57
http://www.educacaoliteratura.com/index%20213.htm GESTÃO DAS MÍDIAS NA EDUCAÇÃO: para uma consociabilidade comunitária plural, inclusiva e participativa ENSAIO Josué Geraldo Botura do Carmo [1] maio/2012 Artigo 19 Declaração Universal dos Direitos Humanos Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de ter opiniões, sem interferências, e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios, independentemente de fronteiras. Se a pedagogia libertadora, no sentido proposto por Freire, advoga que a leitura do mundo antecede e acompanha a leitura da palavra, então o que significa a leitura de um mundo globalizado no qual os meios de comunicação se tornam um dos principais agentes desse processo? Maria Isabel Orofino Não estamos na era da informação. Não estamos na era da Internet. Nós estamos na era das conexões. Ser conectado está no cerne da nossa democracia e nossa economia. Quanto maior e melhor forem essas conexões, mais forte serão nossos governos, negócios, ciência, cultura, educação... David Weinberger RESUMO Gestão das Mídias na Educação: para uma consociabilidade plural, inclusiva e participativa é uma pesquisa de caráter qualitativo de feição teórica com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o objeto utilizando fundamentalmente de recursos bibliográficos. Buscou-se nesse trabalho refletir sobre como os recursos midiáticos podem servir para a inclusão e integração social, envolvendo os campos da comunicação, da informação e da educação. Fundamentou-se teoricamente em Jürgen Habermas, tendo como pressuposto que os meios de comunicação podem servir ao favorecimento da democracia participativa, fazendo o papel de esfera pública, quando possibilita a interatividade. Procurou-se conceituar e classificar as mídias, e dar suporte para uma análise crítica desses meios de comunicação social, e a utilização desses recursos na educação. Refletiu-se sobre a 1

Gestao Das Midias Na Educaçao

Embed Size (px)

DESCRIPTION

artigo, José Geraldo Botura do Carmo

Citation preview

http://www.educacaoliteratura.com/index%20213.htmGESTO!S"#$!S%!E&'!(O:paraumaconsociabilidadecomunitriaplural, inclusiva e participativaE%S!$OJosu Geraldo Botura do Carmo[1]maio/2012 Artigo 19Declarao Universaldos Direitos HumanosTodo o homem tem direito liberdade de opinio e expresso; este direito inclui a liberdade deter opinies, sem interferncias, e de procurar, receber e transmitir informaes e idias porquaisquer meios, independentemente de fronteiras. Se a pedaoia libertadora, no sentido proposto por !reire, ad"oa que a leitura do mundoantecedeeacompanhaaleituradapala"ra, entooquesinificaaleituradeummundolobali#adonoqual osmeiosdecomunicaosetornamumdosprincipaisaentesdesseprocesso$ Maria sabel Orofino%o estamos na era da informao. %o estamos na era da &nternet. %'s estamos na era dasconexes. Ser conectado est( no cerne da nossa democracia e nossa economia. )uanto maiore melhor forem essas conexes, mais forte sero nossos o"ernos, ne'cios, cincia, cultura,educao... David Weinberger)ES&"O *esto das +,dias na -ducao: para uma consociabilidade plural, inclusiva eparticipativaumapesquisadecarter qualitativodefeiotericacomoobjetivo de ampliar o conhecimento sobre o objeto utilizando fundamentalmentederecursosbibliogrficos. Buscou-senessetrabalhorefletir sobrecomoosrecursos miditicos podem servir para a incluso e integrao social,envolvendo os campos da comunicao, da informao e daeducao.Fundamentou-seteoricamenteem Jrgen Habermas, tendocomopressuposto que os meios de comunicao podem servir ao favorecimento dademocracia participativa, fazendo o papel de esfera pblica, quando possibilitaa interatividade. Procurou-se conceituar e classificar as mdias, e dar suportepara uma anlise crtica desses meios de comunicao social, e a utilizaodesses recursos na educao. Refletiu-se sobre a integrao e convergnciadas mdias e as possibilidades de mudanas significativas no campocomportamental de seus usurios que passama ter atitudes autnomas,participativas e colaborativas, devido a interatividade, caracterstica peculiardesses meios. H tambm uma reflexo sobre o estado atualdas mdias noBrasil eautilizaodesseaparatotecnolgicodentrodainstituioescolar,assimcomoaleituraeproduodematerial miditiconesseambientedeaprendizagem, num conceito mais amplo de letramento, com um currculo maisflexvel e uma atitude interdisciplinar. E ainda a necessidade de umareestruturao organizacional, temporal e espacial da escola com a finalidadede uma aproximao da comunidade escolar usando os recursos tecnolgicosdequedispe, comvistasatransformar oentornodaunidadeeducativa1atravs de uma reflexo franca e honesta de suas potencialidades e limitaes,desenvolvendo a capacidade de dilogo e negociao, numambiente deindivduos capazes de acessar uma informao, de compreender umainformao, de produzir uma informao de maneira comunicativa, comfluncia. Buscando sempre a identidade e facilitando a constituio do sujeitoao outro. *ala+ra,-cha+e: mdias, educao, comunicao, informao, meios decomunicao social, gesto escolar, novas tecnologias, educao a distncia. .$ST! E S$G.!S

3 / tridimendional0and = Rede de TV Bandeirantes'E0 = Cmara de Educao Bsica'%E = Conselho Nacional de Educao'oncine = Conselho Nacional de CinemaO& = Dirio Oficial da UnioT1 = Servio de Distribuio de Sinais de Televiso e de udio por Assinaturavia SatliteEm2ra3ilme = Empresa Brasileira de Filmes4" = Frequncia ModuladaGlo2o = Rede Globo de Televiso$0GE = nstituto Brasileiro de Geografia e Estatstica""S =ServiodeDistribuioMultipontoMulticanal, tambmconhecidosCabo Wireless, uma tecnologia de telecomunicaes sem fio.O' = Ondas CurtasO" = Ondas MdiasOT = Ondas Tropicais*nad = Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios)!com = Rdio ComunitriaS0T = Sistema Brasileiro de TelevisoS0T5 = Sistema Brasileiro de Televiso DigitalT$' = Tecnologia da informao e da comunicaoT5 = Televiso AbertaT5! = Televiso por AssinaturaT5' = Televiso a Cabo&ne,co / United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization 2 S&"6)$O !*)ESE%T!(O 1$%T)O&(O1.1 "etodolo7ia1.2 8u,ti3icati+a1.3 4undamenta9:o Te;rica 4undamenta9:o Te;rica1.< O2=eti+o,1.4.1 Objetivo Geral1.4.2.Objetivos Especficos 2 O >&E SO !S "#$!S2.1 "?dia, in3ormati+a,2.1.1 Televiso, Rdio, Jornal e Revista2.1.2 Audiovisuais2.2 "?dia, interati+a,2.2.1 nternet e Celular2.2.2 Videogames2.2.3 TV Digital2.3 $nte7ra9:o e con+er7@ncia da, m?dia, 3 ! E&'!(OEOESE%5O.5$"E%TOE'O"*ETA%'$!S%! E)!!S 'O%EBCES3.1 O curr?culo e a compet@ncia do pro3e,,or3.2 ! pe,Dui,a peda7;7ica3.3 ! leitura do mundo 7rE3ico e 3oto7rE3ico < !S *O.#T$'!S *F0.$'!S %! E)! !S 'O%EBCES G 'O%S$E)!(CES 4$%!$S )E4E)A%'$!S >&!)OSQuadro 1. Da modernidade ps-modernidade !%EBOS 3!nexo 1 - 'la,,i3ica9:o indicati+a ,o2re a 3aixa etEria para a Dual o2ra,audio+i,uai,Hpro7rama9:odeT5I3ilme,I 5I =o7o,eletrJnico,edeinterpreta9:o K )*GL n:o ,e recomendam. ! 'la,,i3ica9:o +incula a 3aixahorEria M etEria na tele+i,:o !nexo2- ado,Dueno,a=udar:oaanali,arecon3rontarmateriai,midiEtico, !nexo 3 - Trecho de uma con+er,a entre um =apon@, e um 2ra,ileiro no'amN!p.com no dia 11 de =unho de 2011I em Due o Ode,conhecidoP Q o=apon@, e o OeuP Q o 2ra,ileiroI o primeiro de l?n7ua =apone,a e o ,e7undode l?n7ua portu7ue,a. !*)ESE%T!(O Aapresentaodessetrabalhofar-se-atravsdeumcontozenquevaitomando sentido medida que o usurio desse texto for se aprofundando nasidias e nos conflitos do autor. %E" 6G&! %E" .&! Por anos e anos, a monja Reiko estudou, sem conseguir chegar luminao.Umanoite, estavaelaacarregar umvelhopotecheiodegua. Enquantocaminhava, ia observando a imagem da lua cheia refletida na gua do pote. Derepente, as tiras de bambu que seguravam o pote inteiro partiram-se e o potedespedaou-se. A gua escorreu e o reflexo da luadesapareceu... e Reiko iluminou-se.Ela escreveu estes versos:.e um modo ou de outro, tentei seurar o pote inteiro,-sperando que o fr(il bambu nunca se partisse..e repente, o fundo caiu. %o ha"ia mais (ua.%em mais lua na (ua. /penas o "a#io em minhas mos.- seu sinificado em minha alma. 1$%T)O&(O Esteestudoiniciou-setimidamente, buscandoumamaneirafuncional desetrabalhar com os diversos tipos de mdias em sala de aula: impressa, eletrnicae digital, ou seja, jornais, revistas, rdio, televiso, computadores; no intuito deseencontrar novidadesnesseassunto, formasprticaseeficientesdesetrabalhar didaticamente, dentro de uma estrutura desfavorvel a inovaes, emumespao emque se teme que algo novo venha perturbar a ordemestabelecida, que o ambiente escolar. O desejo era o de sair da mesmice,encontrarumdiferencial, massseconseguiapensar demaneiralimitada:mdias e sala de aula, uma forma de prender a ateno das crianas e dosjovensdentrodasquatroparedes, quepareceseresseoobjetivomaiordainstituio escolar.4 Atofinal dosculopassadonosefalavademaneirasistematizada, nasfaculdades de educao, sobre as mdias no ensino. H uma tentativa de seusar ojornal nasescolascomorecursodidtico-pedaggico, contudonochega a atingir sua meta de maneira satisfatria. H geralmente umaintroduo, semretomada, semumtrabalhosistmico, eemconsequncia,semconsolidaodaproduo. Usam-setambmnas escolas comcertaconstncia o vdeo, mas sem muitos critrios. Trabalhos com revistas e folhetosde propaganda tambm so utilizados nas diferentes disciplinas. H todos osanos confeco de livros e s vezes jornais, em muitas escolas. Desenvolvem-se tambm projetos com o uso de recursos da informtica e internet. Algumasescolas mantmumsitee/oublog. Pormtudoparecemuitopouco, emrelao importncia da influncia das mdias em nossas vidas. Embora se consiga vislumbrar o poder das mdias, o que se consegue alcanarno que diz respeito aos meios de comunicao social, no vai alm do campoda&nd0stria 1ultural[2], buscando denunciar a ideologia contida no material emanlise, eseenxergafantasmasatondenoh. Vive-seemumcrculovicioso dialtico de dominantes e dominados, e talvez s se consiga ver e ouviro discurso dominante, porque os movimentos pop econtracultura no foramto significativos; pelo menos no Brasil onde essas rebelies foram abafadaspor polticas autoritrias ditatoriais que os superficializaram, com a criao deesteretipos das propostas alternativas; o que veio reforar o papel das mdiascomo uma indstria de cultura, com a funo pura e simplesmente de impingirmodelos ideolgicos, emummomento emque as mdias erampura esimplesmente unidirecionais, mantidas por um poder vertical, hierarquizado eautoritrio. A propaganda de massa, uma espcie de guerra simblica utilizadapeloestadoepelainiciativaprivada, doutrinando, escondendo, distorcendo,orientando, informando. Muitas vezes com mais fora que as armas,modelandoconscincias, criandoedestruindo expectativas, mobilizando edesmobilizando pessoas. Contudohummundomuitomaisconsidervel por detrsdasmdias. preciso permitir o desestabilizar das estruturas mentais, e atualizar-se atravsdos debates que esto acontecendo j h algumas dcadas, em relao a essetema no mundo ocidental e oriental, ou seria melhor dizer nos pases do norte enos pases do sul. Faz-se necessrio reverconceitos,crenas evaloresdentro de um outro paradigma, com mtodos, tcnicas e ferramentas inditas. necessrio fazer um "upgrade, uma simples atualizao j no suficiente,nobastaumaevoluodeconceitosconstrudos, precisaacontecer umarevoluo, uma reconstruo desses conceitos. preciso guardar osfantasmas no sto e descondicionar o olhar, para se poder vislumbrar umanovarelaocomasmdiasquenosignificammaisapenasumconfrontodialtico entre dominantes e dominados, emque prevalece o poder dosprimeiros. Paraarealizaodessetrabalhodialogou-secom diversosautoresafetoscincia da educao, da informao e da comunicao, amigos, companheirosde trabalho, familiares, colegas de curso por meio de fruns e por ocasio dosencontrospresenciais, ecomasprpriasmdiasquecomearamafluir de5maneira exponencial; e participou-se inclusive das redes sociais como o twitter,facebook e orkut. E coincidentemente o momento em que se discute no pasa questo da regulao das mdias, visando a democratizao das mesmas,atravs de debates pblicos. Dessa forma passa-se a compreender novas teorias, e a partir dessas construirnovos conceitos dentro do universo de procedimentos intelectuais e tcnicos. Ateleviso, os jornais, as revistas, o rdio, e a prpria internet passam a ter umnovo significado, passa-se a v-los com outros olhos, e as dvidas vo sendoesclarecidas, econforme algumas dvidas seesclarecem,tantasoutrassolevantadas na mente. E conforme se busca respostas para as interrogaes,mais indagaes surgem para seremrespondidas,quepor sua vez levam aoutrosvriosquestionamentos. Epodemosperceberissoaoleressetexto,pois ele est repleto de perguntas e possveis respostas, mais perguntas querespostas. E sempre aberto a novas investigaes. 