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Estrateqia CONCURSOS Aula 04 Português p/ INSS - Técnico do Seguro Social Professor: Fabiano Sales

Estrateqia - matematicapremio.com.br · Língua Portuguesa para INSS Teoria e questões comentadas Prof. Fabiano Sales ʹ Aula 04 Prof. Fabiano Sales 11de 68 AULA 04 Salve, salve,

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  • EstrateqiaCONCURSOS

    Aula 04

    Portugus p/ INSS - Tcnico do Seguro Social

    Professor: Fabiano Sales

  • Lngua Portuguesa para INSSTeoria e questes comentadas

    Prof. Fabiano Sales Aula 04

    www.estrategiaconcursos.com.brProf. Fabiano Sales 11 de 68

    AULA 04

    Salve, salve, futuros servidores do INSS!

    Na aula 04, apresentarei conceitos relativos sintaxe da orao e doperodo.

    Para melhor orient-los, apresento o sumrio abaixo a vocs:

    SUMRIO

    01. Sintaxe da Orao ........................................................................................ 0202. Termos Essenciais da Orao .................................................................... 0203. Termos Integrantes da Orao .................................................................... 1104. Termos Acessrios da Orao .................................................................... 1405. Questes Comentadas ................................................................................ 1806. Sintaxe do Perodo ....................................................................................... 3007. Estudo do Perodo ........................................................................................ 3008. Estudo das Oraes ..................................................................................... 3209. Questes Comentadas ................................................................................ 4310. Lista das Questes Comentadas na Aula .................................................. 53

    Para refletir: "Se voc espera por condies ideais, nunca farnada." (Eclesiastes)

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    Prof. Fabiano Sales Aula 04

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    SINTAXE DA ORAO

    Antes de entrarmos no estudo das funes sintticas propriamente ditas,apresentarei alguns conceitos introdutrios e necessrios ao nosso estudo:

    Classificao Conceito Exemplos

    Frasenominal

    No apresenta verbo. Por essa razo, no servepara a anlise sinttica.

    Silncio!Que atitude bonita, meufilho!

    Frase verbal(ou Orao)

    Apresenta verbo, podendo ter ou no sentidocompleto.

    A frase pode ser:

    Declarativa: expressa um fato.

    Interrogativa: expressa pergunta ou dvida.

    Imperativa: expressa ordem, pedido.

    Exclamativa: expressa admirao.

    Optativa: expressa desejo.

    Imprecativa: expressa praga, maldio.

    Desejo que voc sejaaprovado.Chorou copiosamente.

    Voc ser aprovado noconcurso.

    Que horas so?

    Estude!

    Quo bonita sua filha!

    Passemos no concurso!

    Maldito seja o rbitrodaquela partida!

    PerodoExpresso verbal de sentido completo, iniciadopor letra maiscula e encerrado por ponto final.

    Desejo que voc sejaaprovado.

    Feitas as consideraes iniciais, veremos os termos essenciais, integrantes eacessrios da orao.

    TERMOS ESSENCIAIS DA ORAO

    Segundo a gramtica tradicional, os termos essenciais da orao so sujeito epredicado.

    O SUJEITO

    A gramtica tradicional define sujeito como o termo sobre o qual se faz umadeclarao.

    Exemplo: O aluno estuda seis horas por dia.

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    Prof. Fabiano Sales Aula 04

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    Sujeito: O aluno.

    Aqui, apresento uma dica a vocs: para localizar o sujeito da orao, faam umapergunta ao verbo. Por exemplo, na frase O aluno estuda seis horas por dia., devemosperguntar Quem que estuda seis horas por dia ?. A resposta obtida ser o sujeito daorao: O aluno. Se o sujeito for representado por coisas, deveremos fazer a perguntaO qu ...?.

    Outro aspecto digno de considerao o ncleo do sujeito. O ncleo ser apalavra mais importante, pois ser com ela que o verbo, em regra, concordar:

    O aluno (= Ele) estuda seis horas por dia.

    O ncleo do sujeito pode ter natureza substantiva (substantivo, palavrasubstantivada, numeral substantivo ou pronome substantivo) ou verbal (orao subordinadasubstantiva subjetiva que caracteriza o sujeito oracional).

    Exemplos:Joo conversa muito. (Joo = substantivo ncleo do sujeito)O amar d cor vida. (amar = palavra substantivada ncleo do sujeito)Trs demais. (Trs = numeral substantivo ncleo do sujeito)Ele bom demais. (Ele = pronome substantivo ncleo do sujeito) importante que voc estude muito. (estude = verbo ncleo do sujeito oracional)

    J o predicado, outro termo essencial da orao, definido como tudo o que sedeclara do sujeito.

    Exemplo: O aluno estuda seis horas por dia.

    Predicado: estuda seis horas por dia.

    Uma vez encontrado o sujeito (O aluno), tudo o que sobra far parte da estruturado predicado: estuda seis horas por dia.

    Seguindo os demais exemplos apresentados acima, os respectivos predicados so:

    Joo conversa muito. (conversa muito = predicado)O amar d cor vida. (d cor vida = predicado)Trs demais. ( demais = predicado)Ele bom demais. ( bom demais = predicado) importante que voc estude muito. ( importante = predicado)

    CLASSIFICAO DO SUJEITO

    Quanto classificao, o sujeito pode ser:

    Simples formado por apenas um ncleo.

    Exemplo: Joo conversa muito.

    Sujeito: Joo.Ncleo do sujeito: Joo.

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    Lngua Portuguesa para INSSTeoria e questes comentadas

    Prof. Fabiano Sales Aula 04 Composto formado por dois ou mais ncleos.

    Exemplo: Joo e Maria conversam muito.

    Sujeito: Joo e Maria.Ncleos do sujeito: Joo; Maria.

    Indeterminado aquele que existe, mas que no possvel ser identific-lo.

    Exemplo: Falaram sobre os alunos.

    O sujeito indeterminado ocorrer com:

    - verbo na terceira pessoa do plural, sem que haja referncia a sujeito expresso nocontexto.

    Exemplo: Falaram sobre os alunos. (algum praticou a ao de falar, mas, sem umareferncia expressa no contexto, no possvel identific-lo)

    Dicas estratgicas!

    1) Quando houver referncia expressa no contexto, ainda que o verbo esteja naterceira pessoa do plural, o sujeito ser determinado.

    Exemplo: Os professores gostam desta turma. Falaram sobre os alunos. (o sujeito defalaram o termo os professores)

    2) importante observar que, quando a forma verbal estiver no imperativo, aindaque no haja referncia no contexto, o sujeito no ser indeterminado, e sim desinencial.

    Exemplos: Falem sobre os alunos. (atravs da desinncia nmero-pessoal -m, possvel identificar o sujeito: vocs)

    3) Com outras pessoas do discurso, no haver sujeito indeterminado, e sim sujeitodesinencial.

    Exemplo: Passaremos no concurso.

    No exemplo acima, a desinncia nmero-pessoal -mos indica que o sujeito aforma pronominal ns.

    - verbo que, em regra, no seja transitivo direto e que esteja na terceira pessoa dosingular, acompanhado da partcula SE (indeterminao do sujeito).

    Exemplo: Precisa-se de empacotadores. (algum precisa de empacotadores, mas no possvel fazer a identificao.)

    Na frase acima, o verbo precisar transitivo indireto, pois rege a preposio de(algum precisa DE algo). Sendo assim, ficar, obrigatoriamente, na terceira pessoa dosingular.

    A partcula SE (ndice de indeterminao do sujeito) aparecer com:

    a) verbo transitivo indireto (verbo cujo sentido complementado por um objeto indireto):

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    Precisa-se de empacotadores.

    Precisa forma verbal transitiva indiretase ndice de indeterminao do sujeitode empacotadores objeto indireto

    b) verbo intransitivo (verbo de sentido completo):

    Vive-se bem no Rio de Janeiro.

    Vive forma verbal intransitivase ndice de indeterminao do sujeitobem adjunto adverbial de modono Rio de Janeiro adjunto adverbial de lugar

    c) verbo de ligao:

    -se feliz no Rio de Janeiro.

    verbo de ligaose ndice de indeterminao do sujeitofeliz predicativono Rio de Janeiro adjunto adverbial de lugar

    d) verbo transitivo direto em que haja objeto direto preposicionado, ou seja, quando apreposio no regida pela forma verbal:

    Comeu-se do bolo.

    Comeu forma verbal transitiva diretase ndice de indeterminao do sujeitodo bolo objeto direto preposicionado

    Dica estratgica!

    Na frase Comeu-se do bolo., a preposio de no exigida pelo verbo comer,sendo empregada to somente para a contribuio do sentido: algum (que no possvelidentificar) comeu parte do bolo. No ser admitida a transposio de voz verbal quandohouver objeto direto preposicionado.

    A retirada da preposio alteraria sinttica semanticamente a estrutura da frase:

    Comeu-se do bolo. (sujeito indeterminado: Comeu parte do bolo.)

    ndice de indeterminao do sujeito

    Comeu-se o bolo. (sujeito: o bolo - voz passiva sinttica O bolo foi comido.)

    pronome apassivador

  • www.estrategiaconcursos.com.brProf. Fabiano Sales 66 de 68

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    Prof. Fabiano Sales Aula 04

    Comeu forma verbal transitiva diretase pronome apassivadoro bolo sujeito

    - forma verbal que esteja na terceira pessoa do singular (infinitivo impessoal), sem quehaja sujeito expresso no contexto.

    Exemplos: Convm estudar bastante.

    fundamental estudar diariamente.

    Inexistente ocorre com verbos impessoais e, por essa razo, dever figurar, emregra, na terceira pessoa do singular. O sujeito inexistente proporciona orao aclassificao de orao sem sujeito.

    O sujeito ser inexistente nos seguintes casos:

    a) verbos que expressam fenmenos da natureza no sentido denotativo, dicionarizado.

    Exemplo: Choveu durante o casamento.

    Dica estratgica!

    sujeito.Se o verbo for empregado no sentido conotativo, isto , figurado, poder ter um

    Exemplo: Choveram flores durante o casamento.

    No exemplo Choveram flores durante o casamento., o verbo chover estempregado no sentido conotativo, devendo concordar com o sujeito flores. Nesse caso,portanto, ser pessoal.

    b) verbo haver, significando existir, acontecer ou ocorrer) ou indicando tempo pretrito.

    Exemplos: Havia trezentas pessoas no local de prova.

    Em Havia trezentas pessoas no local de prova., o verbo haver impessoal (noapresenta sujeito). Na construo, o verbo assume transitividade direta. Logo, o termotrezentas pessoas seu objeto direto.

    Dica estratgica!

    Os verbos existir, acontecer e ocorrer so pessoais, ou seja, devem concordarcom o sujeito da orao.

