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ECONOMIA 29 de Setembro de 2011 O MIRANTE EMPREGOS IX CLASSIFICADOS XVIII As energias renováveis têm futuro mas ainda há muito para fazer As energias renováveis vão ganhando terreno gradualmente e constituem já para muitas empresas e particulares uma importante alternativa. É o futuro desta aldeia global chamada Terra que está em jogo e a consciência ambiental é essencial para um planeta mais verde. A separação de resíduos para reciclagem e posterior reutilização é outra vertente que os nossos inquiridos consideram fundamental em termos ambientais. Um suplemento sobre energias renováveis, reciclagem e climatização nesta edição para ouvirmos algumas vozes autorizadas na matéria Feira dos Frutos Secos estreia-se no Almonda Parque Iniciativa decorre em Torres Novas de 4 a 9 de Outubro Especial pág.2 Especial pág. 4 Três Dimensões Não segui medicina geral porque dispenso noitadas Nuno Miguel Belchiorinho, 41 anos, médico dentista, Almeirim 11 Identidade Profissional A bibliotecária do tempo em que os livros eram mais importantes que a Internet Helena Henriques trabalhou na antiga Sala de Leitura Bernardo Santareno durante 28 anos 12 Empresa da Semana Moinho de Fau reabriu com nova gerência Mário Faustino e Graça Faustino têm como objectivo criar um espaço que faça a diferença em Santarém 13 Sector da distribuição defende consumo sustentável e promove ecoeficiência O sector da distribuição aposta no con- sumo sustentável e na promoção da ecoe- ficiência, com a recolha de resíduos especí- ficos ou a criação do saco reutilizável, e os clientes estão cada vez mais informados. A directora-geral da Associação das Empresas de Distribuição (APED), que reúne associa- dos como supermercados ou grande super- fícies comerciais, realçou à agência Lusa “o trabalho conjunto de vários sectores na pro- moção do consumo sustentável”. A evolução registada nos últimos anos também é visível através da rotulagem dos artigos, em que estão as indicações de enca- minhamento dos resíduos. “Há uma sensi- bilidade cada vez maior por parte dos con- sumidores face aos impactos ambientais do consumo, o que é resultado do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido e o consumi- dor cada vez é mais esclarecido e conscien- te e adopta comportamentos considerados amigos do ambiente”, referiu Ana Isabel Trigo Morais. A responsável relatou: “Tem havido muita evolução no sector, para promover- mos e encontrarmos a ecoeficiência, desde a recolha de resíduos de diversa natureza, oleões, recolha de rolhas, de equipamen- tos eléctricos e electrónicos ou resíduos de embalagens”. Alcino Martinho Carla Carreira Carlos Crisostomo Carlos Simões João Silva Luis Lopes Paulo Soares Rosalina Santos Beatriz Godinho abre nova unidade de análises clínicas em Almeirim 9

ENERGIAS RENOVÁVEIS, RECICLAGEM E CLIMATIZAÇÃO

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Moinho de Fau reabriu com nova gerência A bibliotecária do tempo em que os livros eram mais importantes que a Internet Iniciativa decorre em Torres Novas de 4 a 9 de Outubro Especial pág.2 Carlos CrisostomoCarlosSimões João Silva Luis Lopes Empresa da Semana Mário Faustino e Graça Faustino têm como objectivo criar um espaço que faça a diferença em Santarém 13 Nuno Miguel Belchiorinho, 41 anos, médico dentista, Almeirim 11 Identidade Profissional Três Dimensões Especial pág. 4

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ECONOMIA 29 de Setembro de 2011O MIRANTE

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As energias renováveis têm futuro mas ainda há muito para fazer

As energias renováveis vão ganhando terreno gradualmente e constituem já para muitas empresas e particulares uma importante alternativa. É o futuro desta aldeia global chamada Terra que está em jogo e a consciência ambiental é essencial para um planeta mais verde. A separação de resíduos para reciclagem e posterior reutilização é outra vertente que os nossos inquiridos consideram fundamental em termos ambientais. Um suplemento sobre energias renováveis, reciclagem e climatização nesta edição para ouvirmos algumas

vozes autorizadas na matéria

Feira dos Frutos Secos estreia-se no Almonda ParqueIniciativa decorre em Torres Novasde 4 a 9 de Outubro Especial pág.2

