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Assessoria Jurídica do SIMESC: 81% de médicos absolvidos em 2016 - Pág. 5 FEMESC chega a sua 20ª edição - Pág 15 SIMESC PLUS: Aguarde!

FEMESC chega a sua 20ª edição - Pág 15 · na contratação de serviços de comunicação (assessoria de imprensa, ... (assessoria de imprensa, ... pina e a comercializar produtos

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Assessoria Jurídica do SIMESC: 81% de médicos absolvidos em 2016 - Pág. 5

FEMESC chega a sua 20ª edição - Pág 15

SIMESC PLUS: Aguarde!

Há mais de 35 anos o SIMESC valoriza e defende a atividade médica em Santa Catarina.O Sindicato luta pela dignidade do exercício da

profissão médica e defende o acesso integral de todos os cidadãos à saúde pública e de

qualidade. O SIMESC disponibiliza aos médicos filiados

serviços de excelência para defesa e atuação profissional em Santa Catarina.

FILIE-SE AO SIMESCJUNTOS SOMOS MAIS FORTES NA

DEFESA DA CATEGORIA MÉDICA

Comunicação e Gráfica: parceria com empresa que promove desconto na contratação de serviços de comunicação (assessoria de imprensa, gerenciamento de redes sociais, criação de marcas e conteúdos) e material gráfico (receituários, receituários especiais envelopes, cartões pessoais, pastas entre outros)

Assessoria Jurídica especializada em direito médico com atuação nas esferas cível, criminal, administrativa e trabalhista. Atua também nos processos ético-profissionais que tramitam nos conselhos Regional e Federal de Medicina. A banca de advogados tem grande êxito na absolvição de médicos acusados de erro médico e de má conduta profissional.

Assessoria Previdenciária especializada para a área médica: assessoria especializada em todo o trâmite o que envolve o trato com a Previdência, com o objetivo maior de trazer ao filiado e seus familiares segurança e eficiência na busca do melhor benefício futuro.

Assessoria de Comunicação e Imprensa especializada na área médica para atender as demandas da entidade e dos médicos filiados com qualquer tipo de questão que envolva divulgação de sua atuação de maneira inadequada e que afete sua imagem.

Assessoria Contábil para auxiliar na contabilidade de consultórios e para a elaboração da declaração anual de Imposto de Renda.

Seguro: parceria com empresas especializadas em seguro diversos e especialmente, na contratação de seguro de responsabilidade civil para médicos.

PAGINA REVISTA_Filie-se ao SIMESC.indd 1 12/04/2017 10:00:59

EDITORIAL

O Brasil precisa ser reformado!Há mais de 35 anos o SIMESC valoriza e

defende a atividade médica em Santa Catarina.O Sindicato luta pela dignidade do exercício da

profissão médica e defende o acesso integral de todos os cidadãos à saúde pública e de

qualidade. O SIMESC disponibiliza aos médicos filiados

serviços de excelência para defesa e atuação profissional em Santa Catarina.

FILIE-SE AO SIMESCJUNTOS SOMOS MAIS FORTES NA

DEFESA DA CATEGORIA MÉDICA

Comunicação e Gráfica: parceria com empresa que promove desconto na contratação de serviços de comunicação (assessoria de imprensa, gerenciamento de redes sociais, criação de marcas e conteúdos) e material gráfico (receituários, receituários especiais envelopes, cartões pessoais, pastas entre outros)

Assessoria Jurídica especializada em direito médico com atuação nas esferas cível, criminal, administrativa e trabalhista. Atua também nos processos ético-profissionais que tramitam nos conselhos Regional e Federal de Medicina. A banca de advogados tem grande êxito na absolvição de médicos acusados de erro médico e de má conduta profissional.

Assessoria Previdenciária especializada para a área médica: assessoria especializada em todo o trâmite o que envolve o trato com a Previdência, com o objetivo maior de trazer ao filiado e seus familiares segurança e eficiência na busca do melhor benefício futuro.

Assessoria de Comunicação e Imprensa especializada na área médica para atender as demandas da entidade e dos médicos filiados com qualquer tipo de questão que envolva divulgação de sua atuação de maneira inadequada e que afete sua imagem.

Assessoria Contábil para auxiliar na contabilidade de consultórios e para a elaboração da declaração anual de Imposto de Renda.

Seguro: parceria com empresas especializadas em seguro diversos e especialmente, na contratação de seguro de responsabilidade civil para médicos.

PAGINA REVISTA_Filie-se ao SIMESC.indd 1 12/04/2017 10:00:59

Os mais recentes fatos políticos do Brasil movimentam sobremaneira a Nação. Descobrimos nos últimos tempos que o país inteiro precisa de uma reforma, incluindo nós, os cidadãos desse imenso e rico ter-ritório.A corrupção no Brasil não come-çou agora, bem sabemos. Sua ori-gem está no primeiro sistema de gestão do território brasileiro, o de Capitanias Hereditárias (1534). Nascia ali o hábito de usar o patri-mônio e os recursos públicos para vantagens pessoais em detrimen-to das necessidades da população. Ainda no período colonial, fiscais públicos passaram a receber pro-pina e a comercializar produtos nacionais que só podiam ser nego-ciados com autorização do Rei. Durante o Império (1822-1889), o credenciamento de eleitores era feito por uma comissão eleitoral que tinha isenção questionável. Com a proclamação da República são registrados os primeiros atos de corrupção no governo, com o pagamento de propina para em-presas estrangeiras, para que assu-missem obras de estruturação no país. O “voto de cabresto”, com os coronéis ordenando em quem seus familiares, empregados e agrega-dos deveriam votar e os primeiros registros de compra de votos tam-

bém são dessa época.Bom lembrar que o Brasil ignorou por mais de 30 anos a legislação internacional sobre o tráfico de es-cravos. Navios abarrotados de ne-gros em condições sub-humanas aportavam aqui via negociação ex-traoficial. Na Revolução de 30, Getúlio Vargas assumiu o poder mesmo após Júlio Prestes ter vencido a eleição. O slogan ‘Rouba, mas faz’, acompanha e credencia uma sé-rie de políticos brasileiros desde Adhemar de Barros... No regime militar, os registros de relações entre o poder público e a iniciativa privada mostraram-se muito produtivos e interessantes para a manutenção do poder dita-torial.Com o movimento Diretas Já, a eleição de Tancredo Neves, o go-verno de José Sarney e a eleição di-reta de Fernando Collor, temos um novo, importante e, por fim, de-cepcionante ciclo político no país. Collor foi eleito pelo esquema de Paulo César Farias, responsável por arregimentar empresários que investiram na campanha ‘caçador de marajás’ em troca de vantagens. Resultado: o primeiro impeach-ment no Brasil. A história mais recente a gente não precisa lembrar porque ainda

está fresca na memória! Os casos de corrupção, má fé, má adminis-tração pública e uso do cargo para benefícios próprios não se altera-ram nos governos seguintes. Pelo contrário! Pela falta de aplicação efetiva das leis, foram facilmente amplificados para os poderes fede-ral, estaduais e municipais.A história, por assim dizer, nos mostra que as práticas ilícitas são cíclicas, mas não podemos dizer que a corrupção é cultural. Não, não é! É um hábito! Aliás, um pés-simo hábito que precisa ser banido com muita urgência! Precisamos ter maior controle sobre o nosso país e isso inclui a punição dos envolvidos com a se-veridade do cumprimento das leis. Não podemos mais tolerar qual-quer tipo de violação a regras. É chegada a hora de decidirmos se queremos um país que comparti-lhe de regras comuns a todos ou se ainda queremos benefícios e van-tagens próprias, mesmo que isso signifique, ignorar as leis. Temos que assumir o verdadeiro papel de cidadãos brasileiros e lu-tar incansavelmente contra quem está saqueando a nossa dignidade. Nós somos os responsáveis por re-formar o Brasil!

A Diretoria

03 – Editorial: O Brasil precisa ser reformado

05 – SIMESC Plus | Trabalho das assessorias SIMESC

06 – Judicialização: a saúde nem sempre é um bem de todos

08 – SIMESC amplia serviços jurídicos | Alteração na diretoria

09 – Regionais SIMESC

12 – Residência Médica

13 – Acadêmicos de Medicina

14 - COSEMESC

15 – FEMESC chega a sua 20ª edição16 – Internet: aliada ou vilã? 20 – Artigo Comunicação

21 – Artigo Médico: Bichectomia22 – Artigo Previdência

24 - Artigo Jurídico Direito Médico

25 - Artigo Jurídico Trabalhista

26 – Artigo Economia

27 – IPREV descumpre determinação judicial

28 – Pelo Brasil

30 – Obituário | Endereço sedes

31 – SIMESC Presente

32 – SIMESC Recomenda

33 - Filiação

35 – Além da Medicina

ÍNDICE

Revista do SIMESC nº 155 - publicação quadrimestral do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina - janeiro | fevereiro | março | abril – 2017CNPJ: 838637887/0001-42Jornalistas responsáveis: Camila Spolti Pereira e Carla Cavalheiro Estagiário de Jornalismo: Afonso Bueno JúniorEdição e pesquisa matéria de capa: Carla CavalheiroColaboração: diretoria executiva, diretorias regionais, coor-denação, assessorias e servidores SIMESC, fotojornalista Rubens Flôres, Vanessa Martins (Dieese)Revisão: Giane Jacques Antunes SeveroDiagramação: Júlia SonciniTiragem: 13 mil exemplares

DIRETORIA EXECUTIVAPresidente: Vânio Cardoso Lisboa Vice-presidente: Leopoldo Alberto Back Secretário Geral: Zulma Sueli Carpes da Natividade 1ª Secretária: Vanessa Andrea de Souza Baule 2ª Secretária: Giovana Gomes Ribeiro Tesoureiro Geral: Gilberto Digiácomo da Veiga 1º Tesoureiro: Fábio Alves Schneider Dir. de Comunicação e Imprensa: César A. Ferraresi Dir. de Relações Intersindicais: Fabrizio P. Liberato Dir. de Assuntos Jurídicos: Renato José A de Figueiredo Dir. Adjunto de Assuntos Jurídicos: João Batista Bonnassis Junior Dir. Form. Sind. e Sócio Econ.: Fernão B. Cardozo Dir. de Saúde do Trabalhador: Aury Jorge Faresin Dir. de Patrimônio: Flávio Luiz Vieira Dir. de Informática: Marcelo Rogelin Dir. de Apoio ao Graduando Medicina: Oscar Cardoso Dimatos Dir. de Apoio ao Pós-graduando: Daniel H. Nunes Dir. de Previdência e Seguros: Person A. de Souza Cons Fiscal Titular: Marilia Susane Birck | Nadja Aline Volk-mann | Maria Manoela Wartha de Paiva Estrella Cons Fiscal Suplente: Evaldo dos Santos | Cor Mariae Lima | Daniel Petkov

EXPEDIENTE

DIRETORIAS REGIONAIS REGIONAL AraranguáPresidente: Stefânio N. Oliveira Secretário: Alexandre D. de Godoi Tesoureiro: Andrea S. Silva Aguiar REGIONAL Balneário CamboriúPresidente: Delmo Dumke Secretário: Pedro A. Cabral Filho Tesoureiro: Renato Chaves Vargas Dir. Reg. de Apoio Graduando em Medicina: Abel Fernando Rech REGIONAL BlumenauPresidente: Carlos R. Seara Filho Secretário: Jaime Celso Gonçalves Tesoureiro: Alberto P. de Carvalho Dir. Reg. de Apoio ao Graduando em Medicina: Cleomar O. Aigner Dir. Reg. de Apoio ao Médico Pós--graduando: Gilberto Nicocelli REGIONAL BrusquePresidente: Laércio Cadore Secretário: Charles Machado Tesoureiro: André Karnikowski REGIONAL CaçadorPresidente: Cláudio Rogério Araldi Secretário: Eduardo B. Lopes Tesoureiro: José Roberto Queiroz REGIONAL Canoinhas

Presidente: Juliano Brasil Secretário: Ricardo de O. Dreweck Tesoureiro: Edson Flavio Colla REGIONAL Centro OestePresidente: Gilmar Kruker Secretário: Marcos A. M. de Farias Tesoureiro: Auredy A. Sella Aguiar REGIONAL ChapecóPresidente: Fabiano Winckeler Secretário: CARGO VAGOTesoureiro: Jackson B. Mendes Dir. Reg. de Apoio ao Graduando em Medicina: Arlete F. Rech Medeiros REGIONAL Extremo OestePresidente: Romar V. P.Júnior Secretário: Antonio M. W. Duarte Tesoureiro: Cláudio D. Graciolli REGIONAL ItajaíPresidente: Mauro C. A. Machado Secretário: Daniel Buchatsky Tesoureiro: Marcio A. Moraes Dir. Reg. de Apoio ao Graduando em Medicina: Miriam de Sousa F. A. Machado REGIONAL Jaraguá do SulPresidente: Jonas Clair Vavassori Secretário: João Constâncio de Albu-querque Filho

