ESTUDO DA NATUREZA Plantas Silvestres Comestíveis · 2020. 3. 20. · Plantas Silvestres Comestíveis * Estudo da Natureza Guia das Especialidades ESTUDO DA NATUREZA Muitos alimentos

N° 74Ano 7/20191ª Edição

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Ministério dos DesbravadoresIgreja Adventista do Sétimo Dia

ESTUDO DA NATUREZA

ComestíveisPlantas Silvestres

O que vem por aí /// por Mundo das Especialidades

A natureza nos dá uma diversidade imensa de plantas alimentícias que nós nos esquecemos que podemos comer. Elas estão nos campos, jardins, nas capoeiras e nos grotões. Algumas famílias ainda as

cultivam, passando de uns para outros o conhecimento ancestral do seu aproveitamento.

Mas, essas são plantas que não têm nenhum valor comercial. Quer di-zer, o mercado não lhes dá valor monetário e por isso, não se encontram nem nas feiras livres.

As plantas que comemos, pelo mundo afora, são uma quantidade restrita das alimentícias e, nem sempre são as mais ricas ou mais saborosas.Viaje conosco nesta aventura de sabores e cores e aprenda a aproveitar ainda mais os recursos de sua Região com seu clube e seus desbravadores!Bons estudos!

Professor, Biólogo, Taxidermista, Palestrante na área de ani-mais e plantas tóxicas, fungos comestíveis silvestres e PANCs.

Líder MasterDiretor do Clube de Desbravadores Oásis do Sul da MNSR

Ex-regional por 11 anos (2004 a 2014) da ASR.

QUEM ESCREVE

EXPEDIENTE

1ª Edição: Disponível em www.mundodasespecialidades.com.br Direção Geral: Pedro Paz e Victor Ariel Diagramação e Edição: Fábio Rezende Coord. de Guias das Especialidades: Marcos Paulo Leitzke Editoração e Revisão : Aretha Stephanie Autor: Everton Belloli Moura SITE MUNDO DAS ESPECIALIDADES Telefones:(84)8778-0532 E-mail:[email protected] Site: www.mundodasespecialidades.com Facebook:Facebook.com/mundodasespecialidades DIREITOS RESERVADOS: A reprodução deste material seja de forma total ou parcial de seus textos ou imagens é permitida, des-de que seja referenciado o Mundo das Especialida-des e seus autores pela nova autoria ao fim de seu material. Todos os direitos reservados para Mundo das Especialidades UNIÃO NORDESTE BRASILEIRA UNIÃO LESTE BRASILEIRA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA MINISTÉRIO DOS DESBRAVADORES Fevereiro de 2019

Everton Belloli Moura

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Bom Estudo!

Guia das EspecialidadesESTUDO DA NATUREZA

Plantas Silvestres Comest[iveis * Estudo da Natureza . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02www.mundodasespecialidades.com.br

Introdução

A especialidade de plantas silvestres comestíveis é uma especialidade de nível 2 (dificuldade média), nesse caso, a pessoa que for realizá-la deve procurar por um instrutor que tenha conhecimentos profundos sobre a flora regional. Nosso país é muito grande e sua variedade ve-getal é enorme! Por exemplo, um botânico gaúcho não vai conseguir orientar com facilidade, no Amazonas, um desbravador que queira realizar esta especialidade. Portanto procure algum biólogo na sua região, algum estudioso sobre PANCs ou uma pessoa mais velha que tenha conhecimentos práticos de vida com alimentação vegetariana regional.

Um ótimo local para se iniciar e por em prática esta especialidade é um acampamento. Desbravadores acampam com freqüência, então programe seu acampamento para poder realizar a especialidade. Ela exigirá vários momentos, como uma caminhada para fotografar algumas plantas encontradas, um almoço para preparar alguns pratos com plantas locais que vocês tenham identificado com o auxílio do instrutor. 15 plantas é o mínimo que você deve identificar durante o tempo em que estiver completando a especialidade.

Saiba identificar cada tipo de planta

As plantas divergem bastante quanto ao porte. Algumas são baixas, outras altas, algumas são arbustivas, outras árvores então é bom con-ceituarmos 4 tipos básicos para que você possa classificar todas que fotografar:

Dica!