1.1Metodologia umapesquisaqualitativa, defeioterica, emquesebuscaampliar oconhecimento sobre o objeto utilizando fundamentalmente de recursosbibliogrficos: livros, artigos, pginas da internet, filmes, vdeos e reportagens. 1.2 Justificativa Este estudo estar afeto cincia da comunicao, cincia da informao e cincia daeducao, que soas reas doconhecimentoresponsveismaisdiretamente pela formao do indivduo e da sociedade: informando,esclarecendo, influenciandoedialogandocomindivduosegrupos. Estandoaqui representados pelos prticos da comunicao nas atividades jornalsticasdos mais diversos gneros; nos tcnicos da comunicao que fazem as mdiasfuncionarem, ligadossatividadesmaqunicasedeplanejamentofsico; epelosestudiososdacomunicao, tantocomenfoquenarealidadefsicaematemtica, quanto ao enfoque no fenmeno social e humano dacomunicao, enfocando problemas sociais, polticos e culturais. Nainvestigaodaspropriedadesedocomportamentodainformao, edasforasqueregemofluxoinformacional eosmeiosdeprocessamentodainformao para a otimizao do acesso e uso. Buscando a origemdoconhecimento, coletando, organizando, armazenando, recuperando,interpretando, transmitindo, transformando, utilizando.E cabe aqui cincia daeducao pesquisar incessantemente o sentido dos conceitos de homem e desociedade veiculados pelas diferentes correntes pedaggicas, impulsionando areformulao crtica e a superao dos mesmos, colocando-se em posio deconstante abertura aos novos paradigmas,com independncia emrelao ideologia poltica. Asquestesinformacional, comunicacional eeducacional socntricasnodesenho do mundo atual ao abordar problemas da vida social e da cultura dospovos, com uma perspectiva transdisciplinar. 6Servir portanto esse trabalho ao campo da pesquisa e da investigao dessasreas. cada vez mais uma necessidade social pensar e repensar as mdias,no interior de um modelo de sociedade em se vive, devido ao papel decisivoque os meios e as novas tecnologias da informao e comunicaodesempenhamemrelaocirculaodesignificadoseorganizaoearquivao de saberes que serve de base para a construo de novosconhecimentos, numvasto processo de possibilidades, impossvel de seprever. Estetrabalhopoder servirdeapoio paraelaboraodeprojetos tantoaosprofissionaisdaeducao, quantoaosprofissionaisdacomunicao, edainformao, campos responsveis pelanovaconfiguraodessemomentohistrico, da ps-modernidade, pois aprende-se comMarx que mudanashistricas na sociedade e na vida material produzem mudanas na "naturezahumana, e afirma Engels que o homem transforma a natureza e, ao faz-lo,transforma a si mesmo, portanto de grande responsabilidade a orientao dautilizao das mdias por esses campos do conhecimento: comunicao,educao e informao, nesse presente momento de nossa histria, que estsendo denominada de era da conexo, devido a integrao e convergncia dasmdias, numprocesso de ubiquidade, pervasividade e sencincia. Comapossibilidade de uma permanente conexo instantnea independente de ondeseestiver, devidoaoaparatotecnolgiconmade, porttil esemfio, eosdispositivos capazes de transferncias de dados, imagens, sons e vdeos demquina para mquina: CDs, DVDs, pen drive, bluetooth, etc. 1.3 Fundamentao Terica Perpassa pela obra de Habermas[3] que a verdadeira democracia no apenasa compilao de opinies ou uma compilao de regras da maioria, mas umprocesso social emque as pessoas se renem, discutem, modificameacordam sobre determinado assunto; e a esfera pblica tem comocaracterstica elementar ser um espao irrestrito de comunicao e deliberaopblicacujaextensoecujos limites internos eexternos nopodemseranteriormente estabelecidos. Um espao onde as pessoas e os interesses seexprimem de forma desideologizada. Para Habermas (apudAzevedo 2007) "quanto mais se prejudica a forasocializadora do agir comunicativo, sufocando a fagulha da liberdadecomunicativanosdomniosdavidaprivada, tantomaisfcil setornaformaruma massa de atores isolados e alienados entre si. Fiscalizveis e mobilizveisplebiscitariamente. A finalidadedetodoesteprocessodesepensarasmdiasagarantiadademocracia e do Estado de direito, assegurar a participao do cidado noespaopblico, atravsdaliberdadedeexpresso,bemcomoproteger oespao pblico contra a apropriao por foras particularizadoras e, portanto,ilegtimas. Umgoverno democrtico aquele que emerge dos processoseleitorais e que se legitima no dilogo comos partidos polticos, comoCongressoNacional, asinstituies oficiais eapopulaoemgeral. Eacidadanianoserestringemeradeclaraoformal dosdireitos, mas7conquista diria que se efetiva no exerccio ativo daqueles que clamam e seorganizam para garantir a aplicao do direito. Movimentos sociais, polticos,populares e ongs buscam visibilidade e participao nos meios decomunicao social para divulgao de suas ideias e interesses, no intuito defirmar posies. Dessa forma novos conceitos de democracia emergem contrariando aconcepohegemnicadeumademocraciarepresentativanasconcepesliberal e marxista. A democracia agora passa a ser participativa, dialgica, e vaipossibilitar a incluso de novas temticas e a redefinio de polticas pblicas. Efundamentadonateoriadacomunicaohabermasianaqueacontecealeitura do mundo das mdias a partir desse momento, tendo como pressupostoque os meios de comunicao podem servir ao favorecimento da democraciaparticipativa, fazendo o papel de esfera pblica, quando possibilitaainterati"idade[4].1.< O2=eti+o, A princpio, quando o projeto de pesquisa foi elaborado, eram uns os objetivos,mas logo aos primeiros contatos com o estado da arte do objeto em estudo,outros passaram a ser os objetivos. Antes era uma viso passiva diante dasmdias, sem participao, depois, o que muda a atitude ativa diante dessesmeios de comunicao social, uma viso participativa, dialgica, ampliando acapacidade de enxergar o potencial desses veculos de informao ecomunicao no campo educacional. A viso anterior era uma viso fatalistaque deixava apenas como alternativa a denncia da ideologia veiculada nessesmeios de comunicao social, que no segundo momento passa a uma visodesses meios com possibilidade de dilogo, de negociao, de interferncia, deproposta, atravs da participao. Antes uma arquitetura vertical, depois umaarquiteturahorizontal. Antes, meroespectador, depoisprodutor, autor eco-autor. 1.4.1 Objetivo Geral Conhecer formas de se trabalhar com as mdias dentro da sala de aula. (antes)Otimizar a gesto das mdias dentro do espao escolar. (depois)1.4.2 Objetivos Especficos (antes)1 - Conhecer formas diversas de se trabalhar didaticamente com asmdiasimpressa, jornais e revistas, dentro da sala de aula.2 - Conhecer formasdiversasdesetrabalhar didaticamentecomamdiaeletrnica, rdio e televiso dentro da sala de aula;3-Conhecerformasdiversasdesetrabalhardidaticamente comainternetdentro da sala de aula;4 - Conhecer formaseficientesdedenunciar aosestudantes, aideologiaveiculada nas mdias.(depois)1 - Conhecer formas eficientes para trazer os meios de comunicao socialimpresso para dentro do ambiente escolar;82 - Conhecer formas eficientes para trazer os meios de comunicao socialeletrnicos para dentro do ambiente escolar; 3 - Conhecer formas eficientes para trazer os meios de comunicao socialdigitais para dentro do ambiente escolar; 4 - Conhecer formas eficientes de utilizao dos meios de comunicao socialno apenas como captao de informaes e leitura das mesmas, mas acimade tudo como instrumentos de comunicao dentro dos muros da escola e comtoda a comunidade escolar.Primeiramenteprocurou-seconceituar eclassificar asmdias, buscandoascaractersticas de cada uma delas: impressa, eletrnica e digital; e a questoideolgicadasmesmasparaumaanlisecrtica.Apontou-setambmasuautilizao como ferramenta pedaggica, tanto os aparelhos como o que nelesse propaga, sempre na perspectiva da democracia participativa e da integraosocial, visandoaconstruodeummododevidamenosopressivoemaisigualitrio. Discorreu-se sobre as mdias informativas: impressas e eletrnicas,de arquitetura hierarquizada verticalmente de forma autoritria, e foramanalisadas as mdias interativas arquitetadas em formato de rede, com poderhorizontal eatuandodemaneiraconsensual.Fez-seaindanestemomentouma reflexo sobre a integrao e convergncia das mdias, que a fuso dastelecomunicaes coma radiodifuso, destacando a sua importncia nadifuso da informao e da produo e disseminao da cultura, com vistas democratizao de oportunidades e o exerccio da cidadania, atravs dafacilidade de participao, recebendo e enviando informaes numacomunicao com possibilidade multidirecional, propiciando mudanassignificativasnocampocomportamental, pormeiodainteratividade; deumaatitude colaborativa, participativa, cooperativa e dialgica, com possibilidadesdeintervenodosusuriosnessesmeiosdecomunicaosocial. Emumsegundomomento, questionou-seascompetnciasaseremdesenvolvidaspelaeducaonaeradasconexes, apontandoaquestocurricular eacompetncia do professor, a pesquisa pedaggica, e a leitura do mundo grficoefotogrfico.Noquedizrespeitospolticaspblicas, emoutromomento,focou-se a situao atual da televiso, do rdio, do jornal e da revista no Brasil,com nfase na rdio comunitria, como instrumento de incluso e integraosocial, assim como os audiovisuais como o cinema e o vdeo, como veculosextrafronteiras promotores da economia e da cultura, e as mdias interativas,comoainternet, ocelular eosvideogamesemsuasamplasmodalidades,propiciando a autonomia, participao e colaborao.E ainda dedicou-se umespao para a TV digital cuja implantao no Brasil caminha a passos lentos. Foram feitas as consideraes finais. Fechou-se o trabalho com a referncia deobras utilizadas na pesquisa e disponibilizou-se alguns anexos tidos como teispara a complementariedade de algumas idias expostas no decorrer do texto. 