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FACULDADE SATC
GILIARD PAZ
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA APLICADA A UM SISTEMA DE VENTILAÇÃO E
EXAUSTÂO DE UMA MINA DE CARVÃO: UM ESTUDO DE CASO
Criciúma
Mês – Ano (entrega do trabalho)
GILIARD PAZ
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA APLICADA A UM SISTEMA DE VENTILAÇÃO E
EXAUSTÂO DE UMA MINA DE CARVÂO: UM ESTUDO DE CASO
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso
de Graduação em Engenharia Elétrica da Faculdade
SATC, como requisito parcial à obtenção do título de
Engenheiro Eletricista.
Orientador: Prof. Me. Marcelo Massayuki Sunada.
Coordenador do Curso: Prof. Me. André Abelardo Tavares.
Criciúma
Mês – Ano (entrega do trabalho)
GILIARD PAZ
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA APLICADA A UM SISTEMA DE VENTILAÇÃO E
AXAUSTÃO DE MINA DE CARVÃO: UM ESTUDO DE CASO
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado
adequado à obtenção do título de bacharel em
Engenharia Elétrica e aprovado em sua forma final pelo
Curso de Graduação em Engenharia Elétrica da
Faculdade SATC.
Criciúma, (dia) de (mês) de (ano da defesa).
______________________________________________________
Professor e orientador Marcelo Massayuki Sunada, Mestre.
Faculdade SATC
______________________________________________________
Prof. Nome do Professor, Título.
Faculdade SATC
______________________________________________________
Prof. Nome do Professor, Título.
Faculdade SATC
Texto das dedicatórias. Texto das dedicatórias.
Texto das dedicatórias. Texto das dedicatórias.
Texto das dedicatórias. Texto das dedicatórias.
Texto das dedicatórias.
AGRADECIMENTOS
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos.
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos.
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos.
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos.
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos.
Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos. Texto de agradecimentos.
“Texto da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto
da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto da epígrafe. Texto da epígrafe.” (Autor, ano, p.)
RESUMO (NÃO ULTRAPASSAR 500 PALAVRAS)
O resumo precisará conter: a delimitação da pesquisa; o propósito da investigação; a
relevância da pesquisa; a fundamentação teórica empregada no estudo; a metodologia de
pesquisa e/ou tipo de estudo; o desenho de investigação; a modalidade de pesquisa (caso seja
necessário), tamanho de população, tamanho da amostra, técnica empregada para a coleta de
dados, tipo de instrumento de coleta usado, validez e confiabilidade (reportando o índice de
confiabilidade); de forma muito breve, faz-se referência aos resultados e às conclusões mais
significativas da pesquisa. O resumo não é dividido em parágrafos, apenas em frases e, além
disso, não apresenta citações.
Palavras-chave: Palavra 1; Palavra 2; Palavra 3. (máximo: 5 palavras)
LISTA DE FIGURAS
Fig. 1 – Tipos de carvão, reservas e usos [9] ............................................................................ 14
Fig. 2 – Técnica de câmaras e pilares [15] ............................................................................... 16
Fig. 3 – Componentes de uma ventilação local exaustora [16, adaptada] ................................ 18
Fig. 4 – Esquema de ventilação geral diluidora por insuflamento e exaustão [16, adaptada] .. 19
Fig. 5 – Componentes do sistema de ventilação de uma mina [19, adaptada] ......................... 20
Fig. 6 – Viscosidade dinâmica [22, adaptada] .......................................................................... 24
Fig. 7 – Gradiente de velocidade [22, adaptada] ...................................................................... 24
Fig. 8 – Fator de perda para curvas em ângulo reto e secção retangular [19] .......................... 28
Fig. 9 – Fator de perda para curvas com ângulo diferente de 90º e secção retangular [19] ..... 28
Fig. 10 – Fator de perda para entrada com arestas de cantos vivos [19] .................................. 28
Fig. 11 – Fator de perda para entrada com arestas arredondadas [19] ..................................... 29
Fig. 12 - Associação em série [19] ........................................................................................... 31
Fig. 13 – Associação em paralelo [19] ..................................................................................... 31
Fig. 14 – Esquema das pressões existentes em um ventilador [19] .......................................... 32
Fig. 15 – Modelos de ventiladores axiais e suas curvas características [18] ............................ 35
Fig. 16 – Ventilador centrífugo de pás radiais e sua curva característica [18] ......................... 35
Fig. 17 – Ventilador centrífugo de pás inclinadas para frente e sua curva característica[18] .. 36
Fig. 18 – Ventilador centrífugo de pás inclinadas para trás e sua curva característica[18] ..... 36
Fig. 19 – Triângulo de potência[18] ......................................................................................... 39
LISTA DE TABELAS
Tab. 1 – Reserva de carvão mundial [10, adaptada] ................................................................. 15
Tab. 2 - Composição do ar atmosférico [16, adaptada] ............................................................ 21
Tab. 3 – Composição do ar atmosférico [20, adaptada] ........................................................... 21
Tab. 4 – Fator de atrito de Atkinson [20, adaptada] ................................................................. 27
Tab. 5 – Composição do ar atmosférico [23, adaptada] ........................................................... 34
LISTA DE ABREVIAÇÕES
SIGLAS
SATC ___ Associação Beneficente da Indústria Carbonífera de Santa Catarina
DNPM ___ Departamento Nacional de Produção Mineral
NR ___ Norma Regulamentadora
NRM ___ Norma Regulamentadora de Mineração
IBRAM ___ Instituto Brasileiro de Mineração
PIB ___ Produto Interno Bruto
MTE ___ Ministério do Trabalho e Emprego
MIT ___ Massachustts Institute of Technology
VLE ___ Ventilação Local Exaustora
VGD ___ Ventilação Geral Diluidora
SÍMBOLOS
Q [m³/s] Vazão
Ɐ [m³] Volume
ρ [kg/m³] Massa específica
ṁ [kg/s] Fluxo de massa
γ [N/m³] Peso específico
G [N] Peso de um fluido
m [kg] Massa
g [m/s²] Aceleração da gravidade
µ [N.s/m²] Viscosidade absoluta ou dinâmica
Ft [N] Força de tração
Vo [m/s] Velocidade inicial
τ [N.s/m²] Tensão de cisalhamento
t [ºC] Temperatura
v [m²/s] Viscosidade cinemática
P [Pa] Pressão
F [N] Força
A [m²] Área
h [m] Altura
Re ___ Número de Reynolds
D [m] Diâmetro
V [m/s²] Velocidade
F12 [PA] Perda de cargas
W12 [PA] Pressão de trabalho
Hf [Pa] Perdas por atrito
Hx [Pa] Perdas por turbulência
Rg [N.s²/m8] Resistencia da galeria
k [N.s²/m4] Fator de atrito de Atkinson
L [m] Comprimento
per [m] Perímetro
x ___ Fator de perdas por turbulência
Qg [m³/s] Vazão necessária para diluição do gás metano
Eg [m³/t] Taxa de emissão de gás
Cg [%] Máxima concentração de gás
Qp [m³/s] Vazão necessária para reduzir a concentração de poeira
Ed Taxa de emissão de poeira