Guia Prático de Plantas Alimentícias Não-Convencionais

Você pode fazer o download de um pequeno guia de listagem de plantas alimentícias não convencionais e levar com você para ajudá-lo no momento da identificação em campo.

acesse: https://institutokairos.net/wp-content/uplo-ads/2017/08/Cartilha-Guia-Pr%C3%A1tico-de-PANC-Plantas-Alimenticias-Nao-Convencio-nais.pdf

Ervas

Segundo o dicionário on-line temos a descrição botânica como planta folhosa, esper-matófita, anual, bianual ou perene, que conserva o caule sempre verde e tenro, em contraste com o lenhoso de árvores e arbustos. Planta de pastagem ou forragem em geral. Na culinária é a designação comum utilizada para se referir a salsa, a cebolinha, o coentro, o manjericão e o alecrim; muito usadas como temperos. Erva é sinônimo de: grama, relva.

Um belo exemplo de erva comestível é a Erva Cidreira, também conhecido como Capim limão. Pode ser usado para chás ou sucos.

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TrepadeirasEm botânica é a designação vulgar, comum a diferentes espécies de plantas que crescem trepando (subindo) por corpos ou suportes vizi-nhos.

Qual o verdadeiro chá de hibisco?

Existem duas plantas da qual se faz o chá - a Hibiscus acetosella e a mais comum, Hibiscus sabdariffa.

A planta é parente do quiabo e os frutos são como pequenos quiabinhos - mas o que se usa é a parte denominada cálice, externa, enquanto o fruto verdadeiro, que contém as sementes, é em geral descartado. Dessa forma, não é flor nem fruto, é cálice. Ou seja, a parte externa do fruto, que se forma após a floração.

O chá, vermelho, ácido e com sabor frutado característico é feito com os cálices dos peque-nos frutos que a planta produz, colhidos ainda imaturos e colocados para secar. As folhas são comestíveis, sendo usadas frescas em saladas e sucos, assim como em chás e mesmo em arroz e sopas. As sementes são ricas em proteínas e po-dem virar farinha, granola e crocante. Ou seja, é uma planta que tudo se aproveita.

O mara-cujazeiro

exemplificabem as tre-

padeirascomestíveis

ArbustosVegetal terrestre de caule lenhoso, ramificado desde a base, de tal ma-neira, que se torna impossível distinguir qual o eixo (caule) principal.

Este é exemplo de arbustos comestíveis pode

gerar uma certa confusão por causa do

nome. Fique atento!

w Guia das EspecialidadesESTUDO DA NATUREZA

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Árvores Vegetal de grande porte, mas que só se ramifica a uma certa altura do solo, de caule geralmente muito lignifi-cado e perene. Destaca-se nitidamente o eixo princi-pal, que é o próprio tronco, dos eixos de ordem maior, que são os ramos.

ATENÇÃO!

Ao identificar as plantas, não esqueça de dizer quais partes são comestíveis, pois algumas plantas tem partes comestíveis e partes tóxicas.

Se você não souber e consumir a parte errada, pode acabar com uma boa dor de barriga na melhor das hipó-teses e na pior, pode até levar à morte.

Por exemplo a costela-de-Adão (Monstera deliciosa) que tem folhas tóxicas e frutos maduros comestíveis.

Lindas frutinhas cor de rosa, também conhecida como pimenta-rosa, o fruto da aroeira pode ser usado para temperar verduras e saladas, ou em geleia (qual-quer receita antiga de geleia serve). As folhas da aroeira são muito boas para problemas de pele - com elas pode-se fazer banhos, macerados, emplastros e pomadas.

Prática da especialidade Esta especialidade precisará de aulas essencialmente práticas pois exige, além de identificar, comer e preparar diversas partes e de diversos modos. Por exemplo, fru-tos podem ser comidos de maneira in natura, mas outras partes como raízes e folhas ficam melhor se forem cozi-das ou assadas.

Vamos citar 5 frutos comestíveis não tão comuns (caso contrário, não seriam silvestres), que podemos comer ao natural, como a pixirica (Leandra autralis), o figo-da-Índia (Opuntia ficus-indica), o araçá (Psidium araca Raddi), a pitanga (Eugenia uniflora), o pêssego-do-mato (Eugenia myrcianthes Nied) e o bacupari (Garcinia brasiliensis).

Podemos fazer também bebidas como sucos e chás, por exemplo, com a raiz (caule subterrâneo tipo rizoma) do gengibre-branco (Hedychium coronarium), com a erva tanchagem (Plantago major) e a erva-cidreira (Melissa officinalis).

