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1 de Janeiro Se as mentes das pessoas forem impuras, a sua terra ser igualmente impura, mas se as suas mentes forem puras, assim ser a sua terra. No existem duas terras, uma pura e outra impura. A diferena reside unicamente no mal ou bem das nossas mentes. O mesmo acontece com um Buda e um ser comum. Quando iludida, uma pessoa considerada um ser comum, mas quando iluminada, considerada um Buda. Isto semelhante a um espelho embaciado que brilhar como um jia quando for polido. (Nichiren Daishonin, Sobre Atingir a Budicidade Nesta Vida) 2 de Janeiro No Budismo de Nichiren, atingir a Iluminao no quer dizer embarcar numa jornada inconcebivelmente longa para nos tornarmos num Buda resplandecente, semelhante a um deus; significa, antes, realizar uma transformao no mais profundo do nosso ser. Por outras palavras, no uma questo de praticar de forma a escalar o mais alto cume da iluminao, nalgum ponto do futuro distante. Pelo contrrio, uma luta interior constante, momento a momento, entre revelar a nossa natureza de Dharma1 inata ou permitirmo-nos ser dominados pela nossa escurido fundamental ou iluso. 3 de Janeiro No h Budas que passem todo o seu tempo sentados a meditar. Os Budas so precisamente Budas porque ponderam continuamente e tomam aco para ajudar outros a resolverem as suas preocupaes. 4 de Janeiro O ensino essencial do Budismo que a vida do Buda reside em cada planta e rvore, e at na mais pequena partcula de p. uma filosofia que se baseia numa profunda reverncia pela vida. 5 de Janeiro Um dos eptetos de um Buda Heri do Mundo. O Buda um corajoso e nobre campeo que triunfou sobre os sofrimentos da vida no mundo real. Nichiren escreve: O Budismo como o corpo, e a sociedade como a sombra. Quando o corpo se curva, assim o faz a sombra. As pessoas no podem viver parte da sociedade. Mas estar constantemente merc dos altos e baixos da sociedade uma existncia miservel. crucial que sejamos fortes e sbios. Ao nvel pessoal, o corpo a que Nichiren se refere a nossa f. 6 de Janeiro No dever nunca pensar que algum dos oitenta mil ensinos sagrados do tempo de vida do Buda Shakyamuni ou que algum dos Budas ou Bodhisattvas das dez direces e das trs existncias esto fora de si. A sua prtica dos ensinamentos Budistas no o aliviar nem um pouco dos sofrimentos do nascimento e da morte a menos que compreenda a verdadeira natureza da sua vida. Se procurar a iluminao fora de si, mesmo que execute dez mil prticas e dez mil boas aces, tudo ser em vo. como o caso de um homem pobre que passa dia e noite a contar a riqueza do seu vizinho sem com isso ganhar nem meia moeda. (Nichiren Daishonin, Sobre Atingir a Budicidade Nesta Vida) 7 de Janeiro Lado a lado com o nosso despertar pessoal, e inseparvel deste, o objectivo da prtica Budista estabelecer uma sociedade verdadeiramente pacfica baseada na capacitao de cada indivduo, um verdadeiro estado de igualdade e justia alicerado no respeito pela natureza de Buda inerente a todas as pessoas. 8 de Janeiro A sabedoria, no Sutra do Ltus, no significa simplesmente ser-se esperto; muito mais profundo. Essencialmente, ter um corao excelente. Sabedoria significa humanidade e fora de carcter nascidos da robustez, amplitude e profundidade de esprito. Nichiren diz, Os sbios podem ser apelidados de humanos. Ele explica tambm, que aquele que persevera em seguir um caminho correcto na vida, imperturbvel perante o elogio e a censura, verdadeiramente sbio.

9 de Janeiro1

Natureza de Dharma: a natureza imutvel inerente a todas as coisas e fenmenos. No Budismo o termo dharma significa tanto os fenmenos, quanto a verdadeira origem dos mesmos. Um Buda definido como algum que iluminado em relao natureza essencial dos fenmenos, e uma pessoa comum como uma pessoa ignorante desta natureza. Assim, tanto a iluminao como a ignorncia, ou escurido, tm a sua origem na mesma fonte, a natureza essencial dos fenmenos.

A paz que procuramos no pode ser realizada atravs de uma luta pelo domnio no mbito dos poderes militar e econmico. Somente pode ser conquistada por meios pacficos. A paz construda sobre a infelicidade e sacrifcio dos outros uma fraude sem qualquer sentido. O que necessrio criar um mundo no qual as pessoas de todas as raas e naes possam desfrutar de paz e felicidade. 10 de Janeiro O sculo XX foi um sculo de guerra e paz, um sculo de poltica e economia. O alvorecer do sculo XXI traz consigo, no entanto, a promessa de ser um sculo de humanidade e cultura, um sculo de cincia e religio. Avancem neste maravilhoso novo caminho de humanismo com orgulho e confiana, como nobres filsofos de aco. 11 de Janeiro Uma das tragdias da nossa poca a prontido com que os realistas, apesar das crises iminentes, criticam e obstruem as pessoas que despendem a suas energias a tentar encontrar solues. Os seus julgamentos, contudo, so superficiais e convencionais, e a sua atitude distancia-os da qualidade essencial necessria para a transformao da realidade. Muitas vezes, os realistas mais sbios no conseguem escapar a esta armadilha. O desafio , ento, criar uma nova forma de realidade que oferea esperana para transformar o mundo. 12 de Janeiro Fora felicidade. Fora em si vitria. Na fraqueza e na cobardia no h felicidade. Quando travam uma batalha, podem vencer ou perder. Mas, independentemente do resultado a curto prazo, o simples facto de continuarem a lutar prova da vossa vitria como seres humanos. Um esprito forte, uma f forte e uma forte orao desenvolver estes elementos sinnimo de vitria e do mundo da Budicidade. 13 de Janeiro Os Budas respeitam a individualidade das pessoas, e desejam que elas possam manifestar livremente as suas qualidades nicas. No so nem parciais nem adversos em relao s pessoas por causa das suas inclinaes pessoais. Os Budas amam, regozijam-se perante, e tentam que cada pessoa manifeste a sua singularidade; esta a sua compaixo e a sua sabedoria. 14 de Janeiro Proclamem sempre a verdade corajosamente, dizendo o que precisa de ser dito a quem quer que seja que se esto a dirigir. Quando se trata de liderar uma causa justa, nunca devem ser cobardes, nunca devem ser bajuladores, nunca devem tentar cair nas boas graas. 15 de Janeiro O Dr. Martin Luther King Jr., um incansvel cruzado dos direitos humanos, disse: A questo mais urgente e persistente da vida , O que que vocs esto a fazer pelos outros? No digam que vo faz-lo um dia; agora o momento. No digam que algum vai faz-lo; vocs so esse algum. Agora chegou o momento dos jovens tomarem total responsabilidade e abrirem corajosamente o caminho para o triunfo das pessoas. 16 de Janeiro A palavra snscrita buda significa Aquele que despertou [para a verdade]. Embora o termo tenha sido empregue por vrias escolas da poca, acabou por passar a ser utilizado exclusivamente como referncia a Shakyamuni. Ao mesmo tempo, a palavra buda implica florescer. Uma pessoa que faz com que floresam de forma brilhante as flores da nobreza de carcter, e que produz em abundncia os frutos da boa fortuna e benefcio um Buda. Uma tal pessoa manifesta o benefcio da Lei e brilha com um carcter transbordante de benefcios. 17 de Janeiro Quando vocs se dedicarem a atingir o vosso objectivo, no se deixaro incomodar por crticas superficiais. Nada de importante pode ser alcanado se vocs se permitirem ser influenciados por um qualquer assunto frvolo, sempre a olharem por cima do ombro e a pensar no que os outros estaro a dizer ou a pensar. A chave para o sucesso avanar ao longo do caminho que escolheram com firme determinao. 18 de Janeiro Praticamos o Budismo para tornar realidade os nossos sonhos e oraes e para atingir a maior felicidade possvel. O propsito do Budismo de Nichiren permitir que concretizemos a vitria. O facto de as oraes serem respondidas prova de que este ensino correcto. 19 de Janeiro

Os anos passam. Os tempos mudam. A nica coisa que sobrevive e transcende este processo inevitvel, aquilo que brilha mais claramente com cada nova era, o registo de um grande esprito humano que suportou o insuportvel e permaneceu verdadeiro para com as suas mais profundas convices at ao fim. 20 de Janeiro Pode parecer desejvel no ter qualquer stress ou esforo, mas de facto isto resultaria no aborrecimento e na estagnao. essencial que continuemos a fazer esforos contnuos por entre circunstncias desafiantes, avanando com criatividade dinmica e quebrando atravs de todos os obstculos. Esta a forma de desenvolver nova fora e atingir um fresco crescimento, quer no que toca a um indivduo, como no que diz respeito a uma organizao. 21 de Janeiro Ns, pessoas comuns, no podemos ver nem as nossas prprias pestanas que esto to perto, nem os cus distantes. De igual forma, no vemos que o Buda existe nos nossos prprios coraes. (Nichiren Daishonin, Carta de Ano Novo) 22 de Janeiro H um ditado que diz que a terra na qual camos a mesma que nos permite erguermo-nos outra vez. H ainda outro que diz que a cevada cresce melhor depois de ter sido pisada. As relaes humanas so por vezes dolorosas, mas no h nenhuma dor da qual no possamos recuperar. Cabe-nos a ns decidir, apesar das nossas falhas, viver uma vida livre de dvida sobre ns prprios e de desespero. Na realidade, durante os momentos em que mais somos postos prova, que devemos mostrar mais compostura e benevolncia. nessa altura que a dignidade das nossas vidas ir brilhar verdadeiramente. 23 de Janeiro Mahatma Gandhi disse, O bem viaja ao passo de um caracol. O movimento pela paz no pode alcanar as coisas de forma radical e de uma s vez. Muitas vezes, este s consegue avanar atravs de meios graduais e demorados. Esta forma gradual, contudo, no implica um compromisso negativo ou a mera passagem do tempo. Significa reformar verdadeiramente a nossa poca plantando sementes de paz nas mentes individuais atravs do dilogo sincero e, desta forma, cultivando o consenso. 24 de Janeiro O Budismo ensina a igualdade e o respeito absoluto pela dignidade da vida. Educar as pessoas para se tornarem cidads do mundo comea com o cultivo do respeito, da compaixo e da empatia para com os outros. Estou certo de que a amizade e a confiana ilimitada nas pessoas pode dotar-nos de capacidade para ultrapassar o dio e a discriminao que transtornam a sociedade. Intercmbios de mente aberta a nvel das pessoas comuns sero cada vez mais importantes nos anos vindouros. Quando as pessoas se envolvem em dilogos vida a vida, sentem gratido por ver as diferenas tnicas e culturais no como obstculos mas como expresses de uma diversidade que enriquece a sociedade e estimula o respeito e um maior desejo de descoberta. 25 de Janeiro No podem julgar a qualidade da amizade de uma pessoa pelas aparncias superficiais, especialmente quando as coisas correm bem. somente quanto tivermos experienciado os piores e mais esmagadores momentos quando tivermos mergulhado no mais profundo da vida que podemos viver as alegrias da amizade genuna. Somente um homem de princpios, uma mulher determinada uma pessoa que permanea fiel ao caminho que escolheu pode ser um amigo de confiana, um verdadeiro amigo, e ter tambm em troca verdadeiros amigos. 26 de Janeiro Um cobarde no pode tornar-se num Buda. No podemos atingir a Budicidade a menos que tenhamos um corao de leo. Quanto pior for a situao, mais corajosa a posio que temos que tomar. Esta a essncia do esprito da Soka Gakkai. 27 de Janeiro Toda a gente tem o direito de florescer, de revelar o seu potencial como ser humano, de realizar a sua misso neste mundo. Vocs tm este direito, e tambm todas as outras pessoas o tm. Este o significado dos direitos humanos. Desprezar, violar e insultar os direitos humanos das pessoas destri a ordem natural das coisas. Prezar os direitos humanos e respeitar os outros so algumas das nossas tarefas mais importantes.

