sindicato dos transpor-tadores de adubo. Quem tinha quaisquerantecedentes criminais foi vetado e dei-xou de ter acesso ao porto. Depois, des-cemos para Santos com 100 homens ar-mados. Fazíamos um corredor polonêsem que o caminhão que carregava na áreaprimária do cais tinha de pesar tudo denovo numa balança contratada por nós.Na primeira fiscalização, sobrou produtono navio. Ficamos lá dois, três anos, até

Um espantalhona horta já espanta

o passarinho. A vítima tem de ter

um mínimo deatuação de inibição,porque, se não tiver,

o roubo começa apartir dos próprios

funcionários, do setor de

expedição demercadorias

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Page 9: Revista EmbalagemMarca 024 - Julho 2001

preocupação de atingir de maneira mais direta e

qualificada o público-alvo do negócio não é

exclusiva de quem fabrica produtos expostos em

pontos-de-venda tradicionais. Provedores de

bens de capital, serviços e insumos também procuram meios

mais eficazes para apresentar ao mercado o que fazem, colo-

cando em pauta a discussão sobre a necessidade de utiliza-

ção integrada das diferentes formas de comunicação (ver

quadro), como ficou claro pelo caráter da Fispal 2001.

Em sua 17ª edição, o evento, que aconteceu entre 19 e 22 de

junho em São Paulo, pela primeira vez foi realizado em dois

locais separados. No Pavilhão do Anhembi ficou hospedada a

Fispal Tecnologia & Embalagem, enquanto o ITM Expo rece-

beu a Fispal Alimentos e Bebidas. “O uso de dois espaços

físicos diferentes permite melhor segmentação, direcionando

a exposição para os seus mercados-alvo em cada um dos

pavilhões”, justifica Luiz Fernando Pereira, diretor da feira.

Assim, equipamentos, materiais e serviços para embalagem,

além de recipientes acabados, ganharam espaço próprio e

amplo: os 35 000 metros quadrados do local foram tomados

por 1 926 expositores, 366 deles de outros países.

A separação evidencia que a Fispal está saindo cada vez

mais do âmbito de feira relacionada somente à alimentação

para atingir o status de evento voltado à embalagem e à tec-

nologia, de forma mais ampla. Um indicador é a junção que

houve este ano da Fispal Tecnologia e Embalagem com a

Techno Plus – Feira Internacional de Tecnologia para as

Indústrias Farmacêutica, Química e Cosmética, mudança

incentivada pela Abimaq – Associação Brasileira das

Indústrias de Máquinas e Equipamentos.

Sensação de melhoraAo final da feira, a sensação geral era a de que a cisão em

dois endereços foi positiva. “Brigávamos há muito tempo por

um espaço só para tecnologia e embalagem, pois havia a

confluência de públicos bastante diferentes no evento”, conta

Nilson Cruz Jr., coordenador de vendas e marketing da

Fabrima. “Pudemos aproveitar um ambiente técnico, sem a

grande presença de curiosos das edições passadas”, diz.

Ricardo Vaz, gerente de negócios PET da Alcoa, corrobora a

avaliação. “Houve um grande salto na qualidade do evento

por causa da setorização.”

Segundo a opinião de vários profissionais ouvidos, a segmen-

14– EMBALAGEMMARCA • jul 2001

Alvo certo:embalagem

Provedores de bense serviços querem

falar direto comseus públicos

Por Guilherme Kamio

A

Comunicação integradaAntonio Alberto Prado (*)

A revista EMBALAGEMMARCA me consulta sobre o que chamade “obsessão das empresas por participar de feiras de negó-cios” e se essa seria a melhor política de comunicação. Digoque continua válida a velha sabedoria popular segundo aqual é imprudente colocar todos os ovos num único cesto. Écomum empresas reservarem toda sua verba de comuni-cação para participar de tais eventos. Sem dúvida, porserem especializadas e dirigidas a públicos específicos, asfeiras são um meio eficaz de mostrar produtos e serviços,permitindo a interação com clientes e possíveis clientes.Mas, para reforçar o valor da marca e ter o produto – sejaum sabonete, um serviço, uma embalagem ou uma máquina– sempre lembrado é preciso usar o maior número de meiosde comunicação que se puder, ocupando o máximo deespaço e de tempo. Trata-se de pensar em comunicação deforma integrada, com a marca presente em todos os veículospossíveis. Do cartão de visita e da placa da empresa até ooutdoor, o anúncio impresso, o comunicado à imprensa, amala direta, a internet, o atendimento telefônico, tudo émídia. Inclusive o estande na feira de negócios. Mas não só.

(*) Diretor da A A Prado Associados Comunicação Empresarial

Tel. (11) 3052-1743 • e-mail: [email protected]

tação não diminuiu o número de visitantes da feira ou os

volumes de negócios e de contatos esperados.

Aproximadamente 55 000 profissionais visitaram o Pavilhão

do Anhembi, e a feira movimentou negócios da ordem de 3

bilhões de reais, avaliam os organizadores. No entanto,

vários participantes entendem que há necessidade de alguns

aperfeiçoamentos, como uma maior segmentação por áreas

físicas e maior periodicidade.

Entre as coqueluches do evento estavam as embalagens

acabadas, principalmente plásticas e de alumínio, para o

crescente negócio do catering e das refeições expressas;

filmes plásticos para envolver alimentos e para paletização;

empacotadoras automáticas de alta velocidade de produção,

tanto para embalagens primárias como para as de transporte;

soluções mais práticas em fechamentos e em lacres de segu-

rança; e equipamentos e processos para rotulagem e codifi-

cação. A seguir, EMBALAGEMMARCA mostra o que algumas

empresas apresentaram de mais significativo na feira.

24panorama 17/07/01 19:47 Page 14

Page 10: Revista EmbalagemMarca 024 - Julho 2001

16– EMBALAGEMMARCA • jul 2001

Três em umUma variante criativa dos hangtabs, ganchos plásticos para expo-sição em displays, foi mostradapela Do-It. Um exemplo é dado pe-las PrinTabs, que podem incorporaro gancho e uma face adesiva im-pressa, o que dispensa o uso de ró-tulos em embalagens. Como sãogrudados nos dois lados do reci-piente, também servem como lacrecontra violações.(11) 3082-9993www.hangtab.com

O canudinho vai dentroA máquina B-2000 STU/D-P, da fa-bricante argentina Bossar, estevesendo exposta no estande da Car-los A. Wanderley e Filhos. Trata-sede uma envasadora horizontal auto-mática para líquidos em stand-uppouches, do tipo doy pack. Há

como opcional uma unidade auto-mática para colocação de canudosno interior das próprias embala-gens, para facilitar o momento doconsumo.(11) [email protected]

Prontas para viajarO momento anterior à etapa de distri-buição não pode virar um gargalo noprocesso produtivo. Por isso, a DayBrasil oferece máquinas para empaco-tamento em vários modelos. A 850, au-tomática (foto), fecha até 700 caixasde diversos tipos por hora. Pneumática,a máquina dispensa operador e estádisponível para venda ou comodato. Jáos modelos 550 e 750, semi-automáti-cos, fecham até 1 200 caixas porhora, mas exigem regulagens. A Daytambém lançou uma linha de fitas ade-sivas com 1 500 metros de comprimen-to, para processos de empacotamento.(11) 3613-7744www.daybrasil.com.br

Comando eletrônicoA dosagem e a selagem térmica das

tampas de potes e copos plásticos

são as tarefas que cumpre a Chelle

2000, envasadora pneumática da Tri-

nac. De acordo com a empresa, ela

se ajusta eficientemente às necessi-

dades de empresas médias e grandes

– no trabalho com produtos líquidos,

a máquina pode

envasar até 2 000

embalagens de 300

mililitros por hora.

O comando do

equipamento é ele-

trônico, o que pro-

porciona economia

com mão-de-obra.

(11) 3832-4882www.trinac.com.br

Novas tampas

A Alcoa divulgou novidades no cam-po de tampas plásticas para merca-dos em ascensão, como o de águasminerais. Um dos destaques é a tam-pa Sports Lok, fabricada na matrizamericana e que a empresa passa adistribuir no país. Bem conhecida porviajantes e esportistas, ela é formadapor uma válvula e uma sobretampa,fabricadas em peças de polietileno epolipropileno. Outra tampa mostradapela Alcoa foi a 30.25, que está sen-do produzida no Brasil. Ela traz umnovo padrão de bocal de garrafa,no estilo europeu, no qual o gargalotem diâmetro de 30 mm contra o de28 mm utilizado no mercado brasilei-ro. Segundo a Alcoa, a 30.25 ajudareduzir o peso das garrafas de PET eé mais prática, pois facilita a abertu-ra, feita com uma única rotação.(11) 4195-3727www.alcoa.com.br

24panorama 17/07/01 19:48 Page 16

Page 11: Revista EmbalagemMarca 024 - Julho 2001

18– EMBALAGEMMARCA • jul 2001

Sólidos, líquidos ou pastososVersatilidade é a principal virtude da

MZ-140, equipamento que a São Cae-

tano Envasadoras Automáticas esteve

apresentando na Fispal. Permite o en-

vase de produtos sólidos, líquidos ou

pastosos, numa velocidade de até 70

frascos por minuto. Rotuladoras, sela-

doras e dosadores volumétricos po-

dem ser acoplados ao equipamento,

que, segundo a empresa, ainda tem a

vantagem de ser de fácil operação.

(11) [email protected]

Ovos e sushisAs linhas Food Pack Oriental –FPO, de embalagens plásticas parapratos orientais, e Ovoplast, paraacondicionamento de ovos, forammostrados no estande da PlásticosFormar na Fispal. A primeira, fabri-cada em poliestireno de alto impac-to (PSAI), possui decoração típicacom impressão atóxica e é compos-ta por cinco itens. Já a segundapossui modelos para ovos de gali-nha ou de codorna, com fechamen-to por trava. Há a possibilidade deimpressão em quatro cores no topo,o que pode dispensar rótulos paraidentificação da marca ou fabrican-te do produto.(11) 4056-3655www.formar.com.br

Mix ampliadocom parceria

A 3M mostrou novas soluções emseu mix de produtos para embala-gens primárias. São quatro famíliasde etiquetas e rótulos com apelo mul-tifuncional. Entre elas há o fecho res-selável (foto), cuja função é lacrarembalagens já abertas pelos consu-midores, e o lacre destrutível, que evi-dencia a violação do produto ao seromper em qualquer tentativa deabertura, podendo ainda deixar umamensagem impressa na embalagemem caso de sua remoção. Esses pro-dutos são fruto de uma parceria coma Novelprint. “A Novelprint ofereceprodutos que complementam a nossalinha de soluções para embalagens”,diz Nicolai Bessa Krogh, gerente demarketing e vendas da divisão deembalagens primárias da 3M. A em-presa também está investindo em al-ças adesivas, para multipacks do tiposhrink e caixas de papelão, forneci-das em blocos, dispensando aplica-dores.

