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HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO Prof. João Neto PERÍODO PRE COLONIAL O período pré-colonial do Brasil (1501 a 1530), é o período que v do descobrimento do Brasil pelosportugueses até o início do povoa e colonização efetiva do território com a expedição de Martim Afo Sousa (1532). O período foi marcado pelos primeiros contatos com os indígenas, por expedições exploratórias e de patrulha portugue choques com corsários, principalmente franceses, que competiam pe exploração do pau-brasil e o domínio sobre a terra PERÍODO COLONIAL Brasil Colônia ou Brasil colonial foi o período colonial brasilei definida pelahistoriografia, em que o território brasileiro era e uma colônia do império ultramarino português. Foi marcado pelo in povoamento (fim do período pré-colonial brasileiro, em 1530) e nã do descobrimento do Brasil pelos portugueses, [1] se estendendo até a sua elevação a reino unido com Portugal, em 1815. Sistema romano-germânico Civil law O sistema romano-germânico é o sistema jurídico mais dissemi mundo, baseado no direito romano, tal como interpretado pelo glosadores a partir do século XI e sistematizado pelo fenôme codificação do direito, a partir do século XVIII. Pertencem romano-germânica os direitos de toda a América Latina, de to Europa continental, de quase toda a Ásia (exceto partes do O Médio) e de cerca de metade da África. Em diversos países de tradição romano-germânica, o direito é organizado em códigos, cujos exemplos principais são os códi francês e alemão (Code Civil e Bürgerliches Gesetzbuch, Página 1 de 22

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HISTÓRIA DO DIREITO BRASILEIRO PERÍODO PRE COLONIAL O período pré-colonial do Brasil (1501 a 1530), é o período que vai do descobrimento do Brasil pelosportugueses até o início do povoamento e colonização efetiva do território com a expedição de Martim Afonso de Sousa (1532). O período foi marcado pelos primeiros contatos com os indígenas, por expedições exploratórias e de patrulha portuguesas e pelos choques com corsários, principalmente franceses, que competiam pela exploração

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HISTRIA DO DIREITO BRASILEIRO Prof. Joo Neto PERODO PRE COLONIAL O perodo pr-colonial do Brasil (1501 a 1530), o perodo que vai do descobrimento do Brasil pelosportugueses at o incio do povoamento e colonizao efetiva do territrio com a expedio de Martim Afonso de Sousa (1532). O perodo foi marcado pelos primeiros contatos com os indgenas, por expedies exploratrias e de patrulha portuguesas e pelos choques com corsrios, principalmente franceses, que competiam pela explorao do pau-brasil e o domnio sobre a terra PERODO COLONIAL Brasil Colnia ou Brasil colonial foi o perodo colonial brasileiro da forma definida pelahistoriografia, em que o territrio brasileiro era em uma colnia do imprio ultramarino portugus. Foi marcado pelo incio do povoamento (fim do perodo pr-colonial brasileiro, em 1530) e no do descobrimento do Brasil pelos portugueses,[1] se estendendo at a sua elevao a reino unido com Portugal, em 1815. Sistema romano-germnico Civil law O sistema romano-germnico o sistema jurdico mais disseminado no mundo, baseado no direito romano, tal como interpretado pelos glosadores a partir do sculo XI e sistematizado pelo fenmeno da codificao do direito, a partir do sculo XVIII. Pertencem famlia romano-germnica os direitos de toda a Amrica Latina, de toda a Europa continental, de quase toda a sia (exceto partes do Oriente Mdio) e de cerca de metade da frica. Em diversos pases de tradio romano-germnica, o direito organizado em cdigos, cujos exemplos principais so os cdigos civis francs e alemo (Code Civil e Brgerliches Gesetzbuch,Pgina 1 de

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respectivamente). portanto tpico deste sistema o carter escrito do direito. Outra caracterstica dos direitos de tradio romano-germnica a generalidade das normas jurdicas, que so aplicadas pelos juzes aos casos concretos. Difere portanto do sistema jurdico anglo-saxo (Common law), que infere normas gerais a partir de decises judiciais proferidas a respeito de casos individuais. Os direitos de Portugal e Brasil integram a famlia romano-germnica. Common Law Common law (do ingls "direito comum") o direito que se desenvolveu em certos pases por meio das decises dos tribunais, e no mediante atos legislativos ou executivos. Constitui portanto um sistema ou famlia do direito, diferente da famlia romano-germnica do direito, que enfatiza os atos legislativos. Nos sistemas de common law, o direito criado ou aperfeioado pelos juzes: uma deciso a ser tomada num caso depende das decises adotadas para casos anteriores e afeta o direito a ser aplicado a casos futuros. Nesse sistema, quando no existe um precedente, os juzes possuem a autoridade para criar o direito, estabelecendo um precedente. O conjunto de precedentes chamado de common law e vincula todas as decises futuras. Quando as partes discordam quanto o direito aplicvel, um tribunal idealmente procuraria uma soluo dentre as decises precedentes dos tribunais competentes. Se uma controvrsia semelhante foi resolvida no passado, o tribunal obrigado a seguir o raciocnio usado naquela deciso anterior (princpio conhecido como stare decisis). ORDENAES Ordenaes significam ordens, decises ou normas jurdicas avulsas ou as colectneas que dos mesmos preceitos se elaboraram, ao longo da histria do direito portugus. A forma plural da palavra foi a que veio a prevalecer nos autores mais recentes. Existe uma colectnea conhecida por Ordenaes de D. Duarte, de carcter particular, que compreende leis de D. Afonso II a D.Pgina 2 de

