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Fichamento Violencia Drogas e Sociedade

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7/26/2019 Fichamento Violencia Drogas e Sociedade

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Fichamento: FRAGA, Paulo Cesar Pontes. “Violência, Drogas e Sociedade”. s!eciaria " Cadernos de Ciências #umanas $%SC&, '.(, n. )*, +-.

S/R A V0123C0A S 4V3S 5 Fran6ois Du7et

5 8rata5se mais de uma di9iculdade !r!ria a esse o7;eto, !ois a 'iolência ci'il 9a< !artedessas condutas, das =uais cada um de ns tem a e>!eriência, e so7re cu;a de9ini6?o=uase n?o @ !oss'el um acordo, sal'o em suas 9ormas mais e>tremas. Al@m disso, a'iolência 9sica, a mais estreitamente de9inida, e>!lica =uase sem!re as outras'iolências, !sicolgicas, econBmicas ou 9sicas, tam7@m. A 'iolência est associadatanto s “!ai>Ees” como aos “interesses”, identidade dos dese;os =ue nos torna todosri'ais e inimigos, e s di9eren6as =ue !odem !arecer insu!er'eis. $!. )+&

5 ssas cautelas !arecem muito mais necessrias, uma 'e< =ue a 'iolência @multi9acetada: ela !ode ser indi'idual, coleti'a, organi<ada, im!re'is'el, instrumental,“irracional”, rituali<ada. 0sso sem mencionar as “moti'a6Ees” dos atores =ue !odem9a<er deri'ar a 'iolência de todos os sentimentos, de todos os interesses e da maioria dasideologias. $! )&

5 ais do =ue =ual=uer outra conduta, a 'iolência n?o !ode ser se!arada de suare!resenta6?o e de sua e>!eriência su7;eti'a, !elo 9ato de =ue tal ou tal ato @ ou n?o'i'ido !or a=uele =ue comete e !or a=uele =ue so9re, mais ou menos diretamente comouma 'iolência. Por essa ra<?o, mais do =ue nos es9or6armos em medir um grau de

'iolência e de 9a<er um le'antamento metdico das di'ersas mani9esta6Ees, @ !re9er'elre'elar as lgicas dessas 'iolências e de suas re!resenta6Ees, =uando elas en9ocam os

 ;o'ens. $!. )H&

5 A 'iolência dos ;o'ens e das gangues de ;o'ens @ antiga: ela 9a< !arte dessas“no'idades” =ue sim7oli<am a decadência dos tem!os !resentes desco7erta em cadagera6?o. A 'iolência dos ;o'ens est ligada =uela do “n'el”. As 7rigas de 7aile nocam!o ou nas cidades o!errias sem!re 9oram o7;eto das crBnicas locais, dos a;ustes decontas entre as gangues de “a!aches”, no incio do s@culo, assim como as 7rigas de

 7lusEes negros dos anos sessenta !artici!am, sem dI'ida, de uma !arte dessas

'iolências ;u'enis canali<adas. $!. )*&

5 s a;ustes de conta “na sada” 9a<iam mesmo !arte tanto de uma tolerJncia =uanto deuma o7riga6?o de dignidade. Condenada no !lano dos !rinc!ios, essa 'iolência era, na'erdade, autori<ada, e, at@ mesmo encora;ada como uma !ro'a ;u'enil. sse tema n?ose limita somente s culturas !o!ulares. $!.)-&

5 ssa 'iolência ;u'enil @ tanto mais tolerada =uando ela se d em um gru!o integrado,em uma “comunidade” su9icientemente segura em !artilhar as normas e os crit@rios dea'alia6?o de condutas !ara n?o se sentir amea6ada !or uma 'iolência =ue, ela o sa7e,

 !ermanecer locali<ada e !re'is'el. A integra6?o do gru!o autori<a uma in;un6?o !arado>al !ela =ual os adultos re!ro'am e encora;am a 'iolência. s homens,

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so7retudo, 9a<em um teste do 'alor e da coragemK eles a condenam, em !rinc!io, esustentam, de 9ato. 3o 9undo, essa 'iolência tolerada tem =ual=uer coisa a 'er com esseses!ortes “'iolentos”, nos =uais os “estrangeiros” 'êem agress?o !ura onde os “amantes”

 !erce7em !ro'as e “ritos”. $!. )-&

5 Pode5se, ent?o, imaginar =ue =uanto mais uma sociedade est integrada so7re ummodo comunitrio, mais ela a7re es!a6o !ara a 'iolência tolerada, da mesma maneira=ue as escolas autoritrias eram a=uelas =ue autori<a'am as 7rincadeiras mais 'iolentase mais distantes de uma a6?o contestadora. $!. )L&

5 Conse=Mentemente, toda conduta mais ou menos 'iolenta e agressi'a tem grandeschances de ser tomada como !erigosa e de aumentar, assim, a 'iolência, !ois os atoresn?o conseguem situ5la no meio das normas com!artilhadas. A Inica maneira deconstruir essas normas @, ent?o, !ro'a da con9ronta6?o e dos desa9ios com a'i<inhan6a. uitos dos e>tra'asamentos =ue n?o se con9iguraram como !ro7lemas !arao “'ilare;o” ou no antigo 7airro !arecem, ho;e, 'iolentos. $!. )N&

5 As desordens da 7aderna, os desa9ios, as 7rigas, a indolência dos ;o'ens =ue “giram” !ela cidade s?o muito mais !erce7idas como 'iolências medida =ue os adultos n?omais sentem ter a ca!acidade de inter9erir e =ue os ;o'ens, =ue =uase n?o os conhecem,n?o lhes concedem esse direito. A regra, tam7@m, @ de e'itar os contatos, !ois

 !raticamente n?o e>iste um modelo regulado de gest?o das tensEes, como !ode ser o7ser'ado !ela atualidade dos 9atos di'ersos, segundo os =uais moradores e>acer7adosdis!aram a cara7ina so7re os ;o'ens da cidade. $!. )N5)(&

5 Durante a adolescência e a ;u'entude, os atores se de!aram com !ro7lemas deidenti9ica6?o e de interiori<a6?o das normas, com um “desregramento” das condutas,uma inca!acidade de resistir aos dese;os e s !ressEes. sse estado de anomia li7era as“!ai>Ees”, e os ;o'ens n?o conhecem mais ou mal conhecem os limites do =ue @

 !ermitido, interdito e tolerado. A 'iolência ;u'enil estaria no domnio dessa es!@cie de“sel'ageria”, de ausência de controle de si, =ue nada mais @ do =ue uma intro;e6?o dacrise da sociali<a6?o. $!. +&

5 3essa !ers!ecti'a, as gangues de ;o'ens s?o uma rea6?o “normal” desorgani<a6?o

social. las reconstroem micro5sociedades e microculturas, onde a “grande” sociedaden?o est mais em condi6Ees de 9a<ê5lo. las criam uma solidariedade e regras, onde asociedade n?o @ mais ca!a< de !ro!B5las. $!. +)&