2 O QUE SO AS MDAS Mdiaumtermousado parareferenciarumamploecomplexosistemadeexpressoecomunicao.Literalmenteotermomdiaoplural demeioeatualmenteo usamos quando nos referimosaos suportes de difuso eveiculao de informaes como o caso do rdio, da televiso, do jornal; epara gerar informaes como o caso da mquina fotogrfica, da filmadora, do9gravador de som. A mdia pode ser impressa, eletrnica ou digital. A palavraescrita, o discurso oral, o som, a imagem esttica e a imagem em movimentoformam o substrato da mdia. Nesse trabalho ser usada a terminologia "mdias no plural, no intuito de tornaroconceitomaisamploeflexvel, paradestacar ostraosdecadaumdosmeiosdecomunicaosocial ecaracterizar aculturaqueseconstri nostrnsitos, intercmbios e misturas entre esses diferentes meios, ampliando aspossibilidades de interatividade do homem com o homem e do homem com amquina, transpondo limites de tempo e de espao. Pode-se estar em muitoslugaresaomesmotempo, independentedolugaremqueseestdevidoadisseminao dos recursos informacionais e comunicacionais nmades,portteis e semfio, facilitando a troca de informaes, possibilitando acomunicao em tempo real.As mdias significam uma srie de instituies, cada qual com sua ideologia epoltica prpria, produtos ou tecnologias, e ainda comumprocesso demediao no qualtodos so agentes e destinatrios.Referem-se a todos oscanais por onde passam notcias e informaes de carter pblico usando paratal recursos de som, imagem, movimento, cores e texto. So veculos capazesde promover informaes e educao, favorecendo a comunicao entreusurios, entre governantes e governados. Pode servir ainda como mediadorde umdebate entre diversos atores sociais, estimulando a resoluo deconflitos por meios democrticos; um meio para o autoconhecimento individuale da sociedade, com o poder de favorecer o esprito de comunidade moldandoacompreensodevalores, costumesetradies, atravsdaveiculaodaexpresso cultural. E pode ainda promover a transparncia na vida pblica edenunciar a corrupo e os privilgios dos detentores do poder, da improbidadeadministrativaeoscrimesdainiciativaprivada. Epodeseruminstrumentocapaz de aumentar a eficincia econmica, garantir eleies livres e justas, edefender o ator social, quando respeita valores pluralistas. Essas mesmas mdias podem prestar-se para reforar o poder de interessesparticulareseexacerbar desigualdadessociais, excluindovozescrticasoumarginalizadas, podendo at mesmo promover o conflito e a segregaosocial. Pode-seclassificarasmdiascomoimpressa, eletrnicaedigital.Asmdiasimpressas e eletrnicas so de carter informativo, e as mdias digitais tm emsua especificidade a interatividade. Nas mdias impressas: jornal, revista,outdoor, livro, bula, folheto, cartaz, carto de visita, mapas, fotografia, desenho,pintura, grafite. Nas mdias eletrnicas: televisoanalgica, rdio, cinema,vdeo. E nas mdias digitais: a internet, o telefone, o celular, o videogame e aTVdigital, queseriamasmdiasquepossibilitamaparticipaoefetivadousurio. Acaracterstica das mdias impressa e eletrnica o reflexo, ainterao,seriaauniversalidadecomtotali#ao[5]. Sodiscursosimpostos,um poder vertical hierarquizado e autoritrio. J nas mdias digitais, encontra-se a possibilidade de reflexo, o cultivo da autonomia. Seria a universalidadesem totali#ao[6], com a possibilidade de dilogo. So mdias cominteratividade, isto , permitem ao usurio mudar, em tempo real, o fluxo lgico10dasinformaesgeradasetransmitidas. Umpoder horizontal, emredeeconsensual. preciso estar preparado para uma anlise crtica questo ideolgica dasmdias, paraosriscosdemanipulaopoltica, comercial epublicitria. preciso saber discernir casos em que a mdia incita, ainda que de forma sutil, eprincipalmente, o dio com base em etnia, sexo, gnero, religio ounacionalidade; assim como saber perceber quando h um discursotendencioso, por fatores polticos, econmicos ou sociais. Denunciando sempreessa publicidade e propaganda que usam da espetacularizao das estrelas,dascelebridades, omitodosiluminadosquetranscenderamacondiodehumanos necessitados e miserveis, com a finalidade de se produzirconsumidores atravs de matrias expressivas de natureza verbal, iconogrficae verbo-iconogrfica, vendendo segurana, status, liberdade, fraternidade,justia, atravs da admirao, da surpresa e do fascnio, usando de recursossensacionalistas. preciso estar atento para esse tipo de jornalismo que se serve deintermedirioentre osinteresses econmicos, eas audincias, que fabricaminformaes por encomenda, fazendo dessas um instrumento de propagandapara produzir lucro, manipulando o pblico sob remuneraes publicistas.Essas empresas miditicas esto sempre prximas dos governantes parausufruir das regulamentaes e gozar de subsdios considerveis. Para tantodeixamdeser espelhodarealidadeparaseremco-produtoresdamesma,fazendoaagenda, colocandooproblemaeagitandoodebate, atravsdasmdias impressas (jornais e revistas), e das mdias eletrnicas (rdioeteleviso), equemuitasvezesfazempartedeummesmoconglomeradomiditico. preciso ter em mente ainda o grau de liberdade de imprensa existente onde areferidamdiafoi produzida. Hregulaodessesmeiosdecomunicao?Quais as leis que regem essa regulao? Qualo grau de democracia dessepas? Um Estado democrtico em relao aos meios de comunicao social aquelecapazdepreservar aliberdade, independnciaepluralidadedessesmeios;seminterferncias polticas einfluncias corporativas, fomentando a livreexpresso, garantindo a livre circulao de informaes, respeitando adiversidade de vises e interesses da sociedade. Capaz de promover odesenvolvimento do setor miditico, no permitindo a concentrao de podernas mos de poucos, assegurando a alocao de recursos de formatransparente e igualitria. E favorecendo o acesso a essas tecnologias suapopulao. UmEstadocomprometidocomointeressepblicoasseguraodireito das emissoras e dos usurios, primando sempre pela variedade e pelaqualidade tanto tecnolgica como de contedos, pois estes representam hojedesenvolvimento e riqueza de uma nao. Os contedos so os criadores deriquezas econmicas e culturais de umpas. Por isso necessita-se dequalidade, diversidadeecriatividadedesses, paralevar valor agregadoaousurio. E pensando em termos de globalizao, preciso fortalecer o apoio sindstriasdecontedoparaqueseevitequeumspasmonopolizeessa11indstria abrindo campo totalizao das ideias. As tecnologias da informaoconstituem hoje um dos elementos mais dinmicos da economia mundial. Dessa forma se tem contedos diversos, programas com cobertura geogrficanacional e regional, programas independentes, sem monoplios econmicos oupolticos, garantindo a liberdade de receber e divulgar informaes. E ainda umEstado capaz de polticas pblicas que mantenham e fortaleam ainfraestruturadacomunicao, dainformaoedaeducaopromovendo aintegrao social. No h como desvincular a cincia da educao, da cinciada informao e da cincia da comunicao, pois o formato da educao atualexigequesesaibalidar comadiversidadedas informaes, acessando,selecionando, sintetizando;eque setenhacapacidade paracompartilharosconhecimentos construdos. Estrutura-se e configura-se os conhecimentosatravs das informaes e experimentos e do compartilhar dessesconhecimentos que se aperfeioa o saber contribuindo para oaperfeioamento do saber do outro e do saber coletivo. Para Martins (2010) so princpios gerais que devero nortear o trabalho deregulaodasmdiasnoBrasil: estmuloconcorrncia, competio, inovao; respeito aos direitos dos usurios e sua privacidade; proteo aosmenores, cultura nacional e regional; e produo independente. No campo da educao, essas mdias podem servir como ferramentapedaggica, tanto os aparelhos como o que neles se propaga, com o objetivodemelhoraraeducaonosaspectosqualitativosequantitativos, sejaparaacessar ouveicular informaes, sejaparaacomunicao, ouaindaparautiliz-las em cursos de ensino ou educao a distncia, ou mesmo campanhaseducativas. E acima de tudo usar esses canais para um intercmbio com todaa comunidade escolar de uma determinada unidade de ensino. um fenmenodeinteratividadequeestacontecendoedoqual separticipantenefito,buscando compreender e inventando utilizaes inovadoras. incontestvel opoder dasmdias, tantoparapromover aculturacontemporneacomosuautilizaonapromoodaparticipaoativadocidadonasociedade. Socanaiscapazesdepromover aticaeacidadaniadeformacolaborativaatravsdabidirecionalidadeemultidirecionalidade, emexpressescriativas,emprol de uma vivncia democrtica. So meios de comunicao, deexpresso da opinio e da criatividade pessoais. Mesmo as mdias maiselementares, que procuram negar qualquer espao de participao ao usurio,no podem impedir que o mesmo reflita consigo mesmo ou com seus pares,partilhando interpretaes a respeito do material veiculado pela mesma,questionando o grau de verdade ou mentira ali apresentado, at que ponto ideologiaoumaterial manipuladoroutendencioso. precisotercapacidadeparadiscernirmensagensdecarterdominante,deoposio, ouabertasnegociao de ideias. Na era das novas tecnologias o valor est na qualidade da informao, comboas fontes informativas, e que estas sejamchecadas antes de seremveiculadas, independente da plataforma em que publicada. A mentira podeestar tanto nasmdias emergentesquantonas mdias tradicionais,cabeaos12usurios o discernimento do que verdade, realidade, imaginrio, exagero ousensacionalismo. Recebe-se uma avalanche de informaes atravs dos meios de comunicaosocial que ocupam um lugar cada vez mais significativo na paisagem culturalreal evirtual davidadaspessoas, atravsdeimagens, sons, movimentos,cores e textos, pelos mais diferentes canais. Ficam as interrogaes: como ascrianas, os jovens e os adultos recebemessas informaes? Tem-secompetncias suficientes para analisar, refletir, cruzar dados, questionar,assumir posicionamentos, confrontar ideiasedialogar deformaprodutivaeinteligente com todo esse material miditico? Astecnologiasdainformaoedacomunicao(TCs) trazemconsigoadigitalizao, a interatividade tcnica e possibilidades virtuais de interatividadesocial que vm reafirmar a necessidade do respeito multiformidade cultural.Essas tecnologias aguam a sede de aprendizagem, mostrando que muito setem a aprender, e de maneira deleitosa que se constri conhecimentos todosos dias por meiode dados einformaes que trafegampelos meios decomunicao social. E essa prtica vai promover espontaneamente aconstruo de uma conscincia crtica de ouvintes, usurios, produtores,leitores, falantes e escritores; comunicando, produzindo e difundindoinformaes, nessenovocampodacomunicaoedainformaoquesedescortinacomoadventodaweb. Ecomaintegraoeconvergnciadasmdias,oferecendo possibilidades de uma comunicao aberta participaoe interveno, informao e entretenimento, de forma sofisticada a um grandepblico, sem exigir muitos requisitos dos usurios, possibilitando a construode umaintelincia coleti"a[7] e o cultivo da autonomia, numa realidade virtualque favorece a simulao da constituio do su2eto[8]. Ea constituio dosujeitose d atravs da linguagem e da comunicao na relao com o outroe consigo mesmo,e na vida real que se coloca comsegurana edeterminao, porque o virtual pode representar a simulao da realidade semmedo, quando no representa a prpria realidade. Ainternet est revolucionando uma srie de setores econmicos e esttornando-se um elemento de grande importncia nos campos social,educacional, cultural, econmico e poltico. Nunca antes volumes to grande dedados, informaes, e servios estiveram disposio dos cidados, e cadavez mais, comofenmeno comoqual sedepara nos dias de hojedaconvergncia das mdias. Novas formas de comunicao esto sedesenvolvendo ea participao em gruposde interesse abertaa todos. Ainternet apresenta um mundo novo e curioso, com entretenimento,oportunidade de educao, informao e comunicao. Novas formas depensar,trabalhar,divertir-seeaprender. Eesseecossistemacomunicativoeatuante favorece uma relao colaborativa entre seus usurios. E papel deumgovernodemocrticofacilitaroacessodapopulaoaessaferramentaeducacional, informacional e comunicacional. Umamaiordisponibilidadeecirculaodeinformaes: bancosdedadosepublicaessobreasvriasfasesdeprocessosgovernamentais, taiscomo,licitaes, coletas de tributos, execuo oramentria, etc., podem possibilitar13uma sociedade mais participativa e atuante no campo poltico, com cidadosmelhorinformadosemaiscrticos, confiantesnasuaidentidade. Ogovernopoder utilizar a internet para explicitar compromissos com suas comunidades,possibilitar a participao do cidado nas decises governamentais, inclusiveoramentrias. sso pode contribuir para a emergncia de novos padres degovernana, incrementando as relaes entre cidados, organizaes dasociedade civil e governos. Emsuma poder-se- construir uma gestodemocrtica atravs da transparncia das aes governamentais, o quepossibilitar a criao de uma relao de confiana entre os governados e seusgovernantes, dando legitimidade s aes desses segundos. Da mesma formaasmdiastmpoder eforaparaasustentaodesistemasdegovernosautoritrios. 