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Flamabilidade de Tecidos 1) TÍTULO Flamabilidade de tecidos. 2) OBJETIVO Avaliar o comportamento de um tecido quanto a facilidade de propagação de combustão, quando exposto a uma chama sob condições padrões. 3) INTRODUÇÃO TEÓRICA O desenvolvimento de novas fibras e a sua aplicação em vestuário técnico para ser utilizado em situações de alto risco e lazer, fazem com que este domínio da industria têxtil em geral, e da confecção em particular, adquirem uma nova dimensão, ressurgindo desta forma, como setor em que a aplicação de tecnologia e materiais de ponta começam a ser significativos. Uma das áreas de intervenção para estes novos e continuados desenvolvimentos de têxteis e vestuários, engloba os têxteis para proteção, entendendo-se como proteção , neste caso, toda a necessidade de resguardar, pessoas ou bens, contra riscos mais ou menos intensos, como seja o calor , o frio, os agentes químicos, as radiações nucleares, os vírus, os pesticidas, impactos balísticos, ondas eletromagnéticas. No que respeita à proteção e para dar uma resposta a solicitação de grande risco, vão-se encontrar dois grupos de fibras têxteis que são utilizadas nas telas destinadas à confecção destes artigos. - As convencionais - As de alta tecnologia. No primeiro grupo estão as já conhecidas: poliamidas, poliésteres, viscose, etc. E no segundo, as aramidas, polietileno de alto módulo, polibenzimidazol (PBI), poliamidas imidas ( Kevlar e Nomex), etc. Tecidos à prova de fogo são absolutamente necessários para o vestuário que se deve ser utilizado em certos processos industriais onde a probabilidade de incêndio são elevadas. Muitos acidentes domésticos ocorrem devido ao vestuário como: tapetes ou têxteis do lar que se encandeiam com relativa facilidade. A resistência ao fogo dos tecidos encontra-se em parte relacionada com o tipo de fibra utilizada. As fibras celulósicas, tais como o algodão, linho e viscose incendeiam-se com facilidade. Tecidos produzidos com lã dificilmente se incendeiam. Tanto a poliamida como o poliéster ambas fibras termoplásticas, encolhem encolhem em presença de uma chama e tendem a não se incendiarem. Com tudo , o seu tratamento com certos produtos de acabamentos em corantes pode torná-las inflamáveis. Tanto a estrutura do fio como a do tecido parece não ter influência na sua flamabilidade. A propagação da chama em tecidos é inversamente proporcional a sua massa. Existem vários tipos de aparelhos e métodos utilizados para medir a flamabilidade de têxteis. Relativamente ao comportamento perante ao fogo os corpos podem classificar-se em incombustíveis, combustíveis e inflamáveis. Os combustíveis não são afetados pelo fogo. Os combustíveis são destruídos mas não mantém a chama. Os inflamáveis são destruídos e mantém a chama. As fibras têxteis, por serem compostos orgânicos são inflamáveis ou combustíveis em maior ou menor grau.

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Flamabilidade de Tecidos

1) TÍTULO Flamabilidade de tecidos. 2) OBJETIVO Avaliar o comportamento de um tecido quanto a facilidade de propagação de combustão, quando exposto a uma chama sob condições padrões.

3) INTRODUÇÃO TEÓRICA

O desenvolvimento de novas fibras e a sua aplicação em vestuário técnico para ser

utilizado em situações de alto risco e lazer, fazem com que este domínio da industria têxtil em geral, e da confecção em particular, adquirem uma nova dimensão, ressurgindo desta forma, como setor em que a aplicação de tecnologia e materiais de ponta começam a ser significativos.

Uma das áreas de intervenção para estes novos e continuados desenvolvimentos de têxteis e vestuários, engloba os têxteis para proteção, entendendo-se como proteção , neste caso, toda a necessidade de resguardar, pessoas ou bens, contra riscos mais ou menos intensos, como seja o calor , o frio, os agentes químicos, as radiações nucleares, os vírus, os pesticidas, impactos balísticos, ondas eletromagnéticas.

No que respeita à proteção e para dar uma resposta a solicitação de grande risco, vão-se encontrar dois grupos de fibras têxteis que são utilizadas nas telas destinadas à confecção destes artigos.

- As convencionais - As de alta tecnologia.

No primeiro grupo estão as já conhecidas: poliamidas, poliésteres, viscose, etc. E no segundo, as aramidas, polietileno de alto módulo, polibenzimidazol (PBI), poliamidas imidas ( Kevlar e Nomex), etc. Tecidos à prova de fogo são absolutamente necessários para o vestuário que se deve ser utilizado em certos processos industriais onde a probabilidade de incêndio são elevadas. Muitos acidentes domésticos ocorrem devido ao vestuário como: tapetes ou têxteis do lar que se encandeiam com relativa facilidade. A resistência ao fogo dos tecidos encontra-se em parte relacionada com o tipo de fibra utilizada. As fibras celulósicas, tais como o algodão, linho e viscose incendeiam-se com facilidade. Tecidos produzidos com lã dificilmente se incendeiam. Tanto a poliamida como o poliéster ambas fibras termoplásticas, encolhem encolhem em presença de uma chama e tendem a não se incendiarem. Com tudo , o seu tratamento com certos produtos de acabamentos em corantes pode torná-las inflamáveis. Tanto a estrutura do fio como a do tecido parece não ter influência na sua flamabilidade. A propagação da chama em tecidos é inversamente proporcional a sua massa. Existem vários tipos de aparelhos e métodos utilizados para medir a flamabilidade de têxteis. Relativamente ao comportamento perante ao fogo os corpos podem classificar-se em incombustíveis, combustíveis e inflamáveis. Os combustíveis não são afetados pelo fogo. Os combustíveis são destruídos mas não mantém a chama. Os inflamáveis são destruídos e mantém a chama. As fibras têxteis, por serem compostos orgânicos são inflamáveis ou combustíveis em maior ou menor grau.

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Certos acabamentos, ou seja, certas impregnações com determinados produtos químicos podem diminuir a inflamabilidade das fibras têxteis, sem nunca se conseguir a incombustibilidade total. O comportamento perante o fogo das diversas fibras têxteis, naturais e não naturais, é influenciado por muitos fatores entre os quais se deve mencionar o tipo e característica da estrutura têxtil por ela constituída. Assim, um tecido com uma superfície pilosa ou cujo desenho tenha relevo, seja poroso ou tenha uma fraca densidade de construção, arde com maior facilidade que um tecido rapado, liso e com grande densidade. A velocidade de combustão é também inversamente proporcional ao peso/m2 do tecido, isto é, os tecidos pesados e densos ardem mais lentamente. Atualmente utiliza-se o “ índice de limite de oxigênio “ para exprimir a relação da construção de um tecido e o título do fio, o peso e a facilidade de combustão: o LOI aumenta com o peso do tecido. Também para as diferentes fibras têxteis se pode determinar o LOI, construindo tecidos semelhantes com essas diversas fibras. Assim verificaremos que:

FIBRAS TÊXTEIS LOI Poliamida Aromática 30,0%

Lã 25,2% Poliéster 30,6% Poliamida 20,1%

Polipropileno 18,6% Algodão 18,4% Acrílico 18,2%

Deste modo se faz escalonamento da inflamabilidade e combustão das diferentes fibras têxteis. O conteúdo em água em fibra é também importante, ardendo pior as fibras que tem uma maior taxa de recuperação da umidade. Tem também importância decisiva a temperatura de inflamação:

FIBRAS TÊXREIS TEMP ( °° C ) Algodão 400 Viscose 420 Poliéster 450 Poliamida 530 Acrílico 560

Polipropileno 570 Lã 600

A lã tem pois o melhor comportamento ao fogo e o algodão o pior. A quantidade de calor (em calorias/grama) libertada pela combustão de uma fibra é fator decisivo para propagar o fogo a outros materiais, agindo os têxteis como agentes difusores dos incêndios, já que libertam mais energia calorífica do que aquela que necessitam para se inflamarem.

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FIBRAS TÊXTEIS CALORIAS/ GRAMAS Algodão 3910 Viscose 3920 Poliéster 5670 Poliamida 7380 Acrílico 7620

Lã 4920 Por isso há toda conveniência em diminuir a inflamabilidade dos artigos têxteis, pois assim se reduz a propagação do incêndio, uma vez declarado. O uso de um tratamento ou acabamento retardadores ou limitadores de combustão dos têxteis chamados ignífugos, é por tanto um fator de segurança dos seus utilizadores, quer se trate de vestuário, de têxteis decorativos, domésticos ou industriais. As diversas fibras tem , no entanto, comportamentos diferentes perante ao fogo. Assim as fibras celulósicas inflamam-se a temperaturas mais baixas e ardem rapidamente. As fibras protéicas ( lã e pêlos) inflamam-se a temperaturas mais elevadas e ardem mais lentamente, não mantendo a combustão. As fibras não naturais sintéticas, sendo termoplásticas, fundem a temperaturas relativamente baixas, pois tem a temperatura de fusão abaixo da temperatura de ignição. Uma vez fundidas, se a chama continua estar presente a temperatura sobe e então ardem.

