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IBADEP Instituto B íblico da Assembléia de Deus -

En sino e pesquisa

IBADEP - Insti tuto B íblico da Assem bléia de Deus -

Ensino e Pesquisa

Av. Brasil, S/N° - Eletrosiü - Cx. Postal 248

85980-000 - Guaíra - PR

Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431E-mail: íbadep a  ibadep.com

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DIGITALIZAÇÃO

IBADEP

ESDRAS DIGITAL E PASTOR DIGITAL

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Geografia Bíblica

Pesquisado e adaptado pela EquipeRedatorial para Curso exclusivo do IBADEP -Instituto Bíblico das Igrejas Evangélicas Assembléiasde Deus do Estado do Paraná.

Com auxílio de adaptação e esboço devários ensinadores

Mapas T01 a T04:  Extraído da Bíblia de ReferênciaThompson, Frank Charles Thompson, Mapas 1 a16, São Paulo: Editora Vida, 1992.

Mapas P01 a P15:  Extraído da Bíblia de EstudoPentecostal, Donald C. Stamps, Rio de Janeiro:CPAD, 1995.

Mapas T01 a T04  foram utilizados com a devidaautorização da Editora Vida. Todos os direitos reservados.Os infratores estarão sujeitos às penalidades da lei.

Mapas P01 a P15   foram utilizados com a devidaautorização da Sociedade Bíblica do Brasil. Todos osDireitos Reservados. Os infratores estarão sujeitos àspenalidades da lei.

9a Edição - Abri l/2007

Todos os direitos reservados ao IBADEP

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Diretorias

CIEADEP 

Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de HonraPr. Israel Sodré - PresidentePr. José Anunciação dos Santos - I o Vice-PresidentePr. Moisés Lacour - 2o Vice-PresidentePr. Ival Theodoro da Silva - I o SecretárioPr. Samuel Azevedo dos Santos - 2o Secretário

Pr. Simão Bilek - I o TesoureiroPr. Mirislan Douglas Scheffel - 2o Tesoureiro

 AEADEPAR - Conselho Deliberativo

Pr. Israel Sodré - PresidentePr. Ival Teodoro da Silva - RelatorPr. José Anunciação dos Santos - Membro

Pr. Moisés Lacour - MembroPr. Samuel Azevedo dos Santos - MembroPr. Simão Bilek - MembroPr. Mirislan Douglas Scheffel - MembroPr. José Carlos Correia - MembroPr. Perci Fontoura - Membro

 AEADEPAR   - Conselho de AdministraçãoPr. José Polini - PresidentePr. Robson José Brito - Vice-PresidentePr. Moysés Ramos - I o SecretárioPr. Hercílio Tenório de Barros - 2o SecretárioPr. Edilson dos Santos Siqueira - I o TesoureiroPr. Luiz Carlos Firmino - 2o Tesoureiro

IBADEP 

Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. AdministrativoPr. José Carlos Teodoro Delfino - Coord. Financeiro

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Cremos

1) Em um só Deus, eternamente subsistente emtrês pessoas: O Pai, Filho e o Espírito Santo. (Dt6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).

2)  Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, únicaregra infalível de fé normativa para a vida e ocaráter cristão (2Tm 3.14-17).

3 )  Na concepção virginal de Jesus, em sua mortevicária e expiatória, em sua ressurreiçãocorporal dentre os mortos e sua ascensãovitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).

4 )  Na pecaminos idade do homem que o desti tuiuda glória de Deus, e que somente o

arrependimento e a fé na obra expiatória eredentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19).

5)  Na necessidade absoluta do novo nascimentopela fé em Cristo e pelo poder atuante doEspírito Santo e da Palavra de Deus, para tornaro homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8).

6)  No perdão dos pecados, na salvação presente eperfeita e na eterna justificação da almarecebidos gratuitamente de Deus pela fé nosacrifício efetuado por Jesus Cristo em nossofavor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25;5.9).

7)  No batismo bíblico efetuado por imersão docorpo inteiro uma só vez em águas, em nome doPai, do Filho e do Espírito Santo, conformedeterminou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm6.1-6 e Cl 2.12).

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8 )  Na necessidade e na poss ibi lidade que temos deviver vida santa mediante a obra expiatória eredentora de Jesus no Calvário, através do

poder regenerador, inspirador e santificador doEspírito Santo, que nos capacita a viver comofiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 eIPe 1.15).

9)  No bat ismo bíblico no Espíri to Santo que nos édado por Deus mediante a intercessão de Cristo,com a evidência inicial de falar em outraslínguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4;10.44-46; 19.1-7).

10)  Na atuali dade dos dons espirituais distr ibuídospelo Espí rito Santo à Igreja para sua ed ifi cação,conforme a sua soberana vontade (ICo 12.112).

1 1 )  Na Segunda Vinda premi lenial de Cristo, emduas fases distintas. Primeira - invisível aomundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra,antes da Grande Tribulação; segunda - visível ecorporal, com sua Igreja glorificada, para reinarsobre o mundo durante mil anos (lTs 4.16. 17;ICo 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14).

12)  Que todos os cristãos comparecerão ante oTribunal de Cristo, para receber recompensa dosseus feitos em favor da causa de Cristo na terra(2Co 5.10).

13)  No juízo vindouro que recompensará os fiéis econdenará os infiéis (Ap 20.11-15).

14)  E na vida eterna de gozo e felicidade para osfiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt25.46).

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Metodologia de Estudo

Para obter um bom aproveitamento, oaluno deve estar consciente do porquê da suadedicação de tempo e esforço no afã de galgar umdegrau a mais em sua formação.

Lembre-se que você é o autor de suahistória e que é necessário atualizar-se. Desenvolva

sua capacidade de raciocínio e de solução deproblemas, bem como se integre na problemáticaatual, para que possa vir a ser um elemento útil a simesmo e à Igreja em que está inserido.

Consciente desta realidade, não apenasacumule conteúdos visando preparar-se para provasou trabalhos por fazer. Tente seguir o roteiro

sugerido abaixo e comprove os resultados:

1. Devocional:

a)  Faça uma oração de agradecimento a Deuspela sua salvação e por proporcionar-lhe aoportunidade de estudar a sua Palavra, paraassim ganhar almas para o Reino de Deus;

b)  Com a sua humi ldade e oração, Deus iráiluminar e direcionar suas faculdades mentaisatravés do Espírito Santo, desvendandomistérios contidos em sua Palavra;

c)  Para melhor aproveitamento do estudo, temosque ser organizados, ler com precisão aslições, meditar com atenção os conteúdos.

2. Local de estudo:Você precisa dispor de um lugar próprio paraestudar em casa. Ele deve ser:

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a)  Bem arejado e com boa iluminação (depreferência, que a luz venha da esquerda);

b)  Isolado da circulação de pessoas;c)  Longe de sons de rádio, televisão e conversas.

3. Disposição:

Tudo o que fazemos por opção alcança bonsresultados. Por isso adquira o hábito de estudarvoluntariamente, sem imposições. Conscientize-se

da importância dos itens abaixo:

a)  Estabelecer um horário de estudo extraclasse,dividindo-se entre as disciplinas do currículo(dispense mais tempo às matérias em quetiver maior dificuldade);

b)  Reservar, diariamente, algum tempo para

descanso e lazer. Assim, quando estudar,estará desligado de outras atividades;

c)  Concentrar-se no que está fazendo;

d)  Adotar uma correta postura (sentar-se àmesa, tronco ereto), para evitar o cansaçofísico;

e)  Não passar para outra lição antes de dominarbem o que estiver estudando;

f)  Não abusar das capacidades físicas e mentais.Quando perceber que está cansado e o estudonão alcança mais um bom rendimento, façauma pausa para descansar.

4. Aproveitamento das aulas:

Cada disciplina apresenta características próprias,envolvendo diferentes comportamentos, a saber:raciocínio, analogia, interpretação, aplicação ou

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simplesmente habilidades motoras. Todas, noentanto, exigem sua participação ativa. Paraalcançar melhor aproveitamento, procure:

a)  Colaborar para a manutenção da disciplina nasala-de-aula;

b)  Participar ativamente das aulas, dandocolaborações espontâneas e perguntandoquando algo não lhe ficar bem claro;

c) Anotar as observações complementares domonitor em caderno apropriado.

d)  Anotar datas de provas ou entrega detrabalhos.

. Estudo extradasse:

Observando as dicas dos itens 1 e 2, você deve:

a)  Fazer diariamente as tarefas propostas;

b)  Rever os conteúdos do dia;

c)  Preparar as aulas da semana seguinte. Seconstatar alguma dúvida, anote-a, e apresentaao monitor na aula seguinte. Procure não

deixar suas dúvidas se acumulem.d)  Materiais que poderão ajudá-lo:

s   Mais que uma versão ou tradução da BíbliaSagrada;

y   Atlas Bíblico;

s   Dicionário Bíblico;

s   Enciclopédia Bíblica;

s   Livros de Histórias Gerais e Bíblicas;

s   Um bom dicionário de Português;

s   Livros e apostilas que tratem do mesmoassunto.

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e) Se o estudo for em grupo, tenha sempre emmente:

v' A necessidade de dar a sua co laboraçãopessoal;

■S O direito de todos os integrantes opinarem.

. Aproveitamento nas avaliações:

a)  Revise toda a matéria antes da avaliação;

b)  Permaneça calmo e seguro (você estudou!);c)  Concentre-se no que está fazendo;

d)  Não tenha pressa;

e)  Leia atentamente todas as questões;

f)  Resolva primeiro as questões mais acess íveis;

g)  Havendo tempo, revise tudo antes de entregara prova.

Bom Desempenho!

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Abreviaturas

a.C. antes de Cristo.ARA Almeida Revista e AtualizadaARC Almeida Revista e CorridaAT Antigo TestamentoBV Bíblia VivaBLH Bíblia na Linguagem de Hojec.  Cerca de, aproximadamente,

cap. capítulo; caps. - capítulos,cf. confere, compare.d.C.  depois de Cristo.e.g.  por exemplo.Fig. Figurado.fig. figurado; figuradamente,gr. grego

hb. hebraicoi.e. isto é.IBB Imprensa Bíblica BrasileiraKm Símbolo de quilometrolit. literal, literalmente.LXX Septuaginta (versão grega do AT)m Símbolo de metro.

MSS manuscritosNT Novo TestamentoNVI Nova Versão Internacionalp. página.ref. referência; refs. - referênciasss. e os seguintes (isto é, os versículos

consecutivos de um capítulo até o seu final.Por exemplo: IPe 2.1ss, significa IPe 2.1-25).

séc. século (s).v. versículo;vv. versículos,ver veja

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Lição 1O Mundo Bíblico

O mundo bíblico situa-se no atual Oriente

Médio e terras do contorno do Mar Mediterrâneo,mais precisamente na Mesopotâmia, nas planíciesentre os rios Tigres e Eufrates. É ele o berço da raçahumana.

Na dispersão das raças após o dilúvio (Gn10 e 11):

t Sem povoou o sudoeste da Ásia;

t Cão povoou a África, Canaã e a PenínsulaArábica;

í Jafé povoou a Europa e parte da Ásia.

O Fértil Crescente

Se traçarmos uma linha curva partindo doEgito, passando pela Palestina e a SíriaMediterrânea, e, seguindo depois até ao GolfoPérsico, teremos uma meia lua razoavelmenteperfeita.

Há quatro mil anos, esse poderososemicírculo em redor do deserto da Arábia,denominado "Fértil Crescente"   abrigava grandenúmero de cultura e civilizações ligadas umas àsoutras como pérolas e um colar. Dela irradiou luzclara para toda humanidade. Ali foi o centro decivilizações desde a chamada "Idade da Pedra até aIdade do Ouro" da cultura greco-romana.

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Como já vimos, a faixa de terra estreitaque vai de Ur, no sulda antiga Caldéia, até asproximidades do Nilo, é chamado então de Fértil

Crescente.Em algum ponto dessa imensaregião, a

humanidade teve o seu berço, antes e depois dodilúvio. Civilizações importantes, tais como aSuméria, a Acádia e a Aramita, deram inicio aoprogresso e os levaram para outras partes da terra.

Tigre e Eufrates, no Oriente e no Ocidente,

ligavam-se por estradas reais, que passavam porHarã, Alepo, Damasco, Jerusalém e alcançavam oEgito.

Caldéia, Assíria e Egito se tornarampotências. Essas potências disputavam em campo debatalha o domínio do mundo. Canaã estava no centrodessas potências entre a Mesopotâmia e o Nilo.

A terra de Canaã era uma passagemobrigatória para assírios, caldeus e egípcios. Sendoassim, Canaã se tornou o centro do Fértil Crescente,terras disputadas pelas potências do Mundo Antigo.Por isto, o Velho Testamento registra muitas vezesIsrael sendo ameaçado pelos assírios e caldeus,recorrendo ao poder militar do Egito e vice-versa.

Quando Napolassar, auxiliado porCiaxiares, rei dos persas, destruiu Nínive e sepultouogrande Império Assírio e lançou as bases doImpério Caldeu, com capital em Babilônia, todasestaspotências persegui ram Israele atacaram oEgito, e o Egito revidou também com suas tropas.

Do poder dos gregos, Judá não se livrou;

os romanos subjugaram Israel e destruíramJerusalém em 70 d.C. e só foi restaurado o EstadoJudaico em 1948 d.C.

Desde que os judeus se implantaram naPalestina, no meado do século passado, o mundotodo passou a se despertar pelo Oriente Médio, e até

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A Extensão do Mundo Bíblico

No Mundo Bíblico encontram-se diversasregiões, áreas, países e acidentes naturais.Citaremos apenas alguns casos, dado o limitadoespaço que temos.

Mesopotâmia (Gn 24.10; Dt 23.4; At 2.9).Berço da humanidade. Não é verdade o que

muitos manuais de História Geral declaram ser oEgito o berço da humanidade. A verdade está naBíblia. Aqui existiu o Éden Adâmico.

Na Mesopotâmia destacam-se dois países:

s   Babilôn ia , de capital do mesmo nome. Outrosnomes antigos: Caldéia (Ez 11.24); Sinear (Gn14.1); Sumer. É o sul da Mesopotâmia.

•/ Assíria (Gn 2.14; 10.11). É o norte daMesopotâmia. É hoje parte do Iraque. Capital:Nínive, destruída em 607 a.C. Ao oeste ficava oReino de Mari. Os mitânios habitavam em voltade Haran, ao Norte da Assíria.

Arábia.

Capital: Petra  (gr.) e Sela  (hb.). Vai da fozdo Nilo ao Golfo Pérsico. Local onde Israelperegrinou à procura de Canaã,. A parte da Penínsulado Sinai era chamada Arábia Pétrea.

A Lei foi dada nessa terra e o tabernáculofoi erigido pela primeira vez nesse lugar. A região deOfir, fornecedora de ouro ficava possivelmente na

Arábia (1 Rs 9.28).

Pérsia.Documentos desenterrados nas últimas

décadas revelam-nos existirem duas Pérsias. AGrande Pérsia,  localizada no sudeste de Elã é

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atualmente o Irã e a Pequena Pérsia  limitava-se, aonorte, pela Magna Média.

Em um sentido amplo, o território persacompreendia o Planalto do Irã, toda a regiãoconfinada pelo Golfo Pérsico, os vales do Tigre e doCiro, o Mar Cáspio e os rios Oxus, Jaxartes e Indo.

No tempo de Assuero, marido de Ester, aspossessões persas estendiam-se da índia à Grécia,do Danúbio ao Mar Negro, e do Monte Cáucaso aoMar Cáspio ao norte e atingia, ainda, o deserto daArábia e Núbia.

Elão.Região além do Tigre, ao oriente da

Babilônia, limitada ao norte pela Síria e pela Média;ao sul pelo Golfo Pérsico, ao oriente e ao sudeste,pela Pérsia. Hoje incorporado no Irã. Capital: Susã

(Gn 14.1; At 2.9).

Média.Esta região ficava ao norte de Elão, ao

leste da Assíria, ao sul do Mar Cáspio e partes daArmênia, e ao oeste da Pártia.

Há uma única menção dos partas na Bíblia,

em Atos 2.9, onde se faz referência aos povosrepresentados em Jerusalém no dia de Pentecostes.

** Armênia.Em sua parte encontra-se o planalto

chamado antigamente de Ararate (Gn 8.4) que porsua vez, localiza-se na Ásia Ocidental. É o lugar das

nascentes dos rios Eufrates, Tigre e Aras.

Síria.Mesmo que Arã (Não confundir com Harã).

Capital: Damasco (Is 7.8). Seu território não é omesmo da Síria moderna (At 11.26).

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Nos dias de Jesus tornara-se sede daprovíncia romana, da qual fazia parte a Palestina (Lc2.2). A capital dessa província era Antioauia . A Síria

era na época governada por um legado1 romano.

Fenícia.Atualmente é o Líbano, em parte. Cidades

principais: Tiro e Sidon. Os fenícios eram navegantesfamosos e primitivos exploradores; fundaramCartago, na África do Norte (hoje Túnis).

Nosso alfabeto vem dos fenícios cerca de1500 a.C. (IRs 9.26-28; Mt 11.22; 15.21).

Egito.É o país mais citado na Bíblia depois da

Palestina. Em hebraico seu nome é Mi.zraim  (Gn10.6). Teve várias capitais nos tempos bíblicos.

Parte do seu futuro, profeticamente falando, está emEzequiel 29.15. Fica ao norte da África.

Etiópia.Fica ao sul do Egito. Segundo Gênesis

2.13, existia outra Etiópia na região norte daMesopotâmia - a chamada Terra de Cush  (hebraico).

A profecia em Salmos 68.31 a respeito daEtiópia, teve seu cumprimento a partir de Atos 8.2639, quando a fé cristã foi ali introduzida. É país deprincípios cristãos até hoje. A Etiópia da Bíbliacompreende hoje a Abissínia e a Somália.

Líbia.

Extensa região da África do Norte. Simão,o que ajudou Jesus a levar a cruz, era natural deCirene - cidade da Líbia (Mt 27.32).

1 Na an t iga Roma, comissá r i o do Senado enca r regado de

f i sca l i za r a admin is t ração das p rov ínc ias .

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Igualmente, no dia de Pentecostes estavamcireneus em Jerusalém (At 2.10).

Ásia.A Ásia dos tempos bíblicos não era como o

atual continente asiático atual, era uma provínciaromana situada na parte ocidental da chamada ÁsiaMenor ou Anatólia (At 6.9; 19.22; 27.2; IPe 1.1; Ap1.4,11). Capital dessa província: Éfeso.

Toda a região dessa antiga Ásia Menor

compreende hoje o território da Turquia.

■** Grécia ou Hélade (At 20.2).No Antigo Testamento, em hebraico, é  Java 

ou Iônia  (Gn 10.4,5). A maior parte da Grécia Antigaera conhecida pelo nome de_Acaia_.(At 18.12); nomeesse derivado dos aqueus - povo que a habitou.

Na época do Novo Testamento a Grécia eraconstituída de estados isolados sob os romanos.Nesse tempo, sua capital política era Corinto, nãoAtenas. Em Corinto residia o procônsul romano.

** Macedônia (At 19.21).Ficava ao norte da Grécia. A antiga

Macedônia é hoje parte do território de váriospaíses, a saber: norte da Grécia^ sul da Bulgária,Iugoslávia e parte da Turquia.

O ministério do apóstolo Paulo ocorreu naÁsia Menor, Grécia e Macedônia, principalmente. Acapital da Macedônia era Pella.

Ilírico (Rm 15.19).Região européia onde Paulo ministrou a

Palavra de Deus. É hoje a Albânia e parte daIugoslávia. A parte principal da Iugoslávia de hoje éa antiga Dalmácia de 2Timóteo 4.10.

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Itália (At 27.1; Hb 13.24).País banhado pelo Mediterrâneo, situado

ao sul da Europa. Em Roma, sua capital, foi fundadoum diminuto reino em 753 a.C., que mais tarde viriaa ser senhor absoluto do mundo conhecido - OImpério Romano. Para a Itália Paulo viajou e pregouo Evangelho como prisioneiro.

*■ Espanha (Rm 15.24,28).

Paulo manifestou o propósito de viajarpara a Espanha. Segundo os estudiosos da Bíblia, acidade de Társis mencionada em Jonas 1.3; 4.2;ficava ao sul da Espanha., sendo no tempo de Jonas oextremo do mundo conhecido do povo comum.

Foi a Espanha grande perseguidora doscristãos durante a Idade Média, especialmente

através dos tribunais da sinistra Inquisição.

Palestina ou Canaã.Região banhada pelo Mediterrâneo ao

oeste, tendo ao norte a Fenícia e a Síria, e ao leste esul da Arábia, sendo que ao suitambém fica partedo Egito. As suas características serão estudadas

detalhadamente mais adiante neste livro.

Ilhas dos Gentios ou Ilhas do Mar.É designação aplicada na Bíblia às ilhas do

Mediterrâneo e Mar Egeu, das quais as principaissão: Creta, Chipre, Rodes, Patmos, Mitilene,Samotrácia e talvez Malta e Sicília, bem como de

regiões mais remotas1, pouco conhec idas nos temposbíblicos.

1 Mui to a fas tado no espaço; d i s tante , d i s tanc ia do.

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Montanhas

Uma vez que vamos estudar separadamente- na lição 2 deste livro - a Geografia da Palestina,trataremos neste tópico das montanhasextrapalestínicas do Mundo Antigo relacionadas coma história bíblica. Destas, as quatro maisimportantes são as seguintes:

■*' Ararate.

Fica no sudeste da Armênia; célebre peloencalhe da arca de IMoé; tem cerca de 5.000 metrosde altitude. Devemos notar, entretanto, que o textobíblico em Gênesis 8.4 diz que a arca parou sobre"os montes de Ararate".  Portanto ignora-se o localexato do pouso da arca, embora a tradição aponte amontanha mais alta da região como tal e cujo nome

é Ararate.

Sinai ou Horebe.Local izado no extremo sudoeste da Ásia,

na Penínsu la1 do Sinai , que tem forma triangularque é banhado por dois braços do Mar Vermelhochamados Golfo de Suez e Golfo de Ácaba, ficando

este do lado oriental da península e aquele do ladoocidental.A península da sua natureza divide-se em

duas partes:

s   Uma ao norte, predominante, deserta e comleves elevações;

s   Outra ao sul, na qual predominam a topograf ia

montanhosa, de elevações entre 1000 e 2000metros de altitude cortada por vales dedimensões variadas, cobertas de alguma

1 Porção de ter ra cercada de água por todos os lados , me nosum, pelo qual se l iga a outra terra.

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vegetação em certas épocas do ano. É nestaregião sul da península que se localiza o monteSinai, também chamado Horebe. ,

No monte Sinai Moisés recebeu a Lei com aqual se firmou o pacto entre Deus e o povo deIsrael, originando-se, assim, a nacionalidadehebraica com seus aspectos religioso e civil.

No mesmo monte, uns poucos anos antes,Moisés teve a visão da sarça ardente - quando

apascentava os rebanhos do seu sogro - e seisséculos depois Elias, o profeta, teve a visão de Deus(lRs 19) em que lhe foi revelado que, apesar daidolatria de Israel havia muitos joelhos em seu meioque não se haviam dobrado a Baal.

Hoje o Sinai é conhecido pelo nome deJebel-Musa, que significa "monte de Moisés".

Líbanos.A cordilhei ra1 dos montes Líbanos, que

corre para lelamente à costa oriental doMediterrâneo, fica na parte ocidental da Síria, aonorte da Palestina, e apresenta-se em duas divisões:Líbano e Antelíbano.

Esta divisão não é conhecida nas EscriturasSagradas, mas vem desde os tempos da dominaçãogrega e persiste até hoje.

A cadeia de montanhas que fica ao oeste éconhecida como Líbano e a que fica ao leste comoAntelíbano. A altitude de ambas as cadeias variaentre 1.900 e 3.300 metros. A sua extensão na

direção norte-sul é de aproximadamente 180km e nadireção oeste-leste varia entre 20 e 30 km em linhaaérea.

1 S i s tema de a l t as montanhas que se desenvo lvem em g rande

extensão, gera lmente para le las e p róx imas ao l i to ra l , l ançandocade ia s de montanhas secundá r i a s .

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0 vale que separa as duas cadeias demontanhas toma nomes diferentes:

v' Ao sul é chamado vale do Leontes, por onde

corre o rio do mesmo nome;•/ Pouco mais para o norte é conhecido como o

vale de Mispá. que se estende por entre oscontrafortes das duas cadeias;

■s  E do centro para o norte toma o nome de valedo Orontes, pois serve de leito para o rio domesmo nome.

No tempo de Josué o vale era conhecidosimplesmente como vale do Líbano. Era famoso pelasua fertilidade. Nas encostas dos Líbanos cresciamos famosos cedros e as esbeltas faias, madeirasempregadas na construção do templo de Salomão,cobertura de navios, palácios dos reis, instrumentos

musicais, enfim, por serem de grande duração. Osmontes Líbanos são freqüentemente citados nasEscrituras.

Seir.Na realidade Seir não é um monte isolado

e sim uma serra de montanhas que corre na direção

norte-sul na região de Edom, na Arábia Ocidental(durante a dominação romana denominada ArábiaPétrea), entre o sul do Mar Morto e o estremo nortedo Golfo Ácaba, cuja altitude varia entre 300 e 2.000metros na encosta leste.

