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  Prof Alexandre Lima Cód 03 – 05/05/10 WWW.IAPCURSOS.COM 1 DIREITO PENAL TEMA DA AUL A: ERRO NO DIREI TO PENAL PROFESSOR RESPONSÁVEL: ALEXANDRE LIMA I – PREV ISÃO LEGAL: Código Penal Brasileiro Erro sobre elementos do ti po  Ar t.  20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. Descriminantes putativas § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. Erro determinado por terceiro § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro. Erro sobre a pessoa § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vítima, senão as da pessoa co ntra quem o agente queria praticar o crime. Erro sobre a ilicitude do fato  Ar t.  21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto a um terço. Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe era possível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência.  II – MAPA MENTAL:

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DIREITO PENALTEMA DA AULA: ERRO NO DIREITO PENALPROFESSOR RESPONSÁVEL: ALEXANDRE LIMA

I – PREVISÃO LEGAL:Código Penal Brasileiro

Erro sobre elementos do tipo Art. 20 - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previstoem lei.Descriminantes putativas § 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria aação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.Erro determinado por terceiro § 2º - Responde pelo crime o terceiro que determina o erro.Erro sobre a pessoa § 3º - O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou

qualidades da vítima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar o crime.Erro sobre a ilicitude do fato Art. 21 - O desconhecimento da lei é inescusável. O erro sobre a ilicitude do fato, se inevitável, isenta de pena; se evitável, poderádiminuí-la de um sexto a um terço.Parágrafo único - Considera-se evitável o erro se o agente atua ou se omite sem a consciência da ilicitude do fato, quando lhe erapossível, nas circunstâncias, ter ou atingir essa consciência. 

II – MAPA MENTAL:

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III – QUESTÕES DE CONCURSOS:

1. (Magistratura/RS – 2003) A e B caçavam marrecas. Emdado momento, A aponta sua espingarda na direção deuma marreca e dispara um tiro, vindo a atingir B queestava agachado a sua frente e que, apesar de alertado porA, levantou-se no momento do tiro. Concluída a instrução,

o juiz condena A por homicídio culposo, sustentando terocorrido:a) aberratio criminis  b) erro de proibiçãoc) erro de tipo essenciald) crime putativo por erro de tipoe) aberratio ictus  

2. (Magistratura/SE – 2008 - CESPE) Acerca do erro na leipenal brasileira, assinale a opção correta.a) O erro inescusável sobre elemento constitutivo do tipo legalde crime exclui o dolo e a culpa, se prevista em lei.b) O erro quanto à pessoa sobre a qual o crime é praticado nãoisenta o agente de pena, sendo consideradas as condições ouqualidades da pessoa contra quem o agente queria praticar ocrime.c) O erro sobre a ilicitude do fato é escusável, sendo que odesconhecimento da lei deve ser considerado comocircunstância agravante no momento da dosimetria da pena.d) É inimputável quem, por erro plenamente justificado pelascircunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse,tornaria a ação legítima.e) Quando, por erro na execução do crime, sobrevém resultadodiverso do pretendido, o agente responde por dolo eventual.

3. (Magistratura/SP – 2008) Após a morte da mãe, Arecebeu, durante um ano, a pensão previdenciária daquela,depositada mensalmente em sua conta bancária, emvirtude de ser procurador da primeira. Descoberto o fato, Afoi denunciado por apropriação indébita. Se a sentençaconcluir que a acusada (em razão de sua incultura, poucavivência, etc.) não tinha percepção da antijuridicidade desua conduta, estará reconhecendoa) erro sobre elemento do tipo, que exclui o dolo.b) erro de proibição.c) descriminante putativa.d) ignorância da lei.

4. (Ministério Público/ES – 2005) Dentre as alternativasabaixo assinale a falsa:a) Descriminantes putativas ocorrem quando o agente supõeque está agindo licitamente, imaginando que se encontrapresente uma das causas excludentes de ilicitude previstas emlei;b) O erro de proibição ocorre quando o homem não incorre emqualquer falsa apreciação da realidade, mas acredita que o fatonão é contrário à ordem jurídica;c) Erro invencível ou escusável é aquele no qual o sujeito nãoage dolosa ou culposamente, motivo pelo qual não respondepor crime doloso ou culposo;d) O erro de tipo, que incide sobre as elementares da figuratípica, exclui o dolo;e) Erro vencível ou inescusável é o que emana do dolo doagente, pois, para evitá-lo, bastaria a atenção normal do“homem médio”.

5. (Ministério Público/MA – 2002) Assinale a alternativaincorreta:a) O erro de tipo afeta o dolo enquanto que o erro de proibiçãoafetaa compreensão da antijuridicidade.b) O erro de tipo elimina a tipicidade dolosa e o erro deproibição invencível elimina a culpabilidade.c) Erro de proibição direto é aquele que recai sobre o

conhecimento da norma proibitiva.d) Erro de proibição indireto é aquele que recai sobre apermissão da conduta e que pode consistir na falsa suposiçãode existência de uma permissão que a lei não outorga, ou nafalsa admissão de uma situação de justificação que não existe;e) Não se admite a existência de erro de tipo nos crimesomissivos próprios.