5 ra, estes ;o'ens sentem5se e>cludos de mil 9ormas: !elo 9racasso escolar, !elaausência de em!regoK a m 9ama das cidadesK !elo racismo, en=uanto =ue os modelosdo consumo e de sucesso s?o 'eiculados na !u7licidade, no su!ermercado e natele'is?o. A delin=Mência a!arece como uma 9orma de redu<ir essa tens?o. $!. +&

5 n9im, se o mercado sel'agem !ro'oca a 'iolência, trata5se mais de uma 'iolência'oltada !ara os mem7ros do mercado delin=Mente. ssa 'iolência @ discreta, interna aogru!o e relati'amente !ouco !erce7ida !elo !I7lico. $!. +H&

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5 Ouanto mais as normas do sucesso e da con9ormidade das classes m@dias se im!Eemaos ;o'ens das classes !o!ulares e das minorias =ue n?o !oder?o se con9ormar a elas,mais se desen'ol'e a agressi'idade, eta!a !reliminar da 'iolência, !ode5se di<er. $!. +*&

5 ssa inter!reta6?o da 'iolência e da crueldade !ode, 9acilmente, se inscre'er nas

teorias do estigma. Ouando um gru!o @ estigmati<ado, uma das maneiras de esca!ar darotula6?o consiste em rei'indicar !ara si o estigma negati'o, em e>acer75lo a 9im de'olta5lo contra a=ueles =ue estigmati<am. $!. +*&

5 ssas condutas têm, tam7@m, as 9un6Ees normati'as de “neutrali<a6?o”, !ois, desde=ue o outro @ considerado como um inimigo, ele n?o o7ser'a mais as normas da moralcomum. $!. +-&

5 ssas 9rmulas 7anais, como “eu tenho rai'a”, “eu tenho dio”, de'em ser le'adas as@rio. las signi9icam =ue os sentimentos de domina6?o e de e>clus?o n?o dis!Eem de

canais ideolgicos e de meios institucionais =ue lhes dêem 9orma. Restam as emo6Ees,as dis!osi6Ees 'iolência sem o7;eto, sem ad'ersrio est'el e !re'is'elK uma'iolência 'i'ida como uma !assagem ao ato e n?o como uma o7riga6?o e uma tradi6?o.$!. +L&

5 Distinguimos =uatro 9ormas de 'iolência e de re!resenta6?o: a 'iolência ;u'enil !ri'ada de es!a6o de regula6?o, a 'iolência dos territrios, a 'iolência do mercado e a'iolência da rai'a. $!. +N&

5 Dois grandes 9enBmenos marcaram a histria recente do sistema educacional.

 !rimeiro @ a massi9ica6?o da =ual @ !reciso a'aliar um de seus e9eitos: na escola acolhe ;o'ens =ue ela a7andonou no come6o da adolescência h !oucos anos, ainda. uitas'e<es os !ro9essores di<em =ue os alunos tornaram5se mais duros e mais 'iolentos. leses=uecem =ue, na maior !arte do tem!o n?o s?o mais os mesmos alunos de antigamente,os irm?os mais 'elhos e os !ais desses alunos =ue dei>aram a escola h =uator<e ou=uin<e anos. $...& A segunda trans9orma6?o do sistema de ensino secundrio @ sua ades?o cultura ;u'enil das classes m@dias e o a7andono de um sistema disci!linar dese!ara6?o destacada entre o mundo escolar e o mundo “ci'il”. ais se!ara6?o entre osse>os, mais ;alecos, mais 'igilJncia, mais su!er'isores, mais 7ed@is... $!. +N5+(&

5 Sugerimos distinguir duas lgicas da 'iolência na escola: a=uela das classes !o!ulares=ue contrastam num mundo de classes m@dias e numa escola =ue n?o @ uma institui6?oe a=uela da rai'a =ue deri'a de um con9lito im!oss'el e de um sentimento constante de9racasso e de humilha6?o. $!. &

AP10A3D C3C08 D RD%Q D DA3 %A V0SQ DSD AAR0CA 1A803A 5 Adriana Rossi

5 As !olticas =ue 9oram sendo im!lementadas !ara en9rentar o consumo, a !rodu6?o e acomerciali<a6?o das drogas, ;unto atual la'agem dos lucros dos narcotra9icantes,

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ti'eram como !onto de !artida a re!ress?o. Por@m, em alguns !ases, so7retudoeuro!eus, a7riu5se uma 7recha =ue !ermitiu engendrar !oss'eis alternati'as a umalegisla6?o de ti!o re!ressi'a, no cam!o do consumo. ssa mudan6a de tendência 9oicausada, 7asicamente, !or duas constata6Ees: a di9iculdade de alcan6ar o o7;eti'o deeliminar ou redu<ir drasticamente o uso de su7stJncias !sicoati'as mediante a

 !enali<a6?o dos usurios de drogas e os numerosos riscos e !erigos colaterais !ara oindi'duo e a sociedade =ue deri'am da a!lica6?o de uma estrat@gia !uniti'a e, !ortanto,criminali<ante. $!. H&

5 Aos custos sociais e !olticos h =ue somar a=ueles em termos econBmico59inanceirosde uma ma=uinaria ;udicial e !enitenciria =ue se ocu!a dos crimes relacionados com asdrogas, sem dei>ar de lado os danos causados !elos delitos contra o !atrimBnioassociados a seu uso. $!. *&

5 sta !oltica, muito criticada !or setores radicali<ados =ue !ro!ugnam uma sociedadeli're de drogas a =ual=uer !re6o, erige5se em alternati'a re!ress?o do consumo em9un6?o de e'itar, ademais, a criminali<a6?o a =ue se encontra su;eito o usurio desu7stJncias !sicoati'as e a cercania e contato com o su7mundo do crime. $!. -&

5 3a Am@rica 1atina, =uestEes culturais e de !o7re<a 9oram reconhecidas como 9atores=ue im!ulsionam massas cam!onesas a dedicar5se aos culti'os ilcitos. A !artir destasconsidera6Ees 9oram sendo ela7orados alternati'as !ara elimin5los. $!. L&

5 Alguns desses !ro;etos dei>aram comunidades di'ididas, cam!oneses endi'idados, eso7retudo !ro'ocaram uma generali<ada e !ro9unda descon9ian6a e a sensa6?o de =ue as

medidas alternati'as eram t?o s uma 9orma !ara manter a 7urocracia nacional einternacional. $!. N&

5 A im!lementa6?o do desen'ol'imento alternati'o, =ue de!ois se con'erteu em !lanosregionais de desen'ol'imento, !ara conseguir n?o somente !rodutos alternati'os sen?ouma economia =ue su7stitua a economia da coca e da !a!oula, n?o signi9icou oa7andono de !olticas re!ressi'as. $!. (&

5 !rinci!al o7;eti'o o!eracional 9oi a destrui6?o do circuito das drogas em sua origem,atacando o com!le>o !roduti'o, desde os culti'os ilcitos at@ os la7oratrios numa

tentati'a de desarticular as estruturas delin=Menciais =ue se tinham estruturado ao redor do negcio. $!. H&