Especial pág. 4

Três Dimensões

Não segui medicina geral porque dispenso noitadas Nuno Miguel Belchiorinho, 41 anos, médico dentista, Almeirim 11

Identidade Profissional

A bibliotecária do tempo em que os livros eram mais importantes que a InternetHelena Henriques trabalhou na antiga Sala de Leitura Bernardo Santareno durante 28 anos 12

Empresa da Semana

Moinho de Fau reabriu com nova gerênciaMário Faustino e Graça Faustino têm como objectivo criar um espaço que faça a diferença em Santarém 13

Sector da distribuição defende consumo sustentável e promove ecoeficiência

O sector da distribuição aposta no con-sumo sustentável e na promoção da ecoe-ficiência, com a recolha de resíduos especí-ficos ou a criação do saco reutilizável, e os clientes estão cada vez mais informados. A directora-geral da Associação das Empresas de Distribuição (APED), que reúne associa-dos como supermercados ou grande super-fícies comerciais, realçou à agência Lusa “o trabalho conjunto de vários sectores na pro-

moção do consumo sustentável”.A evolução registada nos últimos anos

também é visível através da rotulagem dos artigos, em que estão as indicações de enca-minhamento dos resíduos. “Há uma sensi-bilidade cada vez maior por parte dos con-sumidores face aos impactos ambientais do consumo, o que é resultado do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido e o consumi-dor cada vez é mais esclarecido e conscien-

te e adopta comportamentos considerados amigos do ambiente”, referiu Ana Isabel Trigo Morais.

A responsável relatou: “Tem havido muita evolução no sector, para promover-mos e encontrarmos a ecoeficiência, desde a recolha de resíduos de diversa natureza, oleões, recolha de rolhas, de equipamen-tos eléctricos e electrónicos ou resíduos de embalagens”.

Alcino Martinho Carla Carreira

Carlos CrisostomoCarlos Simões João Silva Luis Lopes

Paulo SoaresRosalina Santos

Beatriz Godinho abre nova unidade de análises clínicas em Almeirim 9

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Ainda há muito a fazer na exploração das energias renováveisAs energias renováveis vão ganhando terreno gradualmente e constituem já para muitas empresas e particulares uma importante alternativa à dependência dos combustíveis fósseis. É o futuro desta aldeia global chamada Terra que está em jogo e a consciência ambiental é essencial para um planeta mais verde. A separação de resíduos para reciclagem e posterior reutilização é outra vertente que os nossos inquiridos consideram fundamental em termos ambientais.

Paulo Soares, empresário, Fátima

Fomentar o uso das energias renováveis

Proprietário de uma empresa de co-mércio de produtos relacionados com as energias renováveis, Paulo Soares consi-dera que o sol e o mar que existem em Portugal são uma “abundância, grátis, que deve ser melhor rentabilizada”. Mas,

para isso, tem de existir um esforço co-lectivo, nomeadamente do poder central e local, de modo a instigar o desenvol-vimento destas fontes de energia, quer a nível de investigação quer da sensibi-lização para o uso das mesmas.

Em relação ao papel das autarquias e construtores civis, o empresário con-corda que o exemplo “deve vir de cima” apesar da crise económica que se vive actualmente. “Como, por vezes, este ti-po de equipamentos tem um custo ime-diato considerável, temos de ser sensí-veis uma vez que, devido à sua dura-bilidade, a amortização dos mesmos é por vezes reduzida. Isto para não falar dos benefícios de poupança e de estar-mos a zelar para um futuro melhor pa-ra os nossos sucessores”, reforça o pro-prietário da SonerFátima. Paulo Soares refere que, no seu caso, procura fazer “sempre mais e melhor” quer na sepa-ração dos resíduos, quer na aplicação e uso das energias renováveis. E finca a ideia: “Um pouco de todos nós faz mui-to pelo Planeta Terra”.

João Silva, Sócio-gerente Solar House, Santarém

Solar House veio colmatar a pouca oferta existente na área das energias renováveis na região

A Solar House é uma empresa especia-lizada em energias renováveis essencial-mente apoiada num dos maiores fabrican-tes europeus de equipamento de energia solar térmico (Sonnenkraft), sendo uma referência em inovação tecnológica. Ao longo de três anos de existência a Solar House tem vindo a adquirir competências em áreas determinantes como fotovoltai-co, climatização com recurso a soluções de baixo consumo, colmatando a pouca oferta especializada existente na região.