28 de Janeiro Porque que os seres humanos nascem? Esta questo tem colocado um grande desafio. Josei Toda explicou lucidamente a sua concluso. Nomeadamente que, tal como est expresso no Sutra do Ltus, este mundo um lugar para as pessoas se regozijarem vontade. Nascemos aqui para saborearmos profundamente as alegrias da vida. A f no Budismo de Nichiren permite-nos manifestar a grande fora vital necessria para levar uma tal existncia. 29 de Janeiro Pode parecer perfeitamente correcto colocarmo-nos a ns prprios e aos nossos desejos em primeiro lugar, simplesmente seguindo os ditames das nossas emoes ou desejos, mas a verdade que no h nada menos confivel do que a nossa mente. Nem sempre a vida corre bem e as coisas no acontecem necessariamente como espermos ou planemos. Consequentemente, Nichiren frisou muitas vezes: Deve tornar-se no mestre da sua mente, e no deixar que esta o domine. No nos podemos deixar conduzir por uma mente egocntrica. Em vez disso, temos que disciplinar a nossa mente e ganhar domnio sobre ela. 30 de Janeiro Tal como um diamante s pode ser polido por outro diamante, somente atravs de uma intensa interaco humana que envolva toda a nossa personalidade, que as pessoas se podem desenvolver, evoluindo cada vez mais. 31 de Janeiro Uma religio superior no nega a racionalidade. Nenhuma religio que suprima a razo humana pode ganhar a confiana da humanidade. O Budismo, a religio da sabedoria, uma religio extremamente racional. De facto, to racional que muitos Ocidentais at questionam que possa ser classificada como religio, uma vez que no ensina a existncia daquilo que as pessoas costumam chamar um 'ser supremo'.

1 de Fevereiro

medida que controla a sua mente, que algo extremamente subtil e ao mesmo tempo solenemente profundo, deve empenhar-se em permear a sua f de frescura e vigor. Quando assim o fizer, tanto a sua vida como o seu meio ambiente abrir-se-o amplamente diante de si, e cada aco que empreender tornar-se- numa fonte de benefcio. A chave para vencer na f e atingir a Budicidade nesta existncia compreendermos o funcionamento subtil, invisvel, da nossa mente. 2 de Fevereiro Em primeiro lugar, com respeito questo de onde existem exactamente o inferno e o Buda, um Sutra afirma que o inferno existe debaixo da terra, e outro Sutra diz que o Buda est no Oeste. Uma anlise mais profunda, no entanto, revela que ambos existem no nosso corpo de cinco ps de altura. Isto deve ser verdade, j que o inferno est no corao de uma pessoa que interiormente despreza o seu pai e desconsidera a sua me. como a semente do ltus, que contm ambos: flor e fruto. Da mesma maneira, o Buda reside dentro dos nossos coraes. (Nichiren Daishonin, Gosho de Ano Novo, WND-1, 1137)) 3 de Fevereiro Porque vivemos no domnio dos seres humanos, certamente experienciamos problemas e sofrimento. A vida est repleta de contradies. Contudo, se nos recusarmos a ser derrotados por elas e perseverarmos na nossa f, iremos certamente avanar ao longo do caminho para a felicidade e a vitria. Este o poder essencial do Budismo. 4 de Fevereiro No devem permitir-se envelhecer prematuramente. Por favor, vivam com um esprito jovial. Isso o que o Budismo nos ensina a fazer, e a forma como se deve viver. Se fizer o compromisso de lutar pela felicidade dos outros, ir rejuvenescer. Se devotar a sua vida a ajudar os outros, manter-se- jovem. O poder de Nammyoho-rengue-kyo garante isto. 5 de Fevereiro A vida para todos uma batalha contra os sofrimentos do nascimento, da velhice, da doena e da morte. A felicidade no a ausncia de problemas ou preocupaes; , antes, no se ser derrotado, independentemente dos problemas ou preocupaes que possamos confrontar. E esta felicidade no est focada apenas em ns prprios. Verdadeiramente felizes so aqueles que podem ajudar os outros a tornarem-se felizes. 6 de Fevereiro O Budismo expe a viso de que para ter uma boa morte, precisamos de ter vivido uma boa vida. A noo de que a morte representa o retorno da vida individual grande vida universal, antes de voltar a manifestar-se como vida individual, fonte de uma fora esplndida, rica de compaixo e sabedoria. Enquanto luta para se aperfeioar tomando aco para a felicidade dos outros, um Budista tem permanentemente a conscincia de que a morte uma parte enriquecedora da vida. Para as pessoas com esta convico, a morte no uma derrota, mas sim um estmulo maravilhoso para viver mais vigorosa e significativamente. 7 de Fevereiro Nos seus escritos, no que respeita prtica Budista, Nichiren enfatiza repetidamente a importncia do corao. Ao mesmo tempo que nos ensina que, por um lado, a f e a coragem so poderes e funes do corao que nos permitem abrir o mundo de Buda nas nossas vidas, ele tambm nos alerta sobre as funes negativas do corao, tais como a descrena e a cobardia, que bloqueiam o nosso potencial para a Budicidade. 8 de Fevereiro Josei Toda comparou frequentemente a morte ao acto de dormir. Depois de estarmos acordados durante muito tempo, sentimo-nos cansados e vamos dormir. E quando acordamos depois de um bom sono, a nossa vitalidade est restabelecida. Depois de termos vivido durante muito tempo, ficamos cansados e morremos. E iniciamos ento uma nova vida com um esprito fresco. A morte um periodo de recarga para a nossa prxima existncia. 9 de Fevereiro Nunca devemos afrouxar os nossos esforos para construir novas vidas para ns prprios. A criatividade siginifica abrir o pesado porto da vida. Esta no uma luta fcil. De facto, provavelmente a mais rdua tarefa que existe. Isto porque abrir o porto da nossa prpria vida mais dificil do que desvendar os mistrios do universo.

10 de Fevereiro Nichiren explica que conhecermo-nos a ns prprios sinnimo de conhecermos todos os fenmenos do universo. Quando vocs mudam, o vosso meio ambiente tambm muda. Quando a vossa determinao interior muda, tudo se transforma. Johann Wolfgang von Goethe sintetiza este princpio no seu ditado: "No h nada fora que no exista dentro. 11 de Fevereiro Havia uma palavra que Josei Toda, o segundo Presidente da Soka Gakkai, enfatizava sempre com o desejo fervoroso de transmitir a sua importncia aos seus sucessores. Essa palavra era coragem. Ele deu uma vez esta orientao directa: A essncia do Budismo a compaixo. Tambm ns precisamos de ter compaixo, mas, como comuns mortais, a realidade que isso bastante difcil para ns. A coragem substitui a compaixo. Estou a falar da coragem para salvar os outros do sofrimento. Praticar o Budismo com coragem traduz-se na compaixo." Eventos 1900 Nascimento de Josei Toda, segundo Presidente da Soka Gakkai. 1996 Fundao em Tquio, pelo Presidente Ikeda, do Instituto Toda para a Paz Global e a Pesquisa Poltica; inaugurao de sucursal no Havai em 1997. 12 de Fevereiro Pode ter questes fundamentais sobre si prprio e a sua identidade: Quem sou eu? O que deveria fazer com a minha vida? bastante natural sentirmo-nos inseguros sobre a melhor maneira de prosseguir. Se ainda no decidiu o que fazer no futuro, acho que o melhor concentrar simplesmente as suas energias no que precisa de fazer neste momento, e o seu mximo potencial emergir gradualmente. 13 de Fevereiro Henry David Thoreau, um notvel pensador do Renascimento Americano, escreveu no seu dirio: Nada deve ser adiado. Aproveita o tempo ao mximo. Agora ou nunca! Deves viver no presente, atirar-te a todas as ondas, encontrar a tua eternidade a cada momento." No deveramos adiar nada, mas sim aproveitar o momento, vivendo no presente com todo o nosso ser. Se assim o fizermos, diz ele, cada momento se tornar eterno. 14 de Fevereiro Uma pessoa superficial apenas ter relaes superficiais. O verdadeiro amor no uma pessoa agarrar-se a outra; este somente pode ser construdo entre duas pessoas fortes, seguras da sua individualidade. Antoine de Saint- Exupery, autor de O Principezinho, escreveu num livro intitulado Vento, Areia e Estrelas: O amor no duas pessoas a olharem uma para a outra, mas sim duas pessoas a olharem juntas, em frente, na mesma direco. 15 de Fevereiro Um empenho constante a nica forma de realizar a paz. A negligncia resultante de excesso de confiana e satisfao convida ao risco. A paz, uma vez atingida, no perdura para sempre por si s. Ela requer constante vigilncia no que respeita a todas as actividades da vida diria. 16 de Fevereiro Ao longo da prtica Budista, surgem vrias questes devido s causas e tendncias negativas das nossas prprias vidas. Pode haver momentos em que pensemos, O que fiz eu para merecer isto? Mas no devemos ser abalados de cada vez que estas coisas acontecem, pois j certo que no fim nos tornaremos felizes. Deveramos considerar como treino tudo aquilo que nos acontece na nossa prtica para chegar ao objectivo da felicidade. Eventos 1222 Nascimento de Nichiren Daishonin. 17 de Fevereiro A verdadeira individualidade nunca floresce completamente sem esforo rduo. Por isso est a cometer um grave erro se pensar que a pessoa que voc neste momento representa tudo o que voc capaz de ser.

