Esquema da Falência no Direito Brasileiro

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Trabalho realizado para a disciplina de Direito Empresarial III (UFRGS).

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  • PEDIDO FUNDADO EM IMPONTUALIDADE

    INJUSTIFICADA(art. 94, I)

    PEDIDO FUNDADO EM EXECUO FRUSTRADA

    (art. 94, II)

    PEDIDO FUNDADO EM PRTICA DE ATO DE

    FALNCIA(art. 94, III)

    PEDIDO DE AUTOFALNCIA

    (art. 105 a 107)

    HIPTESES

    1

    2

    4

    RECURSO: APELAO

    (arts. 513 a 521, CPC)

    RECURSO:AGRAVO DE

    INSTRUMENTO(art. 100)

    Prazo: 15 dias(art. 508, CPC)

    ouPrazo: 10 dias(art. 522, CPC)

    SENTENAACOLHENDO A

    FALNCIA

    SENTENA DENEGANDO A

    FALNCIA

    DECRETAO DA FALNCIA

    ESQUEMA DA FALNCIA

    UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

    FACULDADE DE DIREITO

    DEPARTAMENTO DE DIREITO PRIVADO E PROCESSO CIVIL

    DISCIPLINA DE DIREITO EMPRESARIAL III

    Professor: Gerson Luiz Carlos Branco

    Alunos: Augusto Sperb Machado, Fabrcio Diesel Perin e Jos Raimundo Blmel Generosi

    FALNCIA:NOES GERAIS E

    FINALIDADES

    3

    FORMAO DO QUADRO-GERAL

    DE CREDORES

    PROCEDIMENTO DE VERIFICAO E HABILITAO DOS

    CRDITOS

    Prazo: 5 dias

    APRESENTAO POR PARTE DO FALIDO DE RELAO NOMINAL

    DOS CREDORES(art. 99, III)

    PUBLICAO DE EDITAL COM

    RELAO NOMINAL DE CREDORES

    ( nico do art. 99)

    Prazo: 15 dias

    MANIFESTAO DE DIVERGNCIAS POR PARTE DOS CREDORES perante o

    administrador judicial (quanto ao contedo do edital ou para

    requerimento de crdito ausente)(art. 7, 1)

    PUBLICAO DE NOVO EDITAL COM RELAO

    NOMINAL DE CREDORES(art. 7, 2)

    PEDIDO DEFALNCIA

    Quem pode requerer a falncia? (art. 97) O prprio devedor (autofalncia); Cnjuge sobrevivente, herdeiro do devedor ou

    inventariante; Cotista ou acionista do devedor na forma da lei ou

    do ato constitutivo da sociedade; Qualquer credor (mais comum), exceto sociedades

    no personificadas (irregular ou de fato) (art.97, 1).

    PEDIDO NO FOI REGULARMENTE

    INSTRUDO (art. 106)

    PEDIDO FOI REGULARMENTE

    INSTRUDO

    4

    JUIZ DETERMINA QUE PEDIDO SEJA EMENDADO

    (art. 106)

    CITAODO DEVEDOR PARA

    APRESENTAO DA DEFESA(art. 219 e ss., CPC)

    SUJEITO ATIVO

    Quem est sujeito falncia? (art. 1 e 2) Empresrio individual; Sociedades empresrias (sociedades em nome coletivo, em

    comandita simples, por cotas de responsabilidade limitada, em comandita por aes e annimas);

    No esto sujeitos Lei n. 11.101/2005: listados no art. 2 + nico do art. 966, CC + produtores rurais no registrados na Junta Comercial.Em caso de sociedade no personificada, se provar exerccio da atividade empresarial, pode ter falncia decretada.

    SUJEITO PASSIVO

    Prazo: 10 diasConflito na doutrina quanto hiptese de recuperao judicial (i)

    (tal prazo no seria fatal).

    DEVEDOR PODEi) REQUERER SUA

    RECUPERAO JUDICIAL(art. 95)

    ALGUMAS REGRAS DE

    COMPETNCIA

    Conflito na doutrina:alguns defendem que cabe para

    todas as hipteses (1, 2 e 3);outros, somente para 1 e 2;poucos, somente para a 1.