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Duarte e consta de um manuscrito do incio do sculo XV, arquivado na Biblioteca Nacional de Lisboa ORDENAES AFONSINAS As Ordenaes Afonsinas, ou Cdigo Afonsino, so uma das primeiras colectneas de leis da era moderna, promulgadas durante o reinado de Dom Afonso V. O cdigo deveria esclarecer a aplicao do direito cannico e romano no Reino de Portugal, e, aps um longo perodo de gestao, as primeiras cpias manuscritas aparecem em meados do sculo XV. Sua aplicao no foi uniforme no Reino e vigorou at a promulgao das suas sucessoras, as Ordenaes Manuelinas. ORDENAES MANUELINAS Com este nome se designa a nova codificao que D. Manuel I promulgou, em 1521, para substituir as Ordenaes Afonsinas. Para explicar esta deciso do rei apontam-se dois motivos fundamentais: a descoberta da imprensa e a necessidade de correo e atualizao das normas, assim como a modernizao do estilo afonsino; alm disso, talvez o monarca tivesse querido acrescentar s glrias do seu reinado uma obra legislativa. Em 1514 faz-se a primeira edio completa dos cinco livros das Ordenaes Manuelinas. A verso definitiva foi publicada em 1521. Estas constituem j uma atualizao das Ordenaes Afonsinas, embora mantendo o plano adaptado, compreendendo, portanto, cinco livros, subdivididos em ttulos e pargrafos. Mas as alteraes so importantes, como a supresso das normas revogadas. Quanto forma, a principal diferena reside no fato de se apresentarem redigidas em estilo mais conciso e todo o decretrio, sendo s excepcionalmente que aparece o extrato de algumas leis, mas nunca a transcrio literal. As Ordenaes Manuelinas foram substitudas em 1603 pelas Ordenaes Filipinas.

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CARTA FORAL Uma Carta de Foral, ou simplesmente Foral, foi um documento real utilizado em Portugal no seu antigo imprio colonial, que visava estabelecer um Concelho e regular a sua administrao, limites e privilgios. A palavra "foral" deriva da palavra portuguesa "foro", que por sua vez provm do latina "frum"; equivalente espanhola "fuero", galega "foro", catal "fur" e basca "foru". CARTA REGIA Carta Rgia o nome dado carta de um rei dirigida s autoridades ou autoridade e que em seu contedo continha, muitas vezes, determinaes gerais e permanentes. No Brasil podemos citar: a Carta Rgia de 1701, a Carta Rgia de 1785, a Carta Rgia de 28 de janeiro de 1808. ALVAR O Alvar Rgio um termo jurdico antigo usado para designar um edito real. Pode ser interpretado e caracterizado como uma licena realou decreto rgio em um estado tipicamente absolutista, de uma monarquia ou de um imprio. Durante o perodo do Brasil colonial e em vrios perodos da histria de Portugal, os reis ou regentes fizeram uso deste edito para governa UNIO DAS COROAS IBRICAS Unio ibrica foi a unidade poltica do Sascha e do Gabriel que regeu aPennsula Ibrica a sul do Pirinus de 1580 a 1640, resultado da unio dinstica entre as monarquias de Portugal e de Espanha aps a Guerra da Sucesso Portuguesa.[1] Na sequncia da crise de sucesso de 1580 em Portugal, uma unio dinstica juntou as duas coroas, bem como as respetivas possesses coloniais, sob o controle da monarquia espanhola durante a chamada dinastia Filipina. O termo unio ibrica uma criao de historiadores modernos.Pgina 4 de

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Tratado de Madri 1750 O Tratado de Madrid foi elaborado a partir do Mapa das Cortes e beneficiou as colnias portuguesas, em detrimento dos direitos espanhis. A habilidade dos diplomatas portugueses que estabeleceram o princpio do Uti Possidetis como base para a diviso territorial - colaborou para a vitria portuguesa. Foi valendo-se desse princpio, que estabelecia que a terra deveria ser possuda pelos que nela moravam e trabalhavam, que os portugueses puderam consolidar sua presena no imenso territrio que hoje constitui o Brasil. Vale ressaltar que, em meados do sculo XVIII, pouco se conhecia sobre o interior do continente americano e, menos ainda, sobre a Amaznia. Os nicos cursos dgua conhecidos na regio eram os Rios Madeira e Javari, que serviram como referncia para a fronteira sul da Amaznia Ocidental. Pelo Tratado de Madrid, a linha fronteiria entre as possesses espanholas e portuguesas deveria partir do ponto mediano entre a foz do Rio Madeira e a foz do Rio Mamor , seguindo por uma linha reta at encontrar a margem do rio Javari (ver mapa correspondente), aproximadamente na latitude de 6 e 40 Sul. Era o nascimento da linha imaginria que, no futuro, causaria tantas polmicas. Fonte: www.ac.gov.br 1808: transferncia da corte de D. Joo VI para o Brasil. A corte se transferiu temendo as aes de Napoleo. Abertura dos portos s naes amigas. Elevao do Brasil condio de Reino Unido a Portugal e Algarves. Criao do Banco do Brasil. Modernizao da cidade do Rio de Janeiro. PERODO NAPOLENICO Consulado (1799-1804) CDIGO NAPOLEONICOPgina 5 de