Tesoureiro: Maxwell J. de Oliveira REGIONAL JoaçabaPresidente: Marcos A. W. Franca Secretário: Francisco O. A. Loraschi Tesoureiro: Agamenon H. de Bitten-court Dir. Reg. de Apoio ao Graduando em Medicina: Roberto Zilio REGIONAL JoinvillePresidente: Tanise B. Damas Secretário: Carlos A. Fischer Tesoureiro: Suzana M. M. de Almeida Dir. Reg. de Apoio ao Graduando em Medicina: Thales F. A. Medeiros Dir. Reg. de Apoio ao Médico Pós--graduando: Douglas M. Barbosa REGIONAL LagesPresidente: Ricardo R. de O. Gargioni Secretário: Jackson Luis Tirello Tesoureiro: Murilo Dalponte Dir. Reg. de Apoio ao Graduando em Medicina: Aureo R. M. de Souza REGIONAL LagunaPresidente: Odimar Pires Pacheco Secretário: Garibaldi M. Bastos Tesoureiro: Odilon G. de A. Filho REGIONAL MafraPresidente: Denis Griep Carvalho

Secretário: Gabriel Kubis Tesoureiro: Alexandre S. Neumann REGIONAL Médio ValePresidente: Roberto A. Moreira Secretário: Lothar Stange Tesoureiro:Alfredo Nagel REGIONAL Rio do SulPresidente: Alexandre de C. Robles Secretário: Janine A. Drebes Melo Tesoureiro: Roberto Coppi REGIONAL São Bento do SulPresidente: Jackson GotoSecretário: Hoiti OkamotoTesoureiro: Antonio J. T. Filho REGIONAL Tubarão Presidente: Cleberson Jose GarciaSecretário: José Antônio RossoTesoureiro: Vicente Corrêa CostaDir. Reg. de Apoio ao Graduando em Medicina: José Nixon Batista REGIONAL VideiraPresidente: Carlos E. Waltrick Secretário: Agostinho J. BernardiTesoureiro: Lúcio Mauro de Souza REGIONAL Xanxerê Presidente: Edmar RomanoSecretário: Luiz Carlos SchaedlerTesoureiro: Flávio Filappi

Assessorias: 81% de absolvição dos médicos filiados

SIMESC Plus: novidade para os filiados

As assessorias do SIMESC apre-sentaram o relatório de atividades realizadas em 2016. A Assessoria Jurídica, que é realizada por um grupo de advogados especializa-do em direito médico, contabiliza 8.570 mil atendimentos a médi-cos no ano passado. Os advoga-dos também estiveram presentes em 325 audiências e participaram de pelo menos 35 perícias. Em re-lação aos processos dos médicos, a Assessoria Jurídica do SIMESC obteve 81% de sucesso nos casos

atendidos, o que representa 37 médicos absolvidos. A Assessoria Previdenciária do Sindicato, que é atendida por um grupo de advogados especializa-dos em direito previdenciário, realizou no ano passado mais de 700 atendimentos e tem pelo me-nos 100 casos de médicos filiados em andamento, que são levanta-mento de dados, busca de conces-são de benefícios ou ajuizamento de ação. Entre os benefícios con-cedidos, são mais de 40 no ano

passado, que engloba a tutela an-tecipada e decisões definitivas. Pelo menos 25 médicos são be-neficiados todos os meses pela Assessoria Contábil do SIMESC, que calcula a folha de pagamento para estes profissionais, gerando mais de 330 documentos contá-beis por ano. Fora isso, a Asses-soria Contábil fez mais de 100 declarações de Imposto de Renda gratuitas no ano passado e homo-logou 110 rescisões de contrato de trabalho. •

SIMESC PLUS

O SIMESC está em fase de implan-tação de um novo produto para os filiados. Além dos serviços dispo-nibilizados como as assessorias Jurídica, Previdenciária, Contábil e de Comunicação, será ofertada aos filiados a oportunidade de se relacionarem com empresas dos mais diversos ramos de ativida-des.“O SIMESC Plus será um pro-

grama de benefícios além dos serviços que historicamente o Sindicato apresenta aos médicos catarinenses. Temos recebido su-gestões para a ampliação dos ser-viços. A estruturação de parcerias com empresas foi a forma encon-trada. O projeto envolve todo o Estado e será implantando por etapas. Em breve ampliaremos essa informação, a forma de como

o médico irá participar e obter vantagens em suas relações de consumo”, explica o presidente do Sindicato, Vânio Cardoso Lisboa.O SIMESC Plus disponibilizará parcerias com empresas dos mais diversos ramos, tais como consu-mo, bem estar, saúde, educação, lazer, entre outros. Aguarde para conferir as regras e formas de ter acesso a esse novo benefício. •

Fontes: Marcelle de Souza (UOL) | Eugênio Esber (Amanhã)

ESPECIAL

Judicialização: a saúde nem sempre é um direito de todos

O Ministério da Saúde confirmou em abril que gastou R$ 1,2 bilhão no atendimento de determinações judiciais para a compra de medica-mentos, equipamentos, dietas, su-plementos alimentares, gastos com cirurgias, internações e depósitos judiciais. Em Santa Catarina, 25 mil cidadãos procuram todos os anos a Justiça para ter acesso a medica-mentos pelos quais não podem pa-gar. A judicialização da saúde tem

custo aproximado R$ 160 milhões/ano no Estado.O SIMESC manifestou-se nova-mente sobre o tema enviando um documento a diversas entidades e gestores envolvidos nesse proces-so. “Há anos demonstramos grande preocupação sobre o complexo pa-

norama envolvendo a judicialização da medicina, seja pela elevação pro-gressiva dos custos em saúde gerada pela crescente demanda de ações ju-diciais na busca de tratamentos mé-dicos ou pelo sofrimento de nossos pacientes na busca de melhores con-dições de saúde”, diz o presidente do SIMESC, Vânio Cardoso Lisboa.Ao Sindicato chegam sistematica-mente relatos de médicos e pacien-tes que se queixam do não forneci-mento ou não disponibilidade de medicamentos, principalmente os de alto custo, para o tratamento de doenças crônicas e do câncer. “Há casos de pacientes que tiveram êxito em ações judiciais, sem, entretanto receber o medicamento demanda-do”, explica o diretor de Apoio ao Pós-Graduando em Medicina do SIMESC, o dermatologista Daniel Holthausen Nunes que acrescenta que “essa situação aumenta o risco para o paciente e os custos ao Esta-do já que a falta do medicamento vai gerar agravamento da doença e con-sequentes terapias potencialmente mais caras e deletérias”. O vice-presidente do SIMESC, o oncologista Leopoldo Alberto Back fala com preocupação sobre a si-tuação. “O que gera revolta é que milhares de pacientes que conse-guem pela via judicial ter acesso ao medicamento, já têm suas doenças incluídas nos Protocolos Clínicos de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde. Ou seja, se o medicamento figura dessa lista, a judicialização não se faz necessária e causa mais ônus ao Estado, que todos sabemos, tem grande dificul-dade em garantir saúde a todos os cidadãos”.

A 2ª Secretária do SIMESC e mé-dica reumatologista, Giovana Go-mes Ribeiro acrescenta que a ju-dicialização prejudica a gestão de saúde porque o paciente vai buscar na justiça o apoio quando sentir que seus direitos estão sendo ne-gados. “Identificamos três tipos de pacientes nesse processo. O que ro-tineiramente pega seu medicamen-to no SUS e que, por algum motivo, não teve acesso em determinado momento. O outro é o que busca um medicamento que não têm registro no Brasil e o terceiro é o paciente que procura produtos registrados no Brasil, que têm eficácia compro-vada, mas que ainda não figuram na listagem do SUS. Grande parte dos valores envolvidos nas causas judi-ciais dizem respeito a este terceiro paciente, principalmente em de-corrência do descompasso entre os avanços científicos e a incorporação destas novas tecnologis ao SUS. É uma situação complexa que precisa

ESPECIAL

de muito debate e entendimento. Conversar e expor os problemas baseado em dados concretos é o primeiro passo. Vamos continu-ar perseguindo essa solução pelo bem da saúde catarinense”, relata.Projeto pilotoEstá previsto para iniciar em maio o projeto piloto elaborado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com o Ministé-rio da Saúde em que as decisões dos magistrados nas ações judiciais na área da saúde serão amparadas em laudos técnicos, elaborados por es-pecialistas na chamada evidência científica. 30 notas técnicas sobre medicamentos foram elaboradas por Núcleos de Apoio Técnico do Poder Judiciário (NAT-Jus) vincu-lados aos tribunais estaduais e que serão usadas no Judiciário em todo o país. Este projeto foi lançado em novem-bro de 2016 e prevê que os juízes poderão encaminhar pedidos de notas técnicas a especialistas. As notas serão elaboradas com base

em dados científicos e da medicina baseada em evidências, e terão que ser enviadas no prazo máximo de até 72h aos magistrados.Nesses formulários deverão cons-tar informações como: tipo de mo-léstia; qual o medicamento, proce-dimento ou prótese pedido; se foi verificada a previsão no SUS. O formulário estará disponibilizado no Portal do CNJ e serão usados para as análises dos pedidos judi-ciais na aquisição de medicamen-tos, equipamentos, gastos com ci-rurgias e internações. Ocorre que a iniciativa não tem a participação das entidades médi-cas catarinenses. “Nossa sugestão é pela criação de uma câmara téc-nica para auxiliar o judiciário e o Estado nessa tarefa. Os médicos têm mais conhecimento sobre a área e assim, podem avaliar e ela-borar protocolos para que esses processos sejam reduzidos, os cus-tos caiam substancialmente e os pacientes parem de enfrentar esse problema que por muitas vezes, agrava seu estado de saúde”, diz Vânio Lisboa.De acordo com Daniel Nunes, a participação dos médicos, via câmara técnica pode contribuir para reduzir a judicialização e também o valor de aquisição dos medicamentos pelo governo. “Há exemplos de produtos que foram incorporados pelo SUS e o gover-no passou a gastar menos do que quando o paciente conseguiu o medicamento via Justiça. No mo-mento em que o produto foi incor-porado, o governo chamou o setor produtivo e fez um acordo para o fornecimento e a consequente pro-dução em larga escala. Isso reduz o valor para o Estado”. Giovana Ribeiro reforça que o

SIMESC sempre esteve à disposi-ção para tratar sobre esse assunto. “Temos no Sindicato médicos pre-parados para participar do debate, da elaboração e implantação de mecanismos de suporte técnico--científico que garantam acesso célere aos medicamentos de alto custo àqueles que respeitem as in-dicações de acordo com evidências científicas e diretrizes bem estabe-lecidas”, garante.Discussão O debate sobre se os governos de-vem ser obrigados a pagar por tra-tamentos de alto custo, que estão fora da lista do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que ainda não são registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a alegação dos governos estaduais dos gastos altos e ines-perados, o que ameaça outras po-líticas de saúde. O ministro Marco Aurélio Mello é o relator do caso e antecipou entender que o Estado não pode deixar de fornecer remé-dios de alto custo e fora da lista do SUS a pacientes sem condições de pagar pelo tratamento, desde que tais produtos tenham registro na Anvisa. Até o final de abril o jul-gamento ainda não havia sido en-cerrado.•

SERVIÇOS SIMESC

SIMESC promove alteração na diretoria executiva

Em fevereiro, o SIMESC promoveu alteração em sua diretoria executiva. Zulma Sueli Carpes da Natividade, que há mais de 10 anos está envolvi-da com as atividades do SIMESC, as-sumiu a secretaria geral. Ela é a pri-meira mulher a ocupar este cargo.O médico de Família e Comunidade,

Renato José Alves de Figueiredo as-sumiu a diretoria de Assuntos Jurí-dicos. O médico pneumologista João Batista Bonnassis Júnior retorna ao SIMESC e assume a diretoria adjunta de Assuntos Jurídicos. Com mais de 30 anos de profissão e pelo menos 15 envolvidos com as

atividades do SIMESC, o pediatra César Augusto Ferraresi assume a diretoria de Comunicação e Impren-sa.O otorrinolaringologista Person Antunes de Souza passa a integrar a diretoria do Sindicato no cargo de diretor de Previdência e Seguros.•

Zulma Sueli Carpes, secretária geral

Renato José Alves de Figueiredo, diretor de Assuntos Jurídicos

João Batista Bonnassis Júnior, diretor adjunto de Assuntos Jurídicos

César Augusto Ferraresi, diretor de Comunicação e Imprensa

Person Antunes de Souza, diretor de Previdência e Seguros

SIMESC amplia serviços de assessoria jurídica trabalhistaEm abril, o SIMESC passou a con-tar em seu quadro de serviços dis-ponibilizados aos filiados, com a assessoria da Gonçalves de Souza Advogados Associados, escritório especializado no assessoramento e consultoria a entidades sindicais. A equipe comandada pelo advo-gado Alberto Gonçalves de Souza Júnior, reforça o corpo jurídico da entidade e irá atuar principalmen-te nas questões trabalhistas.O diretor de Assuntos Jurídicos, Renato Figueiredo, explica que por meio da nova parceria será re-alizada a elaboração e análise de acordos e convenções coletivas de trabalho, serão intensificados os comparecimentos em audiências no Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho e Empre-

go, análise de oportunidades de recuperação de créditos de nossos filiados, entre outros serviços.“A demanda jurídica tem crescido muito e temos que nos adequar a esta realidade. A nova equipe irá atuar integrada com os advogados do escritório LHML Direito Mé-dico, que assessora o Sindicato há 10 anos, e auxiliar para que conti-nuemos prestando um serviço de qualidade aos médicos filiados”, declara Renato.O contato com os advogados pode ser feitos no horário comercial do SIMESC, de segunda a quinta-fei-ra, das 9 às 19h e às sextas, das 9 às 18h. Os telefones do Sindicato são (48) 3223 1060 | 0800 644 1060 e o e-mail [email protected].

