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27dez2016 Federação Portuguesa de Orientação-FPO REGULAMENTO DE COMPETIÇÕES Provas do Calendário FPO Fundada em 19 de dezembro de 1990 Estatuto de Utilidade Pública Desportiva. Despacho 62/95. Diário da República n.º 244, de 21.10.1995 Estatuto de Utilidade Pública. Despacho 4861/2012. Diário da República n.º 70, de 09.04.2012 Estrada da Vieira, n.º 4 - Bairro Florestal - Pedreanes - 2430-401 MARINHA GRANDE Tel.: (+351) 244.575.074 * Tlm.: (+351) 919.919.801 / (+351) 912.162.662 * [email protected] * www.fpo.pt

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27dez2016

Federação Portuguesa de Orientação-FPO

REGULAMENTO DE COMPETIÇÕES

Provas do Calendário FPO

Fundada em 19 de dezembro de 1990 Estatuto de Utilidade Pública Desportiva. Despacho 62/95. Diário da República n.º 244, de 21.10.1995

Estatuto de Utilidade Pública. Despacho 4861/2012. Diário da República n.º 70, de 09.04.2012

Estrada da Vieira, n.º 4 - Bairro Florestal - Pedreanes - 2430-401 MARINHA GRANDE Tel.: (+351) 244.575.074 * Tlm.: (+351) 919.919.801 / (+351) 912.162.662 * [email protected] * www.fpo.pt

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Preâmbulo

O Regulamento de Competições (RC) é um documento evolutivo, na pretendida

estabilidade, e esta versão resulta de um esforço coordenado de sistematização e de

eliminação de duplicações e conflitos, bem como de simplificação, que visou obter regras

claras e facilmente compreensíveis por todos e é mais um passo no sentido da reformulação

dos regulamentos da FPO.

A partir da época subsequente, de 2018, a presente Direção procurará implementar ideias

inovadoras para a melhoria das condições de praticabilidade da modalidade, balizadas pelo

princípio de controlo das despesas ajustado à sua realidade financeira e à realidade social e

financeira que atinge toda a população.

Porém, considerando a escassez de tempo para ponderar algumas das ideias sobre

alteração aos quadros competitivos e - mais importante ainda - auscultação dos diversos

agentes da modalidade, decidimos manter a precedente estrutura regulamentar para a

próxima época, com ajustes pontuais na generalidade e ligeiras alterações na disciplina

BTT.

Como principais ajustes/alterações nesta versão temos:

a) Clarificação relativa à:

i. Transferência de atletas, em benefício dos clubes (artº 4º n.º 8);

ii. Retirada do mapa de prova do cesto nas partidas, na disciplina BTT (artº 18º nº

11);

iii. Utilização do cartão eletrónico (SIAC) no sistema SPORTident AIR+ na

passagem junto à estação do posto de controlo (artº 58 nº 2);

iv. Pontos de abastecimento na disciplina de Ori-Trail/Rogaine (artº 142 e 146).

b) No capítulo II Quadros Competitivos de Orientação em BTT (O-BTT) foram feitas as

alterações/ajustes seguintes:

i. Inclusão de Escalão de Formação nos Percursos Abertos (artº 54 nº 2);

ii. Aumento do tempo máximo de prova na distância longa (artº 55);

iii. Alteração das escalas dos mapas na disciplina BTT (artº 56);

iv. Alteração nas classificações de atletas nas Provas da Taça de Portugal (artº

59), Campeonato Nacional Absoluto (artº 75) e Ranking Individual FPO (artº

78);

v. Desqualificação de atleta que abandone a bicicleta para controlar um posto

de controlo (artº 67);

4

vi. Campeonato Nacional de Sprint discutido em 1 (um) ou 2 (dois) percursos

(artº 69).

c) No Anexo II - Suporte técnico a Orientação Pedestre e BTT foi acrescentado:

i. Regulamento técnico-pedagógico Orientação BTT - Formação;

ii. Tabela de tempos recomendados para orientação em BTT.

Não obstante o exposto, no decurso da primeira metade da presente época, fomentaremos

a apresentação, análise e discussão pública de propostas de alteração ao RC 2018, em

particular matérias referentes a Código de ética e fair play, dignificação das cerimónias de

entrega de prémios e respeito pelos parceiros organizadores, condições materiais das

provas, percursos abertos e o Campeonato Nacional Absoluto. Não deixando de ser um

verdadeiro e agradável epílogo da época desportiva, esta prova não deixa de ser aquela que

mais crítica mereceu da parte daqueles que contribuíram para a realização e discussão

deste documento, a quem fica registado o nosso agradecimento.

A Direção da FPO

5

Índice

Conteúdo Preâmbulo ................................................................................................................................. 3

Índice ......................................................................................................................................... 5

Título I - Âmbito Geral .............................................................................................................. 13

Capítulo I - Calendário FPO ................................................................................................. 13

Artigo 1.º - Âmbito ............................................................................................................. 13

Artigo 2.º - Tipos de provas ............................................................................................... 13

Artigo 3.º - Composição do Calendário FPO ..................................................................... 13

Capítulo II - Inscrição de atletas na FPO e em provas .......................................................... 13

Artigo 4.º - Inscrição, renovação e transferência de atletas ............................................... 13

Artigo 5.º - Inscrição e participação de atletas estrangeiros .............................................. 14

Artigo 6.º - Condições gerais para inscrição nas provas ................................................... 15

Artigo 7.º - Exame médico-desportivo e seguro desportivo ............................................... 15

Artigo 8.º - Prazos para inscrição nas provas .................................................................... 16

Artigo 9.º - Taxas de inscrição .......................................................................................... 16

Artigo 10.º - Seguros ......................................................................................................... 16

Capítulo III - Controlo da qualidade e regularidade das provas ............................................ 17

Artigo 11.º - Âmbito ........................................................................................................... 17

Artigo 12.º - Controlo prévio .............................................................................................. 17

Artigo 13.º - Controlo da regularidade da prova ................................................................ 18

Artigo 14.º - Controlo posterior da qualidade da prova ...................................................... 18

Capítulo IV - Divulgação e Visibilidade ................................................................................. 18

Artigo 15.º - Patrocínios, publicidade e responsabilidade social ........................................ 18

Artigo 16.º - Divulgação dos eventos ................................................................................ 19

Artigo 17.º - Divulgação de resultados .............................................................................. 19

Capítulo V - Ética e fair play ................................................................................................. 20

Artigo 18.º - Código de ética e fair play ............................................................................. 20

Capítulo VI - Disposições finais e transitórias ....................................................................... 21

6

Artigo 19.º - Conflitos de normas ...................................................................................... 21

Artigo 20.º - Casos omissos .............................................................................................. 21

Título II - Quadros Competitivos de Orientação Pedestre (O-Ped) ........................................... 21

Capítulo I - Normas gerais .................................................................................................... 21

Artigo 21.º - Escalões e categorias de competição ........................................................... 21

Artigo 22.º - Formatos de competição e tipos de percursos .............................................. 22

Artigo 23.º - Características dos percursos ....................................................................... 23

Artigo 24.º - Percursos abertos ......................................................................................... 23

Artigo 25.º - Tempo máximo da prova ............................................................................... 24

Artigo 26.º- Mapas ............................................................................................................ 24

Artigo 27.º - Condições materiais das provas .................................................................... 24

Artigo 28.º - Sistema de controlo e cronometragem das provas ........................................ 25

Artigo 29.º - Classificação dos atletas ............................................................................... 25

Artigo 30.º - Classificação dos clubes ............................................................................... 26

Artigo 31.º - Cerimónias de entrega de prémios ................................................................ 26

Artigo 32.º - Prémios ......................................................................................................... 27

Capítulo II - Normas aplicáveis aos atletas ........................................................................... 27

Artigo 33.º - Navegação .................................................................................................... 27

Artigo 34.º - Partida fora da hora atribuída ........................................................................ 27

Artigo 35.º - Obrigações gerais dos atletas ....................................................................... 28

Artigo 36.º - Desclassificação ............................................................................................ 28

Artigo 37.º - Participação nas Elites .................................................................................. 29

Capítulo III - Campeonatos Nacionais e Eventos Internacionais da Taça de Portugal .................. 29

Artigo 38.º - Campeonatos Nacionais de Distância Longa, Distância Média e Sprint ........ 29

Artigo 39.º - Campeonato Nacional de Estafetas .............................................................. 30

Artigo 40.º - Campeonato Nacional Absoluto .................................................................... 30

Artigo 41.º - Campeonato Ibérico ...................................................................................... 31

Artigo 42.º - Portugal ’O’ Meeting e outros eventos a contar para o Ranking Mundial ....... 32

Capítulo IV - Taça de Portugal ............................................................................................. 32

Artigo 43.º - Provas da Taça de Portugal .......................................................................... 32

7

Artigo 44.º - Classificações individuais e coletivas ............................................................ 32

Capítulo V - Circuitos Nacionais ........................................................................................... 33

Artigo 45.º - Circuito Nacional Urbano ............................................................................... 33

Artigo 46.º - Circuito Nacional de Estafetas ....................................................................... 34

Capítulo VI - Provas Locais .................................................................................................. 35

Artigo 47.º - Condições gerais das Provas Locais ............................................................. 35

Artigo 48.º - Formato ......................................................................................................... 35

Capítulo VII - Rankings FPO ................................................................................................ 36

Artigo 49.º - Ranking Individual FPO ................................................................................. 36

Artigo 50.º - Ranking de Clubes FPO ................................................................................ 37

Título III - Quadros Competitivos de Orientação em BTT (O-BTT) ........................................... 37

Capítulo I - Normas gerais .................................................................................................... 37

Artigo 51.º - Escalões e categorias de competição ........................................................... 37

Artigo 52.º - Formatos de competição e tipos de percursos .............................................. 38

Artigo 53.º - Características dos percursos ....................................................................... 38

Artigo 54.º - Percursos abertos ......................................................................................... 39

Artigo 55.º - Tempo máximo da prova ............................................................................... 39

Artigo 56.º- Mapas ............................................................................................................ 40

Artigo 57.º - Condições materiais das provas .................................................................... 40

Artigo 58.º - Sistema de controlo e cronometragem das provas ........................................ 41

Artigo 59.º - Classificação dos atletas ............................................................................... 41

Artigo 60.º - Classificação dos clubes ............................................................................... 42

Artigo 61.º - Cerimónias de entrega de prémios ................................................................ 42

Artigo 62.º - Prémios ......................................................................................................... 42

Capítulo II - Normas aplicáveis aos atletas ........................................................................... 43

Artigo 63.º - Navegação .................................................................................................... 43

Artigo 64.º - Partida fora da hora atribuída ........................................................................ 43

Artigo 65.º - Obrigações gerais dos atletas ....................................................................... 43

Artigo 66.º - Normas especiais .......................................................................................... 44

Artigo 67.º - Desclassificação ............................................................................................ 44

8

Artigo 68.º - Participação nas Elites .................................................................................. 45

Capítulo III - Campeonatos Nacionais e Eventos Internacionais da Taça de Portugal .................. 45

Artigo 69.º - Campeonatos Nacionais de Distância Longa, Distância Média e Sprint ........ 45

Artigo 70.º - Campeonato Nacional de Estafetas .............................................................. 45

Artigo 71.º - Campeonato Nacional Absoluto .................................................................... 46

Artigo 72.º - Campeonato Ibérico ...................................................................................... 47

Artigo 73.º - Eventos a contar para o Ranking Mundial ..................................................... 47

Capítulo IV - Taça de Portugal ............................................................................................. 48

Artigo 74.º - Provas da Taça de Portugal .......................................................................... 48

Artigo 75.º - Classificações individuais e coletivas ............................................................ 48

Capítulo V - Provas Locais ................................................................................................... 49

Artigo 76.º - Condições gerais das Provas Locais ............................................................. 49

Artigo 77.º - Formato ......................................................................................................... 49

Capítulo VI - Rankings FPO ................................................................................................. 50

Artigo 78.º - Ranking Individual FPO ................................................................................. 50

Artigo 79.º - Ranking de Clubes FPO ................................................................................ 51

Título IV - Quadros Competitivos de Orientação de Precisão (O-Prec) .................................... 51

Artigo 80.º - Definição ....................................................................................................... 51

Artigo 81.º - Disposições Gerais ....................................................................................... 53

Artigo 82.º - Classes ......................................................................................................... 53

Artigo 83.º - Assistência .................................................................................................... 54

Artigo 84.º - Custos ........................................................................................................... 54

Artigo 85.º - Informações acerca do evento ...................................................................... 54

Artigo 86.º - Treino e Model Event .................................................................................... 55

Artigo 87.º - Ordem das Partidas....................................................................................... 55

Artigo 88.º - Reunião de Responsáveis de Equipa ............................................................ 56

Artigo 89.º - Terreno.......................................................................................................... 56

Artigo 90.º - Mapas ........................................................................................................... 57

Artigo 91.º - Percursos ...................................................................................................... 57

Artigo 92.º - Pontos Cronometrados .................................................................................. 58

9

Artigo 93.º - Áreas e trilhos interditos ................................................................................ 59

Artigo 94.º - Sinalética ....................................................................................................... 59

Artigo 95.º - Disposição e estrutura dos pontos de controlo .............................................. 60

Artigo 96.º - Cartão de controlo e picotagem ..................................................................... 60

Artigo 97.º - Equipamento ................................................................................................. 61

Artigo 98.º - Partidas ......................................................................................................... 62

Artigo 99.º - Resultados .................................................................................................... 63

Artigo 100.º - Rankings ..................................................................................................... 64

Artigo 101.º - Prémios ....................................................................................................... 65

Artigo 102.º - Fair Play ...................................................................................................... 66

Artigo 103.º - Reclamações............................................................................................... 67

Artigo 104.º - Protestos ..................................................................................................... 67

Artigo 105.º - Júri do evento .............................................................................................. 68

Artigo 106.º - Supervisão do evento .................................................................................. 68

Artigo 107.º - Relatório do evento ..................................................................................... 69

Artigo 108.º - Publicidade e patrocínios............................................................................. 69

Artigo 109.º - Comunicação e Imagem .............................................................................. 69

Artigo 110.º - Documentos anexos .................................................................................... 70

Artigo 111.º - Documentação relacionada ......................................................................... 70

Título V - Quadros Competitivos de Corridas de Aventura (CA) ............................................... 71

Capítulo I - Introdução .......................................................................................................... 71

Artigo 112.º - Apresentação da disciplina de Corridas de Aventura ................................... 71

Capítulo II - Descrição dos eventos ...................................................................................... 71

Artigo 113.º - Quanto à duração ........................................................................................ 71

Artigo 114.º - Etapas ......................................................................................................... 72

Artigo 115.º - Equipas e Escalões ..................................................................................... 73

Artigo 116.º - Inscrições .................................................................................................... 73

Artigo 117.º - Assistência às equipas ................................................................................ 74

Artigo 118.º - Sistemas de controlo. .................................................................................. 74

Artigo 119.º - Postos de controlo (CP’s). ........................................................................... 75

10

Artigo 120.º - Pontos de partida e chegada. ...................................................................... 76

Artigo 121.º - Desistências de etapa, abandono da prova ou situações de acidente. ........ 76

Artigo 122.º - Meios de navegação e comunicações. ........................................................ 77

Artigo 123.º - Bonificações e Penalizações ....................................................................... 77

Capítulo III - Equipamento .................................................................................................... 78

Artigo 124.º - Equipamento fornecido pela organização .................................................... 78

Artigo 125.º - Equipamento obrigatório da equipa, a utilizar conforme indicações do RaidBook 78

Artigo 126.º - Equipamento recomendado ......................................................................... 79

Capítulo IV - Classificação e Prémios nas provas ................................................................ 79

Artigo 127.º - Classificações ............................................................................................. 79

Artigo 128.º - Reclamações e Recursos ............................................................................ 79

Artigo 129.º - Supervisor e Júri Técnico ............................................................................ 80

Artigo 130.º - Rankings da Taça de Portugal de Corridas Aventura .................................. 80

Artigo 131.º - Prémios do Ranking .................................................................................... 81

Capítulo V - Patrocínios e Media .......................................................................................... 81

Artigo 132.º - Patrocínios .................................................................................................. 81

Artigo 133.º - Media .......................................................................................................... 82

Capítulo VI - Controlo Anti Doping ........................................................................................ 82

Artigo 134.º - Controlo Anti Doping ................................................................................... 82

Capítulo VII - Campeonato Nacional .................................................................................... 82

Artigo 135.º - Campeonato Nacional ................................................................................. 82

Capítulo VIII - Campeonato Ibérico de Corridas de Aventura ............................................... 82

Artigo 136.º - Campeonato Ibérico .................................................................................... 82

Título VI - Quadros Competitivos de Ori-Trail / Rogaine ........................................................... 83

Capítulo I - Normas gerais .................................................................................................... 83

Artigo 137.º - Definição ..................................................................................................... 83

Artigo 138.º - Organização e participação ......................................................................... 83

Artigo 139.º - Escalões de competição .............................................................................. 83

Artigo 140.º - Controlos ..................................................................................................... 84

Artigo 141.º- Mapas .......................................................................................................... 84

11

Artigo 142.º - Condições materiais das provas .................................................................. 85

Artigo 143.º - Sistema de controlo e cronometragem das provas ...................................... 85

Artigo 144.º - Material obrigatório ...................................................................................... 86

Artigo 145.º - Telefone móvel ............................................................................................ 86

Artigo 146.º - Abastecimentos ........................................................................................... 86

Artigo 147.º - Equipas ....................................................................................................... 87

Artigo 148.º - Partidas ....................................................................................................... 87

Artigo 149.º - Chegadas .................................................................................................... 87

Artigo 150.º - Segurança ................................................................................................... 87

Artigo 151.º - Socorro ........................................................................................................ 88

Artigo 152.º - Seguros e responsabilidades ...................................................................... 88

Artigo 153.º - Supervisor e Júri Técnico ............................................................................ 88

Artigo 154.º - Classificações ............................................................................................. 88

Artigo 155.º - Rankings ..................................................................................................... 89

Artigo 156.º - Prémios ....................................................................................................... 89

Artigo 157.º - Inscrições .................................................................................................... 89

Anexos ao Regulamento de Competições ............................................................................... 90

Anexo I - Taxas para Época ..................................................................................................... 91

1. Taxas de inscrição na FPO .............................................................................................. 91

2. Taxas máximas de inscrição por percurso (Pedestre e BTT) ............................................ 91

3. Taxas de inscrição nas provas de Orientação de Precisão ............................................... 92

4. Taxas de inscrição nas provas de Ori-Trail / Rogaine ....................................................... 92

5. Taxas de inscrição nas provas de Corridas de Aventura .................................................. 92

6. Seguro Desportivo ............................................................................................................ 92

7. Aluguer do SICard (cartão SPORTident) .......................................................................... 93

Anexo II - Suporte técnico à Orientação Pedestre e à Orientação em BTT .............................. 94

1. Tabela de tempos recomendados para Orientação Pedestre ........................................... 94

2. Tabela de tempos recomendados para orientação em BTT ............................................. 95

3. Regulamento técnico-pedagógico Orientação Pedestre - H/D10 e H/D12 ........................ 95

4. Regulamento técnico-pedagógico Orientação em BTT - Formação .................................. 96

12

5. Tabela de distância em função do Desnível para Orientação em BTT (orientativo) .................. 96

6. Tabela de apoio às organizações de BTT ........................................................................ 97

Anexo III - Orientação de Precisão ........................................................................................... 99

1. Modelo de cartão de controlo ........................................................................................... 99

2. Modelo de tabela de classificação .................................................................................. 100

Anexo IV - Fórmula de cálculo do Ranking da TP Corridas de Aventura ................................ 101

13

Título I - Âmbito Geral

Capítulo I - Calendário FPO

Artigo 1.º - Âmbito

O presente Regulamento de Competições aplica-se a todas as provas inscritas no

Calendário da FPO, com exceção das provas de Subsistemas.

Artigo 2.º - Tipos de provas

1. Podem ser inscritos no Calendário da FPO, os seguintes tipos de provas:

a) Provas da Taça de Portugal;

b) Provas dos Circuitos Nacionais;

c) Provas Locais;

d) Provas de Subsistemas, por exemplo, provas de Desporto Escolar, Campeonatos

Militares e Campeonatos Universitários.

e) Provas de seleções organizadas pela FPO ou em que participem seleções nacionais

2. As provas da Taça de Portugal contam para o Ranking Individual e para o Ranking de

Clubes de acordo com a ponderação que lhes é atribuída nos artigos respetivos.

3. As provas Locais e as provas de Subsistemas não pontuam para o Ranking Individual da

Taça de Portugal nem para o respetivo Ranking de Clubes.

Artigo 3.º - Composição do Calendário FPO

1. O Calendário FPO será composto por um número variável de provas dos vários tipos,

propostas pelos clubes e restantes parceiros e validadas pela Direção da FPO.

2. As datas das provas serão fixadas pela FPO em articulação com os clubes, de acordo

com processos de candidaturas a definir anualmente pela Direção da FPO.

3. O calendário FPO é constituído pelas provas que constam do calendário publicado no

sítio oficial da FPO.

Capítulo II - Inscrição de atletas na FPO e em provas

Artigo 4.º - Inscrição, renovação e transferência de atletas

1. Os agentes da modalidade podem inscrever-se na FPO por intermédio de um clube ou a

título individual.

2 São admitidos os seguintes tipos de inscrição na FPO:

a) Praticante;

b) Outros agentes desportivos (treinador, dirigente, supervisor, cartógrafo e traçador de

percursos)

14

3. A primeira inscrição de um agente da modalidade na FPO faz-se mediante entrega da

correspondente ficha de inscrição, devidamente preenchida, cópia do bilhete de

identidade/cartão de cidadão/passaporte, cópia do NIF, fotografia1, e pagamento das

taxas definidas no Anexo I (taxa de inscrição e taxa do seguro de acidentes pessoais),

podendo ser efetuada em qualquer altura. A inscrição como praticante está ainda

condicionada à apresentação dum Exame Médico-Desportivo (EMD) válido.

4. A renovação das inscrições para a época seguinte deve ser feita preferencialmente no

mês de dezembro do ano anterior, mediante entrega da correspondente ficha de

renovação devidamente preenchida ou por registo online no sistema OriOásis e

pagamento das taxas de inscrição e seguro de acidentes pessoais. A renovação como

praticante só pode ser feita se o EMD do atleta estiver válido.

5. Um atleta para estar corretamente filiado tem de ter a sua inscrição atualizada na época

desportiva bem como o seu EMD válido, sendo que no caso de não cumprir qualquer uma

destas condições o atleta é enquadrado para efeitos de aplicação de taxas em “restantes

praticantes” (em termos da participação em escalões de competição é-lhe permitida a

participação como extra competição).

6. A transferência de atletas entre clubes só é permitida antes de o atleta participar numa

competição da Taça de Portugal, nessa época desportiva. Um atleta só pode representar

um clube em Portugal na mesma época desportiva.

7. Um praticante inscrito a título individual pode solicitar em qualquer momento a sua

passagem a atleta inscrito através dum clube.

8. Um praticante inscrito através dum clube pode solicitar em qualquer momento a sua

passagem a atleta a título individual. No caso de não haver consentimento da parte do

clube, o atleta deve devolver àquele o valor da sua inscrição e pagar nova taxa de

reinscrição, reduzida a 50% do valor.

9. A inscrição dum agente que não renovou a sua inscrição na FPO por mais de cinco anos

consecutivos considera-se uma primeira inscrição. A recuperação do antigo número de

federado está sujeita ao pagamento da taxa fixada no Anexo I relativa a cada ano em

falta.

10. Por norma, um atleta não poderá ser inscrito na FPO e noutra Federação estrangeira.

Pedidos excecionais serão analisados pela Direção da FPO.

Artigo 5.º - Inscrição e participação de atletas estrangeiros

1. Os cidadãos estrangeiros, oriundos de países da União Europeia, podem inscrever-se na

FPO.

1 Os documentos (cópia BI/Cartão Cidadão/Passaporte, cartão de contribuinte e fotografia) podem ser

enviados por via electrónica para a FPO.

15

2. Os outros cidadãos estrangeiros residentes em Portugal e munidos dum título de

residência válido podem inscrever-se na FPO.

3. Os atletas estrangeiros inscritos na FPO podem participar em todas as provas do

calendário FPO nas mesmas condições que os atletas nacionais, sendo a sua pontuação

considerada tanto para efeitos de Ranking Individual como de Ranking de Clubes, sendo

que nos Campeonatos Nacionais, embora a sua pontuação seja considerada para os

respetivos Rankings, não são considerados para a classificação geral dos Campeonatos.

4. Os atletas inscritos em clubes estrangeiros podem participar e representar os seus clubes

em todas as provas do calendário FPO, nas mesmas condições que os atletas nacionais,

com exceção das aplicáveis aos rankings e aos Campeonatos Nacionais.

5. A participação nas Seleções Nacionais é reservada aos cidadãos nacionais.

Artigo 6.º - Condições gerais para inscrição nas provas

1. Nas provas da Taça de Portugal, só se podem inscrever em escalões de competição

atletas regularmente inscritos como praticantes.

2. As condições para inscrição nas provas locais serão definidas pelos respetivos

organizadores, mas, em princípio, devem ser de inscrição aberta, sem prejuízo das

disposições relativas à alteração do escalão etário (subida de escalão).

Artigo 7.º - Exame médico-desportivo e seguro desportivo

1. De acordo com o disposto no artigo 4.º, nenhum praticante pode inscrever-se na FPO ou

renovar a sua inscrição sem ter um exame médico-desportivo (EMD) válido.

2. Toda a tramitação relativa aos EMD deve cumprir as determinações do Despacho n.º

11318/2009, de 04 de Maio de 2009, do Gabinete do Secretário de Estado do Desporto e

Juventude, donde se releva:

a) Os exames médico-desportivos têm validade anual;

b) Caso a realização do EMD decorra fora do mês de aniversário, este caducará sempre

no último dia do mês de aniversário, tendo assim uma validade inferior a um ano.

3. Um atleta sem EMD válido que pretenda participar numa competição com a sua situação

regularizada, deverá o seu EMD dar entrada na FPO até às 18h00 do 4º dia útil anterior à

realização da prova.

4. Os praticantes de competição cujo EMD tenha perdido validade, caso pretendam

participar em escalões ou categorias de competição, só poderão fazê-lo extra competição,

sendo que a pontuação obtida não conta para a classificação da prova, nem para o

Ranking Individual ou Coletivo. A não obtenção de pontos por EMD que tenha perdido

validade aplica-se igualmente às situações previstas para os atletas que fiquem

impossibilitados de participar em percursos das provas que integram o Ranking Individual

por integrarem seleções nacionais e a organização/supervisão dos eventos.