18 de Fevereiro

A vida, tal como as chamas que ascendem ao cu, contm a capacidade de transformar o sofrimento e a dor na energia necessria para criar valor, em luz que ilumina a escurido. Tal como o vento, que atravessa vastos espaos sem encontrar qualquer obstculo, a vida tem o poder de cortar pela raiz e transformar todos os obstculos e dificuldades. Tal como a gua lmpida, a vida pode limpar todas as mculas e impurezas. E, finalmente, como a grande terra que nutre a vegetao, a vida protege imparcialmente todas as pessoas com a sua fora compassiva e encorajadora. 19 de Fevereiro Chang-an escreve, "Se nos tornamos amigos de uma pessoa, mas carecermos da coragem para corrigi-la, ento somos de facto o seu inimigo. As consequncias de uma ofensa grave so difceis de apagar. O mais importante fortalecer constantemente o nosso desejo de beneficiar os outros. (Nichiren Daishonin, Os Diques da F, WND-1, 625) 20 de Fevereiro Quanto plantamos as sementes da dvida acerca de ns prprios, apenas crescem ervas daninhas. Quando nos auto-limitamos com baixas expectativas, o crescimento de rvore da felicidade cessa imediatamente. O poder do crescimento, da melhoria, de ultrapassar qualquer estagnao e vencer sobre qualquer obstculo, transformando uma terra estril num campo verdejante essa fora imparvel de esperana reside aqui mesmo, no nosso prprio corao. Ela surgir da terra frtil do mago da vossa vida, quando confrontarem o vosso futuro sem dvida ou medo: Eu posso fazer mais. Eu posso crescer. Eu posso tornar-me num ser humano melhor e mais capaz a vida e a f so uma luta sem fim para nos desenvolvermos. 21 de Fevereiro No existe uma forma de viver mais desoladora ou triste do que a aquela em que ignoramos a alegria fundamental que surge da luta para gerar e regenerar a nossa prpria vida desde o seu interior. Ser-se humano muito mais do que os simples factos biolgicos de termos uma postura erecta e exercitarmos a razo e a inteligncia. O significado verdadeiro e genuno da nossa humanidade encontra-se na aco de extrairmos a essncia criadora da prpria vida 22 de Fevereiro O verdadeiro optimismo no deve ser confundido com uma viso despreocupada da vida, na qual declinamos responsabilidade pelas nossas vidas. A pessoa que no derrotada pelo infortnio, pela pobreza, pelo insulto e pela calnia, a pessoa que se recupera de todas as adversidades e diz, O qu? Isto no foi nada!; a pessoa que avana rumo esperana com base numa verdadeira fora de vontade essa pessoa verdadeiramente optimista. 23 de Fevereiro A nica forma dos seres humanos se transformarem atravs da conquista da sua escurido interior e da redescoberta da dignidade eterna dentro das suas prprias vidas. Cultivar o esprito nobre, com o qual todas as pessoas so dotadas, conduzir directamente a uma mudana no destino da humanidade. 24 de Fevereiro Segundo o Budismo, a sade no uma condio na qual simplesmente iludimos as influncias negativas. , antes, um estado verdadeiramente positivo e activo no qual tomamos responsabilidade por tais influncias, no qual encaramos e tentamos resolver os vrios problemas no apenas os nossos prprios mas tambm os dos outros. A palavra 'doena' implica desconforto, o que por sua vez implica que a boa sade um estado de conforto. Na perspectiva Budista, no entanto, sentir-se confortvel no significa a ausncia de dificuldades, mas sim o facto de possuirmos a fora para confrontar e ultrapassar qualquer problema. 25 de Fevereiro Quando nos mantemos fiis s nossas convices e vivemos de forma sincera para connosco prprios, o nosso verdadeiro valor como seres humanos brilha. O Budismo ensina o conceito de realizar o nosso verdadeiro potencial. Por outras palavras, isto significa manifestar a nossa verdadeira identidade, o nosso eu inerente, revelando-o e fazendo-o brilhar, de modo a que ilumine tudo nossa volta. Isto diz respeito nossa mais refinada individualidade e singularidade.

26 de Fevereiro

No Budismo de Nichiren no existe nenhuma descriminao. Nichiren ensina a absoluta igualdade entre o Buda e todas as pessoas. Invocar Nam-myoho-rengue-kyo com f neste ponto uma questo da mais profunda importncia. Faz-lo sinnimo de abraar o Sutra do Ltus. tambm o acto de nos tornarmos herdeiros do legado do esprito fundamental do Budismo. Nesta perspectiva, podemos afirmar que o mago do ensino do Sutra do Ltus que todas as pessoas so iguais. 27 de Fevereiro Cada um de ns avana a partir do solo que est a pisar, no do solo que esto a pisar os outros. A felicidade algo que devemos criar para ns prprios. Mais ningum no-la pode dar. 28 de Fevereiro Trace objectivos. Sejam eles grandes ou pequenos, empenhe-se em realiz-los. Deve ser srio e dedicado no que respeita aos seus objectivos no conseguir nada se apenas os encarar como se fossem piadas. Um esprito srio e dedicado brilha como um diamante e toca os coraes das pessoas. Isto porque nele arde uma chama brilhante. Se formos sinceros, as pessoas compreendero as nossas intenes e as nossas qualidades positivas manifestar-se-o. intil ficarmos presos s aparncias externas. O poeta alemo Johann Wolfgang von Goethe escreve: "Como pode uma pessoa conhecer-se a si prpria? Nunca atravs da contemplao; de facto, apenas atravs da aco. Procure realizar a sua responsabilidade e saber imediatamente a resposta." 29 de Fevereiro Quando os pais se esforam no caminho da f, podem conduzir sem falha os seus filhos felicidade. Do mesmo modo, o atingir da Budicidade do filho garante o atingir da Budicidade dos pais. Um farol ilumina o rumo a muitos navios para que atravessem seguramente guas incertas. Da mesma forma, as pessoas de f forte e dedicada brilham como faris de esperana para as suas famlias.

1 de Maro

As palavras podem ser tanto a causa da discrdia como uma fora para a unio. Elas podem ser a origem do engano ou a chave para a aprendizagem. Elas podem ser os instrumentos da conspirao e intriga ou armas para a verdade e sabedoria. por isso que to crucial falar de forma cada vez mais vigorosa pelo que correcto. 2 de Maro O importante no se somos optimistas ou pessimistas, mas antes se, enquanto estamos atentos realidade, no somos nem esmagados por ela nem nos contentamos com o status quo. Temos de manter os faris dos nossos ideais acesos, ao mesmo tempo que estamos preparados para liderar a abertura de caminhos por desbravar. A f na vida e no esprito humano a base essencial para esta abordagem. 3 de Maro Tudo se resume a vocs. Espero que no dependam dos outros ou esperem por eles para fazer algo. Tentem desenvolver um tal sentido de responsabilidade de modo a que possam fazer frente s mais violentas tempestades, proclamando com confiana: Eu f-lo-ei. Observem-me! Por favor, confrontem a realidade, olhem-na directamente de frente e, com coragem, sabedoria e fora, desafiem tudo aquilo que vos aguarda. 4 de Maro A vida uma eterna luta connosco prprios. uma luta decisiva entre avanar e retroceder, entre felicidade e infelicidade. Os indivduos excepcionais no se tornaram grandiosos da noite para o dia. Eles disciplinaram-se com o objectivo de superarem as suas fraquezas, conquistarem a sua falta de solicitude e motivao at se tornarem verdadeiros vencedores na vida. Um dos motivos por que os budistas invocam Nam-myoho-rengue-kyo todos os dias o de desenvolverem uma forte determinao e disciplina e, juntamente com isto, a capacidade para resolverem qualquer problema com seriedade e com a determinao de super-lo. 5 de Maro Cada uma das nossas vidas individuais uma casa de tesouros infinitos. As nossas vidas so ramalhetes de bnos. A felicidade duradoura nunca vem do exterior. Tudo o que tem valor emana de dentro do nosso ser. A f no budismo significa estabelecer o nosso verdadeiro eu. o reconhecimento de que o horizonte infinito do cosmos existe aqui mesmo dentro do eu. A nossa vida abre-se em direco ao cosmos e abraada por ele; ao mesmo tempo, a nossa vida inclui todo o cosmos. 6 de Maro Quando invocamos Nam-myoho-rengue-kyo, as boas e as ms capacidades das nossas vidas comeam a operar como nobres formas de existncia fundamental. Vidas que esto cheias de dor do inferno, vidas que esto no estado de fome, vidas deformadas pelo estado de ira tambm essas vidas comeam a mover-se na direco da criao da sua felicidade pessoal e de valor. Vidas que esto a ser atradas para a desgraa e infelicidade so redireccionadas e movimentadas na direco oposta, rumo ao bem, quando fazem da Lei Mstica a sua base. 7 de Maro Quando reverenciamos Myoho-rengue-kyo inerente nossa prpria vida como o objecto de devoo, a natureza de Buda dentro de ns convocada e manifesta-se com a nossa invocao de Nam-myoho-renguekyo. Isto o que Buda significa. Para ilustrar, quando um pssaro numa gaiola canta, os pssaros que voam no cu so convocados e renem-se sua volta, e quando os pssaros que voam no cu se renem, o pssaro dentro da gaiola esfora-se por sair. Quando com as nossas bocas invocamos a Lei Mstica, a nossa natureza de Buda, sendo invocada, ir emergir invariavelmente. (Nichiren Daishonin, Sobre Como Aqueles que Aspiram Inicialmente ao Caminho Podem Atingir a Budicidade Atravs do Sutra do Ltus, WND-1, 887 ) 8 de Maro Nenhuma grande conquista realizada da noite para o dia ou sem dificuldade. Se o benefcio fosse obtido facilmente sem se fazer qualquer esforo na prtica budista, provavelmente iramos muito facilmente abandonar a nossa f e, consequentemente, acabaramos por ser infelizes. Porque no fcil entrar numa escola de elevada reputao, os estudantes estudam com todas as suas foras, adquirindo um grande manancial de conhecimento e capacidades. A f segue basicamente a mesma frmula: a prtica essencial para se atingir a Budicidade.

9 de Maro Algumas pessoas so excessivamente crticas em relao a si prprias e, como resultado, tornam-se apticas e pouco assertivas. Ao invs de se dedicaram intil autoflagelao, os jovens fariam melhor em ser apenas o que os jovens so ousados, audaciosos e corajosos e lanarem-se completamente a qualquer tarefa que tenham em mos. 10 de Maro Existe uma enorme diferena entre simplesmente viver uma vida longa ou viver uma vida preenchida e compensadora. O que realmente importa em que medida podemos acrescentar texturas e cores ricas s nossas vidas durante a nossa estadia aqui na Terra seja qual for a durao dessa estadia. A qualidade o verdadeiro valor, no a quantidade. 11 de Maro O filsofo indiano Swami Vivekananda declarou: da religio, criadora de homens, que precisamos. da educao, criadora de homens, que precisamos. Nutrir as pessoas, construir a personalidade isto absolutamente fundamental para criar um futuro brilhante. Com vista a este fim, tanto a profunda espiritualidade da religio como a iluminao intelectual da educao so essenciais. 12 de Maro O ser humano no um frgil pobre coitado merc do destino. Shakyamuni insistiu que transformarmo-nos agora transformarmos o futuro a uma vasta escala. A viso Ocidental de que o budismo se resume meditao alheia ao esprito de Shakyamuni. O objectivo de Nichiren Daishonin no nem escapar realidade, nem aceit-la passivamente. viver poderosamente, proactivamente, de modo a polir a prpria vida e a reformar a sociedade atravs de um constante intercmbio entre o mundo exterior e o mundo interior do indivduo. 13 de Maro Perante a rejeio, tm de aprender a ser corajosos. importante acreditarem em vocs prprios. Sejam como o sol, o qual brilha serenamente ainda que nem todos os corpos celestiais reflictam a sua luz e ainda que alguma da sua luminosidade parea radiar apenas para o espao vazio. Embora aqueles que rejeitam a vossa amizade possam por vezes desaparecer da vossa vida, quanto mais fizerem a vossa luz brilhar, mais resplandecente a vossa vida se tornar. 14 de Maro Dependendo das perspectivas de cada um, a velhice das pessoas ir divergir drasticamente, especialmente em termos da riqueza e realizao que iro sentir. Tudo depende da nossa atitude, de como abordamos a vida. Ser que encaramos a velhice como uma trajectria descendente rumo ao esquecimento? Ou ser um perodo no qual podemos atingir os nossos objectivos e concluir as nossas vidas de forma compensadora e realizada? 15 de Maro O budismo resume-se prtica. Isto significa fazer uma determinao pessoal e tomar medidas firmes para realiz-la, independentemente dos obstculos que possam surgir. Se no estamos a lutar para abrir um caminho em diante, aquilo que estamos a fazer no pode ser chamado de prtica budista. S iremos entrar no caminho para a Budicidade ao realizarmos esforos incansveis baseados na mesma determinao que o Buda. 16 de Maro No existe nenhum outro caminho para ns do que confiar tudo aos jovens. Isto vlido para as famlias, empresas e pases. Os jovens so de importncia vital para o mundo e para a raa humana. A chave para o eterno desenvolvimento reside em encorajar, treinar e cuidar da juventude que ir liderar o caminho para uma nova era. 17 de Maro O budismo ensina que a vida a cada momento abraa todos os fenmenos. Esta a doutrina de um nico momento de vida conter os trs mil domnios, a qual o derradeiro ensino do Sutra do Ltus e a essncia do budismo. Devido ao modo profundo como as nossas vidas interagem com as pessoas ao nosso redor, crucial que cheguemos aos outros, que nos envolvamos no nosso ambiente e na nossa comunidade local. Uma prtica autocentrada ou uma teoria sem aco, decididamente, no budismo. 18 de Maro