FIBRA LOI Calor de Comb. (Kcal/G)

Temperatura de Combustão (°° C)

Ponto de Fusão (°° C)

Acrílico 18,2 7,6 565 - 530 235 - 320 Algodão 18,4 3,9 255 Não funde

Triacetato 18,4 - 450 - 520 293 Polipropileno 18,6 11,1 570 164 - 170

Viscose 19,7 3,9 420 Não funde Algodão de polivinilo 19,7 - - Não funde

Poliamida 20,1 7,9 485 - 575 160 - 260 Poliéster 20,6 5,7 485 - 560 252 - 292

Lã 25,2 4,9 570 - 600 Não funde Modacrílica 26,8 - - 160 - 190

Nomex 7-450 30,0 - 800 316 Lã – Zipro 28 - 34 - - Não funde

Policloreto de vinilo 37,1 5,1 - 100 - 160 Partindo destes conhecimentos pode-se chegar a uma teoria geral da ignifugação dos têxteis em que destacaremos os seguintes princípios e teorias:

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A) Teoria dos gases: Produto ignífogo libera gases que não ardem (são inertes) e diluem os gases provenientes da decomposição das fibras celulósicas, a temperaturas inferiores à da combustão da celulose. B) Teoria térmica: Atua segundo dois princípios: o calor produzido por um foco é dissipado através de uma alteração térmica da substância ignífuga, tal como a sublimação ou a fusão. este fenômeno conduz o calor rapidamente para a superfície da fibra, evitando que esta atinja a temperatura de ignição e arda.

Usam-se metais de alto poder ignífugo, com liberação de gases inertes.

C) Teorias do recobriento ou impregnação: O produto retardador de ignição cobre por completo as fibras, isolando-as do ar constituindo uma barreira ao oxigênio necessário a combustão. Essa camada suporta ± 500ºC. D) Teoria dos catalisadores de desidratação da celulose: O ignífugo é um catalisador de desidratação da celulose: assim a redução da inflamabilidade fica a dever a um aumento da carbonização da celulose (por uma reação ácida) a que corresponde numa diminuição das matérias combustíveis. Segundo estas teorias têm-se desenvolvido vários tratamentos ignífugos utilizando agentes que recobrem as fibras e ou agentes que penetrem nas fibras, aplicados sob as formas de: 1. Acabamentos (nos tecidos); 2. Incorporação nos polímeros (fibras não naturais) antes da extração ou como componentes do polímero, 3. Por acumulação ou enxerto na superfície das fibras. Designam-se por ignífugos permanentes os que são ainda eficazes após 15 lavagens e podem chegar até 50 com alguma eficácia (até ao limite da vida da peça têxtil). Alguns processos de ignifugação: ERIFON (Antimônio) - para algodão e viscose. THPC (fósforo) - proban + Metilaminas para tecidos vários PIROTEX EP; BOANEN AX; PYROL 806 ( para algodão + poliéster) que são compostos de fósforo e azoto. CALBAN F/R P-44 - composto aromático de bromo e antimônio. Para tecidos pesados. ZIPRO - sais de titânio e zicrónio - impregnação em qualquer estado - mancha, fio ou tecido - para lã - durante a tinturaria por esgotamento ou fulardagem ou meio de solvente Processo de ignição do tecido Baker, tesoro, toong e Moussa explica o processo de ignição do tecido como seguinte: Como em qualquer sólidos, tecidos expostos a uma fonte de calor irão enfrentar aumento de temperatura sob a influência na transferência de calor resultante. Se a

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temperatura na fonte (um ou outro radioativo ou gás inflamável) é suficiente e aumenta o preço na transferência de calor do extenso tecido, decomposição perolítica do substrato de fibra logo ocorrerá. Os produtos desta decomposição incluirá gases combustíveis, gases não combustíveis e queimas carbonáceas. Os gases combustíveis misturam-se com o oxigênio do ambiente. A ignição da mistura produz a chama, quando ela está completa composta e a temperatura seja favorável. Parte do calor gerado sem a chama é transferido para o tecido sustentar o processo de queima e parte é perdida aos arredores. Ele é bem estabilizado que a queima requer o processo físico envolvendo transferência de calor passageira (com combinações complexas numerosas de radiação, convicção e condução), assim como processos de substância químicas de degradação térmica, e de oxidação de produtos combustíveis de pirólise.

Fatores que afetam a flamabilidade em tecidos Bennett explica vários fatores que afetam a flamabilidade em tecidos. Fatores de importância primária em flamabilidade são fácil de ignição, aumenta a propagação da chama, geração de cigarros e gases nocivos, emissão total de calor, temperatura da chama, comportamento termoplástico do material, e facilidade de extinção da chama. Fácil ignição e aumento da propagação da chama são os dois fatores mais conhecidos e sobre os quais a maioria das legislações da flamabilidade são baseadas. Fácil ignição em geral varia com o peso do tecido, quanto mais pesado o tecido mais demorará para a ignição. O caráter da superfície natural tem uma influência neste fator, um tecido de pelo solto geralmente igne mais facilmente que um tecido de superfície compacta “lisa”. Propagação da chama geralmente trabalha de acordo com o mesmo princípio, no tecido pesado, mas reduzida é a propagação da chama, caracter da superfície em construção novamente tem um efeito. DESENVOLVIMENTO Proteção dos produtos têxteis contra a chama Nos últimos anos tem continuando aumentado o interesse na forma que tem lugar a combustão responsável pelo modo de influenciar esta propriedade. Tendo em conta que a conseqüência de numerosos incêndios que se produzem a cada ano grandes anos, o objetivo dos materiais têxteis acabados inibidoras de chama o que fazem difícil a inflamação e a diminuição da inflamabilidade responsável pela combustão dos materiais possivelmente em questão. O objetivo dos materiais ignífugos é a localização e inclusive a evitação dos incêndios por meio de um tratamento que converte os materiais de combustão fácil em difícil inflamação. Quando se define o material ignífugo se emprega freqüentemente outros térmicos em relação com acabado dos produtos têxteis, como são “sólido ao fogo” e “sólido a chamas”.

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Combustão das Fibras Para compreender melhor o efeito dos produtos que reduzem a inflamabilidade dos materiais têxteis primeiramente devemos caracterizar a combustão das fibras. A alimentação da energia térmica até que a matéria tome fogo pode proceder das seguintes fontes: ação da chamas (800 a 1400ºC); transmissão por superfícies quentes, etc (200 a 2000ºC); radiação térmica. A combustão das fibras tem lugar nas seguintes fases: Processos prévios de incêndio; Se inicia ao incêndio (inflamação); Combustão; Produção de gases de combustão e fumaça; Término da combustão. As reações predominantemente endotérmicas até inflamação tem lugar a diversos níveis de temperaturas em direta dependência da classe da fibra em questão. A spirólise, ou seja, a fase de decomposição ao alimentar-se a energia térmica, se realiza em etapas. Se as temperaturas são baixas, então se destrói primeira e progressivamente as estruturas supermolares das fibras. Ao seguir aumentando a temperatura, se faz uma distribuição do polímero que dá lugar a macroradicais e componentes sólidos, líquidos e gasosos, sendo possível eventualmente certas reações químicas entre as substâncias resultantes. A inflamação, aqui se diferencia da inflamação espontânea provocada por agentes exteriores que são temperatura correspondentes, começa depois de haver alcançado a temperatura de inflamabilidade dos produtos combustíveis da pirólises. A combustão seguinte é uma reação entre a substância e o oxigênio, um processo exotérmico com desprendimento de calor e luz. Uma condição prévia para que um material siga queimando depois de se haver retirado da fonte de inflamação e que a combustão dos componentes gasosos e da pirólise entrega mais energia que necessita a pirólises das fibras. A combustão com chama segue, independentemente da fibra, a combustão sem chamas dos restos de carbono. O carbono é oxigenado a monóxido e dióxido de carbono. A formação de monóxido de carbono deve ser considerada como uma situação crítica devido que sua presença não pode ser detectada por seu odor ou sabor, pelo seu bloqueio rápido (formação de carboxiemoglobina) o entercâmbio de oxigênio com os glóbulos vermelhos pode conduzir a morte. A extinção de um incêndio pode ser dominado tomando as medidas cabíveis para apagá-lo, depois de uma combustão total ou lentamente por alto extinção. O incêndio se altosufoca quando a combustão dos gases da pirólise produzem menos energia que a necessária para manter a pirólise em ação.