16

Artigo 8.º - Prazos para inscrição nas provas

1. A data limite para a inscrição nas provas da Taça de Portugal nos escalões e categorias

de competição é de 12 dias antes do evento (até às 23h59 da penúltima segunda-feira

antes da data da prova), a não ser que haja indicação em contrário nas informações do

evento, acordadas previamente entre o clube organizador e a FPO.

2. A inscrição nos percursos abertos e de formação pode prolongar-se até ao dia do evento,

sem alterações no preço de inscrição, mas sujeita à disponibilidade de mapas.

3. Para os escalões e categorias de competição, os organizadores podem estabelecer

preços agravados, até um máximo de 50%, para as inscrições recebidas entre o 12.º dia

anterior e outra data limite mais curta, salvaguardando a obrigatoriedade de divulgar as

listas de partidas 3 dias antes do início do evento.

4. Os organizadores podem estabelecer condições mais favoráveis para inscrições com

maior antecedência.

5. Os prazos para inscrição em provas dos circuitos nacionais urbano, de estafetas e provas

locais serão definidos pelos respetivos organizadores.

Artigo 9.º - Taxas de inscrição

Os valores máximos de inscrição em todo o tipo de provas são os que constam do Anexo I

ao presente Regulamento.

Artigo 10.º - Seguros

1. Todos os agentes desportivos inscritos na FPO são cobertos por um seguro desportivo de

grupo, nos termos da lei em vigor e das condições gerais e especiais da apólice

publicadas no site FPO.

2. O seguro desportivo cobre os riscos de acidentes pessoais inerentes à atividade

desportiva, nomeadamente os que decorrem dos treinos, das provas desportivas e

respetivas deslocações, dentro e fora do território português, sendo que quando se trate

de situações “fora do território nacional” deve ser solicitada à companhia a extensão da

apólice para essa situação.

3. Em caso de acidente na atividade desportiva, o sinistrado terá que o comunicar aos

organizadores da prova ou à FPO, de forma a serem tratados os procedimentos

necessários para ativar a cobertura pelo seguro, devendo a ativação do seguro ocorrer

nos 8 dias seguintes ao sinistro.

4. As apólices de acidentes pessoais que abrangem os atletas participantes nos eventos são

de reembolso, pelo que o sinistrado deverá liquidar todas as despesas que lhe forem

apresentadas, pedindo os respetivos comprovativos (recibo, fatura/recibo, fatura

simplificada, etc.) em seu nome para posteriormente as apresentar - caso deseje ser

reembolsado - à companhia de seguros para ser ressarcido dos valores pagos.

17

5. Tudo o que exceder o risco coberto pelo seguro desportivo é da responsabilidade dos

filiados.

6. Ficam isentos da obrigação de aderir ao seguro desportivo os agentes desportivos que

façam prova, mediante certificado emitido por uma seguradora, de que estão abrangidos

por uma apólice que garanta um nível de cobertura igual ou superior ao mínimo

legalmente exigido para o seguro desportivo.

7. Para além dos seguros de acidentes pessoais, a FPO possui um seguro de

responsabilidade civil que abrange todas as provas do calendário FPO (exceto as provas

promovidas por outros subsistemas). O seguro cobre os riscos de danos provocados em

terceiros, ocorrido durante a preparação e realização da prova, sendo que o mesmo

apresenta uma franquia de 10% do valor do sinistro, tendo como mínimo 250,00€.

Capítulo III - Controlo da qualidade e regularidade das provas

Artigo 11.º - Âmbito

1. A obrigatoriedade de supervisão das provas aplica-se a todas as provas de Taça de

Portugal.

2. A supervisão das provas reveste-se da forma de controlo prévio, durante a prova e

posterior, através da ação do Supervisor.

3. Para além da ação do supervisor é efetuado um controlo de qualidade posterior à prova

pela Comissão de Avaliação de Provas.

4. As Provas Locais e Circuitos Nacionais, quando existentes, não estão sujeitas a controlo.

Artigo 12.º - Controlo prévio

1. Todas as Provas da Taça de Portugal têm de ser controlados previamente por um

Supervisor nomeado pelo Conselho de Arbitragem da FPO.

2. O Supervisor é responsável por fiscalizar a correta aplicação das regras deste

regulamento e demais regulamentação aplicável, nomeadamente os regulamentos IOF.

3. O Supervisor deve trabalhar em estreita colaboração com os organizadores, que lhe

devem fornecer toda a informação relevante.

4. Sem prejuízo de outras previstas no Regulamento de Controlo e Arbitragem de Provas, as

tarefas do Supervisor são:

a) Aprovar o terreno para a competição;

b) Aprovar o centro do evento;

c) Aprovar os boletins de divulgação;

d) Verificar a existência de alojamento solo duro que reúna as condições para os atletas

pernoitarem, com local de banhos adequado, sanitários na área de concentração,

eventuais transportes e estacionamento;

18

e) Aprovar o cronograma do evento;

f) Aprovar o organograma dos organizadores;

g) Aprovar a zona das partidas, das chegadas e de estacionamento;

h) Aprovar os percursos depois de verificar a sua qualidade e níveis de dificuldade;

i) Aprovar a divulgação das listas de partida;

j) Verificar o espaço disponibilizado para a comunicação social, se aplicável;

k) Verificar o espaço disponibilizado para o controlo anti doping, se aplicável;

l) Observar a correta utilização do material da FPO;

m) Garantir que a impressão dos mapas é efetuada numa gráfica homologada pela

FPO (atualmente estão homologadas as gráficas: Relgráfica, RGB Image, Página

Imaginária, Colorestudio-Artes Gráficas, Lda, e OBIGRAF-Artes Gráficas, Lda).

Artigo 13.º - Controlo da regularidade da prova

1. O controlo da regularidade da prova, que compreende as normais tarefas atribuídas a um

árbitro e é efetuado pelo Supervisor e pelo Júri Técnico.

2. Os procedimentos de controlo da regularidade da prova processam-se de acordo com o

RACP.

3. O Júri Técnico é composto por 3 membros efetivos, nomeados pelo Supervisor.

4. O recurso das decisões do Júri Técnico é submetido diretamente ao Conselho de

Arbitragem.

Artigo 14.º - Controlo posterior da qualidade da prova

1. O controlo posterior da qualidade da prova será feito por uma Comissão de Avaliação de

Provas (CAP).

2. Os relatórios da CAP são apresentados à Direção da FPO, com cópia para o supervisor e

para os organizadores da prova.

Capítulo IV - Divulgação e Visibilidade

Artigo 15.º - Patrocínios, publicidade e responsabilidade social

1. Os organizadores estão proibidos de publicitar marcas de tabaco e de bebidas alcoólicas.

2. As provas devem ser alvo de divulgação na autarquia da zona de competição e nos meios

de comunicação da região.

3. Os organizadores devem diligenciar junto dos estabelecimentos de ensino, da zona da

prova a divulgação do evento e permitir a participação de estudantes em condições

especiais (por exemplo: organizando grupos guiados) e promovendo a formação dos

professores de educação física, sempre que possível.

4. Recomenda-se que os organizadores diligenciem junto de instituições de solidariedade

social da zona da prova (por exemplo, instituições de apoio a menores, idosos ou

19

deficientes) para permitir a participação dos seus utentes na prova em condições

especiais, embora não necessariamente através da realização de percursos formais.

Artigo 16.º - Divulgação dos eventos

1. A FPO vai incrementar a divulgação dos eventos por intermédio de uma newsletter

produzida regularmente e também efetuando uma divulgação para o universo exterior à

modalidade, para o efeito os Clubes devem observar, rigorosamente, o estipulado no

contrato de atribuição de eventos no que à divulgação diz respeito e fazer chegar à FPO

com tempo a informação definida;

2. Para eventos da Taça de Portugal, os boletins de divulgação têm de ser publicados

antecipadamente na Internet e recomenda-se que pelo menos um seja publicado e

distribuído em papel de acordo com o quadro seguinte:

Antecedência

mínima

Boletim 1 Boletim 2 Boletim 3

6 a 3 meses 1 mês 3 dias

Localização Localidade Acessos

Programa Datas Horários das provas e

cerimónias Listas de Partidas

Informação

técnica

Tipo de Prova

Mapas a utilizar

Cartógrafo(s)

Áreas Embargadas

Distância linear Desnível acumulado Distância da Arena às Partidas Mapas antigos da área de prova

Informação geral

Direção da prova

Prazos e taxas de inscrição

Condições de alojamento

Locais de alojamento, banhos, “baby-siting”

Alimentação

Listagem de inscritos

Avisos

Artigo 17.º - Divulgação de resultados

1. Durante a competição, os resultados provisórios devem ser publicitados na área de

concentração com frequência, preferencialmente com intervalos não superiores a 30

minutos.

2. Os resultados da prova devem ser publicados na Internet e carregados no OriOásis até às

22h do último dia da prova, com todas as classificações detalhadas, incluindo as

classificações coletivas.

3. Sempre que possível, sugere-se que se divulguem estas mesmas classificações na

Internet e no OriOásis, online ou no final de cada dia em que se disputa cada um dos

percursos da prova.

20

Capítulo V - Ética e fair play

Artigo 18.º - Código de ética e fair play

1. As pessoas que praticam orientação devem agir com honestidade e fair play.

2. Os atletas devem mostrar respeito por todos e por cada um (atletas, organização,

técnicos, representantes das entidades presentes, jornalistas, público e habitantes da área

de competição) em todas as circunstâncias.

3. A verdade desportiva deve ser o princípio que rege a interpretação e aplicação das

normas deste e outros regulamentos por parte de atletas, organizadores e árbitros

(supervisor e júri técnico).

4. Os atletas devem portar-se dignamente na área de competição. Não devem influenciar

outros atletas, nem ajudar na navegação.

5. Nas provas individuais, os atletas devem navegar e progredir sozinhos.

6. Não é permitido receber ajuda, exceto em caso de manifesta necessidade.

7. A dopagem é proibida conforme normas em vigor (consultar Regulamento Anti Dopagem).

8. Se o local de competição não for conhecido e não for divulgado, deve ser mantido em

segredo pelos organizadores e pelos restantes intervenientes. Em todos os casos, os

percursos devem ser mantidos em absoluto segredo.

9. Qualquer tentativa de conhecer o terreno ou treinar na área de competição é proibida e

implica impedimento de participar na mesma, exceto se houver indicações dos

organizadores viabilizando o acesso à zona de competição.

10. Os organizadores não devem autorizar a participação em escalões ou categorias de

competição de quem tenha obtido vantagens competitivas ilícitas (exemplo: acesso a

mapas novos ou ficheiros de percursos antes da realização do evento). Esta participação

só poderá ocorrer extra competição.

11. Regras quanto à retirada do mapa de prova do cesto nas partidas:

a) Na disciplina de Pedestre, os atletas só o podem retirar após ouvirem o sinal sonoro

do momento da partida.

b) Na disciplina de BTT, o atleta pode retirar o mapa um minuto antes da hora de partida

atribuída

12. Depois de terminarem a competição, os atletas não devem partilhar o mapa nem outras

informações do percurso com os que ainda não partiram.

13. Depois de terminarem o percurso, os atletas estão proibidos de voltar a entrar na área

de competição, exceto se autorizados pelos organizadores.

14. Os meios de comunicação social (após autorização), o Supervisor ou elementos dos

organizadores podem estar na área de competição e próximo dos pontos de controlo,

desde que não prejudiquem ou beneficiem a prestação dos atletas.

21

15. É obrigatório o respeito pelas áreas privadas, interditas, zonas agrícolas e de cultivo,

passagens obrigatórias, e todas as indicações relacionadas dadas pelos organizadores.

16. É fundamental o respeito ambiental no local da prova (especialmente na arena pela

intensidade de utilização) e pelas populações locais.

17. É fundamental respeitar todas as normas gerais da proteção da floresta e naturalmente

não deitar nem deixar lixo na floresta ou zonas envolventes.

18. Deve ter-se uma atitude correta e educada nos lugares complementares da prova:

centro do evento, arena, solo duro, balneários, casas de banho, etc. No solo duro é

importante respeitar o descanso de todos os outros e os horários estabelecidos, bem

como deixar os espaços da mesma forma em que foram encontrados.

19. Estacionar apenas em zonas indicadas e adequadas para o efeito, seguindo as

indicações dos organizadores.

Capítulo VI - Disposições finais e transitórias

Artigo 19.º - Conflitos de normas

Em caso de conflito entre as normas do presente regulamento e as constantes noutros

regulamentos, prevalecem as primeiras.

Artigo 20.º - Casos omissos

Para os casos omissos no presente regulamento, aplica-se o previsto nos regulamentos

IOF.

Título II - Quadros Competitivos de Orientação Pedestre (O-Ped)

Capítulo I - Normas gerais

Artigo 21.º - Escalões e categorias de competição

1. Os escalões e categorias de competição são decompostos por género, como segue:

FEMININO, sendo os escalões designados pela letra D (ou W) e as categorias por F;

MASCULINO, sendo os escalões designados pela letra H (ou M) e as categorias por M.

2. As provas da Taça de Portugal realizam-se por escalões e as classificações coletivas

disputam-se por categorias, de acordo com a tabela seguinte:

Idade no final da época desportiva (31 de dezembro)

Escalão Categoria

10 e menos H/D10 Escolas M/F

11 e 12 H/D12 Infantis M/F

13 e 14 H/D14 Iniciados M/F

15 e 16 H/D16 Juvenis M/F

22

17 e 18 H/D18 Cadetes M/F

19 e 20 H/D20 Juniores M/F

21 ou mais HE/DE

Seniores M/F H/D21A

18 ou mais H/D21B

35 a 39 H/D35 Veteranos I M/F

40 a 44 H/D40

45 a 49 H/D45 Veteranos II M/F

50 a 54 H/D50

55 a 59 H/D55 Veteranos III M/F

60 a 64 H/D60

65 a 69 H65/D65

Veteranos IV M 70 a 74 H70

75 ou mais H75

3. Consideram-se, na Orientação Pedestre, escalões de formação H/D10 e H/D12, escalões

de competição secundários H/D 21A e H/D 21B e escalões de competição todos os

restantes.

4. Os atletas com idade superior a 34 anos podem inscrever-se nos escalões ou categorias

correspondentes à sua idade ou em escalões ou categorias mais jovens até H/D21

inclusive, incluindo os escalões de Elite, sem prejuízo das regras sobre o EMD.

5. Os atletas com idade igual ou inferior a 20 anos só se podem inscrever nos escalões ou

categorias correspondentes à sua idade ou imediatamente superior, sem prejuízo das

regras sobre o EMD. A exceção será nos escalões H/D21B no qual todos os atletas

enquadráveis nos escalões H/D18 poderão participar.

6. A participação nos escalões de Elite é autorizada mediante as condições definidas para

esse efeito no art.º 37.º.

7. Em provas internacionais, poderão ainda ser considerados outros escalões ou categorias,

embora as pontuações a incluir nos rankings nacionais respeitem unicamente ao escalão

de inscrição do atleta na FPO.

8. Nas provas disputadas em território espanhol, poderá haver diferenças nos escalões de

competição. A FPO divulgará antecipadamente os escalões para que se possam integrar

nos rankings, as pontuações da referida prova.

Artigo 22.º - Formatos de competição e tipos de percursos

1. As provas da Taça de Portugal podem integrar percursos individuais de sprint, distância

média e distância longa e percursos de estafetas.

2. As provas da Taça de Portugal estão obrigadas a ter percursos para todos os escalões de

competição, de formação e abertos.

3. As provas locais podem seguir formatos alternativos e inovadores como forma de

promover a diversidade da modalidade.

23

Artigo 23.º - Características dos percursos

1. As características dos percursos formais e sua elaboração devem obedecer ao que está

estabelecido no “Manual para o Traçado de Percursos”.

2. Os percursos têm de ser adaptados aos escalões a que se destinam tendo em conta a

realidade nacional dos respetivos escalões e traçados com o objetivo de serem cumpridos

pelos respetivos vencedores dentro dos tempos definidos no Anexo II.

3. Especial cuidado deve ser dados aos escalões H/D10 e 12 de acordo com o referido no

Anexo II.

Artigo 24.º - Percursos abertos

1. Os percursos abertos destinam-se a qualquer cidadão interessado em experimentar a

modalidade, a praticantes sem inscrição válida na FPO ou a quem opte por participar a

pares ou em grupo.

2. Os percursos abertos de Orientação Pedestre devem ter as seguintes características:

a) Fácil curto - distância inferior a 2,5 km e deve ser feito por recurso a caminhos ou

outros elementos lineares, óbvios para um atleta sem experiência. Não deve ter

dificuldade técnica e deve ser de reduzida exigência física, com o maior interesse

paisagístico possível e aconselhamento técnico opcional;

b) Difícil curto - Dificuldade técnica média e uma exigência física baixa.

c) Fácil longo - Dificuldade técnica baixa e dificuldade física média. Não deve ter

dificuldade técnica e deve ter o maior interesse paisagístico possível.

d) Difícil longo - Dificuldade técnica média e uma dificuldade física média/alta.

3. As competições de sprint na Taça de Portugal e no Circuito Nacional Urbano terão

apenas open fácil e open difícil.

4. A participação nos percursos abertos é livre, podendo ser realizados a pares,

individualmente ou em grupo, sem distinção de idade ou género.

5. Os organizadores devem definir uma janela horária para as partidas dos percursos

abertos e formação (H/D12 pode ter tempos de partida) e disponibilizar várias estações de

partida para evitar acumulação de atletas.

6. A inscrição de menores em escalões abertos não acompanhados por um adulto só é

permitida com a devida autorização escrita do encarregado de educação e deve ser feita

através de uma entidade ou instituição responsável, por um clube filiado na FPO ou numa

federação congénere estrangeira.

7. Recomenda-se que não seja permitida inscrição de menores de 10 anos não

acompanhados por um adulto nos escalões abertos.

24

Artigo 25.º - Tempo máximo da prova

O limite de tempo dado a um atleta para executar o seu percurso individual, sob pena de

desclassificação, exceto em circunstâncias excecionais e sujeito a decisão do Supervisor é o

seguinte:

Distância Tempo

Sprint 50min

Distância média 2h

Distância longa 3h mulheres / 4h homens

Nas estafetas o tempo limite da equipa são 4h30

Artigo 26.º- Mapas

1. Os mapas de Orientação têm de ser produzidos de acordo com as normas estabelecidas

pela IOF, nomeadamente:

a) “ISOM - International Specification for Orienteering Maps”, para provas de orientação

pedestre em floresta;

b) “ISSOM - International Specification for Sprint Orienteering Maps”, para provas de

Sprint;

2. Os mapas têm de ser obrigatoriamente realizados por cartógrafos habilitados, validados e

registados pelo Departamento de Cartografia da FPO, nos termos das normas definidas

no Regulamento de Cartografia.

3. Os mapas devem ter as seguintes escalas (qualquer desvio deverá ser previamente

autorizado):

a) Distância longa: 1/15.000

b) Distância média e Estafetas: 1/15.000 ou 1/10.000 c) Sprint: 1/5.000 ou 1/4.000

4. Para os escalões H/D14, H/D16 e iguais ou superiores a H/D45 e categorias

correspondentes, as escalas menores a utilizar são 1/10.000 podendo ser usada a escala

1/7.500 para os escalões H65/70/75 e respetiva categoria.

5. Para os escalões H/D10, H/D12 e Fácil Curto, as escalas menores a utilizar são de

1:7500, para os restantes escalões abertos a escala deve ser 1:10.000.

Artigo 27.º - Condições materiais das provas

1. Os organizadores de eventos da Taça de Portugal estão obrigados a cumprir os aspetos

constantes do Contrato de Organização de Eventos.

2. Os organizadores de eventos da Taça de Portugal estão ainda obrigados a garantir:

a) Um local de pernoita em solo duro nas provas com duração superior a um dia;

b) Sanitários na zona da concentração (vulgo “arena”);

25

c) Ambulância, gelo e primeiros socorros na área das chegadas;

d) Espaço infantil condigno e supervisionado;

e) Água na zona de partidas, na chegada e no percurso. Os abastecimentos colocados

no percurso são obrigatórios de acordo com as normas existentes. No percurso é

aconselhada a distribuição da água em copos e a presença de elemento responsável

pelo abastecimento;

f) Divulgação na área de concentração e na área de partidas, das informações

pertinentes, das informações técnicas e das listas de partidas;

g) Sistema de som nas chegadas;

h) Banhos com água quente.

3. Até 60 dias antes do seu início, entregar ao Departamento de Cartografia da FPO os

mapas a utilizar para serem validados e registados.

4. Até 30 dias antes do seu início, entregar ao Supervisor da prova os mapas a utilizar, já

validados e registados, bem como os percursos já totalmente concluídos, sem prejuízos

de eventuais ajustamentos que tenham de ser feitos posteriormente em consequência de

acontecimentos subsequentes.

5. Recomenda-se que as provas urbanas sejam disputadas em zonas sem trânsito

automóvel ou com o devido policiamento.

Artigo 28.º - Sistema de controlo e cronometragem das provas

1. Todas as Provas da Taça de Portugal e dos Circuitos Nacionais Urbano e de Estafetas

são controladas eletronicamente.

2. O atleta é responsável por efetuar corretamente o registo no seu cartão eletrónico, sendo

que, na utilização do sistema SPORTident, deve esperar o tempo necessário para obter a

confirmação.

3. Em caso de falha da unidade de registo do posto de controlo, o atleta deve validar a

presença no posto de controlo, picotando o mapa no espaço indicado para o efeito com o

picotador respetivo.

4. No caso de falha do registo no cartão eletrónico e ausência do registo picotado, o atleta é

desclassificado, mesmo que no posto de controlo (estação) haja o registo da passagem

do atleta.

5. Em caso de desaparecimento do posto de controlo (suporte, unidade de controlo

eletrónico e baliza) ou de colocação comprovadamente errada (fora do local assinalado no

mapa), o atleta deve continuar a sua prova normalmente.

Artigo 29.º - Classificação dos atletas

1. As classificações das Provas da Taça de Portugal são realizadas por pontos nos

seguintes termos:

26

a) A pontuação 100 é atribuída ao vencedor do escalão, ou ao primeiro federado

classificado desde que o vencedor seja um atleta não federado na FPO.

b) A pontuação de classificação é atribuída a todos os atletas que se classifiquem, sendo

os valores apurados para cada percurso em função da seguinte fórmula:

Pontuação = Tempo vencedor / Tempo atleta x 100

c) O valor apurado deverá sofrer o arredondamento necessário de modo a ficar apenas

com duas casas decimais.

2. No caso de se realizarem 2 ou mais percursos a classificação na prova corresponde à

soma das pontuações dos percursos que a compõem.

3. Nas situações de provas com dois ou mais percursos do mesmo tipo (por exemplo, 2

percursos de distância longa), a organização pode decidir realizar a classificação através

da soma dos tempos, devendo esta decisão ser definida no regulamento específico da

prova e divulgada nos boletins.

Artigo 30.º - Classificação dos clubes

1. As classificações dos clubes obtêm-se através da soma das pontuações ou dos tempos

dos seus atletas, de acordo com as disposições definidas (Capítulos III e IV deste Título).

2. Em casos de igualdade, vence o clube que tiver o atleta ou equipa com pontuação mais

elevada, em caso de empate no primeiro critério, o que tiver a segunda pontuação mais

elevada e assim sucessivamente.

Artigo 31.º - Cerimónias de entrega de prémios

1. Os organizadores devem proporcionar uma cerimónia de entrega de prémios com

dignidade e respeitando o protocolo.

2. Nas Provas da Taça de Portugal, a cerimónia de entrega de prémios deve ter ritmo e

dinamismo, em local apropriado (com espaço e visibilidade), e deve estruturar-se da

seguinte forma:

a) Inicia-se sempre pelos premiados dos percursos abertos e escalões de formação;

b) Depois os 3 premiados de cada escalão, chamando em simultâneo masculinos e

femininos;

c) Seguem-se, os 5 premiados de DE e os 5 premiados de HE;

d) Finalmente, os prémios coletivos;

e) Os atletas premiados que não compareçam na cerimónia da entrega de prémios

perdem direito ao mesmo.

3. Caso haja prémios atribuídos por sorteio estes devem ser realizados de forma expedita e

procurando colmatar tempos “mortos”.

4. Nos Campeonatos Nacionais as cerimónias de entrega de prémios são exclusivas. Outros

atletas a distinguir (percursos abertos, formação, e de escalões secundários devem sê-lo

antes da cerimónia dos Campeonatos Nacionais.

27

Artigo 32.º - Prémios

1. Nas Provas da Taça de Portugal deverão ser atribuídas medalhas, troféus, prémios ou

diplomas condignos com a prova, aos três primeiros classificados de todos os escalões,

com exceção das Elites, em que deverão ser atribuídas medalhas, troféus, prémios ou

diplomas aos primeiros cinco classificados. Deverão ainda ser atribuídas medalhas,

troféus, prémios ou diplomas aos clubes classificados nos três primeiros lugares.

2. Nos Campeonatos Nacionais com exclusão do Campeonato Nacional Absoluto a FPO

atribui prémios (medalhas) aos três primeiros classificados de todos os escalões de

competição e o troféu FPO ao clube Campeão de cada categoria.

3. Os percursos de escalões individuais, que contribuam para uma mesma categoria de

competição dos títulos nacionais de clubes, devem ser iguais.

4. No Campeonato Nacional Absoluto a FPO atribui a miniatura do troféu FPO aos atletas

vencedores femininos e masculinos participantes na final A, medalhas de prata aos atletas

classificados em 2º lugar em femininos e masculinos participantes na final A, medalhas de

bronze aos atletas classificados entre o 3º e o 5.º lugar em femininos e masculinos

participantes na final A e a miniatura troféu FPO aos clubes vencedores da classificação

Feminina e Masculina. Nos escalões sem atletas na final A deve a organização entregar

prémios aos 3 primeiros classificados.

5. Os prémios masculinos e femininos devem ser iguais dentro dos mesmos patamares de

competição.

6. Nos escalões H/D10 e H/D12 não podem ser atribuídos prémios por classificação,

devendo os jovens ser chamados todos ao pódio para a entrega de uma lembrança.

7. Não podem ser atribuídos prémios monetários.

Capítulo II - Normas aplicáveis aos atletas

Artigo 33.º - Navegação

1. O único meio auxiliar de orientação permitido é a bússola, sem prejuízo do disposto no

número seguinte.