5 s recortes nas !olticas sociais =ue se concreti<aram em a;ustes or6amentrios9echaram a !orta a solu6Ees, a7rindo es!a6os de segrega6?o. %ma segrega6?o =ue n?o @s econBmica, sen?o =ue a9eta outras es9eras do ser social. stas situa6Ees s?oam!lamente a!ro'eitadas !or atores criminosos =ue !or 9alta de solu6Ees o9erecidas

 !elo stado, !ela sociedade ou !elo mercado, 7rindam o!ortunidades de so7re'i'ênciano marco da ilegalidade. $!. H+&

5 Com escassa e insu9iciente 9orma6?o e ca!acita6?o, as mulheres, elegidas !or seremcon9i'eis, !or n?o serem !erigosas como os homens, !or serem mais 'ulner'eis) e

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 !or serem consideradas descart'eis, '?o engrossando cada 'e< mais as 9ilas da m?o deo7ra do narcotr9ico nos degraus in9eriores, como d?o conta as estatsticas carcerrias,onde a 'iola6?o das leis de estu!e9acientes @ a !rimeira causa de encarceramento dasmulheres em =uase toda a Am@rica 1atina. s ;o'ens, !or outro lado, limitados em suas

 !ro;e6Ees !essoais, '?o ela7orando uma 'is?o es!ec9ica da 'ida, a 'is?o de n?o“9uturo”, =ue =ue7ra suas 'ontades e con'erte a 'ida em algo e9êmero a ser arriscada noimediato. $!. H+5H&

5 So7re estas 7ases o narcotr9ico construiu uma legitima6?o social, trans9ormando5seem !ro'edor de tra7alho e satis9a<endo necessidades em su7stitui6?o de um stadoinca!a< de cum!rir com seus mandatos, !or escasse< de recursos ou !or 9alta de 'ontade

 !oltica. $!. H&

5 sta legitima6?o, no entanto, est acom!anhada !or !rocessos 'iolentos e !eloe>erccio da corru!6?o =ue corroem os 9undamentos dos !rinc!ios democrticos. $!.HH&

5 S?o 'ariadas as estrat@gias re!ressi'as =ue 9oram im!lantadas. 3enhuma deu osresultados es!erados. $!. HH&

5 3a realidade, a luta anti5narcticos tem as caractersticas de uma trgica 9arsa, ; =ueser'e de li7i !ara a consecu6?o de o7;eti'os alheios a ela, em di9erentes n'eis e !aradi9erentes atores. A luta !ermite aos go'ernos latino5americanos im!lantar instrumentosde controle !ara os setores mais !ro7lemticos da sociedade, =ue !odem =uestionar oordenamento social e econBmico atual. $!. HN&

5 A !oltica de Redu6?o de Danos a!licada ao consumo @ um arra<oado de uma culturahumanitria =ue neste rinc?o do !laneta arrisca5se a !erder. Sua am!lia6?o !aradi9erentes as!ectos do circuito se constituiria numa !rote6?o ; n?o !ara um 7emindi'idual e coleti'o, como a saIde !I7lica, mas !ara o homem en=uanto su;eito de umcon;unto de direitos e da coleti'idade =ue integra. $!. *&

5 # =ue e'idenciar, !ara conscienti<ar, as 9alcias das generali<a6Ees a!licadas a toda arealidade latino5americana, onde narcotr9ico, guerrilha eTou terrorismo a!arecemuni9icados, generali<a6Ees =ue !odem condu<ir aceita6?o de uma crescente !oltica de

controle da 'ida ci'il em 9un6?o de uma seguran6a =ue s a ;usti6a e a e=Midade, e n?oas arma, !oder?o garantir. $!. *+&

5 Dessa maneira @ !oss'el !re'er =ue a Redu6?o de Danos em muitos !ases transitar !elos domnios do desen'ol'imento das reas rurais e ur7anas e !ela cria6?o deem!regosK ou !ode estar intimamente relacionada com os !rocessos de !a< ou 'inculadaa estrat@gias de reno'a6?o @tico5cultural, sem 'isos de moralismo 7arato, !ara en9rentar a corru!6?o, so7retudo =uando esta @ 'oluntariamente ignorada ou instalada e

 !romo'ida !elo mesmo !oder. $!. *+&

DRGAS, C3F108 ARAD 3A C1U/0A SG%RA3A G1/A1 5Ricardo Vargas e<a

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5 A !rodu6?o de !a!oula e suas ci9ras s?o im!recisas, sendo a !rodu6?o um 'erdadeiromist@rio, dada a im!ossi7ilidade de ser detectada e medida mediante o uso de sat@lite ouem seu local de !lantio, tradu<indo5se em desconhecimento so7re o 'erdadeiro !otencial

 !roduti'o de herona. $!. -&

5 Como !as !rocessador e e>!ortador de drogas, a ColBm7ia 'i'eu uma intensa guerradirigida ent?o !elo stado contra as organi<a6Ees do narcotr9ico, assentadas nas

 !rinci!ais cidades. 8ais 9atos se desem7rulharam com altos n'eis de 'iolência, comores!osta e>igência dos %A de e>traditar os che9es destas estruturas conhecidas emn'el internacional como cart@is. $!. -)&

5 Concomitantemente, come6a a se desen'ol'er na ColBm7ia uma !oltica de conten6?oda o9erta, dirigida, em !rimeiro lugar, contra os culti'os de coca e !a!oula atra'@s daas!ers?o a@rea da 9ormula6?o round u!, a =ual 9oi modi9icada !ara garantir uma maior e9eti'idade na erradica6?o de9initi'a das reas com culti'os ilcitos. 8al !oltica se 'emim!lementando desde )((H !ara os culti'os de coca e desde )(( !ara os culti'os de

 !a!oula. $!. -+&

5 s !rinci!ais argumentos da atual !oltica antidrogas se encontram no documento %SDe!artment o9 State $%S D0S&, 0nternational 3arcotics Controle Strateg Re!ort, demar6o de +, os =uais se 7aseiam numa anlise =ue condu< rati9ica6?o da estrat@giaantinarcticos, so7retudo em seu com!onente de redu6?o da o9erta de drogas, atra'@s deuma maior ên9ase no uso da 9or6a como mecanismo dissuasi'o e9ica< contra os

 !rodutores. $!. -&

5 De acordo com o documento, os !rogramas antinarcticos =ue !rocuram redu<ir a !resen6a de drogas de origem natural têm !or o7;eti'o os três !rimeiros ne>os dacorrente e>istente entre o !rodutor e o usurio: culti'o, !rocesso e trJnsito. $!. -H&

5 9eti'amente, ao destruir os lucrati'os culti'os, criam5se condi6Ees muito di9ceis !araos go'ernos democraticamente eleitos, 9ato =ue se soma s crticas condi6EeseconBmicas. $!. -H&

5 Alegam5se custos 7em mais altos e limites nos indicadores de sucesso =uando a ên9asese 9ocali<a na eta!a do tr9ico. desen'ol'imento de clculos so7re o !otencial

 !roduti'o =ue sai do mercado ao destruir os culti'os n?o encontra outra com!ara6?o emoutras !artes do circuito do narcotr9ico. $!. -*&

