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PROFESSORA KELLY MENDES
Comunicar-se.Aptidão nata do ser humano.
O tempo todo estamos tentando estabelecer contato com as pessoas, seja por meio da fala, seja por
meio da escrita. A interação com o outro acontece antes mesmo de aprendermos nossa língua
materna, e desde a tenra idade, através de expressões faciais e até mesmo de sons incompreensíveis,
lançamo-nos à incrível arte da comunicação.
O que é função?Qual a função da
linguagem?
• Roman Jakobson
• Teoria da Comunicação
• Demonstrar que a comunicação humana se estrutura a partir de elementos, atendendo finalidades
específicas.
Esquema de processo de comunicação
Relação entre a função e a ênfase linguística
Função emotiva ou expressiva - ênfase no Emissor
Exteriorização da emoção do remetente em relação àquilo que fala:
“Ele saiu de casa.”“O canalha saiu de casa.”
Características: SUBJETIVIDADE – Predomínio da primeira pessoa
VISÃO INTIMISTA
UNILATERALIDADE
PREOCUPAÇÃO COM O “EU”
OPINIÕES E RELATOS PESSOAIS
Não sei quem sou, que alma tenho.Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo.Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)...Sinto crenças que não tenho.Enlevam-me ânsias que repudio.A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me apontatraições de alma a um caráter que talvez eu não tenha,nem ela julga que eu tenho.Sinto-me múltiplo.
Função referencial, informativa ou cognitiva- ênfase no Referente
Transmissão de informações: notícias
Características: OBJETIVIDADE
ÊNFASE NA INFORMAÇÃO
CONHECIMENTO E ESCLARECIMENTO
LINGUAGEM DENOTATIVA
VISÃO UNIVERSAL
PREFERÊNCIA PELA 3ª PESSOA
TESES, TEXTOS JORNALÍSTICOS, CIENTÍFICOS
Função conativa ou apelativa- ênfase no receptor
Influenciar o comportamento do destinatário: propaganda.
Características: Mudar hábitos
Influenciar
Convencer / persuadir
Ordenar
Convidar
Apelar
Sugestionar
Função conativa ou apelativa- ênfase no receptor
Função conativa ou apelativa- ênfase no receptor
Função conativa ou apelativa- ênfase no receptor
Função metalinguística- ênfase no código
Usar a linguagem para referir-se a própria linguagem: verbete de dicionário.
Características: Código abordando o próprio código
Poema que fala de poema
Música que fala de música
Teatro que fala de teatro
Função metalinguística- ênfase no código
Escher (1898-1972 )
Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
Drummond
Função metalinguística- ênfase no código
Função metalinguística- ênfase no código
Função fática- ênfase no canal
Iniciar, prolongar, finalizar um ato de comunicação.
Características: Testar o canal de comunicação
Avaliar o nível de entendimento
Perceberam?
Função fática- ênfase no canal“(...) Olá, como vai ?
Eu vou indo e você, tudo bem ?Tudo bem eu vou indo correndo
Pegar meu lugar no futuro, e você ?Tudo bem, eu vou indo em busca
De um sono tranquilo, quem sabe …Quanto tempo... pois é...
Quanto tempo...Me perdoe a pressa
É a alma dos nossos negóciosOh! Não tem de quê
Eu também só ando a cemQuando é que você telefona ?Precisamos nos ver por aí (…)”.
(Trecho da música Sinal Fechado, de Paulinho da Viola).
Função Poética- ênfase na mensagem
Projeção no eixo da seleção sobre o eixo da combinação linguística.
Características: Preocupação estética
Linguagem repleta de figuras
Combinações sonoras, visuais
Provoca impacto quer seja visual, emotivo ou mesmo sonoro
Jogo de palavras
Pode agir conjuntamente em
quase todas as outras funções
Função Poética- ênfase na mensagem
Função Poética- ênfase na mensagem
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
– não sei, não sei. Não sei se fico ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
– mais nada.
MOTIVO
Cecília Meireles