2. Não é permitida a utilização de dispositivos de localização GPS, exceto os que se

destinem ao registo dos dados.

Artigo 34.º - Partida fora da hora atribuída

1. Os atletas que se apresentem na “Partida” depois da sua hora de partida, deverão partir

após a indicação dos organizadores, sujeitando-se à penalização do tempo que entretanto

decorreu.

28

2. Como norma, os organizadores devem recusar os pedidos de alteração dos tempos de

partida, exceto em casos de comprovada anormalidade e sujeito a concordância do

Supervisor.

Artigo 35.º - Obrigações gerais dos atletas

Sem prejuízo das obrigações previstas na lei e na regulamentação aplicável, os atletas têm

as seguintes obrigações:

1. Apresentar-se na Partida com o peitoral visível e devidamente colocado no corpo e

conservá-lo durante a prova;

2. Apresentar-se na Partida com o cartão eletrónico devidamente colocado e visível,

facilitando a sua conferência pelos organizadores;

3. É interdita a utilização do equipamento das seleções nacionais de orientação fora do

seu âmbito;

4. Avisar os organizadores e descarregar o seu cartão eletrónico, caso não conclua o

percurso;

5. Auxiliar qualquer atleta em caso de acidente, sempre que as circunstâncias o

justifiquem;

6. Respeitar todas as áreas balizadas, privadas e cultivadas;

7. Entregar o mapa na chegada, quando determinado pelos organizadores;

8. Comparecer na cerimónia de entrega de prémios, especialmente quando é um dos

premiados, valorizando o trabalho dos organizadores e os apoios disponibilizados

(perdendo o direito ao mesmo caso não estejam presentes na cerimónia como

referido no art.º 31).

Artigo 36.º - Desclassificação

1. Constitui motivo de desclassificação de qualquer atleta a violação grave da lei e dos

regulamentos que regem a modalidade, especialmente:

a) Ausência de registo que confirme a passagem do atleta em todos os postos de

controlo;

b) A não execução do percurso pela ordem estabelecida pelos organizadores;

c) Realizar a prova sem peitoral ou outro meio de identificação definido pelos

organizadores;

d) Perda do cartão eletrónico;

e) Chegar para além do tempo limite para a execução da prova;

f) Progredir em áreas assinaladas como privadas (símbolo 527), cultivadas (símbolo 415)

ou áreas fora de prova (símbolos 528 e 709);

g) Desrespeitar as normas gerais de proteção da floresta e do ambiente;

h) Não auxiliar outro atleta em caso de acidente;

i) Violação das normas legais sobre doping, violência e discriminação no desporto.

29

2. A desclassificação deve ser comunicada ao atleta e ao seu clube pelos organizadores ou

pela FPO assim que possível.

Artigo 37.º - Participação nas Elites

1. Só se poderão inscrever nos escalões de Elite os seguintes atletas:

a) Atletas que na época anterior tenham obtido pontuação média superior a 70% nesse

escalão;

b) Os três primeiros classificados dos escalões de competição H/D21A e os que tenham

média igual ou superior a 92 pontos;

c) Os três primeiros classificados dos escalões de competição H/D20 e os que tenham

média igual ou superior a 92 pontos;

d) Os atletas destes escalões ou outros, não contemplados pelos critérios definidos que

requeiram a promoção ao escalão de Elite e obtenham parecer favorável da Direção

Técnica Nacional.

2. Para efeitos da média prevista nas alíneas a), b) e c) do número anterior, são

considerados os 10 melhores percursos feitos pelo atleta durante a época anterior. Se o

número de percursos realizados for inferior a 10 o atleta poderá, com base em

argumentos válidos que o tenham impedido de realizar as provas, solicitar a manutenção

ou promoção ao escalão de elite, situação condicionada à obtenção de parecer favorável

da Direção Técnica Nacional.

Capítulo III - Campeonatos Nacionais e Eventos Internacionais da Taça de Portugal

Artigo 38.º - Campeonatos Nacionais de Distância Longa, Distância Média e Sprint

1. O Campeonato Nacional de Distância Longa consiste na realização de um único percurso.

2. O Campeonato Nacional de Distância Média consiste na realização de um único percurso.

3. O Campeonato Nacional de Sprint realiza-se em 1 (um) ou 2 (dois) percursos e pode ser

disputado em área urbana, parque ou floresta. Caso o campeonato se realize em

ambiente urbano, os atletas devem ser impedidos de aceder à área da competição,

devendo fazer-se uma zona de quarentena, com controlo de entrada (check in). No caso

de se realizarem dois percursos a classificação obtém-se pela soma dos tempos

realizados nos 2 percursos.

4. Os títulos individuais são atribuídos aos vencedores, em função da classificação final de

cada escalão de competição definido no ponto n.º2 do artigo 18.º, com exceção dos

escalões de formação e secundários, cujos percursos não apuram campeão, embora

contem para o ranking da Taça de Portugal. Os praticantes dos escalões secundários

podem, se assim o desejarem, inscrever-se nos percursos de Elite dos Campeonatos

Nacionais, passando a ter acesso ao título de Campeão Nacional nesse escalão.

30

5. Os títulos coletivos são apurados através da soma dos tempos dos 3 melhores atletas em

cada categoria de competição definida no ponto n.º2 do artigo 21.º e são atribuídos ao

clube vencedor.

Artigo 39.º - Campeonato Nacional de Estafetas

1. O Campeonato Nacional de Estafetas disputa-se por Clubes nas categorias referidas no

ponto n.º2 do artigo 18.º excluindo escolas e infantis.

2. As equipas serão constituídas por três praticantes, sendo pelo menos 2 de nacionalidade

portuguesa, e tendo todos a sua filiação em dia.

3. É permitido constituir equipas para disputar determinada categoria com atletas de

categorias hierarquicamente mais baixas. No entanto, ao contrário do que está definido no

ponto n.º 5 do artigo 21.º, é possível que um jovem possa ascender 2 escalões etários

para participar numa estafeta.

4. Os Clubes podem participar com mais do que uma equipa em cada categoria, mas, para a

atribuição dos prémios em disputa apenas é considerada a melhor equipa do clube.

5. Para além das estafetas correspondentes às categorias de competição, existem ainda as

“Popular Longa” e “Popular Curta” como estafetas abertas.

6. O Campeonato Nacional de Estafetas faz parte da Taça de Portugal e, não sendo uma

competição individual, conta para o Ranking de Clubes conforme definido nos nºs 4 e 5 do

art.º 44º, contando também para o Circuito Nacional de Estafetas.

Artigo 40.º - Campeonato Nacional Absoluto

1. O Campeonato Nacional Absoluto pode ser disputado por todos os atletas com a

nacionalidade portuguesa, praticantes de competição, filiados na FPO ou em federações

congéneres estrangeiras.

2. Os atletas estrangeiros podem participar na competição e, caso preencham as condições

previstas no n.º 5 (obtenção de um tempo que corresponda a 60 pontos em relação ao

melhor tempo registado no apuramento) têm acesso à final A como supranumerários. O

resultado obtido não é considerado para efeitos de Campeonato Nacional Absoluto, mas,

nos casos previstos no artigo 5.º, conta para efeitos do Ranking Individual e do Ranking

de Clubes. Os atletas estrangeiros que fiquem apurados para a final A, têm

obrigatoriamente de ser os primeiros a partir.

3. No primeiro dia realiza-se uma prova de Distância Média, pontuável para a Taça de

Portugal que servirá para apurar os finalistas (Final A). Todos os percursos de

apuramento para cada uma das finais serão semelhantes. A participação nesta prova é

idêntica à participação nas provas da Taça de Portugal.

4. No segundo dia realiza-se uma prova de Distância Média (com um incremento de 10

minutos para o tempo previsto para o vencedor) que terá 2 percursos (1 masculino e 1

feminino) designados por Final A e percursos para todos os restantes participantes,

31

organizados por escalões definidos no ponto n.º 2 do artigo 21.º tal como uma prova

normal de Taça de Portugal.

5. Têm acesso à final A os 60 atletas femininos e os 60 atletas masculinos nas condições

previstas no ponto n.º 1 deste artigo, melhor classificados na prova do primeiro dia, desde

que o seu tempo corresponda pelo menos a 60 pontos em relação ao tempo do melhor

atleta sendo a partida efetuada pela ordem inversa dos tempos obtidos. Não têm acesso à

final A atletas dos escalões de formação e H/D 14 no caso da Pedestre.

6. Em caso de empate de tempos, do 60.º classificado no apuramento, o número máximo de

atletas será aumentado em consequência.

7. O vencedor do Campeonato Nacional Absoluto será encontrado pelos resultados da Final

A e serão distinguidos os 5 primeiros atletas femininos e os 5 primeiros atletas

masculinos.

8. A classificação de clubes no Campeonato Absoluto Pedestre é efetuada em ambos os

géneros e obtém-se pela soma dos tempos dos 5 melhores atletas do clube que

participem na final A. Caso nenhum clube tenha 5 atletas na final, serão contabilizados os

tempos dos clubes com mais atletas classificados (podendo ser apenas um clube e nesse

caso sendo automaticamente o clube campeão).

9. Para efeitos da classificação coletiva, no Campeonato Absoluto, temos:

- No apuramento não se aplica qualquer fator de ponderação contando todos escalões a

100%.

- Na final os atletas que participam nos vários escalões têm a ponderação definida de

acordo com artigo 44º e os que disputam a Final A são contabilizados a 150%

(multiplicada por 1,5) e considerada no seu escalão de participação nas eliminatórias.

Esta pontuação é calculada com base na vitória de 100 pontos e não com base nos

120 pontos transpostos para o ranking individual e não há limite mínimo de 90 pontos

como no ranking individual.

10. Só devem ser premiados os primeiros classificados das finais masculina e feminina e os

primeiros classificados dos escalões que não apurem nem têm atletas com acesso à final

conforme definido no n.º 5 deste artigo.

Artigo 41.º - Campeonato Ibérico

1. O Campeonato Ibérico é disputado por género (masculino ou feminino) numa prova

realizada em território português ou espanhol, alternadamente, definindo uma os

campeões masculinos e a outra os campeões femininos.

2. A ordem de realização das provas é alternada, num ano os campeões masculinos são

definidos na prova em território português e os femininos em território espanhol invertendo

no ano seguinte.

32

3. Cada uma das duas provas é composta por uma etapa de distância longa, outra de

distância média e outra de sprint, sendo os campeões ibéricos apurados em cada

especialidade quer para os masculinos quer para os femininos.

4. Contam para a Taça de Portugal todas as etapas.

5. São apurados campeões ibéricos nos escalões de H/D16, H/D18, H/D20, H/DElite, H/D35,

H/D40, H/D45, H/D50, H/D55, H/D60 e H/D65.

6. Os Campeonatos Ibéricos têm regulamentação complementar no protocolo existente

entre a FEDO e a FPO para esse efeito.

Artigo 42.º - Portugal ’O’ Meeting e outros eventos a contar para o Ranking Mundial

1. O Portugal ’O’ Meeting e outros eventos a contar para o Ranking Mundial são integrados

nos rankings de Taça de Portugal individual e por clubes em condições idênticas aos

eventos nacionais.

2. Sempre que haja expectativa de um número de participantes superior a 80 em

determinado escalão (nomeadamente na Elite Masculina), é recomendada a segmentação

em dois escalões diferentes. No entanto e considerando que os atletas portugueses

ficarão distribuídos por dois percursos diferentes, a construção dos percursos deve

obedecer a critérios idênticos (similar à construção dos percursos de estafetas),

nomeadamente não devendo ter mais de 300 metros de diferença em percursos de

distância longa ou mais de 100m de diferença noutros percursos, o mesmo desnível e

tendo o mesmo número de pontos de controlo e utilizando pontos em elementos de

características idênticas. Esta divisão necessita do aval da IOF a ser solicitado pelo Clube

organizador.

3. Sempre que haja um número invulgar de participantes num escalão mas não haja

segmentação de percursos os percursos deverão ser preparados com métodos de

dispersão de atletas.

Capítulo IV - Taça de Portugal

Artigo 43.º - Provas da Taça de Portugal

1. As provas de âmbito nacional, que contam para a elaboração dos rankings nacionais

individuais e de clubes, designam-se por provas da Taça de Portugal.

2. Os percursos das provas que contam para os rankings da Taça de Portugal (individual e

coletivo) são constituídos pelas principais provas do quadro competitivo da FPO onde se

incluem os Campeonatos Nacionais, os Campeonatos Ibéricos, as provas pontuáveis para

o Ranking Mundial - WRE e outras provas definidas pela Direção da FPO;

Artigo 44.º - Classificações individuais e coletivas

1. As classificações individuais processam-se de acordo com o estipulado no artigo 29.º.

33

2. A classificação dos clubes obtém-se através da soma das melhores pontuações dos

respetivos atletas, nos seguintes termos:

- 7 Melhores atletas jovens (H/D14, H/D16, H/D18 e H/D20)

- 7 Melhores atletas seniores (H/D21E, HD21A, H/D21B)

- 7 Melhores atletas veteranos (escalões iguais ou superiores a H/D35);

3. A pontuação a que se refere o ponto anterior é obtida de acordo com fórmula de cálculo

da classificação dos atletas (art.º 29.º), à qual se aplicam os seguintes fatores de

ponderação:

a) As pontuações dos atletas de Elite são contabilizadas a 130% (multiplicadas por 1,3);

b) As pontuações dos atletas H/D21A são contabilizados a 100%;

c) As pontuações dos atletas Jovens são contabilizadas a 100%;

d) As pontuações dos atletas veteranos são contabilizadas a 75% (multiplicadas por

0,75);

e) As pontuações dos atletas do escalão H/D21B são contabilizadas a 50%

(multiplicadas por 0,5).

f) Na etapa de apuramento para as finais dos Campeonatos Absolutos, como todos os

percursos são equivalentes, todos os atletas têm uma ponderação de 100% sendo

portanto uma exceção ao definido nos pontos anteriores;

4. Nas provas que incluam percursos de estafetas, pontuam para a classificação coletiva as

seguintes equipas:

- 2 melhores equipas Jovens (Inic.M/F, Juv.M/F, Cad.M/F, Jun.M/F);

- 2 melhores equipas Seniores (M/F);

- 2 melhores equipas de Veteranos (Vet I M/F, Vet II M/F, Vet III M/F; Vet IV M/F)

5. As pontuações a que se refere o ponto anterior são obtidas de acordo com fórmula de

cálculo da classificação dos atletas (art.º 29.º), à qual se aplicam os seguintes fatores de

ponderação:

a) As pontuações das equipas seniores são contabilizadas a 400% (multiplicadas por 4);

b) As pontuações das equipas jovens são contabilizadas a 300% (multiplicadas por 3);

c) As pontuações das equipas veteranas são contabilizadas a 200% (multiplicada por 2).

Capítulo V - Circuitos Nacionais

Artigo 45.º - Circuito Nacional Urbano

1. O Circuito Nacional Urbano (CiNU) engloba um conjunto de eventos de um dia com

características de sprint ou distância média em ambiente urbano disputados em uma ou

duas mangas ou etapas urbanas organizadas em eventos da Taça de Portugal.

2. A estrutura de escalões de competição e formação será constituída pelas seguintes

classes:

34

Idade no final da época desportiva (31 de dezembro)

Classe Equivalência escalões TP

12 e menos Formação H/D10 e 12

≤16 H/D Juvenis H/D14 e 16

≤20 H/D Juniores H/D18 e 20

≥21 H/D Seniores H/DE, 21A e 21B

≥35 H/D Veteranos I H/D35, 40 e 45

≥50 H/D Veteranos II H/D50, 55 e 60

≥65 H/D veteranos III H/D65, 70 e 75

3. Os atletas que na filiação não indicaram o escalão pretendido no CiNU serão incluídos na

classe correspondente ao seu escalão de filiação na TP Pedestre;

4. Apenas 2 percursos abertos, um curto e outro longo;

5. A classificação de cada evento será obtida por somatório de tempos de cada manga,

mesmo que tenham características diferentes (distância média e sprint).

6. A última prova do CiNU será uma Final a realizar numa única manga de sprint. Poderá ser

realizada outra manga inicialmente mas sem carácter competitivo e servindo apenas de

preparação para a final.

7. Os apuramentos para a Final terão em conta as melhores pontuações de cada atleta em

50% dos eventos realizados (caso seja número ímpar, o arredondamento será por

defeito).

8. O sistema de pontuação em cada prova é idêntico ao das provas da Taça de Portugal

sendo o respetivo ranking individual calculado da mesma forma.

9. A Final irá ser disputada em 6 grupos etários diferentes:

a) Jovens Femininos e Jovens Masculinos - apurando os melhores 6 de D/H Juniores e os

melhores 4 de D/H Juvenis;

b) Seniores Femininos e Seniores Masculinos - entre os 10 melhores de Seniores;

c) Veteranos Femininos e Veteranos Masculinos - apurando os 6 melhores de Veteranos

I, os 3 melhores de Veteranos II e o melhor Veterano III;

d) Serão também apurados os campeões dos circuitos urbanos das Regiões Autónomas da

Madeira e dos Açores, caso estes sejam apurados, podendo cada final atingir um número

máximo de 12 participantes.

10. Os participantes da prova final que estejam fora das 6 finais a disputar irão participar em

grupos etários similares (Jovens Femininos B, Jovens Masculinos B, Seniores Femininos

B, Seniores Masculinos B, Veteranos Femininos B e Veteranos Masculinos B), para além

dos escalões abertos e do de Formação que não apuram para a final.

Artigo 46.º - Circuito Nacional de Estafetas

1. O Circuito Nacional de Estafetas (CiNE) engloba um conjunto de eventos de um dia

disputado no formato de estafetas.

35

2. O CiNE não terá nenhuma final sendo o clube vencedor de cada grupo etário, o clube que

some mais pontos em n-1 provas, sendo n o total de provas do CiNE num determinado

ano.

3. Os grupos etários que apuram os clubes campeões de estafetas são os seguintes:

- Jovens Femininos;

- Jovens Masculinos;

- Seniores Femininos;

- Seniores Masculinos;

- Veteranos Femininos;

- Veteranos Masculinos.

4. Não há qualquer obrigatoriedade de constituir equipas fixas em provas diferentes. Cada

clube pode formar as equipas livremente em cada grupo etário, pontuando em cada

evento a equipa melhor colocada em representação desse clube.

5. Os pontos serão apurados através da fórmula simples:

Pontuação = (Tempo vencedor / Tempo atleta) x 100

6. O Campeonato Nacional de Estafetas será uma das provas a contar para a pontuação

final do circuito contando da mesma forma que os outros eventos, embora agregando os

resultados das várias categorias competitivas em jovens e em veteranos, podendo originar

várias pontuações máximas nessa prova.

Capítulo VI - Provas Locais

Artigo 47.º - Condições gerais das Provas Locais

Para poderem figurar no Calendário FPO, as Provas Locais têm de preencher as condições

previstas na lei para a realização de eventos desportivos, bem como as condições

previstas nos seguintes artigos e números e/ou alíneas:

a) 10.º (seguro);

b) 15.º (patrocínios e publicidade);

c) 16.º (divulgação dos eventos), com as necessárias adaptações em função do tipo de

prova;

d) 17.º (divulgação de resultados);

e) 23.º, n.º 2 (adaptação dos percursos aos atletas a quem se destinam);

f) 24.º (características dos percursos abertos), com as necessárias adaptações em

função do tipo de prova.

Artigo 48.º - Formato

1. O formato das Provas Locais pode ser livremente definido pelos seus organizadores.

36

2. Podem ser organizadas provas ou percursos em formato tradicional ou em formato livre

em qualquer disciplina com características invulgares desde que respeitando a essência

da modalidade e com conhecimento/autorização da FPO:

Capítulo VII - Rankings FPO

Artigo 49.º - Ranking Individual FPO

1. O Ranking Individual FPO é organizado por escalões e género.

2. Em cada prova em que participem, os atletas obtêm pontuações calculadas de acordo

com a fórmula de cálculo da classificação dos atletas (art.º 29.º), sendo considerado

vencedor do percurso, o melhor atleta que esteja filiado na FPO.

3. A Final A do Campeonato Nacional Absoluto tem uma ponderação de 120% sendo que

nenhum atleta terá menos de 90 pontos valor que também é o atribuído ao vencedor de

um escalão que tenha pelo menos um atleta na final A;

4. Quando um atleta for desclassificado ou não concluir a sua prova, ser-lhe-á atribuída,

nesse percurso, pontuação igual a 10 pontos.

5. A pontuação de participação (25 pontos) será atribuída aos atletas que participem e

concluam o percurso em escalão diferente daquele em que estejam inscritos na época em

curso, nos casos de um percurso ser anulado ou em caso de terem obtido uma pontuação

real inferior a 25 pontos.

6. A pontuação efetivamente obtida será atribuída aos atletas que participem e concluam o

percurso no seu escalão de inscrição na FPO.

7. Os atletas que fiquem impossibilitados de participar em percursos das provas que

integram o Ranking Individual em virtude de estarem em representação de Portugal,

integrando Seleções Nacionais, bem como os que estiverem envolvidos na organização

ou supervisão de provas integrantes do Calendário FPO, terão nesses percursos

pontuação igual à média aritmética referida no número seguinte.

8. A média aritmética será calculada com base nas melhores pontuações obtidas nas

presenças que contribuam para a pontuação final, dividindo a soma dessas pontuações

pelo número de percursos considerados para o Ranking Individual.

9. O limite de pontuações por média aritmética, referido no n.º 7, é de quatro em todos os

casos mas não podendo ultrapassar mais de 35% das pontuações a contarem para o

Ranking.

10. Para efeitos do Ranking Individual FPO, são considerados e contabilizados 18

percursos.

11. No caso em que um atleta exceda o número de percursos indicado no ponto anterior, os

percursos excedentários não serão contabilizados, sendo excluídos sempre os piores

resultados. Nos restantes casos são considerados todos os resultados.

37

12. Um atleta que não participe em nenhum percurso não figurará no Ranking Individual

FPO.

13. Em caso de igualdade na pontuação final do Ranking Individual FPO, prevalecerá como

melhor classificado o atleta que tenha obtido o maior número de melhores resultados.

Mantendo-se o empate, considera-se a segunda melhor pontuação e assim

sucessivamente. Subsistindo ainda o empate, será melhor classificado o atleta que

obtenha o menor tempo no somatório dos tempos dos percursos em que ambos tenham

participado conjuntamente, desde que se tenham classificado.

14. Após o final de cada época desportiva são homenageados os três melhores atletas nos

vários escalões que integram os rankings. Para que um atleta seja homenageado, é

obrigatório que este obtenha pontuação igual ou superior a 50% da pontuação do

vencedor.

Artigo 50.º - Ranking de Clubes FPO

1. Para efeitos de ranking de Clubes, são considerados e contabilizados 22 percursos

calculados conforme previsto no artigo 44º, sendo que a classificação é feita com base

nos pontos que os atletas do clube têm para o seu ranking individual aplicando a

ponderação referida no artigo 44.º.

2. O Troféu FPO será atribuído ao primeiro clube da época desportiva em cada um dos

Rankings de Clubes sendo entregue diploma aos 2º e 3º classificado.

3. O Clube organizador é pontuado nas suas organizações pela média dos pontos coletivos

a apurar no final da época desportiva e num máximo de 4 etapas, mesmo que haja atletas

desse clube em competição. A média será apurada para o número de provas

complementar à pontuação final tal como é apurada para os rankings individuais.

4. Caso um clube organizador exceda os 4 percursos organizados, a pontuação que obtém

nos outros percursos que organize, será aquela que os seus atletas, participantes nesse

percurso, venham a obter.

Título III - Quadros Competitivos de Orientação em BTT (O-BTT)

Capítulo I - Normas gerais

Artigo 51.º - Escalões e categorias de competição

1. Os escalões e categorias de competição são decompostos por género, como segue:

FEMININO, sendo os escalões designados pela letra D (ou W) e as categorias por F;

MASCULINO, sendo os escalões designados pela letra H (ou M) e as categorias por M.

2. As provas da Taça de Portugal realizam-se por escalões e as classificações coletivas

disputam-se por categorias, de acordo com as tabelas seguintes:

38

Idade no final da época desportiva (a 31 de dezembro)

Escalão Categoria

15 e menos H/D15 Iniciados M/F

16 e 17 H/D17 Juvenis M/F

18, 19 e 20 H/D20 Juniores M/F

21 ou mais HE/DE

Seniores M/F H/D21A

40 a 49 H/D40 Veteranos I M/F

50 a 59 H/D50 Veteranos II M/F

60 ou mais H/D60 Veteranos III M/F

3. Consideram-se escalões secundários H/D 21A e escalões de competição todos os

restantes.

4. Os atletas com idade superior a 39 anos podem inscrever-se nos escalões ou categorias

correspondentes à sua idade ou em escalões ou categorias mais jovens até H/D21

inclusive, incluindo os escalões de Elite, sem prejuízo das regras sobre o EMD.

5. Os atletas com idade igual ou inferior a 20 anos só se podem inscrever nos escalões ou

categorias correspondentes à sua idade ou imediatamente superior, sem prejuízo das

regras sobre o EMD.

6. Em provas internacionais, poderão ainda ser considerados outros escalões ou categorias,

embora as pontuações a incluir nos rankings nacionais respeitem unicamente ao escalão

de inscrição do atleta na FPO.

7. Nas provas disputadas em território espanhol, poderá haver diferenças nos escalões de

competição. A FPO divulgará antecipadamente os escalões para que se possam integrar

nos rankings, as pontuações da referida prova.

Artigo 52.º - Formatos de competição e tipos de percursos

1. As provas da Taça de Portugal podem integrar percursos individuais de sprint, distância

média e distância longa e percursos de estafetas.

2. As provas da Taça de Portugal estão obrigadas a ter percursos para todos os escalões de

competição, de formação e abertos.

3. As provas locais podem seguir formatos alternativos e inovadores como forma de

promover a diversidade da modalidade.

Artigo 53.º - Características dos percursos

1. As características dos percursos formais e sua elaboração devem obedecer ao que está

estabelecido no “Manual para o Traçado de Percursos”.

2. Os percursos têm de ser adaptados aos escalões a que se destinam tendo em conta a

realidade nacional dos respetivos escalões e traçados com objetivo de serem cumpridos

39

pelos respetivos vencedores dentro dos tempos definidos no Anexo II, devendo existir

especial cuidado aos percursos abertos (Open e Formação)

Artigo 54.º - Percursos abertos

1. Os percursos abertos destinam-se a qualquer cidadão interessado em experimentar a

modalidade, a praticantes sem inscrição válida na FPO ou a quem opte por participar a

pares ou em grupo.

