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FATEGÍDIO FACULDADE DE TECNOLOGIA ESCOLA TÉCNICA EGÍDIO JOSÉ DA SILVA CURSO RADIOLOGIA PROFESSOR PABLO FARMÁCIA HOSPITALAR

Farmácia Hospitalar

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Page 1: Farmácia Hospitalar

FATEGÍDIO

FACULDADE DE TECNOLOGIA

ESCOLA TÉCNICA EGÍDIO JOSÉ DA SILVA

CURSO RADIOLOGIA

PROFESSOR PABLO

FARMÁCIA HOSPITALAR

TEÓFILO OTONI-MG

Junho / 2011

Page 2: Farmácia Hospitalar

FATEGÍDIO

FACULDADE DE TECNOLOGIA

ESCOLA TÉCNICA EGÍDIO JOSÉ DA SILVA

CURSO RADIOLOGIA

FARMÁCIA HOSPITALAR

TEÓFILO OTONI-MG

Junho / 2011

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Sumário

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Introdução

Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares têm por objetivo o conjunto de atividades

farmacêuticas, exercidas em organismos hospitalares ou serviços a eles ligados, que são

designadas por “atividades de Farmácia Hospitalar”. Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares

são departamentos com autonomia técnica e científica, sujeitos à orientação geral dos Órgãos

de Administração dos Hospitais, perante os quais respondem pelos resultados do seu

exercício.

A direção dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares é obrigatoriamente assegurada por

um farmacêutico hospitalar Os Serviços Farmacêuticos Hospitalares são o serviço que, nos

hospitais, assegura a terapêutica medicamentosa aos doentes, a qualidade, eficácia e

segurança dos medicamentos, integra as equipas de cuidados de saúde e promove ações de

investigação científica e de ensino.

Histórico da Farmácia Hospitalar

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Para se falar de Farmácia Hospitalar é preciso primeiro conhecer um pouco do seu histórico,

pois assim será possível compreender melhor o que está ocorrendo no Brasil atualmente e o que

provavelmente acontecerá no futuro.

A primeira farmácia hospitalar que se tem registro data de 1752 em um hospital da

Pensilvânia – EUA, na qual foi apresentada a primeira proposta de padronização de medicamentos.

No Brasil as farmácias hospitalares mais antigas foram instaladas nas Santas Casas de Misericórdia e

Hospitais Militares, onde o farmacêutico manipulava os medicamentos dispensados aos pacientes

internados, obtidos de um ervanário do próprio hospital.

Com a industrialização do medicamento, surgindo assim o fármaco pronto para o uso, houve

uma crise na profissão farmacêutica, atingindo de forma parecida o farmacêutico de hospital. Por que

ter um farmacêutico no hospital para produzir medicamentos se este produto pode ser comprado

pronto? E assim o farmacêutico praticamente desapareceu dos hospitais só permanecendo nas

instituições de grande porte.

Em vários países desenvolvidos a saída para esta crise foi a volta da atenção do farmacêutico

hospitalar para conhecimento na área da estabilidade, farmacocinética, farmacodinâmica, ou seja, o

farmacêutico passou a ser um expert em medicamentos, recuperando a relação médico-farmacêutico

e farmacêutico-paciente. A sua principal arma ou habilidade passou a ser a informação. Em

1965 surgiu nos EUA a farmácia clínica, que tem como meta principal o uso racional dos

medicamentos e o farmacêutico além das suas atribuições junto aos medicamentos passa a ter

atividades clínicas voltadas para o paciente.

Em países subdesenvolvidos como o Brasil, a saída para a crise da profissão foi a busca de

novos caminhos de atuação, dando ênfase principalmente nas análises clínicas. As consequências

deste fato foram bastante danosas para o país e para a profissão farmacêutica,

pois a questão do medicamento ficou aleijada.

Atualmente, embora o Brasil seja uma das dez maiores economias do mundo, o quarto

mercado farmacêutico do mundo em vendas e tenha uma flora medicinal riquíssima, importa a

maioria dos medicamentos que consomem.

A história da farmácia hospitalar brasileira pode-se dizer que recomeçou com o Prof. Cimino,

no Hospital das Clínicas de São Paulo, na década de 50 e 60, realizando um trabalho destacado, com

ênfase na farmacotécnica hospitalar.

