3SUMRIOAPRESENTAO

Aula 1 Aventuras do povo de Deus I

Aula 2 Aventuras do povo de Deus II

Aula 3 Aventurando-se em outras terras

Aula 4 Os caadores da verdade

Aula 5 Nasceu minha igreja

Aula 6 Mulher de coragem

Aula 7 Mulher inspirada por Deus

Aula 8 Minha igreja se organizou

Aula 9 Minha igreja no Brasil

ANEXOS 1. Linha do tempo 2. Colagem 3. Quebra-cabea 4. Quebra-cabea adesivo

CERTIFICADO

05

07

13

19

25

31

37

45

51

57

67697173

75

Todos os direitos reservados ao Ministrio da Criana da Unio Sul-Brasileira da Igreja Adventista do Stimo Dia.

Produo: Unio Sul-Brasileira da Igreja Adventista do Stimo Dia.

Idealizao e Coordenao do Projeto: Pr. Jos Santos Filho e Solange O. Santos.

Preparo de Originais: Pr. Wellington Vedovello Barbosa.

Reviso: Dalka Sally Bergold.

Criao da Logomarca: Edson Canofre/Andr Nadaline.

Ilustrao: Roberto Zoellner

Design da Apostila: Vera Vanjura.

Projeto Grfico e Diagramao: Andr Nadaline.

Colaboradores Especiais:

Cristina Reis Domingos.Dulcin C. Melo Chicoski.

Ednia Bomfim.Edson Erthal de Medeiros-ASP.

Fernanda L. Barbosa.Jefferson Selmer.

Levi Pereira.Luciana de Moraes Jardim.Maria B. Quadrado-USB.

Mirta Samojluk-DSA.Pr. Igncio Luis Kalbermatter-USBPr. Antonio Alberto Moreira-ASP.Pr. Marcelo Peres Argenton-ASP.

Pr. Marlon Lopes-USB.Silvana R. Selmer.

Sullivan Dutra.Vaniza S. Santana.

Vera Vanjura.Wanda Gonalves Costa.

Apoio: Ministrio da Criana da Diviso Sul-Americana da Igreja Adventista do Stimo Dia.

5Apresentao O Projeto Eu conheo minha histria foi criado e desenvolvido pela Igreja Adventista do Stimo Dia do Boqueiro, em Curitiba Paran, em agosto de 2005. O Pr. Jos Santos e sua esposa, Solange R. O. Santos, foram os idealizadores deste projeto. O projeto tem como objetivo principal levar os juvenis adventistas a compreenderem que a igreja da qual fazem parte est enraizada na histria do povo de Deus. O adventismo do stimo dia no pode ser avaliado somente em termos de fenmeno religioso, mas, sim, como o cumprimento proftico de Daniel 8:14. Ao mesmo tempo em que o Santurio Celestial comea a ser purificado atravs do ministrio sumo-sacerdotal de Cristo, o Senhor conduz um movimento na Terra em favor da restaurao e da vindicao das verdades bblicas como um todo, visando, assim, preparar este planeta para o glorioso evento da Segunda Vinda de Cristo. As aulas um e dois, intituladas Aventuras do Povo de Deus, procuram apresentar, de maneira sucinta, as principais fases do povo de Deus, objetivando realar especialmente que, embora haja perodos conturbados ao longo desta histria, o Senhor sempre manteve um grupo fiel Sua aliana, e este est entre ns at hoje. Na aula um, o foco est direcionado para o perodo do Antigo Testamento, onde se encontra a justificativa para a existncia do remanescente. O ponto de transio entre estas aulas a Primeira Vinda de Cristo e o nascimento da Igreja Crist. Em continuidade, a aula dois apresenta, de acordo com a compreenso historicista adventista, a descrio dos sete perodos da histria do cristianismo tendo como base as sete igrejas do Apocalipse. A aula trs, denominada Aventurando-se em outras Terras, aborda, de maneira especfica, um dos eventos ocorridos durante o perodo da igreja de Sardes: a ida dos pais peregrinos aos Estados Unidos da Amrica. Essa descrio visa estabelecer o contexto histrico no qual nasceu o Movimento Milerita, fornecendo informaes sobre os dois grandes reavivamentos

6no territrio norte-americano, bem como a existncia de um despertamento mundial que aguardava a vinda de Cristo ainda na dcada de 1840. Por sua vez, a aula quatro, cujo ttulo Caadores da verdade, relata os reflexos do despertamento em torno da vinda de Cristo e como ele estabeleceu o Movimento Milerita nos Estados Unidos. A descrio inicia-se com a busca pela verdade empreendida por Guilherme Miller e culmina com o Grande Desapontamento, em 22 de Outubro de 1844. A fragmentao ocorrida entre os mileritas aps o desapontamento d incio aula cinco, designada Nasceu minha igreja. Esta aula apresenta o ncleo bsico no qual se uniram os primeiros adventistas sabatistas e tambm a biografia de dois co-fundadores da denominao: Jos Bates e Tiago White. Duas aulas foram separadas para tratar sobre Ellen G. White, a terceira co-fundadora da Igreja Adventista do Stimo Dia. Na aula seis, sob o ttulo Mulher de coragem verificam-se os principais fatos de sua biografia, destacando sua sade debilitada, o chamado divino para a misso de mensageira e os aspectos familiares. Por outro lado, a aula sete, cujo nome Mulher inspirada por Deus, se dedica ao seu profcuo ministrio, apresentando tambm algumas curiosidades sobre seu trabalho e uma lista de livros publicados em portugus. Aps apresentar os fundadores da igreja, a aula oito resume o processo de organizao da denominao. Com o ttulo de Minha igreja se organizou, apresenta os passos que levaram os adventistas sabatistas a assumirem um nome oficial, bem como uma estrutura que colaborasse com o cumprimento da misso proftica da denominao. Por ltimo, a aula Minha igreja no Brasil apresenta a chegada do adventismo ao Brasil e descreve sua expanso a partir das trs principais iniciativas adventistas: publicaes, educao e obra mdico-missionria.

8 aula 1

Aventuras do povo de Deus - I Da queda do homem at Abrao

Desde a desobedincia de Ado e Eva, ao comer do fruto da rvore do conhecimento do bem e do mal, a humanidade se dividiu em dois grupos: Osqueaceitaramapromessadesalvao.

Osquearejeitaram.

ApromessadesalvaoestbaseadaemGn3:15.Oprimeirohomem

aadorarpublicamenteonomedeDeusfoiEnos(Gn4:26),netodeAdo.

A partir da, a maldade dos homens aumentou muito e ento Deus decidiu elimin-la.No entanto, emmeio a toda essamaldade, havia um

homem que se manteve fiel a Deus. Esse homem era No. O Senhor o

escolheuparapregaramensagemdearrependimento.Atravsdeumsonho,

Deus lhemostrou que deveria construir um grande barco, onde quem se

arrependessepoderiasesalvar.Durante120anos,elestiveramaoportunidade

desearrepender,masapenasoitopessoassesalvaram:No,seusfilhoseas

respectivasesposas.Athojetemsidoassim:opovofielaDeustemsidoa

minoria.

Por no aprenderem a confiar em Deus, eles duvidaram que Ele

destruiria a Terra com gua, e construram a Torre de Babel, como meio de seproteger.OSenhorentoconfundiuaslnguaseopovoseespalhoupela

Terra.

Deus,emSuasabedoria,escolheuumhomemcujonomeeraAbroe

quemoravaemUrdosCaldeus.Suamissoeramuitoespecial.Eledeveria

sairdasuacidadeeirparabemlongeparapregaramensagemdesalvao

paratodaahumanidadeeseropaideumagrandenao.OpovodeDeus

seriadescendentedeAbraoedelenasceriaJesus(oCristo).

Do Egito at o Monte Sinai AgrandenaodescendentedeAbraofoichamadadepovodeIsrael.

OnomeIsraeloriginou-sedeJac.Estehomem,emsuajuventude,havia

roubadoabnodaprimogenituradeseuirmomaisvelho,Esa.Esseato

geroudioentreosdoisirmos.QuandoJacsepreparavaparasereconciliar

comEsa,Cristoapareceuaelecomoumanjo,eosdoislutaramdurante

uma noite s margens do Rio Jaboque. Como resultado dessa luta, Jac

teveumaverdadeiraconversoeentoJesusmudouoseunomeparaIsrael,

9O povo de Deus ao longo dos sculos - Iindicando que, como prncipe, ele

lutou com Deus e com os homens e prevaleceu.

Jac teve doze filhos. Um

de seus filhos, chamado Jos, foi

vendido como escravo e foi parar no Egito. Veio a fome naTerra, e

Jos que j era governador do pas

chamou Jac e seus familiares para

viverem naquele pas. O povo de

Israelaumentouemgrandenmero.

Pormuitotempo,viveramempaz;

porm,comopassardosanos,surgiu

umFaraqueresolveuescraviz-los.

Issodurouquatrocentosanos.Ento

Deus escolheuMoiss,um israelita

que havia sido criado como neto

adotivodoFara,parasalvaropovo

daescravido.

O Senhor o chamou quando

eletinha80anos.Deusfaloucomeleatravsdeumarbusto

quepegavafogo,masnosequeimava.AliEledeuamensagem

dequeMoissseriaolibertadordosisraelitas.Aoretornarao

Egito,eleseencontroucomseuirmoAroecomeouaao

paraasadadopovo,quesechamaxodo.Issoaconteceupor

voltadoano1446a.C.

MuitasmaravilhasforamrealizadaspormeiodeMoiss,

para libertar o povo: Envioupragasparaosegpciosdesobedientes.

Guiou-ospelodesertocomumacolunadefogoe

nuvens.

AbriuoMarVermelhoparaopovopassar.

Providenciouguanodeserto.

Alimentou-oscomomandoscus.

Ograndeevento,noentanto,foioacordofeitonoMonte

SinaientreDeuseosisraelitas.AlioSenhordeclarouqueeles

eram o povo escolhido e, se fossem obedientes, seriam uma naosantaeumreinodesacerdotes.

10 aula 1

Da formao de Israel ao Imprio Romano Apartirda,podemosdividirahistriadopovodeIsraelatonascimentodeJesusdaseguinte

forma:

A conquista de Cana e o perodo dos juzes.ApsamortedeMoiss(Dt34),Josupassouaserolderdopovo,comoobjetivodechegaremaCana,aqualDeushaviaprometidoqueseriaaterradeles.

Nofoifcilchegarematl,poisaspessoasquemoravamnaregiolutavamcontraeles.

SobadireodeDeus,usandomuitacautela,elesconquistaramaterradapromessaeadividiramentre

asdozetribosdeIsrael.ApsamortedeJosu,seiniciouoperododosJuzes.Nessetempo,osisraelitas

serebelaramcontraavontadedeDeusvriasvezes.Comisso,ospovosvizinhososperseguirameos

tornaramsubmissosaeles.Aosofreremasconseqnciasdarebelio,osisraelitassuplicavamaDeus

paraqueEleos libertassedospovos, comprometendo-seaadorar somenteaoSenhor.Diantedesse

compromisso,Deuscapacitavaumlibertador,chamadojuiz,paralivr-losdaopresso.

Muitos heris (e herona) da Bblia foram juzes. So exemplos: Dbora, Gideo e Sanso.