2.1Mdias informativas Asmdiasinformativas podemserclassificadasemimpressase eletrnicas.Na categoria demdias impressas teremos jornal, revista, outdoor, livro, bula,folheto, cartaz, cartodevisita, mapa, fotografia, grafite; enacategoriademdias eletrnicas, televiso analgica, rdio, cinema, vdeo. A caracterstica das mdias impressa e eletrnica o reflexo, a interao,seriaa universalidade comtotalizao. So discursos impostos, no nos dopossibilidade de interatividade, apenas nos inteiram de determinado assunto,no nos dando possibilidade de uma reflexo, de uma resposta instantnea.So autoritrias. 2.1.1 Televiso, Rdio, Jornal e Revista No Brasil atualmente existem, segundo o site Donos da Mdia, 9.477 veculosdecomunicao, quesoosmeiosdecomunicaosocial queoperamemdiversos suportes: Televiso (DTH, TVA, , MMDS, TVC, TV), Rdio (OM, FM,OC, OT, RADcom), Jornale Revista. So de natureza estatal(vinculadas aopoder executivo, judiciriooulegislativo), privadaoupblica; vinculadascomunidade, ou com vnculo educativo, ou igrejas. So 834 empresas ligadas modalidade televisiva, 3.962 ligadas aoserviode radiodifuso, 1.013 namodalidade de jornais impressos, e 1.260 na modalidade de revistasimpressas. E as rdios comunitrias so em nmero de 2.408. Esses veculosdecomunicaoestoespalhadospor todooterritrionacional commaiorconcentrao na regio sudeste. Uma das principais justificativas para o surgimento das rdios comunitrias odesejodecombater amanipulaodasnotciasdivulgadaspelasgrandesempresas de comunicao e apresentar um outro lado das minorias sociais. Eainda segundo o autor acima citado, atualmente, dentro da ideia decomunicaoalternativa, existeumagamademeiosquediferememseuformato, mas que tm como objetivo comum serem uma alternativa aos meiostradicionais: os sites pessoais, os blogs; os jornais de circulao pequena; osfanzines; asrdioseTVscomunitrias; chegandoatmesmoapropostascomo o grafite em metrs e muros. 14Para se conseguir autorizao para funcionar uma rdio comunitria tem quese passar por uma burocracia e a principal causa da demora que grande ademanda por espao, pelo fato do espectro radioeltrico nacional estarsaturado, essatemsidoajustificativadosrgosoficiaisemconceder aslicenas. H ainda limites que restringema operacionalidade das rdioscomunitrias, pois determina a Lei de Radiodifuso Comunitria (Lei 9.612/98)que uma rdio comunitria deve representar legalmente uma iniciativa formadapor umacomunidadesemfinslucrativos, coibindoassimanunciantes. Sempropaganda, comoasrdioscomerciais, asemissorasdevemoperar comajuda da comunidade, ou atravs de apoio cultural. O sentido dessapublicidade o mesmo das emissoras comerciais, mas para fins legais deveser difundida como um "auxlio de uma empresa ou anunciante para incentivoda proposta cultural da emissora. A emissora comunitria que vender espaosemsua grade fechada. Contudo, os principais motivos que levamaofechamento das rdios se do nos quesitos de alcance e potncia, pois essamesma lei determina ainda que a antena transmissora de uma rdiocomunitria no deve ultrapassar de 30 metros de altura. O raio de alcance noespectroeletromagnticodeveserigual ouinferioramil metros, apartirdaantena. A rea de cobertura de apenas 1km de raio, o que reduz o conceitodecomunidadeaaspectosmeramentefsicos, tudoissoporquerestringeoalcance da emissora a um espao inexpressivo, alm de excluir ascomunidadesruraisaoservio. Ostransmissoresdevemfuncionar com25watts. Tambmspodemoperaremumafrequnciaestabelecidaemcadacidade. Mesmo contendo todos esses quesitos devem aguardar a concessodo Ministrio das Comunicaes. Chegou-se at mesmo a alegar que as rdioscomunitrias, devidoainterfernciaseletromagnticasdasondas, poderiamprovocar at queda de avies, a que o Senhor Luiz ncio Lula da Silva, aindaquando presidente da repblica, afirmou que o problema no so os avies esim os"tubares[9]. Outra dificuldade se encontra na proibio de operar em rede, o que impedeque micro-comunidades artificialmente limitadas a 1 km de raio possam buscararticulaes e se comunicar, como uma comunidade real, com outrascomunidades, bem como divulgar seus interesses, necessidades ereivindicaes, como tambm realizar intercmbio de informaes diversas.A coibio ao funcionamento das rdios comunitrias ainda vista como umatentadodemocraciaeoacessoirrestritoinformao. OsagentesdaPolcia Federal compreendem aes de combate ao crime, quandorequisitados pela Anatel, rgo que fiscaliza as rdios comunitrias. Soapreendidos equipamentos e at prises so determinadas, gerando situaesque determinam ainda mais a aparncia de atividade criminosa para as rdios. Muitodaimagemcriminosaligadasrdioscomunitriaspeloserviosempresas de pequeno porte, que no tm capital para investir em empresas deradiodifuso maiores. Esse servio onde as empresas ajudam comunidadede alguma maneira, em troca de divulgao visto pelas rdios comerciaiscomo um mercado concorrente. As rdios de grande porte se sentem lesadaspor perderem clientes que "deveriam comprar seus servios de radiodifuso15comercial, alm do receio de perder audincia da comunidade onde as rdioscomunitrias esto localizadas.As rdios comunitrias so instrumentos de incluso social, e a comunicaoexercidapor essesveculoscomunitriosfuncionacomointegradorasocial.Fala-se a linguagem local, com sotaque local, e de problemas locais, fazendocom que os usurios se identifiquem, possibilitando a constituio do sujeito e,portanto, pessoas seguras e participativas, com opinio prpria. Seria interessante que cada escola possusse a sua rdio comunitria,organizada pelos prprios estudantes, num dilogo constante com acomunidade local, ou mesmo uma rdio interna que funcionasse nos intervalosnoptiodaescola. Assimcomoumjornal comcirculaonacomunidadeescolar, um site, um blog, todos elaborados pelos prprios estudantes. 2.1.2 Audiovisuais ParaLopes(2011) aspolticaspblicasnosetoraudiovisual, noBrasil, nosltimosanos, tmimpulsionadoocinemabrasileiro, comavalorizaodenossos bens culturais, o incentivo produo e difuso.Afirma o autor: "A descentralizao de recursos voltados para a Cultura permitiu umalcance e uma democratizao no fazer cultural com apoio pblico semprecedentes: dosmaisconsagradosprodutoresdoeixoRio-SPaospequenos grupos do terceiro setor (como o Ponto de CulturaMovimentoCultural ArteManha, deCaravelas, Bahia), oacessoapolticas definanciamentotornoupossvel umarealidadeprodutivacadadiamaisprofcua. Muitolongedoquepossvel ser, masalguas de distncia do que j foi (LOPES, 2011). Houve no Brasil uma poltica, num passado bem prximo, no incio da dcadade 90,que acabou com os principais rgos reguladores do cinema brasileiro:a Embrafilme, Conselho Nacional de Cinema (Concine), Fundao do CinemaBrasileiro; e ainda reduziu o Ministrio da Cultura a uma simples Secretaria deEstado, ligada ao Gabinete da Presidncia. "As leis de incentivo produo eexibio, a regulamentao do mercado e at mesmo os rgos encarregadosde produzir estatsticas sobre o cinema no Brasil foram extintos, com base naautorregulamentao do mercado, sem interferncia do Estado, abrindo dessamaneira, de forma indistinta o mercado audiovisual s especulaesinternacionais sem reservas mnimas de produo local.Dessa forma a captao de recursos para a realizao de novos filmes tornou-se invivel, o mercado interno no comprava a ideia e os investidoresestrangeirossequertomavamconhecimentodoqueestavasendoproduzidoaqui. Foi somente com a promulgao da lei 8.685/93, a Lei do Audiovisual quepermite o investimento em produes nacionais pela via da iseno fiscal, queocinemanacional temumnovoimpulso,produzindo filmesqueresgatamaidentidade nacional. Embora existam filmes e vdeos extremamente comerciais,o cinema e vdeo so as mdias informativas com mais possibilidades de arte.Voltando Lei do Audiovisual, pode-se observar que a empresa que patrocinao filmefazsua propagandacom dinheiro pblico,uma vezquetemisenofiscal paraisso. Quemdetmospoderesdaproduocinematogrficano16Brasil so os departamentos de marketing das empresas patrocinadoras, soeles que determinam em quais filmes investir. O governo banca com o dinheiropblico, mas no decide. E os produtores cinematogrficos ficam nas mos dosdiretores e gerentesde marketing deempresas multinacionais, tendo muitasvezes que amenizar argumentaes para adequar-se viso do marketing deuma empresa.Para Pfeiffer (2011), o Brasil com seu extenso territrio abriga diversas formasde expresso cultural. A natureza, a miscigenao e a forma como ocorreu onosso processo de colonizao so responsveis pela formao de diferentesidentidadescomdiferentessotaques, expressesculturaisesonhos. Cadaregio desenvolveu e consolidou suas tradies culturais. Contudo adesigualdade na distribuio de renda entre as diversas regies so causas defalhassociaiseculturais, devidoapolticaspblicasquebeneficiammaisauma regio que outra. E esse desnvel econmico uma das principais razesparaoatrasosocial ecultural. Eessapobrezacultural devidoafaltademeioseconmicosedecaminhoseducacionais.Paraaautoraaeconomiacinematogrficanopasaindafunciona, emparte, artesanal efragmentada,carente de bases comerciais slidas e refm de polticas governamentais, queterminam por dificultar a consolidao de uma indstria e seu fortalecimento ecrescimento. Aconcentraoeconmicaecultural, educacional, cientficoetecnolgico, localiza-se no eixo Rio - So Paulo. Hoje a leide incentivo aosaudiovisuais permite que as empresas invistamemprojetos audiovisuais,podendo abater o valor investido no imposto de renda. Esse modelo contribuipara estimular o desenvolvimento do setor de produo do cinema nacional epossibilita ainda a sua prtica em estados onde antes a produo era quasenula, contudo a concentrao ainda uma realidade, pois cabe s empresasinvestidoras decidir sobre os projetos a serem patrocinados, e estas direcionamsuas verbas para projetos que oferecemalguma possibilidade de retornomercadolgico, seja atravs da presena de artistas midiaticamenteconhecidos ou da reproduo do discurso hegemnico ao qual o pblico estacostumado. Assim, na opinio da autora, para que surjam mercados culturais,aseconomiasdosestadosprecisamtambmsedesenvolver,deformaqueexistam condies mnimas de se criar um mercado produtor e consumidor. Denada adianta produzir sem ter quem consuma. Alnguaeaculturasoveculosextra-fronteiraspromotoresdaeconomia.Poucossoospasesqueconseguemescapar dahegemoniadosfilmeshollywoodianos. NoBrasil tantonatelevisoquantonassalasdecinemacomerciaisamaior partedosfilmesdeproduoamericana. OsEstadosUnidos dominam 90% do mercado mundial; com seus mitos imps seu ritmo ese tornou um poderoso instrumento de propaganda que civilizou o imaginriocoletivo. Leopoldo Nunes, segundo Ackermann (2011) afirma que: "A produo nacionalentraemcartazerapidamenteasdistribuidoraspressionamparaentrarumamericano. Semnenhumpudor, chantageiamos exibidores, que acabamcomprando pacotes comoito filmes ruins e dois bons.Esmail Xavier,segundo Ackermann (2011)contaque nos anos70 umgrandeexecutivo daindstriadeHollywood, visitouoBrasil parapressionarogovernobrasileiropara segurar o apoio dado ao cinema, ameaando, inclusive, com retaliao. 172.2 Mdias interativas So aquelas mdias que permitem ao usurio mudar, em tempo real, o fluxolgico das informaes geradas e transmitidas: internet, telefone, celular,videogameeaTVdigital. Essaspossibilitamaparticipaoefetiva, vamosencontrar a possibilidade de reflexo, o cultivo da autonomia. Seria auniversalidade sem totalizao, com a possibilidade de dilogo bidirecionalemultidirecional. Acontecem em rede e so consensuais.