    JUIZ, ANTES DE ANALISAR A QUESTO FALIMENTAR, DEVE

    VERIFICAR SE O DEVEDOR PREENCHE OS REQUISITOS PARA A

    OBTENO DA RECUPERAO

    ii) CONTESTAR O PEDIDO

    Hipteses 1, 2 e 3

    iii) DEPOSITAR O VALOR CORRESPONDENTE AO TOTAL

    DO CRDITO, acrescido de juros, encargos e correo

    monetria(art. 98, nico)

    Maioria da doutrina:somente hipteses 1 e 2;

    Parte da doutrina:hipteses 1, 2 e tambm 3.

    JUIZ DETERMINA O LEVANTAMENTO DOS

    VALORES PELO CREDOR E JULGA ELIDIDO E NO PROCEDENTE O

    PEDIDO DE FALNCIA

    CABE RECUPERAO

    JUDICIAL

    NO CABE RECUPERAO

    JUDICIAL

    PROCEDIMENTO MUDA: INICIA RECUPERAO

    JUDICIAL

    Para melhor explicao sobre tais conflitos doutrinrios, ver TOMAZETTE, Marlon. Curso de direito empresarial, v. 3.. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2012. p. 326 (para hiptese de requisio de recuperao judicial) e pp. 328-329 (quanto ao conflito sobre a hiptese do depsito elisivo).

    ...

    Em caso de contestao e depsito elisivo(considerao b )

    DISCUTE-SE SOBRE O CRDITO RECLAMADO( quem ir levantar o dposito? )

    JUIZ ACOLHE RAZES DO DEVEDOR (contestao)

    JUIZ NO ACOLHE

    RAZES DO DEVEDOR (contestao)

    ou

    JUIZ DETERMINA O LEVANTAMENTO DOS VALORES PELO PRPRIO DEVEDOR E JULGA NO PROCEDENTE O PEDIDO

    DE FALNCIA

    Analisa-se mrito dos pedidos

    ADMINISTRADOR JUDICIAL DECIDE A RESPEITO DO QUE FOR REQUIRIDO

    HOUVE ALGUMA DIVERGNCIA

    NO HOUVE DIVERGNCIA

    Prazo: 45 dias

    POSSIBILIDADE DE IMPUGNAO AO JUIZ

    (Pode impugnar: Comit de Credores,

    qualquer credor, devedor ou seus scios

    e MP) (art. 8)

    Prazo: 10 dias

    HOUVE IMPUGNAO

    NO HOUVE IMPUGNAO

    CREDORES CUJOS CRDITOS FORAM IMPUGNADOS PODEM CONTESTAR (se o prprio credor for o

    impugnante, o devedor e os demais credores que sero intimados para contestar a impugnao

    Prazo:5 dias

    JUIZ HOMOLOGAR, COMO QUADRO-GERAL DE CREDORES, A RELAO DO EDITAL PUBLICADO PELO

    ADMINISTRADOR APS JULGAMENTO DE DIVERGNCIAS (art. 14)

    DEVEDOR E COMIT, se houver, PODEM APRESENTAR MANIFESTAO ACERCA DO

    INCIDENTE

    Prazo:5 dias

    JUNTADA DO PARECER DO ADMINISTRADOR JUDICIAL

    Prazo: 5 dias

    AUTOS CONCLUSOS

    AO JUIZ

    PROVIDNCIAS:a) determina a imediata incluso, no quadro-geral de credores, dos crditos no-

    impugnados, conforme edital do art. 7, 2;b) julga impugnaes que entende suficientemente esclarecidas (art. 17: Da deciso

    judicial sobre a impugnao cabe agravo );c) determina a produo de provas em relao s impugnaes em que isso se faa

    necessrio;d) marca data para a audincia de instruo e julgamento, se necessrio.