O sócio-gerente da empresa, João Silva, concorda que as energias do sol e do mar em Portugal podem ser mais rentabiliza-das mas salienta a importância do nosso país no que diz respeito à energia eólica. “Na energia eólica Portugal é já uma re-ferência a nível mundial e isso é muito importante. Em relação à energia marí-tima a tecnologia ainda é muito recente mas estão a fazer-se grandes desenvolvi-mentos nessa área”, afirma o empresário a O MIRANTE.

João Silva e Ricardo Alves consideram que autarcas e construtores apostam nos equipamentos que produzem energia alternativa porque a lei obriga a que o façam. A maioria ainda não está muito sensibilizada para estas questões. “É uma questão cultural e compete-nos a nós, ins-taladores, sensibilizar construtores e au-tarcas para estas questões. É fundamental, também, o empenho do Governo Central para que haja um desenvolvimento mais célere das energias renováveis ao nível do-méstico e empresarial no nosso país”, re-ferem os sócios-gerentes da Solar House.

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Luís Lopes, empresário, Tomar

A importância da eficiência energética dos edifícios

Gerente da empresa TemplarLuz, em Tomar, Luís Lopes considera que a localização geográfica do nosso pa-ís, em conjugação com a extensa costa marítima, faz com que a intensidade dos recursos energéticos renováveis se-ja mais intensa que noutras partes do globo. Por isso, na sua óptica, uma das soluções para a crise do país passa por aproveitar mais as fontes de energia renovável. “Devíamos ser mais com-petitivos energeticamente de modo a sermos auto-sustentáveis num futuro em que os combustíveis fósseis se vão extinguir e que o consumo eléctrico vai crescer exponencialmente com a intro-dução dos veículos eléctricos”, refere.

Carlos Simões, administrador da Ecodeal, Carregueira (Chamusca)

A floresta também é uma fonte de energia

Director-geral da Ecodeal, um dos mais modernos centros integrados de recupera-

O empresário sente que já existe al-guma preocupação com o tema da efi-ciência energética dos edifícios, princi-palmente desde 2006, altura em que foi criada a regulamentação térmica e de climatização de edifícios e respectiva certificação energética. Salienta que a mesma “esbarra”, no entanto, com a fal-ta de recursos financeiros alocados pa-ra determinadas obras, principalmente no sector público. “Na minha opinião devia ser criada a obrigatoriedade de, pelo menos, dotar os novos edifícios de espaços para futura instalação de equipamentos de produção de energia renovável”, aponta. Atento às questões ambientais, Luís Lopes faz reciclagem considerando que o tratamento de re-síduos é das poucas coisas que Portugal tem feito bem e pode ser um exemplo para outros países.

ção, valorização e eliminação de resíduos perigosos, Carlos Simões defende que tanto o sol como o mar, que abundam em Portu-gal, devem ser rentabilizadas como fontes de energia. Mas, na sua opinião, não devem ser as únicas. “A floresta também é uma fonte de energia que não deve ser negligenciada. A Ecodeal utiliza como principal fonte de calor o combustível de caldeira no seu pro-cesso de tratamento de lixiviados e pellets de madeira [tipo de lenha para aquecimen-to]”, explica.Carlos Simões considera que, apesar de já existir uma maior sensibiliza-ção, tanto as autarquias como os construto-res civis deviam apostar mais nas energias renováveis nos equipamentos e edifícios que vão sendo construídos. Formado em engenharia química pela Universidade de Coimbra, Carlos Simões especializou-se no tratamento de resíduos. Talvez por isso e por trabalhar na área seja uma pessoa sensibili-zada para a reciclagem, algo que também pratica em casa.

Energias renováveis contribuem para mais qualidade na construção

Carla Carreira considera que existe uma maior aposta nas energias renováveis em Portugal, sobretudo ao nível das autarquias e construtores civis mas ainda existe um “longo” caminho a percorrer. “Apostar nas energias renováveis contribui para uma melhor qualidade de construção sobretu-do para a importante vertente da susten-tabilidade. Felizmente já se assiste a bons exemplos mas ainda estamos no início de

uma longa caminhada”, afirma.A empresária defende que o nosso pa-

ís deve aproveitar da “melhor maneira possível” o facto de na maior parte dos dias do ano existir exposição solar e tam-bém a enorme extensão de costa maríti-ma. “Existem sempre formas adicionais do sol e do mar serem ainda mais e me-lhor rentabilizadas como fontes de ener-gia”, salienta. Carla Carreira é defensora do meio ambiente por isso todos os dias faz a separação dos resíduos. Além disso, também faz compostagem doméstica e na empresa todos fazem separação de lixos para reciclagem.