    Exemplos:

    Existiam trezentas pessoas no local de prova. (trezentas pessoas = sujeito)Aconteceram episdios fantsticos. (episdios fantsticos = sujeito)Ocorreram muitos vazamentos radioativos. (muitos vazamentos radioativos = sujeito)

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    H dois anos que no a vejo.

    No exemplo H dois anos que no a vejo., o verbo haver foi empregado paraindicar tempo pretrito, passado. Logo, no ter sujeito.

    c) verbos fazer, indicando tempo pretrito ou tempo da natureza.

    Exemplo: Faz dois anos que no a vejo.No ano passado, fez veres muito quentes no Brasil.

    d) verbo ser, indicando hora, distncia ou datao.

    Exemplos: Hoje so dez de outubro. (o verbo ser concorda com o numeral dez.)Hoje dia dez de outubro. (o verbo ser concorda com o vocbulo dia.)So doze horas e trinta minutos. (o verbo ser concorda com o numeral doze.) meio-dia e meia. (o verbo ser concorda com meio-dia.)Da faculdade ao trabalho so vinte metros de distncia.

    e) verbos chegar e bastar, significando parar.

    Exemplos: Chega de bl-bl-bl!Basta de discusses!

    Sujeito Oracional equivale a uma orao subordinada substantivasubjetiva. Tem uma estrutura verbal como ncleo, levando o verbo para a terceirapessoa do singular.

    Exemplos:

    importante que voc estude muito. (que voc estude muito = sujeito oracional oraosubordinada substantiva subjetiva). O ncleo a forma verbal estude.

    Para facilitar a anlise, substitua orao por ISSO:

    ISSO importante.

    Estudar e brincar fundamental s crianas.

    No exemplo acima, Estudar e brincar o sujeito oracional. O verbo,obrigatoriamente, deve permanecer na terceira pessoa do singular.

    Para facilitar a anlise, substitua orao por ISSO:

    ISSO fundamental s crianas.

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    Prof. Fabiano Sales Aula 04

    CLASSIFICAO DO PREDICADO

    Quanto classificao, o predicado pode ser verbal, nominal ou verbo--nominal.

    Predicado verbal aquele que tem como ncleo um verbo que exprimeao, fenmeno ou movimento. Em outras palavras, o predicado ser verbalquando houver formas verbais transitivas diretas, transitivas indiretas, transitivasdiretas e indiretas ou intransitivas. Das trs classificaes possveis (verbal, nominalou verbo-nominal), a nica que no contm predicativo.

    Exemplos:

    Os alunos fizeram a prova.

    No exemplo acima, temos:

    Os alunos sujeitoalunos ncleo do sujeitofizeram a prova predicado verbalfizeram verbo transitivo direto (Fizeram o qu?) - ncleo do predicado verbala prova objeto direto

    Os alunos gostaram da prova.

    No exemplo acima, temos:

    Os alunos sujeitoalunos ncleo do sujeitogostaram da prova predicado verbalgostaram verbo transitivo indireto (Gostaram de qu?)- ncleo do predicado verbalda prova objeto indireto

    Os alunos deram parabns aos professores.

    No exemplo acima, temos:

    Os alunos sujeitoalunos ncleo do sujeitoderam parabns aos professores predicado verbalderam verbo transitivo direto e indireto - ncleo do predicado verbalparabns objeto diretoaos professores objeto indireto

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    Os alunos foram ao local de prova.

    No exemplo acima, temos:

    Os alunos sujeitoalunos ncleo do sujeitoforam ao local de prova predicado verbalforam verbo intransitivo - ncleo do predicado verbalao local de provaadjunto adverbial de lugar

    Predicado nominal aquele que tem como ncleo um nome (substantivo,adjetivo ou pronome) ligado ao sujeito atravs de um verbo de ligao. O ncleo dopredicado nominal o predicativo do sujeito, termo que proporciona qualidade, estadoou caracterstica.

    Exemplos:

    O rapaz est machucado.

    No exemplo acima, temos:

    O rapazsujeitoest machucado predicado nominalmachucado ncleo do predicado nominal

    O professor ficou feliz com sua aprovao.

    No exemplo acima, temos:

    O professor sujeitoficou feliz com sua aprovao predicado nominalfelizncleo do predicado nominalcom sua aprovao adjunto adverbial de causa

    Dicas estratgicas!

    1) Verbo de ligao aquele que unicamente serve para atribuir caracterstica ou estadoao sujeito. Para que haja predicado nominal, imprescindvel a presena de umpredicativo.

    Exemplos: O rapaz est machucado. / O professor extrovertido.

    Caso no aparea o predicativo, o predicado no ser nominal, e sim verbal.

    Exemplo: O rapaz est aqui. (aqui = adjunto adverbial de lugar)

    Na orao O rapaz est aqui., o verbo estar intransitivo.

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    Lngua Portuguesa para INSSTeoria e questes comentadas

    Prof. Fabiano Sales Aula 04

    2) O verbo de ligao pode expressar alguns aspectos.

    Exemplos:

    O candidato dedicado. (aspecto: permanncia)O candidato est focado. (aspecto: transitoriedade)O candidato parece entusiasmado. (aspecto: aparncia)

    Importante!Predicativo a qualidade, estado ou caracterstica atribuda ao sujeito ou ao

    objeto.

    Exemplos:

    O candidato dedicado.

    No exemplo acima, a forma verbal deve ser classificada como verbo deligao. Por consequncia, dedicado ser o predicativo do sujeito.

    Consideramos o candidato dedicado.

    No exemplo Consideramos o candidato dedicado., o verbo considerar transitivo direto. Por consequncia, o candidato dedicado ser o objeto direto, aopasso que dedicado ser o predicativo (caracterstica, estado) do objeto.

    Predicado verbo-nominal a mistura dos predicados verbal e nominal, ouseja, aquele que apresenta dois ncleos: um verbo (transitivo ou intransitivo) e umnome (predicativo).

    Exemplo:

    O candidato fazia a prova tenso.

    No exemplo acima, temos dois ncleos: o verbo fazer (transitivo direto) e onome tenso (predicativo do sujeito, que atribui a este um estado).

    O candidato sujeitofazia a prova tenso predicado verbo-nominalfazia verbo transitivo direto: ncleo do predicado verbo-nominala prova objeto diretotenso predicativo do sujeito: ncleo do predicado verbo-nominal

    Para facilitar a anlise, encaixe o verbo estar antes do predicativo: Ocandidato fazia a prova (e estava) tenso.

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    Prof. Fabiano Sales Aula 04

    TERMOS INTEGRANTES

    Os termos integrantes da orao so os complementos verbais (objetodireto e objeto indireto), agente da passiva e complemento nominal.

    Por definio, os complementos verbais completam o sentido de verbostransitivos, podendo ser:

    Objeto direto complemento de verbo transitivo direto, isto , liga-se aoverbo sem a obrigatoriedade de preposio.

    Exemplo: Comprei flores.

    No exemplo acima, temos:

    sujeito desinencial = eu (marcado pela desinncia nmero-pessoal -i)predicado = comprei floresncleo do predicado verbal = comprei (verbo transitivo direto no regepreposio)objeto direto = flores

    Dica estratgica!

    O ncleo do objeto direto pode ter base substantiva (substantivo oupalavra/expresso substantivada ou pronome) ou verbal (orao subordinadasubstantiva objetiva direta que caracteriza o objeto direto oracional).

    Exemplos:Comprei flores. (flores = substantivo ncleo do objeto direto)Encontrei voc. (voc = pronome ncleo do objeto direto)Desejo que voc estude muito. (estude = verbo ncleo do objeto diretooracional)

    Em certos casos, ainda que o verbo no exija o emprego de preposio, estapoder anteceder o objeto direto com a finalidade de clareza e de estilo. o quechamamos de objeto direto preposicionado.

    Exemplo: Comeu-se do bolo. (Comeu-se parte do bolo.)

    No exemplo acima, do bolo objeto direto preposicionado. A preposio foiempregada no pela exigncia do verbo comer, mas sim para contribuio dosentido.

    Emprega-se o objeto direto preposicionado:

    - com verbos que expressam sentimentos.

    Exemplo: Amo a Deus e a meus familiares. (a preposio proporciona estilo frase.)

  • www.estrategiaconcursos.com.brProf. Fabiano Sales 1212 de68

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    Prof. Fabiano Sales Aula 04- para evitar ambiguidade.

    Exemplo: Venceu ao Flamengo o Vasco. (= O Vasco venceu o Flamengo.)

    A ordem direta da frase acima seria O Vasco venceu o Flamengo..Entretanto, como no houve o emprego da ordem direta (sujeito + verbo +complemento + adjunto), foi necessrio empregar a preposio para evitar aambiguidade de sentido:

    Venceu o Flamengo o Vasco. (frase ambgua)

    - para realar uma parte.

    Exemplos: Ele comeu do bolo. (Ele comeu parte do bolo.)O policial sacou da arma. (O policial sacou parte da arma.)

    O objeto direto pode aparecer repetido na frase. o que chamamos deobjeto direto pleonstico.

    Exemplo: A prova, entregue-a ao professor amanh.

    No exemplo A prova, entregue-a ao professor amanh., a forma pronominaloblqua -a repete o objeto direto A prova. Por essa razo, classificado comoobjeto direto pleonstico.

    Objeto indireto complemento de verbo transitivo indireto, isto , ligado aoverbo com a obrigatoriedade de preposio.Exemplos:

    Ns gostamos de doce.

    Na frase acima, o verbo gostar rege a preposio de, a qual deve serobrigatoriamente empregada (Gostamos DE qu?).

    Confio em sua aprovao.

    No perodo Confio em sua aprovao., o verbo confiar exige a preposioem. Por essa razo, em sua aprovao ser objeto indireto.

    Dica estratgica!

    O ncleo do objeto indireto pode ter base substantiva (substantivo oupalavra/expresso substantivada ou pronome) ou verbal (orao subordinadasubstantiva objetiva indireta que caracteriza o objeto indireto oracional).

    Exemplos:Obedecemos s ordens. (ordens = substantivo ncleo do objeto indireto) Fizuma pergunta a voc. (voc = pronome ncleo do objeto indireto) Necessitamosde que voc estude muito. (estude = verbo ncleo do objeto indiretooracional)

  • www.estrategiaconcursos.com.brProf. Fabiano Sales 1313 de68

    Lngua Portuguesa para INSSTeoria e questes comentadas

    Prof. Fabiano Sales Aula 04

    O objeto indireto pode aparecer repetido na estrutura frasal. o quechamamos de objeto indireto pleonstico.

    Exemplo: Ao guarda, devemos obedecer-lhe.

    Em Ao guarda, devemos obedecer-lhe., o pronome oblquo lhe repete oobjeto indireto Ao guarda. Por isso, classificado como objeto indiretopleonstico.