    JUIZ JULGA IMPUGNAES

    ADMINISTRADOR JUDICIAL ELABORA O QUADRO-GERAL DE CREDORES com base nos crditos no impugnados e

    nas decises proferidas pelo juiz

    JUNTA-SE AOS AUTOS E PUBLICA-SE NO RGO OFICIAL

    (Dirio Oficial)

    Prazo:5 dias

    AGRAVO

    Relator pode conceder efeito suspensivo para o fim exclusivo de

    exerccio de direito de voto em assembleia geral de credores

    Caso no conceda, no haver efeito suspensivo. Isso no impede, da, a formao do quadro-geral de credores e a realizao de rateios. Nesse caso, o art. 16 da lei diz que ser feita reserva do valor respectivo para que possa ser pago caso o crdito venha a ser includo aps a realizao de algum rateio.

    HABILITAO RETARDATRIA: caso credor

    perca o prazo de 15 dias aps primeiro edital para habilitar seu crdito, pode

    faz-lo frente ao juiz, desde que no tenha sido no tenha sido formado o

    quadro-geral.

    Se Tribunal nega provimento ao agravo, o valor reservado rateado

    posteriormente aos demais credores.

    ALGUMAS INSTRUES PARA

    VISUALIZAR ADEQUADAMENTE

    O ESQUEMA

    Aps formao do quadro-geral de credores, somente por meio de ao prpria, atravs do rito ordinrio

    previsto no CPC (visando retificao do quadro-geral)

    (art. 10, 6)

    ARRECADAO DOS BENS

    (arts. 108 a 114)

    Lacrar estabelecimento se houver risco

    (art. 109)

    Lavrar o auto de arrecadao

    (art. 110)So arrecadados:

    Bens de propriedade do falido, inclusive os que no esto em sua posse

    Bens que no pertencem ao falido, mas esto em sua posse, como objeto de locao e comodato sua propriedade ser verificada pelo juiz mediante pedido de restituio pelo proprietrio

    No so arrecadados:

    Bens absolutamente impenhorveis

    efetuada pelo administrador judicial logo aps a assinatura do termo

    de compromisso

    Pode negociar os bens, desde que no interesse da

    massa falida(arts. 111 a 114)

    REALIZAO DO ATIVO

    (arts. 139 a 148)Independe da formao

    do quadro-geral de credores

    (art. 140, 2)

    Preferencialmente aliena-se toda a empresa, no os

    bens individualmente(art. 140, I, II, III e IV)

    Bens sero livres de qualquer nus

    (art. 141, II)

    Publicao em jornais de que ocorrer a venda:

    15 dias de antecedncia para bens mveis

    30 dias de antecedncia para bens imveis e alienao da empresa

    Alienao se dar pelo maior lance, mesmo que inferior ao valor da avaliao, e conforme uma das

    modalidades(art. 142)

    Leilo por lances orais

    Propostas fechadas, com a entrega em cartrio de envelopes lacrados, que sero abertos pelo juiz no dia, hora e local desginados no edital

    Prego, procedimento hbrido, em que so recebidas propostas e

    depois realizado leilo somente entre aqueles cuja proposta no for

    inferior a 90% do valor da maior delas

    Outras modalidades, desde que autorizadas pelo juiz e aprovadas

    em assembleia

    Impugnaes por credores, pelo devedor ou

    pelo Ministrio Pblico(art. 143)

    Prazo: 48 horas

    Deciso do juizPrazo: 5 dias

    PAGAMENTO AOS CREDORES(arts. 149 a 153)

    Aps as restituies, pagos os crditos extraconcursais e

    consolidado o quadro-geral de credores, so pagos os credores conforme o a sua classificao

    (art. 149, caput)

    Ficam retidos valores com reserva. Se

    posteriormente no forem verificados procedentes, so rateados entre os

    credores remanescentes(art. 149, 1)

    Credores que no levantarem os valores sero intimados para o

    fazer no prazo de 60 dias. Caso no o faam, os

    recursos sero rateados entre os credores remanescentes.