(11) 3838-7938 / www.3M.com.br

A Propack Embalagens, especializada emrótulos termoencolhíveis, acaba de adqui-rir uma participação na Pluralmack, queem conseqüência mudou de Santo Andrépara o Embu (SP), onde fica a sede daprimeira. Com a parceria, começou a serfabricada a Rotterm, máquina aplicadoradaqueles rótulos e de lacres termoenco-lhíveis, apresentada na Fispal.O equipamento tem quatro versões, quevariam de 60 a 500 aplicações por minu-to. Segundo Carlos Rosa, diretor da Pro-pack, a máquina apresenta uma série devantagens em relação a equipamentos si-milares, entre as quais se destacam a re-dução dos gastos com manutenção, a di-minuição de paradas, o aumento da pro-dutividade e o acesso a financiamento,por ser equipamento nacional.Segundo o executivo, nos rótulos ter-moencolhíveis a resolução gráfica e o bri-lho “são superiores ao obtido pelo siste-ma de litografia, utilizado nas embalagensmetálicas, resultando assim em maior im-pacto no ponto-de-venda”. Além disso,“permitem decorar quantidades menores,a custos compatíveis, abrindo campopara promoções e para a viabilização deproduções limitadas de fabricantesregionais de refrigerantes, por exemplo”.Ao mesmo tempo em que estimula a apli-cação mecanizada de termo-encolhíveis,a Propack incentiva a rotulagem manual.Nessa linha, reforçou a parceria que man-tinha há cinco anos com a Mitri, fabricantede esteiras e túneis de encolhimento defilmes, de Pederneiras (SP).

(11) 4781-1700www.propack.com.br

Termoencolhíveis:quatro velocidades

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Page 12: Revista EmbalagemMarca 024 - Julho 2001

20– EMBALAGEMMARCA • jul 2001

Criatividade para promoçõesRótulos auto-adesivos promocionais

são o forte da Edwards do Brasil. No

portfólio da empresa destacam-se o

Booklet, rótulo com folheto multipá-

gina para superfícies planas ou irre-

gulares (foto), o Dangler Booklet La-

bel, que parece flutuar quando cola-

do em frascos e potes, e o Double-

Sided Label, que agrega um cupom

removível ao rótulo – ele pode ser

impresso dos dois lados em até oito

cores. A empresa também fornece o

Hang Tag Booklet Label, um

hang tab (gancho auto-adesi-

vo) com folheto multipágina

acoplado.

(11) 4124-7819www.edwardslabel.com

Potes oitavadosA Neoform Embalagens Inteligenteslançou na Fispal duas novas linhas.Para acomodar alimentos, a empresacriou bandejas plásticas com acaba-mento que simula com eficiência aaparência de similares metálicas(foto). Já a outra novidade foi a linhade potes plásticos transparentes comformato oitavado, com maior resistên-cia mecânica e “apta a acondicionaruma extensa gama de produtos”,como descreve a gerente de vendasCristiane Cucco Andritsakis.(51) 470-6789www.neoform.com.br

Detector inteligenteO Icelander Tech DSP é o novo detec-tor de metais da Brapenta para linhasde embalagem. Suas principais carac-terísticas são a compensação e oauto-aprendizado inteligente do efeitodo produto, o que elimina diversosprocessos de ajustes, a possibilidadedo painel remoto a até 1 200 metrosdo equipamento e a integração emrede de até 32 equipamentos a um PCatravés do software Brapenta-Net, quepermite a comunicação via web paradiagnósticos e auxílio remoto.(11) 5641-3410www.brapenta.com.br

Selos para vários mercados

A Poli-Paper está apresentando ao

mercado uma série de soluções origi-

nais para o fechamento de recipien-

tes. Entre elas estão o PP S-Cristal,

selo plástico transparente para fechar

copos de água ou de iogurte, potes e

bandejas de alimentos. Selado por

condução, ele tem sistema de abertu-

ra fácil e proporciona barreiras. “É

possível uma redução de custos de

até 30% em relação às tampas de alu-

mínio”, diz Edson Rios, diretor da em-

presa. Já o PP-Tamp é uma película

para garrafas plásticas, com aba, sela-

da por indução. Tem estrutura dupla:

na selagem, uma parte fica na boca

do frasco e a de cima se funde à tam-

pa, o que torna o conjunto tampa e

batoque reciclável. A empresa tam-

bém dispõe de selos para potes de

café, aplicados por indução e que eli-

minam riscos de contaminação do

produto com a cola; para frascos em

PET de boca larga, que os deixam

com o formato de uma lata; para po-

tes de maionese, que dispensam o

cartão (batoque); e para conservas e

garrafas de água natural ou gasosa –

utilizados em conjunto com tampas

tipo sport cap. No mix de produtos da

empresa também há selos metálicos

do tipo pull-off, para latas, e uma tec-

nologia exclusiva de selagem para

embalagens de vidro.

(11) [email protected]

Fim das caixas pré-impressasO sistema multilinhas de impres-são Patrion, da Marconi, paracaixas de transporte, é a novi-dade da Embamark. Ele é ca-paz de imprimir até dezesseis li-nhas de informação simultâneas,com até 1 015 caracteres de com-primento, e armazenar 1 500 mensa-gens, permitindo dispensar caixas pré-impressas. Os cabeçotes de impressão

podem ser instalados para impressãolateral, no topo ou no fundo dequalquer embalagem. Para a apli-cação de etiquetas, a Embamarkmostrou o dispensador de mesasemi-automático Etipack Ready,que aplica até 1 500 etiquetaspor hora em recipientes cilíndri-

cos ou retangulares (foto).(11) 4352-4300 • www.embamark.com

24panorama 17/07/01 19:48 Page 20

Page 13: Revista EmbalagemMarca 024 - Julho 2001

Saco com chaminéChaminé não é acessórioexclusivo de lareiras. A Em-baquim lançou um sacoplástico de 1 000 litros, cu-jas paredes são compostaspor quatro folhas de polieti-leno, com um tubo em for-mato de chaminé em seutopo. O produto foi desen-volvido para ser usado nosistema de palete bin, ouseja, um palete acoplado auma caixa de transporte.Segundo Ronaldo LopesCanteiro, presidente daEmbaquim, “a solução pos-sibilita ganhar 10% ou maisem volume total acondicio-nado na caixa”. Após o en-chimento externo, o saco éamarrado com um lacreplástico.

Para biscoitos e comprimidos Fabricante italiana de

máquinas para embala-

gem, a Cam, representa-

da no mercado nacional

pela Campak Brasil,

expôs a envolvedora au-

tomática de biscoitos

KG, para processar em-

balagens flexíveis do tipo

portfólio. Ela en-

volve tanto pro-

dutos de formato

poligonal como

redondo. Com

construção ro-

busta, a KG tem

velocidade de

até 120 aplica-

ções por minuto.

A Campak quer

crescer no mer-

cado alimentício, já que

suas máquinas têm gran-

de receptividade entre in-

dústria farmacêutica e de

cosméticos, que respon-

dem por 70% do fatura-

mento da empresa.

(11) 5575-4455

www.campak.com.br

A Embaquim também ga-nhou recentemente umaempresa “irmã”, a Plastla-cre, especializada no forne-cimento de rótulos e lacresplásticos de PVC encolhí-vel. Os mercados atendi-dos são os de água mine-ral, gases, conservas ecompotas.(11) 6161-2333www.embaquim.com.br

24panorama 17/07/01 19:49 Page 21

Page 14: Revista EmbalagemMarca 024 - Julho 2001

22– EMBALAGEMMARCA • jul 2001

Envolvimento veloz e versátilRepresentada no Brasil pela Enge-

tech, a B&H Labeling Systems tem

como lançamento a rotuladora

BH1600, para processos de aplicação

de rótulos do tipo roll fed (fornecidos

em bobinas) com cola quente. O equi-

pamento pode operar com rótulos

dos mais diversos substratos,

como polietileno, polipropile-

no, PET e papel, numa velocida-

de de até 200 aplicações por

minuto utilizando um cortador de

duas estações. Tem sistema de regis-

tro computadorizado, tela sensível ao

toque (touch screen) e troca rápida

de tamanhos de recipientes através

do exclusivo sistema RCO, que per-

mite ajustes em até 20 minutos.

(11) 3746-0306www.bhlabelingsystems.com

Transparência sem embaçoSegundo a Alpes, seu filme ter-

moencolhível Flexpacking, lançado

na Fispal, traz vantagens considerá-

veis: é atóxico e pode entrar em

contato com alimentos; é mais

transparente que os concorrentes e

pode ser produzido em folha sim-

ples ou dupla; a abertura das folhas

é feita com maior facilidade, o que

torna mais rápido e prático o mo-

mento de embalar; é mais resistente

e, ao ser soldado, não solta fumaça

e possui baixo odor; tem melhor fu-

são na soldagem; resiste a tempera-

turas abaixo de 0º C e possui siste-

ma anti-fog, para a embalagem não

embaçar.

(11) [email protected]

Rótulos protegidos e brilhantesOvertape é a película plástica pro-tetora que a Adelbras fornecepara acabamento de rótulos e eti-quetas auto-adesivas no sistema deoverlamination. Ela impermeabili-za, protege e dá maior resistênciamecânica aos rótulos, além de lhesconferir um aspecto brilhante. De acordo com a Adelbras, a apli-cação da película se dá no pró-prio equipamento disponível nocliente, sem a necessidade de in-vestimentos em novo maquinárioou de alteração do substrato. Há rolos da película com até

2 500 metros lineares e o sistemade corte não cria rugas nem bo-lhas no bobinamento.(19) 3881-2388www.adelbras.com

A GD do Brasil expôs a Acma 860,máquina de embalagem horizontalpara candies – balas, caramelos econfeitos. “Ela produz flow packs comqualquer material termicamente soldá-vel, como celofane, polipropileno oualumínio, numa velocidade de até1 000 aplicações por minuto”, diz An-tônio Rene de Pádua Ostam, enge-nheiro de vendas da GD. No evento, aempresa mostrou vantagens da má-quina para embalar pirulitos. Há confi-gurações da 860 com alimentadorpara pacotes de chicles com até seissabores diferentes e com alimentadorvertical para caramelos de formato po-ligonal ou redondo.(11) 6095-2000 • www.gdbr.com.br

Rapidez para candies

Laser inteligente

Fabricada pela Markem, a codificado-ra a laser Smartlase foi lançada pelaUnion Wrap durante a feira. Ela podeimprimir em diversos substratos, comopolietileno, papel, papelão e vidro e,por ser compacta, não requer a colo-cação de um PC no chão de fábrica,podendo ser facilmente integrada aoprocesso de codificação já existentena indústria. A codificação é perma-nente, eliminando qualquer possibili-dade de informações serem apagadase, de acordo com Luiz Roberto Cor-rêa, diretor comercial da Union Wrap,a Smartlase tem a vantagem do “pre-ço de aquisição ser muito menor queo das demais codificadoras a laser domercado”.

