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ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA-EIV
Empreendimento Habitacional de Interesse Social – HMV-EHIS
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4
2 IDENTIFICAÇÃO E FICHA TÉCNICA ........................................................................ 6
3 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA ................................. 9
3.1 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL .......................................................................... 12
3.2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL ....................................................................................... 13
4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA.................................................. 14
4.1 DELIMITAÇÃO DA VIZINHANÇA DIRETA .......................................................... 14
4.2 DELIMITAÇÃO DA VIZINHANÇA INDIRETA ...................................................... 16
5 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL ................................................................... 18
5.1 CARACTERIZAÇÃO URBANÍSTICA ...................................................................... 18
5.2 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO ................................................................... 22
5.3 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL .......................................................................... 23
5.4 INFRAESTRUTURA DISPONÍVEL ........................................................................... 25
5.5 EQUIPAMENTOS PÚBLICOS .................................................................................... 29
6 PROGNÓTICO E IDENTIFICAÇÃO DE IMPACTOS .............................................. 35
6.1 RUÍDOS E VIBRAÇÕES .............................................................................................. 36
6.2 POLUIÇÃO .................................................................................................................... 39
6.3 RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................................................... 43
6.4 SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO ................................................................................. 46
6.5 MICROCLIMA, VENTILAÇÃO E INSOLAÇÃO ..................................................... 47
6.6 PERMEABILIDADE DO SOLO E DRENAGEM ...................................................... 49
6.7 MOVIMENTAÇÃO DE TERRA .................................................................................. 50
6.8 REDES DE ABASTECIMENTO E ESGOTAMENTO .............................................. 51
6.9 TRÂNSITO E MOBILIDADE ...................................................................................... 52
6.10 EDUCAÇÃO ................................................................................................................... 54
6.11 SAÚDE ............................................................................................................................ 55
6.12 SISTEMA DE LAZER ................................................................................................... 56
6.13 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO.................................................................................... 57
6.14 ADENSAMENTO POPULACIONAL ......................................................................... 57
6.15 VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA ................................................................................ 58
6.16 PAISAGEM URBANA E PATRIMONIO NATURAL E CULTURAL .................... 59
7 MEDIDAS MITIGADORAS ........................................................................................... 59
7.1 PROGRAMA DE CONTROLE E MONITORAMENTO DE OBRAS ..................... 60
8 MEDIDAS COMPENSATÓRIAS .................................................................................. 64
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9 CUSTOS E CRONOGRAMA ......................................................................................... 64
10 SINTESE DOS IMPACTOS ........................................................................................... 65
11 CONCLUSÃO .................................................................................................................. 70
ANEXOS ANEXO I. Termo de Ajuste de Conduta (TAC)
ANEXO II. Ficha Informativa e Matrícula
ANEXO III. Mapa da Área Diretamente Afetada (ADA)
ANEXO IV. Mapa da Área de Influência Direta (AID)
ANEXO V. Mapa da Área de Influência Indireta (AII)
ANEXO VI. Mapa de Uso e Ocupação do Solo da AII
ANEXO VII. Mapa dos Recursos Ambientais da AII
ANEXO VIII. Informe Técnico da SANASA
ANEXO IX. Mapa dos Principais Eixos Viários
ANEXO X. Mapa dos Equipamentos Públicos de Educação
ANEXO XI. Mapa dos Equipamentos Públicos de Saúde
ANEXO XII. Tabela síntese das linhas de ônibus disponíveis
ANEXO XIII. Projeto Arquitetônico do Empreendimento
ANEXO XIV. Cronograma de Execução da Obra
ANEXO XV. Anotação de Responsabilidade Técnica
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1 INTRODUÇÃO
O Decreto n° 11.035, de 16 de dezembro de 1992, “Aprova os planos de
arruamento e loteamento para implantação de conjunto habitacional de interesse
social, denominado “Parque Residencial Vila União”; esse foi alterado pelo Decreto n°
18.856, de 16 de setembro de 2015. O projeto do referido loteamento, previa lotes
destinados para “equipamentos comunitários” de natureza privada, sendo essa,
terminologia equivocada, promovendo o uso inadequado de lotes. Ainda, ao longo dos
anos foram aprovadas construções comerciais, de serviço e institucionais em lotes que
haviam sido destinados ao uso residencial.
Dessa forma foi instaurado o Inquérito Civil n°14.0713.0002475/16-3, que
conforme Ordem de Serviço nº 8 de 25 de junho de 2018, suspendeu o andamento dos
protocolos de aprovação de empreendimento localizados em lotes do Loteamento
Residencial Vila União, e buscou regulamentar os usos nos lotes em questão.
Assim, foi firmado Termo de Compromisso e Ajustamento de Conduta junto ao
Ministério Público que estabeleceu os usos permitidos nos lotes, e determinou a
alteração da redação do Decreto 11.035, de 16 de dezembro 1992, alterado pelo Decreto
18.856, de 16 de setembro de 2015. Dessa forma, através do Decreto n° 20.584, de 19
de novembro de 2019, o Parágrafo 1° do Artigo 3º passou a dispor que:
“O uso residencial para lotes das quadras mencionadas no “caput” só poderá ser
autorizado se previsto na lei de uso e ocupação do solo vigente e desde que se
comprove a capacidade do sistema viário, dos equipamentos urbanos e comunitários e
a existência de comércios e serviços no bairro, capazes de absorver a demanda gerada
pelos empreendimentos residenciais”.
Assim, o presente Estudo de Impacto de Vizinhança, busca cumprir com o citado
no parágrafo transcrito acima, uma vez que, o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)
trata-se de uma ferramenta urbanística preventiva aos impactos urbanísticos que a
implantação de certo empreendimento possa vir a causar em equipamentos urbano e
comunitários, sendo um instrumento de planejamento e gestão urbana, instituído pelo
Estatuto da Cidade (Lei Federal n° 10.257, de 2001).
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No Município de Campinas o EIV foi instituído através da Lei Complementar n.º
208/2018, popularmente denominada de Lei de Uso e Ocupação do Solo no Município
de Campinas, e regulamentado pelo Decreto Municipal n.º 20.633/2019, sendo seu
conteúdo mínimo especificado no Artigo 16:
Art. 16. O Estudo de Impacto de Vizinhança e Relatório de Impacto de Vizinhança para
tipologia de ocupação habitacional multifamiliar deverão contemplar o seguinte
conteúdo mínimo:
I - caracterização do empreendimento, com:
a) área prevista de construção;
b) número de pavimentos;
c) número de unidades habitacionais.
II - os efeitos positivos e negativos do novo empreendimento quanto à
qualidade de vida da população, contemplando os seguintes aspectos:
a) adensamento populacional;
b) demandas por serviços e equipamentos comunitários de educação e
saúde;
c) demandas por outros serviços e equipamentos comunitários e de
infraestrutura urbana;
d) alterações na dinâmica do uso e ocupação do solo e seus efeitos na
estrutura urbana;
e) valorização ou desvalorização imobiliária da vizinhança;
f) quantificação da geração de tráfego e identificação de demandas por
melhorias e complementações nos sistemas viário e de transporte coletivo
nos termos deste Decreto;
g) relação da volumetria e das intervenções urbanísticas propostas com as
vias e logradouros públicos, especialmente quanto à ventilação, iluminação,
sombreamento, paisagem urbana, recursos naturais e patrimônio histórico e
cultural da vizinhança.
III - cronograma da obra e/ou marcos contratuais;
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IV - avaliação do impacto do empreendimento no meio urbano,
considerando os efeitos diretos e indiretos, temporários ou permanentes,
durante a execução da obra e pós-ocupação na área de influência.
Parágrafo único. Tratando-se de empreendimento com várias torres ou
blocos e havendo interesse do empreendedor em executá-lo em etapas,
deverá ser discriminado no cronograma o detalhamento do conteúdo e
prazos para conclusão de cada etapa e demais especificações necessárias,
devendo garantir a funcionalidade e a autonomia de cada etapa da obra de
infraestrutura e/ou dos melhoramentos.
2 IDENTIFICAÇÃO E FICHA TÉCNICA
O presente Estudo de Impacto de Vizinhança visa analisar o cenário após a
implantação do empreendimento habitacional de interesse social (HMV-EHIS) a ser
implantado com frente para Rua Maria Pink Luis, n.º 40 (lote 001 – quarteirão 09331-
T2), no Parque Residencial Vila União, no Município de Campinas, estado de São
Paulo, de responsabilidade da União II – Campinas Construções SPE Ltda. A Ficha
Técnica poderá ser consultada na Tabela 1:
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Tabela 01. Dados gerais do empreendimento, autor do projeto e empreendedor.
EMPREENDIMENTO
TIPO: Implantação de Empreendimento Habitacional de Interesse Social
LOCALIZAÇÃO: Rua Maria Pink Luis, n° 40 (lote 001, quarteirão 09331-T2)
Parque Residencial Vila União, Campinas.
UNIDADES: 112 unidades habitacionais
ÁREA CONSTRUÍDA: 6.272,18 m²
AUTOR DO PROJETO ARQUITETÔNICO
ARQUITETO: Bianca de Almeida Candelária Madureira
RRT: 8659306
CAU: A39596-0
EMPREENDEDOR
NOME: UNIÃO II – CAMPINAS CONSTRUÇÕES SPE LTDA
CNPJ: 21.995.969/0001-10
CONTATOS: telefone: (19) 99750-3397
e-mail: [email protected]
AUTOR DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
NOME: Plana Licenciamento Ambiental
CNPJ: 19.672.262/0001-20
EQUIPE: Pedro Pereira – Jornalista
Maria Eduarda Gonçalves – Eng. Ambiental e Sanitária
Helena Santos Eugenio – Eng. Ambiental
Silvia Bastos Rittner – Eng. Civil
ENDEREÇO: Rua Rafael Andrade Duarte, 266 – Nova Campinas, Campinas – SP.
CONTATOS: telefone: (19) 3234-0243 / (19) 3237-8344
e-mail: [email protected]
O lote onde se pretende implantar o empreendimento conta com 3.418,71 m²,
conforme Figura 1, abaixo disposta. Ainda, possui Ficha Informativa n.º 157.922 e
Matricula n.° 146.926 registrada no 3º Cartório de Imóveis de Campinas, ambos
documentos estão disponíveis no Anexo II.
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Figura 1. Imagem área da área onde pretende-se implantar empreendimento.
O empreendimento habitacional, conforme Projeto Arquitetônico, não contará
com subsolo, sendo as 118 vagas previstas alocadas no nível térreo. Cada unidade
possuirá uma vaga e as demais seis vagas destinadas a visitantes.
O projeto do empreendimento que se pretende implantar conta com duas torres.
Na Torre 01 estão projetadas 56 unidades habitacionais distribuídas em 8 pavimentos;
na Torre 02 estão projetadas 56 unidades habitacionais distribuídos em 9 pavimentos.
Os pavimentos tipo contarão com 07 unidades por andar e no pavimento térreo da Torre
2 serão alocadas áreas de lazer.
O terreno apresenta 3.418,71 m² e o projeto prevê área construída de 6.256,78
m². Cumpre-nos destacar que apenas 754,16 m² serão ocupados por edificação,
permanecendo 2.664,55 m² livres, sendo que 318,41 m² permanecerão gramadas e
permeáveis e 426,29 m² serão constituídos de pisograma, permitindo permeabilidade
mínima de 30 %.
Na Tabela 2, abaixo poderá ser consultado o resumo de áreas previstas no
projeto.
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Tabela 2. Resumo de Áreas de acordo com Projeto Simplificado.
A infraestrutura interna e redes de água e esgoto será executada pelo
empreendedor até a interligação na rede pública já existente. As diretrizes expedidas
pelas concessionárias atestam a viabilidade do empreendimento e o possível
atendimento da nova demanda do residencial. Tais diretrizes serão apresentadas no
decorrer do presente estudo.