5 Al@m de sua e9iciência a curto !ra<o, o argumento !ara 9umigar mediante as!ers?oa@rea na ColBm7ia se 7aseia no 9ato de =ue, en=uanto as autoridades antinarcticosutili<am um ingrediente ati'o =ue @ conhecido e =ue 9oi e>!erimentado, Washingtondenuncia =ue os !rodutores utili<am uma gama de =umicos de alta !ericulosidade cu;ouso est restringido. $!. -L&

5 !arado>o de + @ altamente signi9icati'o: ;usto no ano em =ue ocorre a maior 

9umiga6?o de toda a histria, têm5se resultados 7astante medocres se com!arados como =ue sucedeu em ++. $...& 9eti'amente, !oder5se5ia di<er =ue as altas ci9ras =ue

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acarretou a as!ers?o a@rea em ++ 9oram a o!ortunidade ; conseguida e =ue osculti'os iniciam, a !artir de ent?o, um !rocesso itinerante =ue n?o 'ai re!etir a altaconcentra6?o do de!artamento do Putumao e =ue a !oltica 'ai en9rentar s@riasdi9iculdades nos !r>imos anos. $!. L5L)&

5 As e>igências de resultados de curto !ra<o, como se consolidou em instJncias detomada de decisEes em Washington e, inclusi'e no !r!rio Congresso estadunidense,est?o condu<indo a !erce!6Ees e=ui'ocadas !elo 9ato de =uererem mostrar diminui6Eesde um ano !ara outro. $!. L)&

5 s altos custos sociais, am7ientais e econBmicos !ela im!lementa6?o desta estrat@gias?o res!onsa7ilidades do go'erno dos stados %nidos e do go'erno colom7iano. Por sua 'e<, os e9eitos so7re esses mesmos n'eis !ela articula6?o desta economia com aguerra, s?o da res!onsa7ilidade dos gru!os armados. Cada um mane;a sua !auta e nomeio de todos eles est?o as comunidades cam!onesas e indgenas. stas geralmente s?oin'is'eis e so7re elas recaem os e9eitos das a6Ees dos di9erentes atores, agra'ando5se acrise humanitria com o 9enBmeno do re9Igio e do con9inamento, a !erda de seguran6aalimentar !elas 9umiga6Ees, o en9ra=uecimento da organi<a6?o !ela guerra e, em geral,

 !ondo ainda mais o7stculos !ers!ecti'a de 9uturo de seus integrantes. $!. LH5L*&

5 Por sua 'e<, a ausência de agilidade nos !rocessos de e>tin6?o de domnio dos 7ensad=uiridos e a 9alta de clare<a so7re o uso dos recursos ; a!reendidos ao narcotr9ico,des9a'orecem a cria6?o de condi6Ees =ue ina7ilitem o territrio colom7iano como lugar im!ortante !ara a continuidade do narcotr9ico. $!. L-&

/A01 A PR0SQ " 3D S 4%38A AS P38AS DS SG38S1CA0S O% RSP3D P1A D03X0CA D 8RYF0C D DRGAS 3R0 D 4A30R 5 AntBnio Ra9ael /ar7osa

5 Contudo, n?o !odemos es=uecer, e @ disso =ue se trata a=ui, dos es!a6os desociali<a6?o =ue garantem ao tr9ico sua organi<a6?o ou, di<endo de maneira maisa!ro!riada, sua dinJmica segmentar. $ como e9eito direto dessa dinJmica =ue se d oaumento ou a redu6?o das a6Ees agonsticas&. s!a6os de con'ergência e articula6?o dos

gru!os intra59accionais $internos aos Comandos& =ue dominam o com@rcio de drogasem localidades es!ec9icas da cidade. s!a6o e tem!o onde as alian6as s?o re9eitas e asami<ades e os 9ortalecimentos acionados, onde e =uando se reali<a um dos !los =uegarantem a dinJmica interna das 9ac6Ees. 3esse artigo 'amos margear dois deles: o

 7aile e a !ris?o. $!. )+)&

5 =ue temos @ um emaranhado sem 9im de redes so7re!ostas a outras redes. Para ocaso do Rio, utili<ando como crit@rio de de9ini6?o a descarga num mercado consumidor,

 !odemos a!ontar três grandes “no'elos” a reco7rir o ma!a da cidade: o tr9ico =uechega e !arte das 9a'elasK a=uele =ue se !rocessa no “as9alto” e =ue n?o !assa !elas

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9a'elasK o =ue utili<a os !ortos e aero!ortos da cidade como locais de !assagem !ara adroga =ue ir a7astecer os mercados consumidores e>ternos. $!. )+)&

5 segundo !onto @ ;ustamente este: o as!ecto ri<omtico do tr9ico. Por ri<omaentenda5se a caracterstica dessa rede =ue !ermite =ue se;a rom!ida em =ual=uer !arte e

'olte a se re9a<er ra!idamente. $!. )++&

5 m segundo lugar, a e>!ress?o “crime organi<ado” nos remete a uma ati'idade =ue, aomenos !otencialmente, atra'essa os a!arelhos de stado, suas 9ronteiras e seuscontroles. $!. )+&

5 8ais e9eitos se dei>am !erce7er no re9or6o da “sensa6?o de medo e inseguran6a” =ue'em ao encontro das demandas e a!elos !elo incremento de !olticas re!ressi'as. $!.)+H&

5 Para o nosso caso, o Rio de 4aneiro !arece assumir a !onta5de5lan6a do modeloem!resarial, es!ecialmente =uando com!arado a outros estados da Federa6?o, onde !re'alece, em sua grande maioria, o modelo free-lance. $!. )+*&

5 As 7ocas de!endem diretamente das esticas, dos !e=uenos aviões =ue se encarregamde com!rar a droga e re'endê5la no asfalto sem =ue o com!rador tenha =ue se arriscar asu7ir um morro ou entrar em uma 9a'ela $!agando, @ claro, um !re6o maior !ela suacomodidade e seguran6a&. $!. )+-&

5 =ue denominamos “Comando” @ um con;unto de alian6as, es!ecialmente das

lideran6as =ue controlam os gru!os em n'el local, e um es!a6o de negocia6?o !ermanente entre elas, construdo a !artir das cadeias. A hierar=uia e>iste, sim, mas 9icarestrita aos limites territoriais de cada gru!o. dono, o patrão manda no seu morro, nasua 9a'ela. Somente ali. Distri7ui os cargos, escolhe a=ueles de sua con9ian6a,esta7elece os contatos com os 9ornecedores $de armas e de drogas&, cuida da 9amlia dosamigos =ue est?o !resos, manda um 9ortalecimento !ara =uem se encontra no

 sofrimento, dentro da cadeia. Pode ser chamado a dar e>!lica6?o aos irm?os so7realgum 9ato ocorrido em seu territrio $uma vacilação gra'e do seu !essoal&. Para issouma reuni?o @ con'ocada e os amigos s?o chamados. Para isso as cartas circulam !aradentro e !ara 9ora das cadeias. $!. )+-5)+L&