(11) 3865-2155www.unionwrap.com.br

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Page 15: Revista EmbalagemMarca 024 - Julho 2001

De 28 de Novembro a 2 de Dezembro de 2001Fiera Milano (Itália)pavilhões 14, 15 e 16Entrada: Viale ScarampoHorários: 9h30 - 18h00

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SIMEI, que acontece na

Itália, é a maior feira

mundial bienal especiali-

zada em equipamentos e

produtos para a produção,

o enchimento e o acondi-

cionamento de bebidas

(água mineral, bebidas

carbonatadas, cervejas, sucos, vinho,

bebidas alcoólicas, vinagre, óleo vegetal etc.)

Berço esplêndidoBakerypack é o nome dalinha de corrugados paraacondicionamento de ali-mentos que a Lingraf estádisponibilizando ao merca-do. Através desses papéisespeciais, que possuemondas menores que oscorrugados convencionais,é possível desenvolverembalagens para bolos,panetones, berços paratorradas e outras. João Él-cio Longo Júnior, diretorcomercial da empresa, diz

que os corrugados “sãocertificados para ter conta-to com alimentos e podemter barreira antigordura, im-permeabilidade e resistên-cia a altas temperaturas”. (11) 6525-9800www.lingraf.com.br

Agora feita aqui mesmoCompletando 30 anos de

vida em 2001, a Fabrima

mostrou na Fispal suas

formadoras horizontais

automáticas de cartuchos

Cartopac, que agora têm

fabricação nacional – an-

tes, elas eram importadas

da Alemanha. Isso possi-

bilitou uma redução de

35% no preço da máqui-

na. “Após analise de mer-

cado, detectamos uma

crescente demanda no

Brasil para esse tipo de

equipamento, principal-

mente na indústria farma-

cêutica”, conta Nilson

Cruz Jr., coordenador de

vendas e marketing da

empresa. O laboratório

paulista Medley, por exem-

plo, encomendou três uni-

dades do equipamento na

feira. Outra novidade da

Fabrima é que a linha Fle-

xibag de empacotadoras

verticais agora conta com

um sistema opcional de

aplicador de zíperes, para

formação de embalagens

resseláveis. Segundo

Cruz Jr., empresas de pro-

dutos lácteos, congelados

e de rações, entre outras,

manifestaram interesse

em adaptar o acessório

em seus equipamentos.

(11) 6465-2500www.fabrima.com.br

24panorama 17/07/01 19:49 Page 23

Page 16: Revista EmbalagemMarca 024 - Julho 2001

24– EMBALAGEMMARCA • jul 2001

Sindusfarma premia os melhores fornecedoresNa Fispal foi divulgado o resultado do prêmio de excelên-cia que o Sindusfarma – Sindicato da Indústria de Produ-tos Farmacêuticos no Estado de São Paulo, junto aos or-ganizadores da Techno Plus, distribui há dois anos aosfornecedores de máquinas para a indústria farmacêutica.São oito categorias, cujos participantes foram avaliadospela Fipfarma – Fundação Instituto de Pesquisas Farma-cêuticas, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas daUSP. Os parâmetros utilizados na avaliação foram a ca-pacitação e atendimento às especificações de um projetoindustrial, o atendimento dos prazos, o grau de confiançano fornecedor e o desempenho esperado do equipamen-

to. Nas categorias Blistadoras e Enchedoras de Líquidosforam premiadas duas empresas, que empataram na so-matória de pontos. Os premiados foram:

Blistadora: Cam Pak e Uhmann Enchedora de Líquidos: Wada e Comas Enchedora de ampolas: Bausch & Stroebel Encartuchadeira Horizontal: IWKADosadora de pós por microdosagem: Macofar Envelopadora de strips: SieblerMisturador de emulsões, cremes e pomadas: Koruma Revisora de ampolas: Eisai

Mais codificadorasA Comprint lançou as máquinas de im-pressão e codificação Videojet IPro eVideojet Focus 1000, da Marconi. Aprimeira, que imprime em sistema dejato de tinta, traz um software paraambiente Windows e novas fontes deimpressão. Já a segunda apresentaum custo reduzido no comparativocom outros sistemas a laser, de acor-do com a empresa. A Comprint mos-trou também a impressora por termo-transferência Jaguar II, da Norwood,nova fabricante representada no Brasilpela empresa. O equipamento é indi-cado para processos de codificaçãode embalagens flexíveis em linhas deciclo contínuo ou intermitente, poden-do imprimir dados variáveis como nú-meros de produção e lote, código debarras, data de validade e logotipos egráficos. Outra nova representada pelaComprint é a Cicrespi, fabricante italia-na de equipamentos geradores e apli-cadores de etiquetas sob a marca Ter-mostabile.(11) 3168-7077www.comprint.com.br

Potes de polietileno multiuso Fornecedora de embalagens plásticasrígidas, a Emplas lançou na Fispal umanova linha de potes em polietileno dealta densidade (PEAD), que, além dealimentos, podem acondicionar produ-tos químicos e farmacêuticos. De acor-

do com Paulo César Pinto Tavares, dire-tor de vendas da empresa, tais potesestão sendo largamente utilizados porfabricantes de vitaminas e complemen-tos alimentares, que antes importavamembalagens similares. Há potes de

280 mililitros a 7,5 litros, para osquais a Emplas disponibiliza tampase lacres.(11) 5521-6693www.emplas.com.br

Em seu estande, a Sleever Inter-

national mostrou o desempenho

de uma máquina PowerSleeve,

nova série de equipamentos para

aplicação dos rótulos encolhíveis

(sleeves, ou mangas) que a em-

presa fornece. De acordo com

Marina André, do marketing glo-

bal da empresa, a linha PowerS-

leeve é adequada às necessida-

des de produtores de ali-

mentos, bebidas e cos-

méticos de grande públi-

co, pois “trabalha em ve-

locidades elevadas, o

que é ideal para produ-

ções non-stop”. Há confi-

gurações da máquina

com uma ou duas cabe-

ças, sendo que a veloci-

dade máxima de aplica-

Nova gama para sleevesção dos rótulos é de 36 000 gol-

pes por hora. Outros pontos po-

sitivos da máquina são a estrutu-

ra monobloco, as mudanças de

bobina sem parada e o setup rá-

pido – os formatos de rótulos

são trocados em menos de 10

minutos.

(11) [email protected]

24panorama 17/07/01 19:50 Page 24

Page 17: Revista EmbalagemMarca 024 - Julho 2001

mbora sempre tenha acondi-cionado incontáveis produtosde consumo, o papel cartãonem sempre era visto como

embalagem primária, mas secundária, emgeral na forma de cartuchos de medica-mentos e cosméticos. Além disso, demodo geral os consumidores viam as em-balagens feitas daquele material comofonte de poluição e de geração de lixo.Há pouco mais de dois anos, um grupo deprodutores de papel cartão, reunidos emcomitê na Bracelpa – Associação Brasi-leira de Celulose e Papel (*), decidiu mu-dar essa incômoda imagem.

Assim, em maio de 1999, deram iní-cio a uma campanha institucional desti-nada a conscientizar a população e o tra-dedas vantagens comerciais e ambientaisdo papel cartão. Os fabricantes partiamde um princípio elementar: do ponto devista dos negócios, pouco valia apenaseles próprios conhecerem os atributostécnicos insuperáveis do material e o fatode ser não só reciclável, mas também re-ciclado, dupla propriedade cada vez maispresente nas preocupações e nas exigên-cias dos consumidores.

Era essencial mostrar aquele conjunto

26– EMBALAGEMMARCA • jul 2001

Mostrando a caraCampanha faz papel cartão tornar-se mais familiar ao consumidor

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* A campanha tem o apoio das seguintes empre-sas: Suzano, Papirus, Ripasa, Madeireira MiguelForte, Ibema, Nobrecel, Klabin e Riverwood.

Premiando os futuros designers de embalagensCriado pela Bracelpa em parce-ria com a Universidade Anhem-bi Morumbi, o Prêmio Brasileirode Embalagem Papelcartão,agora em sua segunda edição,visa incentivar e difundir expe-riências para o desenvolvimen-to do setor de embalagens fei-tas com aquele material, incre-mentar o mercado de embala-gens e ajudar a ampliar o cam-po de trabalho para os novosprofissionais.No início de julho, o Comitê Pa-pelcartão da entidade distribuiucerca de 1300 kits de inscriçõespara estudantes universitáriosde áreas relacionadas com odesenvolvimentode embalagens,como design, de-senho industrial,artes plásticas,arquitetura, mar-keting, artes gráficas e comuni-cação social de diversos locaisdo país inteiro.Como no ano passado, os estu-dantes concorrerão em duascategorias: uma contemplará asnovas propostas de embala-gens para produtos que já uti-lizam papel cartão, e a outrapremiará as embalagens paraprodutos que ainda não utili-zam o material. Em ambos oscasos, os projetos deverão uti-lizar a matéria-prima em pelomenos 60% de sua área e con-ter o selo “Papelcartão paraEmbalagem – Aprovado pelaNatureza”, símbolo da campa-nha institucional do produto.

A novidade da segunda ediçãodo prêmio é a escolha do seg-mento de embalagens para ali-mentos como tema para o de-senvolvimento dos trabalhos.Os participantes deverão apre-sentar propostas de embala-gens para produtos como arroz,cereais, massas, doces, hortali-ças, caldos/sopas/leite em pó,pães, gelatinas, caixas secundá-rias para bebidas etc. e até em-balagens para fast food e deli-very.Cada um dos primeiros coloca-dos em cada categoria ganha-rão um computador iMac, equi-pado com softwares gráficos, e

os segundos, umcomputador iMac.Os melhores tra-balhos serão apre-sentados numa ex-posição e incluí-

dos numa publicação. Todos osconcorrentes classificados re-ceberão certificado de participa-ção. O kit de inscrição pode serretirado, até 17 de agosto próxi-mo, na Universidade AnhembiMorumbi Campus Centro (ruaDr. Almeida Lima, 1134, SãoPaulo, SP), na Bracelpa (ruaAfonso de Freitas, 499, SãoPaulo, SP) ou solicitado pelo te-lefone 0800 102131 e pelo sitewww.papelcartao.com.br. A en-trega dos trabalhos deverá serfeita entre 1º e 30 de agosto de2001, na Universidade AnhembiMorumbi. A premiação aconte-cerá na segunda quinzena desetembro.