Infelizmente, logoquandoum juizmorria, os israelitas voltavamapraticar opecadode seguir aos

deusesfalsos,iniciandoociclonovamente.OltimojuizsobreIsraelfoiSamuel,quedeuincioetapa

seguintenahistriadanao.

A monarquia de Israel.Ospovosvizinhoseramlideradosporreis,eopovodeIsraelquisimit-los;issoeracontraavontadedeDeus(1Sm8:7-8).Noano1050a.C.,Saulfoiungidocomoprimeirorei

paraopovodeIsrael.Depoisde40anos,elemorreueDaviocupouoseulugar.ComeleoSenhorfez

umacordoeestabeleceuapromessadequesuadescendnciaeoseureinoseriamgrandesereconhecido

portodos.

EssapromessalogosecumpriucomoreinadodeseufilhoSalomo.Elefoiumreisbioesoube

fazerimportantesacordospolticosecomerciais,osquaistrouxeramresultadospositivosparaopovode

Israel.Almdisso,construiugrandesobras,comootemploparaadoraoaDeuseopalcioreal.

Mesmotendoumbomreinado,algunsestavaminsatisfeitosporqueachavamquehaviaabusodepoder,

queostrabalhadoreserammaltratadosequeosimpostoscobradosparafinanciarasgrandesconstrues

erammuito altos.Aps amortedeSalomo, essa insatisfaodopovodeu incio aoutra etapada

histriadopovodeDeus.

O reino dividido.RoboosetornoureiapsamortedeSalomo.Estereipassouaexigirdopovomaisdoqueseupaiexigia.Comisso,oreinosedividiuemdois:aosulficouoReinodeJud,comduas

tribos;aonorte,comdeztribos,oReinodeIsrael,governadoporJeroboo,quetinhasidofuncionrio

nacortereal.

OReinodeIsraelnuncaconseguiuprogredirporqueosreisquegovernavamnoobedeciama

Deus.Issooslevoucompletadestruioem722a.C,quandoaAssriadominousobreasdeztribos.

OReinodeJud,quecontinuoucomadescendnciadeDavi,variavaentrereisqueobedeciamaDeus

eoutrosquenoobedeciam.Emboraissoacontecesse,semprehaviaumgrupoquecontinuavafielao

Senhor,egeralmenteeraaminoria.Essegruporecebeonomederemanescente.

Poramoraessegrupo,oReinodeJudnofoitotalmentedestrudo,comoaconteceucomIsrael.

ComoconseqnciadesuadesobedinciaaoSenhor,foramlevadoscomoescravosparaaBabilnia

definitivamentenoanode586a.C.Esteofatoqueiniciaonovoperodo.

O exlio e a restaurao.Duranteo tempoqueestiveramnaBabilnia,os judeusconstituram

11O povo de Deus ao longo dos sculos - Ifamlias,construramcasas,fizeramplantaesetambmprocurarampreservarareligioisraelita.Nessa

poca, como templodestrudo, foramcriadas as primeiras sinagogas: casasde cultoondeoravam,

estudavamaLei,cantavamosSalmosecomentavamosescritosdosprofetas.Duranteesseperodo,o

SenhorserevelouatravsdealgunsprofetascomoDaniel,EzequieleJeremias.

AoprofetaDaniel,DeusrevelouatravsdevisesoqueaconteceriaatasegundavindadeJesus.

EssasrevelaessecumpriramnosdiasdeCristoeaindaestosecumprindoemnossosdias.Aoprofeta

Jeremias,oSenhorrevelouquefariaumnovoacordocomosisraelitas,poiselesnohaviamcumprido

aquiloque foi apresentadonoMonteSinai.Essenovoacordodeveriaficargravadonamente eno

coraodoshomens.

ArestauraodopovoisraelitacomeoucomaaodoreiCiro,daMdia-Prsia,em539a.C.,

quandodominouaBabilnia.AquedadeBabilniafoiprofetizadaporIsaasmaisde200anosantes.No

anode457a.C.,oreimedo-persaArtaxerxespermitiuqueelesvoltassemparasuaterraereconstrussem

otemplo.

Esseacontecimentosetornoumuitoimportanteparaopovojudeueparaoscristosadventistas,

porqueadataquedinicioaduasprofeciasdeDaniel:

1. Oinciodas2.300tardesemanhs,quefindaramem22deoutubrode1844(Dn

8:14).

2. Oinciodos490anosqueincluemaprimeiravindadeJesuseofinaldafaseem

queosjudeusseriamopovonicoescolhidoparaanunciaramensagemdivina.Isso

terminounoano34d.C.,comoapedrejamentodeEstevo(At7),oprimeiroa

morrerpelafcrist. Naseqnciadosgrandesimpriosmundiais,aMdia-PrsiafoiderrotadapelaGrciae,mais

tarde,Romapassouaserograndegovernante.

O Imprio Romano e o nascimento da igreja EnquantoRomagovernava,asprofeciassobreaprimeiravindadeJesussecumpriram.Duranteo

tempoqueJesusestevenaTerra,procuroumostrarqueEleeraocumprimentodaspromessasfeitasao

povonopassado,masosisraelitasnoaceitaram.

Poressemotivo, Jesuschamoudozehomenspara seremapstolosepregaremoevangelho.A

partirdamorteeressurreiodeCristoedapoderosavindadoEspritoSantonoPentecostes,aigreja

setornoucapazdeproclamarasalvaopelagraa,medianteafemJesus.

NestaaulaestudamossobreahistriadopovodeDeusatonascimentodaigreja.Naprxima

aulaestudaremosoqueaconteceucomaigrejaduranteossculos,comoestrelatadoemApocalipse2

e3.

12 aula 1

1.Leras informaescontidasnasetiquetasdoanexo1daapostila, identific-lasefix-lasno

perodocorrespondenteaoacontecimento.

Atividades

14 aula 2

Aventuras do povo de Deus - I I O livro do Apocalipse foi escrito pelo apstolo Joo por volta do ano 95 d.C. Enquanto era prisioneiro na Ilha de Patmos, Jesus revelou-lhe o destino da igreja desde aqueles dias at a Sua segunda vinda. Todos os smbolos e passagens literais do livro tm como objetivo principal mostrar que Deus ter uma vitria definitiva sobre o mal.Estudos sobre o livro tm constatado que ele se divide em duas partes: 1. Ap 1:1 a 14:20 fala sobre o conflito entre Deus e Satans ao longo da histria. 2. Ap 15:1 a 22:9 fala sobre como ser o final deste conflito, onde Deus ser o vitorioso e levar os salvos para a Nova Terra. No Apocalipse comum encontrarmos smbolos representados por sete elementos: as igrejas, os selos e as trombetas e as pragas. Os trs primeiros so smbolos de acontecimentos histricos. As igrejas simbolizam a histria do cristianismo; os selos, a histria da igreja e do mundo; e as trombetas, a histria do mundo. Nesta aula, vamos estudar o que a Bblia diz sobre os cristos desde os seus primeiros tempos at a vinda de Jesus, conforme est escrito em Ap 2-3.

Ap 2:1-7 - feso (31-100)A igreja do Novo Testamento

feso era a principal cidade da provncia romana da sia. Embora a capital fosse Prgamo, feso era considerada importante porque tinha um excelente porto, e uma rodovia que atravessava a provncia de leste a oeste, o que contribua para torn-la um grande centro comercial. Era tambm um centro religioso, uma vez que rtemis (ou Diana), a deusa da fertilidade, era adorada ali. Seu templo era conhecido como uma das Sete Maravilhas do Mundo. feso foi repreendida por haver abandonado seu primeiro amor, aquela vontade de servir intensamente ao Senhor. Tambm foi elogiada por ser perseverante e fazer boas obras e, particularmente, por rejeitar falsos professores de Bblia. Esta descrio se aplica igreja do Novo Testamento, que durou at aproximadamente o ano 100 d.C.

Ap 2:8-11 - Esmirna (100-313)A igreja perseguida

Esmirna era uma cidade que ficava ao norte de feso, numa bela baa do mar Egeu. Esmirna era rival de feso no comrcio e, com o passar do tempo, a superou. Era a nica cidade do mundo antigo que possua um mercado pblico em trs andares. Hoje essa cidade tem o nome de Izmir e fica na Turquia. A igreja de Esmirna bem conhecida por ter sido fiel a Deus mesmo passando por dificuldades. A

15O povo de Deus ao longo dos sculos - IIperseguio aconteceu dos anos 100 at 313 d.C. Nessa poca, a igreja crist, no desejo de evangelizar o mundo todo, comeou a batizar pessoas que no tinham conhecimento da doutrina crist. Muitos gregos e romanos (chamados de gentios pelos judeus) comearam a pertencer igreja sem abandonarem os velhos costumes e doutrinas. Com isso, sua maneira de pensar foi se misturando com a doutrina crist. O imperador Constantino tornou-se cristo e, a fim de fazer do cristianismo algo mais aceitvel, mudou o dia de adorao a Deus do sbado para o domingo. Alm disso, o lder religioso da igreja de Roma procurou ter uma posio muito mais importante do que os outros lderes cristos, e com isso a igreja ficou insatisfeita.

Ap 2:12-17 - Prgamo (313-538)A igreja em decadncia

A cidade de Prgamo estava localizada no topo de uma grande montanha, o que a ajudava quando precisava se defender dos inimigos. Prgamo foi a capital do reino de Prgamo no terceiro e segundo sculo antes de Cristo. Foi um importante centro cultural com uma biblioteca que possua 200 mil rolos (ainda no existiam livros como hoje). Muitos desses rolos eram feitos de pergaminho, um tipo de couro altamente refinado que foi desenvolvido ali durante um perodo de escassez de papiro (folha para escrever preparada com o caule de uma planta com o mesmo nome) provocado por motivos polticos. A cidade se destacava tambm por ser a sede de muitos templos pagos, inclusive o primeiro templo conhecido em homenagem ao imperador Augusto (29 a.C.). Nesta fase da igreja, o bispo de Roma desejou assumir o poder terreno, porque o Imprio Romano havia sido destrudo em 476 d.C., e a nica autoridade que ficou era ele. Dessa forma, ele passou a controlar as questes espirituais, polticas e sociais. Com isso, os cristos se afastaram completamente dos ensinos da Bblia e, ao invs de obedecerem a Cristo, obedeciam ao lder humano da igreja. A religio no era mais uma experincia pessoal com Cristo, mas uma srie de obrigaes, como adorao de relquias, peregrinaes, doaes grandiosas de dinheiro para a igreja com o objetivo de obter perdo, etc.

Ap 2:18-29 - Tiatira (538-1517)A igreja em trevas

A cidade de Tiatira se localizava junto a uma importante rodovia, num local onde dois vales se encontravam, tornando-a uma importante cidade comercial. Ali existiam plantas que eles usavam para fazer uma tinta vermelho-escura, que era conhecida como prpura. Neste perodo, a igreja crist entrou em seu perodo mais terrvel. Na Idade Mdia, era uma igreja crist s de nome, que no se parecia com o cristianismo fundado por Jesus. Em nome de Deus, eles adoravam imagens e esculturas de santos, guardavam mandamentos que no foram criados por Deus e perseguiam aqueles que procuravam seguir os mandamentos do Senhor. Nessa poca, tambm, o lder da igreja romana passou a agir como se fosse Deus: ele perdoava pecados, condenava ou absolvia a conscincia das pessoas, exigia adorao e dizia que, enquanto estava na funo, no errava.