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O Cdigo Napolenico (originalmente chamado de Code Civil des Franais, ou cdigo civil dos franceses) foi o cdigo civil francs outorgado por Napoleo I e que entrou em vigor em 21 de maro de 1804. O Governo dos Cem Dias refere-se ao perodo compreendido entre 1 de maro de 1815 - quando Napoleo retorna do seu exlio na ilha de Elba - e 18 de junho do mesmo ano - quando seu exrcito, a Grande Arme, vencido na batalha de Waterloo. Imprio (1804-1814) Governo dos Cem Dias (1815) CARACTERSTICAS DO PERODO ampliao do domnio francs sobre o continente europeu

estabelecimento do Cdigo Napolenico conflitos com as monarquias europias que queriam impedir a propagao dos ideais da Revoluo da Frana O IMPRIO (1804-1814) A vinda da Famlia real para o Brasil Acordos entre Portugal e Inglaterra 1703 Artigo 1. Sua Sagrada Majestade El Rei de Portugal promete, tanto em seu prprio Nome, como no de Seus Sucessores, admitir para sempre de aqui em diante, no Reino de Portugal, os panos de l e mais fbricas de lanifcio de Inglaterra, como era costume at o tempo em que foram proibidas pelas leis, no obstante qualquer condio em contrrio. Artigo 2. E estipulado que Sua Sagrada e Real Majestade Britnica, em Seu Prprio Nome, e no de Seus Sucessores, ser obrigada paraPgina 6 de

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sempre, de aqui em diante, de admitir na Gr Bretanha os vinhos do produto de Portugal, de sorte que em tempo algum (haja paz ou guerra entre os Reinos de Inglaterra e de Frana) no se poder exigir direitos de Alfndega nestes vinhos, ou debaixo de qualquer outro ttulo direta ou indiretamente, ou sejam transportados para Inglaterra em pipas, tonis ou qualquer outra vasilha que seja, mais que o que se costuma pedir para igual quantidade ou medida de vinho de Frana, diminuindo ou abatendo tera parte do direito. de costume. Os tratados de 1810 Com tempo, a dependncia de Portugal se aprofundou e essa foi a razo por que D. Joo finalmente se submeteu s exigncias inglesas e se transferiu para o Brasil. Em 1810, quando a Corte j se encontrava no Rio de Janeiro, a Inglaterra fez D. Joo assinar trs tratados que a favorecia. Um deles era o de Amizade e Aliana o outro de Comrcio e Navegao e um ltimo que veio regulamentar as relaes postais entre os dois reinos. Em um artigo do segundo tratado, por exemplo, a Inglaterra exigiu o direito. de extraterritorialidade. Isso significava que os sditos ingleses radicados em domnios portugueses no se submeteriam s leis portuguesas. Assim; esses sditos elegeriam seus prprios juzes, que os julgariam segundo as leis inglesas. E os portugueses residentes em domnios britnicos gozariam dos mesmos direitos? No. O prncipe regente aceitou, resignadamente, a "reconhecida eqidade da jurisprudncia britnica" e a "singular excelncia da sua Constituio. Inversamente, pode-se dizer que a Inglaterra no reconheceu nenhuma eqidade na jurisprudncia lusitana... Outro aspecto escandaloso dos tratados foi o direito. assegurado Inglaterra de colocar suas mercadorias no Brasil mediante a taxa de 15% ad valorem, enquanto os produtos portugueses pagavam 16%, istoPgina 7 de

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, 1 % a mais que os ingleses! Os demais pases estavam submetidos taxao de 24% em nossas alfndegas. PADROADO O Padroado foi criado atravs de um tratado entre a Igreja Catlica e os Reinos de Portugal e deEspanha. A Igreja delegava aos monarcas destes reinos ibricos a administrao e organizao da Igreja Catlica em seus domnios. O rei mandava construir igrejas, nomeava os padres e os bispos, sendo estes depois aprovados pelo Papa A Famlia Real no Brasil A transferncia da corte portuguesa para o Brasil foi o episdio dahistria de Portugal e da histria do Brasil em que a famlia real portuguesa e a sua corte de nobres (ver nobreza portuguesa) e mais servos destes (inicialmente 15 mil pessoas) se radicaram no Brasil, entre 1808 e 1820. Posteriormente, aps 1822, alguns destes voltaram a Portuga Casa da Suplicao O Supremo Tribunal do Reino Portugus chamou-se, at ao sculo XIV, Cria do Rei, Tribunal da Corte ou Tribunal da Casa do Rei, e acompanhava o monarca nas suas deslocaes. Esta a explicao dada na pgina da Torre do Tombo, o maior arquivo de Portugal. Nas Ordenaes Afonsinas o tribunal supremo de Portugal ainda designado por Casa da Justia da Corte. Mais tarde, sob a influncia do direito romano, passou a designar-se Casa da Suplicao. Foi sendo progressivamente estruturado atendendo s matrias, nomeadamente cvel e crime. Sob D. Joo I de Portugal, foi criado o cargo de Regedor das justias da Casa da Suplicao e de Regedor e governador da Casa do Cvel de Lisboa. No dia da "festa do Esprito Santo" de 1566 foi feito e assinado o compromisso e regimento da Confraria do Esprito Santo da Casa da Suplicao, registado no livro 6 da Casa da Suplicao. Por carta rgia de 27 de Julho de 1582, Filipe I de Portugal extinguiu a Casa do Cvel de Lisboa e deu regimento Casa da Suplicao, que fixou na capital,Pgina 8 de