24papelcartão 18/07/01 15:05 Page 26

Page 18: Revista EmbalagemMarca 024 - Julho 2001

jul 2001 • EMBALAGEMMARCA – 27

de virtudes ao maior número possível deprofissionais que decidem sobre embala-gens nos diferentes segmentos da indús-tria usuária, varejistas, consumidores fi-nais, designers e multiplicadores de opi-nião. Por isso, trataram de atingi-los detodas as formas possíveis: com publicida-de, materiais de divulgação, promoçõesem pontos-de-venda, sorteios de prêmios,eventos e assessoria de imprensa. Consi-derando as verbas relativamente modes-tas aplicadas – 1 milhão de reais no pri-meiro ano, 2 milhões no segundo –, acampanha foi considerada plenamentebem sucedida, em recente balanço feitopelo Comitê Papelcartão (grafado dessaforma, como marca registrada em cartóriopela Bracelpa).

Todos os elosSegundo Edgard Avezum Jr., presidentedaquele comitê, “a diversificação das ati-vidades tem permitido que a campanhasensibilize todos e cada um dos elos dacadeia de valor da embalagem”. Ele des-taca que “até os futuros participantes des-sa cadeia, que são os alunos das áreas li-gadas à embalagem, estão sendo alcança-dos”. Avezum refere-se ao Prêmio Brasi-leiro de Embalagem Papelcartão, que noinício de julho teve as inscrições abertaspara sua segunda edição (ver página aolado), dentro de verba ainda não definidapara o terceiro ano da campanha.

Os resultados obtidos até aqui são vis-tos com mais otimismo pelas empresasparticipantes da campanha, pelo fato deque, como lembra o presidente do comitê,ela é pioneira. “Historicamente, é a pri-meira vez que o setor de celulose e papelpromove ações públicas de cunho infor-mativo, educacional e comercial”, ele re-gistra. Um dos efeitos desse esforço, con-sidera Avezum, é que “a imprensa temaberto espaço para notícias favoráveis aopapel cartão, ajudando assim a mudar ofalso conceito difundido de que se des-troem árvores para produzir papel”. Eledestaca que, dos 184 fabricantes de papelregistrados em 1999, 184 se enquadramcomo indústrias recicladoras, conceito es-tabelecido pela Bracelpa para definir as

empresas que consomem mais de 50% depapéis reciclados como matéria-primapara sua produção.

Apelo ambientalNa verdade, a campanha do papel cartãotem no aspecto ambiental um de seusmais fortes apelos. A publicidade, que fi-cou a cargo da agência The Group, deSão Paulo, enfatiza em todas as peças emateriais de comunicação, como folhe-tos, cartilhas e manuais de reciclagem, ofato de o material ser reciclável, biode-gradável e o único produzido a partir derecursos renováveis.

O impacto refletiu-se em dois tipos deadesão: inúmeras empresas usuárias depapel cartão adotaram o selo da campa-nha em suas embalagens, os meios de co-municação responderam com expressivacobertura ao esforço de assessoria de im-prensa, de responsabilidade da R. P. Con-sult, também de São Paulo, e o públicoconsumidor apoiou o movimento em fa-vor do meio ambiente.

Por sua vez, este último reflexo ficouevidenciado em promoção realizada nofinal de 2000 em parceria com os super-mercados Carrefour para coletar cartu-

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chos. Em cerca de 100 dias, a população,concorrendo a um automóvel, descartounas lojas da rede 136 toneladas de emba-lagens usadas. Os 50 000 reais arrecada-dos com a venda do material foram doa-dos a uma entidade de assistência a crian-ças vítimas de câncer.

Essa ação, lembra Alberto Fabiano Pi-res, consultor de assuntos de reciclagemda Bracelpa, serviu para reforçar a ima-gem do Brasil como um dos países quemais reciclam embalagens celulósicas nomundo (ver a tabela). “O nível de reci-clagem de papel no Brasil não se afastamuito da média mundial, tendo atingido38,4% da produção total em 2000”, eleinforma. “Nesse ano, foram recuperadas2.611.800 toneladas de papéis.” O volu-me total é referente ao papel que serve dematéria-prima para todas as embalagenscelulósicas, ou seja, o utilizado direta-mente como envoltório (comum, kraft e“para embalagem”), o papel cartão e opapelão ondulado.

Desconsiderando o papelão ondula-do, que se destina a embalagens detransporte, é interessante observar que,na composição do consumo específicode papéis como embalagens primáriasno Brasil em 2000, o papel cartão sedestaca muito (gráfico 1). Essa presençaganha destaque, ainda, quando se obser-va a composição do quadro de consumode embalagens por tipo de material (grá-fico 2).

Fórum internacionalDentro da estratégia da campanha do pa-pelcartão, o comitê costuma apresentardados sobre reciclagem e sobre as princi-pais tendências de design e marketingambiental, no Brasil e no mundo, paraprofissionais das diversas áreas envolvi-das na cadeia de embalagem, num FórumInternacional da Embalagem de Papel-cartão. Os palcos para esse evento, que játeve duas edições realizadas, foram osauditórios dos hotéis Maksoud Plaza, emabril de 2000, e Renaissance, em maio úl-timo, ambos em São Paulo. Além de pro-fissionais de diferentes segmentos do se-tor de embalagem, esses eventos contam

sempre com a presença de especialistasde outros países – que, evidentemente,demonstram as vantagens do papel cartãosobre os outros materiais de embalagem.O fato é que, levando em conta que, paraum material de embalagem que poucomenos de três anos atrás era praticamentedesconhecido, pelo menos com o nomeque virou marca, o papel cartão já vooubem alto.

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1999

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Bracelpa – AssociaçãoBrasileira de Celulose e Papel(11) 3885-1845www.bracelpa.com.br

Gráfico 1

Gráfico 2

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á tempos as embalagens carto-nadas assépticas vêm obtendoótima aceitação em produtos lí-qüidos e pastosos. Agora, a Te-

tra Pak, a maior fornecedora desses reci-pientes, quer conquistar mercados bem dife-rentes dos de bebidas e de produtos lácteos:a gigante sueca volta os olhos para a área dealimentos sólidos. A empresa está investin-do para fazer dessa migração um de seusprincipais projetos mundiais em 2001. NoBrasil, a estratégia foi anunciada oficial-mente durante a 19a edição da feira FispalTecnologia e Embalagem, ocorrida emmeados de junho em São Paulo.

Inicialmente, a idéia será apresentadaaos fabricantes de salgadinhos (snacks), ce-reais, confeitos e pet food, para os quais aTetra Pak está disponibilizando suas conhe-cidas embalagens Tetra Rex em volumesque vão de 250 mililitros a 2 litros. “Estascategorias estão recebendo atenção inicialporque, em pesquisas que fizemos com con-sumidores finais, foram apontadas como

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Longa vida quer ma iTetra Pak introduz cartonadas no mercado de alimentos sólidos

cartonadas

Haptas a uma migração instantânea”, contaLucimar Molina, gerente geral de marketingda Tetra Pak para a categoria de alimentos.A executiva revela que a intenção é associaras cartonadas a produtos com posiciona-mento premium, descartando a competiçãocom as embalagens flexíveis em nichos decombate.

Entre os argumentos brandidos pela Te-tra Pak a favor da cartonada asséptica paraalimentos sólidos há desde o ganho em re-sistência da embalagem ao aumento do shelflife do produto, pelas amplas barreiras quesua estrutura multicamada proporciona. Épossível, inclusive, trabalhar com processosde atmosfera modificada, um ponto queconta bastante quando se lida com a preser-vação de alimentos.

Nas gôndolas – Lucimar dá algunsexemplos práticos de vantagens de migrar-se para a Tetra Rex para alimentos: “Emsnacks, ela evita que o produto se esmiga-lhe; nos cereais matinais, pode substituir osistema bag-in-box, que combina pacoteplástico com cartucho.” As máquinas de

embalagem, do tipo form-fill-seal, são as

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jun 2001 • EMBALAGEMMARCA – 31

a is espaço

Tetra Pak(11) 5501-3262www.tetrapak.com.br

SIG Combibloc(11) 3168-4029www.combibloc.com.br

Alcan(11) 5503-0809www.alcan.com.br

Companhia Brasileira de Alumínio(11) 224-7000www.cia-brasileira-aluminio.com.br

SIG

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Outras novidades estão sendo anunciadasno campo das embalagens cartonadas as-sépticas. A SIG Combibloc, concorrente daTetra Pak, marcou presença na Fispal mos-trando seus modelos de caixinhas mais re-centes, entre elas o Combifit, e os atributosda sua terceira geração de máquinas de en-chimento, que trabalham em altas velocida-des. É o caso da CFA 112, capaz de formarcaixinhas do modelo CombiblocMini, de 125mililitros e de 250 mililitros, numa velocida-de de até 12 000 embalagens por hora. Osnovos equipamentos permitem o envase as-séptico de produtos com pedaços, tecnolo-gia que a empresa dispõe ao mercado desde1985. Um dos mercados potenciais paraessa aplicação é o de alimentos para bebês(baby food).Também foram mostrados, no estande daSIG Combibloc na Fispal, alguns vinhosacondicionados em caixinhas. Entre osclientes dessa área está a vinícola chilenaViña San Pedro, que chegou ao segundo lu-gar no mercado local de vinhos de mesaacondicionando sua marca Gato em cartona-das assépticas. Para o segmento premium, aempresa lançou o primeiro vinho fino emcaixinha, o Gato Export (foto), em embala-

SIG Combibloc também com novidades gem CombiblocPremium de 1 litro, com tam-pa plástica CombiLift. A mesma solução foiadotada na Argentina pela Peñaflor, consi-derada a segunda maior produtora mundialde vinhos e líder de mercado no país do tan-go, em seu vinho Termidor.No Brasil, as caixinhas da SIG Combiblocpodem ser vistas em produtos como o cháLipton Ice Tea, da Unilever, e no suco Izzy,da Pomar. O diretorgeral da SIG Combi-bloc para a Américado Sul, Raul Faria,comenta que estátudo praticamentecerto para que oBrasil abrigue, embreve, a primeira fá-brica da empresado continente. Se-gundo ele, a deman-da tem crescido, ge-rando na empresa aexpectativa de, até2003, estar forne-cendo aos clientesembalagens fabrica-das no país.

De olho no crescimento da demandapor embalagens assépticas cartonadas,empresas do ramo de alumínio estãoinvestindo para suprir as necessidadesdos fabricantes dessas embalagens, jáque o metal compõe, ao lado do papele do polietileno, a estrutura das caixi-nhas longa vida. A Alcan e a CBA – Companhia Brasilei-ra de Alumínio, empresa do grupo Vo-torantim, anunciaram a intenção de in-vestir em novas unidades laminadoraspara processar folhas de alumínio com2 metros de largura. Hoje, o material,usado na fabricação das embalagenscartonadas, não é fabricado no Brasil.Ele seria fornecido à Tetra Pak e possi-velmente à SIG Combibloc, que estápreparando a instalação de uma fábricano Brasil (veja quadro abaixo).