    (art. 149, 2)

    Despesas cujo pagamento antecipado seja indispensvel

    administrao da falncia podem ser pagas com os

    recursos disponveis em caixa(art. 150)

    Crditos trabalhistas de natureza estritamente salarial

    vencidos nos 3 meses anteriores decretao da falncia e de

    at 5 salrios mnimos so pagos to logo haja

    disponibilidade em caixa(art. 151)

    Em caso de dolo ou m-f, credor restituir em dobro as

    quantias recebidas(art. 152)

    Aps o pagamento de todos os credores, o saldo, se houver, ser entregue

    ao falido(art. 153)

    ENCERRAMENTO DA FALNCIA(arts. 154 a 160)

    Concluda a realizao de todo o ativo e distribudo seu

    produto, o administrador judicial apresentar contas ao

    juiz no prazo de 30 dias(art. 154, caput)

    Impugnaes por interessados

    Prazo: 10 diasManifestao do

    Ministrio PblicoPrazo: 5 dias

    SENTENA DE JULGAMENTO DAS CONTAS

    Se rejeitar as contas, fixar a responsabilidade do

    administrador judicial, poder determinar indisponibilidade ou

    sequestro de bens e servir como ttulo executivo para indenizao

    da massa(art. 154, 5)

    Apelao

    Apresentao do relatrio final da falncia pelo administrador judicial

    Prazo: 10 dias

    Relatrio final dever indicar o valor do ativo e o produto de sua realizao, o valor do passivo e dos pagamentos

    feitos aos credores, e especificar justificadamente com que

    responsabilidades continuar o falido(art. 155)

    SENTENA ENCERRANDO A FALNCIA

    Publicada por edital e apelvel(art. 156)

    Recomea a correr o prazo prescricional relativo s

    obrigaes do falido(art. 157)

    Trnsito em julgado

    Formas de extino das obrigaes do

    falido(art. 158)

    Pagamento de todos os crditos

    Pagamento, depois de realizado o ativo, de mais de

    50% dos crditos quirografrios. Falido pode

    depositar quantia para atingir a porcentagem

    Decurso do prazo a partir do encerramento da falncia:

    5 anos, caso no haja crime falimentar

    10 anos, caso haja crime falimentar

    Requerimento, pelo falido, de que sejam

    declaradas extintas as obrigaes(art. 159)

    Publicao de edital

    Oposio por qualquer credor

    Prazo: 30 dias

    SENTENA DECLARANDO EXTINTAS AS OBRIGAES

    Prazo: 5 dias

    Pode ser feito antes do encerramento da falncia, caso em que a declarao ser feita na sentena de encerramento

    (art. 159, 3)

    EFEITOS DA FALNCIA COM RELAO S

    OBRIGAES E AOS CONTRATOS DO

    DEVEDOR

    Vencimento antecipado das dvidas do devedor e dos scios ilimitada e

    solidariamente responsveis (art. 77 primeira parte)

    Converso de todos em crditos em moeda estrangeira para a moeda do pas, pelo cmbio do dia da deciso

    judicial (art. 77 segunda parte)

    A decretao da falncia suspende o exerccio do direito de reteno sobre

    os bens sujeitos arrecadao, os quais devero ser entregues ao

    administrador judicial

    Suspende tambm o exerccio do direito de retirada ou de recebimento do valor de suas quotas ou aes, por parte dos scios da sociedade falida

    Os scios com responsabilidade ilimitada, assim como os

    solidariamente responsveis, sero considerados tambm falidos

    Os contratos bilaterais no se resolvem pela falncia e podem ser

    cumpridos pelo administrador judicial se o cumprimento reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida ou for necessrio manuteno e

    preservao de seus ativos, mediante autorizao do Comit

    (art. 117, caput)

    O administrador judicial, mediante autorizao do Comit, poder dar

    cumprimento a contrato unilateral se esse fato reduzir ou evitar o aumento

    do passivo da massa falida ou for necessrio manuteno e

    preservao de seus ativos, realizando o pagamento da prestao pela qual

    est obrigada (art. 118, caput)

    O mandato conferido pelo devedor, antes da falncia, para a realizao de negcios, cessar seus efeitos com a decretao da falncia, cabendo ao mandatrio prestar contas de sua

    gesto (art. 120)

