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CAPÍT
ULO
HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO
PARTE 3 CAPÍTULO 35
Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
FIM DO SOCIALISMO REAL E OS DESAFIOS DO MUNDO GLOBALIZADO
35
HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO
PARTE 3 CAPÍTULO 35
Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
A União Soviética e o socialismo realO modelo de socialismo implementado na Rússia depois da guerra civil (1918-1921) e consolidado por Joseph Stálin foi chamado de socialismo real.
O regime soviético
Crise econômica e incapacidade de competir com as economias ocidentais.
Excessiva centralização
político- -administrativa.
Militarização e produção bélica que consumiam
grande parte dos recursos do Estado.
Falta de inovação tecnológica e baixa
produtividade das atividades agropecuárias.
Ineficiência do setor público e
atraso tecnológico para a produção
de bens e serviços.
Início do colapso do regime soviético.
HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO
PARTE 3 CAPÍTULO 35
Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Reformas de Mikhail GorbachevA partir de 1985, diante do cenário de crise econômica, Mikhail Gorbachev, secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética, iniciou um programa de mudanças políticas e econômicas para modernizar o Estado soviético.
Perestroika (“reconstrução”)
Glasnost (“transparência”)
Definição Reformas econômicas visando à modernização do Estado soviético.
Medidas de abertura política visando à renovação e ao saneamento do Partido Comunista, ao combate à corrupção e à definição dos poderes e dos limites do Estado Soviético.
Medidas
privada na produção de bens de consumo.
armamentos.
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PARTE 3 CAPÍTULO 35
Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Dificuldades para implementar as reformas
As reformas colocadas em prática por Gorbachev foram alvo de oposição por parte tanto de setores conservadores quanto de setores reformistas da União Soviética. Burocratas temiam perder seus privilégios, enquanto os reformistas criticavam a “lentidão” das reformas de Gorbachev.
No final da década de 1980, em razão da baixa produção de bens de consumo na União Soviética, houve sérios problemas de abastecimento e formaram-se longas filas para a compra de produtos essenciais, como alimentos.
A questão das nacionalidades ressurgiu com a crise econômica e a abertura do regime, colocando em xeque a frágil unidade do Estado soviético.
Uma onda autonomista se espalhou, e as repúblicas, uma a uma, declararam a soberania das leis nacionais sobre as do Estado soviético.
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Queda do Muro de BerlimApós a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha se dividiu em:
O muro de Berlim, construído em 1961, separava Berlim Ocidental (capitalista) de Berlim Oriental (socialista).Diante de manifestações pró-democracia e das fugas em massa de alemães do lado oriental para o ocidental, o Partido Comunista da RDA tomou medidas de abertura política.O governo do país foi substituído em outubro de 1989 e, em novembro do mesmo ano, o Muro de Berlim foi derrubado. A queda do muro abriu espaço à retomada das negociações para a reunificação alemã.A unificação da Alemanha ocorreu em 1990 e gerou várias dificuldades para o governo: desemprego, recessão, atentados neonazistas e clima social tenso. Ao longo do tempo, graças ao crescimento econômico do país, as desigualdades internas diminuíram de forma acentuada.
República Federal da Alemanha (RFA)Alemanha Ocidental – Capitalista.
República Democrática Alemã (RDA)Alemanha Oriental – Socialista.
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Colapso do bloco socialista
Polônia
Diante da crise econômica iniciada no final dos
anos 1970 e da repressão política, o sindicato
Solidariedade, liderado por Lech Walesa, promoveu
greves no país.
A União Soviética interveio colocando na presidência
da Polônia o general Wojciech Jaruzelski, que decretou a lei marcial, tornou o Solidariedade ilegal e prendeu seus
dirigentes.
As manifestações e protestos continuaram
a ocorrer e, no final da década de 1980,
Jaruzelski iniciou uma política de distensão:
reconheceu o sindicato Solidariedade, iniciou uma
gradual desestatização da economia e realizou a
transição política que daria fim ao socialismo, com a eleição de Lech Walesa presidente da Polônia
em 1989.
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Após a Segunda Guerra Mundial, a Romênia passou a integrar o bloco soviético.
Na década de 1960, o país foi submetido à ditadura
de Nicolau Ceausescu, responsável pelo massacre
de minorias étnicas.