Pd [t/h] Taxa de produção de minério
Cd [%] Máxima concentração de poeira
Peq [Pa] Queda de pressão equivalente
Req [N.s²/m8] Resistência equivalente
p [Pa] Queda de pressão
PTV [Pa] Pressão total do ventilador
PVV [Pa] Pressão de velocidade do ventilador
PEV [Pa] Pressão estática do ventilador
Peixo [W] Potencia no eixo do ventilador
nvt ___ Eficiência total do ventilador
nve ___ Eficiência estática do ventilador
Cos ϕ ___ Fator de potência (FP)
Qt [m³/s] Vazão total
Pt [cv] Potência dos equipamentos a diesel
nvent [%] Eficiência do sistema de ventilação
Qlavra [m³/s] Vazão de ar na frente de serviço
Qsup [m³/s] Vazão de ar retirado da superfície
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 11
1.1 JUSTIFICATIVA E CONTRIBUIÇÕES ........................................................................ 11
1.2 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 12
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................................................... 12
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................... 13
2.1 MINERAÇÃO ................................................................................................................. 13
2.1.1 A mineração no Brasil................................................................................................. 13
2.2 CARVÃO MINERAL ..................................................................................................... 14
2.3 MÉTODO DE EXTRAÇÃO DO CARVÃO NO BRASIL ............................................. 16
2.4 VENTILAÇÃO ................................................................................................................ 17
2.4.1 Ventilação local exaustora .......................................................................................... 17
2.4.2 Ventilação geral diluidora .......................................................................................... 18
2.4.3 Ventilação em mina de carvão ................................................................................... 19
2.4.4 Ar atmosférico e ar poluído ........................................................................................ 21
2.5 DESLOCAMENTO DE AR ............................................................................................ 22
2.5.1 Fluido ............................................................................................................................ 22
2.5.2 Vazão [Q] ..................................................................................................................... 22
2.5.3 Massa específica [ρ] ..................................................................................................... 22
2.5.4 Peso específico [γ] ........................................................................................................ 23
2.5.5 Viscosidade ................................................................................................................... 23
2.5.6 Viscosidade absoluta ou dinâmica [µ] ....................................................................... 23
2.5.7 Viscosidade cinemática ............................................................................................... 25
2.5.8 Pressão em um fluido .................................................................................................. 25
2.5.9 Equação da continuidade ........................................................................................... 25
2.5.10 Equação de Bernoulli .................................................................................................. 26
2.5.11 Perdas de carga............................................................................................................ 26
2.5.12 Remoção do gás metano .............................................................................................. 29
2.5.13 Poeira ............................................................................................................................ 29
2.6 REDES DE VENTILAÇÃO ............................................................................................ 30
2.6.1 Circuitos em séries ...................................................................................................... 31
2.6.2 Circuitos em paralelo .................................................................................................. 31
2.7 EXAUSTORES OU VENTILADORES ......................................................................... 32
2.7.1 Tipos de ventiladores .................................................................................................. 34
2.8 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA ........................................................................................ 36
2.9 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ......................................................................................... 37
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS (MANTENHA O NOME) ...................... 40
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS (MANTENHA O NOME) ............. 41
5 CONCLUSÕES (MANTENHA O NOME) .................................................................... 42
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 43
11
1 INTRODUÇÃO
Com o avanço da tecnologia, faz-se ainda mais necessária a utilização da energia
elétrica, o que acarreta o aumento do seu consumo. Uma das medidas que pode ser tomada
para a diminuição do consumo da energia elétrica é aumentar a eficiência dos equipamentos
ou a troca por outros com rendimento maior.
Dada a situação, o presente trabalho visa a melhorar a eficiência energética do
sistema de ventilação de uma mina de carvão subterrânea, obedecendo à legislação vigente da
norma regulamentadora 22 e, similarmente, à portaria do Departamento Nacional de Produção
Mineral (DNPM) por meio da norma regulamentadora de mineração 06.
Tal estudo, realizado em uma empresa1 carbonífera de Lauro Müller – SC,
consiste em levantar as perdas existentes no sistema de ventilação e o dimensionamento
correto dos ventiladores, evitando assim o desperdício no consumo da energia elétrica,
considerando que a mina possui atividades no subsolo apenas nos dias de semana. O atual
sistema de ventilação possui um exaustor principal de 400cv, instalado na superfície, que
supre com folga as normas vigentes para a ventilação.
Devido às constantes mudanças que ocorrem em uma mina subterrânea, que pode
ter sua frente de serviço (painel) mais distante ou mais próximo da entrada, pode não haver a
mesma necessidade da ventilação devido às perdas serem menores, podendo ser necessário
alterar a quantidade de ar.
1.1 JUSTIFICATIVA E CONTRIBUIÇÕES
O sistema de ventilação é considerado o principal sistema funcional em uma mina
subterrânea, pois além de garantir a segurança e o bem-estar dos trabalhadores, reflete
diretamente nos níveis de produção.
O presente trabalho torna-se relevante, visto que aumentar a eficiência da
ventilação diminuirá o desperdício no consumo de energia elétrica, reduzindo os gastos e,
consequentemente, aumentará a produção e gerará lucros à empresa.