Um pouco afastado da serra, maspertencendo ao mesmo sistema, fica o monte Hor,

onde morreu Arão, irmão de Moisés, durante aperegrinação de Israel em demanda1 à terra dapromessa. Nas montanhas de Seir, provavelmente nasua parte norte, habitava Esaú, na região central dos

1Em busca de; à procura de.

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montes Seir onde ficava a cidade-fortaleza Petra,também conhecida como Selá. posto militar guardiãodas fronteiras meridionais do Império Romano.

Questionário

f    Assinale com "X" as alternativas corretas

1. O Mundo Bíblico situa-se no atual:a)[H Continente Asiático e parte da Oceaniab )H Oriente Médio e terras do contorno do Mar

Mediterrâneoc)D Ocidente, precisamente no continente europeu

e africanod)D Oriente Próximo e terras do litoral do Golfo

Ácaba

2. Na Mesopotámia, berço da humanidade, destacam-

se dois países:a)D Fenícia e Egitob)0 Egito e Babilôniac)[3 Babilônia e Assíriad)D  Espanha e Palestina

3. Célebre pelo encalhe da arca de Noé; fica nosudeste da Armênia.a)EH  Monte Seirb)0 Monte Sinaic)D Monte Horebed)Q3 Monte Ararate

f    Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.ICI A faixa de terra estreita que vai de Ur, no sul daantiga Caldéia, até as proximidades do Nilo, échamado então de Fértil Crescente

5 . 0 O Egito foi o local onde Israel peregrinou àprocura de Canaã

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Rios

Na vasta área do Mundo Antigo podemos

considerar quatro rios importantes: Nilo, TigreEufrates e Jordão.

Nilo.Com cerca de 6.500 km de comprimento, é

0 primeiro rio do continente africano e o segundo domundo, tendo suas nascentes na região dos grandes

lagos da África Equatorial, por onde se estende seusdois braços chamados Nilo Branco  e Nilo Azul   e seusafluentes.

O Nilo corre na direção sul-norte atravésdo Egito, desaguando no Mediterrâneo através de umvasto estuá rio1 de 250 km de largura, formado peloos três braços (que antigamente eram sete),

denominado delta.As chuvas produzidas pelas nuvensformadas sobre o Oceano Índico e levadas pelosventos sobre as cordilheiras da África Oriental eEquatorial faziam transbordar o Nilo e seusafluentes, levando para o Egito a aluv ião2 ferti li zantedas vertentes das montanhas.

O transbordamento do Nilo nas regiõesáridas do Egito e conseqüentes abundância dascolheitas, notadamente na região do delta, eraconsiderado pelos egípcios obras dos seus deuses.Caráter sagrado que o povo atribuía ao rio.

A parte navegável ia até a Ilha Elefantina,antigamente chamada Yeb, 1.145 km ao sul deCairo, junto da primeira catarata. Há mais cinco

1 Tipo de foz em que o curso de água se abre mais ou menosla rgamente.

2 Dep ós ito de casc alh o, areia e arg i la que se form a ju nt o às

margens ou à foz dos r ios , proveniente do traba lho de erosão;a lúv io.

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outras cataratas no alto Nilo que não permitem anavegação.

Além de ser o ponto final da rota

comercial, a Ilha Elefantina também era o postomilitar mais avançado do governo egípcio na direçãosul, pois as escavações nela efetuada mostramvestígios de fortificações que abrigavam guarniçõesmilitares. Provas iguais nos oferecem as ruínas dacidade de Siene (moderna Assuã), referida emEzequiel 29.10, que fica em frente da ilha.

Na mesma ilha ainda foram encontradasruínas de colônias judaicas e documentos em papiroem grande quantidade que relatam acontecimentosentre 400 e 525 a.C., oferecendo novos dados sobrea dispersão dos judeus pelo mundo de então,suplementando, assim, a narrativa bíblica relativa aoassunto.

■*" Tigre (gr.) ou Hidéquel (hb.).Este é o rio que nasce nas montanhas da

Armênia, corre na direção sudeste banhando o ladooriental da Mesopotâmia até juntar-se com o rioEufrates, cerca de 160 km antes do Golfo Pérsico.

Devido à mudança do leito do rio através

dos tempos - pelos os meios naturais (inundações),e artificiais (canalização) - e também preferênciasde suas diversas nascentes, o percurso total do Tigrevaria entre 1.780 e 2.300 km segundo os dadosoferecidos pelos diversos autores.

Nos tempos remotos ele desaguavadiretamente no Golfo Pérsico, mas, devido ao aluvião

formado na baixa Mesopotâmia, hoje despeja aságuas no Eufrates que daí para frente recebe o nomede Shat-el-Arab.

Em sua margem esquerda, na altura de seuterço superior, ficam as ruínas da antiguíssima

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cidade de Nínive, cuja história começa no terceiromilênio a.C., e no seu terço inferior, na margemdireita, fica a cidade de Bagdá. Fora os primeiros

capítulos de Gênesis, pouquíssimas são asreferências bíblicas ao Tigre.

Eufrates, o "Grande Rio".As suas nascentes acham-se no maciço

montanhoso da Armênia. De início, o rio corre para oocidente, chegando a uma distância de apenas 93

km do Mediterrâneo. Depois toma a direção sudeste,atravessando a célebre cidade de Babilônia a cercade 140 km do seu estuário.

O curso total deste rio também varia entre2.880 e 3.330 km, segundo diversos autores.Aparentemente esta diferença se explica pelasmesmas razões citadas com referência ao

comprimento do rio Tigre.Na época da maior glória do domíniohebreu o rio Eufrates era o seu limite nordeste.Também constituía o limite ocidental daMesopotâmia extremamente fértil especialmente naregião sul, ou baixa - Mesopotâmia, tambémchamada Caldéia.

Todos os anos os dois rios depositam umafaixa de terra no fundo do Golfo Pérsico fazendo-orecuar. Calcula-se que desde os tempos de Abraão,quando a sua cidade (ür) era porto marítimo, o GolfoPérsico tenha recuado cerca de 250 km.

Também o Eufrates nos tempos antigosdesaguava diretamente no Golfo Pérsico. Hoje, cercade 160 km ao norte do referido Golfo junta-se com oTigre e daí em diante é chamado Shat-el-Arab.

Jordão.Este é o rio da terra santa, inúmeras vezes

referido nas Escrituras Sagradas. É formado por

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várias nascentes nas encostas noroeste e oeste domonte Hermom - sendo quatro as principais: aBareighit, Hasbani, Ledã e Banias   - e corre nadireção norte-sul.

No seu percurso total, cerca de 340 kmpelo leito sinuoso1, atravessa dois lagos - o deMerom  (atualmente chamado Hulé) e o da Galiléia - desaguando no Mar Morto.

A peculiaridade do Jordão é que este é oúnico rio do mundo cujo leito é inferior ao nível do

mar. A depressão começa desde 3 km ao sul daságuas de Merom e continua cada vez mais acentuadaaté chegar a 426 metros no Mar Morto, cujaprofundidade chega a 400 metros. Portanto, trata-sede uma depressão de 826 metros sendo a maisprofunda do globo terrestre.

O Jordão nasce nas montanhas do

Antilíbano, ao oeste do monte Hermom, e é oprincipal rio da Palestina, ele corre na direção norte-sul, dividindo o estado judaico em duas partesdiferentes deixando na região leste a Transjordânia ena região oeste, a terra de Canaã.

Seu nome significa "decaimento" ou"aquele que desce"; e em virtude de sua grande

sinuosidade, tem sido apelidado de "serpentina". Noseu curso superior, ao norte, estão as fronteirassírio-israelense e. jordano-israe lense.

Nascentes: Esse rio inicia-se nos montesdo Antilíbano, (especialmente o Hermom) em cujospicos a neve cai o ano todo; e quando esta sofre aalta temperatura, torna-se líquida e vai se

deslizando pela superfície da terra, ou se infiltrandopelas brechas do solo até formar as nascentes do rioJordão.

1 Que ap resen ta cu rvas i r r egu la res , em sen t i dos d i f e ren tes;

ondu lante , to r tuoso, f l exuoso.

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O início do rio propriamente dito começaatravés do encontro de quatro principais riachos:

s   Hasbani. É um riacho com cerca de 40 km deextensão, que mana de uma grande fontechamada "Ain Furar", onde a altitude é de cercade 520 metros acima do nível do mar, com cercade 300 metros de profundidade.

s   Banias. Cujo nome significa "o deus dafertilidade". É o mais oriental de todos. Esse

riacho nasce perto das ruínas de Banias - antigaCesaréia de Filipe (Mt 16.13), no sopé do monteHermom, onde a elevação é de 348 metrosacima do nível do mar.

s   Ledã. Essa é a fonte central e mais volumosa.Está a 157 metros acima do nível do mar. Inicia-se perto de Tel-el-Cadi, a antiga Dã da Bíblia.

Trata-se de uma poderosa nascente que brotado solo naquele ponto.

s   Bareighit. Esse riacho é mais ocidental e maisalto, iniciando a 563 metros acima do nível domar, e cujas fontes não se alimentam dastorrentes do Hermom.

Primeiro se encontram as vertentes, Baniase Bareighit, e logo após Ledã, e um pouco mais aosul, esses três se ajuntam ao de Hasbani, e assimestá formado o início do rio Jordão.

Para um estudo mais detalhado, costuma-se dividir o curso do rio Jordão em três trechos, asaber:  A Região das Nascentes, o Jordão Superior   eo Jordão Inferior.

s   Região das Nascentes. Essa região, éexatamente a que acabamos de descrever nosseus aspectos mais setentrionais que se estendeaté o lago de Meron. Após a fusão das quatronascentes já descritas, o Jordão atravessa uma

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planície pantanosa numa extensão de 11 km eentra no lago de Meron. A sua largura varia

muito nesse trecho, e a profundidade varia de 3a 4 metros.

s   Jordão Superior. Trata-se da parte que estáentre o lago de Meron e o Mar da Galiléia, comuma extensão de 20 km. Esse trecho é quasereto, com uma caída de 225 metros, o suficientepara fazer com que as águas fiquem altamente

impetuosas, causando enormes erosões. Avelocidade das águas nesse trecho é tão grande,a ponto de quase 20 km adentro do Mar daGaliléia ainda dá para perceber a suacorrenteza. A largura do rio nesse trecho variaentre 8 a 15 metros, onde o seu leito percorreum terreno rochoso entre uma vegetação média.

v' Jordão Inferior. É a região que fica entre oMar da Galiléia e o Mar Morto. Esse trecho medecerca de 117 km em linha reta, e cerca de 340km pelo leito tortuoso do rio, com uma larguraque oscila entre 25 a 35 metros, indo 1 a 4metros de profundidade. O declive desse trechoé de 200 metros, levando o rio a descer

precipi tadamente formando meandros1 ecascatas, alargando o vale até uma extensão de15 km, como ocorre nas proximidades de Jericó.

Há outros três grandes rios no MundoAntigo, porém sem importância para a geografiarbíblica, são eles: Leontes e Orontes na Síria - oprimeiro correndo no seu último trecho pelo limitenorte de Canaã e o segundo banhando a cidade deAntioquia - e Tibre na Itália, em cuja margemesquerda fica Roma.

1 S inuo s idade, rode io , vo l te io de curso de água , de caminho,etc.

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Desertos

Na Bíblia encontramos várias referências a

desertos, e isto em virtude das peregrinações dospatriarcas e do povo de Israel bem como daformação de Moisés, o grande guia do povo de Deus,que se efetuou especialmente nos desertos doêxodo. A idéia de deserto entre os judeus abrangiatrês aspectos:

 s   Yeshimon: deserto absoluto, onde não há

possibilidade de sobrevivência animal ouvegetal;

s   Heraboth: lugar devastado, desértico, emconseqüência de destruição. É o caso da cidadedestruída pela guerra;

s   Midbar ou Arabah: deserto com certas

possibilidades de vida animal e vegetal que, naépoca chuvosa do ano transformava-se emcampo.

Os israelitas peregrinaram 40 anos emdesertos destes aspectos. Aqui abordaremos osdesertos extrapalestínicos, deixando os palestínicospara mais adiante (lição 2).

Os desertos extrapalestínicos relacionadoscom as narrativas bíblicas podem ser divididos emdois grupos, tomando-se a linha Mar Morto - Golfode Ácaba como divisória:

O grupo do oeste: 

s   Shur (Êx 15.22), que alguns identificam como o

de Etam (Êx 13.20), estende-se pelo noroesteda Península do Sinai, ao largo da fronteiranordeste do Egito e costa oriental do MarVermelho (Golfo de Suez) à altura do seu terçosuperior;

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s   Sin, que é o prolongamento do anterior nadireção sul da costa oriental do mesmo mar,abrangendo o terço médio da mesma;

s   Sinai, que abrange toda a parte sul dapenínsula incluindo o monte Sinai, bem como aparte oriental da mesma até o fundo do Golfo deÁcaba;

s   Parã, que cobre todo o centro da península,deslocando-se um pouco para nordeste damesma;

s   Cades, ou Cades-Barnéia, pequena área quefica ao norte do Parã e leste de Shur;

s   Zim, fica ao leste de Cades. Estes dois últimosdesertos constituíam o limite sul da Palestina,também conhecidos pelo nome de Negeb;

s   Berseba. Este é um pequeno deserto em torno

da cidade de Berseba, o marco meridional daterra santa. A expressão "de Dã a Berseba"   eramaneira de definir a extensão norte-sul doterritório palestínico.

O grupo do leste: 

s   Idumeu, que fica ao sudeste do Mar Morto;

s   Moabe, ao nordeste do mesmo mar;s   Quedemote, ao norte de Moabe;

Diblat e Beser, cuja localização é desconhecida,são desertos de pouquíssima importânciahistórica.

CidadesO estudo das cidades do Mundo Antigo

requer que as dividamos em dois grupos:extrapalestínico  e  palestínico  (este será estudado nalição 4).

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*■ Cidades principais do grupo extrapalestínico.Destacam-se neste grupo, pela sua

importância e relação com os hebreus e com ocristianismo primitivo, as seguintes:

1. Ur.Situada no sul da Babilônia ou Caldéia,

hoje chamada Mugheir (perto das escavações daantiga Ur). Cidade natural do patriarca Abraão;

centro industrial, agrícola e comercial de grandeimportância; porto marítimo, segundo asdescobertas arqueológicas (o Golfo Pérsicoantigamente ia até Ur); antediluviana.

Nas escavações arqueológicas de Ur temosas mais antigas evidências da cultura sumeriana.

2. Nínive.Segundo Gênesis 10.11 foi uma das

antigas cidades da Assíria. Tornou-se a capital domundo no período áureo do Império Assírio.

Ficava a margem oriental do TigreSuperior, 50 km ao norte da confluência do rio Zabecom o Tigre. Foi tomada pelos babilônios em 612

a.C., terminando assim a sua glória.Dois dos livros proféticos do Antigo

Testamento têm Nínive por objetivo: Jonas e Naum.

3. Damasco.Segundo os historiadores é "a cidade viva

mais antiga da terra", localizada ao sul da Síria, no

planalto oriental do Antelíbano.Através dos séculos tem sido a capital daSíria. Notável por se constituir centro estratégicopara o comércio do Mundo Antigo, por tratar-se de

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um ponto de entroncamento1 das estradas quecomunicavam Egito e Arábia com Assíria, Babilônia e

Roma (via Éfeso, na Ásia Menor).É citada freqüentemente nas EscriturasSagradas em que as referências vão desde os diasdas peregrinações de Abraão (Gn 14) até o tempo doapóstolo Paulo (Gl 1.17).

4. Mênfis.

Os hebreus a conheciam pelo nome deNofe (Is 19.13). A cidade mais importante do Egitosetentrional que, segundo Heródoto, teria sidoedificado por Menes, primeiro rei do Egitomencionado na história, localizada na margemocidental do Nilo, cerca de 20 km ao sul de Cairo,atual capital do Egito. As pirâmides egípcias mais

famosas ficam perto desta cidade.

5. Babilônia.A antiga e bela capital do famoso Império

Babilónico, notável pelos seus maravilhosos palácios, jardins suspensos, muralhas quase inexpugnáveis2.

Segundo Heródoto, historiador grego -

citado por J. D. Davis em seu Dicionário da Bíblia -as muralhas que cercavam a "cidade maravilhosa" doMundo Antigo eram duplas e tinham cerca de 28metros de largura e até 112 metros de altura e 96km de extensão, construída de tijolos comargamassa3 de betume com 250 torres e 100 portõesde cobre.

1 Ponto de junç ão de do is ou ma is camin hos , de duas ou ma is

coisas.2 Inve nc í ve l , indestr ut ív e l , inaba lável .3 Mistura de um ag lut i nan te com are ia e água, em pre ga da no

assentamento de a lvenar ia , t i jo los , ladr i lhos, etc . , da qua lresul ta uma massa de cons is tênc ia mais ou menos p lást ica , que

endurece com o tempo.

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Esta cidade foi edificada sobre as duasmargens do rio Eufrates, em torno do local da torre

de Babel, cerca de 500 km ao noroeste do GolfoPérsico (250 km no tempo de Abraão, pois Ur, cidadedo patriarca, era cidade marítima conforme provamas escavações em suas ruínas que hoje ficam a cercade 250 km do fundo do Golfo Pérsico).

As suas origens pré-históricas remontamaos dias de Ninrode (Gn 10.8-9). Foi na cidade de

Babilônia que Alexandre, o grande, terminou seusdias em 323 a.C.

6. Harã.Poucos informes têm dessa cidade. Porém

sabemos que ficava na região chamada Harã -Naaraim, Padã-Arã, no planalto setentr ional da

Mesopotâmia, onde permaneceram por algum tempoTera e seu filho depois de deixarem Ur..Entretanto, pelo que se pode concluir de

alguns dados arqueológicos, tratava-se de umimportante centro militar e comercial, ponto deconvergência dos caminhos da Assíria, Babilônia,Ásia Menor, Egito (via Palestina) e Síria.

7. Tiro.Cidade antiga e muito importante na

Fenícia. Conforme relatos de escri tores ehistoriadores antigos (Heródoto e outros), suafundação remonta a 2.750 anos a.C.

De início, a cidade foi edificada sobre umpequeno promontório1,, transferindo-se mais tardepara uma ilha mais próxima a fim de resistir melhoraos constantes ataques dos inimigos. Mas,Alexandre, o Grande, tomou a Ilha de Tiro em 332a.C., depois de sete meses de cerco, tendo

1Cabo formado de rochas e levadas ou a l cant i s .

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construído um mo lhe1 através do estreito queseparava do continente.

Foram os tírios navegantes e comerciantes

famosos que mantinham relações com as maisdistantes regiões. Foram eles que fundaram Cartago,na África setentrional, no século IX a.C.

Na época de Davi e Salomão, o rei de Tiro- Hirão - manteve estreita amizade com Israel,ajudando com sua madeira e artífice a construir ospalácios e o templo (2Cr 2.1-16).

Foram as cidades fenícias: Tiro e Sidon, asúnicas em território estrangeiro que Jesus visitoudurante o seu ministério terreno (Mt 15.21-31). Onome moderno dessa cidade é Sur.

8. Sidon.Outra cidade importante e muita antiga da

Fenícia, cerca de 30 km ao norte de Tiro, portomarítimo do Mediterrâneo, é freqüentemente referidana Bíblia. Foi arrasada, muitas vezes, pelosconquistadores, e reconstruída. Hoje seu nome éSaida.

A importância desta cidade foi tão grandeque os historiadores da antigüidade freqüentemente

referia-se aos sidônios como sinônimo de fenícios.Um dos reis sidônios, Etbaal, era pai de Jezabel, aterrível mulher de Acabe, rei de Israel.

9. Atenas.Este é o nome da capital Ática, um dos

estados da Grécia, fundada em 1156 a.C., que em

1834 tornou-se a capital de todo o reino da Grécia.Está cerca de S km de distância do mar Pireu., sendoseu porto comercial mais próximo Falero.

1 Est rutura mar í t ima enra i z ada em ter ra , e que pode serv i r dequebra-mar (q . v . ) , gu ia -cor rente ou ca i s acos táve l .

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Atenas era célebre como centro da ciência,da literatura e das artes do Mundo Antigo, atraindoinúmeros estudantes de todas as regiões.

As referências bíblicas a esta cidade sãotodas elas relacionadas com a obra missionária dePâliLo (At 17.15-18.1; lTs 3.1).

10. Éfeso.Cidade mais importante da costa ocidental

da „Ásia Menor, cuja origem remonta o século XI

a.C., localizada na margem direita do rio Caister.cerca de 18 km da desembocadura deste no MarEgeu, na província,de Lídia.

Era a um só tempo o porto maisimportante do Egeu Oriental, a capital da Ásiaproconsular e o entroncamento das duas estradasmais importantes (leste-oeste e norte-sul) da grande

península no tempo dos romanos.Seu magnífico templo consagrado à deusaDiana (Ártemis dos gregos), levou 220 anos para serconstruído e tinha 55 metros de largura por 112metros de comprimento. Seu teatro com capacidadepara 25 mil pessoas assentadas e seu hipódromoeram de famõ mundial.

Paulo, reconhecendo a importânciaestratégica de Éfeso, ficou ali durante dois anos e•rês meses (At 19.8-10) entre os anos 54 e 57 d.C.,lealizando o seu maior trabalho missionário.

11. Roma.Cidade das mais antigas da Península

itálica, edificada sobre sete colinas, na margemosquerda do rio Tibre, a 24 km da desembocaduradeste no Mar Tirreno, na costa ocidental dapenínsula. A data de sua fundação, universalmente.)ceita, é 753 a.C. Famosa por ter sido a capitalpolítica e cultural do mundo por vários séculos.

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No tempo do apóstolo Paulo a "cidadeeterna" - como é chamada - já possuía cerca de1.000.000 (um milhão) de habitantes.

Paulo esteve preso em Roma durante doisanos e dali escreveu quatro epístolas:Filipenses, Colossenses e Filemom.

Questionário

f    Assinale com "X" as alternativas corretas

6. Quatro rios mais importantes do Mundo Antigo:a)[ZI Zabe, Eufrates, Jordão e Quisomb)CH Belus, Caister, Zabe e Baniasc)Q Nilo, Tigre Eufrates e Jordãod)0 Caister, Banias, Tigre e Nilo

7. Segundo os judeus, o deserto absoluto, onde não há

possibilidade de sobrevivência animal ou vegetal é:a)D O Midbarb)D O Arabahc)D O Herabothd) EU O Yeshimon

8. Cidade natural do patriarca Abraão, de grandeimportância econômica nos tempos bíblicos

a)D Urb)C] Damascoc)D Sidond)D Nínive

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

9.|C I O rio Nilo tem cerca de 6.500 km decomprimento e é o primeiro rio do continenteafricano

10.Ly Paulo esteve preso em Roma durante dois anos edali escreveu duas epístolas

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Lição 2 ________________

Geografia Física da Palestina

O nome "Palestina" deriva-se do termoFilistia, ou seja, a terra habitada pelos filisteus. NaBíblia este nome é dado a uma faixa de terra aosudoeste de Canaã, ao largo do Mar Mediterrâneoaté ao Egito.

Posteriormente, figuras como Plínio eJosefo, passaram a chamar por este nome toda aregião de Canaã. E desde os tempos do domínioromano até os dias que precederam a fundação domoderno Estado de Israel, Palestina era o nome maisusado.

Outros nomes são:

v'' Canaã ou Terra de Canaã (Gn 13.12);

 / Terra dos Amorreus;

s   Terra dos Hebreus (Gn 40.15);^ Terra de Israel ou Terra dos Israel itas ( ISm

13.19; 2Rs 5.2; Mt 2.20);

s   Terra de Judá ou Judéia (Ne 5.14; Is 26.1; Jo3.22; At 10.39);

s   Terra da Promessa ou Terra Prometida (Hb11.9);

✓ Terra Santa (Zc 2.12; SI 78.54 - ARA);

^ Terra Formosa (Dn 8.9);

s   Terra do Senhor (Os 9.3);

s   Terra Gloriosa (Dn 11.41).

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Localizada no continente asiático, a 30°latitude norte, banhada pelo Mar Mediterrâneo(extremo leste) em toda a extensão do seu limite

ocidental, mais ou menos eqü idi stan te1 dos pontosprincipais do Mundo Antigo, a Palestina constituía-senum centro de gravidade para o mundo e ascivilizações da antiguidade.

Do ponto de vista comercial ficava na rotaobrigatória do tráfego entre o oriente e o ocidente,bem como entre o norte e o sul; e do ponto de vista

político era passagem inevitável dos exércitosconquistadores das grandes potências ao seu redor,razão pela qual estas se interessavam por suaconquista e fortificação.

Com isso, a Palestina sofreu devastaçõesem repetidas ocasiões durante a sua história.

@ Limite sul: Cades-Barnéia e o ribeiro el-Arish, 

na Arábia, el-Arish  é o "rio do Egito" (Gn 15.18).@ Limite norte: Síria e Fenícia.

(§   Limite oeste: Mar Mediterrâneo. É na Bíbliachamado de Mar Grande (Dn 7.2).