Carla Carreira, responsável do sector administrativo e fi nanceiro da Macolis, Leiria

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Estamos no bom caminho mas há muito a fazer

As energias renováveis são o futuro e uma boa aposta em desenvolvimento. A opinião é de Rosalina Santos, gerente da Senso, empresa ligada ao ramo das ener-gias renováveis. A gerente considera que é necessário apostar cada vez mais nas energias renováveis sobretudo no sol e mar. “Existem países com muito menos sol que nós e têm um parque solar mui-to maior que Portugal. Ainda estamos a dar os primeiros passos nesta matéria. Estamos no bom caminho mas ainda te-mos muito para fazer”, diz a empresária.

Diz que os autarcas e construtores com quem trabalham estão despertos e sensibilizados para construir habitações que já façam o aproveitamento energé-tico mas que podiam estar “ainda mais

Energia do mar não é tão aproveitada

O director-geral do CTIC - Centro Tecnológico das Indústrias do Couro, em Alcanena, afirma que Portugal já está a começar a rentabilizar a energia produzida pelo sol. “A energia do mar não é tão aproveitada porque a tecno-logia ainda não está suficientemente madura. Os resultados práticos desta aposta ainda não são visíveis”, refere Alcino Martinho.

O empresário diz que actualmente existe uma maior sensibilização dos construtores civis e das autarquias pa-ra colocarem equipamentos que pro-duzem energia. Na sua opinião, o fac-to do preço da electricidade ter subido bastante nos últimos anos fez com que as pessoas optassem pelas energias al-ternativas. “Agora já é rentável apostar nas energias renováveis e penso que es-sa vai ser a tendência”, refere.

despertos” para as energias renováveis. Rosalina Santos defende que as energias renováveis são cada vez mais o futuro uma vez que os recursos do planeta esgo-tam-se. Em casa dá o exemplo e tem um caixote do lixo com os três separadores.

O CTIC está há muitos anos ligado ao meio ambiente e por isso existe sen-sibilização na empresa para as questões ambientais. Fazem reciclagem de todos os produtos e Alcino Martinho dá o exemplo reciclando também em casa.

Rosalina Santos, gerente da Senso, Torres Novas

Alcino Martinho, director-geral do CTIC, Alcanena

É necessária mais informação sobre a energia solar

Carlos Crisóstomo, empresário do sector com firma em Vila do Rei, consi-dera que é possível retirar melhor pro-veito do sol que brilha em Portugal. O mesmo não pode dizer em relação ao mar uma vez que, segundo sabe, os pro-jectos levados a cabo não mostraram re-sultados satisfatórios. “Apostaria mais no aproveitamento dos recursos hídri-cos, em complemento com o Sol”, refe-re, acrescentando que existem projectos que trabalham durante o dia com ener-gia solar foto-voltaica e durante a noite com a hídrica. Em relação ao papel das autarquias e das empresas de construção civil, o empresário considera a questão “pertinente” uma vez que muitas vezes não são colocados os equipamentos ade-quados em certas construções, inclusive em edifícios públicos, o que leva a um deficiente aproveitamento da energia solar térmica. “Existe uma grande fal-ta de informação sobre energia solar”,

Carlos Crisóstomo, Empresário, Vila do Rei

aponta, sublinhando que, em tempos de crise, se deve apostar em equipamentos de fabrico nacional.

Carlos Crisóstomo não faz jus ao dita-do “em casa de ferreiro, espeto de pau” e por isso costuma fazer reciclagem sendo ainda um aliado da poupança energética. “As nossas viaturas usam o óleo vegetal usado e utilizamos também os resíduos florestais para os nossos equipamentos de aquecimento a biomassa”, sustenta.

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O empresário Alexandre Alves conseguiu evitar a declaração de caducidade de licenciamento da obra e obteve ainda da autarquia um prazo adicional de 60 dias úteis para conclusão da primeira fase.

O empresário Alexandre Alves apresentou à Câmara de Abrantes na passada semana uma garantia bancária de 500 milhões de euros, atestando a sua capacidade de conclusão da fábrica de painéis solares para ali projectada, anunciou a autarquia.