As obras estão programadas para serem executadas em 20 (vinte) meses, com
início no primeira semestre do ano de 2.021, com uma média mensal de 30
colaboradores trabalhando, entre eles funcionários fixos e flutuantes.
3 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DIRETAMENTE AFETADA
A Área Diretamente Afetada (ADA) corresponde ao terreno onde se dará a
implantação do futuro empreendimento imobiliário residencial de interesse social, ou
seja, uma área de 3.418,71 m², com frente para a Rua Maria Pink Luis, n.º 40 (Lote 001
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– quarteirão 09331-T2), Parque Residencial Vila União, no Município de Campinas,
estado de São Paulo.
O lote está inserido na área urbana do Município de Campinas e, atualmente se
encontra livre de qualquer edificação. A delimitação do terreno poderá ser consultada na
Figura 2 abaixo disposta, onde consta Mapa da Área Diretamente Afetada do
empreendimento, como também em formato de Mapa no Anexo III, do presente estudo.
Figura 2. Delimitação da Área Diretamente Afetada do empreendimento.
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Abaixo poderá ser visualizado relatório fotográfico com imagens da vista geral
da área em estudo:
Figura 3. Vista geral da propriedade.
Figura 4. Vista geral da propriedade.
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Figura 5. Vista geral da propriedade.
3.1 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL
A Área Diretamente Afetada está localizada na Bacia do Capivari e na
Microbacia do trecho central do Rio Capivari. Quanto a sua caracterização não foi
possível verificar qualquer tipo de recurso ambiental protegido. Em Laudo de
Caracterização de Vegetação elaborado, é possível verificar apenas a incidência de 5
(cinco) árvores isoladas, que são elas:
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Tabela 3. Indivíduos arbóreos encontrados na ADA.
FAMÍLIA
NOME
CIENTÍFICO
NOME
POPULAR ORIGEM
DAP
(m²) ALTURA
VOLUME
LENHOSO
(m³)
MANEJO
1 Anacardi-
aceae Schinus molle
Aroeira-
salsa Nativa 0,12 7,0 0,09 Preservar
2
Nativa 0,24 6,0 0,13 Preservar
3 Moraceae Artocarpus
heterophyllus Jaqueira Exótica 0,11 6,0 0,03 Preservar
4 Fabaceae Leucaena
leucocephala Leucena
Exótica
invasora 0,18 7,5 0,10 Suprimir
5 Fabaceae Leucaena
leucocephala Leucena
Exótica
invasora 0,20 7,0 0,11 Suprimir
0,46
Haverá necessidade de supressão de apenas duas árvores isoladas, devendo a
mesma ser autorizada pela Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável – SVDS.
3.2 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
Em conformidade com o que delibera a legislação municipal, especialmente o
Plano Diretor (Lei Complementar n.º 189/2018) e a Lei de Uso e Ocupação do Solo do
Município de Campinas (Lei Complementar n.º 208/2018), a ADA está inserida no
perímetro urbano do Município, especificamente na “Macrozona Macrometropoliatna”,
Área de Planejamento e Gestão APG Santa Lúcia.
Ainda de acordo com o disposto na Lei Complementar n.º 208/2018 e a Ficha
Informativa n.º 157.922, de 22 de outubro de 2019, o zoneamento incidente no local é a
Zona de Centralizada – ZC 02, que apresenta como principais parâmetros de uso, os
seguintes:
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- ARTIGO 65. INCISO V. Trata-se de zona definida pelos eixos do DOT
(Desenvolvimento Orientado pelo Transporte) de média densidade habitacional com
mescla de usos residencial, misto e não residencial de baixa, média e alta
incomodidade, observado que:
a) o CA min será equivalente a 0,50 (cinquenta centésimos); e
b) o CA max será equivalente a 2,0 (dois);
- ARTIGO 71. INCISO V. Para Zona de Centralidade 2 – ZC2, são permitidos os
seguintes usos: HU, HMV, CSEI e HCSEI, e proibidos novos loteamentos,
parcelamentos ou desdobros que resultem em lotes com área menor que 400,00m²
(quatrocentos metros quadrados);
- ARTIGO 85. INCISO III. ALÍNEA D). A densidade habitacional mínima e a
máxima serão respectivamente de: 100uh/ha (cem unidades habitacionais por hectare)
e 500uh/ha (quinhentas unidades habitacionais por hectare).
- ARTIGO 107. INCISO V. Para Zona de Centralidade 2 – ZC2, para usos HMV, a
taxa de permeabilidade do solo será: 0,1 para lotes com área maior que 400,00m²;
4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA
4.1 DELIMITAÇÃO DA VIZINHANÇA DIRETA
A vizinhança direta ou Área de Influência Direta (AID) é aquela considerada
como a mais afetada pelos impactos decorrentes do empreendimento, durante as suas
fases de implantação e operação.
Para delimitar a Área de Influência Direta (AID) do empreendimento, conforme
metodologia consagrada para Estudos de Impactos de Vizinhança – EIV, utilizou-se o
raio de 100 metros dos limites do empreendimento, conforme Figura 06, abaixo
disposta, como também em formato de Mapa no Anexo IV do presente estudo.
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Figura 6. Delimitação da Área de Influência Direta do empreendimento.
A Área de Influência Direta (AID) do empreendimento abrange
aproximadamente 6,95 hectares, cujos usos foram enquadrados em ordem de maior
expressão local, como: Residencial unifamiliar; Residencial multifamiliar; Áreas verdes.
Vale ressaltar que o vizinho confrontante do futuro empreendimento é uma
instituição denominado “Maloca Arte e Cultura”, conforme é possível observar na
Figura 7.
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Figura 7. Vista da instituição denominada “Maloca Arte e Cultura”.
4.2 DELIMITAÇÃO DA VIZINHANÇA INDIRETA
A vizinhança indireta ou Área de Influência Indireta (AII) é aquela que poderá
sofrer algum tipo de impacto decorrente da implantação do residencial, mesmo que não
direto.
Para delimitar a Área de Influência Indireta (AII) do empreendimento, conforme
metodologia consagrada para Estudos de Impactos de Vizinhança – EIV, utilizou-se o
raio de 500 metros dos limites do empreendimento, conforme Figura 8, abaixo disposta,
como também em formato de Mapa no Anexo V do presente estudo.
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Figura 8. Delimitação da Área de Influência Indireta do empreendimento.
A Área de Influência Indireta (AII) do empreendimento abrange
aproximadamente 93,44 hectares, cujos usos foram enquadrados em ordem de maior
expressão local foram:
- Residencial unifamiliar (25,76 %);
- Comércio e serviços (21,13 %);
- Residencial multifamiliar (9,45 %);
- Público (2,5 %);
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- Verde (2,13 %);
- Institucional (1,83 %);
- Livre (0,58 %);
- Misto (0,06 %);
O Mapa de Uso e Ocupação do Solo da Área de Influência Indireta (AII) do
poderá ser consultada no Anexo VI, do presente estudo.
5 DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL
5.1 CARACTERIZAÇÃO URBANÍSTICA
Conforme Mapa de Uso e Ocupação do Solo disposto no Anexo VI do presente
Estudo de Impacto de Vizinhança confeccionado a partir da análise de imagens aéreas e
visitas aos bairros locais, a ocupação predominante na área de influência são as
residências unifamiliares, seguida de usos comerciais e de serviços e residenciais
multifamiliares.
Tal constatação demonstra que a Área de Influência Indireta do empreendimento
trata-se de área prioritariamente residencial com pouco ocorrência de comércios e
serviços de pequeno porte.
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Figura 9. Empreendimentos multifamiliar encontrados na Área de Influência do lote em estudo – Rua
Dona Neuza Gourlart Brizola.
Figura 10. Empreendimentos multifamiliar encontrados na Área de Influência do lote em estudo – Rua
Dona Esmeralda Oliveira Mathias.
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Figura 11. Residenciais unifamiliares encontrados na Área de Influência do lote em estudo – Rua Maria
Pink Luis onde se dará o acesso ao empreendimento pretendido.
Figura 12. Áreas verdes encontradas em frente ao empreendimento pretenditdo – Rua Doutora Joana
Zanaga Aboim Gomes.
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Figura 13. Comércios locais encontrados na Área de Influência do empreendimento – Rua José Lourenço
de Sá.
Figura 14. Centro de Saúde – Vila Únião – Rua Orlando Mei.
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Figura 15. Escola Estadual Dona Valentina Silva de Oliveira Figueiredo encontrada na Área de
Influência – Rua Graciliano Ramos.
Considerando o zoneamento estabelecido pela legislação vigente, Lei
Complementar n.º 208/2018, bem como em consulta ao Zoneamento Online de
Campinas, os zoneamentos incidentes na AII, são os listados abaixo, e condizem com os
usos encontrados na área:
Zona Mista 02 – ZM2
Zona de Atividade Econômica A – ZAE A;
Zona Mista 01 – ZM1.
5.2 CARACTERIZAÇÃO DA POPULAÇÃO
Nota-se, através das imagens aéreas, que o entorno é ocupado basicamente por
residências e comércios e serviços de pequeno porte. A vizinhança imediata é ocupada
por casas residenciais unifamiliares, bem como por uma área verde.
De maneira geral, o perfil socioeconômico da população residente encontrado
está enquadrado em classe média, especificamente entre as classes B e C, que varia
entre 4 e 20 salários mínimos.
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5.3 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL
Na Área de Influência Indireta há incidente o Córrego Bandeirantes e sua
respectiva Área de Preservação Permanente, essa ocupa 7,11 hectares da área de
influência e encontra-se descaracterizada, conforme observa-se na Figura 16. O
mapeamento dos recursos ambientais pode ser consultado na Figura 17 abaixo disposta
e no Mapa de Recursos Ambientais disponível no Anexo VII, do presente estudo.
As áreas verdes encontradas e assim caracterizadas no Mapa de Uso e Ocupação
do Solo (Anexo VI), constituem-se basicamente por áreas públicas, como canteiros
centrais e praças.
Figura 16. Área de Preservação Permanente descaracterizada.
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Figura 17. Recursos ambientais incidentes na AII do empreendimento.
De acordo com o Portal DATAGEO – Sistema Ambiental Paulista,
disponibilizado através do sítio online: “http://datageo.ambiente.sp.gov.br/” através do
Governo do Estado de São Paulo, na Área de Influência Indireta não foram encontrados
dentro na AII pontos de contaminação registrados na CETESB em 2019, sendo os
pontos mais próximos localizados a 1 km do limite da AII.
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5.4 INFRAESTRUTURA DISPONÍVEL
- DRENAGEM
A alternativa de drenagem existente é o lançamento da água pluvial coletada
direto na rede pública, já que não há qualquer curso d’água nos limites da propriedade.
O lançamento da drenagem do empreendimento será objeto de autorização e aprovação
do órgão público competente, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (SEINFRA).
Vale ressaltar que foi verificada dispositivos de drenagem pública, tais como sarjetas e
galerias de águas pluviais implementadas capazes de atender a área do empreendimento.
Sendo assim, para o projeto de drenagem do residencial pretendido foi realizado
um estudo das bacias de contribuição e das redes existentes na proximidade para
verificar qual a solução mais adequada para lançamento da água pluvial do
empreendimento, afim de evitar problemas como enchentes e inundações para a região
do entorno. Dessa forma, o projeto prevê o lançamento no bueiro da Rua Maria Pink
Luis.
De mais a mais, o projeto que está em estudo prevê área permeável de 341,87
m², o que totaliza 13,05% da área em estudo, atendendo assim o valor estabelecido na
legislação vigente, garantindo um menor volume de água escoada e um maior volume
de água infiltrada.
- PAVIMENTAÇÃO
Em toda a área de influência foi verificada ruas pavimentadas com boa condição
asfáltica, com implementação de guias, sarjetas e calçamento, porém ainda há
necessidade de implementação de sinalização horizontal. Durante a vistoria foi possível
verificar a falta de pintura em inúmeras ruas avenidas.