A felicidade no existe no ponto mais afastado de montanhas distantes. Ela est dentro de vocs prprios. No em vocs, contudo, sentados numa ociosa passividade. Ela dever ser encontrada no vibrante dinamismo da vossa prpria vida medida que se esforam por desafiar e superar um obstculo aps outro, enquanto escalam um perigoso cume em busca daquilo que est para l desse cume. 19 de Maro Existem muitos elementos envolvidos no facto de uma orao ser respondida, mas o importante continuar a orar at ela ser respondida. Ao continuarem a orar, podem reflectir sobre vocs prprios com sinceridade inabalvel, e comear a mover a vossa vida numa direco positiva ao longo de um caminho de esforos srios e constantes. Mesmo que a vossa orao no produza resultados concretos imediatamente, a vossa contnua orao ir manifestar-se num determinado momento de uma forma mais grandiosa do que aquilo que alguma vez possam ter esperado. 20 de Maro O budismo visa tornar as pessoas livres no sentido mais profundo; a sua finalidade no restringir ou limitar. A orao budista um direito, no uma obrigao. Uma vez que o budismo implica prtica, so necessrios esforos tenazes, mas estes so todos para o vosso prprio bem. Se desejam receber grandes benefcios ou desenvolver um estado de vida profundo, devem aplicar-se de forma correspondente. 21 de Maro A funo do fogo queimar e dar luz. A funo da gua lavar a sujidade. Os ventos afastam a poeira e reanimam a vida das plantas, dos animais e seres humanos. A terra produz as ervas e rvores, e o cu providencia a benfica humidade. Os cinco caracteres de Myoho-rengue-kyo tambm so assim. So o ramalhete de bnos trazido pelos Bodhisattvas da Terra, discpulos do Buda na sua verdadeira identidade. (Nichiren Daishonin, A Herana da Lei ltima da Vida, WND-1, 218) 22 de Maro A vida est cheia de sofrimento inesperado. Ainda assim, tal como diz Eleanor Roosevelt: Se conseguem ultrapassar isso [uma situao difcil], conseguem ultrapassar qualquer coisa. Ganham fora, coragem e confiana com cada experincia em que realmente parem para olhar o medo de frente. Conseguem dizer a vocs prprios: Sobrevivi a este horror. Aguento o que vier a seguir. Isto est totalmente certo. Lutar contra grandes adversidades permite-nos desenvolvermo-nos extraordinariamente. Podemos convocar e manifestar as capacidades que se encontram adormecidas em ns. A dificuldade pode ser uma fonte de crescimento dinmico e de progresso seguro. 23 de Maro Eu sou o pai dos seres vivos e devo salv-los dos seus sofrimentos, e dar-lhes a alegria da incomensurvel e ilimitada sabedoria do Buda para que a possam encontrar a sua alegria. O Sutra do Ltus. 24 de Maro A luta por que passamos para que as nossas oraes sejam respondidas torna-nos mais fortes. Se obtivssemos de imediato tudo aquilo para que ormos, tornar-nos-amos mimados e decadentes. Teramos vidas ociosas, desprovidas de qualquer trabalho rduo ou esforo. Em consequncia, tornar-nos-amos seres humanos superficiais. Qual seria, ento, a razo de ser da f? 25 de Maro O significado do budismo reside tanto na descoberta da natureza de Buda em todos os seres como no estabelecimento de um mtodo prtico para a revelar, de modo a que os seres humanos possam retirar o mximo significado nas suas vidas. Esta reforma do mundo humano interior o que ns, na Soka Gakkai, designamos de revoluo humana particularmente relevante para a civilizao moderna, a qual se encontra h muito presa numa espcie de areia movedia espiritual. Podemos escapar da areia movedia convocando o supremo potencial humano disponvel em cada um de ns. 26 de Maro Quando experienciam fracassos e decepes, frustraes ou doena, as pessoas tendem a perder confiana e deixam que o medo se apodere delas. Porm, nessas alturas, necessitamos de fazer um esforo consciente para avanarmos com fora e coragem. Quando dizem para vs prprios Da prxima vez vou ter sucesso! ou Vou ficar melhor e ultrapassar isto!, j venceram. 27 de Maro

Ao transformarmos o nosso estado mental interior, podemos transformar qualquer sofrimento ou dificuldade numa fonte de alegria, considerando-os como meios para forjarmos e desenvolvermos as nossas vidas. Converter at mesmo o desgosto numa fonte de criatividade este o modo de vida de um budista. 28 de Maro Um Buda definitivamente no um ser absoluto que vive uma existncia esttica. Um Buda partilha os sofrimentos dos outros e, sentindo as condies de poca, pondera seriamente sobre como transformar essas condies. Um Buda faz um voto de lutar para conduzir as pessoas e a poca iluminao. A fora desse voto faz com que a iluminao do Buda se torne sabedoria abundante. 29 de Maro Nichiren falou acerca dos desejos terrenos serem utilizados como combustvel para a chama da sabedoria. O budismo ensina a transformar ambies e desejos pessoais, mesmo os menos profundos, em boas caractersticas - como a sabedoria - atravs de uma existncia altrusta. A doutrina budista de que os desejos terrenos so iluminao indica que a avareza, ira (violncia) e o egocentrismo podem ser transformados em caractersticas altrustas como a compaixo, confiana e no-violncia. As iluses que esto por detrs de e que motivam os nossos desejos incluindo o do desenvolvimento da cincia e das civilizaes podem realmente ser transformadas de um modo que converte egosmo em altrusmo, violncia em no-violncia e desconfiana em confiana. 30 de Maro importante desenvolverem as vossas personalidades de modo a serem to poderosos quanto um rio pujante. Continuem a avanar destemidamente perante qualquer desafio, no prestando ateno aos obstculos no vosso caminho. Tornem-se num grande rio de compaixo e sabedoria insondveis que transborda de invencibilidade e paixo infinitas. 31 de Maro Ler dialogar connosco prprios; auto-reflexo, a qual cultiva uma profunda humanidade. Ler , portanto, essencial para o nosso desenvolvimento. Expande e enriquece a nossa personalidade tal como uma semente que germina aps um longo perodo de tempo e lana muitos ramos carregados de flores. As pessoas que podem dizer de um livro isto mudou a minha vida compreendem verdadeiramente o significado da felicidade. Necessitamos desesperadamente de uma leitura que desencadeie a revoluo interior, de modo a escaparmos do afogamento na sociedade de informao que avana rapidamente. Ler mais do que um ornamento intelectual; uma batalha para o estabelecimento do eu, um incessante desafio que nos mantm jovens e vigorosos.

1 de Abril Em todos os momentos penso para mim mesmo: Como posso conduzir os seres vivos a ganharem acesso ao caminho incomparvel e rapidamente adquirirem o corpo de um Buda? [Sutra do Ltus, cap. 16] 2 de Abril A prontido crucial para se levar uma vida vitoriosa. A forma como iniciamos cada manh determina a vitria ou a derrota desse dia. E importante determinarmos vencer de manh e comearmos o nosso trabalho com um esprito enrgico e refrescado. No podemos esquecer que este o segredo para o sucesso contnuo. Vivemos numa era tumultuosa e, em tempos como este, a aco rpida o segredo para o sucesso. 3 de Abril Uma vida que se viva sem propsito ou valor, o tipo de vida em que no se saiba a razo por que nascemos, uma vida sem sentido e sem brilho. Apenas viver, comer e morrer, sem nenhum sentido real de propsito representa sem dvida uma vida permeada pelo estado de vida dos animais. Por outro lado, agir, criar ou contribuir alguma coisa para benefcio dos outro, da sociedade e para connosco, e dedicarmo-nos a esse desafio ao longo da nossa vida essa e uma vida de verdadeira satisfao, uma vida de valor. uma forma de vida humanista e nobre. 4 de Abril A flor da Lei floresce dentro do ser humano. Brilha atravs do nosso carcter. O Sutra de Lotus um ensino totalmente para os seres humanos. O propsito da religio o de ajudar cada pessoa a tornar-se feliz. Mas, mesmo um ensino cujo propsito original o de promover a felicidade humana, pode comear a restringir as pessoas. At o Sutra do Ltus poderia ser utilizado incorrectamente para justificar a discriminao. O que preciso fazer para impedir o perigo de uma tal distoro? a herana por parte do discpulo, do esprito resoluto e f do mestre de conduzir todas as pessoas felicidade. 5 de Abril At mesmo lugares que tenham estado imersos numa profunda escurido durante bilies de anos, podem ser iluminados. At mesmo uma pedra do fundo do rio pode ser usada para produzir fogo. Os nossos sofrimentos presentes, por mais dolorosos e escuros que sejam, no continuaram certamente por bilies de anos - nem duraro para sempre. O sol ir definitivamente erguer-se. De facto, a sua subida j comeou. 6 de Abril Uma prtica pura e dedicada do Budismo de Nichiren Daishonin transforma totalmente o significado das dificuldades nas nossas vidas. Deixamos de ver os desafios e provaes como negativos e a serem evitados, a passamos a consider-los coisas que, quando ultrapassadas, nos aproximam do nosso atingir da Budicidade. 7 de Abril O ensinamento Budista da inseparabilidade entre o bem e o mal significa que tudo pode ser transformado num ou noutro, de acordo com o que acalentamos nos nossos coraes. Tudo comea com o nosso eu. Uma mudana no nosso ntimo ou inteno acciona uma mudana no eu e irradia para o exterior, conduzindo a revolues por toda a sociedade. Este conceito aquilo a que ns na SGI nos referimos como "revoluo humana". 8 de Abril Nichiren escreve, "Se acender uma lanterna para outra pessoa, essa luz iluminar tambm o seu caminho." Por favor estejam confiantes de que quanto maior for a chama da vossa aco altrusta, mais a sua luz encher a vossa vida de felicidade. Aqueles que possuem um esprito altrusta so os mais felizes de todos. 9 de Abril A iluso sobre a verdadeira natureza da existncia literalmente a iluso sobre a natureza da nossa prpria vida. Esta a fonte primordial de todas as iluses. Se formos ignorantes acerca da natureza da nossa prpria existncia, ento tambm seremos ignorantes acerca da natureza das vidas dos outros. Por outro lado, quando as nossas vidas esto livres de iluso, conseguimos aperceber-nos da Torre do Tesouro que brilha resplandecente em todas as pessoas, todos os seres.

