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10 Maiores escritores de Ficção Científica de todos os tempos H. G. Wells Isaac Asimov Arthur C. Clarke Philip K. Dick George Orwell Michael Crichton Richard Matheson Poul Anderson Jerônymo Monteiro: Ficção científica do Brasil Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Ir para: navegação , pesquisa A ficção científica do Brasil é um segmento literário que nunca demonstrou a popularidade conquistada por outros segmentos, embora possua um público cativo e fiel de aficionados. Foi praticada por diversos autores influenciados por escritores internacionais do gênero, que tem grande popularidade nos Estados Unidos ou Europa . Por outro lado, alguns autores brasileiros consagrados se aventuraram em obras únicas que podem ser consideradas ficção científica, como Machado de Assis no conto O Imortal. 1 Índice [esconder ] 1 História o 1.1 Origens o 1.2 Geração GRD (Primeira Onda)

Ficção Científica

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10 Maiores escritores de Ficção Científica de todos os tempos

H. G. Wells

Isaac Asimov

Arthur C. Clarke

Philip K. Dick

George Orwell

Michael Crichton

Richard Matheson

Poul Anderson

Jerônymo Monteiro:

Ficção científica do BrasilOrigem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Ir para: navegação, pesquisa

A ficção científica do Brasil é um segmento literário que nunca demonstrou a popularidade conquistada por outros segmentos, embora possua um público cativo e fiel de aficionados. Foi praticada por diversos autores influenciados por escritores internacionais do gênero, que tem grande popularidade nos Estados Unidos ou Europa. Por outro lado, alguns autores brasileiros consagrados se aventuraram em obras únicas que podem ser consideradas ficção científica, como Machado de Assis no conto O Imortal.1

Índice [esconder]

1 História o 1.1 Origens o 1.2 Geração GRD (Primeira Onda) o 1.3 Segunda Onda o 1.4 Terceira Onda o 1.5 Revistas o 1.6 Televisão o 1.7 WebSéries o 1.8 Filmes brasileiros e Outras Mídias o 1.9 Filmes brasileiros de ficção científica o 1.10 Clube de Leitores de Ficção Científica

2 Referências

3 Ligações externas

História[editar | editar código-fonte]

Origens[editar | editar código-fonte]

Os primeiros textos do gênero no país datam do século XIX, mas considera-se que o primeiro autor especializado foi Jerônymo Monteiro 2 , a partir do segundo quarto do século XX. Nos anos 30, Berilo Neves publicou três livros de contos curtos de ficção científica.3

Muitos autores brasileiros clássicos assinaram eventualmente obras que podem ser classificadas como de ficção científica ou algo próximo disso. Um exemplo é Machado de Assis (1839-1908), cuja noveleta "O alienista" tem alguma coisa a ver com o gênero. Monteiro Lobato, falecido em 1948 (época em que Jerônymo Monteiro se firmava como especialista em FC), produziu todo um universo ficcional infanto-juvenil - o do Sítio do Pica-pau Amarelo - ao qual não faltam elementos de FC, como sugerem mesmo alguns títulos ("A chave do tamanho", "A reforma da natureza", "Viagem ao céu") mas que são basicamente fantasias. Entretanto ele produziu um romance adulto de FC pura, "O choque das raças" (ou "O Presidente Negro") que porém não goza de boa fama por seus aspectos racistas e machistas.1 . E outros autores da primeira metade do século XX também incursionaram no gênero, como Menotti del Picchia, Érico Veríssimo e Orígenes Lessa.

Geração GRD (Primeira Onda)[editar | editar código-fonte]

Um novo impulso à ficção científica escrita por brasileiros veio nos anos 60 e 70, com uma coleção de livros lançada pelo editor baiano Gumercindo Rocha Dorea ("GRD"), que passou a encomendar trabalhos dentro do gênero a autores já consagrados na literatura mainstream.

Foi na chamada "Geração GRD" - a partir do livro Eles herdarão a Terra, de Dinah Silveira de Queiroz -, que apresentou um começo de organização de autores brasileiros neste campo. A época viu a publicação de obras de Fausto Cunha, André Carneiro, Guido Wilmar Sassi, Antonio Olinto, Zora Seljan, Clovis Garcia e vários outros, alguns somente em contos isolados, saídos em antologias.