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Figura 18. Vista geral do cruzamento entre a Rua Drª Joana Zanaga A. Gomes e a Rua
Dona Esmeralda Oliveira Mathias.
- REDES DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Quanto ao abastecimento de água, a região é atendida pela rede pública de
responsabilidade da SANASA. Conforme informações disponíveis no site da empresa,
99,81% da população é atendida pelo abastecimento de água tratada. O sistema de
abastecimento possui dois pontos de captação, no Rio Capivari e no Rio Atibaia,
sendo esse último o responsável pelo maior volume captado, cerca de 93,5%.
A água captada é distribuída entre 5 (cinco) Estações de Tratamento de Água
(ETAs), que realizam o Processo de Tratamento Convencional. A água tratada é
distribuída aos munícipes através de uma rede de 4.721,35 km, que interliga os 41
(quarenta e um) centros de reservação e distribuição, os 26 (vinte e seis) reservatórios
elevados e os 44 (quarenta e quatro) reservatórios semienterrados a residências,
comércios, industrias e áreas públicas atendidas pela SANASA.
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Conforme Informe Técnico n° 0016-2020, emitido em 03 de fevereiro de 2020,
o empreendimento aqui objeto de estudo está localizado no setor de abastecimento
“Zona Baixa Londres”, devendo apenas ser executada uma rede de distribuição de
água de 98,00 m na Rua Maria Pink Luiz até a Rede de Distribuição existente na Rua
Silvio Caldas Seresteiro.
Já em relação ao tratamento de esgoto, o Município possui 4.462,36 km de rede
de esgoto, que coletam 96,31% do esgoto gerado em Campinas. Desses, 95% é
distribuído entre as 22 (vinte e duas) Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) sob
responsabilidade da SANASA. O efluente que será gerado no empreendimento deverá
sem encaminhado até a ETE Capivari II, através das Redes Coletoras de Esgoto
existentes nas Rua Erico Lazzani e Maria Pink Luiz, garantindo o tratamento
adequado do esgoto.
O Informe Técnico completo expedido pela SANASA poderá ser consultado no
Anexo VIII do presente Estudo de Impacto de Vizinhança.
- SISTEMA VIÁRIO E TRANSITO
A Rua Maria Pink Luis, eixo viário que dará aceso ao empreendimento,
encontrasse asfaltado, com boas condições de tráfego, uma via vai e outra vem.
Vale ressaltar que a localização do imóvel está em área bem articulada do
Município. Ainda, a Rodovia Bandeiras apesar de estar localizada próxima do
empreendimento e dentro da AII, essa não possui acesso pela área de influência, não
sendo considerada como uma das principais vias de acesso.
Na Área de Influência Indireta (AII) foram encontradas quatro principais vias de
acesso, que são elas:
Rua Maria Pink Luis, via a qual estará localizado o acesso ao empreendimento;
Rua Drª Joana Zanaga A. Gomes é responsável pela ligação da área de estudo à
região central do Município através do acesso à Avenida Ruy Rodrigues,
possibilitando a articulação da região com outros municípios;
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Rua Dona Esmeralda Oliveira Mathias, via de acesso que interliga a região norte
do município;
Avenida Carlos Lacerda, localizada próximo ao empreendimento responsável
por interligar a área a Avenida Ruy Rodrigues e a Avenida Pres. Juscelino.
O Mapa localizando os eixos viários descritos no presente item, poderá ser
visualizado na Figura 19 e no Anexo IX do presente Estudo de Impacto de Vizinhança –
EIV.
Figura 19. Localização dos principais eixos viários da AII.
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- COLETA E DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS
O Departamento de Lixo Urbano (DLU) ainda não se manifestou a respeito da
nova demanda, mas o pretendido é que a coleta de lixo será efetuada pela Prefeitura
Municipal de Campinas, com recolhimento e destinação através de caminhões
compactadores de lixo e a destinação final se dará junto com os demais resíduos
coletados pelo município.
Cumpre-nos esclarecer que por tratar-se de empreendimento residencial, os
resíduos que serão gerados após operação das atividades do Residencial, configuram-
se como resíduos domésticos, capazes de serem recolhidos e destinados através da
rede pública.
5.5 EQUIPAMENTOS PÚBLICOS
- EDUCAÇÃO
Na Área de Influência do empreendimento foi encontrada uma instituição
públicas de ensino, a CEMEI Margarida Alves. Entretanto, há mais quatro escolas
próximas a Área de Influência que poderiam atender o empreendimento. Os dados das
instituições públicas de ensino estão dispostos abaixo e foram obtidos no site QEDU do
Governo Federal:
Centro Municipal de Educação Infantil Margarida Alves: localizada na Rua
Esmeralda Oliveira Matias, nº 550, no bairro Vila União, a cerca de 560 metros
de distância caminhando do condomínio que se pretende implantar. Conforme
dados do ano de 2018, apresenta 126 matrículas de Creche, 84 matrículas na
Pré-escola, 4 matrículas de Educação Especial e 45 funcionários.
Centro Municipal de Educação Infantil Nair Valente Cunha: localizada na Rua
Conselho de Bairros, n° 400, no bairro Jardim Santa Lucia, a cerca de 650
metros de distância caminhando do condomínio que se pretende implantar.
Conforme dados do ano de 2018, apresenta 157 matrículas de Creche, 87
matrículas na Pré-escola, 4 matrículas de Educação Especial e 46 funcionários.
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Escola Estadual Dona Valentina Silva de Oliveira Figueiredo: localizada na Rua
Drª Joana Zanaga A. Gomes, n° 76, no bairro Vila União, a cerca de 635 metros
de distância caminhando do condomínio que se pretende implantar. Em 2018, a
instituição possuía 420 matrículas no Ensino Fundamental I (1º ano ao 5º ano) e
5 alunos de Educação Especial. Ainda a escola apresenta 29 funcionários.
Escola Estadual Escritora Rachel de Queiroz: localizada na Rua Drª Joana
Zanaga A. Gomes, no bairro Vila União, a cerca de 800 metros de distância
caminhando do condomínio que se pretende implantar. Em 2018, a instituição
possuía 321 matrículas no Ensino Fundamental II (6º ano ao 9º ano), 423
matriculas no Ensino Médio e 14 alunos de Educação Especial. Ainda a escola
apresenta 53 funcionários.
Escola Municipal de Ensino Fundamental CAIC Prof. Zeferino Vaz: localizada
na Rua José Augusto de Matos, no bairro Vila União, a cerca de 760 metros de
distância caminhando do condomínio que se pretende implantar. Conforme
dados do ano de 2018, apresenta 402 matrículas no Ensino Fundamental I (1º
ano ao 5º ano), 214 matrículas no Ensino Fundamental II (6º ano ao 9º ano), 147
matriculados na educação de jovens e adultos, 23 alunos matriculados de
Educação Especial e 90 funcionários.
Na Figura 20 abaixo e no Anexo X – Mapa de Equipamentos Públicos de
Educação é possível verificar a localização de cada uma das instituições públicas de
ensino e a sua posição da Área de Influência Indireta, bem como a distância entre elas e
o condomínio residencial que se pretende implantar.
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Figura 20. Escolas encontradas na área delimitada como vizinhança mediata.
- SAÚDE
Próximo a Área de Influência Indireta do empreendimento foram encontrados
dois equipamentos públicos de saúde, o Centro de Saúde Vila União e o Centro de
Saúde Santa Lúcia. Na Figura 21 e no Anexo XI – Mapa de Equipamentos Públicos de
Saúde é possível verificar a localização dos centros de saúde e suas posições na Área de
Influência Indireta, bem como a distância entre esses e o condomínio residencial que se
pretende implantar.
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Figura 21. Centros de saúde encontradas na área delimitada como vizinhança mediata.
O Centro de Saúde Vila União “Dr. José Roberto Miccoli” está localizado na
Rua José Lourenço de Sá, n° 70, no Parque Residencial Vila União, a cerca de 300
metros caminhando do empreendimento pretendido. Possui horário de funcionamento
de segunda à sexta-feira das 07 horas às 18h.
O Centro de Saúde Jardim Santa Lúcia “Renato Paulo Henry” está localizado na
Rua São Benedito, n° 50, no Jardim Santa Lúcia, a cerca de 1.000 metros caminhando
do empreendimento pretendido. Possui horário de funcionamento de segunda à sexta-
feira das 07 horas às 20h e sábado das 07h às 17h.
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Em ambos, são realizadas consultas de odontologia, pediatria, ginecologia, entre
outros. Ainda, é possível realizar exames como papanicolau, eletrocardiograma e
biopsias. O Centro também dispõe de serviços assistenciais, realizando aplicação de
vacinas em adultos e crianças, inalações, procedimentos cirúrgicos básicos, entre outros.
Os dados acima citados foram coletados no site oficial da Prefeitura Municipal
de Campinas, na página da Secretaria de Saúde
- ÁREAS PÚBLICAS E SISTEMAS DE RECREIO
No Anexo IV que foi elaborado Mapa de Uso e Ocupação do Solo, é possível
observar que são encontradas algumas áreas verdes e públicas na AII do
empreendimento. Onde, há praças que possuem equipamentos de lazer e proporcionam
a vivência da população residente. Além disso o projeto de implantação do
empreendimento compreende como área de lazer interna a implantação de quadra
esportiva, churrasqueira, salão de festas e salão de jogos.
- COLETA DE LIXO
Os serviços públicos de coleta dos resíduos sólidos domésticos são realizados
pela Prefeitura Municipal de Campinas, através da empresa Consórcio TECAM. O
serviço é realizado no bairro do empreendimento, de terça-feira, quinta-feira a sábado a
partir das 08 horas, conforme informação disponível no site da Prefeitura do Município.
- MOBILIDADE
De maneira geral, o transporte prioritário pelos futuros moradores do
empreendimento se dará por veículos particulares, uma vez que o projeto de
implantação conta com uma vaga de veículo para cada unidade habitacional. Ainda
assim, a administração pública municipal, por meio da EMDEC, disponibiliza o
transporte municipal através do Sistema InterCamp que unifica o serviço realizado pelas
empresas concessionárias.
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A Área de Influência Indireta está localizada próxima ao Terminal Vila União, a
cerca de 800 m caminhando do local onde será implementado o empreendimento,
conforme Figura 22. Tal Terminal possui acesso pela Rua Dusolina Leone Tourniex, n.º
101 e atende as Linhas: 1.16, 1.34, 1.40, 1.50, 1.52, 1.53 e 1.54; possibilitando que os
futuros moradores acessem todas as regiões do município. No Anexo XII é possível
consultar tais linhas e seus respetivos dias e horários de funcionamento.
Os dados foram obtidos através do sítio online da EMDEC, empresa responsável
pelo transporte municipal de Campinas.
Figura 22. Localização do Terminal Vila União.
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- CULTURA
Não foram encontrados quaisquer bens tombados ou em estudo de tombado na
Área de Influência do empreendimento. Sendo assim, não foi necessária solicitação da
Ficha Informativa da Coordenadoria Setorial do Patrimônio Cultural (CONDEPACC).
6 PROGNÓSTICO E IDENTIFICAÇÃO DE IMPACTOS
O impacto de vizinhança é definido como “efeitos negativos e positivos da
implantação de empreendimentos e/ou atividades sobre o ambiente e a qualidade de
vida da população residente na área e suas proximidades”.