10 de Abril Muitas pessoas hoje em dia consideram qualquer tipo de crena e, particularmente, a f religiosa como estando de certa forma em oposio razo, ou, pelo menos, como uma espcie de paralisia da faculdade da razo. Realmente, existem certas religies fanticas, nas quais a f se ope razo. Mas e um erro de lgica assumir, nessa base, e sem provas, que todas as religies sejam desse carcter. Isto por si s irracional e poder, sua maneira, ser considerado como uma espcie de f cega. 11 de Abril Pessoas dignas merecem ser assim apelidadas porque no se deixam levar pelos oito ventos: prosperidade, declnio, desgraa, honra, louvor, censura, sofrimento e prazer. Elas no se deslumbram pela prosperidade, nem se entristecem perante o declnio. (Nichiren Daishonin, Os Oito Ventos, WND-1, 849) 12 de Abril E importante lembrar que as vossas oraes reflectem sempre o vosso estado de vida. Nesse sentido, a orao um meio solene para elevar o vosso estado de vida. E, para conseguirem exactamente os resultados para os quais esto a orar, crucial fazer esforos determinados, resolutos, em direco ao objectivo. Esse o verdadeiro caminho de manifestao da f na vida diria. Os que prosseguem por este caminho, dia aps dia, ano aps ano, iro sem falha desenvolver-se - tal como os rebentos se transformam em rvores poderosas tornando-se pessoas de fora e carcter notveis. 13 de Abril Uma grande obra de arte aquela que realmente nos move e nos inspira. Vocs prprios devem ser tocados por ela. No olhem para a arte com os olhos de outra pessoa. No oiam msica com os ouvidos de outra pessoa. Devem reagir arte, com os vossos prprios sentimentos, com o vosso prprio corao e mente. Se se deixarem influenciar pela opinio dos outros "Deve ser bom porque toda a gente gosta", "Deve ser mau porque ningum gosta" os vossos sentimentos, a vossa sensibilidade, que deveriam ser o prprio cerne da experincia artstica, iro murchar e morrer. Para apreciar ao mximo a arte, devem abandonar todas as ideias preconcebidas, deixando uma tela em branco. E ento confrontar a obra directamente, com todo o vosso ser. Se esta vos mover profundamente, ento essa obra , para vocs, uma grande obra de arte. 14 de Abril A tendncia do ser humano a de tentar escapar-se aos desafios e procurar um ambiente de conforto e paz. Mas a felicidade no se encontra noutro lugar ela encontra-se dentro de ns. Uma forma de viver genuna consiste em transformar o local onde estamos agora num paraso supremo. 15 de Abril A vida e a morte so uma s, e a identidade da nossa existncia eterna, persistindo por todo o passado, presente e futuro. O pr-do-sol, irradiando alegria, d-nos prova do seu poder intocado e, simultaneamente, oferece a promessa de um amanh luminoso. Conduzirmos as nossas vidas a um desfecho maravilhoso garante-nos o caminho para a felicidade por toda a eternidade. 16 de Abril A menos que se aja com base nele, at mesmo o ideal de reverncia pela vida pode no passar de um mero slogan, sem o poder de transformar a realidade. Deve, portanto, ser estabelecido enquanto filosofia genuna nos nossos coraes e nos coraes dos outros. Devemos colocar em prtica esta filosofia, atravs de aces concretas pela paz, trabalhando passo a passo para a sua concretizao. 17 de Abril O objectivo no eliminar os nossos desejos; o importante o que desejamos. Os desejos terrenos so iluminao. O desejo da iluminao suprema, a procura da iluminao, em si iluminao. O contentamento com as nossas conquistas pode parecer humildade, mas subestimar o potencial de vida na verdade uma enorme.arrogncia. 18 de Abril Vivemos no seio de uma torrente de informao sem alma. E quanto mais confiarmos em formas de comunicao unilaterais, como a rdio e a televiso, ou as palavras estticas e inamovveis impressas num papel, mais eu sinto a necessidade de sublinhar o valor do som da voz humana: a simples, mas preciosa interaco voz a voz, pessoa a pessoa; a troca de vida com vida.

19 de Abril As flores e as rvores no conseguem crescer sem o solo. O solo que nutre o nosso crescimento inclui os nossos pais, professores, seniores; ou a nossa terra natal, universidade, comunidade ou companhia. Em qualquer caso, toda a gente tem um local onde cresceu ou algum que o educou. Os seres humanos crescem como resultado de um solo que os nutriu, no qual expressam as suas capacidades e que faz com que as flores das suas vidas brotem, tal como o esprito da planta do arroz regressa ao solo e o talo germina e d de novo gro. Devemos retribuir as nossas dvidas de gratido para com este solo no qual nos desenvolvemos. Este ciclo de retribuir a nossa gratido ir envolver toda a nossa existncia. A vossa verdadeira humanidade nunca ir florescer se somente procurarem desenvolver-se a vocs prprios. 20 de Abril Tal como as flores crescem e do frutos, tal como a lua surge e invariavelmente cresce at ser lua cheia, tal como uma lamparina se reacende quando se coloca azeite, e tal como as plantas e as rvores florescem com a chuva, tambm os seres humanos nunca deixam de prosperar quando plantam boas causas. (Nichiren Daishonin, O Terceiro Dia do Novo Ano, WND-1, 1013) 21 de Abril Existem muitas pessoas, muitas vidas neste planeta, de facto, tantas que impossvel cont-las. No meio desta grande multido, encontramo-nos, espantosamente, junto com aqueles que so a nossa famlia como pais e filhos, irmos e irms, maridos e mulheres. Se no vivermos de uma forma alegre e animada na companhia daqueles com quem partilhamos este lao profundo, para que serve viver? Se o ambiente em casa for sombrio, vocs prprios podem ser o "sol". Ao serem uma presena brilhante, podem lanar a luz da esperana sobre o vosso pai, a vossa me e toda a famlia. 22 de Abril No se comparem aos outros. Sejam verdadeiros para convosco prprios e continuem a aprender com toda a vossa fora. Mesmo que sejam ridicularizados, mesmo que sofram desiluses e contra-tempos, continuem a avanar e a no ser derrotados. 23 de Abril Quando estamos conscientes de que cada momento de cada dia, cada gesto e cada passo que damos realmente mstico e maravilhoso, viveremos as nossas vidas com maior considerao e cuidado. Teremos tambm maior respeito e considerao pelas vidas dos outros. 24 de Abril Os Budas, o Honrados do Mundo, desejam abrir a porta da sabedoria do Buda a todos os seres vivos, para lhes permitir atingirem a pureza. E por isso que eles surgem no mundo. Eles desejam mostrar a sabedoria do Buda a todos os seres vivos e, por isso, surgem no mundo. Eles desejam levar os seres vivos a despertarem para a sabedoria do Buda, e, por isso, eles surgem no mundo. Eles desejam induzir a entrada dos seres vivos no caminho da sabedoria do Buda e, por isso, eles surgem no mundo. (Sutra do Ltus) 25 de Abril Quando pensamos nisso, embora possamos no estar destinados a morrer num espao de cinco minutos, iremos todos, sem excepo, morrer a dada altura. Podemos contar com isso a 100 por cento. No h nada mais certo do que isto. Victor Hugo diz, "Ns estamos todos condenados a morrer, mas com um tipo de adiamento indefinido." Idealmente, devemos viver cada minuto das nossas vidas com valor, como se fosse o ltimo momento de nossas vidas. Aqueles que vivem sem um propsito tero uma sensao de vazio no final de suas vidas, mas aqueles que vivem de uma forma preenchida, lutando at ao fim, morrero em paz. Leonardo da Vinci diz, "Tal como um dia bem passado nos d um sono feliz, tambm uma vida bem usada nos d uma morte feliz." Aquele que tem conscincia de que a morte pode surgir a qualquer altura, viver cada dia ao mximo.

26 de Abril medida que a globalizao prossegue, entramos numa poca em que as aces de cada pessoa influenciam fortemente todos os outros. Quando temos noo disto, podemos alterar a nossa mentalidade e lutar para construirmos uma sociedade global de coexistncia e prosperidade mtuas. Isso ser concretizado ao irmos alm da devoo aos interesses do Estado-nao, e devotando-nos aos interesses de toda a humanidade. Como disse Martin Luther King Jr., a injustia em qualquer lugar uma ameaa justia em toda parte. A chave para a soluo a imaginao para cuidar de outros. a nfase sobre o corao, ou aquilo a que os budistas se referem quando falam de compaixo. 27 de Abril Todos desejamos coisas belas a beleza da natureza, da aparncia, da vida, uma famlia bonita e por a fora. Mas estes no podero ser conquistados se estivermos fechados e isolados, apenas a olhar para ns prprios. Devemos criar melhores relaes com as outras pessoas e interagir com a nossa comunidade e sociedade com um corao aberto. Devemos ser gentis para com a natureza. apenas passando por este processo, que realmente crescemos e cultivamos a nossa prpria beleza. 28 de Abril o mesmo com um Buda e um ser comum. Quando iludida uma pessoa chamada de ser comum, mas quando iluminada chamada de Buda. Isto semelhante a um espelho embaciado que brilhar como uma jia quando polido. Uma mente agora nublada pelas iluses da escurido inata da vida como um espelho embaciado, mas quando polida, certo que se tornar num espelho claro, reflectindo a natureza essencial dos fenmenos e o verdadeiro aspecto da realidade. Convoque uma f profunda e continue a polir diligentemente o seu espelho dia e noite. Como o deve polir? Apenas invocando Nam-myoho-rengue-kyo. (Nichiren Daishonin, Sobre Atingir a Budicidade Nesta Vida, WND-1, 4) 29 de Abril Os nossos esforos pelo dilogo, para que possam verdadeiramente ser descritos como dilogo, devem ser levados at ao fim. Recusar um dilogo pacfico e escolher a fora fazer uma concesso e ceder fraqueza humana; admitir a derrota do esprito humano. Scrates encoraja os seus jovens discpulos a treinarem e a fortalecerem-se espiritualmente, a manterem a esperana e o auto-domnio, e a avanarem corajosamente, escolhendo a virtude em vez da riqueza material, a verdade em vez da fama. 30 de Abril Nichiren escreveu que a ira pode ser boa ou m. A ira auto-centrada gera o mal, mas a ira perante a injustia social torna-se na fora motriz para a reforma. Uma linguagem forte que censure e combata um grande mal desperta muitas vezes reaces adversas por parte da sociedade, mas isto no deve intimidar aqueles que acreditam estar certos. Um leo leo porque ruge.