1 Não será citado o nome da empresa por questão de sigilo.
12
1.2 OBJETIVO GERAL
- Aumentar a eficiência energética do sistema de ventilação, obedecendo às
normas regulamentadoras NR22 e NRM06 que são empregadas nas atividades de mineração
em subsolos.
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Constatar os tipos de mineração através da pesquisa literária;
- Revisar conceitos de mecânica dos fluidos a respeito do deslocamento do ar;
- Pesquisar as normas vigentes referentes à ventilação em minas;
- Compreender o funcionamento da ventilação em uma mina subterrânea;
13
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Neste capítulo, serão revisados alguns conceitos de suma importância sobre
mineração, ventilação, deslocamento de ar, ventiladores e eficiência energética. Além disso,
será apresentado um resumo das normas aplicadas à ventilação em minas de carvão.
2.1 MINERAÇÃO
É o termo utilizado para o processo de extração e beneficiamento de minerais que
se encontram em estado natural existentes no solo. Essa prática é realizada em todo o mundo,
tornando-se um setor fundamental na economia de um país, e garantindo assim, uma
constante evolução nas técnicas empregadas na mineração [1; 2].
Por se tratar de uma atividade planejada para um longo prazo, torna-se uma área
muito complexa, englobando diferentes áreas da engenharia. A técnica empregada para a
extração do minério trivialmente é denominada de método de lavra2. Os métodos de lavra
podem ser divididos em dois grandes grupos: a céu aberto e subterrânea [3].
Entende-se por mineração de lavra a céu aberto, o método utilizado quando o
minério se encontra a profundidades relativamente pequenas em relação à superfície,
geralmente a menos de 30 metros. A extração é feita por meio de máquinas de grande porte
que retiram toda a camada do solo até encontrar o minério ao qual será lavrado. As principais
técnicas utilizadas neste processo são: tiras, bancadas, minas de encostas e covas, dragagem e
lavra por dissolução [3; 4].
Na mineração de lavra subterrânea, o minério a ser extraído encontra-se a grandes
profundidades, o que não seria viável a mineração a céu aberto.
2.1.1 A mineração no Brasil
O Brasil apresenta uma grande diversidade mineral, englobando uma produção de
72 minérios diferentes, sendo 23 metálicos, 45 não metálicos e 4 energéticos. Dessa forma, o
país destaca-se no cenário da mineração mundial e tem, nesse setor, um importante pilar de
sustentação para a sua economia [5; 6].
2 Processo de extração do minério.
14
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em 2014, a
produção mineral atingiu um total de US$ 40 bilhões, cerca de 5% do PIB industrial do país.
Já no comércio exterior, pouco mais de US$ 34 bilhões vieram das exportações de minérios
[7].
Conforme os dados de julho de 2015, do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE), o setor extrativo mineral brasileiro gera 214.070 empregos diretos e 770.652
indiretos. Segundo o IBRAM, em toda a cadeia industrial brasileira quase 2,7 milhões de
trabalhadores estão envolvidos de alguma forma com a atividade de mineração [7].
2.2 CARVÃO MINERAL
O carvão mineral é uma variada e complexa mistura de hidrocarbonetos formada
pela decomposição, compactação, variação de temperatura e pressão de matéria orgânica
durante milhões de anos. Sua qualidade é determinada pelo teor de carbono [8].
A Fig. 1 mostra os tipos de carvão mineral existentes e também suas reservas e
utilização.
Fig. 1 – Tipos de carvão, reservas e usos [9]
As reservas de carvão mineral são encontradas em diferentes regiões do mundo,
totalizando - aproximadamente - 894 bilhões de toneladas, como se pode ver na Tab. 2. Sendo
que 75% das reservas estão concentradas em apenas cinco países: Estados Unidos, Rússia,
China, Austrália e Índia [10].
15
Tab. 1 – Reserva de carvão mundial [10, adaptada]
DISCRIMINAÇÃO RESERVA
PAÍSES 2014
Brasil 2.771
China 144.500
Estados Unidos da América 237.295
Índia 60.600
Austrália 76.400
Indonésia 28.017
Rússia 157.010
África do Sul 30.156
Alemanha 40.548
Polônia 5.465
Cazaquistão 33.600
Ucrânia 33.873
Colômbia 6.746
Canadá 6.582
República Tcheca 1.052
Outros países 59.689
TOTAL 894.302
No Brasil, as reservas são compostas pelo carvão do tipo linhito e sub-
betuminoso. Essas reservas de carvão mineral estão localizadas nos estados do Rio Grande do
Sul (89,25% da reserva total), Santa Catarina (10,41%) e, em menor quantidade, nos estados
do Paraná (0,32%) e São Paulo (0,02%) [9; 11].
Atualmente, em nível mundial, a principal utilização do carvão é na geração de
energia elétrica, por meio de usinas termoelétricas, como é o caso da China e dos Estados
Unidos, onde a maior parte de sua matriz energética provém do carvão mineral. Em segundo
lugar é empregado na indústria siderúrgica como matéria-prima para fabricação de aço e
ferro, e também é utilizado para geração de calor em processos de secagem, na indústria
química entre outras.
Segundo o DNPM, o consumo por carvão mineral no Brasil encontra-se
distribuído nos seguintes setores: geração de energia elétrica (80,3%), indústria de papel e
celulose (4,8%), cerâmicos (4,5%), alimentos (3,6%), cimento e petroquímica (2,4%),
siderurgia e metalurgia (1,7%), e outros (0,3%) [10].
16
O meio tradicional para a geração de energia é através da combustão. Tal processo
contribui para o aquecimento global, entretanto, novas pesquisas e tecnologias estão sento
realizadas nessa área para minimizar os impactos.
Algumas dessas tecnologias já estão em uso comercial, como a utilização de
novas ligas de altas temperaturas e resistência, permitindo assim, a elevação da temperatura e
pressão no interior da caldeira e, dessa forma, aumentando em até 25% a eficiência do
processo [12].
Pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT) combinarão duas
tecnologias a gaseificação do carvão com uma célula combustível em um único sistema,
promovendo a geração de energia por meio de reação eletroquímica e não por combustão do
carvão [13].