O Decreto n.º 20.633/2019, que “estabelece normas gerais e procedimentos
para análise do Estudo de Impacto de Vizinhança e do Relatório de Impacto de
Vizinhança”, em seu Art. 4º define que o estudo irá analisar os efeitos positivos e
negativos de empreendimentos, contemplando os seguintes aspectos:
a) adensamento populacional;
b) demandas por serviços, equipamentos e infraestruturas urbanas e
comunitárias;
c) as alterações no uso e ocupação do solo e seus efeitos na estrutura urbana;
d) os efeitos da valorização ou desvalorização imobiliária da vizinhança;
e) a geração de tráfego e de demandas por melhorias e complementações nos
sistemas de transporte coletivo;
f) os efeitos da volumetria do empreendimento e das intervenções urbanísticas
propostas em sua relação com as vias e logradouros públicos, sobre a ventilação,
iluminação, paisagem urbana, segurança, recursos naturais e patrimônios
históricos e culturais da vizinhança;
g) presença de risco à segurança pública;
h) incomodidade decorrente de emissão de ruídos, vibração, odores e
particulados.
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Sendo assim, com o intuído de cumprir o que determinado na legislação vigente,
após todo o levantamento, caracterização e diagnóstico da Área de Influência Indireta
do empreendimento pretendido, faremos uma avalição dos seguintes itens, visando
levantar os impactos viários, ambientais, urbanísticos e paisagístico em decorrência da
implantação residencial na alternativa locacional proposta no presente estudo:
Ruídos e vibrações;
Poluição;
Resíduos sólidos;
Supressão de vegetação;
Microclima, ventilação e insolação;
Permeabilidade do solo e drenagem;
Movimentação de terra;
Redes de abastecimento e esgotamento;
Trânsito e mobilidade;
Educação;
Saúde;
Sistema de Lazer;
Uso e ocupação do solo;
Adensamento populacional;
Valorização imobiliária;
Paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
6.1 RUÍDOS E VIBRAÇÕES
FASE DE IMPLANTAÇÃO
Para a realização da análise dos aspectos ambientais relacionados à geração de
ruídos e vibrações, primeiro foram levantadas a legislação e normas legais relativas à
geração e emissão de ruídos e, posteriormente, foram identificadas as máquinas e
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equipamentos a serem utilizados na execução das obras de implantação do
empreendimento ora estudado.
No Brasil, para fins de tutela jurídica do meio ambiente e saúde humana, foi
adotada, por expressa referência, a Resolução CONAMA nº 1, de 8/3/90, que estabelece
que a emissão de ruídos em decorrência de atividades industriais, comerciais, sociais ou
recreativas não deve ser superior aos níveis considerados aceitáveis pela Norma NBR
10.151 – “Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas Visando o Conforto da
Comunidade”, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
Sabe-se ainda que as entidades e órgãos públicos (federais, estaduais e
municipais) competentes, no uso do respectivo poder de polícia, disporão de acordo
com o estabelecido na Resolução CONAMA nº 1, de 8/3/90, sobre a emissão ou
proibição da emissão de ruídos produzidos por qualquer meio ou de qualquer espécie,
considerando sempre os locais, horários e a natureza das atividades emissoras, com
vistas a compatibilizar o exercício das atividades com a preservação da saúde e do
sossego público. A Norma NBR 10.151 – Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas
Visando o Conforto da Comunidade, revisão de 2019, considera recomendável para
conforto acústico os níveis máximos de ruído externo conforme exposto na Tabela 3.
Tabela 3. Níveis limítrofes de ruído conforme a NBR 10.151.
TIPOS DE ÁREAS DIURNO NOTURNO
Áreas de sítios e fazendas 40 dB 35 dB
Área estritamente residencial urbana ou de hospitais ou de
escolas 50 dB 45 dB
Área mista, predominantemente residencial 55 dB 50 dB
Área mista, com vocação comercial e administrativa 60 dB 55 dB
Área mista, com vocação recreacional 65 dB 55 dB
Área predominantemente industrial 70 dB 60 dB
A reação pública de uma fonte de ruído normalmente só ocorre se for ultrapassado
o limite normalizado e é tanto mais intenso quanto maior o valor desta ultrapassagem.
Segundo a NBR 10.151, revisão de 1987 “diferenças de 5 dB(A) são
insignificantes; queixas devem ser certamente esperadas se a diferença ultrapassar 10
dB(A)”, conforme apresentado na Tabela 4.
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Tabela 4. Grau de incômodo do ruído (de acordo com a NBR 10.151)
VALOR ACIMA DO
PADRÃO GRAU DE INCÔMODO
Até 5 dB Sem incômodo significativo
De 5 a 10 dB Baixo grau de incômodo
De 10 a 15 dB Médio grau de incômodo (possibilidade de queixas)
De 15 a 20 dB Alto grau de incômodo
Mais de 20 dB Grau crítico de incômodo
Com relação às fontes potenciais de geração de ruídos, para a execução das obras
na fase de implantação dos empreendimentos serão utilizadas, basicamente, as seguintes
máquinas e equipamentos, a seguir apresentados na Tabela 5.
Tabela 5. Listagem das máquinas e equipamentos fontes de geração de ruídos e funcionalidades
MÁQUINA/
EQUIPAMENTO FUNCIONALIDADE
Escavadeira Movimentação de terra/entulho
Caminhão Transporte do material inerte gerado
Rolo compactador de solo Compactação do solo
Guindaste Elevação e a movimentação de cargas e materiais pesados
Bate-estaca Cravação de estaca da fundação
Em geral, os receptores mais sensíveis ao aumento nos níveis de ruído externo
são, além das áreas exclusivamente residenciais, as escolas, faculdades e os postos de
saúde e hospitais. Entretanto, de acordo com o estudo do uso e ocupação do solo da área
de influência, foi verificado que não há esses estabelecimentos na Área de Influência
Direta (AID) do empreendimento.
Por meio da análise das características da fonte emissora e da sensibilidade do
receptor e, sabendo que emissões de ruídos são regulamentadas pela legislação vigente
através do estabelecimento de níveis de aceitação, será proposta, na área objeto das
atividades civis de implantação dos empreendimentos, a implementação de medidas de
controle dos processos da poluição sonora, de forma a manter dentro dos padrões
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exigidos, os níveis de emissões de ruídos, compatível com a manutenção da saúde dos
trabalhadores e dos usuários dos comércios situados no entorno do empreendimento.
TIPO DE IMPACTO: NEGATIVO E TEMPORÁRIO
MEDIDAS:
- Cumprir o horário da obra: a medida deverá ser executada pelo responsável pela obra e
durante toda a sua implantação.
- Correta Manutenção de Maquinário: a medida deverá ser executada pelo responsável
pela obra, enquanto estiver sendo usado maquinário. A manutenção deverá ser realizada
de maneira periódica de acordo com o manual de cada máquina e equipamento.
- Priorizar utilização de máquinas elétricas: a medida deverá ser executada pelo
responsável pela obra, antes de iniciada.
- Controle de lavagem e abastecimento em local pavimentado: a medida deverá ser
executada pelos funcionários da obra, e fiscalizada pelo responsável e enquanto estiver
sendo usado maquinário. A lavagem das rodas deverá ser diariamente.
FASE DE OPERAÇÃO
Como o empreendimento terá caráter residencial, o impacto dos ruídos e as
vibrações durante a fase de operação não se aplica, uma vez que os próprios moradores
manterão regras de uso das áreas comuns (salão de festas, churrasqueiras, enfim, área de
lazer em geral) que poderiam gerar algum tipo de ruído. Ainda assim, esses ruídos não
seriam capazes de causar qualquer impacto a vizinhança direta.
TIPO DE IMPACTO: NEUTRO
6.2 POLUIÇÃO
FASE DE IMPLANTAÇÃO
A maior ocorrência de poluição será durante a implantação do empreendimento.
Dentre as poluições podemos citar a geração de resíduos sólidos de construção civil, a
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poluição do ar através de máquinas e equipamentos, a poluição do solo também em
decorrência de derramamento de óleo das máquinas e equipamentos e a poluição hídrica
em decorrência de resíduos dispostos de maneira irregular e da movimentação de terra.
Todo tipo de poluição caracteriza-se como impacto negativo, porém se tomado o devido
cuidado torna-se mitigável.
Quando decorrente de máquinas e equipamentos, a medida de controle é
simples. Basta realizar a manutenção periódica no maquinário de maneira que estejam
atendendo a legislação quando aos padrões de poluição.
Para a execução das obras, na fase de implantação do empreendimento, serão
utilizadas máquinas que necessitam de combustível diesel, tais como escavadeira, rolo
compactador de solo, guindaste, bate-estaca e caminhões para o transporte dos
materiais.
Essas máquinas e equipamentos serão utilizados em todo período de obras e,
com exceção dos caminhões, os outros maquinários ficarão locados, exclusivamente, na
área objeto do futuro empreendimento durante a fase de implantação.
O trânsito deste maquinário da obra poderá gerar impactos na vizinhança local,
dificultando a mobilidade, e causando danos ao pavimento das vias. Tais impactos serão
discorridos em itens próprios mais adiante.
Através da estimativa do consumo de combustível por máquina e equipamento,
foi calculada a quantidade de gás poluente (CO2) emitida por dia, decorrente do
manuseio deste maquinário, conforme ilustra a Tabela 6 apresentado a seguir.
Tabela 6. Listagem das máquinas e equipamentos que utilizam combustível e são fontes potenciais de
poluição do ar a serem utilizados durante a fase de implantação dos empreendimentos, funcionalidades,
consumo de combustível (l/h) e estimativa da quantidade de CO2 emitida ao ar atmosférico.
MÁQUINA/
EQUIPAMENTO
(quantidade)
FUNCIONALIDADE CONSUMO
(l/h)
QUANTIDADE
DE CO2
EMITIDA
(kg/dia)***
Escavadeira (2) Movimentação de
terra/entulho 16 230
Rolo compactador de solo (1) Compactação do solo 7 50
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MÁQUINA/
EQUIPAMENTO
(quantidade)
FUNCIONALIDADE CONSUMO
(l/h)
QUANTIDADE
DE CO2
EMITIDA
(kg/dia)***
Guindaste (1)
Elevação e a
movimentação de cargas
e materiais pesados
6 43
Bate-estaca (2) Cravação de estaca da
fundação 3 43
***Caminhão (10) Transporte do material
inerte gerado 3 540
TOTAL 906
*Para o cálculo da quantidade de CO2 emitida pelo consumo de combustível foi considerado tempo de
utilização da máquina igual a 8 horas/dia.
** Estimativa do cálculo de CO2: Diesel: 0,9 kg de CO2 por litro consumido. (Informação obtida do site
http://www.iniciativaverde.org.br)
*** Consumo em km/l, considerando percurso de, aproximadamente, 10 viagens ou 180 km/dia/caminhão
ou 60 litros/dia/caminhão.
Cabe ressaltar que, para a realização de um inventário de emissão de gases
poluentes e análise das medidas de mitigação é necessária uma grande quantidade de
informações, além dos inúmeros aspectos que devem ser considerados para que se
obtenha sucesso na determinação da proposta mais adequada de compensação.
Dessa maneira, a quantidade de CO2 emitida pelo consumo de combustível das
máquinas e equipamentos necessários na fase de implantação do empreendimento,
apresenta-se como um valor estimado e apenas como dado comparativo entre as
máquinas a serem utilizadas.
Além disso, o cálculo da poluição atmosférica é feito através da quantificação de
outros gases poluentes (Gases de efeito estufa - GEEs), tais como monóxido de carbono,
hidrocarboneto, óxido de nitrogênio, aldeídos, bem como o levantamento das emissões
de GEEs para todos os componentes e processos envolvidos na operacionalidade do
maquinário.
Tendo em vista essas observações, foi estimada de forma hipotética a quantidade
total de CO2 emitida devido ao consumo de combustível pelas máquinas e
equipamentos necessários durante a fase de execução das obras de implantação do
empreendimento.
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De acordo com a previsão do cronograma de implantação do empreendimento,
as obras serão executadas em, aproximadamente, 20 meses. Após mensuração estimada
da emissão de gás poluente provocada pela utilização diária das máquinas e
equipamentos (considera-se cinco dias de trabalho/semana), foi possível calcular a
quantidade total de CO2 emitida pelas obras de construção, que será de,
aproximadamente, 362.400,00 kg de CO2.