EQUIPE DE ADVOGADOS

Alberto Gonçalves de Souza Especialista em Direito Adminis-trativo, Negociações Públicas e Di-reito DesportivoAlberto G. de Souza Júnior Especialista em Direito Contratu-al, Mercado de Trabalho e Direito PúblicoArno Ribeiro Rocha MBA Internacional em Gestão ExecutivaFrancielle de Souza Macedo Especialista em Direito do Traba-lho e Processo do TrabalhoIsmael Hardt de Carvalho Especialista em Direito das Rela-ções do Trabalho e Direito Coleti-vo do Trabalho•

REGIONAIS

Sedes regionais reforçam atuação do SIMESC

Há cinco anos o SIMESC deu um grande passo no desenvolvimento da entidade e estruturou as sedes físicas das regionais de Chapecó, do Médio Vale, de Joinville e de Joaçaba. O objetivo proposto na época era de ter um local próprio para o crescimento das atividades sindicais possibilitando reuniões das diretorias e um espaço para receber os médicos com mais con-forto. Hoje os dirigentes comemo-ram o avanço.O presidente do SIMESC Regional Médio Vale, Roberto Amorim Moreira, conta que a sede inaugu-rada em novembro de 2011, em Indaial, foi uma conquista para os médicos da região, tendo em vista que a entidade ficou próxima do profissional e acabou por conhecer melhor a realidade local. Os servi-ços oferecidos pelo sindicato, tam-bém ficaram mais acessíveis aos filiados, e a marca do SIMESC pas-sou a se destacar como entidade

representativa do médico. “A dire-toria regional tem trabalhado para que os atendimentos aos médicos qualifiquem-se ainda mais, seja na prevenção de demandas ou no contencioso, e a sede é uma ponte importante para que estas ações se concretizem de forma plena. Ain-da há muito a desenvolver, mas temos a convicção que estamos no caminho certo”, declara.Em Chapecó, a sede foi inaugurada em 2011 com o propósito de me-lhor atender o filiado. “Estamos sempre buscando melhorias e de-dicando atenção aos médicos em atividade em nossa região, sem esquecer dos acadêmicos que em breve estarão unidos a nós”, decla-ra o presidente regional Fabiano Winckler.A maior cidade de Santa Catarina, Joinville, também conta com a sede física que completou cinco anos em abril de 2017. Para a pre-sidente regional, Tanise Balvedi

Damas "a existência do espaço tem permitido a realização de reuni-ões periódicas da diretoria, muitas vezes recebendo médicos e asses-sores jurídicos no local. Com isso, aproxima e acolhe o médico filiado ao SIMESC. O espaço estruturado e com a presença de uma secretá-ria fixa também são facilitadores para o desenvolvimento de ações sindicais”, contaAlém das sedes citadas, o SIMESC tem sedes em Blumenau, Lages, Tubarão, Rio do Sul, Itajaí e Brusque. As duas últimas compar-tilhadas com a Associação Catari-nense de Medicina. A sede execu-tiva fica na capital. “Além de estarmos mais próximo aos médicos, as sedes regionais têm dado mais autonomia aos di-rigentes regionais. Ficamos muito felizes em ver que o engajamento que tivemos no passado deu certo”, destaca o presidente do SIMESC, Vânio Cardoso Lisboa. •

Dirigentes da Regional Médico Vale no dia da inauguração (foto: Carla Cavalheiro)

Dirigentes da Regional Joinville em um dos encontros frequentes na sede

REGIONAIS

Florianópolis: encaminhada flexibilização de horários dos médicos do HUEstá com a Pró-reitoria de Desen-volvimento e Gestão de Pessoas (PRODEGESP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) o relatório que aponta a viabilida-de de flexibilização da jornada de trabalho dos médicos do Hospital Universitário (HU) para 30 horas semanais. "Buscamos a isonomia tendo em vista que outros servido-res do HU conquistaram a flexibili-

zação da jornada de trabalho”, afir-ma Oscar Cardoso Dimatos, diretor de Apoio ao Graduando em Medici-na, do SIMESC e médico do HU. O relatório foi elaborado durante três mês por uma comissão criada em 2016 pela Reitoria da UFSC. “Esse trabalho foi realizado com o cuida-do de zelar pelo bom funcionamen-to do HU”, acrescenta Oscar. •

Tubarão: contratação de médicos na pauta municipalO SIMESC avalia demanda dos médicos vinculados à prefeitura de Tubarão que questionam sobre uma determinação da Correge-doria municipal sobre a não reno-

vação dos contratos temporários. Uma reunião com o prefeito Joares Ponticelli foi solicitada para saber a melhor forma de encaminhar essa questão, que para o sindicato é a

contratação por meio da realização de concurso público para evitar a insegurança para os trabalhadores e perdas para o atendimento públi-co. •

Florianópolis: médicos participam da maior greve da história da cidadeOs médicos vinculados à prefeitu-ra de Florianópolis participaram da greve que suspendeu por 38 dias todos os serviços públicos da Capital. A mobilização e a sequen-te paralisação dos serviços deu--se após o prefeito Gean Loureiro apresentar um pacote de projetos de lei que mexeriam com direitos conquistados pelos trabalhadores como a suspensão do Plano de Car-

gos, Carreira e Salários (PCCS), a unificação dos fundos de previdên-cia, o aumento da alíquota de con-tribuição, corte das gratificações e redução das horas extras para 50%, entre outros. Os servidores seguem em estado de greve até que todo o encaminhamento das questões que envolvem os servidores encerre a tramitação na Câmara de Vereado-res e seja sancionada pelo prefeito. •

Regional Joinville intensifica atividades com residentesOs diretores do SIMESC Regio-nal Joinville, durante o primeiro quadrimestre de 2017, buscaram estar mais próximos dos médicos residentes da região. A diretoria promoveu reuniões para interagir com os profissionais.Em março, acompanhados da as-sessora jurídica Vanessa Almeida, a presidente da Regional, Tanise

Damas e o diretor regional de Apoio ao Pós-Graduando em Me-dicina, Douglas Muniz Barbosa, apresentaram a entidade e as ques-tões que envolvem a residência médica aos médicos dos hospitais São José e Hans Dieter Schmidt. Os residentes do hospital Mater-no Infantil Dr. Jeser Amarante Faria também receberam a visita do

Sindicato. “Estes encontros fazem parte da proposta de aproximação que queremos manter com os mé-dicos e estudantes de medicina de Joinville. Os residentes frequente-mente enfrentam situações delica-das, comuns do início de carreira, e queremos orientar que o Sindi-cato está à disposição para auxiliá--los”, explica Douglas.•

Médicos decidiram em assembleia participar da greve (foto: Afonso Bueno Júnior)

Reunião com reitoria do HU e dirigentes do Sindicato (foto: Camila Spolti)

REGIONAIS

Araranguá: médicos rejeitam proposta da SPDM

Em reunião com dirigentes do SIMESC em março, os médicos do Hospital Regional Araranguá não

aceitaram a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho da Associação Paulista para o Desenvolvimento da

Medicina (SPDM), administradora da unidade hospitalar. A tentativa de acordo com a empresa tem sido uma busca do sindicato desde 2015 e mesmo após três rodadas de nego-ciações, intermediadas pelo Minis-tério do Trabalho e Emprego (MTE) houve pouco avanço. Os médicos não recebem reajuste desde 2013 e a empresa aplicou 8,5% de rea-juste com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) somente para 2016. “Os médicos entenderam que merecem receber todo o retroativo e outros benefí-cios solicitados”, explica o presi-dente Regional, Stefânio Nápoli Oliveira. A decisão dos médicos foi comunicada ao MTE e a diretoria avalia outros encaminhamentos.•

Lages: SIMESC conversa com médicos do Seara do BemMédicos do Hospital Infantil Seara do Bem, de Lages, partici-param em março, de assembleia geral que tratou sobre a presta-ção de serviços de anestesiologia à unidade de saúde. Orientados pela assessora jurídica regional

do SIMESC, a advogada Daniela Ghiggi, eles foram informados sobre a legalidade da rescisão contratual tendo em vista que foram contratados via pessoa ju-rídica. Os médicos questionam a contratação de novos profissio-

nais para o serviço sem Registro de Qualificação de Especialista (RQE). Para este caso, o SIMESC encaminhou uma recomenda-ção à direção do hospital sobre esta exigência de atuação profis-sional. •

Palhoça: médicos aprovam a oficialização do corpo clínico Em assembleia com dirigentes do SIMESC em março, os médicos vinculados à prefeitura de Palhoça aprovaram a oficialização do cor-po clínico. A eleição de diretor e vice-diretor clínico está sendo preparada com a orientação do sindicato, assim como a elabora-ção da proposta de pontos rela-cionados à atividade médica que serão sugeridos ao gestor muni-cipal para que conste do Plano

de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). “Os médicos em Palhoça também enfrentam problemas de remuneração inadequada, carga horária e produtividade. Com a montagem do corpo clínico, eles passam a ter um representante do grupo, que será o porta-voz das questões dos médicos com a gestão municipal”, explica o presidente do sindicato, Vânio Cardoso Lisboa. •

Assembleia dos médicos da SMS de Palhoça (foto: Carla Cavalheiro)

RESIDENTES

Os desafios da nova diretoria da ACMRO médico residente do quarto ano de cirurgia de cabeça e pescoço, do Centro de Pesquisas Oncológi-cas (Cepon), João Henrique Cunha Villela, assumiu em março de 2017 a presidência da Associação Cata-rinense dos Médicos Residentes (ACMR). Ele substituiu Douglas Barbosa, que permanece na Asso-ciação como tesoureiro, além de in-tegrar a diretoria do sindicato dos médicos, regional Joinville.João conversou com a Revista SIMESC e falou sobre os principais desafios dos médicos residentes: 1- Quais os objetivos da diretoria?Nossa meta é ampliar a partici-pação dos médicos residentes na ACMR e aproximar os programas do interior do Estado, por meio de eficientes canais de comunicação. Nosso intuito é solidificar o papel do médico residente nas institui-ções hospitalares de ensino e na estrutura da saúde catarinense.2 – Como você avalia o cenário da residência médica no momento atual?A crise econômica em que o Bra-sil e Santa Catarina se encontram vem refletindo na saúde catarinen-se com restrições financeiras aos hospitais, que enfrentam proble-mas estruturais, falta de materiais e funcionários, afetando negativa-mente os programas de residência

médica e a formação dos médicos residentes. Isto culmina com res-trições à já deficitária rede de saúde pública estadual, com redução da efetividade no atendimento à po-pulação.3 - Como avalia o Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica (Provab)?Temos uma visão bastante crítica do programa, que não dispõe de vagas a todos que as pleiteiam, e da substancial vantagem no somatório das notas nas provas de residência aos que o concluem, resultando em uma concorrência desigual entre

os que disputam as vagas nos pro-gramas de residência médica.4 – Algo que queira destacar?Os programas de residência médi-ca fornecem um mútuo benefício entre instituição hospitalar e mé-dicos residentes, pelo constante estímulo à atualização dos médicos preceptores e equipe multidiscipli-nar, pela ampliação da cobertura de atendimentos à população, bem como a formação de médicos espe-cialistas qualificados e capacitados. A ACMR luta pela saúde de qua-lidade à população catarinense e pela boa formação acadêmica.•

Médico residente tem valor especial de filiação

Diretoria ACMR 2017Presidente: João Henrique Cunha Villela (Cepon - Florianópolis) Vice-presidente: Mariana dos Santos Lunardi (Hospital Governador Celso Ramos - Florianópolis)Tesoureiro: Douglas Muniz Barbosa (Hospital Hans Dieter Schmidt - Joinville)1º Secretário: Guilherme Valdir Baldo Segunda (Hospital Governador Celso Ramos - Florianópolis)2ª Secretária: Juliana Corvo Fernandes (Hospital Nereu Ramos - Florianópolis)

- Médico recém-formado (até dois anos) e/ou residente (durante toda a residência): R$ 102 por semestre (pagamento via boleto bancário)- Novos médicos, no 3º ano de exercício profissional e primeiro ano após a residência médica: R$ 255 por semestre (pagamento via boleto bancário)

ACADÊMICOS

Expansão das escolas de medicina preocupa SindicatoCom o discurso de que o Brasil pre-cisa aumentar o número de médicos e de que para isso é necessário for-mar mais profissionais, o governo federal tem autorizado a abertura de escolas de medicina. No escopo da Lei nº 12.871/ 2013 está prevista a criação de aproximadamente 12 mil vagas até 2018, o que fará com que o país forme por ano mais de 25 mil novos médicos. Em Santa Catarina, onde atualmente há 11 graduações na área, em menos de um ano quatro cidades receberam autorização para o funcionamento dos cursos: Araranguá, Jaraguá do Sul, Rio do Sul e Mafra.A Sociedade de Ensino Superior Estácio de Sá, em Jaraguá, poderá disponibilizar 50 vagas a cada ano. Em Rio do Sul, o Conselho Estadual de Educação aprovou a instalação do curso de medicina do Centro Uni-versitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, com oferta de 30 vagas por semestre e a previsão de início das aulas ainda em 2017. A Universidade do Contestado, em Mafra recebeu autorização para a abertura de 36 vagas para ingres-so no segundo semestre deste ano.