Cansada de repressão política e afetada pela
grave crise econômica dos anos 1980, a população romena realizou várias
manifestações, que culminaram na insurreição
popular de 1989: Ceausescu e sua esposa foram
executados por populares e foi eleito um novo governo, que conduziu o processo de
restauração capitalista no país.
Romênia
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Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Tchecoslováquia
1968As reformas democráticas
lideradas por Alexander Dubcek, conhecidas como
Primavera de Praga, foram brutalmente
interrompidas pela União Soviética, que invadiu o
país e restabeleceu a linha dura de Moscou.
1945-1949Tornou-se um país-satélite
da União Soviética.
Década de 1980Foram colocadas
em prática, com orientação de Gorbachev,
algumas reformas políticas, na denominada
Revolução de Veludo.
1956Tropas soviéticas
invadiram a Hungria e
depuseram o governo reformista
de Imre Nagy.
1990O democrata Václav Havel
foi eleito presidente e promoveu o
ingresso do país na economia de
mercado.
1988Károly Grósz
iniciou o processo
de abertura política
definitiva.
1992A Tchecoslováquia
dividiu-se em dois países
independentes: República Tcheca
e Eslováquia.
Década de 1990As reformas
econômicas e democratizantes
foram aprofundadas.
2004A Hungria passou a integrar a União
Europeia.
Hungria
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Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Guerras étnicas e fim da Iugoslávia
1945 O comunista croata Josip Broz, conhecido
como marechal Tito, proclamou a
República Socialista da Iugoslávia.
Limpeza étnicaOs sérvios expulsaram os não
sérvios da região, aprisionaram croatas e bósnios em campos de
concentração e massacraram civis.
1980Com a morte de Tito, sua
política de fortalecimento das repúblicas mais frágeis foi posta
em xeque. Os anos seguintes foram marcados por uma grave crise econômica e pela eclosão de movimentos nacionalistas.
A Croácia entrou na guerra, agravando
o conflito.
1992Após Eslovênia, Macedônia
e Croácia terem se separado da Iugoslávia, a Bósnia-
-Herzegovina convocou um plebiscito para decidir o que fazer. Bósnios muçulmanos
e croatas votaram pela independência, gerando uma violenta reação dos sérvios
que viviam no país. Teve início a Guerra da Bósnia.
1995A Bósnia se dividiu em uma federação bósnio- -croata e outra sérvia.
Formada por Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Montenegro,
Macedônia e as repúblicas autônomas de Voivodina e Kosovo.
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Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
18º L
44º N
ÁUSTRIAHUNGRIA
Zagreb
Sarajevo
Belgrado
ROMÊNIA
BULGÁRIA
GRÉCIA
ALBÂNIAITÁLIA
MARADRIÁTICO
Bósnia--Herzegovina
Montenegro
Macedônia
Voivodina
Kosovo
Sérvia
Eslovênia
Croácia
Iugoslávia até 1991
A divisão da Iugoslávia
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos.
Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed.
São Paulo: Moderna, 2013. p. 90.
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2006: a população de Montenegro, por meio de um plebiscito, decidiu
pela independência da região.
1997-1999: ocorreu uma guerra civil pela independência de Kosovo.1999: um acordo de paz tornou Kosovo um protetorado internacional.2008: Kosovo declarou sua independência (não reconhecida pelo governo da Sérvia).
70 km
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Fim da União Soviética1990
Mikhail Gorbachev assumiu o governo da União Soviética.
Boris Yeltsin organizou a população de Moscou e de Leningrado em defesa de Gorbachev e frustrou
o golpe.
Junho de 1991Boris Yeltsin tornou-se presidente da Rússia, o primeiro a ser eleito
democraticamente desde a criação da União Soviética, em 1922.
Agosto de 1991 Setores conservadores do Partido Comunista e do
exército arquitetaram um golpe contra Gorbachev e suas medidas de abertura
da União Soviética.
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Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
8 de dezembro de 1991Os presidentes da Rússia, Ucrânia e
Bielorrússia declararam o fim da União Soviética e a criação da Comunidade
dos Estados Independentes (CEI).
25 de dezembro de 1991Gorbachev anunciou, em
rede nacional, sua renúncia ao cargo de presidente da
União Soviética.
Medidas da CEI para restaurar o capitalismo
da mineração e do sistema financeiro à iniciativa privada.