2.2.1 nternet e Celular De acordo como BGE, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra deDomiclios(Pnad 2008), a rede mundial de computadores acessada no Brasilpor umapopulaodeindivduosmaisjovememaisescolarizada, omaiorpercentualrecaisobre jovens de 15 a 17 anos de idade. Quanto s regiesbrasileiras o percentual de usurios de 40,3% no Sudeste, 39,4% no Centro-Oeste, 38,7% no Sul, 27,5% no Norte, e 25,1% no Nordeste. Quanto ao localde onde se acessa a internet em primeiro lugar do prprio domiclio, seguidode centros pblicos e lan houses, e em terceiro lugar vem o local de trabalho. Amaior parte das pessoas a utilizapara se comunicar com outras pessoas, epara atividades de lazer.Assim, nonorteenonordeste, poucomaisdeumquartodapopulaousuria da rede de computadores, e o sudeste, e o centro-oeste, e o sul comumarepresentatividademaior.Contudonenhumaregioconseguecomquemetade de sua populao seja usuria da rede de computadores ainda. As pessoas de classes de rendimento mensal com mais de 5 salrios mnimos,representam 75,6% dos usurios, ao passo que os que esto na faixa dos semrendimento a do salrio mnimo representam uma populao de 13,0% deusurios. Dos que acessaram a nternet no domiclio, 80,3% o fizeram somenteatravs de banda larga; 18,0%unicamente por conexo discada e 1,7%atravs das duas formas. Mais da metade dos brasileiros (53,8%) tem telefonecelular, o que representa uma populao de 86 milhes de pessoas, sendo quecerca de 38,6 milhes de brasileiros tm o celular como nico telefone para usopessoal. Grandepartedosusuriosdainternet noBrasil temacessobandalarga,contudo que a banda larga oferecida no a das mais potentes se comparadas de outras partes do mundo.2.2.2 Videogames Para Curi (2011) o discurso escolar baseado emlivros ignora os jogoseletrnicos, cotidianamentepresentesnaculturaaudiovisual decrianasejovens. Os videogames vm recebendo as mesmas acusaes que sofreramnopassadoosquadrinhos, orock, ocinemaeateleviso. Amaioriadosprofissionaisdaeducaodespreparadaparalidarcomastecnologiasdecomunicaoelazerquefazempartedarotinadosestudantes. Para Alves(apudCuri)fundamental queosadultosinterajamcomouniversodessagerao que nasceu imersa no mundo tecnolgico. Para a autora importantecompreender essa linguagem que emerge das diferentes telas do computador,18do celular, da televiso, entre outras; para se poder teruma relao dialgicaentreasgeraes. precisocapacitar-separapoderanalisaressematerialpedagogicamente em seus aspectos tecnolgicos, de contedos, suasnarrativas e observar o impacto no comportamento dos jogadores e aspossibilidades desse material ser usado em ambientes educativos eprofissionais, atravs de projetos e estudos que visem incorporar os jogos emambientesdeaprendizagem. Paraumintercmbiomaior daspesquisasemjogoseeducaoprecisoreunirprofissionaisdasreasdatecnologia, dainformao, da comunicao e da educao.Umdosproblemasnacriaodejogosparaaeducaoofinanciamentodessaproduo, poisjogoseducativosnogeramdinheiro, essesrecursosprecisam vir do governo, disponibilizando verbas para os centros acadmicos ede pesquisas em jogos educativos, com o objetivo de desenvolver prottiposconceituaisdeentretenimentoeducacional interativo. Enososomenteosjogos que recebem a chancela de "educativos que servem para educar. ParaSoniaSette, segundoVieira(2011) "softwaresoftware, educativosomosns , pois so os educadores que determinam as possibilidades de uso dossoftwares na educao, de acordo com as necessidades de cada momento. Osjogos de simulao e estratgicos permitem o exerccio do planejamento, daantecipao, do controle e da previsibilidade. Os jogos desenvolvemoraciocnio lgico tanto dedutivo como indutivo, alm de desenvolver a intuioe, em consequncia disso a criatividade. Os jogos movimentam o crebro emdedues, indues e intuies. Abrema possibilidade de aplicabilidadedessas hipteses levantadas pelas diferentes formas de raciocnio, para logo aseguir confirmar ou refutar essas suposies, dando incio novamente a todo oprocessonumanovasituaovirtual, contribuindoparaumraciocniomaisrpido e eficiente. Um ambiente propcio ao cultivo da autonomia onde o sujeitoconstri o seu conhecimento coletivamente, de forma participativa ecolaborativa. E como todas as mdias, esses jogos tm tambm seus aspectos ideolgicos,propagandsticos, e mais uma vez precisoestar preparado para uma anlisecrtica questo ideolgica, em relao aos videogames, sejam os chamados"educativos ouos"no educativos,para osriscosdemanipulaopoltica,comercial e publicitria. Para os casos de incitamento ao dio com base naetnia, sexo, gnero, religio ou nacionalidade, e ao discurso tendencioso porfatores polticos, econmicos ou sociais, no os proibindo, mas denunciando-ose dialogando sobre, para que se possa aprender a refletir as mdias.O videogame um tpico inerente ao campo da comunicao, porque toda acriao de contedo simblico-cultural um problema relevante ao campo dacomunicao, sejam as narrativas fechadas ou abertas, independentemente darede de distribuio ou da plataforma de viabilizao de consumo. A produode games no Brasil insignificante, com relativa competncia na produo edificuldade na distribuio. A receptividade do mercado interno maior para osprodutos importados e os custos de lanamento e distribuio no Brasilpossuemtaxas tributrias que excedem100%. E ainda a formao deprofissionais especializados recente e os cursos de Comunicao queatendems produes digitais tmumnmero reduzido de profissionaisinseridos no mercado. Faltam roteiristas, poucos so os desenhistas19conceituais e reduzido o nmero de profissionais de animao e modelagem3D, assim como o nmero de programadores de games.Pesquisa da Newzoo[10] aponta que hoje no Brasil tem-se aproximadamente 35milhes de jogadores que exigem qualidade cada vez maior, em tempo cadavezmenor.OBrasil o4maiorpasdomundoparaaindstriadejogosdigitais, em termos de consumo. Os novos formatos esto crescentemente prximos dos audiovisuaisconhecidos de longa data, seguem roteiros, possuem personagens com perfilelaborado e esto visualmente cada vez mais parecidos comcinema eteleviso, contando at com o recurso da terceira dimenso (3D).Osvideogamestrazemconsigoumafascinantemanifestaocultural, muitomais rica e complexa do que aquilo que apresentado pela mdia informativatanto impressa quanto eletrnica pela sua interatividade, e com possibilidadesde arte. 2.2.3 TV Digital De acordo com decreto presidencialpublicado no Dirio Oficialda Unio, naedio de n 231 de 27/11/2003, por ocasio da instituio do SistemaBrasileiro de Televiso Digital (SBTVD), so os principais objetivos do acesso aessa tecnologia: promover a incluso social, a diversidade cultural e a lngua,visando democratizao da informao; propiciar a criao de rede universalde educao distncia; e estimular a pesquisa e o desenvolvimento em prolda expanso de tecnologias brasileiras e da indstria nacional relacionadas tecnologia de informao e comunicao.A TVdigital permitirverinformaesdetalhadasdosprogramas, responderperguntas, conhecer melhor os produtos e servios para compra, e ainda teracessoainformaessobreserviosdogovernoedeutilidadepblicanomomento que se desejar. Enfim, uma mdia com interatividade. Durante umprograma poder-se- verificar as ltimas notcias, os indicadores econmicos eaprevisodotempo, utilizandoparatal apenasocontroleremoto. umfenmeno de integrao e convergncia das mdias. Hoje assiste-se televisocom o notebook do lado ou o celular nas mos buscando complementao dasinformaes veiculadas nessa mdia, na internet. Sobre pessoas, fatos, cinema,etc. A TV digital dispensar esses apetrechos.2.3 ntegrao e convergncia das mdiasO processo de convergncia das mdias vai oferecer extraordinriaspossibilidadestantodopontodevistadadifusodainformaoquantodoponto de vista da produo e difuso cultural, e da democratizao deoportunidades e exerccio da cidadania. E ainda promove a economia, gerandocrescimento, emprego, rendaeaumentandoaarrecadaodeimpostos. Adigitalizao, a internet e a convergncia das mdias implicam na queda doscustos de produo de forma significativa. As fronteiras entre telecomunicaese radiodifuso vo se dissolvendo, gerando uma srie de possibilidadesinformacionais, comunicacionais e educacionais. A comunicao acompanha e interliga-se ao desenvolvimento das tecnologiasdainformaoe dacomunicaoe assiste-se aoprocessodeconvergnciadas mdias. Busca-se hoje uma nova forma de se ficar informado. As20notciascirculam em todos os meios de comunicao socialconvencionais eemergentes, e ambos os meiosvm utilizando de ferramentas adicionais nointuito deestabelecervnculocomaspessoasquedeixamdeserleitoreseespectadores para seremusurios, participantes ativos na comunicao,capazesdecontribuir noprocessoprodutivo. Ecomessaconvergncia, sepode escolher a interface que melhor convm: ver, ouvir ou ler. Assiste-seaconfluncia de culturas, costumes e interesses, provocando mudanassignificativas de comportamentos sociais, culturais, econmicos e polticos. Aera digital proporcionou umnovo padro de pensamento e atitudes nocomportamentohumano. fcil nosdiasdehojebuscar asmaisdiversasinformaes em tempo real devido a convergncia dos meios e a interatividade.Sovriastecnologiasquesefundem: sistemasdeudio, TV,computador,rede de computadores, telefonia, etc. As plataformas de informaodisponibilizamserviosdevoz, imagem, dados, eminstrumentosmveisoufixos. As empresas de comunicao esto integrando suas plataformastecnolgicas atravs de alianas estratgicas com seus concorrentes, os meiosaudiovisuais associam-se estrategicamente com empresas detelecomunicaes, ouvice-versa, parapoderemoferecerserviosdigitaisoucanais de televiso interativas. Vive-se dessa forma uma convergncia no stecnolgica, masaindaeconmica, social, cultural eglobal. Astradicionaismdiasdemassa como TV, rdio,jornais,revistasestoconvergindo paraainternet.Bostelmam, se referindo ao aparato tecnolgico diz: "...Eles esto,s vezes, toincorporadosaocotidiano,que nemmais so observados, de forma a serem vistos como novidade. Porexemplo, os computadores pessoais (PCs) e todos os seusagregados, como cmeras, suporte para guardar dados (CD,pendrives etc); a telefonia mvelque oferece muito mais recursosdo que falar ao telefone; o correio eletrnico ou emails ; a nternet etodasassuasfunes(websites, wiks, transmissodeudioevdeo, listas de discusses); a TV por assinatura; as tecnologias quepermitem a captao e tratamento de imagens e sons (foto, vdeo,TV, som digitais); e as tecnologias de acesso sem fio ou wireless(WiFi, Bluetooth, RFD). (BOSTELMAM, 2009) Essas tecnologias vo permitir uma comunicao bidirecional e multidirecional.As pessoas ficam integradas e interligadas, enviando e recebendoinformaes, interagindo uns comos outros semque necessariamentepartilhem domesmo ambiente, independentede tempo e espao, numnovoformato de relao social, em uma geografia virtual em forma de teia, que semodificaatodoinstante, deacordocomseususuriosdomomento, numacomunicao colaborativa e participativa desierarquizada, libertas das formastradicionaisderelaessociais.Asempresasjusamessesrecursosparanovas solues estratgicas de marketing, para a competio mercadolgica, eaescolapodertambmus-losparaaproximaracomunidadeescolar,eainfluenciar o entorno da escola no somente com ideias, mas que essas ideiaspossam contribuir de fato para a transformao da infraestrutura do ambientedessa comunidade escolar, que essas ideias revertam em qualidade de vidapalpvel, criando vnculos pessoais e sociais comos estudantes, e seus21familiares. Fica aqui a crtica de que at agora a escola somente se preocupouem colonizar a comunidade escolar, catequizando-a, no intuito de fazer de seushabitantes indivduos dceis e conformados, obedientes e submissos,prestativoseservis, fceisdeseremmanejadospelosgovernantesepelospatres. A escola precisa parar e olhar em seu entorno, e respeitando aquelesque ali vivem, tentar ajudar aconstruir ummundo melhor, pela reflexo,visando uma melhor qualidade de vida para todos. Os novos canais ou redesde comunicao facilitam a difuso de conhecimentos e experinciasviabilizando resultados mensurveis. O investimento em tecnologiasemergentes pode vir a dar bons resultados tanto econmicos comoeducacionais, visando um melhor ensino tanto escolar quanto acadmico (queno deixam de implicar no econmico) com a democratizao das ferramentasde produo e distribuio. 