16 aula 2

Ap 3:1-6 -Sardes (1517-1798)A igreja na Reforma

Sardes, assim como Prgamo, estava localizada no topo de uma montanha. Isso fazia com que os seus habitantes se sentissem seguros. Em tempos antigos, o rei Creso da Ldia, que era famoso por sua riqueza, escolheu Sardes para ser a capital de seu reino, imaginando que ali o seu tesouro estaria seguro. Foi nos anos desta igreja que Deus iluminou Martinho Lutero e outras pessoas a se manterem fiis Sua Palavra. Infelizmente, essa fidelidade no durou muito tempo, pois as pessoas passaram a adorar a Deus de uma forma fria e formal. Alm disso, os pases que cortavam as relaes com o papa esqueciam de lutar pela verdade e lutavam pelo poder poltico entre catlicos e protestantes. Alguns cristos, tristes com essa situao, saram da Europa em direo novas terras, onde pudessem viver um vida crist verdadeira Os pais peregrinos, em 1620, comearam a colonizao dos Estados Unidos da Amrica, assunto que ser tratado na prxima aula.

Ap 3:7-13 - Filadlfia (1798-1844)A igreja missionria

A cidade de Filadlfia ficava a poucos quilmetros ao sudeste de Sardes. Ela se localizava numa grande colina, entre dois frteis vales. Num desses vales existia um porto natural - uma porta aberta - que contribua muito para o sucesso comercial e a influncia cultural de Filadlfia. Seu nome significa amor fraternal. Entre 1798 a 1844 houve grandes acontecimentos. O cristianismo verdadeiro comeou a ser pregado novamente por Joo Wesley, que colaborou com o movimento de misses estrangeiras. Foram formadas as sociedades bblicas internacionais, que traduziram a Bblia para mais de 1.200 lnguas. Por ltimo, missionrios como Guilherme Carey e Roberto Morrison iniciaram a evangelizao de pases isolados como a ndia e a China. Na Europa, Estados Unidos e Amrica Latina, iniciou-se um grande interesse em estudar as profecias de Daniel e Apocalipse. Muitos sentiam que Deus estava pronto para fazer grandes mudanas no mundo. De alguma forma, estava comeando o tempo do fim.

17O povo de Deus ao longo dos sculos - II

Ap 3:14-22 - Laodicia (1844 segunda vinda de Cristo)A ltima igreja

Laodicia era uma cidade muito rica e tinha muito orgulho disso. Por volta dos anos 60 d.C., um terremoto arrasou a cidade, e ela no aceitou o auxlio de Roma para sua reconstruo; fez tudo com a sua prpria riqueza. Grande parte de sua riqueza vinha de seu comrcio e de suas atividades bancrias. Entre seus objetos de comrcio havia uma l preta, macia e brilhosa, que era vendida por alto preo, para servir como cobertor e casaco. Tambm se destacava a sua escola de medicina, que fabricava com ingredientes locais um colrio muito famoso em seus dias. Havia tambm um sistema de fornecimento de gua morna, imprpria para o consumo, mas apreciada para o banho. A mensagem que comeou a ser estudada no perodo de Filadlfia se concluiu em Laodicia. Ela representa a igreja em nosso tempo. Hoje os cristos no sofrem perseguies coletivas como no tempo de feso e Esmirna. Muitos dos cristos seguem um pouco a Deus e muito as coisas do mundo. O que importa nos nossos dias que no permitamos que a nossa f tambm fique morna, como as guas de Laodicia. Que cada um de ns possa ter no corao uma esperana real da segunda vinda de Jesus.

18 aula 2

1. Cole as etiquetas com as caractersticas correspondentes igreja.

Atividades

20 aula 3

Aventurando-se em outras terras

A viagem rumo liberdade

Na aula anterior, foi visto que, durante o perodo de Sardes, um grupo de cristos resolveu abandonar a Europa e iniciar uma nova vida em territrio ainda pouco explorado. Os pais peregrinos entendiam que a Igreja Anglicana, na Inglaterra, estava seguindo o mesmo caminho que a Igreja Romana em sua histria. Para fugir da perseguio religiosa, os peregrinos resolveram enfrentar os perigos de uma longa jornada atravs do mar.

Por intermdio da amizade da famlia Brewster com Edwin Sanys, tesoureiro da Companhia de Londres (London Company), eles asseguraram duas patentes autorizando-os a fixar-se nas terras da regio nordeste da jurisdio da Companhia. Impossibilitados de financiar os custos da emigrao, eles negociaram um acordo financeiro com Thomas Weston, um proeminente negociante de ferro. Pouco mais da metade dos membros do grupo deixou a cidade de Leiden em um pequeno navio, o Speedwell. Eles chegaram a Southampton, Inglaterra, onde se uniram a outro grupo de

separatistas, em um segundo navio, o Mayflower. Aps alguns atrasos e disputas, iniciaram a viagem em 16 de setembro de 1620, com aproximadamente 102 passageiros, sendo metade deles de Leiden. Aps 65 dias de viagem, em 9 de novembro, os peregrinos avistaram Cape Cod. Impossibilitados de atracar naquelas terras, s conseguiram ancorar em 11 de novembro ao lado de Provincetown. Como eles no tinham direitos legais para estabelecer-se naquela regio, redigiram o Pacto de Mayflower, criando seu prprio governo, at obterem permisso oficial da Inglaterra. Os colonos logo descobriram o Porto de Plymouth, a oeste da baa de Cape Cod, e fizeram ali seu desembarque histrico em 16 de dezembro. O termo peregrino foi usado primeiramente por William Bradford para descrever os separatistas de Leiden que haviam deixado a Holanda. Somente em 1799 os passageiros do Mayflower foram descritos como pais peregrinos.

Os erros se repetem Infelizmente, em solo americano, os peregrinos acabaram tendo o mesmo esprito de perseguio que sofreram na Europa. Atravs dos esforos de Roger Williams, ardente defensor da liberdade de

21Aventurando-se em outras terrasreligio, este direito passou a fazer parte da prpria Constituio dos Estados Unidos. Este homem veio ao continente americano onze anos depois de ser estabelecida a primeira colnia, a fim de viver em um local onde pudesse ser livre para adorar a Deus. Com o tempo, percebeu que um grave erro era cometido: a assistncia aos cultos da igreja oficial era exigida sob pena de multa ou priso. Roger Williams discordava dessa lei, o que fez com que fosse condenado a ser expulso das colnias, e finalmente, para evitar a priso, obrigado a fugir para a floresta virgem, debaixo do frio e das tempestades do inverno. Depois de meses de sofrimento, ele se estabeleceu na Baa de Narragansett, onde deu incio ao seu pequeno Estado Rhode Island. Este territrio tornou-se o refgio dos oprimidos, cresceu e prosperou at que seus princpios bsicos a liberdade civil e religiosa se tornaram princpios fundamentais da Repblica americana. Espalhando-se pelos pases da Europa a notcia de uma terra onde toda pessoa vivia do fruto de seu prprio trabalho, obedecendo sua conscincia, milhares se concentraram nas praias da Amrica do Norte. Multiplicaram-se rapidamente as colnias. Junto queles que desejavam uma nova vida e experincia com Deus, vieram tambm aqueles que buscavam unicamente as vantagens financeiras, sociais e polticas. Com o tempo, as igrejas protestantes dos Estados Unidos, assim como as da Europa, to altamente favorecidas pelo recebimento das bnos da Reforma, deixaram de seguir a Bblia. A religio novamente se transformou em formalismo; erros e supersties que no existiriam caso fosse seguida a Palavra de Deus foram mantidos.

O Primeiro Reavivamento Diante desse quadro, um despertamento religioso ocorreu no sculo XVIII em conseqncia das pregaes de George Whitefield. Pregando de norte a sul na costa leste americana, ele auxiliou muitos lderes religiosos na tarefa de avivar o cristianismo protestante. Destaca-se neste contexto Jonathan Edwards, que em 1737 publicou um relato detalhado do grande avivamento que irrompera em sua igreja, cujo ttulo era Uma Fiel Narrativa das Surpreendentes Obras de Deus. Esse despertamento teve efeito decisivo sobre a vida religiosa da Amrica do Norte. Deu origem a novas denominaes, a reformas educacionais e motivou o interesse e o apoio s misses.

O Segundo Reavivamento Nos anos de 1800 a 1850, as igrejas americanas experimentaram outra chama de avivamento, conhecida como o Segundo Grande Despertamento. O movimento teve incio com reunies universitrias no leste, particularmente na Faculdade de Yale, sob a liderana de Timteo Dwight. O evangelista pioneiro e fundador de igrejas Pedro Cartwright ajudou a espalhar o fogo do avivamento pelos lugares distantes do pas. Outro expoente do perodo foi Carlos Finney, evangelista de renome que influenciou vrios outros lderes com seu estilo de pregao e de campanha evangelstica.

Uma mensagem especial Em 1821, o Dr. Jos Wolff, judeu alemo convertido ao cristianismo, comeou a proclamar a segunda vinda de Cristo para a dcada de 1840. Ao mesmo tempo, outros lugares do mundo estavam sendo despertados para essa mensagem, atravs de estudiosos das profecias:

AmricadoSul:ManuelLacunza(padreespanhol).

Alemanha:Benguel(pastordaIgrejaLuterana).

22 aula 3 Sua:Gaussen(pastorprotestante,quepregavascrianas,afimdequeelas

pregassem aos seus pais). Escandinvia:Ali,ospregadoresdaprximavindadoSenhorforampresos,edesta

maneira silenciados. Deus apresentou a mensagem de um modo miraculoso, por meio de criancinhas. Como fossem menores, a lei do Estado no as poderia proibir, e foi-lhes permitido falar sem serem molestadas.

Nos Estados Unidos, essa mensagem foi propagada por Guilherme Miller. A partir do movimento iniciado por ele, nasceu a Igreja Adventista do Stimo Dia.

23Aventurando-se em outras terras

Decifrando cdigos

1. Observe o quadro com os cdigos e decifre as frases abaixo: 2. Circule se a afirmativa abaixo verdadeira ou falsa.

Atividades

24 aula 3

26 aula 4

Os caadores da verdade

O investigador Guilherme Miller

No passado, alguns homens tinham no corao um profundo desejo de conhecer os mistrios da Bblia. Dentre esses homens, podemos citar: GuilhermeMiller(1782-1849)

JosuVaughanHimes(1805-1895)

JosiasLitch(1809-1886)

CarlosFitch(1805-1844)

Foramhomens corajosos, que no temeram chamar o pecado pelo nome e enfrentaram grandes e

terrveis desafios.