Problemas surgidos com o novo regime
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Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
100º L
CÍRC
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R ÁRTICO
MAR BÁLTICO
MAR DEBERING
MAR DE KARA
MARDE
BARENTS
MAR DEOKHOTSK
MAR
MAR DOLESTE
Is. da NovaSibériaIs. Terra
do Norte
Is. Nova Zembla
I. Sacalina
Is. K
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ESTÔNIA
LETÔNIARÚSSIALITUÂNIA
UCRÂNIA
BIELORRÚSSIA
MOLDÁVIA
GEÓRGIA
CRIMEIA
CAZAQUISTÃOARMÊNIA
AZERBAIJÃO
TURCOMENISTÃO
UZBEQUISTÃO
QUIRGUISTÃO
TADJIQUISTÃO
Moscou
NEGRO
ÁSIA
EUROPAAE
FEDERAÇÃO RUSSA
OCEANOPACÍFICO
MA
R C
ÁSP
IO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
Limites territoriaisda ex-União Soviética
Países da antiga União Soviética (1992)
Fonte: DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2003. p. 263.
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350 km
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Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Conflitos na Federação Russa
Enquanto a Rússia tentava superar a crise econômica e social nela instaurada na década de 1990, diversas minorias nacionais que viviam na antiga União Soviética passaram a reivindicar autonomia.
O caso da Chechênia
Século XIXA Chechênia foi incorporada ao Império Russo.
1992Com o fim da União
Soviética, a Chechênia recusou-se a integrar a Federação Russa e
declarou-se independente.
1999-2000Vladimir Putin empreendeu uma operação
militar na Chechênia com o pretexto de combater o terrorismo e conseguiu submeter
a Chechênia ao controle de Moscou.
1994-1996Tropas da Federação Russa invadiram a
Chechênia e foram combatidas pelos locais, que conseguiram manter temporariamente
sua independência. O conflito deixou milhares de mortos e provocou a fuga de
metade da população chechena.
2000-2017Periodicamente, terroristas chechenos
promovem ataques à Rússia, que mantém tropas na Chechênia para garantir o governo civil nomeado pelo Kremlin.
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Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Outras minorias que foram separadas da Rússia desejaram voltar a fazer parte do país.
O caso da Crimeia
Século XVIIIA Crimeia foi anexada ao
Império Russo.
1954O líder soviético Nikita
Kruschev transferiu o controle da Crimeia para a Ucrânia.
2014O presidente ucraniano Viktor
Yanukovich, aliado da Rússia, foi deposto após uma onda de protestos na Ucrânia. Com isso, militantes pró-Rússia
assumiram o governo da Crimeia, e a Rússia enviou tropas à região.
1991Com o fim da União Soviética, a
Crimeia conquistou a condição de república autônoma.
O governo da Crimeia realizou um referendo por meio do qual a população aprovou a independência da região e sua posterior
anexação ao território russo. O Parlamento russo aceitou a anexação da Crimeia, mas a comunidade internacional posicionou-se
contra a medida.
O episódio acirrou as tensões entre a Rússia e os Estados Unidos.
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GlobalizaçãoGlobalização: processo de integração econômica, política e cultural em escala mundial, caracterizado pelo intenso intercâmbio de mercadorias, capitais, pessoas e serviços.
Primeira faseNo século XV, com as
Grandes Navegações, a América foi incorporada ao mercado mundial.
Segunda faseEntre os séculos XIX e XX, os
países imperialistas se lançaram sobre a África e a Ásia. Com isso, as potências exportaram capitais, tecnologias, valores etc. para as
colônias, ao mesmo tempo que se apropriaram de saberes, práticas
e costumes locais. Influências recíprocas.
Terceira faseDo fim da Segunda Guerra
Mundial aos dias atuais, ocorreu um desenvolvimento
sem precedentes das tecnologias da informação e da comunicação e um fluxo
intenso de produtos, serviços e capitais pelo mundo.
Impactos na economia, na política, no meio ambiente, no mundo do
trabalho e no comportamento dos indivíduos.
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Globalização e suas consequências
Fatores que impulsionam a globalização
e criação de novos mercados consumidores.
que podem mudar de um país a outro
financeiro.
serviços e informações entre os países
comunicação e da modernização dos meios de transporte.
internet.