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Farmácia Hospitalar

A Farmácia Hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-científica e

administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas à produção, armazenamento, controle,

dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos às unidades hospitalares.

É igualmente responsável pela orientação de pacientes internos e ambulatoriais, visando sempre a

eficácia da terapêutica, além da redução dos custos, voltando-se também para o ensino e a pesquisa,

propiciando assim um vasto campo de aprimoramento profissional.

Um Serviço de Farmácia em um hospital é o apoio clínico integrado, funcional e

hierarquicamente, em um grupo de serviços que dependem diretamente da Direção Central e estão

em constante e estreita relação com sua administração.

A principal razão de ser da Farmácia é servir ao paciente, objetivando dispensar medicações

seguras e oportunas. Sua missão compreende tudo o que se refere ao medicamento, desde sua

seleção até sua dispensação, velando a todo momento por sua adequada utilização no plano

assistencial, econômico, investigativo e docente. O farmacêutico tem, portanto, uma importante

função clínica, administrativa e de consulta.

Para que haja um bom funcionamento nas farmácias hospitalares conta-se com uma equipe

de profissionais que trabalham sempre para a melhoria desta ala que consideram hoje como um dos

principais setores contidos em um hospital. Esta equipe conta com o Profissional farmacêutico, que é

o profissional responsável pela aquisição distribuição e acompanhamento do uso dos medicamentos

e produtos para a saúde (seringas agulhas, fios de

suturas entre outros) nos hospitais e serviços de saúde. Sua missão precípua é contribuir para

a segurança de todas as pessoas que utilizam medicamentos.

Para cumprir essa missão, o farmacêutico realiza diversas atividades: logística de suprimentos

(seleção, aquisição, armazenamento, distribuição e controles de produtos), acompanhamento clínico

do uso de medicamentos (farmacovigilância, farmácia clínica e atenção farmacêutica), manipulação

de medicamentos (nutrição parenteral, quimioterápicos e doses unitárias), fracionamento de

medicamentos, dispensação de medicamentos, entre outras. Também conta com os Técnicos de

Farmácia que presta assistência dentro da farmácia de um hospital. Entre as funções exercidas por

esse profissional vale destacar as seguintes: Prestação de apoio à equipe de Enfermagem;

Conferências das prescrições médicas; Preparação de medicamentos ( diluição e fracionamento);

esclarecimento de dúvidas sobre o uso de uma determinada medicação; organização dos

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medicamentos dentro da farmácia; conferência do estoque observando o lote e a data de validade;

recebimentos de novos medicamentos e etiquetação dos mesmos; Conferência e registros de notas

fiscais, etc.

Comissão de Farmácia e Terapêutica

A responsabilidade pelo desenvolvimento e supervisão de todas as políticas e práticas

de utilização de medicamentos no hospital com intuito de assegurar resultados clínicos ótimos

e um risco potencial mínimo é da Comissão de farmácia e terapêutica (CFT). A Comissão de

farmácia e terapêutica (CFT) assessora a diretoria clínica nos assuntos relacionados a

medicamentos e terapêutica e serve como elo entre a farmácia e a equipe de saúde.

Ações educativas, assessoria técnica e divulgação sobre medicamentos são realizadas

pela Comissão de farmácia e terapêutica (CFT) no hospital. Esta é a comissão hospitalar mais

importante para a farmácia. A Comissão de farmácia e terapêutica (CFT) dever executar as

seguintes atividades no hospital:

Estabelecer normas e procedimentos relacionados à seleção, à distribuição, à

produção, à utilização e à administração de fármacos e agentes diagnósticos;

Padronizar, promover e avaliar o uso seguro e racional dos medicamentos

prescritos no hospital;

Redigir o guia farmacoterápico ou formulário farmacêutico;

Avaliar periodicamente o arsenal terapêutico disponível, promovendo inclusões

ou exclusões segundo critérios de eficácia, eficiência clínica e custo;

Normatizar procedimentos farmacoclínicos que se relacionam com a

terapêutica medicamentosa;

Coordenar avaliações clínicas e estudos de consumo de medicamentos em

pesquisa ou recém-lançados;

Sugerir medidas que possibilitem a disponibilidade de recursos materiais e

humanos, assegurando a viabilidade da política de medicamentos dentro da

instituição;

Disciplinar a ação dos representantes da indústria farmacêutica dentro do

hospital;

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Estudar medicamentos sob o ponto de vista clínico, biofarmacêutico e químico,

emitindo parecer técnico sob sua eficácia terapêutica como critério

fundamental de escolha;

Divulgar informações relacionadas a estudos clínicos relativos aos

medicamentos incluídos e excluídos do formulário farmacêutico;

Fazer estudos e/ou revisões bibliográficas sobre medicamentos;

Elaborar programas de notificação e acompanhamento de reações adversas.