Em Araranguá, foi autorizada a re-alização do vestibular para campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2018.O diretor de Apoio ao Graduando em Medicina do SIMESC, Oscar Cardoso Dimatos, afirma que é preciso avaliar com cautela a im-plantação dos cursos e que antes de novas vagas é necessário olhar para a qualidade dos que já estão em an-damento. Ele reforça que, segundo informações do presidente do Con-selho Federal de Medicina (CFM) Carlos Vital Tavares Côrrea Lima, das 14 mais recentes escolas de me-dicina em atividade no Brasil, 11 não têm hospital de ensino, 10 estão em localidades que não atendem à exigência de um mínimo de cinco leitos no Sistema Único de Saúde (SUS) para cada aluno, e oito estão em municípios que não atendem à exigência de três discentes matri-culados por equipe de Estratégia de Saúde da Família (ESF). “A proliferação desenfreada e irres-ponsável do número de escolas mé-dicas no Brasil causará imensurá-veis riscos à pratica médica e graves consequências na assistência à saú-

de que serão arcadas pela socieda-de”, declara Oscar ao reforçar que “a abertura de cursos de medicina não salvará a saúde do país. Precisamos é de um plano de carreira para que os médicos sintam-se motivados a irem para as áreas remotas. Preci-samos principalmente de gestores comprometidos com a saúde”.

Estudantes de medicina têm mais representação em SCA Associação dos Estudantes de Medicina do Brasil (AEMED) ga-nhou reforço em Santa Catarina e em abril, depois de ter realizado eventos de apresentação e integra-ção, empossou seus representantes. Dirigida por Délcio Castagnaro (presidente), Natália Matsumoto (vice-presidente), Júlia Bastian (se-cretária), João Vítor Rech (diretor de Marketing), Lucas Santos Bentin

(diretor Acadêmico) e Guilherme Wolff (diretor de Eventos) a Asso-ciação tem como objetivo repre-sentar e mobilizar os estudantes diante de assuntos que dizem res-peito aos acadêmicos e ao futuro da profissão. “Queremos trazer para perto dos acadêmicos assuntos extracurricu-lares por meio de palestras, eventos e aproximação com entidades mé-

dicas, incluindo o SIMESC”, declara Délcio. Para ser associado é preciso ser estudante de medicina e se inscre-ver pelo site www.aemed.org.br/associar. A contribuição é de R$ 60 por ano. Com a carteirinha de estu-dante da AEMED, o associado tem desconto em eventos, shows, meia--entrada em cinemas, entre outros benefícios.•

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COSEMESC

COSEMESC reúne-se com secretário de Estado da Saúde

Empossado como secretário de Estado da Saúde em janeiro de 2017, o médico Vicente Caropreso recebeu dirigentes do Conselho Superior das Entidades Médicas de Santa Catarina (COSEMESC). O coordenador do COSEMESC e presidente do SIMESC, Vânio Cardoso Lisboa detalhou ao se-cretário o “histórico é ruim e que o secretário tem que ter tinta na caneta para colocar em prática questões urgentes para melhorar o atendimento e as condições de trabalho dos médicos no Estado. Estamos dispostos a apoiar, mas também a cobrar”, enfatizou. O vice-presidente do SIMESC, Leopoldo Alberto Back comentou que os problemas da estrutura de saúde não assustam os médicos. “Há situações verificadas há 20 anos. Métodos arcaicos de geren-ciamento, a falta de financiamento durante muitos anos e a crise, nos colocam numa situação de caos e de dificuldades de trabalho. Os médicos então precisam ser va-lorizados. É um grupo de mais de 1.600 profissionais com compe-tência e conhecimento médico”, afirmou.

Vânio apresentou ao secretário algumas questões urgentes dos médicos, como as negociações dos médicos do SAMU, do Hospital de Araranguá e do Hospital Florianópolis com a Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). “Os médi-cos do SAMU não recebem rea-juste do salário com base no INPC há três anos. A alegação é de que o contrato com o governo não pre-viu reajustes e assim, as melhorias salariais e reajustes não estão sen-do realizadas. Não tivemos outra alternativa, e judicializamos. Pre-cisamos do apoio da SES para en-caminharmos essas questões com a SPDM”, explicou. Outro ponto apresentado foi a questão da aposentadoria espe-cial. “Os médicos aguardam a re-solução da aposentadoria aos 25 anos de trabalho (insalubridade). A Procuradoria Geral do Estado é favorável e o documento está pa-rado na burocracia”, disse Vânio. (saiba mais na página 11)O presidente do Sindicato relem-brou Caropreso da luta dos médi-cos da SES, que é o Piso Nacional do Médico, que atualmente está

em torno de R$ 13 mil. “Enten-demos que é um compromisso de governo que também está parado na burocracia. Os médicos estão insatisfeitos e precisamos encami-nhar essa questão e não somente em reuniões a cada três meses que acabam não evoluindo em muita coisa”, pressionou. DebateO presidente da Associação Catarinense de Medicina (ACM), Rafael Klee de Vasconcelos lem-brou ao secretário que as trocas de gestores na pasta da saúde “promovem a descontinuidade das políticas públicas em saúde, o que impede que algumas questões pontuais e importantes sejam al-cançadas mais rapidamente e com mais eficiência”. O presidente do Conselho Regio-nal de Medicina de Santa Catarina (CREMESC), Nelson Grisard ci-tou sobre o histórico da saúde no Estado e sobre a importância em investir na residência médica e na promoção da ética profissio-nal. “Uma sociedade não vive sem justiça, sem educação e sem medi-cina. Precisamos incentivar a boa formação porque teremos reflexos positivos na atuação profissional”, afirmou. A vice-presidente do CREMESC, Raquel Duarte Moritz acrescentou que o médico “só con-seguirá prestar um atendimento digno se tiver condições de traba-lho”. Também participaram da reunião o tesoureiro geral do SIMESC, Gilberto da Veiga, o diretor de Defesa Profissional da ACM, André Mendes Arent, o secretário adjunto da Saúde, Murillo Capella, a superintendente de Hospitais Públicos da SES, Lúcia Schultz e a diretora de Hospitais Públicos da SES, Cristina Machado Pires. •

COSEMESC

FEMESC chega a sua 20º ediçãoMaior fórum médico de SC será realizado nos dias 9 e 10 de junho em Blumenau

Realizado ininterruptamente desde 1996, o Fórum das Entidades Mé-dicas de Santa Catarina (FEMESC) chega em sua 20ª edição e será re-alizado nos dias 9 e 10 de junho, na Universidade Regional de Blu-menau (FURB), em Blumenau. O evento, promovido anualmente pelo Conselho Superior das Entidades Médicas (COSEMESC), deve reunir aproximadamente 150 médicos e estudantes de medicina para discu-

tir a carreira médica.“Nesta edição vamos levar o evento para dentro da universidade, para perto dos estudantes, como forma de incentivar os futuros médicos a participarem dos debates que envol-vem a medicina. É importante que desde agora se mantenham envol-vidos conosco”, declara o presiden-te do SIMESC Regional Blumenau, Carlos Roberto Seara Filho. Para o presidente do SIMESC e co-ordenador do COSEMESC, Vânio Cardoso Lisboa, a 20ª edição do FEMESC é um grande marco para as entidades médicas.“São duas dé-cadas de discussão e encaminha-mento de assuntos relevantes para a categoria. É a comprovação de que juntos temos mais capacidade de ampliar o debate e identificar me-lhores formas de atuação”, afirma. ProgramaçãoA abertura da 20ª edição do FEMESC será realizada no teatro Carlos Gomes e contará com uma conferência sobre o uso das mídias sociais na medicina. No primeiro dia de evento serão debatidos tam-bém assuntos como a formação mé-dica, novas regras da residência e avaliação sequencial dos cursos de medicina. No sábado serão tratados

temas envolvendo contratos médi-cos, carreira de Estado e empreen-dedorismo na medicina.As entidades que integram o COSEMESC são: Sindicato dos Médicos do Es-tado de Santa Catarina (SIMESC), Associação Catarinense de Medi-cina (ACM), Conselho Regional de Medicina (CRM SC), Sindicato dos Médicos da Região Sul (SIMERSUL) e Academia de Medicina do Estado de Santa Catarina (ACAMESC).

Retrospectiva FEMESC 1996 - Florianópolis1999 - São Francisco do Sul: escolas médicas2000 - Balneário Camboriú 2001 - Blumenau : cooperativas médicas e remuneração do médico2002 - Lages : remuneração de plantão e sobreaviso / esco-las médicas2003 - Laguna : PSF / remuneração e condição de trabalho2004 - Jaraguá do Sul : remuneração médica na saúde suple-mentar / cursos de medicina2005 - Florianópolis : remuneração e trabalho médico / ato médico2006 - Joinville : escolas médicas / termo de ajustamento de conduta

2007 - Chapecó : judicialização da medicina / consórcio inter-municipal de saúde2008 - Fraiburgo : honorários médicos2009 - Timbó: remuneração médica / sobreaviso médico2010 - Criciúma: medicamentos via judicial / perícia médica2011 - Balneário Camboriú: judicialização da medicina / regula-ção médica de urgência 2012 - Florianópolis: organizações sociais2013 - Imbituba: urgência/emergência e financiamento da saúde2014 - Brusque: o médico e a política / fiscalização das unida-des da saúde2015 - Rio do Sul: formação médica2016 - Florianópolis: mercado de trabalho do médico

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CAPA

Em julho de 1994, o jornal Folha de São Paulo dedicou a edição do caderno Mais!, encartado em seu concorrido exemplar de domingo, à “superinfovia do futuro”. Ali esta-va confirmada a abertura ao públi-co brasileiro da comunicação que liga milhões de pessoas em todo o planeta. Até então, a internet era utilizada nos ambientes acadêmi-cos com muito sucesso. Sem o de-sempenho atual, obviamente, mas comprovadamente eficiente na missão agilizar, aproximar e facili-tar conexões. Em maio de 1995 o acesso à inter-net começou a funcionar de ma-neira definitiva e a criação do Co-mitê Gestor Internet Brasil iniciou o planejamento da implantação, administração e uso do serviço no país. Até o final de 1995, pelo me-

nos 10 provedores operavam no país via Embratel enquanto a IBM e a Unisys implantavam suas redes próprias de conexões internacio-nais. O boom da internet no Brasil deu--se em dezembro de 1996, quando o cantor Gilberto Gil fez o lança-mento da música Pela Internet, cantando ao vivo e conversando com internautas sobre sua relação com a rede.O que ocorreu de lá pra cá todos sabemos. A internet invadiu a vida das pessoas em todo o mundo de maneira avassaladora. E o profis-sional com maior credibilidade e confiança junto aos brasileiros, de acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgada em novembro de 2016 está envolvido nesse univer-so. Não interessa se em polêmicas, para divulgar seus trabalhoso ou questões pessoais. O médico está inserido nesse ambiente.“A utilização da internet pelos mé-dicos nos preocupa. Nossas asses-sorias Jurídicas e de Comunicação relatam com frequência situações que envolvem os médicos, prin-cipalmente nas redes sociais. Pre-cisamos falar muito sobre esse

assunto não só pelas questões pro-fissionais ligadas à regulamentação do CFM, mas pelos problemas que podem ser evitados. Há médicos enfrentando processos totalmente desnecessários”, comenta o presi-dente do SIMESC, Vânio Cardoso Lisboa.Vânio acrescenta que “os disposi-tivos móveis fotografam, filmam e permitem que o usuário divulgue o que bem entender na internet. Casos de médicos discutindo com pacientes são comuns, assim como também há aquelas publicações em que os pacientes denunciam a falta de profissionais para o aten-dimento e defendem os médicos. Situações que até podemos ter al-gum tipo de controle. Mas o que nos preocupa de verdade são as ocorrências em que o médico tem total controle e opta pela exposição desnecessária e prejudicial para sua carreira sem muitas vezes se dar conta que isso afeta toda a ca-tegoria profissional. Não podemos mais ignorar a amplitude e veloci-dade da comunicação. A internet está em nossas vidas há duas dé-cadas. Está em tempo de termos controle e consciência sobre esse serviço que se tornou essencial”, avalia Vânio.

Falta de habilidade com o mundo digital coloca médicos em situações constrangedoras

Como evitar problemas nas redes sociais- Nunca divulgue informações de pacientes- Mantenha claro com seus pacientes se haverá “consultas digitais” durante o tratamento- Não entre em discussões nas redes sociais- Cuidado com os assuntos que publica- Não compartilhe boatos, notícias antigas ou de fontes não confiáveis- Caso queira ter um perfil digital profissional, atente-se às regras do CFM e procure orientação profissional- Previna-se: consulte os assessores de comunicação e jurídico do SIMESC e tire suas dúvidas.