    O AGENTE DA PASSIVA

    Agente da passiva - termo que pratica a ao na voz passiva. Sempre serintroduzido pelas preposies de ou por (ou pela contrao da preposio arcaicaper + artigo definido o, a, os, as = pelo, pela, pelos, pelas).

    Exemplos:

    Ayrton Senna foi ovacionado por todos os presentes. (voz passiva) Na

    voz ativa, teremos Todos os presentes ovacionaram Ayrton Senna.

    Ayrton Senna foi ovacionado pelos presentes. (voz passiva)

    Na voz ativa, teremos Os presentes ovacionaram Ayrton Senna.

    Ayrton Senna estimado de todos os brasileiros. (voz passiva)

    Na voz ativa, teremos Todos os brasileiros estimam Ayrton Senna.

    O COMPLEMENTO NOMINAL01008991538

    Complemento nominal termo sempre regido de preposio que complementa osentido de adjetivos, substantivos abstratos ou advrbios. Em outras palavras, ocomplemento nominal completa a ideia de um nome.

    Exemplos:

    Ele age igual a voc.

    Em Ele age igual a voc., o termo a voc complementa a ideia do adjetivoigual. Por essa razo, deve ser classificado como complemento nominal.

  • www.estrategiaconcursos.com.brProf. Fabiano Sales 1414 de68

    Lngua Portuguesa para INSSTeoria e questes comentadas

    Prof. Fabiano Sales Aula 04

    No tenho interesse por voc.

    Em No tenho interesse por voc., a expresso por voc complementa aideia do substantivo interesse. Logo, deve ser classificado como complementonominal.

    Moro prximo a voc.

    No exemplo acima, a voc complementa a ideia do advrbio prximo.Sendo assim, deve ser classificado como complemento nominal.

    TERMOS ACESSRIOS

    Os termos acessrios da orao so adjunto adnominal, adjunto adverbiale aposto.

    O ADJUNTO ADNOMINAL

    Adjunto adnominal termo de funo adjetiva e que, por isso, caracterizaou delimita o substantivo. A funo de adjunto adnominal ser exercida por artigo,adjetivo, numeral adjetivo, pronome adjetivo, locuo adjetiva ou oraoadjetiva.

    01008991538

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    Lngua Portuguesa para INSSTeoria e questes comentadas

    Prof. Fabiano Sales Aula 04

    Importante!

    Os pronomes oblquos o, a, os, as e as formas lo, la, los, las exercem afuno de objeto direto.

    Exemplos: Criei um mtodo. (= Criei-o.)Fizemos o trabalho. (= Fizemo-lo.)

    J as formas pronominais lhe, lhes podem exercer a funo de objetoindireto, adjunto adnominal ou complemento nominal. Esses pronomes semprese referem a pessoas.

    Exemplos:Pedi uma dica ao professor. (= Pedi-lhe uma dica. ou Pedi uma dica a ele.)

    Em Pedi-lhe uma dica., o pronome lhe complemento do verbo transitivodireto e indireto pedir. Portanto, objeto indireto.

    Amanda fiel a ele. (= Amanda -lhe fiel.)

    Em Amanda -lhe fiel., o pronome lhe empregado com verbo de ligao,complementando o sentido do adjetivo fiel. Logo, complemento nominal.

    Pisei o p dele. (Pisei-lhe o p.)

    Em Pisei-lhe o p., o pronome lhe equivale ao pronome possessivo seu,ou seja, indica posse. Portanto, adjunto adnominal.

  • www.estrategiaconcursos.com.brProf. Fabiano Sales 1616 de68

    Lngua Portuguesa para INSSTeoria e questes comentadas

    Prof. Fabiano Sales Aula 04

    ADJUNTO ADVERBIAL

    Adjunto adverbial termo que modifica adjetivo, verbo ou advrbio.

    Para memorizar, o adjunto adverbial modifica:

    A djetivo Eu sou bastante tranquilo.V erbo Na faculdade, eu estudava muito.A dvrbio Voc escreve muito bem.

    CLASSIFICAO

    Para efeito de prova, o mais importante a ideia que o adjunto adverbial transmite.Vejamos algumas:

    - causa : O mendigo morreu de fome.

    - companhia : A esposa viajou com minha sogra.

    - negao: Vocs no sero reprovados.

    - afirmao: Certamente vocs gabaritaro a prova de lngua portuguesa.

    - dvida: Provavelmente vocs gabaritaro todas as questes.

    - finalidade: Visitou o restaurante para fiscalizao.

    - instrumento: Escrevi a prova a lpis.

    - intensidade: Gosto muito de vocs.

    - lugar: Passamos as frias em casa.

    - meio: Viajarei para a Europa de avio.

    - modo: Fez a prova apressadamente.

    - tempo: Estudarei noite.

    - concesso: Sem fazer a inscrio, no faremos a prova.

    O APOSTO

    Aposto termo de natureza substantiva que explica, esclarece ou resumeum elemento.

    CLASSIFICAO

    O aposto pode ser:

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    Lngua Portuguesa para INSSTeoria e questes comentadas

    Prof. Fabiano Sales Aula 04

    Explicativo por definio, usado para explicar um termo. Na frase,aparece entre vrgulas, travesses ou parnteses.

    Exemplo: Pel, o rei do futebol, fez mais de mil gols.Pel o rei do futebol fez mais de mil gols.Pel (o rei do futebol) fez mais de mil gols.

    Dica estratgica!

    O aposto tambm pode ser oracional, isto , ter um verbo em sua estrutura.

    Exemplo: Desejo o seguinte: que vocs sejam aprovados no concurso.

    isso.Para facilitar a anlise, substitua pelo pronome ISSO. Desejo o seguinte:

    Especificativo (ou apelativo) liga-se a um substantivo para indicar-lhe suaespcie. No separado por vrgulas, travesses ou parnteses.

    Exemplos: O rio Amazonas um dos maiores do mundo.A cidade de Londres linda.

    Enumerativo desenvolve o termo anterior.

    Exemplo: Gabaritei as seguintes disciplinas: direito constitucional, direitoadministrativo e lngua portuguesa.

    Resumitivo (ou recapitulativo) por definio, recapitula/resume o que foimencionado anteriormente.

    Exemplos: Gritos, festas, batuques: nada desviava seu foco.

    Distributivo referem-se a elementos no texto.

    Exemplo: Vasco e Fluminense so dois grandes clubes de futebol: este o atual campeobrasileiro e aquele vencer o brasileiro deste ano.

    Dica estratgica!

    O aposto pode referir-se a uma orao inteira.

    Exemplo: Vocs gabaritaro as questes, o que me deixar muito feliz.

    Na frase acima, o pronome demonstrativo o exerce a funo de aposto, referindo--se orao Vocs gabaritaro as questes.

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    O VOCATIVO

    Vocativo termo que indica um chamamento. No est ligado diretamente a outrostermos da orao.

    Exemplos: Candidatos, estudem para a prova.Estudem, candidatos, para a prova.Estudem para a prova, candidatos.Professor, posso entrar na sala?Posso entrar na sala, professor?

    Dica estratgica!

    Aposto e vocativo no se confundem. Para facilitar a diferenciao, o vocativoadmite o emprego da interjeio , sendo um dilogo. O aposto, por no admite oemprego da mencionada interjeio, caracterizando uma declarao.

    Exemplos:

    () Professor Fabiano, posso entrar ? ( um dilogo. Logo, Professor Fabiano umvocativo.)

    Fabiano, professor de lngua portuguesa, gosta do que faz. ( uma declarao. Logo,professor de lngua portuguesa um aposto.)

    1. (FCC-2007/Prefeitura de So Paulo)

    01008991538

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    01008991538

    O termo sublinhado constitui o sujeito na seguinte construo:

    (A) No se encontrou uma forma definitiva de organizao social.(B) nessa condio que vivem os animais.(C) Tais delitos acabam tornando-se estmulos para a banalizao dastransgresses.(D) Ocorre isso por conta das reiteradas situaes de impunidade.(E) Deve-se reconhecer na interdio um princpio da lei mosaica.

    Comentrio: Encontramos um termo que desempenha a funo de sujeito naassertiva D. Para facilitar a anlise, vamos transcrever o perodo na ordem direta:

    Isso ocorre por conta das reiteradas situaes de impunidade.

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    Assim, percebemos que Isso o sujeito da forma verbal ocorre, a qual, nocontexto em anlise, intransitiva. O trecho por conta das reiteradas situaes deimpunidade um adjunto adverbial de causa.

    Vejamos as demais opes:

    A) A partcula SE pronome apassivador, formando uma estrutura de voz passivasinttica (VTD + SE). Na frase, porm, ocorreu a colocao procltica (antes doverbo) do pronome devido presena do advrbio no. O trecho uma formadefinitiva de organizao social desempenha a funo de sujeito da voz passiva.B) No excerto nessa condio que vivem os animais., o sujeito est posposto forma verbal vivem, que, no contexto, intransitiva. Logo, os animais (sujeito)vivem nessa condio.C) Em Tais delitos acabam tornando-se estmulos para a banalizao dastransgresses., o sujeito Tais delitos, razo por que a forma verbal acabamconcorda com esse termo. Estmulos desempenha a funo de objeto direto.E) Em Deve-se reconhecer na interdio um princpio da lei mosaica., temos umaestrutura de voz passiva sinttica (VTD + SE), em que o sujeito paciente umprincpio da lei mosaica.

    Gabarito: D.

    2. (FCC-2009/TRE-PI)

    No usual tratar da poltica na perspectiva da afirmao da verdade. Platoafirmou, na Repblica, que a verdade merece ser estimada sobre todas as coisas,mas ressalvou que h circunstncias em que a mentira pode ser til, e no odiosa.Na poltica, a derrogao da verdade pela aceitao da mentira muito deve clssica tradio do realismo que identifica no predomnio do conflito o cerne dosfatos polticos. Esta tradio trabalha a ao poltica como uma ao estratgicaque requer, sem idealismos, uma praxiologia, vendo na realidade resistncia e nopoder, hostilidade. Neste contexto, poltica guerra e, como diz o provrbio, "emtempos de guerra, mentiras por mar, mentiras por terra".

    Recorrendo a metforas do reino animal, Maquiavel aponta que o prncipeprecisa ter, ao mesmo tempo, no exerccio realista do poder, a fora do leo e aastcia ardilosa da raposa. Raposa, leo, assim como camaleo, serpente, polvo metforas que frequentemente so utilizadas na descrio de polticos nopodem, com propriedade, caracterizar o ser humano moral que obedece aosconsagrados preceitos do "no matar" e do "no mentir", como lembra NorbertoBobbio.

    No plano poltico, o realismo da fora torna lmpida, numa disputa, a blicacontraposio amigo-inimigo. J o realismo da fraude mais sutil, pois operaconfundindo e aumentando a opacidade e a incerteza na arena poltica, comoacentua Pier Paolo Portinaro. Maquiavel salienta que a fraude mais importante doque a fora para assegurar o poder e consolid-lo. por esse motivo que asimulao, o segredo e a mentira so temas da doutrina da razo de Estado e averacidade no usualmente considerada uma virtude caracterstica degovernantes.