Para otimizar os trabalhos a comissão deve elaborar um regimento, definir as pautas

das regiões e documentar as ações e deliberações. A equipe de saúde deve ser rotineiramente

comunicada das decisões da Comissão de farmácia e terapêutica (CFT). É recomendável que

a Comissão de farmácia e terapêutica (CFT) se reúna pelo menos seis vezes ao ano.

Sistema de Dispensação de Medicamentos

Da mesma forma que uma Farmácia pública, uma Farmácia Hospitalar precisa estar

organizada para dispensar adequadamente os produtos que dispõe para os pacientes.

A escolha da forma de dispensação a ser adotada deve levar em consideração

características de cada Hospital, e os recursos disponíveis para sua implantação.

Os recursos resumem-se em financeiros e técnicos, sendo que neste último caso, ainda

há uma carência de farmacêuticos especialistas no mercado capazes de implantar com

eficiência um sistema de dispensação.

Um sistema hospitalar de dispensação de medicamentos deve ter alguns objetivos

importantes, dos quais destacamos:

Uso racional de medicamentos;

Redução de gastos com medicamentos;

Aumentar o controle sobre o uso dos medicamentos, permitindo acesso do

farmacêutico às informações do paciente.

Diminuição dos erros de administração de medicamentos;

Colaboração na Farmacoterapia iniciada pelo médico;

Aumentar a segurança para o paciente;

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Podemos destacar 03 tipos de sistemas de dispensação de medicamentos, sendo:

1. Dose Coletiva;

2. Dose Individualizada;

3. Dose Unitária.

1. Dose Coletiva

É o sistema pelo qual a farmácia fornece materiais e medicamentos, atendendo a um

pedido feito pela unidade solicitante.

Estas requisições são feitas em nome de setores, e não de pacientes, gerando total

descontrole do uso.

Na Dose Coletiva, a farmácia se torna um mero fornecedor de medicamentos,

ocorrendo armazenamento em estoques descentralizados e retirando da farmácia a atividade

de dispensação.

Vantagens:

As movimentações do estoque são registradas com facilidade;

Custo de implantação muito baixo;

Baixo número de colaboradores na farmácia;

Horário de funcionamento da farmácia: reduzido.

Desvantagens:

Formação de subestoques;

Dificuldades no controle logístico dos estoques;

Erros de administração de medicamentos;

Maior quantidade de perdas;

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Dispensação feita pela enfermagem: desvio de atividade.

2. Dose Individualizada

É um pré-requisito para implantação da Dose Unitária.

Neste caso, a farmácia já recebe as solicitações de medicamentos através de uma

transcrição de prescrição médica feita pela enfermagem, ou mesmo através de um pedido

médico, só que sem esquema posológico rígido.

Vantagens:

A Farmácia centraliza os estoques;

Quantidade reduzida de estoques, se comparado com a Dose Coletiva;

Menor quantidade de perdas e desvios;

Possibilidade de garantia de qualidade.

Desvantagens:

Custo de implantação e nº de colaboradores é maior, em comparação à Dose

Coletiva;

Farmácia funciona em horário integral;

Erros de medicação ainda podem ocorrer;

3. Dose Unitária

Sistema de dispensação existente nos Estados Unidos, já desde os anos 60,

apresentando inúmera vantagens em relação aos outros modelos, principalmente pelo controle

que proporciona à Farmácia, no que se refere ao consumo de medicamentos.

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Neste sistema os medicamentos são dispensados de acordo com a prescrição médica,

sendo separados e identificados pelo nome do paciente, nº do leito e horário de administração.