Quando Guilherme mal tinha quatro

anos,seuspaismudaram-separaumstiode100

alqueires, um serto quase semhabitantes, em

LowHampton,nosEstadosUnidos.Ahipoteca

anualerapagacom20alqueiresdetrigo.Apenas

umas seis casas existiam no municpio. Nesse ambiente, onde animais selvticos vagavam, rvores eram derrubadas para construir cabanas, o terrenoera limpoeosMiller

viviam como sitiantes. Era

uma vida rstica, e mesmo o jovem Guilherme tinha que

ajudar na roa. A educao

era limitada a trs meses no inverno quando a colheita

tinhasidofeita.Millerfreqentouaescolados9

aos14anos.Duranteoslongosmesesdeinverno,

suameoensinoualer.Tornou-seumleitorvido,

sedentodeconhecimento.Masosnicosmateriais

sua disposio eram a Bblia, o hinrio e o livro deorao.Logosaiudaescola,mascontinuoua

aprender sozinho. Vela eraartigopreciosoe assimGuilherme

descobriuquensdepinho faziamboa luzpara

a leitura. Certa noite, quando lia j tarde, seu

pai acordou, viu a luz oscilante, e pensouque a

casa se incendiara.Mas,quandoreconheceuque

Guilherme estava lendo, mandou-o para cama

imediatamente. O ardente leitor reconheceu a vizinhana como boa fonte de material de

leitura. Algumas pessoas lhe

emprestavam livros, outras lhes deram livros de presente.Sua juventude era tpica da maior parte dos rapazes de ento. Porm, ele almejava algo melhor para sua vida. Casou-seem1803comLucy

Smith. Seguindo o modismo da poca, aderiu maonaria, chegando at seu alto grau. Lutounaguerrade1812contraoingleses,e

naBatalhadePlattsburghviuosnorte-americanos

esmagarem um nmero muito superior de ingleses umfatoqueocasionouumareviravoltaemsua

vida.Aofinaldaguerra,ele retornouparao seu

lar. Esse retorno foi marcado por um senso de

27Os caadores da verdadereflexo sobre asquestes espirituais.Em1816converteu-se e comeoua estudar intensivamente a

Bblia.Comparandoversculocomversculo,chegouconclusodequeasEscriturasapontavampara

seusdiasoltimoperododahistriaterrestre.

EmDaniel8:14,eleleu:At2.300tardesemanhs,eosanturioserpurificado.Suacompreenso

foidequeCristovoltariaafimdepurificaraTerradopecado.

Emagostode1831, fez umpacto comDeusnoqual ele se comprometia empregar sobre a

vindadeCristocasofosseconvidado.Naquelemesmodia,oconvitesurgiuparafalarsobreosegundo

advento em Dresden. Em1833, foi-lhe concedida pelos batistas a licena de pregar e, no final de 1834, ele estava

dedicandotodooseutempopregao.Deoutubrode1834atjunhode1839,Millerregistrou800

palestrasemseucadernodeanotaes.

OutraspessoasconcordavamcomasidiasdeMiller.SurgiuentooMovimentoMilerita.

O propagador Josu V. Himes JosuHimesfoiumgrandepromotoreorganizadordomilerismo.Em1840,elelanouarevista

Sinais dos Tempossempatrocnionenhumesemaindaternenhumassinante,comapenasumdlardecapital.Seutrabalhofoirealizadointeiramentepelaf.Almdisso,eletambmpublicouumasegundae

uma terceira edio dos SermesdeMiller,diagramas,folhetos,livros,tratados,hinrios,pginasavulsase boletins com as mensagens adventistas. NacidadedeNovaIorque,Himeslanouumarevistadiria,oClamor da Meia-Noite,em1842,emconexocomumagrandesrieevangelstica.Dezmilcpiasforamimpressasdiariamenteporvrias

semanas e distribudas por garotos. FoisuaatarefadeorganizaraprimeiraAssociaoGeraldosCristosqueEsperamoAdvento

paraOutubrode1840.Comumtemperamentoempreendedor,Himesliderouaaberturadasreunies

campaiseprovidenciouumatendagigante,grandeosuficienteparaacomodarquatromilassentos,para

serusadanascidadesondenohaviaigrejasousalasparaossermesmileritas.

O escritor Josias Litch JosiasLitch (1809-1886) eraministrometodista e aceitouos ensinosdeMiller em1838.Ele

escreveuumresumode48pginasdosmesmosintituladoO Clamor da Meia Noite ou uma Reviso dos Sermes de Miller.Nomesmoano,eleescreveuumlivrode200pginas:A Probabilidade da Vinda de Cristo Aproximadamente em 1843 A.D.. Em1841,eletornou-seumagentegeralemtempointegraldoComitMileritadePublicaes.

Tambm foi um dos editores da Sinais dos TemposedeoutrapublicaomileritaemFiladlfia,Trombeta de Alarme.Eleviajavaexaustivamenteepregavasobreasprofeciascomgrandeefeito.

pregador Carlos Fitch CarlosFitch eraumconceituadoministro congregacionalista.Aceitouos ensinosdeMiller e,

atravsdeJosiasLitch,aceitouafnoadventismo.Desdeento,tornou-seumdosmaiscorajosose

bem-sucedidoslderesmileritas.JuntamentecomApollosHale,outroministroligadoaomovimento,

criouoDiagramaProfticode1843,grandementeusado,pintadoemtecido.

ElecomeouaeditarumjornalsemanalchamadoSegundo Advento de Cristo, onde foi publicado seusermosobreopoderosoanjoquebradava:Caiu,caiuagrandeBabilnia,equefoiseguidopela

voz:Saidela,povomeu,paranoserdescmplicesemseuspecados,eparanoparticipardesdosseus

flagelos(Ap18:1-5).Nosermo,elediziaqueotermoBabilniasereferiaaoanticristo,ouseja,

todasasorganizaescatlicaseprotestantesqueseopunhamverdadesobreavindadeJesus.

28 aula 4

Comojvimos,GuilhermeMillereseuscompanheirosesperavamqueJesusvoltassenaqueles

dias.Elesestabeleceramentre21demarode1843e21demarode1844,squeJesusnoretornou.

Vocimaginacomoelessesentiram?Issofezcomquevoltassemnovosquestionamentosenovosestudos

tentando achar onde haviam errado. Durante esse perodo, uma nova compreenso alimentou a esperana dos crentes no segundo advento.Emagostode1844,numareunioemExeter,oministroSamuelS.Snowapresentouseus

estudosqueapontavamparaocumprimentodaprofecianoDiadaExpiao.Estedia,segundoclculos

feitostendocomobaseocalendriodosjudeuscaratas,sedariaem22deoutubrode1844.

Aprincpio,eleshesitaramemfixarcomtamanhaprecisoavindadeCristo,masoentusiasmo

queseseguiuapsessaconclusooslevouaabraaramensagem.Entoderamtudodesinumltimo

esforoparaadvertiromundodeseujuzoiminente.Sabeoqueelesdecidiramfazer?Deixaramas

colheitasporfazer,fecharamlojasedemitiram-sedoemprego.Afinal,nadadissoteriamaisvalorporque

Jesusestavavoltando.

O Grande Desapontamento Umadatafoifixadadeacordocomaprofecia:22deoutubrode1844.Nessedia,dezmilcrentes

esperaram, esperaram... O dia findou e nada aconteceu. Desnimo, decepo e dor tomaram conta dos mileritas.Oqueaconteceriaaps?

UmgruporetornouasuasigrejasdeorigemeabandonouacrenanosegundoadventodeCristo.

Outrogrupoabandonouafcrist.Umterceirogrupocontinuoucrendonamensagemmilerita.Este

ltimogruposubdividiu-seemoutrostrsgrupos:

1. OsqueacreditavamqueoretornodeCristoeraalgocerto,pormadataestavaerrada.

2. OsquecriamqueCristovieraem22/10/1844,masdeformaespiritual.

3. Aquelesqueacreditavamqueoerronoestavanadataesimnoevento.

Dostrsgrupos,oltimoeraomenordeles,pormfoiatravsdestequeaIgrejaAdventistado

Stimo Dia se originou.

Esperar at quando?

29Os caadores da verdade

Atividades Quebra-cabeaeAcrstico

1. Apsamontagemdoquebra-cabea,verifiqueotextonoversoepreenchaoacrstico

comaspalavrasemdestaque.

30 aula 4

Atividades 2. Apsamontagemdoquebra-cabea,verifiqueotexto,noverso,epreenchaoacrstico

comaspalavrasemdestaque.

32 aula 5

Nasceu minha igreja Como j vimos na lio anterior, os mileritas se dividiram pelo menos em trs grupos, dos quais um deles originou a Igreja Adventista do Stimo Dia. O questionamento era: Qual teria sido o nosso erro? Onde falhamos?

Corrigindo o erro de Miller Um fazendeiro chamado Hiram Edson (1806-1882), aps uma reunio de orao, foi tomado em viso em seu milharal. Ele viu Jesus Cristo como sumo sacerdote no santurio celestial, e ali Ele estava passando do lugar santo para o santssimo. S a percebeu o erro do movimento milerita, pois Miller acreditava que o santurio a ser purificado era a Terra, quando na verdade a profecia apontava para a purificao do santurio no Cu. Aps entenderem a profecia, existiram outros pontos muito importantes verificados por eles. Por exemplo:

1. A vinda de Jesus ser de forma pessoal, visvel. 2. O dom de profecia era uma evidncia da atuao do Esprito

Santo. 3. O sbado era o verdadeiro dia de repouso. 4. A morte um estado de sono e a imortalidade ser recebida

somente quando Jesus vier.

Unidos em torno desses pontos, os lderes Jos Bates, Tiago e Ellen G. White fundaram a Igreja Adventista do Stimo Dia.

Jos Bates (1792-1872) Nascido em 8 de julho de 1792, na cidade de Rochester, Jos Bates casou-se com Prudence Nye, uma amiga de infncia, em 1818. Em 1821, Bates abandonou o uso de bebidas alcolicas. No ano seguinte, ele decidiu no beber mais vinho e logo depois parou de mascar fumo e fumar. Parou tambm de usar linguagem imoral. Antes de 1838, abandonara o uso do ch e do caf, e em 1843 abandonou o uso da carne. Anteriormente, tinha parado de usar manteiga, gordura, bolos muito aucarados, queijo e condimentos. Em 1839 se tornou milerita, dedicando total ateno ao movimento.

33Nasceu minha igrejaEle experimentou o Desapontamento de 22 de outubro de 1844 sem perder sua f. Em 1845 decidiu guardar o sbado, por influncia de um artigo de T. M. Preble. Em 1846, Bates publicou um folheto tratando do sbado intituladoO Sbado do Stimo Dia, um Sinal Perptuo. Em estudos complementares, ele publicou um folheto sobre O Selo do Deus Vivo, que estabeleceu o sbado como um selo determinante sobre os verdadeiros fiis. Ao a igreja se mover rumo organizao formal, o que se efetivou em maio de 1863, Bates era regularmente chamado para assumir a presidncia das conferncias dos lderes das igrejas. Ele presidiu a conferncia de Battle Creek quando o nome Adventista do Stimo Dia foi adotado para designar o corpo de guardadores do sbado que esperavam pela vinda de Cristo. Morreu no Instituto de Sade de Battle Creek no dia 19 de maro de 1872. Foi sepultado ao lado de sua esposa no cemitrio Popular Hill em Monterey.