2.3 MÉTODO DE EXTRAÇÃO DO CARVÃO NO BRASIL
No Brasil, a mineração do carvão dá-se por meio de dois métodos: método por
lavra a céu aberto e método por lavra subterrânea.
No método de lavra subterrânea, a técnica aplicada é o de câmaras e pilares,
mostrado na Fig. 2 [14].
Fig. 2 – Técnica de câmaras e pilares [15]
17
Nesse método, o carvão é extraído de forma horizontal, deixando partes do
mesmo de modo a formar pilares quadrados ou retangulares para suportarem o teto. A
dimensão das câmaras e pilares depende de vários fatores dentre eles: a profundidade que se
encontra o material e a estabilidade do teto.
O conjunto de inúmeras câmaras e pilares é denominado de painéis, onde está
localizada a frente de trabalho.
2.4 VENTILAÇÃO
É o processo de renovação do ar de um determinado recinto. Os objetivos
principais da ventilação é garantir a segurança e o bem-estar físico dos trabalhadores.
Mediante ao controle e a pureza do ar, mantém-se os níveis aceitáveis dos contaminantes,
temperatura e umidade, e a prevenção de explosões devido ao acúmulo de gases inflamáveis
[16].
Essa troca de ar pode ser feita de duas formas: ventilação natural, quando ocorre
por meio dos ventos e gradientes de temperaturas, ou através de ventilação mecânica, onde
são induzidas por meio de equipamentos mecânicos que geram uma diferença de pressão.
A ventilação mecânica, segundo Costa, pode ser classificada em dois grandes
grupos: ventilação local exaustora (VLE) e ventilação geral diluidora (VGD) [16].
2.4.1 Ventilação local exaustora
O princípio consiste em capturar os agentes contaminantes onde são gerados,
evitando assim, que esses contaminantes se espalhem pelo restante do ambiente.
O sistema VLE é mais eficiente e econômico para o controle do ar nos ambientes
de trabalho, por necessitar de uma quantidade menor de ar [17].
A Fig. 3 demostra os componentes de uma instalação VLE.
18
Fig. 3 – Componentes de uma ventilação local exaustora [16, adaptada]
Sendo:
1) Captores: São os dispositivos colocados próximo as fontes de contaminação do
ar.
2) Coletor: Responsável por reter as partículas contaminantes, evitando assim a
liberação direta dessas partículas ou gases para a atmosfera.
3) Ventilador: Encarregado de fornecer a energia necessária para que ocorra o
deslocamento do ar dentro dos dutos.
4) Dutos: Incumbidos de conduzir o ar contaminado ao longo de todo o sistema de
ventilação [16].
2.4.2 Ventilação geral diluidora
O sistema VGD consiste em minimizar a concentração dos contaminantes por
meio da diluição do ar limpo (externo) com o ar viciado contido no ambiente de trabalho,
sendo que, dessa forma, todo o ambiente é ventilado e pode-se ter o controle da temperatura,
da umidade e da velocidade do ar [18].
No entanto, nesse sistema VGD, a quantidade de ar necessário para ventilar todo o
ambiente é muito maior do que a utilizada no sistema VLE.
19
A ventilação geral diluidora pode ser feita por meio de insuflamento, exaustão ou
uma combinação dos dois, como mostra a Fig. 4.
Fig. 4 – Esquema de ventilação geral diluidora por insuflamento e exaustão [16, adaptada]
Sendo:
1) Entrada de ar externo.
2) Dutos de entrada de ar.
3) Filtro.
4) Ventilador de insuflamento.
5) Dutos de insuflamento.
6) Bocas de insuflamento.
7) Bocas de saída.
8) Dutos de saída.
9) Ventilador de aspiração.
10) Descarga do ar para o exterior [16].
2.4.3 Ventilação em mina de carvão
O sistema de ventilação de uma minha subterrânea de carvão é composto pelo
circuito de ventilação principal e pelo circuito auxiliar de ventilação [19].
A Fig. 5 mostra o sistema de ventilação de uma mina de carvão.
20
Fig. 5 – Componentes do sistema de ventilação de uma mina [19, adaptada]
A ventilação principal é composta por:
1) Exaustor principal: localizado na superfície e é responsável por gerar um
gradiente de pressão ao longo de todo o trajeto da mina, levando o ar da superfície (ar fresco),
até a frente de trabalho pelas vias de entrada e retirando o ar viciado da frente de serviço para
a superfície pelas vias de retorno.
2) Tapumes: construídos em forma de paredes separando as vias de entrada e
retorno de ventilação.
3) Portas de acesso: onde há necessidade de acesso entre as vias se faz o uso de
portas articuladas.
As portas de acesso, localizadas no trajeto onde há uma grande diferença de
pressão entre as duas vias, são montadas em um conjunto formado por duas portas, formando
uma câmara de descompressão [19].
4) Barragem ou selos: método usado para lacrar os painéis onde já foi minerado e
não serão mais utilizados. Essas barragens devem ser resistentes a explosões e à prova de
fogo.
E o circuito auxiliar é composto por:
5) Exaustores: responsáveis por manter e conduzir a corrente de ar ao longo de
todo o painel.
6) Ventiladores com dutos: encarregado de conduzir o fluxo de ar da corrente
principal até à frente de serviço.
21
2.4.4 Ar atmosférico e ar poluído
O ar atmosférico apresenta uma mistura de gases, onde, em condições normais,
apresenta os valores da Tab. 2 para a composição volumétrica3 e para a composição
gravimétrica4.
Tab. 2 - Composição do ar atmosférico [16, adaptada]
SUBSTÂNCIAS
COMPOSIÇÃO
VOLUMÉTRICA
(%)
COMPOSIÇÃO
GRAVIMÉTRICA
(%)
N2 – Nitrogênio 78,03 76,45
O2 – Oxigênio 20,99 22,72
CO2 – Gás Carbônico 0,03 0,05
H2O – Água (vapor) 0,47 0,3
Outros gases 0,48 0,49
O ar, mesmo considerado puro, muitas vezes, apresenta, além das substâncias
mencionadas na Tab. 2, pequenas quantidades de poeira, além de conter possíveis bactérias. A
alteração dos valores dessa composição acarreta a contaminação e poluição do ar [16].