Objetivos da Dose Unitária:

Integrar o farmacêutico à equipe multidisciplinar;

Medicamento correto na hora certa;

Reduzir incidência de erros de administração de medicamentos;

 

Vantagens:

Segurança na farmacoterapia: otimizada;

Redução dos custos;

Disponibiliza maior tempo para a enfermagem se dedicar ao paciente;

Promove a Instituição: qualidade;

Desvantagens:

Custo de implantação, embora seja facilmente recuperado a curto ou médio

prazo;

Investimento em contratação de colaboradores e treinamento;

Portanto, com base nas informações acima, fica fácil identificar na Dose Unitária, um

modelo eficaz e capaz de trazer algumas vantagens ao hospital, entretanto, ratificando o que já

fora dito, há a necessidade de planejamento e do preenchimento de pré-requisitos, sem os

quais fica impossível a introdução da dose unitária.

Farmácias Satélites

Para atender uma grande demanda que há em um hospital, e não sobrecarregar apenas

a Farmácia Central, foram criadas as Farmácias Satélites, que é uma farmácia hospitalar

localizada dentro de setores críticos do hospital tais como centro cirúrgico e unidade de

terapia intensiva. Os principais objetivos destas farmácias são armazenar adequadamente

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produtos farmacêuticos para manter sua qualidade e integridade além de fornecer

medicamentos e materiais de uma forma que o paciente seja prontamente atendido. Foi um

grande salto para otimizar os atendimentos, sendo assim, a acessibilidade dos Técnicos em

Enfermagem, Médicos e Enfermeiros ficou melhor, porque os setores considerados mais

críticos, ou seja, que precisa de mais atenção, começaram a ter as farmácias satélites

exclusivas para esses setores.

Farmácia Satélite do Centro Cirúrgico

A farmácia satélite do centro cirúrgico do Instituto de Neurologia de Curitiba funciona

24 horas com atendimento exclusivo aos pacientes em procedimentos cirúrgicos. Está

localizada no coração do centro cirúrgico proporcionando aos pacientes uma rápida

dispensação de medicamentos e materiais e disponibilidade com fácil acesso a tudo que for

preciso para a realização do procedimento. A segurança é oferecida através do código de

barras, o qual nos permite rastrear todos os medicamentos e materiais utilizados nos pacientes

durante o procedimento cirúrgico e recuperação pós-anestésica.

Farmácia Satélite da UTI

Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é o local onde os pacientes se encontram sob

cuidados intensivos de médicos e equipe de enfermagem. Para suprir as necessidades destes

pacientes, é fundamental ter uma farmácia satélite na UTI funcionando 24 horas. A farmácia

satélite da UTI do Instituto de Neurologia de Curitiba oferece atendimento exclusivo aos

pacientes desta unidade, fornecendo medicamentos e materiais de forma ágil e segura.

Farmácia Central

Esta farmácia destina-se ao armazenamento e à dispensação de medicamentos e

materiais para os pacientes internados nas unidades. Nosso foco principal é oferecer uma

terapia medicamentosa eficaz e segura. Para isso, seguimos uma criteriosa seleção dos nossos

fornecedores e produtos farmacêuticos além de um rigoroso fluxo interno de organização e

dispensação. O código de barras nos oferece uma segurança adicional pela possibilidade de

rastreabilidade de todos os medicamentos que o paciente fez uso durante o seu internamento.

Em uma unidade de saúde hospitalar, a farmácia central e as farmácias satélites têm

funções fundamentais para o funcionamento de vários processos que na maioria das vezes

estão interligados. A assistência dada a equipe de enfermagem e médica serve de base para a

realização dos trabalhos envolvendo medicação, materiais hospitalares e no caso das

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farmácias anexadas ao Centro Cirúrgico e Pronto Atendimento, produtos ortopédicos e

medicamentos em geral.

Essa assistência só é eficaz se a atuação da equipe de farmácia esta em bom

nivelamento de conhecimento específico, organização é  e empatia, este último não menos

importante já que se colocar na situação do colega é ponto principal para a resolução de

problemas. O conhecimento especifico é primordial e rege a possibilidade de ter sempre

certeza do que será feito, lembrando que há um envolvimento diário com crianças, idosos,

recém-nascidos e gestantes que exigem mais atenção. O profissional farmacêutico atua como

responsável e deve agir sempre como sentinela em volta dos processos pré-estabelecidos e

tem dever de informa-los para a gestão as possíveis falhas e fim de evita-los, provando assim

a necessidade do envolvimento do farmacêutico nos processos hospitalares o que já e visto

com ênfase na maioria das unidades.