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tendo ficado com as competncias da Casa do Cvel. Em 1584 a Casa da Suplicao estava situada na Ribeira. A 7 de Janeiro de 1584 foi transferida para o Limoeiro, local onde funcionara a Casa do Cvel. Com o terramoto de 1755, passou para o palcio de D. Anto de Almada (hoje Palcio da Independncia), junto s portas de Santo Anto, no Rossio. Com a transferncia da Corte para o Brasil em 1808 em decorrncia das Guerras Napolenicas, foi criada a Casa da Suplicao do Brasil, separada da Casa da Suplicao de Portugal, com competncia para conhecer, em ltima instncia, dos processos originados no Brasil, que at ento estavam sujeitos a recurso para a Casa da Suplicao de Lisboa. Com o retorno da Corte para aEuropa em 1821, a Casa da Suplicao do Brasil, sediada no Rio de Janeiro, continuou a operar, mantendo, portanto, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves dois tribunais judicirios supremos, um localizado em Lisboa, que conhecia dos feitos originrios da Europa e das demais colnias portuguesas localizadas em qualquer parte do mundo, e outra localizada no Brasil, que conhecia dos feitos localizados naquela parte do Reino Unido. Sobrevindo a independncia do Brasil, proclamada em setembro de 1822, a Casa da Suplicao do Brasil continuou a operar, at ser substituda pelo Supremo Tribunal de Justia do Imprio do Brasil, previsto pela Constituio de 1824, criado por lei em 1828 e instalado em 1829

Independencia do Brasil Denomina-se Independncia do Brasil o processo que culminou com a emancipao poltica desse pas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, no incio do sculo XIX. Oficialmente, a data comemorada a de 7 de setembro de 1822, em que ocorreu o chamado "Grito do Ipiranga". De acordo com a historiografia clssica do pas, nesta data, s margens do riacho Ipiranga (atual cidade de So Paulo), o Prnciperegente no Brasil, D. Pedro de Alcntara de Bragana, tambm prncipe real do reino unido de Portugal, Brasil e Algarves, bradou perante a sua comitiva: "Independncia ou Morte!". Determinados aspectos dessa Pgina 9 de 22

verso, no entanto, so contestados por alguns historiadores em nossos dias. A ASSEMBLIA CONSTITUINTE Constituio de 1823 Em maio, uma Assembleia Constituinte, formada por deputados de vrias provncias brasileiras, reuniu-se no Rio de Janeiro para elaborar uma Constituio para o Brasil. Os deputados aprovaram um projeto de Constituio que limitava os poderes de D. Pedro I. Ele reagiu: mandou seus soldados fecharem a Assembleia e prenderem os deputados ali reunidosEm maio, uma Assembleia Constituinte, formada por deputados de vrias provncias brasileiras, reuniu-se no Rio de Janeiro para elaborar uma Constituio para o Brasil. Os deputados aprovaram um projeto de Constituio que limitava os poderes de D. Pedro I. Ele reagiu: mandou seus soldados fecharem a Assembleia e prenderem os deputados ali reunidos. Constituio de 1824 A Constituio do Imprio do Brasil de 1824 foi a primeira constituio brasileira. Tal foi encomendada pelo imperador Dom Pedro I, proclamador da independncia do Brasil do reino unido de Portugal, Brasil e Algarves e fundador do Imprio do Brasil. A primeira carta constitucional do Brasil foi outorgada. A elaborao da Constituio Brasileira de 1824 conhecida por ter sido bastante conturbada. Essa conturbao se deu pelo conflito entre radicais e conservadores na Assembleia constituinte logo aps aProclamao da Independncia do Brasil no dia sete de setembro de 1822. A Assembleia Constituinte comeou seus trabalhos no dia trs de maio de 1823, quando o Imperador Dom Pedro I discursou sobre o que esperava do trabalhos dos legisladores. Visto que a Independncia Brasileira no sePgina 10 de 22

consolidou com a aclamao e a coroao do Imperador, mais sim posteriormente com a elaborao da Constituio. Uma parte dos Constituintes tinha uma orientao politica liberal-democrata, ou seja, queriam muito uma monarquia porm com algumas leis que delimitavam esses poderes do Imperador, e que principalmente que respeitasse os direitos individuais da populao. Dessa maneira arma-se algumas desavenas pois Dom Pedro I queria ter o poder sobre o Legislativo, ou seja, ele queria ter o poder de fazer ou rejeitar leis, o que no era vista com muito agrado por parte dos membros da Assembleia. Em doze de novembro 1823 Dom Pedro I mandou o Exercito invadir o plenrio, prendendo e exilando diversosdeputados, e esse episodio ficou conhecido como A noite da Agonia. Dessa maneira, ele (D. Pedro I) reuniu cerca de dez cidados ntegros e de sua total confiana pertencentes a o Partido portugus, entre eles estava Joo Gomes da Silveira Mendona (que foi um militar e politico brasileiro, sendo o primeiro e nico visconde de Fanado e marqus de Sabar). Esses cidados junto com Dom Pedro se reuniram e aps algumas discusses a porta fechada, elaboraram e redigiram a Primeira Constituio do Brasil em 1824, sendo escrita pelo arquivista das bibliotecas reais Luis Joaquim dos Santos Marrocos (que tanto na cidade de Lisboa como na cidade do Rio de Janeiro foi o maior oficial da secretaria de estado dos negcios do reino, portugus e brasileiro). A Constituio de 1824 foi a constituio brasileira que teve a durao mais longa da historia brasileira, tendo seu fim com a Proclamao da republica (1889). E mesmo quando foi revogada a Proclamao da Republica, ela era a terceira constituio mais antiga do mundo que ainda estava em vigor. Ela s era mais nova do que a constituio dos Estados Unidos que foi criada em 1787, e a da Sucia de 1809. Essa Constituio de 1824 ainda sofreu algumas modificaes muito importantes pelo Ato Adicional de 1834, que dentre algumas alteraesPgina 11 de 22