Quando o ar em um ambiente apresenta propriedades físicas e químicas que são
nocivas à saúde, esse ambiente é denominado de insalubre.
A Tab. 3 foi adaptada de Hartman (2012) e mostra a consequência da baixa
concentração de oxigênio para o homem [20].
Tab. 3 – Composição do ar atmosférico [20, adaptada]
Oxigênio (%) Efeito
17 Respiração mais rápida e profunda
15 Tonturas, zumbidos nos ouvidos e taquicardia
13 Possível perda de consciência com a exposição prolongada
9 Desmaio
7 Risco de morte
6 Convulsões e morte
3 Composição volumétrica [%] é obtida por meio da razão entre o volume de uma substância pelo volume total
da mistura.
4 Composição gravimétrica [%] está relacionada ao peso.
22
2.5 DESLOCAMENTO DE AR
Denomina-se deslocamento de ar o movimento de uma certa massa ao longo de
um caminho. No item 2.5, serão apresentados alguns conceitos sobre mecânica dos fluidos
relacionados ao deslocamento de ar.
2.5.1 Fluido
O fluido é uma substância que quando submetido a uma tensão de cisalhamento
(tangencial) se deformam continuamente, não importando a quão pequena seja essa força
[21].
2.5.2 Vazão [Q]
Define-se vazão em volume como sendo o volume de um fluido que atravessa a
seção transversal do escoamento por unidade de tempo. Podendo ser calculada pela seguinte
equação [21]:
[m³/s] (1)
2.5.3 Massa específica [ρ]
É a razão entre uma massa de fluido pelo volume ocupado.
Para o ar que se encontra a uma temperatura de 25°C e uma pressão atmosférica
de 101,3 kPa (nível do mar), a massa específica é da ordem de 1,2 kg/m3.
Grande parte das medidas em sistemas de ventilação são baseadas no volume de
ar que atravessam uma dada secção transversal por unidade de tempo (Q em m³/s), no entanto,
é preferível se trabalhar em termos de fluxo de massa, isto é, a massa de ar que atravessa a
secção transversal em um segundo (kg/s) [19].
Portanto:
[kg/m³] (2)
23
Para sistemas de ventilação em minas subterrâneas, consegue-se uma precisão
aceitável assumindo ρ constante [19].
2.5.4 Peso específico [γ]
É o peso (G) de um fluido por unidade de volume ( ):
[N/m³] (3)
2.5.5 Viscosidade
Viscosidade é a resistência de um fluido as forças cisalhantes que atuam sobre ele,
ou seja, está relacionada à dificuldade maior ou menor desse fluido de escoar por um meio
[22].
Referente a gases, a viscosidade é originada pelo choque entre as moléculas e está
diretamente relacionada à temperatura. Com o aumento da temperatura, as moléculas dos
gases tendem a se afastar umas das outras, facilitando assim o escoamento.
2.5.6 Viscosidade absoluta ou dinâmica [µ]
A Fig. 6 demonstra o funcionamento da viscosidade dinâmica, que acontece em
dois momentos:
No primeiro momento, mantém-se a placa inferior parada e aplica-se uma força
(Ft) à placa superior, que será acelerada atingindo uma velocidade (V0), fazendo com que o
fluido junto à placa superior se desloque a mesma velocidade, enquanto que o fluido contido
junto à placa inferior se manterá em repouso. As camadas intermediárias de fluido deverão se
adaptar às camadas externas adquirindo velocidade que vai de zero até V0 [22].
Na segunda situação, observa-se que a diferença entre as velocidades relativas (V1
– V2) das camadas gera tensões de cisalhamento (τ), as quais, segundo Newton, em muitos
fluidos essa tensão é proporcional ao gradiente da velocidade [22].
24
Fig. 6 – Viscosidade dinâmica [22, adaptada]
Portanto, a viscosidade, segundo a lei de Newton, é determinada pela fórmula
abaixo:
[N.s/m²] (4)
Onde dv/dy é o gradiente da velocidade mostrado na Fig. 8.
Fig. 7 – Gradiente de velocidade [22, adaptada]
Como as moléculas tendem a se manter imóveis nas tubulações, para que haja o
deslocamento do fluido, é necessário aplicar energia para que consiga escoar ao longo da
tubulação.
Em conformidade com Mcpherson, a temperatura influencia na viscosidade
dinâmica de um fluido. No caso do ar, pode ser determinada pela fórmula a seguir [19]:
[N.s/m²] (5)
Onde t é a temperatura em °C numa escala de 0°C a 60°C.
25
2.5.7 Viscosidade cinemática
É a resistência imposta pelo fluido para impedir seu próprio deslocamento.
Calculada pela fórmula mostrada na Eq. (6):
[m²/s] (6)
No caso do ar, é da ordem de 1,5x10-5 m²/s.
2.5.8 Pressão em um fluido
Um fluido pode ser submetido em apenas dois tipos de esforços, compressão e
cisalhamento. Os esforços por cisalhamento estão relacionados à taxa de deformação do
fluido, enquanto os esforços de compressão são responsáveis pela variação do volume
ocupado pelo fluido, sendo caracterizados em compressível e incompressível [18].
A pressão sobre um fluido pode ser determinada pela Eq. (7), sendo a força (F) em
N, aplicada sobre uma área (A) em m², de uma determinada superfície. Sendo também obtida
por meio do produto entre: a massa específica em kg/m³, a aceleração da gravidade (g) em
m/s² e a altura (h) da coluna dada em metros.
[Pa] (7)
2.5.9 Equação da continuidade
O fluxo de massa que escoa por um sistema de ventilação sem vazamentos é
constante e determinado pela Eq. (9), conhecida como equação da continuidade [18].
(9)
Onde Vi é o módulo da velocidade em m/s, A é a área onde escoa o fluido com a
velocidade Vi em m² e é o fluxo de massa em kg/s.
26
Da Eq. (9), adotando que a densidade específica e o fluxo de massa são
constantes, obtém-se a Eq. (10).