Para acompanhar os pratos quentes, as saladas caem mui-to bem com folhas da trepadeira ora-pro-nóbis (Pereskia aculeata) e das ervas mentruz (Coronopus didymus) e tra-poeraba (Tradescantia pallida purpúrea). As flores da tre-padeira capuchinho (Tropaeolum majus) também dão um belo colorido na salada.

Suco de tr

apoeraba R

oxa.

Salada de capuchinha e flores de ora-pro-nóbis



Muitos alimentos podem ser preparados através da fervura, como os chás, mas alguns precisam passar antes por um processo de eliminação de toxinas, como é o caso do um-bigo de bananeira ou coração de bananeira, que é aquela espécie de flor que fica no final do cacho de bananas. Se-gue uma receita:

Coração de bananeira• Pegue o umbigo e tire as e primeiras folhas, jogue fora pois são duras;

• Corte o umbigo em rodelas bem finas;

• Coloque tudo que cortou em uma panela com água e coloque no fogo para ferver;

• Repita o procedimento anterior mais 2 vezes, trocando a água para tirar o amargo, depois coloque para escorrer;

• Em seguida em uma panela coloque o óleo, o alho amas-sado e quando fritar coloque o umbigo escorrido, mexa e coloque o sal;

• Tampe a panela e deixe cozinhar por uns 20 minutos;

• Acrescente a cebola, a azeitona e a pimenta-do-reino;

• Veja se está bom de sal e o umbigo esta molinho;

• Desligue o fogo e esta prontinho para servir com arroz.

Refogado de umbigo de bananeira

Farinha-de-ora-pró-nobis:• Lave bem e deixe escorrer toda a água das folhas;

• Feito isso, as folhas já podem ir ao forno em temperatura de 150 graus e mexendo as folhas sempre;

• Vão virando , mudando a forma de posição para que fi-quem por igual;

• O tempo que vai levar, depende muito da quantidade de folhas que vc vai fazer a farinha;

• Feito isso, vamos bater no liquidificador;

• Está pronta para consumo.

Ora-pro-nóbis florida.



Pinhão tostado

Fritar alimentos é outro modo de preparo, mas graças ao avanço científico, hoje sabemos que a maioria dos óleos vegetais viram gordura trans (prejudicial pra saúde) após serem aquecidos. Mas muitas pesquisas indicam que o óleo de coco não se modifica com o aquecimento. Então recomendamos o uso deste óleo para fritar. Além disso, não deixa de ser uma planta silvestre que pode ser muito bem aproveitada. Podemos citar como exemplo as flores de ipê-amarelo e do peixinho, fritas e empanadas.

Assar alimentos é muito simples e muito saudável. O rizo-ma da taioba e o do inhame podem ser assados e usa-se para fazer farinha e em forma de purê. Por possuir muito amido, é ótimo espessante para caldos e sopas.

O pinhão é uma planta que ocorre comumente no sul do país, assim como a castanha-do-pará ocorre no norte, Cada região tem suas plantas típicas, mas que podem ocorrer também em outros estados se ela conseguir se adaptar às condições ambientais. O pinhão é uma semen-te de uma árvore chamada pinheiro-do-Paraná, típica do sul do Brasil, e nessa região, costuma-se tostá-lo sobre a chapa do fogão a lenha e então descascá-lo e comê-lo, nos dias frios do inverno sulino.

Melhor do que comer, é saber O QUE NÃO COMER!

Quando você estiver procurando plantas para comer em algu-ma mata ou bosque, poderá se deparar com fungos. Existem vários cogumelos silvestres comestíveis, mas não faz parte da cultura sul americana comê-los. Devido, talvez, à globalização de informações hoje sabemos que alguns cogumelos que encontramos no Brasil vieram de países europeus, juntamente com suas mudas de plantas ou sementes que foram introduzidas.

Mas como saber qual é possível ingerir?

Na verdade é necessário um bom curso e uma boa prática. Como biólogo, conheço aproximadamente 7 espécies de fungos comestíveis, os quais coleto todo ano para consumo. Mas a mi-nha recomendação é que, se você não tem total certeza, não coma! Cogumelos tóxicos, também são bem comuns e alguns podem levar à morte!

Algo mais importante do que saber o que comer, é saber o que não comer!