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Falta de habilidade com o mundo digital coloca médicos em situações constrangedoras

Repercussão negativa nos fatos mais recentes“Há pelo menos quatro anos ‘co-lecionamos’ situações que envol-vem os médicos na internet, mais recentemente, no uso das redes sociais, incluindo o Whatsapp. Alguns médicos não têm ideia da exposição. Há riscos para a famí-lia, para sua atividade profissional e reputação. Para estar nesse am-biente, e isso vale para todos inde-pendente da profissão, é preciso ter no mínimo, maturidade para compreender e conviver com os opostos e logicamente, ter muito cuidado com o que divulga”, afir-ma o diretor de Comunicação e Imprensa do SIMESC, César

Ferraresi.Somente no último ano os casos envolvendo médicos e internet provocaram grande repercussão. “Debochar de pacientes, desejar a morte de alguém, comentários ho-mofóbicos e divulgação de infor-mações de prontuários na internet e em aplicativos não passam des-percebidos. Os usuários da rede parecem não ter ideia de onde a informação pode parar e o que pode ocasionar na vida de quem está envolvido com fato”, comen-ta a jornalista Carla Cavalheiro, da Assessoria de Comunicação e Im-prensa do SIMESC.

Quando é pior voltar atrásHá casos de comentários e críticas em postagens de artistas, políticos e personalidades que encrencam a vida do médico. “A dica é: man-tenha a calma e avalie se vale a pena fazer o comentário ou com-partilhar a informação. Que im-pacto isso pode gerar no universo digital? Há situações que não tem como remediar. Não adianta apa-gar a postagem, bloquear... Caiu na rede, pode ser um problemão”, acrescenta Carla.Sobre tentar corrigir, a jornalis-ta comenta sobre um médico que debochou de um paciente nas re-des sociais. “A foto postada em seu perfil na rede social mostrou seu rosto, seu carimbo com o CRM e a ridicularizarão ao paciente. Em menos de uma hora ele era notícia nos principais portais de notícias do país. Optou por pedir desculpas públicas e, talvez, mal orientado,

não imaginou que a repercussão também seria devastadora”, co-menta Carla. Esse médico enfrenta uma sindi-cância do Conselho Regional de Medicina (CRM) para averiguação de infração ética. Caso seja consi-derado culpado, o profissional po-derá receber uma das cinco penas disciplinares aplicáveis, previstas em Lei: advertência confidencial em aviso reservado; censura con-fidencial em aviso reservado; cen-sura pública em publicação oficial; suspensão do exercício profissio-nal por até 30 dias; e a cassação do exercício profissional.“Esse processo pode levar até dois anos para ser encerrado e está na lista do que consideramos desne-cessário para a carreira do médi-co”, orienta o advogado da Asses-soria Jurídica do SIMESC, Erial Lopes de Haro.

Carla Cavalheiro: difícil corrigir uma repercussão devastadora (foto: Rubens Flôres)

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O Whatsapp é uma rede social também

O Whatsapp pode representar uma dor de cabeça para os médi-cos, principalmente para os que dão liberdade aos pacientes para “consultas digitais”. “Equilibrar os interesses dos pacientes com a atividade médica não é tarefa fácil.

O profissional precisa deixar claro ao paciente como será essa relação e tem que estar ciente que não será remunerado por ela”, acrescen-ta o advogado Erial, frisando que o Whatsapp é uma rede social e

portanto, está incluída nas normas do CFM sobre publicidade médica. A participação do médico em gru-pos de Whatsapp também pode ser um problema. Além da habitual repetição de assuntos e postagens que não condizem com o tema proposto, o médico precisa estar ciente de que não pode comparti-lhar nesses espaços informações sobre pacientes. “Revelar segredo profissional pode ser considerado crime”, acrescenta Erial Lopes de Haro ao relembrar recente caso da divulgação de informações sobre personalidade pública. Erial reforça que o segredo médi-co é um instituto milenar que não pode ser ignorado. “Além do julga-mento pelo CRM, os médicos irão responder um processo criminal. É uma confusão e um atraso na vida desses profissionais porque são questões fora a prática médi-ca”, diz o advogado.

Reputação profissional em jogo

Além de possíveis polêmicas, em abril, fotos de formandos em medicina divulgadas em redes sociais também causaram alvo-roço. “Os médicos exercem uma profissão especial, com respon-sabilidades sobre a vida de seus semelhantes. Não podemos ter comportamentos indignos e nem cair na armadilha da generaliza-ção comum aos espaços digitais”, afirma o vice-presidente do SI-MESC, Leopoldo Back. Distante de querer dar lição de

moral ou impor regras, Leopoldo lembra que não é necessário dar combustível para os críticos de plantão. “Temos que falar mais sobre ética, postura profissional e comportamento social. Médicos não são santos, ninguém é, mas temos que zelar pela imagem da nossa categoria. Toda a vez que al-gum médico comete algo que não condiz com o comportamento su-gerido pela sociedade, a categoria inteira paga com ele”, orienta.

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Chamada à reflexãoAs polêmicas envolvendo médicos e estudantes de medicina e que causaram grande repercussão na internet, principalmente nas redes sociais, levou a Federação Médica Brasileira (FMB) a se manifestar sobre o assunto. “Colecionamos casos dos mais diversos e que afe-tam em cheio a ética profissional e, acima de tudo, o bom senso. É uma situação que nos preocupa porque são posturas que comprovam que muitos cidadãos ainda não conse-guiram dimensionar a capacidade, a velocidade e o alcance das infor-mações na internet. Os espaços digitais, que contribuem para a

democratização de informações e para aproximação de pessoas tor-nam-se, em momentos não raros, território de confrontos, apologias, discriminação e humilhação”, re-lata Waldir Araújo Cardoso, presi-dente da FMB. “O médico não está acima do bem e nem do mal, mas mantém com a sociedade um relacionamento de grande confiança. Nosso chamado é para a reflexão e para a busca de orientação quando o médico tiver problemas nesses espaços, princi-palmente quando forem alheios à sua vontade”, reforça o presidente do SIMESC, Vânio Cardoso Lisboa.

“Somos constantemente vigiados e temos que ter consciência de agir com a magnitude que a nossa pro-fissão exige, respeitando não só a sociedade, mas o juramento que fizemos quando nos tornamos ap-tos a exercer a medicina”, encerra Waldir.

30% dos processos têm como estopim a publicidade médicaO advogado Erial Lopes de Haro reforça que o médico precisa estar muito atento às normas do CFM so-bre publicidade médica. “Além de tentar manter um comportamento nas redes sociais, o médico precisa olhar profissionalmente para estes espaços. Em um levantamento feito pela nossa assessoria jurídica, esti-

mamos que 30% dos processos que tramitam nos CRMs de todo o Brasil têm como estopim a propaganda e a publicidade médica. É um núme-ro muito representativo”, comenta. “Quando o CFM diz que o médico não deve fazer autopromoção, vale para entrevistas, para redes sociais e de relacionamentos. Quando o CFM

orienta pela Resolução 1974/2011 sobre os parâmetros de publicidade e propaganda que devem nortear toda a forma de aparecer em meio publico, não está tratando somen-te do site, do cartão, do receituário. Vale para todas as relações em que o médico vai falar dele próprio e do serviço que presta”, orienta.•

ARTIGO COMUNICAÇÃO

A importância da boa presença dos médicos nas redes sociaisMais da metade dos brasileiros está envolvida com duas das principais redes sociais do mundo. Facebook e Instagram polarizam quase 140 mi-lhões de usuários ativos no país. É um universo que nos parece infinito, inalcançável, mas sendo utilizado de maneira profissional, a rede social é uma grande aliada na divulgação res-ponsável da mensagem que qualquer médico ou clínica deseje levar a seu público-alvo mesmo tendo que man-ter vigilância às normas de publicida-de estabelecidas pelo Conselho Fede-ral de Medicina (CFM). Não é novidade para ninguém que basta uma pequena dor, uma reação estranha no corpo para que o cidadão busque no ‘Dr. Google’, uma orienta-ção para resolver seu desconforto. De acordo com pesquisa realizada pelo portal Minha Vida, que desenvolve produtos e conteúdos digitais para a área, 94% de quem participou desta investigação confirma que pesquisou na internet informações sobre saúde. A busca por este tema é uma oportu-nidade do médico tornar-se referên-cia porque está dando aos usuários a chance de terem acesso a conteúdo confiável, criando afinidade e proxi-midade. Ciente dessa oportunidade, vamos à prática. Ao elaborar um planejamen-to de divulgação de informações no ambiente digital, o primeiro passo é definir quem irá realizar esse servi-ço. A opção vai desde a secretária do consultório, o sobrinho que entende tudo de internet, passa pelo próprio médico e chega a uma agência espe-cializada em produção de conteúdo, gerenciamento de redes sociais e aná-lise de resultados. A decisão por quem será o responsável por abastecer esses espaços digitais é o quanto se está dis-posto a investir com responsabilidade e profissionalismo em imagem. Geralmente quando a secretária, o

sobrinho ou o próprio médico ficam responsáveis por esse serviço, obser-vamos em curto espaço de tempo que as redes fiquem completamente para-das. O motivo? Não estão preparados e nem se organizaram para essa ativi-dade!O contrato com uma agência profis-sional estabelece o número de pos-tagens, as artes, a garantia do uso de imagens com permissão editorial e o período de contrato, dando a essa ati-vidade um caráter mais apropriado à imagem que o médico quer imprimir, até porque, estará sendo feita por um profissional, que assim como o médi-co, é dedicado à sua área de atuação. Ainda sobre a contratação de uma agência especializada em redes so-ciais é muito importante que ela seja dedicada e tenha experiência na área médica. Somente quem tem conhe-cimento sobre as regras do CFM tem competência para esse trabalho por-que evitará que o médico envolva-se com problemas primários.Outro ponto importante é elaborar um calendário de divulgação de in-formações. Geralmente mensal e sempre observando temas que estão em destaque. Iniciado o trabalho, é preciso moni-torar diariamente e, dependendo do tamanho que a rede chegue, pelo me-nos duas vezes ao dia, o desempenho das postagens. Essa análise permite decidir os patrocínios de temas que muitas vezes sozinhos não chegam ao público desejado. Sem esquecer que esse monitoramento próximo faz com que todos os contatos feitos via rede social (comentários, perguntas e críticas) sejam respondidos em tempo adequado.Um bom planejamento de gerencia-mento de redes sociais traz inúmeras vantagens, entre elas a credibilidade, a confiança dos usuários, o aumento da visibilidade, a proximidade e um

posicionamento diferenciado de seu concorrente. De ponto negativo está o fato de mui-tas pessoas confundirem essa proxi-midade do médico com a substituição de uma consulta presencial. Na rede social são solicitados preços de con-sultas e procedimentos, são feitas per-guntas sobre dores aqui e acolá, são enviadas fotos e pedidos por esses es-paços (incluindo aqui a cada vez mais frequente consulta pelo Whatsapp!) Reforçamos que isso é um enorme equívoco e que os profissionais pre-cisam afastar-se dessas situações que geram problemas quando, novamen-te, lembramos das orientações do CFM. Os pontos positivos sobrepõem-se aos negativos nessa presença dos mé-dicos na internet. Lembrar sempre que responsabilidade, comprometi-mento e profissionalismo, quesitos válidos para a atividade profissional presencial, devem ser transpostos para o ambiente digital como garan-tia de reforço de marca, de imagem e chancelamento da competência profissional sem expor-se de maneira equivocada. •

Para mais informações e esclarecimentos, procure a Assessoria de Comunicação e Imprensa do SIMESC. Agende atendimento pelos telefones (48) 3223 1060 ou 0800 644 1060 e pelo E-mail [email protected].

ARTIGO MÉDICO

Bichectomia: a importância do procedimento ser realizado por um cirurgião plástico

O francês Marie François Xavier Bi-chat, médico cirurgião e anatomis-ta, em sua curta vida (faleceu aos 31 anos) foi capaz de revolucionar o estudo da histologia consideran-do o tecido a unidade morfológica e fisiológica do ser vivo e as funções dos órgãos a resultante da combina-ção das atividades vitais dos tecidos que o compõem. Em sua obra Ana-tomie générale, appliquée à laphysio-logie et à lamédecine, 4 tomes (1801), Bichat fez uma descrição da anato-mia de diversos tecidos e a ele foi atribuído as Boules de Bichat, bolsas de gordura na região entre malar e mandíbula.Os estudos avançaram e os primei-ros relatos sobre a realização de ci-rurgia com finalidade estética para a retirada das Boules de Bichat só foram verificados em 1989, quan-do o cirurgião plástico mexicano, Guerrero Santos, descreveu o pro-cedimento como apenas uma etapa da cirurgia plástica do rejuvenesci-mento facial, principalmente para os rostos mais arredondados. Mas por que a bichectomia está sen-do tão discutida hoje na mídia? A novidade é que a bichectomia reali-zada isoladamente não era comum e a população desconhecia que a correção cirúrgica do rosto arre-dondado era factível. Atualmente vemos que a odonto-logia decidiu realizar essa cirurgia que aparenta ser simples, mas que tem riscos e pode acarretar seque-las como paralisia do ramo bucal do nervo facial, lesões do ducto pa-rotídeo, entre outras. A ressecção excessiva pode ocasionar aspecto de face envelhecida, tanto que rea-

lizamos enxerto de gordura em pa-cientes de idade avançada.A criação de Resoluções pelo Con-selho Federal de Odontologia sem nenhum embasamento (somente em suas resoluções anteriores e revogando as quais os limitavam) e inundações de notícias e uma publicidade exagerada em que não são observados limites éticos, com apresentação de fotos do antes e do depois de seus pacientes, vídeos com dentistas afirmando quais fo-ram as celebridades que fizeram a bichectomia com eles, entre outras formas de propagar esse procedi-mento, preocupa toda a categoria médica, em especial, os cirurgiões plásticos.A execução desse procedimento sem a devida capacidade técnica pode ocasionar a descrença nos procedimentos - como verificamos frequentemente com pacientes que reclamam que o efeito da toxina bo-tulínica não dura mais do que dois meses.Em setembro de 2016 o Conselho Federal de Odontologia (CFO) au-torizou os dentistas a realizarem a aplicação de toxina botulínica, pre-enchedores (considerando que não são procedimentos cirúrgicos) e desde que “não extrapolem sua área de atuação” pela Resolução CFO nº 176/2016. Na mesma Resolução é ampliada a área de atuação até o terço superior da face.Em 22 de março de 2017, a Asso-ciação Médica Brasileira (AMB) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) ingressaram com a Ação Civil Pública nº 0012537-52.2017.4.01.3400 no Tribunal Re-

gional Federal 1, em desfavor do CFO, em que se buscou a imediata suspensão dos efeitos e a conse-quente anulação da Resolução CFO nº 176/2016. Em seguida, o Conse-lho Federal de Medicina e a Socie-dade Brasileira de Dermatologia (SBD) também ingressaram na re-ferida ação judicial, para subsidiar o magistrado com informações téc-nico-jurídicas relativas ao tema e provas dessa atuação irregular, que coloca em risco saúde e vida dos pa-cientes. A ação foi extinta após en-tendimento entre as entidades so-bre as áreas de atuação profissonal.Aos colegas médicos, cabe encami-nhar seus pacientes para os cirur-giões plásticos, orientando sobre a importância do conhecimento téc-nico para diminuir riscos e evitar complicações.•