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Fatores que influenciam no comportamento da combustão dos produtos têxteis A dificuldade em prognosticar o comportamento em caso de incêndio se deve sobre tudo a que o comportamento da combustão das superfícies têxteis depende de uma série de fatores que são:

- A estrutura química e física das fibras; - A construção do tecido; - A presença de diferentes substâncias; - A disposição tridimensional da amostra; - A periferia do incêndio; O valor LOI (Índice Limite de Oxigênio); Quanto maior o valor do LOI, mais

favorável será o comportamento de combustão. O valor do LOI da concentração mínima requerida de oxigênio e uma mescla oxigênio/nitrogênio para que o material possa seguir queimando. Inflamabilidade das fibras. AÇÃO DO CALOR:

O aquecimento da lã a 100 ºC reduz a sua capacidade de absorver umidade, a sua resistência à ruptura aumenta sua solubilidade na água e em álcalis fraco diminui. Todos estes aspectos são acelerados quando na presença de água, além do calor. A temperatura de 150 ºC, num autoclave as fibras se contraem se houver alguma umidade presente.

À temperatura de 160 ºC, a lã torna-se amarela, mas, se estiver acidificada, este processo é mais lento, o que é de interesse durante a carbonização.

Se a lã estiver impregnada com álcalis a pH acima de 10, o processo é acelerado tornando-se rapidamente amarela e perdendo grande quantidade de cistina. Como atuam os agentes ignífugos? Existem diversas teorias sobre a forma que atuam os materiais têxteis acabados antiinflamações. Reação endotérmica: O consumo adicional de energia que resulta na decomposição endotérmica do agente ignífugo faz com que a combustão tenha menos energia disponível e, por conseqüência a dificulta. Formação de gases dificilmente combustíveis ou inflamáveis: A formação de gases que não queimam ou de baixa inflamabilidade, por exemplo: nitrogênio, amoníaco, dióxido de carbono, evita a combustão causar uma diminuição do conteúdo de oxigênio na fibra. Teoria da fusão: A teoria da fusão está baseada na transformação do agente ignífugo a uma fase de fusão com aquecimento e consumo de energia. Isso faz mais liberação de gases combustíveis e a entrada de ar na superfície da fibra.

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Captura de radicales: A teoria da captura de radicales diz que a alimentação de energia devido ao produto antiinflamável produz um gás que liga os radicais reativos da combustão. Desta maneira há menos energia livre. Teoria da desidratação: A teoria da desidratação válida para a celulose descreve uma condição da pirólise por meio de produtos desidratantes que dão lugar a uma propagação maior de substâncias de decomposição incombustíveis como a água e um esqueleto de carbono. Efeito ótimo com sinergias: Sinergias conhecidas, ou dizer aumento do efeito, que resultam das combinações dos produtos e que melhoram o efeito em comparação com a soma dos efeitos individuais são: sinergias fósforo-nitrogênio, fósforo-halogênio e antimonio-halogênio. Modo de influenciar o comportamento da combustão: fibras celulósicas Para descrever a influência do comportamento da combustão das fibras celulósicas se parte de um conceito ideal: a desidratação total. Ao dizer, uma desidratação completa da celulose com carbono como resíduo único. Isso conduz a uma limitação da posição de levoglucosano, no que dar lugar a sua vez a uma menor geração de compostos combustíveis. A desidratação é catalisada por meio de ácidos de Lewis como trióxido de antimônio, óxido de alumínio, cloreto de zinco etc. Entretanto, esta teoria tem sido aplicada com êxito na prática através de muitos agentes ignífugos. Exemplo disso são os compostos de fósforos, os caules catalisam a desidratação a se formar ácido fosfórico em uma etapa intermediária, evitando ao mesmo tempo a combustão lenta da chama. O ácido fosfórico conduz a oxidação até dióxido de carbono. Os compostos orgânicos do fósforo, que se encontram reticulados com a resina que contém nitrogênio atuam conforme uma sinergia P-N. Isto significa um maior resíduo carbonizado, um maior conteúdo de água dos produtos da pirólise e um melhoramento da desidratação em comparação com a obtida com os compostos de fósforos isolados. Em altas temperaturas resultam por exemplo amidas fosfóricas que reagem facilmente com os grupos hidróxidos da celulose e que freiam a formação levoglucosano. Compostos inorgânicos como sais amoníacos, parafinas cloradas e os carbonos atuam principalmente asfixiando com os gases incombustíveis que resultam de sua decomposição, amoníaco e dióxido de carbono, assim como desidratando adicionalmente até desprender-se o ácido clorídrico das parafinas cloradas. Este efeito de fusão pode ser conseguido põe exemplo como um acabado bórax/ácido bórico, dos quais decompõe-se gerando uma capa envolvente de vidro de espuma que evita a entrada de ar. Os pigmentos e os produtos químicos incombustíveis como o trióxido de antimônio, sulfato alcalinotérreos e etc. Atuam produzindo uma cinza dificilmente fusível e auxiliam a desidratação. Agentes que fazem as fibras celulósicas dificilmente inflamar Para o acabamento da celulose que não é resistente a lavagem e a água, se tem uma série de sais inorgânicos e de mesclas delas, por exemplo carbonato, sulfato e sal de

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amoníaco, fosfato de amoníaco, e etc. Estes produtos a base de sais permitem obter bons efeitos ignífugos, por ter as vantagens: Cristalização devido a umidade relativas variadas; Necessita-se aplicar quantidades relativamente grandes; Diminuição da qualidade do tato. No caso de produtos sólidos as fibras celulósicas inflamáveis dificilmente, se encontram em grande número de grupos químicos fundamentais: Compostos orgânicos clorados em dispersão, como por exemplo clorato de poliviníaco e clorato de polivinilideno e parafina clorada, cada vez em combinação com trióxido de antimônio. Compostos orgânicos de fósforos. Estes compostos se usam muito como agentes ignífugos da celulose. Estas substâncias são empregadas parcialmente em combinação com compostos reativos que contém nitrogênio. Também há produtos derivados de fósforos que contém halogênios e que atuam segundo sinergias P-Hal. Os preparadores livres de halogênios que contém nitrogênio contém uma sinergia P-N. Modo de influenciar o comportamento de combustão: fibras sintéticas No caso das fibras não é possível aplicar como mecanismo antiinflamável uma desidratação devido a sua construção química. De acordo com a experiência, a composição dos produtos de pirólises das fibras sintéticas não pode ser influenciado por um agente ignífugo. Tão pouco atua a sinergia p-N, eficaz com as fibras. Por mudança, a sinergia halogêni-antimônio e fósforo-antimônio são conhecidas em relação com as fibras sintéticas. Trióxido de antimônio isolado não pode produzir nenhum efeito contra a inflamação, porém permite melhorar o efeito dos compostos com halogênio, no qual conduz uma diminuição possível de 50% da quantidade aplicada. Isto se deve a formação de clorato de antimônio, no qual captura os radicais fáceis de oxidar-se que resultam na combustão. A forma de atuar de sinergia fósforo-halogênio é até análoga, porém tão efetiva. Quando se utilizam os compostos mais usados que contém fósforo orgânico halogênio, se pode constatar que eles atuam da maneira seguinte: Ação da fase gasosa; Reação dos halogênios com os radicais facilmente oxidáveis e por consequente inflamáveis OH e C; Remoção da água dos produtos da pirólise formando ácidos halogênios. Independentemente ele intervém também nos mecanismos de desprendimento de gases dificilmente combustíveis de sais inorgânicos, da diminuição da concentração de oxigênio do aumento da energia necessária devido as reações de decomposição fortemente endotérmicas e etc. A reação durante a combustão das mesclas de PES/Cel com um material têxtil acabado ignífugo e especialmente de muitas outras mesclas desconhecidas. Os mecanismos que atuam são muito difícil de explicar devido a complexibilidade das interações entre as fibras.