Plantas a evitar 1.Família: AraceaeComigo-ninguém-pode (Dieffenbachia spp. )

Planta responsável pelo maior número de casos de intoxi-cação registrados, anualmente, no Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul.

Acumulam sais, como oxalato de cálcio, na forma de cristais, em forma de agulhas microscópicas, dentro de suas células. Quando partes da planta são mastigadas e ingeridas causam dor em queimação, edema nos lábios, boca, língua.

Exemplos da mesma família: Copo-de-leite (Zanthedes-chia aethiopica L. Spreng.) e costela-de-Adão (Monstera deliciosa Liebm)

Costela de Adão



2. Família: EuphorbiaceaeCoroa-de-cristo (Euphorbia millii Des Moulins)

Planta semi-herbácea, com espinhos rígidos e folhas con-centradas na parte superior dos ramos. Possui pequenas inflorescências protegidas por brácteas vermelhas. A planta possui látex branco, cáustico e irritante, tendo efeito sobre as mucosas (oral e ocular). Em contato com os olhos oca-siona conjuntivite e lesões mais graves como perfuração da córnea e cegueira. Em contato com a pele causa quei-maduras, com formação de vesículas e pústulas. Quando a planta é mastigada e ingerida provoca salivação excessiva, náuseas, vômitos e diarreia.

Outras plantas com látex: leiteiro-vermelho, avelós, poinsé-tia ou flor-de-Natal, figueiras, jasmim-manga.

3. Família : SolanaceaeCartucheira, Datura (Brugmansia suaveolens )

Arbusto, nativo, ocorre espontaneamente em orla de mata. Principais sintomas de intoxicação incluem distúrbios gas-trintestinais, hiperemia, hipertermia, taquicardia, alucina-ções e confusão mental.

4. Família: ApocynaceaeEspirradeira (Nerium oleander L.)

Planta arbustiva, exótica, ornamental com glicosídeos car-díacos distribuídos em todo vegetal verde ou dessecado. Os sinais de intoxicação incluem manifestações gastroin-testinais, distúrbios cardíacos e distúrbios visuais e neuro-lógicos).

5. Família: AraliaceaeHera (Hedera helix L.)

Planta trepadeira, ornamental, com folhas simples com lobos triangulares (3-5), de cor verde escura, podendo apresentar manchas brancas ou não. Os frutos são bagas globulares de 6- 8 mm. A ingestão das folhas e frutos cau-sa náuseas, vômitos, salivação excessiva, dor abdominal, diarreia, problemas respiratórios e neurológicos. O conta-to com a seiva causa dermatite alérgica com formação de edema local, dor e eritema com lesões vesiculosas.

Outras plantas com glicosídeos saponínicos: umbú, tun-gue, orelha-de-macaco, amor-perfeito, cicas.

Coroa de Cristo

Cartucheira

Hera Venenosa



6. Família: MeliaceaeCinamomo (Melia azedarach L.)

Árvore de porte elegante e casca fina cinzenta ou castanha, com folhas compostas e fruto drupáceo, muito utilizada na arborização urbana. As flores são pequenas, aromáticas e de cor arroxeada. Os frutos contêm triterpenos, produzin-do espuma quando misturados na água. Quando ingeridos causam aumento de salivação, náuseas, vômitos e diarreia.

Outras plantas com Triterpenos: neem.

7. Família: AnacardiaceaeAroeira-brava (Lithraea brasiliensis March)

Os uroshiois são substâncias que se desprendem da plan-ta em qualquer época do ano. Não precisamos tocar na planta para sentir os efeitos desses compostos, elas são voláteis e se encontram dispersas no ar. Causam quadro alérgico (espirros, coriza, lacrimejamento) e de sensibiliza-ção.

Outra planta com Urushiois: aroeira-periquita

8. Família : AsteraceaeMaria-mole, Flor-das-almas (Senecio brasiliensis Less.)

Planta nativa, comum em campos no sul e sudeste do Bra-sil. A planta inteira contém alcalóides hepatotóxicos e car-cinogênicos.

Cinamomo

Flor das Almas

De maneira geral, não existe uma regra pra definir se uma planta é ou não comestível! Existem plantas com partes tóxicas e partes comestíveis como a costela-de-Adão. Existem plantas totalmente comestíveis ou total-mente tóxicas. Existem plantas que quando verdes são tóxicas e quando maduras são comestíveis. Existem plantas que se comidas cruas são tóxicas, mas depois de cozidas se tornam comestíveis. E existem algumas plantas que são tão difíceis de identificar, pois têm parentes muito semelhantes, que não vale a pena arriscar, pois se você comer a planta errada pode parar no hospital! É necessário muita experiência e informação para que você consiga identificar com certeza se uma planta é ou não é comestível. Portanto, existe uma regra muito importante que deve-se levar em consideração:

“Na dúvida, não ultrapasse!”