2. Os percursos abertos de Orientação em BTT devem ter as seguintes características:

a) Open Médio - não deve ter dificuldade técnica e deve ser de reduzida exigência física,

com o maior interesse paisagístico possível e aconselhamento técnico opcional;

b) Open Longo - não deve ter dificuldade técnica e uma dificuldade física média/alta;

c) Formação - não deve ter dificuldade técnica e física, sendo todos os pontos colocados

nos locais de decisão.

3. Os organizadores devem definir uma janela horária para as partidas dos percursos

abertos e disponibilizar várias estações de partida para evitar acumulação de atletas.

4. A participação nos percursos abertos é livre, podendo ser realizados a pares,

individualmente ou em grupo, sem distinção de idade ou género.

5. O Clube organizador deverá disponibilizar técnicos que estejam nas partidas para dar um

ensinamento básico acerca do mapa se o atleta assim o solicitar. Se o clube organizador

tiver capacidade para tal, pode haver um acompanhamento dos atletas que não tenham

experiência até ao 1º e 2º ponto de controlo, por exemplo.

6. A inscrição de menores em escalões abertos não acompanhados por um adulto só é

permitida com a devida autorização escrita do encarregado de educação e deve ser feita

através de uma entidade ou instituição responsável, por um clube filiado na FPO ou numa

federação congénere estrangeira.

7. Recomenda-se que não seja permitida a inscrição de menores de 10 anos não

acompanhados por um adulto nos escalões abertos.

Artigo 55.º - Tempo máximo da prova

O limite de tempo dado a um atleta para executar o seu percurso individual, sob pena de

desclassificação, exceto em circunstâncias excecionais e sujeito a decisão do Supervisor é o

seguinte:

Distância: O-BTT:

Sprint e Estafetas 1h00

Distância Média 2h00

Distância Longa 4h00

40

Artigo 56.º- Mapas

1. Os mapas de Orientação têm de ser produzidos de acordo com as normas estabelecidas

pela IOF, nomeadamente:

a) “ISSOM - International Specification for Sprint Orienteering Maps”, para provas de

Sprint;

b) “ISmtbOM - International Specification for MTB Orienteering Maps”, para provas de

Orientação em BTT.

2. Os mapas têm de ser obrigatoriamente realizados por cartógrafos habilitados, validados e

registados pelo Departamento de Cartografia da FPO, nos termos das normas definidas

no Regulamento de Cartografia.

3. Os mapas de Orientação em BTT devem ter as seguintes escalas (qualquer desvio

deverá ser previamente autorizado):

a) Distância longa: 1/15.000 (1/20.000 excecionalmente);

b) Distância média: 1/10.000 ou 1/15.000;

c) Sprint e Estafetas: 1/5.000, 1/7.500 ou 1/10.000.

Artigo 57.º - Condições materiais das provas

1. Os organizadores de eventos da Taça de Portugal estão obrigados a cumprir os aspetos

constantes do Contrato de Organização de Eventos.

2. Os organizadores de eventos da Taça de Portugal estão ainda obrigados a garantir:

a) Um local condigno de pernoita em solo duro nas provas com duração superior a um

dia;

b) Sanitários na zona da concentração (vulgo “arena”);

c) Ambulância, gelo e primeiros socorros na área das chegadas;

d) Espaço infantil condigno e supervisionado;

e) Água na zona de partidas, na chegada e no percurso. Os abastecimentos colocados

no percurso são obrigatórios de acordo com as normas existentes. No percurso é

aconselhada a distribuição da água em copos e a presença de elemento responsável

pelo abastecimento;

f) Divulgação na área de concentração e na área de partidas, das informações

pertinentes, das informações técnicas e das listas de partidas;

g) Sistema de som nas chegadas;

h) Banhos com água quente.

3. Até 60 dias antes do seu início, entregar ao Departamento de Cartografia da FPO os

mapas a utilizar para serem validados e registados.

4. Até 30 dias antes do seu início, entregar ao Supervisor da prova os mapas a utilizar, já

validados e registados, bem como os percursos já totalmente concluídos, sem prejuízos

41

de eventuais ajustamentos que tenham de ser feitos posteriormente em consequência de

acontecimentos subsequentes.

5. Recomenda-se que as provas urbanas sejam disputadas em zonas sem trânsito

automóvel ou com o devido policiamento.

Artigo 58.º - Sistema de controlo e cronometragem das provas

1. Todas as Provas da Taça de Portugal, incluindo o CN Estafetas, são controladas

eletronicamente.

2. O atleta é responsável por efetuar corretamente o registo no seu cartão electrónico:

a) Na utilização do sistema SPORTident AIR+ o atleta deverá confirmar a sua

passagem junto da estação através de sinal acústico ou luminoso no seu cartão

electrónico (SIAC).

b) Na utilização do sistema SPORTident o atleta deverá esperar o tempo necessário

para obter a confirmação na estação.

3. Em caso de falha da unidade de registo do posto de controlo ou do SIAC, o atleta deve

validar a presença no posto de controlo, picotando o mapa no espaço indicado para o

efeito com o picotador respectivo.

4. No caso de falha do registo no cartão eletrónico e ausência do registo picotado, o atleta é

desclassificado, mesmo que no posto de controlo (estação) haja o registo da passagem

do atleta.

5. Em caso de desaparecimento do posto de controlo (suporte, unidade de controlo

eletrónico e baliza) ou de colocação comprovadamente errada (fora do local assinalado no

mapa), o atleta deve continuar a sua prova normalmente.

Artigo 59.º - Classificação dos atletas

1. As classificações das Provas da Taça de Portugal são realizadas por pontos nos

seguintes termos:

a) A pontuação 100 é atribuída ao vencedor do escalão, ou ao primeiro federado

classificado desde que o vencedor seja um atleta não federado na FPO.

b) A pontuação de classificação é atribuída a todos os atletas que se classifiquem, sendo

os valores apurados para cada percurso em função da seguinte fórmula:

Pontuação = Tempo vencedor / Tempo atleta x 100

c) O valor apurado deverá sofrer o arredondamento necessário de modo a ficar apenas

com duas casas decimais.

d) Campeonato Nacional Absoluto tem a pontuação conforme descrito no Artigo 71º.

2. No caso de se realizarem 2 ou mais percursos a classificação na prova corresponde à

soma das pontuações dos percursos que a compõem.

3. Nas situações de prova com dois ou mais percursos do mesmo tipo (por exemplo, dois

percursos de distância Media), a organização pode decidir realizar a classificação através

42

da soma dos tempos, devendo essa decisão ser definida no regulamento específico da

prova e divulgada nos boletins.

Artigo 60.º - Classificação dos clubes

1. As classificações dos clubes obtêm-se através da soma das pontuações dos seus atletas,

de acordo com as disposições de cada competição (Capítulos III e IV deste Título).

2. Em casos de igualdade, vence o clube que tiver o atleta ou equipa com pontuação mais

elevada, em caso de empate no primeiro critério, o que tiver a segunda pontuação mais

elevada e assim sucessivamente.

Artigo 61.º - Cerimónias de entrega de prémios

1. Os organizadores devem proporcionar uma cerimónia de entrega de prémios com

dignidade e respeitando o protocolo.

2. Nas Provas da Taça de Portugal, a cerimónia de entrega de prémios deve ter ritmo e

dinamismo, em local apropriado (com espaço e visibilidade), e deve estruturar-se da

seguinte forma:

a) Inicia-se sempre pelos premiados dos percursos abertos.

b) Depois os 3 premiados de cada escalão, chamando em simultâneo masculinos e

femininos;

c) Seguem-se, em conjunto, os 5 premiados nas Elites masculina e feminina;

d) Finalmente, os prémios coletivos;

e) Os atletas premiados que não compareçam na cerimónia da entrega de prémios

perdem direito ao mesmo.

3. Caso haja prémios atribuídos por sorteio estes devem ser realizados de forma expedita e

procurando colmatar tempos “mortos”.

4. Nos Campeonatos Nacionais as cerimónias de entrega de prémios são exclusivas. Os

prémios dos percursos abertos devem ser entregues antes da cerimónia dos

Campeonatos Nacionais.

Artigo 62.º - Prémios

1. Nas Provas da Taça de Portugal deverão ser atribuídas medalhas, troféus ou prémios aos

três primeiros classificados de todos os escalões, com exceção das Elites, em que

deverão ser atribuídas medalhas, troféus ou prémios aos primeiros cinco classificados.

Deverão ainda ser atribuídas medalhas, troféus ou prémios aos clubes classificados nos

três primeiros lugares.

2. Nos Campeonatos Nacionais com exclusão do Campeonato Nacional Absoluto a FPO

atribui prémios (medalhas) aos três primeiros classificados de todos os escalões de

competição e o troféu FPO ao clube Campeão de cada categoria.

43

3. Os percursos de escalões individuais, que contribuam para uma mesma categoria de

competição dos títulos nacionais de clubes, devem ser iguais.

4. No Campeonato Nacional Absoluto a FPO atribui a miniatura do troféu FPO aos atletas

vencedores femininos e masculinos participantes na final A, medalhas de prata aos atletas

classificados em 2º lugar em femininos e masculinos participantes na final A, medalhas de

bronze aos atletas classificados entre o 3º e o 5.º lugar em femininos e masculinos

participantes na final A e a miniatura troféu FPO aos clubes vencedores da classificação

Feminina e Masculina.

5. Os prémios masculinos e femininos devem ser iguais dentro dos mesmos patamares de

competição.

6. Não podem ser atribuídos prémios monetários.

Capítulo II - Normas aplicáveis aos atletas

Artigo 63.º - Navegação

1. O único meio auxiliar de orientação permitido é a bússola, sem prejuízo do disposto no

número seguinte.

2. É ainda permitido o uso de ciclómetros.

3. É permitido levar GPS apenas e exclusivamente para o registo dos dados do percurso,

nunca pode ser usado como meio auxiliar de navegação, o visor deve ser tapado e o

dispositivo deve ser arrumado de maneira a que não seja possível o seu uso durante a

competição.

Artigo 64.º - Partida fora da hora atribuída

1. Os atletas que se apresentem na “Partida” depois da sua hora de partida, deverão partir

após a indicação dos organizadores, sujeitando-se à penalização do tempo que entretanto

decorreu.

2. Como norma, os organizadores devem recusar os pedidos de alteração dos tempos de

partida, exceto em casos de comprovada anormalidade e sujeito a concordância do

Supervisor.

Artigo 65.º - Obrigações gerais dos atletas

Sem prejuízo das obrigações previstas na lei e na regulamentação aplicável, os atletas têm

as seguintes obrigações:

1. Apresentar-se na Partida com o peitoral visível e devidamente colocado na bicicleta e

conservá-lo durante a prova;

2. Apresentar-se na Partida com o cartão eletrónico devidamente colocado e visível,

facilitando a sua conferência pelos organizadores;

44

3. É interdita a utilização do equipamento das seleções nacionais de orientação fora do

seu âmbito;

4. Avisar os organizadores e descarregar o seu cartão eletrónico, caso não conclua o

percurso;

5. Auxiliar qualquer atleta em caso de acidente, sempre que as circunstâncias o

justifiquem;

6. Respeitar todas as áreas balizadas, privadas e cultivadas;

7. Entregar o mapa na chegada, quando determinado pelos organizadores;

8. Comparecer na cerimónia de entrega de prémios, especialmente quando é um dos

premiados, valorizando o trabalho dos organizadores e os apoios disponibilizados

(perdendo o direito ao mesmo caso não estejam presentes na cerimónia como

referido no art.º 61).

Artigo 66.º - Normas especiais

1. A circulação em bicicleta é permitida fora de estradas, caminhos e carreiros assinalados

no mapa exceto se a organização o proibir. Em todos estes locais, é igualmente permitida

a deslocação a pé, desde que o praticante transporte consigo a bicicleta.

2. A colocação de controlos fora de estradas, caminhos e carreiros deve ser clara e

inequívoca;

3. Os atletas mais lentos devem dar prioridade aos atletas mais rápidos.

4. Quando dois atletas se encontram de frente um para o outro:

a) Os atletas devem cruzar-se dando o seu ombro esquerdo;

b) Os atletas que descem têm prioridade.

5. É obrigatório o uso de capacete devidamente colocado durante todo o percurso. O

capacete terá que estar homologado nos termos das normas ANSI, SNELL, CE95 ou

GUV.

6. O atleta pode transportar consigo todo o material de reparação que julgue necessário, não

sendo permitido receber assistência de pessoa estranha à competição, exceto em caso de

desistência da prova e para prestação de primeiros socorros.

7. Em toda a área de competição devem ser respeitadas as regras do Código da Estrada.

Artigo 67.º - Desclassificação

1. Constitui motivo de desclassificação de qualquer atleta a violação grave da lei e dos

regulamentos que regem a modalidade, especialmente:

a) Ausência de registo que confirme a passagem do atleta em todos os postos de

controlo;

b) A não execução do percurso pela ordem estabelecida pelos organizadores;

c) Realizar a prova sem peitoral ou outro meio de identificação definido pelos

organizadores;

45

d) Perda do cartão eletrónico;

e) Chegar para além do tempo limite para a execução da prova;

f) Progredir em áreas assinaladas como privadas (símbolo 527), cultivadas (símbolo 415)

ou áreas fora de prova (símbolos 528 e 709);

g) Desrespeitar as normas gerais de proteção da floresta e do ambiente;

h) Não auxiliar outro atleta em caso de acidente;

i) Violação das normas legais sobre doping, violência e discriminação no desporto.

j) Uso de meios auxiliares de navegação não autorizados.

l) Abandonar a bicicleta para controlar um determinado ponto.

2. A desclassificação deve ser comunicada ao atleta e ao seu clube pelos organizadores ou

pela FPO assim que possível.

Artigo 68.º - Participação nas Elites

Estão restritos na participação no escalão Elite os escalões H/D15, ou seja, atletas com

menos de 15 anos.

Capítulo III - Campeonatos Nacionais e Eventos Internacionais da Taça de Portugal

Artigo 69.º - Campeonatos Nacionais de Distância Longa, Distância Média e Sprint

1. O Campeonato Nacional de Distância Longa consiste na realização de um único percurso.

2. O Campeonato Nacional de Distância Média consiste na realização de um único percurso.

3. O Campeonato Nacional de Sprint consiste na realização de 1 (um) ou 2 (dois) percursos

e pode ser disputado em área urbana, parque ou floresta. No caso de se realizarem dois

percursos a classificação obtêm-se pela soma dos tempos realizados. Quando o

campeonato se realize em ambiente urbano, os atletas devem ser impedidos de aceder à

área da competição, devendo fazer-se uma zona de quarentena, com controlo de entrada

(check in).

4. Os títulos individuais são atribuídos aos vencedores, em função da classificação final de

cada escalão de competição definido no ponto n.º 2 do artigo 51.º. Os praticantes dos

escalões secundários têm que se inscrever-se nos percursos de Elite dos Campeonatos

Nacionais, passando a ter acesso ao título de Campeão Nacional nesse escalão.

5. Os títulos coletivos são apurados através da soma dos tempos dos 3 melhores atletas em

cada categoria de competição definida no ponto n.º 2 do artigo 51.º e são atribuídos ao

clube vencedor.

Artigo 70.º - Campeonato Nacional de Estafetas

1. O Campeonato Nacional de Estafetas disputa-se por Clubes nas categorias referidas no

ponto n.º 2 do artigo 51.º.

46

2. As equipas serão constituídas por três praticantes, sendo pelo menos 2 de nacionalidade

portuguesa, e tendo todos a sua filiação em dia.

3. É permitido constituir equipas para disputar determinada categoria com atletas de

categorias hierarquicamente mais baixas. No entanto, ao contrário do que está definido no

ponto n.º 5 do artigo 51.º, é possível que um jovem possa ascender 2 escalões etários

para participar numa estafeta.

4. Os Clubes podem participar com mais do que uma equipa em cada categoria, mas, para a

atribuição dos prémios em disputa apenas é considerada a melhor equipa do clube.

5. Para além das estafetas correspondentes às categorias de competição, existem ainda as

“Popular Longa” e “Popular Media” como estafetas abertas.

6. O Campeonato Nacional de Estafetas faz parte da Taça de Portugal e, não sendo uma

competição individual, conta para o Ranking de Clubes conforme definido no n.º 4 do art.º

75.º.

Artigo 71.º - Campeonato Nacional Absoluto

1. O Campeonato Nacional Absoluto pode ser disputado por todos os atletas com a

nacionalidade portuguesa, praticantes de competição, filiados na FPO ou em federações

congéneres estrangeiras.

2. Os atletas estrangeiros podem participar na competição e, caso preencham as condições

previstas no n.º 5 (obtenção de um tempo que corresponda a 60 pontos em relação ao

melhor tempo registado no apuramento) têm acesso à final A como supranumerários. O

resultado obtido não é considerado para efeitos de Campeonato Nacional Absoluto, mas,

nos casos previstos no artigo 5.º, conta para efeitos do Ranking Individual e do Ranking

de Clubes. Os atletas estrangeiros que fiquem apurados para a final A, têm

obrigatoriamente de ser os primeiros a partir.

3. No primeiro dia realiza-se uma prova de Distância Média, pontuável para a Taça de

Portugal que servirá para apurar os finalistas (Final A). Todos os percursos de

apuramento para cada uma das finais serão semelhantes. A participação nesta prova é

idêntica à participação nas provas da Taça de Portugal.

4. No segundo dia realiza-se igualmente uma prova de Distância Média que terá 2 percursos

(1 masculino e 1 feminino) designados por Final A e 2 percursos (1masculino e 1

feminino) designados por Final B.

5. Têm acesso à final A os 60 atletas femininos e os 60 atletas masculinos nas condições

previstas no ponto n.º 1 deste artigo, melhor classificados na prova do primeiro dia, desde

que o seu tempo corresponda pelo menos a 60 pontos em relação ao tempo do melhor

atleta sendo a partida efetuada pela ordem inversa dos tempos obtidos. Os restantes

atletas que não tenham conseguido o apuramento para a Final A, irão disputar a Final B.

A ordem de partida da Final B será feita por sorteio.

47

6. Em caso de empate de tempos, do 60.º classificado no apuramento, o número máximo de

atletas será aumentado em consequência.

7. O vencedor do Campeonato Nacional Absoluto será encontrado pelos resultados da Final

A e serão distinguidos os 5 primeiros atletas femininos e os 5 primeiros atletas

masculinos. A Final B não atribui prémios.

8. A classificação de clubes no Campeonato Absoluto é efetuada em ambos os géneros e

obtém-se pela soma dos tempos dos 3 melhores atletas do clube que participem na final

A. Caso nenhum clube tenha 3 atletas na final, serão contabilizados os tempos dos clubes

com mais atletas classificados (podendo ser apenas um clube e nesse caso sendo

automaticamente o clube campeão).

9. Para efeitos da classificação individual e coletiva no Campeonato Absoluto, temos:

a) No apuramento não se aplica qualquer fator de ponderação contando todos escalões

a 100%.

b) Na Final A são contabilizados a 120% (multiplicada por 1,2) e a Final B contabilizados

a 80% (multiplicados por 0,8%), sendo que o último classificado da Final A, não

poderá ter menos pontos que o vencedor da Final B.

Artigo 72.º - Campeonato Ibérico

1. O Campeonato Ibérico é disputado por género (masculino ou feminino) numa prova

realizada em território português ou espanhol, alternadamente, definindo uma os

campeões masculinos e a outra os campeões femininos.

2. A ordem de realização das provas é alternada, num ano os campeões masculinos são

definidos na prova em território português e os femininos em território espanhol invertendo

no ano seguinte.

3. Cada uma das duas provas é composta por uma etapa de distância longa e outra de

distância média, sendo os campeões ibéricos apurados em cada especialidade quer para

os masculinos quer para os femininos.

4. Contam para a Taça de Portugal todas as etapas.

5. São apurados campeões ibéricos nos escalões de H/D17, H/D20, H/DElite, H/D40, H/D50

e H/D60.

6. Os Campeonatos Ibéricos têm regulamentação complementar no protocolo existente

entre a FEDO e a FPO para esse efeito.

Artigo 73.º - Eventos a contar para o Ranking Mundial

1. Os eventos a contar para o Ranking Mundial são integrados nos rankings de Taça de

Portugal individual e por clubes em condições idênticas aos eventos nacionais.

2. Sempre que haja expectativa de um número de participantes superior a 80 em

determinado escalão (nomeadamente na Elite Masculina), é recomendada a segmentação

em dois escalões diferentes. No entanto e considerando que os atletas portugueses

48

ficarão distribuídos por dois percursos diferentes, a construção dos percursos deve

obedecer a critérios idênticos (similar à construção dos percursos de estafetas),

nomeadamente não devendo ter mais de 300 metros de diferença em percursos de

distância longa ou mais de 100m de diferença noutros percursos, o mesmo desnível e

tendo o mesmo número de pontos de controlo e utilizando pontos em elementos de

características idênticas.

3. Sempre que haja um número invulgar de participantes num escalão mas não haja

segmentação de percursos os percursos deverão ser preparados com métodos de

dispersão de atletas.

Capítulo IV - Taça de Portugal

Artigo 74.º - Provas da Taça de Portugal

1. As provas de âmbito nacional, que contam para a elaboração dos rankings nacionais

individuais e de clubes, designam-se por provas da Taça de Portugal.

2. Os percursos das provas que contam para os rankings da Taça de Portugal (individual e

coletivo) são constituídos pelas principais provas do quadro competitivo da FPO onde se

incluem os Campeonatos Nacionais, os Campeonatos Ibéricos, as provas pontuáveis para

o Ranking Mundial - WRE e outras provas definidas pela Direção da FPO.

Artigo 75.º - Classificações individuais e coletivas

1. As classificações individuais processam-se de acordo com o estipulado no artigo 59.º.

2. A classificação dos clubes obtém-se através da soma das melhores pontuações dos

respetivos atletas, nos seguintes termos:

- 5 melhores atletas jovens (H/D15, H/D17 e H/D20)

- 5 melhores atletas seniores(H/D21E, HD21A)

- 5 melhores atletas veteranos (H/D40, H/D50, H/D60)

3. A pontuação a que se refere o ponto anterior é obtida de acordo com fórmula de cálculo

da classificação dos atletas (art.º 59.º), à qual se aplicam os seguintes fatores de

ponderação:

a) As pontuações dos atletas Elites são contabilizadas a 130% (multiplicadas por 1,3);

b) As pontuações dos atletas H/D21A são contabilizadas a 100%;

c) As pontuações dos atletas Jovens são contabilizadas a 100%;

d) As pontuações dos atletas Veteranos são contabilizadas a 75% (multiplicados por

0,75);

e) Na etapa de apuramento para as finais dos Campeonatos Absolutos, como todos os

percursos são equivalentes, todos os atletas têm uma ponderação de 100% sendo

portanto uma exceção ao definido nos pontos anteriores.

49

4. Nas provas que incluem percursos de estafetas pontuam para a classificação coletiva as

seguintes equipas:

- Melhor equipa Sénior (M/F), com 400 pontos para a equipa vencedora;

- Melhor equipa Jovem (Inic. M/F; Juv. M/F; Jun. M/F), com 300 pontos para a equipa

vencedora;

- Melhor equipa de Veteranos (Vet. I (M/F); Vet. II (M/F); Vet. III (M/F), com 200 pontos

para a equipa vencedora

5. As pontuações a que se refere o ponto anterior são obtidas de acordo com fórmula de

cálculo da classificação dos atletas (art 59º) às quais se aplicam os seguintes fatores de

ponderação:

Pontuação Seniores = Tempo equipa vencedora / Tempo equipa x 400

Pontuação Jovens = Tempo equipa vencedora / Tempo equipa x 300

Pontuação Veteranos = Tempo equipa vencedora / Tempo equipa x 200

Capítulo V - Provas Locais

Artigo 76.º - Condições gerais das Provas Locais

Para poderem figurar no Calendário FPO, as Provas Locais têm de preencher as condições

previstas na lei para a realização de eventos desportivos, bem como as condições previstas

nos seguintes artigos e números e/ou alíneas:

a) Art.º 10.º (seguro);

b) Art.º 53.º, n.º 2 (adaptação dos percursos aos atletas a quem se destinam);

c) Art.º 54.º (características dos percursos abertos), com as necessárias adaptações em

função do tipo de prova;

d) Art.º 15.º (patrocínios e publicidade);

e) Art.º 16.º (divulgação dos eventos), com as necessárias adaptações em função do tipo

de prova;

f) Art.º 17.º (divulgação de resultados);

g) Art.º 66.º, n.º 5 (obrigatoriedade de usar capacete).

Artigo 77.º - Formato

1. O formato das Provas Locais pode ser livremente definido pelos seus organizadores.

2. Podem ser organizadas provas ou percursos em formato tradicional ou em formato livre

em qualquer disciplina com características invulgares desde que respeitando a essência

da modalidade e com conhecimento/autorização da FPO.

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Capítulo VI - Rankings FPO

Artigo 78.º - Ranking Individual FPO

1. O Ranking Individual FPO é organizado por escalões e género.

2. Em cada prova em que participem, os atletas obtêm pontuações calculadas de acordo

com a fórmula de cálculo da classificação dos atletas (art.º 59.º), sendo considerado

vencedor do percurso, o melhor atleta que esteja filiado na FPO.

3. No Campeonato Nacional Absoluto a Final A tem uma ponderação de 120% e a Final B

de 80%.

4. Quando um atleta for desclassificado ou não concluir a sua prova, ser-lhe-á atribuída,

nesse percurso, pontuação igual a 10 pontos.

5. A pontuação de participação (25 pontos) será atribuída aos atletas que participem e

concluam o percurso em escalão diferente daquele em que estejam inscritos na época em

curso, nos casos de um percurso ser anulado ou em caso de terem obtido uma pontuação

real inferior a 25 pontos.

6. A pontuação efetivamente obtida será atribuída aos atletas que participem e concluam o

percurso no seu escalão de inscrição na FPO.

7. Os atletas que fiquem impossibilitados de participar em percursos das provas que

integram o Ranking Individual em virtude de estarem em representação de Portugal,

integrando Seleções Nacionais, bem como os que estiverem envolvidos na organização

ou supervisão de provas integrantes do Calendário FPO, terão nesses percursos

pontuação igual à média aritmética referida no número seguinte.

8. A média aritmética será calculada com base nas melhores pontuações obtidas nas

presenças que contribuam para a pontuação final, dividindo a soma dessas pontuações

pelo número de percursos considerados para o Ranking Individual.

9. O limite de pontuações por média aritmética, referido no n.º 7, é de quatro em todos os

casos.