A Câmara de Abrantes havia solici-tado em Agosto à RPP Solar a entrega de documentos de garantia da efectiva conclusão das obras da unidade indus-trial de painéis solares ali em constru-ção, na sequência dos sucessivos atrasos verificados, tendo alertado o empresá-rio para a declaração de caducidade de licenciamento da obra caso os mesmos não fossem entregues.

Com a entrega de garantias da con-clusão do empreendimento industrial, o empresário conseguiu evitar a decla-ração de caducidade de licenciamento da obra e obteve ainda da autarquia um prazo adicional de 60 dias úteis para conclusão da primeira fase da obra e início da produção de painéis fotovoltaicos.

Em declarações à agência Lusa, a presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, afirmou

que a entrega das garantias bancárias - “acompanhadas de uma carta de um banco” - vão ao encontro do solicitado pela autarquia e incluem um crono-grama de planeamento de conclusão da fábrica.

“Os documentos entregues atestam a efectiva capacidade do empresário para concretizar a primeira fase do investimento pelo que vai ter mais 60 dias úteis para a concretizar e começar a produzir”, acrescentou.

Segundo a autarca, os pavilhões do empreendimento industrial “estão já construídos, embora vazios”, tendo observado que as obras a realizar im-plicam a colocação de uma primeira linha de montagem de painéis fotovol-taicos, arranjos exteriores e acessibili-dades. “Até ao final do ano deve estar tudo pronto para o início da produção de painéis”, apontou.

A nova fábrica de painéis solares do empresário Alexandre Alves, que está a ser construída em Concavada, Abran-tes, num terreno com 82 hectares, anun-cia a “agregação” de toda a cadeia de produção de energia solar, implicando um investimento global de “mais de mil milhões de euros e a criação de 1.900 postos de trabalho” até 2013.

Os sucessivos atrasos no início da produção, que estava anunciada para o início de 2010, levaram o executivo da Câmara de Abrantes, de maioria socia-lista, a propor a caducidade do alvará de licenciamento daquela unidade in-dustrial pela não conclusão das obras no prazo fixado na licença, uma medida que o empresário conseguiu evitar.

Resitejo aumenta número de oleões

O número de oleões da região vai aumentar de 49 para 280. Quem o diz é a Associação de Gestão e Tratamen-to dos Lixos do Médio Tejo - Resitejo que procura desta forma reforçar o sistema de gestão de resíduos urba-

nos. O protocolo, assinado com uma empresa privada do sector, prevê não só o fornecimento e colocação dos oleões, mas também o posterior reen-caminhamento dos óleos recolhidos. Cidades como Santarém ou Tomar, onde não existia um único oleão da Resitejo, vão poder contar com 81 e 48, respectivamente.

Sistema de aproveitamento de biogás no antigo aterro de Abrantes

O antigo aterro sanitário da Concava-da, em Abrantes, começa no próximo dia 30 de Outubro a produzir energia para a rede pública, estimando-se uma produ-

ção anual de cerca de 5800 MWh. O in-vestimento da VALNOR, na ordem dos 1,4 milhões de euros, já se encontra em período experimental e prevê começar a produzir energia limpa em início de Novembro. O projecto, que implicou o encerramento e requalificação ambiental da célula de resíduos urbanos do aterro, procura agora aumentar também os índi-ces de reciclagem, valorizando ao mesmo toda a componente orgânica do projecto.

RPP Solar apresenta garantias de 500 milhões de euros para conclusão de fábrica de painéis solares Garantia foi exigida face aos sucessivos atrasos na construção da mega unidade industrial anunciada

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Tomar foi um dos 18 municípios por-tugueses que aderiu na quinta-feira, 22 de Setembro, à iniciativa “Dia Europeu sem Carros”. O trânsito esteve interdito entre as 10h00 e as 18h00 em algumas artérias da cidade, com a Alameda 1 de Março a servir de palco para diversas ini-ciativas a que ocorreram muitos jovens das escolas da cidade. Os animadores

presentes tentaram incentivar os mais jovens a andar de bicicleta, que tiveram ainda oportunidade de andar de bicicleta ou skate e de se divertirem em insuflá-veis que foram montados em pleno as-falto. Miúdos e graúdos puderam ainda experimentar andar num carro de dois lugares, completamente eléctrico, que não polui o ambiente.