    O mandato conferido para representao judicial do devedor

    continua em vigor at que seja expressamente revogado pelo

    administrador judicial (art. 120, 1)

    Para o falido, cessa o mandato ou comisso que houver recebido antes

    da falncia, salvo os que versem sobre matria estranha atividade

    empresarial(art. 120. 2)

    As contas correntes com o devedor consideram-se encerradas no

    momento de decretao da falncia, verificando-se o respectivo saldo

    (art. 121)

    Compensam-se, com preferncia sobre todos os demais credores, as dvidas do devedor vencidas at o dia da decretao da falncia,

    provenha o vencimento da sentena de falncia ou no, obedecidos os requisitos da legislao civil (art. 122, caput). No se compensam os

    crditos transferidos aps a decretao da falncia, salvo em caso de sucesso por fuso, incorporao, ciso ou morte; os crditos ainda

    que vencidos anteriormente, transferidos quando j conhecido o estado de crise econmico-financeira do devedor ou cuja transferncia

    se operou com fraude ou dolo (art. 122, I e II)

    Se o falido fizer parte de alguma sociedade como scio comanditrio ou

    cotista, para a massa falida entraro somente os haveres que na sociedade ele possuir e forem apurados na forma estabelecida no contrato ou estatuto

    social (art. 123)

    Contra a massa falida no so exigveis juros vencidos aps a decretao da

    falncia, previstos em lei ou em contrato, se o ativo apurado no

    bastar para o pagamento dos credores subordinados

    (art. 124, caput)

    Na falncia do esplio, ficar suspenso o processo de inventrio, cabendo ao administrador judicial a realizao de

    atos pendentes em relao aos direitos e obrigaes da massa falida

    (art. 125)

    O credor de coobrigados solidrios cujas falncias sejam decretadas tem o

    direito de concorrer, em cada uma delas, pela totalidade do seu crdito,

    at receb-lo por inteiro, quando ento comunicar ao juzo (art. 127,

    caput)

    Os coobrigados solventes e os garantes do devedor ou dos scios

    ilimitadamente responsveis podem habilitar o crdito correspondente s

    quantias pagas ou devidas, se o credor no se habilitar no prazo legal

    (art. 128)

    Suspende o curso da prescrio e de todas as aes e execues em face do

    devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do scio

    solidrio (art. 6, caput)

    EFEITOS DA FALNCIA COM RELAO AOS

    SCIOS DA SOCIEDADE FALIDA

    Scios ilimitadamente responsveis

    Tambm acarreta a falncia destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurdicos produzidos em relao

    sociedade falida (art. 81, caput)

    Seu patrimnio pessoal responde pelas obrigaes sociais at o seu

    exaurimento, caso os bens da empresa no sejam suficientes para o pagamento

    dos credores

    Scios limidamente responsveis

    A responsabilidade pessoas dos scios de responsabilidade limitada, dos

    controladores e dos administradores da sociedade falida, estabelecida nas

    respectivas leis, ser apurada no prprio juzo da falncia, independentemente da

    realizao do ativo e da prova da sua insuficincia para cobrir o passivo

    (art. 82, caput)

    Seu patrimnio pessoal responde por dvidas da empresa at o limite do valor

    do capital social por ele subscrito e ainda no integralizado, caso os bens da

    empresa no sejam suficientes para o pagamento dos credores

    Falido

    Fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a partir da

    decretao da falncia e at a sentena que extingue suas obrigaes

    (art. 102 caput)

    Poder fiscalizar a administrao da falncia, requerer as providncias

    necessrias para a conservao de seus direitos ou dos bens arrecadados e

    intervir nos processos em que a massa falida seja parte ou interessada

    (art. 103, nico)

    AO REVOCATRIA

    Os atos praticados com a inteno de prejudicar credores so revogveis,

    provando-se o conluio fraudento entre o devedor e o terceiro que com ele

    contratar e o efetivo prejuzo sofrido pela massa falida

    (art. 130)

    Proposta pelo administrador judicial, por qualquer credor ou pelo MP no

    prazo de 3 anos contados da decretao da falncia (art. 132)