A emissão de gases pode gerar sérios impactos a saúde da população do entorno,
especialmente em crianças e idosos. Para minimizar a emissão de gases poluentes
durante o período de obras, e consequentemente os impactos gerados, deverão ser
obedecidas as determinações propostas no Programa de Controle e Monitoramento de
Obras, que determina a manutenção e utilização de maquinário regulado e sempre em
bom estado. O Programa de Controle e Monitoramento de Obras será elaborado e
aprovado pela Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento de
Campinas, no momento da solicitação e emissão da Licença Ambiental de Instalação.
Além disso, todo maquinário de pequeno e médio porte que apresentarem uma
versão funcional a partir de energia elétrica deverá ser utilizado no lugar dos
convencionais movidos aos combustíveis fósseis. A poluição decorrente de resíduos
sólidos e do movimento de terra também é mitigável, e as medidas disponíveis de
mitigação serão tratadas nos itens específicos.
TIPO DE IMPACTO: NEGATIVO E TEMPORÁRIO
MEDIDAS:
- Correta Manutenção de Maquinário: a medida deverá ser executada pelo responsável
pela obra, enquanto estiver sendo usado maquinário. A manutenção deverá ser realizada
de maneira periódica de acordo com o manual de cada máquina e equipamento.
- Priorizar utilização de máquinas elétricas: a medida deverá ser executada pelo
responsável pela obra, antes de iniciada.
- Controle de lavagem e abastecimento em local pavimentado: a medida deverá ser
executada pelos funcionários da obra, e fiscalizada pelo responsável e enquanto estiver
sendo usado maquinário. A lavagem das rodas deverá ser diariamente.
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FASE DE OPERAÇÃO
Como o empreendimento tem caráter residencial, a única poluição possível
durante a fase de operação do empreendimento seria em decorrência de resíduos sólidos
dispostos irregularmente, que será tratada em item próprio.
6.3 RESÍDUOS SÓLIDOS
FASE DE IMPLANTAÇÃO
A quantificação dos resíduos sólidos e recicláveis durante a implantação do
empreendimento foi realizada de acordo com legislações municipais utilizadas em
outros Estudos de Impactos de Vizinhança, que será apresentada em forma de Tabela 7,
abaixo. Foi considerado como tempo estimado de obra 20 meses, 20 dias por mês, que
totaliza 400 dias de obra, com aproximadamente 30 colaboradores, entre fixos e
flutuantes. Para cálculo de resíduos orgânicos e rejeitos, utilizou-se como parâmetro, 0,7
kg por dia, por funcionários e resíduos recicláveis 0,25 kg, por dia, por funcionário.
Tabela 7. Quantificação dos resíduos sólidos estimados para a implantação do empreendimento.
Fase de Implantação da obra
Período
Quantidade de
funcionários
Resíduos
orgânicos e rejeito
Resíduos
recicláveis
20 meses
(400 dias)
30 8.400 kg 3.000 kg
TOTAL
(20 meses – 30 funcionários)
11.400 kg
A fim de proporcionar um panorama geral da geração de resíduos e as devidas
tratativas, ressalta-se a importância da implantação de um Plano de Gerenciamento de
Resíduos, com critérios mais rígidos quanto à classificação de cada resíduo gerado, seu
respectivo armazenamento, transporte e disposição final.
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É importante que se atente aos resíduos de construção civil, cujas classificações
estão definidas nas resoluções CONAMA 307/02. 384/04, 431/11, 448/12 e 469/15. São
elas:
Classe A: resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: de
construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de
infraestrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; de construção, demolição,
reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas,
placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; de processo de fabricação e/ou
demolição de peças pré-moldadas em concreto (Blocos, tubos, meio-fio etc.) produzidas
nos canteiros de obras;
Classe B: resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos,
papel/papelão, metais, vidros, madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias e
gesso;
Classe C: resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação;
Classe D: resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como
tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde
oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações
industriais e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que contenham
amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
A identificação dos constituintes a serem avaliados na caracterização do resíduo
deve ser criteriosa e estabelecida de acordo com as matérias-primas, os insumos e o
processo que lhe deu origem. A NBR 10004/04 classifica os resíduos como:
a) resíduos classe I - Perigosos;
b) resíduos classe II – Não perigosos:
b.1) Resíduos classe II A – Não inertes.
b.2) Resíduos classe II B – Inertes.
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A implantação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos é a melhor medida
mitigadora para possíveis impactos negativos sobre o meio ambiente, tais como
contaminação de solo e corpos hídricos. Uma vez que se dê a tratativa correta aos
resíduos, o risco de possíveis acidentes é reduzido significativamente.
O Plano de Gerenciamento de Resíduos será elaborado e aprovado pela
Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento de Campinas, no
momento da solicitação e emissão da Licença Ambiental de Instalação.
TIPO DE IMPACTO: NEGATIVO E TEMPORÁRIO
MEDIDAS: elaboração e cumprimento do Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos apresentando todas as ações: o Plano deverá ser elaborado
por profissional competente e implementado durante toda a obra. Seu
cumprimento deverá ser acompanhado por um responsável técnico que
deverá encaminhar relatórios mensais sobre o acondicionamento e
destinação dos resíduos, com o levantamento das CTRs (Certificado de
Transporte de Resíduos) emitidos.
FASE DE OPERAÇÃO
A quantificação dos resíduos sólidos e recicláveis durante a operação do
condomínio também foi realizada nos termos de legislações municipais, utilizados em
outros Estudos de Impacto de Vizinhança e será apresentada em forma de Tabela 08
abaixo. Para o cálculo foram considerados 4 pessoas por habitação a ser implantada,
conforme dita última pesquisa realizada pelo IBGE. Considerando que o
empreendimento prevê 112 unidades, o empreendimento contará com uma população
residente estimada em 448 pessoas.
Tabela 08. Quantificação dos resíduos sólidos estimados para a operação dos empreendimentos.
Fase de Operação da obra
Tipo do
resíduo
Quantidade per capta
(kg/pessoa/dia) Moradores
Resíduos
por dia
Resíduos por
semana
Comum 1,4 448 627,2 kg 4.390,4 kg
Reciclável 0,5 448 224 kg 1.568 kg
TOTAL 851,2 kg 5.958,4 kg
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A classificação de resíduos durante a fase de operação do empreendimento
envolve a identificação do processo ou atividade que lhes deu origem e de seus
constituintes e características e a comparação destes constituintes com listagens de
resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido. Assim,
durante a operação do empreendimento, o impacto quanto a geração de resíduos sólidos
é mitigável, quando corretamente acondicionado e destinado.
Considerando que há coleta pública regular de lixo e que o empreendimento
conta com área própria para destinação e acondicionamento adequado do lixo, onde a
população dos empreendimentos deverá separar corretamente seus resíduos trata-se de
um impacto negativo mitigável.
TIPO DE IMPACTO: NEGATIVO E PERMANENTE
MEDIDAS: projeto do empreendimento contemplando o acondicionamento
adequado dos resíduos, com coleta seletiva: responsável pelos projetos dos
empreendimentos.
6.4 SUPRESSÃO DE VEGETAÇÃO
FASE DE IMPLANTAÇÃO
Conforme encaminhado anteriormente, o local onde será implantado o
empreendimento, apresenta apenas 5 indivíduos arbóreos isolados. Haverá necessidade
de corte de apenas duas as árvores isoladas encontradas.
Ainda que os impactos decorrentes do corte das árvores isoladas sejam
considerados negativos, com o intuito de minimiza-los e compensa-los em momento
oportuno deverá ser aprovado pelo órgão ambiental competente Projeto de
Compensação Ambiental, a ser executado na região para compensar o dano causado.
Tal compensação deverá estar de acordo com as normas ambientais vigentes que regem
o assunto. Vale ressaltar que este Projeto é apresentado e aprovado pela Secretaria
Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Campinas,
após a emissão da Licença Ambiental Prévia.
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TIPO DE IMPACTO: NEGATIVO E PERMANENTE;
MEDIDAS: implantação de Projeto de Compensação dos termos da
legislação ambiental vigente que deverá ser aprovado pelo órgão ambiental
competente em momento oportuno.
FASE DE OPERAÇÃO: Não aplicável.
6.5 MICROCLIMA, VENTILAÇÃO E INSOLAÇÃO
FASE DE IMPLANTAÇÃO
O microclima, a ventilação e a insolação são aspectos que devem ser controlados
para garantir a saúde do trabalhador durante a obra. A ventilação se dará de maneira
natural, uma vez que trata-se de local aberto e arejado. Quanto a insolação, o único
impacto possível para a construção civil é na saúde do trabalhador, que poderá ser
controlada através de equipamentos de proteção individual adequados. Os
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são de extrema importância para garantir
uma obra segura, sem acidentes e riscos à saúde dos trabalhadores.
TIPO DE IMPACTO: NEUTRO
FASE DE OPERAÇÃO
O uso e ocupação do solo do entorno, caracteriza-se basicamente por uso
habitacional especialmente unidades residenciais unifamiliares. As imagens dispostas
até então, demonstram que não há na imediação do empreendimento (vizinhança
imediata), qualquer empreendimento vertical da mesma natureza do empreendimento
estudado capazes de gerar problemas relativos a ventilação e iluminação.
Cumpre-nos esclarecer que em toda a Área de Influência há poucos
empreendimentos da mesma natureza do empreendimento pretendido e ainda assim,
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estão distantes do imóvel em estudo, não sendo capazes de gerar impactos negativos na
ventilação e insolação do empreendimento pretendido.
O projeto arquitetônico do residencial demonstra que todos os recuos e
afastamento estabelecidos na legislação urbanística vigente estão sendo atendidos,
garantindo assim, a ventilação e iluminação necessários para o bem-estar da população
vizinha. De mais a mais, o projeto foi elaborado de maneira a pensar no bem-estar não
só da população que residirá no empreendimento, como também no entorno.
Além disso, considerando o microclima da região a área do entorno do
empreendimento já se encontra urbanizada, desta maneira a implantação do condomínio
não gerará prejuízos neste ponto.
Após implantação do empreendimento a taxa de permeabilidade estabelecida
pela legislação municipal vigente está sendo respeitada no projeto arquitetônico do
empreendimento, minimizando assim os futuros impactos no clima local. Como a
permeabilidade será respeitada ocorrerá a minimização das ilhas de calor que poderiam
vir a surgir com a impermeabilização total do solo.
Os materiais e revestimentos que serão utilizados nas edificações, especialmente
fachadas não serão espelhadas ou de alta reflexibilidade capaz de causar impactos para a
vizinhança do entorno e pedestres, ou aumento na temperatura local.
Desta maneira, o impacto do empreendimento para a vizinhança quanto ao
conforto ambiental (microclima, ventilação e insolação), não será significativo uma vez
que os projetos estão de acordo com a legislação urbanística aplicável e por tratar-se de
um entorno livre de barreiras físicas que impeçam a passagem do vento e incidência
solar.
TIPO DE IMPACTO: NEGATIVO E PERMANENTE
MEDIDAS: Respeitar os recuos, parâmetros e taxa de permeabilidade
estabelecidos na legislação urbanística vigente para o Município de
Campinas.
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6.6 PERMEABILIDADE DO SOLO E DRENAGEM
FASE DE IMPLANTAÇÃO
Durante a fase de implantação das obras, não há de se falar em permeabilidade,
uma vez que a permeabilidade é algo que não é possível ocorrer durante a obra.
Quanto a drenagem, deverá ser implantado um projeto de drenagem provisória,
mitigando assim, os possíveis impactos oriundos da movimentação de terra durante a
obra, tal como carregamento de sedimentos para a rede de drenagem pública, que
podem se tornar permanente dependendo de suas dimensões. Tais impactos afetam
diretamente a vizinhança local, uma vez que poderá gerar inundações e enchentes.