10. Para efeitos do Ranking Individual FPO, são considerados e contabilizados 10 dos

percursos.

11. No caso em que um atleta exceda o número de percursos indicado no ponto anterior, os

percursos excedentários não serão contabilizados, sendo excluídos sempre os piores

resultados. Nos restantes casos são considerados todos os resultados.

12. Um atleta que não participe em nenhum percurso não figurará no Ranking Individual

FPO.

13. Em caso de igualdade na pontuação final do Ranking Individual FPO, prevalecerá como

melhor classificado o atleta que tenha obtido o maior número de melhores resultados.

Mantendo-se o empate, considera-se a segunda melhor pontuação e assim

sucessivamente. Subsistindo ainda o empate, será melhor classificado o atleta que

51

obtenha o menor tempo no somatório dos tempos dos percursos em que ambos tenham

participado conjuntamente, desde que se tenham classificado.

14. Após o final de cada época desportiva são homenageados os três melhores atletas nos

vários escalões que integram os rankings. Para que um atleta seja homenageado, é

obrigatório que este obtenha pontuação igual ou superior a 50% da pontuação do

vencedor.

Artigo 79.º - Ranking de Clubes FPO

1. O Ranking de Clubes FPO é organizado por disciplina.

2. Para efeitos de ranking de Clubes, são considerados e contabilizados todos os percursos

calculados conforme previsto no artigo 75º, sendo que a classificação é feita com base

nos pontos que os atletas do clube têm para o seu ranking individual aplicando a

ponderação referida no artigo 75.º.

3. O Troféu FPO será atribuído ao primeiro clube da época desportiva em cada um dos

Rankings de Clubes sendo entregue diploma aos 2º e 3º classificado.

4. O Clube organizador é pontuado nas suas organizações pela média dos pontos coletivos

a apurar no final da época desportiva e num máximo de 4 etapas, mesmo que haja atletas

desse clube em competição. A média será apurada para o número de provas

complementar à pontuação final tal como é apurada para os rankings individuais.

5. Caso um clube organizador exceda os 4 percursos organizados, a pontuação que obtém

nos outros percursos que organize, será aquela que os seus atletas, participantes nesse

percurso, venham a obter.

Título IV - Quadros Competitivos de Orientação de Precisão (O-Prec)

Artigo 80.º - Definição

1. A Orientação de Precisão é uma disciplina que visa a capacidade de interpretação dum

mapa e da sua relação com o terreno. Cada competidor visita, geralmente numa

sequência definida, os pontos de controlo dispostos no terreno. Usando o mapa que lhe é

fornecido, com o auxílio duma bússola, o competidor decide de entre várias balizas aquela

que corresponde ao centro dum círculo desenhado no mapa, de acordo com a sinalética

respetiva. A resposta é registada num cartão de controlo.

2. O meio de deslocação pode ser:

- A pé;

- Em cadeira de rodas, manual ou elétrica;

- Em bicicleta, triciclo ou trotineta;

- De outra forma, dentro dos tipos de apoio reconhecidos à mobilidade. Os veículos

movidos a motor de combustão não são permitidos, assim como veículos elétricos

desenhados para mais do que um ocupante.

52

3. A tipologia das provas de Orientação de Precisão pode distinguir-se com base nos

seguintes elementos:

- Momento da competição

- Diurna (com luz natural)

- Noturna (na escuridão)

- Natureza da prova

- Individual (o participante compete sozinho)

- Por equipas (baseia-se na combinação da pontuação de três ou mais participantes)

- Estafeta (dois ou mais elementos duma equipa realizam, em sequência, um percurso

individual)

- Determinação do resultado

- Etapa única (o resultado da etapa é o resultado final)

- Etapas múltiplas (o conjunto de resultados de duas ou mais etapas, disputadas num ou

em mais do que um dia, determinam o resultado final

- Prova de Qualificação (os competidores qualificam-se para uma prova final, mediante

os resultados de diferentes provas de qualificação. O resultado da competição é

apenas o da prova final, podendo existir finais A, finais B e assim sucessivamente, em

função do número de competidores.

- A ordem pela qual os pontos são visitados

- Numa ordem específica (a sequência é predefinida)

- Sem uma ordem específica (o competidor é livre de escolher a sequência de pontos a

visitar)

- O formato

- PreO (a prova consiste num determinado número de pontos sem tempo definido por

ponto mas com limite de tempo total de prova penalizando se ultrapassado,

acrescidos de alguns pontos cronometrados)

- TempO (a prova consiste em pontos cronometrados apenas).

- Estafeta (a prova consiste num determinado número de pontos distribuídos pelos

elementos de cada equipa)

4. O termo evento designa todos os aspetos relativos a uma prova convencional de

Orientação, nomeadamente as questões organizativas com a determinação duma grelha

de partidas, a reunião de responsáveis de equipa e a cerimónia de entrega de prémios.

Um evento pode incluir mais do que uma competição.

5. O Campeonato Nacional de TempO, o Campeonato Nacional de PreO e o Campeonato

Nacional de Estafetas são os eventos oficiais que outorgam os títulos nacionais

respetivos.

53

6. Por “responsável de equipa” entendem-se os técnicos, dirigentes, treinadores,

acompanhantes ou outras entidades relacionadas diretamente com o concorrente ou com

a equipa.

Artigo 81.º - Disposições Gerais

1. As regras a seguir expostas, bem como os Anexos, aplicam-se a todas as provas de

Orientação de Precisão disputadas no território nacional. Os casos particulares -Taça de

Portugal e Campeonatos Nacionais- serão referidos sempre que necessário.

2. Estas regras aplicam-se a todos os competidores, responsáveis de equipa e todas as

pessoas relacionadas com a organização dum evento ou ligadas a um ou mais

competidores.

3. A correção desportiva deve constituir o princípio básico da interpretação deste conjunto

de regras por parte dos competidores, organizadores e júri.

4. A Federação Portuguesa de Orientação-FPO pode decidir-se pelo estabelecimento de

normas especiais a aplicar, nomeadamente o Regulamento Anti-Doping, Especificações

Internacionais para Mapas de Sprint de Orientação (ISSOM), Especificações

Internacionais para Mapas de Orientação (ISOM), Princípios para o Traçado de

Percursos, Diretrizes Técnicas de Orientação de Precisão, Convenção de Leibnitz e

Descrição dos Pontos de Controlo (Sinalética).

5. A Federação Portuguesa de Orientação-FPO pode, eventualmente, permitir desvios

pontuais a este conjunto de normas e regulamentos. O pedido de autorização respetivo

deverá dar entrada nos serviços da Federação Portuguesa de Orientação-FPO com um

mínimo de três meses de antecedência em relação à data prevista para a competição a

que se aplica.

Artigo 82.º - Classes

1. As competições individuais de PreO e a Estafeta de TrailO disputam-se nas Classes

Aberta e Paralímpica. Um competidor pode apenas inscrever-se numa das classes,

devendo para tal estar filiado na Federação Portuguesa de Orientação-FPO. As

competições de TempO são disputadas apenas na Classe Aberta.

2. Qualquer filiado na Federação Portuguesa de Orientação-FPO, sem distinção de sexo,

idade ou capacidade / incapacidade, é elegível para a Classe Aberta.

3. Apenas os competidores portadores de incapacidade física permanente que lhes confira

uma desvantagem significativa têm direito a inscrever-se na Classe Paralímpica. A

elegibilidade paralímpica deverá ser confirmada pelo Departamento Médico da Federação

Portuguesa de Orientação-FPO mediante apresentação de documento devidamente

assinado por Médico onde se ateste o tipo de incapacidade física e o seu caráter

permanente.

54

4. As provas podem prever percursos / classes com diferentes graus de dificuldade. Os

percursos de Iniciação, sem caráter competitivo, podem ser realizados por qualquer

competidor, sem distinção de sexo, idade, capacidade / incapacidade, individualmente ou

em grupo, não havendo a obrigatoriedade de filiação na Federação Portuguesa de

Orientação-FPO.

5. No Campeonato Nacional de Estafetas, as equipas serão constituídas por três elementos,

devendo pertencer todos à mesma classe no caso da competição paralímpica. Os clubes

são livres de apresentar o número de equipas que entenderem. Equipas incompletas ou

equipas com competidores pertencentes a dois ou mais clubes não podem disputar o

título nacional.

Artigo 83.º - Assistência

1. Os competidores devem garantir a sua própria assistência para a deslocação, sempre que

tal seja necessário.

2. Os assistentes não devem ajudar, de forma alguma, na leitura do mapa nem na

identificação dos pontos de controlo, na análise ou no processo de decisão.

3. Os organizadores podem limitar o acompanhamento ao período de tempo necessário

para a competição.

4. Aos acompanhantes não é permitido perturbar a concentração dos competidores.

Artigo 84.º - Custos

1. Os custos referentes à organização dos eventos são da responsabilidade dos

organizadores. Para minorar os custos duma competição, o organizador pode estabelecer

uma taxa de inscrição para os competidores não devendo ultrapassar os valores definidos

no Anexo I ponto 3.

2. Se por qualquer motivo alheio à organização (condições atmosféricas, alterações

inesperadas do terreno de prova, etc.) um evento for cancelado, a organização reserva-

se o direito de reter uma percentagem da taxa de inscrição, até um máximo de 50% do

seu montante, para fazer face a custos previamente assumidos.

Artigo 85.º - Informações acerca do evento

1. As informações acerca do evento devem ser dadas sob a forma de Boletim. Os Boletins

serão publicados em página própria criada pela organização do evento para o efeito, com

ligação à página da Federação Portuguesa de Orientação-FPO.

2. O Boletim deve incluir a seguinte informação geral:

- Clube organizador, nome do Diretor do Evento e nome do Supervisor FPO

- Número de telefone, endereço de e-mail e endereço web para informações

- Data e tipo de competição

- Classes de competição e restrições de participação

55

- Programa detalhado do evento

- Taxa de inscrição e data limite das inscrições (sem agravamento / com agravamento)

- Oportunidades de treino

- Mapa geral da região com a localização exata de cada área de competição e da Arena

- Áreas embargadas

- Aspetos particulares relacionados com o evento

- Aspetos particulares relacionados com as instalações (acessibilidades, facilidades

sanitárias, locais para recarga de baterias elétricas, serviço de bar e outros)

- Cópia a cores da mais recente versão de mapas de Orientação anteriores que possam

cobrir as áreas embargadas.

3. O Boletim deve incluir a seguinte informação técnica:

- Normativas dos mapas (ISOM ou ISSOM)

- Escalas e equidistâncias dos mapas

- Distância da prova e desnível

- Tempo máximo de prova permitido

- Detalhes do terreno, especialmente em termos de acessibilidade para cadeiras de

rodas

- Disponibilização de acompanhantes para a deslocação das cadeiras de rodas

- O tempo limite para reclamações

- O local para a apresentação de reclamações.

4. O Boletim com as respetivas informações deve encontrar-se publicado até 30 dias antes

da data do evento.

Artigo 86.º - Treino e Model Event

1. Antes da prova, a Organização poderá oferecer oportunidades de treino que funcionarão

como Model Event e que servirão para ilustrar, nomeadamente, o tipo de terreno, a

qualidade do mapa e a disposição dos pontos de controlo, incluindo um ponto

cronometrado.

2. Aos competidores, responsáveis de equipa, acompanhantes e representantes dos órgãos

de comunicação social deve ser oferecida a possibilidade de participarem no Model Event.

3. O Model Event poderá decorrer no dia anterior ao da competição ou no próprio dia, até

uma hora antes da partida do primeiro competidor.

Artigo 87.º - Ordem das Partidas

1. A partida dos competidores faz-se de forma individual, por ordem pré-estabelecida e

observando um intervalo de tempo previamente definido. A ordem das partidas deve ser

aprovada pelo Supervisor FPO.

2. A lista de partidas deve ser publicada até 24 horas antes da hora definida para o início do

evento.

56

3. O intervalo das partidas é normalmente de dois minutos, mas poderá variar mediante

aprovação do Supervisor FPO.

4. A ordem das partidas deverá ser ajustada de forma a respeitar um intervalo de tempo de

pelo menos oito minutos entre competidores do mesmo clube.

5. No caso dum evento de etapas múltiplas, a ordem das partidas do segundo dia deve ser a

inversa das posições alcançadas no primeiro dia, com o melhor competidor a sair em

último.

6. A ordem das partidas numa final para cujo apuramento tenham existido duas ou mais

séries qualificatórias deve ser a inversa das posições alcançadas no primeiro dia, com o

melhor competidor a sair em último. Competidores com a mesma classificação em séries

diferentes devem ser posicionados de acordo com o número da sua série (numa prova

qualificatória com três séries, por exemplo, o último competidor a partir será o vencedor da

terceira série).

7. Sempre que houver um empate absoluto entre competidores, a definição da sua posição

na ordem das partidas será decidida pelo sistema de moeda ao ar.

Artigo 88.º - Reunião de Responsáveis de Equipa

1. A organização pode, se assim o entender, convocar uma reunião de responsáveis de

equipa para o dia anterior ao da competição. Esta reunião não deverá ter início após as

19h00. O Supervisor FPO deve dirigir ou supervisionar a reunião.

2. Os materiais de competição (dorsais, cartões de controlo, listas de partidas, horários,

últimas informações, etc.) devem ser entregues antes do início da reunião.

3. Aos responsáveis de equipa deve ser dada a possibilidade de colocarem questões

durante a reunião.

Artigo 89.º - Terreno

1. O terreno deve ser adaptado ao normal desenrolar de percursos competitivos de

Orientação de Precisão de acordo com o seu nível. Os objetivos da Convenção de

Leibnitz devem estar sempre presentes.

2. A escolha do terreno deve levar em conta os competidores com menor mobilidade e os

competidores que se deslocam em cadeiras de rodas assim como a sua posição baixa em

relação ao terreno, de tal forma que todos possam completar a prova dentro do tempo

previsto, recorrendo a assistência quando requerido.

3. O terreno deve ser embargado tão logo seja definido como área de competição e

aprovado para o evento. A permissão para acesso a um terreno embargado deve ser

obtida, se necessário, junto da organização do evento.

57

Artigo 90.º - Mapas

1. Os mapas, o desenho dos traçados e o arranjo gráfico devem ser dispostos e impressos

de acordo com as normas previstas nos regulamentos da Federação Internacional de

Orientação (ver Artigo 111.º.).

2. Os mapas devem ser desenhados à escala de 1:5000 ou 1:4000. Todos os mapas duma

prova, incluindo aqueles para os pontos cronometrados, devem utilizar a mesma escala.

3. No caso de existirem mapas anteriores da área de competição, cópias a cores da mais

recente edição devem ser disponibilizadas a todos os competidores anteriormente à

competição.

4. Nas competições de TempO e nos pontos cronometrados das competições de PreO, o

formato dos segmentos dos mapas pode ser quadrangular ou circular. Um mapa circular

deve ter um diâmetro entre 5 e 12 cm e um mapa quadrangular deve apresentar os lados

com uma distância entre 5 e 12 cm. Os mapas devem ser centrados em função do centro

do círculo de controlo. Todos os mapas em todas as estações devem ter o mesmo

tamanho e formato.

5. O segmento do mapa deve abranger a área onde se encontram todas as balizas, bem

como a área onde se encontra o ponto de decisão.

6. O mapa deve ser aposto num material de suporte mais largo, no qual deve constar a

descrição do ponto de controlo, o norte magnético devidamente orientado, o número da

estação (no caso de haver mais do que uma estação) e o número do ponto cronometrado.

Artigo 91.º - Percursos

1. Devem ser observados os princípios para o Traçado de Percursos de Orientação de

Precisão da Federação Internacional de Orientação (ver Artigo 111º).

2. O nível dos percursos deve ser adequado ao tipo de competição. Deve ser tida em linha

de conta a capacidade de observação e de leitura detalhada do mapa e a capacidade de

concentração dos competidores, bem como a sua rapidez de decisão nos pontos

cronometrados. Os percursos devem fazer apelo ao maior número possível de técnicas de

orientação.

3. A distância dos percursos deve ser medida tendo em conta a distância efetiva desde a

partida, ao longo do percurso e até à chegada. Normalmente não deverá ultrapassar os

3.500 metros.

4. Os trilhos não transitáveis por atletas em cadeira de rodas, devido à sua largura, raízes

salientes, árvores caídas ou outras superfícies inadequadas, devem ser interditos e

devidamente assinalados no mapa e/ou no terreno por intermédio de fita balizadora.

5. O desnível total deve ser considerado como o desnível em metros ao longo do percurso.

Normalmente num percurso o declive não deve ultrapassar os 14% em mais de 20

metros. A inclinação transversal não deve superar os 8%.

58

6. Em pelo menos um ponto do percurso deve ser providenciado o abastecimento de água.

7. Num percurso de PreO deve ser incluída, pelo menos, uma estação com dois pontos

cronometrados. Esta pode ser posicionada em qualquer parte do percurso, sendo contudo

desejável que ocorra antes da partida e/ou na zona de pré-chegada. Nestes percursos, os

pontos cronometrados não devem prever o Zero como resposta válida.

8. Uma prova qualificatória de TempO deve consistir em, pelo menos, quatro estações de

controlo e vinte pontos cronometrados. Uma final de TempO deve consistir em, pelo

menos, cinco estações de controlo e vinte e cinco pontos cronometrados. Devem existir

no mínimo três pontos de controlo em cada estação de controlo. Mapas separados devem

ser providenciados para cada ponto cronometrado e ao competidor é fornecido o conjunto

completo de mapas da respetiva estação de controlo, devidamente ordenados e cobertos

por uma folha lisa.

9. Dois ou mais percursos diferentes de PreO e TempO podem coexistir num mesmo mapa

e evento, com pontos comuns aos respetivos níveis de competição. Neste caso, os pontos

de decisão devem ser identificados, para além do respetivo número, com uma barra

horizontal na parte superior de cor azul (Elite) e/ou Amarela (Iniciação).

Artigo 92.º - Pontos Cronometrados

1. O número de balizas em cada ponto cronometrado deve ser de seis.

2. Os detalhes do terreno não devem estar visíveis no mapa fornecido ao competidor de

forma a impedir que possam ser estudados antes da chamada para o ponto de controlo.

3. Num ponto cronometrado, o competidor deve posicionar-se de maneira a que todas as

balizas sejam perfeitamente visíveis. Um mapa individual ou um conjunto de mapas,

contendo um segmento de mapa orientado na direção do ponto, com a indicação clara do

norte magnético e a sinalética abaixo do segmento, deve ser apresentado ao competidor

de acordo com a sua capacidade de preensão (entregue em mão ou assente numa base

disponibilizada para o efeito). O mapa individual ou o conjunto de mapas deve encontrar-

se coberto por uma folha lisa. Devem ser apresentados dois conjuntos de mapas

idênticos, um com os mapas presos entre si (tipo caderno de argolas) e outro com os

mapas individualizados e soltos. O competidor é livre de escolher o conjunto de mapas

que pretende utilizar.

4. O tempo começa a contar imediatamente após ser dada a indicação “o tempo começa já”,

podendo o competidor, a partir desse momento, olhar para o primeiro mapa. O tempo

pode ser tomado com recurso a dois cronometristas ou a dispositivo eletrónico.

5. O tempo do ponto cronometrado é tomado no momento em que é dada a última resposta.

As respostas podem ser dadas quer apontando num quadro providenciado para o efeito,

quer oralmente, com recurso, exclusivamente, ao alfabeto fonético internacional (Alfa,

Bravo, Charlie, Delta, Eco, Foxtrot e Zero). Quando cada uma das respostas é dada, ela

59

deve ser imediatamente registada pelo oficial do ponto cronometrado. No caso em que

existem dispositivos eletrónicos, tanto a resposta como o tempo são automaticamente

registados mediante a picagem feita pelo competidor.

6. Numa competição de PreO, o tempo máximo total em cada estação é de 30 segundos,

multiplicado pelo número de pontos cronometrados. São registados o tempo total (do

conjunto de pontos cronometrados) e as respostas individuais de cada ponto de controlo.

7. Numa competição de TempO, o tempo máximo total em cada estação é de 30 segundos,

multiplicado pelo número de pontos cronometrados. São registados o tempo total (do

conjunto de pontos cronometrados) e as respostas individuais de cada ponto de controlo.

8. O competidor deve dar a resposta com o mapa correspondente visível. As respostas

dadas depois de virar a folha devem ser registadas como incorretas (“X”).

9. Os pontos cronometrados não respondidos dentro do tempo máximo total devem ser

registados como incorretos.

10. Na ausência de dispositivo eletrónico, o tempo deve ser tomado por dois cronometristas

e ambos os tempos registados. O tempo de cada cronometrista deve ser arredondado

para baixo, para a unidade de segundo. O tempo total do ponto deve ser a média

aritmética dos dois registos efetuados.

Artigo 93.º - Áreas e trilhos interditos

1. Todas as pessoas envolvidas na realização do evento - competidores, técnicos,

dirigentes, acompanhantes, etc. - devem respeitar escrupulosamente todas as

determinações da Organização no sentido da proteção do ambiente e quaisquer outras

instruções dadas pela própria Organização.

2. O terreno para além do limite dos trilhos e caminhos não pode ser considerado terreno de

prova, a menos que as exceções estejam contempladas nas informações acerca do

evento, marcadas no mapa e, se necessário, marcadas também no terreno.

Adicionalmente, trilhos e caminhos normalmente permitidos podem ser considerados

interditos, devendo esta informação ser igualmente disponibilizada nas informações

acerca do evento e os trilhos interditos marcados no mapa e, se necessário, marcados

também no terreno. Competidores que, deliberadamente, invadam uma área interdita

serão desqualificados.

3. Trilhos obrigatórios, sentidos obrigatórios, cruzamentos e passagens devem ser

claramente assinalados no mapa e no terreno. As secções assinaladas ao longo do

percurso devem ser integralmente respeitadas.

Artigo 94.º - Sinalética

1. A localização precisa do ponto de controlo no terreno deve ser corretamente definida pelo

centro do círculo no mapa e pela descrição do ponto (sinalética).

60

2. A descrição dos pontos deve ser feita por intermédio de símbolos, de acordo com a

Sinalética da Federação Internacional de Orientação.

3. Na coluna B da Sinalética, o número de balizas em cada um dos grupos será indicado por

intermédio de letras (por exemplo “A-E” para cinco balizas).

4. Quando necessário, uma seta na coluna H indica, aproximadamente, a direção de

observação do grupo de balizas desde o ponto de decisão.

5. A Sinalética deve incluir a informação do tempo máximo limite para a realização do

percurso.

6. A Sinalética, dada na ordem correta para o percurso de cada competidor, deve ser fixa ou

impressa na parte da frente do mapa.

Artigo 95.º - Disposição e estrutura dos pontos de controlo

1. O ponto de controlo indicado no mapa deve estar claramente representado no terreno por

intermédio dum conjunto de balizas nas proximidades do círculo.

2. As balizas deverão ser colocadas de modo a estarem visíveis do ponto de decisão (no

mínimo, um terço de cada baliza). Normalmente, uma das balizas encontra-se

posicionada no centro do círculo mas é possível não haver baliza no centro do círculo nas

competições de Elite.

3. Cada grupo de balizas deve estar disposto com uma altura uniforme.

4. O ponto de decisão deverá estar assinalado no terreno mas não constará no mapa. Nos

pontos cronometrados, o local onde o competidor está posicionado deve constar do mapa,

mas não estar assinalado.

5. As balizas são designadas, por convenção, da esquerda para a direita, “A”, “B”... “F”, a

partir do ponto de decisão. A resposta deve ser dada em função do posicionamento das

balizas a partir deste ponto.

6. Os pontos de controlo que sejam motivo de protesto devem ser mantidos no terreno até à

tomada de decisão do júri designado para o efeito em cada evento.

Artigo 96.º - Cartão de controlo e picotagem

1. Podem ser utilizados tanto o sistema eletrónico licenciado pela Federação Internacional

de Orientação como o sistema tradicional de cartão e picotador.

2. No caso de não ser utilizado o sistema eletrónico, o cartão de controlo deve satisfazer as

seguintes condições:

- Deve ser feito de material resistente ou estar protegido dentro duma bolsa plástica

- Cada quadrícula deve ter, no mínimo, 13 mm de lado

- Deve ser disponibilizado no formato original e cópia e permitir a picotagem automática

de ambos os formatos.

3. O cartão de controlo deve ser entregue integralmente na chegada e a segunda parte será

restituída, como referência, após a partida do último atleta.

61

4. Numa competição de PreO, os competidores registam as suas respostas numa estação

de picotagem colocada a curta distância de cada ponto de decisão. No caso de não ser

utilizado um dispositivo eletrónico, a organização deve providenciar o fornecimento dum

picotador único por estação. No caso de ser utilizado um dispositivo eletrónico, deve ser

providenciado um sistema de segurança (havendo dúvidas quanto ao registo eletrónico da

resposta, a mesma deve ser registada nas quadrículas em branco fornecidas com o

mapa). Em qualquer dos casos, deve ser usado um padrão de picotagem diferente

daqueles usados em controlos adjacentes.

5. Os competidores devem registar a sua resposta antes de se dirigirem ao ponto seguinte.

6. É da responsabilidade do competidor a picotagem correta em cada ponto, quer seja o

próprio a fazê-lo ou por intermédio de assistente.

7. Nas quadrículas que possuam mais do que uma picotagem, ou nenhuma, ou nas quais

não seja possível identificar a picotagem de forma inequívoca, as respostas devem ser

consideradas incorretas. Cada um destes casos está sujeito a validação pelo Supervisor

FPO.

8. Não são permitidas alterações de picotagem.

9. Os atletas que percam o próprio cartão de controlo ou dispositivo de controlo eletrónico

(e-card) serão desclassificados.

10. Os cartões de controlo devem, se possível, ser mantidos resguardados durante a

competição de forma a impedir que os competidores vejam as respostas uns dos outros.

11. No caso de ser utilizado um sistema eletrónico, devem ser providenciadas medidas que

permitam ao competidor registar a sua resposta com a necessária privacidade.

Artigo 97.º - Equipamento

1. O competidor é livre de escolher o seu vestuário e calçado.

2. Os dorsais devem ser colocados de forma visível. O tamanho dos dorsais não pode

exceder as medidas de 25 x 25 cm e a altura de eventuais desenhos deve ser inferior a 10

cm. Os dorsais não poderão ser dobrados ou recortados.

3. Durante a prova, os suportes à navegação permitidos são apenas o mapa e a sinalética

fornecidos pela organização, e a bússola.