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    Sustentar a simulao e a mentira como expedientes usuais na arena poltica desconhecer a importncia estratgica que a confiana desempenha napluralidade da interao humana democrtica. A confiana requer a boa-f quepressupe a veracidade. O Talmude equipara a mentira pior forma de roubo:"Existem sete classes de ladres e a primeira a daqueles que roubam a mente deseus semelhantes atravs de palavras mentirosas." O padre Antnio Vieira afirmouque a verdade filha da justia, porque a justia d a cada um o que seu, aocontrrio da mentira, porque esta "ou vos tira o que tendes ou vos d o que notendes". Montaigne observou que somente pela palavra que somos homens e nosentendemos. Por isso mentir um vcio maldito. Impede o entendimento.

    (Celso Lafer. O Estado de S. Paulo, A2, 20 de julho de 2008, com adaptaes)

    Esta tradio trabalha a ao poltica como uma ao estratgica ... (1 pargrafo)

    A frase em que o verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima :

    (A) ... que identifica no predomnio do conflito o cerne dos fatos polticos.(B) Neste contexto, poltica guerra ...(C) Recorrendo a metforas do reino animal ...(D) ... que obedece aos consagrados preceitos do "no matar" e do "no mentir" ...(E) ... que a fraude mais importante do que a fora ...

    Comentrio: No enunciado, a forma verbal trabalha assume transitividade direta,ou seja, exige um objeto direto como complemento. Sendo assim, deveremos, nasopes, encontrar um verbo que exija o mesmo complemento. o que ocorre naassertiva A, j que o verbo identificar, no contexto, apresenta a mesmatransitividade (direta). Para facilitar a visualizao, vamos transcrever o trecho naordem direta: Que identifica o cerne dos fatos polticos no predomnio do conflito.Percebemos, assim, que o termo o cerne dos fatos polticos exerce a funo deobjeto direto do verbo identificar.

    Vamos analisar as demais opes:

    B) Em Neste contexto, poltica guerra ..., a forma verbal apresenta-se comoverbo de ligao, unindo o predicativo guerra ao sujeito poltica.C) Em Recorrendo a metforas do reino animal ..., a forma verbal recorrendoapresenta transitividade indireta, regendo o emprego da preposio a no incio daestrutura do objeto indireto a metforas do reino animal ....D) Na opo em anlise, o verbo obedecer transitivo indireto, regendo oemprego da preposio a: (...) obedece aos consagrados preceitos....E) Em (...) a fraude mais importante ..., o verbo ser apresenta-se como verbode ligao, unindo o predicativo importante ao sujeito a fraude.

    Gabarito: A.

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    3. (FCC-2011/NOSSA CAIXA)

    Li que em Nova York esto usando dez de setembro como adjetivo,significando antigo, ultrapassado. Como em: Que penteado mais dez desetembro!. O 11/9 teria mudado o mundo to radicalmente que tudo o que veioantes culminando com o day before [dia anterior], o ltimo dia das torres em p, altima segunda-feira normal e a vspera mais vspera da Histria virouprembulo. Obviamente, nenhuma normalidade foi to afetada quanto o cotidianode Nova York, que vive a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados Unidosdescobriram um sentimento indito de vulnerabilidade e reorganizam suasprioridades para acomod-las, inclusive sacrificando alguns direitos de seuscidados, sem falar no direito de cidados estrangeiros no serem bombardeadospor eles. Protestos contra a radicalssima reao americana so vistos comoirrealistas e anacrnicos, decididamente dez de setembro.

    Mas fatos inaugurais como o 11/9 tambm permitem s naes serepensarem no bom sentido, no como submisso chantagem terrorista, mas parano perder a oportunidade do novo comeo, um pouco como Deus o primeiroautocrtico fez depois do Dilvio. Sinais de reviso da poltica dos Estados Unidoscom relao a Israel e os palestinos so exemplos disto. E certo que nenhumareunio dos pases ricos ser como era at 10/9, pelo menos por algum tempo. Nocaso dos donos do mundo, no se devem esperar exames de conscincia maisprofundos ou atos de contrio mais espetaculares, mas o instinto de sobrevivnciatambm um caminho para a virtude. O horror de 11/9 teve o efeitoparadoxalmente contrrio de me fazer acreditar mais na humanidade. A questo :o que acabou em 11/9 foi prlogo, exatamente, de qu? Seja o que for, serdiferente. Inclusive por uma questo de moda, j que ningum vai querer serchamado de dez de setembro na rua.

    (Luis Fernando Verissimo, O mundo brbaro)

    Na frase No caso dos donos do mundo, no se devem esperar exames deconscincia mais profundos, correto afirmar que:

    (A) a construo verbal um exemplo de voz ativa.(B) a partcula se tem a mesma funo que em E se ela no vier?(C) a forma plural devem concorda com exames.(D) ocorre um exemplo de indeterminao do sujeito.(E) a expresso donos do mundo leva o verbo para o plural.

    Comentrio: Vamos analisar as opes.

    Letra A. Resposta incorreta. Em (...) no se devem esperar exames deconscincia mais profundos, temos uma construo de voz passiva (VTD+SE)

    No se devem esperar exames de conscincia mais profundos.pron. loc. verbal sujeitoapass. transitiva direta

    importante chamar a ateno para a colocao procltica (antes do verbo)do pronome SE, devido presena do advrbio no.

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    Letra B. Resposta incorreta. Como vimos no comentrio anterior, em (...) no sedevem reconhecer (...), a partcula SE denominada pronome apassivador. Porm,no trecho E se ela no vier?, temos um conjuno subordinativa adverbialcondicional, equivalente a caso: E caso ela no venha?Letra C. Resposta correta. A forma verbal devem, presente na locuo verbaldevem reconhecer, concorda com o ncleo do sujeito exames de conscinciamais profundos. Este assunto ser trabalhado na aula sobre concordncia verbal.

    Letra D. Resposta incorreta. A partcula SE ser ndice de indeterminao dosujeito quando houver:

    a) verbo transitivo indireto (verbo cujo sentido complementado por um objeto indireto):

    Precisa-se de empacotadores.

    b) verbo intransitivo (verbo de sentido completo):

    Vive-se bem no Rio de Janeiro.

    c) verbo de ligao:

    -se feliz no Rio de Janeiro.

    d) verbo transitivo direto em que haja objeto direto preposicionado, ou seja, quando apreposio no regida pela forma verbal:

    Comeu-se do bolo.

    Na frase Comeu-se do bolo., a preposio de no exigida pelo verbo comer,sendo empregada to somente para a contribuio do sentido: algum (que no possvelidentificar) comeu parte do bolo. No ser admitida a transposio de voz verbal quandohouver objeto direto preposicionado.

    Comeu-se do bolo. (sujeito indeterminado: Comeu parte do bolo.)

    ndice de indeterminao do sujeito

    No o que ocorre em (...) no se devem reconhecer exames deconscincia mais profundos, pois a transitividade da locuo verbal devemreconhecer transitiva direta (reconhecer o qu?). Logo, a partcula SE pronomeapassivador.

    Letra E. Resposta incorreta. A concordncia verbal deve-se dar com o sujeitoexames de conscincia mais profundos. Logo, a locuo verbal concorda com ocitado termo.

    Gabarito: C.

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    A questo a seguir refere-se ao texto abaixo.

    4. (FCC-2011/TRT - 23 REGIO)

    Poltica e sociedade na obra de Srgio Buarque de Holanda

    Para Srgio Buarque de Holanda a principal tarefa do historiador consistia emestudar possibilidades de mudana social. Entretanto, conceitos herdados eintelectualismos abstratos impediam a sensibilidade para com o processo do devir.Raramente o que se afigurava como predominante na historiografia brasileiraapontava um caminho profcuo para o historiador preocupado em estudarmudanas. Os caminhos institucionalizados escondiam os figurantes mudos e suafala. Tanto as fontes quanto a prpria historiografia falavam a linguagem do poder, esempre imbudas da ideologia dos interesses estabelecidos. Desvendar ideologiasimplica para o historiador um cuidadoso percurso interpretativo voltado para indciostnues e nuanas sutis. Pormenores significativos apontavam caminhosimperceptveis, o fragmentrio, o no determinante, o secundrio. Destes proviriamas pistas que indicariam o caminho da interpretao da mudana, do processo dovir a ser dos figurantes mudos em processo de forjar estratgias de sobrevivncia.

    Era engajado o seu modo de escrever histria. Como historiador quiselaborar formas de apreenso do mutvel, do transitrio e de processos aindaincipientes no vir a ser da sociedade brasileira. Enfatizava o provisrio, adiversidade, a fim de documentar novos sujeitos eventualmente participantes dahistria. Para chegar a escrever uma histria verdadeiramente engajada deveria ohistoriador partir do estudo da urdidura dos pormenores para chegar a uma viso deconjunto de sociabilidades, experincias de vida, que por sua vez traduzissemnecessidades sociais. Aderir pluralidade se lhe afigurava como uma condioessencial para este sondar das possibilidades de emergncia de novos fatores demudana social.

    Tratava-se, na historiografia, de aceitar o provisrio como necessrio.Caberia ao historiador o desafio de discernir e de apreender, juntamente comvalores ideolgicos preexistentes, as possibilidades de coexistncia de valores enecessidades sociais diversas que conviviam entre si no processo de formao dasociedade brasileira sem uma necessria coerncia.

    (Fragmento adaptado de Maria Odila Leite da Silva Dias, Srgio Buarque de Holanda e o Brasil.So Paulo, Perseu Abramo, 1998, pp.15-17)

    Destes proviriam as pistas que indicariam o caminho ...

    O verbo empregado no texto que exige o mesmo tipo de complemento que o grifadoacima est tambm grifado em:

    (A) ... a principal tarefa do historiador consistia em estudar possibilidades demudana social.(B) Os caminhos institucionalizados escondiam os figurantes mudos e sua fala.(C) Enfatizava o provisrio, a diversidade, a fim de documentar novos sujeitos ...(D) ... sociabilidades, experincias de vida, que por sua vez traduzissemnecessidades sociais.

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    (E) Era engajado o seu modo de escrever histria.

    Comentrio: Para facilitar a anlise, vamos transcrever a frase do enunciado naordem direta:

    As pistas (...) proviriam destes ...

    Assim, percebemos que:

    - As pistas desempenham a funo de sujeito;- proviriam um verbo transitivo indireto;- destes o complemento indireto do verbo provir

    Desta forma, deveremos buscar, nas opes, aquela que tambm apresentaum verbo transitivo indireto.