Vale ressaltar que o projeto de drenagem provisória trata-se de um dos
documentos exigidos para emissão da Licença Ambiental de Instalação, sendo assim
aprovado pela Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável de Campinas, em momento oportuno.
TIPO DE IMPACTO: NEGATIVO E PERMANENTE
MEDIDAS: a implantação do projeto de drenagem provisória deverá ser
antes do início das obras, e deverá ser executada pelos funcionários da obra e
acompanhada pelo responsável.
FASE DE OPERAÇÃO
Considerando os parâmetros estabelecidos no Lei de Uso e Ocupação do solo,
Lei Complementar n.º 208/2018, dispõe que a permeabilidade mínima é de 10% da área
total do lote (artigo 107, inciso V, alínea b).
O projeto de implantação do empreendimento conta com área permeável de
446,30 m² (13,05% da área total), atendendo assim o valor estabelecido na legislação
vigente.
Conforme estabelece a Lei Estadual 12.526/2007, além do cumprimento da Taxa
de Permeabilidade e da Taxa de Ocupação, empreendimentos com área
impermeabilizada acima de 500 m² devem implantar um sistema de captação e retenção
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das águas pluviais, medida essa que será adotada. Tal obrigação está sendo cumprida
conforme apresentado em Projeto de Drenagem a ser aprovado na Secretária Municipal
de Infraestrutura, em momento oportuno (projeto disposto em CD que compõe o
presente estudo).
Uma vez adotadas as medidas para a implantação de um sistema de retenção de
águas pluviais, e a conformidade com a Taxa de Permeabilidade demandada pelo
Município, pode-se considerar que os impactos decorrentes da implantação do
empreendimento são negativos porém mitigáveis.
TIPO DE IMPACTO: NEGATIVO E PERMANENTE
MEDIDAS:
- Cumprimento da legislação vigente ao ser elaborado o projeto dos empreendimentos;
- Implantação de reservatório de retenção de águas pluviais, nos ternos na Lei Estadual
n.º 12.526/2007.
6.7 MOVIMENTAÇÃO DE TERRA
FASE DE IMPLANTAÇÃO
A movimentação de terra abrange a escavação, retirada, transporte, utilização e
descarte dos materiais (solo e material britado). Em toda construção civil há
movimentação de terra para que seja viável sua implantação. Assim, deverão ser
adotadas as medidas para que o desconforto da população local (vizinhança imediata)
seja minimizado o máximo possível.
Durante todo esse processo, o controle deve ser bem criterioso, caso contrário
pode gerar impactos ambientais irreversíveis, tais como: poluição do ar, poluição
hídrica, incomodo da população local residente, sujeira das vias públicas, aterramento
de nascentes, erosão, carregamento de material para as APPs. Assim, embora a
movimentação de terra possa gerar sérios riscos ao meio ambiente durante a fase de
implantação do empreendimento, bem como incomoda a população vizinha, é uma
etapa da obra necessário e indispensável em todo tipo de construção civil.
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Além dos danos ambientais, a movimentação de terra se não controlada, poderá
ocasionar sérios transtornos a saúde da população vizinha, tais como sujeita nas vias,
enchentes e inundações, material particulado, entre outros.
Desta maneira, se tomados os devidos cuidados em cada uma das fases da
movimentação de terra, os impactos tornam-se mínimos e mitigáveis.
TIPO DE IMPACTO: NEGATIVO E TEMPORÁRIO
MEDIDAS:
- Controle de lavagem de maquinário: a medida deverá ser executada pelos funcionários
da obra, e fiscalizada pelo responsável e enquanto estiver sendo usado maquinário. A
lavagem das rodas deverá ser diariamente;
- Limpeza da via na entrada e saída de veículos: a medida deverá ser executada pelos
funcionários da obra, e fiscalizada pelo responsável e enquanto estiver sendo usado
maquinário. A lavagem das rodas deverá ser realizada diariamente;
- Caminhões de transporte de terra sempre cobertos: a medida deverá ser executada
pelos funcionários da obra, e fiscalizada pelo responsável e enquanto estiver sendo
usado maquinário;
- Execução do projeto de drenagem provisória durante toda a obra de terraplenagem.
FASE DE OPERAÇÃO: Não aplicável.
6.8 REDES DE ABASTECIMENTO E ESGOTAMENTO
FASE DE IMPLANTAÇÃO
Durante a fase implantação da obra, está previsto para serem utilizadas fossas
sépticas, que de tempos em tempos o caminhão limpa-fossa, especializados para
realização do serviço, são chamados e fazem a limpeza, destinando os resíduos de forma
correta. Já o abastecimento de água, de dará através da rede pública existente.
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TIPO DE IMPACTO: NEUTRO
FASE DE OPERAÇÃO
Conforme descrito anteriormente, foram dadas as diretrizes pela SANASA
através do Informe Técnico, anexo ao presente estudo para que o abastecimento de água
e a coleta de esgoto do empreendimento seja interligado com a rede pública disponível.
Desta maneira, os impactos podem ser considerados neutros já que a rede
existente é capaz de atender a futura população que ocupará o empreendimento e ainda
que serão realizadas obras de melhoria adaptação da rede pública, quando necessárias.
Os projetos de esgoto e de água serão aprovados pela SANASA em momento oportuno.
TIPO DE IMPACTO: POSITIVO E PERMANENTE
MEDIDAS: Implantação das diretrizes estabelecidas pela SANASA, de
responsabilidade do empreendedor.
6.9 TRÂNSITO E MOBILIDADE
FASE DE IMPLANTAÇÃO
Durante a fase de implantação, conforme já descrito anteriormente, o trânsito se
dará especialmente por meio de caminhões e maquinário específico da construção civil.
Esse trânsito pode dificultar a mobilidade da área, embora exista mais de um acesso ao
local. Tal impacto é comum em obras e não há como evitar. Existem algumas medidas
que podem ser seguidas para minimizar esses impactos.
TIPO DE IMPACTO: NEGATIVO E TEMPORÁRIO
MEDIDAS:
- Realizar o transito dos caminhões e maquinários em horários alternativos, que não
aqueles considerados de pico, para que não dificulte a mobilidade da vizinhança local.
Os horários deverão estar descritos no Plano de Controle e Monitoramento de Obras,
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que deverá ser elaborado por responsável técnico, implantado, vistoriado e relatado
mensalmente para verificar o cumprimento.
- Implantação de placas alertando sobre a obra para a vizinhança e pedestres e possível
dificuldade de mobilidade. Tal ação deverá ser feito pela empresa responsável pela obra,
e verificada por um responsável técnico mensamente, até que o maquinário e caminhões
pare de ser necessário.
FASE DE OPERAÇÃO
- Transporte individual:
O empreendimento contempla a implantação de 112 unidades habitacionais,
sendo que cada unidade possuirá uma vaga de garagem.
Para empreendimentos habitacionais, o fator de proporção utilizado para a
definição de geração de tráfego é de 1x1, sendo assim, considera-se 112 automóveis por
hora o acréscimo de demanda máximo.
Para a avaliação da capacidade viária, utiliza-se o conceito de nível de serviço
viário definido pelo Highway Capacity Manual (HCM), através do qual o volume
veicular medido em seção transversal de vias expressas, indicam uma capacidade
aproximada de 2.000 autos/hora por faixa de circulação com largura de 3,5 metros.
Considerando-se que a principal via de acesso ao empreendimento, a Rua Maria
Pink Luis, apresenta uma via vai e uma via vem com boas condições de tráfego, e que a
capacidade operante destas vias, segundo o método HCM é de 1.500 autos/hora para
cada uma das vias, conclui-se que o acréscimo de demanda decorrente da geração de
viagens por parte do empreendimento pode ser atendido pela infraestrutura hoje
instalada na região.
- Transporte Coletivo:
Afim de atender a legislação municipal e urbanística, e entendendo que o
principal meio de acesso ao empreendimento pretendido será a utilização de veículos
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particulares, o projeto do empreendimento proposto prevê a implantação de uma vaga
de garagem para cada unidade habitacional a ser construída.
Sendo assim, e por este empreendimento não se trata de urbanização de grande
porte, como formação de bairros e loteamento de grandes glebas rurais, considera-se
que a demanda por transporte público não sofrerá alterações relevantes. Além disso, foi
verificado que a região é próxima ao Terminal de Ônibus Vila União, dividindo assim, a
população que utilizará do transporte público e não sobrecarregando apenas uma linha.
Desta maneira, o futuro empreendimento não gerará um aumento significativo de
usuários para o transporte público da região, em que as linhas hoje disponíveis para a
região sejam capazes de absorver, sendo o impacto considerado neutro.
TIPO DE IMPACTO: NEUTRO
6.10 EDUCAÇÃO
FASE DE IMPLANTAÇÃO: Não se aplica, já que não haverá população residente.
FASE DE OPERAÇÃO
Considerando dados levantados no último Censo do IBGE (2010), o estado de
São Paulo apresenta uma média de 4,0 moradores por domicílio em áreas urbanas.
Nesse sentido, as 112 unidades habitacionais previstas para o empreendimento
analisado devem gerar uma população estimada de 448 moradores.
Segundo dados do próprio IBGE, dos 190.977.109 habitantes do país em 2010, a
população com idade entre 0 e 17 anos era de 60.849.269 (31,8%), sendo 24.268.186
(12,7%) com 0 a 6 anos, 26.845.087 (14%) com 7 a 14 anos, e 9.735.996 (5,1%) com 15
a 17 anos.
Sendo assim, a população infantil estimada para os empreendimentos representa
aproximadamente 143 habitantes, sendo composto por aproximadamente 57 crianças de
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0 a 6 anos, 63 crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos e 23 adolescentes entre 15 a 17
anos, gerando a seguinte demanda:
Creche: 57 vagas;
Ensino Fundamental/Médio: 86 vagas.
Considerando o Anexo X – Mapa de Localização de Equipamentos Públicos de
Educação na região delimitada como Área de Influência Indireta do futuro
empreendimento, encontram-se cinco escolas públicas conforme mencionado
anteriormente.
Sendo assim, considerando que há disponibilidade de escolas na região e que
essas atendem todas as idades, entende-se demanda por vagas gerada pelo
empreendimento não será significativa.
TIPO DE IMPACTO: NEUTRO
6.11 SAÚDE
FASE DE IMPLANTAÇÃO: Não se aplica, já que não haverá população residente.
FASE DE OPERAÇÃO
Conforme apontado no item anterior, a população total prevista após a ocupação
do empreendimento ora analisado será 448 moradores.
Segundo dados da Agência Nacional de Saúde (ANS), 25,5% da população
brasileira possui plano de saúde particular. Os outros 77,4% são dependentes do
Sistema Único de Saúde (SUS) e de instalações públicos.
Como forma de conceito para o cálculo do máximo potencial de impacto do
empreendimento, considera-se que, em algum momento, toda a população que depende
do SUS utilizará serviços de saúde em algum momento. Sendo assim, considera-se um
acréscimo de demanda de 347 pessoas para as unidades de saúde e hospitais locais.
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Contudo, deve-se considerar que boa parte da população que residirá nas
unidades do empreendimento já são residentes da região, uma vez que, o
empreendimento de interesse social.
De acordo com o Anexo XI, na área de influência do empreendimento foram
encontradas duas unidades básicas de saúde em que a população poderá fazer uso.
Assim, entende-se que o acréscimo de população previsto para o local não deve
aumentar significativamente o fluxo nestas unidades de saúde, sendo então o impacto
considerado neutro.
TIPO DE IMPACTO: NEUTRO
6.12 SISTEMA DE LAZER
FASE DE IMPLANTAÇÃO: Não se aplica, já que não haverá população residente.
FASE DE OPERAÇÃO
Entende-se que toda a população prevista para a ocupação do empreendimento,
são passíveis da utilização de equipamentos de esportes e lazer enquanto residem no
local pretendido para a implantação do empreendimento.