1 de Maio Nichiren diz, A artemsia2 que cresce por entre o cnhamo, ou uma cobra dentro de um tubo [iro eventualmente ficar direitas], e aqueles que se associam com pessoas de bom carcter iro consequentemente tornar-se rectos no corao, aco e palavra. Se aplicarmos esta passagem s vrias influncias a que as crianas esto sujeitas, podemos dizer que o ambiente que as envolve, particularmente o comportamento dos adultos, tem um grande impacto sobre elas. Os pais devem dar bons exemplos antes de refilarem com os filhos para que faam isto ou aquilo. Os pais devem esforar-se para se tornarem numa influncia boa e correcta para as crianas como o cnhamo para a artemsia. Tambm importante que os pais aproximem os seus filhos de pessoas de bom carcter fora da sua famlia, para que eles possam avanar numa direco mais positiva. 2 de Maio Pessoas grandiosas nunca esquecem aquilo que os outros fizeram por elas. De facto, ter um sentido de gratido faz com que uma pessoa seja digna de respeito. 3 de Maio A SGI uma reunio de pessoas comuns. Ns lutamos para assegurar que as pessoas no sejam desprezadas e maltratadas pelos poderosos. Para ajudar todas as pessoas a tornarem-se fortes e sbias, estamos a desenvolver uma rede de paz e cultura, e a empreender grandes esforos pela educao. Por natureza, as pessoas so fortes, sbias, alegres e calorosas. A f religiosa tem o poder de fazer manifestar estas qualidades. O propsito da f no transformar as pessoas em carneiros; torn-las sbias. A sabedoria no um conhecimento que causa sofrimento aos outros; um discernimento iluminado para melhorar a nossa prpria vida, bem como as vidas dos outros. 4 de Maio O que o Budismo denomina de bons amigos so pessoas sinceras, pessoas honestas sem um vestgio de m-f, que conduzem os outros em direco ao caminho correcto, em direco ao bem. Tambm se refere a pessoas que oferecem o seu auxlio ou nos apoiam de forma a podermos praticar o Budismo com total confiana. Se ficarem perto de uma pessoa que vos faa sentir, aquela pessoa est sempre a brilhar e animada, ou quando estou com aquela pessoa sinto-me forte e seguro, ento a vossa f ir naturalmente aprofundarse, e desenvolvero sabedoria abundante. No caminho deste tipo de prtica Budista, encontrar bons amigos a chave para atingir a Budicidade. 5 de Maio Quando encontram uma parede, devem dizer para vocs prprio, Visto que est aqui uma parede, deve existir um espao amplo e aberto do outro lado. Em vez de ficarem desencorajados, saibam que encontrar uma parede prova do progresso que fizeram at aqui. 6 de Maio Invocar Nam-myoho-rengue-kyo a base do budismo de Nichiren. Quando invocamos ressonantemente, o sol nasce nos nossos coraes. Ficamos cheios de fora. A compaixo brota. As nossas vidas iluminam-se com alegria. A nossa sabedoria brilha. Todos os Budas e foras protectoras do universo trabalham a nosso favor. A vida torna-se estimulante. 7 de Maio Sofra o que houver a sofrer, desfrute o que houver a desfrutar. Encare tanto o sofrimento quanto a alegria como factos da vida, e continue a invocar Nam-myoho-rengue-kyo, acontea o que acontecer. Como poderia isto ser outra coisa, que no a ilimitada alegria da Lei? Fortalea o poder da sua f mais do que nunca. (Nichiren Daishonin, A Felicidade Neste Mundo, WND-1, 681) 8 de Maio As flores selvagens no so nem arrogantes, nem ciumentas ou servis. Vivendo de acordo com a sua misso nica, que caracterstico do princpio budista da igualdade das flores da cereja, pssego, ameixa e damasco, elas nem invejam outras flores, nem se depreciam a si prprias. Tm orgulho da sua individualidade, sabendo que cada uma uma flor com um boto como nenhuma outra. At as flores selvagens mais bonitas e mais delicadas no so de forma alguma fracas. Elas podem parecer frgeis, mas so fortes, imperturbveis pela chuva ou pelo vento.2

Nome cientfico da erva de So Joo.

9 de Maio Um provrbio Turco diz, O ferro brilha quando usado, mas enferruja quando no . As capacidades das pessoas que trabalham arduamente e que se esforam com todo o empenho nunca se enferrujam; elas esto constantemente a polir-se e a forjar-se. 10 de Maio As crianas lembram-se durante toda a sua vida das mes que so sempre optimistas e generosas em relao sociedade e comunidade, e que vivem de uma forma criativa. Este tipo de comportamento constitui o melhor alimento para aprender como construir uma vida feliz em casa. importante que os casais, ao mesmo tempo que do expresso total s suas caractersticas individuais, cooperem para a felicidade das crianas, da famlia e da sociedade. 11 de Maio Toda a gente acerca da santidade da vida. Ao mesmo tempo, h uma confuso universal sobre o significado essencial da mesma. Se a santidade da vida se puder tornar num slido marco de sabedoria para todas as pessoas, ento o destino da humanidade de experienciar repetidamente guerra e infelicidade pode ser em grande medida transformado. com vista a este fim que ns, praticantes do budismo de Nichiren, estamos a esforar-nos. 12 de Maio A sociedade humana, quando vista com os olhos do Budismo ganha um significado completamente diferente daquele que discernido pelos olhos seculares. Os poderosos j no esto em cima e as pessoas comuns em baixo. O estatuto no torna as pessoas grandiosas, e a autoridade no as faz nobres. Em vez disso, so as pessoas que se dedicam de todo o corao a um ideal elevado que brilham mais. 13 de Maio Devemos dar prioridade absoluta ao desenvolvimento de um esprito independente como seres humanos antes de olharmos para o nosso papel como homem, mulher, filho ou pai. Por outras palavras, para uma pessoa se tornar num homem, mulher, filho ou pai, no verdadeiro sentido da palavra, ela tem em primeiro lugar que desenvolver a sua identidade autnoma como ser humano. 14 de Maio O que que pode o indivduo alcanar face s enormes instituies que dirigem o nosso mundo? Este sentimento de impotncia alimenta um ciclo vicioso que apenas piora a situao e aumenta o sentimento de futilidade das pessoas. No extremo oposto deste sentimento de impotncia reside a filosofia do Sutra do Ltus dos trs mil domnios num nico momento de vida, e a aplicao deste ensino s nossas vidas dirias. Este princpio ensina-nos que a determinao interior de um indivduo pode transformar tudo; ele d expresso mxima ao potencial infinito e dignidade inerentes a cada vida humana. 15 de Maio Quando a gua clara, a Lua reflectida. Quando o vento sopra, as rvores abanam. As nossas mentes so como a gua. A f que fraca como gua lamacenta, enquanto que a f que corajosa como gua clara. Compreenda que as rvores so como princpios, e o vento que as abana como a recitao do Sutra. (Nichiren Daishonin, Carta Monja Laica Nichigon,WND-1, 1079) 16 de Maio Numa relao, degradante procurarem constantemente a aprovao do(a) vosso(a) companheiro(a). Tais relaes carecem de verdadeiro afecto, profundidade, ou at mesmo amor. Para aqueles de vocs que se encontram em relaes onde no so tratados da forma que o vosso corao diz que deveriam ser, espero que tenham a coragem e a dignidade de decidir que ficam melhor arriscando o desprezo do vosso companheiro(a), do que suportando a infelicidade com ele ou ela. 17 de Maio A sabedoria est enraizada na alma dos seres humanos. A forma de adquiri-la seguir o conselho simples de Scrates: Conhece-te a ti mesmo. Este o ponto de partida para estabelecer um sentido de dignidade humana, impedindo a degradao dos seres humanos rumo a se tornarem peas annimas, substituveis, de uma mquina. A essncia do verdadeiro conhecimento o auto-conhecimento. 18 de Maio

O Budismo de Nichiren preocupa-se com um problema muito prtico como que as pessoas devem viver as suas vidas e nunca por um instante permite que a sua ateno seja desviada desse problema. E, por causa deste propsito, exige como primeiro passo que uma pessoa conduza um exame profundo e destemido verdadeira natureza da vida humana 19 de Maio Nichiren estava inteiramente convencido de que podemos transformar at a realidade mais terrvel e dolorosa, incluindo o perigo da guerra, e, de facto, que imperativo que o faamos. Esta convico sustenta a sua inabalvel determinao de criar uma sociedade pacfica atravs da propagao ampla dos ensinos do Budismo. 20 de Maio O Sutra do Ltus contm o pico da luta pela justia contra o mal. Tem um calor que conforta os cansados. Tem uma coragem vibrante, pulsante, que afasta o medo. Tem um coro de alegria pela perspectiva de atingir liberdade absoluta por todo o passado, presente e futuro. Tem o alto voo da liberdade. Tem luz brilhante, flores, vegetao, msica, pinturas, histrias vvidas. Oferece lies incomparveis de psicologia, do funcionamento do corao humano; lies sobre a vida; lies sobre a felicidade; e lies sobre a paz. Mapeia as regras bsicas para uma boa sade. Desperta-nos para a verdade universal de que uma transformao no nosso corao pode transformar tudo. 21 de Maio A melhor maneira de atingir a Budicidade encontrar um bom amigo. At onde que nos pode levar a nossa sabedoria? Mesmo que tenhamos sabedoria suficiente para distinguir o frio do quente, devemos procurar um bom amigo. Mas, encontrar um bom amigo a coisa mais difcil de fazer. Por esta razo, o Buda comparou isto com a raridade de uma tartaruga com um s olho encontrar um tronco flutuante com um buraco exactamente do tamanho certo para a receber, ou com a dificuldade de tentar descer uma linha do cu de Brama e faz-la passar no buraco de uma agulha na Terra. (Nichiren Daishonin, Trs Mestres Tripitaka Oram pela Chuva, WND-1, 598) 22 de Maio apenas atravs do espao aberto criado pelo dilogo, seja ele conduzido com os nossos vizinhos, com a histria, com a natureza ou com o cosmos, que se pode manter o sentido de totalidade da humanidade. Ns no nascemos humanos somente num sentido biolgico; s podemos aprender a conhecermo-nos a ns prprios e aos outros e assim sermos treinados nas diferentes formas de sermos humanos. Fazemos isto mergulhando no oceano da linguagem e do dilogo, alimentado pelas primaveras da tradio cultural. 23 de Maio Eu acredito que podermos viver uma vida verdadeiramente satisfatria at ao fim depende consideravelmente de como vemos a morte. Tristemente, muitas pessoas mais velhas sentem-se ansiosas e receosas pela morte. Mas, como budista, eu sinto que ajuda comparar os ciclos da vida com o ritmo dirio do acordar e do dormir. Assim como ansiamos por aquilo que nos traz um sono descansado depois dos esforos do dia, a morte pode ser vista como um perodo bem-vindo de descanso e de recarregamento de energias em preparao para uma nova sequncia de vida activa. E assim como desfrutamos o melhor sono depois de um dia em que demos o nosso melhor, uma morte calma e fcil s pode suceder-se a uma vida vivida ao mximo sem arrependimentos. 24 de Maio A relao humana ltima e mais gloriosa, a relao espiritual dos sucessores. At os animais tm relaes de pai e filho. H animais que partilham relaes semelhantes ao casamento, e h at aqueles que desfrutam de amizades. No entanto, a relao de mestre e discpulo, de sucessores espirituais, existe apenas entre seres humanos. 25 de Maio O poeta indiano Rabindranath Tagore compara as funes do mal com as margens de um rio. As margens do rio so obstrues, mas elas so necessrias para manter o rio no seu percurso e a fluir sempre em frente. Sem as margens, o rio transbordaria, causando destruio em vez de criar valor. 26 de Maio H um ditado que diz O discurso de prata, o silncio de ouro. Mas quando estiverem empenhados numa luta, o oposto verdade. Nessa altura, falar de ouro e o silncio derrota.