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Agentes que fazem as fibras sintéticas dificilmente inflamar Poliéster: ao lado de sais orgânicos e inorgânicos usados em materiais de poliéster que não são permanente empregados nos seguintes compostos para obter um efeito duradouro: compostos que contém fósforos e halogênio, substância com halogênios e produtos com derivados orgânicos de fósforo capazes de polimerizar-se. Poliamida: para esta matéria se utiliza freqüentemente sais inorgânicos solúveis em água sobre todo sal amoníaco ou substâncias orgânicas como a uréia ou a tiuréia, para efetuar uma material ignífugo que não é permanente. Com o objetivo de obter efeitos duradouros se empregam, como é no caso do poliéster, os compostos orgânicos e halogênios. Fibras poliacrilonitrílicas: no acabado de PAN não se pode verdadeiramente chegar a um efeito antiinflamável permanente. Como produtos inorgânicos se utilizam entre outros, o brometo ou fosfato de amônia. Poliéster/Celulose: para acabado ignífugo dos artigos de mescla de poliéster/celulose se aplicam freqüentemente sais de fósfonio em combinação com materiais que contenham bromo, sempre que não se necessita de um tratamento permanente. Quando se exige um acabamento duradouro se trabalha com THPC que se usa para artigos até com 50% de poliéster, ou com N-metilol-diaquilo-fosfono-carboxiamidfas utilizados para materiais com até 15% de poliéster. Procedimento de acabamentos Para efetuar o acabamento ignífugo em meio aquoso se tem basicamente métodos contínuos e descontínuos.

Procedimento em acabamentos em água: - Procedimento com foulard; - Procedimento de raciado; - Procedimento de aplicação de espuma; - Procedimento de umectação unilateral; Recobrimento do avesso por meio de uma impregnação unilateral do agente

ignífugo especificado. O emprego de uma agente inflamável requer uma certa substântividade. Sem embargo, a maior parte desses produtos ignífugos usados não são substantivos, portanto se faz imposto obrigatoriamente o método com foulard. Este procedimento garante aplicação uniforme de uma grande quantidade de banho de tratamento e uma boa penetração do material que está sendo acabado. Para artigos com alta sensibilidade de formação não permite um tratamento em foulard, se utilizam freqüentemente como alternativa outros procedimentos citados anteriormente. Um exemplo disso são as partículas com pelo, como os veludos e materiais similares. Os quais recebem como revestimento um banho específico contendo um agente antiinflamável. No procedimento do rociado, se utiliza muito pequeno para artigos de não-tecido.

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Fatores importantes Para determinar, toda via alguns fatores que são importantes para realização de um acabado ignífugo. Entre isso se encontram um pré tratamento ótimo, dissolução correta dos produtos ajuste do PH, aplicação uniforme do produto, respeito das condições corretas de secagem e fixação. No caso de acabados mistos: Interação dos componentes que influa nos efeitos, por exemplo: tratamento anti-inflamável/fácil cuidado. Acabamento ignífugo no setor têxtil Entre os acabamentos têxteis mais importantes é imperioso citarmos o acabamento antichamas.

Diferente dos outros tratamentos de enobrecimento, destinados especialmente a criar um artigo mais agradável ou ainda mais ao gosto dos requisitos da moda, o acabamento antichama encontra-se entre os tratamentos definidos como “técnicos”, isto é, ao nível de produzir um tecido idôneo para ser utilizado em setores específicos, em adornos especializados, móveis, estofamentos automotivos etc.

Não se trata, portanto, de uma questão de moda, mas de satisfazer um requisito técnico, definido em normas específicas, que requer um tecido antichama, que pode ser utilizado no mercado para uma determinada finalidade ou emprego. O fato de não superar essas especificações técnicas elimina automaticamente a possibilidade de uso do citado tecido.

Nos dias de hoje, o mercado europeu que requer maiormente tecidos antichamas é sem dúvidas o inglês. Isso, graças a uma severa legislação que provavelmente se desenvolveu em virtude de numerosos incêndios, sobretudo em locais públicos, que causaram a morte de centenas de pessoas. A legislação inglesa, de fato, prevê que praticamente todos os tecidos destinados ao uso público devem ser testados do ponto de vista antichamas. A tendência agora é a de estender ao mesmo tratamento para todos os tecidos destinados ao uso privado.

Além do Reino Unido, também a Alemanha, a França, a Holanda e a Bélgica estão discretamente ativas nessa direção. Existe ainda o mercado dos Estados Unidos, com enorme potencial e sobretudo muito atento ao problema de incêndio em lugares públicos. De fato, á em 1954 foram introduzidas as primeiras disposições legislativas a respeito de tecidos antichamas (Flammable Fabrics Act).

A Itália, neste momento, permanece em observação, pelo menos quanto à legislação antichamas. Não obstante a indústria têxtil italiana foi uma das primeiras no tocante a tratamentos ignífugos, graças ao elevado volume de tecidos que vem exportando aos países do norte europeu anteriormente citados.

Dado que cada nação tem no momento sua legislação antichamas, o acabador italiano deve estar atualizado sobre todas as normativas para poder produzir um tecido que possa ser vendido com segurança, por exemplo, no mercado inglês para a produção de tendas ou cortinas, ou no mercado alemão.

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No fundo, as diferenças são mínimas, mas são usados métodos e sistemas de medição diferentes. A indústria química produtora de produtos antichamas deve, portanto, estar preparada para fornecer, além de produtos mais idôneos do ponto de vista têxtil, também o suporte tecnológico e a assistência técnica para poder garantir ao cliente têxtil a aprovação do produto, tanto pelas normas francesas quanto pelas inglesas. Para fazer isso, é necessário um contínuo contato com técnicos do setor nas várias nações, para poder estar atualizado sobre as avaliações normativas. Tudo isso, na expectativa de uma unificação dos testes antichamas, pelo menos em nível europeu.

Exigências do mercado O incremento de tratamentos antichamas sobre uma grandíssima parte dos tecidos causou o surgimento do problema do aspecto do tecido propriamente dito. Não devemos nos esquecer, por exemplo, que, enquanto para um carpete, ter um toque mais áspero pode ser de importância secundaria, o mesmo não pode-se dizer para um macacão de trabalho ou para uma cortina. Se acrescentarmos que os acabadores italianos são conhecidos no mundo todo também pelas cores dos seus tecidos e pelas estampas particularmente brilhantes, não podemos negligenciar o impacto que os produtos antichama causam sobre essas cores e sobre o já citado “toque”.

A problemática da influência dos produtos químicos antichamas sobre as características próprias dos tecidos é um dos campos onde é maior a concorrência entre as companhias químicas. Para o futuro Know-how das empresas torna-se necessário produzir não mais um tecido ignífugo, mas um artigo têxtil com características antichama.

Produtos químicos e fibras antichamas Atualmente existem dois modos para se produzir um tecido antichamas:

1) usar fibras já intrinsecamente antichamas;

2) usar fibras não ignífugas e aplicar sucessivamente um tratamento químico antichamas.

Inflamabilidade: é o início da combustão de um material têxtil. Requer uma fonte externa de calor, a uma determinada temperatura.

Ignífugo: é o termo genérico dado a um material têxtil ou a um acabamento apto a restringir o fogo. Os ingleses definem “flame resistant” um material que freia a combustão, enquanto utilizam o termo “fireproof” para aquele material que, apenas retirado do ação da chama, se apaga imediatamente.

After glow: é um termo que indica a combinação da combustão com o mecanismo da incandescência. Pode-se traduzir como pós-incandescência e é particularmente importante quando se fala de fibras sintéticas.

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Triângulo da Combustão

oxigênio

Principais produtos encontrados no mercado Boratos e ácido bórico: são utilizados quase que somente sobre as fibras celulósicas. A sua ação antichama é devido à capacidade de formar uma película “vidrada” que envolve a fibra e impede seu contato com o oxigênio. Trata-se essencialmente do hidrato de boro (Na2B4O710H2O), e de suas várias misturas.

Sulfatos: alguns inorgânicos sofisticados e entre estes, como exemplo, se encontram o gesso e o alume (alumínio), conhecidos como antichama há longo tempo. O que vem sendo usado na atualidade em quantidades maiores é o sulfato dee amônio (NH4)2SO4.

Esse produto é ativo porque, decompondo-se, libera o amoníaco que, sendo incombustível, dilui os produtos voláteis combustíveis que possam estar presentes; de outro lado, a decomposição serve para diminuir a concentração de oxigênio que se encontra próxima à fibra.