@ Limite leste: Síria e Arábia.

Naturalmente estes são os limites médios

ou prevalecentes da história política da Palestina,havendo épocas em que eles sofriam algumasmodificações resultantes das conquistas ou perdasnas guerras.

Topografia

O termo "Topografia" significa,literalmente, descrição de um lugar ou de umaregião. A Palestina pode ser dividida em quatroseções, a saber:

1Que d i s ta igua lmente .

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s   Planície da costa do Mediterrâneo;

s   Região montanhosa central;

s   Vale do Jordão;

■s  Planalto Oriental, ou zona montanhosa deGileade, na Transjordânia.

Planícies

A palavra "planície" significa uma grandeporção de terreno plano, enquanto que "planalto"

significa uma grande porção de terreno plano sobremontes ou serras.

Planície Costeira.Israel apossou-se das montanhas centrais,

quando ocupou a terra prometida, e depois, feztentativa esporádica de estender seu domínio até o

litoral. Mas esta região estava ocupada pelapoderosa nação dos filisteus.

Davi conseguiu contro lá-la por ummomento, mas durante a maior parte da históriaisraelita foram os filisteus que, a partir das suascinco cidades, fizeram pressão em direção àscolinas.

Naquela época o litoral não era regiãoparticularmente atraente, e consistia em uma faixade dunas1, areia misturada com bosques e algunspântanos. Ao sul do monte Carmelo não apresentavagrandes pontos naturais. Os filisteus não eramnavegadores.

O primeiro grande porto nesta faixa

costeira foi o porto oficial de Cesaréia, construídapelo rei Herodes, o grande, não muito tempo antesdo nascimento de Jesus Cristo.

1Monte de are ia moved iça formado pela ação do vento.

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Ao sul do monte Carmelo a área erachamada de Planície da Filistéia e Planície de Saron,ao norte do Carmelo Planície de Aser.

Continuando para o norte a planície serestringe, mas em compensação oferece melhoresportos naturais, a partir dos quais operavam osfenícios navegadores e comerciantes.

Planície do Aco (ou Acre).A palavra Acre (hb. akko) significa "areia

quente" (Jz 1.31), e os Cruzados1 lhe deram o nomede "São João de Acre".

Esta planície está na região do extremonoroeste da costa palestínica, ao sul da Fenícia e seestendendo até o monte Carmelo.

No norte ela é mais estreita, medindoaproximadamente 5 km, e vai se alargando pouco apouco, até alcançar 17 km ao sul. É irrigada por doispequenos rios, a saber: o rio Belus ao norte e o rioQuisom ao sul, ao pé do monte Carmelo.

As terras do centro que rodeia os montessão fertilíssimas, com exceção da parte praiana,onde as areias são muito quentes. Esta região coubepor sorte a tribo de Aser (Js 19.25-28) que nãoconseguiu expulsar os cananeus.

■*" Planície de Saron.A palavra "Saron"   é semítica, e significa

"zona de bosques". Essa planície está entre o sul domonte Carmelo e a cidade de Jope.

Ela se alarga na direção das montanhas daregião central à medida que avança para o sul,medindo 85 km no sentido norte-sul, com uma

1 Exped ição mi l i ta r de ca rá ter re l ig ioso que se fazia na Idade

Média , contra hereges ou inf ié is .

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largura que varia de 15 a 25 km, tendo a sua faixamais estreita que se encontra nas proximidades domonte Carmelo. Esta planície tornou-se famosa por

causa das variedades de flores e lírios que alimedravam1 (Ct 2.1-2).

Planície da Filistia.Essa planície compreende a faixa de terra

habitada pelos filisteus, que fica entre Jope e Gaza,no sudeste da Palestina, medindo cerca de 75 km de

comprimento por 25 km de largura.As cinco cidades principais dos filisteus,

fortemente muradas, eram: Gaza, Ascalon, Azoto,Gate e Ecrom. As três primeiras eram marítimas e asduas últimas ficavam no interior. Tais cidades eramas fortalezas da planície.

Planície de Sefelá.A palavra Sefelá, literalmente significa

"terras boas" ou "mais baixas". Essa regiãopropriamente dita, é mais uma faixa de terra do queuma planície; trata-se de um altiplano rochoso quecorre da costa, rumo sudeste, se estendendo até afronteira da tribo de Judá (Dt 1.7; Js 10.40; 12.8;

15.33; 2Cr 26.10; 28.18).Na sua região norte ela limita-se com a

Filistia, ao sul com o vale de Aijalom e Berseba, e aoleste com as montanhas de Judá.

Planície de Jezreel ou Esdraelon.O nome profét ico dessa região é

"Armagedom". Apesar dessa região ser classificadacomo vale, pela sua extensão e aspecto do conjunto,preferimos qualificá-la de planície.

1Cres ce r , vege tando ; desenvo l ve r - se .

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Esse local encontra-se na confluência detrês vales, o mais importante é o de Jezreel, queestá situado entre os montes da Galiléia e os de

Samaria, alargando-se para o noroeste até asfraldas1do monte Carmelo e sul dos montes Líbanos.

Os três vales se formam ao leste daimensa planície separada pelo monte Gilboa e opequeno Hermom. O do centro é o maior. É oJezreel, que desce abruptamente para o Jordão. Aentrada do vale está na cidade de Jezreel que foi a

capital do Reino do Norte. A planície é cortada pelorio Quisom do leste para o oeste, com destino aoMar Mediterrâneo.

O termo "esdraelon",  é grego e nãoaparece na Bíblia, enquanto "Jezreel" aparece por 29vezes no Antigo Testamento. Há quem pensa queJezreel e Esdraelon não sejam o mesmo lugar.

Em Josué 17.16 e 2Crôni cas 35.22 esselugar é chamado de "Vale de Megido". Essa é a maiorplanície de todo o Israel, medindo 40 km decomprimento por 20 km de largura.

Essa região foi na verdade o celeiro deIsrael, especialmente nos tempos da monarquia.Suas terras eram abundantemente férteis, regadas

pelas constantes chuvas, pelo orvalho que caia docéu e pelos rios.

Alguns intérpretes vêem na palavra"Armagedom" uma transliteração do hebraico

 Armegido,  que significa,colina ou montanha deMegido.

Além dessas, existem outras planícies

menores espalhadas pelo interior da Palestina, comoa de Jericó, a de Dotam, a de Moabe, a de Genezaréetc.

1A parte infer ior, as abas, o sopé (de serra, monte, etc).

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Vales

Apesar de ser a Palestina, terra de muitos

vales conforme disse Moisés, contentemos emestudar apenas alguns dos mais importantes (Dt11 . 10 , 11 ):

1. Vale do Jordão.É uma depressão geológica; os lados

seguem duas falhas paralelas da crosta terrestre até

a depressão conhecida pelo nome de Arabá,terminando no Golfo de Ácaba. As falhas são a causaque explica o caráter íngreme1do vale.

As praias do Mar Morto encontram-se 388metros abaixo do nível do mar. A distância entre alinha do horizonte das montanhas de um lado paraoutro do vale é de 15 a 20 km.

Nenhuma estrada importante percorre estevale, o que se explica pelo fundo difícil econtinuamente interrompido pelo rio e seus afluentese ainda pelas altas temperaturas estivais2.

Este é o maior vale de toda a Palestina,que inicia no sopé3 do monte Hermom (extremonorte) e desce em direção sul, até terminar no MarMorto. No seu ponto inicial esse vale é um tantoestreito medindo 100 metros; mas na medida emque vai se alargando ele cresce pouco a pouco. Elogo um pouco abaixo do Mar da Galiléia ele mede 3km, na região de Jericó ele chega até 15 km, edepois começa a estreitar-se novamente antes dechegar ao Mar Morto, seu ponto final.

Por este grande vale corre o rio Jordão, do

qual o seu nome deriva.

1 Di fíc i l de sub i r; que tem for te dec l ive; abru pto, es carpa do,n lcant i lado

1 Referente ao, ou própr io do est io; ca lmoso, est ivo, est io .' Base (de mont anh a); fa lda.

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Este é o mais profundo vale de toda a faceda terra, com 426 metros abaixo do nível do MarMediterrâneo, em uma distância de 215 km em linha

reta desde o monte Hermom até ao Mar Morto.Grande parte desse vale é de fertilidade exuberante,o que enriquecia a agricultura israelense.

Este é o vale de maior contraste geológicoda face da terra. Como já vimos, ele inicia no sopédo monte Hermom a 3.000 metros de altitude, etermina no Mar Morto com cerca de 426 metros

abaixo do nível do mar, com a agravante deste teraproximadamente 400 metros de profundidade.

Onde ele nasce, no monte Hermom, suatemperatura climática é bastante fria, em virtude daneve, enquanto no seu término, no Mar Morto, atemperatura chega a 50° no verão.

A natureza do terreno desse vale é das

mais variadas que se pode imaginar. A suavegetação não é muito diferente, produzindo atémaçãs, pêras e uvas.

2. Vale Acor.A palavra "Acor"   significa "perturbação". O

nome desse vale deriva-se de Acã. Este vale fica

entre as terras que pertenciam às tribos de Judá eBenjamim, ao sul de Jericó. Foi neste vale queocorreu o triste episódio que envolveu a vida de Acãe sua família (Js 7.24-26).

3. Vale de Aijalom (Js 10.12).A palavra " A ija lom"   significa "das gazelas".

Este vale situa-se na região de Sefelá, 24 km aonoroeste de Jerusalém. Este vale tem uma extensãode 18 km de comprimento na direção doMediterrâneo, por 9 km de largura.

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4. Vale de Escol (Nm 13.22-27).A palavra "Escol"   em hebraico significa

"cacho". Este vale fica ao oeste de Hebrom, e é

muito famoso pela sua fertilidade especialmente naplantação de uvas.

5. Vale de Hebrom.Esse vale fica cerca de 30 km a sudoeste

de Jerusalém, onde foi edificada a célebre cidade deHebrom, em cujas cercanias fixou-se por longo

tempo a família de Abraão.

Planaltos

A definição de planalto é: uma grandeextensão de terras sobre montanhas ou serras. APalestina é geralmente vista com dois planaltos, a

saber:s   O Planalto Central,  que existe como acontinuação dos montes Liba nos e se estendepelo centro do país na direção norte-sul; e

^ O Planalto Oriental,  que pode ser consideradocomo continuação do Antilíbano, andando namesma rota do anterior.

Ambos variam em altitude, medindo de650 a 1.300 metros.

*■ Planalto Central.Esse planalto é compreendido pela região

onde habitavam as tribos de: Naftali, Efraim e Judá.

s   O Planalto de Naftali,  corresponde à região daGaliléia ao norte;

^ O Planalto de Efraim  corresponde à região deSamaria, ao centro; e

s O Planal to de Judá   situa-se ao sul, entre Beteie Hebrom.

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Planalto Oriental.Esse planalto situa-se ao oriente do rio

Jordão e também está subdividido em três partesdiferentes, a saber: Basã, Gíleade  e Moabe.

■s Planalto de Basã.  Também conhecido comoAuran, que se estende desde o sul do monteHermom até o vale por onde corre o rioIarmuque. A fertilidade dessa região é maisapropriada para o plantio de trigo e pastagem

para o gado.•/ Planalto de Gileade.  Que se situa entre o

Iarmuque e o Hebrom, cortado pelo rioJaboque; esta éuma região fe rt il íss ima. Essasterras são famosas pela abundante produção dobálsamo, muito apreciado no período do AT (Jr8.22). Essa região, é hoje chamada de

Jordânia.s Planalto de Moabe.  Local iza-se ao leste da

últ ima parte do curso do rio Jordão e do MarMorto, indo até o rio Arnon. Esta região é umtanto rochosa entrecortado de prados e delindas pastagens. Essa região levou esse nomeem virtude de ter sido colonizada pelo filho de

Ló (Gn 19.37).

Montes da Palestina

Canaã é uma terra montanhosa porexcelência; esta é a razão da Bíblia chamá-la de"terra de montes e vales"   (Dt 11.11).

O núcleo central dos reinosencontra-se na região montanhosa ao longo dodivisor de águas, que de um lado desce para o litorale do outro para o vale do Jordão. Estas alturasatingem acima de 1.000 metros no seu pontoculminante, próximo a Hebrom.

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O decl ive desapareceu há muito tempodando lugar a descal vados1 tabuleiros de calcário eterrenos pobres. A agricultura é praticada em

terraços e em campos de animais.Na extremidade setentrional desta regiãocerto números de colinas isoladas voltam à vizinhaplanície de Jezreel, a cadeia montanhosa retoma oseu caminho, avança na direção norte, elevando-segradativamente à medida que se aproxima dos altosmontes do Líbano.

É constituída de patamares que geralmentese voltam para o sul ou sudoeste. Os mais baixosdestes "degraus de escada" eram e são uma espéciede bacias férteis, separadas entre si por estéreisencostas de calcário.

À medida que aumenta a alt itude, asplataformas tornam-se escalvadas e batidas pelo

vento até constituírem uma área desolada e estéril,destituída das florestas que cobrem as encostas dasmontanhas mais altas ao norte.

Toda esta parte forma a região da Galiléia,c'ls vezes subdividida em alta e baixa Galiléia. Oslimites meridionais e orientais da região são claros.Mas ao norte a divisa se perde nas montanhas.

Os montes da Palestina normalmente sãodivididos em dois grupos gerais, a saber:

s Montes Palestínicos,   que ficam ao oeste doJordão; e

s Montes Transjordânicos,   que se locali zam aoleste do Jordão.

I. Montes Palestínicos.i.l. Hermom.

Este monte fica no extremo sul da cadeiados montes Antilíbano, no limite sul da Síria e

I a l ta de vegetaç ão; ár ido, estér i l , ca lvo, e sca l vado.

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120 metros de altitude, e fica totalmente isolado.I stá localizado na Gali léia, na parte nordeste daexuberante Planície de Esdraelon, tem uma distância

ili' 10 km da cidade de Nazaré e 16 km do Mar da(i <11i Ié i a .

1.3. Monte Gilboa.É mais que um monte, parece ser mais

uina pequena cordilheira. O monte Gilboa tem 13 kmili1comprimento, com uma largura que varia entre 5

8 km; com cerca de 543 metros de altitude. Nele•hi■cultivam ol iveiras, f igueiras e alguns cereais queii.io necessitam de muita umidade.

1.4. Monte Carmelo.Não é propriamente dito um monte, mas

•.im uma pequena cordilheira, situada no Planalto

i iMitral na direção oeste, formando um promontório.ui sul da Planície do Acre, sendo a única parte daM.ilcstina que avança mar adentro, formando, aoimite, a baía do Acre onde está situada a atuali ui.ide de Haifa.

Em seus flancos1 existem várias cavernas,i|iii> pelos seus aspectos internos parecem que já

Im em habitadas.A cadeia montanhosa do Carmelo se■blende por cerca de 48 km, na direção noroeste-uil< ste, desde as margens do Mar Mediterrâneo, aomi I  da baía de Acre, até à Planície de Dotã.

Em um sentido mais estrito, o montei .li melo é o pico principal dessa curta cadeia

nmiitanhosa, que alcança um máximo de 531 metros,i‘iii sua extremidade nordeste, e que fica cerca de 19I m i   distante da beira-mar.

r .uh: la tera l de qua lquer objeto; lado.

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a um monte, mas, a uma região onde tem muitosmontes; e foi em um destes montes o lugar em queAbraão iria sacrificar Isaque por ordem de Deus.

1.8. Monte das Oliveiras.Este monte está situado na região oriental

da cidade de Jerusalém, separado da cidade pelovale do Cedron. Ele faz parte de uma pequenacordilheira, com cerca de 3 km de comprimento.

A distância deste monte até o centro de

Jerusalém era de 15 estádios (Jo 11.18), cerca de2.775 metros, "jornada de um sábado"   (At 1.12).

Betfagé e Betânia estavam neste monte,lietfagé significa "casa do figo", e Betânia, significa"casa da tâmara". Na encosta ocidental deste monterstava o Jardim do Getsêmani.

Nos tempos do AT, essa região de muita

lisrtilidade, era coberta por grandes oliveiras,vinhedos, figueiras e outras árvores frutíferas eui namentais. A palavra "Getsêmani"   (hb.) significa''prensa de azeite".

1.9. Áreas ao pé dos montes.Entre o litoral e as altitudes montanhosas

rstende-se uma zona constituída de colinas baixas,io pé das montanhas, outrora cobertas de florestasi‘ s icômoros1. Hoje grande parte dessa região éi ultivada.

2 . Montes da Transjordânia.Os montes da Transjordânia são aqueles

i|iie ficam ao lado oriental do rio Jordão, onde sei".labeleceram as tribos de Rúberi, Gade e a meiaiiibo de Manassés.

i i í ínero de árvores da famí l ia das ar tocárpeas, espéc ie deIi(ii i Ai ra, de oito a quinze metros de a ltura.

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A Transjordânia é uma região montanhosasemelhante à ocidental, porém mais elevada. A áreaé rica de água e fornece ótimas pastagens para

grandes rebanhos de ovinos e bovinos.As montanhas sobem de 600 a 700 metros

ao leste da Galiléia para quase 2.000 metros ao lestee ao sul do Mar Morto. Estas são cada vez maischuvosas à medida que se elevam, constituindo umafaixa fértil entre o vale árido, de um lado, e odeserto arábico, do outro.

2.1. Montes de Basã.É uma região montanhosa de muita

fertilidade, que está situada no Planalto Oriental. Aonorte faz divisa com o monte Hermom, ao leste,limita-se com o deserto da Síria e parte do desertoda Arábia, e ao sul com o vale do Iarmuque e ao

oeste com o rio Jordão e o Mar da Galiléia. Estemonte é referido no Salmo 68.15.

2.2. Monte de Gileade.Este é mais um conjunto montanhoso, que

vai do sul do rio Iarmuque e se estende até o MarMorto. Toda sua extensão era de 90 km de

comprimento, por 30 km de largura.O rio Jaboque divide esta região

montanhosa, de leste a oeste, em duas partes quaseiguais; ficando ao norte a tribo de Gade e ao sul atribo de Rúben. Nos tempos de Jesus, esta regiãoera chamada de Peréia.

O nome "Gileade" tem origem no encontro

de Jacó com Labão (Gn 31.46-48), e logo após com oAnjo do Senhor (Gn 32).

2.3. Monte Nebo ou Pisga.Com 800 metros de altitude, este monte

localiza-se a cerca de 15 km ao leste da foz do rio

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Questionário

f    Assinale com "X" as alternativas corretas

1. O termo "Topografia" significa, literalmente:a)D Grande porção de terreno planob)[ZI  Descrição de um lugar ou de uma regiãoc)D Grande porção de terreno plano sobre montes

ou serrasd)D Conjunto de estados da atmosfera próprios de

um lugar

2. O mais profundo vale de toda a face da terra, com426 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo:a)Q Vale de Escolb)0 Vale do Jordãoc)D Vale de Aijalomd)0 Vale de Hebrom

3. A Palestina é geralmente vista com dois planaltos:a ) 0 O Planalto Oriental e o Planalto de Urb ) 0 O Planalto de Ur e o Planalto de Basãc)D O Planalto de Basã e o Planalto Central

d ) 0 O Planalto Central e o Planalto Oriental

f    Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.P=] A palavra "planalto" significa uma grande porçãode terreno plano

5 .C O Planalto Oriental está subdividido em trêspartes diferentes: Basã, Gileade e Moabe

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Hidrografia1

O sistema hidrográfico da Palestina étalvez um dos mais pobres do mundo. Desde ostempos patriarcais vemos o quanto aquela terra temsido castigada pela seca.

Mesmo com toda engenharia desenvolvidano atual Estado Israelense a terra ainda sofre comas terríveis secas, com exceção da orla marítima,

onde as chuvas são mais freqüentes.Apesar de todas estas deficiências, a

Palestina é chamada na Bíblia de "terra que manaleite e mel"   (Êx 33.3); " jardim regado"   (Gn 13.10; Is58.11); " terras das chuvas"   (Dt 11.11); a " terra da abundância"   (Dt 28.11).

A hidrografia da Palestina pode ser dividida

i:m três partes, a saber: Mares, Lagoas e Rios.

Mares

Mar Mediterrâneo.Banha a Europa Meridional, a Ásia

Ocidental, a África Setentrional e toda a costa

ocidental da Palestina. Liga três continentes, Ásia,Africa e Europa e era o único mar navegado nosI( mpos bíblicos.

A palavra "Mediterrâneo", não aparece nalUblia nenhuma vez, esse mar é mencionado nahíblia com o nome de Mar Grande (Js 1.4); Marocidental (Dt 11.24); Mar dos Filisteus (Êx 23.31).

Apesar de todos estes nomes, o termo mais usado nallíblia para se referir a este mar é "O Mar".

1 A pa lavra H id rogra f ia é fo rmada por do is vocábu los g regosl l l d ro"    (água) e " g r a p h e i n ”    (descrever); sendo ass im,

Hidrograf ia é a c iênc ia que estuda as reg iões aquát icas.

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Os gregos o chamavam de "Mar Grande", eos romanos de "Internum Maré”.  Com uma extensão

de 4.500 km, o Mediterrâneo é o maior dos maresinternos.Neste mar estão as ilhas de Chipre (At

4.36; 11.19; 13.4; 15.39; 27.4), Creta (At 27.7,1213,21; Tt 1.5) e Malta (At 28.1).

Para os judeus, o Mediterrâneo constituíanuma enorme defesa natural, em seu flanco

ocidental, uma vez que na sua costa não havianenhum porto exceto o da cidade de Jope.

Mar Morto.Localiza-se no extremo sul do rio Jordão.

Fica na foz do rio Jordão, entre as montanhas deJudá e as montanhas de Moabe, na região mais

profunda do planeta. Não tem saída, mas produzuma imensa evaporação de aproximadamente oitomilhões de toneladas de água por dia, o suficientepara controlar suas dimensões.

No verão, a temperatura chega até 50°.Está situado entre Israel e a Jordânia, a umadistância de 24 km ao leste de Jerusalém. Tem cercade 74 km de norte a sul e 16 km de leste a oeste,com um total de 930 km.

O Mar Morto é profundíssimo, medindocerca de 300 metros de profundidade. Seu pontomais profundo tem 410 metros. Fica a quase 369metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo, o quefaz o mais baixo lençol de água do mundo.

Ao longo da história, esse mar tem sidoconhecido por diversos nomes; em algumaspassagens bíblicas ele é chamado de "Mar Salgado"(Gn 14.3; Nm 34.12), "Mar do Arabá" (Dt 3.17;4.49), "Mar do Oriente" (Ez 47.18; Jl 2.20; Zc 14.8).

O Mar Morto é um dos mais sa lgados doplaneta, sua água contém 25% de salinidade.

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Além do sal, existem em abundância naságuas desse mar outros elementos químicos comomagnésio, cloro, potássio, cálcio, bromo e enxofre.

■*' Mar da Galiléia.O Mar da Galiléia que não é propriament

um mar, mas um grande lago de água doce, estálocalizado ao lado norte da Palestina e é formadoexclusivamente pelo alargamento do rio Jordão, numI recho do seu curso.

Com uma forma oval ada1, nos lembra umapêra. Este mar está aproximadamente a 18km ao suldo lago de Meron, e 96 km ao norte de Jerusalém.I stá a 212 metros abaixo do nível do marMediterrâneo, medindo aproximadamente 18 km de•umprimento e cerca de 14 km de largura.

As suas margens que dão para o oriente

.íío montanhosas, enquanto o seu lado ocidental e11a parte noroeste estendem-se planícies férteis com(Idades que foram muito importantes nos temposbíblicos. Tem em média 45 metros de profundidade;ii sua parte mais rasa não chega menos de 4 metros(1(5 profundidade; e a sua parte mais funda não vai.ilém de 50 metros de profundidade.

Fica s ituado em uma grande bacia,(.lusada por uma grande falha geológica. Com águasivermelhadas e turvas, deságua exausto sobre esteUiande lago de água doce o rio Jordão. Apesar disso,|t suas águas são relativamente limpas.

Além do rioJordão, ele recebe muitasImites em suas margens. Entretanto, suas praias

localizadas ao norte e ao leste são barrentas ei nchosas.O Mar da Galiléia nos tempos bíbl icos

íipirece com vários nomes, a saber:

1 I or nado oval.

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✓ Quinerete (Dt 3.17; Js 13.27; 19.35; Nm34.11). Esse vocábulo vem de "Kinnor",  quesignifica "cítara", pelo fato de parecer com este

instrumento musical, que é ovalado, em formade uma pêra.

s   Lago de Genesaré (Lc 5.1; Mc 6.53). Ganhouesse nome, pelo fato de estar localizado emuma planície no seu ângulo noroeste chamada"Genesaré". Este nome significa "Jardim dopríncipe".

s   Tiberíades (Jo 6.1,23; 21.1) recebeu essenome, por causa da cidade de Tiberíades,construída pelo rei Herodes Antipas, emhomenagem ao imperador Tibério César.

s   Mar da Galiléia (Mt 4.18). Esse nome lhe foidado pelo fato de estar localizado em uma

divisão política do Império Romano naPalestina, chamada de "Galiléia".