Consequências da globalização
da demanda por mão de obra e
em todo o mundo, pois muitas funções tornaram-se arcaicas ou desapareceram.
especialmente de bens de consumo industrializados.
despreparadas para a concorrência mundial.
potências econômicas para países onde a mão de obra é mais barata e, muitas
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Nova ordem mundialApós a Segunda Guerra Mundial, foram criados organismos internacionais de cooperação mútua, como a Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
que combateram o protecionismo alfandegário. Aumento do comércio internacional.
Grupos geopolíticos de destaque:
G-8Formado em 1998 pelos países capitalistas
mais ricos do mundo na época (Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Alemanha, França, Itália e Japão), que compunham o G-7, e pela Rússia (expulsa em 2014 por
conta da anexação da Crimeia).
G-20Criado no contexto da crise financeira
mundial dos anos 1990, é formado pelos países do G-8, mais Austrália, Turquia,
China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, Arábia Saudita, Argentina, Brasil, México, África do Sul e dois representantes da União Europeia.
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Economia globalA adoção de políticas neoliberais a partir da década de 1980 reduziu a participação do Estado em vários setores. Augusto Pinochet (Chile), Margaret Thatcher (Grã-Bretanha) e Ronald Reagan (Estados Unidos) foram os precursores dessas políticas.
Com isso, no final do século XX, a economia mundial se tornou global. Enorme interdependência das economias de todo o mundo.
Neoliberalismo
Estado mínimoDefesa da
mínima intervenção
do Estado na economia.
Liberdade econômica
Defesa da ideia de que o mercado deve
se autorregular, sem controle
governamental.
Corte dos gastos públicos
Privatização de empresas públicas
e enxugamento do quadro de funcionários.
Combate ao assistencialismo
Redução da assistência social promovida pelo
Estado e do excesso de tributação.
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Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Essa interdependência explicita-se no funcionamento das bolsas de valores pelo mundo. A crise financeira de 2008 teve proporções globais e repercute até os dias de hoje na maior parte dos países.
0°
INDONÉSIA
TSX Group
American Nasdaq
NYSE Group
EURONEXT*
OMX
Cidadedo México
São PauloJohanesburgo
MadriMilão
Londres
Frankfurt
Istambul
Tel Aviv
Délhi
Seul
Mumbai(Bombaim)
HongKong
Xangai Tóquio
TaipéShenzhen
CINGAPURA
Sidnei
FILIPINASTAI
MALÁSIA
Riad
Casablanca
Moscou
Atenas
500100
Transações financeirasBilhões de dólares
16.000
4.0002.0001.000
de 10 a 60
Evolução – 2009-2010 (%)
*EURONEXT: Paris, Amsterdã, Bruxelas e Lisboa. OMX: Estocolmo, Copenhague. TSX Group: Toronto (CAN).
de –40,0 a –1,5
de 0,4 a 15,0
de 15,1 a 30,0
de 30,1 a 50,0
de 50,1 a 108,7
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
Praças financeiras no mundo (2010)
Fonte: FERREIRA, Graça Maria Lemos. Atlas geográfico: espaço mundial. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2013. p. 54.
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2060 km
Desde a crise de 2008, houve um
recrudescimento das políticas neoliberais por parte dos países da União Europeia
para recuperar suas economias.
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Outro aspecto que demonstra o caráter interdependente da economia globalizada é a formação de blocos econômicos a partir de 1989.
Blocos econômicos no mundo
globalizado
Associação de Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec)
1989
Países da Ásia, América, Europa e Oceania.
Mercado Comum do Sul
(Mercosul)1991
Brasil, Argentina, Uruguai,
Paraguai e Venezuela (suspensa
desde 2016).
União Europeia
(UE) 1992
27 países europeus em 2017.
Tratado Norte- -Americano de Livre
Comércio (Nafta)1994
Estados Unidos, Canadá e México.
Brics2006
Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul.
O Brics tem caráter informal, apesar de já ter concretizado
diversos acordos, articulações e consultas diplomáticas.
Em 2016, um referendo decidiu pela saída da
Grã-Bretanha do bloco.
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Grandes blocos econômicos (2011)
Fonte: Atlas géostratégique 2011. Diplomatie: affaires stratégiques et relations internationales, n. 14, dez. 2010-jan. 2011, p. 58.