C.A.F ( Central de Abastecimento Farmacêutica)

As principais funções de uma central de abastecimento farmacêutico (almoxarifado de

especialidades farmacêuticas) são: receber, armazenar (estocar), controlar o estoque e

distribuir os medicamentos e materiais para as farmácias do hospital. Após o recebimento,

todos os produtos farmacêuticos são identificados com códigos de barras, visando garantir a

rastreabilidade por lote e validade. Critérios internos de armazenamento são seguidos para

preservar a qualidade dos medicamentos e materiais adquiridos.

São responsabilidades dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares

:• A gestão (selecção, aquisição, armazenamento e distribuição) do

medicamento;

• A gestão de outros produtos farmacêuticos (dispositivos médicos,

reagentes, etc.);

• São os principais responsáveis pela implementação e monitorização da

política de medicamentos, definida no Formulário Hospitalar Nacional

de Medicamentos e pela Comissão de Farmácia e Terapêutica;

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• A gestão dos medicamentos experimentais e dos dispositivos utiliza-

dos para a sua administração, bem como os demais medicamentos

já autorizados, eventualmente necessários ou complementares à rea-

lização dos ensaios;

• A gestão da segunda maior rubrica do orçamento dos hospitais.

São funções dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares , entre outras:

1 A selecção e aquisição de medicamentos, produtos farmacêuticos

e dispositivos médicos;

2. O aprovisionamento, armazenamento e distribuição dos medica-

mentos experimentais e os dispositivos utilizados para a sua admi-

nistração, bem como os demais medicamentos já autorizados,

eventualmente necessários ou complementares à realização dos

ensaios clínicos;

3. A produção de medicamentos;

4. A análise de matérias primas e produtos acabados;

5. A distribuição de medicamentos e outros produtos de saúde;

6. A participação em Comissões Técnicas (Farmácia e Terapêutica,

Infecção Hospitalar, Higiene e outras);

7. A Farmácia Clínica, Farmacocinética, Farmacovigilância e a presta-

ção de Cuidados Farmacêuticos;

8. A colaboração na elaboração de protocolos terapêuticos;

9. A participação nos Ensaios Clínicos;

10. A colaboração na prescrição de Nutrição Parentérica e sua prepa-

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ração;

11. A Informação de Medicamentos;

12. O desenvolvimento de acções de formação.

Recursos humanos

Os recursos humanos são a base essencial dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares,

pelo que a dotação destes Serviços em meios humanos adequados, quer em número, quer em

qualidade, assume especial relevo no contexto da reorganização da Farmácia Hospitalar.

Embora os normativos técnicos da farmácia hospitalar referenciem um rácio para a

determinação de um número mínimo indispensável ao correto funcionamento dos Serviços

Farmacêutico, a existência de um estudo que considere a natureza e as exigências das funções

naqueles Serviços é imprescindível à definição e ao dimensionamento do quadro de pessoal e

à sua gestão no futuro.

O Manual da Farmácia Hospitalar indica, para cada área funcional, o número

mínimo de recursos humanos indispensável ao correto funcionamento dos Serviços

Farmacêuticos Hospitalares, nomeadamente farmacêuticos, técnicos de diagnóstico e

terapêutica, administrativos e auxiliares de ação médica

Pretende-se assim identificar um quadro de referência da distribuição de recursos

humanos pelas várias áreas de atividade dos Serviços Farmacêuticos Hospitalares,

sublinhando-se no entanto, que tal instrumento não dispensa, naturalmente, o recurso a outros

indicadores e critérios complementares de planeamento e avaliação de necessidades de

pessoal.

Para melhor compreensão do quadro, esclarece-se que o exercício de determinada

atividade a tempo parcial (TP), por parte do farmacêutico ou do técnico de diagnóstico de

farmácia, significa que estes técnicos podem não estar exclusivamente afetos a uma

atividade, podendo executar também outras. É o que se verifica, por exemplo, no caso do

farmacêutico que tem a seu cargo a seleção e aquisição de medicamentos, que pode exercer

outras atividades se o volume de aquisições não justificar a dedicação exclusiva a essa função.

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