    Possibilidades de propositura e

    procedimento nos arts. 133 e 134

    A sentena que julgar procedente a ao revocatria determinar o

    retorno dos bens massa falida em espcie, com todos os acessrios, ou o valor de mercado, acrescidos das

    perdas e danos (art. 135)

    Reconhecida a ineficcia ou julgada procedente a ao revocatria, as

    partes retornaro ao estado anterior, e o contratante de boa-f ter direito

    restituio dos bens ou valores entregues ao devedor

    (art. 136, caput)

    O juiz poder, a requerimento do autor da ao revocatria, ordenar, como medida preventiva, na forma da lei

    processual civil, o seqestro dos bens retirados do patrimnio do devedor que

    estejam em poder de terceiros (art. 137)

    Revogado o ato ou declarada sua ineficcia, ficar rescindida a

    sentena que o motivou (art. 138, nico)

    PROCEDENTE IMPROCEDENTE

    IMPROCEDENTE PROCEDENTE

    Requisitos:

    Obrigao deve estar materializada em um ttulo executivo (duplicata, cheque, nota promissria, etc.);

    Ttulo deve ter sido protestado (para demonstrar impontualidade);

    Valor deve superar 40 salrios mnimos na data do pedido de falncia;

    No deve haver justa causa para a falta do pagamento (ver art. 96 para rol exemplificativo de justas causas ).

    Art. 94, 1: vrios credores podem reunir-se em litisconsrcio para alcanar o mnimo de 40 salrios mnimos.

    Art. 94, 3: pedido de falncia deve ser instrudo com tais ttulos executivos mais os instrumentos de protesto.

    Requisitos:

    Devedor deve estar sofrendo execuo individual por qualquer quantia lquida, no pagando nem depositando o valor respectivo, nem tampouco nomeando bens penhora no prazo legal;

    Art. 94, 4: credor deve formalizar pedido de falncia no juzo competente, munido de certido judicial que demonstre a frustrao da execuo.

    Execuo pode ter sido embasada em ttulo judicial ou extrajudicial;

    No existe a necessidade de o valor ser superior a 40 salrios mnimos;

    Falncia no decretada nos autos em que se processa a execuo individual.

    Ato de falncia: ato praticado pelo devedor que indica seu estado de insolvncia.

    Rol taxativo de hipteses (para formulao completa, ver art, 94, III, alneas ag):

    Liquidao precipitada de ativos ou pagamento por meio ruinoso ou fraudulento (a);

    Negcio simulado ou alienao de seu ativo a terceiro (b);

    Transferncia de estabelecimento a terceiro, sem consentimento de todos os credores, ficando com bens insuficientes (c);

    Simulao de transferncia de seu principal estabelecimento (d);

    Nova garantia ou reforo de garantia j existente para dvida contrada anteriormente (e).

    Ausncia, abandono de estabelecimento ou tentativa de ocultar-se de seu domiclio, local de sua sede ou principal estabelecimento (f).

    No cumprimento de obrigao assumida no plano de recuperao judicial.

    O prprio devedor, em crise econmico-financeira, julgando no atender aos requisitos para pleitear sua recuperao judicial, requere ao juzo a decretao de sua falncia.

    Deve expor razes para o no prosseguimento da atividade empresarial.

    Deve apresentar documentos elencados nos incisos IVI do art. 105.

    Juzo que decretou passa a ser competente para conhecer todas as aes sobre bens, interesses e negcios do falido, exceto causas trabalhistas e fiscais (vis attractiva, juzo universal da falncia) (art. 76);

    Art. 99 traz tpicos especficos que deve constar de tal sentena (sntese do pedido, identificao do falido, nomes dos que forem a esse tempo seus administradores, termo legal da falncia, explicitaes quanto verificao e habilitao dos crditos, suspenso de execues, possibilidade de priso preventiva, insero da expresso falido no registro, lacrao dos estabelecimentos, possibilidade de constituio ou manuteno de Comit de Credores, intimao do MP e Fazenda Pblica, etc.);

    Nomeao do administrador judicial (art. 99, inciso IX).

    a) Requerimento deve ser feito na comarca onde se situa o principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil (art. 3). Estabelecimento principal = o que concentra maior volume de negcios;b) Pedidos de falncia esto sujeitos a distribuio obrigatria, respeitada ordem de apresentao (art. 78);c) Distribuio de pedido de falncia previne o juzo para qualquer outro pedido referente ao mesmo devedor (art. 6, 8);d) Os processos de falncia e seus incidentes preferem a todos os outros na ordem dos feitos, em qualquer instncia.