5 crime, entretanto, n?o se redu< a 9orma6?o de 7ando do !onto de 'ista de suareali<a6?o concreta ou institucional. De'emos di<er, antes, =ue o tr9ico, assim como asdemais ati'idades criminosas $as armas do crime " segundo uma antiga gria&, se 'êatra'essado !or um “de'ir57ando”. %ma a9ec6?o =ue une alguns indi'duos, dandoe>istência a esta 9orma6?o, durante algum tem!o. $!. )+N&

5 tr9ico !ossui sua “9orma5stado”, o =ue @ !erce7ido nos so7recdigos $a “lei” dotr9ico& =ue a9etam signi9icati'amente a 'ida comunitria e em sua disci!lina interna,em suas hierar=uias, em seu controle territorial. tais caractersticas, tais 9ormas de

interioridade s?o, 9undamentalmente, a!rendidas no lugar onde se est mais dentro dostado: numa !ris?o. $!. )+(&

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5 tr9ico a!arece, assim, como um 7om em!regador, no am7iente circundante demis@ria e !ouca o9erta de !ostos de em!rego $as 9alas comuns assinalam esta !erce!6?o:“tra7alhar !ara o tr9ico”&. o lucro, como nas demais em!resas $em7ora em algumasdelas seus gestores n?o digam isto a7ertamente&, torna5se o o7;eti'o m>imo a ser alcan6ado, o 9undamento da @tica =ue 'igora no meio e =ue @ transmitida s no'asgera6Ees. $!. )&

5 dentro do sistema !enitencirio =ue se esta7elece o !onto !rinci!al de articula6?o detodos os gru!os locais de uma 9ac6?o, de um Comando. a cadeia =ue 9ornece asamarras !ara as !ontas soltas, o es!a6o maior de negocia6?o. $!. )&

5 Se a cadeia @ res!ons'el !or essa articula6?o dura das alian6as, =ue su!ortam ou d?oe>istência ao cor!o dos Comandos, @ no 7aile =ue os conhecidos se tornam amigos ealiados. $!. ))&

5 7aile, !or sua 'e<, res!onde !ela alian6a =ue se 9orma atra'@s do riso e da alegria,do encontro de homens li'res $em sua !oss'el li7erdade " toda li7erdade, ainda maisnos dias de ho;e, @ sem!re relati'aK ainda mais !ara =uem @ do tr9ico&. Alian6as do9uturo, 9eitas !elos ;o'ens, !or a=ueles =ue ir?o assumir ou ; est?o assumindo a 9rentedo mo'imento. $!. )+&

S8AD D103OZ38: %A 3VA DA10DAD D CR0 5 Andr@os@s Gaio

5 esmo =ue o marco cronolgico este;a correto, as e>!lica6Ees so7re o crescimento eos !adrEes de atua6?o do crime organi<ado na regi?o s?o as mais di'ersas. Duas s?o asmais in9luentes: uma =ue a9irma ser o !rocesso de glo7ali<a6?o a causa mais im!ortantee outra =ue en9ati<a uma dinJmica mais interna nos 'rios !ases $9atores econBmicos,

 !olticos, culturais etc&. $!. )(&

5 ste mecanismo de 9inanciamento do crescimento econBmico se esgotou =uandoocorreu a 9amosa crise da d'ida, no incio da d@cada de )(N, =ue trou>e duascondicionantes 7sicas !ara a !roli9era6?o do crime organi<ado: mis@ria e a =uase

com!leta desorgani<a6?o da estrutura institucional do stado, destacando =ue alguns !ases ainda n?o tinham com!letado as tare9as necessrias !ara a cria6?o de um stadomoderno, con9igurando o =ue algu@m ; denominou de Quasi-states. $!. )(5)H&

5 A ColBm7ia, em Jm7ito regional, ocu!ou um !a!el de desta=ue no !rocesso deconstitui6?o do crime organi<ado, mais !recisamente, de organi<a6Ees ma9iosas. 8aldistin6?o @ im!ortante es!ecialmente !or=ue as organi<a6Ees de ti!o ma9ioso s?oa=uelas em =ue os ne>os entre !oltica e crime s?o esta7elecidos, al@m das !rticas deintimida6?o $intimidazione&, !er!@tuo 'nculo hierr=uico $assoggettamento& e a lei dosilêncio $omertà&. $!. )H)&

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5 A !ossi7ilidade de com7ater o crime organi<ado, !articularmente as organi<a6Eesma9iosas, no conte>to de um regime democrtico, tem como !aradigma a solu6?oitaliana e =ue 9oi denominada o!era6?o m?os lim!as $mani pulite&. 8al o!era6?o 9oi umacom7ina6?o de im!ortantes re9ormas nas leis !enais, !rocessuais e constitucionais e

 !ro!iciou a cria6?o de estruturas institucionais !ara coordenar, !lane;ar e im!lementar as a6Ees =ue 'isa'am com7ater as organi<a6Ees de ti!o ma9ioso, al@m de outras 9ormasde crime organi<ado na 0tlia. $!. )H+&

5 interessante su7linhar =ue o 9oco da Iltima 9ase da o!era6?o era a cone>?o entre a !oltica e a criminalidade e @ este ne>o, !recisamente, =ue im!Ee a necessidade deti!i9icar uma organi<a6?o criminosa como associa6?o ma9iosa. uito im!ortantetam7@m @ assinalar =ue, sem a !resen6a da sociedade nas ruas e>igindo o 9im da m9iae, !or isso, tam7@m dos !olticos, em!resrios, ;u<es, ad'ogados, militares a elaassociados, a o!era6?o m?os lim!as n?o teria condi6Ees de in'estigar e !unir as =uase

cinco mil !essoas indiciadas. $!. )H&5 /rasil n?o !ossui uma legisla6?o =ue trata com clare<a as organi<a6Ees criminosasou o crime organi<ado, na medida em =ue o artigo ++N do Cdigo Penal =uali9ica umaorgani<a6?o criminosa, 7andos ou =uadrilhas, de9inidos a!enas como uma associa6?o detrês ou mais !essoas. 8al de9ini6?o, como salienta 1eite $+-, P. **&, re9eriu5se a!enas criminalidade sem =ual=uer so9istica6?o, com!le>idade ou estrutura6?o di9erenciada e,

 !or isso, n?o !ossui =ual=uer utilidade e n?o demanda a cria6?o de legisla6Ees einstitui6Ees !ara !re'enir e re!rimir as organi<a6Ees criminosas e ma9iosas. $!. )H-&

5 A rela6?o do crime organi<ado com a !oltica, no /rasil, ainda n?o rece7eu otratamento analtico ade=uado, n?o tanto de'ido ine>istência de =uali9ica6?o dos !es=uisadores, mas ausência de dados seguros =ue !ossam su!ortar algumasgenerali<a6Ees, !articularmente de'ido 9alta de coo!era6?o dos rg?os do stado ou ausência de estrutura dos mesmos !ara o!erar com 7ancos de dados con9i'eis.