3.A EDUCAOEODESENVOLVMENTODECOMPETNCASNA ERADAS CONEXES preciso desenvolver competncias na utilizao das mdias eletrnicas,impressas e digitais, e para isso algumas questes devem ser observadas portodos:Como cada um desses meios de comunicao social trabalha? Como cada um desses meios de comunicao social organizado? Como cada um desses meios de comunicao social produz sentido? Como cada umdesses meios de comunicao social percebido pelosdiferentes pblicos? Como cada um desses meios de comunicao social utilizado nos diferentescontextos socioculturais? Qual a ligao que h entre esses diversos meios de comunicao social? Quem so os donos desses meios de comunicao social?Essa mdia capaz de ser fiel situao real do pas?Ser que um estrangeiro capaz de ter uma idia realdaquele pas atravsdas mdias nele produzidas?Essas questes investigadas podero ajudar a desenvolver, libertar edemocratizar acomunicao,apartir dareflexodecadaumedocoletivo,construindo dessa forma uma sociedade de indivduos crticos, independentese participativos, capazes de desvendar intenes de significados nesseuniverso de valores durante as atividades sociointeracionais, com umacompreensoresponsiva, concordandooudiscordando, rindo, emocionando-se, aplaudindo ou refutando.Para se interpretar o material miditico identificando a sua funo social (paraque serve, com que finalidade foi escrito, por quem, para quem, de que lugar,etc.), pode-se comear fazendo a seguinte anlise:Quem produziu esse material? Qualfuno esse produtor exerce na sociedade? Com qual objetivo esse material foi produzido? Em que pas esse material foi produzido? Essa mdia capaz de ser fiel situao real de um pas? Em que lngua esse material foi produzido? Em que ano essa mdia foi produzida? Em que realidade poltica foi produzida essa mdia? 22Em que formato essa mdia foi produzida? Esse material foi produzido para ser veiculado em que tipo de mdia? Essa mdia foi produzida para que tipo de usurio? Quaisrecursosverbaisenoverbaisforamutilizadosnaproduodessematerial? Qual o argumento central dessa mdia? Quaisosestmulosracionaiseemocionaisexplcitosouimplcitoscontmnesse material? um material informativo, humorstico, aterrador, ertico, educativo? Tem carter cientfico ou artstico? H discurso tendencioso por fatores polticos, econmicos ou sociais? H algum incitamento ao dio com base em etnia, sexo, religio ounacionalidade?Esse material informa, entretm, ensina, educa ou influencia? Esse material consegue atingir o seu objetivo comunicativo? Essa mdia possibilita a interatividade? Qual a sua classificao etria[11]? Por qu? (violncia, sexo, palavreado,drogas permitidas, drogas no permitidas, inverso de valores). Veja aClassificao indicativa sobre a faixa etria para a qual obrasaudiovisuais(programao de TV, filmes, DVD, jogos eletrnicos e deinterpretaoRPG) noserecomendam. AClassificaovinculaafaixahorria etria na televiso). (anexo 1) primeira vista o rol apresentado acima parece demasiado longo, contudo aoser utilizadoconstata-selogodeincioasuasimplicidadeepraticidade. Eessas questesajudaro a refletir, cruzar dados, questionar, assumirposicionamentos, confrontar ideias e dialogar de forma produtiva e inteligentecomas mdias. Ea partir desses questionamentos outras interrogaespoderosurgir embuscademaioresesclarecimentos. Oquadro(anexo2)poderfacilitar olevantamentodosdados, parapoderemser confrontadosposteriormente, podendoaindaser adaptadoparacadarealidade, oucadamomento. Professoreseestudantesfarojuntosdescobertasinditasnessecampo de estudo das mdias, ao iniciar uma anlise sistematizada do materialem estudo. Essesmeiosdecomunicaosocial exigemnovascompetncias, etrazemnovasmaneirasdeaprender, usandoainformaoeacomunicaocominteratividade, de forma transversaleinterdisciplinar[12]. Elas exigem mtodospedaggicos ativos, com maior participao de todos e uma relao maior como mundo exterior. sabido que quando a comunicao acontece outrasfunes so postas em movimento esclarecendo identidades, contribuindo paraa constituio do sujeito e aflorando conhecimentos que por sua vez instigaromais comunicao, em um moto contnuo. E na opinio de Martins (2010) ondese tem liberdade de imprensa se quer mais liberdade de imprensa, onde se temalgumasvozesfalandosequer maisvozesfalando, ondesetemopiniesexpressando, sequermaisopiniesseexpressando, ondesetempessoasproduzindo cultura, se quer mais pessoas produzindo cultura. Oprogresso tcnico no campo das telecomunicaes e da informticarevolucionou a vida social e afetou de forma considervel o mundo do trabalho,as prticas culturais e o processo educacional, reafirmando o direito liberdade23de expresso, ao acesso informao e a participao na vida cultural e nasdecises polticas que todo ser humano deve ter. Possibilitando um viver maistransparente numa sociedade ubqua, pervasiva e senciente, enfraquecendo omoralismo e fortalecendo a tica. Mello[13] (apud Ghilardi-Lucena 2010), dir que "uma notcia de jornal conduz aum filme, um seriado de televiso estimula a leitura de um livro, um programaderdioincitaaudiodeumdisco, umfilmemotivaacompradeumfascculooudeumarevista. Dessaformater-se-cidadosinstrudosqueexigiromelhor qualidadedaprogramaodosveculosmiditicos, poisaprpriaindstriamiditicaestruturadasegundoasregrasdaeconomiademercado, procurando captar os anseios dos consumidores eatuando emconsonncia com as suas expectativas. Quanto maior for a competio entreos produtores, mais benefcios usufruir a populao. "Ler o discurso da mdia condio para a insero do sujeito nasociedade e na Histria de seu tempo. O acesso leitura umbem cultural deve ser oportunizado a todos os cidados. Ler apalavraescrita, apalavraoral, apalavrano-dita, implcitanocontexto ou em uma imagem, e depreender o sentido que emanadefatores lingusticos e extralingusticostorna-se prioridadenaescola efora dela. Oanalfabeto, hoje, no simplesmenteaquele que no sabe ler ou escrever, mas o que nocompreende os textos que o circundam. (Ghilardi-Lucena, 2010) Um pblico receptor com melhores condies materiais, culturais eeducacionais, ecomacessoaumamelhorinformaotantoemtermosdequalidade quanto de diversidade ter mais capacidade para uma leituraindependentedasinformaes, formandoopinioprpriaeparticipandodeopinies pblicas. Assimas mdias democratizadas podero servir comoinstrumentoindispensvel paraviabilizar aesferapblicadeformaampla.Analfabetos em audiovisual tendem a ser objeto de manipulao por aquelesque tm domnio desses recursos de sons e imagens, e os usam para a forade convencimento e seduo; podendo ainda ser vtimas de excluso.Para McLuhan (apud Kellner e Share 2010) a educao deve se libertar destecurrculoseparadopor disciplinas, e"mudar totalmenteparaquehajaumainter-relao de conhecimento. Vive-se um momento de transio etransformao, um perodo paradigmtico. Desloca-se da cultura modernista doclculo para a cultura ps-moderna da simulao. Do raciocnio lgico para aintuioqueacapacidadeinterior deperceber possibilidades. Dopodervertical, hierarquizado e autoritrio, para o poder horizontal emrede econsensual. Espera-se com Habermas que a razo saia do invlucroinstrumental, deixando de ser instrumento de dominao, poder e explorao,emfavordeaescomunicativasaliceradasnainteratividadepormeiodalinguagem. uma revoluo cientfica, exigindo novos mtodos, novastcnicas, novos instrumentos de investigao, novas crenas e novos valores.Formas inditas de ver o mundo e de viver no mundo. preciso descondicionaro olhar e entrar em sintonia com a nova ordem.Atravs das mensagens miditicas no dia-a-dia formula-se pensamentos,adapta-se modos de vida, defini-se relaes pessoais e interaes sociais, seja24atravsdeoutdoors, letreirosluminosos, mensagensemcelulares, pagers,internet, e muitos outros meios. imprescindvel nos dias de hoje que se tenhacapacidade para desconstruir as mensagens veiculadas nesses meios decomunicao social para compreender como se opera a formao de opinio,gostos e valores.Nocampovisual tem-sequedesenvolver habilidadesquedsuporteparainterpretar simbolismo de imagens visuais estticas e emmovimento eentenderseusimpactosnaaudincia. Nocampomiditico, habilidadesparaentendercomoosmeiosdecomunicaosocial trabalhamnaproduodesignificaes e como esses meios esto organizados. E ainda habilidades paraentender como os apresentadores, escritores e produtores de textos econtedos audiovisuais integram contextos particulares e so influenciados poraspectos pessoais, sociais e culturais.3.1 O currculo e a competncia do professor Entende-se aqui por currculo todas as aes da escola, desde a forma comonela se penetra todos os dias, a mobilidade, o espao, o tempo, as atividadesali desenvolvidas, a relao entre os sujeitos que ali transitam, at o momentoda sada desse espao.Todas essas aesfalam desse currculo, atravs devozes, de silncios, de gestos, de atitudes. O que se espera que o mesmoesteja vinculado s prticas sociais, polticas e econmicas, cultura, histria, evidadetodosqueali transitameutilizamdesseespaoparaaprenderem juntos num compartilhar de problemas e conhecimentos em buscade solues, num pensar Freiriano, num respeito aos conhecimentoscotidianos, trazendo para esse ambiente a reflexo sobre o papel de cada umno mundo como sujeito ativo na transformao de seu contexto e na melhoriadas condies de vida. E o currculo no se esgota nas dimenses fsicas de sala de aula, e isso muito claro, hoje, para todos aqueles envolvidos com o processo de ensino-aprendizagem. A internet, livros, revistas, jornais, filmes, etc. Tudo isso vem acomplementar o currculo e vaiat mesmo alm do currculo formatado pelaunidade de ensino. A escola precisa repensar o seu tempo, o seu espao, suasatividades,suasrelaes, asua estruturafsicae organizacional. E issofaztempo que se fala e se ouve falar, e muito pouco se tem feito nesse sentido. Passa-se horas em reunies administrativas e pedaggicas discutindodisciplina, mtodosetcnicasdeensino, preocupa-semaiscomquestesmorais que ticas, no se fala em desmontar a estrutura espacial eorganizacional, emprol deumambientemaisflexvel, produtivoeeficiente.Nessas estruturas no se toca. E a escola continua selecionando, excluindo,embora o seu discurso seja de incluso social. Mudou o discurso e a prticacontinuou a mesma. Segundo Bittencourt (2003), antes, somente uma pequenaelite possua o privilgio de frequentar uma escola, depois todos podiamingressar na escola, contudo alguns eram expulsos, proibiu-se a expulso, arepetncia provocou a