Lagos

O único lago existente em todo o tpalestínico é o Lago de Merom; mencionado apenas

duas vezes no livro de Josué (Js 11.5,7) com o nomede "águas de Merom". O seu nome atual é "Lago deHulé" (nome árabe).

Esse lago mede cerca de 8 km decomprimento por 6 km de largura, tendo 3 a 4metros de profundidade, está a 2 metros acima donível do Mar Mediterrâneo e a 280 metros acima do

Mar da Galiléia, lugar aonde iam as águas que porele passava.

O seu nome signi fica li ter"superior", talvez pela sua posição geográfica, aocompará-lo com o Mar da Galiléia e o Mar Morto.

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As suas águas eram doces e produziammuitos peixes. A sua parte norte era inóspita1, eicpleta de mosquito transmissor da malária.

Antigamente, nas margens desse lagovicejava2 o papiro. Esse lago não existe mais, porquefoi totalmente drenado pela engenharia de Israel,ioduzindo-o a uns pequenos açudes.

Rios

Todos os cursos de água da Palestina (comexceção do Jordão) são de pouca expressão. Apalavra "Rio" no hebraico aparece em diversaslormas:

s "Wa d i " ,   Trata-se de uma ravina3, ou de umleito seco onde só correm águas em seu leitono período do inverno ou de chuvas.

S "Nãhãr " ,   é o vocábulo normalmente usadopara designar um rio comum.

Os rios da Palestina são divididos em duashiicias hidrográficas: Bacia do Mediterrâneo  e Bacia tio Jordão,

l. Bacia do Mediterrâneo.

1.1. Belus.Esse não é propriamente dito um rio de

.'i()uas perene, mas tão somente um "Wadi",  que fica•,eco por quase dois terços do ano. Tradicionalmenteirm sido identificado com o rio Sior-Libnatemencionado em Josué 19.26.

Apesar de não ser identificado a localidadedeste rio, muitos autores dizem que ele deveriaestar ao sul da tribo de Aser, onde corria um riacho.

1 I [Ti que não se pode viver.I l rotar, produzir , lançar.

1I scavaç ão pr ovoc ada pela enxur rada; barranco.

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O nome "Belus" foi dado pelos gregos. Os judeus eos árabes o chamam hoje de "Nannã".

1.2. Quisom ou Kschon.Trata-se de um rio profundo e de águasrápidas, em certos meses do ano quase não pode seratravessado.

Este é o maior rio da Bacia doMediterrâneo, e o segundo de toda a Palestina,perdendo somente para o Jordão. Esse rio nasce nas

pequenas correntes dos montes Gilboa e Tabor, e vairecebendo águas de outras pequenas vertentes;correndo na direção noroeste do monte Carmelo, elepassa pela planície de Esdraelon; e em fim, deságuano Mar Mediterrâneo, na parte sul da baía de Acre.

Sem muita certeza, alguns autores dizemque o seu nome significa "turvo e tortuoso".

Em Juizes 5.19 esse rio é chamado de"águas de Megido". Em virtude do grande episódioque envolveu o profeta Elias e os profetas de Baal(lRs 18.40), é atualmente chamado de "Nah el  Mukatta"   que significa "rio da matança".

1.3. Caná (Js 16.8; 17.9).

Trata-se de um "Wadi"   e não de um rio deáguas perenes. Nascendo em Samaria, esse rio seestende pela planície de Saron irrigando suas terrasem direção ao mar Mediterrâneo onde termina o seucurso. Tem esse nome, em virtude do seu leitocorrer nas proximidades da cidade de "Caná deEfraim".

1.4. Gaás (2Sm 23.30; lCr 11.32).Aqui temos um outro " Wadi”,  que

atravessa o território de Saron na direção leste-oeste terminando no MarMediterrâneo, nasproximidades da antiga cidade de Jope.

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1.5. Soreque (Jz 16.4).O nome "Soreque" signifi ca "vinha seleta".

Este também não é um rio perene, porém, um

"Wadi".  A palavra Soreque, indicava tanto um ribeiroquanto um vale, entre Asquelom e Gaza, não muitolonge da cidade de Zorá.

Este rio nasce nas montanhas de Judá, aosudoeste da cidade de Jerusalém, e anda em direçãonoroeste findando o seu trecho no Mar Mediterrâneoentre Jope e Ascalom, na região setentrional da

l ilistia.

1.6. Besor (ISm 30.9,21).A palavra "Besor"   no hebraico significa

"Refrigério". Este é o maior "Wadi"   da Palestina,localiza-se nas vizinhanças de Ziclague, na regiãosul de Judá.

Nasce no sul das montanhas de Judá,iiassa pelo lado sul de Berseba e precipita-se no MarMediterrâneo cerca de 8km ao sul da cidade de Gaza.

2. Bacia do Jordão.Compreende-se como Bacia do Jordão,

.111ueIas fontes de água que deságuam no leito do rio

lordão, e elas estão tanto na parte leste como oesteilo Jordão.Na lição 1 estudamos sobre o rio Jordão e

Muatros principais riachos. Agora, continuamos a vermlros riachos importantes:

2.1. Querite.Aqui temos mais um dos muitos "Wadi"  

existentes na Palestina. Até hoje se discute averdadeira localidade desse ribeiro de águasiiil ormitentes1.

' i,M11' aprese nta in terr upçõ es ou suspe nsõ es; não cont ínuo.

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Baseando em IReis 17.5, onde diz queesse ribeiro está ao oriente do Jordão, algunsautores identificam-no na margem oriental do

Jordão. Porém, a maioria dos autores diz que talribeiro situa-se na margem ocidental.

Entende-se que esse "Wadi"   desce dosmontes de Efraim e desemboca no Jordão, pelamargem ocidental, um pouco ao norte de Jericó,depois de percorrer uma região agreste, povoada decorvos e águias.

2.2. Cedron (Jo 18.1).Trata-se também de um "Wadi"   e não de

um rio perene. Não passa de apenas um riacho comregime de inverno, que atravessa o vale de Josafá.

O termo é apl icado tanto ao riachoao vale por meio do qual flui. O seu nome significa

"turvo", "melancólico" (no hebraico). Somente nostempos chuvosos é que produz águas impetuosas.Nasce a 2 km ao noroeste de Jerusalém e,

correndo na direção sudeste, passa ao lado dacidade de Jerusalém, e deságua no Mar Morto, numadistância de 40 km, por um leito profundo e sinuoso(1 Rs 2.37; 15.13; 2Cr 15.16; Jr 31.40; 2Sm 15.23).

2.3. Iarmuque.Apesar de não ser mencionado na Bíblia,

este rio é o principal afluente na região leste do rioJordão. O seu corpo é formado por três braços,sendo que o mais setentrional recebeabundantemente águas das vertentes orientais emeridionais do monte Hermom. O seu encontro com

o rio Jordão ocorre 6 km ao sul do Mar da Galiléia.

2.4. Jaboque (Gn 32.22,23).Este rio nasce no sul do monte Gileade, a

princípio corre para o leste, depois para o norte enoroeste, fazendo uma semi-elípse, até despejar

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'.uas águas no Jordão entre o Mar da Galiléia e o MarMorto, após um trajeto de 130 km. O seu nomesignifica "o que derrama".

2.5. Arnon (Is 16.2; Nm 21.13; Dt 2.24).O seu nome no hebraico signif ic

"murmúrio". Nasce nas montanhas de Moabe e aoleste do Mar Morto termina o seu leito. Formado pordois braços esse rio percorre 80 km.

Primeiramente, esse rio separava os

moabitas dos amorreus e depois os moabitas dolerritório israelita da Transjordânia. Em épocas dechuva é bastante volumoso, mas no rigor do verão( hega a secar.

Desertos Palestínicos

Deserto da Judéia.As áreas localizadas do Leste dos montesde Judá ao rio Jordão e ao mar Morto formam odeserto da Judéia. Subdivide-se este em váriosdesertos sem importância: Maon, Zife e En-Gedi. Nessa árida região, perambulou Davi quando eraperseguido pelo rei Saul.

Eis mais alguns desertos de Judá: Tecoa eJeruel. Nesse território, o rei Josafá obteveestrondosa vitória sobre as forças moabitas e,-irnonitas. Nessa mesma região, o profeta Amósexerceu o seu ministério e João Batista clamoui ontra seus reticentes contemporâneos.

Desertos de Jericó, Bete-Áven e Gabaom.O deserto de Jeri có fica no terr itór io

henjamita. Esse desolado território forma, segundodescreve o pastor Tognini, um longo desfiladeiroinchoso de cerca de 15 km que desce de Jerusalém alericó.

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Nessa área, há muitas cavernas, nas quaisescondem-se malfeitores. Essa região serviu decenário para a Parábola do Bom Samaritano, contadapor Jesus Cristo.

Bete-Áven e Gabaom são outrosimportantes desertos de Jericó. Em Gabaom, porexemplo, obteve Josué importante vitória sobre osinimigos dos israelitas.

Clima da Terra Santa

Israel, geograficamente, localiza-se na faixasubtropical. Explica-se, portanto, a variedade de seuclima. Genericamente, contudo, apenas duasestações sobressaem na Terra Santa: a chuvosa  e aseca.  Ambas são acompanhadas, respectivamente,com muito frio e calor.

O clima nas montanhas.Um país montanhoso, assim é Israel. Hebrom

é o ponto mais elevado do território israelita, commais de mil metros. Jerusalém, por seu turno,encontra-se a 800 metros de altura.

Nas montanhas, o clima é fresco e bastanteventilado. No verão, esse quadro altera-se umpouco, em conseqüência das correntes de ar quenteprovenientes do Sul e do Ocidente.

Na cidade santa, durante o inverno, atemperatura chega a 6 graus positivos, com neves efreqüentes geadas. No verão, os termômetrososcilam entre 14 e 29 graus.

O clima no litoral.Encontrando-se ao ocidente do mar

Mediterrâneo, Israel é bafejado por reconfortadorase constantes brisas, principalmente à noite.

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Durante o inverno, a temperatura baixa paramenos de 14° em Gaza e Jafa. No pico do verão, ostermômetros chegam a registrar 34o ! Em algumas

localidades situadas mais ao norte, o inverno tornase insuportável.

O clima no deserto.De uma maneira geral, nos desertos de Israel,

as temperaturas oscilam, no verão, entre 43°, 47° e50°. Inclui-se, nessa classificação, o Vale do Jordão.

Ventos.As correntes de ventos que varrem o Oriente

Médio encarregam-se da formação do clima da TerraSanta:

As úmidas, do mar Mediterrâneo;

As frias, dos montes do Norte; e

As quentes, das regiões desérticas.

Eis como os hebreus classificavam os ventos:^ Safon, portador de geadas;

s   Quadim, faz crescer a vegetação;

s   O do Oeste encarrega-se das chuvas; e

^ Darom é mensageiro do calor.

Há, também, uma corrente de ar provenienteda Arábia, cognominada Sirô. Esses ventos são tãoquentes que chegam a queimar a lavoura.

Estações.Depreendemos de algumas passagens bíblicas

(|ue, no Oriente Médio, havia somente duasestações: inverno  e verão.Diz o profeta Isaías: "E/es serão deixados 

luntos às aves dos montes e aos animais da terra e •iobre eles veranearão as aves de rapina, e todos os 

 ,mimais da terra invernarão sobre eles"   (Is 18.6).

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Começava o inverno em outubro e estendia-seaté o mês de março. Nessa época, os montescobriam-se de neve.

O verão tinha o seu início em abril e iasetembro. Os agricultores aproveitavam bem essaestação para colher e preparar a terra.

Chuvas.Ao contrário do Egito, as chuvas em Israel são

abundantes. As primeiras chuvas começam em

outubro e, constituem-se em fortes aguaceiros,notadamente, no litoral.

Nas montanhas, as precipitações são fracas efinas. No deserto não chove. Alguns estudiosos,porém, acreditam que, no tempo de Herodes, oGrande, as chuvas não eram escassas nas regiõesdesérticas. Isto porque, ele construiu uma fortaleza

em Massada com grandes cisternas, para captarágua proveniente das chuvas. Eis a média dasprecipitações pluviais: 1.090 mm por ano.

O orvalho continua a cair na Terra Santa.mesmo as áreas desérticas recebem essa dádiva doscéus. O orvalho de Hermom, por exemplo, éproverbial.

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Questionário

>’ Assinale com "X" as alternativas corretas

6. Quanto ao Mar Morto, é INCERTO afirmar que:a) EU É profundíssimo, medindo cerca de 300 metrosb)[H Em algumas passagens bíblicas ele é chamado

de "Mar Salgado"c)Q É um dos mais salgados do planeta, sua água

contém 25% de salinidaded)0 Os gregos o chamavam de "Mar Grande", e osromanos de "Internum Maré" 

 /. O único lago existente em todo o territóriopalestínico é o Lago de:a)CU Ledãb|)KI Meromc)D Orontesd)Q Leontes

H, Os rios da Palestina são divididos em duas baciashidrográficas, a saber:a)CH Bacia da Gali léia e Bacia do Atlânticob ) 0 Bacia do Atlântico e Bacia do Mar Morto

c)H. Bacia do Mediterrâneo e Bacia do Jordãod)EH  Bacia do Jordão e Bacia do Golfo Pérsico

' Marque "C" para Certo e "E" para Errado

'• £ j "Wadi",  é o vocábulo hebraico normalmente usadopara designar um rio comum

III-[«'_] O Mar da Galiléia não é propriamente um mar,mas um grande lago de água doce

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Lição 3 ________________

Geografia Econômica e Humanada Palestina

Devido a variedade do clima e do solo aPalestina oferece também abundante variedade deprodutos nos três reinos da natureza: vegetal,<mimai e mineral .

Reino VegetalNo reino vegetal os produtos mais comuns

<’ram o trigo, a oliva e a uva. Estes eram oselementos básicos da alimentação dos hebreus elormavam o trinômio tão repetido na Bíblia - "pão, .i/eite, e vinho".  Também era comum: cevada,lentilha, feijão, pepino, cebola, alho, mostarda, figo,melão e etc.

Das plantas silvestres podemos citar: oi *dro, o pinheiro, a faia, o carvalho, a acácia, alulmeira, a murta, o lírio do campo e a rosa de

mon.Embora em maior ou menor proporção,

11(i (I e - se encont rar toda esta flora pela extensão totalHn território palestino. Convém notar aqui que:

11 Na Judéia são mais comuns os olivais evinhedos, que prosperam mesmo em terrenospedregosos;

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■/ Em Samaria, são os bosques de acácias, cedrose pinheiros;

■s  Na Galiléia, os cereais, embora estes sejamtambém comuns nos vales e planícies de outrasregiões.

Reino Animal

Os animais palestínicos mais importanteseram:

s   A vaca, a ovelha, a cabra, a mula, o camelo, o jumento, o cavalo e o cão, na ordem dosdomésticos que serviam tanto para o alimentocomo para o trabalho e transporte;

s   Corça, lebre, chacal, lobo, raposa, leopardo,leão, hiena, víbora, camaleão e outros na ordem

dos selvagens, dos quais somente uns poucospodiam servir para o consumo;

s   Perdiz, codorniz, pombo, galinha, avestruz,cegonha, rola, pelicano, corvo e tantas outrasaves;

s   Abelhas e gafanhotos de várias espécies,moscas, mosquitos, formigas, etc., na ordem

dos insetos; es   Uma abundante var iedade de peixes (cerca de

43 espécies).

Referência especial merece o gafanhotoque até hoje é consumido como alimento,especialmente pela classe pobre, e do qual JoãoBatista se alimentava.

Arrancando-lhe as asas e os pés, puxa-se acabeça, comprimindo ao mesmo tempo o corpo,assim retirando-lhe os intestinos. Depois o corpo dogafanhoto é secado ao sol, tostado no fogo ou fritono azeite, e está pronto para o consumo.

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Reino Mineral

Entre os metais o mais abundante parecet<?r sido a prata ( lRs 10.27), depois cobre, estanho,i humbo, enxofre, betume1 e também ouro.i utretanto, a Bíblia não indica que estes minera isnos tempos antigos fossem extraídos do solop.ilestino, com exceção de betume (Gn 14.10) nairgião de Sodoma e Gomorra, ao sul do Mar Morto.Hoje, porém, há bastante mineração de carvão,'..ilgema, potassa, enxofre, ferro, cobre, etc.

O comércio nos tempos bíblicos variavai onforme as ci rcunstânc ias polí ticas em relação aosl>uses vizinhos. Assim, a Palestina comerciava os■'.%us produtos com Síria, Arábia, Egito ein incipalmente com a Fenícia (Ez 27.17).

Os Habitantes Primitivos da Palestina

Bem nos primórdios da história étnica dai'|l«stina, antes da chegada de Abraão a terra então■li.imada Canaã, a região era ocupada por diversas11ihos conhecidas sob o nome geral de cananeus (Gn

I ’ (>; 24.3-37); essas tribos eram dez, a pr incípio,i 'Mluzindo-se para sete no tempo da conquista (Gni 18-21; Dt 7.1).

Pelo que nos informa Moisés em Gênesisui i 5 20, quase todos os povos da região da Terra'Li Promessa eram da esti rpe2 camita, pois eram

cndentes do filho mais moço de Cão, chamado

1.-ui,|ã.As cidades desses povos eram muradas e

i"i i II Içadas, cada uma tendo o seu próprio rei,

l . l l lO .

*111111'm, tronc o, l i nh age m, raça, asc en dê nc ia , cepa.

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exceto umas poucas que eram de natureza maisnômade.

Esses reinos eram, geralmente,

independentes e bastante bel icosos1 para alcançar asupremacia. Alguns desses reinos, e em certasépocas quase todos eles, eram subordinados aoEgito. Os mais importantes deles são os seguintes:

@ Cananeus.Ainda que esta designação seja, aplicada,

na linguagem bíblica, a todos os povos da Palestinaprimitiva, no sentido mais restrito se limitava aosdescendentes de Canaã que habitavam na costa doMediterrâneo, desde a baía do Acre até Jope, aonorte da Palestina, desde o Mediterrâneo até o valedo Jordão, e ao longo do vale do Jordão até ao suldo Mar Morto. As provas arqueológicas nos dão a

idéia desta distribuição.

@ Amorreus.É outro povo descendente de Canaã, filho

de Cão, embora alguns historiadores, baseados emDeuteronômio 1.44, o classifiquem como cananeus.Parece, porém, mais razoável fazer uma distinção

entre os dois povos parentes.Os amorreus ocupavam no tempo da

conquista à região ao sul e leste de Jerusalém e avasta região montanhosa ao leste do Jordão, aTransjordânia (Nm 13.29).

@ Heteus.

Também estes são camitas, poisdescendem de Hete, filho de Canaã e neto de Cão(Gn 10.15). Hoje são conhecidos como hiteus ehititas, nos registros históricos e arqueológicos.

1 Hab i tuado à guerra .

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Parece que no tempo de Abraão era umpovo que rivalizava com os cananeus e os amorreusem poder e número.

Pelo que já se conhece deste povo, asáreas por eles ocupadas, em diversas épocas de suahistória, estendiam-se desde a Ásia Menor, norte daPalestina, Síria, indo até o rio Eufrates. Abraão osencontrou também em Hebrom (Gn 23).

Heveus.

Segundo Gênesis 10.15-17, este povotambém era camita, pois descendia da família deCanaã, filho mais novo de Cão.

Pouco se sabe desua história. Parece quenão era muito numeroso. Nos dias de Jacó umacolônia deles encontrava-se em Siquém. A áreamaior por eles ocupada, em mistura com algumas

outras tribos, foi ao oeste de Hermom (Js 11.3; Jz3.3).

Jebuseus.Jebus ou Jerusalém era o único lugar onde

luibitava este pequeno povo, pois não é mencionadamitraárea ocupada por eles. Porém, ainda que

pequeno, era um povo valente.Encaste lado na sua cidadela de Ofel(Sião?) resistiu aos ataques de Josué e seusexércitos, embora este lograsse aprisionar e matar aM'u rei (Js 10.23,24).

'f1 Perizeus.

Este era um dos povos que habitavam naivrra de Canaã e que parece evidente não ter origemi .imita, pr imeiramente, por não cons tar o seu nomeii.i lista dos filhos de Cão em Gênesis 10.15-20, ei.nnbém por não ter o costume de murar as suasi idades, uma vez que a sua ocupação era a

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agricultura, como provam as escavaçõesarqueológicas, levando, portanto, um tipo de vidadiferente.

@ Refains.Também conhecidos como anaquins e

emins (Js 11.21 e Dt 2.10-11). Também estes nãoparecem possuir qualquer parentesco com oscananeus. Habitavam em algumas regiões de ambosos lados do Jordão e de Hebrom, pertencendo a uma

raça aborígene1de gigantes (Dt 2.10).

@ Girgazeus.Segundo Gênesis 10.16, eram camitas. São

várias vezes mencionados na Bíblia, mas não se sabeem que parte da Palestina habitavam.

Alguns admitem que tenham ocupado

alguma área na margem ocidental do Jordão, ou aooeste de Jericó.

Os Habitantes Vizinhos da Palestina nosTempos da Conquista pelos Hebreus

Devido a posição geográfica da Palestina,

vários foram os povos que se limitavam com ela.Alguns desses povos vizinhos eram francamentehostis ao povo de Deus, outros apenas desconfiados,e só uns poucos - como os fenícios - de atitudescordiais.

@ Amalequitas.

Freqüentemente citados na Bíblia; semprehostis ao povo de Deus; de origem muito incerta.Era um povo numeroso e poderoso, nômade, cujo

1 Diz-se de hab i tante de reg ião de que é or ig inár io; autó c tone,ind ígena, nat ivo.

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U:rritório principal era de guerri lhas e pi lhagens1 ehcava entre o Mar Vermelho ao sul, Neguebe (áreadeserta entre o sul da Palestina e Egito) ao oeste e

l dom ao leste (sul do Mar Morto), (ISm 15.7).Durante vários séculos antes do seu

extermínio2, Deus usou os amalequitas comoinstrumentos para castigar o seu povo rebelde (Jz1.12-13; 6.3-5).

^ Edomitas ou Idumeus.

Estes são semitas, pois são parentes doshebreus, descendentes de Esaú, irmão de Jacó.O capítulo 36 de Gênesis fala da numeros

descendência de Esaú que se estabeleceu namontanha de Seir, ou seja, na região entre o sul deMoabe e Mar Morto e o Golfo de Ácaba, que é umv.isto maciço montanhoso de cerca de 180 km de

extensão, conquistado pelos aborígenes horeus ondellnresceram cidades como Elath (lRs 9.26), Ezion-(..rber (Dt 2.8), Bosra (Gn 36.33) e Selá ou Petra( J Rs 14.7), que foi a capital.

Herodes, o Grande, que governou cerca de10 anos sobre os judeus durante o domínio romano,i*i.i idumeu.

Moabitas.Segundo Gênesis 19.37 os moabitas eram

descendentes de Moabe, filho de Ló que era sobrinhodi' Abraão. Portanto, também eles eram semitas.

Apesar do parentesco, sempre foramInimigos declarados dos hebreus, embora algumasv*ies demonstrassem boa vontade para com alguns

drlfts - como no caso de Davi e sua família quandoP*1! seguidos por Saul (ISm 22.3).

i ui Lo prat icad o pelas t ro pas que oc upam c id ades con qui sta das

ii i omb at es ; saque..■nina tota l; ch acin a, ass ola ção , a ni qu i la me nt o.

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Ocupavam o território ao leste do MarMorto e do Jordão até a altura do rio Jaboque.

Como fizeram os edomitas, também osmoabitas recusaram a Israel passagem pelo seuterritório quando este já se aproximava de Canaã.

Moabe foi reduzido à ruína porNabucodonosor, para nunca mais se reerguer.Contudo, Deus honrou uma mulher moabita, Rute,escolhendo-a para bisavó de Davi, integrando,portanto, a linhagem de Jesus. É o que ameniza a

triste memória daquele povo.

@ Midianitas.Eram semitas, pois descendia de Midiã,

filho de Abraão com Cetura (Quetura), (Gn 25.1-6).Antigas listas genealógicas árabes

mencionam uma tribo por nome Ketura, dando como

seu local de habitação as proximidades da cidade deMeca. Tudo faz crer que mais tarde se expandirampara oeste-norte, pois nos tempos de Moisés pareceque a "terra de Midiã”,  para onde este fugira doEgito e onde se casara (Êx 2.15-22), ficava ao lestedo Sinai.

Nos dias do patriarca Jacó, seu filho José

foi vendido a uma caravana de mercadoresmidianitas que o levaram ao Egito, onde o venderamcomo escravo ao capitão da guarda de Faraó, Potifar(Gn 37.25,28,36). Parece, pois, tratar-se de umpovo nômade que finalmente desapareceu.

@ Amonitas.Igualmente semitas, descendentes de Ló

(Gn 19.38), viviam nômades na região daTransjordânia, ao norte do rio Arnon, entre o Jordãoe o deserto arábico. Foram muito cruéis e vingativospara com o povo de Israel, atacando e pilhandomuitas vezes por longos anos durante os períodosdos Juizes e do Reino.

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@ Sírios.Ao nordeste e norte da Palestina ficavam

os domínios da Síria cujas relações com o povo de

Deus foram ora fraternais, ora hostis.Sabemos que os sírios (ou arameus) aos

quais nos tempos do Reino Unido de Israel eramorganizados em pequenos reinos independentes,sempre conhecidos pelo nome de sua cidadeprincipal, eram da estirpe semita.