[m³/s] (10)
2.5.10 Equação de Bernoulli
Tal equação é de fundamental importância para o estudo de fluxo de fluido.
Permite verificar as relações entre as variáveis de pressão (P), velocidade (V) e altura (h) [22].
A Eq. (11) é conhecida como a equação de Bernoulli para um fluido a condições
ideais, ou seja, sem atrito e com densidade constante [19].
(11)
No entanto, para condições reais onde há perdas, a Eq. (11) passa a ter mais dois
termos referentes. Um às perdas de carga denominado de F12 e outro referente ao trabalho do
eixo por unidade de massa W12 mostrada na Eq. (12) [19].
(12)
2.5.11 Perdas de carga
As perdas de carga representadas pelo termo F12, na Eq. 12 estão relacionadas a
duas condições distintas:
Por atrito do fluido (Hf) contra as superfícies;
E por turbulência (Hx) no escoamento do fluido.
As perdas por atrito correspondem, segundo Mcpherson, acerca de 70% da perda
total e podem ser calculadas por meio da equação de Atkinson, mostrada na Eq. (13) [19].
[Pa] (13)
27
Sendo R conhecido como a resistência da galeria ou resistência de Atkinson em
N.s2/m8 e Q a vazão de volume de fluido que atravessa a sessão transversal da galeria em
m3/s.
A resistência da galeria é obtida pela Eq. (14).
[N.s2/m8] (14)
Onde Rg é a resistência de Atkinson, k é o fator de atrito de Atkinson dado em
N.s2/m4de acordo com a Tab. 4, L e per são respectivamente o comprimento e o perímetro da
galeria em metros, A é a área da secção transversal da galeria em m2 e ρ é a massa específica
do fluido em kg/m3.
Tab. 4 – Fator de atrito de Atkinson [20, adaptada]
TIPO DE
GALERIA
RETILÍNEA SINUOSA
Limpa Pouco
obstruída
Moderadamente
obstruída Limpa
Pouco
obstruída
Moderadamente
obstruída
Acabamento
suave 0,0046 0,0052 0,0061 0,0055 0,0069 0,0076
Desmonte
convencional 0,008 0,0091 0,011 0,011 0,0121 0,014
Com
escoramento
de madeira
0,012 0,0134 0,015 0,016 0,0164 0,017
As perdas por turbulência Hx podem ser calculadas pela Eq. (15)
[Pa] (15)
Onde: X é o fator de perdas por turbulência adimensional, ρ é a massa específica
do fluido em kg/m3 e A é a área em m².
O fator x é determinado através de gráficos, as principais configurações estão
mostradas abaixo:
Curva 90º com secção retangular.
28
Fig. 8 – Fator de perda para curvas em ângulo reto e secção retangular [19]
Curva diferente de 90º com secção retangular.
Fig. 9 – Fator de perda para curvas com ângulo diferente de 90º e secção retangular [19]
Entrada com arestas de cantos vivos.
Fig. 10 – Fator de perda para entrada com arestas de cantos vivos [19]
29
Entrada com arestas arredondadas.
Fig. 11 – Fator de perda para entrada com arestas arredondadas [19]
2.5.12 Remoção do gás metano
O metano (CH4) é o gás inflamável mais frequente em minas de carvão,
encontrado também em minas de calcário, potássio e xisto betuminoso e em menores
quantidades em minas de cobre, ferro, ouro e prata. É altamente inflamável, incolor, inodoro,
insípido, atóxico e mais leve que o ar se concentrando no teto das galerias [20].
Em minas de carvão, o metano é encontrado em fissuras e fendas entre as camadas
de carvão e também absorvido no próprio carvão. A vazão necessária para que haja a remoção
pode ser calculada pela Eq. (16) [19].
[m³/s] (16)
Onde Qg é a vazão necessária para a diluição do gás metano, Eg é a taxa de
emissão de gás em m³/t e Cg é a máxima concentração de gás permitida por lei em percentual
de volume.
2.5.13 Poeira
Poeira é a dispersão de partículas solidas no ar. No caso de minas de carvão,
partículas de poeiras inferiores a 5µm podem causar problemas pulmonares graves enquanto
partículas maiores apresentam menor risco, pois, não estão suspensas no ar [19].
A Eq. (17) permite o cálculo da vazão necessária para diminuir a concentração de
poeira presente no ar [26].
30
[m³/s] (17)
Onde Qp é a vazão necessária para reduzir a concentração de poeira no ar, Ed é a
taxa de emissão de poeira, Pd é a taxa de produção do minério e Cd é a máxima concentração
de poeira permitida por lei.
2.6 REDES DE VENTILAÇÃO
Qualquer sistema de ventilação pode ser representado como um circuito elétrico
obedecendo as leis de Kirchhoff e a primeira lei de Ohm [19].
Em circuitos de ventilação, ao se fazer a analogia da primeira lei de Kirchhoff,
afirma-se que o fluxo de massa que entra em um determinado cruzamento é igual ao fluxo de
massa que sai desse mesmo cruzamento com sinal inverso, ou seja, o somatório dos fluxos de
massa em um cruzamento será igual a zero como mostrado na Eq. (18):
(18)
Em sistemas de ventilação para minas com altura inferior a 500 metros de
profundidade, pode-se considerar a massa específica do ar constante, resultando na Eq. (19)
[19].
(19)
Com o auxílio da segunda lei de Kirchoff aplicada a circuitos de ventilação, tem-
se que a soma algébrica de todas as quedas de pressão em um circuito fechado deve ser igual
a zero de acordo com a Eq. (20).
(20)
Porém, a aplicação direta das leis de Kirchhoff para grandes sistemas de
ventilação de minas resultara em centenas de equações. Com isso, faz-se necessário o uso de
computadores com softwares apropriados [19].
31
2.6.1 Circuitos em séries
Nessa configuração, o ar passa ao longo de um único caminho como mostra a Fig.
12:
Fig. 12 - Associação em série [19]
Pode-se obter as quedas de pressão (p) por meio da Eq. (21) [19].