    Letra A. Resposta correta. Em ... a principal tarefa do historiador consistia emestudar possibilidades de mudana social., a forma verbal consistia assumetransitividade indireta, regendo o emprego da preposio em, a qual iniciar aestrutura do objeto indireto em estudar possibilidades de mudana social.Letra B. Resposta incorreta. Em Os caminhos institucionalizados escondiam osfigurantes mudos e sua fala., a forma verbal em destaque transitiva direta(escondiam o qu? os figurantes mudos e sua fala).Letra C. Resposta incorreta. Em Enfatizava o provisrio, a diversidade, a fim dedocumentar novos sujeitos ..., o verbo enfatizar transitivo direto (enfatizava oqu? o provisrio, a diversidade).Letra D. Resposta incorreta. Em ... sociabilidades, experincias de vida, que porsua vez traduzissem necessidades sociais., a forma verbal traduzissem transitiva direta (traduzissem o qu? necessidades sociais).Letra E. Resposta incorreta. Em Era engajado o seu modo de escrever histria.,temos um verbo de ligao e, consequentemente, o predicativo engajado.

    Gabarito: A.

    A questo a seguir baseia-se no texto abaixo.

    5. (FCC-2011/Banco do Brasil)

    A economia do Nordeste beneficiou-se, principalmente, de um modeloeconmico que priorizou a demanda. A expanso dos programas sociais e,sobretudo, o aumento do salrio mnimo tiveram sobre a regio um impacto bemmaior do que no restante do pas. A economista Tnia Bacelar, da UniversidadeFederal de Pernambuco (UFPE), lembra que metade das famlias que ganham umsalrio mnimo se encontra no Nordeste. A populao nordestina tambm absorve55% do oramento destinado ao Bolsa Famlia. "Pela estrutura de renda da regio,mais baixa que no resto do pas, o efeito das polticas que mexeram com a renda foimaior aqui. O aumento dessas receitas impulsionou o consumo e atraiu

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    investimentos, especialmente dos grandes grupos de alimentos, bebidas, varejistase distribuio de alimentos."

    Investimentos em infraestrutura, como a duplicao da BR-101, atransposio do rio So Francisco e a construo da ferrovia Transnordestinainjetaram bilhes na economia e ajudaram a dinamizar a construo civil, assimcomo os investimentos da Petrobras que asseguraram indstria naval ademanda necessria para voltar a investir depois de mais de uma dcada semproduzir um nico navio.

    A interiorizao das universidades federais e a criao de novos institutostecnolgicos tambm mudam a cara do Nordeste, especialmente nas cidadesmdias. o caso de Caruaru, um dos municpios que mais crescem na regio. Nosltimos anos, a "Princesa do Agreste", mais conhecida por suas confeces e pelasfeiras que movimentam milhes de reais, atraiu estudantes e professores de todosos lugares e observou uma profunda transformao em seus hbitos.

    A outra face do "novo Nordeste" est no campo. Nas reas de Cerrado, comono oeste da Bahia e no sul do Maranho, o agronegcio avana e transformachapades em imensas propriedades produtoras de soja. No Semirido, onde ascondies so bem menos favorveis, o aumento dos recursos destinados afinanciar a agricultura familiar e o empreendedorismo dos pequenos ajudam amudar a vida das pessoas. o que se observa em Picos, polo produtor de mel ecaju no serto do Piau.

    (Gerson de Freitas Jr., Carta Capital, 15 de dezembro de 2010, p. 24, com adaptaes)

    Interiorizao das universidades federais e a criao de novos institutos tecnolgicostambm mudam a cara do Nordeste ... (3 pargrafo)

    O mesmo tipo de complemento grifado acima est na frase:

    (A) ... que mexeram com a renda ...(B) ... que mais crescem na regio.(C) ... que movimentam milhes de reais ...(D) A outra face do novo Nordeste est no campo.(E) ... onde as condies so bem menos favorveis ...

    Comentrio: No excerto Interiorizao das universidades federais e a criao denovos institutos tecnolgicos tambm mudam a cara do Nordeste ..., a formaverbal mudam transitiva direta (mudam o qu? a cara do Nordeste). Logo, otermo a cara do Nordeste objeto direto do verbo. Sendo assim, deveremosencontrar, nas opes, aquela que tambm apresenta um verbo transitivo direto.

    Letra A. Resposta incorreta. Em ... que mexeram com a renda ..., o verbo mexer transitivo indireto, regendo o emprego da preposio com no incio da estrutura de seucomplemento indireto: com a renda.Letra B. Resposta incorreta. Em ... que mais crescem na regio., o verbo crescer intransitivo, e o termo na regio um adjunto adverbial de lugar.Letra C. Resposta correta. Em ... que movimentam milhes de reais ..., movimentar um verbo transitivo direto (movimentam o qu? milhes de reais). Logo, milhes dereais o objeto direto da forma verbal movimentam.Letra D. Resposta incorreta. Em A outra face do novo Nordeste est no campo., overbo estar intransitivo, e o termo no campo adjunto adverbial de lugar.

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    Letra E. Resposta incorreta. Em ... onde as condies so bem menos favorveis ..., aforma verbal so um verbo de ligao, unindo o predicativo favorveis ao sujeito ascondies.

    Gabarito: C.

    6. (FCC-2009/TRT-16 Regio)

    Sobre a efemeridade das mdias

    Um congresso recente, em Veneza, dedicou-se questo da efemeridadedos suportes de informao, desde a tbua de argila, o papiro e o pergaminho at olivro impresso e os atuais meios eletrnicos. O livro impresso, at agora,demonstrou que sobrevive bem por 500 anos, mas s quando se trata de livrosfeitos de papel de trapos. A partir de meados do sculo XIX, passou-se ao papel depolpa de madeira, e parece que este tem uma vida mxima de 70 anos (com efeito,basta consultar jornais ou livros dos anos de 1940 para ver como muitos sedesfazem ao ser folheados). H muito tempo se realizam estudos para salvar todosos livros que abarrotam nossas bibliotecas; uma das solues mais adotadas escanear todas as pginas e pass-las para um suporte eletrnico.

    Mas aqui surge outro problema: todos os suportes para a transmisso e aconservao de informaes, da foto ao filme, do disco memria do computador,so mais perecveis que o livro. As velhas fitas cassetes, com pouco tempo de usose enrolavam todas, e saam mascadas; as fitas de vdeo perdem as cores e adefinio com facilidade. Tivemos tempo suficiente para ver quanto podia durar umdisco de vinil sem ficar riscado demais, mas no para verificar quanto dura umCD-ROM, que, saudado como a inveno que substituiria o livro, ameaa sairrapidamente do mercado, porque podemos acessar on-line os mesmos contedospor um custo menor. Sabemos que todos os suportes mecnicos, eltricos oueletrnicos so rapidamente perecveis, ou no sabemos quanto duram eprovavelmente nunca chegaremos a saber. Basta um pico de tenso, um raio nojardim para desmagnetizar uma memria. Se houvesse um apago bastante longo,no poderamos usar nenhuma memria eletrnica.

    Os suportes modernos parecem criados mais para a difuso do que para aconservao das informaes. possvel que, dentro de alguns sculos, a nicaforma de ler notcias sobre o passado continue sendo a consulta a um velho e bomlivro. No, no sou um conservador reacionrio. Gravei em disco rgido porttil de250 gigabytes as maiores obras primas da literatura universal. Mas estou felizporque os livros continuam em minha biblioteca uma garantia para quando osinstrumentos eletrnicos entrarem em pane.

    (Adaptado de Umberto Eco UOL Notcias NYT/ 26/04/2009)

    Na frase Mas aqui surge outro problema, o termo em destaque exerce a mesmafuno sinttica que o termo sublinhado em:

    (A) No, no sou um conservador reacionrio.(B) Tivemos tempo suficiente para ver quanto podia durar um disco de vinil (...)(C) (...) as fitas de vdeo perdem as cores e a definio com facilidade.(D) Um congresso recente, em Veneza, dedicou-se questo da efemeridade dossuportes de informao (...)

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    (E) Sabemos que todos os suportes mecnicos, eltricos ou eletrnicos, sorapidamente perecveis (...)

    Comentrio: No enunciado Mas aqui surge outro problema, o termo em destaqueexerce a funo de ncleo do sujeito. Para facilitar a visualizao, vamostranscrev-lo na ordem direta:

    Mas outro problema surge aqui.

    Sendo assim, deveremos buscar, nas opes, outro ncleo do sujeito.

    Letra A. Resposta incorreta. O termo em destaque (reacionrio) compe aestrutura do sujeito um conservador reacionrio, mas exerce a funo de adjuntoadnominal.Letra B. Resposta incorreta. O termo tempo exerce a funo de ncleo do objetodireto.Letra C. Resposta correta. Em (...) as fitas de vdeo perdem as cores (...), o termoem destaque exerce a funo de ncleo do sujeito as fitas de vdeo.

    Gabarito: C.

    7. (FCC-2010/DPE-SP) E a facilidade com que ela acessa esse arquivo ...

    A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima :

    (A) ... e conforme a idade isso ocorre em maior ou menor grau ...(B) Cada vez que a memria decai ...(C) Os estudos sobre a memria tm um lugar destacado nesse esforo cientfico.(D) ... o primeiro a exposio a uma carga excessiva de informaes ...(E) ... que resultam em perda mnemnica ...

    Comentrio: No enunciado, a forma verbal acessa assume transitividade direta(acessa o qu? esse arquivo). Logo, o termo esse arquivo exerce a funo deobjeto direto do verbo acessar. Vamos analisar as opes:

    Letra A. Resposta incorreta. Em ... e conforme a idade isso ocorre em maior oumenor grau ..., a forma verbal ocorre intransitiva.Letra B. Resposta incorreta. Em Cada vez que a memria decai ... tambmencontramos em decair um verbo intransitivo.Letra C. Resposta correta. No trecho Os estudos sobre a memria tm um lugardestacado nesse esforo cientfico., a forma verbal tm transitiva direta,exigindo o objeto direto um lugar destacado.Letra D. Resposta incorreta. No trecho ... o primeiro a exposio a uma cargaexcessiva de informaes ..., o verbo ser um verbo de ligao, unindo acaracterstica, o predicativo ao sujeito o primeiro.Letra E. Resposta incorreta. No contexto ... que resultam em perda mnemnica..., o verbo resultar transitivo indireto, regendo o emprego da preposio em noincio da estrutura do objeto indireto em perda mnemnica.

    Gabarito: C.

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    8. (FCC-2011/DPE-RS)

    O fragmento frasal de que aes militares somente iriam retardar (linhas 9 e 10) do substantivo preocupaes (linha 9).

    Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto acima.

    (A) complemento verbal;(B) complemento nominal oracional;(C) adjunto verbal;(D) adjunto nominal;(E) complemento prepositivo-verbal.