A EDP Renováveis (EDP Reno-váveis, Euronext: EDPR), líder mun-dial no sector das energias renováveis e a terceira maior produtora mundial de energia eólica, passou a integrar o FTSE4Good após a revisão realizada pelo gestor do comité deste índice em Setembro. O FTSE4Good é um índice bolsista que inclui empresas que se des-tacam pelas suas práticas sustentáveis e políticas de responsabilidade social cor-porativa. A EDP Renováveis, que ocu-pa a nona posição do índice, é a única companhia do sector energético entre os 22 novos membros que passaram a integrar o FTSE4Good na passada sex-ta-feira, dia 16 de Setembro.

Desde que foi criado em 2001, o FT-SE4Good tem como objectivo ser uma útil ferramenta para os investidores res-ponsáveis, identificando oportunida-des de investimento em empresas que cumpram princípios de responsabili-dade corporativa reconhecidas a nível mundial. Este índice oferece também aos gestores de investimento um índi-ce de referência para investimentos responsáveis e uma fer-ramenta para os produ-tos de investimento res-ponsáveis. Por último, o FTSE4Good fomenta o desenvolvimento de práticas empresariais responsáveis em todo o mundo. A composição do FTSE4Good é revista duas vezes por ano, uma em Março e a outra em Setembro.

Para que pertençam ao Índice FTSE4Good,

as empresas devem fazer parte do Ín-dice FTSE All World Developed. As em-presas candidatas devem cumprir uma série de requisitos em cinco diferentes áreas: trabalhar em prol da sustenta-bilidade meio ambiental, respeitar e apoiar os direitos humanos, garantir umas boas condições de trabalho no que diz respeito ao fornecimento, com-bater subornos, assim como mitigar e adaptar-se às mudanças climáticas.

Ana Maria Fernandes, administra-dora delegada da EDP Renováveis de-clarou: “Fazer parte do FTSE4Good é, sem dúvida, um grande reconhecimen-to do trabalho realizado, ano após ano, por todas as pessoas desta companhia para posicionar a EDPR como um líder mundial nesta área”.

O processo de avaliação ao qual se submeteu a EDP Renováveis para fa-zer parte do FSTE4Good foi realizado pela companhia ECODES que, desde a entrada da EDP Renováveis na bolsa, é a encarregada de avaliar os processos financeiros. Esta avaliação baseia-se na informação pública disponível elabora-da pela empresa.

Depósito para entulho em Vila Nova da Barquinha

A Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha coloca ao dispor dos munícipes dois contentores destinados à deposição

de resíduos de construção e demolição. O serviço, que funciona no estaleiro muni-cipal nos dias úteis das 08h00 às 12h00 e das 13h00 às 16h00, é a forma encontrada pela câmara para “evitar a deposição des-te tipo de resíduos em locais impróprios, promovendo assim a sua recolha e trata-mento em locais autorizados”.

Press release

EDP Renováveis entra no índice FTSE4GoodO FTSE4Good é um índice bolsista composto por empresas que se destacam pelas suas actividades sustentáveis e pela responsabilidade social corporativa

Tomar sem carros para ajudar o meio ambiente

Nersant sensibiliza empresas para as questões ambientais e da eficiência energética

Apenas sete empresas da região pos-suem sistemas de gestão ambiental certi-ficados, o que representa apenas 1,6 por cento do total das 432 empresas certifi-cadas a nível nacional, divulga a Associa-ção Empresarial da Região de Santarém - Nersant no Portal Ambenergia (http://www.nersant.pt/AmbEnergia). “Ou seja, esta região apresenta um atraso signifi-cativo em relação ao país, o qual urge recuperar”, refere a associação conside-rando esses dados como um “exemplo da fraca adesão das empresas da região de Santarém às questões ambientais”.

“Foi face a esta realidade actual da re-gião e do tecido empresarial em termos

de energia e de ambiente que foi deline-ado o projecto AmbEnergia - Sensibilizar as PME para a Eficiência Energética e a Minimização dos Impactes Ambientais, definindo objectivos estratégicos no âm-bito da Produção de Energias Renováveis, na Eficiência Energética e na Adopção de Novas Práticas Ambientais”, explica a Nersant.

A associação considera que o aumen-to da eficiência energética das empresas é fundamental para o aumento da com-petitividade, pela redução dos custos de produção, mas também para minimizar os impactes ambientais relacionados com a produção de energia.