[Pa] (21)
Para esse tipo de circuito, a queda de pressão equivalente (Peq) e a resistência
equivalente (Req) são dadas pelas Eq. (22) e Eq. (23), respectivamente [19].
[Pa] (22)
[N.s²/m8] (23)
2.6.2 Circuitos em paralelo
Num circuito em paralelo, o deslocamento de ar se faz por meio de mais
caminhos, simultaneamente, como mostrado na Fig. 13 [19].
Fig. 13 – Associação em paralelo [19]
A queda de pressão (p) é determinada pela Eq. (24).
32
[Pa] (24)
Portanto, como a vazão final é o somatório das vazões de cada caminho dado pela
Eq. (25) e por meio de simplificações matemáticas, obtém-se a Eq. (26).
[m³/s] (25)
[m³/s] (26)
Onde a resistência equivalente é obtida pela Eq. (27) [19].
(27)
2.7 EXAUSTORES OU VENTILADORES
É chamado de exaustor um ventilador quando o mesmo está trabalhando de forma
a exaurir o ar de um local.
Para que ocorra o escoamento do ar pelo sistema de ventilação, é necessário um
gradiente energético, o qual é criado por meio de ventiladores ou exaustores [23].
São estruturas mecânicas destinadas a transformar energia mecânica de rotação
aplicada ao eixo com pás, em aumento de pressão do ar [18].
A Fig. 14 mostra as pressões existentes num ventilador.
Fig. 14 – Esquema das pressões existentes em um ventilador [19]
33
Sendo:
PT a pressão total;
PV a pressão de velocidade;
PE a pressão estática;
PTV pressão total do ventilador obtida pela Eq. (28);
[Pa] (28)
PVV pressão de velocidade do ventilador encontrada pela Eq. (29) ou pela Eq.
(30);
[Pa] (29)
[Pa] (30)
PEV pressão estática do ventilador obtida pela Eq. (31).
[Pa] (31)
Para que ocorra o escoamento do ar, é necessária uma potência aplicada ao eixo
do ventilador denominada de Peixo, expressa pelas Eq. (32). E, no caso de se trabalhar com
pressão total, ou pressão estática pela Eq. (33) [18].
[W] (32)
[W] (33)
No caso de o acionamento ser efetuado por um motor de indução trifásico, a
potência do eixo do motor será a mesma potência do eixo do ventilador, como mostra a Eq.
(34) [18].
34
[W] (34)
Sendo: Q a vazão em m³/s, PTV a pressão total do exaustor em Pa, PEV é a
pressão estática do exaustor em Pa, nvt é a eficiência total do ventilador e nve é a eficiência
estática do ventilador [18].
A Tab. 5 relaciona as variáveis de rotação (n) em rpm, densidade do ar (ρ)em
kg/m³ e diâmetro do rotor(D) em metros com as variáveis de vazão (Q) em m³/s, pressão
estática (PEV) em Pae potência do eixo (Peixo) em Watts, conhecida como leis dos
ventiladores [23].
Tab. 5 – Composição do ar atmosférico [23, adaptada]
Variando a rotação (n) Variando a densidade do ar (ρ) Variando o diâmetro (D)
As leis dos ventiladores podem ser escritas e demonstradas por meio das seguintes
equações [19]:
(35)
(36)
(37)
2.7.1 Tipos de ventiladores
De modo geral, existem dois tipos de ventiladores: os axiais e os centrífugos.
Os ventiladores axiais são constituídos por uma carcaça cilíndrica e um conjunto
de rotor com pás aerodinâmicas que fazem o fluxo de ar se deslocar no sentido axial (paralelo
35
ao eixo) ao ventilador. Ventiladores axiais comparados com ventiladores centrífugos
apresentam eficiências menores e níveis de ruídos maiores [18].
A Fig. 15 mostra dois modelos de ventiladores axiais, o primeiro denominado de
propulsor na Fig. 15a e o segundo na Fig. 15b, conhecido como turbo axial.
Fig. 15 – Modelos de ventiladores axiais e suas curvas características [18]
Em ventiladores centrífugos, o fluxo de ar é radial a estrutura. Eles são formados
por uma carcaça, um rotor com pás acionado por um motor. O fluxo de ar entra pelo centro do
rotor que com o movimento é deslocado pelas pás até a saída.
Apresentam um rendimento maior que os ventiladores axiais e níveis de ruídos
mais baixos [18].
De acordo com o arranjo das pás, os principais tipos de ventiladores centrífugos
são:
De pás radiais, mostrado na Fig. 16. Permite movimentar ar com grande carga
de poeira e uma baixa eficiência comparado aos outros dois tipos [18];
Fig. 16 – Ventilador centrífugo de pás radiais e sua curva característica [18]
36
De pás voltadas para frente, exibido na Fig. 17. Não é indicado para trabalhar
com poeira, porém, sua eficiência é maior se comparado ao de pás retas [18];
Fig. 17 – Ventilador centrífugo de pás inclinadas para frente e sua curva característica[18]
De pás voltadas para trás, como mostra a Fig. 18. Apresenta uma alta eficiência
e autolimitação de potência, mas não é adequado para trabalhar com poeira [18].
Fig. 18 – Ventilador centrífugo de pás inclinadas para trás e sua curva característica[18]
2.8 LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
No Brasil, as atividades de mineração são regulamentadas pela NR 22. O item
número 24 da norma se encontra as condições necessária para um sistema de ventilação de
uma mina subterrânea.
Segundo a NR 22, uma mina subterrânea deve conter um sistema de ventilação
mecânico que: a) supra o oxigênio até o ambiente de trabalho; b) renovação contínua do ar; c)
diluição de gases inflamáveis, nocivos e da poeira; d) mantenha os níveis de temperatura e
umidade adequados ao trabalho humano; e e) ser mantido operando de forma contínua [24].
De acordo com a norma regulamentadora para minas de carvão, a velocidade do
ar onde há circulação de pessoas deverem estar ente 0,2 m/s e 10 m/s, no caso da galeria ser
utilizada apenas para ventilação a velocidade poderá ser superior a 10 m/s [24].
37
No local de trabalho e onde há transito de pessoas, a concentração de oxigênio não
pode estar abaixo dos 19% em volume [24].