Tiago White (1821-1881) Tiago Springer White nasceu no dia 4 de agosto de 1821, em Palmyra, Maine, em uma famlia de pioneiros ingleses. Em setembro de 1842, ouviu Guilherme Miller e Josu V. Himes. Adquirindo um dos novos diagramas profticos e alguns folhetos, aventurou-se a pregar. Sendo consagrado, fervoroso, corajoso e adquirindo conhecimento e perspiccia, obteve sucesso no evangelismo. Em abril de 1843, foi ordenado ao ministrio. Ele participou do Grande Desapontamento, mas apegou-se Palavra de Deus e persistiu no estudo, a fim de compreender o que realmente havia ocorrido. Logo em 1845, White tornou-se conhecido de Ellen Harmon. Casaram-se na cidade de Portland, Maine, no dia 30 de agosto de 1846. Embora o sbado tenha sido apresentado a eles por Jos Bates em 1846, somente aps seu casamento comearam a guard-lo. Em 1848, ele passou a dedicar-se de maneira intensiva ao ministrio. Na conferncia realizada em Dorchester, Massachusetts, em novembro de 1848, Ellen White teve uma viso de que seu marido deveria publicar uma revista contendo a mensagem adventista. A Verdade Presente foi lanada em julho de 1849, contendo oito pginas. No ano de 1850, Tiago comeou a dirigir a organizao dos Adventistas Guardadores do Sbado. Isso culminou na formao da Associao Geral, em maio de 1863 (assunto da prxima aula), em meio Guerra Civil e num tempo em que os lderes da igreja estavam enfrentando grandes problemas.

Em Otsego, Michigan, no dia 5 de junho de 1863, ocasio em que Tiago sofria de ansiedade, trabalho excessivo e dieta imprpria, Ellen White teve uma viso sobre os princpios de sade. Na viso, foi dito que seu esposo no poderia esperar o cuidado miraculoso de Deus na preservao de sua sade se ele fosse negligente para com as leis que regem nosso corpo. Os conselhos no foram seguidos e Tiago sofreu um severo ataque de paralisia. J em 1871, quando o Reformador da Sade, jornal editado mensalmente pela denominao, estava rapidamente perdendo terreno, Tiago tornou-se seu

editor e, mediante cuidadoso planejamento e consistente trabalho, a revista reviveu. No vero de 1873, enquanto em frias nas Montanhas Rochosas, ele foi impressionado a escrever um peridico semanal na Costa Oeste e possivelmente estabelecer uma casa publicadora ali. Em junho de 1874, em Oakland, Califrnia, iniciou um jornal chamado

Sinais dos Tempos. Logo aps isso, a Pacific Press Publishing Association foi construda e equipada. Nesse mesmo ano, a Sociedade Missionria de Tratados da Associao Geral foi organizada. No dia 6 de agosto de 1881, morreu no sanatrio da mesma cidade. A doena foi diagnosticada primeiramente como malria, mas antes dela estavam anos de trabalho excessivo e a presso de carregar as responsabilidades da grande tarefa de desenvolver a igreja. Na prxima lio falaremos de Ellen G. White.

34 aula 5

AtividadesQuebra-cabea adesivo 1. Cole as peas dos desenhos e encontre dois personagens importantes da nossa histria.

Jos B

ates

Tiago

Whit

e

35Nasceu minha igreja

AtividadesQuebra-cabea adesivo 2. Leia as afirmaes abaixo e coloque J para Jose Bates e T para Tiago White:

1. ( ) Homem consagrado, fervoroso, corajoso e perspicaz.

2. ( ) Nasceu em 4 de agosto de 1821.

3. ( ) Abandonou o alcoolismo, carne, manteiga, bolos,etc...

4. ( ) Publicou uma revista contendo a mensagem adventista.

5. ( ) Publicou um folheto intituladoO Sbado do Stimo Dia, Um Sinal Perptuo.

6. ( ) Em 1839 se tornou milerita, e dedicou-se totalmente a este movimento.

7. ( ) Casou-se com Prudence Nye.

8. ( ) Comeou a quardar o sbado aps o seu casamento.

9. ( ) Publicou O selo do Deus vivo.

10. ( ) Foi diagnosticada a doena Malria.

11. ( ) Sofria de ansiedade, trabalho excessivo e dieta imprpria.

12. ( ) Regularmente chamado para assumir a presidncia das conferncias dos lderes

da igreja.

13. ( ) Conheceu Ellen em 1845.

14. ( ) Morreu no dia 19 de maro de 1872.

15. ( ) Tornou-se editor do Jornal Reformador da Sade.

16. ( ) Morreu no sanatrio.

36 aula 5

38 aula 6

Mulher de coragem Ellen Gould Harmon nasceu no dia 26 de novembro de 1827 na cidade de Gorham, no Maine, Estados Unidos. Seu pai, Roberto F. Harmon, era fazendeiro e chapeleiro e sua me, Eunice Gould Harmon, quando solteira, era professora. Depois que se casou, dedicou-se ao lar e famlia. Seus pais tiveram oito filhos: dois meninos e seis meninas, sendo Ellen e sua irm gmea Elizabeth as mais novas. A famlia mudou-se para a cidade de Portland, maior cidade daquele Estado, onde Ellen e seus irmos passaram a estudar. Certo dia, quando voltava da escola, uma garota mais velha comeou a agredi-la com ameaas fteis. No momento em que Ellen se virou, a desconhecida atirou uma pedra que atingiu violentamente o rosto, deixando-a inconsciente. Durante trs semanas, Ellen ficou praticamente em estado de coma. Dias mais tarde, quando seu pai voltou de uma viagem de negcios, Ellen ficou ainda mais constrangida, pois seu prprio pai no a reconheceu. Cada trao de seu rosto parecia ter sido alterado. A perda de sangue havia afetado gravemente seu sistema respiratrio, uma debilidade que ela carregou consigo pelo resto da vida. Alm disso, pelo fato de sua mo ter ficado trmula, ela obteve pouco sucesso na escrita. Estudar tornou-se invivel: as letras do alfabeto em seus livros confundiam-se, seus olhos ficavam turvos, sobrevinha transpirao e ela ficava fraca e desmaiava. Mesmo sua professora tendo nomeado a menina causadora do acidente para auxiliar Ellen, ficou impossvel continuar seus estudos, e aos nove anos foi obrigada a parar, pois as circunstncias da poca no colaboravam para seu restabelecimento: o inverno era muito rigoroso e no havia hospital na cidade. Os doentes eram tratados em casa, normalmente por um mdico pouco experiente. Para ter uma idia, os profissionais de medicina daquela poca precisavam estudar apenas trs meses, defender uma tese e qualificar-se em prova escrita para poder exercer a profisso.

39Mulher de coragem Ellen era da Igreja Metodista. Foi batizada aos doze anos e, para ela, as questes espirituais sempre foram muito importantes. Tinha a preocupao de no estar preparada para a volta de Jesus, e chegava a pensar que sua situao debilitada poderia ser de algum modo providncia divina. Durante anos, ela escutou sermes a respeito de um inferno de fogo, o que fez com que ela tivesse a imagem de um falso deus. Tempos mais tarde, criou coragem e desabafou para sua me a respeito de seus medos e angstias. Sua me a aconselhou a procurar o pastor Stockman. Ela lhe contou dois sonhos que tivera. Um desses sonhos retratava a visita ao templo celestial; o outro um encontro com Jesus. Com um sorriso, Jesus parecia tocar-lhe a cabea dizendo: No temas. Depois que o pastor ouviu sobre seus sonhos e o relato de seus temores, ele disse: Ellen, voc to criana! Sua experincia muitssimo singular, numa idade tenra como a sua. Jesus deve estar preparando voc para algum trabalho especial. Anos mais tarde, ao fazer uma retrospectiva de sua vida, ela escreveu: O golpe cruel que destruiu para mim as alegrias na Terra foi o meio de dirigir meus olhos para o Cu. Em maro de 1840, ela e os outros membros da famlia ouviram Guilherme Miller pregar em Portland e aceitaram seus pontos de vista sobre o segundo advento de Cristo no ano de 1843. Na reunio campal metodista realizada em Buxton, Maine, poucos meses mais tarde, ela entregou seu corao a Deus. No dia 26 de junho de 1842, foi batizada por imerso (a seu pedido) na Baa de Casco. No mesmo dia, foi recebida na Igreja Metodista. Em setembro de 1843, por causa de suas crenas adventistas, ela, seus pais e outros membros da famlia foram expulsos da Igreja Metodista. Nesse mesmo tempo, Deus j Se manifestava a fim de conceder o Dom de Profecia. Este dom espiritual visa apresentar ao povo escolhido orientaes para que seja completamente moldado segundo as Escrituras Sagradas. Em 1842, o Senhor Se manifestou a um pregador negro chamado William Foy. Ele no aceitou ser um mensageiro de Deus. Em seguida, Deus chamou Hazen Foss para que anunciasse a mensagem aos adventistas. Ele tambm no quis aceitar essta tarefa. Em uma manh de dezembro, em 1844, em um tempo em que os mileritas relutavam em sua f e outros rejeitavam sua recente experincia, Ellen Harmon experimentou sua primeira viso, na qual testemunhou uma representao da viagem do povo do advento cidade de Deus. Ela tinha somente 17 anos de idade na ocasio. Quando ela relatou a viso ao grupo de adventistas em Portland, eles a aceitaram como luz vinda de Deus. Em resposta a uma viso posterior, ao surgirem oportunidades de viajar com amigos e parentes, Ellen comeou a relatar aos grupos espalhados de adventistas o que ela tinha visto na primeira e nas outras vises que se seguiram. Durante o ano de 1845, Ellen Harmon foi convidada para relatar suas primeiras vises a grupos de adventistas no Maine. Um jovem pregador, seis anos mais velho que ela, convenceu-se de que as vises eram verdadeiras e que a mensagem de fortalecimento que ela apresentava era necessria. Foi assim que Tiago White entrou na vida da jovem Ellen, e no com pensamentos romnticos, pelo menos a princpio. Em 30 de agosto de 1846, ela se casou com Tiago S. White. Assim comeou um notvel casamento de 35 anos, alicerado em amor mtuo e na convico de que as vises de Ellen eram de origem divina. Ellen Gould Harmon tornou-se a Sra. Ellen G. White, nome pelo qual se tornou conhecida como mensageira do Senhor para a Igreja Adventista do Stimo dia. Tiago e Ellen tiveram quatro filhos, todos homens: Henry, nascido em 26 de agosto de 1847; Edson, nascido em 28 de julho de 1849; William, nascido em 29 de agosto de 1854; e John Herbert, em 20 de setembro de 1860. Dos quatro filhos nascidos, somente dois, James Edson e William, sobreviveram at a idade adulta. Ela era uma pessoa familiar em Battle Creek. Era baixa em estatura (1,55 m) e aparentemente

40 aula 6fraca, com uma constituio fsica um tanto escura, cabelos castanhos e olhos acinzentados, animada em disposio, generosa e saliente. Era conhecida como uma dona-de-casa cuidadosa, compradora sensvel, anfitri hospitaleira, oradora pblica poderosa, e me zelosa, que sentia saudades de sua famlia quando em viagem, ainda que no deixasse isso embara-la em seu trabalho, fosse no lar ou nos campos missionrios. Sua vida de produo literria e ministrio pessoal, mais suas extensas viagens pblicas, so um forte argumento de como a vontade humana pode triunfar sobre as dificuldades fsicas na busca do plano de Deus para nossa vida. Numa manh de sbado, 13 de fevereiro de 1915, ao entrar em sua sala de estudo em Elmshaven, tropeou e caiu, sofrendo uma fratura no fmur esquerdo. Confinada cama e cadeira de rodas por cinco meses, sofreu pouca ou nenhuma dor. Mas, ao chegar os ltimos dias, freqentemente esteve em coma. Sua mensagem final, que dizia respeito literatura lida pelos jovens, foi dada em 3 de maro de 1915. Ellen G. White morreu no dia 16 de julho de 1915, com a avanada idade de 87 anos. Trs simples funerais foram realizados, um em Elmshaven, o segundo em Richmond, Califrnia, durante uma reunio campal, e o ltimo em Battle Creek, Michigan, no Tabernculo. Foi sepultada em 24 de julho ao lado de seu esposo no cemitrio de Oak Hill, em Battle Creek. Ela serviu ao Senhor e igreja como instrumento escolhido por muitas dcadas. Viveu para ver o movimento crescer de alguns poucos crentes a uma congregao mundial, com um nmero de membros de 138.879 em 1915.