27 de Maio Semelhante ao eu unificador e integrante que Carl Jung percepcionou nas profundezas do ego, o termo eu maior no budismo expressa a abertura e expanso do carcter, atravs da qual podemos abraar o sofrimento de todas as pessoas como se fosse o nosso. O eu maior procura sempre aliviar a dor e aumentar a felicidade dos outros aqui, por entre as realidades da vida diria. Para alm disso, o despertar dinmico, vital, do eu maior permite a cada indivduo experienciar tanto a vida como a morte com igual satisfao. 28 de Maio A crena ensinada no Sutra do Ltus no fornece respostas fceis, nem nenhuma rota escapatria s dificuldades da vida humana. De facto, rejeita tais respostas fceis; em vez disso, implora-nos que peguemos nas duas ferramentas para explorar a vida - a crena e a compreenso e as usemos para nos desafiarmos continuamente e trabalharmos para o nosso aperfeioamento. E tambm nos fornece a energia para o fazermos. 29 de Maio Shakyamuni proclama, Pessoas que so vigilantes no morrem; pessoas que so negligentes so como se estivessem mortas. Isto definitivamente verdade. Diligncia incessante na nossa prtica Budista esforo corajoso e vigoroso infunde as nossas vidas com a grande fora vital do Buda eterno. Pelo contrrio, as pessoas que tentam vencer na vida atravs da astcia e do engano encenam uma morte em vida. 30 de Maio Todas as crianas so gemas, cheias de um precioso potencial. H esperana em todas as crianas, porque a vida ela prpria cheia de esperana. Caso a esperana das crianas fosse reprimida ou destruda, isso seria nossa responsabilidade enquanto adultos. Causa-me dor no corao ver o que se passa na sociedade de hoje. No quero ver os olhos das crianas escurecidos com medo ou enublados com lgrimas de tristeza. A sociedade tem absolutamente que ser transformada. As crianas so espelhos que reflectem a sociedade adulta. Quando os adultos esto dbeis e com a viso enublada, as crianas tambm iro sofrer. Vamos limpar as lgrimas de tristeza da face de cada criana! Ns temos que proteger as crianas e dar-lhes coragem, fora e vitalidade. So os pais que nutrem as crianas, a esperana da humanidade. Quo nobres so os pais! Que grande misso e responsabilidade eles tm. 31 de Maio O esprito potico encoraja pessoas em todos nveis e locais a regressarem sua humanidade nua. Nem sentimental nem fantstico, abraa e contm todo o mundo e todos os seus habitantes; incute a vontade de permanecer optimista e inabalvel perante todas as dificuldades. Como crente na bondade humana inata, tenho a certeza de que o poder concentrado do bem pode vencer as maiores foras do mal. O esprito potico ajuda-nos a controlar o eu dominado pela ganncia. Ajudanos a lidar com o real, ao mesmo tempo que mantm os nossos olhos voltados para o ideal.

1 de Junho O que que a verdadeira alegria na vida? Esta uma questo difcil e que tem ocupado muitos pensadores e filsofos. A alegria pode rapidamente dar lugar ao sofrimento. A alegria curta e o

sofrimento prolongado. Tambm aquilo que na sociedade entendido como alegria superficial. No pode ser comparado com a alegria que deriva da Lei Mstica. A chave reside, ento, em cultivarmos um estado de esprito em que possamos declarar sem reservas que a vida em si uma alegria. Este o propsito da nossa prtica budista. 2 de Junho A no ser que consigamos compreender os seres humanos e sentir os seus sofrimentos como nossos, nunca estaremos livres de conflitos e guerras. Por outras palavras, uma transformao dentro das nossas prprias vidas importante. 3 de Junho Quando plantamos a semente da felicidade que a f e zelamos cuidadosamente pelo seu crescimento, ela ir infalivelmente dar fruto. Contudo, temos de ter em conta que no podemos plantar uma semente hoje e esperar que d fruto amanh. Isso no razovel, e budismo razo. Se perseverarmos, tendo em conta o princpio de que a f igual vida diria em concordncia com a razo, ento, as nossas oraes iro definitivamente ser respondidas. Esta a promessa de Nichiren para ns. E as suas palavras so verdadeiras para alm de qualquer dvida. 4 de Junho muito importante manter as promessas que fizemos aos nossos amigos. Este o verdadeiro significado da amizade. Contudo, para que nos tornemos pessoas que possam cumprir isto, temos primeiro de aprender a manter as nossas determinaes as promessas que fizemos a ns prprios. 5 de Junho Tudo comea convosco. Devem forjar-se atravs dos vossos prprios esforos. Insto cada um de vs a criar algo, a iniciar qualquer coisa e a fazer de algo um sucesso. Essa a essncia da existncia humana, o desafio da juventude. Aqui reside uma magnfica forma de vida aspirando sempre ao futuro. 6 de Junho Eu tenho um profundo respeito por vs; jamais me atreveria a tratar-vos com desprezo ou arrogncia. Porqu? Porque todos vocs esto a praticar o caminho de Bodhisattvas e iro seguramente atingir a Budicidade. Sutra do Ltus 7 de Junho Nam-myoho-rengue-kyo possibilita-nos fazer de qualquer dificuldade ou impasse a fonte do nosso novo comeo e o nosso tesouro para o futuro. Por essa razo, no devem ter medo de errar ou de encontrar um obstculo. Em suma, desde que se dediquem a permanecer na rbita correcta da f, jamais deixaro de avanar rumo vossa vitria, mesmo que possam experienciar algumas voltas e reviravoltas na vida. 8 de Junho Cada criana preciosa. O Sutra do Ltus conta a parbola dos trs tipos de ervas medicinais e dois tipos de rvores. Existem muitos tipos diferentes de plantas; a forma, o tamanho e a natureza delas surgem numa mirade de variedades. Algumas plantas crescem rapidamente, enquanto que outras demoram algum tempo a amadurecer. Contudo, nesta parbola os cus fazem com que a chuva caia de igual modo sobre todas as plantas, alimentando o crescimento destas. E as plantas florescem e do fruto de acordo com o seu carcter nico. Esta parbola simboliza a compaixo ilimitada do Buda em nutrir todos os seres vivos apesar das suas diferenas. Todas as crianas so diferentes; cada uma possui a sua maravilhosa qualidade nica. Devemos derramar sobre todas as crianas o nosso grande amor e compaixo, de modo a que cada uma possa florescer, fiel sua qualidade nica. 9 de Junho Em qualquer rea de empreendimento, fazer um voto a base para a realizao de algo grandioso. Se, por qualquer razo, uma pessoa desistir a meio do caminho ou recuar, o seu compromisso no foi baseado num voto. Desejo sem entusiasmo no chega a ser um voto.

10 de Junho

"Muito bem, vamos trabalhar outra vez!" este o esprito das pessoas de genuna substncia. Aqueles que evitam o trabalho rduo ou so negligentes para com as coisas que tm a fazer, que apenas desperdiam o seu tempo, comendo, dormindo, jogando, vendo televiso tais indivduos jamais iro experienciar a verdadeira felicidade, satisfao ou alegria. 11 de Junho A vida consiste em escalar uma montanha, para depois se enfrentar outra, seguindo-se a essa, uma outra. Aqueles que perseveram e que finalmente conseguem conquistar a mais alta das montanhas so vitoriosos na vida. Por outro lado, aqueles que evitam tais desafios e tomam o caminho mais fcil, descendo para os vales, acabaro por ser derrotados. 12 de Junho Pode haver alturas em que a vida parece melanclica e aborrecida. Quando nos sentimos presos em qualquer uma dessas situaes, quando somos negativos em relao a tudo, quando nos sentimos perdidos ou desorientados, sem sabermos para que lado nos virar nessas alturas, devemos transformar a nossa atitude passiva e determinar: "Eu irei prosseguir por este caminho", "Eu irei realizar a minha misso hoje". Quando fazemos isto, uma genuna Primavera chega aos nossos coraes e as flores comeam a desabrochar. 13 de Junho Ningum pode escapar morte. Precisamente por causa disto, quando as pessoas decidem viver cada instante com todas as suas foras e fazer com que o momento presente brilhe ao viverem fiis a elas prprias e levarem existncias verdadeiramente humanas, elas conseguem convocar uma fora imensa. Ao mesmo tempo, elas conseguem manifestar um esprito atencioso para com os outros. Aqui reside o Caminho do Meio. O budismo a filosofia que ensina este caminho essencial da vida. 14 de Junho Onde quer que estejamos, necessrio comear com a revitalizao de seres humanos individuais. Isso conduzir reforma da sociedade e do mundo atravs da revoluo humana. Esse o ensinamento do Sutra do Ltus. Gostaria de salientar que as aces direccionadas para esse objectivo representam a sabedoria do Sutra do Ltus. 15 de Junho A alegria do cu efmera tal como uma miragem ou um sonho. Uma vida passada em busca de uma miragem , em si, uma miragem. O propsito da prtica budista o de estabelecer um estado de felicidade eternamente indestrutvel; no uma felicidade passageira que perece como uma flor, mas sim um palcio interno de felicidade que durar para todo o sempre. 16 de Junho O escritor Johann Wolfgang von Goethe foi um incansvel optimista. Como que ele foi capaz de manter tal optimismo? Porque ele foi sempre activo. No permitia que a sua vida estagnasse. Ele escreve: melhor fazer a coisa mais pequena do mundo do que passar meia hora a ser uma coisa demasiado pequena. Dedicarmos trinta minutos por dia assiduamente desafiando um qualquer empreendimento pode mudar completamente as nossas vidas. 17 de Junho Quando interagimos com os outros com verdadeira sinceridade, a outra pessoa ir, em regra, respeitar e valorizar o nosso prprio carcter. E isto ser tanto mais assim quanto as nossas aces forem baseadas na orao. Pelo contrrio, menosprezar os outros conduz apenas a que sejamos, ns prprios, menosprezados pelos outros: a vida daquele que est manchada por sentimentos de dio para com os outros vir a ser injuriada pelos outros. Vamos abrir o caminho rumo ao respeito mtuo e coexistncia harmoniosa, de maneira a colocarmos um fim a este crculo vicioso que tem, desde h muito, feito parte do destino dos seres humanos. 18 de Junho O que que decide o nosso verdadeiro mrito como seres humanos? A resposta, em ltima anlise, resume-se filosofia que adoptamos e s aces que empreendemos com base nas nossas convices.

19 de Junho Se tiverem sempre uma perspectiva superficial e s prestarem ateno a coisas triviais, iro decerto ficar atolados em preocupaes e questes insignificantes de toda a espcie, e no sero capazes de seguir em frente. Mesmo obstculos ou problemas relativamente secundrios iro parecer insuperveis. Mas se olharem para a vida numa perspectiva alargada, iro naturalmente encontrar a forma de resolver qualquer problema que possam enfrentar. Isto verdade quando consideramos tanto os nossos problemas pessoais como os da sociedade, e at o futuro do mundo inteiro. 20 de Junho O budismo esclarece a dignidade da vida humana ao nvel mais fundamental. O budismo no simplesmente uma filosofia que observa a verdade de um ponto de vista objectivo ou luz da razo. O budismo orientado para a prtica e para o estudo dos seres humanos, que revelam o modo correcto de viver. O budismo tem como objectivo comprovar a verdadeira dignidade da vida humana atravs da vida e das aces do indivduo para ajudar outros a fazerem o mesmo. Por outras palavras, o budismo uma prtica para reverenciar a vida humana - a nossa prpria, bem como a dos outros. 21 de Junho Certamente haver alturas em que desejariam ter mais dinheiro para gastar, mais tempo para dormir, e mais tempo para divertimento e lazer. Talvez agora se sintam limitados, mas devem considerar a situao actual como sendo as circunstncias perfeitas para o vosso crescimento. No mbito das restries que definem a vossa presente existncia, a nica coisa a fazer disciplinarem-se, e avanarem em direco ao crescimento e auto-melhoramento. 22 de Junho O Buda entende intensamente os diversos sofrimentos como se fossem experienciados pelos seus prprios filhos. Tristeza e empatia brotam da sua vida. Um Buda uma pessoa de compaixo. Josei Toda disse: Compaixo no uma austeridade budista. algo que deveria expressar-se inconsciente e naturalmente nas aces de uma pessoa, e no modo como opera o seu corao. O Buda desconhece qualquer outro caminho de viver para alm de o de viver com compaixo. 23 de Junho Se uma pessoa est com fome, devemos dar-lhe po. Quando no h po, podemos, pelo menos, dar palavras que alimentem. Para com uma pessoa que parece estar doente ou fisicamente debilitada, podemos direccionar a conversa para alguns assuntos que a animem, e a encham de esperana e determinao de ficar melhor. Vamos oferecer alguma coisa a cada pessoa que encontramos: alegria, coragem, esperana, convico, filosofia, sabedoria, uma viso para o futuro. Vamos sempre oferecer alguma coisa. 24 de Junho Uma pedra tem o potencial para produzir fogo e as gemas tm um valor intrnseco. Ns, pessoas comuns, no podemos ver nem as nossas prprias pestanas que esto to perto, nem os cus distantes. De igual forma, no vemos que o Buda existe nos nossos prprios coraes. Nichiren Daishonin, Carta de Ano Novo, WND-1, 1137 25 de Junho A primeira coisa a fazer orar. A partir do momento em que comeamos a orar, as coisas comeam a mover-se. Quanto mais escura a noite, mais perto est o amanhecer. A partir do momento em que invocamos Nam-myoho-rengue-kyo com uma profunda e poderosa determinao, o sol comea a erguerse nos nossos coraes. Esperana a orao o sol da esperana. Orar de cada vez que nos deparamos com um problema, superando-o e elevando a nossa condio de vida como resultado este o caminho da "transformao dos desejos terrenos em iluminao", ensinado no budismo de Nichiren. 26 de Junho Esta vida nunca mais ir voltar; preciosa e insubstituvel. Para vivermos sem lamentaes, temos de ter um propsito concreto, continuamente estabelecendo objectivos e desafios para ns mesmos. E necessitamos de continuar a avanar rumo a essas metas especficas, constante e tenazmente, um passo de cada vez. 27 de Junho