Três destes reinos sírios limitavam-se com

a Palestina e em diversas épocas guerreavam comesta; eram eles:

^ Damasco (ou Aram-Damasco), que foi maispoderoso e mais hostil para com Israel;

s   Zobá (ou Aram-Zobá), situado ao oeste deDamasco, indo até Hamate (ISm 14.47); e

•/   Maaca (ou Aram-Maaca), ao oeste de Zobá, indo

até os limites da Fenícia (lCr 19.7-19).

^ Fenícios.Este foi um grande povo que habitava na

estreita faixa de terra ao norte da Palestina, entre osmontes Líbanos e o Mediterrâneo, desenvolvendo,I><*Ia navegação e comércio, uma vasta riqueza (Ez

.>/). Este povo era camita (Gn 10.15-19), embora■■na língua pertencesse ao grupo semita.

As duas cidades que sobressaíam em'Inerentes épocas eram Tiro e Sidon. As divindadesiMlncipais dos fenícios eram Baal e Astarote, cujo' 111to se infiltrou em Israel e atingiu o auge noninado de Acabe que se casou com a princesa

meia Jezabel.

f '   Filisteus.Este povo, cuja origem é desconhecida

(umbora pela referência de Juizes 14.3, em que osli lr leus são chamados "incircuncisos", possa

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concluir-se que, não sendo semitas, deveriam sercamitas), ocupavam uma área de terra no extremosul da costa palestínica e eram extremamente

belicosos, razão por que Deus não permitiu que oseu povo por ocasião do êxodo seguisse o caminhomais curto para Canaã que passava pela terra dosfilisteus (Êx 13.17).

As cinco cidades fortificadas dos filisteusrepresentavam os cinco estados independentes, masconfederados, e cujos nomes foram Asquelom, Gaza,

Gat, Azdod e Ecrón.Na divisão da Terra da Promessa, a Filistia

coube às tribos de Judá e Dã. Somente depois damorte de Josué é que Judá atacou a Filistia e tomouGaza, Asquelom e Ecrón (Jz 1.18).

Nunca foi possível uma paz permanenteentre os filisteus e os hebreus. Estiveram em lutas

constantes durante toda a história de Israel, isto é,durante os períodos dos Juizes, do Reino Unido, dosDois Reinos e de Judá quando ficou sozinho naPalestina.

Depois do cativeiro de Judá, a Síria anexoua Filistia e só depois das conquistas de Alexandre, oGrande, que destruiu Gaza, a última cidade

fortificada que resistiu, que os filisteusdesapareceram para sempre como povo.Além desses povos vizinhos mais próximos

que apreciamos neste estudo, devemos mencionar osgrandes povos mais distantes dos limites daPalestina e com os quais Israel teve relaçõesdiplomáticas, ou belicosas. São eles:

s   Os egípcios ao sul, es   Babilónicos e assí rios ao leste.

Não nos deteremos nos detalhes dahistória dessas relações, uma vez que esta já foiabordada na parte referente ao Mundo Antigo.

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Questionário

y   Assinale com "X" as alternativas corretas

I. Elementos básicos da alimentação dos hebreus:a ) B O trigo, a oliva e a uvab ) d O mel, o fei jão e a olivac)CH O milho, o trigo e o arrozd)D O arroz, o feijão e a mandioca

Foi alimento de João Batista e até hoje éconsumido, especialmente pela classe pobrea)0 Chacalb)D  Hienac)D Camaleãod ) 0 Gafanhoto

I. Antes da chegada de Abraão à Canaã, a região eraocupada por diversas tribos conhecidas sob o nomegeral de:a)ED Assíriosb)El Cananeusc)D Palestinosd)D Filisteus

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

i |l | Os amonitas e os moabitas são descendentes dei 'có, neto de Abraão

I I1 | Os refains também são conhecidos como anaquinsf emins, e pertencem a uma raça aborígene de

<i i c) a nte s

81

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Cidades Palestínicas

Abraão, quando chegou à Terra daPromessa (Canaã), já encontrou muitas cidades, dasquais algumas são mencionadas no livro de Gênesis.

Geralmente as cidades palestínicas antigaseram construídas sobre elevações ou mesmo montes,cercadas de muros defensivos de altura e larguravariadas, com portas pesadas providas de trancas

seguras, com torres de vigia sobre os muros e aindauma vala1circulando-as por fora dos muros (Dt 3.5).

Passemos em revista as principais cidadespalestínicas:

® Jericó.Segundo alguns pesquisadores, Jericó, se

não é a cidade mais antiga do mundo, certamente éa mais antiga de toda a Canaã. Fica localizada naparte inferior do vale do Jordão, a 8 km deste nadireção oeste, a 12 km ao norte do Mar Morto e 24km de Jerusalém na direção leste; e, ainda, a 272metros abaixo do nível do Mediterrâneo, junto àfonte de Elizeu ou Ain es-Sultan.

No tempo da conquista de Canaã pelo povode Israel, Jericó era uma cidade grande e bemfortificada, dominando a passagem do Jordão aosudeste da Palestina à margem do caminho deJerusalém para a Transjordânia.

^ Hebrom.

Situada ao sul das montanhas de Judá, aooeste do Mar Morto, a 32 km ao sul de Jerusalém,figura também entre "as cidades mais antigas domundo".

1 Va la p ro funda que serve para de ma rca r ter ras ou domín ios .

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Seu nome primitivo foi Quiriate-Arba (Gn23.2; 35.27; Js 14.15; Jz 1.10). Hebrom não émencionada no Novo Testamento. Existe até hoje,inm o nome de el-Khalil, habitada em sua grandemaioria por maometanos que construíram sobre a■i n ti g a cova de Macpela uma mesquita1, onde évodada2 a entrada de cristãos.

Belém.Também é uma das mais antigas cidades

dii Palestina. Situada a 10 km ao sul de Jerusalém,

iid estrada que vai de Hebrom, numa colina de 700metros de altitude nas montanhas de Judá, numaicgião sobremodo fértil.

Seu nome bíblico é Bethlehem-Efrata (que'.ignifica "casa de pão") ou Belém de Judá, paradistinguir de outra cidade de igual nome existente naPlanície de Esdraelon.

A primeira menção de Belém na Bíblia éiHativa nos tempos patriarcais, na morte de Raquel,.1  amada de Jacó, que ocorreu pouco ao norte destai idade por ocasião do nasc imento de Benjamim (Gnis.16-19). Também ali nasceu Davi, o notável rei deIjrael, e Jesus o Filho de Deus e Salvador do mundo.

^ Jope (Jafa ou Yafa).É outra cidade das mais antigas dal'. destina. Segundo alguns escri tores antigos -lulestínicos e romanos - é até antediluviana.

Segundo os registros egípcios o seu nome|.i era conhecido nos dias de Faraó Totmes III (1490-I 'I i5 a.C.), bem como nos de Faraó Amenotepe IV

(( .irtas de Tel-EI-Amarna, 1370 a.C.).Situada cerca de 60 km ao noroeste deii iusalém, na costa do Mediterrâneo, era o porto da

I f i npl o mao met an o,imped ida, pro ib ida, interd i tada.

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capital israelita. Jope sofreu muitos ataques earrasamentos dos exércitos inimigos através dostempos, isto é, egípcios, assírios, gregos, romanos,

turcos, cruzados e franceses. Porém, sempre voltoua prosperar, e hoje, junto da velha Jope, do ladonorte, ergue-se a moderna Tel-Aviv, o grande centrodos sionistas1judeus. Havia uma vila na Galiléia como mesmo nome, Jafa, ou Jafia.

0 Siquém.

Esta é mais uma das cidades antigas daPalest ina, pois a sua história remonta2 a mais de2.000 anos a.C., nas peregrinações de Abraão.

Fica situada entre os montes Ebal eGerezim, na Samaria, bem no centro geográfico daPalestina, no fértil vale de Siquém e ali erigiu o seuprimeiro altar na terra de Canaã após a aparição do

Senhor que lhe declarou: "À tua semente darei esta terra"   (Gn 12.6,7).Mais tarde, Jacó, ao voltar da

Mesopotâmia, fixou-se ali e levantou um altar aoSenhor (Gn 33.18-20). Nas cercanias de Siquém Jacócavou um poço que se tornou célebre pelo encontroque se deu junto do mesmo entre Jesus e a mulhersamaritana. Também ali foram enterrados os ossosde José trazidos do Egito (Js 24.32).

Ainda em Siquém Roboão, filho deSalomão, foi coroado rei de Israel, mas, devido àsua imprudência e arrogância, o reino foi dividido, eJeroboão, o rei das dez tribos revoltadas, fez deSiquém a capital do Reino do Norte (lRs 12).Conforme 2Reis 17.24 certamente também Siquém

1 Mo vime nto po l í t i co e re l ig ios o jud a ic o in ic iado no séc. XIX, que

v isava ao restab elec ime nto, na Pa lest ina, de um Estado juda i co,e que se tornou vitor ioso em maio de 1948, quando foi

proc lamado o Estado de Israe l .2 Con ser to , refo rma, reparo.

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recebeu os colonos assírios que após a queda doUeino do Norte estabeleceram-se nas cidades deSamaria e de cuja mistura com os judeus

remanescentes resultou a raça samaritana.A cidade foi destruída e reconstruída váriasvezes. Modernamente é chamada Neblús.

Samaria.Fundada em 921 a.C. por Onri, rei de

Israel e pai de Acabe, esta cidade foi uma das mais

Importantes e influentes na vida de Israel.Situada a 8 km ao noroeste de Siquém,num monte aproximadamente de 100 metros de■iltitude, rodeada de muralhas quase inexpugnáve is1<■foicapital do Reino do Norte durante 200 anos.

Caiu sob o poder da Assír ia em 722 a.C.,tlnpois de um prolongamento do cerco que começouno tempo de Salmanasar V e terminou no de SargãoII. Hoje no local há uma pequena povoação pornome Sebustieh, rodeada de ruínas que estão sendo'■xploradas e estudadas por várias entidades.li queológicas.

Notáveis são os restos da chamadat olunata2 de Herodes", de dois quilômetros de

extensão, que apesar dos dois mil anos decorridos lá

<**. L ã o como testemunhas da antiga glória de.imaria.

Nazaré.A 22 km do extremo sul do Mar da Galiléia,

ii.i direção oeste fica a cidade de Nazaré ondeii.inscorreu a infância e a juventude de Jesus, razão

IK-la qual Ele foi conhecido como Jesus de Nazaré,ilnje é a cidade palestina de maior proporção deustãos entre os seus habitantes.

i nvenc íve l , indes t rut íve l , inaba láve l .<■r ie de c ol una s di sp ost as s im et ri ca m en te .

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@ Cesaréia.Fica a 75 km ao noroeste de Jerusalém,

entre Jope e o monte Carmelo, no litoral do

Mediterrâneo. Foi construída por Herodes, o Grande,no local da antiga cidadela dos filisteus chamadaTorre de Strato, e cognominada1 Cesaréia emhomenagem a César Augusto, imperador romano.

Nos tempos do NT foi a cidade maiscélebre da Palestina por tratar-se de sua capitalpolítica. Lá estava a sede de administração civil e

militar da província romana.Os grandes edifícios, o templo, o

anfiteatro, o hipódromo, os teatros, ruaspavimentadas, instalações de água e esgoto, etc,fizeram a glória da cidade, embora por pouco tempo.

Foi ali que nasceu o célebre Eusébio -primeiro historiador da Igreja Cristã e o primeiro

geógrafo da Palestina.

@ Cesaréia de Filipo.O tetrarca Filipe deu este nome à antiga

vila fenícia de Baal-Gade em honra a Tibério César,seu protetor. E para distinguí-la da Cesaréia doMediterrâneo acrescentou-lhe o seu próprio nome.

Ampliando e embelezando a cidade que seencontra ao sopé do monte Hermom; Filipe fê-la umaespécie de estância de veraneio para a aristocraciada época.

@ Tiberíades.Fica na margem ocidental do Mar da

Galiléia (ou lago de Tiberíades) a 8 km deextremidades sul do referido mar. A cidade não émencionada no AT e uma única vez seu nomeaparece no NT (Jo 6.23).

1 Des igna r po r cognome; ape l i da r , a l cunha r , chamar .

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Depois da destruição de Jerusalém veio aser o centro do judaísmo na Palestina. Para lá foitransferido o Sinédrio1 e foram construídas muitas

sinagogas2, fundando-se a célebre academia rabínicaque preparou o Mischná, o Talmude Palestínico(também chamado Talmude de Jerusalém) que éuma coleção de tradições e interpretações do AT.

@ Cafarnaum.Não há certeza absoluta do local exato de

Cafarnaum. Sabemos, porém, que era cidade dacosta noroeste do Mar da Galiléia, a principal entreoutras tantas da região, posto militar rorriano (Mt4.13; 8.5) e centro de recolhimento de impostos doimpério (Mt 9.9; 17.24).

Mas o fato mais importante para osestudiosos da Bíblia é que Cafarnaum era a cidaderesidencial de Jesus, bem como do seu discípulo

Pedro (Mt 9.1; 8.14-17). Também foi ali que oSalvador realizou o maior número de mi|agres epronunciou os mais profundos ensinamentos.

Jerusalém."Lugar de paz", "habitação segura". Entre

ís cidades mais célebres do mundo encontramos

lerusalém. E no que diz respeito à história bíblica»■la ocupa o primeiro lugar.

Esta posição privilegiada de Jerusalém nãoi‘stá em sua extensão, nem em sua riqueza ouexpressão cultural e artística, e sim em sua profundar ampla relação com a revelação, ou seja, no seu•■rntido religioso.

I ntre os ant i go s ju de us , tr ib una l, em Jer us alé m, formado poricerdotes, anc iãos e escr ibas, o qua l ju lgava as ques tões

i i i i n in a is ou admi nis tra t iv as refe ren tes a uma tribo 0u a Umai hl, ide, os cr im es pol í t ico s i mp or tan te s, etc.

A partir do exí l io babilónico (séc. VI a.C.), local de reunião dosi-.i .lel itas, par a a lei tu ra da Bíbli a e a prece .

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Costumes

Os habitantes do Oriente Próximo, ou dasterras bíblicas, sempre tiveram, como ainda têm, osseus estilos peculiares de vida, de expressão e depensamento. Isto se deve às particularidadesgeográficas, étnicas e religiosas dos mesmos.

Família Hebraica

Casamento.Os hebreus consideravam o casamento de

origem divina e de importância básica para a vidaindividual, social e nacional (Gn 1.28; 2.18).

Segundo o ideal divino, o casamento haviade ser monogâmico1 (Mt 19.1-8); a poligamia eratolerada no Antigo Testamento, porém no NovoTestamento inteiramente repudiada.

A concubinagem era tolerada nos casos deesterilidade da mulher legítima, mas freqüentementelambém fora desta condição, especialmente entre osricos, nobres e reis (Gn 16.2; 30.3,4,9; ISm 1.2;2Sm 5.13; Jz 8.30; lRs 11.3).

A posição da concubina sempre era de uma«■sposa secundária, pois geralmente era uma serva(escrava) ou prisioneira de guerra, e poderia serdespedida em qualquer tempo e sem qualquer direitode amparo (Dt 21.10-14).

Entretanto, a Bíblia não esconde os malesda poligamia e da concubinagem. O casamento misto«•ra proibido em defesa da família, da tribo e dapureza da raça (Dt 7.1-4).

' Regra , cos tu me ou p rá t i ca soc ia lme nte r egu lam ent ada segun do(|ual uma pessoa não pode ter mais de um cônjuge.

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Havia também o casamento por levi rato1,quando por morte do marido que não deixava filhos,o irmão deste deveria casar-se com a cunhada'viúvapara suscitar descendência ao seu irmão falecido (Dt25.5).

**" Contrato de casamento.Este, geralmente, era feito por terceiros -

pai do noivo, seu irmão mais velho, tio, ou algumamigo muito chegado, e só excepcionalmente pela

mãe (Gn 21.21; 24.38; 34.8). Em alguns casos opróprio filho fazia a sua escolha, ficando, porém,com terceiros as negociações (Gn 34.4).

Estas consistiam nas consultas quanto aodestino dos bens por força do enlace - que nãopoderiam enfraquecer a tribo e nem expor a moça aodesamparo (Nm 36); e nos acertos quanto ao dote

que o noivo havia de pagar ao pai da moça (umaespécie de dádiva que compensava a perda da filha),geralmente oscilava entre 30 e 50 siclos e selava ocontrato matrimonial, mas que podia ser efetuadotambém em forma de trabalho, como no caso de Jacó(Gn 29.15-20; 34.12; Êx 22.17; ISm 18.25; Gn24.25-53). O dote da concubina era o preço da

compra (no caso de serva ou escrava).Os casamentos consangüíneos entre oshebreus eram proibidos (Lv 18.1-18), emborafossem comuns entre os caldeus (Gn 20.12),egípcios, persas e outras nações orientais.

Noivado.

Este era o "primeiro ato" do casamento,porém tão importante que somente a morte ouinfidelidade podiam dissolvê-lo.

1 Prát i ca soc i a lmente i ns t i tuc i ona l i zada do casamento de umaviúva com o irmão de seu marido, ou a regra matr imonia l que

prescreve esse t ipo de casamento

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Desde o momento em que o noivoentregava à noiva, ou ao representante dela, napresença de testemunhas uma moeda com a

inscrição "Seja consagrada (casada) a mim" - umaespécie de juramento - o jovem casal era (Rt 4.911) considerado casado, embora a sua vida conjugalse efetuasse só depois das núpcias (Mt 1.18) que,segundo o Talmude, poderiam ocorrer um mêsdepois para as viúvas e um ano depois para asvirgens (no caso de Jacó duraram sete anos).

Durante o noivado o homem era isento doserviço militar. Depois do exílio babilónico adotou-seo costume de lavrar um compromisso escrito.

Núpcias.A festa de núpcias durava, geralmente,

sete dias (Jz 14.12), prolongando-se

excepcionalmente, até catorze dias. O noivo, sendorico,distribuía roupa nupcial aos convidados (Mt22.11). Sainée-^Tâ sua casa, acompanhado de seusamigos e vestido de sua melhor roupa, ao som demúsica e de cânticos ia à casa dos pais da noiva.

Quando as núpcias^ eram realizadas ànoite, as pessoas que acompanhavam o cortejo

muniam-se de tochas (lâmpadas). Recebendo aesposa na casa dos pais desta, com rosto velado,acompanhada das bênçãos paternais, o esposo aconduzia, em cortejo ainda maior, para a casa deseus pais ou para a sua própria, onde se seguia obanquete depois o qual os noivos eram conduzidos àcâmara nupcial (Mt 22.1-10; 25.1-13).

Nos seis dias subseqüentes, as festascontinuavam, embora mais resumidas. A lua de mellegal era de um ano, durante a qual o marido estavaIsento das obrigações militares.

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Divórcio.

A dissolução dos laços matrimoniais entreos hebreus era permitida como uma "necessidade

calamitosa", porém não aprovada, e mesmorepudiada já na última parte do Ant igo Testamento(Dt 24.1; Ml 2.13-16). Também Jesus repudiou odivórc io , exceto no caso de adultério (Mt 19.3-9).

0 divórcio tinha que ser efetivado por umdocumento escrito, chamado "carta de divórcio" queera entregue à mulher pelo marido (Dt 24.3; Mt

19.7), para lhe dar direito a um novo casamento. Sep o r é m , viesse a divorciar-sedo seu segundo marido,ou mesmo se este viesse a morrer, já não poderiareconciliar-se com o primeiro, uma vez seencontrava contaminada pela coabitação com outrohomem (Dt 24.4).

O s filhos.

Estes eram considerados dádivas divinas(SI 127.3-5), especialmente os do sexo masculino.Por issoa esterilidade era julgada como uma falta dofavo r de Deus.

A herança era dividida somente entre osf i lhos do sexo masculino. As filhas solteiras eramsustentadas pelos irmãos até que se casassem. Seucasamento podia ocorrer somente com alguém dedentro da mesma tribo.

A primogenitura era honrada e respeitadaentre todos os povos orientais. O primogênitorece bia a porção dobrada dos bens paternos; com amorte do pai, assumia a di reção da famí lia e asfunções sacerdotais da mesma (na época anterior à

doação da lei mosaica).Quanto à educação o pai era obrigado a

ensinar-lhes desde cedo um ofício que lhe garantissea subsistência (Nm 27; Dt 21.15-17). Áquila, Priscilae Paulosabiam fabricar tendas (At 18.1-3).

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Questionário

f    Assinale com "X" as alternativas corretas

6. É a cidade mais antiga de Canaã e segundo algunspesquisadores pode ser a mais antiga do mundoa)0 Cafarnaumb)[H Samariac)D Nazaréd)El Jer icó

7.  Quanto à Jerusalém, é INCOERENTE dizer quea)[U Era conhecida por vários nomes, assim como:

Jebus, Sião, Cidade de Davi, Cidade de Judá, etcb)0 Seu privilégio está em sua extensão, riqueza,

expressão cultural e artísticac)Q No que diz respeito à história bíblica ocupa o

primeiro lugard ) d Está entre as cidades mais célebres do mundo

8. A festa de núpcias:a)0 Eram realizadas somente à tardeb)D Durava geralmente um mês, prolongando-se

excepcionalmente, até dois meses

c ) 0 O noivo, sendo rico, distribuía roupa nupcialaos convidadosd ) d A lua de mel legal era de um mês e o marido

estava isento até das obrigações militares

f    Marque "C" para Certo e "E" para Errado

9.ÍF1 Na família hebraica, a herança era dividida entreIos filhos sem distinção de sexo

10. C A cidade de Nazaré foi onde transcorreu ainfância e a juventude de Jesus

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Lição 4 ________________

Geografia Política da Palestina

Antes dos aspectos geográficosrelacionados com as fases político-históricas,apresentamos aqui um resumo do aspecto ético doshebreus, no que diz respeito, particularmente, à suaorigem.

Origem dos HebreusDeus tomou um caldeu, Abraão, no sul da

Babilônia, de origem semita, para nele constituir umpovo seu que viesse beneficiar todas as demais raçascom a revelação que lhe daria do seu caráter, suanatureza e seu propósito (Gn 12.1-3).

A data de nascimento de Abraão não épossível determinar com precisão, mas a épocageralmente aceita é o ano 2.000 a.C.

Com 75 anos de idade o patriarca deixou asua cidade natal, Ur dos caldeus, ambiente idólatra epo li teísta1, e emigrou em companhia de seu pai eseu sobrinho Ló para Harã, localizada ao noroeste da

Mesopotâmia. Algum tempo depois, morrendo seupai Tera, Abraão deixa Harã com sua mulher Sara eseu sobrinho Ló e parte para Canaã ou Palestina, aosudoeste de Harã, terra que Deus havia prometido

1 Rel ig ião em que há p lura l idad e de deuses.

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ao patriarca e sua descendência por herançaperpétua (Gn 12.1-9).

Não sabemos em que tempo também Naor,

irmão de Abraão, fixou-se em Harã, mas tudo fazcrer que foi ali que Abraão mandou buscar esposapara seu filho Isaque - Filho da Promessa,encontrando-a na pessoa de sua sobrinha-neta,Rebeca, ou seja, neta de seu irmão Naor.

Mais tarde o neto de Abraão, Jacó,encontra na mesma parentela e no mesmo lugar as

suas duas esposas - Lia e Raquel, filhas de Labão,irmão de Rebeca. Destas duas uniões e mais duascom as concubinas, Bila e Zilpa, que eram servasdas suas esposas, nasceram a Jacó doze filhos, cujasfamílias deram origem às doze tribos de Israel.

Depois de aproximadamente 100 anos deperegrinação na Terra da Promessa, Abraão morreu

aos 175 anos de idade. Seu filho Isaque, seu netoJacó, e os doze bisnetos com as respectivas famílias,habitaram na mesma terra, porém sem possuí-la,durante mais ou menos 215 anos, quando a tribo deJacó desceu para o Egito onde já estava José, filhode Jacó, como primeiro ministro de Faraó. Nestaaltura eram 70 os descendentes de Jacó em sua

tribo. A área geográfica percorrida pelos trêspatriarcas durante as suas peregrinações naPalestina ficava entre Siquém, Betei, Hebrom eBerseba; portanto, a parte central e a do sul,próximo ao Egito.

Naquela época da formação pré-tribal dos

hebreus, a Palestina estava ocupada por váriospovos, uns maiores, outros menores, sendo que opredominante era o cananeu.

Durante a permanência dos israelitas(como são chamados os filhos de Israel ou Jacó) noEgito - que durou 215 anos, segundo a Septuaginta

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(tradução grega do Antigo Testamento) e 430 anossegundo Êxodo 12.40 -a_s doze tribosdesenvolveram-se num grande povo que no tempo

do Êxodo deve ter chegado a cerca de três milhõesde pessoas, segundo os cálculos dos entendidos.Este povo, que junto do Sinai foi constituído emnação, entrou em Canaã praticamente com o mesmonúmero de almas (cf. Nm 1.46 e 26.51).