1. Beldroega pequena (Portulaca oleracea) – folhas para sucos, sopas e saladas. É também medicinal;

2. Beldroega grande (Talinum paniculatum) – como a bel-droega pequena suas folhas são usadas em saladas, so-pas e sucos;

3. Capuchinha (Tropeoalum majus) – suas flores são usa-das em salada e suas folhas em saladas e sucos verdes;

PANC nada mais é do que um acrônimo para tentar contemplar as Plantas Alimentícias Não Convencionais, ou seja, plantas que possuem uma ou mais das categorias de uso alimentício citada(s) antes que não são comuns, não são cor-riqueiras, não são do dia a dia da grande maioria da população de uma região, de um país ou mesmo do planeta, já que temos atualmente uma alimentação básica muito homogênea, monótona e globalizada. Vamos apresentar aqui, alguns dos exemplos do que é considerado PANC.

4. Caruru (Amaranthus viridis L.) -parente da quinua – usam-se as folhas para saladas, refogados, recheios e patês; as sementes são usadas cozidas ou torradas, em recheios e como cereal;

5. Dente de leão (Taraxacum officinale) – é uma planta me-dicinal estimulante, digestiva e depurativa. Suas folhas po-dem ser comidas em saladas ou batidas em sucos verdes;



6. Hibiscus (Hibuscis sp.) – Apesar da origem africana, adaptou-se ao clima do país. De suas flores é feito o chá ou suco muito nutritivo. Suas sementes são ricas em proteínas e dela feita uma farinha que pode ser adicionada ao feijão. Seus frutos também são comestíveis;

7. Lingua de vaca/ azedinha (Rumex acetosa) – folhas apre-ciadas na salada. Não devem ser comidas em excesso pela presença de ácido oxálico;

8. Ora pro nobis (Pereskia aculeata) – suas folhas são usa-das refogadas, em sucos verdes, patês e saladas. Suas folhas secas podem ser usadas como orégano ou como farinha. Deve-se tomar cuidado ao colher, pois possui espi-nhos. São ricas em ferro, proteínas e cálcio;

9. Pêssego do mato (Eugenia myrciantes) – fruto;



10. Picão / carrapixo (Bidens pilosa) – mais uma planta cujas folhas podem ser usadas em saladas;

11. Serralha (Sonchus oleraceus) – usam-se as folhas como salada e refogadas; rica em vitamina A, D e E é similar ao espinafre;

12. Taboa (Typha domingensis)- os brotos e centro do caule podem ser usados como palmito; das inflorescências tira-se o pólen que pode ser usado como cereal e em massas de pães e bolos; pode-se comê-lo cru. Por fim, a raiz pode ser cozida e tem o mesmo teor de proteína do milho e ba-tata.

NOTA: não colha taboas por aí, pois ela absorve metais pesados da água. Certifique-se que a água próxima das taboas é potável;

13. Taioba (Xanthosoma sagitifolium) – planta de sub-bos-que, gosta de sombra e se adapta bem a sistemas agro-florestais. Suas folhas podem ser comidas refogadas; seus tubérculos podem ser usados como a mandioca ou inha-me;

14. Trançagem / tanchagem (Plantago major) – usam-se as folhas como salada e refogadas. É também usada como planta medicinal, como infusão no caso de ardor no estô-mago e cataplasma para feridas na pele, acnes e picadas de inseto;

15. Urtiga / Cansanção (Urtiga dioica) – usam-se as folhas somente refogadas, jamais cruas.



Esta especialidade eleva seu nível de conhecimento muito além do que muitos desbra-vadores possuem. Agora, você pode até levar menos comida no seu acampamento, já que você conhecerá espécies que podem ocorrer em meio a natureza local que podem

ser consumidas e também as que não podem!

Parabéns pela conquista!

fONTES:https://www.dicio.com.br/erva/

https://querodieta.com/sucos-para-emagrecer/suco-de-erva-cidreira-com-limao-para-emagrecer/

https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/trepadeira

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