O principal nome revelado por GRD foi o escritor André Carneiro, considerado, ao lado de Braulio Tavares, um dos melhores prosadores na história da ficção científica brasileira. Nos anos 80, o jornalista Jorge Luiz Calife, depois de conquistar fama como um dos inspiradores do romance "2010", de Arthur C. Clarke, lançou uma trilogia própria, "Padrões de Contato".

Entre 12 e 18 de Setembro de 1965 foi realizada a "1.ª Convenção Brasileira de Ficção Científica", nesse evento foi lançado o primeiro fanzine brasileiro O Cobra(Órgão Interno da 1.ª Convenção Brasileira de Ficção Científica)1 .

Segunda Onda[editar | editar código-fonte]

É chamada de Segunda Onda a geração de autores brasileiros de ficção científica que sucede a Geração GRD, mas que não são exatamente discípulos da mesma (tida como Primeira Onda). Articulada inicialmente em torno de diversos fanzines e posteriormente vista na edição brasileira da revista Isaac Asimov Magazine (publicada entre 1990 e 1993) e, depois, da editora Ano-Luz (1997-2004), além de diversas outras iniciativas, mantém ocupados os editores de fanzines e o pequeno "fandom" literário local.

A produção brasileira de ficção científica também já atraiu interesse acadêmico, tendo gerado escritos do estudioso e autor brasileiro Roberto de Sousa Causo, de Ramiro Giroldo (da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul], do historiador Francisco Alberto Skorupa, e do francês Eric Henriett, que aponta a produção brasileira no subgênero da História Alternativa como a mais original dessa vertente. Também foi alvo de estudos da brasilianista norte-americana M. Elizabeth Ginway, autora de Ficção Científica Brasileira: Mitos Culturais e Nacionalidade no País do Futuro (2004).

Entre os nomes mais atuantes na atual geração encontram-se Octavio Aragão (organizador e criador do Universo Intempol, iniciativa brasileira de gerar uma "franchising" multimidia, como as americanas "Jornada nas Estrelas" ou "Arquivo X"), Carlos Orsi, Fábio Fernandes, o premiado romancista e roteirista Max Mallmann e, talvez o mais bem-sucedido autor brasileiro dentro do gênero - com livros publicados no Brasil e Portugal - Gerson Lodi-Ribeiro.

A prova que o gênero está vivo e atuante é o surgimento de outros autores e projetos a partir da virada dos anos 1990.

Terceira Onda[editar | editar código-fonte]

A Terceira Onda é a atual geração de escritores de ficção científica brasileira. Assim como acontece com a segunda onda em relação a primeira, a terceira onda não é propriamente discípula da segunda. É a geração onde os fanzines foram substituídos por blogs na Internet ou por revistas eletrônicas. São novos talentos literários que vem se destacando, trazendo de volta o brilho da literatura fantástica no Brasil. Alguns poucos escritores da Segunda Onda se reinventaram, mantendo sintonia com os novatos da terceira, prosseguindo com seu ritmo de publicações, onde destacam-se Octavio Aragão, Gerson Lodi-Ribeiro e Fábio Fernandes (que publicou seu primeiro romance cyberpunk Os Dias da Peste em 2009).

Além de iniciativas de editoras como a Record e Novo Século, o selo Unicórnio Azul, da Editora Mercuryo, retornou às atividades em meados de outubro de 2006 com lançamentos de autores nacionais como Octavio Aragão, com A Mão que Cria, e Gerson Lodi-Ribeiro, com o já clássico Outros Brasis. Ao mesmo tempo, a Novo Século reforçava seu acervo de livros sobre vampiros e de Fantasia; a Devir publicava A Corrida do Rinoceronte, de Roberto de Sousa Causo, e a republicação de O Jogo do Exterminador e Orador dos Mortos, de Orson Scott Card; e a Aleph presenteava o mercado com uma belíssima edição de O Homem do Castelo Alto, de Philip K. Dick. Esta configuração positiva passou a definir um novo momento promissor para a ficção científica brasileira.