    Comentrio: Recorrendo ao texto, percebemos que o trecho completo Gatesafirmou ser importante usar outros meios para convencer o Ir a no procurar terarmas nucleares e repetiu as suas preocupaes de que aes militares somenteiriam retardar, em que o trecho destacado complementa o nome (substantivo)preocupaes (preocupaes DE alguma coisa). Entretanto, como no complementonominal h uma estrutura verbal (iriam retardar), deve ser classificado comocomplemento nominal oracional. Essa funo equivale orao subordinadasubstantiva completiva nominal. Para facilitar a visualizao, podemos substitu-lapor isso:

    (...) repetiu as suas preocupaes de que aes militares somente iriam retardar

    (...) repetiu as suas preocupaes disso

    Logo, o fragmento frasal de que aes militares somente iriam retardar (linhas 9 e10) complemento nominal oracional do substantivo preocupaes (linha 9).

    Gabarito: B.

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    SINTAXE DO PERODO

    A FCC sempre exige alguma questo que trabalhe conhecimentos sobre perodo e arelao sinttico-semntica entre as oraes que o compem.

    Primeiramente, preciso dizer que o perodo divide-se em simples e composto.

    PERODO SIMPLES

    O perodo simples a estrutura que composta por uma s orao de sentidocompleto, chamada de orao absoluta. Cada orao se estrutura em torno de um verbo.

    Exemplo: O aluno passou no concurso. (orao absoluta)

    PERODO COMPOSTO

    J o perodo composto a estrutura que formada por mais de uma orao.

    Exemplo: Se voc estudar, acertar as questes.1 orao 2 orao

    O perodo composto subdivide-se em coordenao e subordinao.

    PERODO COMPOSTO POR COORDENAO

    Por que coordenao? Sempre que o perodo for composto por coordenao,deveremos entender que as oraes que o compem so independentes sintaticamente, ouseja, sua estrutura interna (funes sintticas) no depende de outra orao.

    Exemplo: Acordei, estudei, dormi. (as oraes so independentes entre si)1 orao 2 orao 3 orao

    No perodo composto por coordenao, temos as oraes coordenadasassindticas e sindticas. De onde provm essas nomenclaturas?

    Devo dizer a vocs que toda conjuno coordenativa chamada desndeto. No perodo composto por coordenao, existem oraes que no trazem,em sua estrutura, essa modalidade de conjuno. Por essa razo, so chamadas deoraes assindticas.

    Exemplo: Acordei, estudei, dormi.1 orao 2 orao 3 orao

    Na estrutura acima, as oraes Acordei, estudei e dormi no apresentamconjuno coordenativa (sndeto). Sendo assim, so classificadas como oraescoordenadas assindticas.

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    Entretanto, no mesmo perodo composto por coordenao, existem oraesque podem apresentar, em sua estrutura, conjuno coordenativa (sndeto). Sendoassim, so denominadas oraes coordenadas sindticas. Essas oraesrecebem o nome da noo semntica apresentada pela conjuno coordenativa.

    As oraes coordenadas sindticas classificam-se em:

    Oraes coordenadas sindticas ... Exemplos

    aditivas apresentam ideia de soma,correlao, sendo estabelecida pelosarticuladores e, mas tambm, alm disso,ademais ...

    O aluno estuda e trabalha.No s estuda, mas tambmtrabalha.

    adversativas apresentam ideia deoposio, contraste, sendo estabelecida pelosarticuladores mas, porm, todavia, contudo,entretanto, no entanto ...

    Estuda pouco, mas passou emvrios concursos.Foi ao cinema, no entanto dormiu.

    alternativas apresentam ideia dealternncia, escolha ou excluso, sendoestabelecida pelos articuladores ou, j...j,ou...ou, ora...ora, quer...quer etc.

    Deseja isso ou aquilo?Ora estuda, ora dorme.Iremos praia quer chova, querfaa sol.

    conclusivas apresentam ideia deconcluso lgica, sendo estabelecida pelosarticuladores pois (aps o verbo), portanto,assim, por isso, logo, em vistadisso, ento, por conseguinte ...

    Estudou muito, logo acertar asquestes.Dormiu tarde, portanto no foi aula.

    explicativas apresentam ideia deexplicao, esclarecimento, justificativa,sendo estabelecida pelos articuladorespois (antes do verbo), porque, que,porquanto ...

    Faam as questes, pois vocsprecisam passar na prova.Entre, que (=pois) tarde!

    Por ora, devo dizer que os conhecimentos acima so suficientes. Mais adiante,veremos que decorar a lista de conectivos para classificar as oraes nem sempre o mtodo mais eficiente, pois as provas da FCC exigem de vocs, candidatos, umaanlise da relao sinttico-semntica entre as oraes.

    PERODO COMPOSTO POR SUBORDINAO

    Agora, estudaremos o perodo composto por subordinao. Mas,afinal, por que subordinao? Sempre que o perodo for composto porsubordinao, deveremos entender que as oraes que o compem so dependentessintaticamente, ou seja, sua estrutura interna (funes sintticas) depende de outra orao.

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    Exemplo: Voc aspira a que seja aprovado no concurso. (as oraes so dependentes)orao principal orao subordinada

    A primeira orao, denominada principal, o termo regente da oraosubordinada (termo regido). Em outras palavras, a orao principal Voc aspirasubordina a orao a que seja aprovado no concurso., pois esta exerce a funosinttica de objeto indireto do verbo aspirar (Voc aspira a qu? A que sejaaprovado no concurso.). Logo, a que seja aprovado no concurso. classificadacomo orao subordinada substantiva objetiva indireta.

    As oraes subordinadas subdividem-se em substantivas, adverbiais eadjetivas.

    ORAES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

    A nomenclatura orao subordinada substantiva deve-se ao fato de umtermo, de base substantiva, apresentar-se sob a forma de orao, desempenhandouma funo sinttica (sujeito, predicativo do sujeito, objeto direto, objeto indireto,complemento nominal, agente da passiva ou aposto).

    As oraes subordinadas substantivas so introduzidas por uma conjunointegrante. Para a felicidade de vocs (rs...), so apenas duas: que e se.

    Existem as seguintes oraes subordinadas substantivas:

    Subjetivas funcionam como sujeito da orao principal.

    essencial que estudemos bastante.orao principal orao subordinada substantiva

    subjetiva

    No exemplo acima, a orao que estudemos bastante. exerce a funo desujeito da orao principal. Sendo assim, deve ser classificada como oraosubordinada substantiva subjetiva.

    Para facilitar a anlise da funo sinttica desempenhada pela oraosubordinada, substituam a conjuno integrante pelo pronome demonstrativo ISSO:

    ISSO essencial.sujeito

    Parece que seremos aprovados. (= ISSO parece.)orao princ. orao subordinada substantiva

    subjetiva

    A orao subordinada substantiva subjetiva desempenha a funo de sujeitooracional, pois apresenta verbo em sua estrutura. Agora que j estudamos o sujeitooracional, sabemos que o verbo sempre aparecer na terceira pessoa dosingular.

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    essencial que estudemos bastante. (= ISSO essencial.)orao principal orao subordinada substantiva

    subjetiva

    SUJEITO ORACIONAL

    Parece que seremos aprovados. (= ISSO parece.)orao princ. orao subordinada substantiva

    subjetiva

    SUJEITO ORACIONAL

    Predicativas funcionam como predicativo do sujeito da orao principal.

    O essencial que todos sejamos aprovados. (= O essencial ISSO.)orao principal orao subordinada substantiva

    predicativa

    Objetivas diretas funcionam como objeto direto da orao principal.

    O professor espera que vocs gabaritem a prova. (O professor espera ISSO.)orao principal orao subordinada substantiva

    objetiva direta

    Objetivas indiretas funcionam como objeto indireto da orao principal.

    O professor gostaria de que vocs fossem aprovados. (O professor gostaria dISSO.)orao principal orao subordinada substantiva

    objetiva indireta

    Completivas nominais funcionam como complemento nominal da oraoprincipal.

    O professor tem vontade de que vocs sejam classificados. (vontade dISSO.)orao principal orao subordinada substantiva

    completiva nominal

    Agentes da passiva funcionam como agente da passiva da oraoprincipal.

    Ayrton Senna foi ovacionado por quem estava presente.orao principal orao subordinada substantiva

    agente da passiva

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    Para facilitar a anlise da orao subordinada substantiva agente da passiva,substituam pelo pronome indefinido ALGUM.

    Ayrton Senna foi ovacionado por algum.

    Apositivas funcionam como aposto da orao principal.

    O nervosismo dos candidatos era este: que fossem aprovados no concurso.orao principal orao subordinada substantiva

    apositiva

    O nervosismo dos candidatos era este: ISSO.

    ORAES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

    As oraes subordinadas adverbiais desempenham a funo sinttica deadjunto adverbial da orao principal. So introduzidas por conjunes adverbiais.

    As oraes subordinadas adverbiais subdividem-se em:

    Oraes subordinadas adverbiais ... Exemplos

    causais exprimem causa, razo,motivo, em relao orao principal. Osprincipais articuladores so porque, visto que,que (=porque), uma vez que ...

    O aluno obteve boa pontuaoporque estudou.Ficou feliz uma vez que foiaprovado.

    comparativas expressam ideia decomparao ou confrontam ideias em relao orao principal. Os principais articuladores socomo, tal qual, to quanto (=como),feito (= como), que (nas correlaes mais (do)que, menos (do) que, maior (do) que,menor (do) que, melhor (do) que, pior (do)que ...

    Esta moa mais bonita do queaquela.Ele estudou to quanto a irm.

    condicionais exprimem ideia decondio, possibilidade, hiptese. Os principaisarticuladores so caso, se (= caso),contanto que, desde que (= caso), sem que,salvo se, a no ser que, dado que ...

    Contanto que voc compre osingressos, iremos ao cinema.Dado que (=caso) erre a questo,estude mais.

    concessivas expressam ideiasopostas, concessivas s da orao principal.Os principais articuladores so embora,ainda que, mesmo que, postoque, por mais que, se bem que,conquanto, dado que (= ainda que), que (=ainda que) ...

    Com conjunes concessivas, o verbofica no modo subjuntivo.

    Embora estivessem cansados,foram estudar.Obteve a aprovao sem que(=embora no) se dedicasse.Persevere, nem que (=ainda que)os estudos sejam cansativos.

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    Oraes subordinadas adverbiais ... Exemplos

    conformativas apresentam ideia deconformidade em relao ao fato da oraoprincipal. Os principais articuladores sosegundo, como, conforme, consoante,que (= conforme) ...

    Segundo o gabarito oficial, acerteitodas as questes da prova.Conforme vocs sabem, oFluminense o atual campeobrasileiro de futebol.

    consecutivas expressam ideia deconsequncia, resultado em relao oraoprincipal. Os principais articuladores so que(nas correlaes to...que, tanto que,tamanho que, tal que, de sorte que,de maneira que) ...