evaso, acabou-se a repetncia, e aqueles mesmos queantes no tinham a oportunidade de ingressar em uma escola, saem dela semsaber ler ou escrever e para a autora isso no significa uma fatalidade, masuma postura poltica. Para que essa incluso acontea necessrio se faz umaaprendizagem significativa, com participao ativa de todos os envolvidos noprocessodeensino-aprendizagem. Oprofessor ummediador doprocesso,25aquele que est atento s necessidades dos estudantes, sugerindo-lhescaminhos na construo do conhecimento. papel do professor, mediarprocessos de construo de saberes ecompetncias contribuindopara oflorescer de seres autnomos, independentes, autodidatas. Para tanto precisa-se de professores comhabilidades de autoria, inovadores e audaciosos,capazes de transformar a infraestrutura da comunidade em que atua atravs daconscincia crtica de seus moradores, fazendo-os refletir sobre o seu entorno,seus direitos e deveres de cidados para uma melhor qualidade de vida paratodos. O papel da escola o da reflexo (e esse um fundamento socrtico), aao ficapor conta dapopulao queter capacidade, dessa forma, dedialogar e negociar, de forma comprometida, participando ativamente dastomadasdedecises. Ebastaseconseguir essefeitocomumagerao,porque aprendizageme desenvolvimento so instncias interdependentes,paraqueessamentalidadesejapotencializadaepropagadaparaasoutrasgeraes. Precisa-sedeumaaprendizagemsignificativaagora, paraquesepossa internaliz-la e fazer uso em seu contexto social. Os estudantes precisam saber fazer levantamento de material necessrio parasua pesquisa, fazer a seleo desse material levantado, sintetizar esse materialemumtextoeacimadetudosaber compartilhar esseseuconhecimentoconstrudo usando os mais diversos recursos da cincia, da arte e datecnologia para que o ensino atenda os campos cognitivo, afetivo e social. Epara tal o professor tem que ter todas essas competncias para poder orientarcom preciso. O trabalho com projetos envolvendo as mdias e as tecnologiaspodem ajudar nesse processo. E pode-se dessa forma trabalharsistematicamente de forma presencial, a distncia e semi-presencial, primandopela interatividade em quaisquer das modalidades. 3.2 A pesquisa pedaggica E a pesquisa pedaggica poderauxiliar nesse empreendimento que alm doempirismo da observao da sala de aula, ela pode recorrer a estudoshistricos, antropolgicos, psicolgicos, sociolgicos eoutros. Oobjetodeestudoasaladeaulaemumavisomaisampladentrodaescola. Essareflexo atravs da anlise e interpretao do fenmeno vai contribuir para umensino-aprendizagem de melhor qualidade.O objetivo compartilharconhecimentos e experincias e desenvolver competncias e autonomia,atravs da realidade cultural, econmica e poltica. Possibilitar a convivncia nasala de aula com a diversidade, com novas formas de avaliao ecompreenso da realidade social. Nesse processo o professor um aprendiz,um mediador e um facilitador de processos educativos, valorizando hipteses eexperimentos. Essa experincia pode vir a solicitar um redesenho da sala deaula e da escola, tanto no campo fsico como no estrutural e organizacional. A pesquisa pedaggica envolve todo um processo de observao emprica dasala de aula, a reflexo do observado e vivenciado, a documentao dessasexperincias, edevebasear-seemteoria, contemplarasdiversasreasdoconhecimento. Elapossui todas as caractersticas das demais pesquisas,sendo um meio de construo do conhecimento.26Edefundamental importnciaqueessapesquisasejasistematizadaemprojeto: escolher umtemaquedeveter asuadelimitao, ter claraasuajustificativa do porqu da escolha do tema, levantar hipteses, eleger objetivos,apresentar de forma clara o detalhamento do seu desenvolvimento, explicitar oprocessodecoletadedados, descrever comoserefetuadaaanliseeinterpretao dos dados, e por fim elaborar um relatrio que contemple todasesses quesitos.3.3 A leitura do mundo grfico e fotogrficoE ainda, preciso se ter capacidade para leitura do mundo grfico e fotogrficotanto quanto se tem do mundo tipogrfico, fazendo a leitura do campo estritodo objeto, que nada mais que a descrio da cena que se tem diante dosolhos. Logo a seguir, usando de conhecimentos prvios e da cultura,contextualizar essas informaes objetivas da descrio, euma leiturasubjetiva da imagem, que o campo contextual. E a partir desse momento amenteremete a outros momentos semelhantes que j se viveu, reconhecendoe rememorando. E esse smbolo que a imagem passa a ter um significado,que fala aontimo, ao reforar uma ideia. O treino de uma percepo visualaliada ao capital cultural podeajudar na leitura de uma imagem, mesmo semmuito conhecimento tcnico sobre a fotografia ou a pintura. Essa prtica podeajudar na participao, colaborando e competindo globalmente, e para isso nobasta ser apenas consumidor crtico, preciso aprender a ser produtor, comhabilidades depesquisa;habilidadestcnicas tantono campodalinguagemquanto no campo da tecnologia que potencializamos conhecimentos esaberes. Socompetnciascomunicativasquepermitemacessar, analisar,avaliar ecomunicar, externandodesejosecriandorepresentaesprprias,desafiando a opresso e fortalecendo a democracia. Sabendo distinguirmensagem dominante, de mensagem de oposio e mensagem denegociao. Soosdenominadosusurios(aquelesquesabemfazer usopleno desses meios de comunicao social, recebendo e enviando, criando eproduzindo as mais diversas mensagens e nos mais variados formatos). Hoje j possvelse ter uma outra relao com as mdias, seno aquela daindstria cultural, ao enxergar o dilogo que nela existe, e a possibilidade dedilogo que h entre os dominantes e os dominados, encurtando a distnciaentreeles. As mdias reproduzemosocial, mastambmtmpoder paratransform-lo. E de acordo com o pensamento do socilogo espanhol ManuelCastells em sua obra A era da informao Vol. : o poder da identidade (2001)osdominanteseosdominados, essasduascategorias, sexistirocomomodelo, poisentreessesdoisextremoshumagamainfinitadegraudedominao. O materialmultimdia apresenta-se em uma linguagem que exige raciocniosdedutivos,indutivos eintuitivos, pois um materialpolimrfico,polivalente epolissmico que requer sensibilidade para diferentes leituras, interpretaes epercepes das complexas imagens, cenas, narrativas, significados emensagens, favorecendo sempre a busca de uma autonomia crtica, deindivduos que se preocupam uns com os outros, se envolvem em questessociaisetrabalhamjuntosparaconstruir umasociedademaisigualitriaemenos opressiva, buscando solues para a brutalidade policial, adesigualdade de recursos educacionais, as ms condies habitacionais e de27sade pblica, a corrupo, etc. Poder ter voz ativa para lutar por justia social,transformandoasociedadeemumademocraciamenos opressivaemaisigualitria. 4 AS POLTCAS PBLCAS NA ERA DAS CONEXES Assim, incumbnciadaescolaampliaroconceitodeletramento, trazendoparadentrodeseuambienteosdadoseasinformaesquecirculamnasmdias, pois esta a mais sofisticada leitura de mundo nos dias de hoje, comseus mltiplos formatos. preciso conhecer comprofundidade os vriosveculos miditicos para que se possa ter condies de critic-los e usufruir deseus benefcios, alm do desenvolvimento da capacidade de produzir materialmiditico para se podercombater a iniquidade, a misria e o terror, em favorda liberdade de imprensa, pois esta s existe em um ambiente poltico-socialsem corrupo,sempobrezaesemmedo.GrandearesponsabilidadedoEstado-democrticoemrelaoaosmeiosdecomunicaosocial. umaquesto econmicaque diz respeito repartio de reas ou cruzamento dereas entre grupos econmicos e setores, e uma questo que diz respeito comunicao e democracia, criando oportunidades participao poltica e produo cultural. Se por um lado os avanos tecnolgicos criam novas possibilidades para o livrefluxo de dados e de informaes, o uso de redes sociais e o ativismo global;por outro lado as empresas e governos ampliam seu controle sobre os meiosde comunicao social, restringem o fluxo de dados e de informaes, quandono os manipulam maldosamente, e apropriam-se dessas novas ferramentaspara seu lucro prprio e controle, custa da livre expresso e da democracia,anulando a democracia participativa, fazendo da poltica umespetculomiditico, numa batalha de imagens, na perspectiva de formar consumidoresdceis, passivos e conformados; por outro lado podem possibilitar a construode um modo de vida mais participativo, integral, descentralizado e inclusivo emque exista espao para as pessoas poderem construir opinies com base naracionalidade do melhor argumento sem influncia do poder dominante, umademocracia deliberativa, direta, plebiscitria e com formao de opinio pblicaatravs das mdias e da reunio do pblico.Teorias, conceitos e valores da modernidade evoluram desde a sua passagemdo clssico para o moderno, e essas teorias, conceitos e valores,transmutampara novas teorias, novos conceitos e novos valores. Sorevolues cientficas, a que Khun (2003) vai denominar de paradigmas. Assimademocraciarepresentativaalcanaoseuaugenamodernidade, nosesuportando maisna ps-modernidade, devidoaos seus vcios acumulados esustentada por atitudes de corrupo e autoritarismo. dessa forma que seassiste ao advento da democracia participativa, que por sua vez est vivendo oseu processo evolutivo. Ao mesmo tempo em que a interaotransmuta-se eminteratividade, oreflexo emreflexo, auniversalidadecomtotalizaoemuniversalidade sem totalizao. Dessa forma o espectador e o clientetransformam-se em usurios, e o os consumidor em cidado. A competio dlugar colaborao e cooperao. O ser passivo torna-se ativo, criativo eparticipativo. A mdia torna-se multimdia. Da informao unilateral e bilateral, ainformao multilateral, a ampliao da possibilidade de comunicao, a28conectividade. Otextoagorahipertexto. Omundovai poucoapoucosetornando transparente, as relaes verticalizadas se horizontalizam, a estruturapiramidal setransmutaemteiaquefavoreceadesconcentraodopoder.Caem os modelos ditatoriais e o autoritarismo substitudo pela negociao demaneira desideologizada. As disciplinas estanques buscam ainterdisciplinaridade. Ser alfabetizado j no suficiente, preciso ser letrado ecomunicar-secomflunciaemumambientemultimdia, fazendofloresceraliberdadedeexpressoquedlugaraorespeitodiversidadecultural eamultiformidade, contribuindo para o fim da opresso. Na educao o foco deixade ser a sala de aula para cair sobre a comunidade escolar, a pedagogia deeventos d lugar pedagogia de projetos. O clculo d lugar simulao, oraciocniolgicointuio. Seantesvivamosa"certeza, hojevivemosadvida. Os partidos polticos do lugar s ONGs. Oquadroabaixonoajudaravisualizarapassagemdeummomentoparaoutro: 29

! E5O.&(O ! "OE)%$!E Democracia representativanteraoEspectador cliente - consumidor UnilateralidadeDependnciaCompetioCpia modelo nico - uniformidade ReflexoAlfabetizaoDisciplinarAutoritarismo opresso imposio dominao explorao - manipulaoPassivoMdiaVerticalidadedeologiaAlienao fatalidade - dennciaSem liberdade de expressolegitimidadeUniversalidade com totalizaoEspao de sala de aulaVeladoValores nicosLinearConcentrao de poderMonopolistaClculoSem opinio prpriaRaciocnio lgicoHierarquiaColonizar - CatequizarCertezaPartidos polticosAusteridadencomunicabilidadeResignao - cautelaPedagogia de eventosCapitalismo socialismo comunismo