Ainda em conformidade com a NR 22, a vazão ar fresco mínima para cada frente
de trabalho é de 6 m³/min por pessoa e, para o último travessão arrombado, a vazão deverá ser
superior a 250 m³/min [24].
Segundo a portaria nº. 732 de maio de 2014 da NR 22, para minas de carvão que
utilizam veículos e equipamentos a óleo diesel, a vazão de ar fresco na frente de trabalho
deverá ser aumentada em 3,5 m³/min para cada cavalo-vapor (cv) de potência instalada. No
caso de uso simultâneo de veículos e equipamentos, a vazão de ar fresco será calculada pela
Eq. (38) [24].
[m³/min] (38)
Onde: QT é a vazão total, Pt1 é a potência em cv do equipamento de maior
potência em operação, Pt2 é a potência em cv do equipamento de segunda maior potência em
operação e Ptn é a somatória da potência dos equipamentos restantes em operação em cv.
A vazão total de ar fresco para uma mina de carvão que utiliza veículos e
equipamentos a óleo diesel será o somatório das vazões citadas acima [24].
Enquanto há presença de pessoas trabalhando na frente de serviço, a ventilação
auxiliar não deve ser desligada [24].
2.9 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
A eficiência energética consiste em adotar processos e equipamentos mais
eficientes para diminuir o desperdício no consumo da energia elétrica, mantendo a mesma
qualidade [25].
Por meio das variáveis nvt (eficiência total do ventilador) e nve (eficiência estática
do ventilador), obtidas mediante as Eq. (32) e Eq. (33), pode-se determinar a eficiência
energética, ou seja, o quanto da potência elétrica aplicada ao motor do ventilador está sendo
convertida em deslocamento do ar.
Entretanto, a eficiência de um determinado sistema de ventilação está relacionada
entre a vazão de ar que chega na frente de serviço (Qlavra) com a vazão de ar retirado da
superfície (Qsup), o qual é determinado pela Eq. (39) [26].
38
[%] (39)
Segundo Mcpherson, a eficiência do sistema de ventilação em minas subterrâneas
pode variar de 10% até 75% [19].
Há inúmeros fatores que contribuem para uma baixa eficiência do sistema de
ventilação, dentre os principais estão a extensão da mina, pressão do exaustor principal e
obstruções parciais das galerias utilizadas na ventilação [26].
Ventiladores axiais apresentam rendimentos na faixa dos 80% quando instalados
corretamente [27].
Alguns fatores influenciam diretamente no preço da fatura paga por uma empresa,
dentre eles: a demanda, a energia consumida e o fator de potência da carga.
O levantamento do consumo de energia dos equipamentos e suas rotinas de
trabalho são as atividades mais importantes num estudo de eficiência energética. É necessário
o conhecimento do processo igualmente como trabalha cada equipamento. Em motores
elétricos, as perdas internas variam entre 5% e 20% [25].
No entanto, superdimensionamento de um motor elétrico contribui para sua
ineficiência além de diminuir de forma significante o fator de potência [25;28].
Para se ter o melhor rendimento de um determinado motor, o mesmo deve
trabalhar utilizando mais de 75% da sua potência nominal. A adequação de potência de
motores pode gerar economias de até 14% no consumo de energia elétrica [28].
Com o uso de inversores de frequência para controlar a velocidade dos
ventiladores, por meio da frequência de alimentação do motor. Quando o inversor diminui a
frequência de alimentação do motor, faz sua rotação diminuir e, consequentemente, o
consumo de energia elétrica será menor, pois a quantidade de ar a ser deslocada será menor
também [27].
O fator de potência (FP), também conhecido como cos ϕ, é um índice
adimensional que indica a relação entre as potências ativa, aparente e reativa, consumidas por
um equipamento.
A potência ativa dada em kW é responsável por realizar trabalho. Enquanto a
potência reativa em kVAR é utilizada por cargas indutivas para gerar e manter os campos
eletromagnéticos. A soma vetorial das potências ativa e reativas é denominada de potência
39
aparente em kVA. Essas potências estão relacionadas ao triângulo de potência mostrado na
Fig. 19.
Fig. 19 – Triângulo de potência[18]
O fator de potência pode ser obtido utilizando a Eq. (40).
[adimensional] (40)
40
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Nesta etapa, você deverá descrever como foi realizada a pesquisa, ou seja, como
foi executada: quantitativa, qualitativa, descritiva, explicativa e/ou exploratória. A
Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação desenvolvida
no método (caminho) do trabalho de pesquisa.
É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental a ser utilizado (questionário,
entrevista etc), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das
formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho.
Não se esqueça de delimitar:
a) Método de abordagem
Forma(s) de abordagem teórica da pesquisa.
Exemplo: método de abordagem dedutiva (do geral para o específico); indutiva
(do particular para o gera); dialética (contraposição de ideias).
b) Técnicas de pesquisa
Técnicas que serão utilizadas para a coleta de dados e para a análise dos mesmos.
Exemplo: revisão bibliográfica; análise de dados técnicos; análise de relatórios.
Em caso de dúvidas, consulte livros de Introdução à Metodologia Científica.
Você os encontrará na biblioteca da Instituição. Sugestão de autor: Fabio Rauen.
41
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS (MANTENHA O NOME)
Nesta etapa, você analisará os dados obtidos na pesquisa e mostrará os resultados
obtidos. Para iniciar a escrita, questione: Como os dados coletados serão analisados?
A partir da sua resposta, procure confirmar ou refutar hipótese anunciada,
sintetizando os resultados obtidos.
42
5 CONCLUSÕES (MANTENHA O NOME)
Etapa esta que servirá para você evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo
e indicar as limitações e as reconsiderações. Além disso, você poderá apontar a relação entre
fatos verificados e teoria e mostrar a contribuição da pesquisa para o meio acadêmico,
empresarial e/ou para o desenvolvimento da ciência e tecnologia. Além disso, você poderá
sugerir temas complementares a sua pesquisa para estudos futuros.
Responda aqui a sua pergunta-problema de pesquisa (esta que deve estar presente
na introdução).
43
REFERÊNCIAS
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