 !reciso su7linhar, no entanto, =ue as in9orma6Ees mais im!ortantes so7re a m9iaitaliana s?o recentes, datam de + anos atrs, conseguidas, so7retudo, de'ido com!etência e o7stina6?o dos 4u<es italianos Gio'anni Falconi e Paolo /orselino,am7os assassinados !elos ma9iosos. $!. )HN&

5 9inanciamento de !olticos !or !arte de organi<a6Ees criminosas ou m9ias nunca setornou um !adr?o ou nunca 9oi 'igorosamente com!ro'ado. $!. )H(&

5 conceito de corru!6?o @ inade=uado !ara esclarecer a !rtica das organi<a6Eescriminosas ou das associa6Ees ma9iosas !or=ue trata de =uestEes mais a9eitas acom!ortamentos indi'iduais $ne!otismo, !or e>em!lo&. 8al conceito ainda se !resta'a acertas a!lica6Ees em tem!os !ret@ritos, mas a atual e>tens?o das a6Ees criminosas dosagentes !I7licos tornou o mesmo o7soleto. $!. )*&

5 A glo7ali<a6?o, toda'ia, se a!resenta mais dramtica =uando a analisamos como um

 !rocesso de internali<a6?o de tendências glo7ais. a;uste =ue cada !as 9a< de im!ulsos !rodu<idos em outras regiEes @ =ue consideramos ser a dimens?o decisi'a do !rocesso

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de glo7ali<a6?o. m graus di9erentes e so7 dinJmicas di'ersas, os !ases da regi?o !assaram a assimilar !rocessos de desintegra6?o social, 9ruto da crise do em!rego,redu6?o de !olticas sociais de 7em5estar, !erda da e9iciência da estrutura do stado,crise dos es=uemas clssicos de re!resenta6?o !oltica etc, originrios de outrosconte>tos. $!. )*)&

5 3o momento em =ue 9oi !erce7ida uma recu!era6?o institucional do tema dacriminalidade !or muitos !ases da regi?o, com a cria6?o de leis e institui6Ees !aracom7ater o micro e o macro crime, re'elou5se tam7@m a ino!erJncia na a!lica6?o dasno'as leis e a ausência de recursos !ara =ue as no'as institui6Ees atuassem. $!. )*)&

5 A recu!era6?o institucional da luta contra o crime, no entanto, !rodu<iu alguns 9rutos e9or6ou uma mudan6a na estrat@gia de atua6?o das organi<a6Ees criminosas. $!. )*+&

5 s agentes !I7licos =uase sem!re lidera'am as o!era6Ees criminosas, en'ol'endo

'iolência ou n?o $!re9erencialmente&. A lucrati'idade ad'inda com as ati'idadese>!ostas !elo Relatrio su!era'am em muito a do comando 'ermelho $estimada em +-HmilhEes de reais !or ano&. $!. )*&

5 stado delin=Mente se mostra mais ati'o nos munic!ios e nos stados mem7ros daFedera6?o e, !or isso, ainda n?o mereceu maior aten6?o dos !es=uisadores, da mdia eda !o!ula6?o. s agentes !I7licos =ue estruturam o stado delin=Mente o!eram, como

 ; a9irmamos, !re9erencialmente !or m@todos n?o5'iolentos ou intimida6?o, sem a !resen6a de hierar=uia rgida e di'is?o do tra7alho com!le>a, dominam o conhecimentode sistemas a7stratos $G0DD3S, )(()& e a rotina da administra6?o !I7lica, em7ora

tam7@m utili<em !ro9issionais e>ternos ao stado em algum momento. $!. )*5)*H&

A [R0A 3O%0S8ADA: % APR\0AQ A 8RA%A8RA3SGRAC03A1 5 Cecilia Rodrgue< e Adriana s!ino<a

5 3o conte>to latino5americano, di9erentes !ases 'i'eram terrorismos de stadosimilares ditadura chilena. As a6Ees !er!etradas !elos go'ernos =ue se seguiramnestes !ases, de um modo geral, se caracteri<aram !or resol'er os !ro7lemas

relacionados com as 'timas diretas dos regimes ditatoriais atra'@s de leis de re!ara6?o,indeni<a6Ees econBmicas, mesas de dilogo, leis de !onto 9inal e leis de anistia, entreoutros. $!. )-5)-)&

5 Desta maneira, o go'erno retira de si as res!onsa7ilidades, o7scurecendo o carter re!aratrio de seu discurso e le'ando a sociedade chilena a um 9racasso na ela7ora6?ode a6Ees 'isando !re'en6?o das situa6Ees de 'iola6?o aos direitos humanos,trans9ormando5se, desta 9orma, num mandato caracteri<ado !ela im!unidade e !elaretraumati<a6?o. $!. )-+&

5 Primeira se=Mência 8raumtica: 8em seu incio com o gol!e militar e culmina nomomento em =ue ocorre a situa6?o re!ressi'a es!ec9ica. Segunda se=Mência

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8raumtica: Come6a no momento em =ue uma situa6?o re!ressi'a a9eta diretamente aum su;eito ou 9amlia e se 9echa com o !rocesso de termo do regime militar. 8erceirase=Mência 8raumtica: 0nicia5se ao terminar a ditadura, n?o estando claro =uando se

 !rodu<ir seu termo. a se=uência mais im!ortante e com!le>a, ; =ue o carter traumtico de!ender das caractersticas do !rocesso $D S1ARK P0PR, )((*&. $!.)-&

5 3esse !rocesso histrico, o !rocesso dial@tico do indi'duo @ tanto ati'o =uanto !assi'o, o =ue !ermite assumir =ue seu desenlace n?o @ irre'ers'el. Assim, =uando ae>!eriência traumtica est 'inculada a um 9ator estressante e a um meio traumati<anteim!lementado a !artir de uma ordem !oltica, a sua !rolongada manuten6?o @ ocom!onente =ue alimenta e !rodu< uma gra'e deteriora6?o no rendimento ocu!acional,nas rela6Ees sociais e no !ro;eto histrico de 'ida. $!. )-H&

5 Da mesma 9orma, acentuam5se o uso de estrat@gias cogniti'as e com!ortamentais,como a tendência a des=uali9icar, racionali<ar e reagir, e'adindo a dor, agudi<ando asintomatologia, a e'olu6?o dos diagnsticos e transtornos, re=uerendo !or sua 'e<

 !erodos mais !rolongados de inter'en6?o. Ao entender como o trauma 'ai seenrai<ando !elas retraumati<a6Ees, !odemos conce7er o !erodo de !s5ditadura como

 !arte integrante do !rocesso de traumati<a6?o glo7al e de transgeneracionalidade dodano. $!. )-*&

5 Distinguiu5se as 'ari'eis =ue, notadamente, incidem no 9enBmeno: o n'el dein9orma6?o mane;ada @ 9undamental na croni9ica6?o do danoK a !sicotera!ia incide na

ela7ora6?o do sucedidoK a maneira =ue tem a 9amlia !ara en9rent5lo in9lui namanuten6?o do danoK a caracterstica de !ersonalidade tendente a 9ocali<ar5se no !assado in9lui em como as !essoas ela7oram e croni9icam em maior ou menor medida osucedido. $!. )-(&