Quando as pessoas praticam um ensino tal como deve ser, o resultado esperado torna-se manifesto nas suas vidas, bem como no seu meio ambiente. A religio no trata apenas da espiritualidade, mas tem tambm um impacto significativo positivo ou negativo na vida quotidiana das pessoas e das suas sociedades. A natureza e dimenso do impacto de uma dada religio tornam-se o modelo para avaliar a validade dessa religio. 28 de Junho Se no estiver disposta a fazer esforos para se tratar, ser muito difcil curar a sua doena. Um dia de vida mais valioso do que todos os tesouros do principal sistema mundial, por isso, deve, em primeiro lugar, convocar uma f sincera. Nichiren Daishonin, Sobre Prolongar a Durao da Nossa Vida, WND-1, 955 29 de Junho O importante avanarem alegremente e esforarem-se por serem vitoriosos a cada momento exactamente onde esto; iniciar algo aqui e agora, ao invs de se atormentarem e preocuparem com o que acontecer no futuro. Este ponto de partida para transformarmos as nossas vidas. 30 de Junho Num dos seus escritos, o clebre microbiologista Ren Dubos afirmou: "A Histria ensina que sem esforo, o homem ir sem dvida deteriorar-se; o homem no pode progredir sem esforo e o homem no pode ser feliz sem esforo." Isto indiscutvel. Vocs podem estar agora a passar por vrias dificuldades, mas porque continuam a fazer esforos durante esses desafios, no importando o quo dolorosos sejam, iro certamente tornar-se felizes. Esforo e felicidade so inseparveis.

1 de Julho

Se nutrirmos nas profundezas do nosso corao o esprito de retribuir a nossa dvida de gratido, a nossa boa fortuna vai aumentar enormemente. No importa quantas aces as pessoas aparentem exteriormente estar a empreender, se lhes faltar o esprito de retribuir as dvidas de gratido, a sua arrogncia destruir a sua boa fortuna. 2 de Julho Se atingirmos o estado da Budicidade nesta vida, esse estado vai para sempre permanecer nas nossas vidas. Atravs do ciclo da vida e da morte, em cada nova vida que tenhamos, estaremos dotados com boa sade, boa fortuna e inteligncia, assim como num meio ambiente confortvel que nos apoia, e levaremos vidas que transbordam de boa fortuna. Cada um de ns possuir tambm uma misso nica e nascer de uma forma apropriada de modo a conseguir cumpri-la. 3 de Julho Se nos queremos tornar em algum de carcter extraordinrio, um mestre indispensvel. Visto a um nvel mais profundo, a nossa relao com o nosso mestre pode ter um significado ainda mais importante do que a relao com os nossos pais. Na relao de mestre-discpulo, podemos encontrar a verdadeira essncia para atingir vitria na vida. 4 de Julho Uma grande revoluo interior num nico indivduo ir ajudar a realizar uma transformao no destino de uma sociedade inteira e, mais ainda, ir causar a mudana no destino de toda a Humanidade. 5 de Julho Ter a energia para discutir um sinal de boa sade! Quando duas pessoas de uma relao partilham condies semelhantes, apenas natural que, de vez em quando, andem s turras. Por outro lado, se uma das partes se desenvolve mais do que a outra, ento provvel que as duas no tenham srios confrontos, devido diferena entre os estados de vida das duas pessoas. Seria fantstico se pudssemos viver alegremente, apreciando a vida ao ponto de considerar a irritao do nosso parceiro como sinal da sua boa sade e prova de que est vivo e ainda se agita. Quando desenvolvemos um estado de vida vasto, ento at mesmo os gritos e a raiva do nosso parceiro soar como o canto de um pssaro. 6 de Julho Um oponente forte ajuda-nos a desenvolver e forjar a nossa prpria fora e capacidade. Quando vocs encontrarem algum desafio, rejubilem e digam a vocs prprios, encontrei um adversrio raro e valioso! Sadem todas as circunstncias positivamente, resistam a todas as tempestades com um esprito forte e resistente, e emerjam triunfantes. Este o modo de vida Budista. 7 de Julho O Budismo, sendo fundado na lei de causa e efeito, d importncia ao conceito de karma. Este princpio explica que a cada momento a vida est sujeita aos efeitos das causas plantadas no passado. Tudo aquilo que fazemos, dizemos e pensamos, so causas. De acordo com o Budismo, no momento em que fazemos alguma coisa, dizemos alguma coisa ou pensamos em alguma coisa, registamos um efeito nas profundezas do nosso ser. Assim, quando as nossas vidas encontram as circunstncias certas, o efeito torna-se claro. Os traos da nossa personalidade esto fortemente ligados ao nosso karma. As boas notcias so que, ao contrrio do destino, o nosso karma pode ser transformado pelas causas que plantamos deste momento em diante. De facto, a prtica do Budismo essencialmente a prtica de transformamos continuamente o nosso karma. 8 de Julho O Budismo diz respeito vitria. Quando lutamos contra um poderoso inimigo, seremos vitoriosos ou derrotados no existe um meio-termo. Batalhar contra as funes negativas da vida uma parte inalienvel do Budismo. ao sermos vitoriosos nesta luta que nos tornarmos Budas. Temos que vencer. Mais ainda, o budismo assegura-nos definitivamente que o podemos concretizar.

9 de Julho

Quando estamos abertos e envolvidos, experienciamos o nosso grande Eu. Quando estamos fechados, estamos a manifestar o nosso pequeno Eu. O pequeno Eu um estado iludido, enquanto que o grande Eu o sinnimo de natureza de Buda. Viver para o grande Eu significa reconhecer o princpio universal por detrs de todas as coisas e, uma vez despertado, elevar-se sobre o sofrimento causado pela conscincia da impermanncia. Uma crena em algo eterno necessria para melhorar a qualidade da nossa existncia. Ao acreditar que esta vida tudo o que h e que acaba tudo com a morte, iremos falhar em viver uma vida verdadeiramente profunda. Quando o nosso ponto de vista expande para alm dos limites da nossa actual existncia e passa a incluir o universo eterno inteiro, podemos viver vidas profundamente gratificantes. 10 de Julho Os coraes das pessoas esto a tornar-se cada vez mais complexos, mais confusos e mais difceis de entender. O mesmo verdade em relao s intuies humanas. A escurido desta complicada e agitada era pode crescer ainda mais profundamente. por isso que existe uma necessidade ainda maior da brilhante luz interior da cultura, da educao que ajuda a polir a sabedoria e o carcter de uma pessoa. Esta a chave para a vitria na vida. 11 de Julho O corao dos ensinos do Buda ao longo da sua vida o Sutra de Ltus, e o corao da prtica do Sutra de Ltus pode ser encontrado no captulo Nunca Desprezar. O que significa o profundo respeito pelas pessoas demonstrado pelo Bodhisattva Nunca Desprezar? O propsito do surgimento neste mundo do Buda Shakyamuni, o senhor dos ensinos, reside no seu comportamento como ser humano. Nichiren Daishonin, Os Trs Tipos de Tesouros 12 de Julho Ningum se pode melhor deleitar no blsamo do Vero do que aquele que suportou a mordedura do Inverno. Da mesma forma, so aqueles que sofreram atravs das horas mais escuras da vida que podem verdadeiramente saborear a brilhante alvorada da felicidade. A pessoa que conseguiu transformar o pior dos destinos na melhor das fortunas um campeo na vida. 13 de Julho As pessoas no deveriam hesitar em exercer todo o seu potencial, de uma forma verdadeira para consigo prprias. Como podero vocs alguma vez descobrir o quo longe ou rpido podem ir se nunca correram at ao fim? Desistir antes de sequer tentar, na verdade arrogncia uma afronta ao prodigioso poder que reside no interior da vossa vida e um desrespeito para convosco prprios. cobardia. 14 de Julho Termos uma conscincia da morte permite-nos viver cada dia, cada momento com gratido pela oportunidade nica que temos de criar algo durante o tempo que vivemos na Terra. Acredito que para conseguirmos desfrutar de verdadeira felicidade, devemos viver cada momento como se fosse o nosso ltimo. Hoje nunca mais volta a acontecer. Podemos falar do passado ou do futuro, mas a nica realidade que possumos o momento presente. E confrontar a realidade da morte capacita-nos de facto a revelar verdadeira criatividade, coragem e alegria a cada momento das nossas vidas. 15 de Julho A vida diria pode parecer-nos fastidiosa e sem entusiasmo. A vida ela prpria pode por vezes parecer um esforo, e poucos de ns esperam, de uma forma realista, que a felicidade que possamos sentir dure para sempre. Mas quando nos apaixonamos, a vida parece encher-se de drama e excitao. Sentimo-nos como o protagonista de um romance. Mas, se nos perdermos no amor apenas porque estamos aborrecidos, e consequentemente nos desviarmos do caminho que devamos percorrer, ento o amor no nada mais do que escapismo. 16 de Julho Como ser o futuro? Ningum sabe a resposta para esta questo. Tudo o que sabemos que os efeitos que aparecero no futuro esto contidos nas causas feitas no presente. O que de facto importa, sendo assim, que nos ergamos e empreendamos aco de forma a atingirmos grandes objectivos sem nos permitirmos ser distrados ou desencorajados pelas dificuldades imediatas.

17 de Julho O seres humanos possuem inerentemente a fora necessria para ultrapassar qualquer dificuldade. Tradicionalmente, as religies tm salientado a importncia de tal fora espiritual. Este o ponto de origem do Budismo. O Buda Shakyamuni ensinou-nos a esforarmo-nos por atingir a felicidade e a paz, no no exterior, mas no nosso interior. 18 de Julho Pessoas de convico, que se levantam sozinhas, que percorrem o caminho que escolheram tais pessoas para alm de serem bons amigos e dignos de confiana, so tambm capazes de tornar outras pessoas em amigos genunos. Os bosques de bambu so deslumbrantes no Outono. Cada ramo de bambu ergue-se de forma independente, crescendo direito e alto em direco ao cu. Mas no fundo da terra, fora da nossa vista, as suas razes esto interligadas. Da mesma forma, a verdadeira amizade no uma relao de dependncia, mas sim de independncia. o lao duradouro que liga indivduos autoconfiantes, camaradas que partilham o mesmo compromisso, numa dimenso espiritual. 19 de Julho insensato ficar obcecado com falhanos passados. E igualmente insensato ficarmos satisfeitos com as nossas pequenas concretizaes. O que de facto importa o presente