Dimitri Cardoso Dimatos é médico filiado ao SIMESC e cirurgião plástico (foto: Estúdio A3)

ARTIGO PREVIDÊNCIA

Médico aposentado pode ter o benefício revisado

Muitas vezes, ao conceder o benefí-cio de aposentadoria, a previdência deixa de considerar fatores diver-sos que são benéficos ao segurado e lhe garantiriam uma renda mais vantajosa.Um exemplo típico deste fato é a não observância do exercício de atividade especial, com exposição à fatores de risco à saúde e integri-dade física do trabalhador. Isso por-que o exercício destas atividades, com contato à agentes físicos, quí-micos ou biológicos, garante ao se-gurado uma contagem diferenciada do tempo de contribuição, com re-percussão positiva no benefício de aposentadoria.Deste modo, se no processo de con-cessão, a questão relativa ao exer-cício da atividade especial deixou de ser abordada, deve o aposenta-do provocar um pedido de revisão do cálculo do benefício a qualquer tempo. Ou, ainda que abordado o assunto no pedido de aposentado-ria, mas negado pelo INSS o reco-

nhecimento da atividade especial, também pode haver a revisão, des-de que o benefício tenha sido con-cedido a menos de 10 anos. No âmbito do serviço público exis-tem particularidades diversas, mas em alguns casos também pode-se buscar revisar o benefício em até 5 anos contados da concessão da aposentadoria, como, por exemplo, a mudança de modalidade de apo-sentadoria visando benefício mais vantajoso ou a inclusão de tempo de contribuição mediante averba-ção vinda de outro regime de previ-dência, a contagem de tempo rural, entre outros.A legislação mudou muito ao lon-go do tempo em relação à prova da atividade especial, sendo muito comum a previdência criar emba-raços e regras sem embasamento legal para o reconhecimento da ati-vidade, gerando prejuízos inegáveis ao segurado. Neste sentido, é im-prescindível que haja o devido as-sessoramento na busca das provas

inequívocas desta condição, com a obtenção de documentação capaz de garantir os melhores benefícios. O SIMESC, por intermédio de sua assessoria de previdência, tem tido importantes conquistas na defesa dos interesses dos médicos já apo-sentados pelo INSS que lidaram com atividade especial nociva à saúde e integridade física ao longo da vida.Reforço a necessidade de atenção à classe médica para o assunto, que garante aos médicos o direito de ter sua aposentadoria melhorada: “Muitos aposentados poderiam es-tar recebendo valores superiores há anos! Temos conseguido revi-sar os benefícios e cobrar os valo-res atrasados dos últimos 5 anos. A Constituição garante o tratamento diferenciado aos trabalhadores que lidam com atividades nocivas à saú-de e integridade física, sem distin-ção e a não observância destes pre-ceitos pelo INSS é algo que deve ser combatido. Seguimos na luta e con-vocamos os médicos a buscar seus direitos, provocando o judiciário, se necessário for, pois pelo que se tem observado a administração pública jamais reconhecerá o direito à revi-são destas aposentadorias.Orgulhosos das recentes conquis-tas na defesa dos interesses da clas-se médica, a Assessoria Previdenci-ária do SIMESC, mais uma vez, se coloca a inteira disposição dos inte-ressados a fim de dirimir quaisquer dúvidas existentes em relação ao tema, bem como para oferecer total suporte em eventual demanda ad-ministrativa ou judicial envolvendo a matéria.•

Para mais informações e esclarecimentos, procure a Assessoria Previdenciária. Consulte o regulamento da Previdência e agende atendimento pelos telefones (48) 3223 1060 ou 0800 644 1060 e pelo E-mail [email protected].

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Dilemas atuais da medicina: as diretivas antecipadas de vontadeHistoricamente pode-se afirmar que o século XX evidenciou uma mudança na trajetória da morte. Na Idade Média a morte era, por assim dizer, pública e comunitária. Era de-testável morrer em segredo, longe, inesperadamente, sem testemunha ou cerimonial. A morte era um ri-tual vivido em família, de modo coletivo e comunitário, longe da concepção individualista que carac-teriza a modernidade. Atualmen-te, a morte é encarada por muitos como tabu, evidenciando que cada época tem como parâmetro uma forma de morte que aparece como a mais desejada e, assim, pode-se idealizar de que maneira morrer. O que se observa é que quando o su-jeito está saudável, deixa ele de re-fletir sobre sua finitude, relegando tal ponderação quando acometido por doença terminal. É necessário o estabelecimento de uma cultura que passe a encarar o processo de morte de forma mais construtiva, o que previnirá infindáveis dilemas éticos, legais e morais, especialmen-te no agir do médico.O Conselho Federal de Medici-na (CFM) publicou a Resolução 1.995/2012, que instituiu as Direti-vas Antecipadas de Vontade, conhe-cidas como testamento vital, que autoriza que os pacientes decidam, prévia e expressamente, a quais tra-tamentos desejam ser submetidos caso estejam no final da vida, para o momento em que estiverem incapa-citados de expressar, livre e autono-mamente, sua vontade.Com base neste instrumento legal, podem os pacientes, de forma livre

e autônoma, especificar, antecipa-damente, as opções e instruções relativas aos cuidados de saúde aos quais desejam ou não receber, e que visem a retardar o processo natural de morte, no caso de encontrarem--se acometidos de doença grave e irreversível. À guisa de exemplo pode-se elencar a reanimação em paradas cardiorrespiratórias, me-didas de suporte básico de vida, de alimentação e hidratação artificiais, além de tratamentos dolorosos, de-sumanos ou degradantes, estes já vedados por força constitucional.Orienta a norma legal que as deci-sões sobre cuidados e tratamentos de pacientes que se encontram incapazes de comunicar-se, ou de expressar de maneira livre e independente suas vontades, o mé-dico levará em consideração suas diretivas antecipadas de vontade. Neste sentido, há a orientação legal para o caso em que o paciente tenha designado um representante para tal fim, situação em que suas infor-mações serão levadas em conside-ração pelo médico. Desta forma, as diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos familiares.Como corolário do direito do pa-ciente, por força do Artigo 41 do Código de Ética Médica (CEM), “nos casos de doença incurável e termi-nal, deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstina-das, levando sempre em considera-ção a vontade expressa do paciente

ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal”.A resolução orienta ainda que o mé-dico deixará de levar em considera-ção as diretivas antecipadas de von-tade do paciente ou representante que, em sua análise, estiverem em desacordo com os preceitos dita-dos pelo CEM. Utilização de técni-cas sem reconhecimento científico e prescrição de medicamentos sem registro dos órgãos competentes são bons exemplos.O assunto aqui abordado de ma-neira introdutória, pela diversidade de possíveis ocorrências na prática médica, deve fazer com que o médi-co cerque-se de cautelas da convic-ção de que o paciente estava apto e em pleno gozo de suas capacidades mentais quando emitiu sua vonta-de.•

Para mais informações e esclarecimentos, procure a Assessoria Jurídica. Agende atendimento pelos telefones (48) 3223 1060 ou 0800 644 1060 e pelo E-mail [email protected].

ARTIGO JURÍDICO

ARTIGO JURÍDICO

Terceirização: ‘Uberização‘ das relações do trabalhoA Lei da Terceirização (13.429/2017), gerará grande impacto nas relações do trabalho. Esta Lei tem dois esco-pos distintos e um deles, altera inú-meras disposições da Lei 6.019/74, para disciplinar o lapso temporal do contrato temporário e facultar a ter-ceirização irrestrita nestes casos em particular.A nova legislação admite expressa-mente que o trabalho temporário pode versar sobre o desenvolvimen-to de atividades-meio e atividades--fim a serem executadas na empresa tomadora de serviços, nos termos da redação que dá ao artigo 9º, § 3º, da Lei 6.019/74.Ao admitir a terceirização da ativi-dade fim da tomadora de serviços, o legislador só o fez relativamente aos contratos temporários, deixando inalterada a disciplina normativo-ju-risprudencial então vigente no país - a Súmula 331, do Tribunal Superior do Trabalho (STF).O legislador, podendo fazê-lo, optou por expandir o alcance da terceiriza-ção das atividades fim apenas e tão somente aos contratos temporários, não o fazendo em relação aos contra-tos de emprego com duração conti-nuada.Presumir o referido alcance é incom-patível com a Lei, posto que restri-ções a direitos devem ser expressas, em respeito ao princípio constitucio-nal da legalidade ampla. Na qualida-de de radical inflexão nos direitos fundamentais e sociais dos trabalha-dores, tal extravasamento seria ra-zoavelmente controverso sob a ótica constitucional no caso de ser expres-samente ditado, o sendo mais ainda na eventualidade de resultar de uma

interpretação inadvertida da literali-dade da Lei.Entendemos que a nova legislação acarretará em uma “Uberização das Relações do Trabalho”, passando a ser um novo estágio da exploração do trabalho, que traz mudanças qua-litativas ao estatuto do trabalhador, à configuração das empresas, assim como às formas de controle, geren-ciamento e expropriação do traba-lho. Percebe-se claramente a criação de uma nova forma de prestação de ser-viços (terceirizados) que, ao mesmo tempo que se complementam tam-bém podem concorrer com o mode-lo anterior das redes de subcontrata-ções compostas pelos mais diversos tipos de empresas. Isso demonstra um tendência terce-rizatória em uma lógica de aumento da cadeia de desagregação de valor do fator de produção, em contrapar-tida ao aumento da mais-valia: quan-to maior essa cadeia (quarteirização, quinteirização, etc.), maior a espolia-ção do quinhão que é justo e devido ao trabalhador pela produção das ri-quezas.Não há como negar que essa nova Lei acarretará numa cadeia de degrada-ção do valor do trabalho seja em va-lores remuneratórios, seja em cresci-mento nas próprias organizações.Estas constatações não se exaurem nos limites das verbas salariais, mas antes extravasa-se para todo o re-pertório jurídico de direitos com que devem constitucionalmente contar o trabalhador, em diametral ofensa ao princípio da proteção social, à digni-dade da pessoa humana do obreiro e a vedação do retrocesso social

Assim, entendemos que autorizar a terceirização e mesmo o descalabro da quarteirização na ordem infra-constitucional parece ir em sentido oposto ao que preconiza o Consti-tuinte, ao delinear um ordenamento programático de bem-estar social que confere idêntica relevância à propriedade privada e livre inicia-tiva, de um lado, e à valorização do trabalho humano e função social da propriedade, de outro.Acrescento ainda que em um mo-mento em que poucas pessoas se interessam por política e pelo seus representantes a permissão da tercei-rização e a reforma trabalhista de um modo geral, torna-se uma verdadeira investida contra direitos e garantias conquistas com muita luta e sofri-mento da classe trabalhadora, desde a abolição da escravatura, quando verdugo e a chibata determinavam a execução do trabalho.•

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ARTIGO ECONOMIA

Investimentos em tempos de criseA realização de investimentos fi-nanceiros deve considerar o am-biente no qual os mesmos estão sendo empreendidos. O Brasil atravessa uma das piores reces-sões da história, no contexto de uma das mais graves crises viven-ciadas pelo sistema capitalista. No ano passado o PIB recuou 3,6% e o desemprego, após longo período de queda, voltou rapidamente ao centro dos problemas sociais, re-tornando ao patamar de 12%, no final de 2016. Considerando este cenário extremamente adverso e superadas as etapas de equilíbrio orçamentário e capacidade de se-parar uma parte da receita mensal, o mercado oferece boas alternati-vas de investimentos. Vale lembrar que antes de investir é fundamental se organizar e adqui-rir disciplina. É indispensável ter o mínimo de controle de receitas e despesas (de preferência em plani-lha eletrônica), para saber quanto sobra no final do mês para a reali-zação de investimentos. No Brasil, como se sabe, apenas uma elite dis-põe de recursos para investir. Para a maioria esmagadora dos brasilei-ros, ao invés de recursos monetá-rios para investimentos, o que so-bra no final do mês são contas para pagar. A escolha do investimento adequado tem que combinar com o perfil do poupador/investidor: período que poderá esperar para fazer o resgate, tempo que dispõe para estudar os números, nível de recursos que dispõe, maior ou me-nor disposição para correr riscos, conhecimento dos produtos finan-ceiros disponíveis etc. Não existe, portanto, ‘bula de remédios’ para os investimentos, o ‘melhor’ deles sempre irá depender da situação concreta e do investidor. Se for pensar para o curto prazo