Suprimentomais que suficiente

mesmas utilizadas para acondicionar produ-tos líquidos, só que com dosadores usadosnas linhas de empacotamento de alimentos.Como a Tetra Pak mostrou na Fispal, as má-quinas permitem adaptar unidades para in-serção de figurinhas e brindes nas caixinhas.

A expectativa é de que as gôndolas rece-bam a novidade dentro de poucos meses,pois já existem projetos em andamento. Embreve, revela Lucimar, a empresa pretendeaproximar a embalagem de outros produtos,como açúcar, café, massas e arroz, sempreem nichos de valor agregado. “Temos tec-nologia para atender a todos esses merca-dos.” Para os interessados, a Tetra Pak man-tém em exposição uma máquina para ali-mentos, na sua fábrica de Monte Mor (SP),para eventuais testes e consultas.

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xtrusão na origem. Atravésdesta tecnologia, exclusivano mercado nacional e lança-da oficialmente durante a fei-

ra Fispal Tecnologia e Embalagem, ocor-rida em junho, a Ripasa passa a oferecerum diferencial sensível no fornecimentode papel cartão para embalagens de ali-mentos, principalmente para produtos re-frigerados e congelados, nichos nos quaissua marca de cartões frigorificados Ice-card sempre obteve boa penetração.

Trata-se de um processo no qual o pa-pel cartão recebe um revestimento de po-lietileno de baixa densidade (PEBD) ime-diatamente após sua fabricação. Fundidae moldada ao cartão num movimentocontínuo a 320o C por calandras refrige-radas, a resina termoplástica confere aomaterial resistência e barreiras em níveissuperiores aos oferecidos pelos processosde laminação tradicionalmente encontra-dos no mercado. Também evita a delami-nação e a formação de bolhas no cartãorevestido, que podem manchar a reputa-ção de qualquer cartucho, e permite umaimpressão de qualidade sobre o substrato.

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Qualidade desde o i n

Mas um apelo que já está sendo traba-lhado com força pela Ripasa, conformeexplica o gerente de negócios da divisãográfica da empresa, Amando Varella, éque a tecnologia permite que alimentos fi-quem em contato direto com a parede ex-trudada do cartão, dispensando outros en-voltórios – a Ripasa pode fornecer o pa-pel cartão com as duas faces revestidas.“O acondicionamento direto foi aprovadoem estudos realizadospelo Cetea (Centro deTecnologia de Emba-lagens Para Alimen-tos) e abre campopara se pensar novasestruturas de embala-gem”, ele afirma. Um

Papel cartão com extrusão na origem é o diferencial da Ripasa para acondi c

materiais

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Caixas de amostrafeitas sem uso decola ou dobra comfecho, distribuídascom bombons esorvetes daKopenhägen naFispal 2001

Ripasa(11) 3315-5000www.ripasa.com.br

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i níciodi cionar alimentos

exemplo pôde ser visto durante a Fispal.A Ripasa esteve oferecendo aos visitantesde seu estande sorvetes e doces da marcaKopenhägen embalados unicamente emcaixinhas de cartão extrudado na origem,concebidas sem ponto de cola ou dobracom fecho, obra da agência Packing De-sign de Embalagens (foto).

Menor manuseioDe acordo com Varella, as vantagenstambém se estendem às gráficas. “Ganha-se agilidade na produção, já que o proces-so intermediário de revestimento, geral-mente um serviço terceirizado, é elimina-do”, diz. Isso acaba revertendo em outroponto favorável ao trabalho com alimen-tos, pois “há um manuseio muito menordo cartão, o que evita possíveis contami-nações do material”. Outra possibilidadeao alcance do convertedor: a compra docartão revestido somente de um lado,para revestir o outro com processo con-vencional, também gerando um produtodiferenciado.

Com fins mercadológicos, a empresaresolveu denominar a tecnologia comoPEX, para a qual criou um selo de identi-ficação seguido dos números 1 ou 2, querepresentam a quantidade de faces querecebeu a extrusão. Todas as famílias depapel cartão normalmente comercializa-das pela empresa receberão a rubricacaso apresentem essa nova solução embarreira. Varella frisa que a Sadia e a Per-digão já vêm utilizando os cartões PEXpara embalar grande parte de seus produ-tos e, agora, espera que fabricantes, de-signers e agências de publicidade sugi-ram novas formas de se trabalhar com aextrusão na origem. “Estamos abertos aestudos e à criatividade, pois acreditamosque há um universo enorme a ser explo-rado com os cartões PEX”, arremata.

24ripasa/CBL 18/07/01 15:08 Page 33

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oncebida para ser exportada,a Cachaça Veritas, produzidapela Agrivale – Agro Indus-trial Vale Azul S/A, de Ma-

caé (RJ), resultou num produto de talqualidade, com uma embalagem tão re-quintada, que a empresa decidiu lançá-latambém no mercado interno, “para preen-cher um espaço vazio que pode ser ocu-pado por uma aguardente de alta catego-ria”, segundo Renata Crespo, superinten-dente da empresa.

Para chegar à categoria premium desua aguardente, a Agrivale, que produzcachaça desde sua fundação há dezoitoanos, em terras pertencentes à famíliaCrespo há mais de sessenta, decidiu darum up-grade tecnológico ao processo in-dustrial. Investiu fortemente em equipa-mentos e processos e, em 1999, contratounove consultores, incumbidos de elaboraros princípios para a obtenção de umaaguardente “for export”, com tecnologia

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Mudança de planos

avançada e rigoroso controle de qualida-de. O resultado foi a Cachaça Veritas, quechega ao mercado em duas versões: Sil-ver, incolor, e Gold, dourada com gotas decaramelo, sem adição de produtos quími-cos. Futuramente será lançada a VeritasOld, envelhecida por dois anos.

Engenheira de profissão, Renata Crespoconta que dá extremo valor à profissionali-zação das coisas. Assim, “para ter uma em-balagem que estivesse à altura do produto”,recorreu aos serviços de uma agência espe-cializada, a Packing Design, a quem enco-mendou um sistema de acondicionamento“de padrão internacional”. Renata diz estar“superfeliz” com o resultado e com o pro-cesso de criação que o antecedeu.

Fábio Mestriner, diretor da agência,relata que, para cumprir a tarefa, sua equi-pe começou por identificar exatamente oconceito de uma cachaça de qualidade,concluindo tratar-se um destilado que seinsere no rol das bebidas finas. “A bebida

Embalagem leva Agrivale a lançar cachaça for export no Brasil

making of

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Tampa pilfer-proofe neck label: segurança e

elegância

A presença demedalhas é comumem outras bebidas

“globalizadas”

Monograma defamília serviu de

base para a criaçãode um brasão

Cachaça ganhouvisual sofisticadorecorrendo aopadrão de comunicação dasembalagens dosgrandes spirits

As bordas nos rótu-los também são

características debebidas mundiais

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nacional precisa deixar de ser vista comouma coisa exótica, folclórica, para ser en-carada como um produto de primeiríssi-ma qualidade”, ele diz. O passo seguintefoi identificar os padrões básicos da co-municação, a “linguagem” das embala-gens dos grandes spirits.

Elementos característicosForam mapeados os componentes visuaisbásicos das embalagens de marcas mun-diais de uísque, vodca, conhaque, tequilae rum. Detectou-se então que, além degarrafas bonitas, os elementos caracterís-ticos mais constantes dessas bebidas são:1) rótulos com bordas; 2) uso de neck la-bel; 3) brasões, emblemas e símbolos he-ráldicos; 4) medalhas; 5) fechamentos se-guros. Ficou definido, também, que oBrasil tem larga tradição na produção decachaça. Todos esses elementos foram in-corporados à embalagem da Veritas.

Para sorte da Agrivale, a vidraria Saint-Gobain (ex-Santa Marina) acabara de co-locar no mercado uma garrafa cônica inco-lor de 750ml, com fechamento pilfer-proof em substituição à boca adequadapara tampas Guala. Embora standard, o re-cipiente tem perfil bem diferenciado. Foiimediatamente adotado, com tampa dealumínio fornecida pela Altec, de São Pau-lo. Obviamente, não foi difícil decorarcom bordas o rótulo e o contra-rótuloauto-adesivos, impressos pela Baumgar-ten, de Blumenau (SC), em papel com ver-niz protetor e detalhes em ouro ou prata.Igualmente, foi simples adicionar elemen-tos de referência do produto, isto é, canasde açúcar. No contra-rótulo há informa-ções sobre a cachaça e receitas de drinques(na versão em inglês, a receita é de caipi-rinha, que se tornou uma vedete mundial).

O monograma da família Crespo, quejá existia, serviu como item principal paraa criação de um brasão, juntamente com aimagem de dois barris e a expressão “bra-zilian spirit”, inscrita numa faixa (e, ainda,no rótulo do gargalo e, em relevo, na tam-pa, junto com o monograma familiar). Im-presso em tom rebaixado, ampliado, o bra-são contribui para dar ao rótulo um aspec-to de produto tradicional, sensação que éreforçada pelo uso de tipologia “de época”

Agrivale(24) [email protected]

Altec (11) 6422-0143www.altectampas.com.br

Baumgarten(47) 321-6666www.baumgarten.com.br

Packing Design(11) 3064-9822www.packing.com.br

Saint-Gobain Embalagens(11) 3874-7482www.saint-gobain.com.br

na marca. Finalmente, não havendo meda-lhas conquistadas em premiações, já que oproduto sequer estava lançado, a Packingcriou uma coleção de fantasia, com ima-gens que remetem ao reconhecimento doproduto, à sua tradição e à sua origem: umbandeirante, um cortador de cana, um ve-lho engenho e o Pão de Açúcar.

Para valorizar o conjunto, explica Fá-bio Mestriner, foi criado um cartucho depapel cartão com janela de acetato, im-pressão em alto relevo e hot-stamping,prateado para a variedade Silver e doura-do para a Gold. São fornecidos tambémpela Baumgarten, assim como as caixasde transporte de papelão ondulado, paraseis unidades. “Para arrasar de uma vez”,diz o diretor da Packing Design, “está emdesenvolvimento um estojo cilíndrico deaço, litografado, como se usa nos melho-res uísques”. A distribuição, que será ter-ceirizada, começará por São Paulo, Riode Janeiro e Estados do Sul.

Todas as agências (inclusive os departamentosinternos das empresas) e todos os designersinteressados em colaborar com esta seção darevista estão convidados a participar. Paraobter detalhes, entre em contato com a reda-ção, por telefone (11) 5181-6533 ou por e-mail([email protected]).