41Mulher de coragem

AtividadesCaa-palavras e Complete 1. Responda as perguntas e encontre as palavras abaixo. a) Nome do pai de Ellen G. White: ______________

b) Nome a sua me: _______________

c) Profisso do seu pai: ________________ / ______________

d) Profisso da sua me: __________________

e) Cidade, estado e pas em que Ellen nasceu:

________________ / _________________/ _________________

f ) Quantos irmos Ellen tinha? _________

g) Como se chamava a irm gmea de Ellen? _____________________

h) De onde ela estava voltando quando sofreu o acidente? ______________

i) O que a garota jogou em Ellen? ____________

j) Onde a pedra acertou? _____________

k) Aps o acidente, o que acontecia com Ellen, quando tentava estudar? ____________

__________________________________

l) Onde eram tratados os doentes na poca do acidente? _____________

m) Qual era a religio de Ellen na infncia? _______________

n) Como Deus falava com Ellen? ____________ / _____________

o) Quem trouxe a mensagem da Segunda Vinda de Cristo a Ellen e seus familiares? ____

___________________________

p) A quem Deus se manifestou a fim de conceder o dom de profecia e os mesmos no

aceitaram? __________________ / _________________

q) Que profisso exercia Tiago White quando conheceu Ellen? _______________

r) Qual o alicerce do seu notvel casamento? ___________________

s) Em que locais aconteceram os trs funerais de Ellen White?

___________ / _____________ / _________________

t) Local onde Ellen foi sepultada? _________________

42 aula 6

AtividadesCaa-palavras

43Mulher de coragem

Atividades 2. Escreva os nomes da rvore genealgica da famlia de Ellen

46 aula 7

Mulher inspirada por Deus Em vrias ocasies, anjos tm trazido do Cu mensagens diretas a indivduos; por vezes, Deus tem dado sonhos para advertir de perigos; e no decorrer de todos os sculos, as vozes dos profetas se tm feito ouvir. O prprio Deus declarou a Israel Sua inteno em linguagem simples: Se entre vs houver profeta, Eu, o Senhor, em viso a ele Me farei conhecer, ou em sonhos falarei com ele (Nm. 12:6). Informaes, instrues e direes deviam ser dadas ao profeta, para que ele, por sua vez, as comunicasse ao povo. Nesse processo, Deus utilizou trs mtodos para compartilhar a verdade: 1. Oral: O profeta apresentava a mensagem atravs de um sermo normal. 2. Escrito: O profeta era aconselhado a escrever o contedo da mensagem. 3. Dramatizao: A apresentao de parbolas por palavras ou aes foi um recurso

muito utilizado. Jesus Se utilizou muito de parbolas para facilitar a compreenso dos princpios divinos.

Foram dadas a Ellen White instrues e informaes para muitos indivduos advertncias de certos perigos, reprovaes especiais, etc. Quando tinha oportunidade, encontrava-se com essas pessoas e conversava com elas, transmitindo oralmente a mensagem de Deus. Muito do que lhe era dado dirigia-se a mais de uma pessoa um grupo aqui, uma igreja ali ou era de natureza a beneficiar toda a denominao. Quando se podiam fazer combinaes, ela se encontrava com as pessoas interessadas e, em servios pblicos em igrejas locais, em reunies campais, ou nas assemblias da Associao Geral, apresentava o que lhe fora revelado. Um exemplo pode ser visto na experincia de N. D. Faulkhead, em 1892. Esse homem era tesoureiro da editora adventista na Austrlia, mas estava envolvido tambm com sociedades secretas, como a maonaria. Na viagem de navio para a Austrlia e logo aps o desembarque, Ellen White teve uma viso sobre a editora e tambm sobre o comportamento de Faulkhead. Ela escreveu a mensagem, mas no foi autorizada por Deus a envi-la para ele naquele momento. Tempos depois, eles tiveram a oportunidade de conversar. Alm de descrever como eram as reunies na maonaria, a Sra. White fez alguns sinais secretos que somente os membros da sociedade secreta sabiam. O testemunho e os sinais feitos convenceram Faulkhead que aquilo era realmente uma repreenso do Senhor, e ele abandonou a maonaria, tornando-se um grande lder da igreja na Austrlia. Pode-se dizer que as vises e sonhos de Ellen G. White influenciaram decisivamente a maneira

47Mulher inspirada por Deuscomo os adventistas do stimo dia deveriam agir a fim de pregar a mensagem ao mundo. Isso ocorreu desde sua primeira viso, em dezembro de 1844. Naquela manh, quando um pequeno grupo de mulheres adventistas em Portland, Maine, estava orando, Ellen perdeu a noo de onde estava, e Deus lhe deu a espcie de encorajamento de que precisavam. Ela viu um caminho reto e estreito, levantado em lugar elevado do mundo. O povo do advento estava nesse caminho, a viajar para a cidade que se achava na sua extremidade mais afastada. Aqueles que mantinham o olhar fixo em Jesus estavam seguros; os que preferiam no acreditar que era Cristo o guia ficavam em trevas e caam do caminho para baixo, no mundo tenebroso e mpio. Essa viso tinha por objetivo dar mostras de que, enquanto os adventistas estivessem com o olhar fixo em Jesus, estariam no caminho certo para a vida eterna. Outra importante viso ocorreu em Dorchester, Massachusetts, em novembro de 1848. Ali lhe foi mostrado que a mensagem adventista deveria ser pregada atravs de livros e revistas. Disse ela a seu esposo: Tenho uma mensagem para ti. Deves comear a publicar um pequeno jornal e mand-lo ao povo. Seja pequeno a princpio; mas, lendo-o o povo, mandar-te-o meios com que imprimi-lo, e alcanar bom xito desde o princpio. Desde este pequeno comeo foi-me mostrado assemelhar-se a torrentes de luz que circundavam o mundo. O que ns podemos dizer hoje sobre os resultados desta viso? So 56 editoras espalhadas pelo mundo, anunciando que Jesus em breve vir! Alm da instruo divina sobre as publicaes adventistas, em 6 de junho de 1863, Ellen G. White recebeu uma viso em Otsego, Michigan, sobre a importncia de cuidarmos da nossa sade. A inspirao divina tambm fez com que ela escrevesse sobre educao, e seus conselhos hoje permitem que o sistema educacional adventista seja o maior dentre os mantidos por denominaes protestantes. As trs reas publicaes, sade e educao serviram (e servem) como iniciativas estratgicas a fim de apresentar o evangelho para o maior nmero de pessoas. O ministrio dela no era feito somente de atividades desgastantes. Muitos fatos curiosos e engraados ocorreram em seus setenta anos de trabalho. Aps uma viagem de barco, ela escreveu: Quando desci do barco e caminhei rua acima, parecia como se eu ainda estivesse no barco e dava passos to alterados que as pessoas devem ter pensado que eu estava bbada. Certa vez, comentando sobre a vestimenta de algumas mulheres, ela comentou: Suas roupas sempre parecem que vieram voando e pousaram sobre seu corpo e as irms no devem, quando no trabalho, usar vestidos que as faam parecer espantalhos para afugentar os pssaros-pretos do milharal Numa ocasio em que pregava em Santa Helena, Califrnia, seu filho William sentou na plataforma enquanto ela falava. Ellen percebeu uma onda de riso reprimido e, virando-se, viu o filho cochilando. Ela pediu desculpas com um toque de humor: Quando William era um beb, eu costumava traz-lo

Os livros escritos A produo literria de Ellen White totaliza aproximadamente 25 milhes de palavras ou 100.000 pginas, incluindo cartas, dirios, artigos peridicos e livros. Quando ela faleceu, em 1915, havia 24 livros seus publicados; na dcada de 1990, eram 128 livros, dos quais muitos eram compilaes de seus pensamentos sobre determinados assuntos. Uma compilao a reunio de artigos ou trechos que falem sobre um mesmo tema. Ela escrevia em papel de carta, folhas encorpadas e em cadernos de folhas pautadas, quase sempre utilizando uma pena. Depois da dcada de 1880, suas assistentes datilografavam seus manuscritos. A

48 aula 7principal assistente literria dela chamava-se Marian Davis. William C. White descreveu como essas assistentes trabalhavam: As copistas da mame so encarregadas de corrigir os erros gramaticais, de eliminar as repeties desnecessrias e de agrupar pargrafos e sees na melhor ordem. Embora tenha sido inspirada e seja verdadeiramente uma mensageira do Senhor para os ltimos dias, ela jamais colocou seus livros como substitutos da Bblia. Ela os considerava uma luz menor que conduzia a uma luz maior, que a Palavra de Deus. Experimente ler um de seus livros, mesmo que seja apenas um captulo. Alis, voc no deveria deixar de ler um dos mais vendidos no mundo: Caminho a Cristo, que lhe dar conforto e fora para enfrentar seu dia-a-dia. Note abaixo os ttulos dos livros que a irm White escreveu ou que foram compilados a partir de seus manuscritos, e veja se algum pode se aplicar sua prpria vida:

Adultrio, Divrcio e Novo Casamento Atos dos Apstolos Batalha Final, A Beneficncia SocialCaminho a Cristo Cartas a Jovens Namorados Cincia do Bom Viver, A Colportor Evangelista, O Conselhos a Professores, Pais e Estudantes Conselhos aos Idosos Conselhos Sobre a Escola Sabatina Conselhos Sobre Educao Conselhos Sobre Mordomia

Conselhos Sobre o Regime Alimentar Conselhos Sobre SadeCristo em Seu SanturioCristo TriunfanteDesejado de Todas as Naes, OEducao Este Dia Com Deus Evangelismo Eventos FinaisExaltai-o F e Obras F Pela Qual Eu Vivo, A Filhos e Filhas de Deus Fundamentos da Educao CristGrande Conflito, O Histria da RedenoIgreja Remanescente, ALar Adventista, OLar Sem Sombras Liderana Crist