oficializou a criao de Assembleias Legislativas, que eram estrategicamente inseridas nas provncias PODER MODERADOR O Poder Moderador foi um dos quatro poderes de Estado institudos pela Constituio Brasileira de 1824 e pela Carta Constitucional portuguesa de 1826 (ambas sadas do punho do imperador D. Pedro I do Brasil / rei D. Pedro IV de Portugal).O Poder Moderador era o que se sobrepunha aos poderes Legislativo, Judicirio e Executivo, cabendo ao seu detentor fora coativa sobre os demais. Construo idealizada pelo francs Benjamin Constant, pregava a existncia de cinco poderes: o poder real, poder executivo, poder representativo da continuidade, poder representativo da opiniao e poder de julgar. Da forma como foi concebido, situa-se hierarquicamente acima dos demais poderes do Estado. Esse poder era pessoal e privativo do imperador, assessorado por um Conselho de Estado. D. Pedro I (e mais tarde seu filho D. Pedro II) era o detentor exclusivo e privativo, com a atribuio de nomear e demitir livremente os ministros de Estado, j como chefe do Poder Executivo, exercitando este ltimo poder atravs de seus ministros de Estado, os mesmos a quem, como Poder Moderador, nomeava e demitia livremente. Em 1846 houve instalao do parlamentarismo diminuindo assim o poder Moderador "Em face de letra to expressa", diz Octavio Tarquinio de Sousa, "que colocava o monarca em posio bem diferente da do rei de molde constitucional clssico, e escrita para atender s recomendaes e aos desejos do monarca, s mesmo graas fora e ao contgio de uma doutrina poltica que dominava os pases-modelos de nossas instituies e coragem e pertincia de homens como Bernardo Pereira de Vasconcelos chegaria o Brasil a derrubar o autoritarismo de D. Pedro I e a estabelecer, com o correr dos tempos () o parlamentarismo." Foi o que aconteceu sobretudo a partir de 1862 e o xito relativo nasceu sem duvida do temperamento e educao de D. Pedro II.

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Em Portugal, foi prerrogativa dos soberanos do regime constitucional at 1910. Atualmente, considera-se uma pregorrativa do Presidente da Repblica. PRIMEIRO REINADO O primeiro reinado do Brasil o nome dado ao perodo em que D. Pedro I governou o Brasil comoImperador, entre 1822 e 1831, quando de sua abdicao. O primeiro reinado compreende o perodo entre 7 de setembro de 1822, data em que D. Pedro I proclamou a independncia do Brasil, e 7 de abrilde 1831, quando abdicou do trono brasileiro

a polmica sobre a data da independncia (03/06, 12/10 e 07/09/1822) convocao da Assemblia Constituinte (03/06/1822) aclamao do imperador (12/10/1822) A ASSEMBLIA CONSTITUINTE as disputas entre liberais e conservadores as questes sobre a extenso do direito ao voto a dissoluo da Assemblia CONSTITUIO DE 1824 outorgada por Pedro I voto censitrio (por renda) estabelecimento do Poder Moderador O PERODO REGENCIAL

Perodo regencial como ficou conhecido o decnio de 1831 a 1840 na Histria do Brasil, compreendido entre a abdicao de D. Pedro I e o chamado "Golpe da Maioridade", quando seu filho D. Pedro II teve a maioridade proclamada.[1] Nascido a 2 de dezembro de 1825, Pedro II contava, quando da renncia paterna, 5 anos e 4 meses, no podendo portanto assumir o governo que, porPgina 13 de 22