NOVAS ALTERNATIVAS DE PRODUTOS TÊXTEIS IGNÍFUGOS Fibras à prova de fogo Inicialmente só havia a possibilidade de tornar produtos têxteis ignífugos, submetendo-os a processos de acabamento suplementares. Existem, no entanto, campos de aplicação específicos, onde se deparam com problemas que só podem ser solucionados mediante a utilização de artigos com características inibidoras de chamas permanentes como por exemplo, os artigos de fibras químicas modificados. Em têxteis submetidos a processo de acabamento, não pode saber até que ponto estes efetivamente mantêm a sua capacidade ignífuga, mesmo que a permanência do acabamento seja garantida por um certo número de lavagens. Resultados reproduzíveis relativo ao acabamento exigem um rigoroso controle de cargas, podendo muitas vezes surgir problemas no resultado final. Todas essas dificuldades podem ser evitadas pela utilização de fibras químicas permanentemente modificadas.

combustível calor

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São oferecidas diversos tipos no mercado, entre eles também estão incluídos a lá e o algodão, submetidos a processos de acabamento. Nos processo de acabamento e nas fibras que necessitam de uma grande quantidade de agentes de modificação, há uma clara influência nos dados técnicos, principalmente no que diz respeito à solidez, à resistência, à fricção ou ao comportamento de encolhimento. Algumas fibras só podem ser transformadas mediante aplicação de um Knowhow especial e não mediante qualquer processo. Claras desvantagens existem em muitos tipos no que diz respeito à capacidade de tingimento, respectivamente quando estes são submetidos a tratamento com produtos de acabamento, referentes ao desbotamento das cores. O grau da capacidade ignifuga foi medido de acordo com a quantidade de testes efetuados. Os têxteis de lã com acabamento FR ou as fibras modacrilico demonstraram um comportamento excelente em testes com focos maiores que as exigências das normas alemãs de construção DIN 4102, B1, ou da norma standard derretimento do poliéster FR e do modacrilico foi considerado uma desvantagem como, por exemplo, no teste ao fogo para assentos na Inglaterra, segundo a norma BS 5852. Isto poderá no entanto ser compensado por uma montagem mais adequada dos assentos. Testes A formação de fumaça e a toxicidade dos gases de combustão são fatores para os quais as atenções se têm voltado nos últimos tempos. Neste campo, a indústria e a aeronáutica mundialmente considerada como as mais relevante. A Airbus Industries foi a primeira companhia a decretar valores limites para diversos componentes em ATS 1000.001, com o intuito de reduzir a toxicidade dos gases de combustão. Estes valores teoricamente não refletem no entanto os graus reais da toxicidade. Podem ser melhor apurados em testes “in vivo” com ratos. A lã e o algodão ainda têm um comportamento favorável a baixas temperaturas, mas em níveis mais altos, obtém-se de imediato uma taxa de mortalidade inaceitável. A título indicativo, vale a pena ressaltar as normas ISSO comumente indicados para testes de inflamabilidade. NORMAS “ISO” PARA TESTES DE INFLAMABILIDADE Norma Edição Definição Uso Final ISSO 3795 1976 Taxa da propagação das chamas,

horizontal Indústria automobilística (MVSS)

ISSO 4880 1984 Definição de termos Geral ISSO 6925 1981 Methenamine tablets Tapetes ISSO 6940 1983 Inflamabilidade, vertical Cortinas ISSO 6941 1983 Taxa de propagação das chamas,

vertical Cortinas

ISSO 8191 PARTE 1

1987 Cigarro Estofados

ISSO 8191 PARTE 2

1986 Chama de butano Estofados

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PROPRIEDADES DO POLIÉSTER IGNÍFUGO

PROPRIEDADES Unid. Poliéster Ignífugo

Fibras de Poliéster não modificada

Ponto de fusão º C 252 256 Temperatura de transição vítrea º C 78 80

Peso Específico G/CM3 1,38 1,38 Tenacidade máxima CN/TEX 39-45 45-60

Alongamento à ruptura % 25-41 25-55 Abrasão das fibras CICLOS 2000-2800 2800-3500

Absorção de umidade % 0,4 0,4 Encolhimento à ebulição % < 1 < 1

Encolhimento ao ar quente % 5-11 7,5-12 Poliéster ignífugos

As fibras de poliéster apresentam uma série de características positivas, o que facilita o seu emprego em vários campos. A modificação para o acabamento ignífugo permanente é efetuado com a adição de composições fósforo-orgânicos diretamente integrados na molécula da fibra, durante o processo de polimerização. O efeito material termoplástico, o poliéster, inicialmente quando exposto a pequenas chamas, derrete, impossibilitando a criação de um foco de fogo. Quando exposto a chamas maiores, o composto organofósforo impede a combustão das gotas derretidas, influenciando a composição do gás de pirólise. Deste mecanismo duplo resulta uma ótima proteção contra as chamas. A diferença de características técnicas entre o poliéster normal e o poliéster ignífugo é acentuada. Uma solução eficiente na proteção contra o fogo ( KEVLAR e NOMEX ) No Brasil, ainda predomina o uso do algodão com retardante de chamas e do Amianto nos uniformes de proteção, Aos poucos, estes produtos começam a ser substituídos pela aramida, fibra sintética da família das poliamidas arométicas. Uma das mais utilizadas no Brasil é a NOMEX, desenvolvida pela Du Pont, que produz cerda de 16 mil toneladas/ano deste produto para a confecção de roupas de proteção contra o fogo. Os tecidos confeccionados com NOMEX apresentem uma série de outras vantagens: - Alta resistência a produtos químicos perigosos como ácido de demais materiais tóxicos e corrosivos; - Grande estabilidade estrutural (a fibra não pode ser fundida e se contrai de forma máxima sendo um mau condutor de calor). A Du Pont realizou testes comparativos para avaliar o desempenho do algodão tratado e a fibra NOMEX, quando em contato com ácido sulfúrico concentrado. A roupa de

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algodão resistiu cerca de 15 segundos e ficou completamente destruída. A roupa de NOMEX não registrou qualquer dano. A Du Pont sintetizou esta fibra no final da década de 60, Nos E.U.A, e passou a comercializá-la sob várias forma: - Filamentos, Fibra cortada; - Fio fiado; - Tecido, Feltro e papel Ela pode servir para a confecção de diversos produtos: - Filtro para sistemas industriais que utilizam gases a alta temperatura; - Isolamento para motores elétricos expostos a temperatura superiores a 180 ºC; - Tecidos para roupa de proteção. A partir desta fibra, A Du Pont acabou desenvolvendo uma outra, a KEVLAR, que possui vantagens e desvantagens em relação ao NOMEX. As vantagens são: - Maior rigidez; - Alta resistência e estabilidade em razão de suas qualidades estruturais. A principal desvantagem consiste em não oferecer a textura e a leveza do NOMEX, sendo um pouco mais grosso e menos flexível. A resistência do KEVLAR Seu domínio de aplicação vai da Fórmula 1 até a luta contra a AIDS O KEVLAR é uma das mais importantes fibras orgânicas já desenvolvida pelo homem. Em razão se sua combinação única de propriedades estruturais, ele é utilizado, desde o início dos anos 70, em uma ampla variedade de aplicações industriais. As fibras de KEVLAR consistem de cadeias moleculares produzidas a partir do poli-parafenileno-tereptalamida, possuindo uma altíssima resistência ao calor, grande rigidez ( que o torna resistente a perfurações em geral ), estabilidade estrutural e baixa condutividade térmica, entre outra propriedades. Seu domínio de utilização é vastíssimo: - Fabricação de bicicletas; - Carros de Fórmula 1; - Uniformes de pilotos de corridas automobilísticas e de aviões militares; - Desenvolvimento de sistemas contra explosões; - Na luta contra a AIDS, entre outra utilidades. Em julho de 1996, um grupo de pesquisadores britânicos desenvolveu um sistema de proteção contra explosões de bombas em compartimento de bagagens de aviões. O sistema foi desenvolvido pela Agência de Pesquisa Aérea, que é ligada ao governo do Reino Unido. A proteção consiste em uma couraça de KEVLAR, moldada nos compartimentos destinados a carga de aeronaves. Em caso de explosão de uma bomba escondida entre as bagagens, o mais comum entre atentados, a parede de KEVLAR absorve o impacto evita a propagação de chamas e destruição da cabina. Com isso, o risco de um avião cair ou explodir por interior fica reduzido , segundo os pesquisadores britânicos, em até 80 %. A principal motivação da pesquisa foi um atentado contra um j Jumbo da PanAm sobre Lockerbie, na Escócia, em 1988.