    Estudou tanto que gabaritou aprova.Tamanha foi a exploso, quetodos acordaram.

    finais expressam finalidade, objetivo.Os principais articuladores so para que,a fim de que, que (= para que),porque (= para que) ...

    Fez-lhe sinal porque (= para que)se calasse.Estudou muito a fim de quepassasse no concurso.

    proporcionais apresentam ideia deproporo, concomitncia, simultaneidade entrefatos da orao subordinada e da oraoprincipal. Principais articuladores: medidaque, proporo que, quanto mais...mais,quanto menos...menos ...

    medida que vive, mais aprendecom as pessoas.Quanto maior o estudo, maior oconhecimento.

    temporais apresentam ideia de tempoem relao ao fato da orao principal.Principais articuladores: logo que, assim que,antes que, depois que, quando, enquanto ...

    Logo que soube o resultado,chamou todos os amigos.Ficou emocionado desde que viuo resultado do concurso.

    01008991538

    Como disse a vocs, decorar a lista de conectivos para classificar as oraesnem sempre o mtodo mais eficiente. O diferencial para resolver questes queexigem esse tipo de contedo analisar a relao sinttico-semntica entre asoraes. Vejam:

    MASAdversativo Estudou bastante, mas foi reprovado.

    Aditivo No s pratica jud, mas tambm faz natao.

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    Aditivo Arrumou-se e foi trabalhar.

    E Adversativo No estudou, e passou no concurso.

    Consecutivo Faltou luz, e no conseguimos estudar noite.

    Explicativo No beba, pois prejudicial sade.

    POIS Conclusivo inteligente; ser, pois (= portanto), aprovado.

    Causal Estava irrequieto, pois ganhou uma casa.

    Explicativo Estude, porque (=pois) ser aprovado.

    PORQUE Final Mudei-me de cidade porque (=para que) fosse feliz.

    Causal Chorei porque passei no concurso.

    LOGOConclusivo Estudou muito, logo (=portanto) ser classificado.

    Temporal Logo que (=assim que) chegou, foi tomar banho.

    UMA VEZ QUECausal Sorriu uma vez que acertou todas as questes.

    Condicional Uma vez que estude, ser aprovado.(= Se estudar, ser aprovado.)

    QUANTO

    DESDE QUE

    Comparativo Meu irmo to estudioso quanto meu pai.

    Aditivo Ela tanto estuda quanto trabalha.(= Ela estuda e trabalha.)

    Condicional Desde que compre o ingresso, irei ao cinema.

    Temporal Desde que cheguei, quero ir ao cinema.

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    Condicional Sem que (= Caso no) estudem, no passaro.

    SEM QUE Concessivo Sem que estudasse muito, passou na prova.

    Comparativo Ela fala como (= igual a) uma vitrola.

    COMOConformativo Estudou como (= conforme) combinamos.

    Aditivo - No s trabalha como tambm pratica esportes.

    Causal Como (=J que) estava cansado, resolveu dormir.

    PORQUANTOExplicativo Ele deve ter corrido, porquanto est suado.

    Causal Estavam felizes porquanto foram aprovados.

    Condicional Se voc estudar, lograr xito no concurso.SE

    Conjuno integrante No sei se voc vir. (= No sei isso.)

    ORAES SUBORDINADAS ADJETIVAS

    A nomenclatura orao subordinada adjetiva deve-se ao fato de a oraodesempenhar uma funo de adjetivo (acompanhar o substantivo, restringindo ougeneralizando seu sentido). Sempre so introduzidas por pronomes relativos (que,a qual, quem, cujo, cuja, onde, como ...).

    As oraes subordinadas adjetivas dividem-se em:

    Explicativas sempre isoladas por vrgulas, explicam o sentido de umelemento presente na orao principal. Podem ser retiradas do texto sem queprejudiquem o sentido da orao principal.

    Os alunos, que so humanos, sero aprovados.

    orao subordinada adjetiva explicativa

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    Em Os alunos, que so humanos, sero aprovados., temos a interpretaode que todos os alunos so humanos. Logo, a orao em destaque pode sersuprimida sem alterao de sentido do enunciado original.

    Restritivas nunca isoladas por sinais de pontuao, restringem ou limitamo sentido de um elemento presente na orao principal. No podem ser retiradas dotexto, sob o risco de prejuzo ou modificao do sentido original da orao principal.

    Os alunos que so determinados sero aprovados.

    orao subordinada adjetiva restritiva

    Em Os alunos que so determinados sero aprovados., temos ainterpretao de que somente os alunos determinados sero aprovados. Sendoassim, no possvel retirar/suprimir do perodo a orao em destaque sem alteraro sentido original do enunciado.

    FUNES SINTTICAS DOS PRONOMES RELATIVOS

    Conforme vimos nas lies sobre pronomes, os relativos substituem umnome antecedente (substantivo ou pronome), evitando sua repetio desnecessriano texto. Devido a essa substituio, podem exercer diferentes funes sintticasnas oraes.

    Exemplos:

    (1) O livro que comprei de Portugus.

    Em (1), temos a unio de duas oraes:

    Comprei o livro.

    O livro de Portugus.

    Percebemos, assim, que o pronome relativo que substitui o nome livro:Comprei o livro. Logo, o que exerce a funo de objeto direto do verbo comprar.

    (2) Comprei o livro de que gosto.

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    Prof. Fabiano Sales Aula 04 Em (2), temos a unio de duas oraes:

    Comprei o livro.

    Gosto do livro.

    Em (2), o que substitui o nome livro: Gosto do livro. Sendo assim, o queexerce a funo de objeto indireto do verbo gostar.

    (3) A igreja que antiga est em runas.

    Em (3), temos a unio de duas oraes:

    A igreja est em runas.

    A igreja antiga.

    Em (3), o que substitui o nome igreja: A igreja antiga. Portanto, opronome relativo que exerce a funo de sujeito da orao subordinada que antiga.

    (4) Veremos o filme cuja protagonista linda.

    refere-se concorda comao termo o termoanterior posterior

    Em (4), temos a unio de duas oraes:

    Veremos o filme.

    A protagonista do filme linda.

    Em (4), o pronome relativo cuja estabelece uma relao de posse entre ostermos filme e A protagonista. Fiquem ligados, pois o pronome relativo cujo(e flexes) sempre exercer a funo sinttica de adjunto adnominal: (veremos ofilme a protagonista do filme relao de posse adjunto adnominal).

    Lembrem-se de que o pronome cujo (e flexes) refere-se ao termo anterior,mas concorda em gnero e nmero com o posterior.

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    ORAES SUBORDINADAS REDUZIDAS

    A nomenclatura orao subordinada reduzida deve-se ao fato de a orao noser introduzida por preposio e de conter verbo em uma das trs formas nominais(infinitivo, gerndio ou particpio).

    As oraes subordinadas reduzidas podem ser:

    de infinitivo apresentam verbo na forma infinitiva (pessoal ou impessoal).

    Exemplos:

    Ser necessrio estudares muito antes da prova. (= ISSO ser necessrio.)orao principal orao subordinada substantiva

    subjetiva reduzida de infinitivo

    No exemplo acima, a orao reduzida de infinitivo exerce a funo de sujeitoda orao principal Ser necessrio. Por isso, recebe a classificao de subjetiva.Vejam que possvel transform-la em orao subordinada substantiva subjetiva:

    Ser necessrio que estudes muito antes da prova. (= ISSO ser necessrio.)orao principal orao subordinada substantiva

    subjetiva

    O aluno esperou o gabarito ser divulgado. (= O aluno esperou ISSO.)orao principal orao subordinada substantiva

    objetiva direta reduzida de infinitivo

    No exemplo acima, percebemos que a orao reduzida de infinitivo exerce afuno de objeto direto do verbo esperar, localizado na orao principal. Por isso,recebe essa classificao. Vejam que possvel transform-la em oraosubordinada substantiva objetiva:

    O aluno esperou que o gabarito fosse divulgado. (= O aluno esperou ISSO.)orao principal orao subordinada substantiva

    objetiva direta

    Por estar exausto, foi dormir.orao subordinada orao principal

    adverbial causalreduzida de infinitivo

    No exemplo acima, h uma relao de causa e consequncia entre asoraes. Sendo assim, a orao Por estar cansado recebe a classificao deorao subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo. Vejam que possveltransform-la em orao subordinada adverbial causal:

    J que estava exausto, foi dormir.orao subordinada orao principal

    adverbial causal

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    Ao chegar praia, deitou-se na areia.orao subordinada orao principaladverbial temporalreduzida de infinitivo

    No exemplo acima, h uma relao de tempo entre as oraes. Sendoassim, a orao Ao chegar praia recebe a classificao de orao subordinadaadverbial temporal reduzida de infinitivo. Vejam que possvel transform-la emorao subordinada adverbial temporal:

    Assim que chegou praia, deitou-se na areia.orao subordinada orao principaladverbial temporal

    Era um homem de sorrir facilmente.orao principal orao subordinada

    adjetiva restritivareduzida de infinitivo

    No exemplo acima, a orao de sorrir facilmente restringe o sentido doelemento homem, presente na orao principal (homem sorridente). Por essarazo, classificada como orao subordinada adjetiva restritiva reduzida deinfinitivo. Notem que possvel transform-la em orao subordinada adjetivarestritiva:

    Era um homem que sorria facilmente.orao principal orao subordinada

    adjetiva restritiva

    de gerndio apresentam verbo na forma de gerndio.

    Exemplos:

    Chegando praia, deitou-se na areia.orao subordinada orao principaladverbial temporalreduzida de gerndio

    No exemplo acima, h uma relao de tempo entre as oraes. Sendoassim, a orao Chegando praia recebe a classificao de orao subordinadaadverbial temporal reduzida de gerndio. Vejam que possvel transform-la emorao subordinada adverbial temporal:

    Assim que chegou praia, deitou-se na areia.orao subordinada orao principaladverbial temporal

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    Estudando, sers aprovado.orao subordinada orao principaladverbial condicionalreduzida de gerndio

    No exemplo acima, h uma relao de condio entre as oraes. Sendoassim, a orao Estudando recebe a classificao de orao subordinadaadverbial condicional reduzida de gerndio. Vejam que possvel transform-la emorao subordinada adverbial condicional:

    Se estudares, sers aprovado.orao subordinada orao principaladverbial condicional

    Percebam que o perodo Estudando, sers aprovado. tambm podeencerrar a ideia de tempo:

    Assim que estudares, sers aprovado.orao subordinada orao principaladverbial temporal

    Se for feita essa leitura, portanto, a orao reduzida dever ser classificadacomo subordinada adverbial temporal reduzida de gerndio.

    Estudando, sers aprovado.orao subordinada orao principaladverbial temporal

    reduzida de gerndio

    de particpio apresentam verbo na forma de particpio.