fora da lei, seria dirigido por uma regncia integrada por trs representantes. Durante esta dcada sucederam-se quatro regncias: A Provisria Trina, aPermanente Trina, a Una do Padre Feij e a Una de Arajo Lima.[1] Foi um dos mais importantes e agitados perodos da Histria brasileira; nele se firmaram a unidade territorial do pas e a estruturao das Foras Armadas, alm de serem discutidos o grau de autonomia das provncias e a centralizao do poder.[2] Ocorre nesta fase uma srie de rebelies localizadas, como a Cabanagem, no Par, a Balaiada noMaranho, a Sabinada na Bahia e a Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, a maior e mais longa - que mostravam descontentamento com o poder central e as tenses sociais latentes da nao recm-independente - o que provocou o esforo conjunto de opositores por manter a ordem; sobre o perodo registrou Joaquim Nabuco que "No Brasil, porm, a Regncia foi a repblica de fato, a repblica provisria..."[3] Tratava-se de se construir um arranjo poltico que garantisse aos grupos a preservao de seus interesses, bem como a unidade territorial sob o manto da monarquia centralizadora - algo que apenas se consolidou somente por volta de 1850 ATO ADICIONAL O ato adicional, proclamado por lei de doze de agosto de 1834, foi uma modificao constituio brasileira de 1824. Trs anos aps a abdicao do imperador D. Pedro I, que ocorrera em 1831, ainda no se fizera qualquer reforma na constituio brasileira de 1824. O pas estava dilacerado por lutas que ameaavam sua unidade, surtos revolucionrios no Rio de Janeiro, Maranho e Par. O mais recente fora a sedio militar de Ouro Preto, em 1833. O Senado era conservador, embora longe de ser "a escravatura de D. Pedro I", como era chamado pelo jornal O Sete de Abril. As eleies de 1833mandaram para a Cmara uma maioria liberal moderada e pela lei de doze de outubro de 1833 os deputados estavam investidos de poderes constituintes

REGENCIA TRINA PROVISRIAPgina 14 de 22

Quando Dom Pedro I adicionou, seu filho Pedro de Alcntara contava pouco mais de 5 anos, ocasionando um problema de sucesso imediato. A constituio de 1824 dizia que, durante a menoridade do sucessor, o Imprio deveria ser governado por um Regente que fosse um parente mais prximo do Imperador. No entanto, naquela poca no havia ningum que se encaixasse nestes requisitos. Para tanto a Constituio previa a formao de uma Regncia trina provisria, em carter interino, para que o executivo no ficasse acfalo. REGENCIA TRINA PERMANENTE A Regncia Trina Permanente foi eleita, em julho de 1831, pela Assemblia Geral. A Regncia Trina Permanente visava o equilbrio poltico e regional, foram eleitos: Costa Carvalho, moderado, representando o Sul; Brulio Muniz, exaltado, representando o Norte, enquanto ao centro, era mantido o brigadeiro Francisco de Lima e Silva. O padre Diogo Antonio Feij, foi uma das pessoas de maior destaque na Regncia Trina Permanente. Nomeado para o cargo de ministro da Justia, tinha como meta garantir a ordem publica, que interessava diretamente aos moderados. Aparentemente, a paz havia voltado ao imprio, no entanto, facespolticas que atuavam na poca, comearam a se articular na devesa de suas idias e reivindicaes. Os choques se sucediam e os motins eram constantes, ameaando diretamente a ordem publica. As prprias tropas convocadas para sufocar as sedies e agitaes acabavam por compor-se com os agitadores, o que tornava a situao cada vez mais critica. Para conter a baderna publica foi criada a Guarda Nacional, que funcionava como instrumento de represso das elites. Durante a Regncia Trina Permanente, surgiu a primeira medida inserida no chamado avano liberal, o Cdigo do Processo Criminal, que foi promulgado em novembro de 1832. Concedendo ampla autonomia ao poder local, uma vez que descentralizava a justia em mos dos juzes de paz, eleitos pela classe dominante, delegava a ele varias atribuies.Pgina 15 de 22

O Cdigo do Processo Criminal, promoveu sensveis transformaes na organizao jurdica do imprio, herana da arcaica legislao portuguesa dos tempos coloniais, destacando-se entre elas o estabelecimento do Tribunal do Jri. No entanto, as vantagens municipais seriam anuladas por outra importante medida do avano liberal: O Ato Adicional de 1834. O Ato Adicional foi a primeira reforma constitucional do imprio, e as circunstancias que marcam o seu surgimento so as mais significativas para o entendimento da onde de liberalismo que tomava conta do pas e suas manifestaes. A reforma constitucional foi, antes de mais nada, uma outra soluo para controlar a conturbada situao poltica imperia SEGUNDO REINADO D. Pedro II aclamado imperador aos 15 anos de idade. A antecipao de sua maioridade, para que ele pudesse assumir o trono real, foi uma deciso tomada pelos polticos do Partido Liberal. Esta foi a nica opo encontrada para se por fim ao governo regencial, que na poca era visto como o provvel causador das rebelies e abalos sociais que passaram a atingir o pas aps a abdicao de D. Pedro I. Este feito entrou para a histria como o golpe da maioridade. Seu reinado, no entanto, s inicia de fato um ano depois, no dia 23 de julho de 1840, e se prolonga at 15 de novembro de 1889, quando se implanta a Repblica. Foi um momento em que o pas passou por vrias mudanas internas: coibio e indulto aos movimentos revoltosos e separatistas; reorganizao do cenrio poltico, com a instituio de dois partidos; a instaurao do sistema parlamentarista e a reativao do comrcio internacional. O poder do caf na economia do pas O caf detinha timas condies de plantio. O Sudeste contava com solo e clima favorveis Minas Gerais, aps a decadncia da minerao, passou a investir na plantao do caf, no Rio de Janeiro ele se espalhou at Campos e ao sul do Estado chegou a Vassouras, situada no Vale do Paraba, quando aPgina 16 de 22