(até dois anos) é importante um tipo de investimento mais conser-vador, já que o tempo de recupera-ção de eventuais reveses é curto. São boas alternativas para o curto prazo: Títulos Públicos: Os títulos do Tesouro, com base na variação da taxa Selic, oferecem uma boa ren-tabilidade e fornecem segurança, na medida em que são garantidos pelo Tesouro Nacional. São títulos pós-fixados, ou seja, sua rentabili-dade irá depender da variação da taxa Selic. Eles podem ser vendi-dos a qualquer hora, sem preju-ízos, já que a sua rentabilidade é definida por dia útil.Certificado de Depósito Bancá-rio (CDB): O CDB é um título que tem renda fixa e, regra geral, rende mais do que a caderneta de pou-pança. É um investimento que está assegurado pelo Fundo Garantidor de Crédito (mecanismo de prote-ção aos correntistas e investidores, que permite recuperar os depósi-tos ou créditos mantidos em insti-tuição financeira, até determinado valor, em caso de intervenção, de liquidação ou de falência) no caso de aplicações até R$ 250 mil reais. Um detalhe fundamental: tanto sobre os títulos quanto sobre o CDB há incidência de Imposto de Renda, com a seguinte regra:22,5 % caso a aplicação fique até 6 meses;20% caso a aplicação fique de 6 a 12 meses;17,5% caso a aplicação fique de 12 a 24 meses;15% caso a aplicação fique acima de 24 meses.Para investimentos de longo pra-zo (mais de cinco anos), é possível realizar a combinação de investi-mentos conservadores com outros mais arrojados. Uma combinação

possível pode ser:Fundos de Investimento Imobili-ário (FII): Diferentemente do in-vestimento em um único imóvel, que está sujeito e chuvas e trovo-adas da conjuntura, é possível in-vestir em um Fundo Imobiliário, que tem a grande vantagem de di-luir o risco do investimento. Títulos Públicos: É também uma boa opção no longo prazo, pois os títulos do Tesouro possuem diver-sos prazos de vencimento. Alguns, inclusive, com mais de 20 anos, o que no Brasil é um tempo longo. Possuem a garantia do Tesouro e são indexados à inflação, garantin-do boa rentabilidade. Ações: O investimento em ações é sempre melhor no longo prazo, na medida em que o investidor não fica sujeito aos altos e baixos do mercado. O sucesso neste tipo de investimento, no entanto, depen-de da adequada escolha das ações, o que pressupõe um mínimo de tempo para estudar a solidez das companhias. Aqueles que ganham dinheiro nesse mercado são os que estudam os fundamentos das em-presas e procuram entender o que se passa em cada momento con-juntural.•

José Álvaro de Lima Cardoso é economista e su-pervisor técnico do DIEESE em Santa Catarina (foto: Rubens Flôres/arquivo)

SIMESC EM AÇÃO

IPREV descumpre determinação judicialPor meio de ação da Assessoria Previdenciária do SIMESC, os médicos que iniciaram suas ativi-dades na Secretaria de Estado da Saúde (SES) antes de 31 de outu-bro de 1989 (data da publicação da Lei Complementar 28/1989, que instituiu o Regime Próprio de Previdência Social do Estado), ti-veram em 2015 grande conquista que reconheceu o direito da con-versão do tempo especial em co-mum (20% para mulheres e 40% para homens). Após quase dois anos, o Instituto de Previdência do Estado de Santa Catarina (IPREV) não encaminhou o benefício aos profissionais.Sem êxito nas tratativas com a ad-

ministração pública para a aver-bação por tempo de serviço, o SI-MESC requereu à SES o benefício dos médicos e após tramitação do requerimento e a apresentação de pareceres favoráveis da Procura-doria Geral do Estado (IPREV), Parecer 0221/15, a pretensão foi deferida, obrigando o IPREV a re-conhecer o direito dos servidores. “O IPREV tem ignorado a deter-minação, causando perplexidade e revolta aos médicos que, na maio-ria dos casos, poderiam estar apo-sentados se considerada a devida conversão do tempo”, explica o diretor de Previdência e Seguros, Person Antunes de Souza. O advogado da Assessoria Previ-

denciária do SIMESC, Kleber Coe-lho, afirma que a atitude do IPREV é inadmissível, tendo em vista que há decisão favorável aos médicos. “O único beneficiado com a ati-tude omissiva do ente público é ele mesmo, já que se vale de toda a lentidão dos processos judiciais para retardar o cumprimento de sua obrigação. A solução judicial para um impasse desta natureza pode levar vários anos e a resposta do Judiciário provavelmente viria tarde demais”.O SIMESC persistirá na busca dos direitos dos filiados. “O direito foi concedido, é dever do IPREV re-passar aos médicos”, conclui Per-son.•

PELO BRASIL

Código de ética recebe mais de 2,5 mil propostas de atualização

Foi encerrado em março os trabalhos de atualização do Código de Ética Médica. Conselheiros e especialis-tas fizeram estudos, participaram de eventos e analisam 2.757 sugestões de médicos, conselhos regionais de

medicina (CRMs), entidades da so-ciedade civil organizada e institui-ções científicas e universitárias. A expectativa é que o novo Código de Ética seja aprovado em abril de 2018, entrando em vigor no segundo se-mestre. “Ao tratarmos do Código de Ética Médica, é de extrema importância discutirmos exaustivamente as al-terações propostas e nas diversas instâncias previstas. Além dos deba-tes promovidos pelos estados e nos encontros regionais realizados pelo CFM em 2016, todas as propostas aprovadas são analisadas pela Co-missão Nacional de Revisão do do-cumento e ainda serão submetidas

às conferências nacionais a serem promovidas pelo CFM durante estes anos de 2017 e 2018”, ressalta Carlos Vital, presidente do CFM.A última revisão do Código foi reali-zada em 2007, baseada no documen-to que vigorava há sete anos. Assim como essa revisão recente, são anali-sados diversos temas relativos à Ética Médica, como distanásia, manipula-ção de células germinativas, terapia gênica, autonomia e diálogo livre e esclarecido, responsabilidade civil do médico, relação médico-paciente, situações clínicas irreversíveis e ter-minais, e uma série de outros tópi-cos.•

Qualidade dos genéricos preocupa o CFMA eficácia dos medicamentos gené-ricos produzidos no Brasil é tema de preocupação para o Conselho Fede-ral de Medicina (CFM). O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou, em outubro de 2016, o resultado de uma auditoria realizada por solici-tação do Congresso Nacional (PFC 170/2014) com base em “denúncias de profissionais de saúde e de consu-midores no sentido de que a e¬ficácia do medicamento genérico seria li-mitada”. As queixas informavam, inclusive, a “necessidade de substi-tuição dos genéricos no meio do tra-tamento por não surtirem os efeitos esperados para os princípios ativos”. Sob relatoria do ministro Bruno Dantas, a auditoria concluiu que há fragilidades no monitoramento e ¬ fiscalização realizados pela Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dos medicamentos comer-cializados no País. “É de extrema relevância termos à disposição da população múltiplos laboratórios produzindo o mesmo medicamento,

que é o caso dos genéricos. No entan-to, só há de fato benefício se todos os remédios disponíveis no mercado cumprirem sua função no tratamen-to do paciente, se efetivamente tive-rem qualidade”, ressalta Hermann von Tiesenhausen, 1º secretário do CFM. Em nota recente, publicada em res-posta a notícias sobre medicamentos genéricos, a Anvisa a¬firmou manter seu posicionamento. “Os medica-mentos genéricos a que os brasileiros têm acesso são seguros”. Dados da própria autarquia revelam que, de ja-neiro de 2000 a agosto de 2016, 4.661 medicamentos genéricos foram re-gistrados no País. Contudo, desse to-tal, 861 foram cancelados, restando 3.800 medicamentos genéricos de 114 empresas detentoras de registros válidos no Brasil. De acordo com a Anvisa, as princi-pais vantagens dos genéricos são: “disponibilizar medicamentos de menor preço, uma vez que o medica-mento genérico deve ser, no mínimo,

35% mais barato que o medicamento de referência; reduzir os preços dos medicamentos de referência, com a entrada de medicamentos concor-rentes (genéricos); contribuir para aumento do acesso a medicamentos de qualidade, seguros e eficazes”. O medicamento genérico deve con-ter os mesmos princípios ativos, forma farmacêutica, dose, via de administração, posologia e indica-ção terapêutica do medicamento de referência, sendo, assim, intercambi-ável por garantir a mesma e¬ficácia e segurança. Para entrarem no mer-cado, os genéricos são submetidos a testes em laboratórios credenciados pela Anvisa afim de confirmar a bio-equivalência (conter idêntica com-posição qualitativa e quantitativa de princípio ativo) e comparável biodis-ponibilidade (velocidade e extensão de absorção de um princípio ativo a partir de sua curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua excreção na urina).•

PELO BRASIL

Concedido Registro Sindical da Federação Médica Brasileira

Foi divulgada no Diário Oficial em março de 2017, a concessão do re-gistro sindical da Federação Médica Brasileira (FMB), documento que oficializa as atividades da entidade no país. "Conquistamos a plena le-galidade enquanto entidade sindical de segundo grau. Uma vitória a ser celebrada e que é fruto do esforço e trabalho de inúmeros sindicalistas, médicos ou não, a quem dedico esta conquista", destaca o presidente da entidade, Waldir Araújo Cardoso, que acrescenta que “a FMB foi fun-dada após divergências com a outra entidade que era a única no país re-presentando os médicos. Sabíamos que as brechas na lei poderiam nos causar o transtorno da demora da liberação do documento, mas tam-bém tínhamos plena confiança de que não estávamos cometendo ile-galidades”.Com a regularização após a conces-são do registro, são esperadas novas filiações. “A falta desse documento fazia com que muitos sindicatos es-tivessem trabalhando conosco e nos

apoiando, mas ainda não formal-mente. É um avanço para fortalecer a entidade e principalmente porque ampliará nossa atuação em defe-sa do médico e da saúde pública de qualidade nos estados brasileiros”, acrescenta Waldir. O Sindicato do Mato Grosso foi o primeiro a reali-zar assembleia após o registro para confirmar a filiação à FMB. No período de espera pela conces-são do documento, a FMB realizou e participou de inúmeras atividades em todas suas bases representativas e em diversos segmentos relaciona-dos à sua área de atuação no Brasil e no exterior. "Temos muito trabalho pela frente. Os médicos e a boa me-dicina estão sendo ameaçados por gestores inescrupulosos. Com forças renovadas, vamos à luta!", afirma Waldir.História da FMBAcre, Alagoas, Amapá, Anápolis, Campinas, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sorocaba, São Paulo e Tocantins são os estados e cidades que iniciaram

os trabalhos da FMB após a posse da diretoria em Belém. A entidade representativa da cate-goria médica brasileira surgiu a par-tir do crescente descontentamento de um grupo de sindicatos médicos com os rumos e procedimentos to-mados pela diretoria de outra enti-dade que representava a categoria até então. O ápice da insatisfação foi em novembro de 2013, com a rea-lização de um congresso no Rio de Janeiro, quando uma manobra interna permitiu, entre outras irre-gularidades, a prorrogação ilegal do mandato do presidente.Em maio de 2014, surge a Resis-tência Democrática, que elaborou a Carta de Princípios, onde constam os pressupostos éticos que passa-riam a pautar as atividades do novo sindicalismo médico brasileiro. Em abril de 2015, em Recife, após avaliarem durante um ano o movi-mento sindical médico e a saúde no Brasil, os sindicatos aprovaram a Carta de Pernambuco, e decidiram pela criação de uma entidade fede-rativa que representasse os médicos e o cidadão brasileiro nessas deman-das, bem como fortalecesse as ban-deiras de luta dos médicos, da medi-cina e da saúde no país. No dia 21 de maio de 2015, em São Paulo, foi realizado o lançamento da FMB e sua primeira diretoria to-mou posse e efetivamente começou a trabalhar no dia 27 de novembro de 2015, tendo como primeira sede oficial a cidade de Belém. O SIMESC é representado na FMB pelos médicos Cyro Veiga Soncini (secretário de Comunicação e Im-prensa), Aury Jorge Faresin (secre-tário de Previdência, Benefício e Saúde do Trabalhador) e Leopoldo Alberto Back (Conselho Fiscal).•

OBITUÁRIO

ENDEREÇOS

SIMESC FlorianópolisRua Cel. Lopes Vieira, 90 – Centro - 88015-260Telefones: (48) 32231030 / 3223 1060 / 0800 644 1060 | Horário de atendimento: 2ª a 5ª feira das 9 às 19h e 6ª feira das 9 às 18h | [email protected]