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Na Fórmula 1, o KEVLAR vem sendo utilizado na composição de chassis, entre outra aplicações. Pelo menos desde 1976. Quando a MacLaren começou a empregá-los na confecção de seus carros. O chassi do carro mais competitivo dos últimos anos, a Williams FW 18, é feiro de composite ( uma mistura de fibra de carbono com KEVLAR ). Com este material mais leve e resistente, o FW 18 acumula uma série de vantagens sobre seus competidores na área aerodinâmica. O KEVLAR também vem desempenhando um papel importante na luta contra a AIDS. O médico americano Mahlon Johnson, autor do livro Possível Milagre ( Companhia das Letras ) ficou famoso ao ser contaminado pelo vírus HIV nu acidente ocorrido enquanto autopsiava o cadáver de um paciente terminal de AIDS, em 1992. Ele estava usando luvas de látex e o bisturi acabou por perfurá-las cortando-lhe a pele. Antes de iniciar a autópsia que o contaminou, ele reclamou sobre a falta de luvas de KEVLAR. Naquela época, o Centro de Controle de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos recomendava o uso de luvas de dois pares de látex. Hoje se saber que a melhor forma de proteção são as luvas de KEVLAR, uma inovação que poucas pessoas usavam em 1992. Atualmente as luvas de Kevlar fazem parte da lista de melhores condições de trabalho nos hospitais norte-americanos. No Brasil a Teadit é a única fabricante nacional de fios e tecidos de fibra aramida ( KEVLAR ) utilizados na confecção de EPIs – luvas de cinco dedos e luvas de mãos de gato, luvas tricotadas e grafatex ( sem costura ), aventais, perneiras, calçados, mangas e capuzes – e EPCs, como cortinas e cabanas de respingos de solda. A empresa fabrica também os tecidos convencionais, á base de amianto, embora estes estejam sendo substituídos pelos tecidos de aramida, que não representam riscos a saúde e ainda apresentem uma relação custo/benefício muito mais compensadora. Em média, pode-se dizer que um tecido de aramida dura cerca de 2,5 vezes mais que um tecido de amianto. O que torna seu custo 30 % menor que um tecido de amianto.

Os tecidos de fibra de aramida apresentam excelentes propriedades mecânicas, como alta resistência à abrasão e ao corte, além de resistirem a temperaturas de até 290 ºC para trabalho contínuo. A resistência a alta temperatura aumenta consideravelmente a medida que se usam mis camadas de tecido ou reforços internos nos EPIs, chegando a um temperatura máxima de 800ºC por tempo limitado. Os tipos fabricados pela Teadit são os seguintes: - KV 580 RT: devido à sua extrema maciez, possibilita um ótima sensação de conforto ao usuário, sendo especialmente indicado para a fabricação de luvas. Pode ser utilizado em qualquer tipo de EPI; - KV 370: Ideal para aplicações que reuniram excelente flexibilidade, como luvas. Construção tipo raso turco - KV 580 S: Desenvolvido para receber aluminização, fornecendo assim reflexão térmica. Pode ser utilizado para construção de EPIs em geral. Construção tipo sarja - KV 443: Confeccionada a partir de uma mistura de fibra aramida com outras fibras sintéticas. É aplicado para revestimento por tempo limitado. Construção tipo tela. - KV 443 ACE: Recebe um tratamento especial anti-chamas, que faz com que o tecido apresente índice de flamabilidade zero. Homologado junto aos laboratório da Du Pont, é recomendado para aplicações de oxicorte, contra respingos de solda e metais fundidos em geral.

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Classificação das roupas por riscos O tipo mais adequado de roupas protetoras contra o calor é determinado, em grane parte, pelo trabalho que deve ser realizado e pelas características das fontes de calor. Por isso, é conveniente classificar os ambientes de acordo com o método pelo qual se manifesta a energia calorífica: - Radiação de alta temperatura procedente de uma fonte localizada ( unidirecional ) ou dispersa ( calor úmido ); - Temperatura altas do ar com umidade baixa ( calor seco ) ou com umidade alta ( calor úmido ) - Uma combinação de calor ( a ) e ( b ), da qual é um exemplo extremo a zona afetada por chama; - Condução proveniente de objetos sólidos quentes; - Condensação ( uma situação rara que surge do contato com o ar saturado a temperatura mais altas que a temperatura do corpo ); Muito dos materiais utilizados nos trajes diários podem ser utilizados para proteger-se do calor. Sendo a principal restrição a sua inflamabilidade. Até hoje ,a lã, o algodão tratado aprova de chamas e o amianto são predominantes, embora os materiais sintéticos venham ocupando cada vez mais espaço. Materiais para roupas de proteção - Couro: É utilizado normalmente para roupas que protegem uma área específica do corpo, tais como coletes de soldador ou para roupas utilizadas em trabalho e manipulação manual. O couro pode ser tratado com alguma substância anti-fogo ou a prova de graxa. - Amianto/Asbestos: Utilizado para confecção de trajes resistentes ao fogo e a altas temperaturas. Este material vem sendo gradativamente substituído no mercado por fibras sintéticas. No entanto, ainda é bastante consumido, principalmente em virtude de seu preço menor. Fibras utilizadas em roupas contra o calor - Lã: Inflamabilidade de média a baixa. Pode ser a prova de fogo. Pode ser elaborado em feltros de alta densidade com o que pode resistir a temperaturas mais altas que o algodão. - Algodão: Arde a menos que seja a prova de chamas; chamuscagem aproximadamente a 230 º C. - Amianto: Os trajes de amianto são pesados. São utilizados para altas temperaturas, já que não começa a degradar até 500 º C. As temperaturas superiores a esta, podem se toleradas por um tempo limitado. - Vidro: Usado para altas temperaturas, degradando-se por volta de 450 º C. - Nylon ( poliamida ): Começa a amolecer por volta de 235 º C e se funde a uns 260 ºC - Poliamida: Resistente a chamas e retardadores de calor. É um membro da família do nylon. Não se funde, mas de degrada a 371 ºC. Depois de 1000 horas em ar seco a 260 ºC, a carga de ruptura à temperatura ambiente é, aproximadamente 65 % do valor antes da exposição. - Poliacrilonitrilo: Possui um ponto de fusão ligeiramente mais alto que o Nylon, por volta de 280 º C.

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- Poliéster: Semelhante a lã quanto a inflamibilidade, funde-se a 260 graus e se abranda a uns 235 º C. - Poliuretanos: Podem ser usados até 100 – 120 º C e resistem a picos de 200 º C por períodos muito curtos. COURO RESISTENTE Material com tratamento especial pode substituir EPIs de Amianto e de Raspa Durante 3 anos, a Protenge Equipamentos de proteção individual investiu em pesquisas para desenvolver Couro Master, uma raspa que recebe um tratamento especial que pode substituir o amianto na fabricação de vestimentas para proteção individual. O produto foi lançado na Segunda feira brasileira de segurança. Conforme informação do diretor da empresa Roberto Filho, o tratamento utilizado permite que a raspa fique mais macia e ofereça um conforto maior para os usuários. O Couro Master também tem resistência ao calor refratário, ao calor por contato de até 300ºC e abrasão. Não é tóxico e resiste a cortes 3 a 5 vezes mais que os simulados confeccionados com fibras de amianto. O material é impermeável ao óleo e a outros produtos de mesma densidade e pode ser aluminizado. São cerca de trinta tipos de EPIs que compõem a linha que utiliza este material (perneiras, luvas, aventais, capuz, entre outros). O preço é equivalente aos produtos feitos com amianto e a relação custo/benefício é bem maior, sendo que a vida útil é superior ao amianto e a raspa comum, afirma Roberto Filho. APLICAÇÕES DOS MATERIAIS IGNÍFUGOS Aplicações Na produção de artigos têxteis para decoração, a capacidade ignífuga, design e economia não são os únicos fatores relevantes. No caso de tecidos para cortinas, por exemplo, é preciso apresentar resistência ao desbotamento, alta capacidade de proteção contra raios UV, estabilidade dimensional e às características de tratamento. Além de utilizar no revestimento, os tecidos de fibras de poliéster ignífugas são cada vez mais aproveitados em hotéis, hospitais, escritórios, aviões, etc., também como tecidos para móveis, divisórias e revestimento de paredes. Aqui contam sobretudo sua capacidade de resistência de à abrasão (atrito) a 85.000 rotações no teste Martindal, bem como a sua resistência ao desbotamento. Para um eficaz isolamento do som e do calor, os revestimentos para paredes podem ser estofados no avesso com não-tecido agulhado de fibra de poliéster ignífuga. Já em cadeiras de escritórios, os tecidos de fibra anti-chama demonstram excelentes resistência à abrasão. Recentemente surgiu também grande interesse na utilização de fibras ignífugas para revestir roupas e equipamentos de cama. Incêndios em leitos e camas acontecem sobretudo em asilos, clínicas psiquiátricas, centro de tratamento intensivo e até mesmo em hotéis. São geralmente provocados por atos propositais, negligência ou falta de capacidade de reação.