4. Não são permitidas ajudas de meios mecânicos ou eletrónicos, para além dum odómetro

e dum relógio sem GPS. Uma lupa de vidro, incorporada na bússola ou separada desta, é

permitida. É proibido o uso de binóculos ou de telescópios.

5. Na zona de prova não poderão ser utilizados equipamentos eletrónicos de

telecomunicações, salvo em caso de emergência pelos elementos ligados à organização.

Qualquer outro uso de equipamento eletrónico de telecomunicações no decorrer da prova

poderá acarretar a desclassificação do competidor e da sua equipa.

62

Artigo 98.º - Partidas

1. Nas competições individuais, as partidas obedecem normalmente a um intervalo de tempo

pré-estabelecido.

2. O tempo gasto pelo competidor durante a sua prova, desde que se situe abaixo do tempo

máximo limite estabelecido pela organização, não tem qualquer relevância para o

resultado final da competição.

3. O tempo final pode ser tomado tanto na altura em que o competidor cruza a linha de Pré-

Chegada como na Chegada. O tempo deve ser arredondado para baixo para a unidade de

segundo. O tempo total pode ser dado em horas, minutos e segundos ou apenas em

minutos e segundos.

4. O corredor de chegada pode ser balizado por fitas ou quaisquer outros meios.

5. A posição exata da linha de chegada deve ser óbvia no momento em que os

competidores dela se aproximam.

6. Após cruzar a linha de chegada, os competidores devem entregar os cartões de controlo

ou fazer a transferência dos dados registados no dispositivo eletrónico. Se exigido pela

organização, devem igualmente entregar o mapa de competição.

7. Numa competição de PreO, a organização deve definir um tempo máximo para cada

percurso, calculado na base de 3 minutos para cada ponto de controlo acrescidos de 3

minutos por cada 100 metros de distância. De acordo com as indicações do Supervisor

FPO, pode ser considerado um tempo adicional em casos excecionais de acentuado

desnível, superfícies de difícil progressão ou outros fatores. O Supervisor FPO poderá

também estender o tempo de prova no caso da Classe Paralímpica.

8. Os atrasos registados em qualquer parte do percurso, se não imputáveis ao competidor,

deverão ser registados e o tempo deduzido ao tempo total gasto pelo competidor.

9. Se o competidor exceder o tempo máximo limite de prova, mesmo após ser levado em

linha de conta o disposto no ponto anterior, estará sujeito a uma penalização. Esta será de

um ponto por cada unidade de cinco minutos.

10. Numa prova de TempO não há tempo máximo limite.

11. A organização deve providenciar a presença de pessoal especializado (primeiros

socorros) na zona de chegada. O pessoal especializado deve estar devidamente

preparado para poder intervir na floresta.

12. Recomenda-se que as organizações possam prever um período de duas horas após a

Cerimónia de Entrega de Prémios, durante o qual o percurso continuará montado. Este

período de tempo deverá proporcionar aos interessados a possibilidade de efetuarem

atividades de treino ou de formação.

63

Artigo 99.º - Resultados

1. Nas competições de PreO, cada ponto de controlo identificado corretamente (excluindo os

pontos cronometrados) vale um ponto.

2. Nos pontos cronometrados de PreO, o tempo de cada resposta correta é registado se a

mesma for dada dentro dum intervalo de 0-30 segundos por ponto. Uma resposta errada

confere uma penalização de 60 segundos que é acrescentada ao tempo total gasto a dar

a(s) resposta(s). A ausência de resposta dentro do tempo limite implica um registo de 90

segundos por ponto.

3. O tempo registado em cada ponto cronometrado é calculado com base na média do

somatório dos dois tempos tomados pelos cronometristas, preservando a possibilidade da

existência de meio segundo. No caso de ser utilizado sistema eletrónico, o tempo é

arredondado para baixo até à unidade de segundo.

4. Os tempos registados nos pontos cronometrados duma competição são cumulativos. Com

tempos manuais, o tempo total deverá contemplar a possibilidade do meio segundo.

5. Numa competição de PreO, os competidores são classificados com base na sua

pontuação. Em caso de igualdade pontual, a classificação é obtida tendo por base o

tempo cumulativo nos pontos cronometrados por ordem crescente.

6. Numa competição de TempO, os competidores são classificados de acordo com o tempo

total corrigido, o qual é o somatório dos tempos registados em cada estação de controlo

acrescidos duma penalização de 30 segundos por cada resposta incorreta.

7. Os pontos considerados incorretamente marcados e que venham a ser anulados pelo

Supervisor FPO devem ser excluídos da competição. A razão da anulação do(s) ponto(s)

de controlo deve ser afixada juntamente com o quadro de resultados. Se um ponto

cronometrado numa competição de TempO for anulado, então todos os pontos dessa

estação serão igualmente anulados.

8. Numa competição de PreO, os resultados provisórios (pontos e tempos acumulados),

serão disponibilizados na Chegada ou na Arena mesmo que esteja ainda a decorrer a

competição. Numa competição de TempO os resultados não serão disponibilizados antes

da partida do último competidor.

9. Os resultados oficiais, incluindo as respostas dos competidores em cada ponto de

controlo e os tempos acumulados, serão publicados até um máximo de 8 horas após o

final da prova. A organização deve garantir que, pelo menos os competidores, os

responsáveis de equipa e os meios de comunicação social devidamente acreditados

tenham acesso privilegiado aos resultados oficiais. Para os meios de comunicação social

em geral deve ser providenciada uma versão simplificada dos resultados.

10. No caso de haver dois competidores com o mesmo número de pontos e igual tempo nos

pontos cronometrados deve ser-lhes atribuída a mesma classificação.

64

11. Os competidores, responsáveis de equipa e meios de comunicação social devidamente

acreditados devem receber no final um mapa de competição, juntamente com um mapa

de soluções.

12. Os resultados serão publicados na Internet e enviados por via eletrónica para a

Federação Portuguesa de Orientação-FPO até um máximo de 8 horas após o final da

prova.

Artigo 100.º - Rankings

1. Nas competições de PreO e TempO, o Ranking FPO é organizado por classes e

individualizado em Classe Aberta e Classe Paralímpica.

2. Apesar das competições de TempO serem disputadas numa classe única, para efeitos de

pontuação em Ranking far-se-á a separação em Atletas nas classes respetivas.

3. O Ranking nas competições de PreO é elaborado em dois passos. O primeiro passo é

com base no cálculo de dois parâmetros: número de respostas corretas e tempo gasto

nos pontos cronometrados. A pontuação primária é de 100 pontos atribuída ao vencedor

de cada Classe, aos quais são reduzidos os pontos correspondentes ao tempo gasto nos

pontos cronometrados, de acordo com a seguinte fórmula:

Ranking do competidor: RP = A - B pontos, onde:

A = Pontuação do competidor x 100

Pontuação do vencedor

B = Pontuação do competidor x 100

Tempo máximo de penalização Pontuação do vencedor

Da aplicação desta fórmula, resulta uma classificação ordenada, mas onde o vencedor da

competição de PreO não recebe a totalidade dos 100 pontos.

O segundo passo de cálculo do Ranking nas competições de PreO consiste em

normalizar as pontuações resultantes do primeiro passo, por forma a que o vencedor da

Etapa tenha novamente a pontuação primária de 100 pontos, sendo equivalente à

pontuação do vencedor duma competição de TempO.

4. O tempo máximo de penalização é, de acordo com o presente regulamento, equivalente

ao tempo registado no(s) ponto(s) cronometrado(s) no caso de não ser dada qualquer

resposta; isto pressupõe um tempo máximo de penalização de 90 segundos no caso de

haver apenas um ponto cronometrado, 180 segundos no caso de serem dois os pontos

cronometrados, 270 segundos para três pontos cronometrados e assim sucessivamente.

5. O Ranking nas competições de TempO é elaborado com base num parâmetro apenas, o

tempo final de prova, de acordo com a seguinte fórmula:

65

RP = _________Tempo do Vencedor___________________ x 100 Tempo do Vencedor + k (T. Competidor - T. Vencedor)

A diferença de tempo entre competidor e vencedor é sujeita a um coeficiente de k=0,5

6. A pontuação mínima para efeitos de ranking atribuída a cada competidor é de 25 pontos,

desde que seja classificado.

7. Atletas desclassificados têm 0 pontos de Ranking na prova em questão.

8. Os competidores que fiquem impossibilitados de participar nas provas pontuáveis para o

Ranking FPO em virtude de estarem em representação de Portugal, integrando Seleções

Nacionais, bem como os que estiverem envolvidos na organização ou supervisão das

provas integrantes do Calendário FPO, terão nesses percursos pontuação igual à média

aritmética referida no número seguinte.

9. A média aritmética será calculada com base nas melhores pontuações obtidas nas

presenças que contribuam para a pontuação final, dividindo a soma dessas pontuações

pelo número de percursos considerados para efeitos de Ranking Individual.

10. O limite de pontuações por média aritmética, referido no ponto 8, é de dois.

11. Para efeitos do Ranking FPO da Taça de Portugal de Orientação de Precisão são

considerados e contabilizados sete percursos.

12. Nos casos em que seja excedido o número de percursos indicado no ponto anterior, os

percursos excedentários não serão contabilizados, sendo excluídos sempre os piores

resultados. Nos restantes casos são considerados todos os resultados.

13. Em caso de igualdade na pontuação final do Ranking Individual FPO, prevalecerá como

melhor classificado o competidor que tenha obtido o maior número de melhores

resultados. Mantendo-se o empate, considera-se a segunda melhor pontuação e assim

sucessivamente. Subsistindo ainda o empate, será melhor classificado o competidor que

obtenha o menor tempo no somatório dos tempos dos percursos em que ambos tenham

participado conjuntamente, desde que se tenham classificado.

14. Apenas pontuam para o Ranking FPO os atletas filiados com a sua situação regularizada

à data do evento.

Artigo 101.º - Prémios

1. A organização deve garantir a realização duma Cerimónia de Entrega de Prémios digna.

2. Se dois competidores ocuparem a mesma posição, devem ambos receber o mesmo

prémio.

3. Os prémios são da responsabilidade da organização. No mínimo, deverão ser

galardoados os três primeiros classificados nas Classes Aberta e Paralímpica.

4. Nos Campeonatos Nacionais de PreO serão entregues medalhas FPO aos três primeiros

classificados nas Classes Aberta e Paralímpica. Nos Campeonatos Nacionais de TempO

66

serão entregues medalhas FPO aos três primeiros classificados na Classe Aberta. A

equipa primeira classificada no Campeonato Nacional de Estafetas receberá o Troféu

FPO.

Artigo 102.º - Fair Play

1. Todas as pessoas que tomem parte numa prova de Orientação devem comportar-se com

lealdade e honestidade. Devem ter um comportamento desportivo e um espírito de

amizade. Os competidores devem mostrar respeito mútuo. Os competidores que se

deslocam em cadeira de rodas devem ter prioridade no acesso aos pontos de controlo em

relação aos restantes competidores. Os competidores deverão ter uma postura o mais

calma e silenciosa possível durante a competição, não sendo permitido trocarem palavras

entre si.

2. É proibido obter assistência técnica durante a prova por parte de outros competidores ou

acompanhantes ou fornecê-la a outros competidores. Todavia, é dever de todos os

competidores prestar auxílio a um competidor em dificuldade ou àqueles que tenham

necessidade de apoio em caso de acidente.

3. O Doping é proibido. O Regulamento Anti-Doping aplica-se a todas as competições no

âmbito da FPO. Os organizadores podem exigir informações sobre prescrições

farmacológicas. É da responsabilidade dos competidores serem portadores dum

certificado apropriado quando, por motivos médicos, se encontrem a tomar medicamentos

contendo substâncias proibidas.

4. Não é permitida qualquer tentativa de revelar o terreno ou de treinar no mesmo. Qualquer

tentativa no sentido de obter informação inerente ao percurso, para além da fornecida pela

Organização, é interdita, quer antes quer no decorrer da competição.

5. A Organização deverá afastar da competição todos os competidores para quem o terreno

ou o mapa sejam de tal forma familiares que isso lhes proporciona significativa vantagem

sobre os restantes competidores. Em caso de dúvida, a decisão deverá ser tomada pelo

Supervisor FPO.

6. Responsáveis de equipa, atletas e jornalistas ou fotógrafos devem respeitar os espaços a

eles reservados pela Organização.

7. Responsáveis de equipa e outras pessoas presentes no terreno de prova (por exemplo,

jornalistas e fotógrafos) não deverão perturbar ou ajudar os atletas, exceção feita ao dever

de assistência referido no ponto 2.

8. Depois de terminada a sua prova, um competidor não poderá regressar ao terreno sem a

devida autorização por parte da Organização. Um atleta que desista, deverá informar de

imediato o Juiz de Chegadas e entregar o mapa e o cartão de controlo. Este competidor

não deverá de algum modo interferir na prova ou auxiliar outros competidores.

67

9. Um atleta que infrinja qualquer regra, ou que retire benefício duma infração cometida por

outro, poderá ser desclassificado.

10. Pessoas estranhas à prova que infrinjam as regras estão sujeitas a ação disciplinar.

11. A organização deve interromper e adiar ou cancelar a competição se, em determinado

momento, se tornar claro que as circunstâncias se alteraram, tornando o percurso

perigoso para o competidor, organização ou espectadores.

12. A organização deve anular a competição se as circunstâncias se alterarem, fazendo com

que esta se tenha tornado significativamente injusta.

13. A participação, promoção ou incentivo em apostas relativas a uma prova de Orientação

é estritamente vedada aos competidores, responsáveis de equipa e organização. Além

disso, não devem participar em quaisquer práticas de corrupção relacionadas com

apostas. Essas práticas incluem a fixação dos resultados, sua manipulação sob qualquer

forma, promoção do incumprimento a fim de sair beneficiado, aceitação ou oferta de

subornos e fornecimento de informação privilegiada.

Artigo 103.º - Reclamações

1. As reclamações devem recair sobre as infrações a este Regulamento de Competições ou

às diretivas da organização duma competição.

2. As reclamações apenas podem ser feitas pelos responsáveis de equipa ou pelos próprios

competidores.

3. As reclamações devem ser apresentadas por escrito à organização com a maior

brevidade possível. A organização deve comunicar de imediato a aceitação ou não da

reclamação.

4. A apresentação duma reclamação não implica o pagamento de qualquer taxa.

5. A organização pode estabelecer um tempo limite para a apresentação de reclamações.

As reclamações recebidas após esgotado o tempo limite apenas serão aceites se

invocadas circunstâncias excecionais consideradas válidas e que estejam na base da

reclamação.

Artigo 104.º - Protestos

1. Um protesto é feito com base na decisão da organização sobre uma reclamação.

2. Os protestos apenas podem ser apresentados pelos responsáveis de equipa ou pelos

próprios competidores.

3. Os protestos devem ser apresentados a um dos membros do júri por escrito, no tempo

limite de 15 minutos após ser anunciada a decisão acerca da reclamação. Os protestos

recebidos após este tempo apenas serão aceites se invocadas circunstâncias excecionais

consideradas válidas e que estejam na base do protesto.

68

4. A apresentação dum protesto implica o pagamento duma taxa de 50,00€ (cinquenta

euros). Esse valor será reembolsado na íntegra no caso de o protesto ser julgado

procedente.

Artigo 105.º - Júri do evento

1. O Supervisor FPO deverá providenciar a constituição dum júri que possa decidir sobre os

protestos.

2. O júri do evento deverá ser constituído por três elementos votantes, se possível de clubes

diferentes e incluindo um atleta paralímpico. Poderá participar na reunião do júri um

representante da organização, mas sem direito a voto.

3. A constituição do júri deverá ser anunciada o mais prontamente possível e encontrar-se

afixada em local visível no dia competição.

4. A organização agirá de acordo com as decisões do júri, nomeadamente reintegrando um

competidor desqualificado pela organização, desqualificando um competidor aprovado

pela organização, anulando os resultados duma classe aprovados pela organização ou

aprovando resultados declarados inválidos pelo organizador.

5. O Júri é competente para decidir apenas no caso de estarem presentes os seus três

elementos. Nos casos entendidos como urgentes, poderão ser tomadas decisões

preliminares se a maioria dos membros do júri estiver de acordo.

6. Se um membro do júri admitir algum tipo de preconceito ou se revelar incapaz de cumprir

a sua tarefa, o Supervisor FPO deverá nomear um substituto.

7. Decorrente da sua decisão face a um protesto, o júri, além de instruir o organizador, pode

recomendar que a Federação Portuguesa de Orientação-FPO exclua uma pessoa de

alguns ou todos os futuros eventos no caso de uma grave violação das regras.

8. A decisão do júri não é passível de recurso.

Artigo 106.º - Supervisão do evento

1. Todos os eventos de nível nacional (Taça de Portugal e Campeonato Nacional) devem

ser controlados por um Supervisor FPO. O Supervisor FPO será indicado no prazo de três

meses após a nomeação de um organizador.

2. O Supervisor FPO deve garantir que as regras sejam cumpridas, os erros sejam evitados

e que a justiça desportiva seja inteiramente preservada. O Supervisor FPO tem autoridade

para exigir a execução de ajustes, sempre que estes sejam necessários para satisfazer as

exigências do evento.

3. O Supervisor FPO deve trabalhar em estreita colaboração com a organização e deve

receber dela todas as informações relevantes. Toda a informação oficial publicada, tal

como o boletim, deverá ser previamente aprovada pelo Supervisor FPO.

4. No mínimo, os seguintes procedimentos devem ser realizados sob a autoridade do

Supervisor FPO:

69

- Aprovar o local e o terreno proposto pela organização para a realização do evento e

avaliar a adequação da oferta de alojamento, alimentação, transporte, programa,

orçamento e treino propostas;

- Avaliar e planificar quaisquer Cerimónias previstas;

- Aprovar as propostas da organização relativamente às áreas de Partidas e Chegadas,

bem como eventuais áreas de troca de mapas, inversão de percursos e outras;

- Avaliar a fiabilidade dos sistemas de tomadas de tempos e de processamento de

resultados;

- Verificar se o mapa está de acordo com as normativas internacionais;

- Aprovar os percursos depois de avaliar a sua qualidade, incluindo o grau de dificuldade,

localização dos pontos de controlo, equipamentos, fatores aleatórios e correção do

mapa;

- Avaliar mecanismos facilitadores para o trabalho dos órgãos de comunicação social

- Avaliar acessibilidade e adequabilidade de instalações para a realização de controlo

anti doping;

- Aprovar os resultados oficiais.

5. O Supervisor FPO fará tantas visitas ao terreno quantas as necessárias. As visitas serão

planificadas com a concordância da Federação Portuguesa de Orientação-FPO e da

Organização do evento. Imediatamente após cada visita, deve o Supervisor FPO

submeter à Federação Portuguesa de Orientação-FPO um breve relatório, com cópia para

a Organização do evento.

Artigo 107.º - Relatório do evento

1. No prazo de três semanas após a realização do evento, a organização deve enviar para

os Serviços da Federação Portuguesa de Orientação-FPO o relatório de prova.

2. No prazo de uma semanas após a realização do evento, o Supervisor FPO deve enviar

aos Serviços da Federação Portuguesa de Orientação-FPO o Relatório de Supervisão.

Artigo 108.º - Publicidade e patrocínios

1. Não é permitida publicidade a marcas de tabaco ou bebidas destiladas.

2. A publicidade nos equipamentos usadas pelos membros da equipa durante as Cerimónias

oficiais não deve exceder os 300 cm2. Não há nenhuma restrição para a quantidade de

publicidade nos equipamentos de competição dos competidores, excetuando os dorsais.

Artigo 109.º - Comunicação e Imagem

1. A organização providenciará condições de trabalho atrativas e oportunidades favoráveis

de observação e reportagem do evento aos órgãos de comunicação social devidamente

acreditados.

70

2. No mínimo, a organização deverá disponibilizar aos representantes dos órgãos de

comunicação social o seguinte:

- Acomodação em hotel de categoria média ou superior, com os custos a serem

assumidos pelo utilizador;

- Listas de partidas, programa e outras informações julgadas relevantes, no dia anterior

ao do evento;

- Oportunidade de participar no Model Event;

- Espaço de trabalho na Arena, suficientemente calmo e protegido no que toca às

condições atmosféricas;

- Lista de resultados e mapas com os percursos imediatamente após a competição;

- Acesso à internet, com os custos a serem assumidos pelo utilizador.

3. A organização deve envidar todos os esforços no sentido de maximizar a cobertura

mediática, desde que esta não ponha em causa a equidade do evento.

Artigo 110.º - Documentos anexos

- Modelo de cartão de controlo;

- Modelo de Tabela de Classificação.

Artigo 111.º - Documentação relacionada

- Jury Guidelines, em http://orienteering.org/wp-content/uploads/2010/12/Jury-

Guidelines4.pdf;

- Competititon Rules for IOF trail Orienteering Events (válidas desde 01 Jan 2016), em

http://orienteering.org/wp-content/uploads/2010/12/Competition-Rules-for-IOF-Trail-

Orienteering-Events-2016.pdf;

- Trail Orienteering Relay, em http://orienteering.org/wp-content/uploads/2010/12/Trail-

Orienteering-Relay.pdf;

- Organizers handbook - TrailO Secretariat, em http://orienteering.org/wp-

content/uploads/2010/12/Organizers-handbook-TrailO-Secretariat.pdf;

- Technical Guidelines for Elite Trail Orienteering, em http://orienteering.org/wp-

content/uploads/2010/12/IOF-Technical-Guidelines-for-Elite-Trail-Orienteering1.pdf;

- Technical Introduction to Trail Orienteering for Experienced Foot Orienteers, em

http://orienteering.org/wp-content/uploads/2010/12/Technical-Introduction-to-TrailO-for-

Experienced-Foot-Orienteers1.pdf;

- IOF Control Descriptions, em http://orienteering.org/wp-content/uploads/2010/12/IOF-

Control-Descriptions-20044.pdf;

- IOF TrailO Technical Note 09-02 TempO Specification, em http://orienteering.org/wp-

content/uploads/2010/12/IOF-TrailO-TN-09-02-TempO-Specification.pdf; e

- IOF TrailO Technical Note 10-01 Ranking, em http://orienteering.org/wp-

content/uploads/2010/12/IOF-TrailO-TN-10-01-Ranking.pdf.

71

Título V - Quadros Competitivos de Corridas de Aventura (CA)

Capítulo I - Introdução

Artigo 112.º - Apresentação da disciplina de Corridas de Aventura

1. O presente Regulamento é válido para a disciplina de Corridas de Aventura (CA).

2. A modalidade base é a Orientação e as técnicas desportivas são obrigatoriamente não

motorizadas.

3. As atividades e técnicas de progressão a realizar em cada etapa são em função das

características da região e a sua escolha é da responsabilidade das organizações.

Poderão ser Pedestre, BTT, Atividades Aquáticas, Manobras com Cordas, Tiro com Arco,

Patinagem e similares, Jogos de cooperação e outras Atividades de Perícia.

4. Uma Corrida Aventura baseia-se na passagem por CP’s (Abreviatura internacional para

Check Points - Pontos de Controlo), distribuídos de forma equilibrada ao longo de cada

etapa, sendo a classificação baseada no número de CP’s realizados com sucesso e no

tempo realizado.

5. As provas da Taça de Portugal de Corridas de Aventura (TPCA) regem-se por este

regulamento.

Capítulo II - Descrição dos eventos

Artigo 113.º - Quanto à duração

1. Tipo de prova:

a) Distância ultracurta - inferior a 8 horas;

b) Distância curta - 8 a 12 horas de prova (1 dia de prova);

c) Distância média - 18 a 23 horas de prova (2 dias de prova);

d) Distância longa - superior a 23 horas (mais de 2 dias de prova).

2. Apenas em casos excecionais, poderá a distância das provas da TPCA ser de distância

ultracurta, curta ou longa.

3. O calendário da TPCA deve conter um mínimo de 4 provas e um máximo de 6, sendo

anualmente difundido pela FPO.

4. O percurso da prova deverá estar dimensionado para que a equipa primeira classificada

consiga fazer 90% a 100% dos CP’s da prova.

5. Cada uma das provas deverá estar adaptada aos diferentes escalões em competição, que

terão percursos diferentes. Assim:

- Escalão Aventura - Percursos mais exigentes, tanto a nível físico como técnico,

diferindo no número de elementos que constituem as equipas.

72

- Escalão Promoção - este é o escalão de iniciação devendo as modalidades ser

adaptadas a este nível, nomeadamente no que diz respeito às dificuldades físicas e

técnicas. Este escalão fará um subconjunto de etapas definido pela organização.

- Escalão Jovem - este é o escalão de iniciação para participantes de idade inferior a 18

anos. As provas recomendadas são de duração ultracurta (1/2 dia), excecionalmente

de duração curta (1 dia), devendo as modalidades ser adaptadas a este nível,

nomeadamente no que diz respeito às dificuldades físicas e técnicas.

Artigo 114.º - Etapas

1. Cada evento é constituído por várias etapas.

2. O número de etapas para cada tipo de prova deverá ser:

- Distância ultracurta - inferior a 4 etapas

- Distância curta - entre 3 a 6 etapas

- Distância média - entre 6 a 12 etapas

- Distância longa - superior a 10 etapas

3. O número de CP´s para as provas da TPCA deverá ser em média correspondente a 4

CP’s por hora o que corresponde na distância média, a um número total de CP´s

compreendido entre 72 e 92 CP´s.

4. A distância mínima de cada etapa apenas poderá ser superior a 50% da distância máxima

nos casos excecionais em que a morfologia do terreno e/ou a especificidade do meio de

progressão assim o exijam.

5. Todas as informações respeitantes às etapas (meio de progressão, material obrigatório,

bonificações/penalizações, etc.) estarão especificadas no Raid-Book de cada evento,

elaborado pela respetiva organização e que será entregue às equipas antes do início da

competição. O Raid-Book é vinculativo e eventuais alterações serão devidamente

anunciadas no Briefing às equipas no início da prova ou no início da respetiva etapa sob a

forma de comunicado.

6. Para cada etapa é definido um período de funcionamento (hora de abertura e fecho da

etapa). Os CP’s dessa etapa só serão contabilizados para a classificação caso sejam

realizados dentro do período de funcionamento da mesma.

7. Caso a chegada da equipa exceda em mais de 30 (trinta) minutos o tempo de fecho da

etapa é desclassificada da mesma, não sendo contabilizados quaisquer CP’s realizados

durante essa etapa para efeitos de classificação.

8. O percurso em cada etapa é da escolha da equipa sendo fornecido pela organização um

mapa com a zona de partida e chegada e os respetivos CP’s devidamente assinalados. A

progressão da equipa é feita em autonomia.