Para tal, o empreendimento analisado conta com áreas e equipamentos de lazer
interno, como sistema de lazer e área verde. Além disso, conforme anexos, e já disposto
nos itens anteriores, na Área de Influência Indireta, foram encontradas praças com
equipamentos de lazer e para o convívio da população.
Sendo assim, considera-se que as exigências legais para implantação de áreas
comuns e de lazer internas devem ser suficientes para o atendimento da nova população
que residirá no local, bem como os equipamentos públicos de lazer encontrado na área,
são suficientes para atender a futura população do empreendimento bem como a
população já existente na região, sendo o impacto causado considerado neutro.
TIPO DE IMPACTO: NEUTRO.
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6.13 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
FASE DE IMPLANTAÇÃO: Não se aplica, uma vez que não haverá uso e ocupação
definido durante a fase de obra dos empreendimentos.
FASE DE OPERAÇÃO
De acordo com o exposto no item “Área de Influência Indireta” e no Mapa de
Uso e Ocupação do Solo, na proximidade do empreendimento há em maior demanda o
uso residencial unifamiliar. Ainda de acordo com o já exposto neste estudo, a área é
urbanizada e adensada. O uso residencial encontrado é, em sua totalidade, composto por
habitação unifamiliar de pequeno porte exceto por empreendimentos habitacionais
multifamiliares implantados próximo a área de estudo.
Assim, sendo a ocupação multifamiliar permitida para a área em questão,
entende-se que o maior impacto seria em relação aos equipamentos públicos disponíveis
para área, uma vez que aumentará a população local em aproximadamente 448
habitantes, mas conforme demonstrado anteriormente, os equipamentos públicos
disponíveis serão capazes atender a futura população do empreendimento, não gerando
assim, nenhum tipo de impacto no uso e ocupação do solo local.
TIPO DE IMPACTO: POSITIVO E PERMANENTE
6.14 ADENSAMENTO POPULACIONAL
FASE DE IMPLANTAÇÃO: Não se aplica, já que não haverá população residente.
FASE DE OPERAÇÃO
Os parâmetros definidos na legislação municipal foram expressos no item 3.2
Legislação Aplicável. Assim, o empreendimento aqui objeto de estudo está de acordo
com a legislação, uma vez que, a densidade habitacional é de 329uh/ha.
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Ainda, conforme já demonstrado anteriormente, se considerarmos que cada
unidade habitacional tem em média 4 moradores, conforme último censo do IBGE de
2010, a população estimada é de 448 moradores; e que empreendimento será
implantado em área de 3.418,71 m². O adensamento populacional na região será de
aproximadamente 0,13 habitantes/m², não sendo um impacto significativo para a região.
TIPO DE IMPACTO: NEUTRO
6.15 VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA
FASE DE IMPLANTAÇÃO: Não se aplica, já que a valorização imobiliária se dará após
finalizadas as obras.
FASE DE OPERAÇÃO
Avaliando as ocupações presentes na Área de Influência Indireta do
empreendimento, os impactos socioeconômicos previstos são positivos, especialmente
em decorrência da geração de empregos de maneira direta e indireta. Após a
implantação do residencial deverão ser gerados empregos diretos necessários para o
bem-estar do condomínio em vários setores, tais como: administrativo, manutenção,
portaria, entre outros.
Sendo assim, considera-se que a implantação do empreendimento analisado será
socioeconomicamente positiva, à medida que contribuirá para a geração de empregos
diretos e indiretos em sua região de implantação.
Ante o que foi exposto até então e que o futuro empreendimento gerará uma
maior visualização, desenvolvimento e crescimento da região, haverá valorização
imobiliária para o entorno, sendo, portanto, um impacto positivo e permanente.
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6.16 PAISAGEM URBANA E PATRIMONIO NATURAL E CULTURAL
FASE DE IMPLANTAÇÃO: Não se aplica, já não haverá população residente da área.
FASE DE OPERAÇÃO
Os impactos oriundos da paisagem urbana e do patrimônio natural e cultural se
dariam em decorrência de alguma mudança significativa na paisagem do Município de
Campinas, tal como algum tipo de bem tombado, ou em estudo de tombamento, ou
unidade de conservação.
Assim, considerando que a ocupação atual da área de influência,
predominantemente, já trata-se de uso residencial, ainda que unifamiliar, e considerando
ainda que o empreendimento seguirá os padrões e parâmetros adotados pela legislação
municipal, o empreendimento não causará qualquer tipo de impacto a paisagem urbana,
quando comparada com a ocupação atual.
TIPO DE IMPACTO: NEUTRO
7 MEDIDAS MITIGADORAS
As medidas mitigadoras para os possíveis impactos levantados, se dão
especialmente pela implementação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos e do
Programa de Controle e Monitoramento de Obras; implantação do projeto de drenagem
provisória durante a obra de terraplenagem, além do completo atendimento a legislação
aplicável e utilização dos equipamentos de proteção.
A implantação de um Plano de Gerenciamento de Resíduos é a melhor medida
mitigadora para possíveis impactos negativos sobre o meio ambiente, tais como
contaminação de solo e corpos hídricos, dando-se a tratativa correta aos resíduos, o
risco de possíveis acidentes é reduzido significativamente.
Uma vez que o empreendimento não contempla nenhuma atividade produtiva, o
único impacto possível seria a contaminação do solo ou recursos hídricos, devido ao
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escoamento de resíduos de óleos lubrificantes, tintas e combustíveis. As principais
fontes destes resíduos seriam: embalagens plásticas com o residual, água proveniente da
lavagem das betoneiras e vazamento de caminhões e máquinas, durante a fase de
instalação dos empreendimentos.
Assim, em momento posterior, será apresentado em um Plano de Gerenciamento
de Resíduos todo o escopo de como o mesmo deve ser segregado, armazenado, e
destinados cada uma das classes de resíduos. O Plano deverá ser aprovado pelo órgão
competente e aplicado no momento de início das obras.
Para prevenir ou mitigar alguns dos impactos ambientais apresentados
anteriormente, sugere-se que durante o período de obras seja implementado o Plano de
Controle e Monitoramento que deverá ser acompanhado de Responsável Técnico
legalmente habilitado. As obrigações básicas que deverão fazer parte do Programa e ser
cumpridas pelos responsáveis da obra serão apresentadas abaixo, item 6.1 do presente
estudo.
7.1 PROGRAMA DE CONTROLE E MONITORAMENTO DE OBRAS
1) “Manter regulados e em bom estado os motores de máquinas e
equipamentos utilizados na obra de modo a minimizar a emissão dos gases
poluentes e material particulado.”
A manutenção periódica das máquinas e equipamentos utilizados na obra,
visando mantê-las em bom estado de funcionamento e prolongar-lhes a vida útil, foi
realizada de forma a priorizar os seguintes fatores: alojamento, abastecimento,
lubrificação e pequenos reparos.
O Manual de manutenção das máquinas e equipamentos foi apresentado de
acordo com os fatores priorizados, conforme mostrado a seguir:
Alojamento: quando uma máquina não estiver em serviço, esta deve ficar abrigada da
ação dos raios solares, água das chuvas e outros agentes que lhes são nocivos. Os
abrigos podem ser simples e construídos de forma que evitem perigos de incêndios e
goteiras. O piso, quando não pavimentado, deverá ser suficientemente compactado,
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recoberto por uma camada de cascalho ou pedregulho fino, em nível pouco superior ao
terreno que o circunda. É importante sempre mantê-lo limpo.
Abastecimento: O combustível utilizado no abastecimento deve ser armazenado em
local fora da obra, abrigado dos raios solares e com baixa variação de temperatura. A
pintura do local com tintas claras evita grandes variações de temperatura do
combustível. Deve-se tomar cuidado para evitar impurezas no combustível (água,
sujeiras provenientes do tanque, etc.). O abastecimento do tanque de combustível deve
ser realizado sempre ao final da jornada de trabalho, evitando condensação da umidade
do ar no interior do tanque de combustível. No início da jornada do dia seguinte deve-se
fazer a drenagem no pré-filtro de combustível.
O abastecimento de água do radiador deverá ser realizado diariamente com água
limpa e de preferência com o motor frio. Se o motor estiver quente e importante que se
tome cuidado ao abrir a tampa do radiador para evitar riscos de queimadura. Neste caso
ainda, deve-se acrescentar a água fria lentamente e com o motor em funcionamento.
Lubrificação: Deve-se conhecer a especificação do tipo de óleo utilizado nos diferentes
locais da máquina como motor, transmissão, sistema hidráulico, freios, e direção
hidráulica. Os lubrificantes pastosos (graxas) são utilizados em mancais, articulações,
rolamentos, são aplicados através de bicos engraxadores que devem ser mantidos
limpos e em bom estado de funcionamento.
Pequenos Reparos: Deve-se estar atento à ruídos, trepidações e mal funcionamentos
apresentados pelas máquinas para que sejam feitos os reparos antes de gerar grandes
problemas.
A Metodologia utilizada para a aplicação dessas ações para a mitigação e
proteção contra problemas nas máquinas e equipamentos utilizados na obra foi
dividida em: Manutenção Corretiva e Manutenção Preventiva ou Periódica.
Manutenção Corretiva: É o conjunto de reparos que devem ser realizados toda vez
que se encontrar algum componente danificado. Pode ser facilmente desencadeada pela
manutenção periódica que detectará os pontos a serem corrigidos. Também pode ser
atribuída a falhas de manutenção periódica e de operação.
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Manutenção Preventiva ou Periódica: refere-se às operações que deverão ser
realizadas a intervalos regulares, determinados pelo número de horas trabalhadas pelas
máquinas. Para isto, é necessário que seja registrado o tempo necessário para às
operações. O instrumento do trator utilizado para isto é o tratômetro, composto por
tacômetro (mede a rotação do motor) e o horímetro (mede horas em uma determinada
rotação).
Sempre que a pessoa, ou a equipe de manutenção, for realizar alguma operação é
necessário que se tome as medidas necessárias quanto à segurança. Sérios danos na
máquina, como também graves lesões no operador podem ser evitados com poucas
medidas de segurança.
2) “Proceder à cobertura da caçamba dos caminhões que transportarem
materiais passíveis de carregamento pelo vento (terra, areia, cimento, etc.) e exigir
o mesmo dos fornecedores de insumo para a obra;”.
A empreendedora responsável deverá proceder a cobertura de caçamba de todo e
qualquer caminhão que venha a carregar materiais passíveis de carregamento pelo vento
para evitar com que esse material se espalhe pelo ar, causando poluição, embaçamento
da visão e disseminação desses materiais ao entorno.
O mesmo procedimento de cobrimento com lonas dos caminhões deverá ser
tomado para o transporte das terras e resíduos de construção civil que saírem do
empreendimento para sua destinação final.
O controle dessas ações deverá ser feito por profissionais habilitados e locados
nas entradas e saídas de caminhões da obra, sendo que todo e qualquer veículo que
estiver em rota de saída deverá estar devidamente coberto com lona específica para a
retenção de partículas.
3) “Umedecer as estradas de acesso e caminhos de serviços em época de seca
para controle de poeira em suspensão; ”.
Para evitar a dispersão de material particulado, como areia e poeira, durante o
período de seca os responsáveis pelo empreendimento em questão deverão umedecer as
entradas e saídas dos veículos e caminhões durante a execução das obras de construção
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do prédio habitacional. Dessa maneira, evita-se a distribuição de agentes poluidores
para as vias públicas.
4) “O horário de trabalho deverá se limitar a um horário compatível, sendo
vedada atividade de máquinas no período noturno; ”.
Conforme já solicitado no item que trada da geração de ruídos, o horário de serviço dos
funcionários responsáveis pela construção do prédio comercial deverá abranger das
07h:00 até as 18h:00 nos dias úteis, fato que será controlado e registrado mediante
sistema de controle de entrada e saída de funcionários a ser utilizada pela construtora
responsável pela implantação do empreendimento.