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Isto fez com que na Inglaterra, países escandinavos e na França fossem prescritos esquipamentos não inflamáveis para camas, a fim de reduzir os riscos para pessoas e materiais. É importante ressaltar que tanto o colchão e a roupa de cama, como também os travesseiros e cobertores sejam ignífugos, podendo passar, nesta combinação, num teste de fogo. Neste sentido, foram efetuados uma série de ensaios de fogo em camas, para que se pudesse encontrar as combinações de materiais adequados. Desta forma, já estão disponíveis no mercado equipamentos de cama ignífugos, que não pegam fogo por causa de um cigarro ou de fósforo. Trata-se de uma combinação de colchão em espuma ignífuga, forro de colchão e roupa de cama composto com poliéster 100% ignífugo. USUÁRIOS DO NOMEX USUÁRIOS Nomex

III Nomex Delta A

Nomex Delta T

Nomex Delta C

Nomex Delta FF

Viscose ignífufa

Bombeiros _ _ _ _ _ _

Indústria Petroquímica _ _ _ _ _ _

Pilotos de corrida _ _ _

Serviços públicos

_ _ _ _ _ _

Militares _ _ _ _ _

NOMEX III – composto de 95% de fibra nomex e 5% de fibras kevlar.O kevlar forma uma retícula semelhante ao aço que ajuda a manter os tecidos intactos durante a exposição ao intenso calor e chamas. A mistura de fibras nomex III pode ser tingida por casas especializadas em tingimento comercial, e por tecelagens. Após mais de 25 anos, o nomex III ainda é a única mistura de fibras de seu tipo, comercialmente disponível no mercado. Devido as suas resistências em todas as direções, a mistura de nomex III é usada para uma infinidade de trajes, onde a proteção térmica é uma necessidade. NOMEX DELTA A – uma mistura entranhada de fibras nomex (93%), fibras kevlar (5%) e de P140 (2%), uma fibra de revestimento de poliamido com núcleo de carbono, de propriedades anti-estáticas. Fabricada para oferecer uma solução no desempenho de proteção térmica ou no manuseio do tecido. NOMEX DELTA T – uma mistura estranha de fibras coloridas pelo fabricante nomex (75%) e kevlar (23%) e de P140 (2%). A mistura de fibras nomex delta T foi especificamente projetada em resposta à necessidade dos bombeiros de trajes de alto desempenho com pesos menores ou equivalente \s, que é uma necessidade facilmente transportada a outros usos finais.

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NOMEX DELTA C – mistura das fibras nomex “fibra – fina“ (93%), kevlar (5%) e do componente anti-estático P140 (2%). A mistura de fibras nomez delta C foi desenvolvida para atender à necessidade de trajes muitos confortáveis, com o mesmo tipo de desempenho de proteção térmica da mistura de fibras nomex III. Os reduzidos diâmetros da fibra da marca nomex reduz ainda mais a rigdez do tecido e aspereza de sua superfície. Além disso, absorção de umidade é melhorada, assim como é aumentada a dissipação global do calor metabólico gerado pela atividade físico humana. NOMEX DELTA FF – desenvolvida para uma série de aplicações em que o conforto é mais importante que a coloração. Exemplos incluem artigos retardante anti-chamas, forros à prova de fogo e máscara faciais. VISCOSE IGNÍFUGA – NOMEX – para aplicações que a maciez do tecido e a não-inflamabilidade são importantes, mas cujo os trajes não foram projetados para serem, usados como “barreiras de proteção”, foi desenvolvido misturas de viscose ignífuga nomex. Para macacões e calças, o fabricante recomenda uma mistura de 50/50, um peso de tecido de 250 g/m2 e uma padronagem sarja 2 X 1. Para camisas, é recomendado uma mistura de 65/35 e um tecido de tecedura simples de 150 g/m2. 4) MATERIAIS - Ripa de madeira para ser fixada em

dois suportes universais - 2 suportes universais - Prego - Papel alumínio - Escalímetro - Caneta - Fósforo - Sulfato de amônio - Água destilada - Bequers - Espátula

- Estufa dissecador - Cronometro - Bico de bunsen - Assadeira - Tesoura - Gás butano - 5 amostras de tecido 100% Algodão - 5 amostras de tecido 100% Algodão

tratado - 5 amostras de tecido 100% Poliéster - 5 amostras de tecido 100% Lã - 5 amostras de tecido 100% Viscose - 5 amostras de tecido 100% Acrílico

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5) PROCEDIMENTO PRÁTICA 01 1) Título Flamabilidade de tecidos - Teste vertical 2) Objetivo Avaliar o comportamento de um tecido quanto a facilidade de propagação de combustão, quando exposto a uma chama sob condições standards. 3) Aparelhagem Queimador a gás e suporte para posicionamento do corpo de prova 4) Corpo de Prova - Amostra Cortar 3 c.p. de 152 mm x 381 mm, com a maior dimensão no sentido do comprimento. 5) Procedimento a) Pesagem dos corpos de prova

Efetuar a pesagem dos corpos de prova, com uma aproximação de 0,01g, achando o

valor do peso inicial (Pi);

b) Teste de combustão Executar o ensaio de queima, nas seguintes condições: ⇒ Gás ⇒ Altura da chama: 3,8 cm ⇒ Tempo de exposição da chama: 3 seg.

O c.p. tensionado pela ação de 2 prendedores presos à extremidade do lado inferior, é posicionado na vertical sobre o queimador, de modo que sua borda inferior fique a meia altura da chama. Cronometrar o tempo desde o contato da chama com o c.p. até a combustão do mesmo se auto-extinguir, com aproximação de 0,1 seg. Valor: Tempo de queima (T); c) Segunda pesagem dos c.p.

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Efetuou-se a pesagem do material restante de cada c.p., no espaço de tempo de 1

minuto do termino da queima. Valor: Peso final (Pf). Cuidados Não aproximar o fogo do conduto de gás. Evitar que restos de queima caiam sobre locais em que podem manchar O extintor deve ficar próximo ao teste. Alertar aos demais dos riscos do fogo, evitando aglomeração próximo ao teste. Tecidos acrílicos e 100% algodão levantam chamas altas 6) Resultados Os corpos de prova não foram acondicionados para o ensaio, isso pode ter influênciado nos resultados. Fórmulas utilizadas:

Ad = Ai x ∆P Pi onde: Ad = área destruída (cm²) Ai = área inicial ou área total da amostra (15,2 cm x 38,1 cm) = 579,12 cm² ∆P = Pi - Pf (peso inicial - peso final) (g) Pi = peso inicial (g) T(Ad) = Ad T onde: T(Ad) = taxa de área destruída (cm²/s) Ad = área destruída (cm²) T = tempo (s)

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TABELA 1 - Resultados obtidos no tecido 100% CO

Corpos de Prova

Pi (g)

Pf (g) �P = Pi - Pf (g) T (s) Ad (cm²) T(Ad) (cm²/s)

1 9,73 0,094 9,636 37,4 573,53 15,34 2 9,91 0,071 9,839 32,22 574,97 17,85 3 9,8,4 0,093 9,741 30,41 573,64 18,86

Média 9,82 0,086 9,738666667 33,34333 574,04667 17,35 Desvio 0,127279 0,013 0,101520113 3,627869 0,8015194 1,812484483 C.V.% 1,296122 15,11628 1,042443657 10,88034 0,1396262 10,44659644 TABELA 2 - Resultados obtidos no tecido 100% VISCOSE

Corpos de Prova

Pi (g) Pf (g) �P = Pi - Pf (g) T (s) Ad (cm²) T(Ad) (cm²/s)

1 6,407 0,038 6,369 25,93 575,69 22,2 2 6,468 0,023 6,445 20,28 577,06 28,45 3 7,122 0,031 7,091 30,16 576,6 19,12

Média 6,665667 0,030667 6,635 25,45667 576,45 23,25666667 Desvio 0,396371 0,007506 0,396731647 4,956978 0,6972087 4,753907165 C.V.% 5,946464 24,47463 5,97937675 19,47222 0,1209487 20,4410513 TABELA 3 - Resultados obtidos no tecido 100% PES

Corpos de Prova

Pi (g) Pf (g) �P = Pi - Pf (g) T (s) Ad (cm²) T(Ad) (cm²/s)

1 7,391 0,946 6,445 51,04 505 9,89 2 7,482 1,955 5,527 53,16 427,8 8,05 3 7,469 0,553 6,916 55,82 536,24 9,61

Média 7,447333 1,151333 6,296 53,34 489,68 9,183333333 Desvio 0,049217 0,723203 0,706385872 2,395078 55,819667 0,991429944 C.V.% 0,66087 62,81437 11,21959771 4,490211 11,399213 10,79597035 TABELA 4 - Resultados obtidos no tecido 100% ACRÍLICO

Corpos de Prova

Pi (g) Pf (g) �P = Pi - Pf (g) T (s) Ad (cm²) T(Ad) (cm²/s)

