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FRATURAS DE
OLÉCRANO
OPÇÕES DE TRATAMENTOJ Am Acad Orthop Surg 2000
David J Hak, and Gregory J Golladay
INTRODUÇÃO
• Fraturas de olécrano são todas intra-
articulares devendo ter redução anatômica
• Existem muitos métodos de fixação
• A fixação interna é forma mais segura e
que permite a mobilização precoce
reduzindo a incidência de rigidez de
cotovelo
ANATOMIA
• O cotovelo é uma complexa articulação em
dobradiça
• Estabilização Valgo: dada pela banda
anterior do ligamento colateral ulnar e a
cabeça do rádio
• Estabilizador Varo: complexo ligamentar
colateral lateral, incluindo o ligamento
umeroulnar.
ANATOMIA
• O processo coronóide estabiliza o úmero
contra a luxação posterior da ulna proximal,
sendo que sua fratura pode resultar em
instabilidade do cotovelo
• Olécrano previne a luxação anterior da ulna
com o úmero distal
• A porção anterior do olécrano e coronóide
são formados por cartilagem hialina
• O olécrano articula-se com a tróclea do
úmero
ANATOMIA
• O tríceps insere-se na região posterior do
olécrano e ulna proximal e seu tendão está
intimamente ligado com periósteo da ulna
• O N. ulnar passa no aspecto medial do
cotovelo, posterior ao ligamento colateral
ulnar e curva-se anteriormente para junto da
a. ulnar
• O M. braquial insere-se na metade da
porção anterior da coronóide e na metáfise
proximal da ulna
MECANISMO
• Resulta de trauma direto, trauma indireto e
combinação dos dois
• Causas mais comuns são acidentes
automobilísticos, motociclístico, quedas e
assaltos.
• Fraturas expostas são de 2 a 31 % das
fraturas
• Associação com outras lesões em 20%
casos
CLASSIFICAÇÃO
• AO: A: Extra articular envolvendo a
metáfise
B: Intra articular envolvendo rádio e
ulna
B1: Intra articular só do olécrano
C: Intra articular envolvendo a cabeça
do rádio
CLASSIFICAÇÃO
• MORREY:
– I: Fratura sem desvio
– II: Fratura com desvio com cotovelo estável(
porção anterior do ligamento colateral intacto)
– III:Fratura com desvio envolvendo todo o
olécrano
• II e III: A: sem cominuição
B: com cominuição
CLASSIFICAÇÃO
• SCHATZKER:
– A: Transversa simples
– B: Transversa com impactação central
– C: Obliqua simples
– D: Cominutiva
– E: Obliqua distal na região média da tróclea
– F:Fratura do olécrano e da cabeça do rádio
OPÇÕES DE TRATAMENTO
• TRATAMENTO CONSERVADOR:
– Fraturas sem desvio
– Controvérsia sobre o desvio aceito
– Para muitos a imobilização em extensão para a
redução do fragmento desviado
– Imobilização do cotovelo em 45 e após 3
semanas em 90
OPÇÕES DE TRATAMENTO
• TRATAMENTO CIRÚRGICO:
– Redução anatômica da fratura
– Redução com fios por banda de tensão é o
método preconizado pela AO e que converte as
forças de tensão e distração do tríceps para
força de compressão na superfície articular
BANDA DE TENSÃO
• É a forma mais efetiva de fixação dasfraturas de olécrano
• Converte a força de extensão do tríceps emforça de compressão dinâmica na superfíciearticular
• Fios podem ser intra articular ou corticalanterior que providencia grande resistênciacontra a migração do fio
BANDA DE TENSÃO
• O principal fator para prevenir a migraçãodo fio é certificar-se que os fios estãosepultados no tríceps
• Fios devem ser paralelos e impactadoscontra a cortical
• Se os fios estiverem na cortical anteriorcuidar para não bloquear a prono-supinaçãoe para não fazer lesão neurovascular
PARAFUSO INTRA-MEDULAR
• O uso de um único parafuso intra-articular é
bem aceito
• Estudo comparativo entre parafuso e banda
de tensão não mostrou diferenças
significativas entre os resultados obtidos
• Deve-se colocar o parafuso através do eixo
axial para evitar o deslocamento da fratura
PARAFUSO INTRA-MEDULAR
• Jhonson e col demonstraram bons
resultados em 24 pacientes tratados com
parafusos 6,5 mm com ou sem associação
com banda de tensão, com 4 falhas
• INDICAÇÃO: Igual banda de tensão –
fratura transversal com traço simples e nas
osteotomias do olécrano
PLACA PARAFUSO
• Recomendado para fraturas cominutas em
que a banda de tensão é inviável e para
fraturas obliquas através da porção média
da tróclea e fraturas envolvendo a coronóide
e fraturas associadas a Monteggia
• Por ser subcutânea pode ser necessária a
retirada posterior
PLACA PARAFUSO
• Simpsom e col mostraram 73 % bons
resultados, sendo 13 fraturas complexa de
ulna, 24 fraturas de Monteggia
• USO: Fraturas cominutas, fraturas
envolvendo a coronóide, fratura obliqua
distal através da tróclea, fratura de
Momteggia e artrodese.