Caixa de papelãoondulado para seisunidades: “Paraarrasar”

24makingof 18/07/01 14:35 Page 35

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ois eventos promovidos pelaAbre – Associação Brasileirade Embalagem, a realizar-seem breve, caminham para o

êxito, na previsão de seus organizadores.Um é o Prêmio Abre de Design de Em-balagem, que estréia com o objetivode valorizar o design de embala-gem no Brasil. Outro é a SemanaAbre de Design de Embalagem,cuja terceira edição transcorreráentre 28 e 31 de agosto, na CasaRhodia, em São Paulo, sob otema “A embalagem é a marca”.

Já em sua primeira edição, oPrêmio, cujos vencedores serãoanunciados em setembro próximo, re-velou-se “um sucesso total”, segundo Lu-ciana Pellegrino, diretora executiva daAbre: foram inscritas 281 embalagens, “nú-mero muito expressivo, já que a premiaçãocontempla apenas nove categorias, incluin-do a de Voto Popular”.

A receptividade desta é, do ponto de vis-ta da Abre, outro indício de sucesso. Emapenas quatro dias o total de votos do públi-co colhidos durante a Fispal, no stand daAbre no Anhembi, em São Paulo, onde fo-ram expostas as embalagens inscritas até adata, chegou próximo a 2 000. Ela ressaltao “aspecto didático do voto popular”: a vo-tação exigia respostas que implicavam ana-lisar os atributos de uma boa embalagem,como design, praticidade de uso e qualida-de (conservação das propriedades do pro-duto, estrutura, segurança, respeito ao meioambiente e qualidade de impressão).

Eventos prometem

“A embalagem é a marca”Marcada para o período de 28 a 31 de agos-to, tendo como tema principal “A embala-gem é a marca”, a 3ª Semana Abre do De-

sign de Embalagem tem, a exemplo doque aconteceu nos anos anteriores, o

objetivo de criar um fórum para odebate de temas importantes parao setor. Em 1999 e 2000, o even-to contou com, respectivamente,400 e 450 participantes, na suamaioria profissionais clientesdas indústrias de embalagem

(alimentos, bebidas, produtos far-macêuticos, cosméticos e de higie-

ne pessoal), interessados em enten-der e reciclar seus conhecimentos sobre

design de embalagem.Este ano, o tema central das discussões

será a importância da embalagem na consti-tuição das marcas dos produtos. Estão pro-gramadas duas palestras por dia, apenas noperíodo da manhã (das 9h00 às 10h30 e das11h00 às 12h30). Alguns assuntos já confir-mados são:• papel da embalagem na construção da

marca • valor do design e como ele se incorpora ao

patrimônio da empresa • a extensão do aval de grandes marcas para

outros produtos • quando a embalagem é a marca • uso da embalagem na propaganda • exportando o Brasil através da embalagem • a embalagem como identidade da marca• marca própria: uma ameaça ao futuro das

marcas de mercado

3ª Semana de Design e Prêmio Abre de Design prenunciam êxito

setor

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ABRE - AssociaçãoBrasileira de Embalagem(11) 3082-9722www.abre.org.br

A 3ª Semana Abre do Design de Embalagem e oPrêmio Abre do Design de Embalagem terão am-pla cobertura em documentos especiais de EMBA-LAGEMMARCA, a exemplo do que ocorreu nasedições anteriores. Serão documentos de referên-cia e consulta permanente.

Sua empresa, seu produto e sua marca não po-dem ficar de fora. Participe. Fale com o nosso De-partamento Comercial.

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24premioABRE 17/07/01 20:03 Page 22

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uem já utilizou temperos, cre-mes ou mesmo leite em peque-nas porções, acondicionadosem embalagens termoforma-

das ou em sachês, sabe o quanto é difícildespejar o conteúdo exatamente sobre o lu-gar desejado, e a quantidade que se perdenos cantos “inacessíveis” da embalagemquando o produto é mais viscoso.

Pressionadas por margens estreitas e,muitas vezes, por limitações para investirem novos maquinários, as empresas usuá-rias desses tipos de embalagem às vezes fe-cham os olhos para as dificuldades enfren-tadas pelo consumidor. É bem verdade queinovações nessa área surgiram e foram in-corporadas, tais como colas que garantemselagem perfeita e maior facilidade de aber-tura, no caso das termoformadas, e filmescom “rasgo dirigido”, no caso dos sachês.Mas as estruturas das embalagens perma-neciam inalteradas.

Recentemente, porém, a empresa holan-desa Weasypack resolveu mudar o conceitovigente, de forma a facilitar o manuseiopelo consumidor. Estava criado o Easycup,um recipiente que, com as laterais sanfona-das, permite que o conteúdo seja expelidoda embalagem por pressão, em jatos razoa-velmente controláveis. Segundo o fabrican-te, mesmo os produtos mais cremosos,como maionese e ketchup, podem ser total-mente aproveitados, pois a embalagempode ser literalmente espremida até que es-teja vazia. Quando a pressão cessa, o exce-dente de produto é novamente sugado parao interior da embalagem, eliminando res-pingos indesejáveis.

Outra vantagem da estrutura flexível doEasycup, na argumentação do fabricante, éa sua adaptabilidade a ambientes com dife-rentes pressões, causadas por variações natemperatura, pela pressurização das aerona-ves – local em que é comum o consumo de

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Na direção certa

produtos porcionados – ou até mesmo porcondições de transporte.

A estrutura sanfonada permite que o Ea-sycup tenha redução de até 30% na larguradas paredes, sem comprometimento da vidade prateleira. A empresa afirma que, nasaplicações em que comumente se utilizampotes de 630 ou 700 micra em PS ou PS/PE,o Easycup pode ter paredes de 450 micra emPS/EVOH/PE. A explicação para isso é queos anéis criados para dar elasticidade à em-balagem aumentam a sua resistência.

Para que a sua invenção pudesse ser in-corporada pelos envasadores sem grandescustos adicionais, a Weasypack desenvol-veu, em conjunto com a fabricante de mol-des Bosch Sprang, também da Holanda,projetos para moldes adaptáveis a qualquerenchedora. No Brasil, a Weasypack é repre-sentada pela Great Foods Brasil.

Embalagem para food service promete mudar conceitos

conveniência

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Great Foods [email protected](11) 5539-0682

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A embalagem sanfonada tem um sistema de abertura que direciona o jato do produto, facilitando a aplicação.

No detalhe, esquema do Easycup

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possibilidade de atrair a aten-ção do consumidor pelo olfa-to, especialmente em açõesde amostragem, está cada vez

mais acessível no Brasil, apesar da pro-gressiva desvalorização do real, que vemtornando quase proibitiva a importaçãode matérias-primas necessárias a tal apli-cação. Essa possibilidade havia se torna-do mais viável no país depois que, há cer-ca de dois anos, a Congraf Gráfica e Fo-tolito, de São Paulo, desenvolveu a tec-nologia que permite a impressão de pa-péis com aromas, a partir de substânciasmicroencapsuladas.

Trata-se de uma técnica que, basica-mente, consiste em fragmentar as essên-cias em gotículas microscópicas e, sobreelas, aplicar um verniz protetor, que serompe, por exemplo, com o atrito da mãosobre a superfície em que foi aplicado.Com isso, é exalado o aroma – de perfu-me, cosmético, alimento, remédio ou ou-tros que se queira.

Redução expressiva de custosAté dois anos atrás, essa tecnologia só eradisponível com produtos importados e,depois, também localmente, mas nestecaso apenas em peças produzidas pelaCongraf, que fabricava os insumos parauso próprio. Agora, a empresa está enca-minhando parceria com um fabricantede São Paulo para produzir as micro-cápsulas em quantidades industriais e

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Cheiro de vendas

fornecê-las em bombonas, em aromas bá-sicos (laranja, limão, canela, entre ou-tros), a gráficas que necessitem produzirpara seus clientes amostras, anúncios epeças promocionais com cheiro. “A redu-ção de custo é muito expressiva em rela-ção ao material importado, e os prazos deentrega são mínimos”, diz Sidney Anver-sa Victor, diretor da empresa.

Segundo ele, a Congraf foi pioneira tan-to no processo de obtenção das cápsulasquanto no processo de microencapsula-mento. Antes, era necessário enviar para osEstados Unidos ou para a Alemanha as es-sências a serem microencapsuladas e veicu-ladas no verniz. A devolução passava portodas as implicações burocráticas e alfande-gárias envolvidas na operação. A Congrafdecidiu então contratar uma empresa espe-cializada, a P&D Consultoria Química,para desenvolver a tecnologia. Depois dequase um ano de pesquisas, chegou-se àtécnica de dispersão das microcápsulas emverniz, fornecido pela Heliocolor, que já su-pria a empresa com vernizes.

A aplicação do verniz – à base de água,e patenteado pela Congraf – é feita on-linena máquina de impressão e não exige tem-po adicional para secagem. Os testes-pilo-to e a produção em escala limitada foramfeitos no Grupamento de Processos Quí-micos do IPT – Instituto de Pesquisas Tec-nológicas, de São Paulo. Foi para produzirem escala industrial, de modo a poder ofe-recer preços atraentes aos interessados,que a Congraf está fechando parceria com

um fornecedor industrial.

Impressão com aroma é boa alternativa para ações de amostragem

amostragem

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Congrafwww.congraf.com.br(11) 5563-3466

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24encapsulados 18/07/01 14:59 Page 40

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jul 2001 • EMBALAGEMMARCA – 41

pesar de os eletrodomésti-cos e os aparelhos eletrôni-cos surpreenderem pelasfreqüentes inovações tecno-

lógicas, suas embalagens nunca mos-traram o mesmo vigor de renovação.Esse paradoxo, contudo, está sendoquebrado com novidades do mercado.Uma delas é o TermoPack, sistema deembalagem idealizado pela empresa ca-tarinense Termotécnica com a propostade acondicionar bens de consumo durá-veis, tanto da linha branca, como refri-geradores e fogões, como da linha mar-rom, na qual se incluem televisores eaparelhos de som, entre outros.

EPS com shrinkTrata-se da combinação de uma estruturade poliestireno expandido (EPS), mate-rial popularmente conhecido pela marcaisopor, com filme plástico termicamenteretrátil, do tipo shrink. No sistema, osprodutos, depois de envolvidos em peçasde EPS projetadas de maneira personali-zada, passam por um equipamento espe-cial que os envolve com o filme plásticotermoencolhível.

Inteiros até o lar

É formada, assim,uma espécie de cápsu-la protetora, segundoa empresa uma solu-ção mais moderna,protetora e atraenteque as caixas de pape-lão ou de madeira. “OTermoPack protege oproduto contra poeira, umi-dade e sujeiras nos processosde transporte e armazenamento, facili-tando a logística e o controle de quali-dade” explica Luiz Antonio Ziele, dire-tor comercial e de marketing da Termo-técnica. “Ademais, além da impermea-bilidade, ele permite maior nível de em-pilhamento, transporte em qualquer po-sição, facilidade para desembalar emaior proteção contra impactos e vibra-ções.” O produto permite impressão damarca e de outras informações e é tam-bém reciclável.