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TRÓPICO DE CÂNCER
EQUADOR
0º
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
MER
IDIA
NO
DE
GR
EEN
WIC
H
0º
OCEANOATLÂNTICO
OCEANOPACÍFICO
OCEANOPACÍFICO
OCEANOÍNDICO
Nafta
UniãoEuropeia
Coreia do Sul
Asean
Mercosul
África do Sul
Índia
Brasil
Rússia
China
México
SADC – Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral
Igad – Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento
Asean – Associação das Nações do Sudeste Asiático
Apec – Cooperação Econômica Ásia-Pacífico
Saarc – Associação da Ásia do Sul para Cooperação Regional
Caricom – Mercado Comum do Caribe
União Euroasiática (UEAA)
Organizações econômicas internacionais
País-membro do Brics
País propenso a entrar no Brics (Brics +2)País-membro do Fórum IBSA (Índia-Brasil-África do Sul/Cooperação Sul-Sul)
Organizações econômicas regionais
Nafta – Acordo de Livre Comércio da América do Norte
EFTA – Associação Europeia de Livre Comércio
Mercosul – Mercado Comum do Sul
União Europeia
MCCA – Mercado Comum Centro-Americano
Comunidade Andina
União do Magreb Árabe
Cemac – Comunidade Econômica e Monetária da África Central
CCG – Conselho de Cooperação do Golfo
Cedeao – Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental
18.388
PIB por região em 2008(em bilhões de dólares)
16.689
4.326
2.1732.302
1.6081.275
1670 km
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EQUADOR0º
TRÓPICO DE CÂNCER
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
0º
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OCEANOPACÍFICO
OCEANOPACÍFICO
OCEANOATLÂNTICO
OCEANO GLACIAL ÁRTICO
OCEANOÍNDICO
ESTADOSUNIDOS
125
CANADÁ11
BRASIL7
ÍNDIA7
ESPANHA 8
ITÁLIA9
FRANÇA31
REINOUNIDO
29 HOLANDA13
SUÍÇA12
ALEMANHA32
CHINA98
AUSTRÁLIA8
JAPÃO54
TAIWAN8
COREIADO SUL
17
Países-sede com maior número de transnacionais
Constituição de empresas globais
Com as medidas liberalizantes da economia a partir das décadas de 1980 e 1990, empresas foram globalizadas, tornando-se transnacionais. Podem fragmentar o processo produtivo em diversas partes do mundo e/ou comercializar seus produtos e serviços em diferentes países.
Sedes das maiores transnacionais do mundo (2015)
Fonte: Global 500. Fortune. Disponível em <http://mod.lk/tGZpb>. Acesso em 21 abr. 2017.
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1738 km
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Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Questões sociais no mundo globalizadoAlgumas das principais questões sociais do mundo globalizado:
Segregação espacial A globalização propiciou um intenso fluxo migratório para as cidades, que passaram a receber cada vez mais pessoas de diversas partes do mundo. Entretanto, com a falta de moradia, houve proliferação de guetos, em que a população mais pobre é obrigada viver de forma precária, com serviços públicos insuficientes.
Sociedade conectada A democratização do acesso à comunicação possibilitou a uma gama cada vez maior de pessoas se conectar, organizar movimentos e se informar. Entretanto, frequentemente ocorre a disseminação de falsas informações, de consumo desenfreado, de mensagens preconceituosas e de violência em geral. Recentemente, episódios de vazamento de informações confidenciais, como o promovido pelo WikiLeaks, e de espionagem internacional por meio da internet levantaram a discussão sobre a privacidade na era da globalização, cada vez mais restrita.
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PARTE 3 CAPÍTULO 35
Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Imigrantes e refugiados
Imigrantes: pessoas que se deslocam de um país para outro em busca de melhores condições de vida. Dois fluxos principais:
Estados Unidos.
Europa Ocidental.
Refugiadas: pessoas que fogem de conflitos militares e guerras civis em seus países de origem. A maioria atualmente se desloca de países do Oriente Médio e da África para outras partes do mundo, inclusive para o Brasil.
As dificuldades para imigrar legalmente propiciaram o aumento da imigração ilegal e do tráfico de pessoas.
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PARTE 3 CAPÍTULO 35
Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Emergência das questões ambientaisA partir das décadas de 1960 e 1970, a visão utilitarista da natureza por parte dos governos deu lugar à preocupação com o desenvolvimento socioeconômico dos países em sintonia com a preservação do meio ambiente.
outros problemas, o aquecimento global.