6. (Analista – STF – 2008 – CESPE) Com base na partegeral do direito penal, julgue o item abaixo.Considere a seguinte situação hipotética.Lúcio manteve relação sexual com Márcia, após conhecê-la emuma boate, cujo acesso era proibido para menores de 18 anos,tendo ela afirmado a Lúcio ter 19 anos de idade, plenamentecompatível com sua compleição física. Nessa situação,constatado posteriormente que Márcia era menor de 14 anos,Lúcio não será punido por crime de estupro, tendo em vista quea jurisprudência do STF reconhece, no caso, o erro deproibição, que afasta a culpabilidade do agente.

7. (Analista – STF – 2008 – CESPE) Acerca de erro, julgue oitem abaixo.O desconhecimento da lei é inescusável, o que não seconfunde com erro de proibição, que é a ausência deconsciência do agente de que a conduta seja proibida.

8. (Analista – TRE/RN – 2005 – FCC) Considere ashipóteses abaixo.I – José, a título de cobrança forçada, subtraiu R$ 200,00(duzentos reais) pertencentes a João, porque este deviaàquele a quantia de R$ 500,00 (quinhentos reais) e alegavasempre que não tinha recursos para pagar essa dívida.II – Paulo subtraiu uma bicicleta pertencente a Marcos,julgando-a própria, uma vez que as bicicletas de cada um,praticamente iguais, encontravam-se estacionadas nomesmo local.

Pode-se dizer que, nesses casos, José e Paulo cometeram,respectivamente, os erros dea) proibição e de fato.b) fato e de proibição.c) direito e de execução.d) fato e acidental.e) proibição e de direito.

10. (TRE/MS – 2007 - FCC) Considere os exemplos abaixo:I – Casar-se com pessoa cujo cônjuge foi declarado mortopara os efeitos civis, mas estava vivo.II – Aplicar no ferimento do filho ácido corrosivo, supondoque está utilizando uma pomada.III – Matar pessoa gravemente enferma, a seu pedido, paralivrá-la de mal incurável, supondo que a eutanásia épermitida.IV – Ingerir a gestante substância abortiva, supondo queestava tomando um calmante.

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Há erro de tipo nas situações indicadas apenas ema) I, II e III.b) I e III.c) I, III e IV.d) II e III.e) II e IV.

11. (TCE/AL – 2008 - FCC) O erro sobre a ilicitude do fatoa) exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, seprevisto em lei.b) reflete na culpabilidade, sempre isentando de pena.c) exclui o dolo e a culpa.d) reflete na culpabilidade, de modo a excluí-la ou atenuá-la.e) extingue a punibilidade.

12. (TJ/PE – 2007 - FCC) Quanto ao erro sobre oselementos do tipo, o erro determinado por terceiro, o errosobre a pessoa e o erro sobre a ilicitude do fato, tratadosno Código Penal, é incorreto afirmar quea) o erro do agente sobre a ilicitude do fato, se inevitável,isenta de pena; se evitável, poderá diminuí-la de um sexto aum terço.b) é isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelascircunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse,tornaria a ação legítima.c) o erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado nãoisenta de pena o agente.d) não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e ofato é punível como crime culposo.e) o erro sobre o elemento constitutivo do tipo legal do crimenão exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo,ainda que previsto em lei.

13. (Magistratura/MG – 2009) Marque a alternativaCORRETA. O erro de proibição escusável, comoexcludente da potencial consciência da ilicitude, leva àabsolvição por exclusão da: a) Imputabilidadeb) Tipicidadec) Punibilidaded) Culpabilidade

14. (Magistratura/RS – 2009) Considere as assertivasabaixo relativamente ao erro sobre a ilicitude do fato.

I – O desconhecimento da lei penal é inescusável; noentanto, nesta hipótese, deve o juiz atenuar a pena docondenado.II – O erro de proibição, quando inevitável, isenta o agentede pena; se evitável, pode o juiz diminuí-la de um sexto aum terço.III – Considera-se evitável o erro de proibição quando oagente atua ou se omite por não ter se informado sobre ailicitude do fato, sendo-lhe isso possível, nascircunstâncias.Quais são corretas?

a) Apenas a I.b) Apenas a II.c) Apenas a III.

d) Apenas a I e III.

e) I, II e III 

15. (Magistratura/SP – 2009) Depois de haver saído dorestaurante onde havia almoçado, Tício, homem de poucocultivo, percebeu que lá havia esquecido sua carteira evoltou para recuperá-la, mas não mais a encontrou.Acreditando ter o direito de fazer justiça pelas própriasmãos, tomou para si objeto pertencente ao dono do

referido restaurante, supostamente de valor igual ao seuprejuízo. Esse fato pode configurar:a) Erro determinado por terceiro.b) Erro de tipo.c) Erro de permissão.d) Erro de proibição.