Da Terceira Onda destacamos:

Flávio Medeiros , que publicou o techno-thriller Quintessência (2004) e do romance Casas de Vampiro (2010).

John Dekowes , autor de "O planeta de Cristal" (1999), "O Juízo Final" (2003), Só os Anjos Morrem Cedo (2004), "Contos do Navegador, vol 1" (2007) e"O Enigma da Serpente" (2011),

Tibor Moricz , publicitário de origem húngara, autor dos livros Síndrome de Cérbero(2007) e Fome(2008).

Clinton Davisson Fialho , jornalista e autor de Fafia: A Copa do Mundo de 2022 (1999) e Hegemonia - O Herdeiro de Basten (2007)

Cristina Lasaitis com coletânea de contos Fábulas do Tempo e da Eternidade (2008). Richard Diegues , autor de CyberBrasiliana (2010). Hugo Vera , publicitário e escritor, organizador da coletânea Space Opera - Odisseias

Fantásticas Além da Fronteira Final (2011) e do romance Revolução em Vera Cruz (no prelo)

Larissa Caruso , escritora, também organizadora da coletânea Space Opera - Odisseias Fantásticas Além da Fronteira Final (2011) e autora do romance Nébula de um Buraco Negro (no prelo)

Celso P. Santos , autor de As Flores Antárticas: Conspiração Lunar (2001) e Roleta Russa em Marte (2009).

Gian Danton que junto com Jean Okada lançou a série de tiras (HQ) no blog Exploradores do Desconhecido.

Ricardo Guilherme com O Espaço Inexplorado (2010) Goulart Gomes com Deixando de Existir (2009)

Os editores Richard Diegues e Gianpaolo Celli lançam pela Tarja Editorial as coletâneas Steampunk - Histórias de um Passado Extraordinário, FC do B - Ficção Científica Brasileira, Cyberpunk - Histórias de um Futuro Extraordinário e a série Paradigmas (volumes 1, 2, 3 e 4), revelando novos talentos literários tais como Ludimila Hashimoto, Romeu Martins e Marcelo Jacinto Ribeiro.

Os editor Erick Santos Cardoso lança pela Editora Draco as coletâneas Imaginários (volumes 1, 2 e 3), além dos romances Guerra Justa de Carlos Orsi.

Revistas[editar | editar código-fonte]

A revista mensal brasileira especializada em ficção científica Sci-Fi News atua há mais de 10 anos no mercado nacional. Aborda filmes, seriados estrangeiros, assim como livros e acontecimentos no mercado nacional. Com uma coluna mensal sobre o mercado de literatura, e recorrente publicação de contos inéditos do escritor Renato Azevedo, o veículo propõe o ato da leitura a um público mais acostumado ao estímulo visual da TV e da Internet.

A Sci-Fi News teve uma "filha", a Sci-Fi Contos com contos e noveletas inéditos e inspirados por séries e universos conhecidos, porém a iniciativa foi cancelada em sua terceira edição. Revistas como Starlog, Quark e Cine Monstro surgiram ao longo dos últimos anos, mas também deixaram de ser publicadas.

Televisão[editar | editar código-fonte]

O romance ficcional no Brasil apareceu de forma mais visível como elemento complementar em telenovelas (como O Clone, da autora Glória Perez, Kubanacan de Carlos Lombardi e Caminhos do Coração e Os Mutantes, da TV Record)

WebSéries[editar | editar código-fonte]

Em 2010 o conceito de Websérie, onde filmes curtos, dinâmicos, no ritmo do usuário da Internet, são veiculados diretamente na Rede, sem o intermédio da mídia tradicional, fez surgir produções totalmente voltadas à ficção científica, tais como 2012 - Onda Zero, idealizada e dirigida por Flávio Langoni, e 3%, uma criação de Pedro Aguilera.