RESSECÇÃO FRAGMENTO
DISTAL DO TRÍCEPS
• Indicado para pacientes com osso
osteoporótico e que o fragmento envolve
menos de 50% da superfície articular e o
fragmento é muito pequeno ou cominuto
para fixação
• A integridade do ligamento colateral
medial, a membrana interossea e a art.
Radioulnar distal para se indicar a ressecção
RESSECÇÃO FRAGMENTO
DISTAL DO TRÍCEPS
• Reservado para os casos que a reduçãoaberta não pode ser obtida
• O tendão do tríceps deve ser suturado comfio inabsorvível fixado através deperfuração na ulna proximal
• Canabela e Morrey recomendam que otríceps deve ser posicionado adjacentepermanecendo na superfície articularcriando um fundo para a tróclea
RESSECÇÃO FRAGMENTO
DISTAL DO TRÍCEPS
• Meckeever e Buck demonstraram que 80%
da superfície articular pode ser retirada sem
comprometer a estabilização do cotovelo
• Gartsman e col demonstraram 1 caso de
instabilidade anterior em paciente com
excisão de 75% da superfície
• Inhofe e Howarde demonstraram bons e
excelentes resultados em 11 de 12 pacientes
submetidos a ressecção de 70% superfície
REABILITAÇÃO
• O tempo ideal para iniciar a mobilizaçãodeve considerar a estabilidade da fixação eas complicações do paciente
• O paciente com fixação por placa podeiniciar mobilização ativa no 1 PO
• Fraturas cominutas requerem longosperíodos de imobilização
• Reforço muscular em 6 semanas
• Retorno ao trabalho em 3 a 4 meses
COMPLICAÇÕES
• BANDA: Migração do fio, irritação dotecido muscular, bursite no olécrano epseudoartrose
• Fraturas isoladas pedem de 10 a 15% deextensão, com perda maior nas fraturasassociadas
• Infecção de 1 a 6%
• Pseudoartrose é a complicação maisfreqüente
CONCLUSÕES
• Bons resultados foram obtidos com todas astécnicas
• Fraturas sem desvio pode ser optado portratamento conservador
• Banda de tensão indicada nas fraturas detraço simples
• RA e FI é preferível para as fraturas comdesvio
CONCLUSÕES
• Fixação com placa é recomendada parafraturas cominutas, obliquas
• A excisão do fragmento está indicada nasfraturas com fragmento pequeno oucominutas em pacientes com ossoosteoporótico
• Gartsman e col numa série de 107 pacientescom fraturas isoladas de olécrano – 53submetidos a excisão e 54 a fixação combanda
CONCLUSÕES
• Após 3.6 anos as queixas de dor,
diminuição da mobilidade, perda de força,
instabilidade eram similares nos 2 grupos
• 13 pacientes tratados com banda tiveram
complicações contra 2 tratados com excisão
do fragmento