A área conquistada por Josué somadaàquela que na Transiordânia já fora conquistada por

Moisés, juntas não representava mais que uma sextaparte da área prometida por Deus a Abraão, que eradesde o Egito até o rio Eufrates (Gn 15.18). Nãoforam conquistadas a Filistia, a Fenícia, as terras deEmate (Síria) e nem as partes de Edom e Moabe aosul e leste do Mar Morto.

Conforme Atos 7.2-4, Abraão habitava em

Ur dos caldeus quando Deus o chamou para umaterra desconhecida. Mas, de acordo com o queMoisés relata no capítulo 11 e 12 de Gênesis, achamadadele só se deu em Harã, após a morte deseu pai.

Alguns eruditos entendem que Moisés nãonarrou a chamada de Abraão em Ur porque o seu pai

ainda vivia, visto que no regime patriarcal o filhonão podia aparecer com proeminência enquanto o paivivesse. Mas com a morte do seu pai em Harã, elepassa a assumir a chefia da expedição.

Divisão Política da Palestina

No AT foi a Palestina dividida entre as 12

tribos de Israel.Manassés (parcialmente), Gade e Rúben;ficaram ao leste do Jordão;

Aser, Manassés (em parte), Efraim, Dã (emparte) e Judá; ficaram na área litorânea;

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Naftali, Zebulom, Issacar e Benjamim;estabeleceram-se na região central;

Duas ficaram nas extremidades: Dã (Norte), eSimeão (Sul).

A divisão política da Palestina mudou como correr dos tempos e dos governos.

A Palestina e Jerusalém

A Palestina teve várias capitais, a saber:Gilgal,  no tempo de Josué (Js 10.15);

Siló,  no tempo dos juizes (ISm 1.24);

Gilbeá,  no tempo do rei Saul (ISm 15.34; 22.6);

 Je rusalém , da época de Davi em diante (2Sm5.6-9). Seu primitivo nome foi Salém (Gn14.18), depois Jebus (Js 18.28) e por fimJerusalém (Jz 19.10). Nos dias do NovoTestamento a capital política da Judéia eraCesaréia, não Jerusalém, como já mostramos.

Mispá  (Jr 40.8). Por pouco tempo foi capital,durante o cativeiro babilónico.

Tiberíades.  Foi outra capital da Palestina, isso

após a revolta de Bar-Cóchega, em 135 d.C.

■*" Jerusalém como capital da Palestina.Fundada pelos hititas (Nm 13.29; Ez 16.3).

Fica a 21 km ao oeste do Mar Morto, e a 51 ao lestedo Mar Mediterrâneo.

Nos tempos bíblicos tinha cinco zonas ou

bairros: Ofel, ao sudeste; Moriá, ao leste; Bezeta, aonorte; Acra, ao noroeste e Sião, ao sudeste.Na distribuição da terra de Canaã,

Jerusalém ficou situada no território de Benjamim(Js 18.28). Foi conquistada em parte por Judá, maspertencia de fato a Benjamim (Jz 1.8,21). Tinha

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povo de Judá e Benjamim (Js 15.63). É chamadaSanta Cidade, em Neemias 11.1; Mateus 4.5.

Jerusalém saindo do jugo romano caiu em

poder dos árabes em 637 d.C., e, salvo uns 100 anosdurante as Cruzadas, daí sempre cidade muçulmana.

Em 1518 os turcos conquistaram-na. Em1917, os britânicos assumiram o controle, ficando aPalestina depois sob seu mandato por delegação daentão Liga das Nações.

A partir de 1948 passou a ser cidade

soberana (isto é, o setor novo), porém, na Guerrados Seis Dias em 1967, foi reconquistada aosárabes, os quais dela tinham se assenhoreado naguerra de 1948.

Reedificada sempre sobre suas própriasruínas, Jerusalém permanece a Cidade Eterna domundo, símbolo da Nova Jerusalém que se há de

estabelecer na consumação dos séculos. Jerusalémserá então metrópole mundial. Isso, durante oMilênio, quando estará vestida do seu prometidoesplendor (Is 2.3; Jr 31.38; Zc 8.22). Nesse tempoIsrael estará à testa das nações.

Na Jerusalém de hoje nada pode ver-se daJerusalém de Davi, de Salomão, de Ezequias, de

Neemias e de Herodes. Tudo se acha sepultado sobos escombros de muitos séculos, sob metros emetros de entulho.

^ Cidades visitadas por Jesus.

Nazaré (Lc 4.16)

Betânia (Jo 1.28)® Caná (Jo 2.1)

Sicar (Jo 4.5)

®   Naim (Lc 7.11)

Cafarnaum (Jo 6.59)

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Betsaida (Lc 9.10)

Corazim (Mt 11.21)

Tiro e Sidom (Mt 15.21);Cesaréia de Fiiipe (Mt 16.13)

Jericó (Lc 19.1)

at> Emaús (Lc 24.13,14)

No Tempo da Conquista e dos Juizes

Esse período tem sido datado entre 1400a.C., o mais tardar. Se essa data posterior foraceita, isso já nos leva à chamada idade do ferro. Naépoca, os ganhos territoriais de Israel foramalternadamente desafiados e confirmados, enquantoos israelitas procuravam dominar os povos por eles

conquistados, mas que se rebelavam.A fé dos hebreus consolidou-se em tornoda adoração a Jeová, embora com período deapos tasia1. Emergiu daí uma notável fé monoteísta,que estava destinada a exercer efeitos duradourossobre a espiritualidade do mundo.

Uma vez encerradas as campanhas da

conquista, Josué repartiu a terra entre as doze tribosda seguinte maneira:

A tribo de Levi não teria herança, mas teria 48cidades entre as demais tribos por todo oterritório conquistado (Js 21.41).

A parte de José, filho de Jacó, seria divididaentre os seus dois filhos, Efraim e Manassés,

perfazendo, assim, outra vez o número de 12 asheranças na terra conquistada.

Para facilitar a fixação da posição das 12tribos na terra conquistada, dividimos a distribuição

1Abandono da fé de uma igreja , espec ia lmente a cr is tã .

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delas em dois grandes agrupamentos: Tribos daPalestina Oriental,  ou Transjordânia,  e Tribos da Palestina Ocidental,  ou Canaã  propriamente dita.

1. Tribos da Palestina Oriental, ou Transjordânia.Estas são duas e meia:

Rúben, logo ao norte de Moabe e ao leste doJordão;Gade, ao norte de Rúben e ao leste do Jordão;

Meia tribo de Manassés, ou Manassés Oriental, aonorte de Gade e ao leste do Jordão e do Mar daGaliléia.

2. Tribos da Palestina Ocidental, ou Canaã. Estaspodem ser divididas em três grupos:

Grupo do Norte - Naftali, Aser e Zebulom, entreFenícia, Mediterrâneo e Jordão, ou Galiléia;Grupo do Centro - Issacar, Manassés Ocidental

(meia tribo de Manassés), Efraim, Benjamim eDã, ou mais tarde Samaria;

->• Grupo do Sul - Judá e Simeão, posteriormenteconhecida como Judéia.

Durante o período dos Juizes esta divisãopermaneceu praticamente a mesma, porém commenos precisão devido às misturas dos elementosdas tribos pelo casamento e emigração de áreasmais desertas para as mais propícias à agricultura epecuária, como no caso da tribo de Simeão que seconfundiu com a de Judá.

.Divisão Política no Período do Reino Unido

Neste período a Palestina possuía a suamaior área em toda a sua história, ou seja, aquelaque fora prometida por Deus a Abraão. Foi quando,devido às conquistas de Davi e Salomão, o territóriohebreu estendeu-se desde Filistia, Berseba e o Golfo

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de Ácaba (ou cidades de Ezion-Geber e Élate ao sul),até a Babilônia ao leste, abrangendo Edom, Moabe eAmon, até Hamate e Damasco, ou Síria ao norte(2Sm 8).

Os Reis de Israel

O período dos Juizes terminou com o inícioda monarquia israelita, iniciada por Saul. Amonarquia adquiriu maior ímpeto com o rei Davi, eatingiu seu ponto culminante de glória com o reiSalomão, filho de Davi. A partir de então as dataspodem ser fixadas com exatidão.

A era áurea de Salomão fica entre 961 e922 a.C. Nesse tempo, Israel atingiu o máximo desua extensão territorial, e Salomão desfrutou de umperíodo pacífico.

Divisão Política no Período dos Dois Reinos

Como sabemos, após a morte de Salomãoo reino hebreu cindiu-se1 em dois:

1. Reino do Norte ou de Israel.Com a capital inicialmente em Siquém e

depois em Samaria, integrado pelas áreas ocupadaspor 10 tribos, a saber: Dã (no extremo norte, ao pédo Hermom, para onde havia emigrado do sul devidoà pressão dos filisteus e cananeus nos dias dosJuizes), Aser, Naftali, Issacar, Zebulom, ManassésOcidental (meia tribo), Efraim e uma parte deBenjamim, ao oeste do Jordão, e Manassés Oriental(meia tribo), Gade e Rúben ao leste do Jordão.

Recorde-se que a tribo de Levi não recebeuherança territorial na divisão da terra conquistada

1 Separa r , d i v i di r

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por ser tribo sacerdotal, mas 35 de suas 48 cidadesque foram dadas aos levitas estavam localizadas naárea do Reino do Norte.

Com o culto idólatra estabelecido porJeroboão - primeiro rei do Reino do Norte - em Dã eBetei, muitos dos levitas retiraram-se para Judá. Edevido à incapacidade dos reis, às barreiras naturais- como o vale do Jordão e montanhas na vastidãoterritorial - que impediam o desenvolvimento deuma unidade política sólida, os reinos de Damasco,Hamate, Amon e Moabe sacudiram o jugo hebreu eum após outro recuperaram a sua independência.Assim os limites do território de Israel na partenorte voltaram ao que eram antes da época davídica.

2. Reino do Sul, ou Reino de Judá.Com a capital em Jerusalém, abrangendo o

território das tribos de Judá, Simeão e parte deBenjamim. Como se vê, a área deste reino era muitomenor e mais pobre que a do norte.

As partes anteriormente subjugadas porDavi, como algumas cidades dos filisteus e o reinode Edom, voltaram à sua independência, reduzindo-se, assim, a extensão territorial da parte sul doantigo Reino Unido.

Com a ascensão da Assíria, o Reino doNorte caiu nas mãos deste império e o povo foilevado em cativeiro em 722 a.C. (lCr 5.26; 2Rs17.6) para nunca mais voltar às suas herdades.

Em lugar do povo de Israel, os reis assírioscolocaram populações de outras áreas conquistadasdo seu império (2Rs 17.21-41), especialmente em

Samaria e seus arredores (áreas de Efraim eManassés) de cuja mescla com os remanescentes

 judeus originou-se a raça dos samaritanos; raça estaque evoluiu para uma seita que adotava apenas oPentateuco, com variantes samaritanas, e cujo

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centro religioso era o templo construído no monteGerizim, formando um sincret ismo1 religioso semprehostilizado pelos judeus (2Rs 17.33).

A Palestina no Período de Judá Sozinho

Depois da queda do Reino do Norte, oReino de Judá permaneceu mais cerca de 135 anosem seu território, bastante reduzido, e comotributário da Assíria durante maior parte desse

período. Porém, com a ascensão da Babilônia sobre aAssíria veio o cativeiro de Judá pela Babilônia, aotemplo de Nabucodonosor.

A invasão ocorreu em 605 a.C., quando orei de Judá era Joaquim. Judá foi reduzido a umestado de vassalagem e a maioria dos habitantes -entre eles Daniel - foi levado em cativeiro para a

Babilônia, de modo que aquela data assinala ocomeço dos 70 anos de cativeiro babilónico, emboraa queda definit iva do reino só ocorresse em 587a.C., com a destruição de Jerusalém.

Em 2Crônicas 32-36, o estudante podeencontrar um resumo dos acontecimentos desteperíodo e assim perceber as circunstâncias em que

se deu o término do estado judeu na Palestina.

1 Tendênc ia à un i f i cação de idé ias ou de dout r inas d ivers i f i c adase, por vezes, até mesmo inconc i l iáve l .

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Questionário

y Assinale com "X" as alternativas corretas

1. No Antigo Testamento foi a Palestina dividida em:a)CH 2 tribosb)Q  7 tribosc)EI 12 tribosd)[H 14 tribos

2. Não possuía herança no Tempo das Conquistas:a)EH Tribo de Dãb)® Tribo de Levic)[H Tribo de Naftalid)[U Tribo de Zebulom

3. Período em que a Palestina possuía a sua maiorárea em toda a sua história:a)0 Período dos Juizesb)0 Período do Reino Unidoc)D Período dos Dois Reinosd)EH  Período de Judá Sozinho

y Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.1£-1Logo após a morte de Saul o reino hebreu dividiu-se em dois: Reino do Norte ou de Israel e Reino doSul ou Reino de Judá

5.1 Q Alguns eruditos entendem que Moisés não narrou

a chamada de Abraão em Ur porque o seu pai aindavivia, pois no regime patriarcal o filho não podiaaparecer com proeminência enquanto o pai vivesse

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Durante o Cativeiro e a Restauração

Durante os 70 anos do cativeiro babilónico

a Palestina como tal deixou de existir, senão comouma província da Babilônia subdividida em setoresde influência de governos fantoches das áreas daSíria, Samaria e Judá.

Os tributos pesados impostos pelaBabilônia e a insuportável influência das populaçõespagãs al ienígenas1 a modificar os costumes judaicos

e a pureza racial entre os costumes judaicos e entreos remanescentes2 (exceto na área de Judá no quediz respeito à mjjsogenação3 das populações),fizeram com que muitos judeus que ficaram naPalestina emigrassem mais tarde, como refugiados,para o Egito, pois temos referências bíblicas edescobertas arqueológicas que indicam este fato

(Tafnes, Migdol, Nofe ou Mênfis e Patros, referida emJeremias 44.1, e Ilha Elefantina).O cativeiro babijônico cessou com a

supremacia da Pérsia sobre o Mundo Antigo. Quandoo rei persa, Ciro, subjugou o rei da Babilônia,decretou no mesmo ano uma lei pela qual foi dadapermissão aos judeus que quisessem voltar para asua terra, Judéia, reconstruir o seu templo emJerusalém e restaurar o seu culto (2Cr 36.22,23).

Isto aconteceu em 538 a.C., quando,então, começou o longo e penoso período darestauração do estado judeu na Palestina, ou maispropriamente nos limites reduzidos do antigo Reinode Judá.

O panorama geográfico da nova

comunidade judaica, restaurada sob a proteçãopersa e administrada por governadores nomeados

1Que ou quem é de outro pa ís; estrangeiro.2 Que remanesc e; restan te, re man ente .3 Cruz amen to in ter - rac ia l ; m est i ç amen to , c a ldeame nto .

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pela Pérsia - como foram Zorobabel e Neemias - eramuito insignificante.

O seu limite setentrional começava na margem

ocidental do rio Jordão pouco acima de Jericó, epassando ao norte de Betei findava em Jope, nacosta do Mediterrâneo.

O limite do flanco oeste partia de Jope e emdireção sudeste ia até Hebrom.

Ao sul o limite era uma linha entre Hebrom eMar Morto na direção leste.

4 E ao leste o seu limite era a costa ocidental daparte noroeste do Mar Morto e a margemocidental do rio Jordão até um ponto pouco aonorte de Jericó.

Entretanto, o fator importante era a cidadede Jerusalém, a antiga capital, no centro desta área.

A sua reconstrução (notadamente o Templo e osmuros da cidade) requereu muito sacrifício,polarizando as futuras esperanças peloressurgimento da vida nacional na Terra Santa.

A Palestina no Período Grego

A dominação grega secundou1 os persasem 331 a.C. com a marcha de Alexandre, o Grande,sobre Jerusalém. Porém, a situação político-geográfica da Palestina não se alterou muito.

Com a morte do grande conquistadormacedônio, as áreas conquistadas passaram às mãosdos seus quatro generais, dos quais, dois - Ptolomeu

e__Se]euco, respectivamente reis gregos do Egito e daSíria - passaram a disputar a Palestina. Por 122anos, isto é, de 320 a 198 a.C., a Palestinapermaneceu sob os ptolomeus do Egito. Durante este

1Aux i l i a r , a judar (em funções); coad juvar .

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período, por força da política helenizadora dosptolomeus, os judeus aos poucos iam se fixando emoutras áreas da Pajestina, como Gajjléia, Peréia (ou

Transjordânia), etc.Na guerra entre Egito e Síria em 198 a.C.,

Antíoco, o Grande, que era o 6o reiselêucida daSíria, arrebatou a Palestina ao Egito. Porém apolítica de helenização dos selêucidas foi muito maisviolenta que a aos ptolomeus, aliás, a dos ptolomeusera apenas persuasiva, ao passo que a dos

selêucidas foi de uma violência cruel.Como resultado da tirania sac ríl ega1 dos

greco-s ír ios ec lodiu2 a revolta dos macabeus, dafamí lia dos hasmoneus, que em 167 a.C. saiuvitorioso da luta.

Seguiu-se, então, um período deindependência sob o governo dos reis-sacerdotes..

macabeus até 63 a.C., quando o general romanoPompeu tomou a cidade de Jerusalém, permitindo,porém, que os macabeus continuassem na posse dotrono até 40 a.C. quando Herodes, o Grande, (umidumeu) foi nomeado, pelo senado romano, rei daJjjdéja.. Nesta altura a Judéia já não era apenas aantiga área do Reino de Judá, mas Judéia, Samaria,

Galiléia, Traconites e Peréia.

Sob o Domínio dos Romanos - DivisãoPolítica no Tempo do Novo Testamento

A Palestina, sempre foi um lugar altamenteestratégico. As nações do passado, como, egípcios,

assírios, caldeus, medo-persas e gregos se valerammuito dessas vantagens; entretanto, quem maisaproveitou de tudo isto foram os romanos.

1 Uso p ro fano de pessoa, lugar ou ob je to sagrado; p ro fanação.

2 Vir à luz; su rgir , apa rec er.

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"Por seus territórios passavam as grandes  estradas, que levavam a todas as partes do mundo;  sendo assim, possuindo os romanos a Palestina, tinham na mão a chave do Oriente Médio".

No ano 63 a.C., o general romano Pompeu,entrou em Jerusalém e através de um tratadopossuiu o Estado judaico. No tocante a assuntosadministrativos os romanos eram rígidos, mas, notocante à religião eles eram bem flexíveis.

Nos tempos de Cristo, a Palestina eradividida em cinco regiões diferentes que podemoschamar de distrito ou província. Três dessas regiões,ficavam ao ladcPõcídental do rio Jordão, e duasficavam ao lado oriental.

As províncias ocidentais são: Galiléia,  noextcemo norte, Samaria,  na região central e  Judéia, no extremo sul da Palestina.

Galiléia.Essa província ficava na região onde antes

pertencia as tribos de Zebulom, Aser, Naftali egrande parte de Issacar. Estava localizada noterreno montanhoso ao norte de Samaria, sendo amais setentrional de todas as províncias ao ladooeste da Palestina; o seu nome significa "rodar", ou

"círculo". Limitava-se na parte sul com Sánrraria, aoleste com o rio Jordão, águas de Meron e com o marque leva o seu nome; ao oeste, com o MarMediterrâneo e com a Fenícia.

Essa província ficou famosa em virtude daexuberante fertilidade existente em suas terras, edas grandes variedades de plantas que ali

medravam1. Possui um clima completamenteIropical. Essa região mede aproximadamente 50 kmde largura, por 100 km de comprimento.

1Crescer , vegetando; desenvo lver -se .

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r $>   Samaria.Localizada na região central da Palestina,

essa província si tuava-se entre a __Judéia e acordilheira do Carmelo, a 60 km ao norte deJerusalém. Limitando-se no seu lado leste com o rioJordão, oeste com o Mar Medjterrâneo, norte com a

Galiléia e ao sul a Judéia.Era nos seus termos que se encontrava a

famosa Planície de Saron, que na época era ocupadaquase exclusivamente por gent_e pagã. Ossamaritanos eram hostis para com os judeus.

A origem dos habitantes dessa região édescrita em 2Reis 17.24-33. Tinham construído umtemplo igual ao de Jerusalém no monte Gerizim (Jo4.20). Em IReis 16.24, diz que Onri, rei de Israel,comprou um outeiro de um homem chamado Semer^onde construiu a cidade de Samaria em honra aoantigo proprietário.

@ Judéia.Era a maior província da Palestina. Essa

região consistia exatamente no que antes eram osterritórios das tribos de Judá, Simeão, Dã eBenjamim.

No decorrer da história houve muitasmudanças nos limites geográficos, entretanto,

podemos descrever mais ou menos esses limites daseguinte forma: iniciando ao extremo sul daPalestina até ao norte onde se limita com Samaria,ao leste com o rio Jordão e ao oeste com o Mar

Morto.Nesta divisão política ficava o centro

religioso do iudaLsmor a cidade de Jerusalém, ondefoi construído o templo (At 1.8; 2.9; 8.1; Gl 1.22; Jo

3.22; Lc 1.65, etc).

110

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As províncias orientais são: Peréia eDecápolis,  cujas divisões políticas se localizam aoleste do rio Jordão.

®    Peréia.Essa divisão política (província) limitava-se

ao oeste do rio Jordão e uma porção nordeste do MarMorto; ao sul com o rio Arnon. Sua capital era açidiLd_e de Gadara, que não pode ser confundida coma cidade homônima da província de Decápolis. Nostempos antigos essa região pertencia à tribo deRúben, Gade e a meia tribo de Ma.nesses.

A palavra "Peréi.a" vem do grego e significa"Terra d° além-Jordão". Apesar de não sermencionada pelo nome em toda a Bíblia, essa divisãoé descrita por inferência, referindo-a como "a outra banda do Jordão"   (Mt 3.5-6; 4.15-25; Mc 3.7-8; Jo1.28; 3.26; 10.40).

@ Decápolis.Esta província era um distrito que

começava na Planície de Esdraelon, e se abria para ovale do Jordão se expandindo para o lado do oriente.

Era composta de dez cidades, como sugereo próprio nome. A palavra "Decápolis" vem do grego"deca" que significa "dez cidades". Tratava-se deuma confederação de dez cidades unidas em um só

costume e uma só cultura, isto é, cultura grega.Essas dez cidades eram:

Hipos,  que ficava na margem oriental do Mar daGaliléia;

+ Damasco,  situada um pouco mais ao norte;

Rafana  e Canata,  que ficavam no extremo leste;

Diom, Gadara  e Citiópolis, que se localizavam aoextremo oeste;

Pela, Filadélfia e Gerasa,  situavam-se aoextremo sul.

111

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Do extremo norte ao extremo sul, a áreacobria cerca de 190 km. Além dessas cidades, maisoito aldeias ao sul de Damasco foram acrescentadaspor Ptolomeu, elevando o número total de dezoitocidades. Esta região é mencionada em Mateus 4.25;Marcos 5.20; 7.31.

Como sabemos, em 63 a.C. Pompeu tomoua cidade de Jerusalém. Com este feito a Judéia dosmacabeus passou a ser uma província romana.Porém, só em 37 a.C., quando Herodes, o Grande,passou a governar a Judéia em nome de Roma, é que

o domínio romano como tal se fez sentir.Herodes superintendia toda a área daPalestina nesse tempo, inc lusive aregião deDecápol is. Porém no ano 4 d.C., após a morte deHerodes, toda esta região foi dividida com os seustrês sucessores, dando-se o nome de Tetrarquia acada divisão territorial. Assim:

A Herodes Arquelau  - que levou o título de

etnarc a1 - foi dada a tetrarquia de Samaria,abrangendo as áreas de Samaria, Judéia eIduméia;

A Herodes Antipas,  a tetrarquia de Galiléia,compreendendo a Galiléia e Peréia;

A Herodes Filipe  a região de Basã, dividida emcinco distritos: Gaulanites, Batanea, Auranites,

Ituréia e Traconites; eA Lisânias,  que não era descendente deHerodes, o Grande, coube a tetrarquia deAbilene, localizada entre Líbano e Antelíbano,região pertencente à Palestina nos dias deSalomão.

Entre 41 e 44 d.C. Herodes Agripa I, neto

de Herodes, o Grande, como o advento de Calígula

1 Gove rnado r de prov ínc i a , no Ba i xo - Impér i o .

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ao trono do Império Romano, governou sozinhosobre todo esse vasto território das quatrotetrarquias, com sede em Cesaréia, onde morreuignominiosamente (At 12).

Após a morte de Agripa I, a região recebeuuma nova divisão política, sendo dividida em duasprovíncias:

Ao norte, a chamada Quinta Província, que secompunha das tetrarquias de Filipe e deLisânias, governada por Herodes Agripa II; e

Província de Judéia, abrangendo Judéia,Samaria, Galiléia e Peréia, governada por

procuradores romanos, com sede em Cesaréia.

Ambas permaneceram até o ano 70 d.C.,quando a revolta dos judeus sufocada pelosromanos, sob o comando geral de Tito, liquidou denovo o Estado judaico, anexando-o à Síria.

Breve Cronologia da Palestina

Depois do ano 70 da nossa era, destruído oTemplo e arrasada a cidade de Jerusalém,devastadas as cidades e povoações de toda a áreada Judéia reduzidas à escravos fug iti vos oucadáveres, a Palestina deixou de ter qualquerimportância política.