Filmes brasileiros e Outras Mídias[editar | editar código-fonte]

Em 1995, o cineasta Allan Bispo, então estreante na computação gráfica, cria o primeiro filme de curta metragem brasileiro a usar composição de imagens reais com computação gráfica e 100% finalizado em computador. Hollywood F/X, é uma paródia aos filmes de efeitos hollywoodianos da época. O filme teve grande repercussão no Anima Mundi edição de 1997 e 98 no Rio e em São Paulo.

Com o surgimento em 2006 da mostra de cinema fantástico, e em 2009, do festival de cinema de terror de São Paulo, abriu-se espaço para exibições de longas e curtas de ficção científica, além do Anima Mundi, em sua 18 edição. Estes festivais estão se atualizando, porém ainda falta um espaço próprio para o gênero ficção científica, mecanismos para fomento e divulgação das produções nacionais.

O veterano Gerson Lodi-Ribeiro foi contratado pela Hoplon Infotainment para trabalhar no desenvolvimento do universo ficcional Taikodom, onde são ambientados o game online Taikodom e as obras literárias; e o curta-metragem Céus de Fuligem, produção de Marco Nápoli, busca resgatar as influências do cinema hollywoodiano para nossa realidade.

Atuando em outras mídias, o autor paulistano Rynaldo Papoy, com sua experiência de ator, criou o primeiro podcast brasileiro de ficção científica, que pode ser ouvido no endereço (ver links importantes).

Filmes brasileiros de ficção científica[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Lista de filmes brasileiros de ficção científica

Clube de Leitores de Ficção Científica[editar | editar código-fonte]

Divulgando o universo FC no Brasil, encontramos também o Clube de Leitores de Ficção Científica, um dos mais longevos expoentes da comunidade independente de fãs do gênero, com seus mais de 20 anos. Hoje, tendo a frente o presidente Clinton Davisson Fialho, o clube possui cerca de 500 membros registrados, publicando também o fanzine Somnium - que até seu centésimo exemplar foi publicado no formato impresso e hoje é adquirido em formato virtual (PDF) - com trabalhos inéditos de FC, Fantasia e Horror.

Referências

1. ↑ Ir para: a b c , Roberto de Sousa Causo Editora UFMG, Ficção científica, fantasia e horror no Brasil, 1875 a 1950, 2003. ISBN 8570413556, 9788570413550

2. Ir para cima ↑ Emlio Fraia. (mar. 2005) "". Revista Trip. Trip Editora e Propaganda SA. ISSN 1414-350X.

3. Ir para cima ↑ , Braulio Tavares, Romero Cavalcanti Casa da Palavra, Páginas de sombra: contos fantásticos brasileiros, 40, 2003. ISBN 8587220675, 9788587220677

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Space Opera - Divulgando o Gênero Fantástico - Contos de Ficção Cientifica Editora Draco - Publicações de Literatura Fantástica do Brasil Tarja Editorial - Publicações de Literatura Fantástica do Brasil Editora Devir - Publicações de Ficção Científica

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VERÍSSIMO, Érico VIAGEM À AURORA DO MUNDO

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VIEIRA, Maria Clotilde B.

O PLANETA AZUL (DIÁRIO DE UM E.T.)

Ubá (MG): ed. da autora, 1985, 89 p

VIEIRA, Walter Paulo O CICLO DO APOCALIPSE

São Paulo: edição do autor, 1970, 300 p

WELLS, Ronnie A SERPENTE DE BRONZE

São Paulo: Martins, 1949, 140 p.

O ENIGMA DO AUTOMÓVEL DE PRATA

São Paulo: Martins, ?

O HOMEM SOLITÁRIO

São Paulo: Martins, ?

YAZBECK, Miguel HOMO SAPIENS PROLIFICUS

São Paulo: Edicon, 1987, 64 p

ZALUAR, Augusto Emílio

O DOUTOR BENIGNUS

2ª edição: Rio: Editora UFRJ, 1994. 376 p.