5 m sntese, as re!ercussEes assinaladas se relacionam com os e9eitos datransgeracionalidade do dano, transcendendo a consangMinidade das !essoascom!rometidas com as ditas e>!eriências, !er!etuando, assim, o sistema, ; =ue estas seretroalimentariam cotidianamente. s danos se e>!ressam nas !erce!6Ees, a9etos,cogni6Ees e nas condutas, gerando estrat@gias de a6?o e intera6?o e conse=Mências, tanto

gerais como es!ec9icas, =ue !oderiam mostrar a a6?o da sociedade. $!. )-(&

5 A memria histrica @ uma recorda6?o coleti'a, uma e'oca6?o 'oltada !ara o !resente=ue tenta resgatar o 'alor sim7lico das a6Ees coleti'as 'i'idas !or um !o'o no

 !assado. De tal 9orma =ue se trans9orma numa a6?o destinada !reser'a6?o daidentidade e continuidade de um gru!o social, tendo em 'ista n?o es=uecer oa!rendido. Por outro lado, a memria social !ode ser entendida como uma constru6?oscio5histrica =ue incor!ora ao mesmo tem!o uma estrutura de sentimentos. $!. )L&

5 A memria e>em!lar, !or outro lado, @ !otencialmente li7ertadora, ; =ue nos !ermite

utili<ar o !assado com 'istas ao !resente, =uando conseguimos !rocessar as li6Ees'i'enciadas, assumidas num !resente e !ro;etadas ao 9uturo. $!. )L)&

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5 A memria en=uistada re9ere5se a esta memria literal e !assi'a =ue se tem ancoradaem nosso ser, =ue criamos a !artir da e>!eriência indi'idual de e'entos traumticos, o=ue se sustenta nas rela6Ees dial@ticas nas =uais co5e>istimos. Portanto, os e9eitossociais dos traumas e>tremos '?o sendo incor!orados lentamente, assimilando5selentamente, chegando a ser encarnado no cor!o indi'idual como um nodo interno =ue

 !or sua 'e< se transmite em 9orma de recorda6Ees e narrati'as a outros, atra'@s demecanismos de re!eti6?o e manuten6?o de !adrEes sociais e culturais deri'ados dose9eitos do trauma !sicossocial. $!. )L+&

5 %m dos discursos mais comuns =ue se re!etem em torno do uso da memria @ anecessidade de conhecer a 'erdade !ara =ue “nunca mais” 'oltem a acontecer asatrocidades do !assado. sta 9un6?o da memria su!Ee =ue o es=uecimento coleti'ole'aria, irremedia'elmente, re!eti6?o com!ulsi'a da=ueles atos =ue n?o s?ode'idamente 'igiados !ela memria, con9ormando um es=uecimento !assi'o =ue @

utili<ado tanto !elos indi'duos como !elo coleti'o. $!. )LH&5 stado, atra'@s de suas institui6Ees, ma=uinaria e decisEes administrati'as, t@cnicas,

 !olticas e ;udiciais omite, nega, silencia e enca!sula a dor: “o =ue n?o se 'ê, n?oe>iste”. assim im!lementa uma memria literal =ue !ermite manter o e'entotraumtico encra'ado no tem!o e inalter'el. $!. )L-&

5 im!ortante ter uma transi6?o desde a memria literal memria e>em!lar, =ue !ermita a ela7ora6?o dos sentimentos de rai'a, in;usti6a e im!otência, tanto nas 'timas,como nas !essoas !r>imas e em todas a=uelas !essoas =ue se sentem a9etadas. $!. )LN&

C3C08 D R10G0Q PP%1AR AS R10G0]S AFR5/RAS010RAS:C%18%RA, S03CR80S, RS0S823C0A S03G%1AR0DAD 5 Ale>andreagno 8ei>eira de Car'alho

5 Contestando um !oss'el carter alienante da religi?o !o!ular, Par^er $)((-, !. +L)&lem7ra =ue “num continente su7desen'ol'ido e ma;oritariamente crist?o como aAm@rica 1atina, a religi?o su7siste e, inclusi'e, se re'itali<a como sentido signi9icati'onas massas !o!ulares. A 9un6?o de !rotesto contra a o!ress?o =ue a religi?o cum!riu em

muitos !rocessos de luta e resistência !o!ular a!resenta o desa9io !ara reconsiderar o !ro7lema”. autor sustenta a hi!tese de “=ue o !o'o, en=uanto agente histricosocial, !rodu< coleti'amente suas re!resenta6Ees e !rticas sim7lico5religiosas, atra'@s de um !rocesso no =ual se e'idencia, de maneira di9erenciada, segundo a !osi6?o relati'a naestrutura de classes e no cam!o religioso, seu carter dominado e, ao mesmo tem!o,relati'amente autBnomo. Atra'@s de um !rocesso de !rodu6?o de sentido, condicionadoe condicionante, as di'ersas 9ra6Ees e classes su7alternas e>!ressam em algumas desuas multi9ormes mani9esta6Ees religiosas um !rotesto sim7lico” $PAR_R, )((-, !.+L+&. $!. )N5)NH&

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5 !rocesso de sincretismo @ destacado como caracterstica e “res!osta religiosa” =ue“d origem aos sincretismos das atuais mani9esta6Ees de nossas religiEes !o!ulares”$Par^er, )((-, !.H&. De'e5se, contudo, =uestionar a categoria “su7miss?o !arcial”: sehou'e $e h& uma “su7miss?o !arcial” @ !or=ue hou'e $e h&, tam7@m, uma“insu7miss?o !arcial”. $!. )N-&

5 sincretismo, !ois, elemento caracterstico e de 9unda6?o das religiEes a9ro5 7rasileiras, n?o @ uma sim!les “colcha de retalhos”, associa6?o su!er9icial de sm7olosou imagens ou so7re!osi6?o mecJnica de elementos culturais oriundos de tem!os elugares di9erentes. $!. )NL&

5 Pode5se su!or =ue, ainda nos !orEes dos na'ios negreiros, em !lena tra'essia doAtlJntico, o sincretismo ; 9osse uma estrat@gia de su!era6?o da o!ress?o, da e>!lora6?oe do so9rimento: !or meio de sI!licas e a6Ees humanas , orixás, inquices e voduns 9oram

 !ro'a'elmente se encontrando $e con9rontando& na=uele lugar de !assagem traumtico=ue e>igia a cria6?o de no'os la6os de solidariedade e, num mo'imento dereconstru6?o, a;udaram a rede9inir rela6Ees inter!essoais e 9ormas de rela6?o com osagrado. $!. )(&

5 A des!eito de a tendência de a9irma6?o de es!eci9icidades @tnicas $“rea9ricani<a6?o”&=ue se !ode o7ser'ar atualmente, sendo o discurso da “!ure<a” das na6Ees suae>!ress?o mais !arado>al, a realidade @ =ue o sim!les 9ato de reunir em um mesmoterritrio e>istencial 'rios ori>s ; @ !or si s um !rocesso 7astante singular esincr@tico. riginalmente, na Y9rica, o culto de ori> se!ara'a, demarca'a territrio e