Só depois do ano 323 d.C., quando o

Imperador Constantino abraçou o Cristianismo,porém, cessaram as perseguições aos judeus ecristãos e a Palestina gozou de alguma importância,mas com a decadência do Império Romano (476d.C.) a Palestina foi relegada a um longoesquecimento até quase o fim da Primeira GuerraMundial, quando os aliados invadiram e libertaram aPalestina do Império Otomano abrindo em seguida,

com a famosa Proclamação de Balfour (1917), asportas do país à imigração judaica em ampla escala.

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Desde a queda do Império RomanoOcidental até os dias atuais a Palestina esteve sobas mais variadas influências políticas, cujo quadrocronológico segue abaixo:

2 De 476 a 634: A Palest ina é uma província |longínqua e insignificante do Império Romano jOriental como sede em Constantinopla.

 _____________   _______  _  ____________________   _ _______________  ) 

2 De 634 a 750: É governada pelos califas I(soberanos muçulmanos) do reino de Damasco, iconquistados pelos árabes.

1  De 750 a 960: Torna-se parte do governo sírio [ dos domínios árabes.

.

E De 960 a 1095: A Palestina é dominada pelo •califado egípcio. ,

--------------------------------------------------------------------------- 4

2  De 1095 a 1187: Período das Cruzadas parai

libertar a Terra Santa das mãos dos muçulmanos. j

'£   De 1187 a 1250: A Palestina torna-se do Império

Muçulmano, sob a chefia de Saladino.

S De 1250 a 1517: Governam a Palestina os ■

mamelucos egípcios (forças militares egípcias:

formadas pelos escravos).---------------------------------------------------------------------------^

2 De 1517 a 1914: A Palestina faz parte do Império ;Otomano, estabelecido pelo sultão Selim I.

 ______________________  __________________________  _  _________________________________________________ J

i

1 De 1914 a 1918: Após a invasão da Palestina |

pelos aliados, a Inglaterra, emite uma declaração j

oficial em 2 de novembro de 1917, pelo Secretário; _ 

do Exterior Lord Balfour, apoiando a criaçao, nas <

aspirações do movimento sionista em toda a !

Palestina, de um lar para o povo judeu e que l

envidará o máximo esforço para a conquista desse iobjetivo",  declaração esta que passou a ser!

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conhecida como a Declaração de Balfour. Já em1918 incrementou-se consideravelmente a ■imigração dos judeus para a Palestina.

 j 1 De 1918 a 1948: Por delegação da Liga das jNações, a Inglaterra assume, em 1922, o Mandato ;da Palestina, cujo conteúdo responsabiliza "a '  Potência Mandatária por colocar o país em  ;condições políticas, administrativas e econômicas Ique garantam a instalação do lar nacional judeu e  io desenvolvimento de instituições autônomas" . No jmesmo mandamento foram delimitadas as ‘frontei ras do país, excluindo a Transjordânia da .Palestina. O mandato terminou em 15 de maio de ;1948, com a retirada da administração britânica ique o cumpriu procurando restaurar o país com a |colaboração da Agência Judaica, que foi a própria jorganização sionista.

I

I De 1948 a 1949: Em 29 de novembro de 1947 a IAssembléia das Nações Unidas, sob a presidência j

do eminente brasileiro Oswaldo Aranha, votou a  ]resolução que recomendava o estabelecimento, na ;Palestina, de um Estado Judeu e de um Estado 1Árabe. Os árabes palestinianos, não conformados]com a parti lha, logo deram início a uma série de ihosti lidades contra a população judaica que jresistiu heroicamente, liquidando, em poucos ,meses, a provocação. Em 14 de maio de 1948 foi

proclamado o Estado de Israel com a estrutura de ;república democrát ica, o primeiro governo jautônomo judaico em mais de 2.000 anos. No dia iseguinte, exatamente quando terminaram o jmandato inglês na Palestina, os Estados da Liga (Árabe - Jordânia, Síria, Líbano, Iraque, Egito e >Arábia Saudita - invadiram o território do Estado :de Israel com o propósito de l iquidá-lo. Estava j

deflagrada a Guerra Israelense de Independência, |' que só terminou em 1949 com a assinatura de |

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armist íc ios1, em separado, com Egito, Jordânia, ;Líbano e Síria, depois de varridas as forças ■atacantes nas três frentes, resultando em uma !"ampliação da área do Estado além das fronteiras \

 propostas pelas Nações Unidas"   na chamada íRes olu ção da Part i lha. j

S De 1949 a 1967: Já em 1955 voltaram a ;registrar-se incursões de bandos armados egípcios'no território israelense, saqueando bens e matando icentenas de judeus, provocação que resultou na jinvasão da Península do Sinai por Israel em ;

outubro de 1956, terminando por vencer o inimigo ■e destruir suas bases de penetração. Porém, as |Nações Unidas constrangeram as forças israelenses ia se retirarem às suas fronteiras anteriores, sob ípromessa de levantar o bloqueio egípcio à entrada jdo Golfo de Ácaba, que impedia a navegação com o;porto de Eilat no extremo sul do país, e guarnecer, ,com força internacional neutra, a fronteira com 1

Egito para fazer cessar as incursões provocadoras. ITerminou, assim, a chamada Guerra do Sinai. De jfato as promessas foram cumpridas, mas dez anos;depois, a pedido do Egito, (al iado da Síria, ;provocadora da tensão) as forças internacionais !foram retiradas da fronteira israelense e em 5 de \

 junho de 1967 Israel foi invadido pelos quatro !países árabes simultaneamente - Síria, Jordânia, j

Egito e Argélia, arrastando consigo mais 8 Estados járabes. Israel enfrentou os inimigos em três ;frentes - Síria, Jordânia e Egito - destruindo o 1poder beligerante dos mesmos em cerca de 100 \horas e ocupando todas as áreas ao ocidente do iJordão e quase toda a Península do Sinai. Mediante ja um apelo das Nações Unidas, no sentido de ;

1 Suspen são das hos t i l i dades en t re be l i ge ran tes como resu l t adode uma con venç ão, sem co ntudo pôr f im à guerra; t régua.

Suspensão de guerra .

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cessar fogo, a luta terminou com grandes .vantagens para Israel que, sozinho, derrotou umaaliança de 12 nações. Por proposta da UniãoSoviética a ONU apelou para que as forças

israelenses voltassem às posições anteriores ao ;início do conflito, mas Israel respondeu que sóaceitaria quaisquer discussões de condições de pazdefinitiva, direta e separadamente com seusvizinhos.

Questionário

y Assinale com "X" as alternativas corretas

6. Rei que subjugou o rei da Babilônia e decretou umalei que dava permissão aos judeus voltar a sua terraa ) S Cirob)D Faraóc)D Joaquim

d)Q Nabucodonosor

7. Nos tempos de Cristo era a maior província daPalestina e lá estava a cidade de Jerusaléma)CH Samariab )U   Galiléiac)S Judéiad)Q Peréia

8. A declaração: "a criação, nas aspirações domovimento sionista em toda a Palestina, de um lar  

 para o povo judeu e que envidará o máximo esforço  para a conquista desse objetivo",  é conhecida comoa)® Declaração de Balfourb)d Declaração de Belfortc)[H Declaração de Baalated)0 Declaração de Balaque

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4> Marque "C" para Certo e "E" para Errado

9.1 fr| A Peréia era uma confederação de dez cidades

unidas em um só costume e uma só cultura

1 0 .

C   Em 14 de maio de 1948 foi proclamado o Estadode Israel com a estrutura de república democrática

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Lição 5_________________

A Ásia Menor e as Viagensdo Apóstolo Paulo

Os aspectos bíblicos relacionados com aÁsia Menor são os da expansão missionária do

Cristianismo no primeiro século da nossa era.Para se entender melhor esta expansão

torna-se necessário apreciar, preliminarmente, aextensão dessa região, seu aspecto físico, bem comoeconômico e também político.

Situação e Extensão

Ásia Menor, ou seja, a enorme penínsulado extremo ocidental do continente asiático, ficaentre o Mediterrâneo ao sul, o Mar Egeu ao oeste, oMar Negro ao norte e os montes Taurus, que alimitam com Síria, Mesopotâmia e Armênia ao leste.

Toda esta vastíssima região, cerca de520.000 Km2, foi palco das muitas atividadesmissionárias do apóstolo Paulo e seus companheiros:Barnabé, Timóteo, Lucas, Silas e Tito.

É muito provável que João, o mais jovemdos doze que andaram com Jesus, quando já emavançada idade, tenha terminado o seu ministérioem Éfeso e que as sete igrejas da Ásia (Ásia, naconcepção do Apocalipse de João, abrange aprovíncia romana com os antigos distritos de Mísia,

Lídia, Frigia e Cária) tenham estado por algumtempo sob os seus cuidados.

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Aspecto Físico

É um planalto pedregoso, semeado de

lagos de água doce e salgada, rodeado de cadeias demontanhas e de costa acidentada. Os riosnavegáveis são poucos, devido à natureza lacustreda península, e quase todos eles de cursorelativamente pequeno.

O maior deles é o Halis que percorre umavasta área ao leste da península para finalmentedesaguar no Mar Negro. Ao sul, despejando suaságuas no Mediterrâneo, temos, na direção do lestepara oeste, os seguintes: Píramo, Saros e Sidno.

Às margens deste último ficava a célebrecidade de Tarso, terra natal de Paulo, o apóstolo, eum dos três maiores centros intelectuais do MundoAntigo, sendo os outros dois - Atenas e Alexandria.

Ao oeste, desembocando no Mar Egeu, há

quatro rios dignos de referência:s   Meandro, em cuja parte superior encontra-se o

tributário Licos, nas margens do qual ficavam ascidades de Colossos e Laodicéia;

s   Caister, que banha já quase na sua foz acélebre cidade de Éfeso;

s   Hermo, cujo tributário Pactolo banha as cidadesde Filadélfia e Sardes; e

v' Caico, em cuja margem direita, distando 20 kmdo Mar Egeu, ficava a antiga Pérgamo, capital deum antigo reino do mesmo nome e depoiscapital da província romana da Ásia, mais tardesuplantada por Éfeso.

O clima da região é de grandes variedades,dadas as diferenças de altitude, os ventosdominantes e a configuração física. Entretanto,considerando apenas de um modo geral os fatores

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temperatura e umidade, o clima na região norte, nasproximidades do Mar Negro, é frio e úmido, ao passoque nas partes sul e oeste é seco e tropical. Naparte central-leste predominam as chuvas e a

temperatura amena.As estradas da Ásia Menor, desde as mais

remotas épocas, obedeciam a dois rumosfundamentais com ramificações na direção nordeste,a saber:

1. Oeste-leste: partindo de Éfeso e passando porLaodicéia, Colossos e Apaméa, bifurcava-se para

o nordeste rumo a Anatólia e Capadócia, e parasudeste, na direção de Antioquia da Pisídia,Icônio, Listra, Derbe e Tarso, penetrando naSíria onde se entroncava com as viasmesopotâmicas e palestino-egípcias;

2. Sul-norte: acompanhando a costa do Mar Egeudesde Éfeso através de Esmirna, Pérgamo eAdramitio, indo uma das ramificações para os

portos de Trôade e Tróia, embarcadouros paraMacedônia e Grécia, e outra para as regiões deBitínia e Ponto, na costa do Mar Negro.

Inúmeras outras ramificações ligavamesses dois rumos fundamentais, como aquelesseguidos por Paulo na sua segunda viagemmissionária quando de Listra dirigiu-se para a

Bitínia, porém foi levado, por direção divina, rumooeste, para Trôade.

Aspecto Econômico

s   A região é rica em minér ios como carvão, ferro,zinco, cobre, níquel e prata; sendo estacobiçada pelos antigos assírios, provocando atéguerras.

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•/   A pecuária é muito desenvolvida, desde aantiguidade, na parte central da península,principalmente a criação de ovelhas e cabras.

s   A agr icultura vem em tercei ro lugar, devido à

natureza do terreno que é extremamentepedregoso.

Aspecto Político

Até onde a história permite estudar oaspecto político da Ásia Menor, verifica-se que lá

pelo século XX a.C. grupos de tribos indo-européiaspenetraram na região central, ou Anatólia, algumasdas quais eram conhecidas por nome de Hati.

As chamadas "Tabuinhas Capadócias",descobertas em Kanish, refere-se a 10 pequenosprincipados existentes naquela região pelos idos de1900 a.C. Cerca de 200 anos depois já havia umforte Reino Hitita na Ásia Menor que estendeu o seu

domínio até a Mesopotâmia e que perdurou influentee dominantemente sob a forma de Império Hitita,com sua capital Carquemis, até o século VIII a.C.,quando os assírios o derrotaram.

Durante o domínio assírio, e depoisbabilónico e persa, pouco ou nada se sabe dalongínqua península.

Já no tempo das conquistas dos gregos,que etnicamente constituíram desde longa data oelemento principal da população ocidental dapenínsula, a região (de origem jafética) foi divididaem várias províncias para melhor administração,divisão esta que posteriormente foi modificada emalgumas áreas pelos romanos de modo que no tempodo apóstolo Paulo, ou da expansão do cristianismo

da Palestina para o ocidente, os romanos já haviamfeito os seus reajustes políticos na administração da

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vasta região, reunindo várias das antigas provínciasgregas e dando novos nomes a outras.

Assim, por exemplo, Cária, Lídia, Mísia epartes da Frigia, eram chamadas simplesmente

"Ásia", e outras partes da Frigia, como Pisídia eLicaônia, foram anexadas à Galácia.

Expansão do Cristianismo para o Ocidente

Este estudo deve ser precedido de umrápido preâmbulo de atividades apostólicas nadireção do ocidente de Jerusalém, antes da

passagem dos missionários da equipe de Paulo paraa Ásia Menor.Depois da ascensão de Cristo, o primeiro

impulso evangelístico para fora de Jerusalém nadireção dos gentios foi a viagem de Filipe - um dossete diáconos da Igreja de Jerusalém, de origemgrega - para a Samaria, onde obteve um notávelêxito. Assim, os samaritanos serviram de ponte

entre os judeus e os gentios para a evangelização domundo, pois, admitindo-se crentes dessa raça mistana igreja cristã, a porta estava aberta para aadmissão dos gentios também.

De Samaria, Filipe foi conduzido peloEspírito Santo a um ponto de uma estrada que ia deJerusalém para Gaza, ao sudoeste daquela, perto doMediterrâneo. Foi ali que ele encontrou o ilustre

Ministro da Fazenda da rainha de Candace, dosetíopes.

Convertido, o etíope é logo batizado e levao Evangelho para a sua terra no continente africano.Dali, via Azoto, Filipe viaja para Cesaréia, onde fixaresidência e evangeliza juntamente com suas filhas(At 21.8,9).

Também o apóstolo Pedro fez uma viagemcurta, mas muito importante, porque assinalou aqueda do muro de separação entre judeus e gentios.

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Segundo Atos 9.32 notamos que o apóstolopassou em muitos lugares para finalmente chegar aLida, situada poucos quilômetros ao sudeste de Jope,onde curou o paralítico Enéas e levou à conversão

"todos que habitavam"   naquela cidade e a vizinhalocalidade de Sarona (At 9.35).

De Lida, a chamada de uma comissãoenviada de Jope a propósito do falecimento da jovemTabita ou Dorcas, Pedro vai a Jope, consola os quechoram a perda sentida e ressuscita a jovem; etambém ali "muitos creram no Senhor"   (At 9.42).

Em Jope Pedro hospeda-se na casa de um

crente por nome Simão, junto à praia, e numa horade oração no terraço tem uma visão que o autoriza ira Cesaréia, à casa de Cornélio, um gentio - pois eraoficial do exército romano de ocupação da Palestina- e ali pregar o Evangelho.

Pedro obedece e pela graça de Deus operamaravilhas naquele local, resultando o seu trabalho

em vários batismos que foram os primeiros entre osgentios (fora o eunuco etíope batizado por Filipe, odiácono, At 8). E assim estava o caminho abertopara a evangelização dos gentios (At 11.1-18).

Em seguida surge um outro movimentomissionário por meio de uma perseguição. Este, alémde judeus, também atinge os gregos em Antioquia daSír ia .

De Jerusalém, a Igreja envia para lá o seurepresentante, Barnabé, que conclui pelaautenticidade evangélica do movimento (At 11.1924). Lembre-se então que Saulo, servo do Senhor,estava em Tarso. Este, depois da sua conversão,havia se retirado para algum lugar da Arábia,visitando novamente Damasco e Jerusalém, parafinalmente refugiar-se em Tarso, sua cidade natal,pois havia sido prevenido sobre um plano assassinodos gregos de Jerusalém (At 9.29,30; Gl 1.21).

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Trazendo Saulo para Antioquia da Síria (At11.25), Barnabé prestou o maior serviço à causa dasmissões. A mão de Deus esteve com os seus doisservos de tal maneira que dentro de apenas um ano

já havia em Antioquia uma notável igreja,predominantemente gentílica, com uma competenteequipe de obreiros, de onde partiu o primeiromovimento de missões estrangeiras.

Desse movimento resultou o célebreapelido que passou a ser o qualificativosupremamente honroso dos crentes de todo o mundo- os seguidores de Cristo passaram a ser chamadosde "Cristãos" (At 9.23; 13.1-3).

Primeira Viagem Missionária de Paulo

Consolidado o trabalho evangélico emAntioquia, a igreja local, orientada pelo EspíritoSanto, comissiona Barnabé e Saulo para a pregação

das Boas-Novas ao mundo gentílico. Acompanha-os ojovem João Marcos, de Jerusalém (Ver descriçãodetalhada desta viagem em Atos 13.4-14.27).

De Antioquia, descendo a serra da costa,os missionários chegaram ao porto marítimo de:

@ Selêucia, na foz do rio Orontes, à 25 km deAntioquia, de onde tomaram um navio para a Ilha

de Chipre, à 85 km ao oeste da costa da Síria, efamosa pelas suas antigas minas de cobre,desembarcando em:

® Salamina, porto oriental da ilha, onde haviavárias sinagogas dos judeus nas quais osmissionários pregaram o Evangelho de JesusCristo. Dali, tomando o rumo leste-oeste, no

sentido longitudinal da ilha, foram pregando portodas as povoações até chegar a:

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0 Pafos, capital da ilha e sede do governoproconsular romano, distante cerca de 160 km deSalamina. Ali os missionários enfrentaram umfeiticeiro de nome Bar-Jesus ou Elimas, o qual

estava tentando desviar do caminho da salvaçãoo procônsul Sérgio Paulo, evangelizado por eles.Porém, Paulo (este é o nome pelo qual Saulo éconhecido daí por diante) repreendeu o feiticeiroferindo-o com cegueira por alguns dias. Diantedeste fato, o procônsul rendeu-se ao Evangelho.Daí os mensageiros das Boas-Novas navegam

para o norte, na direção do continente da ÁsiaMenor, aportando em:

@ Perge, capital da província romana da Panfília,devota da deusa Ártemis (a mesma que em Éfesoera conhecida como Diana). Para penetrar nocontinente era necessário atravessar a perigosacordilheira dos montes Taurus que se levantamlogo atrás da cidade, infestados de salteadores,mas adiante dos quais habitavam populaçõesnecessitadas do Evangelho da Graça. Não constaque na ida tivessem os missionários pregado oEvangelho nesta cidade, porém, sabemos que ofizeram na volta. Parece que na ida foramperturbados pela atitude de João Marcos que, nãoquerendo prosseguir, voltou a Jerusalém, razão

pela qual no início da segunda viagemmissionária de Paulo este de forma alguma quislevar junto a João Marcos, não obstante ainsistência de Barnabé. Esta atitude de Pauloredundou em separação entre ele e Barnabé naobra missionária (At 15.35-39). De Perge os doismissionários partiram para:

@ Antioquia da Pisídia, centro comercial e políticodaquela província. Paulo pregou por dois sábadosna sinagoga local, despertando o interesse de

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 judeus e gregos. No segundo sábado, porém,impressionados pela enorme aceitação que apalavra dos missionários tivera entre os gentios,os judeus, incitando mulheres e autoridades,

moveram uma tremenda perseguição contra ospregadores, a ponto de os expulsarem da cidade.Porém ali ficou uma igreja de Cristo. Dali osvalorosos pregoeiros da verdade partiram para:

@ Icônio, quase 100 km ao leste de Antioquia, naestrada de Éfeso para Tarso e partes do Oriente.Depois de algum tempo de permanência e intensa

atividade evangelística, também dali foramexpulsos os missionários. Então foram para:

®    Listra, colônia romana, à 35 km ao leste deIcônio. Depois de uma cura milagrosa do coxo, oshomens de Listra quiseram tributar culto aospregadores, e só a muito custo foi que Pauloconseguiu dissuad i-lo s1 de tal intento. Porém,

logo depois um grupo de judeus de Antioquia daPisídia e de Icônio chegou a Listra e incitou opovo contra os missionários, sendo estesapedrejados e Paulo arrastado para fora dacidade como morto. Mas os discípulos cuidaramde Paulo e o despediram, juntamente comBarnabé, para:

®    Derbe, à 32 km de Listra. Ali tiveram muitaliberdade de pregar o Evangelho. Sendo estacidade o ponto final desta primeira viagemmissionária de Paulo. De Derbe poderiam voltarpara Tarso e Antioquia da Síria com muito maisfacilidade, porém Paulo, cheio de entusiasmo pelaobra do Evangelho, preferiu voltar pelo mesmocaminho por onde haviam passado na ida, talvez

1 T i ra r de um p ropósi t o ; despe rsua d i r ; desaconse lha r .

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estabelecendo mais outras igrejas das quais nãotemos notícias, como em Perge, Atália, etc, econfirmando os irmãos nos lugares onde haviadeixado igrejas estabelecidas, inclusive elegendo

anciãos para as mesmas. De Perge, na Panfília,dirigiram-se para o porto de:

0 A tá li a , de onde embarcaram para a Antioquia daSíria, ponto inicial de sua viagem. A igreja osrecebeu com alegria e ouviu o relatório cheio deinspiração e gozo no Senhor pela operaçãopatente do Espírito Santo na proclamação do

Evangelho aos gentios.

Esta viagem ocorreu, segundo a melhorcronologia, entre os anos 46 e 48 d.C.

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Questionário

y Assinale com "X" as alternativas corretas

1. Enorme península do extremo ocidental docontinente asiático:a)0 Ásia Maiorb)^ Ásia Menorc) □ Oriente Médiod)0 Oriente Próximo

2. Local onde Fil ipe deu o primeiro impulsoevangelístico direcionado aos gentios:a)0 Pergeb)Q Judéiac)0 Peréiad ) H Samaria

3. Ali os missionários enfrentaram um feiticeiro denome Bar-Jesus ou Elimas:a) CU Selêucia, na foz do rio Orontes, à 25km de

Antioquiab)CU  Perge, capital da província romana da Panfília,

devota da deusa Ártemisc)IKl Pafos, capital da ilha de Chipre e sede do

governo proconsular romanod)[H Salamina, porto oriental da ilha de Chipre,

onde havia várias sinagogas dos judeus

y Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.1 H O ponto final da primeira viagem missionária dePaulo foi em Antioquia da Psídia

5.1 Cl O aspecto físico da Asia Menor é um planaltopedregoso, semeado de lagos de água doce e

salgada, rodeado de cadeias de montanhas e decosta acidentada

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Segunda Viagem Missionária de Paulo

A narrativa desta viagem encontra-se em

Atos 15.36-18.22. Depois de aproximadamente trêsanos de intervalo, durante os quais dois valorososobreiros ficaram em Antioquia pregando e ensinando,com muitos outros, a Palavra do Senhor, Paulo tevea inspiração do alto para fazer uma segunda viagemmissionária pela Ásia, confirmando o trabalhorealizado na primeira incursão evangelística naquela

área. Certamente ele nem por sonho teria imaginadoo alcance desta viagem no que diz respeito àpenetração do Evangelho na Europa.

As etapas desta viagem podem serdivididas em três itinerários:

1. O da Ásia,_na ida;

2. O da Europa;

3. O da Ásia, na volta.

1. O it inerário da Ásia na ida.Ao preparar a segunda viagem, Paulo não

concordou com Barnabé em levar de novo com elesJoão Marcos, pois este os havia deixado no meio daviagem pela sua inconstância.

Isto trouxe uma contenda entre os dois

obreiros, resultando a separação em duas equipes -uma composta de Barnabé e João Marcos, que sedirigiu para Chipre, e outra de Paulo e Silas, jovemda Igreja de Jerusalém, que estava em Antioquia.