produo voltou-se para o comrcio exportador. Houve um aquecimento na economia do pas, o que alimentou a ganncia dos grandes proprietrios rurais, que passaram a utilizar a mo-de-obra escrava em grande escala. O pas passou a exportar mais do que importava, alcanando rapidamente supervit na balana comercial. Nasce uma nova classe social apoiada pelos comerciantes -, a qual sustentava o governo imperial e detinha grande influncia poltica. Com o advento do caf formaram-se muitas cidades, surgiram novos latifndios e conseqentemente muitos bares do caf, os quais obtiveram seus ttulos de nobreza junto ao imperador. Surgiram as ferrovias e os portos de Santos e do Rio de Janeiro prosperaram, sendo at hoje os mais conceituados no Brasil. Partidos Polticos vigentes no segundo reinado - Partido Liberal constituiu-se no ano de 1837, protegia os interesses dos indivduos que formavam a classe mdia da sociedade urbana e comercial, a ambio dos bacharis, os ideais polticos e sociais avanados das classes no comprometidas diretamente com a escravido, e cuidava tambm do que era importante para os donos de terras. - Partido Conservador pregava a conservao do poder poltico nas mos dos grandes donos de escravos campestres. No defendia o carter revolucionrio ou democrtico do regime. No decorrer do segundo reinado, liberais e conservadores se revezaram no poder. Parlamentarismo e Poder Moderador No ano de 1847 foi implantado o Parlamentarismo, forma de governo na qual o poder responsvel por criar as leis o Legislativo -, representado pelos deputados e senadores, passa a exercer um posto muito respeitado. O parlamentarismo no Brasil iniciou-se, de fato, com a instituio da presidncia do corpo consultivo de ministros e quem fixava o nome do eleito era D. Pedro II. O sistema parlamentar brasileiro tinha uma caracterstica prpria, oposta ao do regime da Inglaterra neste pas o povo tinha o direito de indicar o seu parlamentar, a quem cabia optar pela escolha do primeiro-ministro e suaPgina 17 de 22

deposio, caso necessrio. No Brasil era o presidente do conselho quem estabelecia o quadro de ministros, motivo pelo qual historicamente ficou conhecido como Parlamentarismo s avessas. D. Pedro II, que contava com o apoio do Partido Moderador, gozava de absoluto poder sobre a Assemblia, tendo fora suficiente para demitir todo o ministrio e escolher outro presidente do conselho, ou at mesmo diluir a Cmara e chamar novas eleies, conforme os acontecimentos polticos do momento. Escravido e ausncia de participao popular O governo imperial brasileiro resistia em banir o trfico de escravos, contando com o apoio da elite. Contudo, havia tratados, normas sociais e acordos firmados neste sentido com a Inglaterra, pas que, por razes econmicas, defendeu o fim do trfico de escravos. No dia 4 de setembro de 1850, pela lei n 581, o Brasil deu-se por vencido e tornou oficialmente pblica a Lei Eusbio de Queirs, a qual decidiu categoricamente eliminar o trfico de escravos para o Brasil. Os ltimos escravos que para c foram trazidos aportaram em Pernambuco em 1855. Foi somente em 13 de maio de 1888 que a Princesa Isabel assinou a Lei urea, que terminou com a escravido dos negros no Brasil. Sem a mo-deobra escrava, a soluo encontrada pelos bem sucedidos fazendeiros paulistas foi o estmulo vinda de colonos estrangeiros, os quais introduziram o trabalho assalariado. O Brasil foi um dos ltimos pases do mundo a abolir a escravido. Declnio do Segundo reinado A Repblica estava surgindo aos poucos, como conseqncia de profundas mudanas econmicas, polticas e sociais que estavam ocorrendo no Pas. A produo de caf, em virtude do desgaste do solo, decaiu no Vale do Rio Paraba e no Rio de Janeiro. Em contrapartida, o Oeste Paulista ampliou sua produo, favorecido pelas terras roxas, adequadas ao cultivo do caf. Para os grandes proprietrios de terras nordestinos a monarquia j no lhes favorecia; assim o sistema monrquico foi perdendo fora perante as novas pretenses polticas e sociais emergentes. As mudanas incomodaram e atravs de umPgina 18 de 22

golpe poltico implantou-se a Repblica no Brasil, no dia 15 de novembro de 1889, quando o marechal Deodoro da Fonseca assumiu o governo transitrio da repblica PROCLAMAO DA REPUBLICA Dentre os motivos que levaram Proclamao da Repblica e, portanto, ao fim do Imprio, podemos citar: a crise econmica causada pelas despesas do governo com a Guerra da Trplice Aliana (ou Guerra do Paraguai), fato que obrigou o Governo Brasileiro a realizar grandesemprstimos (algo prximo a trs milhes de libras esterlinas); a proibio, imposta pela monarquia, ao manifesto dos militares na imprensa; o descontentamento das elites agrrias (principalmente os cafeicultores), que se sentiram prejudicadas pela lei urea (libertao dos escravos); e o crescimento nas cidades da classe mdia (constituda por jornalistas, comerciantes, artistas, funcionriospblicos, etc.), que desejava e apoiava a repblica porque almejava maior liberdade, bem como participao na poltica nacional. O movimento que ajudou a derrubar a monarquia contou com a ajuda de alguns personagens republicanos, dentre os quais podemos destacar: Aristides Lobo, Quintino Bocaiva, Francisco Glicrio (chefe do Partido Republicano Paulista, fundado em 1873, que defendia as idias republicanas e os ideais federativos), Rui Barbosa (jornalista e deputado) e o professor, estadista e militar Benjamin Constant. Em novembro de 1889, um levante militar dirigido pelo marechal Manuel Deodoro da Fonseca obrigou D. Pedro II a abdicar. Foi assim que, no dia 15 de novembro daquele ano, foi proclamada a repblica do Brasil, no Rio de Janeiro, no Quartel General do Exrcito. Em seguida, uma srie de reformas de inspirao republicana foi decretada, entre elas, a separao do Estado e da Igreja. A redao de uma nova constituio foi finalizada em junho de 1890. Inspirada na Constituio dos Estados Unidos foi adotada em fevereiro de 1891 (Primeira Constituio Republicana), fazendo do Brasil uma Repblica Federal, sob o ttulo de Estados Unidos do Brasil. Deodoro da Fonseca foi o primeiro presidente eleito do Brasil.Pgina 19 de 22