Projetos personalizadosOs clientes são atendidos através de pro-jetos personalizados, nos quais há a cria-ção de protótipos e etapas de estudos até aconfecção final dos “casulos”. Testes deimpacto e pesquisas logísticas são feitos

para assegurar a adequação daembalagem ao produto. Deacordo com Ziele, a preocupa-ção de sua empresa é comunicarao mercado que o TermoPacknão se restringe a um serviço deshrink convencional – a idéia delançar uma marca exclusiva etransformá-lo em produto fazparte dessa intenção. “Queremosdar personalidade ao sistema de

shrink, investindo em conceito,marca e expressão de solução in-dustrial”, esclarece.

Sistema TermoPack usa shrink para substituir papelão

transporte

A

Termotécnicawww.termopack.com.br(11) 5641-2122

FO

TO

S:

DIV

ULG

ÃO

Maior proteção no transporte

Impressão no filme plástico traz

maior apelo visual

24termopack 18/07/01 14:47 Page 41

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42 – EMBALAGEMMARCA • jul 2001

Novas máquinas na Espírito SantoA Gráfica Espírito Santoanunciou a aquisição deuma rebobinadeira cana-dense Rotoflex VSI, repre-sentada no Brasil pelaComprint, para a sua divi-são de flexografia. Deacordo com Paula Seixas,gerente do setor de flexo-grafia da empresa, umdos principais diferenciaisda nova máquina é umsensor que pára o equipa-mento quando faltam eti-quetas e quando são de-tectadas marcas e emen-

das na bobina. Ela possuiainda sistema de alinha-mento automático e con-trole de melhoria de ten-sionamento. Para a divi-são offset, a Espírito San-to trouxe dois novos equi-pamentos, incluindo umforno ultravioleta, adquiri-do da Bally Equipamen-tos, e uma ProcessadoraAutomática de Chapas R-84, comprada da Lipati doBrasil.

(27) 3223-7811www.graficaes.com.br

Preço da nafta atormenta a indústria plásticaEm 17 meses, o preço da

nafta sofreu acréscimo de

75,9%, o que vem tirando

do sério as empresas da

cadeia do plástico. Para se

ter idéia, em janeiro de

2000 a tonelada da matéria-

prima custava 361 reais.

No mês de junho de 2001,

atingiu o patamar de 635

reais, motivado por um au-

mento de 18% no dia 1o.

“O preço da nafta no Brasil

é um dos principais fatores

que têm comprometido a

competitividade do nosso

setor”, disse Jean Daniel

Peter, presidente do Siresp

– Sindicato das Indústrias

de Resinas Sintéticas do

Estado de São Paulo, em

coletiva organizada pela

entidade. “Os reflexos são

desastrosos para toda a

cadeia do plástico, que não

pode repassar esses cus-

tos aos preços finais de

seus produtos.” De acordo

com Peter, tais reajustes

têm contribuído para au-

mentar o déficit da balan-

ça comercial do setor pe-

troquímico brasileiro – 6,5

bilhões de dólares negati-

vos em 2000, segundo a

Associação Brasileira da

Indústria Química (Abi-

quim) –, já que as empre-

sas não têm conseguido

competir nas exportações.

Brasil fatura 44 prêmios noPremier Print Award 2001Dos 5 555 trabalhos inscritos na 51ª edição do PremierPrint Award, um dos mais renomados concursos interna-cionais da indústria gráfica, 135 foram produzidos porgráficas brasileiras, e nada menos que 44 foram premia-dos. Três receberam o Benny, o prêmio máximo do con-curso, nove receberam menções honrosas (Award Of Re-cognition, ou AOR) e 32 levaram certificados de mérito.Foi o melhor desempenho brasileiro desde 1998, quandoas empresas brasileiras começaram a participar do prê-mio, que é promovido pela entidade americana PrintingIndustries Of America. Das gráficas brasileiras, a Takanofoi a mais bem colocada, levando dois Benny (o outro foipara a Escala 7), três AOR e onze certificados de mérito.As outras gráficas premiadas com o AOR foram a Cle-mente e Germani Editora e Comunicações, a ImprensaOficial do Estado, a Makro Kolor e a Stilgraf. Mais infor-mações sobre o prêmio na ABTG – Associação Brasileirade Tecnologia Gráfica.(11) 6693 9535www.abtg.org.br

Peres continua à frente da ABPOA atual diretoria da ABPO

– Associação Brasileira

de Papelão Ondulado, en-

cabeçada pelo presidente

Paulo Sérgio Peres, aca-

ba de ser reeleita para o

terceiro mandato conse-

cutivo, que abrange o

triênio 2001/2004. Com 27

anos, a entidade pretende

continuar esforços na di-

vulgação de atributos da

embalagem de papelão

ondulado, como sua ver-

satilidade, facilidade de

estocagem, custos com-

petitivos, aparência e,

principalmente, o fato de

ser um produto 100% re-

ciclavel e não agressor

do meio ambiente. “A

ABPO permanecerá fiel

ao seu compromisso de

promover e difundir o uso

do papelão ondulado no

Brasil”, resume Peres.

24panoramab 18/07/01 15:26 Page 42

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jul 2001 • EMBALAGEMMARCA – 43

A Gráfica 43, empresa catarinenseespecializada na produção de emba-lagens, que está no mercado há 54anos e atende a clientes como Nes-tlé, Parmalat, Danone e L’Oréal,adotou o Preactor para gerenciar asua programação de produção e jáconseguiu diminuir seus prazos mé-dios de entrega de 20 para 5 dias. OPreactor é uma ferramenta que au-menta a eficácia do gerenciamentode sistemas produtivos e auxilia natomada de decisões estratégicas. In-dependente do tamanho da empresa

A Zebra está lançando aimpressora térmica de eti-quetas Z6M, para proces-sos de codificação e mar-cação. Ela é pronta paraconexão à Web e à redee aceita etiquetas indivi-duais ou múltiplas, comaté 168 mm de largura. AZ6M inclui o ZebraLink,software para controle re-moto e em tempo real deredes de impressoras. Oprograma também capa-cita a Z6M a emular a lin-guagem de outras im-pressoras e possui o recurso Zebra-Link Alert que possibilita o envio deavisos de erro por meio de e-mail,pager, telefone celular, PDA ou qual-quer outro dispositivo móvel que dis-ponha de recursos de texto. “Ele no-tifica, por exemplo, quando é preciso

Comprint e Gi Due firmam parceriaA Comprint firmou acordo com a

empresa italiana Gi Due S.r.l pararepresentar suas impressoras flexo-gráficas no Brasil. A Gi Due vem sedestacando no mercado europeuonde vendeu 25 impressoras nosúltimos 12 meses. Na América Lati-na, duas impressoras serão instala-

GERENCIAMENTO ÁGIL PARA ETIQUETAS LARGAS

realimentar a impressora, reduzindoo tempo ocioso entre os trabalhos”,diz Diego Rojas, gerente regional denegócios para a América Latina daZebra. (800) 423-0442www.zebra.com/z6m

das na Argentina ainda este ano.O principal produto da empresa éa impressora Combat, que impri-me em filme e em papel auto-ade-sivo nas larguras de 280mm a530mm.3371-3389www.comprint.com.br

Gráfica 43 aumenta produtividade com softwaree das características do seu siste-ma, as soluções Preactor atendem atodas as necessidades. Sob a orien-tação da empresa capixaba Tecma-ran, que distribui e comercializa oPreactor no Brasil, o sistema foi im-plantado em cerca de seis meses.Hoje, com aproximadamente um anode utilização, a solução está propor-cionando, além do retorno financei-ro, uma série de outros benefícios,diz Marlo Germer, diretor da gráfica.(47) [email protected]

Allez le bain!A francesa L’Oréal comprou a Colo-rama da americana Revlon porR$ 126 milhões. Em 2000 a Colora-ma faturou R$ 80 milhões com aslinhas de esmaltes, batons, xampuse condicionadores. A marca Bozza-no não foi incluída no negócio.

50 anos de KronesTradicional fornecedora de equipa-mentos de embalagem, a Kronescomemorou no dia 21 de junho 50anos de atividades no mundo. EmSão Paulo, festejou com os clientesna casa de eventos Tom Brasil.

Melhor e maior...A CSN foi eleita a empresa do anopela revista Exame, que destacou otrabalho da atual presidente daempresa, Maria Silvia Bastos Mar-ques. A reportagem diz que “comas folhas-de-flandres que já saí-ram de suas linhas seria possívelmimar cada habitante do planetacom 120 latas de óleo”.

...em busca de tecnologiaEngenheiros da CSN vão ao exteriorpara trazer ao Brasil um laborató-rio capaz de simular a produção delatas de duas peças – corpo de açoe tampa de alumínio – para bebi-das, a ser instalado no centro depesquisa de Volta Redonda (RJ).

100% fashionEmbora ainda não seja comerciali-zada, a fibra de poliéster Alya Eco,feita em 100% com PET reciclado elançada pela Rhodia-ster em janei-ro, foi destaque no 2º Prêmio AbitFashion Brasil. Levou o prêmio nacategoria inovação tecnológica.

Solvay com ISO 9002A companhia petroquímica SolvayIndupa obteve certificação ISO9002 de seu complexo industrial deBaía Blanca, na Argentina. A fábricade Santo André (SP) já é certificada.

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44 – EMBALAGEMMARCA • jul 2001

SALAME EM PORÇÃOPARA SINGLES

O crescimento do segmento single le-vou a Sadia a lançar o Mini Salame,em peças com 130g. Outra caracterís-tica do produto é o fato de não preci-sar de refrigeração, podendo ser con-servado em temperatura ambiente. Aembalagem é da Unipack.

Balas Valda em embalagem flip-topCom investimentos de 400 mil dóla-

res, o laboratório francês Canonne

lançou no mercado brasileiro as balas

Valda Sugar Free & Fibras, sortidas

em seis sabores: abacaxi, cereja, la-

ranja, limão, morango e maracujá. A

embalagem flip-top, de 24 gramas,

produzida em papelão, foi desenvolvi-

da pelo setor de marketing do labora-

tório, que pesquisou um material ade-

quado para manter o produto com o

mesmo sabor durante um certo tem-

po. As cores e o design também fo-

ram desenvolvidos pela empresa. O

diretor de marketing da Valda, André

Golebiovski, diz que “a nova embala-

gem segue a tendência mundial de se

optar por produtos recicláveis”. A em-

presa não informa quem é o fabrican-

te da caixinha flip-top.

Casamento perfeitoAgências e clientes que criam promo-ções conjugadas no ponto-de-vendasempre se depararam com um grandeproblema: como expor os produtos deforma conjugada oferecendo praticida-de para o consumidor e segurançapara o cliente. Os idealizadores dacampanha “Casório”, realizada recente-mente no Nordeste, resolveram aquestão. A promoção conjunta deCoca-Cola e Yoki apresentou uma em-balagem com duas garrafas de Coca-Cola PET de dois litros e produtos Yokivoltados para as festas juninas. A No-belplast desenvolveu então o Pack-Lock,uma sacola de polietilieno de baixadensidade, com a segurança de um en-velope com fechamento inviolável.