    Depsito elisivo ;

    O que acontece que o devedor confessa a dvida e deposita o valor respectivo sem contestar o pedido. Obs.: pode-se contestar e fazer o depsito elisivo, sim. Ver alternativa procedimental ii) contestar o pedido .

    Algumas consideraes: a) Questiona-se o ttulo

    apresentado, no assumindo responsabilidade pela dvida (e.g., alega-se falsidade, prescrio, vcio no protesto, etc.);

    b) Pode acompanhar depsito elisivo preventivo (exceto, talvez, na hiptese 3, fundada em ato de falncia, pois no se pode prestigiar a m-f do mau empresrio atentar para conflito na doutrina quanto ao depsito elisivo);

    c) Contestao deve ser acompanhada de documentos que

    comprovem a alegao ou de requerimento de provas

    a serem produzidas.

    Efeito devolutivo e extraordinariamente

    suspensivo (art. 527, III, CPC).Cabe

    embargos infringentes

    (art. 530, CPC + Smula 88

    STJ)

    Somente na hiptese 4, de autofalncia, que tal relao j apresentada juntamente com o pedido.

    Por meio de petio; Por meio de advogado,

    uma vez que o procedimento jurisdicional;

    Impugnao deve ser autuada em separado, como incidente processual (art. 13);

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    D zoom in e zoom out (ctrl + + e ctrl + - ) para melhor visualizar detalhes do esquema. Algumas informaes esto escritas com tamanho de fonte menor do que outras, dependendo de sua significncia para o procedimento falimentar.

    Prezou-se por maior destaque s informaes procedimentais da falncia; entretanto, muitas informaes sobre direito material falimentar foram acrescentadas (mormente em caixas de texto entre colchetes) para complementar o entendimento da disciplina e providenciar uma maior compreenso das prprias hipteses do procedimento.

    No h qualquer padro estrito para as cores, tamanhos e formas e setas que indicam as etapas/atos constituintes do processo falimentar.

    Os efeitos da falncia foram posicionados ao final do esquema, pois so aplicados a diversas partes do procedimento.

    A falncia vista da maneira apropriada como uma situao legal derivada de deciso judicial (sentena declaratria da falncia) em que o empresrio insolvente submete-se a um complexo de normas que objetivam a execuo concursal de seu patrimnio. um processo de execuo coletiva, no qual todo o patrimnio de um empresrio declarado falido arrecadado, visando o pagamento da universalidade de seus credores de forma completa ou proporcional. Dentre algumas de suas finalidades enquanto instituto jurdico posto sobre a sociedade, esto: 1) a realizao da par conditio creditorum, ou seja, fazer com que todos os credores fiquem em uma situao igual, de forma a que todos sejam satisfeitos proporcionalmente aos seus crditos; 2) o saneamento do meio empresarial, j que uma empresa falida causa de prejuzos a todo o meio social, sendo prejudicial s relaes empresariais e circulao das riquezas; e 3) a proteo no somente o crdito individual de cada credor do devedor em especfico, mas tambm o crdito pblico, e assim, auxiliar e possibilitar o desenvolvimento e a proteo da economia nacional.

    Objetivo: preservao da empresa

    Exceto se adquiridos por (art. 141, 1): Scio da sociedade falida ou

    sociedade por ele controlada Parente at o 4 grau do

    falido ou de scio da falida Agente do falido com o

    objetivo de fraudar a sucesso

    Inventrio

    Laudo de avaliao (em at 30 dias)

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