De Antioquia, Paulo e Silas tomaram rumoao norte, viajando por terra, para:

®   Síria, isto é, v is itando os grupos de crentes

formados na região norte da Síria, de ondepassaram ,para:

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0 Cilicia, cuja capital era Tarso. Lucas nãomenciona os nomes das localidades destaprovíncia, atingidas pelos missionários,entretanto, fácil é perceber que por lá já havia

igrejas estabelecidas anteriormente, e por certo,o foram pelo próprio apóstolo durante a suapermanência em Tarso, antes da partida paraAntioquia a convite de Barnabé. Atravessando osmontes Taurus, chegaram a:

@ Derbe e Listra, que foram os pontos finais daprimeira viagem. Em Listra Paulo encontrou o

 jovem Timóteo, que lhe pareceu apto para o

trabalho missionário e o convidou para integrar asua equipe. Partindo dali, depois de confirmar nafé os irmãos, foram passando pelas regiões daFrigia e da Galácia, talvez pretendendo visitar asigrejas de Icônio, Antioquia da Pisídia e outras,entretanto foram impedidos de alguma formapelo Espírito Santo que os encaminhou para aMísia. Dali julgaram conveniente ir e anunciar oEvangelho no extremo norte, isto é, província deBitínia. Mas novamente o Espírito do Senhor lhesimpediu o intento e eles desceram para a cidademarítima da Mísia, chamada:

® Trôade, na costa do Egeu. Foi ali que Paulo teveuma visão de um homem da Macedônia (parte daEuropa que fica defronte da Mísia), pedindo que

passasse aquela região e ali anunciasse oEvangelho. Assim os missionários chegaramconhecer a vontade de Deus e partiram paraEuropa, penetrando no Mundo Ocidental com amensagem gloriosa de salvação dos pecadores.Nesta altura nota-se que o autor do livro de Atos- Lucas - passa ao uso do pronome pessoal naprimeira pessoa do plural - "nós", o que leva acrer que foi em Trôade que ele juntou-se aos trêsmissionários a ajudá-los na obra.

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2. O i t inerár io da Europa.De Trôade (na Ásia) navegaram para:

@ Samotrácia , que é uma ilha à 33 km da costa. Alinão demoraram, certamente pela pressa donavio, prosseguindo para:

0 Neápolis, cidade marítima do continente europeu,porto que servia a importante cidade de Filipos,colônia romana. Também em Neápolis osmissionários não demoraram, mas dirigiram-se

imediatamente para:@ Filipos, ponto inicial de Paulo na evange lização da

Europa, onde os missionários obtiverammagníficos resultados em suas pregaçõesmanifestas na conversão de uma distinta senhorachamada Lídia, da jovem adivinhadora e docarcereiro e toda a sua casa. Foi neste lugar queos pregadores das Boas-Novas sofreram asprimeiras perseguições na Europa por parte dasautoridades e dos prejudicados devido àconversão da adivinhadora, porém, Paulo e Silasforam presos. Mas, na providência de Deus, até aprisão teve resultados favoráveis para oEvangelho, pois o carcereiro veio a converter-secom toda a sua família. Deixando, assim, o

princípio de um trabalho que foi o mais queridodo grande apóstolo. Logo após foram para:

@ Tessalônica, tendo passado por Anf ilópol is eApolônia, lugares em que não se detiveram porrazões desconhecidas. Tessalônica era umacidade histórica, grande centro comercial emilitar, portanto, ponto estratégico para difusão

do Evangelho. Paulo estabeleceu ali uma igrejacomposta dos judeus fanáticos. Os missionáriosPaulo e Silas (parece que Lucas e Timóteo haviam

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ficado em Filipos para continuar o trabalho)seguiram, de noite, para:

Beréia, à 80 km de Tessalônica, onde oEvangelho foi muito bem aceito. Entretanto, os

 judeus fanáticos de Tessalônica foram à Beréia ealvoroçaram o povo contra os missionários aponto de Paulo ter necessidade de retirar-se viamar para Grécia, deixando os companheiros paratrás, chegando a:

@ Atenas, a importante capital da cultura grega.Depois de uma rápida olhada pela cidade oapóstolo percebeu a idolatria dominante. Falandono areópago1, fez uma extraordinár ia defesa docristianismo perante os filósofos gregos. Porém oorgulho e a corrupção dos atenienses nãopermitiam que estes aceitassem a mensagem doapóstolo. Dali o missionário dirigiu-se para:

@ Corinto, met rópole comercial e política da Grécia

naquele tempo, situada à 70 km de Atenas. Nestacidade, que foi o ponto final da sua segundaviagem missionária na direção do ocidente, Paulopermaneceu 18 meses. Também foi ali que oapóstolo conheceu o consagrado casal Priscila eÁquila, com os quais iniciou o trabalho emCorinto e depois também em Éfeso, tendo sofrido

tremendas perseguições.

3. O i t inerár io da Ás ia na volta.De volta para a Antioquia da Síria, Paulo

embarcou no porto de Cencréia, à 13 km ao leste deCorinto, onde também já havia uma igreja,certamente estabelecida durante a estada doapóstolo em Corinto. Dali navegou em direção leste,

1 Lugar de d i scu ssões púb l i cas e de sen tenc iar as causas .

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atravessando o mar Egeu, em companhia de Priscilae Áquila, para:

0 Éfeso, capital da Ásia proconsular, junto à foz dorio Caister, famosa pelo seu teatro, seuhipódromo1 e seu colossa l2 templo consagrado àdeusa Diana (ou Ártemis). Nesta cidade ficou ocasal de auxiliares do apóstolo que o acompanhoudesde Corinto, ao qual, mais tarde, ajuntou-se ao

 jovem Apoio formando-se um grupo que atuoueficientemente para preparar o terreno para otrabalho de Paulo que brevemente voltaria para

lá. De Éfeso Paulo navegou diretamente para:0 Cesaréia, na Palestina, de onde subiu para:

@ Jerusalém, saudando os irmãos da igreja erelatando-lhes as maravilhas que o Senhor haviaoperado durante os quase três anos (51 a 53)gastos na segunda viagem. De Jerusalém dirigiu-se para:

0 Antioquia da Síria, seu ponto de partida paratodas as viagens.

Terceira Viagem Missionária de Paulo

Depois de breve período de descanso,Paulo empreendeu uma terceira viagem missionária,

descrita em Atos 18.23-21.8, partindo de:0 Aati oquia, novamente, Paulo dirige-se, através

das províncias de Cilicia, Galácia e Frigia,confirmando na fé todos os discípulos convertidosnos lugares anteriormente visitados, para:

@ Éfeso que é o ponto principal de suas atençõesnesta viagem. Para evangelizar este centro da

1 Loca l onde se rea l i zam corr ida s de cava los; prado .2 Enorm e, ag i gant ado.

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província e suas adjacências, durante os seusdois anos de atividade nesta cidade, deve terdado origem às chamadas "sete igrejas da Ásia”  referidas no Apocalipse (At 19.10).

Excepcionalmente notável foi a atuação doapóstolo em Éfeso frente às perseguições e oalvoroço que o seu trabalho trouxe no seiodaquela população. A crend ice1 devotada à deusaDiana sofreu sérios abalos. A feitiçaria perdeuseu prestígio pela queima pública de livros dosmuitos convertidos em Éfeso. Finalmente teveque se despedir dos discípulos, aparentementesob pressão de novas e mais violentas ameaçasde perseguição, dirigindo-se para:

0 Trôade, onde esperou o seu novo companheiro detrabalho, Tito, que lhe trouxe notícias de Corinto,passando dali para Macedônia, provavelmentevisitando os lugares em que na viagem anteriorhavia estabelecido igrejas. Dali desceu para:

0 Corinto, onde pôs em ordem as irregularidadesocorridas na igreja e de onde escreveu as duasimportantes epístolas aos Gálatas e Romanos,três meses depois de sua chegada, já os judeusnovamente preparavam-lhe ciladas para eliminá-lo do cenário, e, a fim de despistar os seusalgozes2 voltou pela costa do mar Egeu, subindo

até Filipos e dali talvez tinha ido ao Ilírico,província situada na costa do Mar Adriático daMacedônia. De Filipos regressou a Trôade, naÁsia, depois passando a Assôs, dirigiu-se paraMitilene, capital da ilha montanhosa do Egeu, emais adiante para Samos, também ilha do mesmomar, tomando rumo a Trojilo, promontório da

1Crença popu lar absurda e r id í cu la; c rende i r i ce .2 A lgozar: mart i r i zar , to r turar , sup l i c i a r; prat i c ar mort i c ín io .

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costa da Ásia, e depois para Mileto, de onde oapóstolo manda chamar os anciãos de Éfeso dosquais se despede para sempre. Continuando,passou por Cós, Ilha de Rodes, Pátara, de onde

navegou diretamente para Tiro, na costa daFenícia, confortando irmãos de uma igreja cujaorigem não nos é conhecida. Prosseguindo, foipara Ptolemaida (ou Acra), visitando outro grupode irmãos, e depois para o porto de Cesaréia,visitando o evangelista Filipe com as suas filhas,para chegar a Jerusalém, por ocasião da festa dePentecostes., onde o amor dos irmãos o envolveu

mas o ódio dos judeus o descobriu para.tirar-lhea vida. .

Viagem de Paulo a Roma

Ao concluir a sua terceira viagemmissionária Paulo chegou a Jerusalém por ocasião daFesta de Pentecostes.

O ódio dos judeus havia crescido diantedos sucessos do Evangelho pregado por Paulo.Reconhecida a sua presença em Jerusalém eparticularmente no Templo, num acesso de cóleraseus inimigos tentaram liquidá-lo. Se não fosse apronta intervenção dos soldados romanos, por certo,naquela ocasião Paulo teria perecido.

O apóstolo, vendo a impossibilidade deconseguir garantias na província, porque a tendênciadas autoridades romanas era não julgar a Paulo portratar-se de uma questão religiosa, apelou paraCésar, e por isto foi enviado a Roma na qualidade deprisioneiro.

Partindo de Jerusalém deu-se o início dasua última viagem para o ocidente. Diante do perigo

de ser arrebatado pela turba1 enfurecida de judeus

1 Mu l t i dão em desordem.

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fanáticos, o oficial da Torre de Antônia (parte dafortaleza de Birá junto ao Templo de Jerusalém)tomou a providência de conduzir o apóstolo de noite,sob forte guarda, até:

0 Antipátride ou Antipatr is. Dali foi remetido para:0 Cesaréia, onde permaneceu preso por dois anos,

e depois partiu para Roma, tendo tido aoportunidade de pregar o Evangelho àsautoridades romanas: Félix, Festo e Agripa. Naviagem, Paulo foi acompanhado de seus amigosLucas e Aristarco (de Tessalônica). De Cesaréia

navegaram para:0 Sidon, onde lhes foi permitido visitar os amigos

crentes, partindo dali para:

0 Mirra, porto da província de Lícia, na Ásia Menor.Neste porto fizeram a baldeação1 para outronavio que, levado pelos ventos, foi até:

0 Bons Portos, na Ilha de Creta, onde esperarammelhorar o tempo. Navegando dali foramapanhados por uma tremenda tempestade quedurante 14 dias mantiveram eles entre a vida e amorte, naufragando nas proximidades da:

0 Ilha de Melita, ou Malta, que se encontra ao sulda Sicília, a grande ilha italiana. Depois de

passarem alguns dias ali, tendo Paulo curado opai do homem principal da localidade, Públio, eabastecidos dos víveres necessários à viagemembarcaram num navio alexandrino rumo à:

Siracusa, na costa oriental da Sicília. Daliseguiram para:

0 Régio, já na Península Itálica, de lá navegando

para:

1Passar (mercador ias) de um para out ro nav io .

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0 Potéoli, ponto final da viagem marítima, ondeacharam alguns crentes que solicitaram a suapermanência, ficando ali sete dias. As duasúltimas etapas, antes de chegar a Roma, foram:

0 Praça de Ápio e Três Vendas (At 28.15), à 40 kmao sudoeste de Roma, aonde vários irmãosvieram da capital do Império para receber oapóstolo e seus companheiros. Este gesto dosirmãos deu mais ânimo a Paulo, prevendo ele avitória do Evangelho também em Roma, apesarde suas cadeias. Finalmente chega Paulo a:

0 Roma, capital política e cultural do Império. Ali oapóstolo ficou preso durante dois anos, morandoem casa particular alugada perto do quartelpretoriano. Embora acorrentado a um soldado, asua prisão foi bastante suave. Dali Pauloescreveu as seguintes epístolas: Efésios,Filipenses, Colossenses e Filemom. Depois de

longa espera Paulo foi absolvido e posto emliberdade.

Viagem de Paulo entre a sua Primeira eSegunda Prisão em Roma

Há evidências claras, pelo que

encontramos nas chamadas "epístolas pastorais", deque ele foi absolvido e que reassumiu o seu antigotrabalho de visitar as igrejas já estabelecidas eorganizar outras novas, tendo sido preso novamentepouco depois.

Este período entre a sua primeira prisãoem Roma e a segunda, é coberto de incerteza quantoàs suas atividades e os lugares onde elas foram

exercidas. De modo que o itinerário que segue umaconjectura.

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0 Colossos teria sido o seu novo campo detrabalho, após a libertação da sua primeira prisãoem Roma, segundo se conclui de Filipenses 1.22.Era uma cidade da Frigia, Ásia Menor, às margens

do rio Lico, na rota terrestre entre o ocidente e ooriente. Ali havia uma igreja que teria sidofundada pelo trabalho de Epafras e Arquipo.

0 Filipos teria sido outro lugar visitado por Paulonesse período (Fp 2.24).

0 Nicópolis, segundo Tito 3.12, teria sido maisoutro lugar visitado pelo apóstolo, situado naregião grega de Epiro, no litoral do Mar Adriático.

0 Mileto e Creta, lugares escalados na viagem deJerusalém para Roma. Em Creta aparentementePaulo desejava desenvolver trabalhos amplospara adiantamento da obra do Evangelho, masteve que deixar os planos nas mãos de Tito. É oque se depreende de Tito 1.5 e 2Timóteo 4.20.

0 Trôade. Pelo que se lê em 2Timóteo 4.13, parece

que Paulo teve que deixar apressadamente estelugar, pois pede ao seu jovem companheiro quetraga a Roma, onde está preso, a sua capa e ospergaminhos1deixados ali.

@ Éfeso. A suposição é que Paulo tenha sido presoem Trôade e levado para Éfeso para ointerrogatório prévio, antes de ser remetido a

Roma.O ministério de Paulo estava já no fim.

Nero estava no trono do Império naqueles dias, e nodelírio de sua loucura incendiou a cidade de Roma,atribuindo a culpa aos cristãos, o que provocou aterrível perseguição neroniana. Certamente o bravosoldado de Cristo pereceu na onda desta

perseguição.1 ( La t im  p e rg a m in a ) .  Pe le de an imal preparada para se escrever .

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Questionário

^   Assinale com "X" as alternativas corretas

6. As etapas da segunda viagem de Paulo podem serdivididas em três itinerários, a sabera)CU O da Europa na ida; da África e da Ásiab)D O da Ásia; do Oriente Médio e da Áfricac)(Xi O da Ásia na ida; da Europa e da Ásia na voltad ) 0 O da Europa na ida; da Ásia e da Europa na

volta

7. Cidade que era o ponto de partida da primeira,segunda e terceira viagem de Pauloa)EU Romab)D Atenasc)D Jerusalémd)K] Antioquia da Síria

8. Imperador romano que incendiou a cidade de Romaatribuindo culpa aos cristãos, usando de pretextopara perseguí-los.a)Q Titob)[X] Neroc)D Césard)0 Augusto

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

9.1 c I A cidade de Corinto foi o ponto inicial de Paulo naevangelização da Europa

10.[ç] Ao concluir a sua terceira viagem missionáriaPaulo chegou a Jerusalém por ocasião da festa de

Pentecostes

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Geografia Bíblica ________

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Geografia Bíblica

Mapas Bíblicos

Mapas T01 a T04  foram utilizados com a devidaautorização da Editora Vida. Todos os direitos reservados.Os infratores estarão sujeitos às penalidades da lei.

Mapas P01 a P15   foram utilizados com a devida

autorização da Sociedade Bíblica do Brasil. Todos osDireitos Reservados. Os infratores estarão sujeitos àspenalidades da lei.

índice

O Oriente Médio na Época dos Patriarcas ................. T01O Êxodo e a Conquista de Cana ................................. T02

Mapa Físico da Terra Santa.........................................T03Jerusalém Atual (Centro) ............................................T04O Mundo Antigo ...........................................................   P01Egito e Sinai ................................................................. P02A Divisão das Tribos .................................................... P03Os Reinos de Saul, Davi e Salomão ..........................   P04Os Reinos de Israel e Judá ......................................... P05O Império Assírio .......................................................... P06

Impérios Babilónico, Persa e Grego ..........................   P07O Império Romano nos Tempos de Cristo ..................   P08Relevo da Palestina ...................................................... P09Palestina nos Tempos de Jesus ...................................   PIOPrimeira Viagem de Paulo ..............................................   P l lSegunda Viagem de Paulo ........................................... P i l aTerceira Viagem de Paulo ..............................................   P12Viagem de Paulo a Rom a.............................................. P12aJerusalém do Velho Testamento.................................. P13

Jerusalém nos Tempos de Cristo ................................   P14Plantas do Templo descrito no livro deEzequiel .........P15

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Mapa TOI

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Mapa T 03

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Mapa T 04

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Mapa P 01

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Mapa P 02V B < I) I. F (> II I I K

OEgito e Sinai c a n a ã   |

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© Sotii'dadi's liib lic* Unidas 1995

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Mapa P 04

B r | D I l   f l c M | I I K 

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Hamale •

F E N Í C I O S  

Sidoin • • Damasco

 Mar Mediterrâneo Tiro »

Dor»

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• Ramote-Gileade

F H I S T E U S ,T ,Sa,P'n »Rjba

^ d,,de. * Belém* Ma,

GaM Hebr*m*,<Jr!o

Bcrseba • M Q A B E

Cades-Baméia <

[ D O M Os Reinos de Saul, Davi e Salomão

Eziom-Geber* Rrira» cfe Saul

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 Mar Vetme/ho

Qrâbmetro*

•3 SdpedacJes ffibfícas Uoklas 1995-

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Mapa P 05\  H ( t) E 1- I r. II J K 

F E N Í C I O S

SÍRIA (ARÃ)

Os Reinos de

Israel e Judá Tiro • Oã •

1 Território de Israel

1 Território de JutláHazor*

Mar da Galiléia

Megido «

Mar MediterrâneoISRAEL

• Bete-Seã • Ramote-Gileade

SAMARIA o

C- • ?Siquema 

Siló* ^A M O M

Betei • • Jericó• Rabá

Gate • Jerusalém

Asdode •

BelémAsquelom •

HebromGaza •

I U D A

FI LI ST EU S Berseba •

Mar Morto

M O A B E

E D O M

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601

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Quilómetros

Sociedades Bililii jv Unidas 1995

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\ tí l' 1 » 1 1 1 1 Ci 1 II 1 1 1 . 1 K 1 .

M o r Cásp io 

Carquemis. ASSÍRIA

• NiniveM É D I A

• As sVI r

,\/.ir M ed i te r r ân eo 

• Ribla ^

• Damasco

Susã

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 Jerusalem •• Babilónia

ARABES

Mênfis*

O Im pério Ass í r io

SSI iniEMwi Avwwk»

( .o/fo \ Pérwto

EGITO % ,o

MarVerm e lho  

A 0 125 250 -i00

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T R A C I A

M A C E D O N I A

Imp érios Babi lónico, Pe rsa e Grego

Mcir Negro ' 

G R E C I AL   í d i a

Atenãs Sardeso AS I A ME N O R 

A R M E N I A

Mar  Cáspio

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Carquemis %

Mar Mediterrâneo Damasco*

'Antioquia -j-. "o, *

• Ribla ' «Nínive

M Ë D I AP A R T I A

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Alexandria Samaria»  ■ Jerusalém » • Babilónia

• A c m e tá 

•SusãP E R S I A

E G I T OM ê n f i s « >Persépolis

A R A B E S

Tebas «

Golfo PérsicoImpério Grego

I Império Persa

Império Babilónic o

Mar Ve rme lho

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 ____ IQuilômetros

O Sociedade« Bíblicas Unidas 1995

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Mapa P 09

\ H (' I) I: J F | lí II I J k

Relevo da Palestina

M j r M v i ii tv r r . in v t )

Seção transversal da Palestina de lesle a oesle

Rio hrdm

Ptolemaida «

Home Cafmelo 4Dor* SAMARIA

Samaria •

Mu da ( .aliléia

\Uir Mediterrâneo

Vegetação dosIcmpos blblims

• /Mu di (Uíilt-ii

ff»furdid 

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<£Apolónia 

|ope *

Asquelom 

Gaza *

JUDEIA 

Jerusalém •

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PEREIA

> Samaga 

• Medeba

\U r 

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Ma r  Morto

Berseba

« Liba Lemba

•Rafia

Zoar

*Alusa

NABATEUS A

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‘ Sociedades Bíblit as Un idas

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 ____________   Mapa P IO

Ü (■ i> í í <i Ü 1 1 K

Palestina nos rira * Tempos de Jesus

FENÍCIA

Morte Hetm r

GÂULANITIDE

Holemaida

Monte Camelo

Mar Mediterrânea

Coareia

t   GALILEI»  

fafarnaum • , Bctsaida 

C .in í* *<••' '!■<« I Oi'lfc'Ù

Nazaré

•Gadara

DECAPOLIS

SAMARU

Monte Genzun * Ari*

Em.ius*

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Asquelom ••Ato'n

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Hrbrom •

IUDEIA

Gaza »

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! • Gcrasa

1Filadélfia

PEREfA

M m  • Maqucronk': Mor  lo

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• Berseba

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NABATEUS

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Mapa P 11\ H i l> ' 1 1

Antioquiada Pisídía»

, . CAP ADÓ CIA• Icomo

l i s t r a * ANT IO Q UIA

•DerbeCRETA f erS f Tarso

Primeira Viagem

( HIPRf •Anl ioquia

de Paulo # Salamína

Pafos

M*wMediterrâneo <•- I i i •

Y S<mkhL kÍcs KiI>Ihjv l 'rxdí*. 11*1» Jerusalém •

Mapa P 11-A

MACEDON Ia

Anfipoli^ ^Filipos

Beréia t * 

T rn jdc

Cor in to ,

 ,  * t ícso

anlioquiada Pisidia

CAPADÓCIA•icônio

Lislra • ANTIO Q UIA

CRETA Dprlu1* Tarso• Perge •

Segunda ViagemCHIPRE • A " ' i ° ‘ >u ia

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de Paulo „ (   • Sala minaPatos

Mar Mediterrâneo .. ii. •— *•<   \ /i i i i ^ /

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i esareia SamariaJerusalém •

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Mapa P 12

MACEDONIAAnfípolis

Tessalònica "Beréia •

ACAIA

Corinto

Filipos• « «Neápolis

Apolónia

Assós ■ Tróade ÁSIA

M ililene » # pérgamo AntioquiacEsmirna P's*d'a•Éfeso ■Icônio

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Rodes ■ Pálara

• DerbeTarsn

• AntioquiaSIRIA

Terceira Viagem de Paulo

Mar M editerrâneo

QuilAtnctios

boCitlJ.vW Bíblicji Urudas IW î

Cesaréia k

Jerusalém fl

»TiroPtolemaida

» c k 

Mapa P 12-A

. Rom a• Très Vendas

•Pozuoli^ ITÁLIA

SICÍLIA ' RégioCnido

LiClA SÍRIA

Mirra

• SiracusaCRETA

ROD ES CH IPRE Sidont ■

MALTA

Viagem de Paulo a Roma

Bon»Portos

Cesa réia #

Jerusalém*

Mdr Mediterrâneo 

f Vn m l« Im  IW*’ •» l 'nuit ' W '

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Mapa P 13

A B C D Ê j F C H I J K

Jerusalém

V a l e d e H i n o m

© Sociedades Bíblicas Unidas 1995 ® F o n te d e RogC ‘ 1 (E n- R o g t'1)

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Mapa P 14

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Mapa P 15

Plantas do Templo descrito no livro de EzequielEstas plantas se baseiam na visão de Ezequiel (capítulos 40 a 46) e não representamo templo de Salomão nem o segundo templo, construído depois do exílio.

PLANO GERAL D O TEMPLO

1. Muralha exterior (40.5;42.15-20)2. Porta oriental (40.5-16)3. Porta norte (40.20-23)4. Porta sul (40.24-27)5. Átrio exterior (40.17)6. Pavimento (40.17-18)7. Átrio interior (40.28)8. Porta sul do átrio interior

(40.28-31)9. Porta oriental do átrio interior

(40.32-34)10. Porta norte do átrio interiorJ40.35-37)

11. Sala para lavar os animais(40.38)

12. Sala para os sacerdotes(40.44-46)

13. Templo propriamente dito(ver planta abaixo)

14. Edifício ocidental (41.12)15. Salas do norte (42.1-10)16. Salas do sul (42.10-11)17. Pátios (46.21-22)

18. Altar (40.47; 43.13-17)

’ '*■ O TEMPLO PROPRIAMENTE DITO(40.48-41.15)

1. Escada (40.49)2. Colunas (40.49)3. Pilares do vestíbulo (40.48)4. Vestíbulo (40.49)5. Pilares (41.1)

6. Salão central (41.2)7. Pilares (41.3)8. Lugar Santissimo (Santidade das

Santidades) (41.4 )

9. Parede exterior (41.5)10. Câmaras anexas (41.5)11. Parede exterior das câmaras (41.9)12. Espaço livre (41.9)13. Muro (41.11)

14. Edifício ocidental (41.12)15. Pátio fechado (41.12)16. Parte do pátio fechado que fica para o

oriente (41.14)

Sociedade!, Hihlk as Unidas I c)11"

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