9. A classificação da prova corresponde à ordenação das equipas pelo maior número de

CP’s válidos realizados e em caso de empate pela que fizer menor tempo total de prova.

73

Artigo 115.º - Equipas e Escalões

1. Escalão Aventura - As equipas são constituídas por 3 competidores. Em cada etapa

estarão dois elementos em prova, o terceiro prestará assistência à equipa nos locais

designados para tal pela organização. Excecionalmente as etapas poderão ser para 3

elementos no caso das etapas em que o local de partida coincida com o local da chegada.

a) Para que as equipas sejam classificadas no ranking pelo menos um dos elementos

participantes tem de estar filiado na FPO.

b) Nos Campeonatos Ibérico e Nacional, as equipas que pretendam disputar os títulos em

disputa serão compostas por 3 elementos sempre em prova e 1 elemento exclusivamente

para a assistência.

c) Equipas Mistas - de forma a valorizar e incentivar a participação de atletas femininos

serão atribuídos prémios à primeira equipa mistas. Para que uma equipa seja considerada

mista, deverão existir elementos do sexo masculino e elementos do sexo feminino a

controlar pelo menos 50% dos CP´s realizados pela equipa.

2. Escalão Promoção - As equipas deste escalão são constituídas por 2 a 5 elementos,

sendo a assistência à equipa assegurada por um deles.

3. As equipas deverão indicar um chefe de equipa, que será o responsável por todos os

contactos com a organização da prova.

4. As equipas serão identificadas pelo número de dorsal e pelo seu nome. Deverão manter o

número do dorsal ao longo da época, e, no nome, poderão acrescentar ou retirar o(s)

nome(s) do(s) patrocinador(es).

Artigo 116.º - Inscrições

1. No ato de inscrição, os elementos das equipas subscrevem as condições do presente

regulamento.

2. Os valores de inscrição para as provas TPCA são os definidos no Anexo I.

3. As equipas de Aventura devem inscrever-se até doze dias antes do evento (até às 24h da

penúltima segunda feira antes da prova quando esta se inicia a um sábado). Para

inscrições após o prazo definido acima e até ao prazo limite de inscrição definido pela

organização, a organização pode estabelecer um preço superior, correspondente aos

valores indicados no Anexo I.

4. A idade mínima de participação é de 16 anos; todos os participantes menores de 18 anos

devem apresentar uma declaração de autorização parental que lhes permita participar. A

FPO subsidia a participação de atletas até 20 anos com 10,00€ de desconto no valor da

inscrição por cada atleta no escalão Elite, de modo a incentivar a participação de mais

atletas jovens no escalão principal de competição.

74

5. É da inteira responsabilidade dos participantes o julgamento das suas aptidões físicas e

técnicas necessárias à participação na prova. A todos os participantes não federados é

aconselhada a realização de um Exame Médico Desportivo.

Artigo 117.º - Assistência às equipas

1. A organização, transporte e logística da assistência é da responsabilidade das próprias

equipas. O tempo que dura cada assistência é contabilizado no tempo de prova.

2. Nas áreas de transição indicadas pela organização, as equipas poderão fazer

substituições (exceto nos Campeonatos Ibérico e Nacional), isto é, um dos elementos da

equipa pode ceder o seu lugar ao elemento de assistência que é parte integrante da

equipa, respeitando o número de elementos designados para a etapa que se inicia. Estas

áreas correspondem às partidas/chegadas das etapas. Caso seja definido pela

organização, poderá existir, de forma excecional, assistência durante uma determinada

etapa, sendo tal situação obrigatoriamente referida no Raid-Book.

3. O elemento de assistência deve ter um telemóvel disponível permanentemente cujo

número será indicado no secretariado à Organização, para efeitos de contacto em caso de

alguma emergência.

4. O elemento de assistência tem que estar habilitado para conduzir o veículo de assistência

entre etapas, ou existir uma pessoa adicional à equipa que o assegure. É da inteira

responsabilidade dos participantes o cumprimento do Código da Estrada, libertando a

organização de responsabilidades criminal ou civil por quaisquer acidentes de viação.

5. O transporte dos elementos das equipas em veículos durante o decorrer da prova só

deverá ocorrer em situações previamente estabelecidas e/ou situações de emergência

devidamente autorizadas pela organização.

Artigo 118.º - Sistemas de controlo.

1. O registo da realização dos CP’s poderá ser feito de forma eletrónica com o sistema

SPORTident, ou de forma manual por intermédio de cartão de controlo com alicate.

2. Nas provas em que o registo da realização de CP’s e a cronometragem do tempo de

prova são feitos pelo sistema de controlo SPORTident:

a) O tempo contabilizado para efeitos de classificação da equipa corresponde ao tempo

de partida/chegada do último elemento da equipa.

b) Cada participante levará um microchip SPORTident (SICard), fixo ao pulso por uma

pulseira inviolável. Os participantes que já possuam SICard deverão indicar o

respetivo número aquando da inscrição. Os participantes que não possuam SICard

poderão requerer o seu aluguer, mediante as taxas definidas pela FPO para a

presente época. No escalão de Promoção apenas será utilizado um SICard por

equipa, não necessitando de pulseira.

75

c) É da responsabilidade das equipas efetuar o correto controlo dos CP’s, devendo para

tal todos os seus elementos introduzir os respetivos SICards no orifício existente na

unidade de controlo e aguardar pelo sinal luminoso e acústico.

d) Um intervalo de tempo superior a 3 minutos entre o primeiro e o último elemento da

equipa a proceder ao controlo, invalida o CP.

e) Em caso de falha no sistema eletrónico, ou nos pontos em que este não exista, a

equipa deverá proceder à picotagem do CP nas quadrículas de reserva (R1, R2 ou

R3) existentes no mapa.

f) Nas situações extraordinárias de falta de sistema de controlo (estação/picotador) no

CP, a equipa deve reclamar o seu desaparecimento/incorreta colocação, assim que

chegar ao final da etapa ao controlador da organização aí presente. Caso seja

decidido pela organização atribuir esse CP, será atribuído apenas às equipas que o

reclamaram de imediato na chegada da etapa.

g) A perca do sistema de controlo (SICard) durante a etapa implica a perda de todos os

CP’s nele registados. A equipa deve solicitar à organização novo SICard.

h) Em caso de neutralização prevista pela organização a meio de uma etapa haverá uma

estação SPORTident para registar a hora de chegada e outra estação para registo da

hora de partida. Nas situações de neutralização não prevista pela organização, o

tempo de neutralização será registado manualmente pelos controladores no local.

3. Nas provas da TPCA o registo da realização de CP’s e a cronometragem do tempo de

prova serão feitos obrigatoriamente pelo sistema de controlo SPORTident.

Artigo 119.º - Postos de controlo (CP’s).

1. A generalidade dos postos de controlo (CP’s) são facultativos podendo, no entanto, a

organização definir CP’s obrigatórios em cada etapa. Estes devem estar devidamente

diferenciados no mapa e indicados no Raid-Book. A não realização de um CP obrigatório

implica a desclassificação da equipa na etapa.

2. Poderão existir CP’s com um horário de funcionamento específico, expressamente

indicado no Raid-Book. Por defeito, todos os CP´s duma etapa terão um horário de

funcionamento coincidente com o horário de realização da etapa.

3. Os postos de controlo encontram-se numerados. A cada CP corresponderá um número

único durante cada dia de prova.

4. A sinalética dos CP’s é indicada no mapa segundo as regras da International Orienteering

Federation, sendo no terreno materializados por um prisma de orientação equipado com

uma base SPORTident e/ou picotador.

76

Artigo 120.º - Pontos de partida e chegada.

1. Para a realização da etapa os pontos de partida e chegada são obrigatórios. Estes estão

devidamente assinalados no mapa e identificados no terreno pela presença de um

controlador da organização.

2. Para cada etapa a hora limite de partida será de 30 minutos após o encerramento da

etapa anterior. Na primeira etapa de cada prova, ou nas etapas que se seguem a

neutralizações, a hora limite de partida poderá ser de até 30 minutos após a hora de início

da etapa.

3. A partida da equipa é materializada pelo registo do instante da partida (controlo horário)

introduzindo o SICard na unidade de controlo (estação de partida). Cada elemento da

equipa regista o instante da partida (controlo horário) introduzindo o SICard na unidade de

controlo (estação de partida). Segue-se a entrega dos mapas da etapa pelo controlador

que registará a saída da equipa na folha de controlo. A equipa deve então abandonar a

área de assistência. O seu regresso é interpretado como desistência da etapa exceto no

caso do ponto de partida e chegada da etapa serem coincidentes.

4. Nas etapas em que seja necessário equipamento específico para realizar atividades (por

ex. escalada), as equipas que, após consulta do mapa, optarem por não realizar a(s)

atividade(s), podem deixar o equipamento na partida para ser recolhido pela sua

assistência.

5. Na chegada da equipa, cada elemento regista o tempo de chegada introduzindo o SICard

na unidade de controlo (estação de chegada) devidamente identificada para o efeito. O

CP da chegada só será considerado caso seja controlado dentro do horário de

funcionamento específico, expressamente indicado no Raid-Book.

6. Na última etapa, ou sempre que a organização assim o entender, haverá uma hora limite

de controlo da chegada. Caso essa hora limite não seja respeitada, equipa será

desclassificada na etapa.

Artigo 121.º - Desistências de etapa, abandono da prova ou situações de acidente.

1. Uma equipa que não chegue dentro do horário previamente estabelecido no Raid-Book

para a etapa, poderá optar ou ser obrigada a não realizar a seguinte ou as seguintes

etapas. Não serão considerados os CP’s dessa(s) etapa(s) sendo atribuído o tempo de

funcionamento da etapa, para efeitos de classificação. Devem dirigir-se para a partida da

etapa seguinte onde procedem ao controlo horário na respetiva estação de partida.

2. As equipas que queiram abandonar a prova devem fazê-lo no início ou final de uma etapa

e devem comunicar a sua decisão à organização.

3. Caso uma equipa não consiga concluir uma etapa de forma autónoma será

desclassificada nessa etapa. A equipa terá que contactar a organização para autorizar o

resgate pela sua assistência.

77

4. A equipa deverá contactar a organização para que um atleta lesionado ou acidentado

possa ser socorrido, não podendo este ser abandonado pelos colegas de equipa.

5. Uma equipa que fique incompleta (não consiga ter em prova o nº de elementos indicados

no Raid-Book para a realização da etapa) poderá continuar em prova na situação de

extracompetição, desde que nunca estejam menos do que dois elementos em prova e a

organização o autorize.

6. A organização poderá por questões de segurança impedir a participação da(s) equipa(s)

quer numa atividade de risco quer numa etapa.

Artigo 122.º - Meios de navegação e comunicações.

1. Todos os meios auxiliares de navegação por rádio ou satélite (Ex: GPS) são estritamente

proibidos. A sua posse e/ou utilização levará à desclassificação da equipa.

2. A utilização de meios de comunicação móvel é proibida, exceto em situações de estrita

emergência.

3. As equipas que transportem algum telemóvel em prova terão de o ter sempre desligado,

caso contrário serão desclassificadas da etapa.

Artigo 123.º - Bonificações e Penalizações

1. A organização pode entender atribuir bonificações ou penalizações às equipas. As razões

de tais atribuições devem ser divulgadas e justificadas.

2. As eventuais bonificações poderão ser devidas a:

- Ajuda prestada a equipa ou membro de outra equipa em perigo no decurso da prova;

- Outras indicadas no Raid-Book.

3. As penalizações mais frequentes serão:

- Não transportar consigo o equipamento obrigatório para a etapa, indicado no Raid-

Book: será deduzido um CP por cada item em falta;

- Desrespeito pelas instruções dadas pela organização: desclassificação da etapa ou

prova;

- Não utilização ou colocação incorreta dos meios de identificação (dorsal ou outros):

dedução de um CP por cada situação;

- Não utilização do equipamento de segurança: dedução de um CP por cada item em

falta;

- Transporte de dois elementos na mesma BTT: desclassificação da etapa;

- Os elementos não transitarem juntos durante a etapa. Caso a equipa não consiga

reagrupar em 3 minutos, será desclassificada da etapa;

- Assistência fora dos locais previstos (sem autorização da organização):

desclassificação da prova;

- Outras indicadas no Raid-Book.

78

Capítulo III - Equipamento

Artigo 124.º - Equipamento fornecido pela organização

1. A organização fornece o seguinte equipamento, quando necessário:

- Equipamento para Tiro com Arco (arco, flechas e alvo);

- Equipamento para as atividades náuticas (embarcação, pagaias e coletes auxiliares de

flutuação);

- Outro equipamento específico para atividades.

2. A organização pode decidir cobrar uma caução ou um aluguer pela cedência dos

equipamentos, devendo previamente noticiá-lo.

3. As equipas são responsáveis pelos equipamentos cedidos pela organização durante o

período de tempo em que estão à sua guarda.

Artigo 125.º - Equipamento obrigatório da equipa, a utilizar conforme indicações do RaidBook

Equipamento segurança:

Um apito;

Uma manta de sobrevivência por competidor;

Um kit de primeiros socorros contendo material de desinfeção, ligaduras, adesivo e

pensos; Uma bússola;

Um cantil ou similar com a capacidade mínima de 0,75l por competidor;

Um forro polar ou similar por competidor; Um casaco “corta-vento” por competidor.

Equipamento BTT:

Uma bicicleta tipo montanha (BTT) por competidor; Uma luz dianteira de BTT por

competidor;

Um capacete para BTT (modelo homologado) por competidor; (pode ser usado noutras

atividades de risco);

Um kit de reparação de BTT por equipa, que permita a autonomia da equipa em caso de

avaria da BTT.

Equipamento Atividades Aquáticas:

Um saco estanque de capacidade mínima 10 litros, por equipa; Um fato de neoprene, por

competidor.

Equipamento Atividades Cordas:

Um arnês;

Um mosquetão com segurança; Uma fita cosida (60 cm);

Um descensor;

Um par luvas para atividades de cordas (luvas em pele ou material resistente à fricção).

Equipamento Noturno:

Uma lanterna ou frontal, que funcione, por competidor;

79

Uma luz vermelha intermitente, que funcione, por competidor.

Outros Equipamentos:

A indicar pela organização com 30 dias de antecedência no site da prova.

Artigo 126.º - Equipamento recomendado

Coletivo:

Um ciclómetro;

Um porta-mapas para BTT;

Um canivete;

Sacos para o lixo;

Um relógio com cronómetro;

Equipamento Atividades de Cordas para os restantes competidores (equipamento

adicional que poderá ser vantajoso para a equipa na transposição de obstáculos);

Duas pagaias.

Individual:

Roupa adequada à época do ano; Calçado apropriado; Cobertura para a cabeça;

Protetor solar.

Capítulo IV - Classificação e Prémios nas provas

Artigo 127.º - Classificações

1. As equipas, de acordo com a sua constituição, serão classificadas num dos seguintes

escalões:

- Aventura

- Promoção

2. A classificação será ordenada pelo maior número de CP’s realizados.

3. O tempo total (incluindo penalizações e bonificações) servirá para desempate quando o

número de CP’s for idêntico. Será melhor classificada a equipa que tenha demorado

menos tempo a completar o mesmo número de CP’s.

4. A classificação provisória deverá ser afixada no final do primeiro dia de competição e

antes da entrega de prémios.

5. Serão atribuídos prémios às 3 primeiras equipas do escalão Aventura e à primeira equipa

mista. A atribuição de prémio nos escalões Promoção e Jovem é facultativa.

Artigo 128.º - Reclamações e Recursos

1. As reclamações técnicas das etapas deverão ser feitas por escrito à organização, até 30

minutos após o final da prova.

2. As equipas que desejarem reclamar relativamente às classificações poderão fazê-lo por

escrito, junto da organização, até 30 minutos após a afixação dos resultados provisórios.

80

3. Até 2 dias úteis após a publicação dos resultados provisórios na Internet, a equipa poderá

pedir a revisão da sua classificação (apenas relativamente a questões de cronometragem)

obrigatoriamente por escrito, via e-mail.

4. Os recursos têm de ser apresentados até 2 dias úteis após a divulgação das

classificações finais e devem ser dirigidos ao Conselho de Arbitragem da Federação

Portuguesa de Orientação-FPO.

Artigo 129.º - Supervisor e Júri Técnico

1. Para cada prova será nomeado pelo Conselho de Arbitragem da FPO um Supervisor

Técnico que acompanha a organização, verifica a aplicação dos regulamentos e coordena

o processo de análise e decisão das reclamações.

2. O Júri Técnico é composto por três membros efetivos e dois suplentes, nomeados pelo

Conselho de Arbitragem, de acordo com o definido no RACP.

3. O recurso das decisões do Júri Técnico é submetido diretamente ao Conselho de

Arbitragem.

Artigo 130.º - Rankings da Taça de Portugal de Corridas Aventura

1. A pontuação final do ranking obtém-se pelo somatório das pontuações obtidas nas provas

realizadas durante a época. Todas as provas terão o mesmo fator de ponderação no

ranking final.

2. Serão apenas considerados os 4 melhores resultados da época de cada equipa.

3. Em cada prova são atribuídos ao vencedor de cada escalão 100 pontos. As restantes

equipas obtêm uma pontuação em função do resultado do vencedor.

4. Apenas para efeito de Ranking recorre-se à fórmula apresentada no Anexo V para cálculo

do número pontos para o ranking atribuídos a cada equipa em cada escalão. Esta fórmula

visa distinguir, para efeitos de cálculo de pontos para o Ranking, resultados de equipas

com o mesmo número de CP’s mas com diferenças de tempo significativas.

Generalidades da fórmula de cálculo de pontuação para Ranking:

- Peso do fator CP’s: 92,5 % no caso de prova média e 87,5 % no caso de prova curta;

- Peso do fator tempo: 7,5 % no caso de prova média e 12,5 % no caso de prova curta;

- Apesar de valorizar o tempo, a fórmula impede que equipas com menor número de

CP’s controlados obtenham pontuações superiores às equipas com maior número de

CP’s controlados mesmo que tenham realizado a prova num tempo substancialmente

menor.

5. Para a prova espanhola incluída na TPCA recorrer-se-á à mesma fórmula, para cálculo da

pontuação a transpor para o ranking português.

6. Às equipas envolvidas na organização de provas da TPCA, será atribuída uma única

pontuação correspondente à média dos três melhores resultados obtidos no respetivo

81

escalão nas provas em que participaram. A mesma equipa não poderá pontuar duas

vezes na mesma época pelo envolvimento na organização de provas da TPCA.

7. Se houver necessidade de proceder a um desempate, serão considerados os seguintes

fatores de desempate:

- Pontuação total obtida em todas as provas;

- Maior número de 1ºs lugares, maior número de 2ºs lugares, maior número de 3ºs lugares e

assim sucessivamente até se achar a equipa vencedora;

8. A equipa base é a designação dos elementos comuns que uma equipa tem em todas as

provas que constituem a Taça de Portugal de Corridas de Aventura, ao longo da época.

Esta equipa base é constituída por 3 elementos, sendo que pelo menos 2 destes elementos

têm de fazer parte da equipa em prova.

9. As equipas do escalão Aventura são consideradas automaticamente no Ranking da

TPCA, com o número de dorsal, o nome da equipa, o escalão e a sua constituição base.

10. As equipas serão contabilizadas para o Ranking sempre que pelo menos 2 atletas da

equipa base estejam em prova.

11. Para constarem no ranking pelo menos um dos elementos da equipa tem que ter a

filiação na FPO válida à data da realização das competições em que participam.

Artigo 131.º - Prémios do Ranking

Serão atribuídos prémios ou troféus finais aos primeiros 3 classificados no ranking.

Capítulo V - Patrocínios e Media

Artigo 132.º - Patrocínios

1. A designação da equipa (nome e patrocinadores associados) não poderá exceder os 30

caracteres, para efeitos de apresentação nas listagens de classificações. À organização

reserva-se o direito de recusar uma denominação, logotipo ou patrocinador de equipa que

considere de carácter provocativo ou que desrespeite o espírito da TPCA.

2. As equipas participantes na TPCA terão de utilizar de forma visível, em todas as etapas

das provas, os dorsais distribuídos pela organização, os quais não poderão sofrer

qualquer tipo de dano ou alteração da sua forma.

3. É proibido às equipas, durante o decorrer de qualquer atividade relacionada com as

provas da TPCA, a distribuição, afixação ou projeção de qualquer tipo de informação de

carácter publicitário, sem que esta tenha sido devidamente autorizada pela organização.

As equipas que não o cumpram serão desclassificadas da prova.

82

Artigo 133.º - Media

1. Todos os direitos de captação, produção e difusão de imagens acerca da TPCA estão

reservados. Ao se inscreverem e participarem na TPCA, os elementos das equipas

autorizam a utilização e difusão de imagens suas, captadas no decorrer da prova.

2. A captação de imagens pelos meios de comunicação nacionais e regionais de qualquer

atividade relacionada com os eventos TPCA, bem como a disponibilização de material

audiovisual, deverá ser coordenada e autorizada pela FPO.

Capítulo VI - Controlo Anti Doping

Artigo 134.º - Controlo Anti Doping

1. As provas da Taça de Portugal de Corridas de Aventura regem-se pelo “Regulamento

Antidopagem” da Federação Portuguesa de Orientação-FPO.

2. Serão aplicadas às equipas da Taça de Portugal de Corridas de Aventura as sanções

para equipas previstas no “Regulamento Antidopagem” da Federação Internacional de

Orientação (IOF).

3. A Lista de Substâncias e Métodos Proibidos da Agência Mundial Antidopagem para o

corrente ano é a indicada pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP).

Capítulo VII - Campeonato Nacional

Artigo 135.º - Campeonato Nacional

1. O Campeonato Nacional de Corridas de Aventura está enquadrado na TPCA.

2. O regulamento para a prova é o Regulamento da Taça de Portugal de Corridas de

Aventura.

3. A atribuição do título de Campeão Nacional será realizado para a classificação absoluta

do escalão Aventura e para a primeira equipa mista.

4. A contabilização para o ranking da Taça de Portugal de Corridas de Aventura será

idêntica a qualquer outra prova da Taça de Portugal.

Capítulo VIII - Campeonato Ibérico de Corridas de Aventura

Artigo 136.º - Campeonato Ibérico

1. O Campeonato Ibérico de Corridas de Aventura está enquadrado na TPCA.

2. O regulamento do Campeonato Ibérico de Corridas de Aventura é o Regulamento da

Taça de Portugal de Corridas de Aventura

3. A participação nos eventos será aberta a todas as equipas provenientes dos dois países e

que se apresentem na linha de partida. Será considerada como equipa Campeã Ibérica de

83

Corridas de Aventura a primeira equipa classificada no escalão Aventura, constituída

exclusivamente por atletas de nacionalidade portuguesa ou espanhola. Será também

atribuído o título de equipa Campeã Ibérica de Corridas Aventura Mista, para a melhor

equipa com pelo menos um elemento feminino em prova.

4. A classificação coletiva das representações nacionais será obtida pela soma direta das

pontuações obtidas pelas três melhores equipas nacionais em prova no escalão Aventura,

constituídas exclusivamente por atletas nacionais, sendo que uma delas terá

obrigatoriamente que ser mista.

5. Será considerado país Campeão Ibérico de Corridas de Aventura aquele que tiver uma

maior pontuação, obtida segundo os critérios definidos no ponto anterior.

Título VI - Quadros Competitivos de Ori-Trail / Rogaine

Capítulo I - Normas gerais

Artigo 137.º - Definição

O Ori-Trail / Rogaine é uma disciplina de orientação pedestre baseada na estratégia de

eleger os controlos a visitar, em equipa de 2 a 5 elementos, em grandes espaços e com

um tempo limite. A escolha dos itinerários é livre e cada controlo tem uma valorização em

pontos, sendo o objetivo de cada equipa conseguir a máxima pontuação no tempo

definido. O conjunto de controlos disponíveis deve ser suficientemente alargado para que

não seja possível realizá-los todos no tempo da prova obrigando assim à definição de uma

estratégia por parte de cada equipa.

Cada competição terá o tempo que o organizador fixar mas para os eventos da Taça de

Portugal esta será de 4 a 8 horas. Para os escalões de lazer (open) a duração pode ser

inferior.

Artigo 138.º - Organização e participação

1. As competições integrantes da Taça de Portugal de Ori-Trail / Rogaine são organizadas

sob a tutela da FPO pelos clubes filiados a quem sejam atribuídas.

2. As provas organizadas sob responsabilidade da FPO são abertas a praticantes federados

e não federados, nas condições dispostas no presente regulamento

3. Se um ou mais participantes de uma equipa for(em) menor(es) de 18 anos terá(ao) de

apresentar uma autorização assinada pelos seus pais ou tutores legais.

Artigo 139.º - Escalões de competição

1. Os escalões de competição são decompostos por género, como segue: FEMININO,

sendo os escalões designados pela letra D (ou W). MASCULINO, sendo os escalões

designados pela letra H (ou M). MISTO, sendo os escalões designados pelas letras MX.

84

2. As provas da Taça de Portugal realizam-se por escalões, com as idades referidas a 31 de

Dezembro do ano da época desportiva, de acordo com a tabela seguinte:

a) Absoluta Masculina - ME ---------------------------------------- Sem limite de idade

b) Absoluta Feminina - DE ----------------------------------------- Sem limite de idade

c) Absoluta Mista - MXE -------------------------------------------- Sem limite de idade

d) Veteranos Masculino - M40 ------------------------------------ Ter 40 anos ou mais

e) Veteranos Feminino - D40 ------------------------------------- Ter 40 anos ou mais

f) Veteranos Misto - MX40 ----------------------------------------- Ter 40 anos ou mais

g) Superveteranos Masculino - M55 ---------------------------- Ter 55 anos ou mais

h) Superveteranos Feminino - D55 ------------------------------ Ter 55 anos ou mais

i) Superveteranos Misto - MX55 --------------------------------- Ter 55 anos ou mais

j) Júnior Masculino - M20 --------------------------------------- Ter 20 anos ou menos

k) Júnior Feminino - D20 ---------------------------------------- Ter 20 anos ou menos

l) Júnior Misto - MX20 ------------------------------------------- Ter 20 anos ou menos

3. Em função da idade de cada um dos seus elementos, o escalão da equipa é definido da

seguinte forma:

a. Equipa em que um dos elementos tem menos de 40 e mais de 20 anos - a equipa é do

escalão absoluto;

b. Equipa só com veteranos - a equipa é do escalão correspondente ao elemento mais

novo;

c. Equipa só com jovens (20 anos ou menos) - a equipa é do escalão júnior;

d. Equipa com jovens e veteranos - a equipa é do escalão absoluto

Artigo 140.º - Controlos

1. Cada baliza a visitar pelas equipas terá um valor definido previamente pelo traçador de

percursos, segundo a sua dificuldade técnica, a distância e o desnível a percorrer.