Desde 1891, a poltica e os mtodos arbitrrios do Marechal Deodoro causaram uma grande oposio do congresso. No incio de novembro de 1891, Fonseca dissolveu a Assemblia e imps um poder ditatorial. Mas foi obrigado a renunciar devido a um levante da Marinha, assim, cedeu o poder a seu vicepresidente Marechal Floriano Peixoto. Este estabeleceu um governo to ditatorial quanto seu predecessor, Floriano fez crescer a represso aqueles que davam apio monarquia. Constituio de 1891 Por Antonio Gasparetto Junior A Constituio Brasileira de 1891 foi a primeira da histria da Repblica no pas. Em 1889, chegou ao fim o Imprio do Brasil. Aps uma srie de fatores que concorreram para o desgaste do sistema monrquico de governono Brasil e a definitiva eliminao de Dom Pedro II, os militares se articularam junto com outros grupos interessados na Repblica para a sua proclamao. Derrubado o regime ento vigente, o Brasil iniciou uma fase de reformulao com um governo provisrio do marechalDeodoro da Fonseca. Os dois anos seguintes foram tomados de movimentaes com o objetivo de estabelecer novas diretrizes para o Estado brasileiro. Desde a formao do governo que se estabeleceu aps a queda da monarquia, uma nova Constituio comeou a ser elaborada para o Brasil. Era preciso descaracterizar o pas de como era no regime anterior e, em alguns casos, apagar o passado que no era mais bem visto. Entre os principais elaboradores da nova Constituio brasileira estava Prudente de Morais e Rui Barbosa, os quais foram muito influenciados pela Constituio dos Estados Unidos. Dela seguiram princpios como a descentralizao dos poderes, a implantao do modelo federalista e a concesso de autonomia aos estados e municpios. A Constituio que vigorava no Imprio tinha marcas de um outro tempo. Caractersticas que no cabiam mais na Repblica e deveriam ser superadas.Pgina 20 de 22

Nesse sentido, a principal mudana ocorrida foi a extino do Poder Moderador. O antigo poder era smbolo mximo da monarquia, ele permitia ao Imperador interferir nos outros poderes e tomar as decises de interesse. A Constituio republicana de 1891 abolia essa caracterstica da antiga Constituio e determinava a existncia de apenas trs poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judicirio. Para alm disso, estabelecia tambm que os representantes dos dois primeiros seriam eleitos por voto popular direto. Naturalmente, a figura do imperador no era mais adequada. Seu posto foi substitudo pelo de Presidente da Repblica. O cargo seria ocupado atravs de eleio por voto direto popular e o presidente eleito ficaria quatro anos no poder, sem direito reeleio. O detalhe curioso que, poca, Presidente e Vice eram eleitos individualmente. Assim, poderia acontecer de unir candidatos de plataformas diferentes no governo do pas. Diferentemente do que acontece hoje, j que se elege uma chapa previamente determinada com quem poder vir a ser Presidente e Vice. O voto para eleger o candidato ao cargo mximo do pas e os representantes do Legislativo, contudo, no eram secretos. E s podia votar quem estivesse acima do limite de uma renda mnima. Outra caracterstica proveniente da Constituio Imperial que foi abolida diz respeito a relao entre Igreja e Estado. Embora o Brasil seja majoritariamente catlico, o Estado passou a no assumir mais uma religio especfica e deixou de interferir nos assuntos da Igreja. Por sua vez, coube ao Estado o controle da educao. E finalizando as caractersticas imperiais, os ttulos nobilirquicos foram abolidos. A Constituio de 1891 inaugurou a orientao da Repblica no Brasil. Foi publicada no dia 24 de fevereiro daquele ano e vigorou at 1932. Foi a diretriz do perodo chamado como Repblica Velha, comandada por oligarquias latifundirias, com uma economia profundamente baseada no caf e dominada pelos estados de So Paulo e Minas Gerais

Pedro I abdicou do trono em 07/04/1831 e retornou a Portugal.Pgina 21 de 22

O poder seria exercido por uma regncia at a maioridade de seu filho, Pedro II.

Durante o perodo regencial, eclodiram vrios movimentos rebeldes pelo pas.

Revolta dos Mals (1835). Cabanagem (1835-1840). Guerra dos Farrapos (1835-1845). Sabinada (1837-1838). Balaiada (1838-1841). AS REBELIES DO PERODO REGENCIAL

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