A indústria Café Canecão, de Cam-pinas, (SP), modernizou seu visual.As novas embalagens foram desen-volvidas para dar total garantia depreservação ao produto, e a corvermelha ganhou destaque. Comas mudanças, foi padronizada todaa linha de cafés da marca , quecompreende o Café Canecão Tradi-cional (em almofada, torrado e moí-do em embalagens de 500 e 250 ge torrado em grãos em pacotes de

Canecão padroniza linha de produtos

5 Kg), Canecão Café Expresso,com blend Cerrado, torrado emgrãos (em embalagem de 1 Kg) etorrado e moído (em pote de plásti-co de 500 g), Cappuccino (em latasde 200 g) e Café Padroeiro (torradoe moído, em embalagem de 500 g).O layout foi criado pela Spaço Publi-cidade, e as embalagens são pro-duzidas pela Shellmar EmbalagemModerna e pela Santa Rosa Emba-lagens.

24display 18/07/01 15:14 Page 44

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46 – EMBALAGEMMARCA • jul 2001

20% mais café e display inteligenteO Café 3 Corações, deMinas Gerais, quer au-mentar em 50% as suasvendas, e para isso fezmudanças nas embala-

gens dos cafés Tradicionale Extra Forte. Além deuma limpeza no design, aempresa “espichou” asembalagens, que passa-ram a ter 20% mais con-teúdo e ganharam umatarja verde e amarela, quecontrasta com o logotipovermelho e bege. A novaembalagem flexível, empoliéster metalizado comuma camada de polietile-no, foi desenvolvida pelodepartamento de marke-ting da 3 Corações e é

produzida pela Empax. Outra novidade da empre-sa é a criação de uma cai-xa-display. A caixa de pa-pelão para transporte dospacotes, desenvolvida emconjunto pelo departamen-to de marketing da empre-sa e pela Inpa, de Pirape-tinga (MG), tem um picotena diagonal, pode ser em-pilhada, e depois de aber-ta torna-se display, quepermite a montagem de“ilhas” em locais estratégi-cos de pontos-de-venda.

Para o chamado públicocountry, como freqüenta-dores de rodeios e festi-vais sertanejos, casasnoturnas e lojas típicas,a Indústria de BebidasParis, de Rio das Pedras(SP), lançou nacional-mente o destilado alcoó-lico Cane House (Cow-boy Spirit). Com o objeti-vo de diferenciar e agre-gar valor ao produto, aempresa recorreu a umrótulo de PVC Packlabelda Propack, só que apli-cado sobre garrafa cilín-drica de PET, de 500ml,com tampa de rosca.Trata-se da primeira be-bida alcoólica com rótulotermoencolhível aplicadosobre aquele material edirecionado àquele seg-mento. Anteriormente, amesma empresa havialançado as aguardentesCaninha da Roça e Pe-dra 90, também em gar-rafas de PET de 500ml.

Rodeio animadoO rótulo do Cane House,com apelos visuais queremetem ao imagináriocountry, como botas decowboy e ferraduras, foidesenvolvido pela WBAComunicação e Propa-ganda, de São Paulo. Se-gundo Wallace Belo deAraújo, diretor de arte daagência, “orótulo é pio-neiro empolicromiana Pro-pack”.

Embalagempara presente

A linha premium de ca-fés Gourmet (Orgânico,Savory e Export), novida-de da São Braz, da Pa-raíba, ganhou invólucrosinspirados em embala-gens para presente. O design foi desenvolvi-do pela Extra Comunica-ção. Para diferenciar ossabores foram desenha-das fitas com cores espe-ciais, que também desta-cam a marca. A embala-gem, que é fabricadapela IGB, é feita em pa-pel cartão, e dentro delavem um pacote alumini-zado dourado, onde ocafé é acondicionadopor alto vácuo.

TAMPA FACILITATRANSPORTEOs condicionadores de ca-belos Skala Salon, da Ska-la, em embalagens econô-micas de dois quilos, ga-nharam um layout prático emoderno. Os potes, fabrica-dos pela Bandeirante, sãoem PET transparente e atampa em polipropileno(PP) colorido vem com umaalça, que facilita o transpor-te e o manuseio. O rótulo,em papel couché, é impres-so pela Gráfica EspíritoSanto, em flexografia. O de-sign foi criado pelo departa-mento de marketing daSkala. A linha Skala Salon,para o uso em salões decabeleireiros, tem uma for-mulação com óleos vege-tais em cinco opções: man-teiga de carité, ceramidas,hidratante nutritivo, leite decabra e colesterol.

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48 – EMBALAGEMMARCA • jul 2001

Latas de bebidas com ró-tulos termoencolhíveis, emsubstituição à decoração li-tografada, já fazem parteda realidade diária do mer-cado brasileiro, deixandode aparecer apenas emocasiões promocionais,como ocorreu recentemen-te com o lançamento doenergético On Line, da Elf,em embalagem de alumí-nio de 250ml, durante oRock in Rio. Utilizandoaquele sistema de embala-gem, a Alberto Belesso, fa-

Lata com termoencolhívelbricante dos vinhos Natal eSan Tomé, acaba de lançarem todo o território nacionalo primeiro produto frisante,nas duas versões, em latado Brasil. Direcionado aomercado de dose, principal-mente danceterias, os vi-nhos utilizam rótulos de PVCPacklabel, fornecidos pelaPropack Embalagens. O vi-sual foi criado pela Factu Pu-blicidade, de São Paulo. Oproduto foi envasado pelaNew Age, que acondicionoutambém o On Line.

ORGANICS REDUZ PESO DA EMBALAGEMOs novos frascos do xampu Organics,

da Unilever, estão chegando ao mer-

cado mais leves, o que vai representar

uma redução aproximada de 45 tone-

ladas ao ano no consumo de plástico.

As novas embalagens vão para o mer-

cado com o selo “Contribuindo para

um meio ambiente melhor”.

“Para conseguir a redução foram ne-

cessários vários testes para avaliar se

a mudança não iria interferir na quali-

dade da embalagem”, explica Ailton

Fernandes Cavallini, gerente de enge-

nharia de embalagens da Unilever.

As embalagens dos xampus Organics,

em polietileno de alta densidade

(PEAD) e em polipropileno (PP), são

produzidas pela Finimplast, de São

Paulo, que segue as especificações

determinadas pela Unilever.

Óleo Salada comnova roupagemA tradicional marca de óleo Salada –da empresa Ceval –, com 75 anos demercado, ganhou novo posicionamen-to pelo incremento da linha, agoracomposta por óleos de soja, milho, ca-nola, girassol e azeite de oliva. AMDesign foi responsável pela criaçãodo novo visual. No rótulo, a utilizaçãodo dourado e o fundo amarelo texturi-zado apresentam a fusão das imagensdos ingredientes na sua forma natural.O logotipo manteve a forma elíptica ea cor preta. As embalagens são de pettransparente, produzidas pela Empax.A lata de aço do óleo de soja, emba-lagem tradicional, foi mantida. No ró-tulo, de BOPP laminado, também pro-duzido pela Empax e impresso em ro-togravura, foi agregado um selo refe-rente aos 75 anos da marca.Omo, nova fórmula, nova embalagem

Líder em vendas no segmento nacional de detergentes em pó,a Unilever Brasil investiu 50 milhões de reais no relançamentode um de seus principais produtos, o Omo MultiAção, comnova fórmula.A embalagem também mudou: o novo layout destaca mudançade fórmula e traz a imagem de uma criança com a mãe, refor-çando o conceito de que “Não há aprendizado sem manchas”. Asembalagens em papel cartão e impressas em rotogravura foramdesenvolvidas pela Oz Design e são fabricadas pela Dixie Toga.

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Page 35: Revista EmbalagemMarca 024 - Julho 2001

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Almanaque

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Antes do sistema Crown(“coroa”) de fechamento,patenteado em 1892 nosEUA por William Pain-ter, fundador da CrownCork & Seal, usavam-seos seguintes tipos de gar-rafa para refrigerantes:

Garrafa COBB(1) – Foia primeira a ser empre-gada com êxito. Era ve-dada por um anel de bor-racha embutido no ladointerno do bocal, contrao qual ficava pressionadauma bolinha de vidro.Isso ocorria devido à di-ferença entre a pressão

Mais de um século de tampas e garrafas

interna da garrafa e apressão atmosférica.

Garrafa Hutchinsonou “Pop” (2) – Possuíauma alça de arame queera comprimida e na qualestava preso um disco deborracha. O disco vedavaa garrafa também graçasao diferencial de pressãoexistente no interior e ado exterior à garrafa.Para abri-la, bastava le-vantar a alça de arame.Ouvia-se então um baru-lho inconfundível, o quelhe valeu o apelido de“Garrafa Pop”.

Garrafa Relâmpago(3) -Ainda em uso em algunspaíses da Europa, temuma rolha de porcelanaque fica presa ao pescoçoda garrafa por meio deuma articulação de ara-mes. Essa rolha possuiuma arruela de borracha,que é responsávelpela vedação. Ser-ve para vedar tantobebida com gáscomo sem gás. Foiapelidada de “Gar-rafa Relâmpago”.Era largamenteusada no Brasilpela Fábrica de

Águas Gazozas Dore, daParaíba, cujo guaraná atéhoje é um dos mais con-sumidos no Estado.

(Colaboração de ErikTeichner, diretor comer-cial e de marketing daTapon Corona)

Uma equipe da Universidade

de Delft, na Holanda, de-

senvolveu uma membrana

flexível que servirá para

envolver líquidos, em do-

ses, ao retirá-los dos re-

cipientes em que estiverem

acondicionados. Foi criada

visando ao uso em ambien-

tes sem gravidade. Já há

quem pense em utilizar a

conquista tecnológica para

envolver cerveja em vôos

espaciais: bastará injetar

ar entre a membrana e o

barril para obter uma bola

flutuante da bebida.

loiRa espacial Capa portuguesa e sombreroA silhueta que há mais de ses-senta anos identifica o vinhodo porto e o xerez Sandemanfoi criada em 1928 por um ar-tista pouco conhecido, cha-mado George Massiot-Brown.Desde 1935, aparece em to-dos os rótulos e na publicida-de da marca. Apesar do armisterioso, o personagem, co-nhecido como “Don”, é a ino-cente representação de um es-tudante universitário portu-guês, com sua tradicionalcapa preta. O chapéu é um

“sombrero” espanhol, home-nagem aos cavaleiros de Jerezde la Frontera, onde é fabri-cado o xerez da marca.

Garrafas das Águas Gazozas Dore,do início do século até hoje

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