2. Cada controle é materializado no mapa por um círculo magenta com o seu número de

código (preferencialmente, o número de código está relacionado com a valorização do

controlo).

3. Quem exceda o tempo limite sofrerá uma penalização de valor definido previamente pelo

traçador de percursos por cada minuto excedido, indicada no regulamento da prova, mas

nunca inferior a 1 ponto por minuto. Para excessos de tempo superiores a 30 minutos será

aplicada a desclassificação.

Artigo 141.º- Mapas

1. Os mapas devem ter escalas adequadas à disciplina e à área a utilizar na prova, podendo

ser propostas situações de utilização de mais de um mapa, com escalas diferenciadas,

como forma de promover a realização de parte da prova em meios urbanos ou afins.

85

2. Até à escala 1:20.000, os mapas a usar devem ser de Orientação e produzidos de acordo

com as normas vigentes.

3. Os mapas de escalas 1/25.000 devem ser produzidos pelo IGeoE e obtidos através do

protocolo existente com a FPO.

Artigo 142.º - Condições materiais das provas

1. Os organizadores de eventos da Taça de Portugal Ori-Trail / Rogaine estão obrigados a

cumprir os aspetos constantes do Contrato de Organização de Eventos.

2. Os organizadores de eventos da Taça de Portugal estão ainda obrigados a garantir:

a) Um local de pernoita em solo duro;

b) Sanitários na zona da concentração (vulgo “arena”);

c) Ambulância, gelo e primeiros socorros na área das chegadas;

d) Água na zona de partidas, na chegada e no percurso. Os abastecimentos colocados

no percurso são obrigatórios de acordo com as normas existentes. No percurso é

aconselhada a distribuição da água em copos e a presença de elemento responsável

pelo abastecimento;

e) Divulgação na área de concentração e na área de partidas, das informações

pertinentes e das informações técnicas;

f) Sistema de som nas chegadas;

g) Banhos com água quente.

3. Recomenda-se que as provas urbanas sejam disputadas em zonas sem trânsito

automóvel ou com o devido policiamento.

4. Recomenda-se fortemente a existência de uma refeição ligeira de convívio a coincidir com

a entrega de prémios.

Artigo 143.º - Sistema de controlo e cronometragem das provas

1. Todas as Provas da Taça de Portugal são controladas eletronicamente.

2. A cada atleta (e não a cada equipa) deve corresponder um cartão eletrónico, podendo ser

atribuído pela organização em condições definidas no regulamento

3. O atleta é responsável por efetuar corretamente o registo no seu cartão eletrónico, sendo

que, na utilização do sistema SPORTident, deve esperar o tempo necessário para obter a

confirmação.

4. Todos os elementos da equipa devem controlar cada posto visitado.

5. Em caso de falha da unidade de registo do posto de controlo, o atleta deve validar a

presença no posto de controlo, picotando o mapa no espaço indicado para o efeito com o

picotador respetivo.

6. No caso de falha do registo no cartão eletrónico e ausência do registo picotado, o controle

não é considerado, mesmo que no posto de controlo (estação) haja o registo da

passagem do atleta.

86

7. Nos escalões de lazer pode ser utilizado o cartão de controlo manual;

8. Em caso de desaparecimento do posto de controlo (suporte, unidade de controlo

eletrónico e baliza) ou de colocação comprovadamente errada (fora do local assinalado no

mapa), a equipa deve continuar a sua prova normalmente.

Artigo 144.º - Material obrigatório

1. Os organizadores devem fazer um controle rigoroso ao material obrigatório na entrada

para a área de partidas. A falta de qualquer artigo deve implicar a desclassificação da

equipa.

2. Durante a prova a organização poderá realizar controlos de material de surpresa, sempre

a todas as equipas e no mesmo local.

3. Materiais obrigatórios: Devem ser ajustados à época do ano e à duração da prova. A

organização deve indicar na informação da prova quais os materiais obrigatórios por

participante e por equipa. Nestes materiais obrigatórios devem ser equacionadas as

seguintes necessidades:

a) Por participante: Cartão SPORTident, bolsa ou mochila, apito, lanterna com pilhas,

comida energética para o dia, recipiente com água, capa impermeável ou agasalho e

sapatilhas ou botas com sola suficientemente dura.

b) Por equipa: Telefone móvel, cobertura isotérmica de emergência, e uma pequena

farmácia que pelo menos contenha: pensos rápidos, vaselina, compressas

esterilizadas, líquido antisséptico ou sabão, canivete ou tesoura.

Artigo 145.º - Telefone móvel

1. Por motivos de segurança cada equipa transporta obrigatoriamente um telefone móvel,

com a bateria carregada;

2. Nos mapas distribuídos às equipas, deve constar obrigatoriamente um número de

contacto da organização para casos de necessidade de assistência.

Artigo 146.º - Abastecimentos

1. O principio geral quanto ao abastecimento é o da autossuficiência, pelo que as equipas

competem em completa autonomia de alimentação, água e roupa durante toda a prova,

devendo contudo a organização disponibilizar pontos de abastecimento de agua e/ou

alimentos.

2. A natureza e composição dos pontos de abastecimento serão decididos pelos

organizadores. Em cada abastecimento estará sempre presente um elemento da

organização que serve de elemento de segurança e garante a existência de agua durante

todo o tempo e o uso que as equipas dão à mesma.

3. É obrigatória a existência de abastecimento na chegada em composição a definir pelo

organizador, mas que deve incluir água em quantidade suficiente para as necessidades.

87

Artigo 147.º - Equipas

1. As equipas, em prova, são compostas de 2 a 5 elementos, que permanecem sempre

juntos sendo permitido uma distância máxima de 20 metros, e uma diferença máxima no

controlo de cada estação com o Cartão SPORTident de 1 minuto entre o 1º e o último

elemento da equipa.

2. Cada equipa deve ser identificada por uma designação escolhida pela própria.

3. Para efeitos de pontuação no ranking da Taça de Portugal, considera-se que se está

perante a mesma equipa desde que se verifiquem, cumulativamente, as seguintes

condições:

Manter o nome;

Manter o escalão;

Ter 1 elemento federado;

Manter um elemento da formação original (constituição da equipa participante na

primeira prova do ranking).

Artigo 148.º - Partidas

1. A partida é em massa. Saem todos ao mesmo tempo.

2. As folhas com a descrição dos controlos - sinalética será entregue com o mapa.

3. Os mapas, um por atleta, são entregues 15 minutos antes da partida e após um pequeno

briefing de participação não obrigatória.

Artigo 149.º - Chegadas

1. O tempo de finalização de cada equipa é o tempo registado pelo último elemento da

equipa.

2. Se uma equipa desistir está obrigada a informar a organização do facto.

Artigo 150.º - Segurança

1. Todos os participantes assumem o compromisso de respeitar todas as indicações de

segurança difundidas pela organização.

2. Em cada competição será nomeado pela organização um Coordenador de Segurança,

que não pode ser o diretor da prova, e cuja missão é estar identificado com todas as

previsíveis dificuldades e meios de assistência e socorro. Os seus contactos estarão

impressos no mapa.

3. Em caso de emergência as equipas podem usar todos os meios possíveis para contactar

o Coordenador de Segurança.

4. Os membros de uma equipa devem permanecer juntos. Em caso de acidente poderão

separar-se para pedir socorro mas devem avaliar bem a situação do ferido / lesionado

para garantir a sua integridade.

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Artigo 151.º - Socorro

1. Qualquer participante está obrigado a socorrer a outro participante que, estando em

perigo, o solicite.

2. A não prestação do auxílio solicitado implica a desclassificação sem prejuízo de outras

responsabilidades penais.

3. Uma equipa que solicite auxílio não justificado será desclassificada.

4. Uma equipa que preste auxílio pode ser compensada com o tempo estimado gasto (a

equipa deve prolongar o seu tempo de prova pelo tempo gasto no auxílio).

Artigo 152.º - Seguros e responsabilidades

1. Os praticantes estão abrangidos pelas apólices da FPO nos termos das mesmas, ou por

outra de grupo que a substitua e seja aceite pela FPO.

2. A responsabilidade de qualquer ocorrência ou acidente é sempre dos participantes. Em

todo o caso os organizadores durante a preparação dos eventos procuram eliminar todas

as situações potencialmente perigosas.

3. Qualquer lesão, acidente ou dano bem como perda ou deterioração de equipamentos

durante a execução da prova é responsabilidade do participante.

4. A suspensão da prova após o seu início, por razões de segurança tais como incêndios,

nevoeiro ou chuva forte, não responsabiliza a organização.

5. Durante a prova a organização pode impedir um participante de continuar se, após

parecer de qualificado, for considerado não estar em condições de continuar.

Artigo 153.º - Supervisor e Júri Técnico

1. O CA/FPO nomeará um supervisor que será o representante da FPO e o responsável

pelo cumprimento das normas regulamentares.

2. O júri técnico será composto pelo supervisor, 3 (três) elementos escolhidos pelo

supervisor entre os participantes, preferencialmente entre os habilitados com formação de

supervisor ou de traçador de percursos, e indicados antes da partida e o diretor da prova.

O supervisor e o diretor da prova não têm direito a voto nas decisões.

3. As reclamações são apresentadas junto da organização.

4. Os protestos terão de ser apresentados até 30 minutos após a hora de termo da

competição.

Artigo 154.º - Classificações

1. A classificação, por escalão, é obtida segundo as seguintes regras:

Pontos obtidos (soma dos pontos obtidos nos controlos visitados menos as eventuais

penalizações).

Em caso de empate: pelo menor tempo gasto na execução.

Se continua o empate: pelo maior número de controlos visitados.

89

2. Sem prejuízo das classificações por escalão, é prerrogativa da organização a produção

de uma classificação geral com todos os escalões de competição e utilizando os critérios

supra indicados.

Artigo 155.º - Rankings

1. Cada prova atribui pontos e o seu somatório será o ranking da TP Ori-Trail / Rogaine.

2. Para integrar o ranking da FPO é obrigatório que pelo menos 1 (um) dos elementos da

equipa (até 5) sejam federados. Os nomes dos integrantes da equipa podem ser indicados

à FPO na medida da sua participação até atingir o máximo de 5.

3. Para efeitos de pontuação no ranking da TP, considera-se que se está perante a mesma

equipa desde que se verifiquem, cumulativamente, as seguintes condições:

Manter o nome;

Manter o escalão;

Manter um elemento da formação original (constituição da equipa participante na

primeira prova do ranking).

4. As equipas podem ser de um clube filiado na FPO ou de filiados na FPO que se juntam e

deve escolher o nome com que se regista no ranking até ao início da 1ª prova.

5. A pontuação a atribuir em cada prova é a seguinte: 1º: 100 pontos, 2º: 95 pontos; 3º: 90

pontos, 4º: 88 pontos, 5º: 86 pontos, 6º: 84 pontos, 7º: 82 pontos, 8º: 80 pontos, 9º: 79

pontos, 10º: 78 pontos, …, 86º: 2 pontos, e 87º e restantes: 1 ponto.

6. Para o ranking de cada equipa pontuam 66% dos percursos da TP, arredondados ao

número inteiro superior.

7. Para o ranking admite-se uma pontuação de média para os elementos que colaborem

como organizadores nos eventos da TP.

Artigo 156.º - Prémios

1. Em cada prova há prémios para os 3 primeiros classificados de cada escalão.

2. É desejável, sem que tal onere significativamente a taxa de inscrição, a atribuição de

prémios de presença, preferencialmente alusivos à prova e/ou modalidade - t-shirt,

caneca, pequeno troféu, etc.

Artigo 157.º - Inscrições

Cada organizador é livre de estabelecer a forma de inscrição, sendo recomendado o uso do

OriOásis.

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Anexos ao Regulamento de Competições

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Anexo I - Taxas para Época

1. Taxas de inscrição na FPO

Tipo de filiação Nível etário

Taxa de

inscrição e

renovação

Observações

Praticante de

Competição

Jovens (até 20 anos) 13,50€ Apoio de 100% da FPO

Adultos inscritos por clube 13,50€

Adulto inscritos

individualmente 42,00€

Apoio de 50% da FPO na inscrição

inicial e isenção da taxa de

transferência

Outros agentes 10,00€ Esta taxa não acumula com a taxa de

praticante de competição

Clubes - 75,00€ Apoio de 50% da FPO

Transferências - 16,00€

Taxa de

reinscrição Jovens e Adultos 7,50€

Permite a atletas que não renovaram

por mais de 5 anos, a recuperação do

n.º de inscrição; acumula com a taxa de

renovação.

2. Taxas máximas de inscrição por percurso (Pedestre e BTT)

Tipo de filiação Nível etário Provas TP CiNU e CiNE

Praticante federado (com

renovação e EMD válido,

conforme n.º 5 do art.º 4.º)

Elite 7,00€ 2 5,00€

Adulto (excepto Elite) 6,00€ 2 5,00€

Jovem (até 20 anos) 3,00€ 2,50€

Restantes Praticantes3

Elite 11,00€ 4 7,00€

Adulto (excepto Elite) 10,00€ 4 7,00€

“Futuro federado” 5,00€ 4,00€

Jovem (até 20 anos) 5,00€ 4,00€

Desporto Escolar5 Jovens 1,50€ 1,50€

a) Os clubes organizadores podem adicionar prazos complementares mais curtos com

penalização nas taxas de inscrição até 50%.

2 Aplicável nas provas da TP Pedestre: por cada atleta o clube organizador contribui com 0,30€ para a FPO.

3 Inclui Taxa do seguro de acidentes pessoais; Obrigatório fornecer o número do BI/Cartão Cidadão/Passaporte.

4 Aplicável nas provas da TP Pedestre: Por cada atleta o clube organizador contribui com 1,50€ para a FPO.

5 Isenção de pagamento do SPORTident e da taxa de seguro, desde que enquadrados pelos docentes, sendo

obrigatória a apresentação de comprovativo do Seguro Escolar, passado pelo Estabelecimento de Ensino.

92

b) Sugere-se a aplicação, nos escalões de formação e Fácil curto, de um preço 1,00€

inferior aos estipulados para os restantes escalões, embora por simplificação, o preço

máximo destes escalões seja idêntico aos dos restantes escalões extra Elite.

c) É permitido aos clubes organizadores implementarem uma taxa para alterações

(mudanças de escalão, troca de SICard, etc.) ou anulação de inscrição de última hora

(realizadas após o 12.º dia) até um limite de 2 euros por alteração/anulação, desde

que previamente divulgado nas informações do evento.

3. Taxas de inscrição nas provas de Orientação de Precisão

Os custos máximos a praticar, por percurso, nos eventos de Orientação de Precisão são

para as classes de iniciação, aberta ou paralímpica (independente da idade):

- Praticante Federado: 3,00€

- Praticante Não filiado3: 5,00€

4. Taxas de inscrição nas provas de Ori-Trail / Rogaine

Os custos máximos a praticar, por percurso, nos eventos de Or-Trail / Rogaine são para

todas as classes 10,00€ (dez euros) sendo que caso a organização inclua uma refeição, que

será facultativa, pode cobrar até mais 5,00€ (cinco euros).

5. Taxas de inscrição nas provas de Corridas de Aventura

Provas de 2 dias (médias) Provas de 1 dia (curtas)

Inscrições até 12 dias antes do evento

Aventura - 100,00€/equipa

Promoção - Até 15,00€/atleta

Aventura - 60,00€/equipa

Promoção - Até 12,00€/atleta

Inscrições após o prazo definido acima, até ao prazo limite de inscrição definido pela organização

Aventura - 125,00€/equipa

Promoção - Até 15,00€/atleta

Aventura - 75,00€/equipa

Promoção - Até 12,00€/atleta

Taxa de não federado onde se inclui o seguro desportivo (1,56€ ou 2,73€, quer se trate, respetivamente, de provas de um ou dois dias)

5,00€/atleta 2,50€/atleta

6. Seguro Desportivo

Tipo de filiação Nível etário Taxa de seguro Observações

Praticante de Competição Adulto 6,83€/ano

Jovem (até 20 anos) 6,83€/ano Apoio de 100% da FPO

93

7. Aluguer do SICard (cartão SPORTident)

Aos atletas participantes em escalões de competição e formação será cobrada uma taxa de

1,00€ por dia em que necessitem de alugar SICard. Nos escalões abertos não será cobrada

qualquer taxa adicional. Para todos, a não devolução do SICard implica o pagamento de

30,00€ ou 37,50€, dependendo do modelo do SICard.

94

Anexo II - Suporte técnico à Orientação Pedestre e à Orientação em BTT

1. Tabela de tempos recomendados para Orientação Pedestre

ESCALÕES LONGA MÉDIA SPRINT

H10/D10 20-25 20-25

12-15

H12/D12 20-25 20-25

H14/D14 35-40 25-30

H16 45-50 30-35

D16 45-50 30-35

H18 55-60 30-35

D18 50-55 30-35

H20 65-70 30-35

D20 55-60 30-35

H21A 60-65 30-35

D21A 50-55 30-35

H21B 50-55 30-35

D21B 40-45 30-35

H21E 90-100 30-35

D21E 70-80 30-35

H35 65-70 30-35

D35 50-55 30-35

H40 65-70 30-35

D40 50-55 30-35

H45 55-60 30-35

D45 45-50 30-35

H50 55-60 30-35

D50 45-50 30-35

H55 50-55 30-35

D55 40-45 30-35

H60 50-55 30-35

D60 40-45 30-35

H65 45-50 25-30

D65 35-40 25-30

H70 45-50 25-30

D70 35-40 25-30

H75 40-45 25-30

D75 30-35 25-30

DC 25-30 25-30

FC 20-25 20-25

DL 45-50 45-50

FL 45-50 45-50

95

2. Tabela de tempos recomendados para orientação em BTT

Escalões Sprint Media Longa Estafetas

H/D 15

15-20 35-40 70-75

15-20 H/D 17

H/D 20 45-50 85-90

H/D 21A

20-25 55-60 105-115 20-25

H/D 21E

H/D 40

H/D 50

H/D 60

H/D 70

Open Médio 15-20 35-40 70-75

Open Longo 20-25 45-50 85-90

Formação 15/20 25-30 40-45

3. Regulamento técnico-pedagógico Orientação Pedestre - H/D10 e H/D12

Elementos críticos do traçado de percursos:

- Deverão ser criados percursos específicos e exclusivos para estes escalões que, portanto,

não deverão ser o mesmo que o percurso do Promoção 1.

- O mapa deverá normalmente ser na escala 1:7500. Nas provas de Sprint pode utilizar a

escala dos restantes percursos (1:4000 ou 1:5000).

- Os pontos são marcados em referências lineares básicas: estradas, caminhos, trilhos.

Muros e vedações apenas se forem em áreas abertas;

- Pernadas não superiores a 300m, nem percursos com menos de 12 pontos;

- Ausência de problemas de escolhas de itinerário durante uma pernada. Ou seja, tomadas

de decisão apenas nos pontos de controlo;

- Em caso de inexistência dos caminhos ou outros elementos lineares, poderão ser

utilizados balizados;

- Partida: deve ter o triângulo marcado num caminho ou estrada. Não deve ser num local de

decisão (ex. cruzamento);

- Escalões H/D10 e H/D12 sem tempo de partida (usam estação start), embora o H/D12,

possa ter tempos de partida que devem ser suficientemente espaçados para impedir a

criação de grupos, de forma a incentivar a realização do percurso sempre sozinhos;

- Deverão existir classificações, mas não deverão existir prémios para os primeiros mas sim

lembranças para todos os participantes.

96

4. Regulamento técnico-pedagógico Orientação em BTT - Formação

- Deverá ser criado um percurso específico e exclusivo para o escalão formação.

- O percurso deverá ter uma dificuldade física o mais reduzida possível, se

necessário, a organização pode determinar uma zona de partida especificamente

para este escalão.

- Os pontos deverão estar em locais de decisão (ex. cruzamentos).

- Nos caminhos após o ponto, deverá ser colocado uma placa com um “smile” caso

a opção seja a correcta, e um “triste” nas opções erradas. As placas deverão

estar entre 40 a 50 metros após a tomada de decisão (caso exista uma outra

opção antes, a colocação da placa deve ser antecipada).

- Nas provas de floresta a escala deverá ser de 1:7500. Nas provas de Sprint a

escala será 1:5000.

- Nas provas de Sprint urbano, este percurso deve se realizar numa zona sem

trânsito, preferencialmente em parque.

- Não deve ser atribuída hora de partida. No entanto o espaço entre atletas deve ser

idêntico aos escalões de competição de forma a evitar a formação de grupos.

- Podem participar menores com menos de 10 anos desde que acompanhados por

um adulto.

- Deverão existir classificações, mas não deverão existir prémios para os primeiros

mas sim lembranças para todos os participantes.

5. Tabela de distância em função do Desnível para Orientação em BTT (orientativo)

DISTÂNCIA LONGA 1:15 000 (melhor opção)

ESCALÕES Dist A Dist B Dist C Desn A Desn B Desn C

D15/D60 8 km 10 km 12 km 300m 150m 75m

H15/D17 10 km 12 km 14 km 300m 150m 75m

D20/D21A/D50 12 km 15 km 18 km 350m 200m 100m

H17/H60/D40 14 km 17 km 20 km 350m 200m 100m

D21E/H50 18 km 21 km 24 km 450m 250m 125m

H20/H21A 20 km 23 km 26 km 500m 300m 150m

H40 23 km 26 km 29 km 550m 350m 150m

H21E 29 km 32 km 35 km 700m 450m 250m

OM 11 km 13 km 15 km 300m 150m 75m

OL 17 km 20 km 23 km 400m 250m 100m

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DISTÂNCIA MÉDIA 1:10 000 (melhor opção)

ESCALÕES Dist A Dist B Dist C Desn A Desn B Desn C

D15/D60 6 km 7 km 8 km 200m 125m 75m

H15/D17 7 km 8 km 9 km 200m 125m 75m

D20/D21A/D50 9 km 10 km 11 km 250m 150m 75m

H17/H60/D40 11 km 12 km 13 km 250m 150m 75m

D21E/H50 12 km 13 km 14 km 300m 200m 100m

H20/H21A 12 km 13 km 14 km 300m 200m 100m

H40 13 km 14 km 15 km 350m 225m 125m

H21E 15 km 17 km 19 km 400m 275m 150m

OM 9 km 10 km 11 km 200m 100m 50m

OL 12 km 13 km 14 km 250m 150m 75m

SPRINT + ESTAFETAS 1:7 500 (melhor opção)

ESCALÕES Dist A Dist B Dist C Desn A Desn B Desn C

D15/D60 3,0 km 3,5 km 4,0 km 150m 100m 50m

H15/D17 3,5 km 4,0 km 4,5 km 150m 100m 50m

D20/D21A/D50 4,0 km 4,5 km 5,0 km 175m 125m 75m

H17/H60/D40 4,5 km 5,0 km 5,5 km 175m 125m 75m

D21E/H50 5,0 km 5,5 km 6,0 km 200m 125m 75m

H20/H21A 5,5 km 6,0 km 6,5 km 200m 125m 75m

H40 5,5 km 6,0 km 6,5 km 225m 150m 75m

H21E 6,5 km 7 km 7,5 km 275m 175m 100m

OM 4,0 km 4,5 km 5,0 km 150m 100m 50m

OL 5,5 km 6,5 km 7 km 175m 125m 75m

6. Tabela de apoio às organizações de BTT

CARACTERÍSTICAS Sprint Distância Média Distância Longa Estafeta

Pernadas (todas têm que ter 2 ou mais opções em caminhos)

longas 1 ou 2 (0.8-2 km) 2 a 4 (1-3 km) Maioria (1-4 km) Combinação entre Sprint e Distância

Média curtas Maioria Maioria 3-5 (menor que 1 km)

Perfil

Máxima concentração,

deverá ser concebida para ciclar em alta

velocidade para exigir tomadas de

opções rápidas

Exigente Tecnicamente

Endurance Física Testar a capacidades

dos atletas em planear a melhor

opção de caminhos

Competição de equipas visível para

os espectadores

Terreno

Grande densidade de caminhos

Zona urbana e/ou zona de floresta

- Rede de Caminhos Densa

- Zona de Floresta

Zona de Floresta Duro, exigente

fisicamente Montanhoso

(preferencialmente)

Rede de Caminhos Densa

Vários tipos de caminhos

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Dificuldade na Escolha Opção

Baixa/Média Média/Alta Alta Média/Alta

Dificuldade na Navegação (Leitura Mapa)

Alta (necessário contacto direto e constante com o

mapa)

- Média/Alta - Exigente Tecnicamente

Baixa/Média Média/Alta

Escala Mapa: Principais Tamanho Mapa

1:5.000, 1:7.500 ou 1:10.000

Max. 25 x 30 (cm)

1:10.000 ou 1:15.000 Max.30 x 42 (cm)

1:15.000 ou 1:20.000 Max. 35 x 42 (cm)

1:10.000 ou 1:15.000

Max. 30 x 30 (cm)

Intervalos Tempos na Partida

2 minutos 2 minutos 3 minutos Partida em massa

Tempo Vencedor: 20-25 minutos 45-60 minutos 90-120 minutos 30-45 minutos (por

atleta)

Traçado dos Percursos

Para evitar acidentes: • escalões não podem ter a mesma pernada em sentidos opostos • escalões com diferenças físicas evidentes (p.e. H21E e D40) não devem ter as mesmas

pernadas

- Nos tempos de partidas aconselha-se a aumentar o intervalo para o dobro do valor nos

escalões com menos de 5 atletas. Deve-se também ter atenção para compatibilizar as horas

de partidas entre todos os escalões por forma a otimizar da melhor forma os horários para

que não haja uma janela de partida muito extensa (tentar diminuir o tempo entre o primeiro e

o último atleta a sair).

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Anexo III - Orientação de Precisão

1. Modelo de cartão de controlo

100

2. Modelo de tabela de classificação

101

Anexo IV - Fórmula de cálculo do Ranking da TP Corridas de Aventura

Esta fórmula permite, a partir da tabela classificativa de cada prova, calcular a pontuação a atribuir

a cada uma das equipas para efeito de ranking. Esta metodologia pretende distinguir os resultados

de equipas com o mesmo número de CP’s mas com diferenças de tempo significativas.

Devido à complexidade das fórmulas, é disponibilizado um ficheiro Excel para que os atletas

possam experimentar os resultados práticos da sua aplicação.

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