R )E5O.&(O ! *SS-"OE)%$!E Democracia participativanteratividadeUsurio cidado produtor autor co-autorMultilateralidadeAutonomiaColaborao - cooperaoCriatividade diversividade -multiformidadeReflexoLetramentonterdisciplinarNegociao dilogo consenso -igualdadeAtivoMultimdiaHorizontalidadeDesideologiaParticipao - propostaLiberdade de expressoLegitimidadeUniversalidade sem totalizaoComunidade escolarTransparnciaValores pluralistasRede - teiaDesconcentrao de poderSem monopolismoSimulaoCom opinio prpriantuioDesierarquiaConscientizar-seDvidaONGsFlexibilidadeComunicabilidadeAudciaPedagogia de projetosAnarquismoQuadro 1. Da modernidade ps-modernidade. A realidade ainda outra, mas comea-se a aprender a participar, a dialogar.nicia-se a sociedade da informao e da comunicao, passando dalinguagem oral para a linguagem escrita, e da qual somos leitores e produtores(de smbolos, imagens, cones, luzes, cores), e esta mais bem elaborada, 30mais responsvel, menos senso comum, com mais embasamento cientfico,eque amultimdiaatornatambmmaissensveleclaracomseusamplosrecursos. uma linguagem racional e sensvel, imbuda de tecnologia e arte. Eesseopapel dosprofessores, informadoresecomunicadoresnesseatualmomento:denunciar a burocratizao e mercantilizaodo espao pblico, e amanipulao que as mdias exercem nesse sentido. Esses meios decomunicaosocial democratizadosedesmercantilizadossoinstrumentosindispensveisparaademocratizaodaopiniopblica. Eastecnologiastelemticas criamcondies materiais propcias para o funcionamento daesferapblicaampla, ativaecomnovoscanaisdedemocraciadiretacommecanismosrepresentativos, participativoseplebiscitrios, dessaformaosconsumidorespassamaserusurios, apartirdomomentoemquetenhamcapacidade suficiente para fazer uma leitura com autonomia e racionalidade dapublicidade e propaganda veiculada nos meios de comunicao. Eessapublicidade e propagandaperdem a capacidade de manipulao, eganhaademocraciaparticipativaemdetrimentodemocraciarepresentativa. umautopia desejvel e possvel. E nesses oito ltimos anos, no governo do senhorLuiz ncio Lula da Silva tem-se umbomavano no que diz respeitodemocracia participativa no Brasil, viabilizando espaos e formas departicipaodapopulaonasesferaspblicas: polticaspblicasparaasmulheres, indgenas, negros, quilombolas, segurana pblica, desenvolvimentoagrrio e urbano, e que teve o seu pice com a eleio de uma mulher paraocupar o cargo de presidente da repblica.Asmdiaspodemviraterumpapel fundamental paraaefetivaodeumaopiniopblica ativa euma autntica esferapblicapolticamassiva. E issotudo no dado, conquistado, negociado, atravs de mobilizaes sociais,presso e confrontos. E a transformao deve partir sempre da sociedade civil,nesse espao plural, aberto participao, e de respeito s demandas de seuspblicos.Para Dirceu(2011) oimpacto das novas tecnologias na comunicao demassas de uma revoluo. No s a internet, mas as novas tecnologias emgeral estomudandoopanoramadacomunicaonoBrasil enomundo.Tecnologias descentralizadas e multidirecionais interativas. Aformao deopinio se d agora de uma forma horizontalizada. Aamplitude dessarevoluo ainda no se pode avaliar, porque vive-se nela, e muito recente.Alguns governos podem at tentar impedir a organizao de massa, do pontode vista tecnolgico, mas muito difcil controlar, porque se criam alternativas.A rede praticamente incontrolvel e essa a sua grande vantagem. SegundoositeDonosdaMdia, noBrasil, oSistemaCentral deMdiaestruturadoa partirdas redes nacionais de televiso. Mais precisamente, osconglomeradosquelideramascincomaioresredesprivadas(Globo, Band,SBT,RecordeRede TV!), ediretaouindiretamentecontrolamosprincipaisveculos de comunicao no pas, contrariando os princpios democrticos quetm como um de seus fundamentos o pluralismo das fontes de informao. Eainda, namaioriadosestados, humnmeromnimodegeradorasdeteleviso. Encontra-se certa diversidade nas capitais dos estados da federao,mas nointeriordoBrasil,osmunicpioscontamcom umamdiadeapenasduas ou trs programaes distintas. As demais redes precisam ser captadas31via satlite ou por meio de retransmissoras, que em sua maioria no inseremcontedo local. O contedo que chega a quase a totalidade dos municpios geradoexclusivamenteemcidadespaulistasefluminenses. Das33redesnacionais de TV identificadas, 24 esto sediadas no estado de So Paulo e 2no estado do Rio de Janeiro. Amaior concentraodasRedesnacionaisdetelevisonoBrasil estnoestadodeSoPaulo. LogoaseguirvemoestadodoRiodeJaneiro. Einsignificante as redes nacionais de televiso localizadas no restante dosoutros estados brasileiros.Damesmaformaordio, veculoessencialmentepopularelocal, voltadoprestao de servios, transformou-se em uma importante fonte de poder noBrasil a partir da composio de redes nacionais, que na maior parte dos casosreproduzem a influncia dos conglomerados de mdia na TV. Grande parte dasredesderdionoBrasil originriadosgruposquecompemoSistemaCentral da Mdia, sediadas no eixo Rio - So Paulo. Essas emissoras regionais,conectadasporsatlite, conseguemdistribuirsuaprogramao, emhorriosespecficos, para diversos estados. 5 CONSDERAES FNAS Algumas proficincias so necessrias nos dias de hoje, na era da informaoe da comunicao, tais como: saber acessar uma informao, sersuficientementeletradoparacompreender umainformao, ter capacidadepara fazer uma anlisecrtica da informao, saber fazer uso prticodainformao, e saber produzir uma informao de maneira comunicativa, comfluncia, para poder socializar os conhecimentos, e poder rev-lo aps opiniesde outros numa atitude dialgica. inegvel a importncia das mdias na vidasocial: rdio, televiso, vdeo, cinema, internet, celular,jornal, revista, etc.Aconstruodacidadaniaspoderacontecer comaapropriaocrticaecriativa das mdias, pois elas so partes integrantes na produo, reproduo etransmissoda cultura contempornea, e no somente comfunodecontrole social, mas tambm geram novos modos de perceber a realidade, deaprender, deproduzir edifundir conhecimentoseinformaes, contribuindopara uma sociedade autnoma e colaborativa. As mdias informam, entretm,educam e influenciam. Na educao elas podero ser usadas como objeto deestudo e como ferramenta pedaggica: educao para/com/sobre/e pelasmdias. Elasfazempartedavidadapopulao, semdvidaalgumaumaesferapblica, hojemaisdoquenuncacomoepisdiodaweb. Ebomreforar aqui a importncia desses meios de comunicao social comoferramenta para a participao da comunidade escolar na vida da comunidadeem que est inserida, atravs de jornais elaborados dentro das escolas pelosestudantes, ou de rdios comunitrios, ou mesmo atravs de sites e blogs nainternet, que falamdas potencialidades e limitaes desse espao, comperspectivas de melhor aproveitamento dos primeiros e superao dossegundos. A reflexo conjunta desse espao comum pode vir a trazer soluespara uma alterao profunda de sua estrutura, remodelando-o, traando novosrumos ambientais e sociais, melhorando o nvel de vida, alcanando condiesprsperas. 32Contudo, para se trabalhar com as mdias no interior das unidades escolares,nobastamudar apenasosmtodoseastcnicasdeensino, precisotransformar toda a estrutura fsica, humana e organizacional da escola,horizontalizando-aehumanizando-a. precisorepensar osespaoseostempos escolarese daescola,espaose temposhode sermais flexveis,muitas vezes dependendodaatividade, 50minutos podemser poucooupodem ser demais, dependendo da atividade, esta pode ser feita em casa, nabiblioteca, nasaladeinformtica, nolaboratriodecincias, naquadradeesportes, ou no auditrio.Necessrio se faz romper coma hierarquia existente no interior do ambienteeducacional, trabalhando com colegiados ao invs de diretores, coordenadoresde rea ao invs de supervisores, dar autonomia para o professor, repensar oseutempoeconfiar emsuacapacidadetcnicaepolticadeadministrar,planejar, executar, avaliar, orientar. E quanto organizao da sala de aula, precisoacabar comessasmesasumaatrsdaoutra, substituindo-aspormesasredondasemqueosestudantesestejamemconstanteinteratividadecomseus pares, uma vez que nosso objetivo a comunicao e aparticipao. Esse formato inclusive vem a facilitar o trabalho de limpeza dassalas. Essas mesas individuais tomamtempo e so responsveis pelodesgastedeenergiadopessoal dalimpeza, causandoinclusivelesesporesforo repetitivo. Trabalhar numa estrutura de salas-ambientes, e claro, aboliro livro didtico, e trabalhar com as mdias no dia-a- dia, tanto em anlise comoproduo das mesmas. Se em determinado momento da histria, a educaoteve necessidade de recorrer ao livro didtico por falta de material, hoje no mais o caso, pelo menos emalgumas regies do pas. ummaterialextremamente limitado diante do material miditico que se tem a disposio. Aintroduo dos recursos miditicos far com que, naturalmente, o livro didticoganhe o status de obsoleto. Trazer para dentro do espao escolar o rdio, ateleviso, o vdeo, o cinema, jornais do dia, revistas da semana, e a internet;incentivar osestudantesaproduziremumardio, vdeos, jornais, revistas,blogs, flogs, vlogs, sites; esses recursos que vo possibilitar que o trabalhona escola acontea em tempo real, e tenha, portanto, um sentido de verdade,privilegiando a reflexo e o senso crtico e criativo dos estudantes eprofessores, deformaprticaenosterica. Porqueoqueacontecenaestrutura escolar atual que o discurso um: democracia e participao, e aprticaoutra: semdemocraciaesemparticipao. Comoalgumpodevivenciardemocraciaepraticaraparticipaoemumambientedesseondeimpera a incomunicabilidade? Apenas se reproduz o social arcaico. "Uma aoisolada, segundoSoares(2010)"nomodificaasrelaesdecomunicaonumambientemarcadoporprticasautoritriasdecomunicao. precisoqueaescolatodaestejadispostaapromover acomunicao, comtodaacomunidadeescolar, emprol dacidadania. Jnobastamaisvivenciar acidadania apenas dentro dos muros da escola, se que isso acontece. Paraque as instituies de ensino tenhamsentido na nossa sociedade atual,precisamter capacidadedemodificar seuentornodeformarespeitosaaosvalores locais, e no como colonizadoras, agindo como se fossem iluminadostratando com seres sem luz, formando indivduos, colocando-os na forma, paraseremseresdceiseconformados, parasuportar asinjustiasdosistemasocial, resignadamente.A escolaprecisadeixaressamentalidadedeformarindivduos e assumir a responsabilidade de transformar o social ao seu33entorno, atravsdainformao, dacomunicaoedareflexo. Eesseosentido mais profundo da Educao Fiscal, que de acordo com o artigo 16 dasDiretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental, Resoluo7/2010 do Conselho Nacional de Educao (CNE) e da Cmara de EducaoBsica(CEB)[14] orienta que essa modalidade deva permear odesenvolvimento dos contedos da base nacional comum e da partediversificadadocurrculo.A EducaoFiscal pretendefazercomquetodosconheam seus direitos e deveres de cidado para poderem exerc-los em suaplenitude, visando uma melhor qualidade de vida para toda a populao.E no adianta implantar projeto algum dentro das unidades escolares enquantoas pessoas que ali trabalham continuarem com a mentalidade de pedagogia deeventos, abordando todos os assuntos de forma superficial, de carteralienante, limitados por um calendrio cvico e um rolde contedos a seremvencidosdentrodetemposeespaoslimitados. Umasupervisoradeumaescolapblica, aotomar conhecimentodocursodeMdias naEducaocomentou de pronto: "amanh dia do rdio, frase que bemilustra apedagogiadeeventosvividapelainstituioescolar: DiadoRdio, Diadondio, Dia da Libertao dos Escravos, e por a vai, e isso no acontece apenasnas escolas pblicas. Otr