Conferência de Estocolmo
1972
responsabilidade de todos os países pela preservação
do meio ambiente.
Eco-921992
Reconhecimento do ideal de desenvolvimento
sustentável e proposição de medidas para
alcançá-lo.
Protocolo de Kyoto1997
Compromisso pela redução da emissão de gás carbônico
por parte dos países industrializados e pelo
desenvolvimento sustentável nos países emergentes.
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Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Reunião deCopenhague
2009Definição de que
cada país decidiria sobre suas metas de
redução de gases.
COP-162010
Criação do Fundo Verde
do Clima.
Rio+202012
Resoluções para o desenvolvimento
sustentável.
COP-212015
Compromisso, a vigorar a partir de 2020, de redução dos gases
de efeito estufa e de combate aos efeitos das
mudanças climáticas.
Cento e noventa e cinco países assinaram o acordo, incluindo a China e os Estados Unidos,
os maiores poluidores do planeta. Contudo, com a eleição de Donald Trump à presidência
estadunidense, o país declinou de sua participação no acordo.
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PARTE 3 CAPÍTULO 35
Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Guerra e terrorismoO século XXI iniciou-se sob o impacto do terrorismo, evidenciado pelos atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos.
Internacionalização das crises políticas e econômicas.
Após o atentado, os Estados Unidos deram início à denominada “guerra contra o terror” e invadiram o Afeganistão.
então presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, planejou a retirada das tropas do Afeganistão. Iniciada em 2014, essa retirada dos militares estadunidenses não pôs fim à violência no Afeganistão, cujo futuro permanece incerto.
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Guerras contra o Iraque
Guerra do Golfo1991
Depois dos prejuízos causados pela guerra contra o Irã (1980-1988), Saddam Hussein, estadista
iraquiano no poder desde 1979, ordenou a invasão do Kuwait, procurando apropriar-se das
reservas petrolíferas do país vizinho.
No início de 1991, uma coalizão militar liderada pelos Estados Unidos invadiu o Kuwait para combater o Iraque, que saiu derrotado do
conflito. Saddam Hussein, apesar da derrota, permaneceu no comando do governo iraquiano.
Em dezembro de 2003, Saddam Hussein foi capturado e, três anos depois, executado. Constatou-se posteriormente que as armas de
destruição em massa iraquianas não existiam; a ONU, mesmo reprovando
a ação, não impôs sanções aos Estados Unidos.
Segunda investida estadunidense2003
Uma nova coalizão liderada pelos Estados Unidos invadiu o Iraque para
derrubar o governo de Saddam Hussein, que supostamente desenvolvia armas
de destruição em massa.
HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO
PARTE 3 CAPÍTULO 35
Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Estado Islâmico
A desestabilização do Oriente Médio e de regiões próximas provocada pelos Estados Unidos possibilitou a ascensão de grupos extremistas islâmicos, como o Estado Islâmico (EI). Derivado da Al-Qaeda, passou a agir de maneira independente em 2003.
O grupo construiu um califado entre o Iraque e a Síria, de onde procura estender seus domínios.
O EI utiliza a internet e as redes sociais para propagar seus ideais, recrutar jovens de outras partes do mundo e transmitir a execução de prisioneiros e a destruição de artefatos arqueológicos.
Forma de demonstrar força perante o Ocidente e chamar a atenção da opinião pública
para sua causa.
HISTÓRIA: DAS CAVERNAS AO TERCEIRO MILÊNIO
PARTE 3 CAPÍTULO 35
Fim do socialismo real e os desafios do mundo globalizado
Para onde vamos?No atual processo de globalização, o desenvolvimento das tecnologias de informação possibilitou o intercâmbio instantâneo de informações, o fluxo intenso de capitais financeiros e a expansão de empresas transnacionais.
Cenário que tende a se acentuar.
Além disso, as tecnologias transformaram o cotidiano, transmitindo a sensação de que o tempo passa mais rápido e a de que o mundo está cada vez menor. As pessoas parecem estar mais apressadas e impacientes.
A globalização acentuou as desigualdades sociais e econômicas, criando muros de segregação espacial e social. Combatê-las é um desafio para o mundo no século XXI.