REGIONAL BLUMENAURua Dr. Luiz de Freitas Melro, 231 – CentroTelefone: (47) 3041 9575 | Horário de atendi-mento: 2ª a 6ª feira das 13 às 18h | [email protected]

REGIONAL BRUSQUERua Padre Werner, 180 | Telefone: (47) 3351 3726 | Horário de atendimento: 2ª a 6ª feira das 8 às 12h | [email protected] REGIONAL CHAPECÓRua Mal Deodoro da Fonseca, 400, sala 405, Edifício Piemonte Executivo – Centro | Telefo-ne: (49) 3322 3066 | Horário de atendimento: 2ª

a 6ª feira das 8 às 12 e das 13 às 17h | [email protected]

REGIONAL ITAJAÍRua Samuel Heusi, 463, sala 201 – Ed. The Offi-ce – Centro | Telefone: (47) 2125 1970 | Horário de atendimento: 2ª a 5ª feira das 8 às 11h30 | [email protected] REGIONAL JOAÇABAAv. XV de Novembro, 340 sala 205 – Centro | Telefone: (49) 3522 7042 | Horário de atendi-mento: 2ª a 6ª feira das 13 às 19h | [email protected]

REGIONAL JOINVILLERua: Dona Francisca, 260 – Centro Empresarial Deville | Telefone: (47) 3432 3279 | Horário de atendimento: 2ª a 6ª feira das 9 às 15h | [email protected]

REGIONAL LAGES

Rua João Castro, 68, sala 1002 – Shopping Gemini – Centro | Telefone: (49) 3223 7620 | Horário de atendimento 2ª a 6ª feira das 13 às 19h | [email protected]

REGIONAL MÉDIO VALE (INDAIAL)Rua dos Atiradores, 66 – Centro – IndaialTelefone: (47) 3394 7253 | Horário de atendi-mento: 2ª a 6ª feira das 7 às 13h | [email protected]

REGIONAL RIO DO SULRua: Humaitá, 19 – Ed. Coimbra | Telefone: (47) 3522 0277 | Horário de atendimento: 2ª a 6ª feira das 7h30 às 13h30 | [email protected]

REGIONAL TUBARÃORua Padre Bernardo Freuser, 306, sala 103 – Ed. Centro Médico – Centro | Telefone: (48) 3052 3443 | Horário de atendimento: 2ª a 6ª fei-ra das 13 às 19h | [email protected]

SIMESC lamenta perda de colegas médicos

Em 17 de janeiro, o médico, cirur-gião geral e do aparelho digestivo João Vicente Edon Castelan, 33 anos, quadro clínico do Hospital São José, em Criciúma, faleceu em São Paulo, onde fazia tratamento contra um câncer. João se formou na segunda turma do curso de Me-dicina da Universidade do Extre-mo Sul (Unesc/2006). Era filho do cirurgião João De Bona Castelan.Faleceu em 23 de janeiro o médi-co pneumologista Cláudio Luiz dos Santos, decorrente de compli-

cações durante uma cirurgia de emergência no coração. Cláudio ti-nha 50 anos, atuava em Jaraguá do Sul desde 1996 e integrava o corpo clínico dos hospitais São José e Ja-raguá, e da Clínica do Pulmão. O médico era formado pela Univer-sidade Federal de Santa Catarina (UFSC/1991).Vítima de uma parada cardíaca, a médica pediatra Melânia Salete Fedrizzi, 55 anos, de Florianópolis, faleceu no dia 19 de fevereiro, em sua residência.

Em 23 de abril foi registrado o falecimento do médico neuroci-rurgião Irineu May Brodbeck, só-cio fundador do Complexo Baía Sul, na capital, um das mais bem equipadas estruturas de saúde do sul do Brasil. Natural de Tuba-rão, Irineu fez medicina na UFSC (1977) e destacou-se pelo empre-endedorismo notável e capacidade de liderançaÀs famílias, amigos e pacientes, o SIMESC deixa um fraternal abraço pela passagem desses colegas. •

João Vicente Castelan era médico em Criciúma

Cláudio Luiz dos Santos era médico em Jaraguá do Sul

Melânia Fedrizzi era pediatra na Grande Florianópolis

Irineu Brodbeck era neurocirurgião na capital

SIMESC PRESENTE

3. Reunião DRT – Hospital Araranguá - Vânio, Zulma, Bonassis, adv. Vanessa, jorn. Carla 4. Entrevista CBN Diário – atestados médicos falsos - Cesar 6. Reunião corregedoria TRT - Vânio, adv. Vanessa, jorn. Carla 6. Reunião Diretoria Executiva 8. Assembleia médicos Palhoça 9. Reunião médicos Jaraguá do Sul - Vânio, coord. Terezinha 13. Reunião Diretoria Executiva 16. Conselho Deliberativo FMB – São Paulo - Vânio, Zulma, adv. Kleber 17. Conselho Deliberativo FMB – São Paulo - Vânio, Zulma, adv. Kleber 20. Reunião Diretoria Executiva 21. Reunião SMS Florianópolis - Vânio, Fábio, Vanessa e jorn. Camila 22. Reunião Cosemesc - Vânio, Leopoldo, Zulma, Fabrizio, coord. Terezinha, Jorn. Camila 27. Reunião Diretoria Executiva 27. Entrevista Diário Catarinense – falta leitos pediatria - Vânio 27. Artigo Notícias do Dia – programa Mais Médicos - Vânio 28. Entrevista RBS TV – falta leitos pediatria - Vânio 28. Reunião Araranguá - Vânio, Leopoldo, Zulma, adv, Rodrigo, jorn. Camila, coord. Terezinha 30. Reunião SAMU

5. Entrevista CBN/Diário – suspensão atendimento - Vânio 6. TV COM e CBN Diário: Conversas Cruzadas – suspensão de atendimento - Vânio 10. Apresentação proposta prefeitura - Vânio, Renato 11. Apresentação proposta prefeitura - Jornalista Carla 11 .Entrevista RBS TV – situação UPA norte da ilha - Fábio 11. Entrevista rádio Guarujá – greve prefeitura - Renato 11. Assembleia médicos prefeitura Florianópolis 12. Entrevista RBS TV – falta de recursos humanos - Vânio 12. Entrevista rádio Guarujá – greve prefeitura - Renato 16. Assembleia médicos prefeitura Florianópolis 16. Entrevista RIC Record – greve prefeitura - Vânio 16. Entrevista rádio Guarujá – greve prefeitura - Renato 16. Entrevista CBN/Diário – greve prefeitura - Renato 23. Reunião Diretoria Executiva 25. Reunião reitoria UFSC/HU - Vânio , Oscar, jorn. Camila 30. Reunião Diretoria Executiva

01. Reunião SES – COSEMESC - Vânio, Leopoldo, Gilberto, jorn. Carla 03. Posse CREMESC - Leopoldo e Fabrízio 03. Audiência DRT – Hospital Araranguá - Vânio, Cesar, adv. Erial, Jorn. Camila 06. Reunião Diretoria Executiva 06. Audiência TRT – SAMU - Vânio, adv. Erial 13. Reunião Diretoria Executiva 15. Reunião Femesc em Blumenau - Vânio, Gilberto, coord. Terezinha 16. Reunião prefeito Florianópolis - Vânio, Renato, Fábio, Oscar, Vanessa e Aury 20. Reunião Diretoria Executiva 22. Audiência presidente TRT- Vânio, Leopoldo, adv. Vanessa. jorn. Camila 24. Formatura Residentes Carmela Dutra - Daniel Nunes 24. Formatura Endocrinologia - Marcelo Rogelin

3. Reunião Diretoria Executiva 4. Reunião CES - Vânio 6. Reunião Jaraguá do Sul – Vânio, adv. Alberto, coord. Terezinha 10. Reunião Diretoria Executiva 11. Reunião médicos Tubarão – Vânio, coord. Terezinha 13. Reunião Acadêmicos UFSC – Oscar, Daniel, Gilberto, Fabrizio, Renato, adv. Erial, adv. Kleber, jorn. Carla, serv. Jean 17. Reunião Diretoria Executiva 17. Assembleia geral médicos prefeitura Florianópolis 18. Reunião Acadêmicos Unisul – Oscar, Gilberto, adv. Vanessa, adv. Kleber, jorn. Camila, serv. Jean 20. 1º Seminário Unimed SC e Entidades Médicas - Vânio24. Reunião Diretoria Executiva

ABRIL

SIMESC RECOMENDA

Escrito por Gary Keller e Jay Papasan, o livro trata sobre a ideia de que a produtividade deve ser medida pelos resultados e não pela quantidade de itens em sua lista de tarefas. A crença é de que é possível fazer várias coisas ao mesmo tempo, e que isto faz com que a produtividade aumente. Ocorre que, quando são feitas muitas coisas ao mesmo tempo, há alternância de foco. Essa troca constante de atenção tem um custo, que é o tempo. O livro também trata sobre os bloqueios habi-tuais que muitas vezes não são percebidos na rotina de trabalho.

A única coisa

Estreado no Festival de Cinema de Toronto, A Autópsia (“The Autopsy of Jane Doe”) é um filme de terror com argumento e realização do norueguês André Øvredal (O Caçador de Trolls), protagoni-zado por Emile Hirsch, Brian Cox e Olwen Kelly. Tommy Tilden e o seu filho, Austin, são médicos--legistas numa pequena cidade norte-americana. Numa noite igual a tantas outras, aparece-lhes o corpo de uma jovem não identificada que foi brutalmente assassinada e encontrada na cave de uma família. À medida que pai e filho avançam com a autópsia, se dão conta de alguns fatos perturbado-res. E o mais inquietante de todos é que a vítima pode não estar realmente morta.

A Autópsia

Filme dirigido e escrito por Theodore Melfi (Um Santo Vizinho), conta a história de três mulheres que fizeram a diferença, venceram preconceitos e hoje são reconhecidas pelos seus feitos: Kathe-rine G. Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughan (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Mo-náe). No auge da corrida espacial entre Estados Unidos e Rússia durante a Guerra Fria, uma equipe de cientistas da NASA, formada por mulheres negras, provou ser um elemento fundamental na vitória dos Estados Unidos.

Estrelas Além Do Tempo

Com roteiro de Terry George e Robin Swicord, o filme narra a história de um triângulo amoroso em Cons-tantinopla durante os últimos dias do Império Otomano. Quando Michael, um estudante de medicina armê-nio, e Ana, uma sofisticada armênia, se conhecem, a herança cultural entre eles os aproxima e explode uma paixão. A jovem é comprometida com Chris, um fotojornalista americano, o que resulta em uma rivalidade entre os dois homens. Tudo é deixado de lado quando os turcos formam uma aliança com a Alemanha e o Império começa a atacar violentamente o povo armênio. O trio de protagonistas é formado por Christian Bale (franquia Batman – O Cavaleiro das Trevas), Oscar Isaac (Star Wars: O Despertar da Força) e Charlotte Le Bon (A Travessia).

A Promessa

Moonlight: sob a luz do luarO vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2017 apresenta uma história atemporal de relações huma-nas e autoconhecimento. Este drama narra a vida de um jovem afro-americano desde a infância até a vida adulta e a luta dele para encontrar seu lugar no mundo enquanto cresce num bairro violento de Miami. Ao mesmo tempo um retrato essencial da vida contemporânea do afro-americano e uma reflexão intensa, pessoal e poética sobre identidade, família e amizade, a produção independente Moonlight é ainda uma obra de cinema inovadora que ecoa uma profunda compaixão e verdades universais. Ancorada em extraordinárias performances de um talentoso elenco, a direção de Barry Jenkins traz sua visão única e profundamente comovente sobre o caleidoscópio de momentos, pes-soas e forças desconhecidas que determinam nossas vidas e nos fazem ser quem somos.

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ALÉM DA MEDICINA

Médico é curador da mais importante exposição de 2017 na Capital

Considerada a exposição mais im-portante do ano em Florianópolis, Iconografia 344, que fica aberta até 1º junho, na Fundação Cultural Badesc, tem como curador Ylmar Corrêa Neto, médico neurologista que desde os 15 anos, coleciona e aprecia artes.A exposição apresenta documen-tos raros, pinturas, aquarelas, de-

senhos, gravuras, mapas e livros originais dos séculos XVI a XIX e que retratam Desterro, e atual Flo-rianópolis. “Jamais foi reunido ma-terial desta importância em uma exposição pública em Santa Catari-na. Em Iconografia 344 é possível apreciar a evolução da cidade, seus habitantes, sua fauna, sua flora e seus limites”, declara Ylmar ao co-

memorar o sucesso da exposição que já foi visitada por centenas de pessoas. Com 28 anos de dedicação à medi-cina, Ylmar conta que sua primeira aquisição foi uma serigrafia de Al-fredo Volpi (1896-1988), compra-da quando o artista ítalo-brasileiro ainda estava vivo. Ylmar Corrêa é médico filiado ao SIMESC.•

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Ylmar Corrêa durante a abertura de Iconografia 344 (foto: Clarice Dantas)

Desenho da região central de Desterro Vista da Ilha de Santa Catarina, de Duche de Vancy

Visitação à Iconografia 344 tem entrada gratuita (foto: Clarice Dantas)

Miramar e Castelinho, de Martinho de Haro Ylmar Corrêa apresenta a exposição aos visitantes (foto: Clarice Dantas)