1 10,652 4,418 6,234 60 338,93 5,65 2 10,616 5,023 5,593 57,47 305,11 5,31 3 10,622 5,335 5,287 72,28 288,25 3,99

Média 10,63 4,925333 5,704666667 63,25 310,76333 4,983333333 Desvio 0,019287 0,466236 0,483274594 7,921862 25,808637 0,876888438 C.V.% 0,181442 9,466087 8,471565867 12,52468 8,304917 17,59642351

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Referência Norma ASTM D 3659 PRÁTICA 02 1) Título Flamabilidade de tecidos de teste em ângulo de 45º. 2) Objetivo Tem como objetivo o controle de combustão dos tecidos e artigos têxteis (fibras, filamentos e fios). Ela descreve um método para medir o tempo mínimo em que os têxteis levam para incendiar. 3) Aparelhagem Cabina com queimador à gás e suporte para posicionamento do corpo de prova, em ângulo de 45º com a horizontal. 4) Corpos de Prova Cortar 5 c.p. nas medidas de 150 mm x 50 mm, com a maior dimensão no sentido (urdume ou trama), que apresentar uma maior propagação de queima mais rápida, item que deve ser determinado num teste prévio. Verificar se também há diferença de comportamento em relação a face exposta a chama. 5) Procedimentos a) Fixou-se a amostra no suporte e introduziu-se no plano inclinado; b) Executou-se o teste com as seguintes condições: c) Distância da extremidade do queimador corpo de prova deverá ser de 8 mm; d) A chama deve ter um comprimento de 16 mm; e) O queimador deve ter uma altura de 19 mm, medido das extremidade de inferior do

corpo de prova, sobre uma vertical traçada na metade do comprimento do mesmo; f) Tempo de exposição a chama de 3 segundos. g) Cronometrou-se o teste desde o exato instante de contato de corpo de prova com a

chama, até a propagação da queima por uma distancia de 5 polegadas (12,7 cm), no sentido do comprimento do corpo de prova.

Cuidados: Alertar aos demais sobre o risco de incêndio; Manter o extintor próximo ao teste.

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6) Resultados

TABELA 1 - Resultados obtidos no tecido 100% CO

Corpos de Prova

Pi (g) Pf (g) �P = Pi - Pf (g) T (s) Ad (cm²) T(Ad) (cm²/s)

1 2,3 1,65 0,65 23,17 163,66 7,06 2 2,318 1,37 0,948 31,29 236,84 7,57 3 2,218 1,644 0,574 28,32 149,87 5,29

Média 2,278667 1,554667 0,724 27,59333 183,45667 6,64 Desvio 0,053304 0,159954 0,197676503 4,108483 46,74266 1,196620241 C.V.% 2,33927 10,28865 27,30338445 14,8894 25,478856 18,02138916

TABELA 2 - Resultados obtidos no tecido 100% Viscose

Corpos de Prova

Pi (g) Pf (g) �P = Pi - Pf (g) T (s) Ad (cm²) T(Ad) (cm²/s)

1 1,587 1,12 0,467 9,41 170,42 18,11 2 1,424 1,13 0,294 9,4 119,57 12,72 3 1,58 1,118 0,462 9,45 169,34 17,92

Média 1,530333 1,122667 0,407666667 9,42 153,11 16,25 Desvio 0,092154 0,006429 0,098469962 0,026458 29,051511 3,058545406 C.V.% 6,021816 0,572663 24,1545286 0,280865 18,974274 18,82181788

TABELA 3 - Resultados obtidos no tecido 100% PES

Corpos de Prova

Pi (g) Pf (g) �P = Pi - Pf (g) T (s) Ad (cm²) T(Ad) (cm²/s)

1 1,415 1,32 0,095 11,22 38,88 3,47 2 1,306 1,2 0,106 11,15 47 4,22 3 1,471 1,37 0,101 11,16 39,76 3,56

Média 1,397333 1,296667 0,100666667 11,17667 41,88 3,75 Desvio 0,083907 0,087369 0,005507571 0,037859 4,4558276 0,409511905 C.V.% 6,004773 6,737965 5,47109657 0,338736 10,639512 10,92031746

TABELA 4 - Resultados obtidos no tecido LÃ

Corpos de

Prova Pi (g) Pf (g) �P = Pi - Pf (g) T (s) Ad (cm²) T(Ad)

(cm²/s) 1 3,315 3,017 0,298 8,1 52,1 6,43 2 2,975 2,75 0,225 8,28 43,8 5,29 3 3,093 2,877 0,216 9,02 40,44 4,48

Média 3,127667 2,881333 0,246333333 8,466667 45,446667 5,4 Desvio 0,172631 0,133553 0,044970361 0,487579 6,0018775 0,979642792 C.V.% 5,51947 4,635102 18,25589741 5,758808 13,20642 18,14153319

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TABELA 5 - Resultados obtidos no tecido ACRÍLICO

Corpos de Prova

Pi (g) Pf (g) �P = Pi - Pf (g) T (s) Ad (cm²) T(Ad) (cm²/s)

1 3,177 3,174 0,003 13,2 0,547 0,04 2 2,617 2,611 0,006 15,37 1,328 0,09 3 2,604 2,6 0,004 12,6 0,89 0,07

Média 2,799333 2,795 0,004333333 13,72333 0,9216667 0,066666667 Desvio 0,327134 0,32827 0,001527525 1,457269 0,3914618 0,025166115 C.V.% 11,68612 11,74489 35,25058227 10,61892 42,47325 37,74917218

TABELA 6 - Resultados obtidos no tecido 100% ALGODÃO TRATADO

Corpos de Prova

Pi (g) Pf (g) �P = Pi - Pf (g) T (s) Ad (cm²) T(Ad) (cm²/s)

1 4,445 4,289 0,156 8,2 20,32 2,48 2 3,249 3,13 0,119 8,15 21,21 2,6 3 4,054 3,93 0,124 8,1 17,71 2,19

Média 3,916 3,783 0,133 8,15 19,746667 2,423333333 Desvio 0,609825 0,593319 0,02007486 0,05 1,8190749 0,210792157 C.V.% 15,57266 15,68381 15,09387962 0,613497 9,2120604 8,698438379

7) Referência Norma ASTM D1230

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6) CONCLUSÃO Para tecidos cuja a probabilidade de incendio é relativamente alta, deve-se dar atenção especial a sua flamabilidade, e para isso pode-se utilizar, na extrusão e no acabamento, produtos químicos que diminui a flamabilidade das fibras têxteis e dos tecidos. Todos os tecidos os que apresentaram uma flamabilidade mais baixa, ou seja, possui uma menor área destruida devido a menor presença de oxigênio entre as moléculas de fibras. A propagação da chama em tecido depende principalmente do tipo de fibra utilizada (celulósica, proteica ou sintética). As fibras celulósicas, tais como o algodão e a viscose incendeiam-se com facilidade. As fibras protéicas, como a lã, dificilmente se incendeia. Tanto a acrilíco como o poliéster ambas fibras termoplásticas, encolhem na presença de uma chama e tendem a não se incendiarem. Há outros fatores que influenciam na flamabilidade, além da matéria prima sendo: a densidade do tecido, o título, a ligação, o LOI (índice de limite de oxigênio). Pode-se ainda classificar os tecidos que não propagaram a chama ( lã e poliéster com proteção) como tecidos combustíveis e os demais tecidos, que além de não resistirem ao fogo, propagaram o mesmo após a fonte de calor ter cessado. Outro grande fator que pudemos observar e considerar foi o tempo que cada amostra levou retardar a chama. Com isso observamos a impregabilidade de cada fibra e tecido na fabricação de artigos.

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7) BIBLIOGRAFIA NICOLINI, Rubens; “Controle de Qualidade de Tecidos”; FEI TX 095. CATÁLOGOS DA DuPont. Revista Têxtil; publicado pela Pekka Vapaaoksa, M.Sc. Revista Têxtil; publicada peloTécnico Têxtil Gerson Leme da Hoechst do Brasil. Revista Têxtil; publicada pelo Engenheiro da Escola de Engenharia Técnica Industrial de Terrassa, Espanha. Artigos publicado na Revista Proteção de Junho/97; pelo Engenheiro Anastácio Campos Júnior. Norma Francesa Homologada em dezembro de 1978. Norma ASTM D 1230 - 94. Norma ASTM D 3659. ARAÚJO, Mário de E. M. de Melo e Castro; “Manual de Engenharia Têxtil”; Vol. I.

ARAÚJO, Mário de E. M. de Melo e Castro; “Manual de Engenharia Têxtil”; Vol. II TEXTÍLIA, TÊXTEIS INTERAMERICANOS; N° 12; 1994