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Um Pequeno Resgate da Históriada Ficção Científica Brasileira

Foi com o paulista Jeronymo Monteiro (1908-1970) que a "ficção científica brasileira" passou a existir como universo literário à parte da literatura, criando regras e métodos próprios, além de formar um público específico. Em 1947, Monteiro publicou, "Três Meses no Século 81" e, em 1948, "A Cidade Perdida". Antes disso, até o final da década de 30, não existia no Brasil um movimento literário em prol da ficção científica, envolvendo escritores e leitores. Antes havia surgido alguns textos casuais de autores da literatura, como: Gastão Cruls, Menotti del Picchia, Érico Veríssimo, Adazira Bittencourt e Monteiro Lobato. Mas ainda não havia uma tradição literária em ficção científica. Eram apenas ambientados em universos remotos habitados por seres fantásticos além, é claro, de ambientes utópicos e de aventuras.

Jeronymo Monteiro travava uma batalha em várias frentes da literatura popular: seriados para rádios, novelas policiais e histórias infantis. Em 1964,

fundou a "Sociedade Brasileira de Ficção Científica" e nos últimos anos de sua vida foi editor do "Magazine de Ficção Científica" (edição brasileira da conceituada revista estadunidense "The Magazine of Fantasy and Science Fiction"). Seu primeiro sucesso foi "Aventura de Dick Peter", uma série de livros baseados em um dos seus seriados de rádio, eram histórias sobre um detetive novaiorquino. A partir de 1947, Monteiro publicou uma série de romances de FC, editou uma antologia: "O Conto Fantástico", Civilização Brasileira, 1959 e manteve por muito tempo uma coluna crítica sobre Ficção Científica no jornal "A Tribuna", de Santos (SP).

Berílio Neves (1901-1974) também foi um dos percussores da Ficção Científica na década de 30. Neves escreveu historietas futuristas de grande sucesso de público e crítica. Foram mais de quarenta contos. Seu primeiro livro foi "No país das fadas" (1930). Seus contos foram reunidos em dois volumes: "A Costela de Adão"(1932) e "Século XXI"(1934).

No início da década de 60, houve um surto brasileiro de literatura de ficção científica. Essa fase áurea foi provocada pelo entusiasmo de um grupo de autores e editores que, como Jeronymo Monteiro, tinham consciência de um grande mercado literário de revistas baratas nos EUA (os "pulp magazines") e que, aos poucos, foram abrindo lugar para revistas mais sofisticadas.

 No Brasil, os editores Gumercindo Rocha Dórea, na Editora GRD, e Álvaro Malheiros, na Edart, lançaram três antologias de Ficção Científica que reuniram nomes consagrados da literatura nacional ao lado de novos autores. Um marco importante para a literatura de ficção científica. Depois dessas antologias seguiram-se vários romances e coletâneas de contos. Podemos citar autores como: André Carneiro, Rubens Teixeira Scavone, Dinah Silveira de Queiroz, Nilson Martello, Levy Menezes, Guido Wilmar Sassi. Esses autores passaram a ser conhecidos como "geração GRD" e demonstravam consciência de pertencerem a um movimento de qualidade literária.

André Carneiro foi o autor do primeiro livro de reflexão crítica sobre a ficção científica: "Introdução ao Estudo da Science Fiction" (São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 1968, 142 p.). Carneiro escreveu um balanço sobre o gênero, desde a sua origem até as obras dos autores dos anos 60. Abordando não só a literatura como o cinema. Mostrou também a importância do mercado editorial das revistas estadunidenses.

Carneiro não foi o primeiro a fazer ensaios e artigos críticos sobre a ficção científica no Brasil. Fausto Cunha publicou na imprensa artigos e ensaios sobre a ficção científica, que não foram reunidos em livros, englobando três décadas. Em "A Luta Literária" (Rio de Janeiro, Lidador, 1964, 212 p.), escreveu sobre Jorge Luis Borges, H.G. Wells, Karel Capek e H. P. Lovecraft.

Jorge Luiz Calife surgiu com um dos primeiros trabalhos de "Ficção Científica Hard", a trilogia "Padrões de Contato". Até então, havia na literatura de ficção científica uma mistura de elementos fantásticos. Calife trabalhou nos aspectos e encantamentos dos jargões científicos, traduzindo-os para o gênero no cenário brasileiro.