Lugares Celestiais, Nos Maior Discurso de Cristo, O Maranata O Senhor Vem! Maravilhosa Graa de Deus, A Medicina e Salvao , Melhor da Vida, O Mensagens aos Jovens Mensagens Escolhidas 3 vols.Mente, Carter e Personalidade 3 vols.Minha Consagrao Hoje Nossa Alta Vocao Obra Daquele Outro Anjo, A Obreiros Evanglicos

Olhando Para O Alto Orientao da Criana Parbolas de Jesus Para Conhec-Lo Patriarcas e Profetas Primeiros Escritos Profetas e Reis Recebereis Poder, E Refletindo a Cristo Santificao Servio Cristo Temperana Testemunhos para a Igreja 9 vols. Testemunhos para Ministros e Obreiros Evanglicos Testemunhos Seletos 3 vols.Testemunhos Sobre Conduta Sexual, Adultrio e Divrcio Verdade Sobre os Anjos, A Vida e Ensinos Vida no Campo Vidas Que Falam

49Mulher inspirada por Deus

AtividadesPalavra-cuzada e Complete

1. Para encontrar a resposta, complete as lacunas utilizando as palavras abaixo:

a) Foram dadas Ellen White instrues e informaes para muitos indivduos(1)_________________________ de certos perigos, reprovaes especiais, etc. Quando tinha (3) _________________________, encontrava-se com essas pessoas e conversava com elas, (9)______________________________ oralmente a mensagem de Deus.

b) Ellen viu um ( 14) __________________ reto e estreito, levantado em lugar (17) _________________ do mundo. O povo do (12) ___________________ estava nesse caminho, a viajar para a cidade que se achava na sua (15) _____________________ mais afastada.

c) Aqueles que mantinham o olhar ( 23) ___________ em Jesus, estavam(19) ________________; os que preferiam no (6) _______________ que era Cristo o guia, ficavam em trevas e caiam do caminho para baixo, no (22) _______________tenebroso e mpio.

d) Ellen White escrevia em papel de (13) _________, folhas (16) ___________________ e em cadernos de folhas ( 5) ____________, quase sempre utilizando uma(20) ___________________.

e) As vises e (18) _______________ de Ellen G. White influenciaram decisivamente a maneira como os (2) _____________ do (8) ______________ dia deveriam agir a fim de pregar a (24) ________________ ao mundo.

f ) Embora tenha sido (10) _______________ e seja verdadeiramente uma(7)__________________ do Senhor, ela jamais colocou seus livros como(11) _______________________ da bblia. Ela os considerava uma (21) ___________ menor que conduzia a uma luz maior, que a (4) _________________ de Deus.

50 aula 7

Atividades2. Complete a palavra cruzada utilizando os resulta dos obtidos

52 aula 8

Minha igreja se organizou O processo de organizao dos adventistas no foi to simples como imaginamos. Em 1848, embora j existissem as doutrinas bsicas da igreja, ainda no havia a organizao da maneira como conhecemos hoje. Isso porque na poca temia-se que qualquer tipo de sistematizao poderia nos levar Babilnia Espiritual. Em aula anterior, estudamos que eram consideradas Babilnia todas as organizaes religiosas que rejeitavam os ensinamentos sobre a segunda vinda de Cristo. Com o passar do tempo, a organizao tornou-se necessria, pois foram ocorrendo eventos que levaram nessa direo. O primeiro passo foi a realizao de conferncias sobre o sbado direcionadas aos participantes do movimento liderado por Guilherme Miller. Alm disso, essas reunies ajudaram a confirmar e aperfeioar as doutrinas j existentes. Em seguida, as publicaes tambm deram a sua contribuio para a formao da estrutura adventista. Motivados de maneira especial por uma viso de Ellen G. White, iniciou-se a publicao da revista Verdade Presente, em julho de 1849. Um ano depois, promoveu-se a publicao da Revista do Segundo Advento e Arauto do Sbado. Houve tambm a preocupao na preparao de um material voltado para os jovens, a revista O Instrutor da Juventude, publicada a partir de 1852. Outros fatos colaboraram para que a igreja se organizasse. Com o crescimento das atividades, surgiu a necessidade do credenciamento dos ministros e o planejamento para seu sustento financeiro. Percebeu-se ainda que era preciso legalizar as propriedades da igreja perante o governo. Esses fatores levaram nossos lderes a se reunirem em outubro de 1860 e assumirem como nome oficial Adventistas do Stimo Dia.

Primeiros esforos rumo organizao

A organizao da Associao Geral e sua reorganizao Ainda em outubro de 1860 foi fundada a primeira Associao Regional dos Adventistas do Stimo Dia, no Estado do Michigan, tendo como presidente William A. Higley (que no era pastor). Em maio de 1863, realizou-se uma reunio com os representantes das Associaes Regionais e, a partir da, organizou-se a Associao Geral dos Adventistas do Stimo Dia, cujo primeiro presidente foi Joo Byington. Essa atitude forneceu as condies necessrias para que a igreja pudesse crescer de maneira equilibrada. Em 1900 notou-se que a administrao atravs apenas da Associao Geral estava se tornando complicada, pois no havia como acompanhar pessoalmente todas as atividades promovidas pela igreja. Outra dificuldade apresentada estava relacionada questo da unidade, j que Escola Sabatina, Publicaes e Obra Mdica, entre outras reas da igreja, trabalhavam de forma independente. Para resolver os problemas mencionados, em 1901, os lderes dividiram a igreja em departamentos

53Minha igreja se organizoue Unies. Entre os anos de 1913 e 1918 surgiu um outro nvel administrativo: as Divises da Associao Geral. Esta estrutura utilizada at hoje, e pode ser descrita atravs do organograma abaixo:

A igreja local composta de crentes individuais.

A Associao ou Misso local composta de vrias igrejas em um territrio definido que pode abranger um Estado todo ou partes dele.

A Unio compe-se de Associaes e Misses dentro de um territrio maior (freqentemente um agrupamento de Estados ou um pas inteiro).

A Associao Geral, a unidade mais extensa de organizao, composta de todas as Unies em todas as partes do mundo. Essas Unies so agrupadas em Divises da Associao Geral, com responsabilidade administrativa para reas geogrficas particulares, que abrangem normalmente continentes inteiros ou grande parte deles.

Cada nvel reflete um processo democrtico de formao e eleio. Igrejas locais elegem os seus prprios oficiais. Essas mesmas igrejas elegem delegaes para as eleies nas Associaes ou Misses, que ocorrem a cada dois ou trs anos. Um processo semelhante ocorre nas sesses das Unies, Divises e da Associao Geral.

Dentro desses quatro nveis, a igreja opera vrias instituies. Em todo o mundo, os adventistas oferecem s comunidades servios os mais diversificados possveis, procurando sempre melhorar a qualidade de vida das pessoas. Educao, sade e outras reas afins so prioridade.

54 aula 8

Logomarca

55Minha igreja se organizou

atividades Colagem e Decorao

1. Use sua criatividade e decore o logotipo de nossa igreja.

56 aula 8

58 aula 9

Minha Igreja no Brasil

A mensagem adventista chegou

ao Brasil pela primeira vez

atravs de um encontro inusitad

o. Um jovem alemo chamado

Borchardt, residente em Brusque

, SC, cometeu um crime, e para esc

apar

justia local, foi ao porto de

Itaja, onde entrou como clande

stino a

bordo de um navio. Distante j

do Brasil, o comandante o desco

briu,

e ordenou-lhe trabalhar como

tripulante. Foi assim que duran

te a

viagem, o jovem veio a conhecer

dois missionrios adventistas, os

quais

lhe perguntaram se havia evangl

icos no Brasil, chegando mesmo a

dar-

lhe estudos bblicos e literatura d

enominacional. Borchardt lembr

ou-se

ento do seu padrasto, Carlos D

reefke, luterano, que apreciava l

ivros

sobre religio, e forneceu aqu

eles missionrios o endereo d

ele em

Brusque, para que lhe enviassem

literatura gratuita.

Atravs do Porto de Itaja, em 1884, deu entrada no Brasil o primeiro pacote de revistas da Igreja Adventista do Stimo Dia, destinado a Dreefke. Esse pacote foi-lhe entregue quando se encontrava no armazm de Davi Hort. Temendo uma cilada, ele recusou receb-lo porque no havia feito nenhuma encomenda como essa. Por insistncia de Hort, ele resolveu abrir a correspondncia e encontrou exemplares do peridico adventista escrito em lngua alem Stimme der Warheit (Voz da Verdade), publicado pela editora dos adventistas em Battle Creek. Carlos Dreefke, aps retirar uma revista, deu o restante para diversas pessoas, inclusive a Davi Hort, o dono do armazm. O resultado foi imediato. Dez famlias residentes em Brusque se tornaram interessadas na doutrina adventista, passando a solicitar mais literatura atravs dele. As solicitaes por publicaes adventistas para o Brasil foram aumentando cada vez mais e isso causou preocupao a Dreefke. Seu medo era de que fosse ser responsabilizado pelo pagamento, o que o fez suspender os pedidos futuros. Um polons chamado Chikiwidowski pediu para continuar com o encargo de realizar os pedidos, mesmo que tivesse que pagar algum valor pela literatura. Infelizmente, seu entusiasmo no durou muito tempo.

59Minha igreja no Brasil Em 1884, surgiu outro persona-gem, Frederico Dressler, que se ofe-receu para pagar e distribuir toda a literatura adventista que lhe chegas-se s mos. Sua conduta pessoal era, porm, muito censurvel. Ele havia sido expulso de casa, na Alemanha, por ter se tornado um alcolatra e no desejar seguir a carreira de seu pai, um pastor luterano. Para garan-tir sua subsistncia, tornou-se profes-sor elementar em Brusque, mas sem abandonar o alcoolismo. Ele sustentava seu vico at mes-mo com o lucro das revistas adventis-tas que vendia. Por vezes, suas mos ficavam to trmulas que as revistas lhe caam em plena rua, ou nas casas em que penetrava. Assim, acidental-mente a mensagem adventista era encontrada por vrias pessoas nos mais diversos lugares. As folhas das publicaes chegaram a servir para embrulhar mercadorias, uma vez que Dressler as trocava por bebidas alcolicas, quando no tinha dinheiro. Apesar de tudo, o interesse pelos peri-dicos foi crescendo e, para atender os pedidos, Dressler sempre pedia maior quantidade de publicaes. Novas revistas lhe foram enviadas, como o Hausfreund (Amigo do Lar) e tambm diversos livros. Porm, toda a literatura recebida, e j avaliada em centenas de dlares, Dressler jamais pagou, e a maior parte do dinheiro foi consumi-da em lcool.

Em 1887, Guilherme Belz, imigrante alemo que residia na colnia de Gaspar Alto, SC, foi visitar seu irmo em Brusque, onde se deparou com o livro Gedanken uber das Buch Daniel (Comentrio Sobre o Livro de Daniel) de Urias Smith, que havia sido adquirido das mos de Dressler. O livro chamou sua ateno, o que o levou a pedi-lo emprestado. Atravs de uma leitura reflexiva, ele foi impressionado com o captulo O Papado Muda o Sbado. Estudando o livro e a Bblia, convenceu-se de que o sbado o dia de repouso original, institudo e ordenado pelo prprio Criador, e que jamais a Palavra de Deus autorizara em parte alguma a sua mudana para outro dia. Em 1890 decidiu guardar o sbado com sua famlia, no que foi seguido posteriormente por vrios vizinhos, totalizando 22 pessoas. Foram os primeiros observadores do sbado no Brasil, mesmo sem conhecer nenhum missionrio adventista.