O horário de trabalho, portanto, não ultrapassará o período comercial e não
adentrará em período noturno de trabalho, estando proibida a utilização de máquinas e
equipamentos durante este período.
5) “A implantação de pátio de abastecimento ou lavagem de máquinas e
equipamentos, bem como quaisquer reservatórios de combustíveis, não deverá ser
realizada no local das obras”.
A empreendedora responsável pelo empreendimento deverá se comprometer a
não realizar qualquer tipo de lavagem ou abastecimento de máquinas e equipamentos na
área em que será implantado o prédio comercial para evitar com que haja qualquer
possibilidade de contaminação do solo.
O abastecimento e lavagem de máquinas deverá ser feito em local devidamente
apropriado para tal ação e com as devidas licenças ambientais que o permitem executar
esse tipo de atividade. Tal localidade deverá ser definida juntamente com a construtora
que será contratada para executar a implantação do empreendimento, sendo que os
órgãos ambientais competentes deverão ser informados deste local assim que a
informação for definida.
6) “Efluentes líquidos provenientes dos banheiros e vestiários do canteiro de
obras não deverão ser lançados em corpos d’água ou rede de águas pluviais, nem
infiltrados no solo”.
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Os efluentes líquidos deverão ser destinados para caixas sépticas de retenção ou
banheiros químicos, ser recolhidos por empresa especializada e encaminhados para a
Estação de Tratamento de Esgoto municipal mais próxima. Assim, evita-se qualquer
possibilidade de contaminação do solo.
7) “Deverão ser tomadas todas as medidas necessárias para evitar a formação
de processos erosivos”
A empresa responsável pelo empreendimento deverá proceder a cobertura de
taludes e áreas com solo exposto em declive com lonas ou plantio de gramíneas para
evitar a formação de processos erosivos pela ação das águas pluviais. Caso necessário,
deverá ser implantado sistema de caminhamento de águas pluviais em taludes com
longos períodos de exposição.
8 MEDIDAS COMPENSATÓRIAS
De todos os impactos elencados no presente estudo, o único em que se mostra
cabível a execução de medidas compensatórias será o corte dos indivíduos arbóreos
isolados exóticos. Conforme adiantado anteriormente, tal compensação será realizada
em momento oportuno, por meio de aprovação pelo órgão municipal competente.
9 CUSTOS E CRONOGRAMA
Os custos decorrentes das medidas propostas que eventualmente possam surgir,
serão de responsabilidade do próprio empreendedor. Cumpre-nos esclarecer que a
maioria dos custos já estão incorporados no projeto, pois de maneira geral as medidas
propostas são: programas de controle e monitoramento de obra, programa de
gerenciamento de resíduos, execução de projetos conforme aprovado, entre outros.
O cronograma das medidas será distribuído de acordo com os 20 (vinte) meses
de obra, de acordo com as etapas de execução, exceto pela compensação ambiental que
deverá ser firmado Termo Compromisso e Recuperação Ambiental – TCRA junto ao
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órgão ambiental estadual com o estabelecimento dos prazos para execução de cada uma
das medidas de compensação previamente estipuladas.
10 SINTESE DOS IMPACTOS
Neste item são abordados os impactos de vizinhança, positivos e negativos,
causados e associados ao empreendimento, tendo sido desenvolvido com base nas
informações produzidas pela caracterização dos empreendimentos.
Em linhas gerais, a metodologia utilizada para a avaliação de impactos
ambientais partiu primeiramente da identificação individual das atividades
potencialmente geradoras de impactos, relacionadas às duas fases do empreendimento
(implantação e operação/funcionamento):
Fase de Implantação: envolve as atividades relacionadas à execução das obras,
desde a etapa dos serviços preliminares como avaliação geológico-geotécnica,
como as atividades de obra civil e as consequentes alterações no meio até a
desmobilização final das obras e a entrega do empreendimento.
Fase de Operação: inclui a fase do funcionamento do empreendimento a ser
implantada no local.
Por fim, concluída a etapa de identificação dos potenciais impactos ocasionados
pela implantação do empreendimento, foram considerados outros elementos
classificatórios, denominados neste Estudo de atributos para avaliação dos impactos.
Muito embora os elementos selecionados sejam de fácil compreensão, cabe
deixar consignado de maneira transparente, a convenção e definição adotada neste
Estudo.
Natureza do Impacto: positivo ou negativo.
Nível de Intervenção: direto ou indireto. Indica se os impactos serão
ocasionados diretamente pelos empreendimentos ou desencadeados
indiretamente por ações dos empreendimentos.
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Abrangência: local ou regional. Define a amplitude espacial do impacto.
Duração: imediato, temporário (com duração determinada) ou permanente
(perdura-se além da vida útil do empreendimento), refletindo assim o tempo
de ocorrência do impacto.
Reversibilidade: atributo que avalia, quais os impactos são passíveis de
reversão e quais são irreversíveis, com ou sem a implementação de medidas
mitigadoras/compensatórias.
Valoração dos impactos (Magnitude): qualifica os impactos quanto à sua
intensidade e/ou magnitude, com e sem a aplicação das medidas de mitigação
e/ou compensação propostas, considerando as gradações: Alta, Média e Baixa
Magnitude. Os critérios para valoração do impacto são essencialmente
subjetivos e relativos, muitas vezes baseados na experiência profissional e no
senso comum, tendo como parâmetros comparações e o estabelecimento de
relações entre os temas. Quando possível, é realizada uma quantificação,
como no caso da vegetação, movimento de terra e etc.
Diante da identificação, análise e valoração dos impactos ambientais
potencialmente ocorrentes pela implantação do empreendimento, e considerando a
implementação das medidas mitigadoras propostas, foi previsto um baixo grau de
magnitude dos impactos associados ao empreendimento.
De acordo com a avaliação realizada, verifica-se a ocorrência, durante a operação
do empreendimento, de 13 impactos tidos como significativos. Destes, 03 (três)
impactos são positivos, 03 (três) são negativos e 07 (sete) impactos considerados neutro.
É importante lembrar que obras de engenharia sempre decorrem de alterações nos
meios físicos e bióticos, classificados naturalmente como impactos negativos.
A fase de implantação do empreendimento é a que apresenta os impactos
negativos, todos temporários e mitigáveis, portanto, considerados de baixa ou média
magnitude. Não foi diagnosticado qualquer impacto negativo de alta magnitude, pois
com a adoção das medidas de controle/mitigação, esses impactos tornam-se pequenos, e
em sua maioria, reversíveis e temporários.
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Por outro lado, durante a fase de operação, verifica-se a incidência de impactos
positivos no meio socioeconômico, de significância e permanência, o que denota que o
empreendimento proposto promoverá importantes ganhos sociais.
Como o empreendimento é de tipologia habitacional não haverá armazenamento
e comércio de produtos químico, não há necessidade de mistura ou queima, não
havendo danos ao meio ambiente com relação à emissão de fumaça, gases ou poluições
em geral.
Na Tabela 09 é apresentada a Síntese dos Impactos Ambientais do
empreendimento durante a fase de implantação e a Tabela 10 a Síntese dos Impactos
Ambientais do empreendimento durante a fase de operação.
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Tabela 09. Síntese de Impactos – Fase de Implantação do futuro empreendimento.
FASE DE IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
ME
IO
Nº HIPÓTESE DE IMPACTO
ATRIBUTOS PARA A AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS
CARACTERÍSTICAS AVALIAÇÃO MEDIDAS MITIGADORAS
E/OU COMPENSATÓRIAS
MAGNITUDE
NATUREZA NÍVEL DE
INTERVENÇÃO ABRANGÊNCIA DURAÇÃO REVERSIBILIDADE
SEM
MEDIDAS
COM
MEDIDAS
Fís
ico
1 Geração de Empregos Diretos e
Indiretos Positivo
Direto
e
Indireto
Local
e
Regional
Temporária Reversível ------ ------ ------
2 Interferências no Tráfego Negativo
Direto
e
Indireto
Local
e
Regional
Temporária Reversível
Atendimento à exigências legais para Polos
Geradores de Tráfego / Correta alocação de
entradas e saídas de veículos / Sinalização das
vias durante o período de obras.
Média Baixa
3 Terraplanagem Negativo Direto Local Temporária Reversível
Adotar medidas de controle de erosão do solo e
implementação do projeto de drenagem
provisória durante a interferência.
Média Baixa
4 Alteração nos Níveis de Ruído e
Emissão de Gás Poluente Negativo Direto Local Temporária Reversível
Correta Manutenção de Maquinário /
Priorizar utilização de máquinas elétricas /
Controle de lavagem e abastecimento em local
pavimentado; Implementação dos Planos.
Baixa Baixa
5 Geração de Resíduos e Material
Excedente das Obras Negativo Direto Regional Temporária Reversível
Aplicação das medidas previstas no Programa
de Controle de Obras e Programa de
Gerenciamento de Resíduos.
Média Baixa
6 Carreamento de Sedimentos ao
curso hídrico Negativo Direto Local Temporária Reversível
Cobertura de taludes, implantação de caixas de
sedimentação e implantação do projeto de
drenagem provisória.
Média Baixa
7 Impermeabilização de solo exposto Negativo Direto Regional Temporária Reversível
Execução de Projeto de Drenagem de
Águas Pluviais adequado, bem como
implantação da caixa de retenção e
cumprimento dos parâmetros trazidos pela
legislação urbanística e ambiental.
Média Baixa
BIÓ
TIC
O
8 Supressão dos indivíduos arbóreos
isolados presente na ADA Negativo Direto Regional Permanente Irreversível
Implantação do projeto de recuperação com
o plantio de mudas de acordo com o
determinado pela legislação vigente.
Média Baixa
9 Perturbação Sonora sobre a fauna
local Negativo Indireto Local Temporário Irreversível Cumprimento da NBR 10.151. Baixa Baixa
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Tabela 10. Síntese de Impactos – Fase de Funcionamento do futuro empreendimento.
FASE DE FUNCIONAMENTO DO EMPREENDIMENTO
ME
IO
Nº HIPÓTESE DE IMPACTO
ATRIBUTOS PARA A AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS
CARACTERÍSTICAS AVALIAÇÃO MEDIDAS MITIGADORAS
E/OU COMPENSATÓRIAS
MAGNITUDE
NATUREZA NÍVEL DE
INTERVENÇÃO ABRANGÊNCIA DURAÇÃO REVERSIBILIDADE
SEM
MEDIDAS
COM
MEDIDAS
AN
TR
ÓP
ICO
11 Geração de Empregos Diretos e
Indiretos Positivo Direto Local e Regional Permanente Irreversível ------ ------ ------
12 Utilização de infraestrutura pública Neutro Direto Local e Regional Permanente Reversível Monitoramento da qualidade dos equipamentos
e serviços públicos. Média Baixa
13 Intensificação do trafego de veículos
em decorrência do empreendimento Neutro Direto Regional Permanente Reversível
Adotar as melhoras das vias conforme
solicitado pelo órgão municipal competente. Baixa Baixa
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11 CONCLUSÃO
Por meio de análises de documentos, projetos e realização de visitas técnicas
para a composição deste Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), elaborado por
profissionais habilitados e capacitados, chega-se à conclusão da viabilidade do
empreendimento residencial de interesse social em análise, pretendido em todos os
âmbitos analisados.
O Estudo de Impacto de Vizinhança aqui apresentado concluiu ser viável a
implantação do empreendimento levando em consideração as seguintes observações:
O empreendimento acarretará em impactos socioeconômicos positivos
para a região.
O empreendimento não deverá acarretar em prejuízos para o tráfego da
região.
Os impactos negativos, como geração de ruído e de resíduos, supressão
de vegetação, interferência no transito, entre outros citados, poderão ser
devidamente mitigados e compensados de acordo com as ações
propostas estabelecidas no presente.
Silvia Bastos Rittner
Engenheira Civil Sanitarista
CREA 0682354562
ART 28027230200300908