Na década de 80, duas novidades agitaram a produção da Ficção Científica brasileira; o aparecimento do "CLFC"' (Clube de Leitores de Ficção Científica), fundado por Roberto César do Nascimento (R.C. Nascimento, 1985), em São Paulo, e de diversos grupos de fãs, denominado "fandom", nos moldes estadunidenses e europeus. Esse movimento de fãs foi o pilar para enraizar a presença do gênero em suas diversas manifestações no cenário brasileiro,

editando revistas, livros e fanzines, além de criarem prêmios e concursos (Nova, Argos, entre outros).

Com o surgimento da Revista Isaac Asimov Magazine, temos uma nova geração contemporânea, que entra pelos anos 90, chamada de "Geração IAM". Podemos citar o escritor Bráulio Tavares como um dos mais significativos desta geração, apesar de ter começado a escrever muito antes desta publicação.

No final da década de 90 houve um movimento muito intenso em direção à nova mídia que surgia: a Internet, ou mais precisamente, a parte gráfica da rede chamada de "World Wide Web", fazendo surgir os chamados "webzines", como:

"FC Brasil" em  - "/www.elogica.com.br/users/carloss/","FC On Line" - "www.fconline.net/","Matrix" - "www.ficcao.matrix.com.br"/,"Frota On Line" - "www.geocities.com/SoHo/Cafe/6558/","Banana Atômica" - "www.geocities.com/Area51/Corridor/5694""Odisséia"  - "www.angelfire.com/sc/odisseia/"

 Muitos dos fanzines tradicionais e revistas migraram para a nova mídia, como exemplo o premiado "Magalom", mas que foram aos poucos desaparecendo e deixando de serem atualizados (o "Megalom" permaneceu apenas como "fanzine"). Como muitas inovações nesse novo meio, não ultrapassaram o "boom" da Internet.

Já no início do novo século, com o surgimento dos "blogs", os zines na Internet ganharam um novo impulso, mas a grande maioria apenas para abrigar obras de autores e poucos tentando abranger a Ficção Científica no geral.

As listas de discussões, os famosos "e-groups", também ganharam um impulso importante para reunirem leitores e autores, facilitando os encontros, e diminuindo as distâncias geográficas.  As listas tornaram-se importantes canais de comunicação para os clubes e diversos projetos literários, como:

CLFC - http://br.groups.yahoo.com/group/lista-do-clfc/

Esta é uma lista patrocinada pelo Clube de Leitores de Ficçao Cientifica. Aqui se discute a ficção fantástica em geral.

Oficina de Escritores - http://br.groups.yahoo.com/group/listaoficina/

O objetivo desta lista é  aprimorar a habilidade de escrever contos de Fantasia, Ficção Científica, Mistério e Terror, através do intercâmbio de contos e críticas. 

Slev - http://br.groups.yahoo.com/group/slev3/

Mantido por Rogério Amaral de Vasconcellos tem o objetivo de criarem a arte fantástica baseado no universo de Histórias Alternativas.

Intempol - http://br.groups.yahoo.com/group/intempol2/

Lista de ficção científica baseada em viagens temporais.

Simetria - http://groups.yahoo.com/group/Simetria/

Lista mantida pela Associação Portuguesa de Ficção Científica e Fantástico. Discute-se Ficção Científica e Fantástico, além de Projetos, Idéias e atividades da Simetria

Projetos como Intempol (gerenciado por Octávio Aragão) e Slev (gerenciado por Rogério Amaral de Vasconcellos) traz uma nova luz à Ficção Científica Brasileira.

A Intempol  se iniciou com uma antologia editada pela "Ano Luz" em 2000 e cresceu gerindo HQs, RPGs e diversos outros contos sobre viagens temporais. Não podemos negar a grande contribuição que o projeto trouxe a Ficção Científica contemporânea. "Uma patrulha do tempo com grandes doses do jeito brasileiro, caça os viajantes do tempo que tentam alterar a história, mas nem sempre as coisas saem como planejado..."