60 aula 9 Em maio de 1893, por designao da Associao Geral, o colportor Alberto B. Stauffer chegou ao Brasil, desembarcando em So Paulo com os seus companheiros Elwin W. Snyder e Clair A. Nowlin. Recm-chegado, Stauffer conheceu Alberto Bachmeier, de origem alem, revelando-lhe a mensagem adventista e conseguindo a sua converso. Logo Stauffer o treinou na colportagem, e ambos passaram a vender a literatura denominacional em lngua alem, pois no havia ainda em lngua portuguesa. Isso tornava o trabalho dificultoso, pois tornava-se necessrio procurar pessoas de origem alem que pudessem adquirir as revistas e os livros. Bachmeier vendeu livros e revistas em Indaiatuba, Rio Claro, Piracicaba e em outras cidades do interior paulista. Os primeiros interessados de So Paulo foram aparecendo: em Indaiatuba, a famlia de Guilherme Stein (pai); em Rio Claro, Guilherme e Paulina Meyer; e em Piracicaba, o professor Guilherme Stein Jr. e sua esposa. Guilherme Stein Jr. era metodista e se converteu aps leitura do livro O Conflito dos Sculos, de Ellen G. White.

Em agosto de 1894 chegou ao Brasil o segundo missionrio adventista, William H. Thurston, acompanhado da esposa, vindo dos Estados Unidos. Sua misso era estabelecer no Rio de Janeiro um depsito de livros denominacionais para atender s necessidades da colportagem local. O mesmo navio que trouxe o casal Thurston para o Brasil trazia juntamente o pastor Francisco H. Westphal e famlia, que viajavam com destino Argentina. Westphal foi chamado pela Associao Geral para dirigir a obra adventista na Amrica do Sul e para batizar os primeiros adventistas da Argentina. Em 1895, ele foi chamado ao Brasil com o objetivo de batizar os primeiros conversos. Foi assim que, em fevereiro de 1895, desembarcou no Rio de Janeiro. Acompanhado por Stauffer, Westphal seguiu primeiro para o interior de So Paulo, a fim de batizar os primeiros conversos nesse Estado. O primeiro adventista do stimo dia batizado no pas foi o professor Guilherme Stein Jr., em abril de 1895, na cidade de Piracicaba. O segundo batismo foi em Rio Claro, com dois conversos: Guilherme e Paulina Meyer . Logo aps mais seis conversos foram batizados em Indaiatuba: Guilherme Stein (pai), sua esposa e mais quatro filhos.

61Minha igreja no Brasil

A viagem seguinte de Westphal foi para Santa Catarina, a fim de batizar os conversos descobertos por Bachmeier. Nesse itinerrio, o

pastor passou por vrias localidades e pregou a mensagem nas cidades de Joinville, Blumenau e em outros lugares do Estado de Santa Catarina.

Desse trabalho, ficaram trinta observadores do sbado em Joinville, os quais foram preparados para um batismo futuro.

Em Brusque, ele encontrou oito conversos, batizando-os no dia 8 de junho de 1895, um sbado. Trs dias aps, quinze pessoas foram batizadas em Gaspar Alto, inclusive Guilherme Belz e famlia. Batizaram-se tambm Augusto Olm e famlia, Anna Wagner e o colportor Alberto Bachmeier, que embora convertido ainda no tinha

sido batizado. Aps o batismo, todos participaram da Santa Ceia. Precisamente em Gaspar Alto foi organizada, em fevereiro de 1896, a primeira Igreja Adventista no Brasil, sob a superviso do pastor Huldreich Graf. Nesse mesmo ano, porm, j existiam no Brasil cinco grupos de conversos adventistas que realizavam a Escola Sabatina nas seguintes cidades: Campo dos Quevedos e Taquari, RS; Joinville, SC; Curitiba, PR; e Rio Claro, SP. O aumento crescente de novos conversos e de interessados, principalmente nos Estados da regio Sul do Brasil, Esprito Santo e Rio de Janeiro, levou a Associao Geral a providenciar um pastor efetivo para o pas, bem como um dirigente da obra local. O primeiro foi Huldreich Graf e o segundo, o pastor Frederico W. Spies. Eles contriburam muito para o progresso da obra na qualidade de pioneiros. Atravs dos esforos pessoais, eles levaram muitos a se converterem ao adventismo, lanando bases firmes para o estabelecimento dos campos missionrios que se seguiram

Desenvolvimento adventista no Brasil A obra adventista, ao longo da sua histria, tem desenvolvido um padro de crescimento nos pases em que tem atuado. Geralmente, implementa-se trs setores bsicos: publicaes, educao, obra mdico-missionria. No Brasil, no foi diferente. Nesta aula, ser estudado como esses ministrios da igreja auxiliaram na consolidao da denominao no pas.

62 aula 9

A obra de publicaes No Brasil, a literatura adventista foi o principal instrumento para a penetrao da mensagem; e o papel da colportagem a esse respeito ocupa um lugar destacado. Alm de A. B. Stauffer, os irmos Alberto e Frederico J. Berger iniciaram no Rio Grande do Sul, em 6 de agosto de 1895, o seu plano de vendas de livros e revistas adventista nas colnias alems. Santa Catarina, Paran, So Paulo, Esprito Santo e Minas Gerais foram tambm trabalhados por esses colportores. Da colportagem possvel extrair muitas histrias de coragem e f. Conta-se que certa vez o bravo missionrio Luiz Caleb Rodrigues estava em pleno serto pernambucano, montado em seu jegue chamado Bolacha, e acompanhado por outro animal por nome Borboleta. De repente, ele se depara com Lampio, o mais famoso cangaceiro, e seus capangas. Naquele momento, punhais e armas foram arrancados, e logo foi perguntado a Caleb:

O que voc leva nesta pasta, velho? A Palavra de Deus respondeu aquele mensageiro de Deus. E tirando da

pasta sua Bblia, ele falou-lhes por quarenta minutos sobre o amor de Jesus. As armas foram guardadas, e Lampio falou: Ningum toque neste velho. Este um homem de Deus .

Este um dos exemplos de como os valentes colportores enfrentaram as mais diversas situaes a fim de levar a Palavra de Deus s pessoas. A obra das publicaes no Brasil comeou a se expandir depois que foi disponibilizada literatura em portugus. O primeiro peridico foi O Arauto da Verdade, em janeiro de 1900; em 1913, ele foi substitudo pela revista Sinais dos Tempos, que figurou at 1918, quando iniciou-se a publicao da O Atalaia. Seu nome voltou a ser Sinais dos Tempos e deixou de ser editada no incio desta dcada. Para melhor atender obra, foi decidido o estabelecimento de uma editora denominacional no pas. Assim, O Arauto da Verdade passou a ser impresso em Taquari, RS, em 10 de maio de 1 9 0 5 . Em 1907, a editora estabeleceu-se em Santo Andr, SP, e l permaneceu por 78 anos, sendo conhecida como Casa Publicadora Brasileira. A Revista Adventista comeou a ser publicada, com o nome de Revista Trimensal, em 1906. Em 1985, a Casa Publicadora Brasileira se mudou para Tatu, SP, e foi edificada em um terreno com mais de meio milho de metros quadrados. Sua rea construda hoje mede 18.000 m2 e isso a torna a terceira maior editora dos adventistas no mundo.

63Minha igreja no Brasil

A educao adventista Em 1896, na cidade de Curitiba, PR, numa casa Rua Paula Gomes,

290, com o nome de Colgio Internacional passou a funcionar a primeira escola adventista no pas. Seu diretor foi o professor Guilherme Stein Jr. O

colgio chegou a alcanar uma matrcula de 120 alunos no seu primeiro ano de existncia. Ele foi transferido para um prdio na avenida Cndido

de Abreu, no qual resta atualmente apenas uma parte incorporada fachada do Shopping Muller.No ano de 1915, foi adquirido um terreno de cerca de 70 alqueires a

23 km da cidade de So Paulo, prximo a Santo Amaro. Nessa propriedade foi estabelecido o Seminrio Adventista, conhecido depois por Colgio Adventista Brasileiro, Instituto Adventista de Ensino, e agora Unasp, campus So Paulo. Foram seus fundadores John Lipke e John H. Boehm, tendo como primeiro professor Paulo Henning, que iniciou as atividades escolares no dia 4 de julho de 1915, com 12 alunos. Em anos sucessivos, outras escolas foram estabelecidas no Brasil, como exemplo: InstitutoAdventistaCruzeirodoSul(IACS),emTaquara,RS

InstitutoPetropolitanoAdventistadeEnsino(IPAE),emPetrpolis,RJ

InstitutoAdventistaParanaense(IAP),emMaring,PR

InstitutoAdventistaSoPaulo(IASP),emHortolndia,SP

InstitutoAdventistaGro-Par(IAGP),emBelm,PA

A obra mdico-missionria Paralelamente pregao do evangelho e ao estabelecimento de escolas, o adventismo procura ensinar ao povo os princpios de uma vida mais sadia, base de alimentos naturais e absteno de tudo que seja prejudicial ao corpo. Em 1895, o pastor Huldreich Graf comeou a ministrar no Brasil princpios de sade em forma de hidroterapia, tratamentos naturais e alimentao vegetariana. O trabalho de assistncia social aos povos do serto e aos ndios carajs, na Misso do Rio Araguaia, foi prestado em parte pelo pastor Alvin Nathan Allen, em 1928. Em 1931, Leo e Jessie Halliwell lanaram a lancha Luzeiro I, no Rio Amazonas. O trabalho deste casal pode ser palidamente avaliado com as informaes de uma de suas viagens pela selva amaznica: eles percorreram o total de dez mil quilmetros, tratando cerca de cinco mil pessoas e compartilhando o evangelho com milhares delas. Em 1942, foi fundada a Casa de Sade Liberdade, hoje Hospital Adventista de So Paulo. Depois, vieram os demais hospitais: HospitalAdventistaSilvestre(RiodeJaneiro)

HospitalAdventistadoPnfigo(CampoGrande,MS)

HospitalAdventistadeBelm

HospitalAdventistadeManaus

64 aula 9 Atravs do trip publicaes / educao / obra mdico-missionria, o adventismo se solidificou no pas, sendo hoje uma igreja consistente e com atuao significativa em todas as regies brasileiras.

Ao recapitular a nossa histria passada, havendo

revisado cada passo do progresso at ao nosso nvel

atual, posso dizer: louvado seja Deus! Ao ver o que

tem feito, encho-me de admirao e de confiana

na liderana de Cristo. Nada temos a recear

quanto ao futuro, a menos que nos esqueamos

da maneira em que o Senhor nos tem guiado, e

os ensinos que nos ministrou no passado.

Ellen G. White

65Minha igreja no Brasil

atividades Pensamentos em cdigos

1. Complete as lacunas usando as letras do cdigo:

66 aula 9

atividades

67anexos

anexo 1

69anexos

anexo 2

71anexos

anexo 3

73anexos

anexo 4

introducaocap1cap2cap3cap4cap5cap6cap7cap8cap9anexos