16. (Delegado /PI – 2009) Juan, 19 anos, argentinoresidente em Córdoba/Argentina, recebeu um convite deseu amigo Pedro, brasileiro, residente em Teresina, parapassar as férias no Delta do Parnaíba. Juan, entusiasmadocom a possibilidade de conhecer o Brasil, aceitou oconvite. Porém, Pedro, quando convidou o amigo, solicitouque trouxesse consigo 10 vidros de lança-perfume (cloretode etila), e Juan, tendo total desconhecimento de que estasubstância fosse proibida no Brasil, pois na Argentina talsubstância circula livremente, prontamente atendeu aopedido. Sendo Juan, em tese, apreendido com talmercadoria, que excludente é possível alegar a seu favor?a) A excludente é o erro de tipo inevitável, que afasta o dolo e aculpa.b) A excludente é o erro de tipo evitável, que afasta o dolo, maspermite a punição por culpa.c) A excludente é o erro de proibição, que afasta a ilicitude dofato.

d) A excludente é o erro de proibição, que afasta o potencialconhecimento da ilicitude do fato.e) A excludente é o erro na execução, que também é chamadode aberratio ictus .

17. (Delegado/RJ – 2009) Sobre a Teoria do Erro, analise asproposições abaixo e, em seguida, assinale a opçãocorreta. I – Em situação de erro determinado por terceiro, somenteresponderá pelo crime este terceiro.II – Em situação de erro provocado por terceiro, não sepune o provocador que agiu com negligência.

III – Incorre em erro de proibição quem, fundada econcretamente, julga atuar conforme o direito, por suporjuridicamente permitida sua atuação.IV – O cidadão holandês que, em sua primeira visita aoBrasil, desembarca com pequena quantidade de drogailícita para consumo pessoal, imaginando que tal fossepermitido entre nós, como em seu país de origem, incideem erro de proibição.V – Erro de tipo consiste na ausência ou na falsarepresentação da realidade, razão pela qual o agenteresponderá por crime culposo, se culpa existir (erroevitável) e desde que o tipo penal de que se trate prevejaforma culposa.a) Somente uma das proposições está errada.b) Somente duas proposições estão erradas.c) Somente as proposições IV e V estão corretas.d) Todas as proposições estão corretas.e) Somente as proposições I e IV estão erradas.

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18. O erro de tipo distingue-se do erro de proibição.Enquanto o primeiro exclui o dolo, o segundo afasta acompreensão da antijuridicidade. O erro de tipo dá-sequando o agente não sabe o que faz; o erro de proibição,quando ele sabe o que faz, mas acredita que não écontrário à ordem jurídica: o erro de tipo elimina atipicidade dolosa; o erro de proibição pode eliminar a

culpabilidade.Julio Fabbrini Mirabete. Manual de direito penal. 17.ª ed.Atlas, 2001, p. 171 (com adaptações).

Considerando o texto acima e as disposições legais acerca doserros de tipo e de proibição, julgue os itens que se seguem.

  _Considere a seguinte situação hipotética. Um médico,desejando matar um paciente, determinou que uma enfermeiraaplicasse no paciente uma injeção letal, afirmando tratar-se deanalgésico, ordem que foi prontamente cumprida. Nessasituação, a enfermeira agiu por erro de tipo determinado porterceiro.

  _Se o agente pretende subtrair algumas sacas de farinha deum armazém e, por engano, acaba levando sacos de farelo,nessa hipótese, há erro de tipo excludente do dolo.

  _Configura-se erro de proibição o erro verificado na legítimadefesa putativa, quando relativo à injustiça da agressão.

19. (MPU – 2004) O erro quanto à pessoa contra a qual ocrime é praticado:a) isenta o réu de pena, pois o agente visa a atingir certapessoa e, por acidente ou erro no usodos meios de execução, vem a atingir outra.b) não isenta o réu de pena; no entanto, as qualidades oucondições que contarão para qualificar ou agravar o delito,

serão as da vítima que se pretendia atingir e não as daefetivamente ofendida.c) não isenta o réu de pena, e o erro é reconhecido quando oresultado do crime é único e não houve intenção de atingirpessoa determinada.d) isenta o réu de pena, e ocorre quando o agente, por erroplenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação defato que, se existisse, tornaria a ação legítima.e) não isenta o réu de pena; no entanto, as qualidades oucondições da vítima efetivamente atingida é que contarão paraqualificar ou agravar o delito.

20. (Auditor Fiscal/PR – 2003) A inexistência dapossibilidade de conhecimento do ilícito exclui aculpabilidade, quando: a) ocorre erro inevitável sobre a ilicitude do fato.b) o agente age em legítima defesa.c) ocorre erro sobre elemento constitutivo do tipo legal.d) há erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado.e) há semi-imputabilidade do agente.