A Slev foi iniciada na Oficina de Escritores e depois tornou-se independente, criando um site e uma lista própria para abrigar todo o projeto (www.slev.cbj.net). A Slev também geriu uma antologia, "Idade da Decadência: Inferno em Khallah" pela "Editora Mitsukai" em 2001.  Em sua versão 3 está trabalhando num projeto de "História Alternativa".  A Slev funciona como um jogo de RPG Literário, onde cada autor constrói seus contos baseados em um universo já pré-determinado e seguem regras rígidas para a sua  elaboração.  Os contos são julgados pelos participantes e classificados. Ganha o autor que mais pontuar.

 

 

Bibliografia consultada:

CAUSO, Roberto de Sousa. Berílio Neves e a Mulher Obsoleta, in: Papêra Uirandê Especial 8, novembro e dezembro de 2002.

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TAVARES, Braulio. Fantastic, fantasy and fiction literature catalog. Rio de Janeiro, Biblioteca Nacional, 1992.

EL MOMENTO DEL PULP.LA RENOVACIÓN DE LA CIENCIA FICCIÓN BRASILEÑA

Roberto de Sousa CausoLa ciencia ficción brasileña atraviesa un proceso de renovación de autores en activo, temas, y acercamientos. El genero existe en el país desde la segunda mitad del siglo XIX. Atravesó los primeros años veinte bajo la importante influencia del tipo de romance científico de H. G. Wells. No fue hasta los años sesenta que apareció el primer movimiento editorial de importancia. Ha sido llamado la Primera Ola de la ciencia ficción brasileña, y fue impulsado en ese momento por el editor Gumersindo Rocha Dorea y su compañía editorial Edições GRD (en Río de Janeiro), con un esfuerzo secundario llevado a cabo en São Paulo por Edart.

Duró desde 1960 a 1969. Los autores de la Primera Ola eran grandes admiradores de Ray Bradbury y tendían a escribir historias con un gran énfasis en una "prosa bonita". Los mejores fueron André Carneiro, Dinah Silveira de Queiroz, Fausto Cunha, y Rubens Teixeira Scavone. Sus principales temas fueron la guerra nuclear y las pesadillas apocalípticas, como era habitual en ala época. El evento de cierre de la Primera Ola - que afrontó una dictadura militar durante su existencia- fue el simposium de ciencia ficción de Río en 1969, el primer encuentro internacional en la historia del género. Allí se estableció la tónica de lo que vendría después: la abrumadora presencia de ciencia ficción traducida del inglés.

La segunda Ola de la ciencia ficción brasileña comienza en 1982 con la edición de fanzines y otras actividades del fandom. Los escritores de este periodo están influidos por un mayor espectro de cf y fantasía, desde Lovecraft a Bradbury, de Stephen King a Arthur C. Clarke. Aparecen algunos escritores de gran madurez como Braulio Tavares, Gerson Lodi-Ribeiro, Ivanir Calado, Henrique Flory, Jorge Luiz Calife, dos escritores de cf hard, e Ivan Carlos Regina, que lanzó en 1988su Movimiento Antropológico (que "devoraría" otras culturas para nutrir la cultura local), el primer movimiento conceptual en la ciencia ficción local, deudor de alguna forma de las ideas tecnofóbicas de la Nueva Ola británico-estadounidense y mucho del Modernismo brasileño. Su objetivo era introducir más Brasil en la ciencia ficción brasileña, eliminando la influencia angloamericana, Doce años después algunos opinan que fue un éxito, otros dicen que ha fracasado.

La mayor parte de los autores de la segunda Ola ya han tenido su momento de éxito, incluso aunque el mercado de ciencia ficción y fantasía es casi inexistente, comparado con el que existe en Estados Unidos, Canadá e Inglaterra. Sus carreras son breves, incluyendo normalmente cuatro o cinco libros y un puñado de relatos. Como resultado, su influencia sobre los nuevos autores es muy tímida. Los debates conceptuales - como la "abrasileñacion" del la cf o la "feminización" del género - alcanzan un punto muerto muy pronto. Las principales influencias se encuentran todavía en autores muy conocidos como Asimov, Bradbury, Clarke, William Gibson - o por la cf audiovisual: series de TV, juegos de rol, películas o cómics.