    Exemplos:

    Mesmo convidado, no foi cerimnia de premiao.orao subordinada orao principal

    adverbial concessivareduzida de particpio

    No exemplo acima, h uma relao de concesso entre as oraes. Sendoassim, a orao Mesmo convidado recebe a classificao de orao subordinadaadverbial concessiva reduzida de particpio. Vejam que possvel transform-la emorao subordinada adverbial concessiva:

    Embora tivesse sido convidado, no foi cerimnia de premiao.orao subordinada orao principaladverbial concessiva

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    9. (FCC-2011/TRE-TO)

    De volta Antrtida

    A Rssia planeja lanar cinco novos navios de pesquisa polar como parte deum esforo de US$ 975 milhes para reafirmar a sua presena na Antrtida naprxima dcada. Segundo o blog Science Insider, da revista Science, umdocumento do governo estabelece uma agenda de prioridades para o continentegelado at 2020. A principal delas a reconstruo de cinco estaes de pesquisana Antrtida, para realizar estudos sobre mudanas climticas, recursos pesqueirose navegao por satlite, entre outros. A primeira expedio da extinta UnioSovitica Antrtida aconteceu em 1955 e, nas trs dcadas seguintes, a potnciacomunista construiu sete estaes de pesquisa no continente. A Rssia herdou asestaes em 1991, aps o colapso da Unio Sovitica, mas pouco conseguiuinvestir em pesquisa polar depois disso. O documento afirma que Moscou devetrabalhar com outras naes para preservar a "paz e a estabilidade" na Antrtida,mas salienta que o pas tem de se posicionar para tirar vantagemdos recursos naturais caso haja um desmembramento territorial do continente.

    (Pesquisa Fapesp, dezembro de 2010, no 178, p. 23)

    A principal delas a reconstruo de cinco estaes de pesquisa naAntrtida, para realizar estudos sobre mudanas climticas, recursospesqueiros e navegao por satlite, entre outros.

    O segmento grifado na frase acima tem sentido:

    (A) adversativo.(B) de consequncia.(C) de finalidade.(D) de proporo.(E) concessivo.

    Comentrio: A orao subordinada adverbial para realizar estudos sobre mudanasclimticas, recursos pesqueiros e navegao por satlite, entre outros. Estabelece,com a orao principal, uma relao sinttico-semntica de finalidade, sendointroduzida pela conjuno subordinativa para.

    Gabarito: C.

    10. (FCC-2011/TRE-RN)

    Mal sugeria imagem de vida(Embora a figura chorasse).

    correto afirmar que a frase entre parnteses tem sentido:

    (A) adversativo.(B) concessivo.

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    (C) conclusivo.(D) condicional.(E) temporal.

    Comentrio: Conforme vimos, a conjuno subordinativa adverbial emboraintroduz uma orao concessiva, equivalendo a ainda que, mesmo que, posto que,conquanto, dado que (= ainda que) etc. Vale lembrar que, com conjunesconcessivas, o verbo fica no modo subjuntivo, em conformidade com o enunciadoda questo: Embora a figura chorasse.

    Gabarito: B.

    11. (FCC-2011/TRE-RN) Ainda assim, provavelmente no foi a captura para oconsumo pelo homem o que selou o destino do dod, pois sua extinoocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos da perturbao humana.

    Os elementos grifados na frase acima podem ser substitudos, sem prejuzopara o sentido e a correo, respectivamente, por:

    (A) Contudo -(B) Conquanto -(C) Em que pese isso -

    - visto que.- porquanto.

    Comentrio: Em Ainda assim, provavelmente (...), o conectivo em destaqueapresenta a noo de contraste, oposio, concesso. Sendo assim, podemoseliminar a assertiva E, uma vez que o conectivo por isso indica concluso. Por suavez, o conectivo pois encerra uma relao de causalidade. Sendo assim, pode sersubstitudo, sem alterao que o sentido e a correo do texto original sejamprejudicados, pelo conectivo visto que. Logo, o conectivo Ainda assim sersubstitudo por Apesar disso, indicando uma ideia de concesso.

    Apesar disso, provavelmente no foi a captura para o consumo pelo homem oque selou o destino do dod, visto que sua extino ocorreu sobretudo pelosefeitos indiretos da perturbao humana.

    Gabarito: D.

    12. (FCC-2011/TRE-TO)

    Carto de Natal

    Pois que reinaugurando essa crianapensam os homensreinaugurar a sua vidae comear novo caderno,fresco como o po do dia;pois que nestes dias a aventura

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    parece em ponto de voo, e pareceque vo enfim poderexplodir suas sementes:que desta vez no perca esse cadernosua atrao nbil para o dente;que o entusiasmo conserve vivassuas molas,e possa enfim o ferrocomer a ferrugemo sim comer o no.

    (Joo Cabral de Melo Neto)

    Pois que reinaugurando essa criana.

    O segmento grifado acima pode ser substitudo, no contexto, por:

    (A) Mesmo que estejam.(B) Apesar de estarem.(C) Ainda que estejam.(D) Como esto.(E) Mas esto.

    Comentrio: No contexto em que est empregada, a expresso Pois que assumeum valor de causal em relao ao efeito pensam os homens reinaugurar a sua vidae comear novo caderno (...). Sendo assim, para manter o sentido original, spodemos substituir tal expresso por Como esto. Notem que a conjunoComo, neste contexto, equivale a J que:

    Como esto reinaugurando essa criana

    J que esto reinaugurando essa criana

    Vamos analisar as demais opes:

    Letra A. Resposta incorreta. O conectivo Mesmo que traz a ideia de concesso;Letra B. Resposta incorreta. O conectivo Apesar de tambm traz a ideia deconcesso;Letra C. Resposta incorreta. Novamente, o conectivo apresentado (Ainda que)encerra a relao sinttico-semntica de concesso;Letra E. Resposta incorreta. A conjuno coordenativa Mas denota a ideia deadversidade.

    Gabarito: D.

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    13. (FCC-2007/Prefeitura de So Paulo)

    01008991538

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    Expressa uma finalidade a orao subordinada adverbial sublinhada em:

    a) (...) a religio toma para si a tarefa de orientar a conduta humana.b) (...) o sujeito pode tirar proveito pessoal de uma regra por t-la infringido.c) (...) o ponto de partida para a boa conduta o reconhecimento daquilo que nopode ser permitido.d) (...) as regras de convvio existem para dar base e estabilidade s relaes entreos homens.e) (...) o ideal da civilizao permitir que todos os indivduos vivam sob os mesmosprincpios ticos acordados.

    Comentrio: Temos uma orao subordinada adverbial final reduzida de infinitivo naassertiva D. Em (...) as regras de convvio existem para dar base e estabilidade srelaes entre os homens., a orao em destaque introduzida pela conjunosubordinativa adverbial final para (equivalente a para que, a fim de que),estabelecendo uma relao de finalidade em relao orao principal.

    Gabarito: D.

    14. (FCC-2009/TRE-PI)

    No usual tratar da poltica na perspectiva da afirmao da verdade. Platoafirmou, na Repblica, que a verdade merece ser estimada sobre todas as coisas,mas ressalvou que h circunstncias em que a mentira pode ser til, e no odiosa.Na poltica, a derrogao da verdade pela aceitao da mentira muito deve clssica tradio do realismo que identifica no predomnio do conflito o cerne dosfatos polticos. Esta tradio trabalha a ao poltica como uma ao estratgicaque requer, sem idealismos, uma praxiologia, vendo na realidade resistncia e nopoder, hostilidade. Neste contexto, poltica guerra e, como diz o provrbio, "emtempos de guerra, mentiras por mar, mentiras por terra".

    Recorrendo a metforas do reino animal, Maquiavel aponta que o prncipeprecisa ter, ao mesmo tempo, no exerccio realista do poder, a fora do leo e aastcia ardilosa da raposa. Raposa, leo, assim como camaleo, serpente, polvo metforas que frequentemente so utilizadas na descrio de polticos nopodem, com propriedade, caracterizar o ser humano moral que obedece aos

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    consagrados preceitos do "no matar" e do "no mentir", como lembra NorbertoBobbio.

    No plano poltico, o realismo da fora torna lmpida, numa disputa, a blicacontraposio amigo-inimigo. J o realismo da fraude mais sutil, pois operaconfundindo e aumentando a opacidade e a incerteza na arena poltica, comoacentua Pier Paolo Portinaro. Maquiavel salienta que a fraude mais importante doque a fora para assegurar o poder e consolid-lo. por esse motivo que asimulao, o segredo e a mentira so temas da doutrina da razo de Estado e averacidade no usualmente considerada uma virtude caracterstica degovernantes.

    Sustentar a simulao e a mentira como expedientes usuais na arena poltica desconhecer a importncia estratgica que a confiana desempenha napluralidade da interao humana democrtica. A confiana requer a boa-f quepressupe a veracidade. O Talmude equipara a mentira pior forma de roubo:"Existem sete classes de ladres e a primeira a daqueles que roubam a mente deseus semelhantes atravs de palavras mentirosas." O padre Antnio Vieira afirmouque a verdade filha da justia, porque a justia d a cada um o que seu, aocontrrio da mentira, porque esta "ou vos tira o que tendes ou vos d o que notendes". Montaigne observou que somente pela palavra que somos homens e nosentendemos. Por isso mentir um vcio maldito. Impede o entendimento.

    (Celso Lafer. O Estado de S. Paulo, A2, 20 de julho de 2008, com adaptaes)

    H relao de causa (1) e consequncia (2) entre os segmentos transcritos,EXCETO:

    (A)1. a clssica tradio do realismo2. derrogao da verdade pela aceitao da mentira

    (B)1. a fraude mais importante do que a fora para assegurar o poder e consolid-lo2. a simulao, o segredo e a mentira so temas da doutrina da razo de Estado

    (C)1. o realismo da fora torna lmpida, numa disputa, a blica contraposio amigo--inimigo2. o realismo da fraude mais sutil

    (D)1. a justia d a cada um o que seu2. a verdade filha da justia

    (E)1. somente pela palavra que somos homens e nos entendemos2. mentir um vcio maldito

    Comentrio: A nica assertiva que no apresenta relao de causa e consequncia a letra C. Em (...) o realismo da fora torna lmpida, numa disputa, a blica

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    contraposio amigo-inimigo. J o realismo da fraude mais sutil, temos umarelao de oposio, adversidade entre as oraes. Podemos uni-las atravs doemprego das conjunes adversativas mas, porm, contudo, todavia ...:

    (...) o realismo da fora torna lmpida, numa disputa, a blica contraposio amigo--inimigo, mas o realismo da fraude mais sutil

    (...) o realismo da fora torna lmpida, numa disputa, a blica contraposio amigo--inimigo, porm o realismo da fraude mais sutil

    Gabarito: C.

    15. (FCC-2009/TRT-3 Regio)

    Quanto mais chocarem o pensamento corrente