 !odia at@ mesmo e>!ressar con9litos inter@tnicos. a9ro5descendente, !or sua 'e<,desen'ol'eu uma dinJmica religiosa de 9undamental im!ortJncia !ara a so7re'i'ência etransmiss?o de elementos culturais a9ricanos $elementos de 'is?o de mundo, deconhecimento, de ethos&, dinJmica essa =ue, como ; dissemos, 9oi ca!a< de manter acoes?o social e o !oder de organi<a6?o !oltica, mesmo nas condi6Ees mais ad'ersas$...&. $!. )(+&

5 Diante do a!resentado anteriormente, @ 9cil o7ser'ar =ue esti'emos o tem!o inteiro a !ensar em !rocessos coleti'os $gru!os e comunidades& =ue le'am a constru6EesdinJmicas de redes de a!oio social $VA11A, )((NK +)& e =ue e>!ressam es9or6os

concretos de su!era6?o de di9iculdades 'itais e de a9irma6?o de 'alores e 'isEes demundo n?o5hegemBnicos 5 o =ue inclui, o7'iamente, di'ersas 9ormas de luta cotidianacontra o racismo. $!. )(H&

A CR0S D RPRS38AQ SPA DA `D0A 3A P1`80CA 5RosJngela Schul<

5 As ra<Ees =ue le'am a uma no'a metamor9ose do modelo n?o est?o claramentedelimitadas. Segundo Ghiglione e /rom7erg, os 9atores s?o: a eros?o da cli'agemdireitaTes=uerdaK os e9eitos do su9rgio uni'ersalK a mudan6a de atitudes e

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com!ortamentos dos eleitoresK o !a!el das mdias e, !rinci!almente, da tele'is?o. contraste entre os ideais democrticos 5 n?o cum!ridos 5 e a democracia real @, !ara/o77io $)(N-&, o moti'o da trans9orma6?o !ela =ual est !assando a democraciare!resentati'a. $!. ++&

5 3a democracia do !I7lico, a escolha do re!resentante est 'inculada !essoa docandidato, con9ia7ilidade =ue o eleitor tem em determinado candidato, na res!osta aostermos colocados !ara a escolha $os temas a!resentados nas cam!anhas& e na !resen6ado comunicador. $!. +&

5 A am!lia6?o do nImero de eleitores, a 9ragmenta6?o de interesses destes 'astoscontingentes !o!ulacionais, os di9erentes su;eitos =ue têm de ser atingidos !elosdiscurso dos candidatos, o grande le=ue de temas =ue tem de ser de7atido nos !leitoseleitorais, entre outros 9atores, le'am os !artidos !olticos constru6?o de !rogramas e

 !lata9ormas muito am!los e im!oss'eis de serem cum!ridos, !ro;etando a 9rustra6?onos eleitores e a 7usca de outros locais de e>!ress?o de rei'indica6Ees eTou interesses.$!. +H&

5 utra caracterstica da democracia do !I7lico @ =ue os canais $;ornal, tele'is?o, rdio einstitutos de sondagem& onde se 9orma a o!ini?o !I7licaH s?o relati'amente neutros, nosentido de n?o estarem diretamente ligados a !artidos !olticos em com!eti6?o, em7ora

 !ossam a!resentar !re9erências !olticas. A neutralidade relati'a das mdias nademocracia do !I7lico @ um contra!onto 9alta de neutralidade na democracia dos

 !artidos, onde os meios de in9orma6?o esta'am atrelados aos !artidos, como acontecia

na Fran6a, onde ;ornais e>!unham !osi6Ees ideolgicas 7em de9inidas. $!. +*&5 entendimento da !oltica como luta sim7lica na =ual est em dis!uta o mono!lioda !ala'ra !I7lica ou a im!osi6?o de uma 'erdade, a7re a !ossi7ilidade de os atores

 !olticos dis!utarem este es!a6o sim7lico n?o se;am somente do cam!o !olticotradicional 5 candidatos, re!resentantes 5, mas tam7@m atores de outros cam!os =ue9a<em 9ronteiras ou dis!utam es!a6os no cam!o da re!resenta6?o. $!. +L5+N&

5 Ouer di<er, os ;ornalistas le'am os !olticos a se !reocu!ar com a chamada 'ontade !o!ular. Por mais =ue os !olticos se mani9estem contra as sondagens, eles aca7am !or 

determinar suas a6Ees em 9un6?o dos !ercentuais de !o!ularidade a!resentados nos'eculos de comunica6?o. s !olticos têm de 7uscar no 'eculo o resgate de sua !o!ularidade, atra'@s de am!las cam!anhas =ue 7ene9iciam, em Iltima instJncia, a !r!ria mdia. $!. +)&

5 s mediadores têm em comum a com!etência discursi'a, s?o su;eitos 9alantes.  !I7lico @ =uem elege os !olticos e consegue no m>imo ser um rumor inarticuladoK ao!ini?o, !or outro lado, @ =uem 9a< !ress?o so7re os dirigentes, !or ser um su;eito com'o<. $!. +)+&

5 utra !ro7lemtica =ue tem contri7udo !ara a id@ia de ine9iccia do Poder 1egislati'o 7rasileiro locali<a5se na re!resenta6?o !artidria. senso comum @ de =ue e>iste uma

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grande in9idelidade !artidria nas 'ota6Ees das 7ancadas, constituindo a imagem de umCongresso com!osto de 7ancadas !artidrias 9rgeis e de !arlamentares =ue de9endem

 !ro;etos e emendas com interesses !articulares ou eleitorais. $!. +)*&

5 A imagem di'ulgada !elo senso comum de =ue os !arlamentares de9endem a!enas

interesses !articulares ou eleitorais, remete !ro7lemtica da real !ossi7ilidade de le'ar a e9eito !ro;etos e emendas com este ti!o de interesse. $!. +)-&

5 Se o ca!ital !oltico @ 7aseado no cr@dito e na con9ian6a, o =uestionamento damoralidade de alguns !arlamentares !ode ter como conse=Mência a des=uali9ica6?o dainstitui6?o como um todo. $!. +)L&

5 Dessa 9orma, a democracia re!resentati'a 7rasileira !arece a!resentar caractersticasdo modelo ideali<ado !or anin " a democracia do !I7lico, ; =ue a mdia tem

 !ro'ocado modi9ica6Ees tanto na 9orma dos candidatos se a!resentarem 9rente a um

 !I7lico t?o heterogêneo " utili<ando5se mais e mais dos 'eculos de comunica6?o e das !es=uisas de o!ini?o !ara montar suas cam!anhas, 7em como na maneira como oseleitores têm selecionado seus candidatos. =ue !arece estar em ;ogo no momento daescolha @ a !ersonalidade dos candidatos, a imagem =ue constituem na mdia. $!. +)N&

5 Se, !or um lado, a mdia im!ressa 7rasileira 'em cum!rindo um !a!el 9undamental nademocracia ao denunciar !arlamentares =ue agem de 9orma es!Iria, !or outro lado, ela

 !ode estar e>tra!olando seu !a!el ao assumir uma !osi6?o de tri7unal, n?o a!enasdenunciando, mas ;ulgando e !unindo os !olticos. $!. ++)&