La publicación de cf en Brasil es un negocio moribundo más o menos desde 1995, cuando las últimas colecciones profesionales de cf cerraron. Los únicos autores que aparecen por aquí son los de bestsellers como Michael Crichton, Stephen King, Dean R. Koontz, y J. K. Rawling, o autores premiados en el mainstream como Philip Pullman. Tambien se publica de vez en cuando novelizaciones de películas.

En 1997 un grupo de aficionados y escritores se unieron para lanzar un proyecto en la publicación de cf, Editora Ano-Luz. Su primera intención era recuperar una edición local de la Isaac Asimov Magazine (que duró de 1990 a '92), pero han terminado publicando tres antologías temáticas, Outras Copas, Outros Mundos (fútbol), Phantastica Brasiliana (historia brasileña) e Intempol (viajes en el tiempo). Ano-Luz ha recibido recientemente el respaldo de Dorea, durante la ceremonia de los premios Argos en Octubre de 2000. Ahora mismo tienen el bastón de mando.

También hay aficionados involucrados con otras publicaciones, como Quark, una revista sobre el mundo audiovisual, que también publica relatos, la mayor parte de los autores que publican en las antologías Ani-Luz.

Las antologías temáticas ayudan a la ciencia ficción local a desarrollarse dando un empujón a los subgéneros y permitiendo a los autores continuar su carreras y debutar a los recién llegados. El problema con esta producción es que la calidad literaria y la inventiva tiende a ser baja, en comparación con la alcanzada por la Segunda Ola en otro momento. La mayoría de los mejores autores de la Segunda Ola están fuera de ellas y los debutantes nos esta lo suficientemente bien dirigidos editorialmente para alcanzar mejores logros. El estilo suena a literatura juvenil, los personajes no están caracterizados, y las tramas poco desarrolladas. Estos nuevos autores reunidos alrededor de Ano-Luz están tutelados por los mas experimentados de Lodi-Ribeiro: son Adriana Simon, Octávio Aragão, Roberval Barcellos, y Carla C. Pereira, que esta atrayendo alguna atención y alabanzas. Otros nombres tienden a ser más autónomos e interesantes: Ataíde Tartari y Carlos Orsi Martinhosin, quizás los más prometedores. Tartari posee habilidades narrativas muy sólidas, mientras que Martinho ha interpretado de forma extensiva las raíces pulp del género.

Los libros de Intempol® componen el primer universo compartido de la cf brasileña, una especie de universo con una policía temporal desarrollado por el autor Octávio Aragão y patrocinado por su página web. Las historias del libro están firmadas por Lúcio Manfredi, Jorge Nunes, Osmarco Valladão, Carlos Orsi Martinho, Gerson Lodi-Ribeiro, Paulo Elache, y Fábio Fernandes. La mayor parte son un conglomerado de cliches y homenajes desde el hard-boiled al pulp locevraftiano, sin la coplejidad o riqueza de otros universos compartidos como la serie de space opera alemana Perry Rhodan.

Con todo y hablando en plata, todo este movimiento de edición patrocinado por aficionados conduce a una era tardía de pulp brasileño, en el sentido de una intensa producción de historias poco sofisticadas escritas como un entretenimiento ligero para lectores que comparten una subcultura común. De alguna forma continúan lo que la edición de fanzines ha realizado desde 1982 , permitiendo a los nuevos escritores ejercitar sus habilidades, aunque sea en un entorno poco profesional y literario. No hay nada malo en esto, si puede hacer por la cf brasileña lo que e pulo ha hecho con la cf escrita en inglés, proporcionar una base de lectores que entienden el mismo lenguaje, construyendo una base de relatos suficientemente intensos y coloridos para quedar en la memoria, incluso cuando el género ha progresado bastante desde el primer lote de exploraciones ficticias de territorios inexplorados.

Aunque pensamos que ya deberíamos estar en el sofisticado reino de la ciencia ficción del siglo XXI, debemos al menos alcanzar el reino del pulp de principios del siglo XX.

Roberto de Sousa Causo escribe sobre ciencia ficción brasileña para las revistas Locus (EEUU) y Livro Aberto (Brasil). Su primer libro fue la colección A Dança das Sombras (1999), seguido de la novela corta de cf Terra Verde (2000).